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Bioquímica Médica

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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS E CORRELAÇÕES CLÍNICAS PROF PEDRO AURIO MAIA FILHO CARBOIDRATOS MONOSSACARÍDEOS DISSACARÍDEOS POLISSACARÍDEOS Açúcares simples glicose frutose e galactose União de 2 monossacarídeos ligação 0glicosídica Maltose glicose glicose Lactose glicose galactose Sacarose glicose frutose Ligação de múltiplas unidades monossacarídicas ex glicogênio Carboidratos Circulação sistêmica Glucose Glucose Glucose Glucose Frutose Galactose Glucose Glucose Células ATP CO₂ H₂O Tecidos periféricos Fígado Glucogenólise Reserva de glicogênio Reserva de glicogênio Lactato Aminoácidos Glicerol Reserva de triglicerídeos Somatostatina Ilhota Glucagon Epinefrina Insulina Hormônio do crescimento Cortisol Gliconeogênese Glicogenólise Fígado Captação de glicose Lipogênese Captação de glicose Músculo NH₃ sequência segnale peptide C preproinsulina proinsulina insulina peptide C Síntese de Insulina Polipeptídeo de 29aa Secretado pelas células αpancreáticas Maior alvo fígado glicogenólise gliconeogênese Glucagon Secretada pela medula adrenal Estimula a glicogenólise e a utilização de glicose Estimula a secreção de glucagon e inibe a de insulina Estresse liberação de adrenalina Epinefrina adrenalina Gliconeogênese Lipólise Antagonismo a captação de glicose insulina Hormônio do crescimento Gliconeogênese lipólise e quebra protéica Estresse liberação de cortisol Cortisol Alimento Glucose Absorção de monossacarídeos Célula Glicemia CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DO DIABETES MELLITUS DM DM1 Autoimune Idiopático DM2 Outros tipos específicos de DM DM gestacional Tecidos periféricos Tabela 4 Classificação etiológica do diabetes melito I Diabetes tipo 1 destruição das células beta geralmente levando à deficiência completa de insulina A autoimune B idiopático II Diabetes tipo 2 graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina III Outros tipos específicos A Defeitos genéticos da função da célula β B Defeitos genéticos da ação da insulina C Doenças do pâncreas exócrino D Endocrinopatias E Indução por drogas ou produtos químicos F Infecções G Formas incomuns de diabetes imunomediado IV Diabetes Gestacional DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE DM 1 E 2 DM 1 Doença AutoImune Deficiência Insulina Jovens Adolescentes Insulite AutoAnticorpos Indivíduos Magros Cetoacidose Início Início Abrupto Polis DM 2 90 Metabólica Resistência Insulinica e Deficiência Indivíduos Meia Idade Depósito Amiloide nas Ilhotas Obesidade 85 Início Geralmente Lento Quando uma pessoa sem diabetes faz uma refeição O trato GI quebra o alimento em açúcares simples chamados glicose e os absorve Ele também libera hormônios do tipo incretina em resposta à presença de nutrientes dos alimentos 2 Os hormônios incretina avisam o pâncreas para liberar a insulina 3 A glicose é transportada pelos vasos sanguíneos para as células do corpo 4 O corpo avisa o fígado para parar de produzir glicose 5 A insulina ajuda a glicose a penetrar nas células 6 Os rins funcionam normalmente filtrando o sangue e removendo resíduos Normalmente a urina produzida pelos rins não contém glicose Quando uma pessoa com diabetes faz uma refeição Pode haver menos hormônios do tipo incretina para avisar o pâncreas para produzir insulina após uma refeição e alguns desses hormônios que enviam essa mensagem não funcionam muito bem 2 O pâncreas já não produz insulina suficiente assim funciona por mais tempo para tentar se adaptar 3 Há acúmulo excessivo de glicose no sangue 4 O fígado continua a produzir glicose 5 É mais difícil para a glicose penetrar nas células 6 Os rins procuram se livrar do excesso