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1 PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO TATIANE PACHECO DE MATTOS EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA FACULDADE ÚNICA 1 PSICOMOTRICIDADE E DESENOLVIMENTO TATIANA PACHECO DE MATTOS 1 2021 Faculdade Única Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza ção escrita do Editor FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor GeralValdir Henrique Valério Diretor ExecutivoWilliam José Ferreira Ger do Núcleo de Educação a Distância Cristiane Lelis dos Santos Coord Pedag da Equipe Multidisciplinar Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica Clévia Sies RevisãoDiagramaçãoEstruturação Bruna Luíza mendes Leite Carla Jordânia G de Souza Guilherme Prado Design Aline De Paiva Alves Bárbara Carla Amorim O Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Taisser Gustavo Soares Duarte Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB 62920 NEaD Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA Rua Salermo 299 Anexo 03 Bairro Bethânia CEP 35164779 IpatingaMG Tel 31 2109 2300 0800 724 2300 wwwfaculdadeunicacombr 2 PSICOMOTICIDADE E DESENVOLVIMENTO 1 edição Ipatinga MG Faculdade Única 2021 3 Tatiana Pacheco de Mattos Doutoranda e Mestre em Educação PPGEducUFRRJ 2018 2022 especialista em Política de Promoção a Igualdade Racial na Escola UFRRJ 2016 especialista em História da África e do Negro no Brasil UCAM 2015 especialista em Gestão Integrada ISEAC 2013 graduada em Pedagogia UNINTER 2018 graduada em Educação Física UNIABEU 2006 Tem atuado em todos os níveis da Educação Básica e na Educação Superior com ques tões pedagógicas relacionadas aos campos da Educação Física e da Pedagogia inclusive nas dimensões da modalidade EaD das relações étnicoraciais e das demandas infantis que envolvem o desenvolvimento psicomotor bem como das demandas juvenis dentre as suas perspectivas e desafios 4 LEGENDA DE Ícones São os conceitos definições ou afirmações importantes aos quais você precisa ficar atento Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático você irá encontrar ícones ao lado dos textos Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo cada um com uma função específica mostradas a seguir São opções de links de vídeos artigos sites ou livros da biblioteca virtual relacionados ao conteúdo apresentado no livro Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade associandoos a suas ações Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 5 SUMÁRIO UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 11 O pensamento filosófico sobre o corpo 8 12 Epistemologia da palavra psicomotricidade 12 13 Psicomotricidade e suas áreas 15 FIXANDO O CONTEÚDO 19 21 Psicomotricidade abordagem neurofisiológica 23 22 Psicomotricidade abordagem fenomenológica 25 23 Psicomotricidade abordagem relacional 27 FIXANDO O CONTEÚDO 30 31 Primeira unidade funcional de Luria 34 32 Segunda unidade funcional de Luria 36 33 Terceira unidade funcional de Luria 38 FIXANDO OCONTEÚDO 42 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS PSICOMOTRICIDADE E AS CONCEPÇÕES DE IMAGEM DO CORPO UNIDADE 4 41 Características do Desenvolvimento Motor 46 42 Abordagem do movimento reflexo do movimento rudmentar e as perspectivas do desenvolvimento humano 48 43 Abordagem do movimento fundamental do movimento especializado e as perspectuvas do desenvolvimento humano 50 FIXANDO O CONTEÚDO 54 PRINCÍPIOS E CONCEITOS BÁSICOS DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DESENVOLVIMENTO MOTOR E DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIDADE 5 51 Pressupostos de Piaget Wallon e Vygostky 58 52 A Educação Infantil e o Ensino Fundamental I 61 53 Ensino Fundamental II e Ensino Médio 66 FIXANDO O CONTEÚDO 70 APRENDIZAGEM MOTORA NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNIDADE 6 61 As relações étinicoraciais 74 62 A As relações de gênero 78 63 As relações para a inclusão 80 FIXANDO O CONTEÚDO 84 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO 87 REFERÊNCIAS 88 EDUCAÇÃO MOVIMENTO DIVERSIDADE E INCLUSÃO 6 UNIDADE 1 A unidade I explora as primeiras aproximações com os elementos corpo e alma desde o período marcado aC até o pensamento moderno com o termo psicomotricidade e seu campo de atuação na contemporâneo UNIDADE 2 Nesta unidade abordamos a concepção sobre o corpo por três vertentes a neurofisiologia que segue uma análise mecânica do movimento a fenomenologia que aponta o aprendizado e conhecimento como resultado das associações do que é percebido e vivido pelo sujeito histórico a relacional que também voltase para o corpo vivido porém acentua o corpo como veículo e comunicação com o mundo UNIDADE 3 Esta unidade apresenta a organização dos aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio lateralidade noção corporal estruturação espaçotemporal coordenação motora global e coordenação motora fina considerando as expectativas integradas para a harmonia do corpo levando em consideração a Teoria do Sistema Funcional de Luria onde o cérebro é mapeado em regiões funcionais conforme cada grupo de aspectos motores UNIDADE 4 Nesta unidade vamos observar que o período com maior desenvolvimento motor concentrase na infância apresentando as três categorias dos movimentos fundamentais as fases e estágios do desenvolvimento motor alinhando com os estágios do desenvolvimento humano das teorias psicogenéticas piagetiana e walloriana UNIDADE 5 Nesta unidade apresentamos as concepções sobre o lúdico e as etapas dos jogos no desenvolvimento infantil Piaget Wallon e Vigostky em seguida correlacionamos os objetivos de aprendizagens das Unidades Temáticas na BNCC e a Ampulheta do desenvolvimento motor propondo ao final as reflexões sobre os objetivos de aprendizagens para além de uma educação física voltada para a dimensão da educação infantil e sim para as possibilidades para o egresso do ensino médio ao longo da vida UNIDADE 6 Nesta Unidade vamos apresentar outras possibilidades para o desenvolvimento refinamento dos aspectos psicomotores É importante trazer esta visão para desconstruir ideias culturais homogêneas na sociedade Neste texto buscamos dialogar com a temática indígena e africana de gênero e de inclusão pois reconhecemos que vivemos em uma sociedade plural por isso há a necessidade de romper com padrões que ocultam outros saberes CONFIRA NO LIVRO 7 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS UNIDADE 01 8 INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos fazer as primeiras aproximações entre você e o título da disci plina indo ao encontro do pensamento filosófico aC onde já se existia uma discussão en tre o corpo e a almamente não obstante vamos avançar até a idade moderna buscando compreender como o movimento do cientificismo contribui para a construção do conhe cimento contemporâneo sobre a psicomotricidade e suas áreas de atuação Nesta direção você já deve ter percebido que o conteúdo em questão em grande medida está comprometido com a visão ocidental Não temos o objetivo que trazer uma verdade única mas sim compartilhar um lado da história para ampliar o seu arcabouço teórico Esperamos que o seu espírito pesquisador promova novas formações acadêmicas 11 O PENSAMENTO FILOSÓFICO SOBRE O CORPO Você deve está se perguntando Será mesmo possível compreender a psicomotri cidade a partir do pensamento filosófico Sim é um bom início de partida pois como sa bemos o pensamento grego antes de Cristo aC é dividido em fases sendo as primeiras caracterizadas pela ideia do culto ao corpo entre o cuidado a estética e a sua força física Daniach 2019 acrescenta que a prática de exercícios também era tida como meio de for mação intelectual moral e espiritual p 13 Afinal quem não se lembra dos incríveis textos literários que imprimem os feitos he roicos e de guerras a exemplo o exército de Esparta durante a guerra de Tróia anunciada com grande bravura nos poemas de Homero relatados em nossas aulas de história ou nos filmes da sessão da tarde Mas será que esses personagens da mitologia de fato existiram Bem segundo Ara nha e Martins 1997 há controvérsias se de fato existiram já Soares e Pichler 2008 arris cam dizer que apesar da incerteza há afirmações de que Homero teria vivido durante a segunda metade do século VIII aC Jônia uma colônia da Grécia localizada a época na Ásia Menor É importante fazer este marco de espaço e tempo para pensarmos o quanto esta cultura impacta na sociedade contemporânea e na educação física Queremos levantar dois pontos para elucidar esta afirmação 1 Observe a imagem que representa a Educação Física também adotada como símbolo do respectivo Conselho Regional Figura 1 Discóbolo de Mirón Fonte CREF1 2021 online 9 O símbolo adotado pelo Conselho representa o corpo em ação baseado na escultura esculpida por Miron no século V aC ROCHA 2020 A imagem permanece no imaginário coletivo e instituído onde recebemos de forma direta e indiretamente a informação de cuidado com o corpo o que implica no segundo ponto 2 Este imaginário instituído vem modelando por tempos a sociedade deixando marcas até os dias de hoje inclusive repre sentado nos métodos de ensino da educação física expressos nas tendências pedagógi cas da educação física no Brasil Mas destacamos que a relação corpo e mente eram compreendidas como intrínse ca ou seja nas palavras de Daniachi 2019 um corpo somente alcançaria sua plenitude se estivesse harmonizado com a mente p 14 por isso quero chamar a sua atenção para o pensamento filosófico Socrático V e IV aC que não deixou conceber a ideia da promoção do corpo saudável articulandoo com a alma A tríade Sócrates Platão e Aristóteles é fundamental para a compreensão da relação corpo e mente contudo destaco estes dois últimos apesar de termos grande estima com Sócrates o mesmo suscitava questões mais voltadas para o campo da moral justiça etc contribuindo para o pensamento de Platão e Aristóteles Platão 428347 aC discípulo de Sócrates 469399 aC vê o corpo como um ele mento separado da alma ou seja defendia a dicotomia entre estes elementos e como forma de afirmar tal tese anunciava que a alma vive em um outro plano sendo imortal ou seja ela sempre existiu e sempre vai existir já o corpo é mortal VASCONCELOS 2012 p 29 mas estes são ligados pelo o que chamamos de medula BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 A imortalidade da alma a faz transitar em muitos corpos e por Platão acumular es tudos sobre a anatomia do corpo emite preocupação com a boa condição física dos cor pos pois na fala de Vasconcelos 2012 o corpo serve de prisão para a alma p 29 e como forma de cuidar destes dois elementos orientava a prática da atividade física e da música DANIACHI 2019 Para o filósofo o conhecimento pode ser compreendido por a sensível obtido pelos sentidos de cunho subjetivo b intelectual considerado legítimo e verdadeiro podendo ser representados pelos conceitos de doxa opinião e episteme ciência onde devemos fazer a passagem da primeira para a segunda Em direção oposta Aristóteles 384322 aC discípulo de Platão apresenta um im portante pensamento sobre esta dicotomia Rompeu com a ideia de seu mestre e apre senta a alma e o corpo como elementos indissociáveis refutando a concepção de uma realidade com mundo separado É importante destacar que A teoria aristotélica valoriza em certa medida o corpo Para Aristóteles corpo e alma estão unidos em um vín culo de dependência recíproca isto é para existirem um depende do outros Os apetites do corpo portanto de vem ser satisfeitos pois a saúde e o vigor do corpo contri buem também para a saúde e o vigor da alma VASCON CELOS 2012 p 31 Percebam que ainda há um intenso zelo pelo corpo saudável Embora tenhamos lido perspectivas diferentes temos aí como aspecto comum desde o início do capítulo a va lorização do corpo Mas Aristóteles vai além retomando o discurso de Platão reforça a ne cessidade da ciência como conhecimento verdadeiro conhecimento pelas causas capaz 10 de superar os enganos da opinião ARANHA MARTINS 1997 p 97 Aristóteles aqui me parece um homem afrente do seu tempo suas discussões e defesas não permaneceram estanques O pensamento filosófico da Antiguidade sofreu críticas no período da Idade Média mas não vamos adentrar neste período devido a poucas contribuições dadas aos estudos sobre o corpo tendo em vista que o mesmo era considerado sagrado e elemento da reli giosidade Adentraremos assim no cientificismo elemento propulsor na Educação Física prin cipalmente nos estudos das propriedades do corpo partindo de uma imagem emblemáti ca do Renascimento científico A imagem Figura 2 rompe com a concepção de corpo sa grado e demonstra interesses na anatomia e fisiologia humana Guilhermett 1990 atribui essa nova especulação aos interesses da nova sociedade em composição neste sentido a Educação Física se torna veículo importante na Educação Figura 2 O Renascimento científico Fonte Fazer história 2017 online A educação passa a pregar ao longo da modernidade os preceitos científicos e racio nais onde temos em destaque as contribuições de René Descartes pela corrente filosófica do racionalismo que baseavase pela lógica da razão mas avança com as concepções de Immanuel Kant 17241804 onde pontua que o conhecimento envolve sempre o relacio namento entre sujeito e objeto VASCONCELOS 2012 Observe que há sob o olhar de Kant a ação do homem o que nos leva a concluir a necessidade do movimento manipulação e experiência para a aprendizagem No entanto queremos chamar a atenção para um nome importante relacionado a este período que oportuniza um grade salto para a fisiologia do corpo é Francis Bacon Segundo a SHIRAYAMA 2016 o filósofo que agregava as contribuições de Platão e Aris tóteles foi um dos pioneiros que promoveram as mudanças nos métodos e práticas cien tíficas grande defensor do método indutivo pois como os demais buscava uma verdade absoluta por meio da observação experiência e hipóteses Foi neste período que a Educação Física foi instituída como disciplina na escola re cebendo contribuições de Vittorino da Feltre onde foi sendo equiparada às disciplinas in telectuais não se excluindo claro a prática de exercícios físicos Seu precursor foi Vittorino da Feltre SANTOS 2006 DANIACHI 2019 Sendo assim uma importante ferramenta de dominação do corpo na dimensão de uma sociedade capitalista frente aos modelos de produção que necessitava de um corpo mecânico e fabril que por sua vez reforça a dua lidade entre o trabalho intelectual e o trabalho manual conforme avalia Silva e Haetinger 2013 11 Frente a essa perspectiva de intervenção direta sobre o corpo com o objetivo de normatizálo e classificálo de acordo com as necessidades dos modos de produção de determinada sociedade que a Psicomotricidade no contexto capitalista é uma das áreas que muito tem co laborado para a sistematização de saberes e técnicas cor porais amplamente utilizados e expandidos pelas insti tuições educacionais fato que explicita sua organicidade com o modo de produção de nossa sociedade p 8 O pensamento moderno contribuiu muito para o atual campo escolar mas hoje é visto como uma concepção impopular na Educação Física as tendências mais progressitas têm sido acolhidas para um processo educacional democrático incumbindo a disciplina de tornar o aluno um sujeito participante na sociedade Veja como a disciplina é compre endida a luz da Base Nacional Comum Curricular O movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo Nas aulas as práticas corporais devem ser abor dadas como fenômeno cultural dinâmico diversificado pluridimensional singular e contraditório Desse modo é possível assegurar aos alunos a reconstrução de um conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recur sos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver auto nomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento em diversas finalidades humanas favore cendo sua participação de forma confiante e autoral na sociedade É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças jovens e adultos na Educação Básica permitindo o acesso a um vasto universo cultu ral Esse universo compreende saberes corporais expe riências estéticas emotivas lúdicas e agonistas que se inscrevem mas não se restringem à racionalidade típica dos saberes científicos que comumente orienta as práti cas pedagógicas na escola BRASIL 2017 p 215 Foi possível compreender a nova concepção de educação física instituída para os dias atuais Uma disciplina aberta ao diálogo que considera o aluno como sujeito históri cocultural participativo e criativo superando o caráter arraigado perfeitamente compre endido visto o contexto histórico e político Decerto muitas conquistas vieram devido à uma agenda de reivindicações todavia ainda não é possível considerar que atravessamos a linha de chegada pois a todo tempo mais e mais pessoas se tornam filósofas nasce um há um novo estudo uma nova pesquisa e sempre está na hora do recomeço 12 Capraro e Souza 2017 auxiliam na compreensão desta linha do tempo está dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao149581epub0 Silva et al 2018 nos conduz a melhor compreensão do pensamento filosófico em A evolução do pensamento filosófico disponível no link httpsintegradaminha bibliotecacombrbooks9788595025721 Para saber mais sobre as tendências pedagógicas da educação física leia Ferreira e Sampaio 2013 no link httpswwwefdeportescomefd182tendenciaspedagogi casdaeducacaofisicaescolarhtm Acesso em 09 de jul 2021 BUSQUE POR MAIS Segundo Vasconcelos 2012 e Shirayama 2016 o método indutivo se baseia na necessidade da experiência da investigação observar anotar repetir predizer comprovar a partir desta experiência particular é possível adquiri o conhecimento mais amplo Contudo não conside ra o contexto do entorno FIQUE ATENTO Considerando os pressupostos da BNCC pense em alternativas para oportunizar ao aluno tais vivências diante do desafio que o professor encontra na participação dos alunos havendo predominantemente a presença masculina nas aulas práticas em detrimento das presenças femininas VAMOS PENSAR Dicotomia tem o mesmo sentido de divisãoseparação GLOSSÁRIO 12 EPISTEMOLOGIA DA PALAVRA PSICOMOTRICIDADE Na unidade anterior foi possível compreendermos como a relação corpo e alma mente vem sendo concebida ao longo da história o que é condição fundamental para caminharmos em direção ao conceito de psicomotricidade Para tanto é necessário recor rermos à compreensão do seu significado do seu contexto da sua implementação bem como os seus principais teóricos Na busca etimológica da palavra psicomotricidade percebemos que esta é uma pa 13 lavra híbrida ou seja é constituída por elementos de origens diferentes Conforme anun cia Fonseca 2012 psichê é uma palavra grega significa alma e moto palavra em latim significa movimentarse Neste sentido a palavra mente é colocada no mesmo campo semântico de alma Sendo assim conseguimos definir psicomotricidade como uma palavra que repre senta a integração entre o movimento e a mente ou melhor a integração do movimento com o seu intelecto onde coadunam em prol de um objetivo que neste caso nos referimos à aprendizagem Para esta literatura avançaremos por vias da modernidade a qual deu à psicomotri cidade o status de ciência no entanto não deixaremos de inferir sobre a dualidade corpo e mente deixada como dogma pelo pensamento de Rene Descartes Partiremos de um novo paradigma o mesmo que contribuiu em grande medida para os nossos referenciais teóricos Este conceito destacase no campo da neurofisiologia durante no século XIX e na neuropsiquiatria no século XX ganhando espaço com destaque Ernest Dupré quando ini cia estudos na França em 1911 no campo da debilidade motora instabilidade psicomotora distúrbios tônicos tiques ou seja uma série de situações que envolvem a organização do cognitivo a organização motora não obstante a dimensão afetiva ARAÚJO 1992 O tra balho de Dupré sendo um dos pioneiros abriu portas para novos estudos acerca da psico motricidade Teremos como direção para o nosso percurso os pressupostos europeus como o de Wallon Piaget e Ajuriaguerra bem como de Vygostky como contraponto russo que é me lhor examinado na Unidade 5 Enquanto isso vamos tomar como ponto de partida para a definição conceitual o entendimento do Instituto Superior de Psicomotricidade e Educa ção ISPE o qual considera dois grandes teóricos neste campo de pesquisa Julian Ajuria guerra e Vitor da Fonseca Ajuriaguerra apud ISPE 2019é um teórico do século XX que considera a psicomo tricidade como ciência da saúde e da educação ela visa a representação e a expressão motora através da utilização psíquica e mental do indivíduo Concluise então que a ação é resultado da relação intrínseca entre corpo e mente em um movimento intencionado veja A criança descobre o mundo dos objetos por meio do movimento e da visão mas sua descoberta de objetos só será frutífera quando ele for capaz de pegar e largar quando tiver adquirido o conceito de distância entre ele e o objeto manipulado e quando isso não mais fizer parte da sua atividade corporal simples e indiferenciada AJU RIAGUERRA 1996 p 212 tradução nossa Nesta perspectiva podemos considerar que a criança constrói seu aprendizado por sua manipulação aos objetos sendo a sua experiência condicionada a tal virtude A visão citada pelo autor pode ser compreendida como a percepção a qual vai gerar a intenciona lidade de experienciar determinado objeto Mas percebam que o aprendizado é constan te A criança abandona determinado objeto por já ter adquirido habilidades e se tornado independente no entanto o aprendizado ocorre ao longo da vida tendo em vista que estamos constantemente atravessando desafios que nos requer sempre novos conheci mentos É importante lembrarmos que este aprendizado não ocorre de forma isolada em 14 etapas separadas e sim de maneira harmoniosa e sincrônica não podendo definir qual quer nível hierárquico entre corpo e mente Retomando a outra perspectiva apontada pelo ISPE 2019 uma segunda definição dada à psicomotricidade é apontada por Fonseca A Psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação afetiva a mediatização a disponibilidade tônica a segu rança gravitacional e o controle postural à noção do cor po sua lateralização e direcionamento e a planificação práxica enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e do seu ato mental concomitante apud ISPE 2019 Temos aqui situações imbricadas que reforçam a ideia de sintonia corpo e mente sendo este último considerado por Fonseca 2008 2018 o psiquismo lócus onde se reú nem os desejos medos fantasias sensações que se relacionam à afetividade Referese ainda a motricidade como resultado desta reunião entre corpo e mente que implica a questão tônica desencadeando a ação intencionalizada ou seja esse complexo de concei tos é força motriz pra o movimento do corpo que vai requerer que tenhamos a consciência sobre este Neste sentido a psicomotricidade entra em cena pois vai ser base para a edu cação do corpo no espaço tornando este corpo consciente No entanto a psicomotricidade marca sua presença no Brasil somente na metade no século XX em defesa da relação intrínseca entre o cognitivo a motricidade e o psiquis mo atualizando as concepções do corpo onde paulatinamente passouse da era do corpo neurológi co isolado e do movimento condicionado para a era do movimento consciente no qual o próprio indivíduo pelo ato voluntário é levado a colaborar para a sujeição de seu corpo Nessa perspectiva a Psicomotricidade do segun do período descrita por Le Camus constituiuse como a ciência do esquema corporal ou como prefere este autor do corpo consciente SILVA HAETINGER 2013 p21 As concepções apontam que aprendemos por meio da vivência experiência e en volvimento entre o sujeito e o objeto em defesa da proposta do corpo consciente Essas ideias por sua vez são recebidas nas diferentes áreas do campo da Psicomotricidade es timulação educação reeducação e terapia as quais serão objetos de aprendizagem em seguida O corpo hábil é um conceito difundido pelo capitalismo moderno onde o corpo é explicado pela neurologia pela concepção de paralelismo entre o movimento e processos cerebrais com o objetivo adequar os movimentos hábitos e costumes dos trabalhadores aos impera tivos do crescente processo de industrialização SILVA HAETINGER 2013 p1314 FIQUE ATENTO 15 Oliveira e Silva 2017 contribui para a compreensão desta seção em Ludicidade e Psicomotricidade no primeiro capítulo disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao123217epub0 Fernandes 2012 dispõe no capítulo 1 sobre a Abordagem emergente em psico motricidade no livro Psicomotricidade abordagens emergentes disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788520451724 BUSQUE POR MAIS Retomando ao dualismo entre corpo e mente vamos pensar neste contexto histórico do ca pitalismo e refletir sobre esta questão O corpo moldado para a vida fabril a mente para o trabalho intelectual Quem pensa e quem executa VAMOS PENSAR Se as concepções apontam para uma proposta do corpo consciente reflitas sobre as seguin tes indagações O que explicaria uma escola que preza pelo o imobilismo da criança Por que ainda conservamos uma escola que vê o movimento como ato de indisciplina Não estaría mos conservando a concepção do corpo hábil reproduzindo um corpo alienado que por con sequência limitando o seu conjunto de conhecimento VAMOS PENSAR 13 PSICOMOTRICIDADE E SUAS ÁREAS Na seção anterior observamos que os conceitos dados à psicomotricidade perpas sam diferentes compreensões mesmo havendo aspectos muito comuns os aspectos in dividuais vão ao encontro da pesquisa de cada autor e a sua atuação demonstrando não haver um consenso ou uma definição estática sobre a psicomotricidade Sendo assim constatase que há diferentes linhas que defendem este campo en tretanto vamos afunilar nossos olhares para apenas quatro áreas estimulação educação reeducação e terapia psicomotora pois compreendemos estas como as principais dando conta da questão preventiva e de intervenção terapêutica A seguir abordaremos cada uma destas áreas ao longo da seção e vamos perceber o quanto as áreas estão imbricadas como um processo espiral considerado também como sequencial por Gallahue Ozmun e Goodway 2013 que defendem que o desenvolvimento motor segue uma aprendizagem progressiva conforme os aspectos biológicos e interação do sujeito com o ambiente Começando pela infância podemos afirmar que este é um período vital para o de senvolvimento da criança É nesta etapa que tomamos consciência do corpo e formamos a sua personalidade sendo a fase de muitas descobertas no mundo externo o que justifica a 16 mesma ser estimulada principalmente quando a criança está no início da vida onde suas experiências exigem o movimento do corpo Para Bueno 2014 é necessário um programa lúdico que possa assistir a criança de forma que desperte e desabroche os seus movimentos destacando como estimulação essencial o qual reitero sua importância devido ao um processo complexo entre o sistema nervoso central e sistema nervoso periférico compreendido pela lei céfalocaudal e lei pró ximodistal que se desenvolve cada vez mais a partir da exploração das potencialidades da criança Sobre a colocação do autor inferimos ainda que a criança nesta fase da vida encon trase na creche espaço formal que leva em conta estas considerações havendo profis sionais com funções específicas Mas não se pode entender a estimulação como exclusiva da escola este programa informal também pode ser promovida pela instituição mais próxima a família onde se há o primeiro contato com o mundo externo Como Bueno 2014 percebemos a estimulação muito associada à educação psi comotora onde vai além da educação infantil chegando ao ensino fundamental Neste segundo contexto para o autor a educação psicomotora abrange todas as aprendiza gens da criança e do sujeito processandose por etapas progressivas e específicas conforme o desenvolvimento geral de cada indivíduo Realizase em todos os momen tos da vida através de percepções vivenciadas como uma intervenção direta em nível cognitivo motor e emocio nal estruturando o indivíduo como um todo A educação passa pela facilitação das condições naturais e prevenção de distúrbios corporais p 352 Ao mencionar um desenvolvimento progressivo e específico e a atenção a preven ção de distúrbios corporais levamos em consideração os limites que confere à cada grau de maturação natural ou seja ficando explícito ao nosso entendimento que este contexto é implicado às crianças que se encontram sem acometimentos que impossibilitam a sua frequência regular a escola todavia não é possível fechar a educação psicomotora em si mesma pois vamos ver até o final desta seção que ela contribui para as outras áreas Gallahue Ozmun e Goodway 2013 destacam que nesta fase escolar competências básicas são desenvolvidas pelo menos até os 7 anos de idade e as competências de maior complexidade pelo menos até os 12 anos o que coaduna com as perspectivas de Le Bou lch a educação psicomotora deve ser considerada como uma base na escola elementar ponto de partida de todas as aprendizagens préescolares e escolares 1981 apud BUENO 2014 p 353 Diante da defesa dos autores relacionamos a educação psicomotora como uma ação preventiva de distúrbios motores Mas no caso em que a criança apresenta perturbações e distúrbio psicomotores au sência de domínio sobre o corpo recorremos à área de reeducação Silva e Haetinger 2013 p 11 apontam que é retomar as vivências anteriores com falhas ou as fases de educação ultrapassadas inadequadamente Em termos gerais reeducar significa educar o que o in divíduo não assimilou adequadamente em etapas anteriores Sendo assim é um trabalho que propõe organizar os aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio laterali dade esquema corporal estruturação espaçotemporal praxia fina e global consideran do as expectativas gerais para a harmonia do corpo 17 Segundo Fonseca 2008 p 59 os processos motores exigem o concurso de repre sentações mentais logo tais acometimentos impactam no déficit de aprendizagem o que provavelmente justificase em grande medida problemas na escrita a exemplo uma escrita espelhada Para auxiliar na observância de tais perturbações e distúrbios nos aspectos psico motores além das atividades lúdicas propostas Fonseca 2012 propõe a implementação da Bateria Psicomotora BPM sendo um dispositivo diferente das escalas de desenvol vimento motor Um conjunto de tarefas que permite detectar déficits funcionais p 127 Este modelo requer a observação na execução dos movimentos da criança onde se permi te sugerir atividades de reeducação que atentam para ações diretivas e não diretivas não se confundindo com a terapia psicomotora entretanto este instrumento será explorado no capítulo 3 Na área terapêutica há grande preocupação com duas dificuldades as relacionais que implicam em aspectos psicológicos como a agressividade timidez excessiva etc e as funções estruturais que desarmonizam os movimentos do corpo Para o trabalho tera pêutico se requer a construção de uma relação dialógica pela interlocução afetiva entre a criançaadulto e o terapeuta distinguindose da reeducação psicomotora e vivências cor porais BUENO 2014 A atuação nesta área vai exigir uma formação sólida em muitos componentes curri culares além da paciência devido não ser possível predizer o tempo de terapia pois leva se em consideração o tempo da criançaadulto de manifestarse atentando a todo tempo para não ocasionar um bloqueio da parte assistida A terapia pode ocorrer de maneira in dividual e também em grupo Bueno 2014 considera que a evolução pode caminhar para um trabalho de reeducação e posteriormente de educação As áreas que apresentamos são bem interessantes e apresentamse promissoras Em 2003 a Câmara dos Deputados recebe o Projeto de Lei nº 795 que dispõe sobre a regu lamentação da atividade profissional de Psicomotricista e autoriza a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Psicomotricidade que após amplamente analisada pelas Comis sões de Seguridade Social e Família Trabalho Administração e Serviço Público Consti tuição e Justiça e de Cidadania diante de muitos vetos é publicada na Lei nº 137942019 podendo exercer a função além dos graduados em Psicomotricidade os pósgraduados nas áreas de saúde ou de educação desde que possuam em quaisquer dos casos espe cialização em Psicomotricidade BRASIL 2019 A lei céfalocaudal predominante nos primeiros 12 meses da criança apresenta que o desenvolvimento motor parti da cabeça seguindo o sentido do tronco en quanto que a lei próximodistal subsequente à anterior estabelece o aprendiza do a partir do troco para as extremidades Para melhor compreensão sugerese a leitura do artigo Assimetria direitaesquerda e desenvolvimento neuropsico FIQUE ATENTO motor humano de Bora Cardoso e Toni 2018 disponível no link httpsrevistasceseduco indexphppsicologiaarticleview4455 18 Teixeira 2018 nos orienta acerca da ludicidade para o trabalho psicomotor em O universo lúdico no contexto pedagógico disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao158949epub0 Figueiró 2012 contribui para pensarmos sobre as bases neurofisiológicas do brin car no título Ludodiagnóstico investigação clínica através do brinquedo disponí vel no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788536326962 BUSQUE POR MAIS Diante da regulamentação da profissão de psicomotricista pense no campo a ser explorado e suas projeções para projeto de futuro quanto educador físico VAMOS PENSAR Déficit aqui tem o sentido de uma medida menor que a esperada GLOSSÁRIO 19 1 O pensamento filosófico é fundamental para a compreensão da relação corpo e mente nos tempos de hoje Desde a Antiguidade estes elementos são pautas de muitas reflexões Dentre estas reflexões temos I Para Aristóteles o corpo é compreendido como um elemento separado da alma habitando em outro plano devendo o corpo ser bem cuidado apesar de sua mortalidade II Para Aristóteles o corpo é visto de forma indissociável da alma que ao nutrir o corpo estará nutrindo a alma III Platão apesar de conceber o corpo um elemento separado da alma considerava a medula como um elo de ligação entre estes dois elementos Os itens que são considerados verdadeiros são a I II e III b II e III c Apenas II d Apenas III e Apenas I 2 Como na Antiguidade o Renascimento científico buscava pela verdade entretanto fundamentado em uma série de estudos sobre as propriedades do corpo baseado no método indutivo distante da concepção metafísica Neste sentido teve como precursor que desenvolveu um importante método pautado na observação coleta de informações levantamento de hipóteses e comprovação por experiências O filósofo que preenche a lacuna corretamente é a Immanuel Kant b Rene Descartes c Platão d Francis Bacon e Aristóteles 3 Professor de Educação Física UFSCUFSC adaptada Considerando os pressupostos da BNCC e sobre o papel da Educação Física no contexto de uma escola democrática devese A alternativa que corresponde ao enunciado é a reduzir o corpo a um artefato mecânico sobre o qual deve imprimir gestos motores visando à superação individual b preparar o aluno para o exercício da cidadania conformandoo com seu papel no estrato social na busca pelo sucesso c preparar o aluno para o exercício da cidadania mostrar as possibilidades e oferecer condições de participação nas instâncias sociais d tematizar práticas corporais sob o viés do liberalismo reproduzir as desigualdades sociais FIXANDO O CONTEÚDO 20 e educar o corpo para suportálas e reduzir o corpo a um artefato mecânico e privilegiar os gestos motores de determinadas manifestações da cultura corporal dominante como os esportes e as lutas 4 As quatro áreas da psicomotricidade estímulo educação reeducação e terapia psicomotoras possuem zonas que se encontram todavia é preciso perceber os espaços fronteiriços que existem entre as suas respectivas especificidades Observamos então que a busca retomar as vivências anteriores com falhas ou as fases de educação ultrapassadas inadequadamente BUENO 2014 p 356 com um trabalho focado nos aspectos psicomotores da criança Considerando o exposto a alternativa que preenche a lacuna corretamente é a educação psicomotora b psicomotricidade c estimulação psicomotora d terapia psicomotora e reeducação psicomotora 5 Professor de Educação Física PMSPAIMA adaptada Diante de diferentes concepções ao longo da história sobre o corpo na atualidade entendese que Marque a alternativa que corresponde a concepção de Corpo em Educação Física a Máquina Biológica que agrupa órgãos e partes capazes de produzir funcionamento e movimento b Estrutura de movimento mecânico que conservar e agrupa um conjunto de órgãos e reações químicas capazes de proporcionar movimento pensamento sentimento c O Corpo é o próprio ser que pensa sente se movimenta e funciona a partir da própria atividade corporal relaciona ao funcionamento do organismo como um todo d É o conjunto formado por Estrutura Mecânica e Funcional que permite o funcionamento e movimento do organismo e Todas as alternativas estão corretas 6 Professor de Educação Física PM JIPARANÁ ROFUNCAB adaptado O corpo hábil com o propósito de servir ao contexto político é concebido na escola Neste sentido o esporte caracterizase como um fenômeno cultural de fortes vínculos com a lógica do sistema capitalista Marque a alternativa que relaciona as suas práticas com as considerações acima a lazer recreação e ludicidade b divertimento inclusão e participação c rendimento performance e produtividade d educação aprendizagem e reflexão e cooperação semicooperação e solidariedade 7 Fonseca 2012 propõe a implementação da bateria psicomotora BPM sendo esta 21 composta por testes que requerem a observação na execução de alguns movimentos da criança A BPM possui um caráter objetivo e pode ser considerada um instrumento de avaliação Marque a alternativa que corresponde à lacuna a de reeducação psicomotora b de terapia psicomotora c de estimulação psicomotora d de educação psicomotora e de aprendizagem psicomotora 8 A psicomotricidade no Brasil tem sua presença mais intensa no campo escolar a partir de 1950 pois os estudos já relacionavam a relação entre o cognitivo a motricidade e o psiquismo Esta concepção do corpo é considerada a corpo hábil b corpo neurológico c corpo dinâmico d corpo consciente e corpo estático 22 PSICOMOTRICIDADE E AS CONCEPÇÕES DE IMAGEM DO CORPO UNIDADE 02 23 21 SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO INTRODUÇÃO Nesta Unidade abordamos a concepção sobre o corpo por três vertentes a neurofi siologia que segue uma análise mecânica do movimento desde o córtex até a contração da musculatura a fenomenologia que aponta o aprendizado e conhecimento como re sultado das associações do que é percebido e vivido pelo sujeito histórico e por último a relacional que também voltase para o corpo vivido porém acentua o corpo como veículo e comunicação com o mundo demonstrando pela sua espontaneidade o que o cerca no mundo interno Com temos acompanhado há uma relação muito íntima entre corpo e mente e para exemplificar lembrese das vezes em que foi fazer uma self Queremos ilustrar de forma simples que a ação só foi possível de ser iniciada devido à sua intenção a de fazer a self O braço que foi suspenso voluntariamente é resultado da integração entre o Sistema Nervoso Central SNC e o Sistema Nervoso Periférico SNP em um sistema complexo que será simplificado didaticamente pela Figura 3 para demonstrar o percurso do movimento coordenado Figura 23 O movimento voluntário coordenado Fonte Esquema elaborado pela autora com imagens de Brain made simple Santos e OCW 2019 2021 2009 online A sequência no esquema elaborado demonstra que na intenção de realizar o mo vimento coordenado ativamos a área do córtex O córtex se programa a partir do límbico com as informações sensoriais relevantes e o desejo motor Fairbrother 2012 nos lembra que que temos 6 fontes de informações sensoriais a visão a audição o equilíbrio o tato a propriocepção e por último a cinestesia que apesar da hierarquia trabalham de forma integrada Tais informações servirão para o planejamento do gesto motor e a sua avaliação do controle considerando início meio e fim dando sequência à ativação do córtex motor Os estímulos lançado pelo córtex motor ativa o potencial de ação ou seja são lança dos os impulsos nervosos para a musculatura e em paralelo encaminha também para o cerebelo a projeção