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Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 DOI 101590S0100736X2017000300008 248 RESUMO Descrevemse as características clínicas e his topatológicas da dermatite alérgica diagnosticada em cães da região metropolitana de João Pessoa Paraíba Durante o período de setembro de 2014 a setembro de 2015 um total de 90 cães com lesões cutâneas Desses 24 apresentaram alterações compatíveis com dermatite alérgica sendo 12 machos e 12 fêmeas A dermatite atópica DA foi a mais frequente afetando 5833 1424 dos cães seguido por dermatite por hipersensibilidade alimentar HA 25 624 dermatite de contato alérgica DAC com 833 224 dos casos dermatite alérgica por picada de pulgas DAPP com um caso e a hipersensibilidade a medicamento farmacodermia também um caso que representou 417 respectivamente As lesões macroscópicas incluíram hipo tricose hiperpigmentação comedões eritema alopecia xerose erosões úlceras e exsudato anatomicamente dis tribuídas na face cabeça pescoço toracolombar lombos sacra flanco membros e abdome As lesões microscópicas mais frequentes foram hiperceratose acantose espongiose e exocitose de linfócitos na epiderme Na derme superficial Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães1 Jackson S de Vasconcelos2 Temístocles S de Oliveira Neto2 Harlan HL Nascimento3 Francisca MS Barbosa3 Fábbio Ygor S Rezende4 Lindemarques G de Oliveira5 Ricardo B Lucena3 e Antônio FM Dantas2 ABSTRACT Vasconcelos JS Oliveira Neto TS Nascimento HHL Barbosa FMS Rezende FYS Oliveira LG Lucena RB Dantas AFM 2017 Clinical and histopathological cha racterization of allergic dermatitis in dogs Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães Pesquisa Veterinária Brasileira 373248256 Programa de PósGraduação em Medicina Veterinária Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Campus Patos Av Universitária sn Bairro Santa Cecília Cx Postal 61 Patos PB 58708110 Brazil Email veterinariojsvyahoocombr This paper describes the clinical and histopathological features of allergic dermatitis in dogs diagnosed the metropolitan region of João Pessoa Paraíba From September 2014 to September 2015 a total of 90 dogs with skin lesions was studied Twentyfour cases showed changes consistent with allergic dermatitis in 12 males and 12 females The age of dogs ranged from 3 months to 15 years Atopic dermatitis was the most common affecting 5833 1424 of the dogs followed by food hypersensitivity dermatitis at 25 624 allergic contact dermatitis at 833 224 a case of allergic dermatitis flea and one case of drug hypersensitivity which represented 417 respectively Gross lesions included hypo trichosis hyperpigmentation comedones erythema alopecia xerosis erosions ulcers and exudates Anatomically distributed was on face head neck thoracolumbar lumbosacral flank limbs and abdomen The most common microscopic lesions were hyperkeratosis acanthosis spongiosis and exocytosis of lymphocytes in the epidermis In the superficial dermis was observed perivasculitis perianexite and in some cases pigmentary incontinen ce edema dilated lymphatic vessels and sweat glands Histopathological examination as sociated with medical history clinical examination and skin examen are important tools for the diagnosis of allergic dermatitis in dogs as well as for associated therapeutic measures INDEX TERMS Dermatitis dogs skin diseases hypersensitivity 1 Recebido em 27 de fevereiro de 2016 Aceito para publicação em 29 de julho de 2016 2 Programa de PósGraduação em Medicina Veterinária Hospital Vete rinário Av Universitária sn Bairro Santa Cecília Cx Postal 64 Patos PB 58708110 Brasil Autor para correspondência veterinariojsv yahoocombr 3 Departamento de Ciências Veterinárias Centro de Ciências Agrárias Universidade Federal da Paraíba UFPB Rodovia PB079 Areia PB 58397000 Brasil 4 Médico Veterinário autônomo Av Monteiro da Franca 1149 Manaíra João Pessoa PB 58038320 Brasil 5 Médico Veterinário autônomo Rua Severino Antônio de Sousa 164 Mangabeira João Pessoa PB 58055410 Brasil Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 249 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães foi observada perivasculite perianexite e em alguns casos de incontinência pigmentar edema dilatação de vasos san guíneos linfáticos e glândulas sudoríparas O exame histo patológico associado com a história clínica exame clínico e pele são ferramentas importantes para o diagnóstico de dermatite alérgica em cães bem como medidas terapêuti cas associadas TERMOS DE INDEXAÇÃO Dermatite caninos dermatopatias hi persensibilidade INTRODUÇÃO Dentre as doenças de pele as dermatites alérgicas são as mais frequentes em cães tanto na rotina diagnóstica de biópsias de pele Souza et al 2009 quanto na revisão de prontuários de atendimento clínico ambulatorial Cardoso et al 2011 Gasparetto et al 2013 Essas doenças caracte rizamse por inflamação crônica da pele acompanhada de prurido e afetam humanos e animais de companhia espe cialmente os cães Leung 1995 Scott et al 2001 As doenças alérgicas da pele de cães podem ter causas diversas e apresentar formas clínicas variadas como placas liquenificadas e nódulos Marsella Olivry 2001 além das lesões autotraumáticas induzidas pelo prurido Scott et al 2001 Essa diversidade de apresentações clínicas dificulta o diagnóstico clínico Para chegar a um diagnós tico dermatológico definitivo ou diferencial de dermatite alérgica é necessário realizar anamnese detalhada e exame físico minucioso junto a métodos diagnósticos rotineiros como raspados de pele exame micológico direto tricogra ma exame citológi co cultura fúngica e bacteriana Souza et al 2009 Medleau Hnilica 2009 No entanto os exames comple mentares podem não serem suficientes para o diag nóstico e nesses casos o clínico deve recorrer a biópsias e exames histopatoló gicos Conceição et al 2004 As doenças dermatológicas alérgicas mais comuns in cluem a dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP a dermatite atópica DA a hipersensibilidade alimentar HA e a dermatite alérgica de contato DAC A DAPP ca racterizase por ser uma doença alérgica pruriginosa em que as lesões nos cães localizamse com maior frequência na região lombossacra dorsocaudal na base da cauda perí neo e na face caudomedial das coxas Hargis Ginn 2013 No exame histopatológico predomina infiltrado de eosinó filos e células mononucleares na derme superficial Gross et al 2005 A DA é uma doença inflamatória e prurigino sa da derme predisposta geneticamente Halliwell 2009 A face focinho carpos extremidades distais orelhas e as regiões ventrais são as áreas mais acometidas nos cães e caracterizamse histologicamente por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Gross et al 2005 A HA é uma doença pruriginosa localizada ou genera lizada não sazonal que normalmente acomete orelhas membros região axilar ou inguinal face pescoço e períneo provocando eritema e outras lesões como erupção papular e lesões secundárias por automutilação Medleau Hnili ca 2009 Hargis Ginn 2013 com inflamação geralmen te severa na derme que pode variar de focal a multifocal Gross et al 2005 A DAC caracterizase por uma reação de contato prolongado do alérgeno envolvido com a pele que pode ser uma substância que não causa reação imedia ta mas tardiamente Medleau Hnilica 2009 A reação de hipersensibilidade é do tipo IV sendo desencadeada pelo contato da pele dos cães ao alérgeno resultando em uma inflamação crônica Gross et al 2005 Tornase necessário a realização de um estudo para se conhecer os aspectos clí nicos e patológicos com o intuito de auxiliar os clínicos nos diagnósticos destas dermatopatias O presente trabalho teve por objetivo descrever os as pectos clínicos e histopatológicos das dermatites alérgicas em cães atendidos em clínicas veterinárias MATERIAL E MÉTODOS Foram acompanhados os atendimentos dermatológicos de cães em três clínicas veterinárias sendo duas localizadas em João Pes soa e uma em Bayeux pertencente à região metropolitana de João Pessoa Estado da Paraíba no período de setembro de 2014 a se tembro de 2015 Para o levantamento dos dados clínicos e derma tológicos foi utilizada uma ficha dermatológica adaptada de Souza et al 2009 e realizado exame clínico completo e dermatológico Todos os cães com lesões cutâneas foram submetidos a exames dermatológicos citológicos raspado de pele parasitológico tri cograma bacteriológico micológico e histopatológico Os diag nósticos clínicos dermatológicos foram estabelecidos seguindo os critérios e padrões já descritos Gross et al 2005 Medleau Hnilica 2009 Hargis Ginn 2013 As biópsia de pele foram obtidas após os cães terem sidos se dados com xilazina 2 na dose de 05mgkgpv cetamina a 10 na dose de 10mgkgpv e lidocaína a 2 na dose de 7mgkg pv Todas as biópsias foram incisionais dandose preferência aos sítios onde se encontravam mais lesões primárias e não tratadas como máculas pápulas vesículas pústulas e vergões Nos casos em que o animal não apresentava mais lesões primárias foram colhidas amostras das lesões secundárias como escamas crostas úlceras comedões e escaras Hargis Ginn 2013 As amostras colhidas para o exame histopatológico foram fixadas em solução de for malina a 10 processadas rotineiramente para histologia e cora das pela hematoxilinaeosina HE O diagnóstico de dermatite alérgica foi realizado com base no histórico clínico nos exames dermatológicos resultados de exa mes laboratoriais complementares hemograma e bioquímicas séricas histopatológicos e em alguns casos no acompanhamento durante o tratamento RESULTADOS No período de setembro de 2014 a setembro de 2015 fo ram atendidos 596 cães sendo 299 502 machos e 297 498 fêmeas Destes 152 255 apresentaram lesão dermatológica dos quais 90 foram submetidos à biópsia de pele onde 24 1579 tiveram diagnóstico de dermati te alérgica destes 12 eram machos e 12 fêmeas Dezesseis tinha raça definida oito eram sem raça definida SRD e a idade variou de três meses a 15 anos com média de 58 anos Os dados referentes a raça sexo idade e o diagnóstico das dermatites alérgicas foram descritos no quadro 1 As lesões macroscópicas observadas foram agrupadas no quadro 2 de acordo com o tipo da lesão e a localização tomandose como base Hargis Ginn 2013 Em todos os casos foram frequentes as lesões crônicas caracterizadas Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 250 Jackson S de Vasconcelos et al por hipotricose alopecia máculas erosões e úlceras sem pre acompanhadas por prurido Em nenhum caso foi des crito histórico de prurido sazonal As lesões microscópicas foram agrupadas no quadro 3 de acordo com a localização anatômica específica para a epiderme derme superficial e profunda Gross et al 2005 A dermatite atópica foi a mais frequente diagnostica da em 5833 1424 dos cães acometidos por dermatite alérgica sendo oito machos e seis fêmeas com idade va riando entre três meses e oito anos de idade As raças aco metidas foram Pitbull Pinscher Labrador e SRD com dois casos cada Com um caso foram acometidas as raças Pood le Cocker Spaniel Pastor Alemão Pug Teckel e Labrador Dos cães com DA três tiveram infecção bacteriana secun dária por Staphyloccus aureus dois por Demodex canis e um por Malassezia pachydermatis As lesões macroscópicas da DA consistiram em erosões 6429 914 comedões 5714 814 hipotricose 50 714 colaretes epidérmicos 50 714 cros tas 4286 614 máculas 3571 514 descamação 3571 514 alopecia 3571 514 