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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL Amanda Laila Domingues Amador RIO DE JANEIRO RJ 2023 EDUCAÇÃO FÍSICA E A OBESIDADE INFANTIL Rio de JaneiroRJ 2023 EDUCAÇÃO FÍSICA E A OBESIDADE INFANTIL Projeto apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Educação física e a obesidade infantil em Educação Física Bacharel Orientador Prof Ms Bruno José Frederico Pimenta AMANDA LAILA DOMINGUES AMADOR SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO4 11 PROBLEMA4 2 JUSTIFICATIVA5 3 OBJETIVOS7 31 OBJETIVO GERAL7 32 OBJETIVOS ESPECÍFICOS7 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA8 41 A OBESIDADE INFANTIL8 412 Hábitos Alimentares Saudáveis na Infância11 5 METODOLOGIA DE PESQUISA15 6 CRONOGRAMA16 REFERÊNCIAS17 4 1 INTRODUÇÃO A primeira fase na vida da criança é caracterizada pela rápida velocidade de crescimento e desenvolvimento sendo que a alimentação tem um papel fundamental para que tais fenômenos ocorram de forma adequada A infância é uma fase de grande transformação da vida do indivíduo passando por um período de aprendizagem na aquisição de novos hábitos que serão levados para a vida adulta Hábitos alimentares negativos conquistados aumentam a incidência de pessoas com o diagnóstico de obesos e doenças crônicas degenerativas não transmissíveis o que está gerando uma transição nutricional do país DIAS2016 LOPES et al 2018 A obesidade infantil indica o excesso de gordura corporal que venha afetar de forma negativa a saúde e o bemestar da criança É conhecida como uma doença cuja gênese é multifatorial onde ocorre uma inteiração de elementos genéticos e ambientais Ingerindose nos recursos econômicos e trazendo grandes consequências clínicas psicológicas e sociais Esta doença é considerada um problema de saúde pública e que tem ocorrência por todos os estratos sociais prevalecendo em 325 dos casos em meninos e 265 em meninas Estes números crescem de forma significativo tornando a obesidade infantil uma das maiores doenças nutricionais da atualidade simultaneamente em regiões e grupos sociais sujeitos a circunstâncias de fome e desnutrição SUÑE et al 2007 MARCHIALVES et al 2011 Assim a obesidade infantil se constitui uma demanda social com consequência mundial com fatores pertinentes diversos que vão desde o desmame precoce o aumento do consumo de alimentos ricos em gordura sal e açúcar assim como o sedentarismo associado ao grande consumo de aparelhos eletrônicos e novas formas de transporte e pôr fim a explosão publicitária ofertando alimentos industrializados Aumentando a chance destas crianças obesas permanecerem desta forma ainda na vida adulta sendo está de 25 e aumentando 80 se o excesso de peso perdurar na adolescênciaCALDEIRA SOUZA SOUZA 2015 11 PROBLEMA 5 Como o exercício físico pode ser uma estratégia eficaz para a diminuição da incidência de casos de obesidade infantil 2 JUSTIFICATIVA A obesidade infantil é um problema de saúde pública que vem se tornando cada vez mais comum nos últimos anos Segundo dados do Ministério da Saúde cerca de 15 das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade estão obesas A obesidade infantil pode trazer consequências negativas para a saúde das crianças incluindo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão além de problemas psicológicos e sociais Nesse contexto é importante investigar a relação entre a educação física e a obesidade infantil e como o exercício físico pode auxiliar na diminuição da incidência de casos de obesidade infantil A educação física é uma disciplina escolar que visa desenvolver habilidades motoras cognitivas e sociais dos alunos Além disso a prática regular de atividade física pode contribuir para a promoção da saúde e prevenção de doenças incluindo a obesidade infantil Nesse sentido a pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil é relevante por evidenciar a importância do papel da escola e do professor de educação física na promoção da saúde dos alunos A obesidade infantil não é um problema isolado mas sim um fenômeno complexo que envolve fatores genéticos ambientais e comportamentais Dessa forma a pesquisa sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a identificação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade infantil considerando os fatores envolvidos A obesidade infantil pode trazer consequências negativas para a saúde das crianças incluindo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão além de problemas psicológicos e sociais Nesse sentido a pesquisa sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil é relevante por contribuir para a prevenção e o tratamento dessas consequências negativas A pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil pode ser relevante também para a formação de professores de educação física uma vez que pode contribuir para a identificação de estratégias pedagógicas eficazes para o desenvolvimento da disciplina e para a promoção da saúde dos alunos A obesidade infantil é um problema que afeta não apenas a saúde das crianças mas também a economia e a sociedade em geral A pesquisa sobre a 6 relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a redução dos custos com tratamento e prevenção de doenças relacionadas à obesidade além de melhorar a qualidade de vida das crianças e suas famíliasA pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil pode contribuir para a elaboração de políticas públicas de saúde e educação voltadas para a promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil Trabalhos sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a ampliação da prática profissional do pesquisador uma vez que pode gerar conhecimentos e práticas que possam ser aplicados no contexto escolar e comunitário promovendo a saúde e o bemestar das crianças e da população em geral 7 3 OBJETIVOS 31 OBJETIVO GERAL Analisar de que maneira o exercício físico pode auxiliar na diminuição da incidência de casos de obesidade infantil 32 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender o que é a obesidade e sua gravidade Investigar a relação entre a prática regular de exercício físico e a redução da incidência de casos de obesidade infantil Identificar as estratégias eficazes de promoção da atividade física e prevenção da obesidade infantil no ambiente escolar 8 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 41 A OBESIDADE INFANTIL Recentemente houve um aumento de estudos acerca da obesidade infantil Se anteriormente esta era conceituada como distúrbio correlacionado aos maus hábitos e falta de exercício físico O que lhe conferia uma breve consideração clínica Atualmente a obesidade infantil além de ser tratada como um problema de saúde mundial é considerada um transtorno com princípio multifatorial onde o resultado é o aumento do peso PONTES ROLIM TAMASIA2016 A caracterização da criança obesa é aquela que possui um grande acúmulo de gordura distribuídos em sua constituição corpórea O índice de massa corporal ou IMC medido em kgm2 mesmo que imperfeito vai ser o modo mais empregada no mundo no diagnóstico do excedente de peso assim como nos diversos graus da obesidadeRESENDE NAVARRO 2008 Da mesma maneira que ocorrem nos adultos não existe uma unanimidade na conceituação da obesidade infantil de forma que não são uniformes os meios de avaliação a serem utilizados Alguns autores vão definir como algo simples que não é presa a requisitos científicos ou metodológicos A observação visual do corpo vai ser o elemento principal a ser usado Assim no momento em que é necessária a definição através de um método científico se uma criança ou mesmo adolescente estiver acima do peso dito ideal para sua idade alguns meios de avaliação serão sugeridos e considerados como relevantesAssim a hidrodensitometria a hidrometria e o método de infrevermelho próximo a ultrasonografia a ressonância nuclear magnética a tomografia computadorizada são meios que podem ser utilizadosMELLO LUFTMEYER 2004 Existem cerca de sete níveis de classificação do IMC normal sobrepeso Obesidade