do movimento Assim o cerebelo recebe duas informações a real que está em execução e a informação intencionada para o estado do movimento fazendo a correção e o refinamento sempre que necessário pelo feedback FONSECA 2012 FONSE CA 2008 MAGILL 2000 Agora imagine que a prática de fazer selfs tenha feito com que você aprendesse o 24 movimento coordenado por repetição a partir disso ao realizar tal movimento você re correrá aos engramas pulando a etapa do planejamento tendo apenas a seção de progra mação e execução Magill 2000 aponta que engramas são as memórias automáticas que adquirimos com o treinamento você já executa uma ação o movimento coordenado sem consciência Como menciona Magill 2000 em primeiro momento as unidades motoras são os elementos a serem controlados e que em nível mais elevado a musculatura passa a ser o elemento a ser que precisa ser controlado na execução do movimento Neste sentido po demos explicar este controle por duas dimensões sistema de controle de circuito aberto e sistema de controle de circuito fechado como mostra a Figura 4 Figura 4 Controle do movimento coordenado Fonte MAGILL 2000 p 40 Cada sistema de controle abertofechado possui o seu centro de controle do mo vimento com importante função gerar e enviar comando de movimento aos executores que no ser humano são os músculos e as articulações envolvidas na execução do movi mento desejado MAGGIL 2000 p 40 No sistema aberto há todas as informações que são relevantes para que a realização do movimento planejado sem interferência do feedback Neste caso o feedback não é ne cessário embora esteja disponibilizado ou não tenha sido requisitado ao curto tempo de duração do movimento O comando é enviado e o movimento é realizado independendo de novas informações sensoriais MAGIL 2000 Em colaboração Fairbrother 2012 diz que a informação criada pelo movimento não alcança o exe cutor a tempo de ser utilizada durante o movimento portanto o circuito permanece aberto Ao planejar com antecedência um movimento discreto rápido criamos o que se denomina programa motor um conjunto de co mandos préestruturados que específica o padrão de movimento a ser executado Ainda utilizamos a informa ção sensorial controle sem feedback porém a usamos antes e não durante o movimento Por exemplo usamos a visão para avaliar a distância de que necessitamos para bater na bola de golfe e a direção que precisamos batêla p 60 25 Veja que esta avaliação não interfere na correção do movimento de maneira dire ta Já no sistema fechado o feedback é requisitado sendo as mensagens enviadas pelos receptores sensoriais para o centro de controle com o objetivo iniciar e dar continuidade bem como de fazer a correção do movimento como ocorre no termostato de ar condicio nado que capta as informações para ajustar a programação registrada MAGILL 2000 Logo a execução do movimento coordenado é dependendo de novas informações senso riais Para uma maior compreensão do controle do movimento motor fazer leitura da unidade 4 FAIRBROTHER 212 no link disponível em httpsintegradaminhabi bliotecacombrbooks9788520459607 Para melhor compreensão da estrutura e funcionalidade do córtex ler a seção Pensamento de Kruszielski 2019 disponível em httpsplataformabvirtualcom brLeitorPublicacao171284pdf0 BUSQUE POR MAIS A unidade motora promove a contração no movimento O elemento é formado pelo neurônio e as fibras musculares que se conectam FIQUE ATENTO A construção de engramas é de grande importância Veja que as repetições as tentativas e os erros estão implicados a este conceito em grande proporção Lembrese que errar faz parte do processo de aprendizagem VAMOS PENSAR GLOSSÁRIO Feedback neste contexto se refere à informação enviada pelos receptores ao centro de con trole assim realizando a correção do movimento 22 PSICOMOTRICIDADE ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA Para abordarmos a imagem do corpo pela concepção fenomenológica é impres cindível ressaltar Edmund Husserl intitulado pai da fenomenologia o qual tem relevantes estudos no campo abstrato entre ideias e pensamentos Para Husserl a consciência é in tencional assim a intencionalidade pode ser entendida como o que a mente conhece e registrou como característica da experiência de vida fazendo associações que se reverbe 26 ram em suas convicções e pensamentos DUARTE CALDIN 2019 p 320 Perceba que sua perspectiva é transcendental porém é mantida no campo do idealismo Não obstante é necessário destacar MerleauPonty 1999 teórico que amplia a con cepção trazendo uma realidade mais concreta se distanciando do plano das reflexões Co locando o corpo como interlocutor das ideias e da percepção deste Sendo a percepção e a experiência o pilar para a construção do conhecimento preconizandose para a essência O fato de suspender pensamento e convicções permite o movimento ser colocando em de dialogo com o mundo onde se obtém as experiências reais servindo de base para o seu desenvolvimento motor e cognitivo Neste sentido é possível trazer como elementos da fenomenologia as essências o caráter intencional da consciência os objetos como coisas tanto reais quanto ideais a percepção que cada um tem de suas experiências DU ARTE CALDIN 2019 p 317 Tais experiências concretas possuem valor singular ou seja é relacionada à percep ção de cada um daí encontramos a essência citada todavia não podemos considerála um mundo privado ao contrário é na relação com o outro que é construída A interação é fundamental para que o sujeito possa se perceber e compreender o que se revela atri buindo significados Como menciona MerleauPonty 1999 569 é comunicandonos com o mundo que indubitavelmente nos comunicamos com nós mesmos Nós temos o tempo por inteiro e estamos presentes a nós mesmo por que estamos presentes no mundo Assim MerleauPonty 1999 reverencia o corpo pela perspectiva de corpo próprio corpo vivido e corpo consciente Ou seja apresenta um corpo que não é algo engessado e que nem se esgota na observação de plano cartesiano Ao contrário é sensível com inten cionalidades e encarnado que se relaciona com o mundo e se estende a ele onde é capaz de aprender não somente sobre si Uma ideia de corpo que transcende a objetividade e a concepção ahistórica Em contribuição Le Boulch 1987 aponta que a criança delimita seu corpo próprio do mundo dos objetos através da ação e da aquisição das praxias Daí a importância de permitilhe a confrontação global com o mundo dos objetos Nesta direção o esquema corporal é portanto a base fundamental da função de ajustamento e o ponto de partida necessário de qualquer movimento p 176177 Em uma concepção em que MerleauPonty 1999 considera o corpo respondende ao em torno pelo movimento intencional colocando os dois elementos em condição indis sociável corpo e a realidade do mundo externo concluímos portanto que a fenomenolo gia é ligada à subjetividade tendo em vista que a percepção das coisas são sensíveis à va riáveis como espaço ocasião etc Sendo assim chamamos a atenção para a necessidade de refletir sobre o que nos cerca A privação das experiências também diz muito sobre este conhecimento em construção e desenvolvimento estendemos as nossas provocações à construção do conhecimento em meio a desigualdade social A essência que nos referimos tem o sentido de perceber como as coisas realmente são sem inferência de convicções e pensamentos colonizados FIQUE ATENTO 27 Para uma maior compreensão da fenomenologia concreta fazer a da seção Ci vilização e experiência concreta do corpo SERPA 2019 no link disponível em ht tpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao176872pdf0 Teoria da percepção em primeira pessoa de Santaella 2012 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788522126408 BUSQUE POR MAIS Considerando a percepção e experiências corpóreas como principais formas de conhecimen to observe que a realidade da periferia majoritariamente não possui espaços desportivos as escolas não muito diferente oferecem materiais básicos Que relação você faz entre tal afir mação e a ausência de jovens de periferia em competições de modalidades como esgrima hipismo e a vela VAMOS PENSAR 23 PSICOMOTRICIDADE ABORDAGEM RELACIONAL A abordagem relacional tem um sentido muito peculiar para compreender a psico motricidade Datada como destaque na década de 1970 com André Lapierre teórico fran cês passou por outros conhecimentos para chegar aos achados que vamos apresentar Segundo Gusi 2020 sua teoria é mergulhada nas concepções de Henri Wallon pioneiro nos estudos do século XX que parti em defesa de um olhar de afetividade ao corpo Esta perspectiva tem busca pelas limitações de aprendizagem cognitiva relacional e motora que as crianças apresentam Gusi 2020 apresenta a teoria com intima relação a questão simbólica permitindo observar aspectos importantes em suas limitações Pen sando no campo do simbolismo destacamos a espontaneidade da criança como elemen to base no desenvolvimento da teoria psicomotora relacional pois demonstra o que é sen tido e o que não é pronunciado por muitos motivos sendo em nossas percepções mais comuns a timidez e a agressividade que trazem consequências ao desenvolvimento A psicomotricidade relacional consiste em possibilitar es paços de liberdade para a criança propícios aos jogos e às brincadeiras fazendo com que por meio deles a criança manifeste seus conflitos e consiga compreendêlos No campo educacional esta ferramenta serviria de preven ção contra o surgimento de distúrbios emocionais moto res e de comunicação que geralmente são entraves para a aprendizagem LEITE 2019 p 89 28 Neste contexto devemos criar oportunidades da criança se manifestar oferecer es paço e materiais A observação se faz importante Perceber o que se revela ou o que se es conde traz a tona ricas informações Essa perspectiva é totalmente contrária aos mecanis mos de repressão como o apelo ao silêncio e ao imobilismo que se escondem no discurso da disciplina O que não quer dizer que não há regras porque elas existem Conviver com o outro e dividir os espaços exigem regras Em concordância com Mastrascusa 2012 vemos a linguagem como basicamente corporal em que o participante fala por meio da sua expressão corporal espontânea por suas atitudes imobilidades agitação mímicas olhar tônus respiração suas aproximações e distanciamentos seus atos p 56 A comunicação verbal não é privilegiada nesta abor dagem pois arriscamos em concluir que a comunicação verbal poderia induzir a reprodu ção de gestos ou ações enquanto o que se busca com o método também é a promoção da autonomia Esta concepção de psicomotricidade permite estimular as capacidades e potencia lidades apresentadas como meio de propor novas aprendizagens por exemplo o concei to de direita e esquerda de em cima e embaixo atentando para um olhar que supere as limitações da criança Neste sentido nada mais coerente que o psicomotricista relacional fique atento e sensível para perceber as demandas dos alunos e direcionar atividades li vres e dirigidas que vão ao encontro das respectivas necessidades Leite 2019 vai além apresenta nuances de uma psicomotricidade relacional que tem uma prática além de educativa mas preventiva e terapêutica Essa perspectiva se diferencia do que Bueno 2014 apresenta ao situar as áreas do psicomotricista estimulação educação reeducação e terapia Para Lapierre segundo Mastrascusa 2012 a área de atuação é atravessada por concepções do Real do Simbólico e do Imaginário de Lacan reunindo assim releituras da discussão de Bueno 2014 Há uma profunda preocupação com o aparelho psíquico da criança entre consen sos e dissensos nas teorias dos psicanalistas Freud e Lacan a psicomotricidade relacional busca trazer para fora o que se colocado como fantasma para a criança A criança adquire confiança o que impacta diretamente no seu desenvolvimento motor e cognitivo A abordam relacional em Lapierre é destinada à criança mas José Leopoldo Vieira amplia o conceito para o trabalho com adultos FIQUE ATENTO Veja pela perspectiva da educação inclusiva Sendo uma profissão de recente regulamenta ção pense nas oportunidades que podem se abrir VAMOS PENSAR 29 Para conhecer mais sobre a psicomotricidade como relacional como instrumento de aprendizagem ler o capítulo 4 de Leite 2019 no link disponível em httpspla taformabvirtualcombrLeitorPublicacao168144pdf0 E o capítulo 3 de Fonseca 2008 disponível no link httpsintegradaminhabibliote cacombrbooks9788536314020 BUSQUE POR MAIS 30 1 Um estudante ao correr para pegar o ônibus avistou uma bolsa de lama e para dar continuidade à ação fez uma rápida mudança no movimento A mudança no movimento foi possível devido ao feedback recebido das informações sensórias demonstrando alto controle motor porque Marque a opção que explica a situação hipotética a o cerebelo atua na correção do movimento até a aprendizagem da execução b enquanto o movimento é realizado vamos recebendo feedbacks durante toda a realização do movimento c o córtex límbico participa da programação fazendo o planejamento do novo movimento mediante as informações sensoriais d o córtex límbico é responsável por lançar impulsos nervosos para a musculatura e o córtex associativo ativa o potencial de ação lançando os impulsos nervosos para a musculatura o que colaborou para a mudança do movimento 2 O centro de controle do movimento é o responsável pelas decisões motoras sendo que o não depende de feedbacks para a respostas motora todavia o é dependente de novos estímulos O faz com que as respostas se ajustem ao ambiente Marque a opção que completa s lacunas corretamente a circuito fechadocircuito abertocircuito aberto b circuito fechadocircuito fechadocircuito aberto c circuito abertocircuito abertocircuito fechado d circuito abertocircuito fechadocircuito fechado e circuito abertocircuito abertocircuito aberto 3 Acerca da fenomenologia de Edmund Husserl analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiro e F para falso Rompe com a concepção de um corpoobjeto reforçando a ideia de uma percepção pautada na experiência de um sujeito encarnado A experiência perceptiva se relaciona com a experiência corporal As concepções da fenomenologia são fundadas na perspectiva transcendental e idealista A sequência correta de cima para baixo encontrase em qual alternativa a v v v b f v f c f v v d v f f e f f v FIXANDO O CONTEÚDO 31 4 A percepção não é uma representação limitada ao campo das ideias e sim um conjunto de sensações experienciadas pelo corpo Seguindo o contexto da afirmativa apresentada julgue a alternativa correta a MerleauPonty que defende o corpo como criador de sentidos b MerleauPonty tem o entendimento de um corpo observável c Husserl busca o conhecimento pelas experiências corpóreas do sujeito d Husserl defende que o corpo não deve ser visto apenas no campo das ideias e MerleauPonty defende as experiências como forma de aprendizagem porém sem a necessidade do movimento 5 Psicomotricista PFPQuadrix A psicomotricidade relacional na perspectiva da educação entende que a atuação se estabelece de forma mais preventiva buscando potencializar o desenvolvimento integral das crianças indicando e reforçando todo e qualquer aspecto positivo de sua conduta de seu modo de ser e trabalhando com o que há de positivo nas relações interpessoais reforçandoas e renovandoas Considerando essa informação assinale a alternativa correta a A relação entre a escola e a psicomotricidade dependerá das condições socioeconômicas b Sendo o corpo o primeiro meio disponível e utilizado para se entrar em contato com o conhecimento a aprendizagem passa a ter uma interrelação intrínseca com a motricidade c Todas as condições usadas na psicomotricidade escolar servem para os diferentes lócus de aplicação da psicomotricidade d As instituições escolares têm programas que identificam alunos com problema psicomotor para indicar a psicoterapia e As instituições de saúde pública têm programas que identificam crianças com problema psicomotor para indicar a psicoterapia 6 1º Tenente PMRJ CRSP adaptada O trabalho da psicomotricidade na vertente relacional serve de métodos não diretivos que é a usada dentro das instituições escolares pois usa o jogo como atividademeio como elemento pedagógico propicia à criança o ato de criar representar e usar a imaginação porém a partir de uma ação pedagógica previamente elaborada pelo professor São consideradas funções psicomotoras a serem desenvolvidas I Lateralidade II Esquema corporal III Atenção Marque a alternativa que com os itens corretos a I II b I III c II III d I e IIII 7 Podemos considerar a psicomotricidade relacional como um método para que a criança se expresse Marque a alternativa que corresponde ao método citado 32 a atividades de pintura b atividades de escrita c jogo de vôlei adaptado d jogo espontâneo e contação de história 8 Podemos considerar como objetivos da psicomotricidade relacional incentivar a imaginação a autonomia a convivência com o próximo e Marque a alternativa que corresponde às lacunas a autoestima prevenir dificuldades b obediência autoestima c submissão prevenir dificuldades d alienação autoestima e prevenir dificuldades obediência 33 PRINCÍPIOS E CONCEITOS BÁSICOS DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR UNIDADE 03 34 31 PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Tonicidade O desenvolvimento da criança inicia muito antes de seu nascimento mas após sua vinda ao mundo externo que o seu desenvolvimento tende a avançar progressivamente inclusive a aprendizagem motora saindo de um estágio mais simples para o complexo ou seja do movimento reflexo ao voluntário em consonância com o grau de maturação No desenvolvimento deste processo o tônus muscular é um elemento indissociável Podemos definir este conceito como INTRODUÇÃO Nesta seção a proposta é apresentar a organização dos aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio lateralidade noção corporal estruturação espaçotempo ral coordenação motora global e coordenação motora fina considerando as expectativas integradas para a harmonia do corpo Portanto é preciso apresentálos em paralelo à Teo ria do Sistema Funcional de Luria sendo possível ampliar os estudos no campo da neurop sicologia durante o século XX Luria apresenta o mapeamento do cérebro dividindoo em três unidades funcionais onde são relacionadas diretamente aos aspectos psicomotores onde a primeira relaciona se à condição de vigilância de alerta e dos estados mentais a segunda comprometese com a recepção análise e armazenamento da informação a terceira relacionase com a organização da atividade consciente e a sua programação regulação e verificação da ati vidade psicomotora FONSECA 2012 Toda essa organização dos aspectos motores é considerada importante para o de senvolvimento da criança sendo encontrada na BPM elaborado pele por Vitor da Fonseca com a finalidade de observar falhas nesta organização A seguir vamos conhecer as três unidades em seções subsequentes mas é impor tante ter a compreensão que estas estruturas complexas trabalham de forma integrada embora existam níveis hierárquicos entre as unidades o estado de tensão permanente dos músculos de origem essencialmente reflexa variável em sua intensidade que segue as diferentes ações sinérgicas que a reforçam ou inibem e tem por função o ajustes das posturas sendo possível distinguir de forma semiológica diferentes pro priedades THOMPSON 2020 p 94 A definição apresentada pela autora reforça a ideia de uma dinâmica que vai além de um estado de tensão permanente sendo compreendida por estado de resistência já que somos expostas naturalmente pela gravidade e pelas forças que nos opomos no dia a dia sustentando ações motoras estáticas e não estáticas Todavia como Ajuariguerra 1996 menciona este processo segue uma evolução conforme a maturação da criança Como uma sequência o controle postural é percebido no seu início quando o bebê mantém suas mãos fechadas desenvolvendose para outros estágios passando do enga tinhar para a postura ortostática Essa dinâmica é conhecida por Thompson 2020 como Flutuação de Tônus Há uma compatibilidade importante entre o tônus e a dimensão emocional reque 35 rendo um diálogo corporal pois segundo Ajuariguerra 1996 a privação de afeto oportuni za um atraso motor reverberando em outras áreas de desenvolvimento p217 O trabalho do tônus muscular caminha muito próximo ao outro aspecto motor o equilíbrio como veremos na seção seguinte Essa aproximação considera ambos a esta rem na 1ª unidade funcional do cérebro sendo elencados na BPM teste elaborado por Fonseca 2012 Equilíbrio É muito provável que todos em algum momento da vida tenham brincado de está tua e se houve algum momento em que foi preciso ficar com os pés um afrente do outro ou apenas tendo as pontas dos dedos como apoio você possivelmente buscou muita con centração inclusive muscular além de requerem bastante o equilíbrio para não perder a brincadeira Estamos trazendo esta memória para que possamos relacionar os dois elementos O equilíbrio em grande medida se envolve com a dimensão do tônus muscular pois estão colaborando para noção de eixo corporal e adoção de posturas corporais o que vai ao en contro das perspectivas de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 Assim podemos considerar o equilíbrio como uma das habilidades a ser desenvol vida para que seja capaz de sustentar o seu próprio corpo mesmo quando é submetido a diferentes posicionamentos durante o dia a dia ou mesmo naquela brincadeira de estátua Ressaltamos que a criança com falha no desenvolvimento deste aspecto motor pode ge rar uma desatenção nas suas atividades já que constantemente vai buscar uma nova posi ção THOMPSON 2020 colaborando Neto 2002 vai considerar esse dispêndio de energia como fato gerador de estresse e ansiedade além da fadiga Note o quanto que em nosso cotidiano vivemos diferentes circunstâncias que exi gem a habilidade do equilíbrio estático e dinâmico que se distinguem pela imobilidade e movimentação do Centro de Gravidade CG respectivamente Em contribuição Negrine 1986 percebe que o CG se revela de forma diferente variando entre adultos e crianças sendo para as crianças este ponto imaginário é mais acima quando comparado a um adul to o que vai exigir do profissional um trabalho em prol do desenvolvimento desta estabi lidade Neste sentido Thompson 2020 conclui portanto que podemos considerar que a criança já possui a habilidade de equilibrarse quando a mesma controla o seu corpo em relação a posturas e posições Para Fonseca 2012 a equilibração na BPM é uma condição básica da organização psicomotora visto que envolve uma multiplicidade de ajustamentos posturais antigravití cios que dão suporte a qualquer resposta motora p 184185 Thompson 2020 e Fonseca 2012 contribui para a nossa compreensão que o equilíbrio é ligado à tonicidade por pois ambos são importantes no controle postural 36 Para compreender o papel do adulto na intervenção psicomotora do bebê veja o sexto capítulo do título Ludicidade e Psicomotricidade de Oliveira e Silva 2017 dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao123217epub0 Veja as implicações quando o equilíbrio não é trabalho em Síndrome da insufi ciência psicomotora do capítulo 1 em Fonseca 2008 disponível no link https integradaminhabibliotecacombrbooks9788536314020 A aplicação da BPM não requer grandes recursos sendo se simples realização Veja a demonstração como o professor Vinícius Franco de Oliveira pelo link dispo nível em httpswwwyoutubecomwatchvrHtXiqw2dc BUSQUE POR MAIS O grau de maturação depende dos fatores sociais e biológicos A maturação são as funções em desenvolvimento deixando seu caráter embrionário FIQUE ATENTO Avaliando a importância de trabalhar a tonicidade da criança tendo em vista que a ausência de estímulos colocará outras funções em riscos entre distúrbios e perturbações e consideran do que a creche não é uma etapa obrigatória na educação básica encontramos contradi ções Pense em medidas que possam servir solução desta equação VAMOS PENSAR 32 SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Lateralidade Para iniciar nossas reflexões precisamos recordar das vezes que ouvimos que somos o país do futebol É uma frase muito reproduzida ainda mais quando próximos de cam peonatos Entretanto não vamos demarcar o futebol em nossas discussões a elucidação é para demonstrar que uma cultura futebolística tão difundida faz com que a gente chute a latinha que está no chão ao invés de pegála para arremesso Mas responda rápido Quais dos seus pés é utilizado para chutar e por quê A segunda pergunta é mais complicada de responder por isso vamos explicar a late ralidade Para tal devemos levar em conta os dois hemisférios direito e esquerdo os quais possuem responsabilidades diferentes contudo produzem uma integração harmoniosa mesmo havendo em nós uma habilidade manual e hemisférica como o caso da latinha Fonseca 2012 considera que essa habilidade manual e preferência hemisférica vai toman do forma na idade escolar onde as crianças são submetidas às estruturas prontas majori tariamente para destros e o perfil de quem ensina o que desestimula o desenvolvimento 37 da ambidestria e da preferência oposta Mas é preciso ser sensível e compreender que a predominância não se esgota nos estímulos ambientais a condição biológica não pode ser omitida chamado por Negrini 1986 de bagagem inata Mesmo diante dos estímulos sociais Negrine 1986 orienta que a criança seja expos ta de maneira que consiga expressar sua preferência corporal espontaneamente Sugeri mos que observe e peça a criança pra olhar pela fechadura e contar que vê atrás da porta O que não quer dizer que não devemos estimular os dois lados A integração bilateral é condição essencial ao controle postural e ao controle perceptivovisual Sem esses dois lados a lateralização como sistema funcional complexo não se diferencia afirma Fonseca 2012 p 221 o que gera consequência na sua aprendizagem Esquema corporal O esquema corporal está ligado à percepção e a consciência que a criança tem deste corpo com as possibilidades de interagir com o meio Para Silva e Haetinger 2013 o es quema corporal referese como corpo consciente o qual acrescentamos ainda que este aspecto é o pilar de sustentação para as demais habilidades bem como é o centro da for mação da personalidade da criança Em consonância com Neto 2002 p20 o esquema corporal é a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em associação com os dados do mundo exterior Esse movimento de troca entre o mundo interno e externo vai constituindo a sua persona lidade de forma progressiva pois o esquema corporal é desenvolvido em etapas Seguindo Fonseca 2008 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 e Oliveira 2020 há primeiramente o reconhecimento das partes do corpo em seguida a criança tem com preensão da função por último é quando ela sabe articular todas as partes do corpo para que possa se movimentar sem prejuízos chegando assim ao conceito de somatognosia É a tomada de consciência do corpo na sua totalidade e respectivas partes intimamente ligadas e interrelacio nadas com a evolução dos movimentos intencionais isto é a tomada de consciência do corpo como realidade vivi da e convivida FONSECA 2008 p 109 Essa tomada de consciência tem ampla relação com os aspectos neurofisiológicos Iniciada pelo córtex a intencionalidade de execução do movimento resulta na experiência O acúmulo de tais experiências segue um processo didático e gradativo para a aquisição do conhecimento sobre o corpo Estrutura espaço temporal Imaginem se a cada vez que fossemos atravessar uma rua sem semáforo tivéssemos que reunir uma série de fórmulas matemáticas e leis da física para verificar se estaremos atravessando com segurança Claro que já vivenciamos esta situação e não foi necessário elencar tantas teorias Você saberia explicar por quê Se formos analisar os conceitos isoladamente como Fonseca 2012 vamos verificar que a noção de espaço depende da visão e a do tempo com a audição Dentro no nosso exemplo a percepção visual é onde o corpo interpreta o tempo 38 a distância a posição etc esta interpretação tem uma estreita relação entre o espaço e corpo e corpo e objeto localizando o objeto a partir de si o centro Enquanto que noção temporal não se separa da dimensão do tempo mas voltase para os acontecimentos O cérebro joga com as experiências anteriores adaptase às condições presentes prediz e antecipa o futuro FONSECA 2012 p 271 apresentando a localização dos eventos no tem po que se relaciona ao ritmo por isso a noção temporal é mais auditiva Estes dois conceitos juntos compõem a estrutura espaço temporal Como cita Fon seca 2012 p262 a estruturação espaço temporal emerge da motricidade da relação com os objetos localizados no espaço da relação relativa que ocupa o corpo Nesta afirmação conseguimos perceber como este aspecto está intimamente imbricado à lateralidade e ao esquema corporal sendo necessário trabalhar com muita seriedade o corpo consciente para que aprendam a fazer a leitura dele no espaço e no tempo Marinho et al 2012 contribuem para a compreensão mais detalhada do esque ma corporal em uma visão escolar no segundo capítulo do título Pedagogia em Movimento disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublica cao6196epub0 Você pode verificar demais instrumentos de avaliação das habilidades na préin fância e início da infância na unidade 1 de Costa 2019 disponível no link https integradaminhabibliotecacombrbooks9788595028524 BUSQUE POR MAIS Os hemisférios no cérebro têm funções distintas e comandam opostamente os seus lados do corpo Ao todo se subdividem em 4 lóbulos que possuem funções distintas sendo frontal parietal temporal e occipital FIQUE ATENTO Minha proposta é estimular a sua reflexão de como trabalhar a estrutura espaço temporal com crianças surdas com cegueira tendo em vista que o caráter inclusivo na educação e na sociedade VAMOS PENSAR 33 TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Coordenação motora fina e global A dimensão motora tem como elementos a coordenação motora fina e a coorde nação motora global também chamada de grossa que podem ser sistematizadas como a coordenação dos movimentos em busca de resultados que embora estejam na mesma 39 dimensão possuem aspectos particulares Enquanto a coordenação motora fina realiza movimentos utilizando pequenos músculos como os das mãos dedos e pés a outra exige a participação de grandes músculos OLIVEIRA 2020 Em concordância Fonseca 2012 p 289 aponta a coordenação motora global intitu lada também como práxia global é relacionada à realização e automação dos movimen tos globais mais complexos como correr pular escalar rolar tornando o movimento inte grado e com a harmonização do corpo a partir do recrutamento dos músculos agonistas e antagonistas Para o desenvolvimento da coordenação motora fina é preciso estimular o contato com os objetos de maneira que possam manipulálos como picar papéis com as mãos ou pintar as unhas recrutando pequenos músculos para a atividade especializada manual e ou óculomanual Para a ação desses dois últimos aspectos motores é necessário que as outras unida de funcionais de Luria interajam Veja na Figura 5 onde é a região de cada unidade fun cional Figura 5 Unidades Funcionais de Luria Fonte Coelho adaptado 2018 Ao final desta seção esperamos que você faça a correlação entre os aspectos psico motores as unidades funcionais e a Figura apresentada bem como possa compreender como é possível explorar o desenvolvimento psicomotor avaliando o Quadro síntese abai xo de jogos e brincadeiras construindo variações para o exercício da profissão 40 Aspectos Motores Período Atividade Descrição Tonicidade 4 a 6 me ses A hora da barriga Deitar o bebê em decúbito ventral sobre o col chonete e deixar os brinquedos em seu entorno fazendo estimulação para que o bebê apoie seus cotovelos ou role para as laterais Equilíbrio 4 a 7 anos Imitando os animais Solicitar que as crianças possam fazer a posição de determinado animal a ser ditado após alguns segundos solicitar que uma das pernas seja sus pensa vagarosamente tentando manter a posi ção inicial Lateralidade 4 a 12 anos O mestre mandou Os alunos deverão ouvir o comando de irem para a direita ou para esquerda A sequência ditada deve oscilar entre as palavras e o ritmo Esquema corpo ral 4 a 9 anos Balançando o esqueleto Fazer a coreografia conforme a letra da música e a criatividade Sacudir o esqueleto as diferentes partes do corpo do Quintal da Cultura Espaço Temporal 4 a 12 anos Vôlei em dupla Em um quadrado espaçoso desenhado no chão duas duplas são chamadas para jogar vôlei com balões Cada dupla com um balão cores diferen tes O jogador que permitir que o balão ultrapas se a linha demarcada elimina própria dupla Coordenação Motora Fina 3 a 5 anos Cardápio oriental Espalhar pequenos objetos no prato em cima da mesa e pedir que os alunos retirem utilizado o conjunto de hashi com elásticos inicialmente para ajudar na realização do movimento de abrir e fechar Coordenação Motora Global 3 a 8 anos Percurso ao gol Os alunos deverão realizar um percurso com obs táculos de diferentes níveis ao final deverão chu tar a bola ao gol Perceba que a atividade com os dedos exige o controle da visão sendo chamada de coor denação óculomanual A visão exerce grande influência sobre os movimentos da mão e do corpo O sentido visual é responsável pelo comando antecipação e coordenação dos esque mas de assimilação THOMPSON 2020 p 90 FIQUE ATENTO Que tal pensar em propostas de atividades para desenvolver a coordenação motora fina a partir de materiais reutilizáveis Anote as ideias e elabore o seu próprio portfólio VAMOS PENSAR Quadro 1 Jogosbrincadeiras que contribuem para o desenvolvimento dos aspectos motores Fonte Autora 2021 41 Além dos instrumentos de avaliação das habilidades o lúdico também é uma alternativa diagnóstica Veja o capítulo 4 da obra O universo lúdico no contexto pedagógico disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublica cao158949epub0 Fonseca 2008 traz a organização dos estágios do desenvolvimento neurofi siológico de Luria no capítulo 12 abordando mais detalhadamente cada uni dade funcional disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombr books9788536314020 BUSQUE POR MAIS Para compreender como é aplicada a BPM sugerese a leitura de FONSECA Vitor da Ma nual de observação psicomotora significação psiconeurológica dos fatores psicomoto res 2ª ed Rio de Janeiro Wak Editora 2012 328p 42 1 Os aspectos psicomotores foram categorizados em unidade funcionais sendo regiões do cérebro responsáveis por determinadas funções De acordo com a afirmativa marque a opção que se relaciona à 1ª 2ª e 3ª unidades funcionais respectivamente a coordenação motora global lateralidade tonicidade b tonicidade coordenação motora fina equilíbrio c estrutura espaço temporal esquema corporal tonicidade d equilíbrio esquema corporal coordenação motora global e equilíbrio esquema corporal lateralidade 2 Especialista em Psicomotricidade CFP QUADRIX adaptado A BPM de Fonseca é um instrumento que favorece a avaliação psicomotora e pode fazer parte dos processos realizados pelos psicólogos A BPM deve ser usada para diagnosticar déficits neurológicos para diagnosticar disfunções ou lesões cerebrais A BPM tem uma utilidade educacional por diversos profissionais tais como educadores físicos A BPM requer afinamentos mas dá um suporte clínico como modelo original de observação dinâmica do potencial de aprendizagem da criança Assinale a alternativa correta a v v v b f v v c f f v d f v f e v v f 3 Especialista em Psicomotricidade CFP QUADRIX adaptado Com base nos estudos focados na educação pelo movimento julgue os itens subsequentes I O esquema corporal pode ser considerado como uma intuição de conjunto ou de um conhecimento imediato que se tem do próprio corpo em posição estática ou em movimento na relação de suas diferentes partes entre si sobretudo nas relações com o espaço e os objetos que o circundam II O esquema corporal acontece de após a criança atingir 3 anos de idade III O esquema corporal mal estruturado produz um deficit na relação sujeitomundo exterior traduzindose no plano da motricidade e da relação com outrem Assinale a alternativa correta FIXANDO O CONTEÚDO 43 a Apenas o item I está certo b Apenas o item III está certo c Apenas os itens I e II estão certos d Apenas os itens I e III estão certos e Apenas os itens II e III estão certos 4 Professor de educação física SEADSEECTPAAOCP As mais variadas formas de que a criança puder realizar com os conteúdos da Educação Física favorecem em sua construção por ela tratar seu corpo como um organismo inteiro Para isso o conhecimento que é formado na criança deve ser um conhecimento de corpo e de ações ao corpo em que os próprios movimentos possam ser vivenciados mais Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta a movimento educativa livremente b processo normativa elaboradamente c segmentos corretiva ordenadamente d elementos normativa repetidamente e movimentos corretiva livremente 5 Fonseca descreve as três unidades funcionais do cérebro baseado em Luria reunindo os aspectos motores que devem ser desenvolvidos nas áreas da psicomotricidade a exemplos I A sua ausência causa implicações no controle do corpo estático e dinâmico II Ocorre através de aquisições neuromusculares muito presente do nascimento ao 1ª ano de idade III A função precisa ser bem estruturada para que o aluno consiga escrever sobre as linhas do caderno na educação infantil Considerando os conceitos de cada um marque a alternativa que corresponda corretamente a equilíbrio tonicidade lateralidade b lateralidade equilíbrio tonicidade c equilíbrio tonicidade estruturação espaço temporal d estruturação espaço temporal tonicidade equilíbrio e equilíbrio estruturação espaço temporal tonicidade 6 As crianças devem ficar em um determinado ponto e um adulto fica a frente deles mantendo certa distância Quando o adulto virar de costas as crianças devem correr em direção à ele porém quando ele virar de frente as crianças devem parar imediatamente Sabemos que as funções e habilidades dos elementos motores trabalham de forma integrada para a harmonização do movimento corporal entretanto a brincadeira descrita apresenta como objetivo central quais aspectos motores a Coordenação motora global equilíbrio 44 b Estruturação espaço temporal equilíbrio c Lateralidade estruturação espaço temporal d Tonicidade coordenação motora global e Coordenação motora global lateralidade 7 O professor ao solicitar que um grupo de crianças de idade entre 3 e 6 anos montem um jogo de quebracabeça com a imagem do corpo humano busca desenvolver a noção de corpo inteiro e suas partes Neste sentido qual aspecto motor é privilegiado Marque a alterativa correta a lateralidade b estruturação espaço temporal c equilíbrio d coordenação motora fina e esquema corporal 8 O professor ao dar sequência a um programa de exercícios solicita que seus alunos entre 4 e 8 anos realizem a posição de vela explicando que devem se deitar sobre o colchonete em decúbito dorsal e elevar suas membro inferiores para cima também o glúteo e parte do tronco sustentando a posição com a ajudadas mãos apoiadas nas costas Solicita que mantenham a posição por 10 segundos Este exercício busca privilegiar quais aspectos motores Marque a alterativa correta a equilíbrio e tonicidade b esquema corporal e lateralidade c coordenação motora global e coordenação motora fina d estrutura espaço temporal e equilíbrio e esquema corporal e coordenação motora global 45 DESENVOLVIMENTO MOTOR E DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIDADE 04 46 INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos observar que o período com maior desenvolvimento motor concentrase na infância o que nos faz considerar um período fértil para criar padrões de desempenho estimado por faixa etária da criança Esta afirmativa considera as fases dos estágios do desen volvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 como pode ser observa da na Figura 6 Também apresentamos as três ca tegorias de movimentos observáveis mo vimento manipulativo movimento estabilizador e movimento locomotor alinhando com a Figura 6 e em paralelo aos estágios do desenvolvimento humano das teorias psicogené ticas piagetiana e walloriana tendo em vista que o desenvolvimento motor é implicado ao desenvolvimento cognitivo Ainda vamos perceber a idade é uma importante variável nas teorias