seborreia 286 414 xerose cutânea 2143 314 pápulas 2143 314 pústulas 143 214 hiperpigmentação 1423 214 eritema 714 114 escoriações 714 114 úlceras 714 114 exsudato 714 114 e hipopigmen tação 714 114 As lesões da DA ocorreram em diferentes sítios anatô micos como região lombossacra 5714 814 toraco lombar 5714 814 abdominal 4286 614 axilar 3571 514 cabeça 3571 514 membros toráci cos 2142 314 região cervical 2142 314 flancos 2142 314 região sacral 1429 214 região perine al 1429 214 membros pélvicos 714 114 e o pa vilhão auricular 714 114 Fig1AB As lesões micros cópicas observadas foram hiperceratose 100 1414 variando de leve a acentuada acantose 100 1414 de leve a moderada espongiose 100 1414 de leve a acen tuada exocitose de linfócitos na epiderme 3571 514 de leve a moderada pústulas 2857 414 de leve a acen tuada úlceras 2142 314 de leve a acentuada e acantó lise moderada 714 114 Na derme havia perivasculite em 100 1414 de leve a acentuada perianexite 8571 1214 de leve a acentuada edema 7857 1114 de leve a acentuado moderada dilatação de vasos linfáticos 3571 514 incontinência pigmentar 2857 414 leve e dilatação da glândula sudorípara 1423 214 de leve a moderada Em todos os casos de DA foi observado in filtrado inflamatório de células mononucleares Fig2AB Nos casos de infecções bacterianas secundárias foi adota da terapia com cefalexina na dose de 30mg kgpv a cada 12 horas por 10 dias Nas infecções por fungos foi instituído terapia a base de itraconazol na dose de 5mgkgpv a cada 24 horas por 30 dias O tratamento específico para DA foi realizado usandose corticoterapia a base de predinisolo na na dose de 1mgkgpv a cada 24 horas durante 10 dias Em um caso foi necessário o uso de ciclosporina na dose Quadro 1 Relação de raça sexo e idade dos cães com dermatites alérgicas diagnosticadas na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Caso no Sexo Raça Idade Diagnóstico 01 F SRD 10 anos Hipersensibilidade alimentar 02 F Akita 9 anos Hipersensibilidade alimentar 03 F Poodle 5 anos Dermatite atópica 04 M Labrador 6 anos Dermatite atópica 05 F Pitbul 5 anos Dermatite atópica 06 F Pitbul 6 anos Dermatite atópica 07 F Pinscher 5 anos Dermatite atópica 08 F B Francês 14 anos Hipersensibilidade a sulfametoxazol 09 M Cocker 3 anos Dermatite atópica 10 M P Alemão 3 meses Dermatite atópica 11 M Pug 2 anos Dermatite atópica 12 M Pinscher 6 anos Dermatite atópica 13 F SRD 4 meses Dermatite atópica 14 M Teckel 8 anos Dermatite atópica 15 M SRD 8 anos Dermatite alérgica de contato 16 M SRD 10 anos Hipersensibilidade alimentar 17 F SRD 9 anos Dermatite alérgica de contato 18 M P Alemão 15 anos Dermatite alérgica a picada de pulgas 19 F SRD 5 anos Dermatite atópica 20 M Labrador 2 anos Hipersensibilidade alimentar 21 M Golden 3 anos Dermatite atópica 22 F SRD 3 anos Hipersensibilidade alimentar 23 F SRD 5 anos Hipersensibilidade alimentar 24 M Labrador 3 anos Dermatite atópica F Fêmea M macho SRD sem raça definida Quadro 2 Lesões macroscópicas e localizações anatômicas das dermatites alérgicas diagnosticadas em cães na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Diagnóstico Nº de casos Lesões macroscópicas Localização anatômica Dermatite atópica 14 Hipotricose alopecia comedões colaretes epidérmicos Regiões lombossacra perineal toracolombar xerose erosões mácula descamação hiperpigmentação axilares e dorsais hipopigmentação escoriações crostas úlceras Na cabeça pavilhão auricular abdome exsudato pápulas pústulas e seborreia membros torácicos e pélvicos e flancos Hipersensibilidade alimentar 06 Hipotricose alopecia hiperpigmentação Cabeça pavilhão auricular região periocular comedões erosões máculas escoriações abdome regiões axilares toracodorsal colaretes epidérmicos eritema toracolombar préescapular lombossacra descamação e úlceras com exsudação cervical membros pélvicos e flancos Dermatite alérgica de contato 02 Hipotricose alopecia comedões Região toracodorsal abdome e flancos colaretes epidérmicos eritema xerose cutânea e úlceras com exsudação Dermatite alérgica a picada 01 Alopecia hiperpigmentação máculas Região lombossacra de pulgas úlceras com exsudação Hipersensibilidade a 01 Alopecia erosões e úlceras Região toracolombar sulfametoxazol Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 251 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães de 5mgkgpv a cada 24 horas por tempo indeterminado Para todos os casos foi recomendado o uso de nutracêutico a base de ômega 36 com o objetivo de diminuir a xerose dérmica e desempenhar efeito antiinflamatório A hipersensibilidade alimentar representou 25 624 dos casos de dermatites alérgicas estudadas sendo quatro fêmeas e dois machos a idade variou de dois anos a dez anos de idade As raças acometidas foram SRD com quatro casos Akita e Labrador um caso cada O exame clínico der matológico evidenciou prurido localizado não sazonal feri mentos secundários ao prurido áreas hipotricóicas áreas alopécicas Três cães eram alimentados com comida casei ra e ração comercial e os demais recebiam somente ração comercial As lesões macroscópicas caracterizaramse por erosões 100 66 hipotricose 6666 46 máculas 50 36 comedões 50 36 eritema 3333 26 alopecia 3333 26 escoriações 3333 26 hiper pigmentação 3333 26 colaretes epidérmicos 1666 16 descamação 1666 16 úlceras 1666 16 e exsudação 1666 16 As localizações mais frequentes das lesões foram nos flancos 50 36 cabeça 3333 26 membros torácicos 3333 26 região toraco lombar 3333 26 região lombossacra 3333 26 abdome 1666 16 região axilar 1666 16 região toracodorsal 1666 16 região préescapular 1666 16 região cervical 1666 16 e no pavilhão auricular 1666 16 As lesões microscópicas da HÁ na epiderme caracteri zaramse por hiperceratose 100 66 que variou de leve a acentuada acantose 100 66 de leve a moderada es pongiose 100 66 de leve a acentuada e úlceras 3333 26 de leve a acentuada Na derme foi observado perivas culite 100 66 de leve a acentuada perianexite 8333 56 de leve a acentuada edema 8333 56 de leve a moderado leve incontinência pigmentar de 1666 16 e dilatação de vasos linfáticos 1666 16 leve Foi obser Quadro 3 Distribuição das lesões microscópicas observadas nas dermatites alérgicas de cães na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Lesões microscópicas Casos no 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Epiderme Ortoceratose Paraceratose Acantose Acantólise Espongiose Exoc linfócitos Pústula Úlcera Derme Perivasculite Perianexite Edema Inc pigmentar Dil linfáticos Dil glând sudoríparas Leve moderada acentuada não observado Exoc de linfócitos Incontinência pigmentar Dilatação de vasos linfáticos Dilatação de glândulas sudoríparas Fig1 Dermatite atópica canina Pele A Hipotricose e alopecia na face principalmente nas regiões nasal e periocular B Pústula e hemorragia na região toracolombar Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 252 Jackson S de Vasconcelos et al vado infiltrado inflamatório de células mononucleares que variou de leve a acentuado em todos os casos Fig3AB Além dos exames clínico dermatológico e histopatológico O diagnóstico de HA foi confirmado pela introdução da die ta de substituição ração com proteína de cordeiro asso ciada à administração de predinisolona na dose de 1mg kgpv a cada 24 horas por sete dias A dieta de substitui ção foi emprega como única fonte de alimentação durante quinze dias Após esse período o prurido cessou as lesões cicatrizaram e as áreas hipotricóicas repilaram novamente A dermatite alérgica de contado DAC representando 833 224 foi diagnosticada em dois cães sem raça defi nida sendo um macho 50 12 e uma fêmea 50 12 com oito e nove anos respectivamente Um caso resultou de dermatite alérgica de contato à lã de algodão e o outro ao contato com desinfetante para limpeza do ambiente onde o cão habitava O animal que apresentou DAC à lã de algodão tinha como histórico clínico um ferimento ulcerado único com exsudato durante uso de roupa cirúrgica de tecido de algodão Foi realizada terapia tópica com Ganadol7 por oito dias não sendo observada a regressão da lesão poste riormente realizouse biópsia para exame histopatológico Em que se observou hiperceratose paraceratose acanto se espongiose e presença de úlcera extensa na epiderme Fig2 Dermatite atópica canina Pele A Observase espongiose asterisco e infiltrado mononuclear ao redor de vasos seta HE obj20x B observase incontinência pigmentar na derme superficial seta HE obj40x Fig3 Hipersensibilidade alimentar canina Pele A Foliculite grave seta B Furunculose asterisco HE obj20x Fig4 Dermatite alérgica de contato a lã de algodão A Ulceração na pele com exsudato na região toracolombar B Fragmento de pele com infiltrado inflamatório predominantemente eosinofílico com alguns mastócitos Notase perivasculite com diapedese de eosinó filos seta associado à colagenólise cabeça de seta HE obj40x Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 253 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães Fig4A Na derme superficial foi observado edema e in filtrado inflamatório eosinofílico com alguns mastócitos e macrófagos colagenólise e paniculite Fig4B Após sete dias da retirada da roupa cirúrgica a lesão recrediu e a re gião repilou A DAC ao desinfetante acometeu um cão 50 12 macho SRD de oito anos de idade com histórico de lesões de pele a mais de um ano associado a prurido locali zado O exame clínico dermatológico evidenciou a presença de comedões colaretes epidérmicos eritema ulcerações hipotricose e xerose epidérmica localizados nos flancos e abdome No exame histopatológico os achados observados consistiram em hiperceratose acantose espongiose ede ma infiltrado inflamatório de células mononuclear loca lizado ao redor de vasos perivasculite e anexo periane xite e parte desse infiltrado se estendia para interface A terapia instituída foi a base de predinisolona 1mgkgpv a cada 24 horas por 7 dias e a retirada do desinfetante na limpeza do ambiente Com regressão das lesões e do pruri do após quinze dias A dermatite alérgica por picada de pulga DAPP aco meteu um cão 417 124 macho da raça Pastor Alemão de quinze anos de idade O animal apresentava histórico de prurido localizado associado a ferimento ulcerado com exsudação No exame clínico dermatológico foi observado alopecia hiperpigmentação eritema ferimento exsudati vo e presença de pulgas na região lombossacra O exame citológico do exsudato evidenciou infiltrado inflamatório neutrofílico piodermite superficial No exame histopato lógico da biópsia de pele verificouse hiperceratose para ceratose acantose e espongiose moderada Fig5AB com presença de úlceras superficiais edema infiltrado inflama tório acentuado formado por mastócitos eosinófilos linfó citos e plasmócitos ao redor de vasos e anexos e dilatação de glândulas sudoríparas Para o tratamento foi utilizado enrofloxacina 5mgkgpv a cada 24 horas por sete dias e Nitenpiram 57mg em dose única Após quinze dias a lesão regrediu e o pelo voltou a crescer A dermatite por hipersensibilidade a medicamento far macodermia foi diagnosticada em um cão 417 124 fêmea da raça Buldog Francês de um ano e meio de idade com histórico de alopecia e prurido localizado que evoluiu para liquenificação ulceração e exsudação Na anamnese o proprietário informou que aplicou antibiótico sulfameto xazol associado à trimetoprina para tratar diarreia e lesão da pele surgiu poucos dias após a aplicação No exame clíni co dermatológico revelou alopecia