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1 REME Rev Min Enferm 201822e1096 DOI 1059351415276220180026 Como citar este artigo Feldhaus C Loro MM Rutke TCB Matter PS Kolankiewicz ACB Stumm EMF Conhecimento de acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia sobre higiene das mãos REME Rev Min Enferm 2018citado em 22e1096 Disponível em DOI 1059351415276220180026 RESUMO Objetivo analisar o conhecimento em relação à higienização das mãos HM na perspectiva de acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia de uma Universidade Privada Método estudo transversal quantitativo realizado em uma Universidade Privada do interior do estado do Rio Grande do Sul com acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia Utilizouse como instrumento de coleta de dados o teste de conhecimento a respeito da HM para profissionais da saúde e questionário para identificar o perfil sociodemográfico A inserção e análise descritiva dos dados foram realizadas pelo programa PASW Statistics Utilizouse o teste quiquadrado de Pearson para verificar a existência de associação entre as variáveis Resultados participaram 126 acadêmicos prevaleceu o sexo feminino e idade de até 27 anos Os participantes afirmaram ser as mãos o principal meio de transmissão de microrganismos patógenos Acadêmicos de Fisioterapia em sua maioria desconhecem o tempo mínimo necessário para a preparação alcoólica ter efetividade A totalidade dos participantes afirmou que é necessária a HM antes do contato com o paciente Acadêmicos de Enfermagem demonstram conhecimento superior no que se refere à necessidade de HM após contato com superfícies próximas do paciente e superfícies que podem contaminar as mãos demonstrando diferença estatisticamente significativa entre saberes Conclusão evidenciaramse lacunas no conhecimento dos acadêmicos com destaque para o que se refere aos cinco momentos da HM o que realça a necessidade de que na formação acadêmica seja reforçada esta temática com vistas à segurança do paciente Palavraschave Enfermagem Fisioterapia Higiene das Mãos Conhecimento Segurança do Paciente ABSTRACT Objective to analyze the knowledge regarding Hand Hygiene HH from the perspective of Nursing and Physiotherapy students from a private university Method crosssectional and quantitative study conducted at a private university of the State of Rio Grande do Sul Brazil with nursing and physiotherapy students We used as instrument of data collection or Knowledge Test on HH for Health Professionals and a questionnaire to identify the sociodemographic profile Data insertion and descriptive analysis were performed by PASW Statistics Pearsons Chisquare test was used to verify the association between variables Results participants were 126 academics with prevalence of females and age up to 27 years Participants affirmed that the hands are the main means of transmission of pathogenic microorganisms Academics of physiotherapy were mostly unaware of the minimum time required for the alcohol solution to be effective All participants stated that HH is required before contact with the patient Nursing students demonstrate greater knowledge regarding the need for HH after contact with surfaces close to the patient and surfaces that can contaminate the hands demonstrating a statistically significant difference between knowledge Conclusion there have been gaps in the knowledge of academics with emphasis on the five moments of HH which points to the need for the academic training to reinforce this theme with a view to patient safety Keywords Nursing Physical Therapy Specialty Hand Hygiene Knowledge Patient Safety 1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE Cascavel PR Brasil 2 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ Ijuí RS Brasil 3 UNIJUÍ Santa Rosa RS Brasil Autor Correspondente Carine Feldhaus Email carine0212hotmailcom Submetido em 25062017 Aprovado em 26032018 Carine Feldhaus 1 Marli Maria Loro 2 Thays Cristina Berwig Rutke ² Priscila da Silva Matter ³ Adriane Cristina Bernat Kolankiewicz ² Eniva Miladi Fernandes Stumm ² CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM E FISIOTERAPIA SOBRE HIGIENE DAS MÃOS KNOWLEDGE OF NURSING AND PHYSIOTHERAPY STUDENTS ON HAND HYGIENE EL CONOCIMIENTO DE LOS ESTUDIANTES DE ENFERMERÍA Y FISIOTERAPIA SOBRE LA HIGIENE DE