entretanto não é uma variável absoluta 41 CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR Pelas leituras já realizadas compreendemos que o desenvolvimento motor é um processo que envolve corpo e mente que é gradual e contínuo partindo dos movimentos não intencionais para os voluntários que o seguem por todo o seu percurso de vida po dendo ser avaliado o desempenho apenas pela execução ou seja o comportamento para possíveis inferências MAGILL 2000 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 p 49 definem que os ajustes feitos no compor tamento motor é resultado da interação entre três elementos o indivíduo o ambiente e as tarefas o deve ser executado sendo o desenvolvimento motor decorrente desta intera ção O desenvolvimento do controle motor e da coordenação do movimento é determina do por RESTRICOES especificas encontradas nas exigências da tarefa de movimento na biologia do individuo e nas condições do ambiente de aprendizado Para além entendemos também que o movimento humano é fundamental para o nosso desenvolvimento ou melhor é requisito para a nossa condição de vida pois sa bemos que uma vida sedentária nos encaminha para uma série de problemas de saúde Sendo assim o movimento é um importante conceito a ser estudado pela ciência colocan doo em condição de observação predição e teorização A teoria que vamos utilizar para apresentar o movimento fundamentase em Gallahue e Donnelly 2008 e Gallahue Ozmun e Goodway 2013 devido ao exponente tra balho no campo A teoria que vamos conhecer apresenta três categorias de movimentos fundamentais observáveis são manipulativos estabilizadores e locomotores Movimentos manipulativos Os movimentos manipulativos referemse a manipular algo um objeto Não é um movimento inato pois precisa de interação e prática entre o objeto e mãospés Gallahue 47 e Donnelly 2008 Esses movimentos promovem a capacidade de manusear e ao mesmo tempo percebemos que cooperam para a coordenação motora fina e grossa Os movimentos manipulativos que envolvem força tanto de emitir ou de receber a exemplo chutar a bola ou receber esta bola estão implicados a manipulação grossa isso porque segundo Magill 2000 p 8 é preciso recorrer aos grandes músculos denominan do habilidades motoras fundamentais caminhar pular arremessar saltar etc como habilidades motoras grossas Entretanto os movimentos implicados a manipulação fina envolvem a precisão a exemplo recortar requerendo maior controle de músculos pequenos mais especifica mente aqueles envolvidos na coordenação mãosolhos Magill 2000 p 8 Em análise nos distintos movimentos manipulativos verificase que a atuação protagonista no movimen to recai sobre as menores musculaturas Movimentos estabilizadores Os movimentos que buscam estabilizar o corpo exigem o equilíbrio dinâmico e es tático e o controle do corpo a exemplos o bebê que suspende a cabeça quando colocado em decúbito ventral ou quando sustenta o corpo ao ser colocado sentado tendo em vista a atuação da força contrária a gravidade Os movimentos axiais são um bom aliado para do desenvolvimento da função es tabilizadora pois são proposições de movimentos mantendo a posição estacionária com apoio reduzido ou não elencandose também as posturas invertidas e o movimento de rolamento com o corpo É importante lembrar que tais movimentos tendem a depender das informações visuais do em torno para localizarse Movimentos locomotores Os movimentos locomotores deslocam o corpo de um ponto ao outro seja em po sição ereta ou em horizontal como ocorre com os bebês que se deslocam se arrastando antes de engatinhar Estes movimentos vão ganhando refinamento ao longo dos estágios do desenvolvimento motor alinhando com variáveis como ritmo velocidade até chegar ao estado de proficiência Os movimentos fundamentais se revelam nas fases e estágios do desenvolvimento motor de maneira progressiva e desafiadora Na influente teoria piagetiana e walloriana a medida que os desafios acontecem é necessário uma nova reorganização havendo incor porações e ressignificações GRATIOTALFANDÉRY 2010 o que implica na também no desenvolvimento cognitivo a inteligência é uma adaptação é assimilação pois in corpora dados da experiência do indivíduo e ao mesmo tempo acomodação uma vez que o sujeito modifica suas estruturas mentais para incorporar os novos elementos da experiência BOCK et al 2002 p 127 É importante destacar que este processo é simultâneo ou seja não há uma hierar quia na execução do processo sendo contínuo e cíclico pois estamos constantemente sendo desafiados e estimulado 48 As categorias dos movimentos fundamentais podem ser mais observadas na uni dade 2 de Bacil Mazzardo e Silva 20200 disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao178221pdf0 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 no capítulo 2 contribui para a compreensão da interação dos três elementos o indivíduo o ambiente e as tarefas disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788580551815 BUSQUE POR MAIS O contexto das Restrições apontadas para o desenvolvimento do controle motor e da coor denação do movimento referemse aos elementos do sistema que servem para estimular ou desestimular mudanças positivas no controle motor e na coordenação do movimento HALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 p 49 FIQUE ATENTO Considerando a nossa condição necessária de movimentarse para o desenvolvimento motor como é possível equacionar esta necessidade diante de uma progressiva estimulação da so ciedade aos jogos digitais que têm como característica o imobilismo VAMOS PENSAR O desenvolvimento humano é marcado por fases Neste sentido esta seção preten de é analisar as considerações de desenvolvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 no Quadro 2 atravessando a perspectiva de desenvolvimento humano psicogenéti cas de Piaget e Wallon 42 ABORDAGEM DO MOVIMENTO REFLEXO DO MOVIMENTO RUDIMENTAR E AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Faixa etária prevista Estágios do desenvolvimento motor Fase do movimento reflexo Desde o útero até 4 meses Estágio de codificação de informações as informações são coletadas e agrupadas 4 meses a 1 ano Estágio de decodificação de informações onde inicia a o processamento das informações b a ausência de determi nados reflexos 49 Fase do movimento rudimentar Do nascimento a 1 ano Estágio de inibição do reflexo os movimentos ainda são des coordenados 1 a 2 anos Estágio précontrole onde se percebe os movimentos mais controlados Quadro 2 Faixa etária e estágios reflexo e rudimentar do desenvolvimento motor previstos Fonte Quadro elaborado pela autora GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Como anuncia o Quadro 2 anunciado a fase do movimento reflexos é prevista em um dos primeiros momentos de evolução do ser humano fazendo parte de um ciclo que inicia pelos movimentos involuntários muito antes do seu nascimento onde coleta e agru pa informações decodificandoas a partir dos 4 meses de idade chegando aos movimen tos mais controlado na fase do movimento rudimentar aos seus 2 anos de idade Na teoria epistemologia genética de Piaget considerase a fase dos movimentos re flexos como primeiro elemento na construção da teoria científica sobre o desenvolvimento humano O teórico divide o desenvolvimento humano em períodos conforme reincidência de comportamentos observados em determinada faixa etária Na idade de 0 a 2 anos o período é chamado de sensóriomotor pois neste perío do se desenvolve a percepção e o movimento BOCK et al 2002 É importante lembrar que no estágio sensóriomotor não há socialização por parte da criança pois ela acredita que a mãe é a extensão de si A teoria de Piaget pode ser mais afunilada pelos olhares de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 onde o estágio sensóriomotor de Piaget pode ser compreendido a partir das duas fases e quatro estágios de desenvolvimento A fase do movimento reflexo subdividese em duas categorias os reflexos primitivos e os reflexos posturais No primeiro caso observamos estes reflexos como formas de sobre vivência e respostas à estímulos a exemplos a sucção e a flexão dos dedos das mãos ao ter palma tocada Com o tempo estes movimentos vão dando espaço para o aparecimen to dos reflexos posturais também involuntários que indevidamente é confundido com o movimento voluntário GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Nesta segunda instância os reflexos são vistos quando posicionamos a criança no chão em postura ereta a resposta dada é a marcha ou quando a criança realiza uma ex tensão de braço ao aproximarse do chão Diante da primeira situação nas perspectivas de Margill 2000 não podemos considerar esta marcha como uma habilidade motora tendo em vista que a habilidade relacionase com os movimentos voluntários para atingir uma finalidade O que não ocorre por isso a marcha e a extensão do braço é considerado movi mentos reflexos A fase do movimento reflexo do Quadro 2 com certa delimitação pode ser relacio nado ao estágio 1 do desenvolvimento humano de Wallon Este estágio é classificado em a impulsivo 0 aos 3 meses b emocional 3 meses a 1 ano Neste período valorizamos a afetividade De cunho materialista dialética estabelece que a criança tem as suas primei ras relações sociais e com o ambiente Os movimentos do bebê de início são caóticos mas as relações que estabelece gradualmente permitem que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas GRATIOTALFANDÉRY 2010 p35 O estágio 2 de Wallon se amplia até os 3 anos de idade da criança Chamado de Sen sóriomotor dos 12 aos 18 meses e projetivo dos 18 aos 3 anos Neste estágio o pensamento se volta para ao movimento motor Nesse período destacamse os aspectos discursivos que por meio da imitação favorece a aquisição da linguagem GRATIOTALFANDÉRY 2010 50 p35 Percebemos que a teoria walloriana não reúne uma sequência linear como Piaget e Gallahue Ozmun e Goodway 2013 projetam Retomando análise do Quadro 2 para Gallahue Ozmun e Goodway 2013 a inibição destes reflexos que também atravessa a fase do movimento rudimentar se dá ao fato do desenvolvimento da maturação do sistema nervoso o que permite que os movimentos deixem sua condição involuntária dando a vez ao movimento voluntário no entanto no estado rudimentar o que significa que precisa ainda ser aprimorado Neste estágio a criança tem como principais características o crescente domínio dos movimentos coordenados abarcando situações que vão desde o manuseio de objetos ao seu deslocamento ou seja para Piaget a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto BOCK et al 2002 p 101 percebemos assim a utilização percepção e os movimentos para as novas aquisições A fase do movimento reflexo pode ser aprofundada na leitura do capítulo 7 em Gallahue Ozmun e Goodway 2013 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788580551815 Para compreender mais sobre o crescimento e desenvolvimento motora na infân cia busque o capítulo 3 de Bacil Mazzardo e Silva 2020 disponível em httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao178221pdf0 BUSQUE POR MAIS A epistemologia genética defende que o desenvolvimento cognitivo ocorre pela interação sujeito e objeto e percorre estágios conduzidos naturalmente FIQUE ATENTO Reflita sobre a organização das turmas por anos de escolaridade e perceba o quanto a escola recebe influência da teoria de Piaget VAMOS PENSAR Em continuidade apresentamos o desenvolvimento motor em outras duas fases subsequentes e demarcadas por Gallahue Ozmun e Goodway 2013 que serão atraves sadas também pelo pensamento de desenvolvimento humano piagetiano e walloriano Partimos assim da observação do Quadro 3 abaixo 43 ABORDAGEM DO MOVIMENTO FUNDAMENTAL DO MOVIMENTO ESPECIALIZADO E AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 51 Faixa etária prevista Estágios do desenvolvimento motor Fase do movimento fundamental 2 a 3 anos Estágio inicial onde a criança demonstra as primeiras iniciativas orientadas para a execução de um movimento fundamental 3 a 5 anos Estágio elementar mostrando uma melhor harmonia corporal nos movimentos todavia com padrões de movimentos em evo lução 5 a 7 anos Estágio de proficiência onde os movimentos apresentam efici ência Fase do movimento especializado 7 a 10 anos Estágio de transição os movimentos possuem maior precisão e controle 11 a 13 anos Estágio de aplicação implica a deliberação e a prática pela prá tica 14 anos ou mais Estágio de utilização ao longo da vida das habilidades já adqui ridas Quadro 3 Faixa etária e estágios fundamental e especializado do desenvolvimento motor previstos Fonte Quadro elaborado pela autora GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Analisando o Quadro 3 observamos que a fase do movimento fundamental iniciase aos 2 anos de idade e estendese até aos 7 anos tendo grande duração e tem razões im portantes para se chamar assim pois são pilares para um desenvolvimento para além do período da infância Nesta fase a criança explora e experiencia mais o seu corpo desempenhando movi mentos do cotidiano como andar saltar chutar etc lembrando que o desenvolvimento requer além da maturação biológica sendo necessário levar considerar o estímulo do am biente GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Na dimensão do desenvolvimento humano Piaget em sua teoria do desenvolvimen to humano classifica que a esta fase é chamada de período préoperatório aponta que é neste percurso que a maturação neurofisiológica completase permitindo o desenvolvi mento de novas habilidades BOCK et al 2002 p 103 devendo estas habilidades serem estimuladas ne fase motora Relacionando a fase do movimento fundamental 2 7 anos do Quadro 3 com a perspectiva do desenvolvimento humano de Wallon observaremos nuances do estágio 2 já abordado Mas reúne o estágio 3 que se apresenta em Personalismo 3 a 6 anos Crise de oposição 3 a 4 anos Idade da graça 4 a 5 anos Imitação 5 a 6 anos Refletindo a característica pendular do desenvolvimento nesse estágio há predomínio da afetividade Estenden dose até aos seis anos de idade nesse período formase a personalidade e autoconsciência do indivíduo muitas vezes refletindose em oposições da criança em relação ao adulto e ao mesmo tempo com imitações motoras e de posturas sociais GRATIOTALFANDÉRY 2010 p35 52 O desenvolvimento no estágio 3 apresenta muitas fases todavia estão voltadas para a afetividade repetições das ações e posturas que estão diante de si Para Wallon não é possível fazer marcações didáticas e lineares em seus estágios tendo em vista que o desenvolvimento humano é marcado por avanços recuos e contradições e para me lhor compreendêlo é preciso abandonar concepções lineares de análise e interpretação GRATIOTALFANDÉRY 2010 p33 Ainda no Quadro 3 temos com Wallon o estágio de 4 chamado de categorial 6 a 11 anos onde continua a relação inteligência e mundo exterior Segundo GratiotAlfandery 2010 neste período a criança passa a pensar conceitualmente avançando para o pensa mento abstrato e raciocínio simbólico p 35 Retomando ao movimento fundamental no Quadro 3 para Gallahue Ozmun e Goo dway 2013 o estágio inicial representa as primeiras iniciativas da criança sob orientação para a realização de determinado movimento fundamental a exemplo caminhar Nesta fase podemos perceber que há muitos erros de execução no movimento apresentando como variáveis demasiadas ou nulas o ritmo a força a intensidade etc No estágio elementar a criança apresenta um aumento de controle motor com a execução de caráter fundamental mais harmônica entre ritmo coordenação sincroniza ção todavia os padrões de movimentos ainda estão em evolução Por último não menos importante o estágio de proficiência é identificado pela execução mecânica dos movimen tos controlados em harmonia corporal contudo pode ser estimulada sempre GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Os novos padrões de movimentos adquiridos são como as estruturas necessárias para as habilidades desportivas Se antes buscávamos desenvolver padrões de movimen tos como correr e saltar no contexto do movimento especializado a corrida de obstáculos é um bom exemplo de movimento combinado Mas como Gallahue Ozmun e Goodway 2013 afirmam esta fase não se limita a questão desportiva ela é mergulhado em nosso cotidiano momentos recreativos e caso não seja desenvolvida apresentaremos compro metimentos na execução de nossos movimentos ainda adultos Esta fase é dividida em três estágios de transição de aplicação e de utilização ao longo da vida O primeiro é definido pela transição que ocorre do estágio de proficiência do movimento fundamental já com maior forma precisão e controle para o movimento especializado Por volta dos 7 anos de idade a criança arrisca os seus primeiros movimen tos na tentativa de refinar e combinar as habilidades da fase anterior com o objetivo de executar os movimentos complexos GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Em sequência de 11 a 13 anos de idade evidenciase na criança o estágio de aplica ção que é o momento de aplicar o que vem sendo desenvolvido ao longo desse tempo A prática revelase constante em busca da eficiência do movimento o que requer maior es timulação do refinamento GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Neste sentido encon tramos em Magill 2000 p 244 a defesa do conceito de variabilidade da prática que tem como objetivo à variedade de movimento e das características do contexto que o aprendiz vivência durante a prática de uma habilidade No estágio de aplicação Gallahue Ozmun e Goodway 2013 afirmam que a criança é capaz de deliberar sobre os esportes que mais se identifica isso ocorre por conta das suas experiências exitosas ou não em determinadas situações Assim concluísse que é perti nente oportunizar a criança diferentes movimentos O estágio de utilização ao longo da vida tem inicio aos 14 anos de idade e nos acom panham no percurso da vida já que estamos em constante condição de aprendizado Nos 53 estudos de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 p 335 a principal característica é a repre sentação e uso de todo o desenvolvimento motor já estabelecido de um padrão de mo vimento já aprendido para ser utilizado Neste estágio fazemos escolhas de atividades quando possível devido ao número de reponsabilidades que vamos reunindo com base em interesses capacidades ambições disponibilidade e experiências prévias do indivi duo Na teoria piagetinana a fase do movimento especializado compreende os seus dois últimos períodos observados 3º das operações concretas de 7 a 1112 anos e o 4º referente as operações formais de 1112 anos em diante BOCK et al 2002 Em Wallon verificase o estágio 4 categorial e o estágio 5 sendo este a Adolescência a partir dos 11 anos Para GratiotAlfandery 2010 neste 5º estágio as transformações físicas e psicoló gicas da adolescência acentuam o caráter afetivo desse estágio Conflitos internos e ex ternos fazem o indivíduo voltarse a si mesmo para autoafirmarse p 35 Entretanto é importante destacar que como Piaget a teoria de Walon não data o encerramento do desenvolvimento humano Considerao ao longo da vida Fazendo o entrelaçamento entre a teoria de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 e as teorias psicogenéticas aqui já se percebe uma autonomia da criança possui o pensamen to lógico diante do concreto inclusive realizando inferências havendo posteriormente um exercício da reflexão é mais apurado o que possibilita deliberar sobre suas escolhas espor tivas diante de suas experiências já conseguindo elaborar hipóteses A fase do movimento especializado pode ser aprofundada na leitura do capítulo 1 em Gallahue Ozmun e Goodway 2013 disponível no link httpsintegradaminha bibliotecacombrbooks9788580551815 Para maior compreensão sobre o desempenho motor em adulto busque o capí tulo 5 de Bacil Mazzardo e Silva 2020 disponível em httpsplataformabvirtual combrLeitorPublicacao178221pdf0 BUSQUE POR MAIS Segundo Gallahue Ozmun e Goodway 2013 para a fase do movimento especializado é pre ciso ter sólida formação na fase anterior pois neste momento o trabalho será sobre a combi nação e interação dos movimentos de caráter fundamental bem como o refinamento destas habilidades mais complexas que nos acompanharão ao longo do percurso da nossa vida FIQUE ATENTO Apresentamos que o desenvolvimento motor evolui também a partir das experiências que são oportunizadas Pense sobre as práticas que realizamos enquanto estudantes da educa ção básica O que você mudaria VAMOS PENSAR 54 1 Os ajustes feitos no comportamento motor é resultado da interação entre três elementos a biologia do indivíduo nas condições ambientais e nas exigências da tarefa de movimento Marque a alternativa que se relaciona respectivamente aos três elementos citados a objetivo da tarefa fatores perceptivosmotores motivação b formação do padrão do movimento crescimento contexto do ambiente c dicas do instrutor fatores mecânicos fatores anatômico d fatores perceptivosmotores dicas do instrutor formação do padrão do movimento e formação do padrão do movimento objetivo da tarefa motivação 2 Seguindo a teoria de Piaget A inteligência é uma adaptação é pois incorpora dados da experiência do indivíduo e ao mesmo tempo uma vez que o sujeito modifica suas estruturas mentais para os novos elementos Sendo a um ajuste das respostas atuais para atender a demandas especificas de um objeto ou ação A alternativa que corresponde as lacunas respectivamente é a assimilação acomodação acomodação b assimilação acomodação assimilação c acomodação assimilação assimilação d acomodação assimilação acomodação e acomodação acomodação acomodação 3 ENADEINEP adaptado O ser humano desenvolve suas habilidades a partir do seu aparato biológico em consonância com o ambiente cultural em que vive Foi a partir disso que Gallahue e Ozmun 2005 pensaram uma forma de classificar as habilidades motoras adquiridas pelas pessoas Considerando as informações estudadas avalie as afirmações a seguir I O bebê reconhece o ambiente a partir da atividade reflexa provocada por toque II É na fase motora rudimentar que as crianças começam as ações de locomoção por meio do desenvolvimento da capacidade de arrastarse gatinhar e caminhar III A partir da fase motora especializada o envolvimento do sujeito nas atividades da cultura de movimento dependerá além das competências motoras desenvolvidas ao longo da infância e começo da adolescência das oportunidades condições físicas e motivação pessoal para tal É correto o que se afirma em a I apenas b I e II apenas c II e III apenas d I e III apenas FIXANDO O CONTEÚDO 55 e I II e III 4 ENADEINEP adaptado Considerando os estágios do desenvolvimento motor da criança e do adolescente e o âmbito de atuação de um professor de educação física nos níveis de ensino fundamental e médio é correto afirmar que a intervenção docente por meio de um programa de educação física escolar deve ser promovida durante as fases motoras Marque a alternativa correta a rudimentar fundamental e especializada visando à prática de atividade física esportiva b rudimentar e fundamental visando à prática de atividade física na vida diária e recreativa c reflexiva e rudimentar visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva d fundamental e especializada visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva e rudimentar fundamental e especializada visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva 5 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado em uma aula de basquetebol são movimentos fundamentais de manipulação locomoção e estabilidade respectivamente Marque a alternativa correta a recepção salto e esquivarse b arremesso passe e corrida c corrida lateral vôlei e esquivarse d passo alongado quicar e equilíbrio dinâmico e voleio movimentos axiais e salto 6 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado em uma aula de futebol são habilidades de manipulação locomoção e estabilidade respectivamente Marque a alternativa correta a corrida com marcação amortecer a bolo com a sola do pé e chute ao gol b desviarse do oponente amortecer a bolo com a sola do pé e chute ao gol c chute com a parte interna do pé corrida com marcação e finta sem bola d embaixadas amortecer a bola com o joelho e drible e drible embaixadas e amortecer a bola com o joelho 7 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado para aprendizagem da dança contemporânea são movimentos de estabilidade Marque a alternativa correta a saltitar galopar e rolar 56 b caminhar saltar e arremessar c rolar enrolar e pular d inclinar girar e levantar e empurrar galopar e rolar 8 As habilidades do movimento são padrões de movimento fundamentais refinados e combinados para formar as habilidades esportivas e outras habilidades de movimento complexas e especificas Elas são especificas da tarefa e os movimentos não A alternativa que completa a lacuna corretamente é a rudimentar fundamentais b especializado rudimentar c reflexo rudimentar d especializado especializado e especializado fundamentais 57 APRENDIZAGEM MOTORA NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNIDADE 05 58 51 PRESSUPOSTOS DE PIAGET WALLON E VIGOTSKY INTRODUÇÃO Nesta Unidade apresentamos as concepções sobre o lúdico e as etapas dos jogos no desenvolvimento infantil segundo os pressupostos de Piaget Wallon e Vigostky Neste interim percebemos a idade como um fator importante entretanto não determinante considerando assim as teorias mais progressitas No entanto a condição etária retoma seu papel de destaque quando realizamos a correlação entre os objetivos de aprendizagens das Unidades Temáticas na BNCC e a Am pulheta do desenvolvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 Propomos neste texto provocar reflexões sobre os objetivos de aprendizagens não apenas preconizando uma educação física voltada para a dimensão cognitiva sobre leitu ra e escrita na educação infantil e sim do que a escola deixa como possibilidades para o egresso do ensino médio Quando abordamos temas que abarcam o desenvolvimento da criança é imprescin dível apresentar os pressupostos de Wallon GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 GRA TIOTALFANDERY 2010 Piaget e Vigotsky BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 São teóricos com grandes destaques na literatura com percepções que ora se aproximam e ora se dis tanciam mas possuem reconhecimento internacional em suas doutrinas Nestas o jogo e o lúdico podem ser considerados os pilares no campo da educação e do desenvolvimento humano Em suas teorias a aprendizagem não deve se manter longe do lúdico As etapas do desenvolvimento para Piaget e Wallon demonstram como as crianças aprendem As brin cadeiras e jogos para estes teóricos são portas para a assimilação e acomodação Embora Wallon não empregue este termo como completo de assimilação para falar da atividade cognitiva como faz Piaget Wallon vê na acomodação postural a base do que se tornará imagem KISHIMOTO 2016 p 43 Vamos observar pelo Quadro 4 como os jogos são classificados nas concepções de Piaget e Wallon no desenvolvimento infantil Teórico Estágio Teórico Estágio Piaget Jogo de exercício Wallon Jogos funcionais Jogo simbólico Jogos de ficção Jogos de regras Jogos de aquisição Jogos de construção Quadro 4 A classificação das etapas dos jogo na perspectiva europeia Piaget e Wallon Fonte Tabela elaborada pela autora KISHIMOTO 2016 Para os autores os jogos compõem o desenvolvimento infantil sendo possível en contrar pontos comuns entre as teorias de Wallon e Piaget pois como aponta Gratiot Alfandéry 2010 p 32 não era norma à época dos seus escritos identificar as fontes de referência e por esta razão nem sempre é tranquilo reconhecer quem são os seus interlo cutores Enquanto Piaget segue três sequências Wallon baseiase em quatro Trais sequ ências devem ser levadas em conta na produção de propostas de aprendizagens 59 Em consonância ao Quadro 4 Kishimoto 2016 apresenta as perspectivas de Piaget onde os jogos de exercícios são latentes nos primeiros 18 meses de idade Como o próprio nome anuncia são exercícios repetições funcionais eou que possam proporcionar a sen sação agradável Contudo acera do primeiro ano de vida tais exercícios manifestam de outras formas 1 a criança passa a fazer repetições fortuitas e combina ções de ações e de manipulações depois define metas para si mesma e os jogos de exercícios são transformados em construção 2 os jogos de exercícios adquirem regras explícitas e então transformamse em jogos de regras Kishimoto 2016 p 42 O autor continua e apresenta que tal estágio vai desaparecendo conforme a evolu ção da criança Ao chegar próximo dos 2 anos de idade predominase o jogo simbólico onde a realidade externa começa a fazer parte de si A realidade é ressignificada e mani festase pela ficção imitação e o faz de conta Já os jogos com regras marcam a fase entre 7 e 11 anos de idade onde manifestam as interações sociais em detrimento as posições individuais Vamos perceber que nuances das etapas apresentadas por Piaget vão aparecer nos estágios propostos por Wallon entretanto diferente da perspectiva piagetiana os estágios não seguem linearmente a base cronológica pois parti da compreensão que o desenvol vimento acontece em mais de um plano simultaneamente de sistemas por superposição de planos uma concepção marcada pela base do materialismo dialético GRATIOTAL FANDÉRY 2010 p 33 O Quadro 4 pode ser explicado por Henri Wallon da seguinte forma As atividades lúdicas funcionais representam os movi mentos simples como encolher os braços e pernas agi tar dedos balanças objetos etc As atividades lúdicas de ficção são as brincadeiras de faz de conta com bonecas Nas atividades de aquisição a criança aprende vendo e ouvindo Faz esforços para compreender coisas seres ce nas imagens e nos jogos de construção reúne combi na objetos entre si modifica e cria objetos KISHIMOTO 2016 p 43 Senso assim concluímos que Wallon considera os movimentos reflexivos involun tários e voluntários no desenvolvimento Podemos concluir também que os estágios pro postos por Wallon dialogam em grande medida com a teoria psicogenética de Piaget Contudo devido à aproximação de Wallon com o materialismo dialético sua teoria vai ao encontro da teoria sociointeracionista de Vigotsky também de base marxista A teoria vi gotskiana leva em conta a manifestação cultural do espaço que a criança está inserida claro sem excluir a compreensão biológica Caminha no sentido de reunir as estruturas adquiridas e as estruturas herdadas BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 Nesta teoria os jogos são como condutas que imitam ações reais e não apenas ações sobre objetos ou uso de objetos substitutos Não há atividade propriamente simbóli ca se os objetos não ficam no plano imaginá rio e são evocados mais por palavras que por gestos KISHIMOTO 2016 p 43 Neste sentido Ribeiro Castro e Lustosa 2018 p7 consideram que pela teoria de 60 Vygotsky até os 3 anos de idade a criança não é capaz de inserirse em uma dimensão imaginária pautando que o ambiente com suas restrições é um aspecto limitador do com portamento Os autores vão além sobre o jogo de faz de conta e as regras Não existem brincadeiras sem regras A situação imagi nária inerente a toda e qualquer brincadeira contém re gras ocultas de comportamento No jogo de fazdecon ta as ações infantis se submetem às regras da vida social então mesmo que essas regras não tenham sido formu ladas previamente elas estão presentes nas brincadeiras Podemos inferir que o jogo é como o reflexo da realidade onde transporta para as brincadeiras as ações dos adultos o que impacta diretamente na sua formação Sendo assim o jogo um mediador de aprendizagens Uma concepção que está para além que coloca a brincadeira e o jogo uma potente estratégia de desenvolvimento e interiorização de valores O jogo enquanto mediador pode ser relacionado à zona de desenvolvimento proxi mal definida como a diferença expressa em unidades de tempo entre os desempenhos da criança por si própria e os desempenhos da mesma criança trabalhando em colabora ção e com a assistência de um adulto IVIC 2010 p 32 Partindo das considerações de Ivic 2010 e as nossas inferências na concepção de Vigosky não é possível precisar a idade para o desenvolvimento da criança tendo em vista que o seu desenvolvimento é implicado à dependência do contexto cultural o que evidên cia uma perspectiva dialética para a aprendizagem A zona de desenvolvimento proximal é a ponte entre o que a criança já consegue realizar sozinho zona de desenvolvimento real e o que a criança é capaz de realizar com um tutor zona de desenvolvimento potencial sendo este movimento um processo contínuo BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 FIQUE ATENTO Wallon é um importante teórico do desenvolvimento infantil mas a sua teoria não tem a mes ma proporção que Piaget e Vigotskynos currículos Pense sobre as razões desta afirmativa VAMOS PENSAR 61 Para profundar a relação entre o brincar e a infância leia o item Infância e Ludi cidade em Kishimoto 1998 disponível no link httpsintegradaminhabiblioteca combrbooks9788522113965 Para conhecer mais sobre as teorias estudadas realizar leitura de Taille 2019 dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao177927epub0 BUSQUE POR MAIS 52 A EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL I Educação Infantil A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica Ela se divide em duas ca tegorias creche de 0 até 3 anos préescola de 4 até 5 anos entretanto a educação básica obrigatória é somente a partir dos 4 anos de idade BRASIL 1996 Como objetivo desta etapa a BNCC BRASIL 2017 p 36 defende a ampliação do universo de experiências conhecimentos e habilidades dessas crianças diversificando e consolidando novas aprendizagens Pautado em tal objetivo apresenta um grande comprometimento com o brincar A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças BRASIL 2017 p 37 Neste sentido tendo o lúdico como inerente ao desenvolvimento infantil e as rela ções que vimos até o momento o jogo como uma importante ferramenta para o desenvol vimento humano bem como para a aprendizagem motora e cognitiva por serem implica dos concordamos com Munari 2010 p 99 pelo fato do jogo ser um meio tão poderoso para a apren dizagem das crianças que em todo lugar onde se conse gue transformar em jogo a iniciação à leitura ao cálculo ou à ortografia observase que as crianças se apaixonam por essas ocupações comumente tidas como maçantes A compreensão de Munari 2010 citada acima vai ao encontro das impressões de Le Boulch 1987 este por sua vez aponta que os problemas psicomotores são uma das causas funcionais das dificuldades que a criança tem de ler escrever e realizar cálculos matemáticos Agora vamos apresentar algumas propostas anunciadas por Le Boulch 1987 que correlatamos à etapa obrigatória da educação infantil 4 a 5 anos onde a criança encon trase na fase motora fundamental atravessando o estágio elementar 3 a 5 anos e o início do estágio de proficiência 5 a 7 anos É importante destacar que nas perspectivas do autor tais atividades estão voltadas para um período anterior a entrada da criança no curso preparatório mas não vamos per der de vista que o contexto da época diferenciase de hoje A obrigatoriedade escolar aos 4 62 anos de idade instituiuse no Brasil em 2013 antes a idade da préescola era de 4 a 6 anos e não obrigatória BRASIL 1996 Sendo assim realocamos as atividades antes do ingresso escolar na abordagem de Le Boulch para a educação infantil 4 a 5 anos Le Boulch 1987 trabalha com a concepção de que a escrita é um aprendizado mo tor p 32 devendo o trabalho psicomotor ser realizado do ingresso no curso preparató rio Veja que o ato de escrever hoje nos parece simples mas isso justificase pelas ativi dades de habilidade manual realizadas em um tempo pretérito tais como modelagem recorte e colagem de papel Figura 7 Atividade de coordenação motora fina Fonte Didagiochi 2017 online Aos 5 anos de idade quando a criança ingressa na préescola a atividade como a de modelagem permiti que além de executar pe quenos movimentos como o de pinçar contri buindo para a competência de segurar o lápis a criança desenvolva a criatividade bem como manifeste seus sentimentos estando eles es tão ou não reprimidos Outra atividade que requer atenção é o tracejado Segundo Le Boulch 1987 o ritmo do tracejado e sua orientação da esquerda para di reita serão melhorados pelos exercícios gráficos baseados nas formas da préescrita como diferentes hélices e guirlandas p 32 Na atividade da Figura 8 há objetivos expressos como mencionado Entretanto tra balhar tais aspectos não se esgotam na folha impressa É possível desenvolver a destreza em prol da habilidade manual e praxia de mãos e dedos O malabarismo com o material da Figura 9 contribui para a construção de habilidade de preensão pouso de objetos etc LE BOULCH A atividade com malabarismo pode se diversificar utilizando objetos menores e com diferentes texturas As propostas até aqui representadas nas três últimas figuras vão ao encontro da BNCC 2017 p 40 a qual apresenta uma organização curricular com cinco campos de experiência o eu o outro e o nós corpo gestos e movimentos traços sons cores e formas escuta fala pensamento e imaginação os quais valorizam uma aprendi zagem e desenvolvimento com base nas interações e a brincadeira assegurandolhes os direitos de conviver brincar participar explorar expressarse e conhecerse Dentre os campos de experiências vamos atentar para dois objetivos de aprendiza gem em corpo gestos e movimentos Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos escuta e reconto de histórias atividades artísticas entre outras possibilidades Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a Figura 8 Tracejado onda Fonte Atividades para educação infantil 2021 online Figura 9 Bola para malabarismo Fonte Joom 2021 online 63 seus interesses e necessidades em situações diversas BRASIL 2017 p 47 Tais objetivos trazem de forma explícita a noção do corpo consciente onde os aspec tos motores são requisitados e conjugados com o lúdico conforme o destaque das teorias psicogenéticas abordadas Mas retornarmos ao Quadro 1 vamos verificar que as ativida des sugeridas corroboram para os objetivos que as Figuras 7 e 8 propuseram bem como os citados na BNCC Ensino Fundamental I O Ensino Fundamental I é a etapa subsequente da Educação Infantil que compre ende os anos iniciais 1º ao 5º ano de escolaridade atendente crianças de 6 a 10 anos de idade claro considerando uma trajetória escolar ininterrupta nas respectivas fases moto ra fundamental estágio maduro 6 a 7 anos motora especializada estágio transitório 7 a 10 anos Nesta etapa a BNCC 2017 p 57 mantém o vínculo entre lúdico e a aprendizagem apontando para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educa ção Infantil pautando 3 elementos encontrado nas práticas corporais movimento cor poral como elemento essencial organização interna de maior ou menor grau pautada por uma lógica específica e produto cultural vinculado com o lazerentretenimento e ou o cuidado com o corpo e a saúde BRASIL 2017 p 213 A Educação Física é um componente curricular obrigatório na Educação Básica e nesta e consideramos como disciplina que tematiza as práticas corporais Entendese que Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo A vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particu lar e insubstituível e para que ela seja significativa é pre ciso problematizar desnaturalizar e evidenciar a multipli cidade de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corpo ral de movimento Logo as práticas corporais são textos culturais passíveis de leitura e produção BRASIL 2017 p 214 Tal percurso fornecido pelas práticas corporais para a construção do conhecimento que abrange Unidades Temáticas sendo que para esta etapa dos anos iniciais apenas 5 são requisitadas conforme o Quadro 5 abaixo Unidades Temáticas Objetivos de conhecimento 1º e 2º anos 3º ao 5º anos Brincadeiras e jogos Brincadeiras e jogos da cul tura popular presentes no contexto comunitário e re gional Brincadeira e jogos popula res do Brasil e do mundo Brincadeiras e jogos de ma triz indígena e africana Esportes Esportes de marca Esportes de precisão Esportes de campo e taco Esportes de redeparede Es portes de invasão 64 Quadro 5 Unidade Temáticas e os objetivos dos anos iniciais Fonte BNCC 2017 p 225 Ginástica Ginástica geral Ginástica geral Danças