erosões liquenificação e úlceras localizadas na região toracolombar No exame his topatológico foram observados hiperceratose e espongiose moderada acantólise acentuada Fig6AB e pústulas epi dérmicas Na derme foi observado edema leve infiltrado inflamatório neutrofílico circundando vasos glândulas se báceas e glândulas sudoríparas Foi realizada terapia a base Fig5 Dermatite alérgica por picada de pulga cão Pele A Paraceratose na epiderme HE obj40x B Infiltrado inflamatório misto composto por mastócitos eosinófilos linfócitos e plasmócitos ao redor de vasos sanguíneos da derme superficial HE obj20x Fig6 Dermatite por hipersensibilidade a medicamento cão Pele A Pústula epidérmica asterisco e acantólise seta HE obj4x B Detalhe da acantólise com discreta hemorragia e raras células inflamatórias neutrófilicas HE obj40x Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 254 Jackson S de Vasconcelos et al 6 Dupraderme Duprat Saúde Animal 7 Ganadol Zoetis Brasil de predinisolona na dose de 1mgkgpv a cada 24 horas por sete dias Após cinco dias observouse desaparecimen to do prurido e regressão do ferimento em dez dias DISCUSSÃO O diagnóstico de dermatite alérgica foi realizado com base no histórico do animal exame clínico geral e dermatológi co associado à avaliação dos padrões histopatológicos das lesões cutâneas Outros estudos de doenças alérgicas de monstram que não há nenhum exame que substitua uma anamnese completa e um exame físico detalhado mas quando o processo de doença não responde à terapia ou o diagnóstico clínico permanece duvidoso a biópsia é uma ferramenta extremamente valiosa Keeling et al 2015 O exame histológico permitiu determinar a distribuição da lesão cutânea tipo de resposta inflamatória e em quase to dos os casos o padrão de lesão permitiu aferir o tempo de evolução da lesão O prurido observado nos cães com dermatite alérgica resultou em extensas áreas ulceração e infecções bacteria nas e fúngicas agravando o quadro clínico dermatológico Apesar da piodermite e a dermatite fúngica serem consi deradas diagnósticos diferenciais essas lesões geralmente ocorrem como doenças secundárias na dermatite alérgica Em geral esse conjunto de lesões causa repulsa fazendo com que os proprietários procurem atendimento veteriná rio Souza et al 2009 Não foi observada predisposição quanto ao sexo se melhante ao que é descrito na literatura por Gross et al 2005 A idade dos cães apresentou uma grande variação neste estudo essa característica também foi demonstrada por Souza et al 2009 e Nagelstein 2010 O alto percentual de dermatite atópica corrobora com os dados publicados por Souza et al 2009 em que repre sentou 4421 de todas as dermatites alérgicas em cães no município de Santa Maria Rio Grande do Sul Estudos realizados no Norte do Paraná por Cardoso et al 2011 e em Cuiabá Mato Grosso por Gasparetto et al 2013 iden tificaram respectivamente que os casos de atopia corres pondiam a 2778 e 105 dos casos de dermatopatias de origem alérgicas Os critérios de Willemse modificados por Pélaud et al 1998 utilizaram uma combinação de históri co e sinais clínicos para o diagnóstico clínico de dermatite atópica que incluem 1 prurido que cessa com o uso de corticoides 2 eritema das pinas 3 pododermatite eri tematosa cranial bilateral 4 queilite e 5 apresentação dos primeiros sinais entre 6 meses e 3 anos de idade No presente estudo esses critérios foram preenchidos como a faixa etária e resposta ao uso de corticoides a localização das lesões que prevaleceram nos membros torácicos dorso e abdome Embora os resultados tenham demonstrado que os cães com DA eram na grande maioria adultos o que não significa que a doença não ocorra em cães jovens visto que na maioria dos históricos clínicos os animais apresentavam o problema há vários meses ou anos Nesse estudo chama atenção o diagnóstico da dermatite atópica em dois filhotes de três e quatro meses de idade diferentemente do que foi descrito por Medleau et al 2009 e Cardoso et al 2011 onde não verificaram a doença em caninos com menos de seis meses de idade No presente estudo o acometimento de dois cães com menos de seis meses se deve a ocorrên cia da sensibilização primária que pode ser desencadeada dependendo dos alérgenos envolvidos levando ao apareci mento dos sinais clínicos e as lesões da dermatite atópica antes dos seis meses de idade Situação semelhante ao que é descrito por Scott et al 2001 e Dethioux 2006 onde foi observado que os cães que nasciam na primavera épo ca de polinização desenvolviam a DA com quatro meses de idade No presente estudo a DA foi mais frequente em cães de raça definida o mesmo foi observado em um estudo no Norte do Paraná onde 40 dos cães foram da raça Ihasa Apso Cardoso et al 2011 Estudos semelhantes também já foram realizados demonstrando predisposição por di ferentes raças Griffin DeBoer 2001 White 2003 Gross et al 2009 enquanto Lucas 2007 diagnosticou a DA em cães SRDs Neste estudo a DA foi mais frequente em cães machos do que nas fêmeas mesmo assim não podemos afirmar que ocorre predileção por sexo semelhante aos dados observados por Cardoso et al 2011 A hipersensibilidade alimentar foi observada em menor percentual por Souza et al 2009 e Cardoso et al 2011 que encontrou 1111 Já Salzo Larsson 2009 obser varam a prevalência mais próxima do encontrado nesse estudo com 171 O sinal clínico mais evidente nos seis casos foi o prurido associado a outros sinais clínicos As lesões macroscópicas e a distribuição anatômica foram se melhantes às descritas por Medleau Hnilica 2009 Salzo Larsson 2009 e Rondelli et al 2015 No presente estudo a associação da corticoterapia e a dieta de substituição demonstram ser uma ferramenta tan to de diagnóstico quanto terapêutica corroborando com os estudos de Salzo Larsson 2009 e Rondelli et al 2015 Houve maior ocorrência de HA em cães sem raça definida diferente do observado por Salzo Larsson 2009 que verificou maior frequência em cães da raça Poodle Neste estudo as fêmeas foram mais acometidas diferente do ob servado que obteve maior frequência em cães machos Sal zo Larsson 2009 Os animais acometidos tinham idade superior a dois anos o que também foi descrito na litera tura Salzo Larsson 2009 porém de acordo com White 2003 a hipersensibilidade alimentar deve sempre cons tar do diagnóstico diferencial de prurido em cães jovens com menos de um ano Apesar da DAC ser relatada como rara ou infrequente Medleau Hnilica 2009 foi possível diagnosticar dois casos demonstrando que a doença ocorra com mais fre quência e não é diagnosticada pelos clínicos e dermatolo gistas por falta de conhecimento por ser uma doença de reação imunológica tardia ou por que a DAC se assemelha muito com outras dermatites alérgicas Gross et al 2005 Há também a resistência em realizar exame histopatoló gico por parte dos proprietários Keeling et al 2015 Na DAC a lã de algodão e na DAC ao desinfetante de limpeza os achados foram semelhantes aos descritos por diferentes Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 255 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães autores Gross et al 2005 Medleau Hnilica 2009 Hargis Ginn 2013 A retirada dos alérgenos e a boa resposta à corticoterapia corroboram com o descrito por Medleau Hnilica 2009 No estudo de Souza et al 2009 a DAPP foi a segunda dermatite alérgica mais diagnosticada com 165 diferen te do presente trabalho que diagnosticou 417 resultado esse que assemelhase aos resultados obtidos por Gaspa retto et al 2013 e Cardoso et al 2011 que encontraram 48 e 429 respectivamente Gross et al 2005 descre veram lesões macroscópicas e microscópicas semelhantes com exceção da dilatação de glândula sudoríparas Embora o animal acometido não apresentasse características da DAPP o diagnóstico só foi possível através da utilização de vários meios de diagnósticos Na DAPP as lesões caracteri zamse mais por presença de áreas hipotricóicas Scott et al 2001 Medleau Hinilica 2009 diferente do que ocor reu do cão do presente estudo que apresentou ulcerações e liquenificação Apesar de a DAPP ter acometido apenas um cão de raça pura não é descrito predisposição racial ou sexual Não foi observada sazonalidade no presente estudo apesar desta característica ser descrita na literatura Scott et al 2001 Medleau Hnilica 2009 No presente estudo as lesões apresentadas são secun dárias ao autotrauma resultante do prurido e a distribuição localizada provavelmente se deve ao fato da pequena quan tidade de pulgas encontrada no animal A literatura estima que a prevalência de casos de farma codermia seja ainda menor do que o percentual do presente estudo respondendo por aproximadamente 2 dos casos de doenças alérgicas da pele de cães Scott et al 2001 As lesões foram semelhantes às descritas por diferentes au tores Medleau et al 2009 Silva et al 2013 Hargis Ginn 2013 entretanto Trapp et al 2005 descreveram lesões necróticas ulcerativas com desprendimento da pele após cinco dias de aplicação de sulfonamida associada a trime toprina numa dose 50 a maior do que a dose terapêutica recomendada As sulfonamidas especialmente aquelas po tencializadas pelo trimetoprina são mais comumente iden tificadas por produzirem reações em cães e gatos Scott et al 2001 Suspeitase também de predisposição genética a reações cutâneas hipersensibilidade tipo III com o uso de sulfadiazinas em cães da raça Dobermann Pinscher Giger et al 1985 Isso não foi possível avaliar no presente estu do pois a doença só foi diagnosticada em apenas um caso Apesar de não está claro o motivo que algumas pessoas ou animais tenham intolerância as sulfonamidas existe duas hipóteses a primeira é que ligações covalentes entre as proteínas do indivíduo e os metabólitos da sulfonamidas como a hidroxilamina e os compostos nitrosos podem in duzir respostas imunes específicas adversas Choquet et al 2002 e a outra hipótese é a ativação dos linfócitos T duran te a bioativação do fármaco resultando na estimulação da resposta imune Naisbitt 2004 Trepanier 2004 CONCLUSÕES Os resultados desse estudo demonstram que as derma tites alérgicas são frequentes e que podem estar associadas a diferentes causas Observouse maior ocorrência de dermatite atópica seguidas de dermatite por hipersensibilidade alimentar dermatite alérgica de contato hipersensibilidade a fárma cos farmacodermia e dermatite por hipersensibilidade a picada de pulgas O prurido foi o sinal clínico mais comum em todas as dermatites sem padrão de sazonalidade O exame histopa tológico associado à anamnese histórico clínico exames clínicos e dermatológicos é uma importante ferramenta para o diagnóstico das dermatites alérgicas REFERÊNCIAS Cardoso MJL Machado LHA Melussi M Zamarian TP Carnielli CM José Júnior CMF 2011 Dermatopatias em cães revisão de 257 casos Arch Vet Sci 166674 Choquet KG Vial T Descotes J 2002 Allergic adverse reactions to sul fonamides Curr Allergy Asthma Rep 21625 Conceição LG Loures FH Clemente JT Fabris VE 2004 Biópsia e his topatologia de pele um valioso recurso diagnóstico na dermatologia I Revisão Clín Vet 513644 Dethioux FA 2006 Dermatite atópica canina um desafio para o clínico Waltham Focus Aimargues Royal Canin 1756 Gasparetto ND Trevisan YPA Almeida NB Neves RCSM Almeida ABPF Dutra V Colodel EM Sousa V RF 2013 Prevalência das do enças de pele não neoplásicas em cães no município de Cuiabá Mato Grosso Pesq Vet Bras 333359362 Giger U Werner LL Milichamp NJ Gornan NT 1985 Sulfadiazinein duced allergy