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Empreendedorismo
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Empreendedorismo Planejamento de Negócios Formais no Mercado Informal Marcos Pereira Cupertino marcospcupertinohotmailcom FACIG Jane Correa Alves Mendonça janeagronegociohotmailcom FACIG ResumoO planejamento de pequenos e micro empreendimentos tornouse indispensável para o processo de abertura formalização e gestão de novos negócios Isso se deve as caracteristicas da atual economia onde é necessário estabelecer medidas para os fatores como visibilidade custos retorno e minimização de riscos inerentes a atividade empresarial Para entender este processo analisouse o comportamento do empreendedor após observar uma oportunidade de mercado apontando os principais erros e assinalando os pontos principais que devem ser destacados no planejamento Através da fundamentação teórica e análise da pesquisa podese afirmar que o planejamento de pequenos empreendimentos ainda é pouco aplicado promovendo dessa forma falhas no processo de gestão dificuldades de acesso ao crédito elaboração de estratégias de mercado e precoce mortalidade desses negócios Palavras Chave Planejamento Oportunidade Retorno Empreendedorismo 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o empreendedorismo tem crescido por todo o mundo proporcionando desenvolvimento econômico e garantindo renda a pequenos empreendedores principalmente aos negócios familiares e aqueles que antes faziam parte do mercado informal Com esse crescimento do empreendedorismo foi nascendo à necessidade de formalização O IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística avalia que no Brasil cerca de 95 milhões de pequenos empreendimentos são informais estes empreendimentos se localizam em centros urbanos e juntos produzem cerca de 17 do PIB brasileiro gerando cerca de 573 bilhões de reais Acreditase que o empreendedorismo é o termômetro da economia ou seja se uma economia vai bem nascem muitos negócios se vai mal esses negócios são retraídos e os empreendedores preferem não assumir riscos Por outro lado um conceito que vem se difundindo muito é o do empreendedorismo por oportunidade desejável e o empreendedorismo por necessidade não desejável Ambos os tipos de empreendedorismo são propensos ao risco entretanto o segundo está mais sujeito ao fracasso tendo em vista que geralmente não há uma prévia análise de mercado nem um planejamento adequado O planejamento é essencial no desenvolvimento de um novo negócio já que o mercado por si próprio está sujeito a riscos e crises portanto se não houver um planejamento adequado de recursos e estratégia gerencial principalmente o pequeno empreendedor não estará preparado para atuar em momentos críticos passando a fazer parte da lamentável lista das empresas que não resistem aos primeiros cinco anos de vida ou morrem antes mesmo do primeiro ano Assim o planejamento é essencial para provisionar os custos e prever no horizonte o retorno do investimento Os negócios do mercado informal vêm crescendo a cada dia no país seja pelo crescimento econômico ou pelo surgimento de oportunidades por nichos de mercado que não são atingidos surgindo políticas de incentivo ao micro e pequeno empreendedor garantindo acesso ao mercado formal e crédito de forma legal com ônus reduzido de carga tributária Desta forma a abertura de um novo negócio e a percepção de novas oportunidades tornamse um desafio atrativo para muitos entretanto a criação de uma empresa e a definição do rumo é imprevisível quando não há planejamento da estrutura de custos vendas e clientes As oportunidades são para todos mas nem todos estão aptos a correr o risco O sucesso e o fracasso podem ser definidos antes mesmo da abertura do negócio Sendo assim necessário se faz o questionamento Por que o planejamento estratégico mesmo para o pequeno empreendedor é indispensável A importância de se entender e esclarecer alguns aspectos do planejamento voltado para os pequenos negócios que surgiram da informalidade e da observação de oportunidades presentes no mercado por pequenos empreendedores demonstrando os benefícios á longo prazo para a gestão de crises e na definição prática para alcançar seus objetivos O empreendedor individual ou pequeno empreendedor em sua estratégia empírica de gestão geralmente não consegue definir um planejamento formal para seguir e administrar custos vendas e clientes fazendo com que o elo oportunidade X lucratividade se rompa e dessa forma muitas empresas já estão condenadas a fechar as portas antes de completar seu primeiro aniversário Considerarase que o planejamento deve surgir antes mesmo da estrutura física do empreendimento pois nesta fase ainda não foram configurados os sacrifícios financeiros e custos de oportunidade para o investimento É á partir do planejamento que o empresário define seu nicho de mercado e sua estratégia de vendas que influenciam diretamente nos 4 Ps preço praça promoção produto do seu negócio Este trabalho trará conhecimentos necessários sobre planejamento estratégico e sua implantação que no futuro serão essenciais para aguçar o espírito empreendedor e angariar informações para o desenvolvimento de estratégias de mercado De forma conceitual o que se pretende comprovar academicamente através deste trabalho é o estudo e observações da sociedade e suas relações comerciais relações de gestão de recursos financeiros a comprovação da teoria e o que ocorre na prática para novos estudos no futuro através da observação do comportamento humano em relação ao mercado 2 REFERENCIAL TEORICO 21 EMPREENDEDORISMO Para definirmos o conceito de empreendedorismo podemos nos remeter primeiramente á definição de MAXIMIANO 2006 a pessoa que assume risco de começar uma empresa Empreendedor vem do latim impredere que significa decidir realizar tarefa difícil e laboriosa Atualmente o empreendedor é considerado um produto do meio De acordo com DOLABELLA 1999 o empreendedor é um ser social produto do meio em que vive Se uma pessoa vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto com algo positivo então terá motivação para criar o seu próprio negócio O autor reforça a idéia de que o empreendedor não nasce com estas características mas se torna um produto daquilo que vivencia para o autor caracteriza o empreendedorismo derivado da palavra entrepreneurship que trata de uma posição intermediária que busca assumir riscos calculados e gera empregos trabalha com o empreendedorismo comunitário intraempreendedorismo e inovação das políticas públicas MAXIMIANO 2006 aponta que a idéia de empreendedorismo está de fato associada a pessoas realizadoras que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios Por outro lado PESSOA 2003 caracteriza o empreendedorismo como as atividades desenvolvidas por uma pessoa ou grupo delas com o fito de chegar á realização de empreendimento ou negócio partindo de um objetivo Dessa forma o empreendedorismo sempre parte de um ponto com uma meta definida DEGEN 2009 completa a visão de Schumpeter caracterizando o empreendedorismo como processo pelo meio do qual são gerados constantemente novos produtos e serviços métodos de produção e mercados FIALHO 2006 completa a visão dos autores afirmando que empreendedorismo é o processo para iniciar e desenvolver um negócio ou um conjunto de atividades que resultem na criação de um novo empreendimento de sucesso Ele afirma ainda que o ato de empreender esteja ligado à utilização criativa de recursos à inovação assumir riscos calculados e a busca de novas oportunidades no mercado 22 Empreendedorismo no mundo MAXIMIANO 2006 analisa que a história do empreendedorismo sempre esteve presente no mundo A figura do empreendedor é dominante em toda história do progresso da humanidade As grandes navegações a revolução mercantil e a revolução industrial são apenas alguns dos eventos promovidos pelo empreendedorismo envolvendo a tomada de riscos na identificação e no aproveitamento de oportunidades Segundo DORNELAS 2005 a origem do empreendedorismo no mundo se deu à partir das inovações principalmente no século XX através de invenções que revolucionaram a vida das pessoas Geralmente essas inovações eram frutos de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar as coisas já existentes mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira O empreendedorismo sempre foi considerado como a solução para a questão econômica e redução das desigualdades no mundo DEGEN 2009 em sua análise observa que no século passado muitos economistas e professores acreditavam que bastavam incentivar o empreendedorismo entre os jovens para promover o desenvolvimento econômico reduzindo ou mesmo eliminando a pobreza O empreendedorismo tem sido o centro das políticas públicas na maioria dos países O crescimento do empreendedorismo no mundo na década de 1990 pode ser observado nas ações desenvolvidas relacionadas ao tema Dornelas considera que o empreendedorismo não despertava interesse somente de governos pelo mundo mas também por organizações multinacionais Por outro lado apesar da riqueza gerada pelos empreendedores nos últimos 40 anos ela não reduziu necessariamente a pobreza e a desigualdade de renda no mundo Ainda sobre o empreendedor por oportunidade como o desejável e o empreendedorismo por necessidade como indesejável Um caso interessante é a China e Índia que apresentam atividade empreendedora crescente e de acordo com os dados de 2007 do Global Entrepreneurship Monitor 60 são motivados por oportunidade na China e 65 na Índia mais que no Brasil e Colômbia juntos 22 Empreendedorismo no Brasil No início da atividade empreendedora no país o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990 quando entidades como SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa e SOFTEX Sociedade Brasileira de Exportação de Softwares foram criadas A questão do Brasil e a criação de empresas durante os últimos anos são analisadas como um indicador da atividade empreendedora no país Em busca da realização pessoal independência financeira ou simples sobrevivência uma enorme fatia da população brasileira registrou nas juntas comerciais entre 1985 e 2001 algo em torno de oito milhões de empresas Cerca de 142 da população adulta já está envolvida com alguma atividade empreendedora O mercado recompensa o empreendedor que tem visão estratégica criador de soluções e inovações zeloso no atendimento ao cliente e sabe como gerir o negócio com profissionalismo Para DEGEN 2009 o Brasil só poderá reduzir as desigualdades com a ação e inovação de empreendedores A solução mais simples para reduzir a diferença entre ricos e pobres no Brasil é liberar a criatividade dos empreendedores por meio da livre iniciativa para produzir os bens os serviços e os empregos necessários que faltam para o bem estar da população brasileira Apesar das dificuldades o Brasil apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao empreendedorismo Desde alguns anos atrás foram criados órgãos e iniciativas de apoio ao empreendedor como o SEBRAE as fundações de amparo á pesquisa as incubadoras de novos negócios e as escolas superiores que tem oferecido cursos e outros tipos de programas sobre empreendedorismo Segundo DORNELAS 2005 um fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento do empreendedorismo no mundo e principalmente no Brasil foi o resultado do relatório da Global Entrepreneurship Monitor