Danças do contexto comu nitário e regional Danças do Brasil e do mun do Danças de matriz indí gena e africana Lutas Lutas do contexto comu nitário e regional Lutas de matriz indígena e africana Práticas corporais de aventura As brincadeiras e jogos a ginástica os esportes e as danças estão presentes em todo percurso curricular tendo os dois últimos uma progressão pedagógica gradativa Entre tanto as lutas vão se apresentadas somente no período de 3º ao 5º ano desta etapa As práticas corporais de aventuras não são mencionadas nos anos iniciais apenas nos anos finais do Ensino Fundamental A BNCC 2017 p 219 aponta que Em princípio todas as práticas corporais podem ser obje to do trabalho pedagógico em qualquer etapa e modali dade de ensino Ainda assim alguns critérios de progres são do conhecimento devem ser atendidos tais como os elementos específicos das diferentes práticas corporais as características dos sujeitos e os contextos de atuação sinalizando tendências de organização dos conhecimen tos Na BNCC as unidades temáticas de Brincadeiras e jo gos Danças e Lutas estão organizadas em objetos de co nhecimento conforme a ocorrência social dessas práticas corporais das esferas sociais mais familiares localidade e região às menos familiares esferas nacional e mundial Em Ginásticas a organização dos objetos de conheci mento se dá com base na diversidade dessas práticas e nas suas características Em Esportes a abordagem recai sobre a sua tipologia modelo de classificação enquanto Práticas corporais de aventura se estrutura nas vertentes urbana e na natureza Fica claro aqui que as práticas não devem se dissociar do ambiente externo Além disso podemos inferir que as Unidades Temáticas em grande proporção fornecem uma formação humana e com valores sem hierarquias como solidariedade coletividade respei to à diversidade etc Retomando aos aspectos motores as crianças do 1º e 2º anos de escolaridade entre 6 e 7 anos atravessam o estágio proficiência ou seja a execução dos seus movimentos possuem maior eficiência Nos 3º 4º e 5º anos de escolaridade entre 8 e 10 anos predo minase o estágio de transição onde há o refinamento incipiente e ocorre o desenvolvi mento dos movimentos complexos sendo a conjugação de habilidades fundamentais já adquiridas GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 65 Como exemplo também de atividades combinadas podemos fazer uma releitura da atividade que Le Boulch 1987 registra de adaptação do deslocamento à distância quan do trata dois mecanismos distintos reportando à atividade vísuomotor Nesta releitura os bambolês são dispersos seguindo uma sequência onde a criança corre em direção aos bambolês e ao aproximarse realiza salto esticado de forma que caia no centro do bambo lê como a Figura 10 apresenta Figura 10 Corrida com saltos Fonte Adaptada de LE BOULCH 1987 Neste percurso da corrida com saltos estão sendo exigidas duas habilidades combi nadas correr e saltar Tal proposta pode ser implementada como exercícios de ginástica acrobática e dependendo das variáveis podese utilizar em outras abordagens pois não é nossa perspectiva trazer receitas e métodos para aplicação mas sim propor que a autono mia docente dialogue com os conhecimentos científicos apresentados Para saber mais sobre os benefícios dos jogos na educação física escolar buscar o capítulo 1 em Goulart 2018 disponível em httpsplataformabvirtualcombrLei torPublicacao163422pdf0 Para conhecer pequenos jogos esportivo que consideram o princípio biológico da sobrecarga aplicados à idade veja Koch 2005dDisponível no link httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9788520441909 BUSQUE POR MAIS Vísuomotor é caracterizado pela capacidade de realizar determinados movimentos a partir do reconhecimento visual FIQUE ATENTO Tendo a educação física obrigatória apenas a partir dos 4 anos de idade pense sobre as im plicações disso para as crianças de 0 a 3 anos VAMOS PENSAR 66 53 ENSINO FUNDAMENTAL II E ENSINO MÉDIO Ensino Fundamental II O ensino fundamental II também é chamado de anos finas sendo o percurso que a criança vai fazer do 6º ano ao 9º ano fechando assim a maior etapa obrigatória da Educa ção Básica e se formos representar de forma etária podemos dizer que compreende entre 11 e 14 anos considerando uma trajetória sem evasão e repetência Seguindo a direção de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 neste percurso escolar de 4 anos a criança já se encontra em outros estágios do movimento especializado Conside rando a faixa de 11 6º ano 12 7º e 13 8º ano anos de idade o estágio de aplicação é pre dominante Como o próprio nome anuncia é o momento de aplicar o que já foi aprendido Já no 9º ano o adolescente de 14 anos utilizase do padrão de movimento construído para novos conhecimentos Ao fazermos uma correlação com a BNCC todas as 6 Unidades Temáticas organiza das em dois blocos são comtempladas como mostra o Quadro 6 Unidades Temáticas Objetivos de conhecimento 6º e 7º anos 8º ao 9º anos Brincadeiras e jogos Jogos eletrônicos Esportes Esportes de marca Esportes de precisão Esportes de in vasão Esporte técnicocom binatório Esportes de redeparede Es portes de campo e taco Es porte de invasão Esporte de combate Ginástica Ginástica de condiciona mento físico Ginástica de condiciona mento físico Ginástica de conscientização corporal Danças Danças urbanas Danças de salão Lutas Lutas do Brasil Lutas do mundo Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aven tura urbanas Práticas corporais de aven tura na natureza Quadro 6 Unidade Temáticas e os objetivos dos anos finais Fonte BNCC 2017 p 231 O Quadro 6 traz os objetivos de conhecimento que são as práticas que os alunos desta faixa etária devem vivenciar Todas as propostas ali representadas ampliam não só o conhecimento globalizado e cultural mas desafiam a realização de movimentos não tão familiares tendo em vista que a BNCC é um recente marco legislativo Dentre as Unidades nesta faixa etária vamos exemplificar pelo esporte de marca que vai exigir aspectos motores bem elaborados ou seja há demasiada cobrança para a execução de movimentos mensurandoos por alguma unidade de medida massa distân cia e tempo como mostra a Figura 11 67 Figura 11 Esportes de marca Fonte CBAT 2019 online As provas dos esportes de marca reúnem em grande proporção a modalidade atle tismo não é exclusivo do atletismo Percebam que nos 400 metros com barreira 1 na marcha atlética 2 no arremesso de peso 3 e no salto com vara 4 o que está em xeque os resultados que comparam a velocidade segundos e o comprimento metros os quais exigem a ativação das três Unidades Funcionais de Luria tonicidade e equilíbrio 1º la teralidade esquema corporal e estrutura espaço temporal 2º coordenação motora fina e coordenação motora global 3º Apesar da Figura acima compilar as provas com atletas profissionais em idade adul ta ela nos estimula a pensar quais os exercícios podem ser implementados com os alunos dos 1º e 2º anos inicias bem como os de 6º e 7º anos finais conforme Quadros 5 e 6 Além disso as imagens propiciam a reflexão sobre o estágio ao longo da vida onde é possível fazer escolhas considerando nossas motivações e estímulos Como já mencionado esta literatura não reúne um conjunto de atividades para cada estágio mas procura promover a pesquisa e a reflexão sobre quais exercícios e da perti nência da sua realização em contextos de lazer e saúde dentro e fora da escola primando pelas considerações da BNCC 2017 p 231 Ensino Médio Em regra geral esta etapa recebe os egressos do Ensino Fundamental que já pos suem 15 anos de idade e atravessam esta etapa por um período de 3 anos BRASIL 1996 O estágio de desenvolvimento motor que compreende estes adolescentes ainda é o de utilização ao longo da vida como abordado na subseção anterior que reforça os pressu postos da BNCC 2018 p 473 no Ensino Médio os jovens intensificam o conhecimento sobre seus sentimentos interesses capacidades intelectuais e expressivas Para estes jovens a Educação Física por meio da corporeidade e a motricidade tam bém é compreendida como uma linguagem A BNCC 2018 475 apresenta que 68 Ao experimentarem práticas da Educação Física como ginástica de condicionamento físico ou de consciência corporal modalidades de esporte e de luta os jovens se movimentam com diferentes intencionalidades constru ídas em suas experiências pessoais e sociais com a cultu ra corporal de movimento Percebam que as práticas corporais do Ensino Fundamental são reforçadas e apro fundadas diferenciandose apenas pela intensificação de um contexto dialético com o mundo Entre as 6 Unidades Temáticas queremos chamar a atenção para o Hip Hop o qual tem a improvisação como processo criativo A sequência de movimentos improvisados reúne as qualidades dos aspectos moto res de maneira integrada em especial ressaltamos o esquema corporal e estruturação es paço temporal A consciência segmentária e do corpo inteiro revela limites e potencialida de para a improvisação bem como o acompanhamento do ritmo interação com o espaço e objetos tornam os movimentos harmônicos Neste sentido Santinho e Oliveira colaboram 2013 p 47 A improvisação auxilia no processo criativo a partir daí quando promove a exploração das potencialidades do corpo mostrando ao dançarino o quê e como é possível realizar a partir de determinadas partes do corpo e por fim aliase à combinação dessas partes em movimento despertando a consciência também do movimento cor poral Compreendemos assim que este processo leva o corpo a romper com o aprisiona mento e executar movimentos espontâneos e aleatórios nas composições coreográficas Abaixo a Figura 12 retrata uma apresentação de Hip Hop que explícita na imagem con gelada o domínio do corpo com equilíbrio e tonicidade satisfatórios para a execução do passo breakdancer doing hand standdo Figura 12 Representação de dança de rua passos de Hip Hop Fonte CBAT 2019 online A Figura mostra a execução do movimento com um bom grau de proficiência o que depende do nível de treinamento identificação com o gênero da categoria dança entre outras variáveis já discutidas Neste estágio de desenvolvimento ao longo da vida Gallahue Ozmun e Goodway 2013 defendem a possibilidade de novas aprendizagens Para a BNCC 2017 a dança deve propor a experimentação e a recriação e para me lhor compreensão desta perspectiva apresentamos o exercício chamado Trem em movi mento 69 um exercício tipo siga o mestre em que os participan tes se colocam em fila e o condutor da fila o primeiro da fila inicia movimentos aleatórios sempre se movi mentando no espaço e o restante da fila deve copiálo Ao terminar sua improvisação o condutor da fila assume o último lugar dando oportunidade para que o próximo da fila experimente o posto de condutor do trem Esse exercício é também muito lúdico e além de promover a consciência corporal na medida em que obriga o partici pante a observar o movimento do corpo do outro e tentar repetilo em seu corpo estimulando movimentos novos também estimula o entrosamento do grupo e a acei tação de movimentos diferentes daqueles que os alunos estão habituados a realizar individualmente SANTINHO OLIVEIRA 2013 p 62 poral A atividade proposta traz uma perspectiva de repetição e criação que estão para além dos movimentos mecânicos que a estrutura do corpo pode proporcionar o que o faz dialogar com as questões dialéticas propostas na sociedade contemporânea O corpo e o movimento assumem um importante papel de interlocutores na sociedade neste sentido acreditamos que a Educação física deve se manter obrigatória nos currículos escolares da Educação Básica Para conhecer 35 jogos prédesportivos buscar o capítulo 6 em Goulart 2018 dis ponível em httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao163422pdf0 Para compreensão dos jogos digitais para a prática na educação física veja Mei ra e Blikstein 2019 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombr books9788584291748 BUSQUE POR MAIS O passo breakdancer doing hand standdo é a execução da coreografia com a parada de mão seguida de uma performance acrobática FIQUE ATENTO Mesmo após a conclusão do ensino médio os desafios de aprendizagem motora continuam O padrão de movimento não é engessado Busque desafiar aquilo que você acha ser maior que você Quem ou o quê você quer desafiar VAMOS PENSAR 70 1 Professor de educação física PMNICONSULPLAN adaptada O desenvolvimento motor um processo contínuo de ajustamentos durante a vida Analise as afirmativas I O desenvolvimento motor é proporcionado pela interação das estruturas adquiridas e as estruturas herdadas II O desenvolvimento se relacionado exclusivamente à idade III Consideramos Piaget um teórico sociointecionista Estão corretas a I II III b I III c II III d I e I II 2 Psicomotricista CFPQUADRIX Para Wallon o desenvolvimento da motricidade é também função da reunião de experiências e vivências do indivíduo ao longo da vida Segundo o autor as referidas vivências são I Sensoriais II Cognitivas III Socioafetivas Está correto o que se afirma em a I b II c I III d III e I II III 3 Os esportes de marcas buscam superar os resultados com medidas de tempo distância e peso sendo em grande proporção vistos na modalidade de atletismo Considerando Iremo II corrida de revezamento III levantamento de peso IV ciclismo A opção que representa os esportes de marca é a I II III IV b I IV c I II d II IV e I III IV 4 Para a prática de danças é necessário que tenhamos consciência sobre o corpo FIXANDO O CONTEÚDO 71 conhecendo os limites e potencialidades das articulações respiração etc como por exemplo bem como a formação da estrutura espaço temporal a exemplo Neste sentido marque a opção que completa a lacuna corretamente a mímica relaxamento b alongamento dança da cadeira c amarelinha mímica d alongamento relaxamento e dança da cadeira alongamento 5 Professor de educação física Pref São Miguel de TaipuPB CPCONUEPB adaptado Hoje a educação é fundamentada na BNCC sendo este o documento que define os conhecimentos essenciais que todo aluno da Educação Básica tem o direito de aprender Analise as proposições e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas A unidade temática brincadeiras e jogos é direcionada no 8 ano Recriar os valores são previsto nas competências sobre a dança São oito as unidades temáticas a serem trabalhadas A sequência CORRETA de avaliação é a F V V b F F F c V V F d F V F e V F V 6 Professor de educação física Pref de ItaberabaOBJETIVA CONCURSOS De acordo com a Base Nacional Comum Curricular Etapa do Ensino Fundamental Educação Física assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE Há três elementos fundamentais comuns às práticas corporais como elemento essencial de maior ou menor grau pautadoa por uma lógica específica e vinculadoa com o lazerentretenimento eou o cuidado com o corpo e a saúde a movimento corporal organização interna produto cultural b movimento corporal produto cultural organização interna c organização interna movimento corporal produto cultural d organização interna produto cultural movimento corporal e produto cultural organização interna movimento corporal 7Professor de educação física Pref de ItaberabaOBJETIVA CONCURSOS O ensino dos fundamentos da ginástica na escola contribui para a formação de um vasto repertório de movimentos tanto para a própria ginástica quanto para as demais modalidades 72 esportivas e práticas corporais Sobre os fundamentos da ginástica assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE O ato de consiste em permanecer ou deslocarse em uma superfície limitada vencendo a ação da gravidade Já o fundamento de que também é uma habilidade motora fundamental é o ato de desprenderse da ação da gravidade manterse no ar e cair sem se machucar a equilibrarse saltar b trepar saltar c equilibrarse balançarse d trepar balançarse e rolar trepar 8Professor de educação física Pref CaxiasMA Machado de Assis adaptada De acordo com Piaget 1876 o infante através do movimento corporal vai enriquecendo a experiência subjetiva de seu corpo e vai ampliando a experiência motora e cognitiva Portanto é extremamente importante que a criança passe pela fase de vivência corporal Por essa vivência corporal ela corre brinca trabalha e conhece seu corpo A criança precisa ter suas próprias experiências e não ser sempre guiada pelos adultos pois é pela sua prática pessoal pela sua exploração que se ajusta domina descobre e compreende o meio em que vive Essa afirmação diz sobre a a Ludicidade b Diversidade c Corporeidade d Inclusão e Equilibração 73 EDUCAÇÃO MOVIMENTO DIVERSIDADE E INCLUSÃO UNIDADE 06 74 61 AS RELAÇÕES ÉTNICORACIAIS Vimos até aqui o quanto é importante o desenvolvimento dos aspectos motores e o seu impacto em nossa vida cotidiana Alinhamos também estes aspectos às dimensões cognitivas e afetivas como um só elemento Neste sentido não é possível invisibilizar questões tão latentes que fazem parte de uma agenda de reivindicações dos grupos étnico raciais que inclui por consequência a imagem do corpo concentrando cargas emocionais de como esse corpo é visto mantendo uma estreita relação com a dimensão afetiva Le Boulch 1987 nos diz que apreender a imagem do corpo como conteúdo é colocar se do ponto de vista do corpo como fonte de pulsões e vetor de trocas relacionais p 17 Compreendemos assim que a imagem do corpo interfere em pontos importantes que se relacionam com a autoconfiança e autoestima Com base nisso fazemos as seguintes provocações O que é dito para este corpo acerca do seu cabelo e pele Os adjetivos utilizados em referência a este cabelo e tom de pele têm a intenção de valorizar ou de inferiorizar Além das características fenotípicas há outras questões relevantes As histórias e culturas passam pelo processo de invisibilidade onde inferimos que o desconhecimento sobre determinados componentes culturais reverberam ações que tendem a inferiorizar o outro SOUZA SILVA MATTOS 2018 Nossa proposta é apresentar um percurso de atividades que buscam trabalhar os aspectos psicomotores apresentados na Unidade 3 ampliando o conhecimento cultural sobre as diferentes sociedades neste caso indígenas e africanas descortinando possibilidades de um trabalho em prol das relações étnicoraciais Como forma de não tornar a leitura repetitiva apontaremos apenas para os elementos mais específicos na execução dos movimentos Jogos Indígenas As atividades apresentadas aqui são recortes das 12 edições nacionais de 1996 a 2013 dos Jogos dos Povos Indígenas organizados pelo Comitê Intertribal Indígena com o reconhecimento da Secretaria Especial do Esporte BRASIL 2013 os quais fundamentam se pela celebração e não pela competição diferente da perspectiva ocidental Veja abaixo o Quadro 7 onde apresenta as modalidades que compõem esta celebração INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos apresentar outras possibilidades para o desenvolvimentore finamento dos aspectos psicomotores É importante trazer esta visão para desconstruir ideias culturais homogêneas na sociedade Neste texto buscamos dialogar com a temáti ca indígena e africana de gênero e de inclusão pois reconhecemos que vivemos em uma sociedade plural por isso há a necessidade de romper com padrões que ocultam outros saberes 75 Modalidades Arco e flecha Corrida de fundo Arremesso de lança Corrida de tora Cabo de força Futebol masculino Canoagem Futebol feminino Corrida de 100 metros NataçãoTravessia Modalidades Tradicionais Akö Tihimore Corrida de tora Xikunahaty Jãmparti Zarabatana Jawari Katukaywa Kagot Ronkrã Kaipy Lutas corporais Quadro 6 Modalidades dos Povos dos Povos Indígenas Fonte Adaptado pela autora BRASIL 2013 O Quadro apresenta 21 modalidades onde é importante destacar que mesmo com tantas modalidades e participantes as modalidade tradicionais são feitas apenas como forma de demonstração não havendo premiação e julgamentos de juízes BRASIL 2013 Dentre as modalidades do Quadro queremos abordar duas Arremesso de lança e Cabo de força que foram também incluídos nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015 O Arremesso de lança consiste em uma modalidade que permite três arremessos sendo os pontos contados pela maior distância alcançada pela lança BRASIL 2013 Procu rase reunir importantes habilidades para uma boa execução dos movimentos Apesar de a ação necessitar de muitos elementos vamos priorizar os mais especí ficos Perceba junto a Figura 13 que o arremesso precisa da coordenação motora global Segundo Fonseca 2012 este aspecto exige a atividade de vários grupos musculares p 289 além de precisar da integração da primeira e segunda Unidades Funcionais de Luria Fonseca 2012 ainda observa que neste contexto podemos perceber o envolvimento com a postura a locomoção o contato a recepção e a propulsão de objetos isto é a inte gração sistêmica dos movimentos do corpo com os movimentos do próprio envolvimento p 289290 Figura 13 RModalidade Arremesso de lança Fonte JMPI 2015 online 76 A Figura 13 exemplifica a distância do arremesso da lança que requer do participan te o uso da força Esta variável está intrinsecamente relacionada com o elemento tonicida de além disso queremos chamar a atenção para a modalidade no sentido de ser a prática cultural de sobrevivência quando nos referimos a caça A modalidade Cabo de força tem se mostrado mais popular entre as brincadeiras escolares intitulada como Cabo de guerra Ela consiste em dividir equipes onde os partici pantes ficam em lados opostos puxando uma corda orientados pela demarcação do espa ço Vence a equipe que conseguir trazer para seu campo os adversários Veja na Figura 14 como corre a demarcação de espaços Figura 14 Demarcação do território para o Cabo de força dos Jogos dos Povos Indígenas Fonte JMPI 2015 online No Cabo de força também se torna evidente a variável força concentrada nos MMSS e MMII sendo a tonicidade e o equilíbrio os aspectos que colaboram para o controle do corpo e o uso adequado da força em posição estática ou dinâmica Brincadeiras Africanas As brincadeiras africanas apresentadas aqui fazem parte da literatura infantil que Barbosa 2019 vem reunindo ao longo de sua trajetória de pesquisa sobre o continente africanos A obra apresenta um conjunto de 25 brincadeiras onde exploraremos duas des tas 1 Corrida três referente à Senegal b Chakyti Cha referente à Gana Barbosa 2019 explica como é feita a Corrida de três Dois meninos ombro a ombro entrelaçam as mãos atrás das costas como se elas fossem estribos mantendoas à altura da cintura Logo em seguida em terceiro garoto aproximase e sobe nas costas dos dois companheiros apoiando os pés nos estribos dos parceiros E as mãos nos ombros da mesma dupla Nessa posição ele de pé passa a ser o comandante de seu time Os outros competidores agem da mesma forma cons truindo seus respectivos trios As equipes perfiladas passam posteriormente a dispu tar animadas corridas p 17 Cada equipe precisará de três participantes sendo explorados principalmente dois aspectos motores tonicidade e o equilíbrio estático e dinâmico Veja na Figura 15 a repre sentação das posições de cada membro de equipe 77 Como estamos verificando as brincadeiras africanas são de baixa complexidade em grande medida não exigem fartos recursos no entanto buscam trazer a luz as suas filoso fias a exemplo a brincadeira Chakyti Cha pode ser vista como uma variação do pegape ga incluindo personagens na brincadeira neste caso o cachorro e a hiena Figura 15 Representação da brincadeira Corrida de três Fonte JMPI 2015 online Barbosa 2019 p 17 A meninada dividese em dois grupos iguais entre 10 e 20 integrantes As crianças perfilamse em pé uma atrás da outra cada uma segurando com as mãos a cintura do campanheiro da frente A partir daí elas passam a andar para frente e para trás cantando repetidamente Chakyti Cha Chakyti Cha Ao memso tempo os dois cabeças do grupo sem se des grudarem de sua turma procuram captuurar a última criança da fila do bando rival Os que são pegos engros sam a tropa adversária Chakyti Cha Chakyti Cha continua a garotana can tando e ondulando num jogo de pegapega como se fos sem um cachorro e uma hiena tentando moder a cauda um do outro Ganha a turma que captura mais crianças BARBOSA 2019 p 51 Nesta variação de pegapega observase que o deslocamento dos alunos em fileiras inclui correr e desviar implicando no desenvolvimentoaperfeiçoamento da estrutura es paço temporal e equlíbrio dinâmico mantendo uma grande atenção para não pisar no co lega a frente e nem cair com a velocidade de deslocamento A figura 16 representa como é feita a brincadeira Chakyti Cha Figura 16 Representação da brincadeira Chakyti Cha Fonte JMPI 2015 online Barbosa 2019 p 17 Conhecendo um pouco mais sobre essas culturas podemos inferir que nossas brin cadeiras populares não se distanciam delas As suas variações são em consonância com suas histórias e culturas sendo justamente isso o que queremos evidenciar para a imple mentação da Lei 116452008 na área da educação física 78 Para melhor compreender da relação étnicoracial no Brasil consultar Junior e Rad vanskei 2020 por disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPubli cacao186412pdf0 Para ler sobre o respeito as diferenças raciais veja o capítulo 8 de Furlani 2016 dis ponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788582178195 Para conhecer brincadeiras indígenas veja HERRERO Mariana FERNANDES Ulysses Jogos e Brincadeiras da Cultura Kalapalo São Paulo SESC SP 2010 BUSQUE POR MAIS Em 2003 foi sancionada a lei nº 10639 que tornava obrigatório o estudo sobre a História e Cultura Afrobrasileira e Africana Em 2008 a temática dos povos indígenas foi incluída pela Lei nº 11645 FIQUE ATENTO A Lei nº 10639 e a Lei nº 11645 existem entre 18 e 13 anos Por que somente com a BNCC a te mática se torna mais evidente VAMOS PENSAR 62 AS RELAÇÕES DE GÊNERO Nesta discussão queremos convidar a todos para trazer a memória de como eram as nossas aulas de educação física na escola Muito provável que não haja uma uniformidade nas lembranças tendo em vista o tempo geracional contexto social e etc mas arriscamos que dentre este conjunto de lembranças há de comum uma prática de separação entre meninos e meninas o que é muito óbvio já que as modalidades esportivas são assim Entretanto não é este sentido que as nossas provocações se direcionam e sim para a desconstrução de uma hierarquia de gênero As aulas educação física se tornam um importante elemento para tais discussões a exemplo a reflexão sobre a predominância dos meninos em quadra como aponta Corsino e Auad 2017 Os autores sinalizam que nós professores reforçamos esta ideia de segregação a começar pela forma em que organizamos as aulas muitas vezes recorrendo à separação entre meninos e meninas Inferimos sobre isso que esta prática muitas vezes é envolvida com o nosso inconsciente já que foi assim que aprendemos e nisso a história da Educação Física ajuda a explicar A ideia Corsino e Auad 2017 é reforçada indiretamente por ChanVianna Moura e Mourão 2010 pois em suas pesquisas afirmam que existe sexismo na educação física escolar e que o esporte é o principal instrumento de reforço dessa discriminação p 163 contudo Uchoga e Altmann 2015 nos apresentam importantes nuances para 79 além da dimensão social Suas contribuições divulgam os impactos desta segregação no desenvolvimento de meninos e meninas durante as aulas de educação física Esses diferentes envolvimentos com as atividades de aula independentemente do conteúdo faziam com que meninos e meninas desenvolvessem habilidades corpo rais distintas como na situação dos jogos de queimada nos quais eles dominavam os arremessos ou na compo sição de figuras acrobáticas em que eles arriscavamse mais nos movimentos mais complexos aprimorando habilidades corporais ligadas à força ao equilíbrio e elas desenvolviam habilidades de liderança e organização A partir da análise da participação de meninos e meninas em diversas práticas corporais no ambiente escolar no tamos que a desigualdade de participação nas diferentes práticas ainda não está superada p 169 Conforme lemos a citação vamos refletindo sobre as dimensões distintas que cada grupo desenvolve considerando a delimitação que é dada Tal perspectiva vai na contramão do que defendemos sobre novas experiências corporais Os meninos estão expostos a mais habilidades motoras força e equilíbrio em comparação as meninas têm seus corpos contidos e engessados Ao logo das unidades já refletimos sobre os comprometimentos acerca da falta de experiência corporal neste sentido apresentamos a seguir uma atividade indutora que proporciona determinada discussão nas aulas de educação física Estátuas para pensar adaptada do Caderno do Desafio da Igualdade PLAN INTERNACIONAL BRASIL SA Passo 1 Fazer uma estátua A partir da formação de duas fileiras uma afrente da outra sem distinção de gênero tocar uma música por determinado tempo para os participantes dançarem mas no momento em que a música parar e o professor falar uma frase os participantes devem fazer uma estátua que se aproxime com a frase dita Atenção Enquanto uma fileira reproduz a estátua que representa uma mulher a outra deve reproduzir a imagem que representa o homem Passo 2 Observar as outras estátuas em seguida mantendose imóveis os participantes começam a comparar a sua estátua com a imagem do companheiro posicionado à frente A brincadeira recomeça tendo como base as palavras Poder Amor Raiva Trabalho Gentileza Passo 3 Debate A partir de um roteiro de perguntas e as vivências dos alunos é oportuno que a gente provoque um debate onde possam perceber as diferenças as semelhanças e como isso se relaciona na vida cotidiana etc Vimos aqui que a discussão sobre os padrões de gênero podem ser implicadas à educação física onde recorremos a dança para o desenvolvimento da estruturação espaço temporal pois é preciso ter atenção ao deslocamento do seu corpo ao espaço dado a própria formação da estátua que busca desenvolver a concentração tônica e o equilíbrio Poderíamos continuar analisando a brincadeira sob as outras Unidades Funcionais porém queremos chamar a atenção apenas para as mais latentes para deixar o gênero como núcleo de discussão 80 A brincadeira da estátua é apenas um exemplo do que podemos fazer enquanto professores comprometidos com a desconstrução da cultura do sexismo Esperase que cada docente a partir de seus conhecimentos teóricos e autonomia seja capaz de lidar com questões tão urgentes na sociedade Veja sobre o brinquedo e a questão de gênero em Meninos e meninas devempo dem ter os mesmos brinquedos em Furlani 2016 disponível no link httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9788582178195 Veja sobre a prática escolar sobre as relações de gênero em Auad 2006 disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao1218pdf0 BUSQUE POR MAIS Na BNCC encontramos a temática sobre gênero dentro da discussão sobre os Direitos Huma nos devido as supressão do termo gênero pelo Congresso Nacional FIQUE ATENTO Na Unidade 1 vimos como o homem continha e esta perspectiva tem se propagado até a atu alidade A imparcialidade diante de tal discussão apenas produz o efeito de manutenção da cultura do sexismo colocando a mulher como secundária na sociedade e indiretamente no esporte VAMOS PENSAR 63 AS RELAÇÕES PARA A INCLUSÃO Os dados do Censo de 2010 mostram que no país 24 da população possui algum grau de deficiência declarada no entanto utilizando uma base para cortes esta população cai para aproximadamente 125 milhões de pessoas o que representa 67 da população Veja como o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia IBGE faz o tratamento dos dados Considerando somente os que possuem grande ou to tal dificuldade para enxergar ouvir caminhar ou subir degraus ou seja pessoas com deficiência nessas habi lidades além dos que declararam ter deficiência mental ou intelectual temos mais de 125 milhões de brasileiros com deficiência o que corresponde a 67 da população IBGE 2021 81 As informações coletadas se referem ao ano de 2010 pois o Censo 2020 ainda vem sendo desenhado com outros instrumentos avaliativos Nossa intenção aqui é trazer a tona esse conjunto populacional com as taxas por tipo e grau de deficiência que compõem a sociedade que se reflete nas unidades escolares e em outros espaços A Figura 17 anuncia a taxa percentual distribuída em deficiência visual motora auditiva mentalintelectual Observe Figura 17 Porcentagem da população por tipo e grau de dificuldade e deficiência Fonte IBGE 2021 As pessoas que necessitam de algum atendimento especial ao longo da história vêm conquistando importantes direitos a exemplo o de ocupar espaços sociais O profissional de educação física deve ter clara compreensão que suas práticas devem dialogar com a Lei Brasileira de Inclusão erradicando a produção de clivagens sociais Neste sentido vamos apresentar dois jogos Golbol e Handebol sentado da Coletânea de Práticas promovida pelo Instituto Rodrigo Mendes 2016 os quais possibilitam e colaboram para o desenvolvimento motor na perspectiva inclusiva evidenciando a aculturação onde crianças sem necessidades especiais experienciam a vivência de crianças que possuem algum tipo de limitação O primeiro jogo chamase Golbol A partida ocorre com todos os participantes de olhos vendados e apenas uma bola Esta bola deve conter guizos para a emissão de sons onde mensagens serão enviadas para os receptores da audição orientando assim o deslocamento dos alunos Enquanto um grupo se localiza na região da trave o outro grupo se mantém em direção oposta com determinado distanciamento Veja o posicionamento na Figura 18 Figura 18 Jogo Golbol Fonte Disponível em httpsbitly36xanUE Acesso em 15 maio 2021 82 O objetivo é arremessar a bola dentro do gol todavia sem se deslocar Enquanto isso o grupo localizado na área de gol deve defender este Ainda acrescentamos como sugestão que haja um rodízio nos posicionamentos O jogo propicia a aprendizagem de aspectos motores como o esquema corporal o equilíbrio No jogo sentado com adaptação para o handebol os jogadores ficam distribuídos em quadra devendo atentar para a função de ataque e de defesa Com a posse de bola os companheiros devem tentar arremessála ao gol quando esta se aproximar da baliza O deslocamento deve ser feito apenas com o bumbum no chão já que se encontram sentados Como o goleiro é um membro de equipe que também está sentado é importante incorporar como regra que a bola deve quicar durante o arremesso Veja na Figura 19 a demonstração do jogo Figura 19 Handebol sentado Fonte Modalidades paralímpicas IRM 2016 p 63 Além do caráter inclusivo que os jogos proporcionam estas atividades com bola favorecem o desenvolvimento da força e do equilíbrio no ato do arremesso Não devemos esquecer que o arremessar é um movimento manipulativo enquanto que o equilíbrio faz parte do movimento estabilizador tais movimentos são de grande importância não somente para as atividades em quadra mas nas atividades do nosso cotidiano que incluem as crianças que necessitam de um atendimento mais direcionado mesmo não sendo consideradas deficientes Integrar a todos é a perspectiva que defendemos Entretanto concluímos que a partir das duas atividades é possível explorara aulas de caráter inclusivo A Lei Brasileira de Inclusão usa como terminologia para se referir a este grupo populacional o termo Pessoas com Deficiência FIQUE ATENTO escola tornase um agende de inclusão não apenas em suas dependências mas semeia um novo projeto de sociedade Liste as desigualdades que você percebe e pense sobre o seu perfil profissional VAMOS PENSAR 83 O capítulo 3 de Aguiar 2015 apresenta alguns jogos que podem ter caráter indutor em nossa prática profissional Veja pelo link disponível em httpsplataformabvirtu alcombrLeitorPublicacao26779pdf0 Para compreender mais sobre a educação física inclusiva diante da deficiência vi sual auditiva intelectual e física leia Biedrzycki et al disponível em httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9786556900612 BUSQUE POR MAIS 84 1 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado As brincadeiras africanas para educação cultural apresentam algumas características e particularidades Assinale a alternativa que apresenta uma dessas características a As brincadeiras individuais são predominantes b São brincadeiras muito simples quanto às exigências motoras c Exigem grandes recursos para a realização d São brincadeiras que demonstram buscar a integração com o outro e Não possuem organização 2 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado Para Knijnik e Zuzzi em Meninas e meninos na Educação Física gênero e corporeidade no século XX 2010 a corporeidade culturalizada em matrizes de gênero normativas deve ser alvo de debate na escola Assinale a alternativa em que as matrizes de gênero normativas estão presentes a Competição em que todas as modalidades são mistas quanto ao sexo b Livre escolha de atividades a serem realizadas em aula pelosas estudantes c Projeto de ensino de dança para as meninas e de lutas para os meninos d Aulas coeducativas durante o ano letivo e Gincanas com a participação dos alunos sem critério por gênero 3 Professor de educação física SEE PBAOCP adaptado A de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física é uma cada vez mais marcante Estamos vivendo um momento no qual a sensibilidade individual e coletiva em relação à humana tem proporcionado um maior comprometimento dos professores de Educação Física com suas aulas e consequentemente colaborado para a efetivação e Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta a inclusão realidade diversidade participação b quantidade consequência deficiência contribuição c participação busca realidade motivação d realidade dificuldade eficiência atenção e dificuldade eficiência atenção realidade 4 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado Cunha em Brincadeiras africanas para educação cultural 2016 afirma que existem elementos racistas em alguns jogos que por vezes são citados como de origem afrobrasileira e que a utilização dessas brincadeiras em aula sem uma reflexão sobre seu significado e sua construção histórica FIXANDO O CONTEÚDO 85 termina por contradizer as orientações legais acerca de uma pedagogia antirracista Um exemplo de jogo ligado ao contexto da escravidão cuja construção histórica oa docente deve problematizar é a chicotinho queimado b pegue a cauda c saltando feijão d prisioneiro e pique bandeira 5 Professor de educação física PMRBIORIO adaptado A Educação Física escolar deve contribuir para que possamos no Brasil garantir a construção de uma sociedade inclusiva isto é uma sociedade em que haja garantia de acesso de todas as pessoas ao espaço comum da vida social à pertença social orientada por relações A alternativa que representa o contexto acima é a De respeito à segregação racial e de aceitação b Equilibradas entre a elite dominante e a massa trabalhadora explorada c Harmoniosas e passivas entre as castas sociais onde haja o necessário respeito humano d De acolhimento à diversidade humana e de aceitação das diferenças individuais e De conformismo com a condição encaminhada pelo colonialismo 6 Professor de educação física PMRBIORIO adaptado Em sua prática docente o professor de Educação Física escolar deverá desenvolver um ensino inclusivo em oposição à prática equivocada que valoriza o indivíduo apto em detrimento do inapto Para tanto o professor precisa Marque a alternativa que representa o contexto acima a Do respaldo da direção da escola apoiandoo b Apoiar estimular incentivar valorizar e acolher o aluno c Das condições necessárias para desenvolver o seu trabalho com qualidade d Das condições e remuneração necessárias e Da consulta ao colegiado escolar sendo este um instrumento democrático 7 Professore de educação física PMIPAUNAMA Considerando a diversidade como uma característica de todos inclusive dos alunos portadores de necessidades especiais é correto afirmar que nas aulas de educação física o professor deve Marque a alternativa que corresponde ao contexto acima a Dedicar um tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem deficiência quando necessário b Selecionar conteúdos distintos dos demais considerando as dificuldades de acompanhamento da sala de aula pelo alunos com necessidades especiais 86 c Evitar a participação do aluno nas aulas de modo preventivo contra possíveis acidentes d Conduzir o aluno para atividades específicas de responsabilidade de profissional de outra área de conhecimento