grau I Ob Grau II Ob Grau III ou mórbida superobesidade e super superobesidade Podemos ver os IMCs correspondentes a cada um dos níveis no quadro abaixoRESENDE NAVARRO 2008 9 Figura 1Classificação de sobrepeso e obesidade pelo IMC FonteResende VA Navarro A A Importância Da Educação Nutricional Na Infância Para Prevenção Da Obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 Estes níveis classificatórios demonstram a multiplicação do predomínio de um acumulo de peso e consequentemente da obesidade no país Consequências do desenvolvimento econômico no qual o Brasil experimentou nos últimos anos que teve como vantagem a diminuição dos números da mortalidade infantil assim como da desnutrição Ainda sim acarretou a desvantagem do aumento das medidas antropométricas da população que passou a ter acesso a uma alimentação mais calóricaRESENDE NAVARRO 2008 De acordo com Sigulem et al2012 alguns meios acabam não sendo pertinentes para estudos que envolvem a população mas sim para a prática clínica estabelecendose em grande maioria em meio caros se encontrando sujeitos aos centros especializados de pesquisa O somatório das quatro pregas como o tríceps bíceps subescapular e supreilíaca vão se mostrar eficazes no diagnóstico da obesidade para os dois sexos Uma segunda limitação vai estar vinculada ao meio grau de obesidade dado que é exageradamente difícil medir as pregas em grandes obesos A circunferência média do braço ou CMB vai ser um indicador que vai ser usado sozinho ou em associação com a prega cutânea do tríceps na avaliação da composição corporal quando as informações sobre o peso e a estatura não estiverem à disposição considerando um meio funcional Sua origem está relacionada a diversos fatores mas principalmente por condições genéticas culturais sociais econômicos assim como metabólico e emocional Desta forma a grande quantidade de peso passou a ser considerada como uma circunstância crônica e de complexo tratamento principalmente se refletirmos acerca dos dados existentes SIGULEM et al 2012 Na imagem abaixo 10 podemos compreender as doenças que se vinculam a obesidade Figura 2 Complicações da obesidade FonteResende VA Navarro A A Importância Da Educação Nutricional Na Infância Para Prevenção Da Obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 Muitos estudos com crianças e adolescentes vão entrar em conformidade com a maneira que surge e é mantida o sobrepeso e a obesidade decorrente como vimos antes de causas multifatoriais Fatores endógenos sejam esses genéticos neuropsicológicos endócrinos ou metabólicos vão representar aproximadamente 5 dos casos de sobrepeso e obesidade Enquanto as razões exógenas originadas do comportamento dietético ou mesmo ambiental vão representar 95 dos casos Ainda são listados dentro das razões exógenas que acabam contribuído para estes estagio infantis não é direcionada uma concordância que signifique um único motivo prevaleça fortalecendo a ideia da multicasualidadeDÂMASO et al 2003 11 Figura 3 Principais fatores associados à obesidade infantil Fonte Adaptada de Gillman M RifasShima S Frazier A Rocket H Camargo C Family dinner and diet quality among older children and adolescents In Fam Med 2000 O Brasil atualmente tem mais mortes decorrentes da abundância do que pela carência de alimento Na prática os obesos possuem uma breve perspectiva de vida sendo resumida por conta de problemas clínicosmetabólicos Também por serem predispostos ao surgimento de doenças como a hipertensão arterial renitência a insulina e diabetes assim como problemas respiratórios ortopédicos e outros DÂMASO et al 2003 Estas consequências do sobrepeso mesmo na infância podem proporcionar grande participação no surgimento do diabetes hipertrigliceridemia queda nos níveis do colesterol HDL considerado o bom colesterol Nas meninas ele pode resultar em neoplasias de endométrio e mamárias no futuro Além de outras consequências desde o seu primeiro ciclo menstrual uma vez que a obesidade também influencia nas mudanças ocasionadas ao ciclo menstrual com ciclos irregulares DÂMASO et al 2003 412 Hábitos Alimentares Saudáveis na Infância Alimentação saudável é aquela que de uma maneira equilibrada combine diferentes tipos de alimentos e de grupos variados quais sejam cereais tubérculos e hortaliças Sendo que essa alimentação capaz de suprir as demandas fisiológicas do organismo permitindo assim o desenvolvimento e crescimento adequado garantindo saúde plena e prevenindo agravos a saúdeDIAS 2016 12 Existes diversos tipos de estratégias a âmbito nacional que têm sido implantadas para que melhore esses de qualidade da alimentação infantil Recentemente o Ministério da Saúde reestruturou as políticas públicas na área e lançou uma Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil EAAB que tem por objetivo melhorar e qualificar o trabalho profissionais da atenção básica assim reforçando e incentivando o aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS LOPES et al 2018 Diversos elementos vão influenciar no comportamento alimentar como a singularidade familiar e suas particularidades que vão incluir fatores externos como o comportamento dos pais e amigos assim como a associação de valores sociais e culturais da mídia a facilidade da compra de alimentos rápidos manias alimentares entre outros Assim como fatores internos que vão ser a demanda e as particularidades psicológicas a imagem corporal valores e experimentações pessoais autoestima escolhas alimentares saúde e psicológico LOPES et al 2018 Existe uma dificuldade em determinar um bom controle de saciedade sendo um elemento de risco no desenvolvimento da obesidade bem como na infância como na vida adulta No momento em que as crianças são obrigadas a comer tudo o que vem a ser servido acabam perdendo o ponto da saciedade A saciedade vai ser originada após o consumo de alimentos vai suprimir a fome e manter esta inibição por um momento de tempo determinado LOPES et al 2018 A alimentação complementar também pode ser chamada de transição alimentar quando for especialmente preparada para a criança que ainda não tem condições de consumir alimentos da mesma forma que outros integrantes da família essa alimentação deverá prosseguir até que a criança alcance essas condições em torno dos 911 meses de idadeDIAS2016 A introdução alimentar da criança deve ocorrer de forma lenta e gradual respeitando as características individuais do bebê e da família A alimentação complementar é realizada para obter as necessidades energéticas complementando o leite materno esse aporte tem que ser variado garantindo aporte adequado de vitaminas e minerais que são requeridos para o crescimento e desenvolvimento do bebêSCARPATTO FORTE2018 13 O estágio cefálico do apetite vai ter início antes do alimento chegar à boca sendo um sinal fisiológico realizados através da visão audição e odor Estes estímulos vão envolver um número grande de neurotransmissores neuromoduladores vias e receptores A distensão do estômago vai ser uma indicação importante de saciedade ainda os estímulos mecânicos que se vinculam a neurotransmissores e peptídeos como colecistocinina glucagon bombesina e somatostina SCARPATTO FORTE2018 A introdução e a educação alimentar realizada de forma equivocada gera resultados com consequências ruins para a saúde principalmente quando o oferecimento é feito anteriormente ao completo desenvolvimento fisiológico Pensando no lado nutricional se torna algo negativo aumentando o risco da contaminação e reações alérgicas também interferindo na absorção de nutrientes essenciais do leite materno que implicam no risco de desmame precoceLOPES et al 2018 Diversos fatos em relação aos hábitos alimentares vinculados a obesidade Sendo recomendado o aleitamento materno como um elemento protetor essencial para a obesidade Entretanto hábitos ruins como não tomar o café da manhã o consumo de uma grande quantidade de caloria maior o consumo de uma diversidade de alimentos e preparos em grandes proporções consumo excessivo de líquidos leves porém calóricos e uma inadequação nas