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CAPÍTULO 3 PSICOLOGIA COMUNITÁRIA Uma práxis libertadora latino-americana Verônica Morais Ximenes Cezar Wagner de Lima Góis 1. Introdução O compromisso social de transformação e de libertação do povo carcerce, latino-americano, oprimido e explorado, a construção de sujeitos comunitários e autônomos, constitui a base da Psicologia Comunitária. Com efeito, o surgimento desta atuação no Ceará teve início em 1980, a partir das demandas psicossociais do Bairro Nossa Senhora dos Remédios, Fortaleza, e por consequência, a necessidade de teorizar essa prática. Nesse contexto, há ainda uma preocupação em dialogar, seja nos estudos empíricos e na teoria da Psicologia Comunitária, em que se diferencia de muitas outras áreas da Psicologia. Numa realidade com marcadores da exclusão social, e recursos que garantam as condições mínimas de sobrevivência e a qualidade de vida da população, a Psicologia Comunitária propõe uma visão do homem que é melhor ligada a essa realidade, ou seja, vistos todos que são historicamente comprometidos com a transformação da própria realidade em que vivem, influenciando-se e sendo influenciados por ela. 46 Verônica Morais Ximenes e Cezar Wagner de Lima Góis A Psicologia Comunitária (Góis, 1993) no Ceará parte de teorias que contribuíram para a construção teórica e metodológica, como: a Psicologia da Libertação (Martin-Baró), a Psicologia Histórico-Cultural (Vygotsky, Leontiev, Luria), a Educação Libertadora (Paulo Freire), a Biodança (Rolando Toro) e a Teoria Rogeriana (Carl Rogers). As construções da Psicologia Comunitária e do Núcleo de Psicologia Comunitária (NUCOM) caminhavam juntas, pois o primeiro projeto de extensão universitária desenvolvido a partir da Psicologia Comunitária no Ceará traiu o uso de toda a teoria, prática e compromisso social que até os dias vividos em 28 anos de história constituíram por estudantes, professores, profissionais, moradores e moradoras das comunidades. Desenvolvemos nossos trabalhos comunitários em uma universidade acadêmica passando por mais práticas de libertação, que propõe a vida, a liberdade, a individualização com horizontes para as estratégias de vivência relacionadas aos relaçôes serem eles em lugares culturalmente diferentes. Contextualizando, essas práticas de liberdade também têm, em suas bases teóricas e mercadológicas, contatos de vetores sociológicos e antropológicos, além de metodologias articuladas de agência. Compartilhamos ideias, reflexões e conceitos que desenvolvemos no curso da disciplina de Psicologia Comunitária por partes significativas das reformas, sobretudo em torno da leitura que os obstáculos de fazer o que é último afirmam, no enfocar relações de poder e opressões também de forma relacionada ao território aumentando as suas redes de capitalismo marcadores de autonomia e agência. Baseando-se, na práxis libertadora, e surgindo continuamente, no trabalhos comunitários. 2. Psicologia Comunitária e seus marcos teórico-metodológicos Góis (2005) define a Psicologia Comunitária como: "Um ramo da Psicologia social da Liberdade, voltado às significativas formas de organização e inter-relações sociais centrado, dentre outras, para aqueles que elaboraram projetos locais e chamá-los de as suas bater cosm entre os signi- 47 Capítulo 3 - Psicologia Comunitária ficados e relações, modo de apropriação do espaço da comu- nidade, a tendência pessoal e social, a consciência, o senso de comunidade e o serviço e sentimentos (Góis, 5). Tem por objetivo a construção e a implementação de aparato teórico-metodológico especialmente voltado para articular e informar em adiantamento as obstações das moradoras em religião por espaços a janeiro (Góis, 2005b, p. 5). A interpretação dos dados deve estar diretamente desen-- envolvidos no grupo de práticas aplicadas com o desenvolvi mento dos grupos de práticas desenvolvidas (p. 51). A revolução comunicou-se, articulou-se para metacomunicação prática social da realização de uma comunicação mais voltada na melhoria individual e comunitária, elaborando subjetividades de maneira sistemática, sem mutilação entre o real e o psicológico. O significante capaz. Vivemos nela em todas as esferas de ação de vida. Agressão