e Isentar o aluno das aulas d educação física 8 A brincadeira Terra e Mar é uma releitura das brincadeiras de Moçambique Ela divide os participantes em equipes tendo uma corda ao meio para marcar o território da Terra e o território do Mar O professor ao falar Terra todos devem ir para o respectivo território de igual forma ao falar Mar Esta brincadeira buscar desenvolver a coordenação óculomanual b lateralidade c coordenação motora global d coordenação motora fina e movimentos manipulativos 87 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO UNIDADE 1 UNIDADE 3 UNIDADE 5 UNIDADE 2 UNIDADE 4 UNIDADE 6 QUESTÃO 1 B QUESTÃO 2 D QUESTÃO 3 C QUESTÃO 4 E QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 D QUESTÃO 1 B QUESTÃO 2 D QUESTÃO 3 E QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 B QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 D QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 B QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 B QUESTÃO 7 E QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 A QUESTÃO 3 E QUESTÃO 4 D QUESTÃO 5 A QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 D QUESTÃO 8 E QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 E QUESTÃO 3 A QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 C QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 A QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 B QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 B 88 AJURIAGUERRA Julian Manual de Psiquiatria Infantil 4ª ed 7º reimp Rio de Janeiro Masson do Brasil 1996 984p ARANHA Maria Lucia de Arruda MARTINS Maria Helena Pires Filosofando introdução à filosofia 2ª ed rev atual São Paulo Moderna 1993 395p ARAÚJO Vânia Carvalho O jogo no contexto da educação psicomotora São Paulo Cortez 1992 106p ATIVIDADE PARA EDUCACÃO INFANTIL Matemática para a educação infantil 15 2021 Disponível em httpslojaatividadeseducacaoinfantilcombrmatematicaei47 matematicaeducacaoinfantil15 Acesso 12 mai 2021 BARBOSA Rogério Andrade Kakopi Kakopi brincando e jogando com crianças de vinte países africanos São Paulo Melhoramentos 2019 73p BOCK Ana Mercês Bahia et al Psicologias uma introdução ao estude de psicologia 13ª ed reform e ampl São Paulo Saraiva 2002 368p BRAIN MADE SIMPLE Cerebral Cortex 2019 Disponível em httpsbrainmadesimple comcerebralcortexandlobesofthebrain Acesso 20 abr 2021 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília 2017 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília 2018 BRASIL Ministério da Cidadania Secretaria Especial do Esporte Jogos dos Povos Indígenas Brasília 2103 Disponível em httparquivoesportegovbrindexphpinstitucionaloministerio163ministeriodo esportejogosdospovosindigenas Acesso em 28 de maio 2021 BRASIL Lei nº 13794 de 3 de janeiro de 2019 Dispõe sobre a regulamentação da atividade profissional de Psicomotricista e autoriza a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Psicomotricidade Disponível em httpwww2camaralegbrleginfedlei2019lei137943 janeiro2019787596publicacaooriginal15721plhtml Acesso em 02 de abr 2021 BRASIL Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisl9394htm Acesso em 15 de mai 2021 BUENO Jocian Machado Psicomotricidade teoria e prática da escola à aquática 1ª ed São Paulo Cortez 2014 719p CHANVIANA Alexandre Jackson MOURA Diego Luz Moura MOURÃO Ludmila Educação REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 89 Física gênero e escola uma análise da produção acadêmica Movimento Porto Alegre v 16 n 02 p 147167 abriljunho de 2010 Disponível em httpsseerufrgsbrMovimento articleview94928925 Acessoem 30 de mai 2021 CBAT Notícias 2019 Disponível em httpwwwcbatorgbrnovonoticias Acesso em 13 de mai 2021 COELHO Pamela Cadima Contribuições da escola de AR Luria para o desenvolvimento do diagnóstico neuropsicológico 2018 72 f Especialização em Neurociências Programa de PósGraduação Lato Sensu do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais MG CORSINO Luciano AUAD Daniela O professor diante das relações de gênero na educação física escolar São Paulo Cortez 2017 p 106 CREF Símbolo 2021 Disponível em httpscref1orgbrquemsomos Acesso em 20 fev 2021 DANIACHI Heloísa de Fátima Tavares Introdução à Educação Física 1ª ed Curitiba IESDE Brasil 2019 88p DIDAGIOCHI Idee giochi per bambini 2017 Disponível em httpswwwdidagiochicom giochiperbambiniideegiochiperibambini Acesso 15 de mai 2021 DUARTE Evandro Jair CALDIN Clarice Fortkamp Abordagem fenomenológica da ciência da informação reflexões sobre o método utilizado por Edmund Husserl e Maurice Merleau Ponty Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação São Paulo v 15 n 2 p 315334 maiago 2019 Disponível em httpsrbbdfebaborgbrrbbdarticleview12131130 Avesso em 10 abril 2021 FAIRBROTHER Jeffrey Fundamentos do comportamento motor Tradução de Cid Figueiredo revisão científica de Renato de Moraes São Paulo Manole 2012 167p FAZER HISTÓRIA Renascimento científico 2017 Disponível em httpfazerhistoriacom brrenascimentocientifico Acesso em 20 fev 2021 FONSECA Vitor da Manual de observação psicomotora significação psiconeurológica dos fatores psicomotores 2ª ed Rio de Janeiro Wak Editora 2012 328p FONSECA Vitor da Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem 1ª ed Porto Alegre Artmed 2008 581p FONSECA Vitor da Neuropsicomotricidade Ensaios sobre as relações entre o corpo motricidade cérebro e mente Rio de Janeiro Wak editora 2018 120p GALLAHUE David DONNELLY Frances Cleland Uma visão geral da educação física desenvolvimentista para todas as crianças 4º ed São Paulo Phorte 2008 500p GALLAHUE David OZMUN John GOODWAY Jaqueline Compreendendo o 90 desenvolvimento motor bebês crianças adolescentes e adultos 7º ed Porto Alegre AMGH 2013 488p GRATIOTALFANDÉRY Hélène Henri Wallon Tradução e organização Patrícia Junqueira Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 Coleção Educadores 134p GUILHERMETT Paulo Do corpo medieval ao corpo moderno Rev Motrivivência Santa Catarina ano III n 3 p 1618 jan 1990 Disponível em httpsperiodicosufscbrindex phpmotrivivenciaarticleview22465 Acesso em 29 de mar 2021 GUSI Elisangela Gonçalves Branco Psicomotricidade relacional Curitiba Contentus 2020 64p IBGE Censo Demográfico 2010 Porcentagem da população por tipo e grau de dificuldade e deficiência IBGE 2021 Disponível em httpseducaibgegovbrjovens conhecaobrasilpopulacao20551pessoascomdeficienciahtmltextDe20 acordo20com20o20Censoou20possuir20deficiC3AAncia20mental20 2F20intelectual Acesso em 21 de jun 2021 IRM Portas abertas para inclusão educação física inclusiva Coletânea de Práticas São Paulo IRM 2016 ISPE Psicomotricidade O que é psicomotricidade e por quê 2019 Disponível em httpswwwispegaeoiprcombrbroqueepsicomotricidadeeporque Acesso em 25 de fev 2021 IVIC Ivan Lev Semionovich Vygotsky Edgar Pereira Coelho org Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 140 p JMPI Modalidades jogos de integração 2015 Disponível em httpswwwyoutubecom playlistlistPLse5vPdfvzsAVnS2XhrXCzYPiTiNatUzh Acesso em 28 de mai 2021 JOOM Kid bean bag chair Disponível em httpswwwjoomcomenbestkidbeanbag chair Acesso em 10 mai 2021 KISHIMOTO Tizuco Morchida O jogo e a educação infantil Ed revis São Paulo Cengage Learning 2016 72p LE BOULCH Jean Educação psicomotora psicocinética na idade escolar Tradução Jeni Wolff Porto Alegre Artes Médica 1987 356p MAGILL Richard Aprendizagem motora conceitos e aplicações Tradução de Aracy Mendes da Costa Revisão técnica José Fernando Bitencourt Lomônaco São Paulo Edgard Blucher 2000 369p MASTRASCUSA Celso Luiz O verbal e o não verbal na sala de aula a linguagem do corpo e suas expressões contribuições da psicomotricidade relacional e da psicanálise da educação 2012 172f Tese Doutorado em Educação Programa de PósGraduação em 91 Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegres 2012 MERLEAUPONTY Fenomenologia da percepção Tradução Carlos Alberto Ribeiro de Moura 2ª ed São Paulo Martins Fontes 1999 662p MUNARI Alberto Jean Piaget Tradução e organização Daniele Saheb Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 156 p NEGRINE Airton Educação psicomotora a lateralidade e a orientação espacial Porto Alegre Palloti 1986 156p NETO Rosa Francisco Manual da avaliação motora Porto Alegre Artmed 2002 136p OLIVEIRA Adriana Eiras Dias de Criando e interagindo de múltiplas formas na educação infantil uma proposta de trabalho na educação psicomotora In FERREIRA Carlos Alberto de Mattos Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia teoria e prática 2ª ed rev e atual Rio de Janeiro Wak Editora 2020 Cap 12 p 244286 OCW Aprende Leanirng na memory activity controlled gene expression In the nervous system fall Disponível em httpsocwaprendeorgcoursesbiology7340learningand memoryactivitycontrolledgeneexpressioninthenervoussystemfall2009 Acesso em 15 abr 2021 PLAN INTERNACIONAL BRASIL Meninas pela igualdade Educação sobre gênero na infância caderno de apoio do desafio da igualdade SA Disponível em http desafiodaigualdadeorgbr Acesso em 30 de mai 2021 RIBEIRO Maria Ribeiro CASTRO Janaina Luiza Moreira de LUSTOSA Francisca Geny Lustosa Brincadeira e desenvolvimento infantil nas teorias psicogenéticas de Wallon Piaget e Vigotsky In X Fórum Internacional de Pedagogia 2018 Pau dos Ferros Anais do X FIPED2018 Lugares de pesquisa memória e internacionalização em dez anos de AINPGPFIPED Pau dos Ferros CCHLAUFRN 2019 p14341445 Disponível em http ainpgpnetpainelwpcontentuploads201912ANAISXFIPEDPUBLICACAO7340ppdf Acesso em 09 de mai 2021 ROCHA Ariza Maria O Discóbolo de Míron e a Educação Física brasileira O que está por trás da aparência Revista Cocar v14 n30 setdez 2020 p121 SANTINHO Gabriela do Donato Salvador OLIVEIRA Kamilla Mesquita Improvisação em dança Guarapuava UNICENTRO 213 72p SANTOS Vanessa Sardinha dos Cerebelo Brasil Escola 2021 Disponível em https brasilescolauolcombrbiologiacerebelohtm Acesso em 16 de abril de 2021 SANTOS Lúcio Rogério Gomes História da Educação Física In PEREIRA Márcio de Moura MOULIN Alexandre Fachetti Vaillant Moulin Educação Física Fundamentos para a Intervenção do Profissional Provisionado Brasília CREF7 2006 Cap 1 p 0938 92 SHIRAYAMA Cristiane de Melo Francis Bacon e O Progresso do Conhecimento no início do Século XVII 2016 87 f Dissertação Mestrado em Filosofia Programa de Pós Graduação em Estudos Culturais Escola de Artes Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo São Paulo 2016 SILVA Daniel Vieira da HAETINGER Max Günther Ludicidade e psicomotricidade 1ªed rev Curitiba IESDE Brasil 2013 129p SOARES Marcio PICHLER Nadir Antonio Educação filosofia e antiguidade In DALBOSCO Claudio Almir CASAGRANDE Edison Alencar MUHL Eldon Henrique Filosofia e Pedagogia Campinas Autores Associados 2008 Coleção educação contemporânea Cap 3 p 2549 SOUZA Vitor Leandro SILVA Tiago Dionisio MATTOS Tatiane Pacheco de A formação docente continuada para as relações étnicoraciais no Rio de Janeiro a experiência do programa de estudo sobre o negro na sociedade brasileira PENESBUFF Cadernos de Pósgraduação São Paulo v 17 n2 p 75 97 juldez 2018 Disponível em httpsperiodicos uninovebrcadernosdeposarticleview84565172 Acesso em 28 de mai 2021 THOMPSON Rita Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem In FERREIRA Carlos Alberto de Mattos Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia teoria e prática 2ª ed rev e atual Rio de Janeiro Wak Editora 2020 Cap 4 p 87104 TRIBUNA DO PLANALTO Goiânia recebe competição de dança de rua 2018 Disponível em httptribunadoplanaltocombr20181030goianiarecebecompeticaodedancade rua Acesso em 10 mai 2021 VASCONCELOS José Antônio Fundamentos filosóficos da educação Série Fundamentos da Educação Curitiba Ibpex 2012 207p graduacaoeadfaculdadeunicacombr
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1 PSICOMOTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO TATIANE PACHECO DE MATTOS EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA FACULDADE ÚNICA 1 PSICOMOTRICIDADE E DESENOLVIMENTO TATIANA PACHECO DE MATTOS 1 2021 Faculdade Única Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza ção escrita do Editor FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor GeralValdir Henrique Valério Diretor ExecutivoWilliam José Ferreira Ger do Núcleo de Educação a Distância Cristiane Lelis dos Santos Coord Pedag da Equipe Multidisciplinar Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica Clévia Sies RevisãoDiagramaçãoEstruturação Bruna Luíza mendes Leite Carla Jordânia G de Souza Guilherme Prado Design Aline De Paiva Alves Bárbara Carla Amorim O Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Taisser Gustavo Soares Duarte Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB 62920 NEaD Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA Rua Salermo 299 Anexo 03 Bairro Bethânia CEP 35164779 IpatingaMG Tel 31 2109 2300 0800 724 2300 wwwfaculdadeunicacombr 2 PSICOMOTICIDADE E DESENVOLVIMENTO 1 edição Ipatinga MG Faculdade Única 2021 3 Tatiana Pacheco de Mattos Doutoranda e Mestre em Educação PPGEducUFRRJ 2018 2022 especialista em Política de Promoção a Igualdade Racial na Escola UFRRJ 2016 especialista em História da África e do Negro no Brasil UCAM 2015 especialista em Gestão Integrada ISEAC 2013 graduada em Pedagogia UNINTER 2018 graduada em Educação Física UNIABEU 2006 Tem atuado em todos os níveis da Educação Básica e na Educação Superior com ques tões pedagógicas relacionadas aos campos da Educação Física e da Pedagogia inclusive nas dimensões da modalidade EaD das relações étnicoraciais e das demandas infantis que envolvem o desenvolvimento psicomotor bem como das demandas juvenis dentre as suas perspectivas e desafios 4 LEGENDA DE Ícones São os conceitos definições ou afirmações importantes aos quais você precisa ficar atento Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático você irá encontrar ícones ao lado dos textos Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo cada um com uma função específica mostradas a seguir São opções de links de vídeos artigos sites ou livros da biblioteca virtual relacionados ao conteúdo apresentado no livro Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade associandoos a suas ações Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO 5 SUMÁRIO UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 11 O pensamento filosófico sobre o corpo 8 12 Epistemologia da palavra psicomotricidade 12 13 Psicomotricidade e suas áreas 15 FIXANDO O CONTEÚDO 19 21 Psicomotricidade abordagem neurofisiológica 23 22 Psicomotricidade abordagem fenomenológica 25 23 Psicomotricidade abordagem relacional 27 FIXANDO O CONTEÚDO 30 31 Primeira unidade funcional de Luria 34 32 Segunda unidade funcional de Luria 36 33 Terceira unidade funcional de Luria 38 FIXANDO OCONTEÚDO 42 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS PSICOMOTRICIDADE E AS CONCEPÇÕES DE IMAGEM DO CORPO UNIDADE 4 41 Características do Desenvolvimento Motor 46 42 Abordagem do movimento reflexo do movimento rudmentar e as perspectivas do desenvolvimento humano 48 43 Abordagem do movimento fundamental do movimento especializado e as perspectuvas do desenvolvimento humano 50 FIXANDO O CONTEÚDO 54 PRINCÍPIOS E CONCEITOS BÁSICOS DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DESENVOLVIMENTO MOTOR E DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIDADE 5 51 Pressupostos de Piaget Wallon e Vygostky 58 52 A Educação Infantil e o Ensino Fundamental I 61 53 Ensino Fundamental II e Ensino Médio 66 FIXANDO O CONTEÚDO 70 APRENDIZAGEM MOTORA NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNIDADE 6 61 As relações étinicoraciais 74 62 A As relações de gênero 78 63 As relações para a inclusão 80 FIXANDO O CONTEÚDO 84 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO 87 REFERÊNCIAS 88 EDUCAÇÃO MOVIMENTO DIVERSIDADE E INCLUSÃO 6 UNIDADE 1 A unidade I explora as primeiras aproximações com os elementos corpo e alma desde o período marcado aC até o pensamento moderno com o termo psicomotricidade e seu campo de atuação na contemporâneo UNIDADE 2 Nesta unidade abordamos a concepção sobre o corpo por três vertentes a neurofisiologia que segue uma análise mecânica do movimento a fenomenologia que aponta o aprendizado e conhecimento como resultado das associações do que é percebido e vivido pelo sujeito histórico a relacional que também voltase para o corpo vivido porém acentua o corpo como veículo e comunicação com o mundo UNIDADE 3 Esta unidade apresenta a organização dos aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio lateralidade noção corporal estruturação espaçotemporal coordenação motora global e coordenação motora fina considerando as expectativas integradas para a harmonia do corpo levando em consideração a Teoria do Sistema Funcional de Luria onde o cérebro é mapeado em regiões funcionais conforme cada grupo de aspectos motores UNIDADE 4 Nesta unidade vamos observar que o período com maior desenvolvimento motor concentrase na infância apresentando as três categorias dos movimentos fundamentais as fases e estágios do desenvolvimento motor alinhando com os estágios do desenvolvimento humano das teorias psicogenéticas piagetiana e walloriana UNIDADE 5 Nesta unidade apresentamos as concepções sobre o lúdico e as etapas dos jogos no desenvolvimento infantil Piaget Wallon e Vigostky em seguida correlacionamos os objetivos de aprendizagens das Unidades Temáticas na BNCC e a Ampulheta do desenvolvimento motor propondo ao final as reflexões sobre os objetivos de aprendizagens para além de uma educação física voltada para a dimensão da educação infantil e sim para as possibilidades para o egresso do ensino médio ao longo da vida UNIDADE 6 Nesta Unidade vamos apresentar outras possibilidades para o desenvolvimento refinamento dos aspectos psicomotores É importante trazer esta visão para desconstruir ideias culturais homogêneas na sociedade Neste texto buscamos dialogar com a temática indígena e africana de gênero e de inclusão pois reconhecemos que vivemos em uma sociedade plural por isso há a necessidade de romper com padrões que ocultam outros saberes CONFIRA NO LIVRO 7 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS UNIDADE 01 8 INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos fazer as primeiras aproximações entre você e o título da disci plina indo ao encontro do pensamento filosófico aC onde já se existia uma discussão en tre o corpo e a almamente não obstante vamos avançar até a idade moderna buscando compreender como o movimento do cientificismo contribui para a construção do conhe cimento contemporâneo sobre a psicomotricidade e suas áreas de atuação Nesta direção você já deve ter percebido que o conteúdo em questão em grande medida está comprometido com a visão ocidental Não temos o objetivo que trazer uma verdade única mas sim compartilhar um lado da história para ampliar o seu arcabouço teórico Esperamos que o seu espírito pesquisador promova novas formações acadêmicas 11 O PENSAMENTO FILOSÓFICO SOBRE O CORPO Você deve está se perguntando Será mesmo possível compreender a psicomotri cidade a partir do pensamento filosófico Sim é um bom início de partida pois como sa bemos o pensamento grego antes de Cristo aC é dividido em fases sendo as primeiras caracterizadas pela ideia do culto ao corpo entre o cuidado a estética e a sua força física Daniach 2019 acrescenta que a prática de exercícios também era tida como meio de for mação intelectual moral e espiritual p 13 Afinal quem não se lembra dos incríveis textos literários que imprimem os feitos he roicos e de guerras a exemplo o exército de Esparta durante a guerra de Tróia anunciada com grande bravura nos poemas de Homero relatados em nossas aulas de história ou nos filmes da sessão da tarde Mas será que esses personagens da mitologia de fato existiram Bem segundo Ara nha e Martins 1997 há controvérsias se de fato existiram já Soares e Pichler 2008 arris cam dizer que apesar da incerteza há afirmações de que Homero teria vivido durante a segunda metade do século VIII aC Jônia uma colônia da Grécia localizada a época na Ásia Menor É importante fazer este marco de espaço e tempo para pensarmos o quanto esta cultura impacta na sociedade contemporânea e na educação física Queremos levantar dois pontos para elucidar esta afirmação 1 Observe a imagem que representa a Educação Física também adotada como símbolo do respectivo Conselho Regional Figura 1 Discóbolo de Mirón Fonte CREF1 2021 online 9 O símbolo adotado pelo Conselho representa o corpo em ação baseado na escultura esculpida por Miron no século V aC ROCHA 2020 A imagem permanece no imaginário coletivo e instituído onde recebemos de forma direta e indiretamente a informação de cuidado com o corpo o que implica no segundo ponto 2 Este imaginário instituído vem modelando por tempos a sociedade deixando marcas até os dias de hoje inclusive repre sentado nos métodos de ensino da educação física expressos nas tendências pedagógi cas da educação física no Brasil Mas destacamos que a relação corpo e mente eram compreendidas como intrínse ca ou seja nas palavras de Daniachi 2019 um corpo somente alcançaria sua plenitude se estivesse harmonizado com a mente p 14 por isso quero chamar a sua atenção para o pensamento filosófico Socrático V e IV aC que não deixou conceber a ideia da promoção do corpo saudável articulandoo com a alma A tríade Sócrates Platão e Aristóteles é fundamental para a compreensão da relação corpo e mente contudo destaco estes dois últimos apesar de termos grande estima com Sócrates o mesmo suscitava questões mais voltadas para o campo da moral justiça etc contribuindo para o pensamento de Platão e Aristóteles Platão 428347 aC discípulo de Sócrates 469399 aC vê o corpo como um ele mento separado da alma ou seja defendia a dicotomia entre estes elementos e como forma de afirmar tal tese anunciava que a alma vive em um outro plano sendo imortal ou seja ela sempre existiu e sempre vai existir já o corpo é mortal VASCONCELOS 2012 p 29 mas estes são ligados pelo o que chamamos de medula BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 A imortalidade da alma a faz transitar em muitos corpos e por Platão acumular es tudos sobre a anatomia do corpo emite preocupação com a boa condição física dos cor pos pois na fala de Vasconcelos 2012 o corpo serve de prisão para a alma p 29 e como forma de cuidar destes dois elementos orientava a prática da atividade física e da música DANIACHI 2019 Para o filósofo o conhecimento pode ser compreendido por a sensível obtido pelos sentidos de cunho subjetivo b intelectual considerado legítimo e verdadeiro podendo ser representados pelos conceitos de doxa opinião e episteme ciência onde devemos fazer a passagem da primeira para a segunda Em direção oposta Aristóteles 384322 aC discípulo de Platão apresenta um im portante pensamento sobre esta dicotomia Rompeu com a ideia de seu mestre e apre senta a alma e o corpo como elementos indissociáveis refutando a concepção de uma realidade com mundo separado É importante destacar que A teoria aristotélica valoriza em certa medida o corpo Para Aristóteles corpo e alma estão unidos em um vín culo de dependência recíproca isto é para existirem um depende do outros Os apetites do corpo portanto de vem ser satisfeitos pois a saúde e o vigor do corpo contri buem também para a saúde e o vigor da alma VASCON CELOS 2012 p 31 Percebam que ainda há um intenso zelo pelo corpo saudável Embora tenhamos lido perspectivas diferentes temos aí como aspecto comum desde o início do capítulo a va lorização do corpo Mas Aristóteles vai além retomando o discurso de Platão reforça a ne cessidade da ciência como conhecimento verdadeiro conhecimento pelas causas capaz 10 de superar os enganos da opinião ARANHA MARTINS 1997 p 97 Aristóteles aqui me parece um homem afrente do seu tempo suas discussões e defesas não permaneceram estanques O pensamento filosófico da Antiguidade sofreu críticas no período da Idade Média mas não vamos adentrar neste período devido a poucas contribuições dadas aos estudos sobre o corpo tendo em vista que o mesmo era considerado sagrado e elemento da reli giosidade Adentraremos assim no cientificismo elemento propulsor na Educação Física prin cipalmente nos estudos das propriedades do corpo partindo de uma imagem emblemáti ca do Renascimento científico A imagem Figura 2 rompe com a concepção de corpo sa grado e demonstra interesses na anatomia e fisiologia humana Guilhermett 1990 atribui essa nova especulação aos interesses da nova sociedade em composição neste sentido a Educação Física se torna veículo importante na Educação Figura 2 O Renascimento científico Fonte Fazer história 2017 online A educação passa a pregar ao longo da modernidade os preceitos científicos e racio nais onde temos em destaque as contribuições de René Descartes pela corrente filosófica do racionalismo que baseavase pela lógica da razão mas avança com as concepções de Immanuel Kant 17241804 onde pontua que o conhecimento envolve sempre o relacio namento entre sujeito e objeto VASCONCELOS 2012 Observe que há sob o olhar de Kant a ação do homem o que nos leva a concluir a necessidade do movimento manipulação e experiência para a aprendizagem No entanto queremos chamar a atenção para um nome importante relacionado a este período que oportuniza um grade salto para a fisiologia do corpo é Francis Bacon Segundo a SHIRAYAMA 2016 o filósofo que agregava as contribuições de Platão e Aris tóteles foi um dos pioneiros que promoveram as mudanças nos métodos e práticas cien tíficas grande defensor do método indutivo pois como os demais buscava uma verdade absoluta por meio da observação experiência e hipóteses Foi neste período que a Educação Física foi instituída como disciplina na escola re cebendo contribuições de Vittorino da Feltre onde foi sendo equiparada às disciplinas in telectuais não se excluindo claro a prática de exercícios físicos Seu precursor foi Vittorino da Feltre SANTOS 2006 DANIACHI 2019 Sendo assim uma importante ferramenta de dominação do corpo na dimensão de uma sociedade capitalista frente aos modelos de produção que necessitava de um corpo mecânico e fabril que por sua vez reforça a dua lidade entre o trabalho intelectual e o trabalho manual conforme avalia Silva e Haetinger 2013 11 Frente a essa perspectiva de intervenção direta sobre o corpo com o objetivo de normatizálo e classificálo de acordo com as necessidades dos modos de produção de determinada sociedade que a Psicomotricidade no contexto capitalista é uma das áreas que muito tem co laborado para a sistematização de saberes e técnicas cor porais amplamente utilizados e expandidos pelas insti tuições educacionais fato que explicita sua organicidade com o modo de produção de nossa sociedade p 8 O pensamento moderno contribuiu muito para o atual campo escolar mas hoje é visto como uma concepção impopular na Educação Física as tendências mais progressitas têm sido acolhidas para um processo educacional democrático incumbindo a disciplina de tornar o aluno um sujeito participante na sociedade Veja como a disciplina é compre endida a luz da Base Nacional Comum Curricular O movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo Nas aulas as práticas corporais devem ser abor dadas como fenômeno cultural dinâmico diversificado pluridimensional singular e contraditório Desse modo é possível assegurar aos alunos a reconstrução de um conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recur sos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver auto nomia para apropriação e utilização da cultura corporal de movimento em diversas finalidades humanas favore cendo sua participação de forma confiante e autoral na sociedade É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças jovens e adultos na Educação Básica permitindo o acesso a um vasto universo cultu ral Esse universo compreende saberes corporais expe riências estéticas emotivas lúdicas e agonistas que se inscrevem mas não se restringem à racionalidade típica dos saberes científicos que comumente orienta as práti cas pedagógicas na escola BRASIL 2017 p 215 Foi possível compreender a nova concepção de educação física instituída para os dias atuais Uma disciplina aberta ao diálogo que considera o aluno como sujeito históri cocultural participativo e criativo superando o caráter arraigado perfeitamente compre endido visto o contexto histórico e político Decerto muitas conquistas vieram devido à uma agenda de reivindicações todavia ainda não é possível considerar que atravessamos a linha de chegada pois a todo tempo mais e mais pessoas se tornam filósofas nasce um há um novo estudo uma nova pesquisa e sempre está na hora do recomeço 12 Capraro e Souza 2017 auxiliam na compreensão desta linha do tempo está dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao149581epub0 Silva et al 2018 nos conduz a melhor compreensão do pensamento filosófico em A evolução do pensamento filosófico disponível no link httpsintegradaminha bibliotecacombrbooks9788595025721 Para saber mais sobre as tendências pedagógicas da educação física leia Ferreira e Sampaio 2013 no link httpswwwefdeportescomefd182tendenciaspedagogi casdaeducacaofisicaescolarhtm Acesso em 09 de jul 2021 BUSQUE POR MAIS Segundo Vasconcelos 2012 e Shirayama 2016 o método indutivo se baseia na necessidade da experiência da investigação observar anotar repetir predizer comprovar a partir desta experiência particular é possível adquiri o conhecimento mais amplo Contudo não conside ra o contexto do entorno FIQUE ATENTO Considerando os pressupostos da BNCC pense em alternativas para oportunizar ao aluno tais vivências diante do desafio que o professor encontra na participação dos alunos havendo predominantemente a presença masculina nas aulas práticas em detrimento das presenças femininas VAMOS PENSAR Dicotomia tem o mesmo sentido de divisãoseparação GLOSSÁRIO 12 EPISTEMOLOGIA DA PALAVRA PSICOMOTRICIDADE Na unidade anterior foi possível compreendermos como a relação corpo e alma mente vem sendo concebida ao longo da história o que é condição fundamental para caminharmos em direção ao conceito de psicomotricidade Para tanto é necessário recor rermos à compreensão do seu significado do seu contexto da sua implementação bem como os seus principais teóricos Na busca etimológica da palavra psicomotricidade percebemos que esta é uma pa 13 lavra híbrida ou seja é constituída por elementos de origens diferentes Conforme anun cia Fonseca 2012 psichê é uma palavra grega significa alma e moto palavra em latim significa movimentarse Neste sentido a palavra mente é colocada no mesmo campo semântico de alma Sendo assim conseguimos definir psicomotricidade como uma palavra que repre senta a integração entre o movimento e a mente ou melhor a integração do movimento com o seu intelecto onde coadunam em prol de um objetivo que neste caso nos referimos à aprendizagem Para esta literatura avançaremos por vias da modernidade a qual deu à psicomotri cidade o status de ciência no entanto não deixaremos de inferir sobre a dualidade corpo e mente deixada como dogma pelo pensamento de Rene Descartes Partiremos de um novo paradigma o mesmo que contribuiu em grande medida para os nossos referenciais teóricos Este conceito destacase no campo da neurofisiologia durante no século XIX e na neuropsiquiatria no século XX ganhando espaço com destaque Ernest Dupré quando ini cia estudos na França em 1911 no campo da debilidade motora instabilidade psicomotora distúrbios tônicos tiques ou seja uma série de situações que envolvem a organização do cognitivo a organização motora não obstante a dimensão afetiva ARAÚJO 1992 O tra balho de Dupré sendo um dos pioneiros abriu portas para novos estudos acerca da psico motricidade Teremos como direção para o nosso percurso os pressupostos europeus como o de Wallon Piaget e Ajuriaguerra bem como de Vygostky como contraponto russo que é me lhor examinado na Unidade 5 Enquanto isso vamos tomar como ponto de partida para a definição conceitual o entendimento do Instituto Superior de Psicomotricidade e Educa ção ISPE o qual considera dois grandes teóricos neste campo de pesquisa Julian Ajuria guerra e Vitor da Fonseca Ajuriaguerra apud ISPE 2019é um teórico do século XX que considera a psicomo tricidade como ciência da saúde e da educação ela visa a representação e a expressão motora através da utilização psíquica e mental do indivíduo Concluise então que a ação é resultado da relação intrínseca entre corpo e mente em um movimento intencionado veja A criança descobre o mundo dos objetos por meio do movimento e da visão mas sua descoberta de objetos só será frutífera quando ele for capaz de pegar e largar quando tiver adquirido o conceito de distância entre ele e o objeto manipulado e quando isso não mais fizer parte da sua atividade corporal simples e indiferenciada AJU RIAGUERRA 1996 p 212 tradução nossa Nesta perspectiva podemos considerar que a criança constrói seu aprendizado por sua manipulação aos objetos sendo a sua experiência condicionada a tal virtude A visão citada pelo autor pode ser compreendida como a percepção a qual vai gerar a intenciona lidade de experienciar determinado objeto Mas percebam que o aprendizado é constan te A criança abandona determinado objeto por já ter adquirido habilidades e se tornado independente no entanto o aprendizado ocorre ao longo da vida tendo em vista que estamos constantemente atravessando desafios que nos requer sempre novos conheci mentos É importante lembrarmos que este aprendizado não ocorre de forma isolada em 14 etapas separadas e sim de maneira harmoniosa e sincrônica não podendo definir qual quer nível hierárquico entre corpo e mente Retomando a outra perspectiva apontada pelo ISPE 2019 uma segunda definição dada à psicomotricidade é apontada por Fonseca A Psicomotricidade visa privilegiar a qualidade da relação afetiva a mediatização a disponibilidade tônica a segu rança gravitacional e o controle postural à noção do cor po sua lateralização e direcionamento e a planificação práxica enquanto componentes essenciais e globais da aprendizagem e do seu ato mental concomitante apud ISPE 2019 Temos aqui situações imbricadas que reforçam a ideia de sintonia corpo e mente sendo este último considerado por Fonseca 2008 2018 o psiquismo lócus onde se reú nem os desejos medos fantasias sensações que se relacionam à afetividade Referese ainda a motricidade como resultado desta reunião entre corpo e mente que implica a questão tônica desencadeando a ação intencionalizada ou seja esse complexo de concei tos é força motriz pra o movimento do corpo que vai requerer que tenhamos a consciência sobre este Neste sentido a psicomotricidade entra em cena pois vai ser base para a edu cação do corpo no espaço tornando este corpo consciente No entanto a psicomotricidade marca sua presença no Brasil somente na metade no século XX em defesa da relação intrínseca entre o cognitivo a motricidade e o psiquis mo atualizando as concepções do corpo onde paulatinamente passouse da era do corpo neurológi co isolado e do movimento condicionado para a era do movimento consciente no qual o próprio indivíduo pelo ato voluntário é levado a colaborar para a sujeição de seu corpo Nessa perspectiva a Psicomotricidade do segun do período descrita por Le Camus constituiuse como a ciência do esquema corporal ou como prefere este autor do corpo consciente SILVA HAETINGER 2013 p21 As concepções apontam que aprendemos por meio da vivência experiência e en volvimento entre o sujeito e o objeto em defesa da proposta do corpo consciente Essas ideias por sua vez são recebidas nas diferentes áreas do campo da Psicomotricidade es timulação educação reeducação e terapia as quais serão objetos de aprendizagem em seguida O corpo hábil é um conceito difundido pelo capitalismo moderno onde o corpo é explicado pela neurologia pela concepção de paralelismo entre o movimento e processos cerebrais com o objetivo adequar os movimentos hábitos e costumes dos trabalhadores aos impera tivos do crescente processo de industrialização SILVA HAETINGER 2013 p1314 FIQUE ATENTO 15 Oliveira e Silva 2017 contribui para a compreensão desta seção em Ludicidade e Psicomotricidade no primeiro capítulo disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao123217epub0 Fernandes 2012 dispõe no capítulo 1 sobre a Abordagem emergente em psico motricidade no livro Psicomotricidade abordagens emergentes disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788520451724 BUSQUE POR MAIS Retomando ao dualismo entre corpo e mente vamos pensar neste contexto histórico do ca pitalismo e refletir sobre esta questão O corpo moldado para a vida fabril a mente para o trabalho intelectual Quem pensa e quem executa VAMOS PENSAR Se as concepções apontam para uma proposta do corpo consciente reflitas sobre as seguin tes indagações O que explicaria uma escola que preza pelo o imobilismo da criança Por que ainda conservamos uma escola que vê o movimento como ato de indisciplina Não estaría mos conservando a concepção do corpo hábil reproduzindo um corpo alienado que por con sequência limitando o seu conjunto de conhecimento VAMOS PENSAR 13 PSICOMOTRICIDADE E SUAS ÁREAS Na seção anterior observamos que os conceitos dados à psicomotricidade perpas sam diferentes compreensões mesmo havendo aspectos muito comuns os aspectos in dividuais vão ao encontro da pesquisa de cada autor e a sua atuação demonstrando não haver um consenso ou uma definição estática sobre a psicomotricidade Sendo assim constatase que há diferentes linhas que defendem este campo en tretanto vamos afunilar nossos olhares para apenas quatro áreas estimulação educação reeducação e terapia psicomotora pois compreendemos estas como as principais dando conta da questão preventiva e de intervenção terapêutica A seguir abordaremos cada uma destas áreas ao longo da seção e vamos perceber o quanto as áreas estão imbricadas como um processo espiral considerado também como sequencial por Gallahue Ozmun e Goodway 2013 que defendem que o desenvolvimento motor segue uma aprendizagem progressiva conforme os aspectos biológicos e interação do sujeito com o ambiente Começando pela infância podemos afirmar que este é um período vital para o de senvolvimento da criança É nesta etapa que tomamos consciência do corpo e formamos a sua personalidade sendo a fase de muitas descobertas no mundo externo o que justifica a 16 mesma ser estimulada principalmente quando a criança está no início da vida onde suas experiências exigem o movimento do corpo Para Bueno 2014 é necessário um programa lúdico que possa assistir a criança de forma que desperte e desabroche os seus movimentos destacando como estimulação essencial o qual reitero sua importância devido ao um processo complexo entre o sistema nervoso central e sistema nervoso periférico compreendido pela lei céfalocaudal e lei pró ximodistal que se desenvolve cada vez mais a partir da exploração das potencialidades da criança Sobre a colocação do autor inferimos ainda que a criança nesta fase da vida encon trase na creche espaço formal que leva em conta estas considerações havendo profis sionais com funções específicas Mas não se pode entender a estimulação como exclusiva da escola este programa informal também pode ser promovida pela instituição mais próxima a família onde se há o primeiro contato com o mundo externo Como Bueno 2014 percebemos a estimulação muito associada à educação psi comotora onde vai além da educação infantil chegando ao ensino fundamental Neste segundo contexto para o autor a educação psicomotora abrange todas as aprendiza gens da criança e do sujeito processandose por etapas progressivas e específicas conforme o desenvolvimento geral de cada indivíduo Realizase em todos os momen tos da vida através de percepções vivenciadas como uma intervenção direta em nível cognitivo motor e emocio nal estruturando o indivíduo como um todo A educação passa pela facilitação das condições naturais e prevenção de distúrbios corporais p 352 Ao mencionar um desenvolvimento progressivo e específico e a atenção a preven ção de distúrbios corporais levamos em consideração os limites que confere à cada grau de maturação natural ou seja ficando explícito ao nosso entendimento que este contexto é implicado às crianças que se encontram sem acometimentos que impossibilitam a sua frequência regular a escola todavia não é possível fechar a educação psicomotora em si mesma pois vamos ver até o final desta seção que ela contribui para