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Engenharia Civil ·

Pavimentação

· 2023/2

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Escorregamento (E) Descolamento do recapeamento Escorregamento (E) Exsudação (EX) Severidade Alta Severidade Baixa Severidade Média Classificação deve ser voltada para uma tomada de decisão Defeitos: funcional ou estrutural. O avaliador não tem que imaginar qual foi a causa d o defeito ou o que vai ocorrer no futuro. Avaliação = análise atual e pontual. Desempenho = somatório de avaliações ao longo de um período de análise. Conceitos iniciais Os defeitos de superfície são os danos ou deteriorações na superfície dos pavimentos asfálticos que podem ser identificados a olho nu e classificados segundo uma terminologia normalizada. Finalidades • O levantamento dos defeitos de superfície é realizado para poder avaliar o estado de conservação dos pavimentos asfálticos; • Em caso de necessidade de restauração do pavimento, a análise dos defeitos embasa o diagnóstico do problema para subsidiar uma solução tecnicamente adequada; • Em caso de gerência de pavimentos ou de manutenção, o conjunto de defeitos de um dado trecho pode ser resumido por índices que auxiliem na hierarquização de necessidades alternativas. Finalidades Valor de serventia atual Logo após execução Manutenção Período aconselhável para a manutenção corretiva Tráfego ou tempo Defeitos de pavimentos • Danos precoce: aparecem nos primeiros meses até cerca de um ou dois anos após a execução do pavimento. • Danos de médio e longo prazo: ocorrem após anos de operação da via até o final da vida útil estipulada em projeto. Defeitos de pavimentos Os defeitos de pavimentos asfálticos decorrem de: • Erros de projeto • Erros ou inadequação na seleção de materiais ou na dosagem de materiais • Erros ou inadequações construtivas • Erros ou inadequações nas alternativas de conservação e manutenção Erros de projeto Exemplo: erros ou problemas no dimensionamento estrutural. • Incompatibilidade estrutural entre as camadas gerando fadiga precoce dos revestimentos (ex: revestimentos asfálticos com módulo de resiliência muito elevado – alta rigidez, e muito delgado sobre camadas muito resilientes ou elásticas, com alta deflexão); • Especificação de material inexistente ou de difícil disponibilidade local, obrigando a substituição incorreta durante a obra; • Concepção estrutural que permita o aprisionamento de água na estrutura de pavimento; • Sub dimensionamento estrutural. Erros ou inadequação na seleção de materiais ou na dosagem de materiais Exemplos: • Seleção incorreta de solo para reforços de subleito; • Seleção imprópria de agregados e de graduação para compor bases e sub-base; • Seleção imprópria do tipo de solo ou dosagem inadequada para solo brita; • Dosagem errada de materiais estabilizados com cimento ou cal; • Dosagem errada do teor de ligante asfáltico de misturas asfálticas (excesso ou falta de ligante); • Uso de ligante inadequado para as condições ambientais ou de tráfego. Erros ou inadequações construtivas Exemplos: • Falta de compactação apropriada das camadas, causando deformações e afundamentos excessivos ou rupturas localizadas; • Técnica de compactação inadequada, com uso de equipamentos de baia eficiência; • Compactação de misturas asfálticas em temperaturas inadequadas, ou variabilidade de temperaturas na massa asfáltica durante o processo de compactação; • Erros nas taxas de imprimação impermeabilizante ou ligante. Erros ou inadequações nas alternativas de conservação e manutenção Exemplos: • Reforço de revestimento asfáltico delgado e rígido sobre o pavimento muito trincado, possibilitando rapidamente a reflexão de trincas; • Uso de tratamentos superficiais delgados para redução de irregularidade; • Uso de revestimentos asfálticos permeáveis sobre pavimento trincado sem tratamentos de impermeabilização. Importância do diagnóstico geral Importância da busca das prováveis causas: • Verificação “in situ” dos problemas do trecho ou da via, e das condições geométricas, dos taludes e de drenagem; • Levantamento de dados climáticos, de tráfego