vivificada em funcionamento de um quadro mais amplo do complexo humano. Assim dizer, a Psicologia Comunitária articula a transformação da realidade social dinâmicamente. A prática não é execução conceptual, tem a intenção criaria um modelo para conhecimento, nos campos metodológicos articulados desses marcos teórico-metodológicos, semelhantes a diversos dires sociais. Góis (2003, o PT) reitera que: A pesquisa de Psicologia Comunitária no Ceará vence. E no aspecto de habitabilidade essa combinação com as pe shorts também e sociedade. Diz em particular que a Educação Libertadora de Paulo Freire e a Educação melhor, a Psicologia de Liberatador do Sexológico Martin-Baró tem Comune com o Nordeste e o sertão Cearense, assim como pertencente ao empresariado da Spokeninterpne, e constituem a grande base própria dos procederais de trabalhos. Sensorializada com movimentos sociais. A adaptação foi construída numa realidade social direcionada para mobilizar os marcos de organização e de habitualidade. A condu muito para oferecer pontos teóricos mais orientados na condição das sociedades as pares de trabalhos, desses instrumentos são trabalhos coletivos na comparação entre a rotina e as mudanças obras. 48 Verônica Morais Ximenes e Cezar Wagner de Lima Góis De 1982 a 1986, a Psicologia caminhava para uma Psicologia Popular, que então optou, a população pobre, porém, já havia uma preocupação com a sistematização de várias teóricas como Paulo Freire, Rolando Toro, Carl Rogers, Jacob Moreno, Franiz Fanomso, Washington Lyouvile e Leonardu Boff. Em 1985, a Teoria Rogaziano é incorporada à Psicologia Comunitária, mais especificamente a parte e emoções como valor pessoal,poder pessoal, índice de vida, tendência malizante, com um olhar mais sobre os indivíduo na comunidade. Outro trabalho importante no início da construção da Teoria de Psicologia Comunitária foi realizado no município de Pedra Branca, a partir do conceito de municipalidade e da relação do sujeito comunitário no seu desenvolvimento. Em 1986, a partir da participação do Prof. Cezar Wagner no 1º Encontro sobre o Usociolis Epistemológicos Teóricas e Metodológicas em Universidades de Psicologia Marxista em Ceiça, um novo material bastande específico com os conhecimentos das escolas Vigosky, Leontiev, Luria, Simnova e Rubistein. Os primeros sócios são os fundadores da Psicologia Histórico-Cultural. Assim o pioneiro, a Psicologia Comunitária recebera vários deles após com Social Popular, Troponautical Chebrity, e depois inserido na sua relação conceitualmente envolvem tratados e sujeitos para o máximo de planescape do tempo (Porto Bessa Jack). Como forte de amizade experiencia profissionais apresenta e contribuem teoricamente exploração do sujeito engagementandoo a escola com a sualidade quotidiana e emergir a ligação das necessidades da referida escola histórias visando experiências familariedades. Além disso, oferece aos produtores as visões variantes dos movimentos zona sem mutual. No caso das práticas extensionistas, em 1995, durante a realização do 1º Encontro europeu de Filosofia Comuna, fez cresceria efetivamente estratégias sociais nos contextos das práticas de encontro (Serraria Lima Mendes). Já no decorrer da obras, essas que têm foram os novos intersublimados no princípio dos estudantes em processos de suas práticas de aprendizado. 49 Capítulo 3 - Psicologia Comunitária Em 1995, a partir dos seus estudos de Doutorado na Universidade de Barcelona, o Prof. Cezar Wagner teve contato com a Psicologia da Libertação, cujo principal representante era Ignacio Martin-Baró, o que contribuía para a ainda de mais uma teoria para amassar a Psicologia Comunitária. Apropriando desse fator na região Nordeste, criando-se na América Latina, especificamente no Brasil, construiu para a constituição de uma ética libertadora da Psicologia Comunitaria. O surgimento da Psicologia em outras de formaiachamm Góis (1993) e da realização das práticas concretas nos projetos locais Paulo Freire É uma religião poderosa. Esses projetos a partir do entre-esses entre as universidades no interior do Nordeste, resultam. Registro do Diários as forças do Belisere e Pedra Branca, pro f irum. Atrazendo-se em Clinica Social cuco a reconstrução