LAS MANOS Pesquisa 2 Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos DOI 1059351415276220180026 REME Rev Min Enferm 201822e1096 INTRODUÇÃO A preocupação com a qualidade do cuidado e com a segu rança do paciente nas instituições de saúde tem ênfase mundial com maior relevância após a publicação do relatório Errar é hu mano do Institute of Medicine em 1999 Este pontuou que a cada ano 98000 pessoas hospitalizadas morrem em decorrên cia de erros médicos1 Anteriormente em 1991 foi publicado o Results of the Harvard Medical Practice Study I o qual destacou que 470 dos pacientes atendidos em hospitais de Nova Ior que sofreram eventos adversos em decorrência da internação2 Ao entender a segurança do paciente como um tema prio ritário a Organização Mundial de Saúde OMS em 2004 lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente na perspectiva de estimular ações com vistas a qualificar a assistência em saú de3 Nesse sentido o Ministério da Saúde MS para acompanhar as metas mundiais estabelecidas em 2004 implantou em 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente PNSP com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional4 Entre as estratégias para implementar o PNSP destacase a inclusão do tema segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico superior e pós graduação Ainda o MS em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA estimula a implementação de protocolos guias e manuais de segurança do paciente e entre estes enfatizamse os referentes às infecções relacionadas à as sistência à saúde IRAS4 Nesse contexto ressaltase a impor tância da higienização das mãos HM que é avaliada como de relevância e eficácia seja pela praticidade baixo custo e so bretudo custobenefício para prevenção e controle das IRAS5 Na perspectiva da epidemiologia da transmissão de IRAS consideramse as mãos como a principal via de disseminação visto que a HM eficaz reduz ou mesmo evita a possibilidade de infecções muito embora a adesão dos profissionais de saúde às práticas recomendadas ainda esteja aquém do preconizado6 Pesquisa evidenciou que a baixa adesão à HM está relacionada ao aumento dos índices de infecções hospitalares em torno de 50 a 607 Contudo estudo demonstra que os profissionais por vezes ignoram sua importância bem como não compreendem os mecanismos básicos de transmissão de microrganismos que provocam infecções impondo risco à segurança do paciente8 Ao considerar as dificuldades de adesão dos profissionais de saúde à HM a OMS propôs cinco momentos para a sua execução antes e após o contato com o paciente antes da rea lização de procedimentos assépticos após contato com super fícies próximas do paciente e após risco de exposição a fluidos corporais Salienta ainda que quando as mãos apresentamse visivelmente sujas o processo de higienização deve ser realiza do com água e sabão obrigatoriamente59 Importante ressaltar que no processo de formação pro fissional esta temática necessita ser abordada É essencial para que estudantes possam adentrar os serviços de assistência à saúde e desenvolver práticas pautadas nas medidas de bios segurança e na segurança do paciente Desse modo a abor dagem sobre HM deve ocorrer precocemente ou seja antes da primeira prática Isso está atrelado à responsabilidade e ao compromisso das instituições de ensino responsáveis pela for mação e transmissão de conhecimentos científicos essenciais para o reconhecimento da relevância do tema com vistas a promover a primordialidade da adesão na perspectiva de pri mar pela segurança do paciente e do profissional A partir das evidências apresentadas este estudo justifica se pela importância da temática pela necessidade de mais ade são pelos profissionais da área da saúde em relação a essa prática A partir de buscas realizadas em bases de dados apurouse que poucas são as pesquisas que abordam a população acadêmica de modo a identificar o conhecimento dos futuros profissionais acerca da HM identificandose lacuna do conhecimento Ademais os resultados podem constituirse em indicado res para docentes atentarem e sensibilizarem os estudantes em RESUMEN Objetivo Analizar el conocimiento sobre la higienización de las manos HM desde la perspectiva del estudiante de enfermería y fisioterapia de una universidad privada Método Estudio transversal cuantitativo realizado