e de mapas geológicos, pedológicos e ou geotécnicos; • Levantamento de memórias técnicas e de relatórios de projeto e de controle; • Estabelecimento de cenário global de defeitos e relação com todos os dados. Normas Métodos de levantamento sistemático de defeitos de superfície em pavimentos asfálticos: • Norma DNIT 005/2003 – TER (substituindo a DNER – TER 01-78) – Defeitos nos pavimentos flexíveis e semirrígidos: terminologia. • Norma DNIT 006/2003 – PRO (substituindo a DER PRO 08-94) – Avaliação objetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semirrígidos: procedimentos. Terminologia e tipos de defeitos • DNIT 005/2003 – TER: Defeitos nos pavimentos flexíveis e semirrígidos: terminologia; • Os tipos de defeitos catalogados pela norma brasileira e que são considerados para cálculo de indicador de qualidade da superfície do pavimento (IGG – índice de Gravidade Global) são: Fendas (F); Afundamentos (A); Corrugação ou Ondulações Transversais (O); Escorregamento (E) Exsudação (EX); Desgaste ou Desagregação (D); Panela ou Buraco (P); e Remendos (R) Fendas (F) • Fissura (FI) • Trinca Longitudinal Curta (TLC) ou Longa (TLL) • Trinca Transversal Curta (TTC) ou Longa (TTL) • Trincas Interligadas tipo “Couro de Jacaré” sem erosão acentuadas nas bordas (J) ou com erosão (JE) • Trinca Isolada de Retração (TRR) • Trincas Interligadas tipo “Bloco”, sem erosão acentuada nas bordas (TB) ou com erosão (TBE) Fendas (F): Classe das fendas • FC-1: trincas cujas aberturas são menores que 1,0 mm • FC-2: trincas cujas aberturas são superiores a 1,0 mm, sem erosão nas bordas • FC-3: trincas cujas aberturas são superiores a 1,0 mm, com erosão nas bordas. Fissuras e trincas TLC – Trinca isolada Longitudinal Curta (até 100 cm de extensão). TLC – Trinca de retração térmica (temperaturas baixas) Tipos de trincas Trinca Isolada Transversal Longitudinal Retração Trinca Interligada Couro de Jacaré Em bloco Retração Trinca Isolada: Transversal • Direção predominantemente ortogonal ao eixo da via; • Suas principais causas são as contrações da capa asfáltica, propagação de trincas abaixo do revestimento, má execução de juntas ou recalque; Sugestões para correção: 1. Selagem das trincas com lama asfáltica; 2. Fresagem sobre a área afetada e execução de um novo revestimento; 3. Execução de um remendo com remoção do material e melhoramento das camadas abaixo do revestimento. Trinca Isolada: Longitudinal • Direção paralela ao eixo da via; • Suas principais causas são as contrações da capa asfáltica ou propagação de trincas abaixo do revestimento; • O processo executivo também influencia no seu aparecimento; • Envelhecimento do ligante asfáltico . Sugestões para correção: 1. Selagem das trincas individualmente; 2. Aplicação de selante (emulsão asfáltica) em toda área afetada; 3. Retirada do revestimento e/ou camadas inferiores com a execução de um remendo profundo. Trincas longitudinais TLL - Trincas Longitudinais Longas – FC2 (ruptura por solicitação do tráfego: queda de resistência da base por aumento de umidade vinda do acostamento permeável) Trinca Isolada: Retração • Qualquer direção; • Surgem devido a fenômenos de retração térmica ou do material do revestimento ou do material de base rígida ou semirrígida subjacentes ao revestimento trincado. Sugestões para correção: 1. Selagem das trincas individualmente; 2. Aplicação de selante (emulsão asfáltica) em toda área afetada; 3. Retirada do revestimento e/ou camadas inferiores com a execução de um remendo profundo. Tricas Interligadas – “Jacaré” decorrentes de fadiga J – trinca interligada “jacaré” sem erosão Tricas Interligadas – “Jacaré” JE – trinca interligada “jacaré” com erosão acentuada JE – trinca interligada “jacaré” com início de erosão nas bordas Trinca Interligada: Couro de Jacaré • Qualquer direção; • Ação da repetição de cargas do tráfego; • Ação climática – gradientes térmicos; • Envelhecimento do ligante e perda de flexibilidade; • Compactação deficiente do revestimento; • Deficiência no teor de ligante asfáltico; • Subdimensionamento Sugestões para correção: 1. Execução de revestimento sobre a área