as outras áreas Gallahue Ozmun e Goodway 2013 destacam que nesta fase escolar competências básicas são desenvolvidas pelo menos até os 7 anos de idade e as competências de maior complexidade pelo menos até os 12 anos o que coaduna com as perspectivas de Le Bou lch a educação psicomotora deve ser considerada como uma base na escola elementar ponto de partida de todas as aprendizagens préescolares e escolares 1981 apud BUENO 2014 p 353 Diante da defesa dos autores relacionamos a educação psicomotora como uma ação preventiva de distúrbios motores Mas no caso em que a criança apresenta perturbações e distúrbio psicomotores au sência de domínio sobre o corpo recorremos à área de reeducação Silva e Haetinger 2013 p 11 apontam que é retomar as vivências anteriores com falhas ou as fases de educação ultrapassadas inadequadamente Em termos gerais reeducar significa educar o que o in divíduo não assimilou adequadamente em etapas anteriores Sendo assim é um trabalho que propõe organizar os aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio laterali dade esquema corporal estruturação espaçotemporal praxia fina e global consideran do as expectativas gerais para a harmonia do corpo 17 Segundo Fonseca 2008 p 59 os processos motores exigem o concurso de repre sentações mentais logo tais acometimentos impactam no déficit de aprendizagem o que provavelmente justificase em grande medida problemas na escrita a exemplo uma escrita espelhada Para auxiliar na observância de tais perturbações e distúrbios nos aspectos psico motores além das atividades lúdicas propostas Fonseca 2012 propõe a implementação da Bateria Psicomotora BPM sendo um dispositivo diferente das escalas de desenvol vimento motor Um conjunto de tarefas que permite detectar déficits funcionais p 127 Este modelo requer a observação na execução dos movimentos da criança onde se permi te sugerir atividades de reeducação que atentam para ações diretivas e não diretivas não se confundindo com a terapia psicomotora entretanto este instrumento será explorado no capítulo 3 Na área terapêutica há grande preocupação com duas dificuldades as relacionais que implicam em aspectos psicológicos como a agressividade timidez excessiva etc e as funções estruturais que desarmonizam os movimentos do corpo Para o trabalho tera pêutico se requer a construção de uma relação dialógica pela interlocução afetiva entre a criançaadulto e o terapeuta distinguindose da reeducação psicomotora e vivências cor porais BUENO 2014 A atuação nesta área vai exigir uma formação sólida em muitos componentes curri culares além da paciência devido não ser possível predizer o tempo de terapia pois leva se em consideração o tempo da criançaadulto de manifestarse atentando a todo tempo para não ocasionar um bloqueio da parte assistida A terapia pode ocorrer de maneira in dividual e também em grupo Bueno 2014 considera que a evolução pode caminhar para um trabalho de reeducação e posteriormente de educação As áreas que apresentamos são bem interessantes e apresentamse promissoras Em 2003 a Câmara dos Deputados recebe o Projeto de Lei nº 795 que dispõe sobre a regu lamentação da atividade profissional de Psicomotricista e autoriza a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Psicomotricidade que após amplamente analisada pelas Comis sões de Seguridade Social e Família Trabalho Administração e Serviço Público Consti tuição e Justiça e de Cidadania diante de muitos vetos é publicada na Lei nº 137942019 podendo exercer a função além dos graduados em Psicomotricidade os pósgraduados nas áreas de saúde ou de educação desde que possuam em quaisquer dos casos espe cialização em Psicomotricidade BRASIL 2019 A lei céfalocaudal predominante nos primeiros 12 meses da criança apresenta que o desenvolvimento motor parti da cabeça seguindo o sentido do tronco en quanto que a lei próximodistal subsequente à anterior estabelece o aprendiza do a partir do troco para as extremidades Para melhor compreensão sugerese a leitura do artigo Assimetria direitaesquerda e desenvolvimento neuropsico FIQUE ATENTO motor humano de Bora Cardoso e Toni 2018 disponível no link httpsrevistasceseduco indexphppsicologiaarticleview4455 18 Teixeira 2018 nos orienta acerca da ludicidade para o trabalho psicomotor em O universo lúdico no contexto pedagógico disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao158949epub0 Figueiró 2012 contribui para pensarmos sobre as bases neurofisiológicas do brin car no título Ludodiagnóstico investigação clínica através do brinquedo disponí vel no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788536326962 BUSQUE POR MAIS Diante da regulamentação da profissão de psicomotricista pense no campo a ser explorado e suas projeções para projeto de futuro quanto educador físico VAMOS PENSAR Déficit aqui tem o sentido de uma medida menor que a esperada GLOSSÁRIO 19 1 O pensamento filosófico é fundamental para a compreensão da relação corpo e mente nos tempos de hoje Desde a Antiguidade estes elementos são pautas de muitas reflexões Dentre estas reflexões temos I Para Aristóteles o corpo é compreendido como um elemento separado da alma habitando em outro plano devendo o corpo ser bem cuidado apesar de sua mortalidade II Para Aristóteles o corpo é visto de forma indissociável da alma que ao nutrir o corpo estará nutrindo a alma III Platão apesar de conceber o corpo um elemento separado da alma considerava a medula como um elo de ligação entre estes dois elementos Os itens que são considerados verdadeiros são a I II e III b II e III c Apenas II d Apenas III e Apenas I 2 Como na Antiguidade o Renascimento científico buscava pela verdade entretanto fundamentado em uma série de estudos sobre as propriedades do corpo baseado no método indutivo distante da concepção metafísica Neste sentido teve como precursor que desenvolveu um importante método pautado na observação coleta de informações levantamento de hipóteses e comprovação por experiências O filósofo que preenche a lacuna corretamente é a Immanuel Kant b Rene Descartes c Platão d Francis Bacon e Aristóteles 3 Professor de Educação Física UFSCUFSC adaptada Considerando os pressupostos da BNCC e sobre o papel da Educação Física no contexto de uma escola democrática devese A alternativa que corresponde ao enunciado é a reduzir o corpo a um artefato mecânico sobre o qual deve imprimir gestos motores visando à superação individual b preparar o aluno para o exercício da cidadania conformandoo com seu papel no estrato social na busca pelo sucesso c preparar o aluno para o exercício da cidadania mostrar as possibilidades e oferecer condições de participação nas instâncias sociais d tematizar práticas corporais sob o viés do liberalismo reproduzir as desigualdades sociais FIXANDO O CONTEÚDO 20 e educar o corpo para suportálas e reduzir o corpo a um artefato mecânico e privilegiar os gestos motores de determinadas manifestações da cultura corporal dominante como os esportes e as lutas 4 As quatro áreas da psicomotricidade estímulo educação reeducação e terapia psicomotoras possuem zonas que se encontram todavia é preciso perceber os espaços fronteiriços que existem entre as suas respectivas especificidades Observamos então que a busca retomar as vivências anteriores com falhas ou as fases de educação ultrapassadas inadequadamente BUENO 2014 p 356 com um trabalho focado nos aspectos psicomotores da criança Considerando o exposto a alternativa que preenche a lacuna corretamente é a educação psicomotora b psicomotricidade c estimulação psicomotora d terapia psicomotora e reeducação psicomotora 5 Professor de Educação Física PMSPAIMA adaptada Diante de diferentes concepções ao longo da história sobre o corpo na atualidade entendese que Marque a alternativa que corresponde a concepção de Corpo em Educação Física a Máquina Biológica que agrupa órgãos e partes capazes de produzir funcionamento e movimento b Estrutura de movimento mecânico que conservar e agrupa um conjunto de órgãos e reações químicas capazes de proporcionar movimento pensamento sentimento c O Corpo é o próprio ser que pensa sente se movimenta e funciona a partir da própria atividade corporal relaciona ao funcionamento do organismo como um todo d É o conjunto formado por Estrutura Mecânica e Funcional que permite o funcionamento e movimento do organismo e Todas as alternativas estão corretas 6 Professor de Educação Física PM JIPARANÁ ROFUNCAB adaptado O corpo hábil com o propósito de servir ao contexto político é concebido na escola Neste sentido o esporte caracterizase como um fenômeno cultural de fortes vínculos com a lógica do sistema capitalista Marque a alternativa que relaciona as suas práticas com as considerações acima a lazer recreação e ludicidade b divertimento inclusão e participação c rendimento performance e produtividade d educação aprendizagem e reflexão e cooperação semicooperação e solidariedade 7 Fonseca 2012 propõe a implementação da bateria psicomotora BPM sendo esta 21 composta por testes que requerem a observação na execução de alguns movimentos da criança A BPM possui um caráter objetivo e pode ser considerada um instrumento de avaliação Marque a alternativa que corresponde à lacuna a de reeducação psicomotora b de terapia psicomotora c de estimulação psicomotora d de educação psicomotora e de aprendizagem psicomotora 8 A psicomotricidade no Brasil tem sua presença mais intensa no campo escolar a partir de 1950 pois os estudos já relacionavam a relação entre o cognitivo a motricidade e o psiquismo Esta concepção do corpo é considerada a corpo hábil b corpo neurológico c corpo dinâmico d corpo consciente e corpo estático 22 PSICOMOTRICIDADE E AS CONCEPÇÕES DE IMAGEM DO CORPO UNIDADE 02 23 21 SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO INTRODUÇÃO Nesta Unidade abordamos a concepção sobre o corpo por três vertentes a neurofi siologia que segue uma análise mecânica do movimento desde o córtex até a contração da musculatura a fenomenologia que aponta o aprendizado e conhecimento como re sultado das associações do que é percebido e vivido pelo sujeito histórico e por último a relacional que também voltase para o corpo vivido porém acentua o corpo como veículo e comunicação com o mundo demonstrando pela sua espontaneidade o que o cerca no mundo interno Com temos acompanhado há uma relação muito íntima entre corpo e mente e para exemplificar lembrese das vezes em que foi fazer uma self Queremos ilustrar de forma simples que a ação só foi possível de ser iniciada devido à sua intenção a de fazer a self O braço que foi suspenso voluntariamente é resultado da integração entre o Sistema Nervoso Central SNC e o Sistema Nervoso Periférico SNP em um sistema complexo que será simplificado didaticamente pela Figura 3 para demonstrar o percurso do movimento coordenado Figura 23 O movimento voluntário coordenado Fonte Esquema elaborado pela autora com imagens de Brain made simple Santos e OCW 2019 2021 2009 online A sequência no esquema elaborado demonstra que na intenção de realizar o mo vimento coordenado ativamos a área do córtex O córtex se programa a partir do límbico com as informações sensoriais relevantes e o desejo motor Fairbrother 2012 nos lembra que que temos 6 fontes de informações sensoriais a visão a audição o equilíbrio o tato a propriocepção e por último a cinestesia que apesar da hierarquia trabalham de forma integrada Tais informações servirão para o planejamento do gesto motor e a sua avaliação do controle considerando início meio e fim dando sequência à ativação do córtex motor Os estímulos lançado pelo córtex motor ativa o potencial de ação ou seja são lança dos os impulsos nervosos para a musculatura e em paralelo encaminha também para o cerebelo a projeção do movimento Assim o cerebelo recebe duas informações a real que está em execução e a informação intencionada para o estado do movimento fazendo a correção e o refinamento sempre que necessário pelo feedback FONSECA 2012 FONSE CA 2008 MAGILL 2000 Agora imagine que a prática de fazer selfs tenha feito com que você aprendesse o 24 movimento coordenado por repetição a partir disso ao realizar tal movimento você re correrá aos engramas pulando a etapa do planejamento tendo apenas a seção de progra mação e execução Magill 2000 aponta que engramas são as memórias automáticas que adquirimos com o treinamento você já executa uma ação o movimento coordenado sem consciência Como menciona Magill 2000 em primeiro momento as unidades motoras são os elementos a serem controlados e que em nível mais elevado a musculatura passa a ser o elemento a ser que precisa ser controlado na execução do movimento Neste sentido po demos explicar este controle por duas dimensões sistema de controle de circuito aberto e sistema de controle de circuito fechado como mostra a Figura 4 Figura 4 Controle do movimento coordenado Fonte MAGILL 2000 p 40 Cada sistema de controle abertofechado possui o seu centro de controle do mo vimento com importante função gerar e enviar comando de movimento aos executores que no ser humano são os músculos e as articulações envolvidas na execução do movi mento desejado MAGGIL 2000 p 40 No sistema aberto há todas as informações que são relevantes para que a realização do movimento planejado sem interferência do feedback Neste caso o feedback não é ne cessário embora esteja disponibilizado ou não tenha sido requisitado ao curto tempo de duração do movimento O comando é enviado e o movimento é realizado independendo de novas informações sensoriais MAGIL 2000 Em colaboração Fairbrother 2012 diz que a informação criada pelo movimento não alcança o exe cutor a tempo de ser utilizada durante o movimento portanto o circuito permanece aberto Ao planejar com antecedência um movimento discreto rápido criamos o que se denomina programa motor um conjunto de co mandos préestruturados que específica o padrão de movimento a ser executado Ainda utilizamos a informa ção sensorial controle sem feedback porém a usamos antes e não durante o movimento Por exemplo usamos a visão para avaliar a distância de que necessitamos para bater na bola de golfe e a direção que precisamos batêla p 60 25 Veja que esta avaliação não interfere na correção do movimento de maneira dire ta Já no sistema fechado o feedback é requisitado sendo as mensagens enviadas pelos receptores sensoriais para o centro de controle com o objetivo iniciar e dar continuidade bem como de fazer a correção do movimento como ocorre no termostato de ar condicio nado que capta as informações para ajustar a programação registrada MAGILL 2000 Logo a execução do movimento coordenado é dependendo de novas informações senso riais Para uma maior compreensão do controle do movimento motor fazer leitura da unidade 4 FAIRBROTHER 212 no link disponível em httpsintegradaminhabi bliotecacombrbooks9788520459607 Para melhor compreensão da estrutura e funcionalidade do córtex ler a seção Pensamento de Kruszielski 2019 disponível em httpsplataformabvirtualcom brLeitorPublicacao171284pdf0 BUSQUE POR MAIS A unidade motora promove a contração no movimento O elemento é formado pelo neurônio e as fibras musculares que se conectam FIQUE ATENTO A construção de engramas é de grande importância Veja que as repetições as tentativas e os erros estão implicados a este conceito em grande proporção Lembrese que errar faz parte do processo de aprendizagem VAMOS PENSAR GLOSSÁRIO Feedback neste contexto se refere à informação enviada pelos receptores ao centro de con trole assim realizando a correção do movimento 22 PSICOMOTRICIDADE ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA Para abordarmos a imagem do corpo pela concepção fenomenológica é impres cindível ressaltar Edmund Husserl intitulado pai da fenomenologia o qual tem relevantes estudos no campo abstrato entre ideias e pensamentos Para Husserl a consciência é in tencional assim a intencionalidade pode ser entendida como o que a mente conhece e registrou como característica da experiência de vida fazendo associações que se reverbe 26 ram em suas convicções e pensamentos DUARTE CALDIN 2019 p 320 Perceba que sua perspectiva é transcendental porém é mantida no campo do idealismo Não obstante é necessário destacar MerleauPonty 1999 teórico que amplia a con cepção trazendo uma realidade mais concreta se distanciando do plano das reflexões Co locando o corpo como interlocutor das ideias e da percepção deste Sendo a percepção e a experiência o pilar para a construção do conhecimento preconizandose para a essência O fato de suspender pensamento e convicções permite o movimento ser colocando em de dialogo com o mundo onde se obtém as experiências reais servindo de base para o seu desenvolvimento motor e cognitivo Neste sentido é possível trazer como elementos da fenomenologia as essências o caráter intencional da consciência os objetos como coisas tanto reais quanto ideais a percepção que cada um tem de suas experiências DU ARTE CALDIN 2019 p 317 Tais experiências concretas possuem valor singular ou seja é relacionada à percep ção de cada um daí encontramos a essência citada todavia não podemos considerála um mundo privado ao contrário é na relação com o outro que é construída A interação é fundamental para que o sujeito possa se perceber e compreender o que se revela atri buindo significados Como menciona MerleauPonty 1999 569 é comunicandonos com o mundo que indubitavelmente nos comunicamos com nós mesmos Nós temos o tempo por inteiro e estamos presentes a nós mesmo por que estamos presentes no mundo Assim MerleauPonty 1999 reverencia o corpo pela perspectiva de corpo próprio corpo vivido e corpo consciente Ou seja apresenta um corpo que não é algo engessado e que nem se esgota na observação de plano cartesiano Ao contrário é sensível com inten cionalidades e encarnado que se relaciona com o mundo e se estende a ele onde é capaz de aprender não somente sobre si Uma ideia de corpo que transcende a objetividade e a concepção ahistórica Em contribuição Le Boulch 1987 aponta que a criança delimita seu corpo próprio do mundo dos objetos através da ação e da aquisição das praxias Daí a importância de permitilhe a confrontação global com o mundo dos objetos Nesta direção o esquema corporal é portanto a base fundamental da função de ajustamento e o ponto de partida necessário de qualquer movimento p 176177 Em uma concepção em que MerleauPonty 1999 considera o corpo respondende ao em torno pelo movimento intencional colocando os dois elementos em condição indis sociável corpo e a realidade do mundo externo concluímos portanto que a fenomenolo gia é ligada à subjetividade tendo em vista que a percepção das coisas são sensíveis à va riáveis como espaço ocasião etc Sendo assim chamamos a atenção para a necessidade de refletir sobre o que nos cerca A privação das experiências também diz muito sobre este conhecimento em construção e desenvolvimento estendemos as nossas provocações à construção do conhecimento em meio a desigualdade social A essência que nos referimos tem o sentido de perceber como as coisas realmente são sem inferência de convicções e pensamentos colonizados FIQUE ATENTO 27 Para uma maior compreensão da fenomenologia concreta fazer a da seção Ci vilização e experiência concreta do corpo SERPA 2019 no link disponível em ht tpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao176872pdf0 Teoria da percepção em primeira pessoa de Santaella 2012 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788522126408 BUSQUE POR MAIS Considerando a percepção e experiências corpóreas como principais formas de conhecimen to observe que a realidade da periferia majoritariamente não possui espaços desportivos as escolas não muito diferente oferecem materiais básicos Que relação você faz entre tal afir mação e a ausência de jovens de periferia em competições de modalidades como esgrima hipismo e a vela VAMOS PENSAR 23 PSICOMOTRICIDADE ABORDAGEM RELACIONAL A abordagem relacional tem um sentido muito peculiar para compreender a psico motricidade Datada como destaque na década de 1970 com André Lapierre teórico fran cês passou por outros conhecimentos para chegar aos achados que vamos apresentar Segundo Gusi 2020 sua teoria é mergulhada nas concepções de Henri Wallon pioneiro nos estudos do século XX que parti em defesa de um olhar de afetividade ao corpo Esta perspectiva tem busca pelas limitações de aprendizagem cognitiva relacional e motora que as crianças apresentam Gusi 2020 apresenta a teoria com intima relação a questão simbólica permitindo observar aspectos importantes em suas limitações Pen sando no campo do simbolismo destacamos a espontaneidade da criança como elemen to base no desenvolvimento da teoria psicomotora relacional pois demonstra o que é sen tido e o que não é pronunciado por muitos motivos sendo em nossas percepções mais comuns a timidez e a agressividade que trazem consequências ao desenvolvimento A psicomotricidade relacional consiste em possibilitar es paços de liberdade para a criança propícios aos jogos e às brincadeiras fazendo com que por meio deles a criança manifeste seus conflitos e consiga compreendêlos No campo educacional esta ferramenta serviria de preven ção contra o surgimento de distúrbios emocionais moto res e de comunicação que geralmente são entraves para a aprendizagem LEITE 2019 p 89 28 Neste contexto devemos criar oportunidades da criança se manifestar oferecer es paço e materiais A observação se faz importante Perceber o que se revela ou o que se es conde traz a tona ricas informações Essa perspectiva é totalmente contrária aos mecanis mos de repressão como o apelo ao silêncio e ao imobilismo que se escondem no discurso da disciplina O que não quer dizer que não há regras porque elas existem Conviver com o outro e dividir os espaços exigem regras Em concordância com Mastrascusa 2012 vemos a linguagem como basicamente corporal em que o participante fala por meio da sua expressão corporal espontânea por suas atitudes imobilidades agitação mímicas olhar tônus respiração suas aproximações e distanciamentos seus atos p 56 A comunicação verbal não é privilegiada nesta abor dagem pois arriscamos em concluir que a comunicação verbal poderia induzir a reprodu ção de gestos ou ações enquanto o que se busca com o método também é a promoção da autonomia Esta concepção de psicomotricidade permite estimular as capacidades e potencia lidades apresentadas como meio de propor novas aprendizagens por exemplo o concei to de direita e esquerda de em cima e embaixo atentando para um olhar que supere as limitações da criança Neste sentido nada mais coerente que o psicomotricista relacional fique atento e sensível para perceber as demandas dos alunos e direcionar atividades li vres e dirigidas que vão ao encontro das respectivas necessidades Leite 2019 vai além apresenta nuances de uma psicomotricidade relacional que tem uma prática além de educativa mas preventiva e terapêutica Essa perspectiva se diferencia do que Bueno 2014 apresenta ao situar as áreas do psicomotricista estimulação educação reeducação e terapia Para Lapierre segundo Mastrascusa 2012 a área de atuação é atravessada por concepções do Real do Simbólico e do Imaginário de Lacan reunindo assim releituras da discussão de Bueno 2014 Há uma profunda preocupação com o aparelho psíquico da criança entre consen sos e dissensos nas teorias dos psicanalistas Freud e Lacan a psicomotricidade relacional busca trazer para fora o que se colocado como fantasma para a criança A criança adquire confiança o que impacta diretamente no seu desenvolvimento motor e cognitivo A abordam relacional em Lapierre é destinada à criança mas José Leopoldo Vieira amplia o conceito para o trabalho com adultos FIQUE ATENTO Veja pela perspectiva da educação inclusiva Sendo uma profissão de recente regulamenta ção pense nas oportunidades que podem se abrir VAMOS PENSAR 29 Para conhecer mais sobre a psicomotricidade como relacional como instrumento de aprendizagem ler o capítulo 4 de Leite 2019 no link disponível em httpspla taformabvirtualcombrLeitorPublicacao168144pdf0 E o capítulo 3 de Fonseca 2008 disponível no link httpsintegradaminhabibliote cacombrbooks9788536314020 BUSQUE POR MAIS 30 1 Um estudante ao correr para pegar o ônibus avistou uma bolsa de lama e para dar continuidade à ação fez uma rápida mudança no movimento A mudança no movimento foi possível devido ao feedback recebido das informações sensórias demonstrando alto controle motor porque Marque a opção que explica a situação hipotética a o cerebelo atua na correção do movimento até a aprendizagem da execução b enquanto o movimento é realizado vamos recebendo feedbacks durante toda a realização do movimento c o córtex límbico participa da programação fazendo o planejamento do novo movimento mediante as informações sensoriais d o córtex límbico é responsável por lançar impulsos nervosos para a musculatura e o córtex associativo ativa o potencial de ação lançando os impulsos nervosos para a musculatura o que colaborou para a mudança do movimento 2 O centro de controle do movimento é o responsável pelas decisões motoras sendo que o não depende de feedbacks para a respostas motora todavia o é dependente de novos estímulos O faz com que as respostas se ajustem ao ambiente Marque a opção que completa s lacunas corretamente a circuito fechadocircuito abertocircuito aberto b circuito fechadocircuito fechadocircuito aberto c circuito abertocircuito abertocircuito fechado d circuito abertocircuito fechadocircuito fechado e circuito abertocircuito abertocircuito aberto 3 Acerca da fenomenologia de Edmund Husserl analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiro e F para falso Rompe com a concepção de um corpoobjeto reforçando a ideia de uma percepção pautada na experiência de um sujeito encarnado A experiência perceptiva se relaciona com a experiência corporal As concepções da fenomenologia são fundadas na perspectiva transcendental e idealista A sequência correta de cima para baixo encontrase em qual alternativa a v v v b f v f c f v v d v f f e f f v FIXANDO O CONTEÚDO 31 4 A percepção não é uma representação limitada ao campo das ideias e sim um conjunto de sensações experienciadas pelo corpo Seguindo o contexto da afirmativa apresentada julgue a alternativa correta a MerleauPonty que defende o corpo como criador de sentidos b MerleauPonty tem o entendimento de um corpo observável c Husserl busca o conhecimento pelas experiências corpóreas do sujeito d Husserl defende que o corpo não deve ser visto apenas no campo das ideias e MerleauPonty defende as experiências como forma de aprendizagem porém sem a necessidade do movimento 5 Psicomotricista PFPQuadrix A psicomotricidade relacional na perspectiva da educação entende que a atuação se estabelece de forma mais preventiva buscando potencializar o desenvolvimento integral das crianças indicando e reforçando todo e qualquer aspecto positivo de sua conduta de seu modo de ser e trabalhando com o que há de positivo nas relações interpessoais reforçandoas e renovandoas Considerando essa informação assinale a alternativa correta a A relação entre a escola e a psicomotricidade dependerá das condições socioeconômicas b Sendo o corpo o primeiro meio disponível e utilizado para se entrar em contato com o conhecimento a aprendizagem passa a ter uma interrelação intrínseca com a motricidade c Todas as condições usadas na psicomotricidade escolar servem para os diferentes lócus de aplicação da psicomotricidade d As instituições escolares têm programas que identificam alunos com problema psicomotor para indicar a psicoterapia e As instituições de saúde pública têm programas que identificam crianças com problema psicomotor para indicar a psicoterapia 6 1º Tenente PMRJ CRSP adaptada O trabalho da psicomotricidade na vertente relacional serve de métodos não diretivos que é a usada dentro das instituições escolares pois usa o jogo como atividademeio como elemento pedagógico propicia à criança o ato de criar representar e usar a imaginação porém a partir de uma ação pedagógica previamente elaborada pelo professor São consideradas funções psicomotoras a serem desenvolvidas I Lateralidade II Esquema corporal III Atenção Marque a alternativa que com os itens corretos a I II b I III c II III d I e IIII 7 Podemos considerar a psicomotricidade relacional como um método para que a criança se expresse Marque a alternativa que corresponde ao método citado 32 a atividades de pintura b atividades de escrita c jogo de vôlei adaptado d jogo espontâneo e contação de história 8 Podemos considerar como objetivos da psicomotricidade relacional incentivar a imaginação a autonomia a convivência com o próximo e Marque a alternativa que corresponde às lacunas a autoestima prevenir dificuldades b obediência autoestima c submissão prevenir dificuldades d alienação autoestima e prevenir dificuldades obediência 33 PRINCÍPIOS E CONCEITOS BÁSICOS DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR UNIDADE 03 34 31 PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Tonicidade O desenvolvimento da criança inicia muito antes de seu nascimento mas após sua vinda ao mundo externo que o seu desenvolvimento tende a avançar progressivamente inclusive a aprendizagem motora saindo de um estágio mais simples para o complexo ou seja do movimento reflexo ao voluntário em consonância com o grau de maturação No desenvolvimento deste processo o tônus muscular é um elemento indissociável Podemos definir este conceito como INTRODUÇÃO Nesta seção a proposta é apresentar a organização dos aspectos psicomotores da criança tonicidade equilíbrio lateralidade noção corporal estruturação espaçotempo ral coordenação motora global e coordenação motora fina considerando as expectativas integradas para a harmonia do corpo Portanto é preciso apresentálos em paralelo à Teo ria do Sistema Funcional de Luria sendo possível ampliar os estudos no campo da neurop sicologia durante o século XX Luria apresenta o mapeamento do cérebro dividindoo em três unidades funcionais onde são relacionadas diretamente aos aspectos psicomotores onde a primeira relaciona se à condição de vigilância de alerta e dos estados mentais a segunda comprometese com a recepção análise e armazenamento da informação a terceira relacionase com a organização da atividade consciente e a sua programação regulação e verificação da ati vidade psicomotora FONSECA 2012 Toda essa organização dos aspectos motores é considerada importante para o de senvolvimento da criança sendo encontrada na BPM elaborado pele por Vitor da Fonseca com a finalidade de observar falhas nesta organização A seguir vamos conhecer as três unidades em seções subsequentes mas é impor tante ter a compreensão que estas estruturas complexas trabalham de forma integrada embora existam níveis hierárquicos entre as unidades o estado de tensão permanente dos músculos de origem essencialmente reflexa variável em sua intensidade que segue as diferentes ações sinérgicas que a reforçam ou inibem e tem por função o ajustes das posturas sendo possível distinguir de forma semiológica diferentes pro priedades THOMPSON 2020 p 94 A definição apresentada pela autora reforça a ideia de uma dinâmica que vai além de um estado de tensão permanente sendo compreendida por estado de resistência já que somos expostas naturalmente pela gravidade e pelas forças que nos opomos no dia a dia sustentando ações motoras estáticas e não estáticas Todavia como Ajuariguerra 1996 menciona este processo segue uma evolução conforme a maturação da criança Como uma sequência o controle postural é percebido no seu início quando o bebê mantém suas mãos fechadas desenvolvendose para outros estágios passando do enga tinhar para a postura ortostática Essa dinâmica é conhecida por Thompson 2020 como Flutuação de Tônus Há uma compatibilidade importante entre o tônus e a dimensão emocional reque 35 rendo um diálogo corporal pois segundo Ajuariguerra 1996 a privação de afeto oportuni za um atraso motor reverberando em outras áreas de desenvolvimento p217 O trabalho do tônus muscular caminha muito próximo ao outro aspecto motor o equilíbrio como veremos na seção seguinte Essa aproximação considera ambos a esta rem na 1ª unidade funcional do cérebro sendo elencados na BPM teste elaborado por Fonseca 2012 Equilíbrio É muito provável que todos em algum momento da vida tenham brincado de está tua e se houve algum momento em que foi preciso ficar com os pés um afrente do outro ou apenas tendo as pontas dos dedos como apoio você possivelmente buscou muita con centração inclusive muscular além de requerem bastante o equilíbrio para não perder a brincadeira Estamos trazendo esta memória para que possamos relacionar os dois elementos O equilíbrio em grande medida se envolve com a dimensão do tônus muscular pois estão colaborando para noção de eixo corporal e adoção de posturas corporais o que vai ao en contro das perspectivas de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 Assim podemos considerar o equilíbrio como uma das habilidades a ser desenvol vida para que seja capaz de sustentar o seu próprio corpo mesmo quando é submetido a diferentes posicionamentos durante o dia a dia ou mesmo naquela brincadeira de estátua Ressaltamos que a criança com falha no desenvolvimento deste aspecto motor pode ge rar uma desatenção nas suas atividades já que constantemente vai buscar uma nova posi ção THOMPSON 2020 colaborando Neto 2002 vai considerar esse dispêndio de energia como fato gerador de estresse e ansiedade além da fadiga Note o quanto que em nosso cotidiano vivemos diferentes circunstâncias que exi gem a habilidade do equilíbrio estático e dinâmico que se distinguem pela imobilidade e movimentação do Centro de Gravidade CG respectivamente Em contribuição Negrine 1986 percebe que o CG se revela de forma diferente variando entre adultos e crianças sendo para as crianças este ponto imaginário é mais acima quando comparado a um adul to o que vai exigir do profissional um trabalho em prol do desenvolvimento desta estabi lidade Neste sentido Thompson 2020 conclui portanto que podemos considerar que a criança já possui a habilidade de equilibrarse quando a mesma controla o seu corpo em relação a posturas e posições Para Fonseca 2012 a equilibração na BPM é uma condição básica da organização psicomotora visto que envolve uma multiplicidade de ajustamentos posturais antigravití cios que dão suporte a qualquer resposta motora p 184185 Thompson 2020 e Fonseca 2012 contribui para a nossa compreensão que o equilíbrio é ligado à tonicidade por pois ambos são importantes no controle postural 36 Para compreender o papel do adulto na intervenção psicomotora do bebê veja o sexto capítulo do título Ludicidade e Psicomotricidade de Oliveira e Silva 2017 dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao123217epub0 Veja as implicações quando o equilíbrio não é trabalho em Síndrome da insufi ciência psicomotora do capítulo 1 em Fonseca 2008 disponível no link https integradaminhabibliotecacombrbooks9788536314020 A aplicação da BPM não requer grandes recursos sendo se simples realização Veja a demonstração como o professor Vinícius Franco de Oliveira pelo link dispo nível em httpswwwyoutubecomwatchvrHtXiqw2dc BUSQUE POR MAIS O grau de maturação depende dos fatores sociais e biológicos A maturação são as funções em desenvolvimento deixando seu caráter embrionário FIQUE ATENTO Avaliando a importância de trabalhar a tonicidade da criança tendo em vista que a ausência de estímulos colocará outras funções em riscos entre distúrbios e perturbações e consideran do que a creche não é uma etapa obrigatória na educação básica encontramos contradi ções Pense em medidas que possam servir solução desta equação VAMOS PENSAR 32 SEGUNDA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Lateralidade Para iniciar nossas reflexões precisamos recordar das vezes que ouvimos que somos o país do futebol É uma frase muito reproduzida ainda mais quando próximos de cam peonatos Entretanto não vamos demarcar o futebol em nossas discussões a elucidação é para demonstrar que uma cultura futebolística tão difundida faz com que a gente chute a latinha que está no chão ao invés de pegála para arremesso Mas responda rápido Quais dos seus pés é utilizado para chutar e por quê A segunda pergunta é mais complicada de responder por isso vamos explicar a late ralidade Para tal devemos levar em conta os dois hemisférios direito e esquerdo os quais possuem responsabilidades diferentes contudo produzem uma integração harmoniosa mesmo havendo em nós uma habilidade manual e hemisférica como o caso da latinha Fonseca 2012 considera que essa habilidade manual e preferência hemisférica vai toman do forma na idade escolar onde as crianças são submetidas às estruturas prontas majori tariamente para destros e o perfil de quem ensina o que desestimula o desenvolvimento 37 da ambidestria e da preferência oposta Mas é preciso ser sensível e compreender que a predominância não se esgota nos estímulos ambientais a condição biológica não pode ser omitida chamado por Negrini 1986 de bagagem inata Mesmo diante dos estímulos sociais Negrine 1986 orienta que a criança seja expos ta de maneira que consiga expressar sua preferência corporal espontaneamente Sugeri mos que observe e peça a criança pra olhar pela fechadura e contar que vê atrás da porta O que não quer dizer que não devemos estimular os dois lados A integração bilateral é condição essencial ao controle postural e ao controle perceptivovisual Sem esses dois lados a lateralização como sistema funcional complexo não se diferencia afirma Fonseca 2012 p 221 o que gera consequência na sua aprendizagem Esquema corporal O esquema corporal está ligado à percepção e a consciência que a criança tem deste corpo com as possibilidades de interagir com o meio Para Silva e Haetinger 2013 o es quema corporal referese como corpo consciente o qual acrescentamos ainda que este aspecto é o pilar de sustentação para as demais habilidades bem como é o centro da for mação da personalidade da criança Em consonância com Neto 2002 p20 o esquema corporal é a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em associação com os dados do mundo exterior Esse movimento de troca entre o mundo interno e externo vai constituindo a sua persona lidade de forma progressiva pois o esquema corporal é desenvolvido em etapas Seguindo Fonseca 2008 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 e Oliveira 2020 há primeiramente o reconhecimento das partes do corpo em seguida a criança tem com preensão da função por último é quando ela sabe articular todas as partes do corpo para que possa se movimentar sem prejuízos chegando assim ao conceito de somatognosia É a tomada de consciência do corpo na sua totalidade e respectivas partes intimamente ligadas e interrelacio nadas com a evolução dos movimentos intencionais isto é a tomada de consciência do corpo como realidade vivi da e convivida FONSECA 2008 p 109 Essa tomada de consciência tem ampla relação com os aspectos neurofisiológicos Iniciada pelo córtex a intencionalidade de execução do movimento resulta na experiência O acúmulo de tais experiências segue um processo didático e gradativo para a aquisição do conhecimento sobre o corpo Estrutura espaço temporal Imaginem se a cada vez que fossemos atravessar uma rua sem semáforo tivéssemos que reunir uma série de fórmulas matemáticas e leis da física para verificar se estaremos atravessando com segurança Claro que já vivenciamos esta situação e não foi necessário elencar tantas teorias Você saberia explicar por quê Se formos analisar os conceitos isoladamente como Fonseca 2012 vamos verificar que a noção de espaço depende da visão e a do tempo com a audição Dentro no nosso exemplo a percepção visual é onde o corpo interpreta o tempo 38 a distância a posição etc esta interpretação tem uma estreita relação entre o espaço e corpo e corpo e objeto localizando o objeto a partir de si o centro Enquanto que noção temporal não se separa da dimensão do tempo mas voltase para os acontecimentos O cérebro joga com as experiências anteriores adaptase às condições presentes prediz e antecipa o futuro FONSECA 2012 p 271 apresentando a localização dos eventos no tem po que se relaciona ao ritmo por isso a noção temporal é mais auditiva Estes dois conceitos juntos compõem a estrutura espaço temporal Como cita Fon seca 2012 p262 a estruturação espaço temporal emerge da motricidade da relação com os objetos localizados no espaço