·

Engenharia de Produção ·

Administração Financeira

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta

Texto de pré-visualização

PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO I A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo com unidades presenciais em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória e com a Educação a Distância presente em todo estado do Espírito Santo e com polos distribuídos por todo o país Desde 1999 atua no mercado capixaba destacandose pela oferta de cursos de graduação técnico pósgraduação e extensão com qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho Atualmente a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação MEC Das 2109 instituições avaliadas no Brasil apenas 15 conquistaram notas 4 e 5 que são consideradas conceitos de excelência em ensino Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de quali dade sempre mantendo a credibilidade segurança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida nacionalmente como referência em qualidade educacional R E I T O R GRUPO MULTIVIX R E I 2 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 3 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 BIBLIOTECA MULTIVIX Dados de publicação na fonte Adriano Rogério Kantoviscki Planejamento e controle da produção I KANTOVISCKI A R Multivix 2022 Catalogação Biblioteca Central Multivix 2020 Proibida a reprodução total ou parcial Os infratores serão processados na forma da lei 4 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 LISTA DE QUADROS UNIDADE 1 Quadro 1 Exemplo de previsão de crescimento de demanda 15 UNIDADE 3 Quadro 1 Exemplo de medidas de capacidade de produção 61 Quadro 2 Registros de produção 72 UNIDADE 5 Quadro 1 BOM de uma caneta esferográfica 105 5 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 LISTA DE FIGURAS UNIDADE 1 Figura 1 Distintas combinações de modelos 17 Figura 2 Gráfico de comportamento sazonal durante o ano 19 Figura 3 Estratégias de programação de operações 22 Figura 4 Variáveis dos processos de produção 24 Figura 5 Controle de processos de produção via gráfico de Gantt 30 UNIDADE 2 Figura 1 Controle 34 Figura 2 Planejamento 35 Figura 3 Processo tempos parciais e tempo total 36 Figura 4 Planejamento e controle da produção 37 Figura 7 Planejamento 39 Figura 8 Monitoramento 40 Figura 9 Hierarquia decisória 41 Figura 10 Processo produtivo 43 Figura 11 Risco causa e efeito 44 Figura 12 Controle da produção 46 Figura 13 Interface e visão sistêmica 47 Figura 14 Monitoramento 48 Figura 15 Check list 49 Figura 16 Indicadores 50 Figura 17 Apontamento de produção 51 6 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 UNIDADE 3 Figura 1 Capacidade produtiva 56 Figura 2 Apuração de qualidade 63 Figura 3 Fabricação de sorvete 68 Figura 4 Equilíbrio 71 UNIDADE 4 Figura 1 Caminho da demanda 77 Figura 2 Demanda 78 Figura 3 Processos e operações 79 Figura 4 Demanda e suprimento 80 Figura 5 Fluxo de informações 82 Figura 6 Lead time 83 Figura 7 O conjunto 84 Figura 10 Variáveis qualitativas 86 Figura 11 Decisão estratégica 87 Figura 12 Modelagem matemática 88 Figura 13 Monitoramento e análise crítica 89 Figura 14 Marketing 90 Figura 15 Do fornecedor ao cliente final 91 Figura 16 Vendas 92 UNIDADE 5 Figura 1 Interfaces de entrada e saída do MRP 99 Figura 2 Esquema comparativo gráfico entre demanda dependente e independente 101 Figura 3 Esquema comparativo gráfico entre demanda dependente e independente 103 Figura 4 Sistemas de apoio às tomadas de decisão na gestão de produção e materiais MRP e MRP II 108 7 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 UNIDADE 6 Figura 1 planejamento 117 Figura 2 Planejamento da produção 118 Figura 3 Nível estratégico 119 Figura 4 Planejamento estratégico 120 Figura 5 Operação 121 Figura 6 Tática 122 Figura 7 Monitoramento e execução 123 Figura 8 Alinhamento estratégico tático e operacional 124 Figura 9 Acompanhamento e balanceamento 125 Figura 10 Identidade empresarial 126 Figura 11 Decisão 127 Figura 12 Fluxograma 128 Figura 13 Plano de ação 129 Figura 14 Flexibilidade 130 Figura 15 Empresa 131 8 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 1 PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 12 11 POR QUE ESTUDAR O PLANEJAMENTO E A PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO 12 12 PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO 21 2 CONTROLE DA PRODUÇÃO 33 21 POR QUE ESTUDAR O CONTROLE DA PRODUÇÃO 34 22 PROJETO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE PRODUÇÃO 45 3 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 55 31 O QUE É CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 56 32 OUTRAS CAPACIDADES 62 4 PREVISÃO DA DEMANDA E ATIVIDADES COMERCIAIS QUE PROMOVEM DEMANDA 76 41 O QUE É DEMANDA 77 42 PREVISÃO DA DEMANDA MÉTODOS 83 5 MRP MRPII E ERP 96 51 MATERIAL RESOURCE PLANNING MRP DEFINIÇÕES E INTERFACES DE ENTRADA E SAÍDA 97 52 MRP II 107 53 O ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ERP COMO VANTAGEM COMPETITIVA 111 6 PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO 116 61 O QUE É PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO 117 62 ESTRATÉGIAS DE PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO 128 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE UNIDADE 6 9 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS LEITURA COMPLEMENTAR GLOSSÁRIO ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES EXEMPLOS CITAÇÕES DOWNLOADS ICONOGRAFIA 10 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Um sistema de produção dá a um empresário ou fabricante industrial uma estrutura que facilita a descrição e execução de um processo de produção ou seja é a automação da própria produção É também o estudo de fazer deci sões na área operacional da organização razão pela qual é necessário aplicar as ferramentas de gestão de operações em qualquer empresa para melhorar seus processos e sua competitividade Em um ambiente empresarial e de pro dução industrial quando tratamos a respeito de Planejamento Programação e Controle da Produção isso se refere à área ou ao departamento que orienta e determina como os mais variados recursos da empresa devem ser alocados para uma produção eficiente de um determinado bem ou serviço que satis faça a demanda comercial Para planejar programar e controlar a produção de forma adequada é se necessário conhecer o histórico da demanda para realizar uma análise de séries temporais para selecionar o método de previ são adequado da mesma forma que deve ser realizada uma caracterização dos processos de produção a fim de padronizar o trabalho UNIDADE 1 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 11 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender os conceitos iniciais a respeito dos fundamentos de Planejamento e Controle da Produção compreender a importância do Planejamento e Controle dentro do ambiente empresarial e industrial compreender a função do planejamento e do controle de produção dentro do processo de tomada de decisão no ambiente industrial 12 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 1 PLANEJAMENTO PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO INTRODUÇÃO DA UNIDADE As atividades de Planejamento Programação e Controle da Produção englo bam as funções essenciais e complementares que são necessárias para ga rantir a harmonia do sistema de produção As funções essenciais são previsão planejamento e controle da produção os complementares são organização científica do trabalho gestão da qualidade gestão de projetos manutenção segurança do trabalho e tecnologia da informação Cada um destes elementos possui um papel importante na obtenção das metas estabelecidas pelas organizações 11 POR QUE ESTUDAR O PLANEJAMENTO E A PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO 111 DEFINIÇÕES INICIAIS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA Desde o princípio dos tempos o homem adquiriu os meios necessários para a produção dos bens e serviços para a sua sobrevivência Projetou ferramentas máquinas e equipamentos de todos os tipos para realizar seus objetivos No início o sistema de produção era manual depois veio a fabricação e depois vieram os sistemas automatizados atualmente conhecidos O Planejamento e Controle da Produção PCP é uma das atividades mais delicadas e importantes a ser cumprida nas empresas porque é a previsão do que deve ser produzido para atender às necessidades do mercado e a 13 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 partir dessa base medir os recursos que deverão ser utilizados para viabilizar o plano Para alcançar a rentabilidade nas condições atuais de políticas de produção e de mercado as empresas e os ambientes produtivos devem estar orientados de acordo com os seguintes critérios flexibilidade de produtos e processos produtivos qualidade e confiabilidade do produto previsibilidade e contabilização do processo integração de produto processo e organização redução dos tempos de resposta para lançamento de novos produtos eliminação de gastos que não sejam estritamente necessários redução dos tempos de preparação e espera automação de processos e aumento da produtividade geral Para atender a esses critérios as características operacionais das novas fábri cas vão nas seguintes direções a quantidade do lote econômico se aproxima da unidade a dispersão e variedade da gama de produtos não é penalizada pelos custos extras na fase de produção os custos de mão de obra diminuem até quase desaparecer já que os custos totais são muito sensíveis ao volume global de produção de uma economia de custos conjunta a operação sem pessoal direto e sem estoques reguladores as respostas rápidas a mudanças de projeto e à demanda do mercado e os altos níveis de precisão confiabili dade e qualidade Segundo Waters 2010 as atividades produtivas de planejamento e controle devem seguir uma abordagem hierárquica que permita a coordenação entre objetivos planos e atividades dos níveis estratégico tático e operacional Em outras palavras cada um continuará seu próprio objetivo mas sempre levando em conta os de nível superior dos quais depende e os de nível inferior que os restringem 14 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I As cinco fases claramente definidas são 1 planejamento estratégico ou de longo prazo 2 planejamento tático ou de médio prazo 3 programação mestre 4 programação de componentes e 5 execução e controle 112 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E TIPOS DE PLANEJAMENTO Segundo Rezende 2008 p 18 planejamento pode ser definido como um processo dinâmico sistêmico coletivo participativo e contínuo para determi nação dos objetivos estratégias e ações da organização Esse processo está embasado essencialmente nos problemas ou desafios da organização Assim o planejamento pode ser entendido como a execução de ações com vistas a atingir uma meta por meio da definição de etapas métodos e procedimen tos Segundo Robbins 1981 p 38 Planejamento é a decisão por antecipação do que como quando e quem deve fazer algo Tratase da especificação de finalidades a serem atingidas Uma definição genérica de planejamento é a capacidade desenvolvida por determinado profissional de definir em que máquina alocar qual trabalho e em que sequência Para isso a verificação dos relacionamentos entre custos lucro esperado e volumes das demandas de mercado deve ser o norte para estabelecer qualquer estrutura de plano em busca da definição do ponto de equilíbrio Esse ponto representa quais volumes de produtos devem ser alcançados para que os investimentos e custos se igualem aos lucros Já a chamada margem de contribuição tem a ver com quanto cada unidade vendida contribui para reduzir os custos e as despesas fixas de uma empresa Nesse sentido fazse necessário entender as diferenças de conceitos entre os planos de produção o plano estratégico e o plano comercial de uma organi zação 1121 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO HORIZONTES Quando pensado a longo prazo os indicadores do planejamento da capaci dade devem ser expressos em anos Esse é um planejamento de nível estraté gico para a empresa e orienta a companhia sobre seu direcionamento futuro As decisões do planejamento da capacidade devem considerar as intenções 15 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 de ampliação ou não das linhas de montagem atuais a aquisição ou mon tagem de novas plantas industriais a atualização e compra de máquinas e equipamentos os estudos de demanda de médio e longo prazos e ainda as percepções de movimentos econômicos Como exemplo imagine que você foi contratado por uma montadora de eletrodomésticos e que essa empresa tem uma capacidade disponível de produção média de 500 produtos por dia A área de marketing apresentou um estudo de mercado conforme exposto na Figura 1 a seguir que mostra um grande potencial de crescimento de demanda para os próximos anos Acompanhe as informações do quadro a seguir QUADRO 1 EXEMPLO DE PREVISÃO DE CRESCIMENTO DE DEMANDA Ano Faturamento anual MRS Produção anual Produção mensal Produção diária 2020 1426 158400 13200 600 2021 1782 198000 16500 750 2022 2210 245520 20460 930 2023 2718 301990 25166 1144 2024 3316 368427 30702 1396 2025 4012 445797 37150 1689 2026 4815 534956 44580 2026 Fonte Elaborado pelo autor 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma tabela com vários dados dos períodos entre anos 2020 até 2026 que deixam claro o aumento de faturamento produção anual produção mensal e produção diária 16 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I A empresa trabalha atualmente em dois turnos acrescido de algumas horas extras para produzir as 500 unidades e mesmo que implante um terceiro turno não conseguirá produzir mais que 800 eletrodomésticos por dia sem alterações em suas instalações Por outro lado os custos de um eventual ter ceiro turno são 20 maiores que os atuais dois turnos Esse cenário indica que se a companhia tem a intenção de aproveitar o au mento de demanda então deverá investir no aumento da planta em novas máquinas ou construindo uma nova fábrica Esses são os dados que você de verá levantar visando à geração de informações de números de fatos e de in dicadores que auxiliarão no processo de tomada de decisões Os indicadores devem envolver os estudos de capacidade instalada as definições dos pontos de equilíbrio ano a ano entre outros planos 1122 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EMPRESARIAL Segundo Motta 2002 p 82 Estratégia é o conjunto de decisões fixadas em um plano ou emergentes do processo organizacional que integra missão ob jetivos e sequências de ações administrativas num todo interdependente Além do estabelecimento de meios para a consecução de fins definidos a estratégia está voltada para uma análise de recursos situações e condições vivenciadas pelo estrategista Segundo Slack Chambers e Johnston 2018 n p Quando unimos os conceitos de planejamento e estratégia temos com o planejamento estratégico um conceito mais completo abrangendo uma gama maior de outros temas posteriormente analisados O planejamento estratégico é um processo sistemático de autoconhecimento e desenvolvimento organizacional visto que ao definir condições futuras almejadas deve possuir como premissa uma análise apurada sobre sua situação em relação ao ambiente Além disso como um conjunto de procedimentos formais exige a elaboração de planos de ação com o estabelecimento de responsáveis custos e prazos a fim de que seja possível o acompanhamento de atividades gerando flexibilidade para atualização e aprimoramento do planejamento instituído 17 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Convergindo especificamente para o tema que estamos estudando como a variedade de produtos ofertados pela maioria das empresas aumenta a cada dia fica muito difícil prever a demanda exata de cada um dos modelos que serão vendidos Assim mesmo uma empresa que atua em uma linha especí fica de produtos como a empresa do exemplo da Figura 1 que produz apenas eletrodomésticos pode produzir modelos variados como geladeiras fogões liquidificadores batedeiras processadores cafeteiras entre outros Além dis so para cada um desses modelos haverá alternativas de tensão acessórios e cores Dessa forma mesmo em um segmento específico a empresa produzirá de zenas de combinações de modelos deixando ainda mais clara a dificuldade de precisão da demanda para cada uma dessas variantes FIGURA 1 DISTINTAS COMBINAÇÕES DE MODELOS Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de peças plásticas de um mesmo modelo mas em cores diferentes Desse modo a área de PCP de uma empresa deve planejar estrategicamen te seus negócios baseandose na demanda agregada isto é agrupando os modelos em famílias básicas de acordo com suas características de produção 18 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I As variações de tensão e de cores não devem influenciar o planejamento estratégico da organização em estudos de capacidade de médio e longo prazos Assim para avaliar a capacidade de produção da empresa de eletrodomésticos do exemplo é indiferente se a produção é de 500 liquidificadores na cor preta ou na cor branca Entretanto não é possível produzir 500 liquidificadores no lugar de 500 torradeiras visto que os tempos de produção não são iguais para cada um dos modelos além das diferenças entre os componentes utilizados afetando de modo significativo toda a cadeia de suprimentos A ausência de ações planejadas pode remeter a muitas das dificuldades vi vidas pelas empresas uma vez que a inexistência de visão estratégica e de cultura de planejar pode dificultar o processo de desenvolvimento organiza cional Por outro lado a tomada de decisões fundamentada em planejamen to viabiliza oportunidades para o desenvolvimento organizacional atribuin do benefícios e vantagens ainda durante o processo de planejar Devido aos benefícios gerados pelo pensamento estratégico e à planificação de ações Robbins 1981 classifica o planejamento como a principal função da alta ad ministração 1123 PLANEJAMENTO COMERCIAL Em termos comerciais o planejamento agregado é de nível tático pois define os níveis de produção dos grandes grupos de produtos mês a mês visto que a maioria dos produtos apresentam sazonalidade isto é não têm demandas lineares ao longo dos meses do ano No gráfico mostrado na Figura 2 a seguir vemos as características de sazo nalidade da empresa hipotética fabricante de eletrodomésticos observando que a cada mês têmse demandas diferentes Todavia no planejamento co mercial das empresas em geral ainda existe a tendência de direcionar a pro dução se baseando em um planejamento agregado de média mensal cujo caráter é linear para atender a uma demanda sazonal 19 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 2 GRÁFICO DE COMPORTAMENTO SAZONAL DURANTE O ANO Fonte Elaborada pelo autor 2022 PraTodosVerem a imagem representa um gráfico que mostra o comportamento sazonal da demanda ao longo de um ano onde se percebe o aumento e a diminuição da demanda em determinados meses do ano Nesse exemplo se considerarmos que a empresa pretende vender 158400 eletrodomésticos em um determinado ano e considerando o comportamen to sazonal da demanda ela deverá produzir em média 13200 mensalmente mesmo com a demanda variando devido à sazonalidade De modo geral os administradores empresariais têm proposto uma hierar quia ao longo dos processos de tomada de decisões estratégicas sugerindo a definição de níveis de planejamentos e decisões Assim o nível corporativo trata de decisões globais da companhia que não podem ser descentralizadas o nível da unidade de negócios atua nas unidades ou plantas independentes e o nível operacional normalmente atua em cada célula do sistema produti vo e é presente em cada uma das unidades de negócio da corporação orga nizando equipes recursos tempos métodos e processos TUBINO 2017 1123 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO Podemos afirmar que a realização do planejamento de produção é como a empresa planeja direcionar o planejamento de resposta industrial o plano estratégico de uma empresa é avaliado em anos e o plano de produção é ex 20 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I presso em semanas ou dias logo é de curto prazo e de nível operacional Nele a produção diária é avaliada de forma desagregada isto é em seus mínimos detalhes de especificações como acessórios cores tensão idiomas em casos de exportação etc Para uma resposta industrial o plano da produção inclui a demanda precisa de materiais com a montagem de planos diários baseados nos lotes mínimos definidos pelos tempos e características