de glicose no sangue Se houver muita glicose na urina a pessoa precisará urinar frequentemente e ingerir mais líquidos CETOACIDOSE DIABÉTICA FATORES DE RISCO PARA DIABETES GESTACIONAL DM GESTACIONAL 25 ANOS Obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gravidez História familiar de diabetes em parentes de 1º grau Baixa estatura 151cm Crescimento fetal excessivo Antecedentes de morte fetal ou neonatal DIABETES MELLITUS GESTACIONAL É a intolerância à carboidratos de gravidade variável com surgimento ou diagnóstico durante a gravidez Hormônio do crescimento e cortisol predispõem resistência à insulina Mulheres diabéticas que ficam grávidas não são incluídas nessa categoria Quando diagnosticado 6 a 12 semanas após o parto as pacientes devem ser reavaliadas Caso o diabetes não esteja presente reavaliar a cada 3 anos Quadro 1 Valores de glicose plasmática em mgdl para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios préclínicos DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO DM Realizado mediante demonstração da hiperglicemia Manifestações clínicas acrescidas de glicemia casual acima de 200mgdL Glicemia de jejum 126mgdL confirmar pela repetição do teste outro dia Glicemia de 2h após sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mgdL TOTG AVALIAÇÃO LABORATORIAL PARÂMETROS BIOQUÍMICOS GLICOSE DETERMINAÇÃO DE GLICOSE JEJUM ALEATÓRIA PÓS PRANDIAL Jejum 810 horas Suspender uso de hipoglicemiantes ou insulina antes da coleta Amostras sangue capilar soro plasma fluoreto de sódio urina Glicemia de jejum exame de diagnóstico e acompanhamento Soro separar em até 30 minutos acondicionado 28ºC até 2h Plasma fluoreto de sódio Separar em até 8 horas DIAGNÓSTICO LABORATORIAL VALORES DE REFERÊNCIA Glicemia de jejum 100mgdL DESEJÁVEL Glicemia de jejum 100 125mgdL Glicemia de jejum inapropriada alterada Glicemia de jejum 126mgdL Glicemia elevada 2x DIABETES TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE NÃO GRÁVIDAS Determinação da glicemia de jejum Sobrecarga de glicose anidra Nova determinação da glicemia Após 2 horas Adultos 75g300mL 5 min Crianças 175gkg até 12 anos Desejável 140mgdL Tolerância à glicose diminuída 140200mgdL Diabetes 200mgdL Por que fazer COMPORTAMENTO DA GLICOSE APÓS SOBRECARGA TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE GESTANTES Quando fazer Ausência de fatores de risco TOTG 24ª28ª semana Presença de fatores de risco TOTG 20ª semana Valor de glicemia jejum desejável em gestantes 95mgdL TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE GESTANTES Glicemia de jejum Préteste Sobrecarga de glicose 50g APÓS 1 HORA Desejável 140mgdL Teste Completo 140 200mgdL D Gestacional 200mgdL Teste completo Sobrecarga de glicose 75g ou 100g 1 hora 180 mgdL 2 hora 155 mgdL 3 hora 100g 140 mgdL Diagnóstico quando 2 dos limites forem atingidos ou ultrapassados Teste de OSullivan Glicemia de jejum inapropriadaalterada X Tolerância à glicose diminuída Glicemia de jejum inapropriadaalterada Valores glicêmicos entre 100 125mgdL quando realizado glicemia de jejum Tolerância à glicose diminuída Valores glicêmicos entre 140 200mgdL quando realizado TOTG GLICEMIA CAPILAR GLICOSÍMETRO Auto monitorização Lavar bem as mãos Perfurar o dedo usando a lanceta Colocar uma gota de sangue na tira reagente Obtenção do valor da glicemia POR QUE NÃO SE DIAGNOSTICA DIABETES COM GLICEMIA CAPILAR Mal acondicionamento das tiras reagentes e equipamento umidade e temperatura Quantidade de sangue inapropriada para leitura Manuseio do equipamento Validade das tiras reagentes Limpeza inadequada do aparelho Glicose no sangue total 10 a 15 menor do que no plasma ou soro Presença de anemia ou policitemia introduzem um erro de 30 Não são confiáveis para glicemias muito baixas 60mgdL ou muito elevadas 