afetada com mistura asfáltica com uma resistência adequável as solicitações impostas pelo tráfego; 2. Fresagem e execução de um remendo profundo; 3. Remoção do material da área afetada e melhoramento das camadas abaixo da superfície. Trinca Interligada: Em bloco • Configuração tipo Bloco bem definidos, interligados; • Com ou sem erosão de borda; • Reflexão de trincas advindas das camadas subjacentes • Contração da capa asfáltica, em função da alternância diária de temperatura • Baixa resistência à tração da mistura asfáltica Sugestões para correção: 1. Selagem das trincas com lama asfáltica; 2. Fresagem sobre a área afetada e execução de um remendo profundo; 3. Execução de um novo revestimento com resistência adequável as solicitações impostas pelo tráfego. Trinca Interligada: Em bloco Severidade Baixa Severidade Média Severidade Alta Severidade Alta Trinca não atribuída à fadiga: reflexão das trincas da base TBE – Trinca interligada de bloco com erosão – Base de solo-cal TB – Trinca interligada de bloco sem erosão – Base de solo-cimento Trinca não atribuída à fadiga: reflexão das trincas da base TB – Trinca interligada de bloco sem erosão = Base de paralelepípedos Reflexão de trincas da base: revestimento asfáltico sobre antigas placas de concreto de cimento Portland Afundamentos (A) Deformação permanente caracterizada por depressão da superfície do pavimento, acompanhada, ou não, de solevamento, podendo apresentar-se sob a forma de afundamento plástico ou de consolidação. Afundamento plástico (fluência de uma ou mais camadas): • Local: afundamento localizado, até 6 m; • Trilha: afundamento localizado na região de trilhas de roda, mais de 6 m de extensão. Afundamento de consolidação (ocorre em camadas do pavimento ou do subleito): • Local: afundamento localizado, até 6 m; • Trilha: afundamento localizado na região de trilhas de roda, mais de 6 m de extensão. Afundamento Localizado (< 6m) Trilha de roda (> 6m) Afundamento ATP – Afundamento na trilha plástico Afundamento ATP – Afundamento na trilha plástico (vias urbanas) Afundamento ATP – Afundamento na trilha plástico (em estradas rurais) Afundamento ALP – Afundamento local plástico Afundamento ALC – Afundamento Local de Consolidação ATP – Afundamento em Trilha por Consolidação Afundamentos (A) • Ocorrem devido a utilização de misturas pouco estáveis, com elevada fluência; • Má ligação entre o revestimento e a camada subjacente; • Parada e saída de veículos nas interseções; • Pressão exercida por um pavimento de concreto na região de transição com o pavimento betuminoso; • Compactação deficiente dos pré-misturados asfálticos. Sugestões para correção: 1.Reconstrução e recompactação das camadas inferiores a superfície afetada; 2.Execução de equipamentos de drenagem se necessários; 3.Execução de um revestimento com mistura adequável às características de tráfego Corrugação e ondulações transversais (O) Em geral ocorre em área de aceleração ou desaceleração, rampas sujeitas ao tráfego de veículos pesados e lentos, curvas, entre outros locais. Corrugação e ondulações transversais (O) Corrugação e ondulações transversais (O) Principais causas: • Falta de estabilidade da mistura asfáltica; • Umidade excessiva do subleito; • Contaminação da mistura asfáltica; • Falta de aeração das misturas líquidas de asfalto. Sugestões para correção: 1.Corte e retirada do revestimento; 2.Fresagem a frio e uso de lama asfáltica; 3.Execução de um novo revestimento sobre a área afetada. Escorregamento (E) • Deslocamento do revestimento em relação à camada subjacente do pavimento, com aparecimento de fendas em forma de meia- lua; • O escorregamento do revestimento asfáltico ocorre devido a falhas construtivas e de pintura de ligação. Sugestões para correção: 1. Corte e retirada do revestimento; 2. Fresagem a frio e uso de lama asfáltica; 3. Execução de um novo revestimento sobre a área afetada. Escorregamento de “massa” devido à fluência Exsudação (EX) • Excesso de ligante betuminoso na superfície do pavimento, causado pela migração do ligante através do revestimento; • Baixo índice de vazios da mistura asfáltica; • Sobrecarga