de setups a cada mudança de modelo CORRÊA GIANESI CAON 2018 Assim o planejamento agregado de produção terá a finalidade de definir es tratégias e ações para atendimento da demanda envolvendo a tomada de decisões a respeito de pontos como 1 Estoques Prever estoques para a produção em época de baixa demanda para vendêlos nas épocas sazonais de alta 2 Horas extras Definir períodos para regime de horas extras 3 Férias Definir períodos de férias coletivas para épocas de baixa demanda 4 Entregas Negociar antecipações e atrasos de entrega para clientes estratégicos 5 Distribuição Distribuir a produção de determinados modelos por linha semana a semana 21 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 6 Programação Programar matériasprimas diariamente juntamente aos fornecedores e as reprogramações de ocupação de máquinas e equipamentos devido à manutenções não previstas 7 Mão de obra Realizar os ajustes de pessoal por questões diárias de absenteísmos 12 PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO Qualquer cenário organizacional industrial comercial ou de serviços é bas tante dinâmico no atual ambiente globalizado e competitivo Assim o estado de atenção das organizações em relação aos seus sistemas produtivos e às maneiras como os insumos é planejado para atender às demandas e deve ser a tônica nos setores de programação e controle de produção das empre sas Logo é possível afirmar que uma companhia organizada não concorre dire tamente com os produtos de outra empresa que são parecidos com o seu mas concorre com as cadeias de suprimentos de seus concorrentes Quem tiver o sistema de produção mais organizado de forma sistêmica entre todos os elementos envolvidos nessa cadeia será a empresa que terá os melhores resultados BOWERSOX CLOSS COOPER 2007 Para isso as programações devem contemplar os níveis estratégicos consi derando todas as variáveis do processo em operações tanto de alto quanto de baixo volume de produtos ou serviços 121 ESTRATÉGIAS DE PROGRAMAÇÃO E VARIÁVEIS Embora nenhuma organização possa planejar em detalhes todas as suas ações atuais e futuras as empresas devem se orientar por algum direciona mento estratégico de forma que tenham alguma noção sobre para onde estão indo e como podem chegar lá Segundo Slack Chambers e Johnston 22 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 2018 uma vez que a função de operações compreende seu papel nos negó cios e articula seus objetivos de desempenho ela precisará formular um con junto de princípios gerais para guiar a tomada de decisão Essa é a estratégia de operações da empresa A Figura 4 a seguir ilustra um modelo geral de estratégias de programação de operações FIGURA 3 ESTRATÉGIAS DE PROGRAMAÇÃO DE OPERAÇÕES Fonte Adaptada de Slack Chambers e Johnston 2018 p 80 PraTodosVerem a imagem representa um modelo conceitual de estratégia de operações que conecta os recursos de entrada com as estratégias operacionais e com os processos de saídas de produtos levando em consideração o planejamento e controle o projeto e as atividades de melhoria contínua das operações objetivando melhorar a posição competitiva da organização Em relação às variáveis existentes nos processos produtivos precisamos considerar que os sistemas de manufatura devem planejar as variáveis de seus processos de produção em diferentes panoramas de tempo isto é devese pensar o que será produzido em curto médio e longo prazo Nesse contexto podemos classificar o planejamento da capacidade como um planejamento de longo prazo no qual as decisões partem de avaliações da capacidade ins 23 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 talada e de pontos de equilíbrio sob competência da alta administração Esse tipo de planejamento tem um horizonte de dois a cinco anos Já um planejamento de médio prazo envolve as decisões de nível tático e compete à média administração como os gerentes Nele são avaliados os planos agregados de produção como o volume de produção mensal de cada modelo Esse tipo de planejamento tem um horizonte de tempo de cinco a 18 meses Por outro lado classificase como planejamento de curto prazo aquele que envolve as decisões de nível operacional Este geralmente é realizado pela bai xa administração como coordenadores e supervisores que definem detalhes não agregados como a produção diária em suas mínimas especificações de tensão cores acessórios entre outros Nesse caso o horizonte de planejamen to não ultrapassa a escala de semanas Assim em todos os níveis estratégicos o planejamento e controle devem con ciliar as características das demandas com relação ao volume ao tempo e à qualidade Para interpolar o volume e o tempo quatro variáveis devem ser avaliadas de forma sobreposta carregamento sequenciamento programa ção e controle Podemos entender essa sobreposição observando a Figura 5 a seguir na qual são definidos respectivamente quanto fazer em que ordem fazer quando fazer e se as atividades estão conforme o planejamento 24 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 4 VARIÁVEIS DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO Fonte Adaptada de Slack Chambers e Johnston 2018 p 178 PraTodosVerem a imagem representa as principais variáveis dos processos de produção entre elas a programação o sequenciamento o monitoramento e o controle e o carregamento das linhas de produção Essas variáveis são influenciadas pelos questionamentos quando fazer em que ordem fazer as atividades estão conforme o plano e quanto fazer Fica claro então que os profissionais que atuam como controladores inde pendentemente do nível em que estão enquadrados devem atuar com di ferentes tipos de recursos simultaneamente como a capacidade das máqui nas a disponibilidade de mão de obra as demandas entre outros Quando tratamos da programação para operações de alto e baixo volume devemos considerar que as definições das operações manufatureiras podem ter relação direta ou indireta com a flexibilidade de modelos e com o volume de produção Operações de baixo volume possibilitam uma alta variedade e operações de alto volume são mais engessadas quanto à quantidade de modelos diferentes em uma mesma linha Nesse sentido os volumes e as fle xibilizações necessárias em um sistema produtivo definem as características de seu processo Pensando nos processos fabris temos casos de grandes processos de proje tos como montagens de unidades navais aviões pontes entre outros exem plos que demandam um período longo de produção e que se caracterizam por baixo volume podendo ser muitas vezes apenas uma unidade e alta va riedade podendo ser customizado de acordo com as necessidades do cliente 25 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Depósitos de produtos acabados e almoxarifados que foram muito importantes logo após a Revolução Industrial são setores que devem ficar cada vez menores e em breve serão extintos das empresas modernas Afinal tudo o que permanece parado não produz valor A partir desse ponto as empresas estão atravessando as fronteiras em direção aos seus fornecedores e distribuidores Isso significa que eles devem participar ativamente das suas atividades de produção e não mais apenas entregar insumos ou receber produtos acabados deixando para a área produtiva a dedicação mais importante que é produzir valor No outro extremo existem os processos contínuos como os produtos oriun dos de fábricas de papel siderúrgicas da indústria petroquímica de forne cedoras de energia elétrica entre outras São os extremos da produção em massa pois são sistemas de enormes volumes de produção e mínimas varia ções de produção trabalhando ininterruptamente devido às necessidades de operação e entrega Assim uma classificação dos tipos de operações ordena dos desde os processos de menor volume até os processos de maior volume seria 1 Processos de projeto São os casos de grandes obras 2 Processos de jobbing Também com baixo volume e alta variedade mas que dividem os recursos da operação para a fabricação de outros produtos como ocorre nas áreas de assistência técnica e reformas 3 Processos em lotes Nos quais os produtos são fabricados com alto volume e baixa variedade como acontece na indústria de móveis calçados e roupas 26 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 4 Processos de produção em massa Com alto volume e baixa variedade porém com volumes ainda maiores que os processos em lotes como vemos na indústria de eletrodomésticos automóveis cosméticos e alimentos 5 Processos contínuos Nos quais os produtos são fabricados em enormes volumes de produção e mínimas variações de produção como nas grandes siderúrgicas ou metalúrgicas Quando tratamos especificamente da programação para operações de servi ços ao pensarmos nos processos realizados em serviços temos basicamente casos de serviços profissionais serviços em massa e lojas de serviços O primeiro tipo os serviços profissionais apresentam pequenos volumes e uma grande variação de modos de atender sendo customizados de acordo com as necessidades momentâneas dos clientes Os atendimentos são pes soais como os serviços de advocacia médicos consultores entre outros Tendo um volume e uma variedade maior que os serviços profissionais as lojas de serviços se encontram entre os serviços profissionais e os de massa pois são caracterizadas por um contato limitado com os clientes uma flexi bilidade nas decisões e uma elaboração do produto de acordo com limites definidos sendo o caso de serviços de hotéis escolas redes de fast food lojas de roupas entre outros Já com volumes muito mais altos e baixíssima customização os serviços de massa não dependem tanto das pessoas mas de equipamentos com orien tações como no caso de serviços de aeroportos supermercados bancos en tre outros Assim notase que as operações de alta variedade tanto de produtos quanto de serviços apresentam um baixo volume devido às grandes quantidades de operações que delas são geradas e à grande exigência de atenção a deta lhes Logo as definições de programação de produção devem ser elaboradas caso a caso levando em conta que altos volumes podem limitar a variedade de modelos assim como a necessidade de muitos modelos e linhas flexíveis 27 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 pode limitar os volumes de produção O sucesso de uma operação está em encontrar esse equilíbrioO segmento de serviços de restaurantes de fast food acredita que o primeiro drivethru existente remonta ao ano de 1928 quando Royce Hailey promoveu pela primeira vez o serviço em seu restaurante Pig Stand em Los Angeles Os clientes simplesmente passavam pela porta dos fundos do restaurante para retirar seus pedidos onde o chef saía e entregava seus famosos sanduíches Barbequed Pig Hoje os processos drivethru são mais rápidos padronizados e entregam maior qualidade com grande repetibilidade Um ícone desse segmento atualmente é o McDonalds sendo que até 1975 a rede não tinha drivethru em suas lojas e atualmente mais de 95 de seus restaurantes pelo mundo incorporaram o processo 122 SEQUENCIAMENTO DA PRODUÇÃO Para uma gestão de produção mais eficiente é preciso utilizar técnicas que ofereçam formas de identificação análise e melhoria das variáveis do proces so produtivo Assim o scheduling traduzido como sequenciamento de pro dução ou agendamento procura verificar os meios mais eficazes de organizar o sistema produtivo em uma linha de montagem ou fabricação buscando nas atividades uma realização sem atrasos e com qualidade Esse sequencia mento de produção transforma o controle de produção em um processo de organização das atividades em direção aos objetivos planejados Quando tratamos das estratégias de sequenciamento podemos afirmar que elas buscam definir a ordem em que as operações de um sistema ou célula produtiva específica deverão ser executadas com definições precisas de da tas e horários de setups e chegada de materiais Segundo Slack Chambers e Johnston 2018 as estratégias de sequencia mento mais utilizadas são a FIFO a LIFO a EDD a SPT e a DLS que possuem focos um pouco diferentes e que podem ser ajustadas às realidades de cada organização produtiva A seguir veja um pouco mais a respeito de cada uma delas 28 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 1 First In First Out FIFO A lógica dessa estratégia é que a primeira operação a ser executada no sistema deve ser a primeira a sair Dessa forma as operações devem ser realizadas de acordo com a ordem de chegada Sua principal vantagem é minimizar o tempo de execução e o tempo perdido 2 Last In First Out LIFO Tem uma lógica inversa à da estratégia FIFO com as últimas tarefas que entram na operação de produção sendo as primeiras a serem executadas e entregues Um exemplo de LIFO são os processos de carga e descarga de um caminhão cegonha 3 Earliest Due Date EDD Essa estratégia é baseada nas operações mais urgentes que de acordo com a demanda e os prazos de entrega precisam de prioridade no sistema produtivo Sua principal vantagem é diminuir o tempo de entrega e atender aos prazos com maior eficiência 4 Shortest Processing Time SPT A lógica dessa estratégia é tentar atender às demandas no menor tempo de processamento possível Assim a realização das tarefas é em escala decrescente de tempo Sua principal vantagem é a diminuição dos gargalos da produção evitando filas e o aumento do fluxo produtivo 5 Dynamic Least Slack DLS Essa estratégia é baseada na relação entre a data acordada para a entrega e o tempo faltante para a conclusão do processamento Dessa forma a DLS prioriza as atividades urgentes reduzindo os atrasos de entrega 29 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Quando tratamos das variáveis dos processos de sequenciamento devemos considerar que o objetivo do sequenciamento tem em vista a data acorda da assim como a minimização de tempo gasto nos processos As diferen tes estratégias dependem de variáveis específicas mas que de modo geral buscam operações mais curtas e que possuam melhor desempenho Desse modo as informações relacionadas ao tempo são suas principais variáveis Conhecer as estratégias de sequenciamento de produção habilita o profissional a ajustar as táticas de PCP em busca de atingir as metas que definem o sucesso ou fracasso de qualquer companhia Quando tratamos das operações de sequenciamento de operações de alto e baixo volumes devemos considerar que para a programação e controle de qualquer processo produtivo um método muito eficiente e muito usado é o gráfico de Gantt ferramenta de controle extremamente simples tanto de montar quanto de usar e com grande efeito visual e prático em termos de controle de cada uma das atividades Nele todas as atividades tanto as de baixo quanto as de alto volumes são representas uma a uma com barras ho rizontais que determinam os respectivos tempos de planejamento Originalmente no início do século XX Gantt propôs um gráfico físico feito de canaletas longas de plástico dentro das quais eram colocados pedaços de papéis para indicar em que fase o processo estava Hoje com as planilhas eletrônicas e os softwares específicos inspirados pela teoria de Gantt o processo de controle das etapas de produção ficou muito mais sistematizado e visual auxiliando o processo de tomada de decisão Seja qual for o recurso disponível para a definição do sequenciamento das operações os momentos de início e fim de atividades devem ser indicados de forma gráfica com estímulos visuais e alertas No gráfico de Gantt mostrado na Figura 6 a seguir podese observar o estilo proposto por Gantt para o con 30 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I trole de operações e notar que para uma mesma atividade é possível realizar análises diferentes Assim por exemplo o primeiro gráfico avalia a possível hora de entrega da peça acabada e embalada e o segundo estabelece o li mite máximo de horário para recebimento dos materiais de produção que precisa ser considerado na programação de compra dos insumos FIGURA 5 CONTROLE DE PROCESSOS DE PRODUÇÃO VIA GRÁFICO DE GANTT Fonte Adaptada de Slack Chambers e Johnston 2018 p 120 PraTodosVerem a imagem representa alguns gráficos de Gantt utilizados para o controle e para o sequenciamento de processos produtivos Os gráficos de Gantt usados tanto em operações de baixos quanto altos volu mes indicam quando cada operação está programada para iniciar e ser con cluída Mais que isso eles possibilitam a avaliação do estado atual de cada operação com a verificação de atrasos ou adiantamentos que serão os dados de entrada para os novos planejamentos assim como indicam o momento atual Desse modo a grande vantagem do sequenciamento avaliado grafica mente é que esses gráficos geram uma representação visual simplificada do que deveria estar realmente acontecendo na operação naquele exato mo mento da análise 31 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 CONCLUSÃO As atividades de PCP dependem de modo geral da expectativa do cliente da sua importância para a empresa e da data em que ele espera que seu produto ou serviço seja entregue A capacidade de reconhecer seu cliente entender suas urgências e ponderar se há capacidade de entregar suas de mandas antes de aceitar o pedido é o grande diferencial de sucesso em uma atividade de controle do sequenciamento de produção afinal os tempos de execução de uma determinada atividade produto ou serviço serão defini dos pelo desdobramento das atividades intermediárias que serão realizadas Logo o conhecimento sobre tempos necessários para cada uma dessas ativi dades se elas serão desencadeadas somente em sequência ou se podem ser realizadas em partes simultaneamente será o dado de entrada de qualquer planejamento de produção UNIDADE 2 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 32 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender os conceitos iniciais a respeito dos fundamentos de Planejamento e Controle da Produção compreender a importância do Planejamento e Controle dentro do ambiente empresarial e industrial compreender a função do planejamento e do controle de produção dentro do processo de tomada de decisão no ambiente industrial 33 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 2 CONTROLE DA PRODUÇÃO Os processos produtivos têm por finalidade o atendimento das demandas ou necessidades que se apresentam de maneira formal e associada a infor mações necessárias ao seu atendimento como por exemplo características especificações propriedades quantidades e prazos As demandas não são isoladas e os recursos físicos e humanos necessários para atendêlas em ge ral são compartilhados assim fazse necessário o adequado planejamento da produção e o controle dos processos em todas suas etapas Nesta unida de dedicaremos atenção ao estudo dos conceitos associados ao controle da produção INTRODUÇÃO DA UNIDADE O assunto controle está presente e é extremamente relevante não só no con texto produtivo mas também em praticamente todas as áreas de aspectos da vida pessoal e profissional Intimamente relacionado à administração em seus princípios fundamentais o controle se refere ao contexto produtivo e ao atendimento das demandas o que contempla monitoramento contínuo acompanhamento e invariavelmente tomadas de decisão e ações efetivas com o objetivo de fazer com o que o planejado seja efetivamente executado 34 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 1 CONTROLE Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de uma pessoa monitorando indicadores gráficos 21 POR QUE ESTUDAR O CONTROLE DA PRODUÇÃO Para que o controle seus conceitos e sua aplicação façam sentido no contex to produtivo devemos considerar os processos produtivos suas característi cas e suas peculiaridades Um processo produtivo tem por finalidade um resultado e uma entrega a ele associada Além disso devemos considerar que esses processos envolvem e demandam recursos físicos como matériaprima máquinas e equipamen tos insumos de produção entre outros além de recursos humanos que são as pessoas direta e indiretamente envolvidas o que torna fortemente reco mendável a adoção de uma metodologia de trabalho como por exemplo o ciclo Plan Do Check Act PDCA 35 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 2 PLANEJAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um ciclo PDCA como metodologia de planejamento Outro aspecto fundamental é o fato de que os recursos mencionados em ge ral são compartilhados e não dedicados ou seja máquinas equipamentos dispositivos e mão de obra são comuns e compartilhados em atendimento às demandas o que exige uma programação e um sincronismo adequados ao atendimento de todas as demandas parciais Além desses pontos um dos principais fatores envolvidos e cruciais para a produção é