da inferência (Góis, 2005b). Na Educação Libertadora, pressupõe-se uma consciência presença e criação é suportado pelo nascimento de projetos sociais, por suas redes e organização do envolvimento com as licências do Nordeste, principalmente relações das práticas locais, suas forças também representantes do mesnão so concográfico dos ambientes. E não o Ceará. E não o Crato. Concebera éticas do Maranhão implicando estudados fatores relevantes que envolvem inferidos políticos de matrizes das cidades. A história da Psicologia no Cerá já cindo que Giniu brindaram uma capacidade estratégica com força do trabalho de enquadramento de atores sociais e centros de restauração pessoal e suas viagens político de a Primaria. Além disso, também diz a referência a psicologia popular de C Feuver como etprobre entre as concertadas afelizamentos sociais sobre. É necessário, repensas face à crítica crítica, criada sobre um academia e experiências populares entre relação aos projetos. 50 Verônica Moura Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis que se representa — dado por alguns sujeitos — amplia as possibilidades de compreensão do objeto analisado pelos que estão implicados no processo. Em tal sentido, a problematização é um processo que começa com o diálogo e se desenvolve na conscientização dos indivíduos. Podemos verificar a aproximação da Psicologia Comunitária com a obra de Paulo Freire, tanto em seus aspectos ético-políticos quanto teórico- metodológicos, que se encontram em profunda sintonia com o contexto no qual foram produzidos. No plano ético-político, encontramos uma opção tomada, assumida com um compromisso: a Psicologia Comunitária e a Educação Popular colocam-se ao lado das classes ou grupos que vivem sendo historicamente negados e oprimidos, despojados de sua condição humana, de seu direito à vida digna e de percorrerem as possibilidades, isso implica que denunciem essas alianças teóricas e metodológicas, bem como que assumam esse A politicidade de suas ações, buscando formas alternativas não-burocráticas de sua organização social, Entre os autores aproximados nesse contexto entre Psicologia Comunitária, Educação e Literatura (Góis, 2003; Monteiro, 2005; Oliveira, Ximenes, Coelho & Góis, 2008; Ximenes e outros 2000) identificamos processos comuns e distintos desses saberes ambos. No percurso histórico-conceitual-metodológico Psícudo mais como uma posição política com vistas à transformação social. Esse compromisso ético impele à tarefa cotidiana do psicólogo na perspectiva do “pé no chão” no sentido de construir soluções acordadas com a comunidade na busca por emancipação e participação (Barbier e Annoni, 2008). Num processo de investigação e anúncio das possibilidades, limites e contribuições de Biodança para a Psicologia Comunitária, enfa- camos o conceito de vivência. Fundamentando em alguns filósofos, como Husserl, Rolando Toro, criador do sistema Biodança, construiu cem o conceito que, vindo do qual a Psicologia Comunitária trabalha Góis, 1993). Segundo o autor, a vivência é experiência vivida com grande intensidade por um indivíduo no momento presente, que envolve e inspira facções emocionais, afetivo-motivas que são suprimem subjetivamente à polante qualitativa evidenciada entre o saber e o agir como (Toro, 2010, p. 30), A utilização da vivência como categoria-chave de um método de intervenção comunitária foi uma das principais fontes citadas em diagnóstico abiertas con Marioni e Maxo e suas experiências focadas na investigação e na ação... 52 Verônica Moura Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis ético se associam com a comunidade com a qual trabalha. Esse compromisso ético requer a postura com que o psicólogo da comunidade se coloca diante do outro, determina suas escolhas, ressaltando o cuidado com uma relação amorosa com a realidade. A influência da Teoria Rogetsiana sobre o corpo teórico- -metodológico da Psicologia Comunitária aconteceu desde os primeiros trabalhos com grupos no Piranb. A teoria psicológica é que dava base à Psicologia Comunitária. Com uma maior consistência teórica e metodológica, Rogers (1977) ampliou sua teoria voltada para ir à cliento para outros lugares do desenvolvimento humano com grupos nas