do tráfego. Sugestões para correção: 1.Fresagem/Retirada do revestimento asfáltico da área afetada; 2.Execução de um revestimento asfáltico em obediência a dosagem adequada para as condições de tráfego e clima da localidade Exsudação do ligante asfáltico Desgaste ou desagregação (D) • Efeito do arrancamento progressivo do agregado do pavimento, caracterizado por aspereza superficial do revestimento provocado por esforços tangenciais causados pelo tráfego; • Perda de adesividade do ligante betuminoso e desalojamento dos agregados: envelhecimento, endurecimento, oxidação, volatilização, intemperização, desagregação, desintegração. Descolamento devido a problemas de adesividade entre ligante asfáltico e agregado. Desgaste ou desagregação (D) Desgaste ou desagregação (D) Sugestões para correção: 1.Corte e retirada do revestimento; 2.Fresagem a frio e uso de lama asfáltica; 3.Execução de um novo revestimento sobre a área afetada. Desagregação ou desgaste: polimento de agregados D – Desgaste: remoção de ligante e mástique D – Desgaste: remoção de ligante e mástique Panela ou buraco (P) Cavidade que se forma no revestimento por diversas causas (inclusive por falta de aderência entre camadas superpostas, causando o desplacamento das camadas), podendo alcançar as camadas inferiores do pavimento, provocando a desagregação dessas camadas. Panela ou buraco (P) • Local onde havia trincas interligadas e com a ação do tráfego e intempéries houve remoção do revestimento ou mesmo de parte da base; • Falha construtiva – deficiência na compactação, umidade excessiva em camadas de solo, falha na imprimação; • Desagregação por falha na dosagem, stripping ou ainda segregação. Panela ou buraco (P) Sugestão de correção: Preenchimento de depressões ou panelas com massa asfáltica. • Apesar de ser uma atividade de conservação é considerado um defeito por apontar um local de fragilidade do revestimento e por provocar danos ao conforto ao rolamento. Panela ou buraco (P) Remoção do tratamento superficial asfáltico da base Panela ou buraco (P) Sugestões para correção: 1.Limpeza do buraco 2.Corte em forma retangular da área afetada; 3.Remoção da água existente; 4.Preenchimento com pré-misturado a frio; 5.Compactação com placa vibratória; 6.Regularização do sistema de drenagem. Panela ou buraco (P) Ação do tráfego + água: Remendos (R) Porção da superfície do pavimento, maior que 0,1 m², removida e substituída, ou material aplicado ao pavimento após a construção inicial. Remendos (R) Severidade Baixa Severidade Média Severidade Alta Outros defeitos • Segregação: concentração de agregados graúdos decorrente de separação dos mesmos do mástique asfáltico. • Bombeamento de finos: surgimento de finos na superfície, que sobem pela ação da água, que, sob pressão devido ao tráfego, vem à superfície pela trincas do revestimento asfáltico. • Falha de bico em tratamentos superficiais: gerado pela ausência ou redução de taxa de emulsão ou CAP nos tratamentos superficiais, provocando o desprendimento de agregados. Segregação Concentração de agregados graúdos decorrente de separação dos mesmos do mástique asfáltico – problemas de graduação, usinagem ou temperatura heterogênea na aplicação. Bombeamento de finos Níveis de Severidade: função do teor de umidade e das cargas do tráfego Falha de bico em tratamentos superficiais Falta de ligante asfáltico provocando deficiência de cobertura e envolvimento dos agregados e seu consequente desprendimento pela ação do tráfego. Planilha para avaliação detalhada dos pavimentos Planilha para avaliação detalhada dos pavimentos Planilha para avaliação detalhada dos pavimentos Exemplo de “árvore de decisão” para seleção de métodos de reparos para cada tipo de deterioração (Nível de Projeto) Avaliação objetiva de superfície pela determinação do IGG Treliça metálica para medida dos afundamentos em trilhas de roda Índice de Gravidade Global (IGG) • Avaliação objetiva: a pé • Amostragem de 15% da área • Estações de ensaio: 6 m x 3,5 m • Uma estação a cada 20 m • Marcação do número de ocorrências dos defeitos • Medir as flechas nas trilhas de roda Índice