GEM 2000 onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começaram um novo negócio e o total dessa população de 1 para cada 8 adultos Este estudo tem sido realizado anualmente Nos resultados divulgados desde 2003 o Brasil aparece na sexta posição com um índice de criação de empresas de 13 2 da população adulta correspondendo a 14 milhões de pessoas envolvidas em negócios No Brasil no entanto a probabilidade de manter um novo negócio por mais de três anos é relativamente baixa Uma das principais razões é a falta de políticas públicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos O país não apresenta cenário muito acolhedor ao pequeno empreendedor Há poucas linhas de crédito falta financiamento e muitos casos impedem a realização do negócio Para KOTESKI 2004 p16 as micro e pequenas empresas têm um papel fundamental na economia brasileira Não obstante essa realidade os pequenos negócios ainda não têm recebido tratamento compatível com a sua importância econômica e com a sua inegável capacidade de gerar contrapartidas econômicas e sociais Os programas governamentais brasileiros e a política adotada ainda são insuficientes para atender esse segmento 23 PEQUENOS EMPREENDIMENTOS Na visão apresentada por MOTTA 2000 os Estados Unidos foi o primeiro país a definir as características da pequena empresa Tal definição oficial foi apresentada pelo Selective Service Act de 1948 DOLABELLA 1999 analisa que no Brasil hoje existem cerca de quatro milhões e meio de pequenas e médias empresas formais Se contarmos as informais e rurais chegase a sete milhões Segundo o SEBRAE 1999 as pequenas e médias empresas representavam 985 do total de empresas no Brasil atuando nos setores industrial comercial e de serviços ocupavam 60 da oferta de emprego e geravam 21 do PIB De acordo com uma afirmativa de CHIAVENATO 2008 o avanço da economia depende dos pequenos negócios que respondem por grande parte da geração de empregos das inovações do pagamento de impostos e da riqueza das nações Dados do IBGE divulgados pelo SEBRAE descrevem que as pequenas empresas representam uma parte importante na economia brasileira Vale ressaltar a importância das pequenas e médias empresas na economia brasileira que representam 99 do total das empresas formais que oferecem 57 dos empregos formais e 26 do total da massa salarial DEGEN 2009 As pequenas empresas são mais competitivas devido a sua estrutura organizacional e mais eficiente uma vez que grandes empresas têm uma estrutura vertical com muitos níveis hierárquicos tornando a comunicação interna mais complexa e demorada Por outro lado a estrutura horizontal de grandes empresas criando vários departamentos torna a empresa muito especializada e pouco focada no seu objetivo ao contrário as pequenas empresas têm dinamismo e flexibilidade para mudanças rápidas o que as grandes não têm Como observa LEONE 1999 nas pequenas empresas a estratégia é intuitiva e pouco formalizada O empresário está próximo de seus colaboradores para lhes orientar na mudança de estratégia Além disso o autor mostra que ocorre a ausência de atividades de planejamento formal embora o empreendedor tenha uma visão estratégica Por outro lado DEGEN 2009 afirma baseado em dados do SEBRAE que o Brasil possui dados preocupantes com relação às empresas e seus empreendedores que nascem a cada dia O problema é que 50 das pequenas empresas criadas encerraram suas atividades antes dos dois anos de sua formação 56 no terceiro ano e 60 no quarto ano 24 ANALISE DE UM NOVO NEGÓCIO Muitas pessoas ao andar pela cidade podem apenas ver multidões e anúncios enquanto um empreendedor percebe o que está por trás disso fluxo de pessoas vendas movimentação de bens faixas etárias e tipos de comércio entre outras informações sendo assim capaz de identificar boas oportunidades MAXIMIANO 2006 Abrir uma média ou pequena empresa não significa apenas empreender um novo negócio gerar empregos ou fazer girar o enorme ciclo da economia nacional É uma avassaladora onda que envolve todos os países ricos e chega intensamente ao nosso País no esteio criado pelas grandes empresas nas qual o gigantismo e a burocracia impedem a competitividade CHIAVENATO 2008 O conceito de negócio deve ser desenvolvido com papel Lápis alguma pesquisa pessoal muita observação imaginação e simulação Não é necessário nenhum investimento a não ser um pouco de tempo do futuro empreendedor É preciso observar simular operações de compra e dos potenciais clientes Para isso é necessário saber quem decide a compra tentar imaginar situações em que potenciais clientes trocariam seu dinheiro pelos produtos ou serviços oferecidos DEGEN 1999 Por outro lado CHIAVENATO 2008 classifica a identificação da oportunidade como primeiro passo para o desenvolvimento de um produto ou negócio Geralmente a oportunidade é uma lacuna detectada ao se avaliar o mercado e os produtos e serviços oferecidos Em sua análise de um novo negócio DOLABELLA 1999 indica que a pessoa interessada em abrir um novo negócio deverá conhecer a experiência de outros empresários como forma de aprendizado e forma de aquisição de experiência para si também Para se abrir um novo negócio DEGEN 2009 sugere que há muitas razões por que as pessoas desejam se propõe a essa tarefa O importante é destacar que desenvolver um negócio não é tarefa tão difícil como se pensa O autor propõe ainda que segundo um estudo realizado pelo SEBRAE não há diferença significativa entre os empreendedores que fracassam e os que têm sucesso em relação a sexo idade escolaridade a atividade prévia de se desenvolver um negócio O estudo indicou como fator condicionante do sucesso dos empreendedores o bom conhecimento do mercado e uma boa estratégia de vendas Para DORNELAS 2005 o empreendedor deverá realizar uma análise detalhada de seu negócio e para isso o planejamento é indispensável Empreendedores precisam planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento 25 Viabilidade de Mercado Plano de Negócio Caracteriza a viabilidade de um negócio como sua capacidade efetiva de fornecer ou atender um determinado mercado e se esse investimento trará retorno A pergunta a ser feita é é possível fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço O que é necessário para fabricálo Qual será o retorno obtido Quem compraria o produto Nessa linha CHIAVENATO 2008 p 80 em sua análise de um negócio caracteriza que o sucesso de qualquer empreendimento sendo indústria comércio ou serviços depende das várias decisões do empreendedor antes do início da abertura da empresa Para que o empreendedor possa fundamentar suas decisões devera criar um projeto que lhe auxilie e oriente no processo decisório de forma que identifique e potencialize as oportunidades do mercado reconhecer e neutralizar as ameaças do mercado Para que a abertura de um novo negócio não se torne uma aventura é fundamental que algumas questões referentes ao novo empreendimento sejam analisadas Todo negócio bem sucedido deve estar apoiado num plano de negócios que deve conter estratégias do futuro empreendimento recursos humanos análise dos dados entre outros FIALHO 2006 O plano de negócios no Brasil é algo muito incipiente Poucos empreendedores e empresas trabalham com essa metodologia Na Europa e principalmente no Canadá e Estados Unidos é uma ferramenta usual habitualmente utilizada por empreendedores novos e antigos DOLABELLA 1999 Toda empresa está sujeita ao fracasso assim como ao sucesso O empresário aplica seu dinheiro na esperança de que a probabilidade do sucesso seja maior que a do fracasso O mundo dos negócios é um mundo de riscos o que leva a crer que toda situação econômica é de risco Dentro de uma empresa não existe certeza absoluta e nem incerteza total apenas a possibilidade de lidar com riscos O plano de negócios representa uma oportunidade única para o futuro empreendedor pensar e analisar todas as facetas do novo negócio O plano de negócios revela alem das características do futuro empreendimento a motivação o empenho e o conhecimento do empreendedor e dos possíveis sócios Nessa linha DORNELAS 2005 apresenta o plano de negócio como uma etapa necessária Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade seguindo um caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador ainda que uma característica do plano de negócios é o estudo da situação do mercado Em resumo é importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura revelando como a empresa deseja alcançar seu objetivo 26 Análise de Mercado As ameaças e oportunidades do mercado devem ser objetos de constante preocupação de um empresário O mercado é apenas um ambiente que compreende conjuntura do governo mudanças tecnológicas e muitos fatores que o empreendedor deve monitorar MAXIMIANO 2006 Análise de mercado é considerada por muitos uma das mais importantes seções de um plano de negócios e também difícil de fazer pois toda estratégia de negócio depende de como a empresa abordará o mercado consumidor sempre procurando ser diferenciada da concorrência agregando maior valor aos seus produtos e serviços com intuito de se conquistar clientes continuamente DORNELAS 2005 A análise do mercado é como a análise de um pescador O mar está para peixe O empreendedor deve fazer a mesma pergunta a cada nova oportunidade de mercado Isso por que as empresas não estão isoladas do mundo pois as mais diversas incertezas podem causar estresse e perdas se não forem bem analisadas O principal objetivo é conhecer as necessidades e predisposição do mercado ao novo negócio mas é necessário antes que o empreendedor conheça as adversidades e saiba administrá las É evidente que cada negócio requer do empreendedor conhecimento e qualificações em muitos casos treinamentos certificações e diplomas diferentesDEGEN 2009 27 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DRUKER 1999 define muito bem a concepção de planejamento quando enfatiza que o futuro não é de quem o prevê e sim de quem o faz No mesmo MOIOLI 2007 salienta que o planejamento estratégico em poucos momentos é empregado em pequenas e micro empresas sendo considerado sem utilidade ou limitado para negócios deste tamanho Geralmente um planejamento é efetuado somente em casos onde se é necessário obter empréstimos e financiamentos2 Para o autor existem evidências que o planejamento formal faz uma diferença e pode reduzir a probabilidade de falência da empresa mas mesmo as empresas que não faliram o percentual daquelas que não elaboraram nenhum tipo de planejamento foi alto 64 Conforme o gráfico a seguir Etapas do processo de estratégia ambiental Analise Definição de Macroambient al objetivos e metas Negocio Visão Missão Analise do ambiente Formulaçã o de competências competitivo estratégias Valores Analise do ambiente Elaboraçã o do interno Poder orçamento Avaliação e Controle FONTE TAVARES 2000 O Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as idéias das pessoas de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir estratégia ALMEIDA 2001 STONER e FREEMAN 1994 conceituam o planejamento estratégico como processo de estabelecer objetivos e as linhas de ação adequadas para alcançálos Estes objetivos podem ser quantitativos ou qualitativos e alinharem diversos fatores em sua formulação como a cultura da empresa 28 Planejamento de Vendas No planejamento de vendas antes de qualquer coisa é preciso definir quem é seu cliente e o que ele quer seguindo assim o