da relação relativa que ocupa o corpo Nesta afirmação conseguimos perceber como este aspecto está intimamente imbricado à lateralidade e ao esquema corporal sendo necessário trabalhar com muita seriedade o corpo consciente para que aprendam a fazer a leitura dele no espaço e no tempo Marinho et al 2012 contribuem para a compreensão mais detalhada do esque ma corporal em uma visão escolar no segundo capítulo do título Pedagogia em Movimento disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublica cao6196epub0 Você pode verificar demais instrumentos de avaliação das habilidades na préin fância e início da infância na unidade 1 de Costa 2019 disponível no link https integradaminhabibliotecacombrbooks9788595028524 BUSQUE POR MAIS Os hemisférios no cérebro têm funções distintas e comandam opostamente os seus lados do corpo Ao todo se subdividem em 4 lóbulos que possuem funções distintas sendo frontal parietal temporal e occipital FIQUE ATENTO Minha proposta é estimular a sua reflexão de como trabalhar a estrutura espaço temporal com crianças surdas com cegueira tendo em vista que o caráter inclusivo na educação e na sociedade VAMOS PENSAR 33 TERCEIRA UNIDADE FUNCIONAL DE LURIA Coordenação motora fina e global A dimensão motora tem como elementos a coordenação motora fina e a coorde nação motora global também chamada de grossa que podem ser sistematizadas como a coordenação dos movimentos em busca de resultados que embora estejam na mesma 39 dimensão possuem aspectos particulares Enquanto a coordenação motora fina realiza movimentos utilizando pequenos músculos como os das mãos dedos e pés a outra exige a participação de grandes músculos OLIVEIRA 2020 Em concordância Fonseca 2012 p 289 aponta a coordenação motora global intitu lada também como práxia global é relacionada à realização e automação dos movimen tos globais mais complexos como correr pular escalar rolar tornando o movimento inte grado e com a harmonização do corpo a partir do recrutamento dos músculos agonistas e antagonistas Para o desenvolvimento da coordenação motora fina é preciso estimular o contato com os objetos de maneira que possam manipulálos como picar papéis com as mãos ou pintar as unhas recrutando pequenos músculos para a atividade especializada manual e ou óculomanual Para a ação desses dois últimos aspectos motores é necessário que as outras unida de funcionais de Luria interajam Veja na Figura 5 onde é a região de cada unidade fun cional Figura 5 Unidades Funcionais de Luria Fonte Coelho adaptado 2018 Ao final desta seção esperamos que você faça a correlação entre os aspectos psico motores as unidades funcionais e a Figura apresentada bem como possa compreender como é possível explorar o desenvolvimento psicomotor avaliando o Quadro síntese abai xo de jogos e brincadeiras construindo variações para o exercício da profissão 40 Aspectos Motores Período Atividade Descrição Tonicidade 4 a 6 me ses A hora da barriga Deitar o bebê em decúbito ventral sobre o col chonete e deixar os brinquedos em seu entorno fazendo estimulação para que o bebê apoie seus cotovelos ou role para as laterais Equilíbrio 4 a 7 anos Imitando os animais Solicitar que as crianças possam fazer a posição de determinado animal a ser ditado após alguns segundos solicitar que uma das pernas seja sus pensa vagarosamente tentando manter a posi ção inicial Lateralidade 4 a 12 anos O mestre mandou Os alunos deverão ouvir o comando de irem para a direita ou para esquerda A sequência ditada deve oscilar entre as palavras e o ritmo Esquema corpo ral 4 a 9 anos Balançando o esqueleto Fazer a coreografia conforme a letra da música e a criatividade Sacudir o esqueleto as diferentes partes do corpo do Quintal da Cultura Espaço Temporal 4 a 12 anos Vôlei em dupla Em um quadrado espaçoso desenhado no chão duas duplas são chamadas para jogar vôlei com balões Cada dupla com um balão cores diferen tes O jogador que permitir que o balão ultrapas se a linha demarcada elimina própria dupla Coordenação Motora Fina 3 a 5 anos Cardápio oriental Espalhar pequenos objetos no prato em cima da mesa e pedir que os alunos retirem utilizado o conjunto de hashi com elásticos inicialmente para ajudar na realização do movimento de abrir e fechar Coordenação Motora Global 3 a 8 anos Percurso ao gol Os alunos deverão realizar um percurso com obs táculos de diferentes níveis ao final deverão chu tar a bola ao gol Perceba que a atividade com os dedos exige o controle da visão sendo chamada de coor denação óculomanual A visão exerce grande influência sobre os movimentos da mão e do corpo O sentido visual é responsável pelo comando antecipação e coordenação dos esque mas de assimilação THOMPSON 2020 p 90 FIQUE ATENTO Que tal pensar em propostas de atividades para desenvolver a coordenação motora fina a partir de materiais reutilizáveis Anote as ideias e elabore o seu próprio portfólio VAMOS PENSAR Quadro 1 Jogosbrincadeiras que contribuem para o desenvolvimento dos aspectos motores Fonte Autora 2021 41 Além dos instrumentos de avaliação das habilidades o lúdico também é uma alternativa diagnóstica Veja o capítulo 4 da obra O universo lúdico no contexto pedagógico disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublica cao158949epub0 Fonseca 2008 traz a organização dos estágios do desenvolvimento neurofi siológico de Luria no capítulo 12 abordando mais detalhadamente cada uni dade funcional disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombr books9788536314020 BUSQUE POR MAIS Para compreender como é aplicada a BPM sugerese a leitura de FONSECA Vitor da Ma nual de observação psicomotora significação psiconeurológica dos fatores psicomoto res 2ª ed Rio de Janeiro Wak Editora 2012 328p 42 1 Os aspectos psicomotores foram categorizados em unidade funcionais sendo regiões do cérebro responsáveis por determinadas funções De acordo com a afirmativa marque a opção que se relaciona à 1ª 2ª e 3ª unidades funcionais respectivamente a coordenação motora global lateralidade tonicidade b tonicidade coordenação motora fina equilíbrio c estrutura espaço temporal esquema corporal tonicidade d equilíbrio esquema corporal coordenação motora global e equilíbrio esquema corporal lateralidade 2 Especialista em Psicomotricidade CFP QUADRIX adaptado A BPM de Fonseca é um instrumento que favorece a avaliação psicomotora e pode fazer parte dos processos realizados pelos psicólogos A BPM deve ser usada para diagnosticar déficits neurológicos para diagnosticar disfunções ou lesões cerebrais A BPM tem uma utilidade educacional por diversos profissionais tais como educadores físicos A BPM requer afinamentos mas dá um suporte clínico como modelo original de observação dinâmica do potencial de aprendizagem da criança Assinale a alternativa correta a v v v b f v v c f f v d f v f e v v f 3 Especialista em Psicomotricidade CFP QUADRIX adaptado Com base nos estudos focados na educação pelo movimento julgue os itens subsequentes I O esquema corporal pode ser considerado como uma intuição de conjunto ou de um conhecimento imediato que se tem do próprio corpo em posição estática ou em movimento na relação de suas diferentes partes entre si sobretudo nas relações com o espaço e os objetos que o circundam II O esquema corporal acontece de após a criança atingir 3 anos de idade III O esquema corporal mal estruturado produz um deficit na relação sujeitomundo exterior traduzindose no plano da motricidade e da relação com outrem Assinale a alternativa correta FIXANDO O CONTEÚDO 43 a Apenas o item I está certo b Apenas o item III está certo c Apenas os itens I e II estão certos d Apenas os itens I e III estão certos e Apenas os itens II e III estão certos 4 Professor de educação física SEADSEECTPAAOCP As mais variadas formas de que a criança puder realizar com os conteúdos da Educação Física favorecem em sua construção por ela tratar seu corpo como um organismo inteiro Para isso o conhecimento que é formado na criança deve ser um conhecimento de corpo e de ações ao corpo em que os próprios movimentos possam ser vivenciados mais Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta a movimento educativa livremente b processo normativa elaboradamente c segmentos corretiva ordenadamente d elementos normativa repetidamente e movimentos corretiva livremente 5 Fonseca descreve as três unidades funcionais do cérebro baseado em Luria reunindo os aspectos motores que devem ser desenvolvidos nas áreas da psicomotricidade a exemplos I A sua ausência causa implicações no controle do corpo estático e dinâmico II Ocorre através de aquisições neuromusculares muito presente do nascimento ao 1ª ano de idade III A função precisa ser bem estruturada para que o aluno consiga escrever sobre as linhas do caderno na educação infantil Considerando os conceitos de cada um marque a alternativa que corresponda corretamente a equilíbrio tonicidade lateralidade b lateralidade equilíbrio tonicidade c equilíbrio tonicidade estruturação espaço temporal d estruturação espaço temporal tonicidade equilíbrio e equilíbrio estruturação espaço temporal tonicidade 6 As crianças devem ficar em um determinado ponto e um adulto fica a frente deles mantendo certa distância Quando o adulto virar de costas as crianças devem correr em direção à ele porém quando ele virar de frente as crianças devem parar imediatamente Sabemos que as funções e habilidades dos elementos motores trabalham de forma integrada para a harmonização do movimento corporal entretanto a brincadeira descrita apresenta como objetivo central quais aspectos motores a Coordenação motora global equilíbrio 44 b Estruturação espaço temporal equilíbrio c Lateralidade estruturação espaço temporal d Tonicidade coordenação motora global e Coordenação motora global lateralidade 7 O professor ao solicitar que um grupo de crianças de idade entre 3 e 6 anos montem um jogo de quebracabeça com a imagem do corpo humano busca desenvolver a noção de corpo inteiro e suas partes Neste sentido qual aspecto motor é privilegiado Marque a alterativa correta a lateralidade b estruturação espaço temporal c equilíbrio d coordenação motora fina e esquema corporal 8 O professor ao dar sequência a um programa de exercícios solicita que seus alunos entre 4 e 8 anos realizem a posição de vela explicando que devem se deitar sobre o colchonete em decúbito dorsal e elevar suas membro inferiores para cima também o glúteo e parte do tronco sustentando a posição com a ajudadas mãos apoiadas nas costas Solicita que mantenham a posição por 10 segundos Este exercício busca privilegiar quais aspectos motores Marque a alterativa correta a equilíbrio e tonicidade b esquema corporal e lateralidade c coordenação motora global e coordenação motora fina d estrutura espaço temporal e equilíbrio e esquema corporal e coordenação motora global 45 DESENVOLVIMENTO MOTOR E DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIDADE 04 46 INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos observar que o período com maior desenvolvimento motor concentrase na infância o que nos faz considerar um período fértil para criar padrões de desempenho estimado por faixa etária da criança Esta afirmativa considera as fases dos estágios do desen volvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 como pode ser observa da na Figura 6 Também apresentamos as três ca tegorias de movimentos observáveis mo vimento manipulativo movimento estabilizador e movimento locomotor alinhando com a Figura 6 e em paralelo aos estágios do desenvolvimento humano das teorias psicogené ticas piagetiana e walloriana tendo em vista que o desenvolvimento motor é implicado ao desenvolvimento cognitivo Ainda vamos perceber a idade é uma importante variável nas teorias entretanto não é uma variável absoluta 41 CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR Pelas leituras já realizadas compreendemos que o desenvolvimento motor é um processo que envolve corpo e mente que é gradual e contínuo partindo dos movimentos não intencionais para os voluntários que o seguem por todo o seu percurso de vida po dendo ser avaliado o desempenho apenas pela execução ou seja o comportamento para possíveis inferências MAGILL 2000 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 p 49 definem que os ajustes feitos no compor tamento motor é resultado da interação entre três elementos o indivíduo o ambiente e as tarefas o deve ser executado sendo o desenvolvimento motor decorrente desta intera ção O desenvolvimento do controle motor e da coordenação do movimento é determina do por RESTRICOES especificas encontradas nas exigências da tarefa de movimento na biologia do individuo e nas condições do ambiente de aprendizado Para além entendemos também que o movimento humano é fundamental para o nosso desenvolvimento ou melhor é requisito para a nossa condição de vida pois sa bemos que uma vida sedentária nos encaminha para uma série de problemas de saúde Sendo assim o movimento é um importante conceito a ser estudado pela ciência colocan doo em condição de observação predição e teorização A teoria que vamos utilizar para apresentar o movimento fundamentase em Gallahue e Donnelly 2008 e Gallahue Ozmun e Goodway 2013 devido ao exponente tra balho no campo A teoria que vamos conhecer apresenta três categorias de movimentos fundamentais observáveis são manipulativos estabilizadores e locomotores Movimentos manipulativos Os movimentos manipulativos referemse a manipular algo um objeto Não é um movimento inato pois precisa de interação e prática entre o objeto e mãospés Gallahue 47 e Donnelly 2008 Esses movimentos promovem a capacidade de manusear e ao mesmo tempo percebemos que cooperam para a coordenação motora fina e grossa Os movimentos manipulativos que envolvem força tanto de emitir ou de receber a exemplo chutar a bola ou receber esta bola estão implicados a manipulação grossa isso porque segundo Magill 2000 p 8 é preciso recorrer aos grandes músculos denominan do habilidades motoras fundamentais caminhar pular arremessar saltar etc como habilidades motoras grossas Entretanto os movimentos implicados a manipulação fina envolvem a precisão a exemplo recortar requerendo maior controle de músculos pequenos mais especifica mente aqueles envolvidos na coordenação mãosolhos Magill 2000 p 8 Em análise nos distintos movimentos manipulativos verificase que a atuação protagonista no movimen to recai sobre as menores musculaturas Movimentos estabilizadores Os movimentos que buscam estabilizar o corpo exigem o equilíbrio dinâmico e es tático e o controle do corpo a exemplos o bebê que suspende a cabeça quando colocado em decúbito ventral ou quando sustenta o corpo ao ser colocado sentado tendo em vista a atuação da força contrária a gravidade Os movimentos axiais são um bom aliado para do desenvolvimento da função es tabilizadora pois são proposições de movimentos mantendo a posição estacionária com apoio reduzido ou não elencandose também as posturas invertidas e o movimento de rolamento com o corpo É importante lembrar que tais movimentos tendem a depender das informações visuais do em torno para localizarse Movimentos locomotores Os movimentos locomotores deslocam o corpo de um ponto ao outro seja em po sição ereta ou em horizontal como ocorre com os bebês que se deslocam se arrastando antes de engatinhar Estes movimentos vão ganhando refinamento ao longo dos estágios do desenvolvimento motor alinhando com variáveis como ritmo velocidade até chegar ao estado de proficiência Os movimentos fundamentais se revelam nas fases e estágios do desenvolvimento motor de maneira progressiva e desafiadora Na influente teoria piagetiana e walloriana a medida que os desafios acontecem é necessário uma nova reorganização havendo incor porações e ressignificações GRATIOTALFANDÉRY 2010 o que implica na também no desenvolvimento cognitivo a inteligência é uma adaptação é assimilação pois in corpora dados da experiência do indivíduo e ao mesmo tempo acomodação uma vez que o sujeito modifica suas estruturas mentais para incorporar os novos elementos da experiência BOCK et al 2002 p 127 É importante destacar que este processo é simultâneo ou seja não há uma hierar quia na execução do processo sendo contínuo e cíclico pois estamos constantemente sendo desafiados e estimulado 48 As categorias dos movimentos fundamentais podem ser mais observadas na uni dade 2 de Bacil Mazzardo e Silva 20200 disponível no link httpsplataformabvir tualcombrLeitorPublicacao178221pdf0 Gallahue Ozmun e Goodway 2013 no capítulo 2 contribui para a compreensão da interação dos três elementos o indivíduo o ambiente e as tarefas disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788580551815 BUSQUE POR MAIS O contexto das Restrições apontadas para o desenvolvimento do controle motor e da coor denação do movimento referemse aos elementos do sistema que servem para estimular ou desestimular mudanças positivas no controle motor e na coordenação do movimento HALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 p 49 FIQUE ATENTO Considerando a nossa condição necessária de movimentarse para o desenvolvimento motor como é possível equacionar esta necessidade diante de uma progressiva estimulação da so ciedade aos jogos digitais que têm como característica o imobilismo VAMOS PENSAR O desenvolvimento humano é marcado por fases Neste sentido esta seção preten de é analisar as considerações de desenvolvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 no Quadro 2 atravessando a perspectiva de desenvolvimento humano psicogenéti cas de Piaget e Wallon 42 ABORDAGEM DO MOVIMENTO REFLEXO DO MOVIMENTO RUDIMENTAR E AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Faixa etária prevista Estágios do desenvolvimento motor Fase do movimento reflexo Desde o útero até 4 meses Estágio de codificação de informações as informações são coletadas e agrupadas 4 meses a 1 ano Estágio de decodificação de informações onde inicia a o processamento das informações b a ausência de determi nados reflexos 49 Fase do movimento rudimentar Do nascimento a 1 ano Estágio de inibição do reflexo os movimentos ainda são des coordenados 1 a 2 anos Estágio précontrole onde se percebe os movimentos mais controlados Quadro 2 Faixa etária e estágios reflexo e rudimentar do desenvolvimento motor previstos Fonte Quadro elaborado pela autora GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Como anuncia o Quadro 2 anunciado a fase do movimento reflexos é prevista em um dos primeiros momentos de evolução do ser humano fazendo parte de um ciclo que inicia pelos movimentos involuntários muito antes do seu nascimento onde coleta e agru pa informações decodificandoas a partir dos 4 meses de idade chegando aos movimen tos mais controlado na fase do movimento rudimentar aos seus 2 anos de idade Na teoria epistemologia genética de Piaget considerase a fase dos movimentos re flexos como primeiro elemento na construção da teoria científica sobre o desenvolvimento humano O teórico divide o desenvolvimento humano em períodos conforme reincidência de comportamentos observados em determinada faixa etária Na idade de 0 a 2 anos o período é chamado de sensóriomotor pois neste perío do se desenvolve a percepção e o movimento BOCK et al 2002 É importante lembrar que no estágio sensóriomotor não há socialização por parte da criança pois ela acredita que a mãe é a extensão de si A teoria de Piaget pode ser mais afunilada pelos olhares de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 onde o estágio sensóriomotor de Piaget pode ser compreendido a partir das duas fases e quatro estágios de desenvolvimento A fase do movimento reflexo subdividese em duas categorias os reflexos primitivos e os reflexos posturais No primeiro caso observamos estes reflexos como formas de sobre vivência e respostas à estímulos a exemplos a sucção e a flexão dos dedos das mãos ao ter palma tocada Com o tempo estes movimentos vão dando espaço para o aparecimen to dos reflexos posturais também involuntários que indevidamente é confundido com o movimento voluntário GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Nesta segunda instância os reflexos são vistos quando posicionamos a criança no chão em postura ereta a resposta dada é a marcha ou quando a criança realiza uma ex tensão de braço ao aproximarse do chão Diante da primeira situação nas perspectivas de Margill 2000 não podemos considerar esta marcha como uma habilidade motora tendo em vista que a habilidade relacionase com os movimentos voluntários para atingir uma finalidade O que não ocorre por isso a marcha e a extensão do braço é considerado movi mentos reflexos A fase do movimento reflexo do Quadro 2 com certa delimitação pode ser relacio nado ao estágio 1 do desenvolvimento humano de Wallon Este estágio é classificado em a impulsivo 0 aos 3 meses b emocional 3 meses a 1 ano Neste período valorizamos a afetividade De cunho materialista dialética estabelece que a criança tem as suas primei ras relações sociais e com o ambiente Os movimentos do bebê de início são caóticos mas as relações que estabelece gradualmente permitem que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas GRATIOTALFANDÉRY 2010 p35 O estágio 2 de Wallon se amplia até os 3 anos de idade da criança Chamado de Sen sóriomotor dos 12 aos 18 meses e projetivo dos 18 aos 3 anos Neste estágio o pensamento se volta para ao movimento motor Nesse período destacamse os aspectos discursivos que por meio da imitação favorece a aquisição da linguagem GRATIOTALFANDÉRY 2010 50 p35 Percebemos que a teoria walloriana não reúne uma sequência linear como Piaget e Gallahue Ozmun e Goodway 2013 projetam Retomando análise do Quadro 2 para Gallahue Ozmun e Goodway 2013 a inibição destes reflexos que também atravessa a fase do movimento rudimentar se dá ao fato do desenvolvimento da maturação do sistema nervoso o que permite que os movimentos deixem sua condição involuntária dando a vez ao movimento voluntário no entanto no estado rudimentar o que significa que precisa ainda ser aprimorado Neste estágio a criança tem como principais características o crescente domínio dos movimentos coordenados abarcando situações que vão desde o manuseio de objetos ao seu deslocamento ou seja para Piaget a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto BOCK et al 2002 p 101 percebemos assim a utilização percepção e os movimentos para as novas aquisições A fase do movimento reflexo pode ser aprofundada na leitura do capítulo 7 em Gallahue Ozmun e Goodway 2013 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788580551815 Para compreender mais sobre o crescimento e desenvolvimento motora na infân cia busque o capítulo 3 de Bacil Mazzardo e Silva 2020 disponível em httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao178221pdf0 BUSQUE POR MAIS A epistemologia genética defende que o desenvolvimento cognitivo ocorre pela interação sujeito e objeto e percorre estágios conduzidos naturalmente FIQUE ATENTO Reflita sobre a organização das turmas por anos de escolaridade e perceba o quanto a escola recebe influência da teoria de Piaget VAMOS PENSAR Em continuidade apresentamos o desenvolvimento motor em outras duas fases subsequentes e demarcadas por Gallahue Ozmun e Goodway 2013 que serão atraves sadas também pelo pensamento de desenvolvimento humano piagetiano e walloriano Partimos assim da observação do Quadro 3 abaixo 43 ABORDAGEM DO MOVIMENTO FUNDAMENTAL DO MOVIMENTO ESPECIALIZADO E AS PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 51 Faixa etária prevista Estágios do desenvolvimento motor Fase do movimento fundamental 2 a 3 anos Estágio inicial onde a criança demonstra as primeiras iniciativas orientadas para a execução de um movimento fundamental 3 a 5 anos Estágio elementar mostrando uma melhor harmonia corporal nos movimentos todavia com padrões de movimentos em evo lução 5 a 7 anos Estágio de proficiência onde os movimentos apresentam efici ência Fase do movimento especializado 7 a 10 anos Estágio de transição os movimentos possuem maior precisão e controle 11 a 13 anos Estágio de aplicação implica a deliberação e a prática pela prá tica 14 anos ou mais Estágio de utilização ao longo da vida das habilidades já adqui ridas Quadro 3 Faixa etária e estágios fundamental e especializado do desenvolvimento motor previstos Fonte Quadro elaborado pela autora GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Analisando o Quadro 3 observamos que a fase do movimento fundamental iniciase aos 2 anos de idade e estendese até aos 7 anos tendo grande duração e tem razões im portantes para se chamar assim pois são pilares para um desenvolvimento para além do período da infância Nesta fase a criança explora e experiencia mais o seu corpo desempenhando movi mentos do cotidiano como andar saltar chutar etc lembrando que o desenvolvimento requer além da maturação biológica sendo necessário levar considerar o estímulo do am biente GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Na dimensão do desenvolvimento humano Piaget em sua teoria do desenvolvimen to humano classifica que a esta fase é chamada de período préoperatório aponta que é neste percurso que a maturação neurofisiológica completase permitindo o desenvolvi mento de novas habilidades BOCK et al 2002 p 103 devendo estas habilidades serem estimuladas ne fase motora Relacionando a fase do movimento fundamental 2 7 anos do Quadro 3 com a perspectiva do desenvolvimento humano de Wallon observaremos nuances do estágio 2 já abordado Mas reúne o estágio 3 que se apresenta em Personalismo 3 a 6 anos Crise de oposição 3 a 4 anos Idade da graça 4 a 5 anos Imitação 5 a 6 anos Refletindo a característica pendular do desenvolvimento nesse estágio há predomínio da afetividade Estenden dose até aos seis anos de idade nesse período formase a personalidade e autoconsciência do indivíduo muitas vezes refletindose em oposições da criança em relação ao adulto e ao mesmo tempo com imitações motoras e de posturas sociais GRATIOTALFANDÉRY 2010 p35 52 O desenvolvimento no estágio 3 apresenta muitas fases todavia estão voltadas para a afetividade repetições das ações e posturas que estão diante de si Para Wallon não é possível fazer marcações didáticas e lineares em seus estágios tendo em vista que o desenvolvimento humano é marcado por avanços recuos e contradições e para me lhor compreendêlo é preciso abandonar concepções lineares de análise e interpretação GRATIOTALFANDÉRY 2010 p33 Ainda no Quadro 3 temos com Wallon o estágio de 4 chamado de categorial 6 a 11 anos onde continua a relação inteligência e mundo exterior Segundo GratiotAlfandery 2010 neste período a criança passa a pensar conceitualmente avançando para o pensa mento abstrato e raciocínio simbólico p 35 Retomando ao movimento fundamental no Quadro 3 para Gallahue Ozmun e Goo dway 2013 o estágio inicial representa as primeiras iniciativas da criança sob orientação para a realização de determinado movimento fundamental a exemplo caminhar Nesta fase podemos perceber que há muitos erros de execução no movimento apresentando como variáveis demasiadas ou nulas o ritmo a força a intensidade etc No estágio elementar a criança apresenta um aumento de controle motor com a execução de caráter fundamental mais harmônica entre ritmo coordenação sincroniza ção todavia os padrões de movimentos ainda estão em evolução Por último não menos importante o estágio de proficiência é identificado pela execução mecânica dos movimen tos controlados em harmonia corporal contudo pode ser estimulada sempre GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Os novos padrões de movimentos adquiridos são como as estruturas necessárias para as habilidades desportivas Se antes buscávamos desenvolver padrões de movimen tos como correr e saltar no contexto do movimento especializado a corrida de obstáculos é um bom exemplo de movimento combinado Mas como Gallahue Ozmun e Goodway 2013 afirmam esta fase não se limita a questão desportiva ela é mergulhado em nosso cotidiano momentos recreativos e caso não seja desenvolvida apresentaremos compro metimentos na execução de nossos movimentos ainda adultos Esta fase é dividida em três estágios de transição de aplicação e de utilização ao longo da vida O primeiro é definido pela transição que ocorre do estágio de proficiência do movimento fundamental já com maior forma precisão e controle para o movimento especializado Por volta dos 7 anos de idade a criança arrisca os seus primeiros movimen tos na tentativa de refinar e combinar as habilidades da fase anterior com o objetivo de executar os movimentos complexos GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Em sequência de 11 a 13 anos de idade evidenciase na criança o estágio de aplica ção que é o momento de aplicar o que vem sendo desenvolvido ao longo desse tempo A prática revelase constante em busca da eficiência do movimento o que requer maior es timulação do refinamento GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 Neste sentido encon tramos em Magill 2000 p 244 a defesa do conceito de variabilidade da prática que tem como objetivo à variedade de movimento e das características do contexto que o aprendiz vivência durante a prática de uma habilidade No estágio de aplicação Gallahue Ozmun e Goodway 2013 afirmam que a criança é capaz de deliberar sobre os esportes que mais se identifica isso ocorre por conta das suas experiências exitosas ou não em determinadas situações Assim concluísse que é perti nente oportunizar a criança diferentes movimentos O estágio de utilização ao longo da vida tem inicio aos 14 anos de idade e nos acom panham no percurso da vida já que estamos em constante condição de aprendizado Nos 53 estudos de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 p 335 a principal característica é a repre sentação e uso de todo o desenvolvimento motor já estabelecido de um padrão de mo vimento já aprendido para ser utilizado Neste estágio fazemos escolhas de atividades quando possível devido ao número de reponsabilidades que vamos reunindo com base em interesses capacidades ambições disponibilidade e experiências prévias do indivi duo Na teoria piagetinana a fase do movimento especializado compreende os seus dois últimos períodos observados 3º das operações concretas de 7 a 1112 anos e o 4º referente as operações formais de 1112 anos em diante BOCK et al 2002 Em Wallon verificase o estágio 4 categorial e o estágio 5 sendo este a Adolescência a partir dos 11 anos Para GratiotAlfandery 2010 neste 5º estágio as transformações físicas e psicoló gicas da adolescência acentuam o caráter afetivo desse estágio Conflitos internos e ex ternos fazem o indivíduo voltarse a si mesmo para autoafirmarse p 35 Entretanto é importante destacar que como Piaget a teoria de Walon não data o encerramento do desenvolvimento humano Considerao ao longo da vida Fazendo o entrelaçamento entre a teoria de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 e as teorias psicogenéticas aqui já se percebe uma autonomia da criança possui o pensamen to lógico diante do concreto inclusive realizando inferências havendo posteriormente um exercício da reflexão é mais apurado o que possibilita deliberar sobre suas escolhas espor tivas diante de suas experiências já conseguindo elaborar hipóteses A fase do movimento especializado pode ser aprofundada na leitura do capítulo 1 em Gallahue Ozmun e Goodway 2013 disponível no link httpsintegradaminha bibliotecacombrbooks9788580551815 Para maior compreensão sobre o desempenho motor em adulto busque o capí tulo 5 de Bacil Mazzardo e Silva 2020 disponível em httpsplataformabvirtual combrLeitorPublicacao178221pdf0 BUSQUE POR MAIS Segundo Gallahue Ozmun e Goodway 2013 para a fase do movimento especializado é pre ciso ter sólida formação na fase anterior pois neste momento o trabalho será sobre a combi nação e interação dos movimentos de caráter fundamental bem como o refinamento destas habilidades mais complexas que nos acompanharão ao longo do percurso da nossa vida FIQUE ATENTO Apresentamos que o desenvolvimento motor evolui também a partir das experiências que são oportunizadas Pense sobre as práticas que realizamos enquanto estudantes da educa ção básica O que você mudaria VAMOS PENSAR 54 1 Os ajustes feitos no comportamento motor é resultado da interação entre três elementos a biologia do indivíduo nas condições ambientais e nas exigências da tarefa de movimento Marque a alternativa que se relaciona respectivamente aos três elementos citados a objetivo da tarefa fatores perceptivosmotores motivação b formação do padrão do movimento crescimento contexto do ambiente c dicas do instrutor fatores mecânicos fatores anatômico d fatores perceptivosmotores dicas do instrutor formação do padrão do movimento e formação do padrão do movimento objetivo da tarefa motivação 2 Seguindo a teoria de Piaget A inteligência é uma adaptação é pois incorpora dados da experiência do indivíduo e ao mesmo tempo uma vez que o sujeito modifica suas estruturas mentais para os novos elementos Sendo a um ajuste das respostas atuais para atender a demandas especificas de um objeto ou ação A alternativa que corresponde as lacunas respectivamente é a assimilação acomodação acomodação b assimilação acomodação assimilação c acomodação assimilação assimilação d acomodação assimilação acomodação e acomodação acomodação acomodação 3 ENADEINEP adaptado O ser humano desenvolve suas habilidades a partir do seu aparato biológico em consonância com o ambiente cultural em que vive Foi a partir disso que Gallahue e Ozmun 2005 pensaram uma forma de classificar as habilidades motoras adquiridas pelas pessoas Considerando as informações estudadas avalie as afirmações a seguir I O bebê reconhece o ambiente a partir da atividade reflexa provocada por toque II É na fase motora rudimentar que as crianças começam as ações de locomoção por meio do desenvolvimento da capacidade de arrastarse gatinhar e caminhar III A partir da fase motora especializada o envolvimento do sujeito nas atividades da cultura de movimento dependerá além das competências motoras desenvolvidas ao longo da infância e começo da adolescência das oportunidades condições físicas e motivação pessoal para tal É correto o que se afirma em a I apenas b I e II apenas c II e III apenas d I e III apenas FIXANDO O CONTEÚDO 55 e I II e III 4 ENADEINEP adaptado Considerando os estágios do desenvolvimento motor da criança e do adolescente e o âmbito de atuação de um professor de educação física nos níveis de ensino fundamental e médio é correto afirmar que a intervenção docente por meio de um programa de educação física escolar deve ser promovida durante as fases motoras Marque a alternativa correta a rudimentar fundamental e especializada visando à prática de atividade física esportiva b rudimentar e fundamental visando à prática de atividade física na vida diária e recreativa c reflexiva e rudimentar visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva d fundamental e especializada visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva e rudimentar fundamental e especializada visando à prática de atividade física na vida diária recreativa e esportiva 5 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado em uma aula de basquetebol são movimentos fundamentais de manipulação locomoção e estabilidade respectivamente Marque a alternativa correta a recepção salto e esquivarse b arremesso passe e corrida c corrida lateral vôlei e esquivarse d passo alongado quicar e equilíbrio dinâmico e voleio movimentos axiais e salto 6 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado em uma aula de futebol são habilidades de manipulação locomoção e estabilidade respectivamente Marque a alternativa correta a corrida com marcação amortecer a bolo com a sola do pé e chute ao gol b desviarse do oponente amortecer a bolo com a sola do pé e chute ao gol c chute com a parte interna do pé corrida com marcação e finta sem bola d embaixadas amortecer a bola com o joelho e drible e drible embaixadas e amortecer a bola com o joelho 7 Considerando as perspectivas do movimento motor especializado para aprendizagem da dança contemporânea são movimentos de estabilidade Marque a alternativa correta a saltitar galopar e rolar 56 b caminhar saltar e arremessar c rolar enrolar e pular d inclinar girar e levantar e empurrar galopar e rolar 8 As habilidades do movimento são padrões de movimento fundamentais refinados e combinados para formar as habilidades esportivas e outras habilidades de movimento complexas e especificas Elas são especificas da tarefa e os movimentos não A alternativa que completa a lacuna corretamente é a rudimentar fundamentais b especializado rudimentar c reflexo rudimentar d especializado especializado e especializado fundamentais 57 APRENDIZAGEM MOTORA NA EDUCAÇÃO FÍSICA UNIDADE 05 58 51 PRESSUPOSTOS DE PIAGET WALLON E VIGOTSKY INTRODUÇÃO Nesta Unidade apresentamos as concepções sobre o lúdico e as etapas dos jogos no desenvolvimento infantil segundo os pressupostos de Piaget Wallon e Vigostky Neste interim percebemos a idade como um fator importante entretanto não determinante considerando assim as teorias mais progressitas No entanto a condição etária retoma seu papel de destaque quando realizamos a correlação entre os objetivos de aprendizagens das Unidades Temáticas na BNCC e a Am pulheta do desenvolvimento motor de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 Propomos neste texto provocar reflexões sobre os objetivos de aprendizagens não apenas preconizando uma educação física voltada para a dimensão cognitiva sobre leitu ra e escrita na educação infantil e sim do que a escola deixa como possibilidades para o egresso do ensino médio Quando abordamos temas que abarcam o desenvolvimento da criança é imprescin dível apresentar os pressupostos de Wallon GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 GRA TIOTALFANDERY 2010 Piaget e Vigotsky BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 São teóricos com grandes destaques na literatura com percepções que ora se aproximam e ora se dis tanciam mas possuem reconhecimento internacional em suas doutrinas Nestas o jogo e o lúdico podem ser considerados os pilares no campo da educação e do desenvolvimento humano Em suas teorias a aprendizagem não deve se manter longe do lúdico As etapas do desenvolvimento para Piaget e Wallon demonstram como as crianças aprendem As brin cadeiras e jogos para estes teóricos são portas para a assimilação e acomodação Embora Wallon não empregue este termo como completo de assimilação para falar da atividade cognitiva como faz Piaget Wallon vê na acomodação postural a base do que se tornará imagem KISHIMOTO 2016 p 43 Vamos observar pelo Quadro 4 como os jogos são classificados nas concepções de Piaget e Wallon no desenvolvimento infantil Teórico Estágio Teórico Estágio Piaget Jogo de exercício Wallon Jogos funcionais Jogo simbólico Jogos de ficção Jogos de regras Jogos de aquisição Jogos de construção Quadro 4 A classificação das etapas dos jogo na perspectiva europeia Piaget e Wallon Fonte Tabela elaborada pela autora KISHIMOTO 2016 Para os autores os jogos compõem o desenvolvimento infantil sendo possível en contrar pontos comuns entre as teorias de Wallon e Piaget pois como aponta Gratiot Alfandéry 2010 p 32 não era norma à época dos seus escritos identificar as fontes de referência e por esta razão nem sempre é tranquilo reconhecer quem são os seus interlo cutores Enquanto Piaget segue três sequências Wallon baseiase em quatro Trais sequ ências devem ser levadas em conta na produção de propostas de aprendizagens 59 Em consonância ao Quadro 4 Kishimoto 2016 apresenta as perspectivas de Piaget onde os jogos de exercícios são latentes nos primeiros 18 meses de idade Como o próprio nome anuncia são exercícios repetições funcionais eou que possam proporcionar a sen sação agradável Contudo acera do primeiro ano de vida tais exercícios manifestam de outras formas 1 a criança passa a fazer repetições fortuitas e combina ções de ações e de manipulações depois define metas para si mesma e os jogos de exercícios são transformados em construção 2 os jogos de exercícios adquirem regras explícitas e então transformamse em jogos de regras Kishimoto 2016 p 42 O autor continua e apresenta que tal estágio vai desaparecendo conforme a evolu ção da criança Ao chegar próximo dos 2 anos de idade predominase o jogo simbólico onde a realidade externa começa a fazer parte de si A realidade é ressignificada e mani festase