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Mercado Financeiro

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Aula 3 Modelos de precificação e mitigação de riscos Os modelos que buscam precificar ativos ou criar combinações entre eles que mitiguem riscos intrínsecos são conhecidos pelas suas formulações antes vistas como sofisticadas mas hoje muito mais acessíveis devido à disponibilidade de recursos computacionais e de bancos de dados O processo de aplicação dos modelos e a escolha de indicadores se faz importante para todas as formulações e aqui discutiremos esse processo fundamental no auxílio à tomada de decisão por parte de analistas investidores e gestores Ao comentarmos a origem e a aplicação de algumas premissas e dados estaremos elaborando uma espécie de check list para o analista o qual deve passar por essa etapa antes de implementar um determinado modelo ou fazer uso de uma formulação ou indicador para dar subsídio à sua recomendação ou relatório Implementação do Beta Um importante indicador técnico utilizado também pelos fundamentalistas é o Beta de um ativo o qual mede sua correlação com a carteira hipotética ou teórica de mercado Começando pela escolha da carteira de mercado esta deve refletir o comportamento dos principais ativos negociados em uma Bolsa de Valores ou região mas cabe ressaltar que grande parte desses índices são baseados em volumes de negociação e não necessariamente na capitalização das empresas No Brasil os betas são calculados utilizandose o Ibovespa como carteira de mercado índice esse que faz parte da espécie obtida a partir de presenças e de volumes de negociação dos ativos Cabe então criticar se essa carteira hipotética é adequada para o objetivo de análise do profissional Em seguida temos o que talvez seja o ponto mais crítico do uso do Beta que é o espaço de tempo em que o mesmo será calculado Betas calculados com espaços muito dilatados de tempo podem não refletir o real comportamento da carteira de mercado e principalmente do ativo Implementação do CAPM O CAPM é uma formulação clássica de análise de retorno esperado de um ativo o qual utiliza o Beta como indicador da relação do ativo com a carteira de mercado a qual deve também ser objeto de escolha segundo e necessariamente com os mesmos critérios aplicados ao Beta Considerando um Beta herdado de outro processo de decisão o foco de discussão passa à escolha do ativo livre de risco o qual deve ter seu critério de aplicação de taxa igual aos demais indicadores Um ativo livre de risco pode ser encontrado ou definido no mercado brasileiro ou em outros como sendo os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional o qual teria a menor probabilidade de default entre as possíveis emissões Cabe porém considerar que ativos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito FGC até os limites fixados no caso atual R 250 mil por CPF e conta aberta em instituição financeira poderiam ser alocados como ativos livres de risco e suas taxas consideradas no modelo Dessa forma de maneira geral podemos utilizar como ativo livre de risco e sua respectiva taxa qualquer ativo que possua um risco de default próximo de zero Taxas de desconto As taxas de desconto são utilizadas por modelos de análise de fluxo de caixa e devem refletir o custo de oportunidade do capital que será investido seja para o próximo desconto das parcelas do fluxo ou para figurar como parâmetro de comparação após ser obtida uma taxa interna de retorno Taxas de crescimento Em fórmulas como de perpetuidade e dividendos descontados além da aplicação de uma taxa de desconto esta pode ser atenuada pelo que chamamos de taxa de crescimento que se refere a uma possível evolução do desempenho do ativo ao longo dos períodos futuros A taxa de crescimento é usualmente aplicada em casos que se analisa empresa em fase de crescimento não necessariamente um negócio em fase de implantação conhecidos como start up mas toda corporação que tenha mercado em desenvolvimento ou que esteja passando por relevantes processos de expansão como abertura de capital fusão ou aquisição etc Por outro lado é importante também lembrar que a aplicação desta taxa pode dar uma dimensão totalmente diferente ao valor do negócio ou da empresa Sendo assim seu processo de obtenção deve ser muito acurado mesmo porque os parâmetros e informações para sua definição são estritamente particulares ao que se está analisando ao contrário de outros indicadores como o custo de oportunidade ativo livre de risco ou carteira de mercado cujos valores podem ser escolhidos entre vários observados e produzidos na economia local e global Vídeo da Unidade Assista ao vídeo Determinação do retorno esperado de uma ação utilizando o modelo CAPM Atividade O Mercado de Capitais conta com uma série de estudos voltados para analisar ou compor carteiras de investimentos sob a ótica quantitativa os quais também podem ser aplicados a empresas de capital fechado Dois tradicionais estudos levamnos ao CAPM e ao Modelo de Markowitz voltados à produção de indicadores numéricos que auxiliam o processo decisórios do analista do gestor ou do investidor Acerca de tais modelos podemos dizer que a Ambos focalizam a maximização do retorno sobre a faixa de menor risco b Ambos buscam estimar o mínimo retorno esperado de um ativo c Markowitz focase em carteiras e o CAPM em um único ativo d Ambos estão focados na mitigação de riscos de um portfólio de investimento e Ambos aplicamse a carteiras de investimento fundamentados na razão risco X retorno