planejamento mercadológico MAXIMIANO 2006 analisa que para a elaboração do planejamento de vendas é preciso ter definido claramente no plano de negócios o mercado alvo para que somente após esse plano possa efetuar o planejamento de vendas e definição do marketing mix O marketing mix é o conjunto singular de decisões de cada empresa a respeito dos quatro Ps produto preço praça e promoção DEGEN 2009 observa que para um negócio alcançar o sucesso deverá atuar com eficiência e eficácia Eficiência é oferta do produto para o maior número de pessoas possível enquanto eficácia é concluir o maior número de vendas por oferta possível Entretanto para que haja uma perfeita sincronia entre eficiência e eficácia se faz necessário um planejamento de vendas Com base no conhecimento da necessidade de um grupo de clientes e de como atendêlos o vendedor prepara a oferta e o planejamento das vendas A principal razão de ser qualquer empreendimento empresarial é o cliente Ele é quem define se o negócio será bem sucedido ou não e também determina o grau de sucesso Em primeiro lugar devese conhecer profundamente o produtoserviço a ser vendido É importante que todas as características e vantagens do produto sejam realçadas na sua apresentação ao cliente CHIAVENATO 2008 O processo de vendas alcançar seu objetivo é necessário que seja elaborado um planejamento com algumas fases entre elas pesquisa de mercados consumidores propaganda venda promoção de vendas canais de distribuição merchandising pós vendas 29 Planejamento de Custos Orçamento Os custos estão presentes na vida das pessoas e isso não seria diferente na vida das empresas Tal fato ocorre pois todos os bensserviços também representam custo mais simplificadamente tem um preço DUTRA 2009 Para CHIAVENATO 2008 a maioria dos pequenos empreendimentos é administrada informal A maioria dos pequenos e médios empresários costumam administrar custos e finanças de maneira intuitiva por não terem formação nessa área O autor alerta que esse procedimento podem ser assertivos a curto prazo mas à medida que a empresa cresce não funcionam maisUma estimativa de custo ou orçamento completo funciona como sinais de uma estrada a ser percorrida rota a ser corrigida quando houver desvios estabelecendo as metas finais dos recursos a serem aplicados ao longo do empreendimento PESSOA 2003 Dois custos existentes nas empresas em geral os custos fixos e os custos variáveis e estes como parte integrante do estudo da viabilidade econômica Os custos fixos são aqueles independentes da produção e nível de atividade da empresa Por outro lado os custos variáveis estão ligados diretamente à atividade produtiva da empresa ou seja quando mais se produz mais os custos aumentam O autor lembra que a análise de custos é necessária pois é a partir dela que se define o ponto de equilíbrio da empresa que consiste em encontrar o ponto em que as atividades não geram nem prejuízo ou lucro CHIAVENATO 2008 3 METODOLOGIA DE PESQUISA A pesquisa apresentada busca conhecer quais são os conflitos entre a teoria da gestão de pequenos empreendimentos e as atitudes ensejadas pelos candidatos a empreendedores Para isso foi considerado principalmente o planejamento estratégico e a postura do empreendedor ao identificar uma oportunidade ou um mercado Baseando na conseqüência e resultado pela não observação dos pontos cruciais para se obter sucesso Para o processo de coleta e analise de dados seja o mais imparcial BERTUCCI 2008 alerta que se durante o processo de metodologia há uma necessidade de se estabelecer objetivos claros e se por outro lado a metodologia for incorretamente delineada toda coleta e análise de dados se tornará insatisfatória 31 UNIDADE DE ANÁLISE A empresa indicada para o estudo de caso é uma empresa individual que atua no setor de representações das principais editoras de livros jurídicos do país na cidade de Manhuaçu MG Tem como nome fantasia Livraria Jurídica A empresária demonstrou pleno interesse em sediar o estudo como forma de propor uma análise sobre os principais pontos positivos e negativos de sua organização e assim tomar decisões que possam contribuir para a expansão da empresa e melhorar a gestão 32 TIPOS DE PESQUISA Para atingir os objetivos realizouse uma pesquisa descritiva qualitativa buscando estabelecer uma relação entre a atividade empreendedora e o não planejamento como fatores intrínsecos para se alcançar o sucesso e o retorno econômico do investimento Esta pesquisa terá como técnica o estudo de caso de um pequeno empreendimento Este estudo devese á observação da atividade na atual estrutura de mercado que vem sendo administrada pelo improviso e pelo impulso causando um nível de falências e encerramento de empreendimentos precocemente A comparação entre o caso real e a teoria apresentada deverá fornecer hipóteses e apontar prováveis falhas no processo gerencial que poderão auxiliar os micro e pequenos empreendedores a programar medidas para a implantação e gestão do negócio 33 ANALISE DOS DADOS A idéia inicial da empresa surgiu á partir do convite da empresa DM Distribuidora de Livros de Belo Horizonte para que a empreendedora viesse a fazer a revenda de livros em ManhuacuMG Tal parceria aconteceu por intermédio de um representante que fazia a o atendimento na cidade e região e ofereceu parceria à empresária sendo que nesta época inicialmente não era registrada A logística de pedidos de livros era feita pelo representante da empresa DM Distribuidora que se dedicava a acolher os pedidos feitos e encaminhar os livros para a efetivação da venda A parceria firmada propôs uma margem de comissão de 10 a 15 sobre o preço de venda dependendo da capa e editora A parceria durou alguns meses entretanto o representante passou a atrasar com os pedidos passando a deixar a parceira sem poder atender os clientes e também não repassava os pagamentos para a empresa distribuidora Depois de vários pedidos entregues com atraso a empresária decidiu procurar mais informações e passou a comprar os livros direto de editoras e outros direto da própria DM representações Contudo para que as editoras pudessem fornecer os livros a empresária precisava se registrar ter um CNPJ para as futuras compras Sem nenhum planejamento formal mas com o intuito de aproveitar a oportunidade de mercado em uma área ainda não atendida na região a empresária aliada aos conhecimentos que a mesma adquiriu no setor com a livraria aprimore empresa fechou em novembro de 2009 pesquisas na internet informações de amigos e a possibilidade de uma parceria com a UNIDADE LFG CURSOS PREPARATÓRIOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS E POS GRADUAÇÃO empresa em que atua como coordenadora desde junho de 2011 possibilitou uma carteira de clientes bem diversificada Foram necessários entre a decisão de abrir uma empresa e sua atuação no mercado um período médio de 6 meses para estudar as melhores possibilidades e estratégias de mercado Seus clientes hoje são entre alunos das faculdades da região estudantes concurseiros advogados magistrados e funcionários públicos que precisam sempre se manter atualizados devido ás constantes mudanças que ocorrem nas leis e jurisprudências podendo ou não favorecer a posição que ocupa A empresa foi constituída com 100 capital próprio não sendo necessário recorrer a nenhum empréstimo A decisão de abrir a empresa partiu do diferencial que este negócio pode oferecer frente ás compras pela internet Segundo a empresária o cliente gosta de sentir o produto que compra o cliente quer ver pegar e ler esse é o diferencial da empresa além da possibilidade de levar o produto e só pagar depois baseando na confiança Hoje a empresa tem usado como estratégia de vendas dos livros a divulgação em conjunto dos cursos da parceira LFG e o marketing boca a boca Utiliza ainda a internet para divulgar seja por emails ou redes sociais Há ainda funcionária que executam o serviço de venda dentro e fora da empresa parceira assim como a divulgação no fórum da cidade e escritórios de advocacia Há também o marketing direto dos professores da Rede LFG que constantemente indicam seus livros que na oportunidade a empresa fornece atendendo aos alunos Como uma estratégia de preços e produtos a empresa concede descontos para compras á vista quando mais de três volumes por pessoa Com base nos principais livros nos que são mais procurados ou quando não tem em estoque a empresária agenda o pedido e faz a promessa de entrega dentro de um determinado prazo fazendo o possível para atender os clientes com rapidez A parceria com a LFG é uma estratégia de ponto pois há uma grande circulação de clientes em potencial no estabelecimento e para compensar clientes da empresa LFG que se matriculam em um novo curso ganham desconto assim como clientes que indicam o produto para outros Para entender qual seria o impacto de uma empresa da área na região houve um estudo de viabilidade através de pesquisas informais aconselhamentos com empresários que anteriormente atuavam na área e que apoiou a decisão da empresária Ainda segundo a empresária a abertura e o processo de crescimento estão dentro da expectativa Ela acredita que pelo fato do negócio ainda ser novo o lucro ainda é pequeno mas ela considera que nesses primeiros meses sua avaliação é positiva tendo em vista que tudo começou sem planejamento sem uma estrutura administrativa adequada mas avalia que os resultados obtidos são considerados válidos Esta expectativa de retorno como já é sabido deve ser aguardada nos primeiros dois anos de uma empresa conforme a empreendedora Atualmente uma das maiores dificuldades encontrada pela empresária somamse em administrar o tempo entre as atividades da empresa e sua atividade secundária em coordenar a unidade LFG A falta de capital de giro para estoque administrar fluxo de caixa difícil acesso a crédito bancário devido ás taxas de juros e burocracia Não há ainda um planejamento de custos e definição do ponto de equilíbrio Há um controle do estoque e de vendas através de planilhas do Excel que geram um indicador de desempenho mas futuramente pretendese implantar um novo sistema de controle que apresente mais eficiência A empresária planeja em seis meses vender em outras cidades e montar um site para a venda em outras regiões do estado Sua idéia inicial é trabalhar apenas com a logística de pedidos onde a entrega seja direta da editora para o cliente Outro planejamento da empresária é atuar em outras áreas como ciências exatas e humanas atendendo um público maior e mais diversificado 4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ao analisar a estrutura da empresa Livraria Jurídica podemos afirmar que o empreendimento tem suas características apontadas por vários autores A empresa Livraria Jurídica demonstrouse competitiva mesmo atuando em uma pequena parcela do mercado Como afirma CHIAVENATO 2008 essas empresas tendem a se tornarem mais atuantes no mercado devido a sua possibilidade de flexibilidade A parceria da ainda não formalizada a cerda foi possível a partir da observação de uma oportunidade de abrir um negócio próprio Na observação do dia a dia desses empreendedores MAXIMIANO 2006 aponta que muitas pessoas ao andar pela cidade podem apenas ver multidões e anúncios Um empreendedor por trás de tudo isso percebe fluxo de pessoas vendas movimentação de bens nichos de mercado Outro fato interessante é que a abertura da empresa se deu pela oportunidade do