en una universidad privada del interior del estado de Rio Grande do Sul con estudiantes de Enfermería y Fisioterapia Los datos se recogieron mediante la prueba de conocimiento sobre HM para profesionales de la salud y un cuestionario para identificar el perfil sociodemográfico Se utilizó el programa PASW Statistics para la inserción y análisis descriptivo de datos La prueba Chicuadrado de Pearson se empleó para determinar la existencia de asociación entre variables Resultados participaron 126 estudiantes prevaleció el sexo femenino y edad hasta 27 años Los participantes afirmaron que las manos eran el medio principal de transmisión de microorganismos patógenos El estudiante de fisioterapia en general desconoce el tiempo mínimo necesario para que la preparación alcohólica tenga efectividad La totalidad de los participantes afirmó que la HM es necesaria antes del contacto con el paciente El estudiante de enfermería demuestra conocimiento superior en lo que se refiere a la necesidad de HM después del contacto con superficies cerca del paciente y de aquéllas que puedan contaminar las manos demostrando diferencia estadísticamente significativa de conocimiento entre ambos cursos Conclusión se evidenciaron algunas lagunas sobre todo en lo referente a los cinco momentos de la HM lo que indica la necesidad de reforzar este tema en la formación académica con vistas a la seguridad del paciente Palabras clave Enfermería Fisioterapia Higiene de las Manos Conocimiento Seguridad del Paciente 3 Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos DOI 1059351415276220180026 REME Rev Min Enferm 201822e1096 rios estabelecidos Os que aceitaram participar do estudo assi naram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE em duas vias uma permaneceu com o participante e outra com a pesquisadora principal Como instrumento de pesquisa utilizouse o teste de conhecimento a respeito da higienização das mãos para profissionais da saúde validado pela Organiza ção Mundial da Saúde10 O instrumento é um questionário autoaplicável com ques tões de múltipla escolha que avaliam o conhecimento técnico e científico sobre os aspectos da HM durante a assistência No instru mento há também questões de caracterização sociodemográfica10 A inserção e análise descritiva dos dados foram realizadas no programa PASW Statistics Predictive Analytics Software da SPSS Inc Chicago USA 180 for Windows As variáveis estão descritas em números e percentuais Para verificar a existência de associa ção entre as variáveis estudadas utilizouse o teste quiquadrado de Pearson consideradas estatisticamente significantes se p005 Os aspectos éticos foram respeitados O estudo foi apro vado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CEP da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNI JUI sob CAAE 47106715200005350 RESULTADOS Dos 126 acadêmicos participantes do estudo evidenciou se que 90 714 encontravamse na faixa etária de 18 a 27 anos 107 849 eram do sexo feminino 89 706 eram sol teiros 103 817 não possuíam filhos 86 683 residiam com a família e 97 77 não praticavam esportes Em relação à atividade acadêmica 95 754 cumpriam carga horária no se mestre entre 20 e 33 créditos 301 a 500 horas e 80 635 não exerciam atividades profissionais remuneradas Em relação à principal rota de transmissão cruzada de mi crorganismos potencialmente patogênicos entre pacientes em serviços de saúde 122 968 respondentes afirmaram ser as mãos do profissional quando não higienizadas Na Tabela 1 estão apresentados os dados referentes aos itens que devem ser evitados por estarem relacionados à colo nização das mãos Ao consideraremse os itens a serem evitados por estarem associados à possibilidade de colonização das mãos na Tabela 1 evidenciase que a maioria 794 dos respondentes afirmou que deve ser evitada pele danificada Do curso de Enfermagem a totalidade assegurou que joias e creme hidratante 276 de vem ser evitados Os participantes da Fisioterapia referiram em sua totalidade que unhas postiças devem ser evitadas e 338 mencionaram o uso de creme hidratante Quando relacionado o conhecimento acerca dos itens a serem evitados entre aca dêmicos o uso do teste quiquadrado de Pearson mostrou que não ocorreu significância estatística processo de formação acerca desse aspecto o qual deve per passar a efetivação