práticas alimentares precoces vão ser prejudiciais e geradores de obesidade VALLE EUCLYDES2007 A alimentação que é feita pelos pais da criança gera influência determinante na alimentação infantil afetando a preferência alimentar da criança e sua regulação da ingestão energéticaVALLE EUCLYDES2007Os pais são os geradores das experiências que são oferecidas à criança e a criança se torna responsável pela decisão de quanto e em que momento irá comer Portanto os alimentos a serem oferecidos não devem oferecer riscos nutricionais ou de saúde às crianças Os pais geram contribuição de forma positiva para a aceitação alimentar estimulando os sentidosDIAS2016 14 Figura 4 Mediadores comportamentais de semelhanças familiares no hábito alimentar e no estado nutricional FonteMello EDD Luft VC Meyer F Obesidade infantil como podemos ser eficazes J Pediatr Rio J Porto Alegre v 80 n 3 p 173182 June 2004 Desta forma os pais vão exercer uma grande influência acerca da ingestão de alimentos pelas crianças Todavia conforme os pais persistem no consumo de determinados alimentos vai ser menor a chance delas o consumirem Da mesma maneira o controle pelos pais acaba tendo um efeito prejudicial Assim na primeira infância é recomendado que os pais ofereçam às crianças refeições e lanches saudáveis balanceados através de nutrientes favoráveis e que possam permitir às crianças a uma escolha de qualidade assim como a quantidade que elas desejam comer destes alimentos saudáveisVALLE EUCLYDES2007 15 5 METODOLOGIA DE PESQUISA O trabalho vai serbaseado em uma revisão bibliográfica uma vez que se pretende reunir as informações já encontradas sobre o assunto de metodologia qualitativa com foco no caráter subjetivo da bibliografia analisada por conceitos definições posições e opiniões bem como uma metodologia qualitativa e descritiva O estudo apresenta suas ideias por meio de uma pesquisa bibliográfica delimitado com foco na temática usando como critério de inclusão artigos científicos periódicos jornais ou revistas impressas ou virtuais e monografias de mestrados e doutorados publicado nos últimos 20 anos e usando como critério de exclusão os materiais que não fossem de cunho cientifico que não estivessem devidamente delimitados com o assunto escolhido e publicados em anos anteriores há 20 anos A busca pelos materiais se deu na Biblioteca Virtual de Saúde BVS nas plataformas SCIELO PUBMED e LILACS através das palavraschave obesidade infantil exercícios físicos hábitos saudáveis para crianças obesas Ressaltase que para além dos critérios de inclusão e exclusão também foram considerados o título e os resumos dos materiais a fim de selecionar aqueles que estivem mais próximos da proposta do trabalho Portanto os procedimentos para a revisão da literatura e a construção do embasamento teórico foram divididos nas seguintes etapas escolha do tema e delimitação do tema levantamento bibliográfico preliminar elaboração do plano provisório de assunto busca das fontes leitura do material fichamento organização lógica do assunto e por fim redação do texto 16 6 CRONOGRAMA ATIVIDADES 20231 20232 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Escolha do tema Definição do problema de pesquisa X X X X Definição dos objetivos justificativa X X X X Definição da metodologia X X Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica X X Entrega da primeira versão do projeto X Entrega da versão final do projeto X X Revisão das referências para elaboração do TCC X Elaboração do Capítulo 1 X X Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2 X X X Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2 Elaboração do Capítulo 3 X X Elaboração das considerações finais Revisão da Introdução X X X Reestruturação e revisão de todo o texto Verificação das referências utilizadas x Elaboração de todos os elementos pré e póstextuais X Entrega da monografia X Defesa da monografia X 17 REFERÊNCIAS CALDEIRA KMS SOUZA JMP SOUZA SB Excesso de peso e sua relação com a duração do aleitamento materno em préescolares Journal of Human Growth and Development v 25 n 1 p 8996 2015 DÂMASO A R et al Etiologia da Obesidade In DÂMASO AR Coord Obesidade Rio de Janeiro Medsi 2003 DIAS JS Importância da alimentação infantil e suas repercussões na vida adulta Universidade do Rio de Janeiro 2016 LOPES WC MARQUES FKS OLIVEIRA R FERREIRA DJA SILVEIRA MF CALDEIRA AP PINHO L Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida Rev Paul Pediatr362164170 2018 MARCHIALVES LM et al Obesidade infantil ontem e hoje Importância da avaliação antropométrica pelo enfermeiro Escola Anna Nery Revista de enfermagem v 15 n 2 p 238 244 2011 MELLO ED LUFT VC MEYER F Obesidade infantil como podemos ser eficazes J Pediatr Rio J Porto Alegre v 80 n 3 p 173182 June 2004 PONTES AMO ROLIM HJP TAMASIA GA A importância da Educação Alimentar e Nutricional na prevenção da obesidade em escolares artigo Faculdades Integradas do Vale do Ribeira 2016 RESENDE VDA NAVARRO AC A importância da educação nutricional na infância para prevenção da obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 SCARPATTO CH FORTE GC Introdução alimentar convencional versus introdução alimentar com babyled weaning BLW revisão da literatura Clin Biomed Res383292296 2018 SIGULEM S et al Obesidade na Infância e na Adolescência Editora de Projetos Médicos EPM São Paulo2012 SUÑÉ FR et al Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul do Brasil Caderno de Saúde Pública v 23 n 6 p 13611371 2007 VALLE JMN Euclydes MP A formação dos hábitos alimentares na infância uma revisão de alguns aspectos abordados na literatura nos últimos dez anos Revista APS v10 n1 p 5665 janjun 2007 A atividade está fora do período do cadastro Situação Atual da Atividade Revisado 1 dia atrás O Trabalho de conclusão de curso II atendeu parcialmente o que foi solicitado Deveria englobar os seguintes tópicos INTRODUÇÃO 2 páginas REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15 página METODOLOGIA DE PESQUISA 1 página RESULTADOS E DISCUSSÕES 3 páginas CONSIDERAÇÕES FINAIS 5 parágrafos A formatação está fora das normas da ABNT Atenciosamente Tutor Rodrigo Santos Protocolo 990067143 Arquivo final Download portfolio Histórico Revisando 1 dia atrás Tutor abriu o trabalho colaborareadcombr UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA EDUCAÇÃO FÍSICA BACHAREL Amanda Laila Domingues Amador RIO DE JANEIRO RJ 2023 AMANDA LAILA DOMINGUES AMADOR EDUCAÇÃO FÍSICA E A OBESIDADE INFANTIL Projeto apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Educação física e a obesidade infantil em Educação Física Bacharel Orientador Prof Ms Bruno José Frederico Pimenta Rio de JaneiroRJ 2023 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 11 JUSTIFICATIVA 6 12 OBJETIVOS8 121 OBJETIVO GERAL 8 122 OBJETIVOS ESPECÍFICOS8 13 METODOLOGIA DE PESQUISA9 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 10 21 A OBESIDADE INFANTIL10 22 HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS NA INFÂNCIA17 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES24 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28 4 1 INTRODUÇÃO A primeira fase na vida da criança é caracterizada pela rápida velocidade de crescimento e desenvolvimento sendo que a alimentação tem um papel fundamental para que tais fenômenos ocorram de forma adequada Durante os primeiros anos de vida a nutrição adequada é essencial para garantir o desenvolvimento físico e cognitivo ideal A infância é uma fase de grande transformação da vida do indivíduo passando por um período de aprendizagem na aquisição de novos hábitos que serão levados para a vida adulta Este período de formação é crítico pois hábitos alimentares estabelecidos nessa fase podem influenciar significativamente a saúde futura do indivíduo DIAS 2016 LOPES et al 2018 A formação de hábitos alimentares saudáveis na infância pode prevenir uma série de problemas de saúde No entanto a introdução precoce de alimentos ricos em açúcar sal e gorduras pode levar à aquisição de hábitos alimentares negativos Estes hábitos uma vez estabelecidos