in six Doberman Pinschers J Am Vet Med Assoc 186 479484 Griffin CE DeBoer DJ 2001 The ACVD task force on canine atopic der matitis XIV clinical manifestations of canine atopic dermatitis Vet Immunol Immunopathol 8255269 Gross TL Ihrke PJ Walder EJ Affolter VK 2005 Skin diseases of the dog and cat Clinical and histopathologic diagnosis 2nd ed Blackwell Oxford 932p Halliwell REW 2009 Allergic skin diseases in dogs and cats na introduc tion EJCAP 19209211 Hargis AM Ginn PE 2013 O tegumento p9751186 In Zachary JF McGavin MD Eds Bases da Patologia em Veterinária 5ª ed Elsevier Rio de Janeiro Keeling BH Gavino ACP Gavino ACP 2015 Skin Biopsy the Aller gists Tool how to interpret a report Allergic Skin Diseases Curr Allergy Asthma Rep 1562 Leung DY 1995 Atopic dermatitis the skin as a Windows in to the patho genesis of chronic allergic diseases J Clin Immunol 96302319 Lucas R 2007 Diagnóstico diferencial das principais dermatopatias alér gicas em cães Nosso Clínico 10618 Marsella R Olivry T 2001 The ACVD task force on canine atopic derma titis VII mediadores cutaneous inflammation Vet Immunol Immuno pathol 81205213 Medleau L Hnilica KA 2009 Dermatologia de Pequenos Animais atlas colorido e guia trapêutico 2ª ed Roca São Paulo 512p Naisbitt DJ 2004 Drug hypersensitivity reactions in skin understanding mechanisms and the development of diagnostic and predictive tests BTS Annual Congress 194179196 Nagelstein AF 2010 Patogenia da dermatite atópica em cães Trabalho de Conclusão do Curso de PósGraduação Lato Sensu Especialização em Dermatologia de animais de companhia Unigran Dourados 38p Pélaud P Guaguére Alhaidari N Faivre D Heripret D Gayerie A 1998 Reevaluation os diagnostic criteria of canine atopic dermatitis Revta Med Vet 14910571064 Rondelli MCH Oliveira MCC Silva FL Palácios Junior RJG Peixoto MC Carciofi AC TinucciCostaI MA 2015 Retrospective study of Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 256 Jackson S de Vasconcelos et al canine cutaneous food allergy at a Veterinary Teaching Hospital from Jaboticabal São Paulo Brazil Ciência Rural 4518191825 Scott DW Miller DH Griffin CE 2001 Muller and Kirks Small Animal Dermatology 6th ed WB Saunders Philadelphia 1528p Salzo PS Larsson CE 2009 Hipersensibilidade alimentar em cães Arq Bras Med Vet Zootec 61598605 Silva AP Schmidt C Souza TM 2013 Reação a fármaco semelhante ao pên figo foliáceo em um cão Revta Educ Cont Dermat Alerg Vet 2218222 Souza TM Fighera RA Schmidt C Requias AH Brum JS Martins TB Barros CSL 2009 Prevalência das dermatopatias nãotumorais em cães do município de Santa Maria Rio Grande do Sul 20052008 Pesq Vet Bras 29157162 Trapp SM Haddad Neta J Okano W Juliani LC Sturion DJ 2005 Far macodermía asociada a reacciones sistémicas em uno perro Pinscher Miniatura medicado com asociación de trimetoprin y sulfadiazina Arq Ciênc Vet Zool 87985 Trepanier LA 2004 Idiosyncratic toxicity associated with potentiated sulfonamides in the dog J Vet Pharmacol Therap 27129138 White PD 2003 Atopia p372380 In Bichard SJ Sherding RG Eds Manual Sauders Clínica de Pequenos Animais 2ª ed Roca São Paulo Dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP É uma doença dermatológica relativamente comum em cães Caracterizada por uma reação cutânea de hipersensibilidade à saliva das pulgas sendo a saliva inoculada em grandes quantidades na pele do cão durante a picada do ectoparasita A saliva contém substâncias que podem desencadear reações de hipersensibilidade causando muita coceira no animal As substâncias presentes na saliva que podem levar ao processo alérgico incluem anticoagulantes vasodilatadores antiplaquetários e imunomoduladores Se a doença não for tratada logo no início as lesões causadas pela coceira podem ser uma porta de entrada para infecções de bactérias e outros microrganismos oportunistas levando ao surgimento de feridas e lesões mais sérias Se o caso for crônico ele se torna mais complicado e pode ocorrer endurecimento e escurecimento da pele Normalmente os sintomas começam a aparecer quando os cães completam 6 meses entretanto se não houver mais pulgas há a tendência de desaparecimento das lesões e da coceira Se ainda houver a presença de pulga e o estímulo alérgico permanecer pode ocorrer a cronificação do quadro As regiões do corpo mais atingidas são região lombar dorsal cauda axilas pescoço e virilha Pode ser uma coceira leve ou muito intensa e a ação de coçar pode levar ao surgimento de ferimentos devido ao atrito das unhas com a região além de uma possível infecção secundária como dito anteriormente Lembrando que a DAPP atinge cães predispostos à alergia Pode haver um cão infestado de pulgas e que não apresenta o menor sinal de DAPP exatamente por não ter predisposição a esse tipo de alergia Em exames histopatológicos há predominância de infiltrado de eosinófilos e células mononucleares na derme superficial O diagnóstico é basicamente clínico baseado nas características das lesões e na presença de pulgas O tratamento é feito através de controle e prevenção A forma adulta das pulgas representam menos que 5 da população total do parasita no ambienteanimal Para eliminar as pulgas são utilizados adulticidas que atuam por contato Os cães com DAPP devem ser protegidos para que não haja uma reinfestação e para isso é recomendado o uso de remédios antipulgas com regularidade segundo prescrição veterinária Dermatite atópica DA É uma doença dermatológica inflamatória crônica e genética na qual o cão tem hipersensibilidade a antígenos ambientais e formam anticorpos IgE Atinge a pele do cão e causa coceira intensa Qualquer alérgeno presente no ambiente pode desencadear a reação de hipersensibilidade do tipo I no animal e levar ao aparecimento dos sintomas Ácaros mofo pólen e poeira são os agentes causadores mais rotineiros Focinho extremidades distais orelhas otite e prurido na orelha também é bem comum face e regiões ventrais são áreas mais comumente afetadas O padrão histológico é caracterizado por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Pode ocorrer infecção secundária por microrganismos oportunistas agravando o quadro Os cães com DA têm duas características que levam mais facilmente à doença barreira cutânea mais frágil que permite a entrada dos antígenos ambientais e alterações na resposta imune que identifica de forma errada esses antígenos como uma ameaça ao organismo Por ser uma doença genética algumas raças têm maior predisposição a apresentar DA entre elas Pastor Alemão Dachshund Boxer Golden Retriever Doberman Maltês Bulldog Inglês Labrador entre outros O diagnóstico só é feito após minuciosa investigação laboratorial e clínica Após excluir a existência de outras doenças podese fazer uma triagem terapêutica com o uso de antihistamínicos ou corticoides até que seja confirmada a causa da alergia Também existem testes imunológicos que ajudam a fechar o diagnóstico Ela não tem cura mas tem controle A exposição do animal aos alérgenos deve ser evitada ao máximo e se estiver em uma crise alérgica devese tratar os sintomas Cobrir cama dos cães com tecido impermeável manter o ambiente seco e limpo evitar poeira e lavar todas as roupas de cama cobertores ou outros tecidosmateriais usados pelo cão com regularidade ajudam a prevenir novos quadros alérgicos Dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP É uma doença dermatológica relativamente comum em cães Caracterizada por uma reação cutânea de hipersensibilidade à saliva das pulgas sendo a saliva inoculada em grandes quantidades na pele do cão durante a picada do ectoparasita A saliva contém substâncias que podem desencadear reações de hipersensibilidade causando muita coceira no animal As substâncias presentes na saliva que podem levar ao processo alérgico incluem anticoagulantes vasodilatadores antiplaquetários e imunomoduladores Se a doença não for tratada logo no início as lesões causadas pela coceira podem ser uma porta de entrada para infecções de bactérias e outros microrganismos oportunistas levando ao surgimento de feridas e lesões mais sérias Se o caso for crônico ele se torna mais complicado e pode ocorrer endurecimento e escurecimento da pele Normalmente os sintomas começam a aparecer quando os cães completam 6 meses entretanto se não houver mais pulgas há a tendência de desaparecimento das lesões e da coceira Se ainda houver a presença de pulga e o estímulo alérgico permanecer pode ocorrer a cronificação do quadro As regiões do corpo mais atingidas são região lombar dorsal cauda axilas pescoço e virilha Pode ser uma coceira leve ou muito intensa e a ação de coçar pode levar ao surgimento de ferimentos devido ao atrito das unhas com a região além de uma possível infecção secundária como dito anteriormente Lembrando que a DAPP atinge cães predispostos à alergia Pode haver um cão infestado de pulgas e que não apresenta o menor sinal de DAPP exatamente por não ter predisposição a esse tipo de alergia Em exames histopatológicos há predominância de infiltrado de eosinófilos e células mononucleares na derme superficial O diagnóstico é basicamente clínico baseado nas características das lesões e na presença de pulgas O tratamento é feito através de controle e prevenção A forma adulta das pulgas representam menos que 5 da população total do parasita no ambienteanimal Para eliminar as pulgas são utilizados adulticidas que atuam por contato Os cães com DAPP devem ser protegidos para que não haja uma reinfestação e para isso é recomendado o uso de remédios antipulgas com regularidade segundo prescrição veterinária Dermatite atópica DA É uma doença dermatológica inflamatória crônica e genética na qual o cão tem hipersensibilidade a antígenos ambientais e formam anticorpos IgE Atinge a pele do cão e causa coceira intensa Qualquer alérgeno presente no ambiente pode desencadear a reação de hipersensibilidade do tipo I no animal e levar ao aparecimento dos sintomas Ácaros mofo pólen e poeira são os agentes causadores mais rotineiros Focinho extremidades distais orelhas otite e prurido na orelha também é bem comum face e regiões ventrais são áreas mais comumente afetadas O padrão histológico é caracterizado por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Pode ocorrer infecção secundária por microrganismos oportunistas agravando o quadro Os cães com DA têm duas características que levam mais facilmente à doença barreira cutânea mais frágil que permite a entrada dos antígenos ambientais e alterações na resposta imune que identifica de forma errada esses antígenos como uma ameaça ao organismo Por ser uma doença genética algumas raças têm maior predisposição a apresentar DA entre elas Pastor Alemão Dachshund Boxer Golden Retriever Doberman Maltês Bulldog Inglês Labrador entre outros O diagnóstico só é feito após minuciosa investigação laboratorial e clínica Após excluir a existência de outras doenças podese fazer uma triagem terapêutica com o uso de antihistamínicos ou corticoides até que seja confirmada a causa da alergia Também existem testes imunológicos que ajudam a fechar o diagnóstico Ela não tem cura mas tem controle A exposição do animal aos alérgenos deve ser evitada ao máximo e se estiver em uma crise alérgica devese tratar os sintomas Cobrir cama dos cães com tecido impermeável manter o ambiente seco e limpo evitar poeira e lavar todas as roupas de cama cobertores ou outros tecidosmateriais usados pelo cão com regularidade ajudam a prevenir novos quadros alérgicos