mercado como afirma DEGEN 2009 ou seja pelo que é desejável e não pela necessidade mas pela oportunidade já que o empreendedor tem outras formas de renda o que seria indesejável O período de tempo que a empresária levou para tomar essa decisão abertura do empreendimento foi importante mas não o suficiente pois não foi feito nenhum planejamento formal como é o caso Neste sentido CHIAVENATO 2008 alerta que o sucesso da empresa depende das decisões do empreendedor antes do início da abertura do negócio e para que essas decisões sejam fundamentadas deve haver um projeto a seguir Fato que comprova a necessidade de um plano de negócio FIALHO 2006 também caracteriza o processo de planejamento essencial para o empreendedor não tornar o novo negócio uma aventura Algumas características culturais também influenciam a empreendedora pois segundo DOLABELLA 1999 para os empreendedores brasileiros o plano de negócios é algo irrelevante ainda Entretanto apesar de a empresária não ter feito nenhum planejamento um fator relevante é abordado por FIALHO 2006 ao afirmar que o empreendedor deve conhecer antes o produto serviço ou mercado que deseja trabalhar Neste caso a empresária já havia trabalhado com a livraria APRIMORE depois com o representante da distribuidora ou seja conhecia o mercado Outro fator relevante e considerável é que a empresária é graduada em Direito e portanto conhece bem o produto que vende e sabe o que vender para determinados clientes A coordenação da empresa LFG cursos para concursos e pós graduação também é outro fator relevante para a contribuição do sucesso da empresária Ainda nessa linha DOLABELLA 1999 acrescenta sobre o empreendedor que tem o conhecimento que toma como base a experiência de outros empresários Esta é uma forma de aprendizado de ganhar experiência justificando a atitude da empresária ao pesquisar com amigos internet etc A identificação do cliente no processo de abertura da empresa foi crucial em um mercado competitivo como o que atua a empresária Os sites de venda de livro são concorrentes diretos pois possibilitam a pesquisa de precos variados e descontos que muitas vezes nao podem ser oferecidos pelo empreendedor que tem um empreendimento fisico Devido a isso DEGEN 2009 complementa essa visao de que o negocio deve ter eficiéncia e eficacia sendo uma vantagem competitiva além do conhecimento das necessidades do cliente e como atendélo Dessa forma a empresaria caracteriza como vantagem o fato do cliente ter possibilidade de pegar e sentir o produto podendo ler e levar para casa isso é um diferencial é ser eficiente e eficaz Mesmo com o desconhecimento tedérico do marketing mix 4Ps do negécio o conhecimento pratico é essencial devido a isso a empresa esta localizada dentro das instalacédes da empresa LFG que recebe o publico foco do negécio Outro aspecto do marketing mix é o prego e a promogao A empresa oferece descontos para compras a vista e para mais de trés volumes diferentes além disso OS pregos sao competitivos com os dos grandes sites de vendas A propaganda é feita pelos prdprios clientes Isso complementando a visao de MAXIMIANO 2006 que afirma que o marketing mix é o conjunto singular de cada empresa a respeito dos 4ps preco praga promocgao e produto O estudo de viabilidade mesmo nao tendo sido formalizado como é 0 desejavel é importante Com essa idéia a empresaria buscou pesquisar informalmente com alunos da LFG e colegas de profissao se estes estavam ou nao dispostos a comprar o produto oferecido e se ja estariam ou nao sendo atendidos Essa perspectiva atende a afirmagao de MAXIMIANO 2006 sobre se é viavel ou nao prestar um servigo ou quem comprar este mesmo produto CHIAVENATO 2008 também afirma que a analise de viabilidade do mercado é decisiva ja que determina o futuro do empreendimento O questionamento de CHIAVENATO 2008 é como o elaborado pela empresaria O mar esta para peixe Na visao da empresaria o retorno estimado é de até dois anos mesmo sem estar amparada por dados estatisticos ou projegdes e apenas por previsdes Com essa falha no planejamento ha uma dificuldade de analisar o futuro do empreendimento ja que nao ha indicadores confiaveis de desempenho e atualmente os indicadores de desempenho existentes sao feitos sobre controle de estoque e vendas somente Isso impossibilita acesso a crédito para a empresa o que podera dificultar em momentos de crise ou para alavancar recursos para novos investimentos CHIAVENATO 2008 determina que para um negdécio se desenvolva devem ser observados parametros ou indicadores de desempenho para monitoralo continuamente e avalialo 41 IMPLICAGOES GERENCIAIS O processo de gestao empirico da empreendedora a observacao a oportunidade de mercado a abertura e formalizagao da empresa é o espelho da maioria dos empreendedores do Pais Felizmente a abertura da empresa se deu pela oportunidade pois em geral quando se da pela necessidade falta de emprego ou por nao estar satisfeito com o atual aliado a inexperiéncia e desconhecimento do mercado implica na mortalidade da maioria dessas empresas em até cinco anos Fato este gerador de um grande estresse na economia em geral trazendo transtornos financeiros ainda maiores do que os anteriormente pois atualmente é mais dificil fechar uma empresa do necessariamente abrila O processo falho de gestao também gera desconfiana do investidor em novos negocios Apos a identificagao da idéia o planejamento é o mais importante passo pois é ele que ira dar suporte para a tomada de decisoes e estudo de viabilidade Podese destacar que este estudo podera trazer para os profissionais de administragao e futuros empreendedores que 1 A oportunidade de um novo negécio nasce a medida que as necessidades do mercado da empresa ou dos clientes surgem ou um nicho que ainda nao esta sendo atendido Com isso devese enfatizar a idéia de que 0 empreendedor nao copia apenas cria e inova Ser empreendedor é ser inovador Oo O processo de planejamento do negocio é indispensavel pois é ele que dara suporte para a tomada de decisées estabelecendo parametros técnicos que permitam gerenciar momentos de crise da empresa Assim abrir um empreendimento sem um planejamento é estar a deriva em um mar chamado mercado O No Brasil existem segundo informagédes do SEBRAE cerca de quatro milhées e meio de pequenas empresas isso sem levar em conta as empresas rurais Significa dizer que apesar dos grandes empecilhos oferecidos pelo mercado 0 empreendedorismo segue como uma possibilidade de renda e independéncia financeira O Apesar da aparente irrelevancia de pequenos empreendimentos estes oferecem 57 dos empregos formais além disso vem sendo vistos com bons olhos por investidores internacionais uma vez que ha um crescente aparecimento de negocios por oportunidade e especializagao dos empreendedores Pequenos e novos negocios apesar de estarem mais vulneraveis as mudangas da economia sa0 mais competitivos e conseguem mudar sua estrutura com mais rapidez para se adaptar ja que a estrutura hierarquica é mais compacta levando os administradores a ter um nova visao do mercado de trabalho 1 A morte de pelo menos 50 de novos empreendimentos nos dois primeiros anos e cerca de 60 até o quarto ano sao indicadores de deficiéncia de gestao e analise de mercado Isso mostra que nao basta ter a idéia e o capital para investir o conhecimento do mercado é fator indispensavel Todo empreendedor deve por exceléncia ser um bom administrador Limitagé6es dos empreendedores em ter acesso a crédito a burocracia e entrada no mercado sao fatores que influenciam na morte dessas empresas Assim mais que conhecer o negocio ter recursos financeiros é essencial conhecer a viabilidade do empreendimento e isso sé é possivel com o plano de negocios i Assim como no Brasil nos Estados Unidos a mortalidade de empresas esta diretamente ligada a falhas ou falta de gestao ou planejamento Isso leva a crer que o problema nao esta relacionado apenas as empresas brasileiras Assim a orientagao técnica é necessaria para qualquer negocio ou ramo Geralmente o foco de pequenos negocios esta no cliente o bom relacionamento da empresa com o cliente é fator preponderante ja que um cliente indica mais outro e assim por diante Relacionamento este que vai acabando a medida que a empresa cresce 1 No processo de planejamento dos pequenos negdécios quase sempre ha a preocupaao com o marketing mix prego praca produto promogao entretanto observase que os 4Ps sao determinantes para atingir o publico alvo e deve estar em consonancia com negocio A falta de expectativa de retorno do negécio ou provisionamento de caixa impossibilita novos investimentos e a expansao da empresa Assim a expectativa de retorno ou payback devem estar bem definidos ou trarao um estresse para os sdécios que aplicaram recursos e uma retirada em um momento errado pode acarretar a faléncia 1 A analise do planejamento de um novo negdcio mesmo por pequenos empreendedores 6 necessaria de forma que estas empresas deixem de fazer parte do indesejavel indice de mortalidade de novos negécios Para isso a busca por informagao e formagao podem decidir a continuidade e o crescimento 5 REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO ALMEIDA M I R de Manual de planejamento estratégico desenvolvimento de um plano estratégico com a utilizagao de planilhas Excel Sao Paulo Atlas 2001 BERTUCCI J L de O Metodologia Basica para Elaboracao de Trabalhos de Conclusao de Cursos TCC Atlas 2008 Sao Paulo CHIAVENATO Idallberto Empreendedor dando asas ao empreendedorismo 2 ed Ed Saraiva 2008 Sao Paulo DEGEN R J O Empreendedor Empreender como Opção de Carreira Ed Pearson Pratice Hall 2009 São Paulo DEGEN R J O empreendedor Fundamentos da Iniciativa Empresarial Makron Books Brasil Editora Ltda 1999 São Paulo DOLABELLA Fernando O segredo de Luiza Cultura Editores Associados 1999 São Paulo DORNELLAS J C A Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios Ed Campus 2 edição Rio de Janeiro DRUCKER Peter Desafios gerenciais para o século XXI Pioneira 1999 São Paulo DUTRA R G Custos uma abordagem prática 6 ediçao Ed Atlas 2009 São Paulo p16 FIALHO F A P Empreendedorismo na Era do Conhecimento Ed Visual Books 2006 Florianópolis GODOY A S 1995 pag 62 Pesquisa qualitativa tipos fundamentais in revista de administração de empresas v 35 n 3 maijun 1995b IBGEanuário pesquisa disponível em httpsuperabrilcombrculturabrasil documento 443830shtml O Brasil sem documento acesso em 20 de dezembro 2011 KOTESKI M A As Micro e Pequenas Empresas no Contexto Econômico Brasileiro Revista Fae Business Número 8 2004 LEONE N M C P G As especificidades das pequenas e médias empresas Revista de Administração v 34 n 2 abr jun1999 MANZINI E J entrevista semiestruturada análise de objetivos e de roteiros UNESP 2003 São Paulo disponível em httpwwwsepqorgbrIIsipeqanaispdfgt304pdf acesso em 02 outubro 2011 MAXIMIANO A C A Administração para Empreendedores Prentice Hall 2006 São Paulo MOIOLI B C OLIVEIRA Jair de et al Planejamento estratégico e operacional na pequena empresa USP 2007 São Paulo MOTTA FG Fatores condicionantes na adoção de métodos de custeio em pequenas empresas Dissertação de Mestrado São Paulo Universidade de São Paulo 2000 NEVES J L Pesquisa qualitativa características usos e possibilidades FEA USP caderno de pesquisas em administração são Paulo v 1 n 3 2 sem1996 OLIVEIRA W H Analise Financeira Empreendedora UNA Ciências gerenciais 1996 Belo Horizonte PESSOA Sylvio Gerenciamento de Empreendimentos Ed Insular 2003 Florianópolis SANVICENTE A Z Administração Financeira 1 ed editora Atlas São Paulo SCHUMPETER J A Capitalism Socialism and Democracy Nova York Harper and Brothers 1942 SEBRAE Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas no Brasil Relatório de Pesquisa Brasília 2004a SEBRAE Produto Interno Bruto Estudo da mortalidade das empresas paulistas 1999 httpwwwsebraeorgbr Acesso em 21 de setembro de 2011 STONER J A F FREEMAN R E Administração LTC Editora1994 Rio de Janeiro TACHIZAWA takeshy Criação de novos negócios gestão de micro e pequenas empresas Rio de Janeiro Ed FGV 2007 TAVARES M C Gestão Estratégica São Paulo Atlas 2000 Powered by TCPDF wwwtcpdforg