são difíceis de mudar e podem aumentar a incidência de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis como diabetes e doenças cardiovasculares contribuindo para uma transição nutricional no país Essa transição é caracterizada pela mudança de padrões alimentares tradicionais para dietas mais ocidentais e processadas o que tem sido associado ao aumento da prevalência de obesidade e outras doenças relacionadas à dieta A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura corporal que afeta negativamente a saúde e o bemestar da criança Tratase de uma doença multifatorial resultante da interação de elementos genéticos e ambientais Fatores como a predisposição genética o ambiente familiar e o estilo de vida influenciam significativamente o desenvolvimento da obesidade Além disso o ambiente econômico também desempenha um papel importante uma vez que a obesidade infantil compromete os recursos econômicos e provoca grandes consequências clínicas psicológicas e sociais A obesidade infantil é considerada um problema de saúde pública presente em todos os estratos sociais com prevalência de 325 em 5 meninos e 265 em meninas SUÑE et al 2007 MARCHIALVES et al 2011 Os impactos da obesidade infantil são vastos e variados Clinicamente as crianças obesas têm maior risco de desenvolver hipertensão dislipidemia resistência à insulina e problemas ortopédicos Psicologicamente essas crianças podem sofrer de baixa autoestima depressão e ansiedade devido ao estigma social e ao bullying Socialmente a obesidade pode levar ao isolamento e à dificuldade em participar de atividades físicas e sociais exacerbando ainda mais o problema Este cenário torna a obesidade infantil uma das maiores doenças nutricionais da atualidade coexistindo com situações de fome e desnutrição em diferentes regiões e grupos sociais Portanto a obesidade infantil constitui uma demanda social global com fatores diversos que incluem desde o desmame precoce até o aumento do consumo de alimentos ricos em gordura sal e açúcar bem como o sedentarismo associado ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos e novas formas de transporte A publicidade de alimentos industrializados também contribui significativamente para o problema expondo as crianças a um marketing agressivo que promove escolhas alimentares pouco saudáveis Este ambiente obesogênico aumenta a chance destas crianças obesas permanecerem obesas na vida adulta Estudos indicam que crianças obesas têm uma chance de 25 de permanecer obesas na vida adulta e essa probabilidade aumenta para 80 se o excesso de peso persistir na adolescência CALDEIRA SOUZA SOUZA 2015 A prevenção e o tratamento da obesidade infantil requerem abordagens multifacetadas incluindo políticas públicas eficazes intervenções escolares e programas de educação familiar É essencial promover ambientes que favoreçam escolhas alimentares saudáveis e estilos de vida ativos Além disso é crucial limitar a exposição das crianças à publicidade de alimentos não saudáveis e fornecer apoio para famílias adotarem práticas alimentares saudáveis Com uma abordagem abrangente e integrada é possível reduzir a prevalência da obesidade infantil e melhorar a saúde futura das próximas gerações 6 11 JUSTIFICATIVA A obesidade infantil é um problema de saúde pública que vem se tornando cada vez mais comum nos últimos anos Segundo dados do Ministério da Saúde cerca de 15 das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade estão obesas A obesidade infantil pode trazer consequências negativas para a saúde das crianças incluindo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão além de problemas psicológicos e sociais Nesse contexto é importante investigar a relação entre a educação física e a obesidade infantil e como o exercício físico pode auxiliar na diminuição da incidência de casos de obesidade infantil A educação física é uma disciplina escolar que visa desenvolver habilidades motoras cognitivas e sociais dos alunos Além disso a prática regular de atividade física pode contribuir para a promoção da saúde e prevenção de doenças incluindo a obesidade infantil Nesse sentido a pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil é relevante por evidenciar a importância do papel da escola e do professor de educação física na promoção da saúde dos alunos A obesidade infantil não é um problema isolado mas sim um fenômeno complexo que envolve fatores genéticos ambientais e comportamentais Dessa forma a pesquisa sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a identificação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade infantil considerando os fatores envolvidos A obesidade infantil pode trazer consequências negativas para a saúde das crianças incluindo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão além de problemas psicológicos e sociais Nesse sentido a pesquisa sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil é relevante por contribuir para a prevenção e o tratamento dessas consequências negativas A pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil pode ser relevante também para a formação de professores de educação física uma vez que pode contribuir para a identificação de estratégias pedagógicas eficazes para o desenvolvimento da disciplina e para a promoção da saúde dos alunos 7 A obesidade infantil é um problema que afeta não apenas a saúde das crianças mas também a economia e a sociedade em geral A pesquisa sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a redução dos custos com tratamento e prevenção de doenças relacionadas à obesidade além de melhorar a qualidade de vida das crianças e suas famíliasA pesquisa sobre a relação entre educação física e obesidade infantil pode contribuir para a elaboração de políticas públicas de saúde e educação voltadas para a promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil Trabalhos sobre a relação entre exercício físico e obesidade infantil pode contribuir para a ampliação da prática profissional do pesquisador uma vez que pode gerar conhecimentos e práticas que possam ser aplicados no contexto escolar e comunitário promovendo a saúde e o bemestar das crianças e da população em geral 8 12 OBJETIVOS 121 OBJETIVO GERAL Analisar de que maneira o exercício físico pode auxiliar na diminuição da incidência de casos de obesidade infantil 122 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender o que é a obesidade e sua gravidade Investigar a relação entre a prática regular de exercício físico e a redução da incidência de casos de obesidade infantil Identificar as estratégias eficazes de promoção da atividade física e prevenção da obesidade infantil no ambiente escolar 9 123 METODOLOGIA DE PESQUISA O presente trabalho fundamentase em uma revisão de literatura qualitativa utilizando como base de pesquisa as plataformas SCIELO PUBMED UPTODATE LILACS e a Biblioteca Virtual de Saúde BVS Foram localizados mais de 100 artigos sobre o tema obesidade infantil e sua relação com a educação física dos quais foram selecionados 13 artigos Os artigos selecionados foram analisados de forma detalhada com o objetivo de identificar os principais fatores que contribuem para a obesidade infantil e a importância da educação física na prevenção e no tratamento dessa condição A revisão abrangeu estudos que abordam desde os aspectos genéticos e ambientais até as intervenções educativas e políticas públicas Os resultados destacam a necessidade de uma abordagem multifacetada que inclua a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a incorporação de atividades físicas regulares na rotina das crianças enfatizando o papel crucial da educação física no combate à obesidade infantil 10 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 21 A OBESIDADE INFANTIL Nos últimos anos houve um aumento significativo nos estudos sobre a obesidade infantil Anteriormente essa condição era vista principalmente como uma consequência de maus hábitos alimentares e falta de exercício físico recebendo pouca atenção clínica Atualmente a obesidade infantil é reconhecida como