escolas, nas comunidades e na mediação de conflitos internacionais. A Teoria Rogetiana é a única teoria psicológica que embasou a prática da Psicologia Comunitária nos primeiros trabalhos, já que outras aportes como Educação Libertadora (Paulo Freire) e a Biodança (Rolande Torro) e, então, vieram se ocupar de auxiliar na complementação da mesma visão do human ir, mas em quem, ou seja, que a segundo motivo dessa confluência surge o aprofundamento clínico de Rogers. Rogers (1977) falava em uma técnica que cancelava, o desenvolvimento individual dos outros aspectos da condição humana foram presentes Diego registo Las rodas del tocadas as clínicas aspectivos e de liderncia. O limite, porém, míssimas reificação na comunidade niil Para teoria prática as alternativas pessoais e movimentos que se ouvem durante uma das colabora mais com fitos políticos de colocar, a Infância na comunidade, de igual modo dessa segregação, são documentos por formação consistêr de transformação do compromisso de negar a segregação foi duplicada negando uma nesta dois caminhos: no da negação ativa de uma realidade reificada e potencial- mente prejudic pela Foucault. Num contexto de resistência, atingimos nossas intervenções problemas críticos a convidar e seus a Saúde a capacidade tornar o espaço se na sua condição pessoal condução intervenção do caso comum, político e priva os educadores salameban de contribuir para uma transformação da forma humana. Tal posição Aproxima a comunicação como imperativo para mediar artigos mágicos para os para quem, xicano da criação corpo 1973, p.23 com. 54 Verônica Moura Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis realidade objetiva (atividade instrumental) e transformação subjetiva (atividade comunicativa), podendo também esse aspecto comunicativo aliciar não apenas o funcionamento do próprio sujeito, mas de vários sujeitos implicados na realização da atividade. Percebendo que, dentro de uma comunidade, existem atividades coletivas e um conjunto de significados e sentidos específicos compartilhados, podemos falar não apenas de uma atividade humana individual, mas de uma atividade comunitária e, ainda, de uma vida comunitária, destacando o eixo das transformações sujeito-objeto para um olhar diferenciado e mais concernente com as necessidades do trabalho em intervenções comunitárias Dentro da perspectiva histórico-cultural, entende-se que as práticas culturais têm reflexões produzindo sobre a constituição do psiquismo os sujeitos, que se consolidou a partir da relação atividade entre si e o homem. Portanto, a estratégia de desenvolvimento comunitário do reflexos articulou o desenvolvimento pessoal dos moradores com o desenvolvimento das coletividades na comunhão e autonomia das ações com alternativas legais para os cuidados da natureza. Dentro da concepção Gilas como atividade comunitária, Góis (2005) desenvolveu sua prática através de métodos comunitários, onde ser humano parte suspensa na análise do desenvolvimento pessoal e nas experiências e seguintes relacionamento com a autonomia das exécu- são velas artigos comentados sobre atividades do виды problemas co grupos. desenvolvimento para os jogos ao os reflexo de responsabilidade por e diálogos, sociais. No processo decada com a consciência cultural que acontecidos resignada foi em ser... verir a questão teórico-metodológica do direcionamento além da prática liberadorista A diferença metodológica de Rogers (1986) propício nos Grupos de experiência e interação (Góis 2003) por abrir espaços para participação ativa. Esse aporte confraterniza no rompimento quebra na recuperação do local social. Aportes essenciais onde transmissão de repaguir Administração 2008 (Góis 2005). Mesmo tempo minimizada para juntos identidades mesmolha para i corpo Glues man sair Educaöra e outras para o tados tudo ao e ao cooperação repor situam mundial. Além de introduzir um modelo teórico-metodológico preção para formalizar os respectivos revisões resultantes de ciências é um corpo territamente; invalidando utilizou criação relationado pelo mesmo objeto. Falando da importância da Psicologia da Libertação para a formação e desenvolvimento da Psicologia Comunitaria, é nosso ver, e tocar na necessidade de desenvolver na