500mgdL Fontes de erros HEMOGLOBINA GLICADA HbA1c Exame de monitoramento do diabetes Amostra sangue total EDTA Reflete o controle glicêmico de 3 a 4 meses anteriores Valor desejável 6 Quanto maior a concentração de glicose e o período de contato maior será o percentual de hemoglobina glicada HEMOGLOBINA GLICADA TABELA 1 Correlação entre os níveis de hemoglobina glicada e os níveis médios de glicemia dos últimos dois a três meses anteriores ao teste VANTAGENS DA DETERMINAÇÃO DE HEMOGLOBINA GLICADA É livre das flutuações diárias de glicose Não é afetada pela prática de exercícios físicos e ingestão de alimentos A glicose sanguínea nos 30 dias precedentes ao exame de hemoglobina glicada é responsável por cerca de 50 do valor encontrado SITUAÇÕES ONDE NÃO SE DEVE DOSAR HEMOGLOBINA GLICADA Pacientes com hemoglobinopatias Tempo de sobrevivência dos glóbulos vermelhos curto anemia hemolítica esferocitose Perda recente de eritrócitos hemorragias Pacientes em uso de eritropoietina O QUE FAZER NESSAS SITUAÇÕES FRUTOSAMINA FRUTOSAMINA FRUTOSAMINA Exame de monitoramento do diabetes Ocorre ligação não enzimática da glicose com resíduos de lisina das proteínas plasmáticas albumina Albumina constitui a maior massa protéica depois da hemoglobina Similar à hemoglobina glicada Reflete controle glicêmico de 2 a 3 semanas tempo de meia vida Amostra soro turbidimetria Nome genérico dado à todas as proteínas glicadas glicoproteínas que não a hemoglobina FRUTOSAMINA A glicose se liga aos grupamentos amina das proteínas formando uma base de Schiff que após um rearranjo molecular transforma se em uma cetoamina estável denominada genericamente frutosamina Tempo ½ em torno de 2 semanas Monitorização de pacientes com hemoglobinopatias anemia hemolítica ou em situações que tenham ocorrido perda de sangue Não se dosa frutose E sim a cetoamina estável cuja denominação é FRUTOSAMINA MICROALBUMINÚRIA MICROALBUMINÚRIA Dano glomerular Perda parcial da carga negativa do glomérulo Extravasamento de pequenas quantidades de proteínas Amostra urina de 12 ou 24horas Metodologia imunoturbidimetria MICROALBUMINÚRIA Valores de referência Proteinúria 300mg24h Microalbuminúria 30300mg24h Normal 30mg24h Intolerância à lactose INTOLERÂNCIA À LACTOSE OU HIPOLACTASIA É a incapacidade de digerir a lactose devido à ausência ou à quantidade insuficiente de enzimas digestivas Lactose glicose galactose açúcar do leite e derivados Necessita da enzima lactase para a sua metabolização INTOLERÂNCIA X ALERGIA À LACTOSE INTOLERÂNCIA É uma reação adversa que envolve a digestão ou o metabolismo ALERGIA Consiste numa resposta do sistema imunitário a componentes alimentares geralmente proteínas METABOLISMO DA LACTOSE GLICOSE GALACTOSE LACTASE lactase florizina hidrolase INTESTINO DELGADO Produzida pelos enterócitos do intestino delgado sua atividade enzimática tende a diminuir com a idade A lactose não absorvida irá sofrer a ação das bactérias ocorrendo a produção de ácidos láctico e acético fezes ácidas gás hidrogênio e CO2 flatulência dores abdominais Glicose osmoticamente ativa diarréia TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À LACTOSE Determinação da glicemia de jejum Sobrecarga de lactose Adultos 50g 30 minutos 60 minutos 90 minutos NOVAS COLETAS Valores da glicose devem ser maiores que 20mgdL em relação à GL jejum EXERCÍCIO PRÁTICO DO TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À LACTOSE REVISE AQUI Um paciente já possui diagnóstico de diabetes mellitus tipo I há 10 anos Recentemente o médico prescreveu um novo medicamento mas orientou o paciente a modificar também os hábitos de vida principalmente a alimentação Com base nessas informações indique qual o exame que foi solicitado para esse acompanhamento e qual o fundamento desse exame OBRIGADO