do cuidado e transcender a posterior práti ca profissional uma vez que as mãos são diretamente respon sáveis pela transmissão de microrganismos patógenos Diante disso temse como questão norteadora do estudo qual é o conhecimento de acadêmicos de Enfermagem e Fisio terapia a respeito da higienização das mãos Para tanto o estudo teve como objetivo geral analisar o conhecimento em relação à higiene das mãos na perspectiva de acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia de uma universi dade privada E específicos conhecer o perfil sociodemográfi co dos acadêmicos e comparar o conhecimento entre os aca dêmicos dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia a respeito da higienização das mãos MÉTODO Tratase de estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa realizado em uma universidade privada do interior do estado do Rio Grande do Sul com acadêmicos de Enferma gem e Fisioterapia Os participantes foram estudantes dos cur sos supracitados que haviam cursado a primeira prática acadê mica o que totalizou 141 indivíduos Destes 51 cursavam o ter ceiro ano da graduação 27 acadêmicos de Enfermagem e 24 do curso de Fisioterapia 40 o quarto ano 21 Enfermagem e 19 Fi sioterapia e 50 cursavam o último ano 23 da Enfermagem e 27 da Fisioterapia Destacase que na instituição formadora o con teúdo que contempla o tema de estudo é discutido no segun do semestre do primeiro ano de ambos os cursos por meio de aulas expositivas e prática da HM em laboratório de habilidades Para a seleção dos participantes da pesquisa estabeleceram se os seguintes critérios de inclusão ser acadêmico de Enferma gem e Fisioterapia ter cursado com aprovação a primeira prática acadêmica e ter idade igual ou maior de 18 anos Como critérios de exclusão acadêmicos afastados das atividades curriculares no perí odo da coleta integrar grupo de pesquisa de segurança do pacien te e não responder o questionário após três tentativas de contato Depois de aplicados os critérios supracitados foram exclu ídos dois acadêmicos por estarem afastados das atividades cur riculares no período nove por participarem do grupo de pes quisa ao qual o projeto está vinculado e quatro por não serem encontrados em três tentativas de contato o que resultou em 126 acadêmicos participantes e taxa de respostas de 8936 A coleta de dados ocorreu nos meses de junho a setem bro de 2016 por uma acadêmica do curso de Enfermagem Inicialmente solicitouse na secretaria dos cursos uma rela ção dos estudantes que tinham cursado atividades práticas De posse da relação eles foram identificados e abordados em sala de aula e campos de práticas Foi apresentada a pesquisa e entregues os questionários aos que contemplaram os crité 4 Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos DOI 1059351415276220180026 REME Rev Min Enferm 201822e1096 No gráfico da Figura 1 são explicitados o tempo mínimo necessário para a preparação alcoólica destruir a maioria de mi crorganismos das mãos Ainda em relação aos dados do gráfico 1 acadêmicos do curso de Enfermagem em maior percentual 362 indi carm ser de 20 segundos o tempo mínimo necessário para a preparação alcoólica agir na pele e destruir a maioria dos microrganismos seguido de 60 segundos Já para os da Fisio terapia o tempo com maior percentual de respostas 397 foi de 10 segundos São explicitados na Tabela 2 ações com vistas a evitar a transmissão cruzada de microrganismos ao paciente e superfí cies que podem contaminar as mãos Em relação aos dados da Tabela 2 verificase que a tota lidade dos participantes tem conhecimento de que as mãos devem ser higienizadas antes do contato com o paciente No que se refere a higienizálas após contato com o pacien te e com fluidos corporais acadêmicos de Fisioterapia ob tiveram respostas inferiores se comparados aos da Enfer magem Resultados mostraram relação estatisticamente significativa acerca do entendimento dos participantes No entanto a maçaneta da porta e o prontuário do paciente não se mostraram estatisticamente significativos p0910 e p0253 respectivamente Tabela 1 Conhecimento de acadêmicos sobre itens relacionados à colonização das mãos Rio Grande do Sul Brasil 2016 Questões Total Sim N Enfermagem Sim N Fisioterapia Sim N P Quais dos seguintes itens devem ser evitados por estarem associados à possibilidade de colonização