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Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 DOI 101590S0100736X2017000300008 248 RESUMO Descrevemse as características clínicas e his topatológicas da dermatite alérgica diagnosticada em cães da região metropolitana de João Pessoa Paraíba Durante o período de setembro de 2014 a setembro de 2015 um total de 90 cães com lesões cutâneas Desses 24 apresentaram alterações compatíveis com dermatite alérgica sendo 12 machos e 12 fêmeas A dermatite atópica DA foi a mais frequente afetando 5833 1424 dos cães seguido por dermatite por hipersensibilidade alimentar HA 25 624 dermatite de contato alérgica DAC com 833 224 dos casos dermatite alérgica por picada de pulgas DAPP com um caso e a hipersensibilidade a medicamento farmacodermia também um caso que representou 417 respectivamente As lesões macroscópicas incluíram hipo tricose hiperpigmentação comedões eritema alopecia xerose erosões úlceras e exsudato anatomicamente dis tribuídas na face cabeça pescoço toracolombar lombos sacra flanco membros e abdome As lesões microscópicas mais frequentes foram hiperceratose acantose espongiose e exocitose de linfócitos na epiderme Na derme superficial Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães1 Jackson S de Vasconcelos2 Temístocles S de Oliveira Neto2 Harlan HL Nascimento3 Francisca MS Barbosa3 Fábbio Ygor S Rezende4 Lindemarques G de Oliveira5 Ricardo B Lucena3 e Antônio FM Dantas2 ABSTRACT Vasconcelos JS Oliveira Neto TS Nascimento HHL Barbosa FMS Rezende FYS Oliveira LG Lucena RB Dantas AFM 2017 Clinical and histopathological cha racterization of allergic dermatitis in dogs Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães Pesquisa Veterinária Brasileira 373248256 Programa de PósGraduação em Medicina Veterinária Universidade Federal de Campina Grande Centro de Saúde e Tecnologia Rural Campus Patos Av Universitária sn Bairro Santa Cecília Cx Postal 61 Patos PB 58708110 Brazil Email veterinariojsvyahoocombr This paper describes the clinical and histopathological features of allergic dermatitis in dogs diagnosed the metropolitan region of João Pessoa Paraíba From September 2014 to September 2015 a total of 90 dogs with skin lesions was studied Twentyfour cases showed changes consistent with allergic dermatitis in 12 males and 12 females The age of dogs ranged from 3 months to 15 years Atopic dermatitis was the most common affecting 5833 1424 of the dogs followed by food hypersensitivity dermatitis at 25 624 allergic contact dermatitis at 833 224 a case of allergic dermatitis flea and one case of drug hypersensitivity which represented 417 respectively Gross lesions included hypo trichosis hyperpigmentation comedones erythema alopecia xerosis erosions ulcers and exudates Anatomically distributed was on face head neck thoracolumbar lumbosacral flank limbs and abdomen The most common microscopic lesions were hyperkeratosis acanthosis spongiosis and exocytosis of lymphocytes in the epidermis In the superficial dermis was observed perivasculitis perianexite and in some cases pigmentary incontinen ce edema dilated lymphatic vessels and sweat glands Histopathological examination as sociated with medical history clinical examination and skin examen are important tools for the diagnosis of allergic dermatitis in dogs as well as for associated therapeutic measures INDEX TERMS Dermatitis dogs skin diseases hypersensitivity 1 Recebido em 27 de fevereiro de 2016 Aceito para publicação em 29 de julho de 2016 2 Programa de PósGraduação em Medicina Veterinária Hospital Vete rinário Av Universitária sn Bairro Santa Cecília Cx Postal 64 Patos PB 58708110 Brasil Autor para correspondência veterinariojsv yahoocombr 3 Departamento de Ciências Veterinárias Centro de Ciências Agrárias Universidade Federal da Paraíba UFPB Rodovia PB079 Areia PB 58397000 Brasil 4 Médico Veterinário autônomo Av Monteiro da Franca 1149 Manaíra João Pessoa PB 58038320 Brasil 5 Médico Veterinário autônomo Rua Severino Antônio de Sousa 164 Mangabeira João Pessoa PB 58055410 Brasil Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 249 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães foi observada perivasculite perianexite e em alguns casos de incontinência pigmentar edema dilatação de vasos san guíneos linfáticos e glândulas sudoríparas O exame histo patológico associado com a história clínica exame clínico e pele são ferramentas importantes para o diagnóstico de dermatite alérgica em cães bem como medidas terapêuti cas associadas TERMOS DE INDEXAÇÃO Dermatite caninos dermatopatias hi persensibilidade INTRODUÇÃO Dentre as doenças de pele as dermatites alérgicas são as mais frequentes em cães tanto na rotina diagnóstica de biópsias de pele Souza et al 2009 quanto na revisão de prontuários de atendimento clínico ambulatorial Cardoso et al 2011 Gasparetto et al 2013 Essas doenças caracte rizamse por inflamação crônica da pele acompanhada de prurido e afetam humanos e animais de companhia espe cialmente os cães Leung 1995 Scott et al 2001 As doenças alérgicas da pele de cães podem ter causas diversas e apresentar formas clínicas variadas como placas liquenificadas e nódulos Marsella Olivry 2001 além das lesões autotraumáticas induzidas pelo prurido Scott et al 2001 Essa diversidade de apresentações clínicas dificulta o diagnóstico clínico Para chegar a um diagnós tico dermatológico definitivo ou diferencial de dermatite alérgica é necessário realizar anamnese detalhada e exame físico minucioso junto a métodos diagnósticos rotineiros como raspados de pele exame micológico direto tricogra ma exame citológi co cultura fúngica e bacteriana Souza et al 2009 Medleau Hnilica 2009 No entanto os exames comple mentares podem não serem suficientes para o diag nóstico e nesses casos o clínico deve recorrer a biópsias e exames histopatoló gicos Conceição et al 2004 As doenças dermatológicas alérgicas mais comuns in cluem a dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP a dermatite atópica DA a hipersensibilidade alimentar HA e a dermatite alérgica de contato DAC A DAPP ca racterizase por ser uma doença alérgica pruriginosa em que as lesões nos cães localizamse com maior frequência na região lombossacra dorsocaudal na base da cauda perí neo e na face caudomedial das coxas Hargis Ginn 2013 No exame histopatológico predomina infiltrado de eosinó filos e células mononucleares na derme superficial Gross et al 2005 A DA é uma doença inflamatória e prurigino sa da derme predisposta geneticamente Halliwell 2009 A face focinho carpos extremidades distais orelhas e as regiões ventrais são as áreas mais acometidas nos cães e caracterizamse histologicamente por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Gross et al 2005 A HA é uma doença pruriginosa localizada ou genera lizada não sazonal que normalmente acomete orelhas membros região axilar ou inguinal face pescoço e períneo provocando eritema e outras lesões como erupção papular e lesões secundárias por automutilação Medleau Hnili ca 2009 Hargis Ginn 2013 com inflamação geralmen te severa na derme que pode variar de focal a multifocal Gross et al 2005 A DAC caracterizase por uma reação de contato prolongado do alérgeno envolvido com a pele que pode ser uma substância que não causa reação imedia ta mas tardiamente Medleau Hnilica 2009 A reação de hipersensibilidade é do tipo IV sendo desencadeada pelo contato da pele dos cães ao alérgeno resultando em uma inflamação crônica Gross et al 2005 Tornase necessário a realização de um estudo para se conhecer os aspectos clí nicos e patológicos com o intuito de auxiliar os clínicos nos diagnósticos destas dermatopatias O presente trabalho teve por objetivo descrever os as pectos clínicos e histopatológicos das dermatites alérgicas em cães atendidos em clínicas veterinárias MATERIAL E MÉTODOS Foram acompanhados os atendimentos dermatológicos de cães em três clínicas veterinárias sendo duas localizadas em João Pes soa e uma em Bayeux pertencente à região metropolitana de João Pessoa Estado da Paraíba no período de setembro de 2014 a se tembro de 2015 Para o levantamento dos dados clínicos e derma tológicos foi utilizada uma ficha dermatológica adaptada de Souza et al 2009 e realizado exame clínico completo e dermatológico Todos os cães com lesões cutâneas foram submetidos a exames dermatológicos citológicos raspado de pele parasitológico tri cograma bacteriológico micológico e histopatológico Os diag nósticos clínicos dermatológicos foram estabelecidos seguindo os critérios e padrões já descritos Gross et al 2005 Medleau Hnilica 2009 Hargis Ginn 2013 As biópsia de pele foram obtidas após os cães terem sidos se dados com xilazina 2 na dose de 05mgkgpv cetamina a 10 na dose de 10mgkgpv e lidocaína a 2 na dose de 7mgkg pv Todas as biópsias foram incisionais dandose preferência aos sítios onde se encontravam mais lesões primárias e não tratadas como máculas pápulas vesículas pústulas e vergões Nos casos em que o animal não apresentava mais lesões primárias foram colhidas amostras das lesões secundárias como escamas crostas úlceras comedões e escaras Hargis Ginn 2013 As amostras colhidas para o exame histopatológico foram fixadas em solução de for malina a 10 processadas rotineiramente para histologia e cora das pela hematoxilinaeosina HE O diagnóstico de dermatite alérgica foi realizado com base no histórico clínico nos exames dermatológicos resultados de exa mes laboratoriais complementares hemograma e bioquímicas séricas histopatológicos e em alguns casos no acompanhamento durante o tratamento RESULTADOS No período de setembro de 2014 a setembro de 2015 fo ram atendidos 596 cães sendo 299 502 machos e 297 498 fêmeas Destes 152 255 apresentaram lesão dermatológica dos quais 90 foram submetidos à biópsia de pele onde 24 1579 tiveram diagnóstico de dermati te alérgica destes 12 eram machos e 12 fêmeas Dezesseis tinha raça definida oito eram sem raça definida SRD e a idade variou de três meses a 15 anos com média de 58 anos Os dados referentes a raça sexo idade e o diagnóstico das dermatites alérgicas foram descritos no quadro 1 As lesões macroscópicas observadas foram agrupadas no quadro 2 de acordo com o tipo da lesão e a localização tomandose como base Hargis Ginn 2013 Em todos os casos foram frequentes as lesões crônicas caracterizadas Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 250 Jackson S de Vasconcelos et al por hipotricose alopecia máculas erosões e úlceras sem pre acompanhadas por prurido Em nenhum caso foi des crito histórico de prurido sazonal As lesões microscópicas foram agrupadas no quadro 3 de acordo com a localização anatômica específica para a epiderme derme superficial e profunda Gross et al 2005 A dermatite atópica foi a mais frequente diagnostica da em 5833 1424 dos cães acometidos por dermatite alérgica sendo oito machos e seis fêmeas com idade va riando entre três meses e oito anos de idade As raças aco metidas foram Pitbull Pinscher Labrador e SRD com dois casos cada Com um caso foram acometidas as raças Pood le Cocker Spaniel Pastor Alemão Pug Teckel e Labrador Dos cães com DA três tiveram infecção bacteriana secun dária por Staphyloccus aureus dois por Demodex canis e um por Malassezia pachydermatis As lesões macroscópicas da DA consistiram em erosões 6429 914 comedões 5714 814 hipotricose 50 714 colaretes epidérmicos 50 714 cros tas 4286 614 máculas 3571 514 descamação 3571 514 