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Empreendedorismo Planejamento de Negócios Formais no Mercado Informal Marcos Pereira Cupertino marcospcupertinohotmailcom FACIG Jane Correa Alves Mendonça janeagronegociohotmailcom FACIG ResumoO planejamento de pequenos e micro empreendimentos tornouse indispensável para o processo de abertura formalização e gestão de novos negócios Isso se deve as caracteristicas da atual economia onde é necessário estabelecer medidas para os fatores como visibilidade custos retorno e minimização de riscos inerentes a atividade empresarial Para entender este processo analisouse o comportamento do empreendedor após observar uma oportunidade de mercado apontando os principais erros e assinalando os pontos principais que devem ser destacados no planejamento Através da fundamentação teórica e análise da pesquisa podese afirmar que o planejamento de pequenos empreendimentos ainda é pouco aplicado promovendo dessa forma falhas no processo de gestão dificuldades de acesso ao crédito elaboração de estratégias de mercado e precoce mortalidade desses negócios Palavras Chave Planejamento Oportunidade Retorno Empreendedorismo 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o empreendedorismo tem crescido por todo o mundo proporcionando desenvolvimento econômico e garantindo renda a pequenos empreendedores principalmente aos negócios familiares e aqueles que antes faziam parte do mercado informal Com esse crescimento do empreendedorismo foi nascendo à necessidade de formalização O IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística avalia que no Brasil cerca de 95 milhões de pequenos empreendimentos são informais estes empreendimentos se localizam em centros urbanos e juntos produzem cerca de 17 do PIB brasileiro gerando cerca de 573 bilhões de reais Acreditase que o empreendedorismo é o termômetro da economia ou seja se uma economia vai bem nascem muitos negócios se vai mal esses negócios são retraídos e os empreendedores preferem não assumir riscos Por outro lado um conceito que vem se difundindo muito é o do empreendedorismo por oportunidade desejável e o empreendedorismo por necessidade não desejável Ambos os tipos de empreendedorismo são propensos ao risco entretanto o segundo está mais sujeito ao fracasso tendo em vista que geralmente não há uma prévia análise de mercado nem um planejamento adequado O planejamento é essencial no desenvolvimento de um novo negócio já que o mercado por si próprio está sujeito a riscos e crises portanto se não houver um planejamento adequado de recursos e estratégia gerencial principalmente o pequeno empreendedor não estará preparado para atuar em momentos críticos passando a fazer parte da lamentável lista das empresas que não resistem aos primeiros cinco anos de vida ou morrem antes mesmo do primeiro ano Assim o planejamento é essencial para provisionar os custos e prever no horizonte o retorno do investimento Os negócios do mercado informal vêm crescendo a cada dia no país seja pelo crescimento econômico ou pelo surgimento de oportunidades por nichos de mercado que não são atingidos surgindo políticas de incentivo ao micro e pequeno empreendedor garantindo acesso ao mercado formal e crédito de forma legal com ônus reduzido de carga tributária Desta forma a abertura de um novo negócio e a percepção de novas oportunidades tornamse um desafio atrativo para muitos entretanto a criação de uma empresa e a definição do rumo é imprevisível quando não há planejamento da estrutura de custos vendas e clientes As oportunidades são para todos mas nem todos estão aptos a correr o risco O sucesso e o fracasso podem ser definidos antes mesmo da abertura do negócio Sendo assim necessário se faz o questionamento Por que o planejamento estratégico mesmo para o pequeno empreendedor é indispensável A importância de se entender e esclarecer alguns aspectos do planejamento voltado para os pequenos negócios que surgiram da informalidade e da observação de oportunidades presentes no mercado por pequenos empreendedores demonstrando os benefícios á longo prazo para a gestão de crises e na definição prática para alcançar seus objetivos O empreendedor individual ou pequeno empreendedor em sua estratégia empírica de gestão geralmente não consegue definir um planejamento formal para seguir e administrar custos vendas e clientes fazendo com que o elo oportunidade X lucratividade se rompa e dessa forma muitas empresas já estão condenadas a fechar as portas antes de completar seu primeiro aniversário Considerarase que o planejamento deve surgir antes mesmo da estrutura física do empreendimento pois nesta fase ainda não foram configurados os sacrifícios financeiros e custos de oportunidade para o investimento É á partir do planejamento que o empresário define seu nicho de mercado e sua estratégia de vendas que influenciam diretamente nos 4 Ps preço praça promoção produto do seu negócio Este trabalho trará conhecimentos necessários sobre planejamento estratégico e sua implantação que no futuro serão essenciais para aguçar o espírito empreendedor e angariar informações para o desenvolvimento de estratégias de mercado De forma conceitual o que se pretende comprovar academicamente através deste trabalho é o estudo e observações da sociedade e suas relações comerciais relações de gestão de recursos financeiros a comprovação da teoria e o que ocorre na prática para novos estudos no futuro através da observação do comportamento humano em relação ao mercado 2 REFERENCIAL TEORICO 21 EMPREENDEDORISMO Para definirmos o conceito de empreendedorismo podemos nos remeter primeiramente á definição de MAXIMIANO 2006 a pessoa que assume risco de começar uma empresa Empreendedor vem do latim impredere que significa decidir realizar tarefa difícil e laboriosa Atualmente o empreendedor é considerado um produto do meio De acordo com DOLABELLA 1999 o empreendedor é um ser social produto do meio em que vive Se uma pessoa vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto com algo positivo então terá motivação para criar o seu próprio negócio O autor reforça a idéia de que o empreendedor não nasce com estas características mas se torna um produto daquilo que vivencia para o autor caracteriza o empreendedorismo derivado da palavra entrepreneurship que trata de uma posição intermediária que busca assumir riscos calculados e gera empregos trabalha com o empreendedorismo comunitário intraempreendedorismo e inovação das políticas públicas MAXIMIANO 2006 aponta que a idéia de empreendedorismo está de fato associada a pessoas realizadoras que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios Por outro lado PESSOA 2003 caracteriza o empreendedorismo como as atividades desenvolvidas por uma pessoa ou grupo delas com o fito de chegar á realização de empreendimento ou negócio partindo de um objetivo Dessa forma o empreendedorismo sempre parte de um ponto com uma meta definida DEGEN 2009 completa a visão de Schumpeter caracterizando o empreendedorismo como processo pelo meio do qual são gerados constantemente novos produtos e serviços métodos de produção e mercados FIALHO 2006 completa a visão dos autores afirmando que empreendedorismo é o processo para iniciar e desenvolver um negócio ou um conjunto de atividades que resultem na criação de um novo empreendimento de sucesso Ele afirma ainda que o ato de empreender esteja ligado à utilização criativa de recursos à inovação assumir riscos calculados e a busca de novas oportunidades no mercado 22 Empreendedorismo no mundo MAXIMIANO 2006 analisa que a história do empreendedorismo sempre esteve presente no mundo A figura do empreendedor é dominante em toda história do progresso da humanidade As grandes navegações a revolução mercantil e a revolução industrial são apenas alguns dos eventos promovidos pelo empreendedorismo envolvendo a tomada de riscos na identificação e no aproveitamento de oportunidades Segundo DORNELAS 2005 a origem do empreendedorismo no mundo se deu à partir das inovações principalmente no século XX através de invenções que revolucionaram a vida das pessoas Geralmente essas inovações eram frutos de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar as coisas já existentes mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira O empreendedorismo sempre foi considerado como a solução para a questão econômica e redução das desigualdades no mundo DEGEN 2009 em sua análise observa que no século passado muitos economistas e professores acreditavam que bastavam incentivar o empreendedorismo entre os jovens para promover o desenvolvimento econômico reduzindo ou mesmo eliminando a pobreza O empreendedorismo tem sido o centro das políticas públicas na maioria dos países O crescimento do empreendedorismo no mundo na década de 1990 pode ser observado nas ações desenvolvidas relacionadas ao tema Dornelas considera que o empreendedorismo não despertava interesse somente de governos pelo mundo mas também por organizações multinacionais Por outro lado apesar da riqueza gerada pelos empreendedores nos últimos 40 anos ela não reduziu necessariamente a pobreza e a desigualdade de renda no mundo Ainda sobre o empreendedor por oportunidade como o desejável e o empreendedorismo por necessidade como indesejável Um caso interessante é a China e Índia que apresentam atividade empreendedora crescente e de acordo com os dados de 2007 do Global Entrepreneurship Monitor 60 são motivados por oportunidade na China e 65 na Índia mais que no Brasil e Colômbia juntos 22 Empreendedorismo no Brasil No início da atividade empreendedora no país o movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990 quando entidades como SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa e SOFTEX Sociedade Brasileira de Exportação de Softwares foram criadas A questão do Brasil e a criação de empresas durante os últimos anos são analisadas como um indicador da atividade empreendedora no país Em busca da realização pessoal independência financeira ou simples sobrevivência uma enorme fatia da população brasileira registrou nas juntas comerciais entre 1985 e 2001 algo em torno de oito milhões de empresas Cerca de 142 da população adulta já está envolvida com alguma atividade empreendedora O mercado recompensa o empreendedor que tem visão estratégica criador de soluções e inovações zeloso no atendimento ao cliente e sabe como gerir o negócio com profissionalismo Para DEGEN 2009 o Brasil só poderá reduzir as desigualdades com a ação e inovação de empreendedores A solução mais simples para reduzir a diferença entre ricos e pobres no Brasil é liberar a criatividade dos empreendedores por meio da livre iniciativa para produzir os bens os serviços e os