das mãos Uso de joias 124984 58100 66971 0188 Pele danificada 100794 46793 54794 0989 Unhas artificiaispostiças 123976 55948 68100 0058 Uso regular de creme para as mãos 3931 16276 23338 0450 Fonte dados da pesquisa Nível de significância p 005 Figura 1 Conhecimento de graduandos da área da saúde em relação ao tempo necessário para a preparação alcoólica destruir microorga nismos presentes nas mãos Rio Grande do Sul Brasil 2016 Fonte dados da pesquisa 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Fisioterapia Enfermagem 60 20 10 3 Tempo em segundos Tempo mínimo necessário Tabela 2 Distribuição por categoria de acadêmicos das questões relacionadas à transmissão cruzada de microrganismos e superfícies contaminantes Rio Grande do Sul Brasil 2016 Questões Total Sim N Enfermagem Sim N Fisioterapia Sim N P Quais das seguintes ações de higienização das mãos evitam a transmissão cruzada de microrganismos ao paciente Higienização das mãos antes do contato com o paciente 126100 58100 68100 Higienização das mãos após o contato com o paciente 116921 57983 59868 0017 Higienização das mãos imediatamente após o contato com fluidos corporais 117929 57983 60882 0029 Higienização das mãos após exposição à superfície e objetos próximos do paciente 109865 55948 54794 0012 Superfícies que podem contaminar as mãos com microrganismos transmissíveis aos pacientes A maçaneta da porta do quarto do paciente 124984 57983 67985 0910 A pele intacta de outro paciente 8769 46793 41603 0021 A pele intacta do próprio paciente 6350 37638 26382 0004 O prontuário do paciente 93738 4069 53779 0253 As paredes do quarto do paciente 93738 48828 45662 0035 Fonte dados da pesquisa Nível de significância P 005 significativo 5 Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos DOI 1059351415276220180026 REME Rev Min Enferm 201822e1096 tro item regulamentado e que deve ser vetado referese ao uso de adornos nos postos de trabalho18 Em relação às ações de HM que evitam a transmissão cru zada participantes de ambos os cursos afirmaram que higie nizar as mãos antes do contato evita a transmissão Contudo após o contato com o paciente 983 dos participantes da En fermagem e 868 da Fisioterapia afirmaram que é necessária a HM com diferença estatisticamente significativa p 0017 Outro dado com diferença estatisticamente significativa foram os valores mais baixos obtidos pelos acadêmicos de Fi sioterapia quando comparados aos de Enfermagem em que 882 daqueles responderam que se deve higienizar as mãos após contato com fluidos corporais e 794 após contato com superfícies e objetos Estudos com médicos enfermeiros técnicos de enferma gem e fisioterapeutas em UTIs que avaliaram a adesão à HM concluíram que esta era realizada mais como uma medida de proteção individual quando comparada àquelas relativas à proteção do paciente na medida em que a adesão foi maior após o contato com o paciente1920 Pesquisa denota que os profissionais de saúde estão ex postos ao risco de infecções pelo contato direto com o pa ciente e seu ambiente Entretanto quando o contato envolve fluidos corporais como regiões potencialmente contaminadas a adesão à HM aumenta o que está relacionado à busca do au tocuidado por parte dos profissionais21 Todavia sua não reali zação nos procedimentos antes do contato com o paciente ou como procedimento asséptico caracterizase como fator de risco agregado à segurança dos pacientes22 Na análise do tempo de fricção das mãos com preparação alcoólica percebeuse que 501 dos participantes do curso de Fisioterapia afirmaram tempo mínimo abaixo do preconiza do pelo MS o que denota conhecimento ineficaz Por sua vez 655 da Enfermagem afirmaram corretamente o tempo mí nimo ou superior contudo o índice total mantémse aquém Esse fato possibilita inferir a necessidade de ampliar essa temá tica na formação acadêmica com vistas à sua qualificação Nes se sentido cabe salientar que de acordo com o Protocolo para a Prática de HM em Serviços de Saúde a fricção das mãos deve ter duração de no mínimo 20 a 30 segundos Sua indicação é quando as mãos não estiverem visivelmente sujas antes e de pois de tocar o paciente após remover luvas e antes do manu seio de medicação ou preparação de alimentos23 Quanto à indicação conforme classificação dos cinco mo mentos da HM estudo realizado em uma UTI do Sul do