um problema de saúde global e um transtorno multifatorial resultando no aumento do peso corporal PONTES ROLIM TAMASIA 2016 A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo da criança O índice de massa corporal IMC medido em kgm² apesar de suas limitações é o método mais utilizado mundialmente para diagnosticar excesso de peso e classificar os diferentes graus de obesidade RESENDE NAVARRO 2008 Este índice é uma ferramenta simples e acessível que ajuda a identificar crianças que necessitam de intervenções mais detalhadas e acompanhamento médico Assim como ocorre com os adultos não há consenso absoluto na definição da obesidade infantil e os métodos de avaliação variam Alguns autores sugerem que a observação visual do corpo pode ser suficiente para identificar a obesidade enquanto outros defendem a utilização de métodos científicos e rigorosos Quando necessário diversos métodos de avaliação podem ser empregados como a hidrodensitometria a hidrometria a espectroscopia de infravermelho próximo a ultrassonografia a ressonância magnética nuclear e a tomografia computadorizada MELLO LUFT MEYER 2004 A classificação do IMC é dividida em sete categorias normal sobrepeso obesidade grau I obesidade grau II obesidade grau III ou mórbida superobesidade e super superobesidade Cada uma dessas categorias possui um intervalo específico de IMC conforme mostrado no quadro abaixo RESENDE NAVARRO 2008 Essa categorização é fundamental para que profissionais de saúde possam direcionar corretamente as intervenções e tratamentos necessários 11 para cada nível de obesidade Além da avaliação do IMC é importante considerar os fatores genéticos ambientais e comportamentais que contribuem para a obesidade infantil Estudos recentes têm destacado a influência de fatores como o ambiente familiar a disponibilidade de alimentos saudáveis e a prática regular de atividades físicas na prevenção e no controle da obesidade infantil Intervenções educativas e políticas públicas são essenciais para promover hábitos saudáveis desde a infância e reduzir a prevalência de obesidade PONTES ROLIM TAMASIA 2016 Os efeitos da obesidade infantil são profundos e abrangentes afetando a saúde física e mental das crianças Problemas de saúde como diabetes tipo 2 hipertensão doenças cardiovasculares e distúrbios ortopédicos são mais comuns entre crianças obesas Além disso a obesidade pode levar a baixa autoestima depressão e isolamento social exacerbando ainda mais o problema Portanto é crucial que abordagens multifacetadas sejam implementadas para enfrentar esse desafio de saúde pública MELLO LUFT MEYER 2004 Intervenções na escola são um componente chave na luta contra a obesidade infantil Programas de educação nutricional e a incorporação de atividades físicas regulares no currículo escolar têm mostrado resultados positivos na promoção de estilos de vida mais saudáveis Além disso a implementação de políticas que restrinjam a venda de alimentos não saudáveis nas escolas pode contribuir significativamente para a redução da obesidade infantil A participação da família é igualmente importante Os pais desempenham um papel crucial na formação dos hábitos alimentares e de atividade física dos filhos Estratégias que envolvem toda a família em atividades saudáveis e que educam os pais sobre a importância de uma dieta equilibrada e de exercícios regulares são essenciais A criação de um ambiente doméstico que favoreça escolhas saudáveis pode fazer uma diferença significativa na prevenção da obesidade infantil Políticas públicas também desempenham um papel vital Governos podem implementar regulamentações que limitem a publicidade de alimentos não saudáveis 12 para crianças além de promover campanhas de conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável e de atividades físicas Programas de subsídios para alimentos saudáveis podem tornar esses produtos mais acessíveis para famílias de baixa renda ajudando a combater a obesidade infantil em comunidades vulneráveis Outro aspecto importante é a formação de profissionais de saúde capacitados para identificar e tratar a obesidade infantil Isso inclui não apenas médicos mas também nutricionistas psicólogos e educadores físicos que devem trabalhar em conjunto para oferecer um atendimento multidisciplinar às crianças e suas famílias A educação continuada desses profissionais é fundamental para que estejam atualizados com as melhores práticas e abordagens Figura 1Classificação de sobrepeso e obesidade pelo IMC FonteResende VA Navarro A A Importância Da Educação Nutricional Na Infância Para Prevenção Da Obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 Os níveis classificatórios do índice de massa corporal IMC evidenciam a crescente prevalência do acúmulo de peso e consequentemente da obesidade no Brasil Este fenômeno é uma consequência do desenvolvimento econômico que o país experimentou nos últimos anos Embora tenha havido benefícios como a redução dos índices de mortalidade infantil e desnutrição também houve um aumento das medidas antropométricas da população que passou a ter acesso a uma alimentação mais calórica RESENDE NAVARRO 2008 13 Segundo Sigulem et al 2012 alguns métodos de avaliação antropométrica não são adequados para estudos populacionais sendo mais pertinentes para a prática clínica Esses métodos frequentemente caros e restritos a centros especializados de pesquisa incluem a hidrodensitometria a hidrometria e a tomografia computadorizada Contudo a soma das quatro pregas cutâneas tríceps bíceps subescapular e suprailíaca tem se mostrado eficaz no diagnóstico da obesidade em ambos os sexos Uma limitação desse método é a dificuldade de medir as pregas em indivíduos com obesidade severa A circunferência média do braço CMB é outro indicador utilizado na avaliação da composição corporal Esse método pode ser empregado isoladamente ou em associação com a prega cutânea do tríceps especialmente quando informações sobre peso e estatura não estão disponíveis A CMB é considerada uma medida funcional e prática na avaliação de crianças e adolescentes SIGULEM et al 2012 A obesidade infantil tem origem multifatorial envolvendo fatores genéticos culturais sociais econômicos metabólicos e emocionais Assim o excesso de peso é considerado uma condição crônica e de tratamento complexo Dados indicam que a obesidade está associada a várias comorbidades como diabetes tipo 2 hipertensão doenças cardiovasculares problemas ortopédicos entre outros SIGULEM et al 2012 Os impactos econômicos da obesidade infantil também são significativos O tratamento das doenças associadas ao excesso de peso demanda recursos financeiros consideráveis dos sistemas de saúde Além disso crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos perpetuando o ciclo de doenças crônicas e custos elevados para a sociedade Além dos custos econômicos a obesidade infantil impõe um pesado fardo emocional Crianças obesas frequentemente enfrentam estigmatização e discriminação o que pode levar a baixa autoestima depressão e ansiedade Essas dificuldades emocionais podem dificultar ainda mais a adoção de hábitos de vida saudáveis criando um ciclo vicioso difícil de romper 14 A prevenção da obesidade infantil requer uma abordagem integrada envolvendo políticas públicas educação mudanças no ambiente alimentar e promoção de atividades físicas Governos podem implementar regulamentações que limitem a publicidade de alimentos não saudáveis para crianças e promover campanhas de conscientização sobre a importância de uma alimentação balanceada e de exercícios físicos regulares Nas escolas programas de educação nutricional e a inclusão de atividades físicas no currículo são essenciais Esses programas ajudam as crianças a desenvolver hábitos saudáveis desde cedo e a compreender a importância de uma alimentação equilibrada Além disso escolas podem atuar como locais estratégicos para a implementação de políticas alimentares saudáveis como a restrição de alimentos processados e a promoção de refeições nutritivas A participação da família também é crucial Pais e responsáveis