empregos necessários que faltam para o bem estar da população brasileira Apesar das dificuldades o Brasil apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao empreendedorismo Desde alguns anos atrás foram criados órgãos e iniciativas de apoio ao empreendedor como o SEBRAE as fundações de amparo á pesquisa as incubadoras de novos negócios e as escolas superiores que tem oferecido cursos e outros tipos de programas sobre empreendedorismo Segundo DORNELAS 2005 um fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento do empreendedorismo no mundo e principalmente no Brasil foi o resultado do relatório da Global Entrepreneurship Monitor GEM 2000 onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começaram um novo negócio e o total dessa população de 1 para cada 8 adultos Este estudo tem sido realizado anualmente Nos resultados divulgados desde 2003 o Brasil aparece na sexta posição com um índice de criação de empresas de 13 2 da população adulta correspondendo a 14 milhões de pessoas envolvidas em negócios No Brasil no entanto a probabilidade de manter um novo negócio por mais de três anos é relativamente baixa Uma das principais razões é a falta de políticas públicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos O país não apresenta cenário muito acolhedor ao pequeno empreendedor Há poucas linhas de crédito falta financiamento e muitos casos impedem a realização do negócio Para KOTESKI 2004 p16 as micro e pequenas empresas têm um papel fundamental na economia brasileira Não obstante essa realidade os pequenos negócios ainda não têm recebido tratamento compatível com a sua importância econômica e com a sua inegável capacidade de gerar contrapartidas econômicas e sociais Os programas governamentais brasileiros e a política adotada ainda são insuficientes para atender esse segmento 23 PEQUENOS EMPREENDIMENTOS Na visão apresentada por MOTTA 2000 os Estados Unidos foi o primeiro país a definir as características da pequena empresa Tal definição oficial foi apresentada pelo Selective Service Act de 1948 DOLABELLA 1999 analisa que no Brasil hoje existem cerca de quatro milhões e meio de pequenas e médias empresas formais Se contarmos as informais e rurais chegase a sete milhões Segundo o SEBRAE 1999 as pequenas e médias empresas representavam 985 do total de empresas no Brasil atuando nos setores industrial comercial e de serviços ocupavam 60 da oferta de emprego e geravam 21 do PIB De acordo com uma afirmativa de CHIAVENATO 2008 o avanço da economia depende dos pequenos negócios que respondem por grande parte da geração de empregos das inovações do pagamento de impostos e da riqueza das nações Dados do IBGE divulgados pelo SEBRAE descrevem que as pequenas empresas representam uma parte importante na economia brasileira Vale ressaltar a importância das pequenas e médias empresas na economia brasileira que representam 99 do total das empresas formais que oferecem 57 dos empregos formais e 26 do total da massa salarial DEGEN 2009 As pequenas empresas são mais competitivas devido a sua estrutura organizacional e mais eficiente uma vez que grandes empresas têm uma estrutura vertical com muitos níveis hierárquicos tornando a comunicação interna mais complexa e demorada Por outro lado a estrutura horizontal de grandes empresas criando vários departamentos torna a empresa muito especializada e pouco focada no seu objetivo ao contrário as pequenas empresas têm dinamismo e flexibilidade para mudanças rápidas o que as grandes não têm Como observa LEONE 1999 nas pequenas empresas a estratégia é intuitiva e pouco formalizada O empresário está próximo de seus colaboradores para lhes orientar na mudança de estratégia Além disso o autor mostra que ocorre a ausência de atividades de planejamento formal embora o empreendedor tenha uma visão estratégica Por outro lado DEGEN 2009 afirma baseado em dados do SEBRAE que o Brasil possui dados preocupantes com relação às empresas e seus empreendedores que nascem a cada dia O problema é que 50 das pequenas empresas criadas encerraram suas atividades antes dos dois anos de sua formação 56 no terceiro ano e 60 no quarto ano 24 ANALISE DE UM NOVO NEGÓCIO Muitas pessoas ao andar pela cidade podem apenas ver multidões e anúncios enquanto um empreendedor percebe o que está por trás disso fluxo de pessoas vendas movimentação de bens faixas etárias e tipos de comércio entre outras informações sendo assim capaz de identificar boas oportunidades MAXIMIANO 2006 Abrir uma média ou pequena empresa não significa apenas empreender um novo negócio gerar empregos ou fazer girar o enorme ciclo da economia nacional É uma avassaladora onda que envolve todos os países ricos e chega intensamente ao nosso País no esteio criado pelas grandes empresas nas qual o gigantismo e a burocracia impedem a competitividade CHIAVENATO 2008 O conceito de negócio deve ser desenvolvido com papel Lápis alguma pesquisa pessoal muita observação imaginação e simulação Não é necessário nenhum investimento a não ser um pouco de tempo do futuro empreendedor É preciso observar simular operações de compra e dos potenciais clientes Para isso é necessário saber quem decide a compra tentar imaginar situações em que potenciais clientes trocariam seu dinheiro pelos produtos ou serviços oferecidos DEGEN 1999 Por outro lado CHIAVENATO 2008 classifica a identificação da oportunidade como primeiro passo para o desenvolvimento de um produto ou negócio Geralmente a oportunidade é uma lacuna detectada ao se avaliar o mercado e os produtos e serviços oferecidos Em sua análise de um novo negócio DOLABELLA 1999 indica que a pessoa interessada em abrir um novo negócio deverá conhecer a experiência de outros empresários como forma de aprendizado e forma de aquisição de experiência para si também Para se abrir um novo negócio DEGEN 2009 sugere que há muitas razões por que as pessoas desejam se propõe a essa tarefa O importante é destacar que desenvolver um negócio não é tarefa tão difícil como se pensa O autor propõe ainda que segundo um estudo realizado pelo SEBRAE não há diferença significativa entre os empreendedores que fracassam e os que têm sucesso em relação a sexo idade escolaridade a atividade prévia de se desenvolver um negócio O estudo indicou como fator condicionante do sucesso dos empreendedores o bom conhecimento do mercado e uma boa estratégia de vendas Para DORNELAS 2005 o empreendedor deverá realizar uma análise detalhada de seu negócio e para isso o planejamento é indispensável Empreendedores precisam planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento 25 Viabilidade de Mercado Plano de Negócio Caracteriza a viabilidade de um negócio como sua capacidade efetiva de fornecer ou atender um determinado mercado e se esse investimento trará retorno A pergunta a ser feita é é possível fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço O que é necessário para fabricálo Qual será o retorno obtido Quem compraria o produto Nessa linha CHIAVENATO 2008 p 80 em sua análise de um negócio caracteriza que o sucesso de qualquer empreendimento sendo indústria comércio ou serviços depende das várias decisões do empreendedor antes do início da abertura da empresa Para que o empreendedor possa fundamentar suas decisões devera criar um projeto que lhe auxilie e oriente no processo decisório de forma que identifique e potencialize as oportunidades do mercado reconhecer e neutralizar as ameaças do mercado Para que a abertura de um novo negócio não se torne uma aventura é fundamental que algumas questões referentes ao novo empreendimento sejam analisadas Todo negócio bem sucedido deve estar apoiado num plano de negócios que deve conter estratégias do futuro empreendimento recursos humanos análise dos dados entre outros FIALHO 2006 O plano de negócios no Brasil é algo muito incipiente Poucos empreendedores e empresas trabalham com essa metodologia Na Europa e principalmente no Canadá e Estados Unidos é uma ferramenta usual habitualmente utilizada por empreendedores novos e antigos DOLABELLA 1999 Toda empresa está sujeita ao fracasso assim como ao sucesso O empresário aplica seu dinheiro na esperança de que a probabilidade do sucesso seja maior que a do fracasso O mundo dos negócios é um mundo de riscos o que leva a crer que toda situação econômica é de risco Dentro de uma empresa não existe certeza absoluta e nem incerteza total apenas a possibilidade de lidar com riscos O plano de negócios representa uma oportunidade única para o futuro empreendedor pensar e analisar todas as facetas do novo negócio O plano de negócios revela alem das características do futuro empreendimento a motivação o empenho e o conhecimento do empreendedor e dos possíveis sócios Nessa linha DORNELAS 2005 apresenta o plano de negócio como uma etapa necessária Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade seguindo um caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador ainda que uma característica do plano de negócios é o estudo da situação do mercado Em resumo é importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura revelando como a empresa deseja alcançar seu objetivo 26 Análise de Mercado As ameaças e oportunidades do mercado devem ser objetos de constante preocupação de um empresário O mercado é apenas um ambiente que compreende conjuntura do governo mudanças tecnológicas e muitos fatores que o empreendedor deve monitorar MAXIMIANO 2006 Análise de mercado é considerada por muitos uma das mais importantes seções de um plano de negócios e também difícil de fazer pois toda estratégia de negócio depende de como a empresa abordará o mercado consumidor sempre procurando ser diferenciada da concorrência agregando maior valor aos seus produtos e serviços com intuito de se conquistar clientes continuamente DORNELAS 2005 A análise do mercado é como a análise de um pescador O mar está para peixe O empreendedor deve fazer a mesma pergunta a cada nova oportunidade de mercado Isso por que as empresas não estão isoladas do mundo pois as mais diversas incertezas podem causar estresse e perdas se não forem bem analisadas O principal objetivo é conhecer as necessidades e predisposição do mercado ao novo negócio mas é necessário antes que o empreendedor conheça as adversidades e saiba administrá las É evidente que cada negócio requer do empreendedor conhecimento e qualificações em muitos casos treinamentos certificações e diplomas diferentesDEGEN 2009 27 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DRUKER 1999 define muito bem a concepção de planejamento quando enfatiza que o futuro não é de quem o prevê e sim de quem o faz No mesmo MOIOLI 2007 salienta que o planejamento estratégico em poucos momentos é empregado em pequenas e micro empresas sendo considerado sem utilidade ou limitado para negócios deste tamanho Geralmente um planejamento é efetuado somente em casos onde se é necessário obter empréstimos e financiamentos2 Para o autor existem evidências que o planejamento formal faz uma diferença e pode reduzir a probabilidade de falência da empresa mas mesmo as empresas que não faliram o percentual daquelas que não elaboraram nenhum tipo de planejamento foi alto 64 Conforme o gráfico a seguir Etapas do processo de estratégia ambiental Analise Definição de Macroambient al objetivos e metas Negocio Visão Missão Analise do ambiente Formulaçã o de competências competitivo estratégias Valores Analise do ambiente Elaboraçã o do