Brasil com médicos fisioterapeutas enfermeiros e técnicos de enfer magem obteve valor significativo p0 001 na adesão em rela ção às ações classificadas como antes do contato com o pa ciente ou de procedimento asséptico versus as denominadas como após o contato com paciente com o ambiente deste DISCUSSÃO A partir dos resultados observase que entre os partici pantes predominou o sexo feminino dado que vem ao encon tro de outro estudo com estudantes de graduação em Enfer magem e Medicina em que se avaliou a prática da HM com solução alcoólica e que apurou que 698 eram mulheres11 Ainda o mesmo estudo11 teve média de idade de 214 anos 373 anos semelhante a esta pesquisa em que a faixa etária de 711 ficou entre 18 e 27 anos No tocante à principal rota de transmissão cruzada de microrganismos 968 dos participantes afirmaram serem as mãos dos profissionais quando não higienizadas Nesse sentido estudo de revisão bibliográfica demonstrou correlação entre a HM e a redução de IRAS12 Sob a ótica da epidemiologia das IRAS as mãos dos pro fissionais de saúde são consideradas a principal via de transmis são de microrganismos na assistência prestada aos pacientes em função da diversidade de patógenos presentes na pele Essa transmissão pode ocorrer por contato direto pele com pele entre diversos sítios corporais de um mesmo paciente entre pacientes e reciprocamente entre estes ou ainda indireto pelo contato com objetos e superfícies contaminados 91013 Nessa perspectiva a OMS constatou que entre 5 e 10 dos pacientes admitidos em hospitais adquirem uma ou mais infec ções e considera a HM como medida primária com vistas a redu zir essa taxa quando relacionada à assistência de saúde14 Nesse sentido a HM é medida altamente eficaz de prevenção das IRAS e da resistência bacteriana visto que as mãos dos profissionais podem estar contaminadas com bactérias multirresistentes15 No Brasil identificouse uma única avaliação de amplitude nacional relacionada às IRAS em estudo de Prade et al16 que em 1994 encontrou prevalência de 150 de taxas de IRAS em 99 hospitais brasileiros No que se refere aos itens com potencial de contaminar as mãos e que portanto devem ser evitados acadêmicos de ambos os cursos entenderam ser pele danificada Igualmente afirmaram que joias e unhas postiças não devem ser utiliza das Estudo na cidade de Rosário Argentina com profissionais que atuavam em Unidade de Terapia Intensiva UTI diverge do presente estudo na medida em que 87 dos participantes não reconheceram que joias unhas compridas e lesões de pele pos sam ter relação com a transmissão de microrganismos e assim necessitam ser evitadas na assistência à saúde17 O Ministério do Trabalho em sua Norma Regulamenta dora 32 que tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde estabelece que os trabalhadores com lesões nos membros superiores só po dem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho Ou 6 Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos DOI 1059351415276220180026 REME Rev Min Enferm 201822e1096 maneira que esses futuros profissionais assumam no cuidado ao paciente a responsabilidade de prestar atendimento qualifi cado sem causar danos e primando pela segurança do paciente Portanto fazse necessário que novos estudos de abran gência nacional sejam realizados com vistas a identificar o co nhecimento sobre a HM e índices de IRAS os quais envolvam profissionais de saúde e estudantes Entre as limitações do estudo destacase que o mesmo foi realizado em apenas uma instituição de ensino e com a partici pação de estudantes de dois cursos da saúde Assim é necessário que novos estudos sejam realizados em outras instituições com a inclusão de outras áreas de formação no campo da saúde REFERÊNCIAS 1 Kohn LT Corrigan JM Donaldson MS editors To err is human building a safer health system Washington DC National Academy Press Institute of Medicine 1999 citado em 2017 jan 15 Disponível em httpwww nationalacademiesorghmdmediaFilesReport20Files1999ToErris HumanTo20Err20is20Human2019992020report20briefpdf 2 Brennan TA Leape LL Laird NM Hebert L Localio AR Lawthers AG et al Incidence of Adverse Events and Negligence in Hospitalized Patients Results of the Harvard Medical Practice Study I N Engl J Med 1991citado em 2017 jan 1532463706 Disponível em httpwwwnejmorgdoi full101056NEJM199102073240604 