devem ser educados sobre a importância de fornecer uma alimentação saudável e de incentivar a prática regular de atividades físicas Criar um ambiente doméstico que favoreça escolhas alimentares saudáveis pode ter um impacto duradouro na prevenção da obesidade infantil Figura 2 Complicações da obesidade FonteResende VA Navarro A A Importância Da Educação Nutricional Na Infância Para Prevenção Da Obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 15 Diversos estudos com crianças e adolescentes concordam quanto à forma como o sobrepeso e a obesidade se desenvolvem e se mantêm destacando a natureza multifatorial dessas condições Fatores endógenos como os genéticos neuropsicológicos endócrinos e metabólicos são responsáveis por aproximadamente 5 dos casos de sobrepeso e obesidade Em contrapartida as causas exógenas relacionadas ao comportamento dieta e ambiente representam 95 dos casos Entre os fatores exógenos não há um consenso que indique um único motivo predominante o que reforça a ideia de que a obesidade infantil resulta de múltiplas causas Comportamentos alimentares inadequados a falta de atividade física e o ambiente em que a criança vive são fatores significativos Além disso a influência da mídia e a disponibilidade de alimentos altamente calóricos e processados também desempenham um papel importante no desenvolvimento da obesidade D MASO et al 2003 As mudanças nos padrões alimentares caracterizadas pelo aumento do consumo de alimentos processados e ricos em açúcares e gorduras são um dos principais fatores que contribuem para o aumento da obesidade infantil Crianças expostas a dietas hipercalóricas desde cedo tendem a desenvolver preferências por esses tipos de alimentos o que dificulta a adoção de hábitos alimentares saudáveis na vida adulta Programas de educação nutricional nas escolas e campanhas de conscientização são essenciais para reverter esse quadro Outro aspecto crucial é a redução da atividade física entre crianças e adolescentes O aumento do tempo dedicado a atividades sedentárias como assistir televisão e jogar videogames associado à diminuição das brincadeiras ao ar livre e das aulas de educação física contribui significativamente para o aumento dos índices de obesidade Promover a prática regular de exercícios físicos é fundamental para o controle do peso e para a saúde geral das crianças Além disso o ambiente em que a criança vive desempenha um papel determinante na prevalência da obesidade infantil Famílias que vivem em áreas 16 com acesso limitado a alimentos saudáveis e a espaços seguros para a prática de atividades físicas enfrentam maiores desafios na prevenção e no controle do sobrepeso Políticas públicas que garantam a disponibilidade de alimentos nutritivos e a criação de espaços adequados para a prática de exercícios são necessárias para combater a obesidade infantil de forma eficaz Figura 3 Principais fatores associados à obesidade infantil Fonte Adaptada de Gillman M RifasShima S Frazier A Rocket H Camargo C Family dinner and diet quality among older children and adolescents In Fam Med 2000 Atualmente o Brasil enfrenta mais mortes causadas pelo excesso alimentar do que pela falta de alimentos Na prática indivíduos obesos possuem uma expectativa de vida reduzida devido a problemas clínicometabólicos Eles estão mais predispostos ao desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial resistência à insulina e diabetes além de problemas respiratórios ortopédicos e outros D MASO et al 2003 As consequências do sobrepeso mesmo na infância podem ter um impacto significativo no surgimento de diabetes hipertrigliceridemia e na diminuição dos níveis de colesterol HDL conhecido como o bom colesterol Em meninas a obesidade pode levar ao desenvolvimento futuro de neoplasias de endométrio e de mama Além disso a obesidade influencia as alterações no ciclo menstrual resultando em ciclos irregulares desde o início da menstruação D MASO et al 2003 17 O excesso de peso na infância também tem repercussões adversas no desenvolvimento psicológico das crianças O estigma relacionado à obesidade pode desencadear questões de autoestima ansiedade e desânimo Além disso é comum que crianças com sobrepeso sejam alvo de intimidação e preconceito o que pode intensificar os desafios de saúde mental que enfrentam e tornar ainda mais desafiadora a adoção de hábitos de vida saudáveis Essas experiências podem deixar marcas profundas no bemestar emocional das crianças influenciando sua autoimagem e autoconfiança de maneira duradoura A constante exposição ao bullying e à discriminação pode gerar um ciclo negativo no qual a criança obesa se sente cada vez mais isolada e inadequada exacerbando os sintomas de depressão e ansiedade Além disso o impacto psicológico da obesidade infantil não se limita apenas ao presente mas pode moldar o futuro das crianças à medida que elas crescem A falta de autoestima e a ansiedade social podem dificultar o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e a participação em atividades físicas perpetuando o ciclo de sedentarismo e ganho de peso Assim abordar a obesidade na infância não é apenas uma questão de saúde física mas também de garantir o bemestar emocional e psicológico das futuras gerações Outro aspecto preocupante é a influência do ambiente escolar na formação dos hábitos alimentares das crianças Muitas escolas ainda oferecem alimentos pouco saudáveis e não incentivam adequadamente a prática de atividades físicas É essencial que instituições de ensino promovam programas de alimentação balanceada e atividades físicas regulares para ajudar a combater a obesidade infantil 22 HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS NA INFÂNCIA Atualmente o Brasil enfrenta mais mortes causadas pelo excesso de alimentos do que pela falta deles Na prática indivíduos obesos possuem uma expectativa de vida reduzida devido a problemas clínicometabólicos Eles estão mais predispostos ao desenvolvimento de doenças como hipertensão arterial 18 resistência à insulina e diabetes além de problemas respiratórios ortopédicos e outros D MASO et al 2003 As consequências do sobrepeso mesmo na infância podem ter um impacto significativo no surgimento de diabetes hipertrigliceridemia e na diminuição dos níveis de colesterol HDL conhecido como o bom colesterol Em meninas a obesidade pode levar ao desenvolvimento futuro de neoplasias de endométrio e de mama Além disso a obesidade influencia as alterações no ciclo menstrual resultando em ciclos irregulares desde o início da menstruação D MASO et al 2003 A alimentação saudável é aquela que combina de maneira equilibrada diferentes tipos de alimentos e grupos variados como cereais tubérculos e hortaliças Esta alimentação é capaz de suprir as demandas fisiológicas do organismo permitindo o desenvolvimento e crescimento adequados garantindo saúde plena e prevenindo agravos à saúde DIAS 2016 No entanto a obesidade infantil compromete essa premissa exigindo atenção especial às práticas alimentares Diversas estratégias nacionais têm sido implementadas para melhorar a qualidade da alimentação infantil Recentemente o Ministério da Saúde reestruturou as políticas públicas na área e lançou a Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil EAAB O objetivo é melhorar e qualificar o trabalho dos profissionais da atenção básica reforçando e incentivando o aleitamento materno e a alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS LOPES et al 2018 Vários fatores influenciam o comportamento alimentar incluindo as particularidades familiares e os valores sociais e culturais O comportamento dos pais amigos a mídia a facilidade de acesso a alimentos rápidos e as preferências alimentares individuais são determinantes importantes Também devem ser considerados fatores internos como a demanda e particularidades psicológicas a imagem corporal autoestima e escolhas alimentares LOPES et al 2018 19 A dificuldade em determinar um bom controle de saciedade representa um risco para o desenvolvimento da obesidade tanto na infância quanto na vida