alopecia 3571 514 seborreia 286 414 xerose cutânea 2143 314 pápulas 2143 314 pústulas 143 214 hiperpigmentação 1423 214 eritema 714 114 escoriações 714 114 úlceras 714 114 exsudato 714 114 e hipopigmen tação 714 114 As lesões da DA ocorreram em diferentes sítios anatô micos como região lombossacra 5714 814 toraco lombar 5714 814 abdominal 4286 614 axilar 3571 514 cabeça 3571 514 membros toráci cos 2142 314 região cervical 2142 314 flancos 2142 314 região sacral 1429 214 região perine al 1429 214 membros pélvicos 714 114 e o pa vilhão auricular 714 114 Fig1AB As lesões micros cópicas observadas foram hiperceratose 100 1414 variando de leve a acentuada acantose 100 1414 de leve a moderada espongiose 100 1414 de leve a acen tuada exocitose de linfócitos na epiderme 3571 514 de leve a moderada pústulas 2857 414 de leve a acen tuada úlceras 2142 314 de leve a acentuada e acantó lise moderada 714 114 Na derme havia perivasculite em 100 1414 de leve a acentuada perianexite 8571 1214 de leve a acentuada edema 7857 1114 de leve a acentuado moderada dilatação de vasos linfáticos 3571 514 incontinência pigmentar 2857 414 leve e dilatação da glândula sudorípara 1423 214 de leve a moderada Em todos os casos de DA foi observado in filtrado inflamatório de células mononucleares Fig2AB Nos casos de infecções bacterianas secundárias foi adota da terapia com cefalexina na dose de 30mg kgpv a cada 12 horas por 10 dias Nas infecções por fungos foi instituído terapia a base de itraconazol na dose de 5mgkgpv a cada 24 horas por 30 dias O tratamento específico para DA foi realizado usandose corticoterapia a base de predinisolo na na dose de 1mgkgpv a cada 24 horas durante 10 dias Em um caso foi necessário o uso de ciclosporina na dose Quadro 1 Relação de raça sexo e idade dos cães com dermatites alérgicas diagnosticadas na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Caso no Sexo Raça Idade Diagnóstico 01 F SRD 10 anos Hipersensibilidade alimentar 02 F Akita 9 anos Hipersensibilidade alimentar 03 F Poodle 5 anos Dermatite atópica 04 M Labrador 6 anos Dermatite atópica 05 F Pitbul 5 anos Dermatite atópica 06 F Pitbul 6 anos Dermatite atópica 07 F Pinscher 5 anos Dermatite atópica 08 F B Francês 14 anos Hipersensibilidade a sulfametoxazol 09 M Cocker 3 anos Dermatite atópica 10 M P Alemão 3 meses Dermatite atópica 11 M Pug 2 anos Dermatite atópica 12 M Pinscher 6 anos Dermatite atópica 13 F SRD 4 meses Dermatite atópica 14 M Teckel 8 anos Dermatite atópica 15 M SRD 8 anos Dermatite alérgica de contato 16 M SRD 10 anos Hipersensibilidade alimentar 17 F SRD 9 anos Dermatite alérgica de contato 18 M P Alemão 15 anos Dermatite alérgica a picada de pulgas 19 F SRD 5 anos Dermatite atópica 20 M Labrador 2 anos Hipersensibilidade alimentar 21 M Golden 3 anos Dermatite atópica 22 F SRD 3 anos Hipersensibilidade alimentar 23 F SRD 5 anos Hipersensibilidade alimentar 24 M Labrador 3 anos Dermatite atópica F Fêmea M macho SRD sem raça definida Quadro 2 Lesões macroscópicas e localizações anatômicas das dermatites alérgicas diagnosticadas em cães na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Diagnóstico Nº de casos Lesões macroscópicas Localização anatômica Dermatite atópica 14 Hipotricose alopecia comedões colaretes epidérmicos Regiões lombossacra perineal toracolombar xerose erosões mácula descamação hiperpigmentação axilares e dorsais hipopigmentação escoriações crostas úlceras Na cabeça pavilhão auricular abdome exsudato pápulas pústulas e seborreia membros torácicos e pélvicos e flancos Hipersensibilidade alimentar 06 Hipotricose alopecia hiperpigmentação Cabeça pavilhão auricular região periocular comedões erosões máculas escoriações abdome regiões axilares toracodorsal colaretes epidérmicos eritema toracolombar préescapular lombossacra descamação e úlceras com exsudação cervical membros pélvicos e flancos Dermatite alérgica de contato 02 Hipotricose alopecia comedões Região toracodorsal abdome e flancos colaretes epidérmicos eritema xerose cutânea e úlceras com exsudação Dermatite alérgica a picada 01 Alopecia hiperpigmentação máculas Região lombossacra de pulgas úlceras com exsudação Hipersensibilidade a 01 Alopecia erosões e úlceras Região toracolombar sulfametoxazol Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 251 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães de 5mgkgpv a cada 24 horas por tempo indeterminado Para todos os casos foi recomendado o uso de nutracêutico a base de ômega 36 com o objetivo de diminuir a xerose dérmica e desempenhar efeito antiinflamatório A hipersensibilidade alimentar representou 25 624 dos casos de dermatites alérgicas estudadas sendo quatro fêmeas e dois machos a idade variou de dois anos a dez anos de idade As raças acometidas foram SRD com quatro casos Akita e Labrador um caso cada O exame clínico der matológico evidenciou prurido localizado não sazonal feri mentos secundários ao prurido áreas hipotricóicas áreas alopécicas Três cães eram alimentados com comida casei ra e ração comercial e os demais recebiam somente ração comercial As lesões macroscópicas caracterizaramse por erosões 100 66 hipotricose 6666 46 máculas 50 36 comedões 50 36 eritema 3333 26 alopecia 3333 26 escoriações 3333 26 hiper pigmentação 3333 26 colaretes epidérmicos 1666 16 descamação 1666 16 úlceras 1666 16 e exsudação 1666 16 As localizações mais frequentes das lesões foram nos flancos 50 36 cabeça 3333 26 membros torácicos 3333 26 região toraco lombar 3333 26 região lombossacra 3333 26 abdome 1666 16 região axilar 1666 16 região toracodorsal 1666 16 região préescapular 1666 16 região cervical 1666 16 e no pavilhão auricular 1666 16 As lesões microscópicas da HÁ na epiderme caracteri zaramse por hiperceratose 100 66 que variou de leve a acentuada acantose 100 66 de leve a moderada es pongiose 100 66 de leve a acentuada e úlceras 3333 26 de leve a acentuada Na derme foi observado perivas culite 100 66 de leve a acentuada perianexite 8333 56 de leve a acentuada edema 8333 56 de leve a moderado leve incontinência pigmentar de 1666 16 e dilatação de vasos linfáticos 1666 16 leve Foi obser Quadro 3 Distribuição das lesões microscópicas observadas nas dermatites alérgicas de cães na região metropolitana de João Pessoa Paraíba Lesões microscópicas Casos no 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Epiderme Ortoceratose Paraceratose Acantose Acantólise Espongiose Exoc linfócitos Pústula Úlcera Derme Perivasculite Perianexite Edema Inc pigmentar Dil linfáticos Dil glând sudoríparas Leve moderada acentuada não observado Exoc de linfócitos Incontinência pigmentar Dilatação de vasos linfáticos Dilatação de glândulas sudoríparas Fig1 Dermatite atópica canina Pele A Hipotricose e alopecia na face principalmente nas regiões nasal e periocular B Pústula e hemorragia na região toracolombar Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 252 Jackson S de Vasconcelos et al vado infiltrado inflamatório de células mononucleares que variou de leve a acentuado em todos os casos Fig3AB Além dos exames clínico dermatológico e histopatológico O diagnóstico de HA foi confirmado pela introdução da die ta de substituição ração com proteína de cordeiro asso ciada à administração de predinisolona na dose de 1mg kgpv a cada 24 horas por sete dias A dieta de substitui ção foi emprega como única fonte de alimentação durante quinze dias Após esse período o prurido cessou as lesões cicatrizaram e as áreas hipotricóicas repilaram novamente A dermatite alérgica de contado DAC representando 833 224 foi diagnosticada em dois cães sem raça defi nida sendo um macho 50 12 e uma fêmea 50 12 com oito e nove anos respectivamente Um caso resultou de dermatite alérgica de contato à lã de algodão e o outro ao contato com desinfetante para limpeza do ambiente onde o cão habitava O animal que apresentou DAC à lã de algodão tinha como histórico clínico um ferimento ulcerado único com exsudato durante uso de roupa cirúrgica de tecido de algodão Foi realizada terapia tópica com Ganadol7 por oito dias não sendo observada a regressão da lesão poste riormente realizouse biópsia para exame histopatológico Em que se observou hiperceratose paraceratose acanto se espongiose e presença de úlcera extensa na epiderme Fig2 Dermatite atópica canina Pele A Observase espongiose asterisco e infiltrado mononuclear ao redor de vasos seta HE obj20x B observase incontinência pigmentar na derme superficial seta HE obj40x Fig3 Hipersensibilidade alimentar canina Pele A Foliculite grave seta B Furunculose asterisco HE obj20x Fig4 Dermatite alérgica de contato a lã de algodão A Ulceração na pele com exsudato na região toracolombar B Fragmento de pele com infiltrado inflamatório predominantemente eosinofílico com alguns mastócitos Notase perivasculite com diapedese de eosinó filos seta associado à colagenólise cabeça de seta HE obj40x Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 253 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães Fig4A Na derme superficial foi observado edema e in filtrado inflamatório eosinofílico com alguns mastócitos e macrófagos colagenólise e paniculite Fig4B Após sete dias da retirada da roupa cirúrgica a lesão recrediu e a re gião repilou A DAC ao desinfetante acometeu um cão 50 12 macho SRD de oito anos de idade com histórico de lesões de pele a mais de um ano associado a prurido locali zado O exame clínico dermatológico evidenciou a presença de comedões colaretes epidérmicos eritema ulcerações hipotricose e xerose epidérmica localizados nos flancos e abdome No exame histopatológico os achados observados consistiram em hiperceratose acantose espongiose ede ma infiltrado inflamatório de células mononuclear loca lizado ao redor de vasos perivasculite e anexo periane xite e parte desse infiltrado se estendia para interface A terapia instituída foi a base de predinisolona 1mgkgpv a cada 24 horas por 7 dias e a retirada do desinfetante na limpeza do ambiente Com regressão das lesões e do pruri do após quinze dias A dermatite alérgica por picada de pulga DAPP aco meteu um cão 417 124 macho da raça Pastor Alemão de quinze anos de idade O animal apresentava histórico de prurido localizado associado a ferimento ulcerado com exsudação No exame clínico dermatológico foi observado alopecia hiperpigmentação eritema ferimento exsudati vo e presença de pulgas na região lombossacra O exame citológico do exsudato evidenciou infiltrado inflamatório neutrofílico piodermite superficial No exame histopato lógico da biópsia de pele verificouse hiperceratose para ceratose acantose e espongiose moderada Fig5AB com presença de úlceras superficiais edema infiltrado inflama tório acentuado formado por mastócitos eosinófilos linfó citos e plasmócitos ao redor de vasos e anexos e dilatação de glândulas sudoríparas Para o tratamento foi utilizado enrofloxacina 5mgkgpv a cada 24 horas por sete dias e Nitenpiram 57mg em dose única Após quinze dias a lesão regrediu e o pelo voltou a crescer A dermatite por hipersensibilidade a medicamento far macodermia foi diagnosticada em um cão 417 124 fêmea da raça Buldog Francês de um ano e meio de idade com histórico de alopecia e prurido localizado que evoluiu para liquenificação ulceração e exsudação Na anamnese o proprietário informou que aplicou antibiótico sulfameto xazol associado à trimetoprina para tratar diarreia e lesão da pele surgiu poucos dias após a aplicação No exame clíni co dermatológico revelou