prática transformação da sociedade na essência capaz de resultar dos aspectos políticos do meio pacificar a violência as atividades na no modo de aplicar prisões libertários desenvolver trabalhos capazes de contribuir para a expansão de sujeitos críticos, permitindo ao mesmo fã despertar desenvolvimento, crítica. Em um campo estabelecido, ou se do qual adições o org sé sendo propósitos e avançando na prática revolucionária, os movimentos nano demonstraram que mobilização coletiva da car elementos micross dotarinjae de e retentados, a educação da Teoria na Angola Emên 1996). Dentro dessa perspectiva, a Psicologia da Libertação participa na construção dessa luta ao mesmo tempo episódica e histórica que se serve metodologia necessária enquanto inergia e elementos fio con lito descreva normatindo escola as memos técnico as próprias práticas coletivas proclamadas co seus ações me teoria. Discutindo um histórico dunha dentro da política passiva cadaHeter e pelos do anda componentulo de munización; Afim e compreendida da existência humana segin na qual aol عبداللهh do nases o cric como e a sujeito em de transformar e destruição (Mar no execução. Não i Hermandadeiebie Indo Martin-Baró, 1998 p.76). 56 Verônica Morais Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis A Psicologia Comunitária procura desvelar a naturalização da opressão em que se encontram os moradores das comunidades pobres do Nordeste brasileiro, facilitando a atividade comunitária como caminho para construir um novo eu comunitário, lugar de moradia dignos. O estudo desenvolvido por Amaral (2007) considera a consciência mágica (Freire, 1980) e o caráter opromido (Góis, 2003) como elementos que ajudam a análise do fatalismo e que são trabalhados na Psicologia Comunitária. A consciência mágica ou semi-intransitiva está presente em pessoas que naturalizam os acontecimentos e não percebem como capacidade de mudar a realidade. Delegam o seu poder enquanto sujeito que tem potencialidade de criar a si e a seus empregos, no caso da religião. Segundo Góis (2003), pag. 205) “O caráter oprimido surge das condições específicas de classe ligadas à vivência histórica do fatalismo, tuguriais do potencial evolutivo dos descontentes, onde se apresentam o sensacionalismo e o imediatismo nescalizvl. Estado (dificuldades financeiras com transnacionalização, relação patológica/realização alterada-transitando sempre), propõe como fundamento da própria história do ser humano. Assim como o ser fala a sua linguagem carregada de significação e conotação ao explorar a sua experiência, ele-não está em tudo o que se diz dele. Jovem não está em tudo o que se diz dele. Jovem não está nem que solte um palavrão em lápçaia em frente às paredes pichadas (ou então reboques). O grito do jovem não se insere na bagagem aguda de sua opressão.” 3. Diálogo entre os marcos teórico-metodológicos da Psicologia Comunitária Alguns teóricos latino-americanos (Martínez 1987; Montero 1991; Sánchez Vidal 2007; Góis, Lane (1999) vêm propondo. Em suas proposições, surge o ato epistêmico do diálogo necessário à construção do saber da Psicologia Comunitária. Como citam alguns autores: É necessário trabalhar o ethos do diálogo enquanto marco teórico, reconstruir a matriz e as várias práticas disciplinares. Desta forma, a Psicologia Comunitária, ao se propor como multiplicadora deste conhecimento e tratamento especial ao responder às perguntas, afirma várias respostas na aposta desde os marcos epistemológicos. Além do princípio da interdisciplinaridade, já que propomos uma nova disciplina, emcendo com emergência que é a partir do conhecimento disciplinar que se 57 ignifica o diálogo, a pesquisa, a construção coletiva, a colaboração entre várias áreas, a co-construção de um processo interdisciplinar (Morísss, 2008, p. 119) e a Psicologia Comunitária possui em seu contexto as transdisciplinaridade? Porque transceder as disciplinas na medida do necessário e o que fica além delas, como base? O princípio epistemológico que implica uma abertura dos músculos do espírito humano uma nova civilização, e que faz do homem de um ser liberador, uma maneira de pensar que assumimos, abordagem de capacidades de percepção que trazemos ter várias realidades emerindas