adulta Quando as crianças são obrigadas a comer tudo o que lhes é servido perdem a capacidade de reconhecer o ponto de saciedade A saciedade ocorre após o consumo de alimentos suprimindo a fome e mantendo essa inibição por um período determinado LOPES et al 2018 A alimentação complementar ou transição alimentar é crucial quando especialmente preparada para a criança que ainda não tem condições de consumir alimentos da mesma forma que outros membros da família Esta alimentação deve continuar até que a criança esteja pronta para isso geralmente entre 9 e 11 meses de idade DIAS 2016 A introdução alimentar da criança deve ocorrer de forma lenta e gradual respeitando as características individuais do bebê e da família A alimentação complementar deve suprir as necessidades energéticas complementando o leite materno e garantindo um aporte adequado de vitaminas e minerais essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê SCARPATTO FORTE 2018 O estágio cefálico do apetite começa antes mesmo do alimento chegar à boca sendo um sinal fisiológico ativado pela visão audição e olfato Esses estímulos envolvem diversos neurotransmissores neuromoduladores vias e receptores A distensão do estômago é um indicador importante de saciedade assim como os estímulos mecânicos que se ligam a neurotransmissores e peptídeos como colecistocinina glucagon bombesina e somatostatina SCARPATTO FORTE 2018 Introduzir e educar sobre alimentação de maneira equivocada pode ter consequências negativas para a saúde especialmente quando a oferta de alimentos ocorre antes do completo desenvolvimento fisiológico Do ponto de vista nutricional isso pode aumentar o risco de contaminação e reações alérgicas além de interferir na absorção de nutrientes essenciais do leite materno levando ao desmame precoce LOPES et al 2018 20 Diversos hábitos alimentares estão associados à obesidade O aleitamento materno é um elemento protetor essencial contra a obesidade Contudo hábitos ruins como não tomar café da manhã consumir muitas calorias ingerir grandes porções de alimentos variados consumir líquidos calóricos em excesso e ter práticas alimentares inadequadas desde cedo são prejudiciais e contribuem para o desenvolvimento da obesidade VALLE EUCLYDES 2007 A alimentação promovida pelos pais tem uma influência determinante na alimentação infantil afetando a preferência alimentar da criança e sua regulação da ingestão energética VALLE EUCLYDES 2007 Os pais são responsáveis por oferecer experiências alimentares à criança que decide quanto e quando comer Portanto os alimentos oferecidos não devem representar riscos nutricionais ou de saúde Os pais podem contribuir positivamente para a aceitação alimentar estimulando os sentidos da criança DIAS 2016 A prática de atividade física é fundamental para a prevenção da obesidade infantil e a promoção da saúde Atividades regulares ajudam a controlar o peso melhoram a saúde cardiovascular fortalecem os ossos e músculos e promovem o bemestar mental Além disso a atividade física é um importante instrumento de construção social pois incentiva a socialização o trabalho em equipe e o desenvolvimento de habilidades sociais Nas escolas a inclusão de aulas de educação física e a promoção de atividades extracurriculares esportivas são essenciais Essas práticas ajudam a incorporar a atividade física na rotina diária das crianças incentivando hábitos saudáveis que podem ser mantidos ao longo da vida Programas escolares que promovem a atividade física também contribuem para um melhor desempenho acadêmico pois crianças fisicamente ativas tendem a ter melhor concentração e desempenho nas tarefas escolares As políticas públicas devem apoiar a criação de espaços seguros para a prática de atividades físicas em comunidades e bairros A disponibilidade de parques quadras esportivas e pistas de caminhada e ciclismo facilita o acesso da população 21 a atividades físicas regulares Além disso campanhas de conscientização sobre os benefícios da atividade física são necessárias para motivar famílias a adotarem um estilo de vida ativo A integração de práticas alimentares saudáveis com a atividade física regular cria uma base sólida para a saúde infantil A combinação dessas estratégias é fundamental para prevenir a obesidade e promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis Os pais educadores e profissionais de saúde têm um papel crucial em encorajar e facilitar essas práticas Figura 4 Mediadores comportamentais de semelhanças familiares no hábito alimentar e no estado nutricional FonteMello EDD Luft VC Meyer F Obesidade infantil como podemos ser eficazes J Pediatr Rio J Porto Alegre v 80 n 3 p 173182 June 2004 Dessa forma os pais exercem uma grande influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças No entanto quanto mais os pais insistem no consumo de determinados alimentos menor é a chance de as crianças aceitarem esses alimentos Da mesma forma o controle rigoroso pelos pais pode ter um efeito negativo Portanto na primeira infância é recomendado que os pais ofereçam às crianças refeições e lanches saudáveis e balanceados ricos em nutrientes Isso permite que as crianças façam escolhas de qualidade e decidam a quantidade que desejam comer desses alimentos saudáveis VALLE EUCLYDES 2007 22 Nas escolas programas que promovem a atividade física também podem contribuir para um melhor desempenho acadêmico Crianças fisicamente ativas tendem a ter melhor concentração e desempenho nas tarefas escolares Além disso a criação de políticas públicas que incentivem a construção de espaços seguros para a prática de atividades físicas em comunidades e bairros é fundamental A disponibilidade de parques quadras esportivas e pistas de caminhada e ciclismo facilita o acesso da população a atividades físicas regulares Campanhas de conscientização sobre os benefícios da atividade física também são necessárias para motivar as famílias a adotarem um estilo de vida ativo A integração de práticas alimentares saudáveis com a atividade física regular cria uma base sólida para a saúde infantil A combinação dessas estratégias é fundamental para prevenir a obesidade e promover um crescimento e desenvolvimento saudáveis Pais educadores e profissionais de saúde têm um papel crucial em encorajar e facilitar essas práticas A alimentação saudável é aquela que combina de maneira equilibrada diferentes tipos de alimentos e grupos variados como cereais tubérculos e hortaliças capazes de suprir as demandas fisiológicas do organismo permitindo o desenvolvimento e crescimento adequados garantindo saúde plena e prevenindo agravos à saúde Além disso é importante destacar as estratégias nacionais que têm sido implementadas para melhorar a qualidade da alimentação infantil Recentemente o Ministério da Saúde reestruturou as políticas públicas na área e lançou a Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil EAAB O objetivo é melhorar e qualificar o trabalho dos profissionais da atenção básica reforçando e incentivando o aleitamento materno e a alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS LOPES et al 2018 Diversos fatores influenciam o comportamento alimentar incluindo particularidades familiares valores sociais e culturais comportamento dos pais e amigos influência da mídia facilidade de acesso a alimentos rápidos e preferências alimentares individuais Também devem ser considerados fatores internos como 23 demandas psicológicas imagem corporal autoestima e escolhas alimentares LOPES et al 2018 A dificuldade em determinar um bom controle de saciedade representa um risco para o desenvolvimento da obesidade tanto na infância quanto na vida adulta Quando as crianças são obrigadas a comer tudo o que lhes é servido perdem a capacidade de reconhecer o ponto de saciedade A saciedade ocorre após o consumo de alimentos suprimindo a fome e mantendo essa inibição por um período determinado LOPES et al 2018 24 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos por meio da revisão bibliográfica neste estudo revelam uma série de aspectos cruciais sobre a