3 World Health Organization World Alliance for Patient Safety forward programme Geneva WHO 2004 33p citado em 2016 nov 09 Disponível em httpwwwwhointpatientsafetyenbrochurefinalpdfua1 4 Ministério da Saúde BR Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013 Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente PNSP Brasília Ministério da Saúde 2013 citado em 2017 jan 15 Disponível em httpbvsmssaude govbrbvssaudelegisgm2013prt052901042013html 5 World Health Organization Guidelines on hand hygiene in health care first global patient safety challenge clean care is safer care Geneva WHO 2009 270p citado em 2017 jan 15 Disponível em httpappswhointiris bitstream106654410219789241597906engpdf 6 Ministério da Saúde BR Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do Paciente em Serviços de Saúde Higienização das Mãos Brasília Ministério da Saúde 2009 citado em 2017 jan 15 Disponível em httpbvsmssaudegovbr bvspublicacoessegurancapacienteservicossaudehigienizacaomaospdf 7 Lima FDM A segurança do paciente e intervenções para a qualidade dos cuidados em saúde Rev Espaço Saúde 2014citado em 2017 jan 1553229 Disponível em httpwwwuelbrrevistasuelindexphp espacoparasaudearticleview18190pdf37 8 Silva FM Porto TP Rocha PK Lessmann JC Cabral PFA Schneider KLK Higienização das mãos e a segurança do paciente pediátrico Rev Ciênc Enferm 2013citado em 2017 jan 15XIX299109 Disponível em httpwwwscieloclscielophpscriptsciarttextpid S0717955320130002000100 9 World Health Organization Patient Safety a World Alliance for Safer Health Care Conceptual framework for the international classification for patient safety version 11 final technical report Geneva WHO 2009 154 p citado em 2017 jan 15 Disponível em httpwwwwhointpatientsafety taxonomyicpsfullreportpdf 10 Organização Mundial da Saúde Um guia para a implantação da estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos a observadores estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2008 63 p citado em 2017 jan 15 Disponível em httpwwwanvisagovbr servicosaudecontrolehigienizacaoomsguiadeimplementpdf ou risco de exposição22 O mesmo estudo reforça que quanto à ação por categoria profissional os fisioterapeutas 535 foram os de mais adesão à prática de HM e que 11 55 utilizaram álcool spray e 95 48 água e sabão Enfermeiros técnicos de enfermagem e médicos tiveram adesão inferior a 50 nas con dutas observadas22 E isso diverge do estudo ora apresentado Em pesquisa realizada com equipe multiprofissional e aca dêmico em um hospitalescola da região CentroOeste do Bra sil na categoria de enfermagem que incluiu acadêmicos enfer meiros auxiliarestécnicos de enfermagem e professores quando avaliada em relação às oportunidades de HM 793 a indicaram de forma incorreta Essa evidência é preocupante uma vez que quando a equipe de enfermagem não realiza a HM com efetivi dade interfere na segurança do paciente na medida em que ela desenvolve assistência direta e contínua ao paciente24 Estudo que analisou o conhecimento sobre HM com mé dicos enfermeiros e demais profissionais técnico em radiolo gia de laboratório e psicólogo no Sistema Sanitário Público de Andalucía na Espanha destacou que mesmo que os profissio nais do terceiro grupo não mantenham contato direto com os pacientes isso não os exime da necessidade de conhecer sobre situações de risco que comprometam a segurança do paciente na formação profissional25 Evidências comprovam que a ineficiência da HM impacta negativamente na ocorrência de IRAS Assim no processo de formação tais aspectos necessitam ser abordados com mais ên fase e ainda é necessário que este tema seja desenvolvido com o uso de metodologias ativas na perspectiva de enfatizar a im portância da HM O ensino que enalteça a primordialidade e a responsabilidade acerca da prática de HM propiciará a forma ção de profissionais com um olhar ampliado acerca da segu rança do paciente CONCLUSÃO O presente estudo permitiu identificar e comparar o co nhecimento de acadêmicos de Enfermagem e Fisioterapia de uma instituição de ensino privada sobre a HM Evidenciaram se lacunas no conhecimento com destaque para o que se re fere aos cinco momentos da HM Os acadêmicos de Enfermagem quando comparados aos de Fisioterapia obtiveram resultados que se mostraram estatistica mente significativos especialmente em