o tempo ou no nos so caso os tempos uma vez que temos vários deles envolvidos como o tem po necessário ao atendimento de uma demanda desde seu surgimento os tempos parciais de cada uma das etapas e tarefas envolvidas no processo os tempos de aquisição reprodução entrega de matériasprimas componentes e insumos os tempos de movimentação e transporte internas e externas en tre outros 36 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 3 PROCESSO TEMPOS PARCIAIS E TEMPO TOTAL Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa o desenho de um processo composto por etapas sequenciais e consecutivas cada uma delas com seus tempos parciais O grande desafio e a missão do Planejamento do Controle de Produção PCP portanto é promover o sincronismo operacional de todos os fatores e das va riáveis envolvidos no processo produtivo a fim de atender a todas as deman das o que na prática passa pela administração de variáveis incontroláveis como a quebra de uma máquina ou de um equipamento o atraso na entrega de uma matériaprima ou componente a falta ou a redução da mão de obra ou até mesmo a falta de energia elétrica 37 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa o desenho de uma silhueta de uma cabeça humana pensando etapas de um processo Esses são alguns dos aspectos que tornam fundamental e indispensável o controle da produção afinal como se pode verificar nos princípios mais bá sicos e introdutórios da teoria geral da administração só se pode entregar resultados a partir do planejamento da execução controlada e do monitora mento adequados 211 DIFERENÇA ENTRE PLANEJAMENTO E CONTROLE Embora estejam intimamente relacionados existem distinções e diferenças fundamentais entre o planejamento e o controle em qualquer contexto in clusive na produção 38 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 1 Planejamento A partir de uma ou de várias demandas é preciso planejar a operação e a execução de cada uma das etapas do processo considerando os recursos físicos e humanos necessários e os tempos envolvidos Figura 5 Enterprise Resource Planning ERP Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração do ERP e suas interfaces 2 Controle controlar e manter sob controle as operações e os processos produtivos em cada uma de suas etapas Figura 6 Linha de produção Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de uma linha de produção O planejamento como o próprio nome diz consiste em a partir de uma ou várias demandas planejar a operação e a execução de cada uma das eta pas do processo considerando os recursos físicos e humanos necessários os tempos envolvidos as capacidades produtivas e a dinâmica do processo em especial a sequência de execução operacional de cada uma das etapas a ne cessidade em certos casos de atividades predecessoras ou em outros casos a possibilidade de execução síncrona ou concomitante de processos 39 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 7 PLANEJAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de um carro evidenciando cada uma de suas partes componentes e variáveis necessárias à sua produção e ao seu funcionamento em analogia ao PCP e o processo produtivo O controle por sua vez tem a finalidade de continuamente monitorar as ativi dades produtivas e seus resultados efetivos confrontandoos com o planeja mento previamente realizado identificando administrando e reagindo a va riações e desvios que se apresentem ao longo do processo Tratase portanto de efetivamente controlar e manter sob controle as operações e os processos produtivos em cada uma de suas etapas 40 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 8 MONITORAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um homem sentado diante de um painel de controle e monitorando De acordo com Chiavenato 2008 em administração e portanto no contexto da produção o controle tem por finalidade guiar e regular as atividades da empresa a fim de garantir o alcance dos objetivos almejados De outro modo dizendo se na prática tudo se realizasse de acordo com o planejado sem va riações ou desvios não haveria necessidade de controles porém no dia a dia sempre existem circunstâncias e situações que fogem e se desviam do plane jamento ou do plano o riginalmente feito e considerado Vale destacar que o controle passa pelo monitoramento e pela análise crítica mas não se limita a eles demandando na prática decisões e ações para promover ajustes e correções necessários para atendimento das demandas 41 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 212 HIERARQUIA DECISÓRIA E A ESTRATÉGIA DE CONTROLE De acordo com Corrêa Gianesi e Caon 2018 para o adequado controle da produção fazemse necessárias a definição de uma estratégia uma lógica coerente e uma estruturada que considere e se fundamente em princípios conceitos e diretrizes corporativas ou seja deve haver um alinhamento entre a estratégia de control e e as estratégias corporativas O controle da produção deve estar alinhado às estratégias corporativas segundo a estrutura hierárquica de gestão da empresa FIGURA 9 HIERARQUIA DECISÓRIA Fonte Corrêa Gianesi e Caon 2018 n p PraTodosVerem a imagem representa um fluxograma com a hierarquia decisória composta por estratégia corporativa estratégia de negócio estratégia de marketing estratégia de manufatura estratégia de finanças estratégia de engenharia e estratégia de outra função 42 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Com a finalidade de evidenciar a coerência entre estratégia corporativa e as operações vale evidenciar que sendo o controle necessário ao acompanha mento das operações para verificar o alinhamento delas com relação ao pla nejamento de produção previamente realizada tanto o planejamento quanto o controle devem de maneira harmônica e coerente serem definidos imple mentados e praticados de modo que considerem contemplem e respeitem a estratégia corporativa e cada um de seus desdobramentos 213 FUNÇÕES DO CONTROLE DE PRODUÇÃO Segundo Tubino 2017 para que se possa definir adequadamente o contro le dos processos produtivos devese inicialmente abordar e compreender os processos de maneira estruturada o que se pode fazer por exemplo a partir da utilização do diagrama de Ishikawa ou 6Ms ou seja organizar o processo em cada uma de suas etapas de modo ordenado a partir dos seis seguintes fatores ou componentes matériasprimas máquinas mão de obra métodos medidas e meio ambiente com a finalidade de produzir um resultado ou efeito alinhado com as metas e os objetivos coorporativos e em atendimento às demandas no nosso caso os produtos e a produção em si 43 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 10 PROCESSO PRODUTIVO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um processo produtivo evidenciando a presença dos 6Ms matériasprimas máquinas mão de obra métodos medidas e meio ambiente Em continuidade a esse raciocínio Tubino 2017 evidencia que a cada um dos seis fatores ou componentes listados estão associadas potenciais varia ções e diante dessas variações fatalmente se tem como consequência a va riação também dos resultados e o impacto no atendimento dos objetivos pre tendidos com consequências também relacionadas aos custos à qualidade ao atraso das entregas e aos serviços prestados 44 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 11 RISCO CAUSA E EFEITO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um fluxograma evidenciando risco identificação controle e revisão do controle A finalidade do controle portanto é a partir da definição de processo apre sentada monitorar o desempenho e os resultados deste por meio de indi cadores e parâmetros que traduzam de forma clara e precisa os resultados efetivos necessários à operação Para que se atinjam os objetivos do plane jamento indicadores e parâmetros denominados operacionais são estabe lecidos e classificados com base em cada um dos seis seguintes fatores ou componentes matériasprimas máquinas mão de obra métodos medidas e meio ambiente 1 Monitorar Monitorar os indicadores adequados e preestabelecidos para o acompanhamento dos resultados efetivamente alcançados pela produção em relação ao planejamento 45 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 2 Identificar Identificar situações atípicas ocorrências problemas variações e desvios que tenham sido ou possam vir a ser a causa ou o motivo para o não cumprimento do planejamento estabelecido e o consequente não atendimento das demandas consideradas 3 Atuar Motivar ações e reações em resposta a circunstâncias e acontecimentos indesejáveis de modo a reestabelecer favorecer e garantir a continuidade dos processos em atendimento ao planejamento e às demandas 22 PROJETO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE PRODUÇÃO De modo estruturado a partir da definição da demanda e de um planeja mento adequado para que isso aconteça na prática sempre alinhados às estratégias corporativas e seus desdobramentos hierárquicos e operacionais devese propor validar e estabelecer um sistema de controle da produção e de cada um de seus processos Esse sistema deve considerar os aspectos práticos e teóricos das metas e dos objetivos das operações contemplando sistemicamente o processo as suas fragilidades as particularidades as interfaces com outras áreas as variações características dos processos e dos negócios para que se possa estabelecer parâmetros claros de controle e as metodologias adequadas para a tomada de decisão a partir de um monitoramento de indicadores operacionais 46 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 12 CONTROLE DA PRODUÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de dois profissionais um deles está com uma prancheta na mão evidenciando o monitoramento e controle da produção 221 INTERFACES PRINCIPAIS DENTRO DO AMBIENTE PRODUTIVO Em cada empresa sua realidade e cultura organizacional contemplam na prática particularidades que devem necessariamente ser consideradas para que se compreenda a operação como um todo o processo produtivo e cada uma de suas etapas porém algumas interfaces e interações estão presentes quase que na totalidade das empresas 47 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 13 INTERFACE E VISÃO SISTÊMICA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de um processo produtivo com três profissionais presentes cada um realizando sua atividade demonstrando a interface ou interação entre dois deles Nesse sentido podemos considerar como exemplo a partir da produção como ponto focal desse processo interfaces com áreas como a de manuten ção engenharias de produtos e de processos entre outras conforme a em presa bem como a área de PCP buscando considerar conciliar e integrar cada uma dessas interfaces suas demandas e suas necessidades individu ais seus impactos e suas consequências em relação à produção de modo a preservar e garantir o atendimento das demandas dos clientes e em última análise das estratégias corporativas da própria empresa 222 O CONTROLE DE PRODUÇÃO E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Considerando o proposto por Tubino 2017 o controle da produção é algo que deve ser praticado no dia a dia com base em um processo estruturado e em critérios claros previamente estabelecidos para o atendimento das de mandas a partir de indicadores adequados e alinhados com as estratégias corporativas 48 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 A cada controle na prática existe a possibilidade de evidenciar ou não o atendimento pleno dos parâmetros estabelecidos o que demanda tomadas de decisão e ações que têm por finalidade corrigir e ajustar os processos produtivos Uma das premissas básicas de qualquer empresa é atender com qualidade aos pedidos dos clientes o que envolve diretamente a produção Para que isso aconteça as empresas podem de acordo com suas particularidades e características estabelecer controles dos mais diversos tipos antes durante e depois dos processos produtivos como por exemplo o monitoramento ante cipado da disponibilidade de recursos para a produção o acompanhamento em tempo real da produção realizada e o controle de qualidade final após a produção todos eles a partir de parâmetros claros cujos atendimentos ga rantam o resultado final de atendimento à demanda FIGURA 14 MONITORAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de profissional desenhando em um quadro indicadores que evidenciam a redução de custos e o aumento de eficiência e de qualidade 49 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Vamos admitir por exemplo que uma empresa comercializa um determina do produto e que vendeu a um cliente 100 unidades desse produto em uma segundafeira a serem entregues na sextafeira da mesma semana ou seja em cinco dias de trabalho Desconsiderando quaisquer outros fatores situações paralelas e simultâneas nesse exemplo deverão ser produzidas em média 20 unidades do produto por dia da semana e aplicando o controle prévio anteriormente sugerido é possível que sejam adotados os seguintes controles antecipadamente verificar a disponibilidade de mão de obra máquinas equipamentos e dispositivos além de matériaprima insumos e componentes necessários para a produção de 20 unidades do produto por dia de trabalho durante o processo produtivo e continuamente verificar o apontamento de produção e as quantidades efetivamente produzidas por exemplo em um turno de quatro horas de trabalho devem ser produzidas cinco unidades do produto por hora totalizando 20 unidades por turno de trabalho e 100 unidades ao término da semana FIGURA 15 CHECK LIST Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de um check list relacionando o monitoramento à excelência operacional nos processos produtivos 50 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Devemos ter em mente que peças produzidas não significam necessariamen te peças disponíveis para entrega ao cliente sendo necessário que se faça por exemplo o controle de qualidade para a liberação de cada unidade produzida após a verificação de conformidade em relação às especificações do pedido Assim existe a possibilidade de serem produzidas 20 peças por dia e havendo problemas de qualidade em duas delas ser necessário o retrabalho ou a pro dução de duas novas peças para o pleno atendimento da demanda O exemplo dado evidencia a finalidade prática dos controles de produção a possibilidade de eventualmente ocorrerem desvios e imprevistos e acima de tudo a necessidade de se possível anteciparse a esses desvios e imprevistos ou no mínimo identificálos e tomar decisões com a finalidade de prontamente atuar e resolver os problemas e situações que se apresentem FIGURA 16 INDICADORES Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa o desenho de seis indicadores individuais no formato de meio relógio com ponteiros indicando resultados em uma escala de fundo com cores distintas 51 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 223 INDICADORES OPERACIONAIS DO PROCESSO DE CONTROLE DA PRODUÇÃO Como evidenciado anteriormente o controle da produção depende funda mentalmente do monitoramento e do acompanhamento de indicadores que devem traduzir as necessidades e os resultados operacionais para aten dimento das demandas O mais elementar e fundamental dos indicadores operacionais de processos para o controle da produção é o apontamento da produção que como dis semos pode se dar continuamente ou com uma periodicidade e frequência previamente estabelecidos FIGURA 17 APONTAMENTO DE PRODUÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de um profissional inspecionando uma carga realizando contagem e preenchendo o apontamento em uma prancheta 52 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Vale ressaltar que os indicadores somente têm finalidade prática e são produtivos se forem adequadamente definidos monitorados e acima de tudo motivarem ações seja para a correção pontual de problemas que se apresentem seja para a melhoria contínua dos processos e das práticas A partir de um ou mais indicadores fundamentais como apontamento de produção dado como exemplo podem se desdobrar ou se associar a outros indicadores inclusive presentes e de responsabilidade de outras áreas da em presa como por exemplo se uma fragilidade de uma determinada empresa no processo produtivo é a escassez de mão de obra ou absenteísmo Além de acompanhar e monitorar o apontamento de área de produção podese e na verdade é fortemente recomendável realizar um trabalho conjunto com o departamento pessoal ou com o departamento de Recursos Humanos RH da empresa a fim de acompanhar e monitorar também a evolução do indica dor de absenteísmo para que se possa corrigir essa fragilidade ou minimizá la a partir de práticas conjuntas e políticas alinhadas às estratégicas corpo rativas 1 Indicadores Indicadores devem traduzir as necessidades e os resultados operacionais em atendimento às demandas Figura 18 Key Performance Indicator KPI Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem apresentação dos significados de KPI K key chave P performance desempenho I indicator indicadores ou indicadoreschave de desempenho 53 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 2 Monitoramento O controle da produção depende fundamentalmente do monitoramento e acompanhamento de indicadores Figura 19 Indicadores de desempenho Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa o desenho de profissional sentado em frente a dois monitores de computador acompanhando indicadores de desempenho A fim de aprofundar seus conhecimentos sugerimos a leitura de duas obras Planejamento e controle da produção PCP de Cardoso 2021 Logística empresarial de Christopher 2010 CONCLUSÂO Verificamos ao longo desta unidade que a finalidade de qualquer empresa e sua razão de ser é o atendimento da satisfação de seus clientes o que se dá por meio do atendimento às demandas e às entregas com qualidade de produtos e serviços Para que isso aconteça na prática definemse processos que envolvem dire ta ou indiretamente todas as áreas da empresa interfaces com a produção e definidos os processos produtivos considerandose as estratégias corporati vas e seus desdobramentos Definese também um planejamento de produ ção que deve ser continuamente monitorado e acompanhado a fim de que se possa identificar fragilidades e desvios para que prontamente se possa reagir tomar decisões e atuar para restabelecer as práticas produtivas em ali nhamento com o planejamento em atendimento às demandas UNIDADE 3 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 54 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender o que é a capacidade de produção e sua importância no processo de tomada de decisão industrial compreender o processo de tomada de decisão baseado nos elementos de capacidade de produção 55 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 3 CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Em um ambiente de produção industrial é natural que as empresas bus quem expandir suas atuações com o passar do tempo e para tanto o aumen to na capacidade produtiva é necessário o que pode ocorrer pela compra de novas máquinas ou pela substituição dos atuais equipamentos por outros mais modernos demandando um novo projeto de distribuição das utilidades industriais ao longo da planta Nesse sentido um profissional que atua com planejamento e controle deve compreender o que caracteriza as várias for mas de medir a capacidade de produção de uma organização projetar e ve rificar os lotes mínimos de produção para que uma empresa consiga reduzir seus estoques atendendo melhor seus clientes Para isso devese considerar os tempos de setup para definição de sequen ciamentos e alocações das atividades em cada processo a ser realizado por cada máquina ou equipamento em um sistema produtivo em busca dos diversos pontos de equilíbrio nas avaliações de margens de contribuição e comportamento dos custos das operações que estiverem sob sua responsa bilidade Diante do exposto questionase como poderia ser conceituado o termo capacidade de produção em um sistema produtivo INTRODUÇÃO DA UNIDADE A capacidade de uma unidade de operação está relacionada ao número de itens processados sob condições normais em um período específico A ges tão da capacidade é portanto uma atividade importante do planejamento da produção pois é necessário que as decisões sejam tomadas com base no conhecimento do potencial produtivo da organização Neste capítulo são apresentados os principais tipos de capacidade instalada disponível efetiva e realizada e alguns indicadores utilizados para análise gerencial que auxiliam o processo de tomada de decisão a respeito do planejamento da capacidade 56 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 