interno Poder orçamento Avaliação e Controle FONTE TAVARES 2000 O Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as idéias das pessoas de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir estratégia ALMEIDA 2001 STONER e FREEMAN 1994 conceituam o planejamento estratégico como processo de estabelecer objetivos e as linhas de ação adequadas para alcançálos Estes objetivos podem ser quantitativos ou qualitativos e alinharem diversos fatores em sua formulação como a cultura da empresa 28 Planejamento de Vendas No planejamento de vendas antes de qualquer coisa é preciso definir quem é seu cliente e o que ele quer seguindo assim o planejamento mercadológico MAXIMIANO 2006 analisa que para a elaboração do planejamento de vendas é preciso ter definido claramente no plano de negócios o mercado alvo para que somente após esse plano possa efetuar o planejamento de vendas e definição do marketing mix O marketing mix é o conjunto singular de decisões de cada empresa a respeito dos quatro Ps produto preço praça e promoção DEGEN 2009 observa que para um negócio alcançar o sucesso deverá atuar com eficiência e eficácia Eficiência é oferta do produto para o maior número de pessoas possível enquanto eficácia é concluir o maior número de vendas por oferta possível Entretanto para que haja uma perfeita sincronia entre eficiência e eficácia se faz necessário um planejamento de vendas Com base no conhecimento da necessidade de um grupo de clientes e de como atendêlos o vendedor prepara a oferta e o planejamento das vendas A principal razão de ser qualquer empreendimento empresarial é o cliente Ele é quem define se o negócio será bem sucedido ou não e também determina o grau de sucesso Em primeiro lugar devese conhecer profundamente o produtoserviço a ser vendido É importante que todas as características e vantagens do produto sejam realçadas na sua apresentação ao cliente CHIAVENATO 2008 O processo de vendas alcançar seu objetivo é necessário que seja elaborado um planejamento com algumas fases entre elas pesquisa de mercados consumidores propaganda venda promoção de vendas canais de distribuição merchandising pós vendas 29 Planejamento de Custos Orçamento Os custos estão presentes na vida das pessoas e isso não seria diferente na vida das empresas Tal fato ocorre pois todos os bensserviços também representam custo mais simplificadamente tem um preço DUTRA 2009 Para CHIAVENATO 2008 a maioria dos pequenos empreendimentos é administrada informal A maioria dos pequenos e médios empresários costumam administrar custos e finanças de maneira intuitiva por não terem formação nessa área O autor alerta que esse procedimento podem ser assertivos a curto prazo mas à medida que a empresa cresce não funcionam maisUma estimativa de custo ou orçamento completo funciona como sinais de uma estrada a ser percorrida rota a ser corrigida quando houver desvios estabelecendo as metas finais dos recursos a serem aplicados ao longo do empreendimento PESSOA 2003 Dois custos existentes nas empresas em geral os custos fixos e os custos variáveis e estes como parte integrante do estudo da viabilidade econômica Os custos fixos são aqueles independentes da produção e nível de atividade da empresa Por outro lado os custos variáveis estão ligados diretamente à atividade produtiva da empresa ou seja quando mais se produz mais os custos aumentam O autor lembra que a análise de custos é necessária pois é a partir dela que se define o ponto de equilíbrio da empresa que consiste em encontrar o ponto em que as atividades não geram nem prejuízo ou lucro CHIAVENATO 2008 3 METODOLOGIA DE PESQUISA A pesquisa apresentada busca conhecer quais são os conflitos entre a teoria da gestão de pequenos empreendimentos e as atitudes ensejadas pelos candidatos a empreendedores Para isso foi considerado principalmente o planejamento estratégico e a postura do empreendedor ao identificar uma oportunidade ou um mercado Baseando na conseqüência e resultado pela não observação dos pontos cruciais para se obter sucesso Para o processo de coleta e analise de dados seja o mais imparcial BERTUCCI 2008 alerta que se durante o processo de metodologia há uma necessidade de se estabelecer objetivos claros e se por outro lado a metodologia for incorretamente delineada toda coleta e análise de dados se tornará insatisfatória 31 UNIDADE DE ANÁLISE A empresa indicada para o estudo de caso é uma empresa individual que atua no setor de representações das principais editoras de livros jurídicos do país na cidade de Manhuaçu MG Tem como nome fantasia Livraria Jurídica A empresária demonstrou pleno interesse em sediar o estudo como forma de propor uma análise sobre os principais pontos positivos e negativos de sua organização e assim tomar decisões que possam contribuir para a expansão da empresa e melhorar a gestão 32 TIPOS DE PESQUISA Para atingir os objetivos realizouse uma pesquisa descritiva qualitativa buscando estabelecer uma relação entre a atividade empreendedora e o não planejamento como fatores intrínsecos para se alcançar o sucesso e o retorno econômico do investimento Esta pesquisa terá como técnica o estudo de caso de um pequeno empreendimento Este estudo devese á observação da atividade na atual estrutura de mercado que vem sendo administrada pelo improviso e pelo impulso causando um nível de falências e encerramento de empreendimentos precocemente A comparação entre o caso real e a teoria apresentada deverá fornecer hipóteses e apontar prováveis falhas no processo gerencial que poderão auxiliar os micro e pequenos empreendedores a programar medidas para a implantação e gestão do negócio 33 ANALISE DOS DADOS A idéia inicial da empresa surgiu á partir do convite da empresa DM Distribuidora de Livros de Belo Horizonte para que a empreendedora viesse a fazer a revenda de livros em ManhuacuMG Tal parceria aconteceu por intermédio de um representante que fazia a o atendimento na cidade e região e ofereceu parceria à empresária sendo que nesta época inicialmente não era registrada A logística de pedidos de livros era feita pelo representante da empresa DM Distribuidora que se dedicava a acolher os pedidos feitos e encaminhar os livros para a efetivação da venda A parceria firmada propôs uma margem de comissão de 10 a 15 sobre o preço de venda dependendo da capa e editora A parceria durou alguns meses entretanto o representante passou a atrasar com os pedidos passando a deixar a parceira sem poder atender os clientes e também não repassava os pagamentos para a empresa distribuidora Depois de vários pedidos entregues com atraso a empresária decidiu procurar mais informações e passou a comprar os livros direto de editoras e outros direto da própria DM representações Contudo para que as editoras pudessem fornecer os livros a empresária precisava se registrar ter um CNPJ para as futuras compras Sem nenhum planejamento formal mas com o intuito de aproveitar a oportunidade de mercado em uma área ainda não atendida na região a empresária aliada aos conhecimentos que a mesma adquiriu no setor com a livraria aprimore empresa fechou em novembro de 2009 pesquisas na internet informações de amigos e a possibilidade de uma parceria com a UNIDADE LFG CURSOS PREPARATÓRIOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS E POS GRADUAÇÃO empresa em que atua como coordenadora desde junho de 2011 possibilitou uma carteira de clientes bem diversificada Foram necessários entre a decisão de abrir uma empresa e sua atuação no mercado um período médio de 6 meses para estudar as melhores possibilidades e estratégias de mercado Seus clientes hoje são entre alunos das faculdades da região estudantes concurseiros advogados magistrados e funcionários públicos que precisam sempre se manter atualizados devido ás constantes mudanças que ocorrem nas leis e jurisprudências podendo ou não favorecer a posição que ocupa A empresa foi constituída com 100 capital próprio não sendo necessário recorrer a nenhum empréstimo A decisão de abrir a empresa partiu do diferencial que este negócio pode oferecer frente ás compras pela internet Segundo a empresária o cliente gosta de sentir o produto que compra o cliente quer ver pegar e ler esse é o diferencial da empresa além da possibilidade de levar o produto e só pagar depois baseando na confiança Hoje a empresa tem usado como estratégia de vendas dos livros a divulgação em conjunto dos cursos da parceira LFG e o marketing boca a boca Utiliza ainda a internet para divulgar seja por emails ou redes sociais Há ainda funcionária que executam o serviço de venda dentro e fora da empresa parceira assim como a divulgação no fórum da cidade e escritórios de advocacia Há também o marketing direto dos professores da Rede LFG que constantemente indicam seus livros que na oportunidade a empresa fornece atendendo aos alunos Como uma estratégia de preços e produtos a empresa concede descontos para compras á vista quando mais de três volumes por pessoa Com base nos principais livros nos que são mais procurados ou quando não tem em estoque a empresária agenda o pedido e faz a promessa de entrega dentro de um determinado prazo fazendo o possível para atender os clientes com rapidez A parceria com a LFG é uma estratégia de ponto pois há uma grande circulação de clientes em potencial no estabelecimento e para compensar clientes da empresa LFG que se matriculam em um novo curso ganham desconto assim como clientes que indicam o produto para outros Para entender qual seria o impacto de uma empresa da área na região houve um estudo de viabilidade através de pesquisas informais aconselhamentos com empresários que anteriormente atuavam na área e que apoiou a decisão da empresária Ainda segundo a empresária a abertura e o processo de crescimento estão dentro da expectativa Ela acredita que pelo fato do negócio ainda ser novo o lucro ainda é pequeno mas ela considera que nesses primeiros meses sua avaliação é positiva tendo em vista que tudo começou sem planejamento sem uma estrutura administrativa adequada mas avalia que os resultados obtidos são considerados válidos Esta expectativa de retorno como já é sabido deve ser aguardada nos primeiros dois anos de uma empresa conforme a empreendedora Atualmente uma das maiores dificuldades encontrada pela empresária somamse em administrar o tempo entre as atividades da empresa e sua atividade secundária em coordenar a unidade LFG A falta de capital de giro para estoque administrar fluxo de caixa difícil acesso a crédito bancário devido ás taxas de juros e burocracia Não há ainda um planejamento de custos e definição do ponto de equilíbrio Há um controle do estoque e de vendas através de planilhas do Excel que geram um indicador de desempenho mas futuramente pretendese implantar um novo sistema de controle que apresente mais eficiência A empresária planeja em seis meses vender em outras cidades e montar um site para a venda em outras regiões do estado Sua idéia inicial é trabalhar apenas com a logística de pedidos onde a entrega seja direta da editora para o cliente Outro planejamento da empresária é atuar em outras áreas como ciências exatas e humanas atendendo um público maior e mais diversificado 4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ao analisar a estrutura da empresa Livraria Jurídica podemos afirmar que o empreendimento tem suas características apontadas por vários autores A empresa Livraria Jurídica demonstrouse competitiva