de Gravidade Global (IGG) Cálculo do IGG (para cada trecho homogêneo) • Anotar presença de defeitos • Medir as flechas nas trilhas de rodas • Calcular Índice de Gravidade Global (IGG) Frequência de ocorrência de defeitos (IGi) • Estatística das flechas (IGi) • Média = F • Variância = S DNER PRO-08/78 0 a 20 Bom 20 a 80 Regular 80 a 150 Mau 150 a 500 Péssimo DNIT 006/2003-PRO 0 a 20 Ótimo 20 a 40 Bom 40 a 80 Regular 80 a 160 Ruim > 160 Péssimo Inventário de superfície Rodovia Data Folha Estação Faixa Configuração da terraplenagem Tipo OK Sem defeito 1 F1 Fissuras (FCI) TTC Trincas transversais curtas TTL Trincas transversais longas TLC Trincas longitudinais curtas TLL Trincas longitudinais longas TRR Trincas isoladas retração 2 J Couro de jacaré (FCII) TB Trincas em bloco 3 JE Couro de jacaré com erosão (FCIII) TBE Trincas em bloco com erosão 4 ALP Afundamento plástico local ATP Afundamento plástico trilha 5 O Ondulação P Panela 6 EX Exsudação 7 D Desgaste 8 R Remendo ALC Afundamento consolidação local ATC Afundamento consolidação trilha E Escorregamento TRI Afundamento trilha interna (mm) TRE Afundamento trilha externa (mm) Figura 9.23 Exemplo de planilha empregada para levantamento do estado de superfície pela norma do IGG D = direita E = esquerda A = aterro C = corte SMA = seção mista (meia encosta) Exemplo de planilha de cálculo do IGG Tipo Natureza do defeito Frequência absoluta Frequência relativa Fator de ponderação Índice de gravidade individual 1 (FCI) F, TTC, TTL, TLC, TLL, TRE 3 30,0% 0,2 6,00 2 (FCII) J, TB 2 20,0% 0,5 10,00 3 (FCIII) JE, TBE 3 30,0% 0,8 24,00 4 ALP, ATP 3 30,0% 0,9 27,00 5 O, P, E 0 0,0% 1,0 0,00 6 Ex 0 0,0% 0,5 0,00 7 D 5 50,0% 0,3 15,00 8 R 0 0,0% 0,6 0,00 9 F = (TRI + TRE)/2 em mm TRI = 0,2 TRE = 0,6 F = 0,15 10 FV = (TRIv + TREv)/2 TRIv = 0,18 TREv = 1,33 FV = 0,76 Número de estações inventariadas 10 Índice de gravidade global 83 IGI = (F x 4/3) quando F≤30 IGI = FV quando FV≤50 IGI = 40 quando F>30 IGI = 50 quando FV>50 Conceitos do índice de gravidade global IGG por faixa de valores Técnicas de restauração de pavimentos com problemas funcionais São empregados geralmente os tipos de revestimentos a seguir, isoladamente ou combinados e antecedidos ou não por uma remoção de parte do revestimento antigo por fresagem: • Lama asfáltica (DNER-ES 314/97) (selagem de trincas e rejuvenescimento); • Tratamento superficial simples (DNER-ES 308/97) ou duplo (DNER-ES 309/97) (selagem de trincas e restauração da aderência superficial); • Micro revestimento asfáltico a frio (ABNT NBR 14948, DNIT 035/2005-ES) ou a quente (DNER-ES 388/99) (selagem de trincas e restauração da aderência superficial quando existe condição de ação abrasiva acentuada do tráfego); • Concreto asfáltico (DNIT 031/2004) (quando o defeito funcional principal é a irregularidade elevada); • Mistura do tipo camada porosa de atrito (DNER-ES 386/99), SMA ou misturas descontínuas (para melhorar a condição de atrito e o escoamento de água superficial). Técnicas de restauração de pavimentos com problemas funcionais Técnicas de restauração de pavimentos com problemas funcionais • Quando são identificadas trincas isoladas no revestimento, o seu tratamento por selagem é eficiente no retardamento de sua evolução e da consequente necessidade de uma intervenção de restauração de maior magnitude; As combinações de técnicas geralmente utilizadas para restauração são: • Reperfilagem com concreto asfáltico tipo massa fina + camada porosa de atrito; • Micro revestimento asfáltico + camada porosa de atrito (o micro revestimento tem função de reduzir a reflexão de trincas e impermeabilizar o revestimento antigo); • Remoção por fresagem + reperfilagem com concreto asfáltico tipo massa fina + micro revestimento; • Remoção por fresagem + reperfilagem com concreto asfáltico tipo massa fina + tratamento superficial simples + micro revestimento a frio; • Remoção por fresagem + reperfilagem com concreto asfáltico tipo massa fina + camada porosa de atrito; • Remoção por fresagem + micro revestimento asfáltico + camada porosa de atrito. Técnicas de restauração de pavimentos com