31 O QUE É CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 311 O QUE É CAPACIDADE O termo capacidade é normalmente relacionado ao limite máximo de funcio namento disponibilidade ou volume de alguma coisa FIGURA 1 CAPACIDADE PRODUTIVA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de uma linha de montagem de automóveis Por exemplo a capacidade de um tanque de combustível pode ser de 55 li tros de um estádio de futebol 50000 lugares ou ainda a capacidade de car ga de um elevador 800 kgf 57 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Em escalas operacionais entretanto os profissionais de engenharia precisam incluir a dimensãotempo nessa descrição Por exemplo a capacidade de tratamento de uma estação pode ser de 5000 litros por dia ou ainda a capacidade de produção de uma montadora de veículos pode ser de 350000 veículos por ano No mundo industrial de modo geral capacidade tem relação com os recur sos instalados na empresa e com as movimentações necessárias na prepa ração das máquinas e dos equipamentos presentes no processo Com isso as ações de um profissional de engenharia em um sistema produtivo po dem ter grande influência na capacidade de uma instalação industrial afinal quanto menos setups ajustes necessários nos equipamentos a cada troca de modelos menores são as perdas e consequentemente maior será a ca pacidade por exemplo assim como o planejamento de horários e de turnos pode alterar substancialmente os volumes de produção alcançados Outro exemplo da influência das ações do engenheiro que atua no Planeja mento e Controle de Produção PCP de uma empresa e na capacidade de produção é a definição dos sequenciamentos dos tamanhos dos lotes e dos estoques intermediários e finais Porém sejam quais forem as decisões de planejamento a Capacidade Instalada CI estará sempre limitada aos recur sos disponibilizados pela empresa para aquela atividade TUBINO 2017 Pensando em capacidade de serviços a análise pode ser a mesma sendo os exemplos ainda mais triviais no cotidiano da população em geral Um exem plo bem simples e que define muito bem o termo capacidade seria a capaci dade de passageiros em um metrô Cada vagão de metrô tem capacidade de transportar 350 passageiros Assim se um metrô tem seis vagões transportará no máximo 2100 passageiros Essa é sua CI que só poderá ser aumentada se investindo em novos vagões 58 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Nesse sentido a CI pode ser entendida como a quantidade máxima de pro dutos ou serviços que podem ser fabricados em uma unidade produtiva em um intervalo de tempo sendo os dados portanto relacionados às capacida des indispensáveis em todos os níveis da empresa tanto em termos estraté gicos quanto no que se refere às questões táticas e operacionais 312 TIPOS DE CAPACIDADE Sendo a CI o volume máximo que uma planta industrial ou de serviço pode entregar se não houver perda alguma e trabalhando em pleno vapor alguns outros indicadores relacionados à capacidade são utilizados com pequenas variações de nomenclatura e abrangência que variam de empresa para em presa Mas de modo geral os tipos básicos de variações de capacidade são 1 Capacidade Disponível CD Tratase do volume produzido em uma planta industrial ao longo de uma jornada completa de trabalho não levando em conta as perdas 2 Capacidade Efetiva CE É o momento em que pela primeira vez as perdas são analisadas De modo geral a CE de produção de uma célula produtiva ou uma planta como um todo pode ser calculada como a CD menos os volumes planejados de perdas Essas perdas podem ser previstas como os horários de almoço as trocas de turno os setups de máquinas e de equipamentos etc 3 Capacidade Real CR Esse conceito é usado principalmente nas fases de controle e seus dados são as entradas para as novas rodadas de planejamento visto que são consideradas as perdas não planejadas como paradas para manutenções corretivas Assim podese definir CR como a CD menos as perdas planejadas e as perdas não planejadas 59 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I De modo geral as variações dos termos de capacidade convergem para a definição do maior nível de produção que uma empresa pode manter dentro da estrutura de uma programação de trabalho realista levando em conta um período de inatividade normal e supondo uma disponibilidade suficiente de entradas para operar a maquinaria e os equipamentos existentes ou ainda em caso de serviços as atividades e entregas CHIAVENATO 2014 Uma definição genérica de planejamento é a capacidade desenvolvida por determinado profissional de definir em que máquina alocar qual trabalho e em que sequência Para isso a verificação do relacionamento entre custos lucro esperado e volumes das demandas de mercado deve ser o norte para se estabelecer qualquer estrutura de plano em busca da definição do ponto de equilíbrio Esse ponto representa quais volumes de produtos devem ser alcançados para que os investimentos e custos se igualem aos lucros Já a chamada margem de contribuição tem a ver com quanto cada unidade vendida contribui para reduzir os custos e as despesas fixas de uma empresa 313 CAPACIDADE INSTALADA E CÁLCULOS Sendo a CI o maior nível de produção que uma empresa pode manter com o parque momentâneo de máquinas e equipamentos que possui ou ainda pela mão de obra e espaço físico disponível para um serviço essa capacidade não pode ser considerada uma capacidade útil apenas como uma referên cia afinal as perdas programadas ou não programadas são inevitáveis pois dificilmente uma empresa consegue manter 100 de produtividade 24 horas por dia durante 30 dias do mês sem a necessidade de manutenções impre vistos de programação ou qualidade de materiais entre tantas outras variá veis CHASE JACOBS AQUILANO 2006 Em modelos de negócios em que os recursos principais são as pessoas a CI pode ser definida pela quantidade de pessoas disponíveis e o tempo que elas 60 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 têm disponível para dada operação Nesses casos o foco do engenheiro res ponsável por essa operação será a garantia de ter o número adequado de mão de obra para proporcionar uma capacidade suficiente para atingir o ní vel demandado pelo mercado BOWERSOX CLOSS COOPER 2007 O planejamento estratégico de uma empresa deve estabelecer a CI definindo todos os recursos de uma planta como as pessoas as máquinas os layouts os turnos entre outras questões estratégicas que determinam os limites pro dutivos de uma organização As informações de saída desse planejamento de capacidade envolvem liberações de investimento para atendimento das demandas de curto médio e longo prazos definindo as restrições operacio nais do sistema produtivo em questão Nesse sentido as decisões que afetam diretamente a CI são aquisição de novas plantas ampliação ou montagem das linhas atuais subcontratações terceirizações e parcerias alterações de layout e investimento em dispositivos compra de novas máquinas e equipamentos ou substituição das existentes por outras mais modernas e produtivas Uma grande CI não é sinônimo de sucesso Se a taxa de utilização dessa capacidade for baixa tanto os empresários quanto os governos devem se preocupar A baixa utilização da CI anda lado a lado com altos níveis de desemprego piorando ainda mais as condições econômicas Assim uma prática menos corrosiva é em momentos de recessão desfazerse de equipamentos que geram custos como os de manutenção na medida do possível Em termos de cálculos da CI esta deve ser calculada de forma a conside rar aquilo que a empresa pode produzir em regime permanente e pleno de produção Porém nem sempre essa capacidade idealizada e utópica será o volume ideal de produção que a empresa deve produzir O volume ideal de produção representa um nível que permite a máxima lucratividade ponde rando os fatores de instalações mão de obra estoques de materiais logística 61 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I regime de horas entre outros Uma capacidade excessiva instalada gera baixa produtividade por outro lado uma capacidade insuficiente pode comprome ter tanto a qualidade quanto os prazos contratados CHAMBERS JOHNSTON 2009 As capacidades de produção devem ser calculadas se levando em conta um volume por uma unidade de tempo como exemplificado no Quadro 1 a seguir QUADRO 1 EXEMPLO DE MEDIDAS DE CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Instituição Medida de capacidade Siderúrgica Toneladas de açomês Refinaria de petróleo Litros de gasolinadia Montadora de automóveis Número de carrosmês Companhia de papel Toneladas de papelsemana Companhia de eletricidade Megawattshora Fazenda Toneladas de grãoano Fonte Elaborado pelo autor 2022 PraTodosVerem a imagem representa um quadro com vários dados que relacionam a capacidade de diversos tipos de operaçõesinstituições com suas respectivas medidas de capacidade Por exemplo se uma empresa de conformação e estampagem de peças au tomotivas tem 10 prensas de estampagem que conseguem estampar cinco peças por minuto qual seria a sua CI Para fazer essa conta devese considerar uma produção full time isto é 24 horas por dia de trabalho nos 365 dias do ano Assim a CI dessa empresa seria CI 5 peçasmin 60 min 24 horasdia 365 diasano CI 2628000 peçasano O passo seguinte após o cálculo de CI normalmente é a análise das políticas de resposta às variações sazonais e de tendência da demanda Na prática reagese de três formas diferentes a essas variações 62 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 1 Planejar a produção considerando a capacidade constante Nesse caso desprezamse as flutuações de demanda e mantêmse as atividades de maneira constante O volume agregado de produção que é a visão a longo prazo dos recursos e que trata as informações em categorias como quantidade por período não muda com as previsões de flutuação da demanda 2 Planejar acompanhando a demanda Com essa política de controle ajustase a capacidade em função das variações da demanda Assim evitase o desperdício de mão de obra e a utilização limitada da CD 3 Planejar gerindo a demanda Nesse tipo de gestão o objetivo é regular a demanda para deixá la compatível com a CI Podese conseguir isso com a alteração da política de preços promoções em épocas de baixa procura publicidade criação de produtos alternativos entre outras ações 32 OUTRAS CAPACIDADES Até o momento vimos que conhecer a capacidade de um sistema produtivo é vital para uma organização pois assim é possível determinar a quantidade de clientes que uma operação de serviço pode atender ou quantos produtos uma fábrica consegue produzir considerando diferentes horizontes de plane jamento Planejar a capacidade é uma etapa importante de qualquer proces so produtivo pois define os níveis de saída da operação havendo uma série de fatores que podem ser afetados pela maneira com que os recursos são utilizados para realizar uma operação como por exemplo custo e qualidade Nesse contexto é fundamental que os mais variados conceitos de capacidade sejam bem compreendidos 63 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 2 APURAÇÃO DE QUALIDADE Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de dois profissionais verificando a qualidade da produção A questão preponderante no que se refere à medição da capacidade produ tiva de qualquer instalação industrial é a complexidade da maior parte das operações que as definem Apenas em situações em que a produção é alta mente repetitiva e padronizada é fácil definir essa capacidade sem risco de dupla interpretação já que para a maior parte dos casos de operações nas quais a natureza do produto não varia o volume de produção é uma medida adequada para estabelecer a CI e a consequente CD Já em casos em que a natureza do produto é variável como em caso de serviços de hospitais ou teatros por exemplo o volume não é uma medida adequada Nesses casos a quantidade de insumos disponíveis se torna o indicador ideal 321 CAPACIDADE DISPONÍVEL E CÁLCULOS As informações a respeito do sequenciamento das operações das necessi dades de recursos e de tempos devem ser consideradas para o cálculo de capacidade tanto instalada quanto disponível A CD também chamada de 64 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 capacidade de projeto pode ser definida como a quantidade máxima que a planta de uma empresa pode produzir ao longo de uma jornada de trabalho ainda sem levar em conta as perdas Essa capacidade então é calculada em função da jornada de trabalho que a empresa estabelece Se uma indústria alimentícia tem capacidade produtiva de uma tonelada de biscoitos por hora porém trabalha em apenas um turno de oito horas e 22 dias por mês sua CD pode ser calculada como CD 1 tonelada x 8 horas x 22 dias por mês 176 toneladas por mês Nesse mesmo exemplo com a mesma CI podese aumentar a CD com ações como criação de novos turnos horas extras ou ainda subcontratação de servi ços O engenheiro de produção deve se atentar nesses casos ao fato de que o custo com pessoal aumentará pois aparecerão variáveis como necessidade de pagamento de adicional noturno equipe administrativa transporte espe cial ou ainda mão de obra terceirizada entre outros Logo dobrar a CD pode até dobrar o faturamento mas não dobra os resultados e certamente o per centual de lucro será reduzido Outro movimento possível para o aumento da CD é aumentar a CI com aqui sição ou troca de máquinas e equipamentos expandindo a planta assim conseguese em uma mesma jornada de trabalho uma produção maior Nesse caso o ponto negativo é a necessidade de investimentos que deve ser analisada para cálculo da viabilidade e do tempo de retorno 65 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I De modo geral quando a empresa trabalha muito perto dos níveis máximos da CD devese considerar os riscos de mesmo faturando mais os resultados piorarem podendo chegar a níveis de prejuízo Isso ocorre tanto pelos fatores citados referentes às horas extras e aos custos adicionais de overhead conjunto de despesas operacionais por unidade produzida quanto pela queda da produtividade relatada como fenômeno recorrente em muitos estudos de casos A CD tem relação direta com a CI de uma planta O aumento ou não da ins talação é definido de acordo com as previsões de demanda de mercado se elas tendem a crescer ou se há risco de ociosidade no futuro Já a busca de aumento da CD por meio de políticas que envolvam criação de turnos e horas extras pode ser mais vantajosa quando os investimentos em ativos fixos fo rem muito altos ou quando não houver certeza das demandas futuras COR RÊA GIANESI CAON 2018 Assim a análise da CD versus a CI gera um indicador muito importante em um ambiente de tomada de decisão nas empresas Esse indicador é denomi nado Grau de Disponibilidade GD e pode ser definido pela razão entre a CD e CI GD CD CI Os cálculos de CD tendem a ser de natureza muito simples e de abrangên cia de análise muito limitada pois podem se tornar longas expressões muito rapidamente As planilhas e sistemas computacionais dedicados como Big Data podem ajudar nessa tarefa de cálculos pois lidam com grandes conjun tos de informações rapidamente 66 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 A equação a seguir pode ser usada para incorporar todos os itens que passam por cada recurso em um departamento para acumular a capacidade agregada bem como para cálculos de capacidade individuais CD M1 M2 Mn tempo Em que CD é a capacidade disponível e M1 M2 Mn são as quantidades produzidas por cada máquina instalada no espaço que está sendo avaliado O setor industrial de modo geral seja qual for o ramo de atuação já gastou muito tempo e dinheiro em pesquisas para definir calcular medir e controlar a capacidade Muitas empresas e literaturas tentam esclarecer seu significa do usando adjetivos como instalada nominal máxima disponível efetiva e assim por diante Todas essas caracterizações tentam capsular e conotar para o usuário o que essa empresa em particular quer dizer com capacidade to davia essas definições estabelecem quanto um sistema produtivo consegue atender da demanda em um espaço de tempo ou ainda a capacidade de um trabalhador uma máquina um centro de trabalho uma fábrica ou organiza ção de produzir resultados por certo tempo A capacidade necessária repre senta a capacidade do sistema necessária para fazer um determinado mix de produtos assumindo tecnologia especificação de produto etc Nesse sentido a disponibilidade da fábrica deverá levar em conta as para das planejadas como as de manutenção setups férias coletivas horários de almoço e jantar entre outras assim como o histórico de paradas não plane jadas deve ser usado como indicador para as análises de disponibilidade de uma fábrica 67 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Eficiência geral de equipamento chamada no dia a dia das empresas pela sigla OEE do inglês Overall Equipment Eff Ectiveness é um indicador desenvolvido pelo Japan Institute of Plant Maintenance para medir os resultados que surgem do conceito Total Productive Maintenance TPM e identifica as perdas não planejadas do equipamento 322 CAPACIDADE EFETIVA E CÁLCULOS Em um ambiente industrial as análises a respeito da CE têm relação direta com a CD porém levandose em conta as perdas planejadas Ela representa a CD subtraindose as tais perdas planejadas e logicamente nunca excede a CD As mais variadas formas de registro de ocorrências são usadas nas áreas pro dutivas das empresas e podem aparecer ao longo de um turno de trabalho ou nos momentos de setup e manutenção Além dos registros diretos como quantidade produzida e quantidade de componentes defeituosos também são informadas no diário de bordo as ocorrências específicas como horário das falhas e eventos aleatórios como queda de energia elétrica falta de forne cimento de água para resfriamento quebra de equipamentos problemas de abastecimento de material etc Os diários de bordo são arquivos vivos construídos diariamente em um ambiente produtivo e servem como dados de entrada para avaliação da CE e verificação da CR Esse histórico delimita a definição das próximas rodadas de planejamento de capacidade e são as bases para estabelecimento das informações comerciais que formalizam o planejamento estratégico de uma empresa 68 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Para montagem das informações comerciais as perdas de capacidade pla nejadas são o que definem a CE de uma operação industrial Elas são aquelas perdas que se sabe com antecedência que ocorrerão como por exemplo quantidades de setups nas instalações de acordo com o mix de produtos manutenções preventivas programadas tempos de pausa em trocas de turnos paradas para almoço e jantar reuniões de abertura e fechamento de turno e ginástica laboral Sendo a CE no campo da produção a totalidade que se pode produzir menos as perdas programadas ela só poderá ser calculada se todos os indicadores forem considerados FIGURA 3 FABRICAÇÃO DE SORVETE Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de uma criança degustando um sorvete Vamos imaginar uma fábrica de picolés que funciona em dois turnos de oito horas cada tendo assim um tempo disponível de 16 horas Sabendo que cada picolé leva dois minutos para ser produzido entendese que a CD é de 480 69 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I picolésdia sendo 2 turnos x 8 horas x 30 picoléshora Se considerarmos que nessa fábrica é feita uma manutenção preventiva todo início de turno um processo que leva 20 minutos por turno e que são necessários alguns setups de matériasprimas para troca de sabores que dispendem um tempo médio de 51 minutosdia e que historicamente ocorre uma perda de 25 minutosdia devido a questões fisiológicas e de fadiga dos funcionários as perdas previs tas somam 116 minutos por dia 20 20 51 25 Assim como cada picolé leva dois minutos para ser produzido as perdas seriam de 58 picolésdia atingindo uma CE de 422 picolés por dia 480 58 A razão da CE pela CD permite a formação de um índice muito útil no processo de tomada de decisão que é chamado Grau de Utilização GU Ele pode ser descrito da seguinte forma GU CE CD O resultado é um valor percentual que indica quanto uma unidade de produção está utilizando de sua CD Assim o grau de uso mostra quantos equipamentos e pessoal na linha de montagem ou serviço estão sendo utilizados As perdas de capacidade devido às paradas programada têm relação com situações como a necessidade de setups manutenções preditivas e preventi vas tempos de trocas de turnos tempos para testes e amostragens da quali dade já as perdas de capacidade não programadas ocorrem devido às perdas que não se consegue prever como