alopecia erosões liquenificação e úlceras localizadas na região toracolombar No exame his topatológico foram observados hiperceratose e espongiose moderada acantólise acentuada Fig6AB e pústulas epi dérmicas Na derme foi observado edema leve infiltrado inflamatório neutrofílico circundando vasos glândulas se báceas e glândulas sudoríparas Foi realizada terapia a base Fig5 Dermatite alérgica por picada de pulga cão Pele A Paraceratose na epiderme HE obj40x B Infiltrado inflamatório misto composto por mastócitos eosinófilos linfócitos e plasmócitos ao redor de vasos sanguíneos da derme superficial HE obj20x Fig6 Dermatite por hipersensibilidade a medicamento cão Pele A Pústula epidérmica asterisco e acantólise seta HE obj4x B Detalhe da acantólise com discreta hemorragia e raras células inflamatórias neutrófilicas HE obj40x Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 254 Jackson S de Vasconcelos et al 6 Dupraderme Duprat Saúde Animal 7 Ganadol Zoetis Brasil de predinisolona na dose de 1mgkgpv a cada 24 horas por sete dias Após cinco dias observouse desaparecimen to do prurido e regressão do ferimento em dez dias DISCUSSÃO O diagnóstico de dermatite alérgica foi realizado com base no histórico do animal exame clínico geral e dermatológi co associado à avaliação dos padrões histopatológicos das lesões cutâneas Outros estudos de doenças alérgicas de monstram que não há nenhum exame que substitua uma anamnese completa e um exame físico detalhado mas quando o processo de doença não responde à terapia ou o diagnóstico clínico permanece duvidoso a biópsia é uma ferramenta extremamente valiosa Keeling et al 2015 O exame histológico permitiu determinar a distribuição da lesão cutânea tipo de resposta inflamatória e em quase to dos os casos o padrão de lesão permitiu aferir o tempo de evolução da lesão O prurido observado nos cães com dermatite alérgica resultou em extensas áreas ulceração e infecções bacteria nas e fúngicas agravando o quadro clínico dermatológico Apesar da piodermite e a dermatite fúngica serem consi deradas diagnósticos diferenciais essas lesões geralmente ocorrem como doenças secundárias na dermatite alérgica Em geral esse conjunto de lesões causa repulsa fazendo com que os proprietários procurem atendimento veteriná rio Souza et al 2009 Não foi observada predisposição quanto ao sexo se melhante ao que é descrito na literatura por Gross et al 2005 A idade dos cães apresentou uma grande variação neste estudo essa característica também foi demonstrada por Souza et al 2009 e Nagelstein 2010 O alto percentual de dermatite atópica corrobora com os dados publicados por Souza et al 2009 em que repre sentou 4421 de todas as dermatites alérgicas em cães no município de Santa Maria Rio Grande do Sul Estudos realizados no Norte do Paraná por Cardoso et al 2011 e em Cuiabá Mato Grosso por Gasparetto et al 2013 iden tificaram respectivamente que os casos de atopia corres pondiam a 2778 e 105 dos casos de dermatopatias de origem alérgicas Os critérios de Willemse modificados por Pélaud et al 1998 utilizaram uma combinação de históri co e sinais clínicos para o diagnóstico clínico de dermatite atópica que incluem 1 prurido que cessa com o uso de corticoides 2 eritema das pinas 3 pododermatite eri tematosa cranial bilateral 4 queilite e 5 apresentação dos primeiros sinais entre 6 meses e 3 anos de idade No presente estudo esses critérios foram preenchidos como a faixa etária e resposta ao uso de corticoides a localização das lesões que prevaleceram nos membros torácicos dorso e abdome Embora os resultados tenham demonstrado que os cães com DA eram na grande maioria adultos o que não significa que a doença não ocorra em cães jovens visto que na maioria dos históricos clínicos os animais apresentavam o problema há vários meses ou anos Nesse estudo chama atenção o diagnóstico da dermatite atópica em dois filhotes de três e quatro meses de idade diferentemente do que foi descrito por Medleau et al 2009 e Cardoso et al 2011 onde não verificaram a doença em caninos com menos de seis meses de idade No presente estudo o acometimento de dois cães com menos de seis meses se deve a ocorrên cia da sensibilização primária que pode ser desencadeada dependendo dos alérgenos envolvidos levando ao apareci mento dos sinais clínicos e as lesões da dermatite atópica antes dos seis meses de idade Situação semelhante ao que é descrito por Scott et al 2001 e Dethioux 2006 onde foi observado que os cães que nasciam na primavera épo ca de polinização desenvolviam a DA com quatro meses de idade No presente estudo a DA foi mais frequente em cães de raça definida o mesmo foi observado em um estudo no Norte do Paraná onde 40 dos cães foram da raça Ihasa Apso Cardoso et al 2011 Estudos semelhantes também já foram realizados demonstrando predisposição por di ferentes raças Griffin DeBoer 2001 White 2003 Gross et al 2009 enquanto Lucas 2007 diagnosticou a DA em cães SRDs Neste estudo a DA foi mais frequente em cães machos do que nas fêmeas mesmo assim não podemos afirmar que ocorre predileção por sexo semelhante aos dados observados por Cardoso et al 2011 A hipersensibilidade alimentar foi observada em menor percentual por Souza et al 2009 e Cardoso et al 2011 que encontrou 1111 Já Salzo Larsson 2009 obser varam a prevalência mais próxima do encontrado nesse estudo com 171 O sinal clínico mais evidente nos seis casos foi o prurido associado a outros sinais clínicos As lesões macroscópicas e a distribuição anatômica foram se melhantes às descritas por Medleau Hnilica 2009 Salzo Larsson 2009 e Rondelli et al 2015 No presente estudo a associação da corticoterapia e a dieta de substituição demonstram ser uma ferramenta tan to de diagnóstico quanto terapêutica corroborando com os estudos de Salzo Larsson 2009 e Rondelli et al 2015 Houve maior ocorrência de HA em cães sem raça definida diferente do observado por Salzo Larsson 2009 que verificou maior frequência em cães da raça Poodle Neste estudo as fêmeas foram mais acometidas diferente do ob servado que obteve maior frequência em cães machos Sal zo Larsson 2009 Os animais acometidos tinham idade superior a dois anos o que também foi descrito na litera tura Salzo Larsson 2009 porém de acordo com White 2003 a hipersensibilidade alimentar deve sempre cons tar do diagnóstico diferencial de prurido em cães jovens com menos de um ano Apesar da DAC ser relatada como rara ou infrequente Medleau Hnilica 2009 foi possível diagnosticar dois casos demonstrando que a doença ocorra com mais fre quência e não é diagnosticada pelos clínicos e dermatolo gistas por falta de conhecimento por ser uma doença de reação imunológica tardia ou por que a DAC se assemelha muito com outras dermatites alérgicas Gross et al 2005 Há também a resistência em realizar exame histopatoló gico por parte dos proprietários Keeling et al 2015 Na DAC a lã de algodão e na DAC ao desinfetante de limpeza os achados foram semelhantes aos descritos por diferentes Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 255 Caracterização clínica e histopatológica das dermatites alérgicas em cães autores Gross et al 2005 Medleau Hnilica 2009 Hargis Ginn 2013 A retirada dos alérgenos e a boa resposta à corticoterapia corroboram com o descrito por Medleau Hnilica 2009 No estudo de Souza et al 2009 a DAPP foi a segunda dermatite alérgica mais diagnosticada com 165 diferen te do presente trabalho que diagnosticou 417 resultado esse que assemelhase aos resultados obtidos por Gaspa retto et al 2013 e Cardoso et al 2011 que encontraram 48 e 429 respectivamente Gross et al 2005 descre veram lesões macroscópicas e microscópicas semelhantes com exceção da dilatação de glândula sudoríparas Embora o animal acometido não apresentasse características da DAPP o diagnóstico só foi possível através da utilização de vários meios de diagnósticos Na DAPP as lesões caracteri zamse mais por presença de áreas hipotricóicas Scott et al 2001 Medleau Hinilica 2009 diferente do que ocor reu do cão do presente estudo que apresentou ulcerações e liquenificação Apesar de a DAPP ter acometido apenas um cão de raça pura não é descrito predisposição racial ou sexual Não foi observada sazonalidade no presente estudo apesar desta característica ser descrita na literatura Scott et al 2001 Medleau Hnilica 2009 No presente estudo as lesões apresentadas são secun dárias ao autotrauma resultante do prurido e a distribuição localizada provavelmente se deve ao fato da pequena quan tidade de pulgas encontrada no animal A literatura estima que a prevalência de casos de farma codermia seja ainda menor do que o percentual do presente estudo respondendo por aproximadamente 2 dos casos de doenças alérgicas da pele de cães Scott et al 2001 As lesões foram semelhantes às descritas por diferentes au tores Medleau et al 2009 Silva et al 2013 Hargis Ginn 2013 entretanto Trapp et al 2005 descreveram lesões necróticas ulcerativas com desprendimento da pele após cinco dias de aplicação de sulfonamida associada a trime toprina numa dose 50 a maior do que a dose terapêutica recomendada As sulfonamidas especialmente aquelas po tencializadas pelo trimetoprina são mais comumente iden tificadas por produzirem reações em cães e gatos Scott et al 2001 Suspeitase também de predisposição genética a reações cutâneas hipersensibilidade tipo III com o uso de sulfadiazinas em cães da raça Dobermann Pinscher Giger et al 1985 Isso não foi possível avaliar no presente estu do pois a doença só foi diagnosticada em apenas um caso Apesar de não está claro o motivo que algumas pessoas ou animais tenham intolerância as sulfonamidas existe duas hipóteses a primeira é que ligações covalentes entre as proteínas do indivíduo e os metabólitos da sulfonamidas como a hidroxilamina e os compostos nitrosos podem in duzir respostas imunes específicas adversas Choquet et al 2002 e a outra hipótese é a ativação dos linfócitos T duran te a bioativação do fármaco resultando na estimulação da resposta imune Naisbitt 2004 Trepanier 2004 CONCLUSÕES Os resultados desse estudo demonstram que as derma tites alérgicas são frequentes e que podem estar associadas a diferentes causas Observouse maior ocorrência de dermatite atópica seguidas de dermatite por hipersensibilidade alimentar dermatite alérgica de contato hipersensibilidade a fárma cos farmacodermia e dermatite por hipersensibilidade a picada de pulgas O prurido foi o sinal clínico mais comum em todas as dermatites sem padrão de sazonalidade O exame histopa tológico associado à anamnese histórico clínico exames clínicos e dermatológicos é uma importante ferramenta para o diagnóstico das dermatites alérgicas REFERÊNCIAS Cardoso MJL Machado LHA Melussi M Zamarian TP Carnielli CM José Júnior CMF 2011 Dermatopatias em cães revisão de 257 casos Arch Vet Sci 166674 Choquet KG Vial T Descotes J 2002 Allergic adverse reactions to sul fonamides Curr Allergy Asthma Rep 21625 Conceição LG Loures FH Clemente JT Fabris VE 2004 Biópsia e his topatologia de pele um valioso recurso diagnóstico na dermatologia I Revisão Clín Vet 513644 Dethioux FA 2006 Dermatite atópica canina um desafio para o clínico Waltham Focus Aimargues Royal Canin 1756 Gasparetto ND Trevisan YPA Almeida NB Neves RCSM Almeida ABPF Dutra V Colodel EM Sousa V RF 2013 Prevalência das do enças de pele não neoplásicas em cães no município de Cuiabá Mato Grosso Pesq Vet Bras 333359362 Giger U Werner LL Milichamp NJ Gornan NT 1985 