obesidade infantil e suas interconexões com a prática de exercícios físicos e hábitos saudáveis A problemática da obesidade entre crianças emerge como uma preocupação crescente em escala global transcendendo fronteiras econômicas e geográficas Estimativas apontam que mais de 42 milhões de crianças com menos de 5 anos estão com sobrepeso ou obesidade em todo o mundo conforme dados da Organização Mundial da Saúde OMS em 2020 No contexto brasileiro informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN revelam que em 2019 aproximadamente 159 das crianças entre 5 e 9 anos já sofriam com obesidade evidenciando uma tendência preocupante A literatura especializada ressalta que a obesidade infantil é multifatorial associada a uma miríade de elementos que incluem desde padrões alimentares inadequados até fatores genéticos socioeconômicos e ambientais Além disso crianças com excesso de peso enfrentam um risco ampliado de desenvolver comorbidades sérias como diabetes tipo 2 doenças cardiovasculares além de questões ortopédicas e psicológicas Nesse contexto a prática regular de atividade física e a adoção de um estilo de vida saudável surgem como estratégias fundamentais para a prevenção e tratamento da obesidade infantil Diversos estudos convergem ao demonstrar que a prática de exercícios físicos regulares em conjunto com uma alimentação equilibrada não apenas auxilia na redução do peso corporal e na melhoria da composição corporal mas também proporciona benefícios psicológicos e sociais significativos para as crianças Uma revisão sistemática meticulosa mergulhou nos efeitos de intervenções abrangentes que incorporavam atividades físicas como parte integrante do tratamento da obesidade infantil Este estudo representou um esforço significativo para compreender melhor como diferentes formas de exercício impactam a saúde de 25 crianças e adolescentes com excesso de peso Os resultados detalhados desta análise revelaram uma constatação encorajadora programas que incluíam exercícios aeróbicos tanto de forma isolada quanto combinados com exercícios de resistência emergiram como eficazes na luta contra o excesso de peso entre crianças e adolescentes A análise dos dados evidenciou que a inclusão de atividades aeróbicas como corrida natação e ciclismo ofereceu benefícios tangíveis na redução do Índice de Massa Corporal IMC desses jovens Esses exercícios conhecidos por aumentar a frequência cardíaca e melhorar a capacidade cardiovascular demonstraram ser particularmente eficazes na queima de calorias e na promoção da perda de peso saudável Além disso quando combinados com exercícios de resistência como levantamento de pesos ou treinamento de força os resultados foram ainda mais promissores A sinergia entre exercícios aeróbicos e de resistência mostrouse crucial não apenas para a redução do IMC mas também para a diminuição da gordura corporal Os exercícios de resistência ao fortalecerem os músculos e aumentarem a massa muscular magra desempenharam um papel fundamental na transformação da composição corporal desses indivíduos A redução da gordura corporal não apenas contribui para uma estética mais saudável mas também está intimamente ligada à melhoria dos marcadores de saúde como os níveis de colesterol e glicose no sangue e à redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas associadas à obesidade Essas descobertas não apenas reforçam a importância da atividade física na gestão da obesidade infantil mas também destacam a necessidade de programas de intervenção que abordem tanto o componente aeróbico quanto o de resistência Ao oferecer uma abordagem abrangente que visa não apenas à perda de peso mas também à melhoria da saúde geral e da composição corporal tais programas têm o potencial de impactar positivamente a vida de crianças e adolescentes em todo o mundo Para além dos benefícios físicos a literatura enfatiza os aspectos positivos em 26 termos psicológicos e sociais advindos da prática regular de exercícios físicos para crianças obesas Estudos apontam que a atividade física pode contribuir para o aumento da autoestima uma imagem corporal mais positiva além de favorecer a socialização e a qualidade de vida dessa população 27 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das análises detalhadas sobre a obesidade infantil e suas interações com a prática de exercícios físicos e hábitos saudáveis é possível extrair conclusões cruciais para orientar futuras intervenções e políticas de saúde pública Os estudos revisados destacam a crescente prevalência da obesidade entre crianças e adolescentes em escala global evidenciando a urgência de abordagens eficazes para enfrentar essa questão complexa Ficou claro que a obesidade infantil é influenciada por uma série de fatores incluindo padrões alimentares inadequados falta de atividade física influências genéticas e socioeconômicas No entanto a literatura enfatiza que a prática regular de exercícios físicos aliada a uma dieta equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção e tratamento dessa condição Os estudos revelaram que programas que combinam exercícios aeróbicos e de resistência demonstraram ser particularmente eficazes na redução do Índice de Massa Corporal IMC e na diminuição da gordura corporal em crianças e adolescentes Além dos benefícios físicos como a melhoria da composição corporal e a redução do risco de comorbidades associadas à obesidade a prática regular de exercícios físicos também oferece vantagens psicológicas e sociais significativas Aumento da autoestima melhor imagem corporal e maior integração social foram observados como resultados positivos dessa prática destacando sua importância além dos aspectos puramente físicos Por fim é crucial reconhecer que abordar a obesidade infantil requer uma abordagem multidisciplinar e integrada que envolva não apenas profissionais de saúde mas também famílias escolas e comunidades A promoção de hábitos saudáveis desde a infância juntamente com o incentivo à prática regular de exercícios físicos pode desempenhar um papel fundamental na reversão da tendência preocupante de aumento da obesidade infantil e na promoção de uma vida mais saudável e equilibrada para as futuras geraçõ 28 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALDEIRA KMS SOUZA JMP SOUZA SB Excesso de peso e sua relação com a duração do aleitamento materno em préescolares Journal of Human Growth and Development v 25 n 1 p 8996 2015 DÂMASO A R et al Etiologia da Obesidade In DÂMASO AR Coord Obesidade Rio de Janeiro Medsi 2003 DIAS JS Importância da alimentação infantil e suas repercussões na vida adulta Universidade do Rio de Janeiro 2016 LOPES WC MARQUES FKS OLIVEIRA R FERREIRA DJA SILVEIRA MF CALDEIRA AP PINHO L Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida Rev Paul Pediatr362164170 2018 MARCHIALVES LM et al Obesidade infantil ontem e hoje Importância da avaliação antropométrica pelo enfermeiro Escola Anna Nery Revista de enfermagem v 15 n 2 p 238 244 2011 MELLO ED LUFT VC MEYER F Obesidade infantil como podemos ser eficazes J Pediatr Rio J Porto Alegre v 80 n 3 p 173182 June 2004 PONTES AMO ROLIM HJP TAMASIA GA A importância da Educação Alimentar e Nutricional na prevenção da obesidade em escolares artigo Faculdades Integradas do Vale do Ribeira 2016 RESENDE VDA NAVARRO AC A importância da educação nutricional na infância para prevenção da obesidade Revista Brasileira de Obesidade Nutrição e Emagrecimento São Paulo v2 n 8 p149156 Marabril 2008 SCARPATTO CH FORTE GC Introdução alimentar convencional versus introdução alimentar com babyled weaning BLW revisão da literatura Clin Biomed Res383292296 2018 SIGULEM S et al Obesidade na Infância e na Adolescência Editora de Projetos Médicos EPM São Paulo2012 SUÑÉ FR et al Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul do Brasil Caderno de Saúde Pública v 23 n 6 p 13611371 2007 VALLE JMN Euclydes MP A formação dos hábitos alimentares na infância uma revisão de alguns aspectos abordados na literatura nos últimos dez anos Revista APS v10 n1 p 5665 janjun 2007