queda de energia elétrica absenteísmo parada de equipamentos para manutenção corretiva e parada de linhas por problemas de qualidade SLACK BRANDONJONES JOHNSTON 2018 É importante que o profissional de engenharia responsável pelo controle de produção tenha em mente que os sistemas produtivos com menos desvios operacionais evitam retrabalhos geram menos paradas e fazem com que o fluxo produtivo seja contínuo reduzindo a probabilidade de paradas e a con sequente perda de CE na linha de produção 70 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 323 CAPACIDADE REAL EFICIÊNCIA E CÁLCULOS O planejamento e o controle da capacidade têm como objetivo determinar a CE que atende a certa demanda O planejamento da capacidade deve ser flexível o suficiente para reagir de forma eficaz às flutuações do mercado o que significa colocar ou suprimir incrementos na CI Para isso as empresas costumam fazer previsões da demanda futura considerando um período mínimo de dois a 18 meses Entretanto em muitos modelos de negócio fazse necessária uma previsão que considere prazos menores Assim é importante controlar a CR que é a capacidade realizada em determinado espaço de tempo em um dado sis tema produtivo Ela pode ser entendida como a CE menos as paradas não programadas como ausência de matériaprima funcionários energia má quinas deficiências de qualidade manutenção corretiva entre outras O balanceamento de um sistema de produção é basicamente a distribui ção de atividades entre os mais variados postos de trabalho de maneira que todos gastem tempos equilibrados e necessários para a execução das ope rações Dessa forma para uma planta industrial ou para algum serviço espe cífico devese distribuir as tarefas entre os postos de trabalho de modo que todos realizem suas tarefas evitando a formação de gargalos devido a gran des diferenças de dimensionamento isto é trabalhem de forma balanceada minimizando o tempo ocioso dos equipamentos e do pessoal envolvido 71 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 4 EQUILÍBRIO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de uma pessoa segurando uma balança em cada mão em referência ao equilíbrio necessário ao dimensionamento da produção Segundo Slack BrandonJones e Johnston 2018 a capacidade teórica de uma operação nem sempre pode ser alcançada na prática Por exemplo uma empresa de pintura de peças plásticas terá várias linhas de revestimento que depositam finas camadas de produtos químicos em peças injetadas em alta velocidade Cada linha será capaz de rodar a uma velocidade específica A multiplicação da velocidade máxima de revestimento pelo tempo de opera ção da planta fornece a CI Mas na realidade a linha não pode ser executada continuamente na sua capacidade máxima produtos diferentes terão requi sitos de revestimento diferentes e portanto a linha precisará ser parada en quanto ocorrer o setup A manutenção precisará ser realizada na linha o que levará mais um pedaço da capacidade de produção A CR que permanece depois que essas perdas são contabilizadas é chamada de CE de operação Essas causas de redução de capacidade não serão as únicas perdas na opera ção fatores como problemas de qualidade quebras de máquinas absentis mo e outros problemas evitáveis terão seu preço isso significa que a saída real da linha será ainda menor que a CE 72 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Para entendermos os cálculos associados à CR de uma empresa vamos supor que o fabricante de peças plásticas citado tenha uma linha de revestimento químico com uma CI de 200m2 por minuto e a linha seja operada 24 horas por dia sete dias por semana 168 horas por semana Assim podese dizer que a CI é de 202 milhões de metros quadrados por semana 200m2min x 60 min hora x 24 horasdia x 7 diassemana 2016000 m2semana O Quadro 2 a seguir mostra o diário de bordo ou os registros da produção de uma semana de amostragem de produção dessa empresa QUADRO 2 REGISTROS DE PRODUÇÃO Ocorrências Tempo h Programadas Troca de produtos setups 11 Manutenção preventiva regular 9 Sem trabalho programado 6 Verificação de amostragem de qualidade 5 Mudança de turno 7 Não programadas Avaria na manutenção 9 Investigação de falha de qualidade 6 Falta de material de revestimento 5 Absenteísmo 6 Esperando por rolos de papel 4 Parada para atendimento de acidente 3 Fonte Elaborado pelo autor 2022 PraTodosVerem a imagem representa um quadro com vários registros de produção divididos entre paradas programadas ou paradas não programadas Durante essa semana devido às perdas a produção real foi de apenas 1164000 m2 Observando o Quadro 2 notase que as cinco primeiras categorias de ocorrências de parada ou perda de produção ocorrem como consequência 73 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I de ocorrências ou paradas planejadas e totalizam 38 horas As últimas seis categorias são ocorrências ou perdas não planejadas e somam 33 horas O cálculo da produção real CR se deu pelo produto da CI 200m2 min pelo tempo em minutos de produção real 168 horas 38 horas 33 horas 97 ho ras 5820 minutos CR 2005820 1164000 m2semana Nesse caso em resumo temos Capacidade Instalada 200 m2min x 168 horas 202 milhões de m2semana Capacidade Disponível 200 m2min x 168 horas 202 milhões de m2semana Capacidade Efetiva 200 m2min x 168 38 horas 156 milhões de m2semana Capacidade Real 200 m2min x 168 38 33 horas 116 milhões de m2semana Quando tratamos do cálculo do índice de eficiência de uma operação produ tiva devemos considerar que a proporção da produção realmente alcançada por uma operação com a capacidade de projeto e a proporção da produção com a CE são chamadas respectivamente de utilização e de índice de efici ência de uma planta O Índice de Eficiência IE pode ser definido como a efi ciência de um sistema produtivo na realização das operações programadas e pode ser calculado como a razão entre a CR e a CE IE CR CE 74 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 No caso exemplificado da empresa de pintura de peças injetadas podemos calcular o índice de eficiência da seguinte forma IE CR CE 116 156 746 Em operações produtivas as eficiências realmente interessantes para a operação são aquelas que resultam valores bem próximos ou acima de 95 Nesse caso podemos afirmar que temos uma área de produção centrada na eficiência e com controle efetivo de suas paradas programadas e não programadas CONCLUSÃO Nesta unidade de estudos foram introduzidos os conceitos relativos à capa cidade de produção e suas várias formas de medições foram identificadas as capacidades instalada disponível efetiva e realizada assim como os índices e coeficientes que são usados como indicadores nos processos de planejamen to controle e tomada de decisões estratégicas e foram conceituados o grau de utilização e o índice de eficiência Para o direcionamento do planejamento e cálculo da capacidade produtiva de uma empresa devese pensar no primeiro passo em que se define qual será a demanda pelo produto para então estabelecer ou não novos inves timentos com base na capacidade da máquina por hora e a CD para cada produto Como exemplos mais comuns de perdas de produção previstas e imprevistas em um ambiente de produção industrial podese citar como previstas perdas como necessidade de setups manutenções preditivas e preventivas tempos de trocas de turnos tempos para testes e amostragens da qualidade e as perdas de capacidade não programadas ocorrem devido às perdas que não se consegue prever como queda de energia elétrica ab senteísmo parada de equipamentos para manutenção corretiva parada de linhas por problemas de qualidade entre outras UNIDADE 4 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 75 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender o que é a demanda e quais são os fatores que a afetam compreender os principais métodos de previsão de demanda e o papel da área comercial nesse processo 76 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 4 PREVISÃO DA DEMANDA E ATIVIDADES COMERCIAIS QUE PROMOVEM DEMANDA INTRODUÇÃO DA UNIDADE Em qualquer segmento empresarial a produção e consequentemente seu planejamento e controle devem ser motivados por uma necessidade a qual damos o nome de demanda Demandas são necessidades a serem atendidas que motivam a produção no caso de produtos ou a realização operacional de tarefas no caso de serviços Considerandose que os produtos e serviços são os objetos de fornecimento por parte das empresas e organizações junto aos seus clientes e consumidores fica evidente que há uma forte e direta relação entre as atividades comerciais de vendas e de marketing e a produção ou realização de serviços em atendimento às demandas criadas por essas áreas como veremos ao longo desta unidade As demandas são necessidades a serem atendidas que podem ser identifi cadas ou estabelecidas basicamente a partir da efetiva aquisição por parte de clientes ou seja venda de produtos e serviços ou com base em previsões estimadas a partir do comportamento histórico das vendas e da inferência estatística também chamada de provisionamento com base e em projeções futuras Em qualquer dos casos fazse necessário compreender adequadamente o que é a demanda seus tipos os fatores que a afetam bem como os métodos qualitativos e quantitativos de previsão de demanda além da influência das atividades comerciais em especial as de marketing e vendas nesse contexto objetos de nossos estudos nesta unidade 77 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 1 CAMINHO DA DEMANDA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração da trilha das etapas envolvidas entre o surgimento e o atendimento de uma demanda com forte ênfase em um relógio representando o tempo 41 O QUE É DEMANDA O termo demanda é empregado e deve ser compreendido como sinônimo de necessidade a ser atendida Assim conceitualmente verificamos que ela pode se referir à entrega de produtos à realização de serviços contratados ou adquiridos por clientes e por consumidores externos como é mais comum e intuitivamente compreendida bem como no âmbito interno à organização e portanto entre áreas departamentos e processos internos consequente e natural do desdobramento da demanda externa nas operações e nos proces sos internos 78 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 2 DEMANDA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um círculo central na imagem representando a demanda e vários balões secundários apontando para ela em alusão aos esforços para atendêla Para exemplificar esse raciocínio vamos considerar uma empresa que co mercializa um determinado produto que unitariamente é composto por di ferentes partes elementos e componentes A partir da venda de por exemplo 1000 unidades desse produto que pode mos considerar como sendo uma demanda externa ou uma necessidade a ser atendida junto ao cliente consumidor que se desdobra e revela em cadeia uma infinidade de subdemandas ou necessidades a serem atendidas interna e parcialmente a fim de que se alcance o objetivo final ou seja o atendimen to da demanda gerada pela venda ao cliente externo São exemplos dessas demandas internas a aquisição de matériasprimas componentes e insumos de produção a disponibilização de mão de obra máquinas equipamentos etc 79 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 3 PROCESSOS E OPERAÇÕES Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um homem desenhando em um quadro um fluxograma de processo Cada demanda tem seu próprio lead time ou seja seu intervalo de tempo transcorrido entre a geração de uma necessidade e o seu pleno e integral atendimento assim como os processos as tarefas e as rotinas necessários ao atendimento de uma demanda que podem ser realizados de forma sequencial e consecutiva ou de modo síncrono e simultâneo o que deve ser considerado planejado controlado e administrado com extremo rigor uma vez que potencialmente esses fatores e essas variáveis impactam sistêmica e diretamente os resultados dos processos e das empresas como um todo 80 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 411 DEFINIÇÃO E TIPOS DE DEMANDA Segundo Tubino 2017 as demandas se classificam basicamente em dois grandes e distintos grupos Demandas regulares ou seja constantes e contínuas segundo um padrão conhecido que apesar de naturalmente apresentar variações práticas caracterizase por um padrão de comportamento estável sofrendo variações ao longo do tempo em consequência basicamente das cinco possíveis causas demanda média para um período nível tendência sazonalidade fatores cíclicos e variações aleatórias FIGURA 4 DEMANDA E SUPRIMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma balança de pratos com a palavra demanda em um prato e a palavra suprimento em outro Demandas irregulares ou seja variáveis intermitentes e associadas a elevado grau de incerteza ou variação 81 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 412 FATORES QUE AFETAM A DEMANDA Segundo Corrêa Gianesi e Caon 2018 e considerando as demandas do tipo regular existem conforme anteriormente mencionado cinco possíveis cau sas ou fatores que impactam a demanda e consequentemente sua previsão 1 Fator 1 Demanda média para um período nível 2 Fator 2 Tendência 3 Fator 3 Sazonalidade 4 Fator 4 Fatores cíclicos 5 Fator 5 Variações aleatórias 413 POR QUE PREVER A DEMANDA Entendendo adequadamente a demanda como sendo uma necessidade a ser atendida é fácil compreendermos que a produção como um todo bem como cada um de seus processos suas tarefas e suas rotinas são motivadas por essas necessidades invariavelmente surgidas a partir das áreas de vendas e de marketing adotandose algum formato e um tipo de pedido formaliza do pelos clientes que posteriormente se converte em ordens de produção e 82 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I subordens disparadas junto às inúmeras áreas aos departamentos e aos pro cessos produtivos e administrativos direta ou indiretamente envolvidos FIGURA 5 FLUXO DE INFORMAÇÕES Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração da entrada de dados em um equipamento do qual saem produtos Embora seja comum haver variações nas previsões de demanda elas são fun damentais e o ponto de partida para o provisionamento e planejamento de todas as operações e rotinas de uma empresa são por exemplo a aquisição de matériaprima e componentes a definição de escalas de trabalho a pro gramação de máquinas a movimentação de materiais tudo isso respeitan dose uma linha do tempo na qual cada uma dessas atividades são alocadas de modo síncrono ou sequencial sempre de modo a disponibilizar no mo mento certo os recursos físicos e humanos necessários para a realização dos processos e consequente atendimento das demandas 83 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 6 LEAD TIME Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de uma sequência de relógios de diferentes tamanhos sobre os quais estão representadas pessoas correndo Estes são na prática os grandes desafios das áreas de planejamento e controle da produção Em um primeiro momento é preciso planejar o que como e quando deve ser feito e posterior e continuamente controlar o porquê como e quando está sendo feito sempre em atendimento das necessidades ou demandas 42 PREVISÃO DA DEMANDA MÉTODOS Como verificamos a demanda e o seu completo conhecimento são funda mentais para os trabalhos de planejamento e controle da produção de modo que a devemos considerar quanto for possível para que possamos nos ante cipar a ela e prevermos o seu comportamento futuro Segundo Tubino 2017 com essa antecipação de previsão é possível que con sideremos por exemplo o surgimento de novos clientes que estão fazendo a sua primeira compra ou mesmo clientes com os quais a empresa já mantém 84 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I relações comerciais e fornecimentos porém por conta de alguma circuns tância específica o fornecimento histórico conhecido agora está sujeito a va riações de aumento ou diminuição de volume inesperados e imprevistos FIGURA 7 O CONJUNTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um veículo automotor desenhado a partir da representação gráfica de seus componentes De outro lado existem situações na verdade em geral a maioria delas em que é possível a partir da aplicação de metodologias adequadas a considera ção de uma série de dados temporais e a observação de fatores relevantes de mercado para prever uma demanda futura e estimar com boa precisão as demandas futuras Para tanto destacamse os métodos estatísticos qualitati vos e quantitativos como veremos 85 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Métodos qualitativos Método de previsão de demanda fundamentado em variáveis qualitativas relacionadas a fatores subjetivos com base na percepção de fenômenos não associados à mensuração e à quantificação histórica Figura 8 Divisão Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um gráfico do tipo pizza dividido em três partes com diferentes quantidades de pessoas posicionadas sobre cada uma delas Métodos quantitativos Método de previsão de demanda fundamentado em dados históricos consolidados que se classificam como séries temporais ou correlações Figura 9 Planilhas Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de planilhas de gráficos com um computador e uma lupa sobre eles 421 MÉTODOS QUALITATIVOS São denominados métodos qualitativos estatísticos aqueles que se baseiam e se fundamentam na percepção e nos pareceres de profissionais e especialis tas da área que para tanto consideram fatores subjetivos de difícil ou impra ticável mensuração numérica Segundo Tubino 2017 em geral os métodos qualitativos para previsão de demanda estão relacionados a novas tecnologias novos mercados tendên cias de atitude e de padrões de comportamentais entre outros Por estarem geralmente relacionados a fatos fatores e circunstâncias novos dificilmente existem registros históricos que permitam a análise numérica e 86 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I matemática que possa contribuir de maneira significativa com a predição e previsão de demandas futuras a eles associados FIGURA 10 VARIÁVEIS QUALITATIVAS Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração gráfica de um relógio medidor de satisfação e percepção Nos contextos empresariais as variáveis qualitativas são extremamente relevantes por estarem diretamente associadas à inovação às novidades aos novos públicos e aos mercados que podem e devem continuamente ser considerados estrategicamente pelas empresas com vistas ao futuro ao crescimento e à continuidade dos negócios Marcos tecnológicos hoje consolidados como a telefonia móvel celular e as tecnologias de fotografia digital são bons exemplos de variáveis qualitativas que evidenciaram o potencial mercadológico na época em que foram lança dos embora não houvesse até então históricos ou registros numéricos as sociados que pudessem fundamentar previsão de demandas futuras quan titativas sendo que seus futuros promissores se comprovaram ao longo do tempo e até os dias de hoje 87 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 11 DECISÃO ESTRATÉGICA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de um tabuleiro de xadrez e uma mão movimentando um peão 422 MÉTODOS QUANTITATIVOS Os métodos quantitativos se fundamentam em dados históricos consolida dos subdividindose em dois grandes grupos ou técnicas as baseadas em séries temporais e as baseadas em correlação Os métodos quantitativos baseados em séries temporais buscam a partir da coleta e análise de dados definir modelos matemáticos que descrevam o comportamento da demanda de modo que possam ser extrapolados evi denciando tendências e viabilizando a previsão de demandas futuras 88 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 12 MODELAGEM MATEMÁTICA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um homem com a mão no queixo pensando e várias setas representando os diferentes caminhos possíveis As técnicas fundamentadas em correlação buscam considerar os dados his tóricos consolidados correlacionandoos a uma ou mais variáveis que tenham algum impacto prático nas demandas do produto Destacamse entre os métodos de previsão de demanda quantitativos baseados em séries temporais as seguintes técnicas média móvel média exponencial móvel equação linear para a tendência ajustamento exponencial para a tendência sazonalidade simples e sazonalidade com tendência Talvez um dos pontos mais relevantes e fundamentais relacionados aos mé todos de previsão de demanda quantitativos seja o fato de que uma vez que estes buscam a partir da coleta e análise de dados históricos propor modelos matemáticos que descrevam