Sulfadiazinein duced allergy in six Doberman Pinschers J Am Vet Med Assoc 186 479484 Griffin CE DeBoer DJ 2001 The ACVD task force on canine atopic der matitis XIV clinical manifestations of canine atopic dermatitis Vet Immunol Immunopathol 8255269 Gross TL Ihrke PJ Walder EJ Affolter VK 2005 Skin diseases of the dog and cat Clinical and histopathologic diagnosis 2nd ed Blackwell Oxford 932p Halliwell REW 2009 Allergic skin diseases in dogs and cats na introduc tion EJCAP 19209211 Hargis AM Ginn PE 2013 O tegumento p9751186 In Zachary JF McGavin MD Eds Bases da Patologia em Veterinária 5ª ed Elsevier Rio de Janeiro Keeling BH Gavino ACP Gavino ACP 2015 Skin Biopsy the Aller gists Tool how to interpret a report Allergic Skin Diseases Curr Allergy Asthma Rep 1562 Leung DY 1995 Atopic dermatitis the skin as a Windows in to the patho genesis of chronic allergic diseases J Clin Immunol 96302319 Lucas R 2007 Diagnóstico diferencial das principais dermatopatias alér gicas em cães Nosso Clínico 10618 Marsella R Olivry T 2001 The ACVD task force on canine atopic derma titis VII mediadores cutaneous inflammation Vet Immunol Immuno pathol 81205213 Medleau L Hnilica KA 2009 Dermatologia de Pequenos Animais atlas colorido e guia trapêutico 2ª ed Roca São Paulo 512p Naisbitt DJ 2004 Drug hypersensitivity reactions in skin understanding mechanisms and the development of diagnostic and predictive tests BTS Annual Congress 194179196 Nagelstein AF 2010 Patogenia da dermatite atópica em cães Trabalho de Conclusão do Curso de PósGraduação Lato Sensu Especialização em Dermatologia de animais de companhia Unigran Dourados 38p Pélaud P Guaguére Alhaidari N Faivre D Heripret D Gayerie A 1998 Reevaluation os diagnostic criteria of canine atopic dermatitis Revta Med Vet 14910571064 Rondelli MCH Oliveira MCC Silva FL Palácios Junior RJG Peixoto MC Carciofi AC TinucciCostaI MA 2015 Retrospective study of Pesq Vet Bras 373248256 março 2017 256 Jackson S de Vasconcelos et al canine cutaneous food allergy at a Veterinary Teaching Hospital from Jaboticabal São Paulo Brazil Ciência Rural 4518191825 Scott DW Miller DH Griffin CE 2001 Muller and Kirks Small Animal Dermatology 6th ed WB Saunders Philadelphia 1528p Salzo PS Larsson CE 2009 Hipersensibilidade alimentar em cães Arq Bras Med Vet Zootec 61598605 Silva AP Schmidt C Souza TM 2013 Reação a fármaco semelhante ao pên figo foliáceo em um cão Revta Educ Cont Dermat Alerg Vet 2218222 Souza TM Fighera RA Schmidt C Requias AH Brum JS Martins TB Barros CSL 2009 Prevalência das dermatopatias nãotumorais em cães do município de Santa Maria Rio Grande do Sul 20052008 Pesq Vet Bras 29157162 Trapp SM Haddad Neta J Okano W Juliani LC Sturion DJ 2005 Far macodermía asociada a reacciones sistémicas em uno perro Pinscher Miniatura medicado com asociación de trimetoprin y sulfadiazina Arq Ciênc Vet Zool 87985 Trepanier LA 2004 Idiosyncratic toxicity associated with potentiated sulfonamides in the dog J Vet Pharmacol Therap 27129138 White PD 2003 Atopia p372380 In Bichard SJ Sherding RG Eds Manual Sauders Clínica de Pequenos Animais 2ª ed Roca São Paulo Dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP É uma doença dermatológica relativamente comum em cães Caracterizada por uma reação cutânea de hipersensibilidade à saliva das pulgas sendo a saliva inoculada em grandes quantidades na pele do cão durante a picada do ectoparasita A saliva contém substâncias que podem desencadear reações de hipersensibilidade causando muita coceira no animal As substâncias presentes na saliva que podem levar ao processo alérgico incluem anticoagulantes vasodilatadores antiplaquetários e imunomoduladores Se a doença não for tratada logo no início as lesões causadas pela coceira podem ser uma porta de entrada para infecções de bactérias e outros microrganismos oportunistas levando ao surgimento de feridas e lesões mais sérias Se o caso for crônico ele se torna mais complicado e pode ocorrer endurecimento e escurecimento da pele Normalmente os sintomas começam a aparecer quando os cães completam 6 meses entretanto se não houver mais pulgas há a tendência de desaparecimento das lesões e da coceira Se ainda houver a presença de pulga e o estímulo alérgico permanecer pode ocorrer a cronificação do quadro As regiões do corpo mais atingidas são região lombar dorsal cauda axilas pescoço e virilha Pode ser uma coceira leve ou muito intensa e a ação de coçar pode levar ao surgimento de ferimentos devido ao atrito das unhas com a região além de uma possível infecção secundária como dito anteriormente Lembrando que a DAPP atinge cães predispostos à alergia Pode haver um cão infestado de pulgas e que não apresenta o menor sinal de DAPP exatamente por não ter predisposição a esse tipo de alergia Em exames histopatológicos há predominância de infiltrado de eosinófilos e células mononucleares na derme superficial O diagnóstico é basicamente clínico baseado nas características das lesões e na presença de pulgas O tratamento é feito através de controle e prevenção A forma adulta das pulgas representam menos que 5 da população total do parasita no ambienteanimal Para eliminar as pulgas são utilizados adulticidas que atuam por contato Os cães com DAPP devem ser protegidos para que não haja uma reinfestação e para isso é recomendado o uso de remédios antipulgas com regularidade segundo prescrição veterinária Dermatite atópica DA É uma doença dermatológica inflamatória crônica e genética na qual o cão tem hipersensibilidade a antígenos ambientais e formam anticorpos IgE Atinge a pele do cão e causa coceira intensa Qualquer alérgeno presente no ambiente pode desencadear a reação de hipersensibilidade do tipo I no animal e levar ao aparecimento dos sintomas Ácaros mofo pólen e poeira são os agentes causadores mais rotineiros Focinho extremidades distais orelhas otite e prurido na orelha também é bem comum face e regiões ventrais são áreas mais comumente afetadas O padrão histológico é caracterizado por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Pode ocorrer infecção secundária por microrganismos oportunistas agravando o quadro Os cães com DA têm duas características que levam mais facilmente à doença barreira cutânea mais frágil que permite a entrada dos antígenos ambientais e alterações na resposta imune que identifica de forma errada esses antígenos como uma ameaça ao organismo Por ser uma doença genética algumas raças têm maior predisposição a apresentar DA entre elas Pastor Alemão Dachshund Boxer Golden Retriever Doberman Maltês Bulldog Inglês Labrador entre outros O diagnóstico só é feito após minuciosa investigação laboratorial e clínica Após excluir a existência de outras doenças podese fazer uma triagem terapêutica com o uso de antihistamínicos ou corticoides até que seja confirmada a causa da alergia Também existem testes imunológicos que ajudam a fechar o diagnóstico Ela não tem cura mas tem controle A exposição do animal aos alérgenos deve ser evitada ao máximo e se estiver em uma crise alérgica devese tratar os sintomas Cobrir cama dos cães com tecido impermeável manter o ambiente seco e limpo evitar poeira e lavar todas as roupas de cama cobertores ou outros tecidosmateriais usados pelo cão com regularidade ajudam a prevenir novos quadros alérgicos Dermatite alérgica à picada de pulgas DAPP É uma doença dermatológica relativamente comum em cães Caracterizada por uma reação cutânea de hipersensibilidade à saliva das pulgas sendo a saliva inoculada em grandes quantidades na pele do cão durante a picada do ectoparasita A saliva contém substâncias que podem desencadear reações de hipersensibilidade causando muita coceira no animal As substâncias presentes na saliva que podem levar ao processo alérgico incluem anticoagulantes vasodilatadores antiplaquetários e imunomoduladores Se a doença não for tratada logo no início as lesões causadas pela coceira podem ser uma porta de entrada para infecções de bactérias e outros microrganismos oportunistas levando ao surgimento de feridas e lesões mais sérias Se o caso for crônico ele se torna mais complicado e pode ocorrer endurecimento e escurecimento da pele Normalmente os sintomas começam a aparecer quando os cães completam 6 meses entretanto se não houver mais pulgas há a tendência de desaparecimento das lesões e da coceira Se ainda houver a presença de pulga e o estímulo alérgico permanecer pode ocorrer a cronificação do quadro As regiões do corpo mais atingidas são região lombar dorsal cauda axilas pescoço e virilha Pode ser uma coceira leve ou muito intensa e a ação de coçar pode levar ao surgimento de ferimentos devido ao atrito das unhas com a região além de uma possível infecção secundária como dito anteriormente Lembrando que a DAPP atinge cães predispostos à alergia Pode haver um cão infestado de pulgas e que não apresenta o menor sinal de DAPP exatamente por não ter predisposição a esse tipo de alergia Em exames histopatológicos há predominância de infiltrado de eosinófilos e células mononucleares na derme superficial O diagnóstico é basicamente clínico baseado nas características das lesões e na presença de pulgas O tratamento é feito através de controle e prevenção A forma adulta das pulgas representam menos que 5 da população total do parasita no ambienteanimal Para eliminar as pulgas são utilizados adulticidas que atuam por contato Os cães com DAPP devem ser protegidos para que não haja uma reinfestação e para isso é recomendado o uso de remédios antipulgas com regularidade segundo prescrição veterinária Dermatite atópica DA É uma doença dermatológica inflamatória crônica e genética na qual o cão tem hipersensibilidade a antígenos ambientais e formam anticorpos IgE Atinge a pele do cão e causa coceira intensa Qualquer alérgeno presente no ambiente pode desencadear a reação de hipersensibilidade do tipo I no animal e levar ao aparecimento dos sintomas Ácaros mofo pólen e poeira são os agentes causadores mais rotineiros Focinho extremidades distais orelhas otite e prurido na orelha também é bem comum face e regiões ventrais são áreas mais comumente afetadas O padrão histológico é caracterizado por discreta inflamação mononuclear perivascular na derme superficial Pode ocorrer infecção secundária por microrganismos oportunistas agravando o quadro Os cães com DA têm duas características que levam mais facilmente à doença barreira cutânea mais frágil que permite a entrada dos antígenos ambientais e alterações na resposta imune que identifica de forma errada esses antígenos como uma ameaça ao organismo Por ser uma doença genética algumas raças têm maior predisposição a apresentar DA entre elas Pastor Alemão Dachshund Boxer Golden Retriever Doberman Maltês Bulldog Inglês Labrador entre outros O diagnóstico só é feito após minuciosa investigação laboratorial e clínica Após excluir a existência de outras doenças podese fazer uma triagem terapêutica com o uso de antihistamínicos ou corticoides até que seja confirmada a causa da alergia Também existem testes imunológicos que ajudam a fechar o diagnóstico Ela não tem cura mas tem controle A exposição do animal aos alérgenos deve ser evitada ao máximo e se estiver em uma crise alérgica devese tratar os sintomas Cobrir cama dos cães com tecido impermeável manter o ambiente seco e limpo evitar poeira e lavar todas as roupas de cama cobertores ou outros tecidosmateriais usados pelo cão com regularidade ajudam a prevenir novos quadros alérgicos