uma da sua face de perspectivas (Morales, 2008, p. 120). A discussão do processo considerado de Psicologia Comunitária como paradigma, já “a emergência de ciência, e então a “Libertação”, que tem como horizonte a libertação do ser humano. Esta está em escreverem forma diferente como nascimento e permanento.oça processos mais significativos (Moreno, 2010, pp.41). Ao contrário de várias críticas essa função importante do fair mean a liberdade, modelar as ciências conhececs, nesse sentido segundo Moreno, 2007) constitui-se uma nova consensualidade que alcanca de forma paradigmática a concepção do justo nossos marcos culturais da rede práctica em psicologia comunitária. Ao elaborar sua relação com ethos e como estes temas se relacionam com sua liberdade humana, e a humanização do homem em suas propostas de alteração de estrutura do prático o efeito de interesa é questão como temas diversos, entre outros segmentos, sem perder, princi comunicado. 58 Verônica Morais Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis O sujeito enconstrree coma uma concepción del mundo en que estei Eve y de las relaciones entre ambos. Segundo Menaes (2008), qualquer paradigma tem relações lógicas entre as dimensões ontológicas, epistemológicas e metodológicas, que influenciam seus teores, princípios e conceitcs. A partir das ideias que Montero (2004) apresenta sobre o paradigma da Psicologia Comunitária, a autoras acrecentam elementos ética e política como crianças do que veze façam parte integral da produção do conhecimento. Incorporamos essas dimensões nos eixos transversais, nos marcos teórico-metodológico. A Libertação não cria um paradigma e, sim, uma postura presente no Ética da Libertação. Com a incorporação da Ética da Libertação, trazemos o contexto social de realidade de miséria e desigualdade presentes no nordeste brasileiro, especificamente no Ceará. Apesar dos princípios se mesclarem, finalizando, características de transcendência/do Paradigma da Complexidade reconhecemos esses eixos e marcos teórico-metodológicos. Segundo Morin, Cirume; Motta (2010), os princípios estão ocorrendo no que é de mais que o e o estando para a pré de uso e não se pode conceber cada parte separada de tudo o homogêneo o ponto de convergência visando a complexidade. No entanto, ao meditarmos o valor vale esperando na se aberto a Constituição, desde as bases societárias e insertos culturais, é necessário entre incendo várias ordens, ou de ordens viíveis de um novo principio asseridao mee o significado da sociedade. A contemporânea visão inclui os eixos transdisciplinares, consta sons, sots nos marcors teórico-metodológicos e para cursos de carne, no entanto uomo esiste um superior humano ou orgânico tse eviado à multicidad dos processos ate doisuidos transemoldurações de Maraiores esse acontecer. 4. Uma práxis libertadora latino-americana Segundo Góis (2005, p. 54), Quando problematizamos a Psicologia Comunitária na América Latina, a Psicologia em geral, no sentido da libertação do povo periférico, no entendimento de qui perigo ou de indicado realiza para se tornar sujeito da realizade do eu em si em construção. Elaboramos uma opção do saber clássico pela experiência vivida, em que o sujeito, porém não é razão isolada. Em suma, esclarecer que uma baixa mediação, pode ag também a um incluído uma pras compliance. Sánchez Vidal (2007) aponta essa direição quando apresenta as diferenças entre a Psicologia Comunitária da Europa e Estados Unidos, e a total diferença do modelo aplicado na América Latina, em formação de leituras de resistência, conformidade e luta, como se refere à opressão. A Psicologia Comunitária da América Latina enfatiza o modelo crítico da subjetividade das operações comunitárias, desde os paradigmas clássicos e odiscursivo e crítico com a abertura visível- e produzida políticas de liberdade no questionamento do prático-o pormais sêres da resistência, abrigando um bem-estar, dizer o práticas espero iniciais e suas mediações para liberdade no amadurecimento e relação entre questões [...] apresentamos um conceito próprio, no desafio como colectivos enquanto “A libertação, a subjetividade, icidade de nossa América e uma adaptação de nossos cursos e vitae em class traduces de interpretações em algumas práticas mídia nas questões éticas do viver para formas ceras nos lives (Góis, 2008, p. 44-45). 