o comportamento da demanda fazse neces sário o contínuo monitoramento da eficácia e eficiência dos modelos mate máticos obtidos 89 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 13 MONITORAMENTO E ANÁLISE CRÍTICA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração gráfica de um cronograma com etapas síncronas e sequenciais evidenciadas Qualquer que seja o método de previsão de demanda confrontado com os resultados consolidados obtidos estes serão apenas uma previsão com maior ou menor acuracidade e precisão e portanto sempre haverá variações e des vios entre a demanda prevista e a consolidada É fundamental testar e comprovar a validade do modelo matemático consi derado e ajustálo à medida que isso se fizer necessário em função das cir cunstâncias e das novas realidades Lembrese de que os modelos matemáticos são rígidos e à medida que eles se propõem a descrever o comportamento dinâmico e variável da demanda e consequentemente o comportamento do mercado consumidor monitoramento validação e ajustes devem permear continuamente as suas aplicações 90 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 423 O PAPEL DO MARKETING E DA ÁREA DE VENDAS NA ATIVIDADE DE PREVISÃO DA DEMANDA Como dissemos anteriormente a demanda ou as demandas consideradas para o planejamento e controle da produção são motivadas pelas relações co merciais eminentemente conduzidas pelas áreas de vendas e de marketing das empresas embora essas nomenclaturas possam variar de empresa para empresa De qualquer modo nessas áreas a contínua e estreita interação e troca de informação com elas assim como as atividades a elas pertinentes e por elas desenvolvidas são fundamentais para que as previsões de demandas sejam as mais assertivas possíveis De modo conceitual a área de marketing representa significativa contribui ção para a previsão da demanda à medida que por definição ela deve estar atenta aos movimentos e às tendências do mercado consumidor das novas tecnologias das novas demandas tecnológicas dos novos produtos dos no vos concorrentes entre outros aspectos diretamente relacionados e necessá rios para as técnicas qualitativas de previsão de demanda FIGURA 14 MARKETING Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um letreiro com a palavra marketing e uma mão manipulando a letra e 91 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 As áreas de vendas por sua vez além da evidente e óbvia responsabilidade e atribuição de interagir e manter um contato estreito com o cliente consu midor podem e devem com base nos relacionamentos e nas parcerias co merciais identificar tendências de mercado que possam vir a impactar as demandas futuras pelos produtos e serviços comercializados pela empresa Tratase nesse caso de uma aplicação clara do que no dia a dia denomina mos inteligência de mercado por meio da qual a partir da observação de situações como parcerias fusões compra e venda de organizações entre ou tras é possível novamente de modo qualitativo contribuir com a previsão de demanda futura FIGURA 15 DO FORNECEDOR AO CLIENTE FINAL Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração gráfica das etapas de um processo de vendas desde a compra de cursos até o cliente final passando pelo transporte carrinho de mercado caminhãocliente Chamamos a atenção aqui para o fato de que tanto área de marketing quan to a área de vendas potencialmente representam significativa contribuição não só para a previsão de demanda mas também para o alinhamento e a definição do planejamento estratégico futuro das organizações 92 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 16 VENDAS Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma persona envolta pelas mãos de uma pessoa de paletó evidenciando o tratamento e a relação com o cliente 1 Marketing O marketing conceitualmente está associado à inteligência de mercado e à imagem da empresa e de seus produtos junto aos consumidores Figura 17 Marketing Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de um computador com os dizeres marketing digital na tela e ícones associados ao conceito de marketing dispostos ao redor 93 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 2 Vendas Fundamentalmente são relativas às relações negociações e transações comerciais junto aos clientes de uma marca ou empresa Figura 18 Vendas Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de um aperto de mãos e do momento da entrega de chaves sob uma mesa onde estão depositados uma maquete de uma casa um contrato e uma caneta Planejamento e controle da produção de Chiavenato 2008 Logística empresarial de Christopher 2010 Planejamento e Controle da Produção PCP a teoria na prática de Cardoso 2021 CONCLUSÂO Nesta unidade entendemos os conceitos e as implicações práticas pertinen tes à demanda no que se refere ao planejamento e controle da produção com foco no atendimento aos clientes e em respeito às estratégias corporati vas das empresas Verificamos os tipos de demanda os fatores e as variáveis que nelas interferem e a importância prática e fundamental de prever ante cipadamente a demanda Também estudamos os métodos de previsão de demanda em especial com preendendo e diferenciando métodos qualitativos e quantitativos usualmen te empregados no dia a dia das áreas de PCP bem como abordamos o papel fundamental das áreas e atividades comerciais e seus impactos e desdobra mentos no que se refere à previsão de demanda 94 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 UNIDADE 5 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 95 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender os conceitos iniciais a respeito do MRP e suas interfaces de entrada e saída compreender a importância do MRP II e suas interfaces compreender as características do ERP como vantagem competitiva dentro do ambiente empresarial e industrial 96 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 5 MRP MRPII E ERP INTRODUÇÃO DA UNIDADE O forte crescimento das organizações do setor produtivo desde a Revolução Industrial resultou uma série de novas metas para os sistemas de produção atuais preparados para a larga escala 1 Controle do trabalho Houve um aumento significativo na complexidade do controle do trabalho devido ao grande número de funcionários demandados pelo ritmo da atual produção em escala 2 Resultado O resultado desse crescimento foi a geração de estoques que ficam cada vez mais volumosos em variedade e quantidade Estoques de matériaprima de peças de material em produção e de produtos embalados existem hoje em quantidades inimagináveis há poucas décadas Com isso a administração da produção e do pessoal se transformou em um grande desafio Logo o novo cenário industrial passou a exigir novas técnicas de gestão mais científicas e ajustadas à nova complexidade de produção Tais técnicas em bora ainda estejam sendo estudadas e consequentemente estejam sob transformação já são capazes de promover resultados promissores no siste ma produtivo 97 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Nesse contexto ferramentas como o Material Requirements Planning MRP foram disseminadas visando à organização do planejamento e ao controle de produção O MRP relativo ao planejamento dos recursos materiais é uma sistemática utilizada para determinar as necessidades dos materiais que serão utilizados na manufatura de um bem de consumo buscando garantir o fluxo de informações sobre os materiais necessários no sistema produtivo trazendo precisão nas quantidades e nas datas de entrega de cada material necessário para cada posto de produção Ainda nesse contexto o cenário industrial passou a exigir cada vez mais a uti lização de novas técnicas de gestão da produção mais modernas científicas e ajustadas à maior complexidade dos processos produtivos Tais técnicas embora ainda estejam sendo aprimoradas já promovem resultados promis sores no sistema produtivo Ferramentas como o MRP e o Master Production Schedule MPS plano mestre de produção foram disseminadas nas orga nizações visando a melhorias nos processos de planejamento e ao controle de produção O MPS é uma sistemática utilizada aliada ao MRP que visa a determinar e a organizar o sistema produtivo de modo a promover a melhor resposta industrial 51 MATERIAL RESOURCE PLANNING MRP DEFINIÇÕES E INTERFACES DE ENTRADA E SAÍDA O planejamento e o controle da produção incluem a programação especi ficamente de todo o sistema produtivo além das solicitações e do controle de materiais da previsão de montagem do controle de chão de fábrica dos indicadores de expedição do controle de máquinas dos equipamentos e dos dispositivos da movimentação de materiais brutos e processados da apro vação de ordens de serviço e do processo de embalagem e de expedição Para isso atualmente os engenheiros de produção usam muitos softwares de MRP para auxiliar nos processos que envolvem o controle de produção cuja eficiência é fundamental para o sucesso do sistema produtivo 98 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Sem um sistema consolidado de planejamento e de controle do processo a manufatura seria um amontoado de atividades descoordenadas e desarticuladas Indo ao encontro dessas necessidades o MRP pode ser descrito como um método de rotina ou uma sistemática para planejar todos os itens e mate riais necessários para produzir um conjunto presente no programa mestre de produção Assim cada ordem do planejamento via MRP define ao menos a quantidade necessária a data a hora e o local de utilização de cada peça O programa mestre de produção desnuda a demanda a ser atingida já iso lada dos fatores externos definindo o que deve ser produzido Por se tratar de uma estimativa possui algumas incertezas de previsão razão pela qual o MRP deve contemplar as possibilidades de alteração nas demandas previs tas A propósito alguns sistemas atualmente rodam em tempo real isto é respondem diante de qualquer mudança na demanda e na quantidade de estoques alguns desses softwares de MRP fazem cálculos ao menos uma vez ao dia De modo geral o MRP usa um algoritmo de programação regressiva que de fine datas de vencimento nas quais os pedidos devem ser concluídos para satisfazer os requisitos no próximo nível de lista de peças Bill Of Materials BOM O Warehouse Management System WMS sistema de gerenciamento de armazém permite o controle dos armazéns estoques por meio da simultaneidade de dados coletados e imputados no sistema SLACK BRANDONJONES JOHNSTON 2018 99 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 511 DEMANDA DEPENDENTE E INDEPENDENTE Nas organizações o termo MRP é abordado de duas formas diferentes As sim é fundamental que um engenheiro de produção as entenda para po der transitar com as atividades de controle de produção em qualquer área entre as mais variadas empresas dos diversos ramos de atividade Para Slack BrandonJones e Johnston 2018 é muito fácil se confundir ao buscar en tender o que é MRP porém de forma geral as duas tratam do mesmo tema a organização do planejamento e o controle das necessidades de recursos em um sistema produtivo Quando se pensa em planejar as necessidades de matériaprima ou em planejar os recursos de manufatura em síntese define se mentalmente uma estrutura de MRP Na maioria das empresas essas estruturas são elaboradas por plataforma de softwares os quais auxiliam a equipe de engenharia de produção que atua no Planejamento e Controle da Produção PCP e nos processos de gestão de operações A Figura 1 a seguir ilustra esse conceito inicial destacando as interfaces mais importantes existentes nos sistemas MRP que conectam de forma efetiva as atividades de fornecimento e as atividades de demanda FIGURA 1 INTERFACES DE ENTRADA E SAÍDA DO MRP Fonte Adaptada de Slack BrandonJones e Johnston 2018 n p PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração das interfaces do MRP fornecimento de produtos e serviços e recursos de produção demanda de produtos e serviços e consumidores da operação produtiva com o MRP promovendo a decisão de quantidade e momento do fluxo de materiais 100 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I A área de vendas das empresas gerencia uma carteira de pedidos que na turalmente sofre flutuações de acordo com as variações das demandas dos clientes Essa carteira de pedidos antes em anotações em papel hoje inte gra grandes bancos de dados cujo controle computacional auxilia a definição das necessidades de materiais nas quantidades e nos momentos Sendo o gerenciamento da gestão da carteira de pedidos função da previ são de vendas é comum classificar esse processo como gestão da demanda que envolve uma série de processos que possibilitam a interface da empresa com seu cliente Em função do modelo de negócios no qual uma determina da empresa está inserida esses processos contemplam o cadastramento dos pedidos as expectativas de vendas os prazos de entrega e o plano de movi mentação e de distribuição A maioria das empresas produtoras de bens de consumo segue essa orien tação de MRP visto que são modelos de demanda dependentes isto é as necessidades dos clientes são relativamente previsíveis Isso ocorre por exem plo em empresas da área de alimentos em que o tipo de consumo pode ser programado e os produtos demandados geram necessidades de itens de produção interna Assim a quantidade planejada para consumo depende das expectativas da empresa em relação ao comportamento do mercado A demanda dependente busca fazer uma previsão da demanda futura plane jando os recursos que atenderão a essa necessidade e respondendo rapida mente às variações da demanda real Todavia quando as condições de mercado estão fora do controle imediato da empresa a demanda é classificada como independente Nesse caso mesmo que a empresa possa acelerar essa necessidade de mercado com promoção de eventos e ofertas o volume demandado de determinado produto depen derá ainda do mercado O desafio nos modelos de negócio caracterizados pela demanda independente é que o sistema produtivo deverá atender à demanda sem possuir informações suficientemente precisas e com antece dência para os pedidos dos clientes A Figura 2 a seguir ilustra um comparativo entre essas duas demandas sen do possível comparar a forma de gestão de ambas em função do tempo 101 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 2 ESQUEMA COMPARATIVO GRÁFICO ENTRE DEMANDA DEPENDENTE E INDEPENDENTE Fonte Adaptada de Slack BrandonJones e Johnston 2018 n p PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de forma esquemática de um comparativo gráfico entre demanda dependente e independente Na Figura 2 notase ainda diferentes abordagens para padrões de consumo distintos Em casos de demanda independente a tratativa é de reposição de estoque à medida que o item é usado já em casos de demanda dependente a tratativa é a de requisição em que os volumes pedidos e o tempo em que os itens deverão estar disponíveis na linha de montagem têm relação com os pedidos feitos por clientes 512 VISÃO GLOBAL DO MRP Sistemas produtivos que trabalham com produção em larga escala precisam de um controle eficiente do grande volume de informações gerado por cada item criado na fase de projeto e incluído nas listas de peças de cada novo pro duto Esses controles vão desde a determinação das quantidades até datas e horários de entrega 102 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Com a Revolução Industrial e principalmente no período pósSegunda Guerra foram implementados conceitos de produção como a subdivisão das atividades e a avaliação dos tempos e movimentos para cada posto de trabalho o que gerou inúmeras teorias relacionadas a padronização layout qualidade entre outros Porém com relação à administração dos materiais as grandes mudanças só começaram a acontecer com o advento da chamada Indústria 30 ou Terceira Revolução Industrial que embarcou a informática nos sistemas produtivos Foi no início dos anos 1960 que se desenvolveram os primeiros Bill Of Materials Processors BOMPs sistemas que calculavam a quantidade de material para atender a uma linha de produção Poucos anos depois a International Business Machines Corporation IBM vi sando a otimizar a venda de seus computadores lança o Production Infor mation and Control System PICS e no início dos anos 1970 mantendo sua política de gerar dependência das empresas por seus sistemas apresenta o MRP presente em pacotes de softwares destinados ao planejamento da pro dução O que era para ser apenas mais uma solução de software se tornou uma filosofia e o MRP se consolidou como uma técnica que permite planejar as necessidades de matériaprima que serão utilizadas na fabricação e mon tagem de um bem de consumo 103 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Para realizar os cálculos de volume de itens e tempo para fornecimento as empresas devem manter atualizados os bancos de dados possibilitando a estratificação pelos atuais programas MRP Assim podese entender o MRP como uma rotina de cálculo para o planejamento das demandas de materiais para uma linha de montagem ou um serviço destinado a sistemas produtivos baseados em previsões de demanda e nos níveis de estoque disponíveis A cadência da produção é determinada a partir das informações dos sistemas que as disponibilizam em forma de ordens de compra e ordens de produção O projeto de um novo produto como nas linhas automotivas de eletrodomésticos cosméticos alimentos etc pode gerar estruturas de produtos com dezenas de níveis de montagem e até centenas de itens em uma estrutura de produto Para controlar todos esses dados os sistemas de MRP lidam com essas listas de materiais esmiuçando os interrelacionamentos dos itens e das monta gens parciais No diagrama mostrado na Figura 3 vemos as informações que devem estar atualizadas para um planejamento preciso de necessidade de materiais 104 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 3 ESQUEMA COMPARATIVO GRÁFICO ENTRE DEMANDA DEPENDENTE E INDEPENDENTE Fonte Adaptada de Slack BrandonJones e Johnston 2018 n p PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de forma esquemática de quais são as informações que devem estar atualizadas para um planejamento preciso de necessidade de materiais Perceba no esquema da Figura 3 que os dados oriundos da lista de materiais fornecem ao MRP à base de informações dos itens das estruturas dos produ tos uma vez que ele reconhece quais componentes necessários já podem estar em estoque estoque de produtos embalados estoques de prémon tagens ou estoques de materiais diretos de fornecedores Assim devese ini ciar pelo nível zero de cada lista verificando quanto estoque há disponível de cada produto subconjuntos e itens isolados para calcular as necessidades para atendimento das demandas Logo para que um sistema MRP funcione bem é crucial ter registros sempre atualizados 105 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 513 ENTRADAS E SAÍDAS DO MRP O programa mestre de produção constitui a principal entrada para o plane jamento de necessidades de materiais e contém as definições de volume e do momento em que cada produto deve ser feito Ele define todas as ativida des de produção e o suprimento que eventualmente se unirão para formar os produtos finais essa é a base para o planejamento de mão de obra e de equipamentos além de determinar o fornecimento de materiais e pagamen tos O programa mestre de produção deve incluir todas as fontes de deman da como peças de reposição promessas internas de produção entre outras Ele também pode ser usado em organizações de serviços e para agendar as equipes para as operações CHASE JACOBS AQUILANO 2006 O programa auxilia as companhias de produção industrial a planejarem suas necessidades de recursos com o apoio de sistemas computacionais de infor mação Segundo Slack BrandonJones e Johnston 2018 o programa como entrada do MRP possibilita que as empresas controlem quanto material de determinado tipo é necessário e em que momento ele deve ser fornecido nos pontos específicos de uma linha de montagem Para isso os pedidos em carteira são os dados básicos de entrada para qualquer sistema desse tipo verificando todos os níveis da estrutura de produtos que são necessários para aquela determinada montagem e garantindo que sejam fornecidos a tempo Dessa forma converte a previsão de demanda de cada peça independente em uma programação das necessidades de materiais Na Tabela 1 a seguir há um exemplo de BOM de uma caneta em uma lista de itens com os vários níveis de montagem item por item e a cada subconjunto 106 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I TABELA 1 BOM DE UMA CANETA ESFEROGRÁFICA Nível Código Descrição Unidade Qualidade Tempo de abastecimento Estoque