mesmo atuando em uma pequena parcela do mercado Como afirma CHIAVENATO 2008 essas empresas tendem a se tornarem mais atuantes no mercado devido a sua possibilidade de flexibilidade A parceria da ainda não formalizada a cerda foi possível a partir da observação de uma oportunidade de abrir um negócio próprio Na observação do dia a dia desses empreendedores MAXIMIANO 2006 aponta que muitas pessoas ao andar pela cidade podem apenas ver multidões e anúncios Um empreendedor por trás de tudo isso percebe fluxo de pessoas vendas movimentação de bens nichos de mercado Outro fato interessante é que a abertura da empresa se deu pela oportunidade do mercado como afirma DEGEN 2009 ou seja pelo que é desejável e não pela necessidade mas pela oportunidade já que o empreendedor tem outras formas de renda o que seria indesejável O período de tempo que a empresária levou para tomar essa decisão abertura do empreendimento foi importante mas não o suficiente pois não foi feito nenhum planejamento formal como é o caso Neste sentido CHIAVENATO 2008 alerta que o sucesso da empresa depende das decisões do empreendedor antes do início da abertura do negócio e para que essas decisões sejam fundamentadas deve haver um projeto a seguir Fato que comprova a necessidade de um plano de negócio FIALHO 2006 também caracteriza o processo de planejamento essencial para o empreendedor não tornar o novo negócio uma aventura Algumas características culturais também influenciam a empreendedora pois segundo DOLABELLA 1999 para os empreendedores brasileiros o plano de negócios é algo irrelevante ainda Entretanto apesar de a empresária não ter feito nenhum planejamento um fator relevante é abordado por FIALHO 2006 ao afirmar que o empreendedor deve conhecer antes o produto serviço ou mercado que deseja trabalhar Neste caso a empresária já havia trabalhado com a livraria APRIMORE depois com o representante da distribuidora ou seja conhecia o mercado Outro fator relevante e considerável é que a empresária é graduada em Direito e portanto conhece bem o produto que vende e sabe o que vender para determinados clientes A coordenação da empresa LFG cursos para concursos e pós graduação também é outro fator relevante para a contribuição do sucesso da empresária Ainda nessa linha DOLABELLA 1999 acrescenta sobre o empreendedor que tem o conhecimento que toma como base a experiência de outros empresários Esta é uma forma de aprendizado de ganhar experiência justificando a atitude da empresária ao pesquisar com amigos internet etc A identificação do cliente no processo de abertura da empresa foi crucial em um mercado competitivo como o que atua a empresária Os sites de venda de livro são concorrentes diretos pois possibilitam a pesquisa de precos variados e descontos que muitas vezes nao podem ser oferecidos pelo empreendedor que tem um empreendimento fisico Devido a isso DEGEN 2009 complementa essa visao de que o negocio deve ter eficiéncia e eficacia sendo uma vantagem competitiva além do conhecimento das necessidades do cliente e como atendélo Dessa forma a empresaria caracteriza como vantagem o fato do cliente ter possibilidade de pegar e sentir o produto podendo ler e levar para casa isso é um diferencial é ser eficiente e eficaz Mesmo com o desconhecimento tedérico do marketing mix 4Ps do negécio o conhecimento pratico é essencial devido a isso a empresa esta localizada dentro das instalacédes da empresa LFG que recebe o publico foco do negécio Outro aspecto do marketing mix é o prego e a promogao A empresa oferece descontos para compras a vista e para mais de trés volumes diferentes além disso OS pregos sao competitivos com os dos grandes sites de vendas A propaganda é feita pelos prdprios clientes Isso complementando a visao de MAXIMIANO 2006 que afirma que o marketing mix é o conjunto singular de cada empresa a respeito dos 4ps preco praga promocgao e produto O estudo de viabilidade mesmo nao tendo sido formalizado como é 0 desejavel é importante Com essa idéia a empresaria buscou pesquisar informalmente com alunos da LFG e colegas de profissao se estes estavam ou nao dispostos a comprar o produto oferecido e se ja estariam ou nao sendo atendidos Essa perspectiva atende a afirmagao de MAXIMIANO 2006 sobre se é viavel ou nao prestar um servigo ou quem comprar este mesmo produto CHIAVENATO 2008 também afirma que a analise de viabilidade do mercado é decisiva ja que determina o futuro do empreendimento O questionamento de CHIAVENATO 2008 é como o elaborado pela empresaria O mar esta para peixe Na visao da empresaria o retorno estimado é de até dois anos mesmo sem estar amparada por dados estatisticos ou projegdes e apenas por previsdes Com essa falha no planejamento ha uma dificuldade de analisar o futuro do empreendimento ja que nao ha indicadores confiaveis de desempenho e atualmente os indicadores de desempenho existentes sao feitos sobre controle de estoque e vendas somente Isso impossibilita acesso a crédito para a empresa o que podera dificultar em momentos de crise ou para alavancar recursos para novos investimentos CHIAVENATO 2008 determina que para um negdécio se desenvolva devem ser observados parametros ou indicadores de desempenho para monitoralo continuamente e avalialo 41 IMPLICAGOES GERENCIAIS O processo de gestao empirico da empreendedora a observacao a oportunidade de mercado a abertura e formalizagao da empresa é o espelho da maioria dos empreendedores do Pais Felizmente a abertura da empresa se deu pela oportunidade pois em geral quando se da pela necessidade falta de emprego ou por nao estar satisfeito com o atual aliado a inexperiéncia e desconhecimento do mercado implica na mortalidade da maioria dessas empresas em até cinco anos Fato este gerador de um grande estresse na economia em geral trazendo transtornos financeiros ainda maiores do que os anteriormente pois atualmente é mais dificil fechar uma empresa do necessariamente abrila O processo falho de gestao também gera desconfiana do investidor em novos negocios Apos a identificagao da idéia o planejamento é o mais importante passo pois é ele que ira dar suporte para a tomada de decisoes e estudo de viabilidade Podese destacar que este estudo podera trazer para os profissionais de administragao e futuros empreendedores que 1 A oportunidade de um novo negécio nasce a medida que as necessidades do mercado da empresa ou dos clientes surgem ou um nicho que ainda nao esta sendo atendido Com isso devese enfatizar a idéia de que 0 empreendedor nao copia apenas cria e inova Ser empreendedor é ser inovador Oo O processo de planejamento do negocio é indispensavel pois é ele que dara suporte para a tomada de decisées estabelecendo parametros técnicos que permitam gerenciar momentos de crise da empresa Assim abrir um empreendimento sem um planejamento é estar a deriva em um mar chamado mercado O No Brasil existem segundo informagédes do SEBRAE cerca de quatro milhées e meio de pequenas empresas isso sem levar em conta as empresas rurais Significa dizer que apesar dos grandes empecilhos oferecidos pelo mercado 0 empreendedorismo segue como uma possibilidade de renda e independéncia financeira O Apesar da aparente irrelevancia de pequenos empreendimentos estes oferecem 57 dos empregos formais além disso vem sendo vistos com bons olhos por investidores internacionais uma vez que ha um crescente aparecimento de negocios por oportunidade e especializagao dos empreendedores Pequenos e novos negocios apesar de estarem mais vulneraveis as mudangas da economia sa0 mais competitivos e conseguem mudar sua estrutura com mais rapidez para se adaptar ja que a estrutura hierarquica é mais compacta levando os administradores a ter um nova visao do mercado de trabalho 1 A morte de pelo menos 50 de novos empreendimentos nos dois primeiros anos e cerca de 60 até o quarto ano sao indicadores de deficiéncia de gestao e analise de mercado Isso mostra que nao basta ter a idéia e o capital para investir o conhecimento do mercado é fator indispensavel Todo empreendedor deve por exceléncia ser um bom administrador Limitagé6es dos empreendedores em ter acesso a crédito a burocracia e entrada no mercado sao fatores que influenciam na morte dessas empresas Assim mais que conhecer o negocio ter recursos financeiros é essencial conhecer a viabilidade do empreendimento e isso sé é possivel com o plano de negocios i Assim como no Brasil nos Estados Unidos a mortalidade de empresas esta diretamente ligada a falhas ou falta de gestao ou planejamento Isso leva a crer que o problema nao esta relacionado apenas as empresas brasileiras Assim a orientagao técnica é necessaria para qualquer negocio ou ramo Geralmente o foco de pequenos negocios esta no cliente o bom relacionamento da empresa com o cliente é fator preponderante ja que um cliente indica mais outro e assim por diante Relacionamento este que vai acabando a medida que a empresa cresce 1 No processo de planejamento dos pequenos negdécios quase sempre ha a preocupaao com o marketing mix prego praca produto promogao entretanto observase que os 4Ps sao determinantes para atingir o publico alvo e deve estar em consonancia com negocio A falta de expectativa de retorno do negécio ou provisionamento de caixa impossibilita novos investimentos e a expansao da empresa Assim a expectativa de retorno ou payback devem estar bem definidos ou trarao um estresse para os sdécios que aplicaram recursos e uma retirada em um momento errado pode acarretar a faléncia 1 A analise do planejamento de um novo negdcio mesmo por pequenos empreendedores 6 necessaria de forma que estas empresas deixem de fazer parte do indesejavel indice de mortalidade de novos negécios Para isso a busca por informagao e formagao podem decidir a continuidade e o crescimento 5 REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO ALMEIDA M I R de Manual de planejamento estratégico desenvolvimento de um plano estratégico com a utilizagao de planilhas Excel Sao Paulo Atlas 2001 BERTUCCI J L de O Metodologia Basica para Elaboracao de Trabalhos de Conclusao de Cursos TCC Atlas 2008 Sao Paulo CHIAVENATO Idallberto Empreendedor dando asas ao empreendedorismo 2 ed Ed Saraiva 2008 Sao Paulo DEGEN R J O Empreendedor Empreender como Opção de Carreira Ed Pearson Pratice Hall 2009 São Paulo DEGEN R J O empreendedor Fundamentos da Iniciativa Empresarial Makron Books Brasil Editora Ltda 1999 São Paulo DOLABELLA Fernando O segredo de Luiza Cultura Editores Associados 1999 São Paulo DORNELLAS J C A Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios Ed Campus 2 edição Rio de Janeiro DRUCKER Peter Desafios gerenciais para o século XXI Pioneira 1999 São Paulo DUTRA R G Custos uma abordagem prática 6 ediçao Ed Atlas 2009 São Paulo p16 FIALHO F A P Empreendedorismo na Era do Conhecimento Ed Visual Books 2006 Florianópolis GODOY A S 1995 pag 62 Pesquisa qualitativa tipos fundamentais in revista de administração de empresas v 35 n 3 maijun 1995b IBGEanuário pesquisa disponível em httpsuperabrilcombrculturabrasil documento 443830shtml O Brasil sem documento acesso em 20 de dezembro 2011 KOTESKI M A As Micro e Pequenas Empresas no Contexto Econômico Brasileiro Revista Fae Business Número 8 2004 LEONE N M C P G As especificidades das pequenas e médias empresas Revista de Administração v 34 n 2 abr jun1999 MANZINI E J entrevista semiestruturada análise de objetivos e 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