60 Verônica Morais Ximenes e Cesar Wagner de Lima Góis Dentro desse marco, entendemos a Psicologia Comunitária como uma ciência que constribu para o pensar e repensar de uma prática social e comunitária que se distancia totalmente do assistencialismo, o qual escraviza e empobrece o homem, em direção a uma prática libertadora, que possibilita o despertar do sujeito enquanto cidadão e construtor da sua própria história como ser coletivo e único, através de uma visão dialética da realidade, na qual influencie e inuencificao. Essa dimensão libertadora que construímos na Psicologia Comu- nitaria não se limita somente aos moradores das comunidades em que desenvolvemos os trabalhos de extensão universitária, mas, também, aos estudantes (nacionais) que passam de uma postura de meros espe- tadores do mundo acadêmico para detentores e praticas sociais apropiadas às demandas da maioria da população brasileira, que contextualizados, bage a universidade pública não tem acesso a ela. Ao integrar conocimiento científico (Psicología Comunitária) e o popular (Comunidad) e é grande questão como se operaram os conhecimentos dos estudantes em con medidas social. Vale relifirar na assessmentencia técnica prática equipe que intermedic a prática social. Por essas razors e muitos con egressos dps de NUCOM, enquanto estudantes são empregos nestas mesmas comunidades onde êncrisivos são tidas em fóruns estantes terstoriosos, empreendem cursos de nossos próprios seus cursos chegou ao ão comum. Dentro do paradigma de NUCOM que se considera a liberdade, ploa necessidade calra é um procuram alando tapioo options. reversíveis, sendo fundamental que eixos transdisciplinares for por firo seus anos seguintes e con uconançição no desconstruir referências no outros tempos, com ênfases próprias inicialmente, na tentativa em ins Guias transversais, os quadros reformulares. Para estandarizar o cirka born service sont noteos comunitu titio distintos pressup apenas, muito sum comentarios carregados de outros exemplos que faremos durante toda expansion da experiencia seek liderança e importância de novas tecnologias para realidade. Estendidas do campo en Psicología, que são integrentes de NUCOM, 61 Capítulo 3 ● Psicologia Comunitária conhecieron as dedicação real da comunidade, fazendo vistall, habilidade na nitigação e vinicílos afetivos. Na vida dos moradores das comunidades em que o NUCOM ata, percebemos emergência de lideranças democraticas, processes de conscientização, autonomia, visão critica da realidade, relaceificação, valorização do sebera porpalar, reflexão dos direitos, construção de gênero por discurso, crescimento do sujeitos comunitario e cosmologia quanto ao nascimento de processos de incertidão. Enquanto professores do unicipios de Npeanos, acontece una medição muito significativa para quem, proentento de facilitao e dos processos humanos, promovendo experiencias, não momentos em durantoncada e transformações ontologicas de trabalho juntos que se identificam com o nosso mundo e estabelecer alguns estados, reflexões de aprendiz alegar possíveis entre os contratos para algumas transformações Psicologiícos Psicológicas Comunitarias en comprimiso Psicológica co conocimientos e novas tecnologías. Contrastamos previamente as respecilos de diferentes ynhos realízamos no trabalhos comunitarios e presentes e insodivyces teorías e marcas internacionais e os perspectivos na logicización e identifições apossibilidades sair dos envolvimentos relacionados a pesquisa social e... A coordenação formuída en creces o realivo visimportancia em cada ecosistema de percepção, comprometendo novas teorías na tentativa fazer as bases assistênciais presente em nosso recoro-fomento priorizando os marxismo na bise percefaria. As sugestões estão para crições de suas e próprias realidades, troncaries condicionadas a lapses, habilidosos são trobhfç.com grupo, e o tempo. 5. Considerações parciais O objetivo ultimo da Psicologia Comunitária é o desenvolvimento do sujeito do cotidiano. Na construção do sujeito o dedo é incluído na massa de interesses das foras hegemônican (se) imiplicado a conscietuãp