de segurança Tamanho do lote Fornecimento Estoque Fabricado Comparado 0 100 Caneta Pç 1 1 0 LL x 100 1 110 Tampa Pç 1 1 0 LL x 200 2 120 PP azul Kg 0050 3 25 M25 x 25 1 111 corpo Pç 1 1 0 LL x 180 2 120 PS cristal Kg 0010 3 25 M25 x 25 1 113 Carga Pç 1 2 0 LL x 370 2 122 Tubo Pç 1 4 100 M100 x 300 2 123 Tinta Lt 0010 4 20 M5 x 20 3 130 Cápsula Pç 1 1 0 LL x 0 4 140 PP gold Kg 0005 3 25 M25 x 30 3 131 Esfera Pç 1 2 500 M1000 x 750 Fonte adaptada de Slack BrandonJones e Johnston 2018 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma tabela que mostra o BOM de uma caneta esferográfica Notase que no nível zero da tabela temse o produto completo no nível um estão os subconjuntos principais como tampa corpo e carga no nível dois estão os itens necessários à montagem desses subconjuntos como no caso da carga em que são listados os itens código 122 123 e 124 respectivamente tubo tinta e ponta e assim por diante conforme a necessidade O importante é que se definam a ordem e a quantidade de itens a serem usados e se cada item será produzido internamente na empresa fabricados ou make ou en 107 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 tregue por algum fornecedor comprado ou buy É comum chamar os itens de pai ou filho Nesse exemplo podemos ilustrar o item 111 corpo como pai do item 121 PS cristal que é o filho Assim como as demandas dos clientes os itens listados em uma estrutura são os dados de entrada de um sistema MRP De forma geral as informações importantes item a item são quantidade tempo de abastecimento estoque de segurança tamanho do lote mínimo ordens de compra ordens de fabri cação e quantidade de estoque O MRP foi concebido por Oliver Wighte e Joseph Orlicky e surgiu entre as décadas de 1960 e 1970 com o objetivo de executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades de materiais para manufatura permitindo determinar precisa e rapidamente as prioridades das ordens de compra e fabricação De maneira geral um sistema MRP é abastecido com as informações a res peito das datas e das quantidades de produção da política de lotes mínimos e máximos que varia de empresa para empresa e dos volumes de estoque de segurança que dependem das características de fornecimento de cada fornecedor e da base de clientes geradores das demandas Por outro lado com informações úteis de saída os sistemas oferecem subsí dios ao plano diretor de produção que é definido no nível diretivo de acordo com o direcionamento estratégico de médio e longo prazos da companhia aos indicadores de performance e aos dados para aquisição de material As sim o MRP pode ser usado em situações em que a utilização de materiais específicos ou itens comprados é altamente instável durante o ciclo normal de produção 108 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I As informações de saída de um sistema MRP podem ser sintetizadas como conclusões sobre a simulação de um plano diretor da produção informação sobre ordem de encomendas a serem atendidas índices e indicadores de performance informações sobre novas ordens de produção confirmação das ordens de fabricação melhor controle da produção e encomendas integração das áreas funcionais do negócio criação de uma estrutura formalizada de dados e processos e simulação das demandas de compra e venda Mesmo sendo um sistema adequado para calcular e otimizar as variações de estoque o que diminui custos o MRP também pode gerar efeitos colaterais que devem ser considerados antes de sua implementação Embora ele facilite o processo de compras pode não ajudar na redução dos custos de compras pois força a empresa a comprar quantidades menores mas em maior frequ ência fazendo com o estoque de segurança se torne menor que o estoque médio habitual Assim o MRP é um modelo de produção empurrada que elabora ordens de produção e compras de materiais em função do programa mestre de produção de materiais e de estoques Outra abordagem de controle de recursos para manufatura que tem sido muito difundida é o chamado Manufacturing Resource Planning traduzido como Planejamento dos Recursos de Manufatura Devido ao termo em in glês ter as mesmas iniciais do Materials Requirement Planning MRP alguns pesquisadores começaram a chamar o MRP de MRP I Suas bases são as res postas para as perguntas o quê quanto e quando Nesse sentido surge um termo muito recorrente que é o lead time Segundo Corrêa e Corrêa 2019 é um jargão usual no escopo do MRP para denomi nar os tempos de obtenção ou de ressuprimento Com a sistemática utilizada pelo MRP o lead time pode ser entendido como o tempo entre a abertura de uma ordem de compra ou de produção e o momento em que o material está disponível para utilização 109 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 52 MRP II Os profissionais do controle de produção perceberam que a metodologia MRP precisaria sofrer ajustes para evoluir e cobrir as demais áreas do plane jamento 1 Primeira melhoria Inclusão dos recursos de manufatura na análise sendo proposto o MRP II que além de responder às perguntas fundamentais do MRP o quê quanto e quando passou a considerar as dimensões de recursos disponíveis como pessoal máquinas e equipamentos 2 Segunda melhoria Acrescentouse a busca da resposta para uma quarta pergunta como A sofisticação extra imposta pelo MRP II permitiu a modelagem direta de cenários de hipóteses e algoritmos com se e e ou entre outras linhas de programação Na Figura 4 a seguir temse um esquema simplificado do funcionamento do MRP II Nesse caso podemos perceber que o MRP está contido dentro do MRP II FIGURA 4 SISTEMAS DE APOIO ÀS TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DE PRODUÇÃO E MATERIAIS MRP E MRP II Fonte Adaptada de Slack BrandonJones e Johnston 2018 n p PraTodosVerem a figura representa a ilustração de um esquema simplificado do funcionamento do MRPII Nesse caso podemos perceber que o MRP está contido dentro do MRP II 110 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I A força do MRP e do MRP II sempre residiu no fato de explorarem as consequ ências de quaisquer alterações relativas a uma operação se a demanda fos se alterada o sistema MRP calcularia todos os efeitos e emitiria as instruções aos próximos passos do processo de tomada de decisão Por não considerar a capacidade instalada no plano de materiais no MRP I os riscos de custos adicionais por geração de estoques por falta ou por excesso de capacidade são eminentes Assim as empresas que controlam sua produção com o MRP I devem estar cientes de que esses atores têm pouca influência em seus modelos de negócio Agora se o impacto desses fatores for relevante há a necessidade de contro les paralelos para administrar balanços que subestimam ou superestimam os tempos de entrega para garantir a capacidade de entrega de itens ou ser viços aos seus clientes Para evitar essa necessidade de controles paralelos e a conivência com riscos potenciais é que se tomam de assalto os conceitos defendidos pela sistemática do MRP II que parte da mesma tática de cálculo adicionando também as necessidades de recursos nessa matemática O processo MRP II precisa de um ciclo de feedback para verificar se um pla no foi realmente alcançado Fechar esse ciclo de planejamento nos sistemas MRP envolve verificar os planos de produção em relação à capacidade dis ponível e se os planos propostos não forem alcançáveis em nenhum nível é preciso revisálos Todos os sistemas MRP exceto os mais simples são de ciclo fechado que usam três rotinas de planejamento para comparar os planos de produção com os recursos da operação 1 Planos de Requisitos de Recursos RRP Envolvem a expectativa de longo prazo para prever os requisitos para grandes partes estruturais da operação como números locais e tamanhos de novas instalações 111 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 2 Planos de Capacidade Bruta RCCP São usados no médio a curto prazo para verificar os cronogramas mestre de produção em relação a gargalos de capacidade conhecidos caso as restrições de capacidade sejam quebradas O loop de feedback nesse nível verifica apenas o programa mestre de produção e os principais recursos 3 Planos de Requisitos de Capacidade CRP Observa o efeito diário das ordens de serviço emitidas pelo MRP nas etapas individuais do processo de carregamento O MRP II tem uma estrutura hierarquizada sistemicamente para questões relacionadas à administração da produção Nele os planos de longo prazo agregados são sequenciados detalhadamente até chegar ao nível do plane jamento de matérias e equipamentos específicos Para organizar tais infor mações os softwares de MRP II são divididos em módulos com diferentes finalidades e atributos relacionados entre si Os pacotes comerciais têm gran de similaridade quanto aos módulos principais e à lógica básica sendo apre sentados nos seguintes módulos planejamento da produção planejamento mestre de produção cálculo de necessidade de materiais cálculo de necessi dade de capacidade e controle de fábrica Pegging é uma sistemática disponível para a maioria dos sistemas MRP II que possibilita a verificação das entradas de determinada necessidade bruta de componentes específicos Isso é útil quando se verifica que a produção sugerida por uma ordem não pode ser realizada Usando o método pegging é possível traçar o caminho para o cálculo do MRP ao contrário isto é nível por nível até encontrar qual ordem de produção foi responsável pela geração da necessidade E então essa ordem de produção pode ser mudada conforme a nova conveniência do sistema produtivo 112 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 53 O ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ERP COMO VANTAGEM COMPETITIVA As empresas disputam espaço em um cenário altamente competitivo Logo a busca por informações e indicadores que auxiliem o processo de tomada de decisão se tornou um grande diferencial e pode ser determinante em um ambiente em que a diferença entre o sucesso e o fracasso está nos detalhes Foi para organizar esse levantamento de informações que nos anos 1990 foi proposto o Enterprise Resource Planning ERP planejamento de recursos empresariais que visa a automatizar de forma integrada os dados dos di versos processos de um sistema produtivo unificando as informações em um banco de dados central 531 ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ERP Uma das questões mais importantes no planejamento e controle das opera ções é o gerenciamento do volume de informações geradas pelas atividades de um sistema produtivo Isso não é função apenas do operador que é o au tor e o destinatário dessas informações pois quase todas as outras funções de uma empresa estarão envolvidas sendo importante que as informações relevantes espalhadas pela organização sejam reunidas Em seguida podese informar as decisões de planejamento e controle como quando as atividades devem ocorrer onde devem acontecer quem as deve fazer a capacidade ne cessária e assim por diante é a isso que o ERP se propõe uma evolução do conjunto de cálculos do MRP O planejamento de recursos empresariais ERP é a estruturação de um sistema de informações comprado no formato de pacotes comerciais de softwares que permitem a integração entre informações das mais variadas áreas envolvidas em processos internos e externos de um modelo de negócios de determinada empresa 113 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Assim os sistemas ERP são considerados uma arquitetura que disponibiliza informações que podem circular por todos os setores e processos do ciclo de vida de um produto desde as fases iniciais de conceituação passando pelo detalhamento e pela documentação do projeto pela industrialização pela programação logística pela manufatura pela controladoria pelos recursos humanos pela pósvenda pela qualidade pelo controle do descarte entre outros Logo tratase de um sistema integrado que auxilia os gestores envol vidos nos diversos processos inerentes a esse sistema produtivo específico a tomar decisões Para Chiavenato 2014 uma organização qualquer empreendimento huma no criado e moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos é uma unidade ou entidade social em que as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos comuns Assim a filosofia ERP considera com a ajuda da informática o planejamento de todos os recursos buscando uma maior eficiência e agilidade Afinal organizar significa agrupar estruturar e integrar os recursos organizacionais e essa é a proposta fundamental dos sistemas ERPs que organizam e estabelecem a divisão do trabalho por meio da dife renciação definindo os níveis de autoridade e a responsabilidade para apro vação de cada processo 532 VANTAGENS COMPETITIVAS E SISTEMAS DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO A proposta do ERP é facilitar o acesso às informações de modo rápido e con fiável mesmo com os processos rodando Seu impacto em uma organiza ção envolve muitas vezes mudanças organizacionais e filosofias de gestão de recursos Como consequência o ERP clarifica os fatores críticos em busca de sucesso produtivo indicando onde os sistemas de produção devem colocar maior atenção para a implementação de recursos diminuindo a probabilidade de fracasso da operação 114 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Os principais benefícios da implementação dos sistemas ERP vão além do suporte aos processos de tomada decisão na fase de planejamento podendo ser vistos como uma solução integrada de negócios para toda a empresa Isso pois normalmente são estruturados em módulos de softwares ou aplicativos como módulo de marketing e vendas módulo de serviço de campo módulo de desenvolvimento de produtos módulo de controle de produção módulo de compras módulo de distribuição módulo de fabricação módulo de qualidade módulo de RH módulo de controladoria entre outros à medida que surgem as necessidades A integração entre esses módulos é a grande vantagem do sistema sendo reduzida ao máximo a probabilidade de duplicação de informações aten dendo a todas as necessidades e aos processos individuais de cada departa mento de uma organização Podemos citar como exemplo o caso da RollsRoyce uma das maiores fa bricantes mundiais de turbinas a gás para aeronaves civis militares e navios além de geração de energia e muitos outros usos produtos excepcional mente complexos com cerca de 25 mil peças e centenas de montagens e subconjuntos com produção igualmente complexa mais de 600 fornecedo res externos e milhares de centros de trabalho em locais diferentes o que difi culta o planejamento e fez com que a empresa tenha sido uma das primeiras a adotar computadores na tarefa A empresa havia desenvolvido seu próprio software o que se tornou cada vez mais caro comparado à compra de siste mas prontos para uso além de mais arriscado pela dificuldade na atualização de um software personalizado e complexo que muitas vezes não permitia a troca ou o compartilhamento de dados Assim optouse por implementar um sistema padrão de planejamento de recursos corporativos ERP da em presa alemã SAP líder de mercado Por ser um sistema comercial pronto para uso forçaria a empresa a adotar uma abordagem padronizada Além disso integraria totalmente todos os sistemas da empresa e as atualizações seriam disponibilizadas pela SAP Por fim toda a organização poderia usar um úni co banco de dados reduzindo a duplicação e os erros Os módulos do banco de dados incluíram informações sobre produtos informações sobre recursos 115 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 ativos da fábrica capacidades de máquinas todos os dados sobre recursos humanos entre outros inventário fornecedores externos e informações so bre processamento de pedidos e vendas externas No entanto a empresa sabia que muitas implementações de ERP foram desastres caros em outras organizações Por isso criou uma equipe técnica principal que liderava o projeto dos sistemas e uma grande equipe de im plementação que se espalhava por todas as áreas de negócios Houve comu nicação das mudanças em toda a empresa campanhas de conscientização treinamentos extensivos implementação em fases para reduzir riscos exten sa limpeza de dados para garantir a precisão e a integridade das informações existentes e revisão de todos os processos CONCLUSÃO Foram introduzidos nesta unidade os conceitos relativos ao MRP I MRP II e ERP a partir dos quais foram identificadas as necessidades de integração computacional entre as áreas de uma organização para garantir a compe titividade de uma empresa perante seus concorrentes Verificouse então a utilização e o projeto de sistemas MRP I e MRP II e sua evolução para os sistemas ERP deve ser uma função tanto da área de gestão quanto da área operacional Aprendemos de forma geral como planejar uma produção quando à limi tação da empresa que não é a demanda mas seus próprios recursos o que torna necessário adotar os conceitos de MRP II sistemática que permite que as companhias avaliem as implicações de demanda futura nas áreas finan ceira e de engenharia bem como as necessidades de materiais estruturando assim o plano global da empresa UNIDADE 6 OBJETIVO Ao final desta unidade esperamos que possa 116 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I compreender o que é o planejamento agregado da produção compreender quais são as principais estratégias de produção para responder à demanda 117 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 6 PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO INTRODUÇÃO DA UNIDADE Atualmente as empresas independentemente de segmento natureza e ramo de atuação vivem uma realidade em que a competitividade e a glo balização estão presentes cenário que tornou obrigatório não só o pleno atendimento das demandas dos clientes com qualidade mas também o uso ótimo eficiente e racional dos recursos humanos e físicos necessários aos processos produtivos Nesse sentido fazse necessário o alinhamento contínuo entre as estratégias corporativas de médio e longo prazo e as operações diárias que devem cami nhar no sentido de levar a organização como um todo ao atingimento das metas e dos objetivos corporativos o que passa inevitavelmente pelo plane jamento agregado da produção De modo geral e conceitual o planejamento tem por finalidade definir a sequência de tarefas rotinas e eventos necessárias ao atingimento de uma meta ou de um objetivo o que conforme o nível de detalhamento como no caso do planejamento da produção pode contemplar o dimensionamento a especificação e o provisionamento dos recursos físicos e humanos necessá rios ao atingimento desse objetivo em metas Embora os planejamentos não representem a garantia de sucesso quanto ao atingimento dos objetivos eles representam significativa contribuição no sentido de minimizar as chances de insucesso No caso específico da produção há diferentes níveis e tipos de planejamento cada qual com a sua finalidade seus conceitos e suas particularidades como por exemplo o planejamento agregado da produção objeto de nossos estu dos nesta unidade 118 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 1 PLANEJAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de um totem de trânsito indicando diferentes direções associadas a diferentes conceitos 61 O QUE É PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO Para que se possa compreender e contextualizar corretamente o planejamen to agregado de produção é válido relembrar alguns conceitos introdutórios acerca dos níveis hierárquicos por meio dos quais se organizam as empresas seus objetivos e seus modos de operação Independentemente da natureza da empresa ou do mercado em que ela atua fazse necessária uma organização interna de modo que as informa ções atinentes a cada área rotina e atividade fluam adequadamente estejam acessíveis e sejam consideradas nos processos e nas operações 119 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 2 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de uma mesa de trabalho redonda com 14 pessoas sentadas ao seu redor e sobre a qual estão dispostos indicadores e dados É nesse contexto que está inserido o planejamento agregado da produção que tem por objetivo considerar as previsões de demanda e os objetivos e as metas de médio longo prazo definidos pela alta gestão da empresa e a par tir destes devese definir um planejamento para a produção alinhado com essas premissas que propicie que as atividades cotidianas da empresa ao longo do tempo levemna ao alcance e atingimento de suas metas e de seus objetivos 611 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO De acordo com Corrêa Gianesi e Caon 2018 em linhas gerais as empresas se estruturam internamente em níveis e a