relação às ações de HM que evitam a transmissão cruzada de microrganismos ao paciente Desse modo é importante reforçar que o processo edu cativo e formativo tem papel ímpar pois quando o estudante compreende a premência da HM no cuidado bem como no seu autocuidado como futuro trabalhador da área da saúde irá incorporar esse conhecimento em suas práticas Ademais fazse mister que docentes reforcem e atentem para esse aspecto de Conhecimento de acadêmicos de enfermagem e fisioterapia sobre higiene das mãos 19 Prado MF Oliveira ACJ Nascimento TMB Melo WA Prado DB Estratégia De Promoção à Higienização das Mãos em Unidade De Terapia Intensiva Ciênc Cuid Saúde 2012citado em 2017 jan 1511355764 Disponível em httpdxdoiorg104025cienccuidsaudev11i316366 20 Bathke J Cunico PA Maziero ECS Cauduro FLF Sarquis LMM Cruz EDA Infraestrutura e adesão à higienização das mãos desafios à segurança do paciente Rev Gaúcha Enferm 2013citado em 2017 jan 153427885 Disponível em httpwwwscielobrscielophpscriptsci arttextpidS198314472013000200010lngennrmiso 21 Guedes M Miranda FMDA Maziero ECS Cauduro FLF Cruz EDA Adesão dos profissionais de enfermagem à higienização das mãos uma análise segundo o modelo de crenças em saúde Cogitare Enferm 2012citado em 2017 jan 151723049 Disponível emhttprevistasufprbrcogitare articleview2788618494 22 Souza LM Ramos MF Becker ESS Meirelles LCS Monteiro SAO Adesão dos profissionais de terapia intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos Rev Gaúcha Enferm 2015citado em 2017 jan 15364218 Disponível em httpwwwseerufrgsbrindexphp RevistaGauchadeEnfermagemarticleview4909035654 23 Ministério da Saúde BR Anexo 01 protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde Brasília Ministério da Saúde 2013 citado em 2016 dez 06 Disponível em httpwwwhospitalsantalucindacombr downloadsprothigienedasmaospdf 24 Primo MGB Ribeiro LCM Figueiredo LFS Sirico SCA Souza MA Adesão à prática de higienização das mãos por profissionais de saúde de um Hospital Universitário Rev Eletrônica Enferm 2010citado em 2016 dez 06122266 71 Disponível em httpwwwfenufgbrrevistav12n2v12n2a06htm 25 PérezPérez P HerreraUsagre M BuenoCavanillas A AlonsoHumada MS BuizaCamacho B VásquezVásquez M Higiene de las manos conocimientos de los profesionales y áreas de mejora Cad Saúde Pública 2015citado em 2016 dez 0631114960 Disponível em httpdxdoi org1015900102311X00106913 11 Škodová M GimenoBenítez A MartínezRedondo E MoránCortés JF JiménezRomano J GimenoOrtiz A Avaliação da qualidade da técnica de higiene das mãos em alunos de enfermagem e medicina em dois cursos de graduação Rev LatinoAm Enferm 2015citado em 2017 jan 15234708 17 Disponível em httpdxdoiorg1015900104116904592607 12 Huang GKL Stewardson J Grayson ML Back to basics hand hygiene and isolation Curr Opin Infect Dis 2014citado em 2017 jan 1527437989 Disponível em wwwcoinfectiousdiseasescom 13 Silva EL Higienização das mãos conhecimentos e práticas dos enfermeiros do Hospital Agostinho Neto dissertação Coimbra Escola Superior de Enfermagem de Coimbra 2013 14 World Health Organization World Alliance for Patient Safety Guidelines on Hand Hygiene in Health Care Advanced Draft Global Patient Safety Challenge 20052006 clean care is safer care Geneva WHO 2006 209 p 15 Paim RSP Lorenzini E Estratégias para prevenção da resistência bacteriana contribuições para a segurança do paciente Rev Cuid 2014citado em 2017 jan 155275764 Disponível em httpdxdoiorg1015649cuidartev5i288 16 Padoveze MC Fortaleza CM Healthcareassociated infections challenges to public health in Brazil Rev Saúde Pública 2014citado em 2017 jan 154869951001 Disponível em httpdxdoiorg101590S0034 89102014048004825 17 Vita V Weisburd G Beltramino D Bussi E Conocimiento actitudes y prácticas del personal de salud relacionados con el lavado de manos clínico en una unidad de cuidados intensivos Rev Méd Rosario 2014citado em 2017 jan 1580310516 Disponível em httpwwwcirculomedicorosarioorg UploadDirectosRevista1a1e43De20Vita20Lavado20de20Manospdf 18 Ministério do Trabalho e Emprego BR NR 32 Dispõe sobre a segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde Brasília Ministério da Saúde 2008 citado em 2017 jan 15 Disponível em httpwwwguiatrabalhistacombr legislacaonrnr32htm Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Creative Commons Attribution License