problemas funcionais Técnicas de restauração de pavimentos com problemas funcionais Técnicas de restauração de pavimentos com problemas estruturais Quando existe o comprometimento estrutural do pavimento ou perspectiva de aumento de tráfego, as alternativas de restauração ou reforço compreendem aquelas que restabelecem ou incrementam sua capacidade estrutural por meio da incorporação de novas camadas (recapeamento) à estrutura e/ou tratamento de camadas existentes (reciclagem, por exemplo). Reciclagem Rejuvenescimento lama asfáltica É a associação, em consistência fluida, de agregados ou misturas de agregados miúdos, material de enchimento, emulsão asfáltica e água, devidamente espalhada e nivelada. Rejuvenescimento lama asfáltica • A lama asfáltica tem seu principal emprego na conservação dos pavimentos asfálticos já desgastados, sendo também muito usada como camada impermeabilizante nos revestimentos; • Atualmente, também vem sendo bastante empregada em camadas de rolamento de rodovias de alta velocidade, com o objetivo de aumentar a rugosidade impedindo a hidroplanagem e o respingo ou borrifamento; • A espessura final de uma camada de lama asfáltica, de graduação normalmente projetada, é da ordem de 4mm, sendo sua compactação executada pelo próprio tráfego; • NÃO PODE SER USADO PARA PREENCHER BURACOS! Foto: Ademir Jr Recapeamento • Consiste na adequada sobreposição ao pavimento existente de uma ou mais camada(s) constituída(s) de mistura betuminosa e/ou concreto de cimento Portland; • Tal sobreposição conferirá ao pavimento existente adequado aporte estrutural, mantendo-o assim apto a exercer, em continuidade, um novo ciclo de vida, de conformidade com as premissas técnico- econômicas. Emprego de geossintéticos Recapeamento Geotêxtil Revestimento antigo Concentração de tensões Abertura horizontal Movimento diferencial vertical (a) Execução da pintura de ligação (b) Equipamento aplicador do geotêxtil (c) Aplicação do geotêxtil (d) Ajustes por esticamento (e) Compressão para a aderência à pintura de ligação (f) Impregnação com emulsão asfáltica (g) Espalhamento de pedrisco impregnado com ligante asfáltico (h) Execução da camada de recapeamento Emprego de geossintéticos Recapeamento SAMI Concentração de tensões Abertura horizontal Movimento diferencial vertical Revestimento antigo Recapeamento Camada de interrupção de trincas (20 a 30% de vazios) Revestimento antigo Anexo A (normativo) Quadro resumo dos defeitos – Codificação e Classificação FENDAS CODIFICAÇÃO CLASSE DAS FENDAS Trincas no revestimento geradas por deformação permanente excessiva e/ou decorrentes do fenômeno de fadiga Trincas Isoladas Fissuras Transversais Curtas FI - - - Longas TTC FC-1 FC-2 FC-3 Longitudinais Curtas TTL FC-1 FC-2 FC-3 Longas TLC FC-1 FC-2 FC-3 Trincas Interligadas “Jacaré” Sem erosão acentuada nas bordas das trincas J - FC-2 - Com erosão acentuada nas bordas das trincas JE - - FC-3 Trincas no revestimento não atribuídas ao fenômeno de fadiga Trincas Isoladas Devido à retração térmica ou dissecação da base (solo-cimento) ou do revestimento TRR FC-1 FC-2 FC-3 Trincas Interligadas “Bloco” Sem erosão acentuada nas bordas das trincas TB - FC-2 - Com erosão acentuada nas bordas das trincas TBE - - FC-3 Anexo A (normativo) OUTROS DEFEITOS Afundamento Plástico Local Devido à fluência plástica de uma ou mais camadas do pavimento ou do subleito ALP da Trilha Devido à fluência plástica de uma ou mais camadas do pavimento ou do subleito ATP De Consolidação Local Devido à consolidação diferencial ocorrente em camadas do pavimento ou do subleito ALC da Trilha Devido à consolidação diferencial ocorrente em camadas do pavimento ou do subleito ATC Ondulação/Corrugação - Ondulações transversais causadas por instabilidade da mistura betuminosa constituinte do revestimento ou da base O Escorregamento (do revestimento betuminoso) E Exsudação do ligante betuminoso no revestimento EX Desgaste acentuado na superfície do revestimento D “Panelas” ou buracos decorrentes da desagregação do revestimento e às vezes de camadas inferiores P Remendos Remendo Superficial RS Remendo Profundo RP