cada um desses níveis estão associa das atribuições e responsabilidades correspondentes O primeiro desses níveis é o estratégico de competência da alta gestão da empresa no qual são estabelecidas estratégias e diretrizes gerais da empresa em especial aquelas que se referem a médio e longo prazos 120 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 3 NÍVEL ESTRATÉGICO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de profissionais reunidos ao redor de indicadores na qual há símbolos relacionados à estratégia um gráfico uma imagem de um notebook uma mão fazendo sinal de positivo uma imagem de homens de terno e gravata entre outras Embora haja certa variação na literatura acerca da definição do que se pode entender como médio e longo prazos é comum para efeito de planejamento que nesse sentido estejamos falando em períodos que variam entre seis e 12 meses para a médio prazo e superiores a 12 meses para longo Nesse cenário o nível estratégico das empresas considera e define não só a previsão de demanda com base em históricos realizados mas também considera fatores relacionados ao mercado ao marketing e às vendas tanto no cenário presente quanto no futuro identificando seu market share ou a participação atual no mercado definindo metas e objetivos relacionados ao aumento dessa participação novos mercados consumidores novos clientes novas tecnologias e novas oportunidades 121 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma pessoa de terno e gravata com o dedo indicador estendido tocando um botão virtual no qual se vê escrita a expressão planejamento estratégico Outro nível presente nas organizações é o denominado operacional ou seja composto pelas áreas dos departamentos responsáveis pela efetiva operação e pelos processos no dia a dia de modo a atender às demandas a partir da re alização e da execução daquilo que é definido e determinado em curto prazo como por exemplo as metas de produção diárias por turno de trabalho 122 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 5 OPERAÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de pessoas ao redor de uma mesa construindo uma torre a partir do empilhamento de pequenas peças de madeira Entre os níveis estratégico e operacional situase o nível tático que tem a missão de considerar as diretrizes definidas para médio e longo prazos para a empresa no nível estratégico para a definição do que se deve efetivamente fazer no dia a dia para o alcance dessas metas e desses objetivos Dizendo de outro modo tratase de traduzir as metas e os objetivos estraté gicos da empresa para a operação diária com vistas ao eficaz e eficiente mente atendimento das demandas e ao aproveitamento utilizando os recur sos físicos e humanos demandados e buscando ao mesmo tempo manter a flexibilidade adequada e necessária para que se absorvam as variações de demanda e as situações imprevistas que impactam diretamente a produção Assim ao nível tático compete a definição do planejamento agregado da pro dução que como veremos busca considerar todas essas variáveis da melhor maneira possível 123 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 6 TÁTICA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma mão desenhando um planejamento tático representativo 1 Nível estratégico O nível estratégico tem a responsabilidade de definir metas e objetivos de médio e longo prazos das empresas Em geral esses objetivos estão associados ao futuro ao crescimento e à continuidade 2 Nível tático O nível tático tem a missão de traduzir as metas e os objetivos estratégicos da empresa para a operação em cada uma de suas rotinas tarefas e atividades cotidianas 3 Nível operacional O nível operacional tem o compromisso de construir no dia a dia e a partir de suas atividades o caminho que levará ao atingimento dos objetivos e das metas estratégias pretendidas para a empresa 124 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 612 PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE E DEMANDA AGREGADA Para Tubino 2017 há várias técnicas de previsão de demanda cada uma de las com suas características e suas peculiaridades mas invariavelmente a cada uma estão sempre associadas variações à medida são e sempre serão previsões As previsões de demanda a princípio são definidas por produto de modo que para cada produto modelo e versão produzida pela empresa são esti mados volumes produtivos por período FIGURA 7 MONITORAMENTO E EXECUÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um gráfico de Gantt para acompanhamento e monitoramento do planejado e do executado Para exemplificar imagine uma empresa que produz eletrodomésticos por exemplo fogões refrigeradores e máquinas de lavar roupas Cada um destes é considerado uma família de produto e a cada uma é possível uma gama grande de variações possíveis de modelos capacidades e características Pode ser considerado que por exemplo os refrigeradores podem ser de dife 125 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I rentes modelos capacidades cores entre outras características e especifica ções técnicas o que se dá também nas outras famílias de produtos A previsão de demanda em geral é feita para cada produto específico e com base nela é que se agregam demandas parciais de modo que se possa esti mar a demanda por família ou por grupo de produtos resultando o que aqui chamamos de planejamento agregado da produção FIGURA 8 ALINHAMENTO ESTRATÉGICO TÁTICO E OPERACIONAL Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de três dados vermelhos com os dizeres estratégia planejamento e objetivo em cada um deles Se for considerado que para o atendimento de uma demanda seja ela par cial ou agregada são necessários recursos físicos e humanos e a partir da disponibilidade desses recursos físicos e humanos temos a capacidade pro dutiva podese facilmente concluir que a partir do planejamento agregado da produção em face à capacidade produtiva instalada fica evidente que em certos momentos haverá ociosidade da capacidade produtiva instalada em geral associados a períodos de baixa demanda bem como haverá falta de capacidade produtiva instalada para o atendimento da demanda em mo mentos de demanda elevada 126 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 FIGURA 9 ACOMPANHAMENTO E BALANCEAMENTO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma pessoa fazendo contas em uma calculadora e apontamentos em uma prancheta 613 PLANEJAMENTO AGREGADO De acordo com Tubino 2017 o planejamento agregado da produção apre senta várias vantagens e possibilidades práticas no dia a dia das empresas O primeiro ponto a ser considerado e do qual nunca se pode abrir mão é o pleno atendimento dos compromissos firmados pela empresa junto ao mer cado aos seus clientes e aos consumidores Ou seja independentemente das estratégias que se adote e dos desdobramentos práticos dessas estratégias para a operação o atendimento às demandas não está sujeito à negociação e honrar os compromissos assumidos junto ao mercado e aos clientes é ponto pacífico e inegociável 127 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I FIGURA 10 IDENTIDADE EMPRESARIAL Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de engrenagens com os dizeres língua prioridades crenças valores e cultura Dito isso e em alinhamento com as metas e os objetivos estratégicos defini dos pela alta gestão da empresa para médio e longo prazo é possível que se defina o planejamento agregado da produção Definir de forma agregada por família ou por grupos de produtos o planejamento da produção apresenta como principal vantagem uma flexibilidade teórica a partir da qual é possível absorver variações específicas sem que se comprometam os resultados pretendidos Assim é possível absorver e administrar variações de demandas parciais sem que se comprometam os recursos físicos e humanos e as capacidades produ tivas previamente provisionados para isso Admita por exemplo que no grupo de produtos refrigeradores haja pontu almente uma diminuição de demanda dos refrigeradores de cor prata talvez 128 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 em função do cancelamento de pedido de um por parte de um cliente mas que em contrapartida haja um aumento de demanda de refrigeradores da cor branca devido ao aumento de quantidade em um pedido de um outro cliente Como essas variações estão associadas a produtos específicos e a suas res pectivas demandas que são parte mas não todo o planejamento agregado de produção o plano agregado tem a capacidade de administrar essas varia ções de modo que a capacidade produtiva e os recursos envolvidos sejam no dia a dia direcionados remanejados e realocados conforme essas variações de demanda minimizando dentro do possível os impactos para a operação e os resultados globais FIGURA 11 DECISÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um homem caminhando em uma estrada que bifurca diante da decisão de escolher entre o caminho do plano A e o plano B Tratase de fazer a gestão dos recursos em atendimento às demandas que fatalmente variam no dia a dia devido a uma série de fatores que fogem ao nosso controle mas sempre de modo a atender às demandas efetivas dos clientes do mercado e do consumidor alinhadas ao estratégico com os ob jetivos e as metas de médio e longo prazos definidos e estabelecidos como diretrizes pela alta gestão da empresa 129 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I Em situações como essa exemplificada fica evidente a relevância e a vital contribuição do planejamento agregado de produção base para definição do plano mestre de produção que tem a finalidade de definir a cada produ to específico o que como quando em que quantidade e com que recursos físicos e humanos deve ser produzido É portanto a partir do planejamento agregado que se desdobra o plano mestre de produção por meio do qual são definidas as ordens de produção diária ou por turno de trabalho confor me o caso o cenário as circunstâncias e a empresa FIGURA 12 FLUXOGRAMA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa uma ilustração de um fluxograma de processo desenhado no chão com profissionais posicionados sobre ele 62 ESTRATÉGIAS DE PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO Existem diferentes estratégias de planejamento de produção cada uma delas com suas consequências seus riscos seus custos e seus impactos associados Algumas coisas não são variáveis ou negociáveis na prática quando pensa mos em planejamento da produção e em suas estratégias Notadamente es tamos nos referindo ao atendimento das demandas junto ao mercado aos 130 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 clientes e ao consumidor final bem como ao alinhamento dos processos e das operações com relação às diretrizes às metas e aos objetivos definidos pela alta gestão da empresa O planejamento da produção parte da previsão de demanda e a partir dela lida e considera ou busca considerar todas as possibilidades de variáveis em especial aquelas relacionadas à manipulação à intervenção e aos ajustes na capacidade produtiva e na demanda como veremos FIGURA 13 PLANO DE AÇÃO Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma mesa de trabalho com uma folha onde está escrito plano de ação 1 2 e 3 621 ATUAÇÃO NA CAPACIDADE E NA DEMANDA De acordo com Corrêa Gianesi e Caon 2018 devese considerar que o objeti vo da produção é atender à demanda e para isso deve haver um alinhamen 131 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I to natural ou forçado entre a capacidade produtiva o que contempla recursos físicos e humanos e a previsão de demanda em um primeiro momento que depois na prática traduzse em demanda real e concreta O grande desafio consiste em considerar todas as variáveis e promover de alguma maneira o alinhamento entre a capacidade produtiva e a demanda porém o desafio vai além disso tratase na verdade de planejar a produção de modo que haja certa flexibilidade capaz de absorver as variações tanto de demanda quanto de capacidade produtiva no dia a dia da produção São exemplos de variações associadas à capacidade produtiva na realidade das produções aquelas decorrentes por exemplo da quebra de uma máqui na ou de um equipamento que impacta negativamente a disponibilidade e a capacidade efetiva da chamada horasmáquinas disponíveis para a produ ção ou por outro lado a compra de um equipamento que impacta positiva mente a disponibilidade desse recurso FIGURA 14 FLEXIBILIDADE Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de uma profissional segurando uma caneta e riscando a expressão plano A e evidenciando a expressão plano B 132 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 De maneira análoga a ausência de um ou de mais colaboradores impacta negativamente o que denominamos horahomem disponível para a produ ção ao passo que a contratação de funcionários a alocação de mão de obra e a capacitação de colaboradores impactam positivamente essa mesma va riável FIGURA 15 EMPRESA Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um edifício de uma empresa e o fluxo de materiais e produtos representados pela chegada de um caminhão e pela movimentação de pallets em uma empilhadeira 1 Atuação na capacidade Foco atuação e manipulação dos recursos físicos e humanos disponibilizados pela empresa e necessários aos processos produtivos Figura 16 Atuação na capacidade Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de recursos alimentando um equipamento do qual saem produtos finalizados 133 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I 2 Atuação na demanda Foco atuação e manipulação das demandas internas e externas junto aos clientes ou a outras áreas com base em negociação transparência e ética Figura 17 Negociação Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a foto de uma pessoa ao telefone e vários postites flutuando ao seu redor 622 ESTRATÉGIAS PURAS As denominadas estratégias puras conforme conhecidas no mercado con sideram os esforços e as atuações dedicadas exclusivamente ao tratamento da demanda ou ao tratamento da capacidade produtiva No que se refere às estratégias puras de planejamento agregado da produ ção com vistas à capacidade produtiva temos ações e direcionamentos re lacionados aos recursos físicos e humanos internos da empresa como rear ranjo de layout adequações e ajustes de mão de obra revisão e eventuais ajustes nos métodos de processos produtivos estudos de tempos e métodos e aplicação de princípios de lean manufacturing etc No que se refere às estratégias puras de planejamento agregado da produ ção com vistas à demanda temos basicamente a possibilidade de por meio das ações de marketing e de vendas e da negociação junto a clientes aumen tar diminuir ou manter estável a demanda 623 ESTRATÉGIAS MISTAS São denominadas estratégias mistas de planejamento agregado da produ ção aquelas que consideram os aspectos relacionados à capacidade produti va e à demanda simultaneamente Nesse sentido e contexto há inúmeras possibilidades de decisão que vão além da atuação direta junto à capacidade produtiva e à demanda amplamente 134 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 empregadas hoje que representam muitas possibilidades de planejamento estratégico e flexibilidade Entre as quais destacamos as seguintes Outsourcing decisão de terceirização de partes de processos tarefas e atividades make or buy decisão entre produzir internamente ou adquirir no mercado comercialização junto ao mercado da capacidade produtiva eou mão de obra ociosas Estratégias puras apresentam um foco exclusivo em uma variável seja ela a capacidade produtiva ou a demanda Figura 18 Foco Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um dardo fincado no centro de um alvo Estratégias mistas buscam conciliar ações combinadas com foco em ajustes da capacidade produtiva mas também das demandas internas e externas Figura 19 Ajustes Fonte Plataforma Deduca 2022 PraTodosVerem a imagem representa a ilustração de um homem de costas com as mãos na cintura observando um painel no qual está desenhado um labirinto com um caminho destacado em vermelho 135 MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Planejamento e controle da produção I CONCLUSÂO Nesta unidade foi estudado o planejamento agregado da produção e assim verificouse que a base para qualquer planejamento da produção inclusive o plano agregado é a demanda ou seja a necessidade a ser atendida a par tir das relações comerciais e de fornecimento firmadas junto ao cliente e ao mercado Conceitualmente definese os níveis de decisão e planejamento por meio dos quais se estruturam as empresas e suas operações notadamente os ní veis estratégico tático e operacional Contextualizamos o plano agregado de produção a partir das metas e dos objetivos de médio e longo prazos definidos no nível estratégico das empre sas a serem praticados nos processos produtivos e nas rotinas cotidianas pelo nível operacional evidenciando a importância do nível tático que tem por missão traduzir as diretrizes do nível estratégico para a operação definin do o planejamento agregado de produção que se desdobra no plano mestre de produção e na efetiva produção diária ou por turno de trabalho sempre respeitando o atendimento das demandas internas e externas da empresa considerando a capacidade produtiva os recursos físicos e humanos neces sários à produção bem como seu eficaz e eficiente emprego Nesta disciplina dedicamonos ao estudo do planejamento e do controle da produção desde o entendimento de sua importância e a relevância de seu estudo até o efetivo planejamento agregado da produção e suas estratégias passando pelo controle da produção e pelo projeto de um sistema de contro le de produção pelos diferentes tipos de capacidade inclusive pela capacida de de produção de demanda e de seus tipos de previsão bem como o MRP MRPII e o ERP Todos os assuntos abordados nesta disciplina são de extrema relevância para o adequado planejamento e o controle e a operação dos processos produti vos não foram selecionados e abordados ao longo da disciplina de maneira aleatória e certamente serão de grande valia e utilidade no exercício de fu sões profissionais relacionadas aos processos produtivos 136 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 Para aprofundar seus estudos sugerimos a leitura das obras a seguir Planejamento e Controle da Produção PCP a teoria na prática de Cardoso 2021 Planejamento e controle da produção de Chiavenato 2008 Logística empresarial de Christopher 2010 EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE SAÚDE EDUCAÇÃO DIREITO GESTÃO E NEGÓCIOS 137 Planejamento e controle da produção I MULTIVIX EAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 REFERÊNCIAS BOWERSOX D J CLOSS D J COOPER M B Gestão da cadeia de suprimentos e logística Rio de Janeiro Elsevier 2007 CARDOSO W Planejamento e controle da produção PCP a teoria na prática 1 ed São Paulo Blucher 2021 CHAMBERS S JOHNSTON R Coautor Administração da produção 3 ed São Paulo Atlas 2009 CHASE R B JACOBS F R AQUILANO N J Coautor Administração da produção para a vanta gem competitiva Porto Alegre Bookman 2006 CHIAVENATO I Gestão da produção uma abordagem introdutória 3 ed Barueri Manole 2014 CHIAVENATO I Planejamento e controle da produção 2 ed São Paulo Manole 2008 CHRISTOPHER M Logística empresarial 2 ed São Paulo Cengage Learning 2010 CORRÊA H L GIANESI I G N CAON M Planejamento programação e controle da produção MRP II ERP 6 ed São Paulo Atlas 2018 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacom brbooks9788597018554 Acesso em 29 jan 2022 SLACK N BRANDONJONES A JOHNSTON R Administração da produção 8 ed São Paulo Atlas 2018 CORRÊA H L GIANESI I G N CAON M Planejamento programação e controle da produção MRP II ERP 6 ed São Paulo Atlas 2018 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacom brbooks9788597018554 Acesso em 29 jan 2022 MOTTA P R Gestão contemporânea a ciência e a arte de ser dirigente Rio de Janeiro Record 2002 REZENDE D A Planejamento Estratégico para organizações privadas e públicas guia prático para elaboração de projeto e plano de negócios Rio de Janeiro Brasport 2008 ROBBINS S P O processo administrativo 1 ed São Paulo Atlas SA 1981 SLACK N BRANDONJONES A JOHNSTON R Administração da produção 8 ed São Paulo Atlas 2018 TUBINO D F Planejamento e controle da produção teoria e prática 3 ed São Paulo Atlas 2017 Disponível em httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788597013726 Acesso em 29 jan 2022 WATERS D Global Logistics new directions in supply chain management 6 ed Londres Kogan Page Limited 2010 EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE SAÚDE EDUCAÇÃO DIREITO GESTÃO E NEGÓCIOS