pela ficção imitação e o faz de conta Já os jogos com regras marcam a fase entre 7 e 11 anos de idade onde manifestam as interações sociais em detrimento as posições individuais Vamos perceber que nuances das etapas apresentadas por Piaget vão aparecer nos estágios propostos por Wallon entretanto diferente da perspectiva piagetiana os estágios não seguem linearmente a base cronológica pois parti da compreensão que o desenvol vimento acontece em mais de um plano simultaneamente de sistemas por superposição de planos uma concepção marcada pela base do materialismo dialético GRATIOTAL FANDÉRY 2010 p 33 O Quadro 4 pode ser explicado por Henri Wallon da seguinte forma As atividades lúdicas funcionais representam os movi mentos simples como encolher os braços e pernas agi tar dedos balanças objetos etc As atividades lúdicas de ficção são as brincadeiras de faz de conta com bonecas Nas atividades de aquisição a criança aprende vendo e ouvindo Faz esforços para compreender coisas seres ce nas imagens e nos jogos de construção reúne combi na objetos entre si modifica e cria objetos KISHIMOTO 2016 p 43 Senso assim concluímos que Wallon considera os movimentos reflexivos involun tários e voluntários no desenvolvimento Podemos concluir também que os estágios pro postos por Wallon dialogam em grande medida com a teoria psicogenética de Piaget Contudo devido à aproximação de Wallon com o materialismo dialético sua teoria vai ao encontro da teoria sociointeracionista de Vigotsky também de base marxista A teoria vi gotskiana leva em conta a manifestação cultural do espaço que a criança está inserida claro sem excluir a compreensão biológica Caminha no sentido de reunir as estruturas adquiridas e as estruturas herdadas BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 Nesta teoria os jogos são como condutas que imitam ações reais e não apenas ações sobre objetos ou uso de objetos substitutos Não há atividade propriamente simbóli ca se os objetos não ficam no plano imaginá rio e são evocados mais por palavras que por gestos KISHIMOTO 2016 p 43 Neste sentido Ribeiro Castro e Lustosa 2018 p7 consideram que pela teoria de 60 Vygotsky até os 3 anos de idade a criança não é capaz de inserirse em uma dimensão imaginária pautando que o ambiente com suas restrições é um aspecto limitador do com portamento Os autores vão além sobre o jogo de faz de conta e as regras Não existem brincadeiras sem regras A situação imagi nária inerente a toda e qualquer brincadeira contém re gras ocultas de comportamento No jogo de fazdecon ta as ações infantis se submetem às regras da vida social então mesmo que essas regras não tenham sido formu ladas previamente elas estão presentes nas brincadeiras Podemos inferir que o jogo é como o reflexo da realidade onde transporta para as brincadeiras as ações dos adultos o que impacta diretamente na sua formação Sendo assim o jogo um mediador de aprendizagens Uma concepção que está para além que coloca a brincadeira e o jogo uma potente estratégia de desenvolvimento e interiorização de valores O jogo enquanto mediador pode ser relacionado à zona de desenvolvimento proxi mal definida como a diferença expressa em unidades de tempo entre os desempenhos da criança por si própria e os desempenhos da mesma criança trabalhando em colabora ção e com a assistência de um adulto IVIC 2010 p 32 Partindo das considerações de Ivic 2010 e as nossas inferências na concepção de Vigosky não é possível precisar a idade para o desenvolvimento da criança tendo em vista que o seu desenvolvimento é implicado à dependência do contexto cultural o que evidên cia uma perspectiva dialética para a aprendizagem A zona de desenvolvimento proximal é a ponte entre o que a criança já consegue realizar sozinho zona de desenvolvimento real e o que a criança é capaz de realizar com um tutor zona de desenvolvimento potencial sendo este movimento um processo contínuo BOCK FURTADO TEIXEIRA 2002 FIQUE ATENTO Wallon é um importante teórico do desenvolvimento infantil mas a sua teoria não tem a mes ma proporção que Piaget e Vigotskynos currículos Pense sobre as razões desta afirmativa VAMOS PENSAR 61 Para profundar a relação entre o brincar e a infância leia o item Infância e Ludi cidade em Kishimoto 1998 disponível no link httpsintegradaminhabiblioteca combrbooks9788522113965 Para conhecer mais sobre as teorias estudadas realizar leitura de Taille 2019 dis ponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao177927epub0 BUSQUE POR MAIS 52 A EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL I Educação Infantil A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica Ela se divide em duas ca tegorias creche de 0 até 3 anos préescola de 4 até 5 anos entretanto a educação básica obrigatória é somente a partir dos 4 anos de idade BRASIL 1996 Como objetivo desta etapa a BNCC BRASIL 2017 p 36 defende a ampliação do universo de experiências conhecimentos e habilidades dessas crianças diversificando e consolidando novas aprendizagens Pautado em tal objetivo apresenta um grande comprometimento com o brincar A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças BRASIL 2017 p 37 Neste sentido tendo o lúdico como inerente ao desenvolvimento infantil e as rela ções que vimos até o momento o jogo como uma importante ferramenta para o desenvol vimento humano bem como para a aprendizagem motora e cognitiva por serem implica dos concordamos com Munari 2010 p 99 pelo fato do jogo ser um meio tão poderoso para a apren dizagem das crianças que em todo lugar onde se conse gue transformar em jogo a iniciação à leitura ao cálculo ou à ortografia observase que as crianças se apaixonam por essas ocupações comumente tidas como maçantes A compreensão de Munari 2010 citada acima vai ao encontro das impressões de Le Boulch 1987 este por sua vez aponta que os problemas psicomotores são uma das causas funcionais das dificuldades que a criança tem de ler escrever e realizar cálculos matemáticos Agora vamos apresentar algumas propostas anunciadas por Le Boulch 1987 que correlatamos à etapa obrigatória da educação infantil 4 a 5 anos onde a criança encon trase na fase motora fundamental atravessando o estágio elementar 3 a 5 anos e o início do estágio de proficiência 5 a 7 anos É importante destacar que nas perspectivas do autor tais atividades estão voltadas para um período anterior a entrada da criança no curso preparatório mas não vamos per der de vista que o contexto da época diferenciase de hoje A obrigatoriedade escolar aos 4 62 anos de idade instituiuse no Brasil em 2013 antes a idade da préescola era de 4 a 6 anos e não obrigatória BRASIL 1996 Sendo assim realocamos as atividades antes do ingresso escolar na abordagem de Le Boulch para a educação infantil 4 a 5 anos Le Boulch 1987 trabalha com a concepção de que a escrita é um aprendizado mo tor p 32 devendo o trabalho psicomotor ser realizado do ingresso no curso preparató rio Veja que o ato de escrever hoje nos parece simples mas isso justificase pelas ativi dades de habilidade manual realizadas em um tempo pretérito tais como modelagem recorte e colagem de papel Figura 7 Atividade de coordenação motora fina Fonte Didagiochi 2017 online Aos 5 anos de idade quando a criança ingressa na préescola a atividade como a de modelagem permiti que além de executar pe quenos movimentos como o de pinçar contri buindo para a competência de segurar o lápis a criança desenvolva a criatividade bem como manifeste seus sentimentos estando eles es tão ou não reprimidos Outra atividade que requer atenção é o tracejado Segundo Le Boulch 1987 o ritmo do tracejado e sua orientação da esquerda para di reita serão melhorados pelos exercícios gráficos baseados nas formas da préescrita como diferentes hélices e guirlandas p 32 Na atividade da Figura 8 há objetivos expressos como mencionado Entretanto tra balhar tais aspectos não se esgotam na folha impressa É possível desenvolver a destreza em prol da habilidade manual e praxia de mãos e dedos O malabarismo com o material da Figura 9 contribui para a construção de habilidade de preensão pouso de objetos etc LE BOULCH A atividade com malabarismo pode se diversificar utilizando objetos menores e com diferentes texturas As propostas até aqui representadas nas três últimas figuras vão ao encontro da BNCC 2017 p 40 a qual apresenta uma organização curricular com cinco campos de experiência o eu o outro e o nós corpo gestos e movimentos traços sons cores e formas escuta fala pensamento e imaginação os quais valorizam uma aprendi zagem e desenvolvimento com base nas interações e a brincadeira assegurandolhes os direitos de conviver brincar participar explorar expressarse e conhecerse Dentre os campos de experiências vamos atentar para dois objetivos de aprendiza gem em corpo gestos e movimentos Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos escuta e reconto de histórias atividades artísticas entre outras possibilidades Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a Figura 8 Tracejado onda Fonte Atividades para educação infantil 2021 online Figura 9 Bola para malabarismo Fonte Joom 2021 online 63 seus interesses e necessidades em situações diversas BRASIL 2017 p 47 Tais objetivos trazem de forma explícita a noção do corpo consciente onde os aspec tos motores são requisitados e conjugados com o lúdico conforme o destaque das teorias psicogenéticas abordadas Mas retornarmos ao Quadro 1 vamos verificar que as ativida des sugeridas corroboram para os objetivos que as Figuras 7 e 8 propuseram bem como os citados na BNCC Ensino Fundamental I O Ensino Fundamental I é a etapa subsequente da Educação Infantil que compre ende os anos iniciais 1º ao 5º ano de escolaridade atendente crianças de 6 a 10 anos de idade claro considerando uma trajetória escolar ininterrupta nas respectivas fases moto ra fundamental estágio maduro 6 a 7 anos motora especializada estágio transitório 7 a 10 anos Nesta etapa a BNCC 2017 p 57 mantém o vínculo entre lúdico e a aprendizagem apontando para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educa ção Infantil pautando 3 elementos encontrado nas práticas corporais movimento cor poral como elemento essencial organização interna de maior ou menor grau pautada por uma lógica específica e produto cultural vinculado com o lazerentretenimento e ou o cuidado com o corpo e a saúde BRASIL 2017 p 213 A Educação Física é um componente curricular obrigatório na Educação Básica e nesta e consideramos como disciplina que tematiza as práticas corporais Entendese que Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo A vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particu lar e insubstituível e para que ela seja significativa é pre ciso problematizar desnaturalizar e evidenciar a multipli cidade de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corpo ral de movimento Logo as práticas corporais são textos culturais passíveis de leitura e produção BRASIL 2017 p 214 Tal percurso fornecido pelas práticas corporais para a construção do conhecimento que abrange Unidades Temáticas sendo que para esta etapa dos anos iniciais apenas 5 são requisitadas conforme o Quadro 5 abaixo Unidades Temáticas Objetivos de conhecimento 1º e 2º anos 3º ao 5º anos Brincadeiras e jogos Brincadeiras e jogos da cul tura popular presentes no contexto comunitário e re gional Brincadeira e jogos popula res do Brasil e do mundo Brincadeiras e jogos de ma triz indígena e africana Esportes Esportes de marca Esportes de precisão Esportes de campo e taco Esportes de redeparede Es portes de invasão 64 Quadro 5 Unidade Temáticas e os objetivos dos anos iniciais Fonte BNCC 2017 p 225 Ginástica Ginástica geral Ginástica geral Danças Danças do contexto comu nitário e regional Danças do Brasil e do mun do Danças de matriz indí gena e africana Lutas Lutas do contexto comu nitário e regional Lutas de matriz indígena e africana Práticas corporais de aventura As brincadeiras e jogos a ginástica os esportes e as danças estão presentes em todo percurso curricular tendo os dois últimos uma progressão pedagógica gradativa Entre tanto as lutas vão se apresentadas somente no período de 3º ao 5º ano desta etapa As práticas corporais de aventuras não são mencionadas nos anos iniciais apenas nos anos finais do Ensino Fundamental A BNCC 2017 p 219 aponta que Em princípio todas as práticas corporais podem ser obje to do trabalho pedagógico em qualquer etapa e modali dade de ensino Ainda assim alguns critérios de progres são do conhecimento devem ser atendidos tais como os elementos específicos das diferentes práticas corporais as características dos sujeitos e os contextos de atuação sinalizando tendências de organização dos conhecimen tos Na BNCC as unidades temáticas de Brincadeiras e jo gos Danças e Lutas estão organizadas em objetos de co nhecimento conforme a ocorrência social dessas práticas corporais das esferas sociais mais familiares localidade e região às menos familiares esferas nacional e mundial Em Ginásticas a organização dos objetos de conheci mento se dá com base na diversidade dessas práticas e nas suas características Em Esportes a abordagem recai sobre a sua tipologia modelo de classificação enquanto Práticas corporais de aventura se estrutura nas vertentes urbana e na natureza Fica claro aqui que as práticas não devem se dissociar do ambiente externo Além disso podemos inferir que as Unidades Temáticas em grande proporção fornecem uma formação humana e com valores sem hierarquias como solidariedade coletividade respei to à diversidade etc Retomando aos aspectos motores as crianças do 1º e 2º anos de escolaridade entre 6 e 7 anos atravessam o estágio proficiência ou seja a execução dos seus movimentos possuem maior eficiência Nos 3º 4º e 5º anos de escolaridade entre 8 e 10 anos predo minase o estágio de transição onde há o refinamento incipiente e ocorre o desenvolvi mento dos movimentos complexos sendo a conjugação de habilidades fundamentais já adquiridas GALLAHUE OZMUN GOODWAY 2013 65 Como exemplo também de atividades combinadas podemos fazer uma releitura da atividade que Le Boulch 1987 registra de adaptação do deslocamento à distância quan do trata dois mecanismos distintos reportando à atividade vísuomotor Nesta releitura os bambolês são dispersos seguindo uma sequência onde a criança corre em direção aos bambolês e ao aproximarse realiza salto esticado de forma que caia no centro do bambo lê como a Figura 10 apresenta Figura 10 Corrida com saltos Fonte Adaptada de LE BOULCH 1987 Neste percurso da corrida com saltos estão sendo exigidas duas habilidades combi nadas correr e saltar Tal proposta pode ser implementada como exercícios de ginástica acrobática e dependendo das variáveis podese utilizar em outras abordagens pois não é nossa perspectiva trazer receitas e métodos para aplicação mas sim propor que a autono mia docente dialogue com os conhecimentos científicos apresentados Para saber mais sobre os benefícios dos jogos na educação física escolar buscar o capítulo 1 em Goulart 2018 disponível em httpsplataformabvirtualcombrLei torPublicacao163422pdf0 Para conhecer pequenos jogos esportivo que consideram o princípio biológico da sobrecarga aplicados à idade veja Koch 2005dDisponível no link httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9788520441909 BUSQUE POR MAIS Vísuomotor é caracterizado pela capacidade de realizar determinados movimentos a partir do reconhecimento visual FIQUE ATENTO Tendo a educação física obrigatória apenas a partir dos 4 anos de idade pense sobre as im plicações disso para as crianças de 0 a 3 anos VAMOS PENSAR 66 53 ENSINO FUNDAMENTAL II E ENSINO MÉDIO Ensino Fundamental II O ensino fundamental II também é chamado de anos finas sendo o percurso que a criança vai fazer do 6º ano ao 9º ano fechando assim a maior etapa obrigatória da Educa ção Básica e se formos representar de forma etária podemos dizer que compreende entre 11 e 14 anos considerando uma trajetória sem evasão e repetência Seguindo a direção de Gallahue Ozmun e Goodway 2013 neste percurso escolar de 4 anos a criança já se encontra em outros estágios do movimento especializado Conside rando a faixa de 11 6º ano 12 7º e 13 8º ano anos de idade o estágio de aplicação é pre dominante Como o próprio nome anuncia é o momento de aplicar o que já foi aprendido Já no 9º ano o adolescente de 14 anos utilizase do padrão de movimento construído para novos conhecimentos Ao fazermos uma correlação com a BNCC todas as 6 Unidades Temáticas organiza das em dois blocos são comtempladas como mostra o Quadro 6 Unidades Temáticas Objetivos de conhecimento 6º e 7º anos 8º ao 9º anos Brincadeiras e jogos Jogos eletrônicos Esportes Esportes de marca Esportes de precisão Esportes de in vasão Esporte técnicocom binatório Esportes de redeparede Es portes de campo e taco Es porte de invasão Esporte de combate Ginástica Ginástica de condiciona mento físico Ginástica de condiciona mento físico Ginástica de conscientização corporal Danças Danças urbanas Danças de salão Lutas Lutas do Brasil Lutas do mundo Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aven tura urbanas Práticas corporais de aven tura na natureza Quadro 6 Unidade Temáticas e os objetivos dos anos finais Fonte BNCC 2017 p 231 O Quadro 6 traz os objetivos de conhecimento que são as práticas que os alunos desta faixa etária devem vivenciar Todas as propostas ali representadas ampliam não só o conhecimento globalizado e cultural mas desafiam a realização de movimentos não tão familiares tendo em vista que a BNCC é um recente marco legislativo Dentre as Unidades nesta faixa etária vamos exemplificar pelo esporte de marca que vai exigir aspectos motores bem elaborados ou seja há demasiada cobrança para a execução de movimentos mensurandoos por alguma unidade de medida massa distân cia e tempo como mostra a Figura 11 67 Figura 11 Esportes de marca Fonte CBAT 2019 online As provas dos esportes de marca reúnem em grande proporção a modalidade atle tismo não é exclusivo do atletismo Percebam que nos 400 metros com barreira 1 na marcha atlética 2 no arremesso de peso 3 e no salto com vara 4 o que está em xeque os resultados que comparam a velocidade segundos e o comprimento metros os quais exigem a ativação das três Unidades Funcionais de Luria tonicidade e equilíbrio 1º la teralidade esquema corporal e estrutura espaço temporal 2º coordenação motora fina e coordenação motora global 3º Apesar da Figura acima compilar as provas com atletas profissionais em idade adul ta ela nos estimula a pensar quais os exercícios podem ser implementados com os alunos dos 1º e 2º anos inicias bem como os de 6º e 7º anos finais conforme Quadros 5 e 6 Além disso as imagens propiciam a reflexão sobre o estágio ao longo da vida onde é possível fazer escolhas considerando nossas motivações e estímulos Como já mencionado esta literatura não reúne um conjunto de atividades para cada estágio mas procura promover a pesquisa e a reflexão sobre quais exercícios e da perti nência da sua realização em contextos de lazer e saúde dentro e fora da escola primando pelas considerações da BNCC 2017 p 231 Ensino Médio Em regra geral esta etapa recebe os egressos do Ensino Fundamental que já pos suem 15 anos de idade e atravessam esta etapa por um período de 3 anos BRASIL 1996 O estágio de desenvolvimento motor que compreende estes adolescentes ainda é o de utilização ao longo da vida como abordado na subseção anterior que reforça os pressu postos da BNCC 2018 p 473 no Ensino Médio os jovens intensificam o conhecimento sobre seus sentimentos interesses capacidades intelectuais e expressivas Para estes jovens a Educação Física por meio da corporeidade e a motricidade tam bém é compreendida como uma linguagem A BNCC 2018 475 apresenta que 68 Ao experimentarem práticas da Educação Física como ginástica de condicionamento físico ou de consciência corporal modalidades de esporte e de luta os jovens se movimentam com diferentes intencionalidades constru ídas em suas experiências pessoais e sociais com a cultu ra corporal de movimento Percebam que as práticas corporais do Ensino Fundamental são reforçadas e apro fundadas diferenciandose apenas pela intensificação de um contexto dialético com o mundo Entre as 6 Unidades Temáticas queremos chamar a atenção para o Hip Hop o qual tem a improvisação como processo criativo A sequência de movimentos improvisados reúne as qualidades dos aspectos moto res de maneira integrada em especial ressaltamos o esquema corporal e estruturação es paço temporal A consciência segmentária e do corpo inteiro revela limites e potencialida de para a improvisação bem como o acompanhamento do ritmo interação com o espaço e objetos tornam os movimentos harmônicos Neste sentido Santinho e Oliveira colaboram 2013 p 47 A improvisação auxilia no processo criativo a partir daí quando promove a exploração das potencialidades do corpo mostrando ao dançarino o quê e como é possível realizar a partir de determinadas partes do corpo e por fim aliase à combinação dessas partes em movimento despertando a consciência também do movimento cor poral Compreendemos assim que este processo leva o corpo a romper com o aprisiona mento e executar movimentos espontâneos e aleatórios nas composições coreográficas Abaixo a Figura 12 retrata uma apresentação de Hip Hop que explícita na imagem con gelada o domínio do corpo com equilíbrio e tonicidade satisfatórios para a execução do passo breakdancer doing hand standdo Figura 12 Representação de dança de rua passos de Hip Hop Fonte CBAT 2019 online A Figura mostra a execução do movimento com um bom grau de proficiência o que depende do nível de treinamento identificação com o gênero da categoria dança entre outras variáveis já discutidas Neste estágio de desenvolvimento ao longo da vida Gallahue Ozmun e Goodway 2013 defendem a possibilidade de novas aprendizagens Para a BNCC 2017 a dança deve propor a experimentação e a recriação e para me lhor compreensão desta perspectiva apresentamos o exercício chamado Trem em movi mento 69 um exercício tipo siga o mestre em que os participan tes se colocam em fila e o condutor da fila o primeiro da fila inicia movimentos aleatórios sempre se movi mentando no espaço e o restante da fila deve copiálo Ao terminar sua improvisação o condutor da fila assume o último lugar dando oportunidade para que o próximo da fila experimente o posto de condutor do trem Esse exercício é também muito lúdico e além de promover a consciência corporal na medida em que obriga o partici pante a observar o movimento do corpo do outro e tentar repetilo em seu corpo estimulando movimentos novos também estimula o entrosamento do grupo e a acei tação de movimentos diferentes daqueles que os alunos estão habituados a realizar individualmente SANTINHO OLIVEIRA 2013 p 62 poral A atividade proposta traz uma perspectiva de repetição e criação que estão para além dos movimentos mecânicos que a estrutura do corpo pode proporcionar o que o faz dialogar com as questões dialéticas propostas na sociedade contemporânea O corpo e o movimento assumem um importante papel de interlocutores na sociedade neste sentido acreditamos que a Educação física deve se manter obrigatória nos currículos escolares da Educação Básica Para conhecer 35 jogos prédesportivos buscar o capítulo 6 em Goulart 2018 dis ponível em httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao163422pdf0 Para compreensão dos jogos digitais para a prática na educação física veja Mei ra e Blikstein 2019 disponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombr books9788584291748 BUSQUE POR MAIS O passo breakdancer doing hand standdo é a execução da coreografia com a parada de mão seguida de uma performance acrobática FIQUE ATENTO Mesmo após a conclusão do ensino médio os desafios de aprendizagem motora continuam O padrão de movimento não é engessado Busque desafiar aquilo que você acha ser maior que você Quem ou o quê você quer desafiar VAMOS PENSAR 70 1 Professor de educação física PMNICONSULPLAN adaptada O desenvolvimento motor um processo contínuo de ajustamentos durante a vida Analise as afirmativas I O desenvolvimento motor é proporcionado pela interação das estruturas adquiridas e as estruturas herdadas II O desenvolvimento se relacionado exclusivamente à idade III Consideramos Piaget um teórico sociointecionista Estão corretas a I II III b I III c II III d I e I II 2 Psicomotricista CFPQUADRIX Para Wallon o desenvolvimento da motricidade é também função da reunião de experiências e vivências do indivíduo ao longo da vida Segundo o autor as referidas vivências são I Sensoriais II Cognitivas III Socioafetivas Está correto o que se afirma em a I b II c I III d III e I II III 3 Os esportes de marcas buscam superar os resultados com medidas de tempo distância e peso sendo em grande proporção vistos na modalidade de atletismo Considerando Iremo II corrida de revezamento III levantamento de peso IV ciclismo A opção que representa os esportes de marca é a I II III IV b I IV c I II d II IV e I III IV 4 Para a prática de danças é necessário que tenhamos consciência sobre o corpo FIXANDO O CONTEÚDO 71 conhecendo os limites e potencialidades das articulações respiração etc como por exemplo bem como a formação da estrutura espaço temporal a exemplo Neste sentido marque a opção que completa a lacuna corretamente a mímica relaxamento b alongamento dança da cadeira c amarelinha mímica d alongamento relaxamento e dança da cadeira alongamento 5 Professor de educação física Pref São Miguel de TaipuPB CPCONUEPB adaptado Hoje a educação é fundamentada na BNCC sendo este o documento que define os conhecimentos essenciais que todo aluno da Educação Básica tem o direito de aprender Analise as proposições e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas A unidade temática brincadeiras e jogos é direcionada no 8 ano Recriar os valores são previsto nas competências sobre a dança São oito as unidades temáticas a serem trabalhadas A sequência CORRETA de avaliação é a F V V b F F F c V V F d F V F e V F V 6 Professor de educação física Pref de ItaberabaOBJETIVA CONCURSOS De acordo com a Base Nacional Comum Curricular Etapa do Ensino Fundamental Educação Física assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE Há três elementos fundamentais comuns às práticas corporais como elemento essencial de maior ou menor grau pautadoa por uma lógica específica e vinculadoa com o lazerentretenimento eou o cuidado com o corpo e a saúde a movimento corporal organização interna produto cultural b movimento corporal produto cultural organização interna c organização interna movimento corporal produto cultural d organização interna produto cultural movimento corporal e produto cultural organização interna movimento corporal 7Professor de educação física Pref de ItaberabaOBJETIVA CONCURSOS O ensino dos fundamentos da ginástica na escola contribui para a formação de um vasto repertório de movimentos tanto para a própria ginástica quanto para as demais modalidades 72 esportivas e práticas corporais Sobre os fundamentos da ginástica assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE O ato de consiste em permanecer ou deslocarse em uma superfície limitada vencendo a ação da gravidade Já o fundamento de que também é uma habilidade motora fundamental é o ato de desprenderse da ação da gravidade manterse no ar e cair sem se machucar a equilibrarse saltar b trepar saltar c equilibrarse balançarse d trepar balançarse e rolar trepar 8Professor de educação física Pref CaxiasMA Machado de Assis adaptada De acordo com Piaget 1876 o infante através do movimento corporal vai enriquecendo a experiência subjetiva de seu corpo e vai ampliando a experiência motora e cognitiva Portanto é extremamente importante que a criança passe pela fase de vivência corporal Por essa vivência corporal ela corre brinca trabalha e conhece seu corpo A criança precisa ter suas próprias experiências e não ser sempre guiada pelos adultos pois é pela sua prática pessoal pela sua exploração que se ajusta domina descobre e compreende o meio em que vive Essa afirmação diz sobre a a Ludicidade b Diversidade c Corporeidade d Inclusão e Equilibração 73 EDUCAÇÃO MOVIMENTO DIVERSIDADE E INCLUSÃO UNIDADE 06 74 61 AS RELAÇÕES ÉTNICORACIAIS Vimos até aqui o quanto é importante o desenvolvimento dos aspectos motores e o seu impacto em nossa vida cotidiana Alinhamos também estes aspectos às dimensões cognitivas e afetivas como um só elemento Neste sentido não é possível invisibilizar questões tão latentes que fazem parte de uma agenda de reivindicações dos grupos étnico raciais que inclui por consequência a imagem do corpo concentrando cargas emocionais de como esse corpo é visto mantendo uma estreita relação com a dimensão afetiva Le Boulch 1987 nos diz que apreender a imagem do corpo como conteúdo é colocar se do ponto de vista do corpo como fonte de pulsões e vetor de trocas relacionais p 17 Compreendemos assim que a imagem do corpo interfere em pontos importantes que se relacionam com a autoconfiança e autoestima Com base nisso fazemos as seguintes provocações O que é dito para este corpo acerca do seu cabelo e pele Os adjetivos utilizados em referência a este cabelo e tom de pele têm a intenção de valorizar ou de inferiorizar Além das características fenotípicas há outras questões relevantes As histórias e culturas passam pelo processo de invisibilidade onde inferimos que o desconhecimento sobre determinados componentes culturais reverberam ações que tendem a inferiorizar o outro SOUZA SILVA MATTOS 2018 Nossa proposta é apresentar um percurso de atividades que buscam trabalhar os aspectos psicomotores apresentados na Unidade 3 ampliando o conhecimento cultural sobre as diferentes sociedades neste caso indígenas e africanas descortinando possibilidades de um trabalho em prol das relações étnicoraciais Como forma de não tornar a leitura repetitiva apontaremos apenas para os elementos mais específicos na execução dos movimentos Jogos Indígenas As atividades apresentadas aqui são recortes das 12 edições nacionais de 1996 a 2013 dos Jogos dos Povos Indígenas organizados pelo Comitê Intertribal Indígena com o reconhecimento da Secretaria Especial do Esporte BRASIL 2013 os quais fundamentam se pela celebração e não pela competição diferente da perspectiva ocidental Veja abaixo o Quadro 7 onde apresenta as modalidades que compõem esta celebração INTRODUÇÃO Nesta Unidade vamos apresentar outras possibilidades para o desenvolvimentore finamento dos aspectos psicomotores É importante trazer esta visão para desconstruir ideias culturais homogêneas na sociedade Neste texto buscamos dialogar com a temáti ca indígena e africana de gênero e de inclusão pois reconhecemos que vivemos em uma sociedade plural por isso há a necessidade de romper com padrões que ocultam outros saberes 75 Modalidades Arco e flecha Corrida de fundo Arremesso de lança Corrida de tora Cabo de força Futebol masculino Canoagem Futebol feminino Corrida de 100 metros NataçãoTravessia Modalidades Tradicionais Akö Tihimore Corrida de tora Xikunahaty Jãmparti Zarabatana Jawari Katukaywa Kagot Ronkrã Kaipy Lutas corporais Quadro 6 Modalidades dos Povos dos Povos Indígenas Fonte Adaptado pela autora BRASIL 2013 O Quadro apresenta 21 modalidades onde é importante destacar que mesmo com tantas modalidades e participantes as modalidade tradicionais são feitas apenas como forma de demonstração não havendo premiação e julgamentos de juízes BRASIL 2013 Dentre as modalidades do Quadro queremos abordar duas Arremesso de lança e Cabo de força que foram também incluídos nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015 O Arremesso de lança consiste em uma modalidade que permite três arremessos sendo os pontos contados pela maior distância alcançada pela lança BRASIL 2013 Procu rase reunir importantes habilidades para uma boa execução dos movimentos Apesar de a ação necessitar de muitos elementos vamos priorizar os mais especí ficos Perceba junto a Figura 13 que o arremesso precisa da coordenação motora global Segundo Fonseca 2012 este aspecto exige a atividade de vários grupos musculares p 289 além de precisar da integração da primeira e segunda Unidades Funcionais de Luria Fonseca 2012 ainda observa que neste contexto podemos perceber o envolvimento com a postura a locomoção o contato a recepção e a propulsão de objetos isto é a inte gração sistêmica dos movimentos do corpo com os movimentos do próprio envolvimento p 289290 Figura 13 RModalidade Arremesso de lança Fonte JMPI 2015 online 76 A Figura 13 exemplifica a distância do arremesso da lança que requer do participan te o uso da força Esta variável está intrinsecamente relacionada com o elemento tonicida de além disso queremos chamar a atenção para a modalidade no sentido de ser a prática cultural de sobrevivência quando nos referimos a caça A modalidade Cabo de força tem se mostrado mais popular entre as brincadeiras escolares intitulada como Cabo de guerra Ela consiste em dividir equipes onde os partici pantes ficam em lados opostos puxando uma corda orientados pela demarcação do espa ço Vence a equipe que conseguir trazer para seu campo os adversários Veja na Figura 14 como corre a demarcação de espaços Figura 14 Demarcação do território para o Cabo de força dos Jogos dos Povos Indígenas Fonte JMPI 2015 online No Cabo de força também se torna evidente a variável força concentrada nos MMSS e MMII sendo a tonicidade e o equilíbrio os aspectos que colaboram para o controle do corpo e o uso adequado da força em posição estática ou dinâmica Brincadeiras Africanas As brincadeiras africanas apresentadas aqui fazem parte da literatura infantil que Barbosa 2019 vem reunindo ao longo de sua trajetória de pesquisa sobre o continente africanos A obra apresenta um conjunto de 25 brincadeiras onde exploraremos duas des tas 1 Corrida três referente à Senegal b Chakyti Cha referente à Gana Barbosa 2019 explica como é feita a Corrida de três Dois meninos ombro a ombro entrelaçam as mãos atrás das costas como se elas fossem estribos mantendoas à altura da cintura Logo em seguida em terceiro garoto aproximase e sobe nas costas dos dois companheiros apoiando os pés nos estribos dos parceiros E as mãos nos ombros da mesma dupla Nessa posição ele de pé passa a ser o comandante de seu time Os outros competidores agem da mesma forma cons truindo seus respectivos trios As equipes perfiladas passam posteriormente a dispu tar animadas corridas p 17 Cada equipe precisará de três participantes sendo explorados principalmente dois aspectos motores tonicidade e o equilíbrio estático e dinâmico Veja na Figura 15 a repre sentação das posições de cada membro de equipe 77 Como estamos verificando as brincadeiras africanas são de baixa complexidade em grande medida não exigem fartos recursos no entanto buscam trazer a luz as suas filoso fias a exemplo a brincadeira Chakyti Cha pode ser vista como uma variação do pegape ga incluindo personagens na brincadeira neste caso o cachorro e a hiena Figura 15 Representação da brincadeira Corrida de três Fonte JMPI 2015 online Barbosa 2019 p 17 A meninada dividese em dois grupos iguais entre 10 e 20 integrantes As crianças perfilamse em pé uma atrás da outra cada uma segurando com as mãos a cintura do campanheiro da frente A partir daí elas passam a andar para frente e para trás cantando repetidamente Chakyti Cha Chakyti Cha Ao memso tempo os dois cabeças do grupo sem se des grudarem de sua turma procuram captuurar a última criança da fila do bando rival Os que são pegos engros sam a tropa adversária Chakyti Cha Chakyti Cha continua a garotana can tando e ondulando num jogo de pegapega como se fos sem um cachorro e uma hiena tentando moder a cauda um do outro Ganha a turma que captura mais crianças BARBOSA 2019 p 51 Nesta variação de pegapega observase que o deslocamento dos alunos em fileiras inclui correr e desviar implicando no desenvolvimentoaperfeiçoamento da estrutura es paço temporal e equlíbrio dinâmico mantendo uma grande atenção para não pisar no co lega a frente e nem cair com a velocidade de deslocamento A figura 16 representa como é feita a brincadeira Chakyti Cha Figura 16 Representação da brincadeira Chakyti Cha Fonte JMPI 2015 online Barbosa 2019 p 17 Conhecendo um pouco mais sobre essas culturas podemos inferir que nossas brin cadeiras populares não se distanciam delas As suas variações são em consonância com suas histórias e culturas sendo justamente isso o que queremos evidenciar para a imple mentação da Lei 116452008 na área da educação física 78 Para melhor compreender da relação étnicoracial no Brasil consultar Junior e Rad vanskei 2020 por disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPubli cacao186412pdf0 Para ler sobre o respeito as diferenças raciais veja o capítulo 8 de Furlani 2016 dis ponível no link httpsintegradaminhabibliotecacombrbooks9788582178195 Para conhecer brincadeiras indígenas veja HERRERO Mariana FERNANDES Ulysses Jogos e Brincadeiras da Cultura Kalapalo São Paulo SESC SP 2010 BUSQUE POR MAIS Em 2003 foi sancionada a lei nº 10639 que tornava obrigatório o estudo sobre a História e Cultura Afrobrasileira e Africana Em 2008 a temática dos povos indígenas foi incluída pela Lei nº 11645 FIQUE ATENTO A Lei nº 10639 e a Lei nº 11645 existem entre 18 e 13 anos Por que somente com a BNCC a te mática se torna mais evidente VAMOS PENSAR 62 AS RELAÇÕES DE GÊNERO Nesta discussão queremos convidar a todos para trazer a memória de como eram as nossas aulas de educação física na escola Muito provável que não haja uma uniformidade nas lembranças tendo em vista o tempo geracional contexto social e etc mas arriscamos que dentre este conjunto de lembranças há de comum uma prática de separação entre meninos e meninas o que é muito óbvio já que as modalidades esportivas são assim Entretanto não é este sentido que as nossas provocações se direcionam e sim para a desconstrução de uma hierarquia de gênero As aulas educação física se tornam um importante elemento para tais discussões a exemplo a reflexão sobre a predominância dos meninos em quadra como aponta Corsino e Auad 2017 Os autores sinalizam que nós professores reforçamos esta ideia de segregação a começar pela forma em que organizamos as aulas muitas vezes recorrendo à separação entre meninos e meninas Inferimos sobre isso que esta prática muitas vezes é envolvida com o nosso inconsciente já que foi assim que aprendemos e nisso a história da Educação Física ajuda a explicar A ideia Corsino e Auad 2017 é reforçada indiretamente por ChanVianna Moura e Mourão 2010 pois em suas pesquisas afirmam que existe sexismo na educação física escolar e que o esporte é o principal instrumento de reforço dessa discriminação p 163 contudo Uchoga e Altmann 2015 nos apresentam importantes nuances para 79 além da dimensão social Suas contribuições divulgam os impactos desta segregação no desenvolvimento de meninos e meninas durante as aulas de educação física Esses diferentes envolvimentos com as atividades de aula independentemente do conteúdo faziam com que meninos e meninas desenvolvessem habilidades corpo rais distintas como na situação dos jogos de queimada nos quais eles dominavam os arremessos ou na compo sição de figuras acrobáticas em que eles arriscavamse mais nos movimentos mais complexos aprimorando habilidades corporais ligadas à força ao equilíbrio e elas desenvolviam habilidades de liderança e organização A partir da análise da participação de meninos e meninas em diversas práticas corporais no ambiente escolar no tamos que a desigualdade de participação nas diferentes práticas ainda não está superada p 169 Conforme lemos a citação vamos refletindo sobre as dimensões distintas que cada grupo desenvolve considerando a delimitação que é dada Tal perspectiva vai na contramão do que defendemos sobre novas experiências corporais Os meninos estão expostos a mais habilidades motoras força e equilíbrio em comparação as meninas têm seus corpos contidos e engessados Ao logo das unidades já refletimos sobre os comprometimentos acerca da falta de experiência corporal neste sentido apresentamos a seguir uma atividade indutora que proporciona determinada discussão nas aulas de educação física Estátuas para pensar adaptada do Caderno do Desafio da Igualdade PLAN INTERNACIONAL BRASIL SA Passo 1 Fazer uma estátua A partir da formação de duas fileiras uma afrente da outra sem distinção de gênero tocar uma música por determinado tempo para os participantes dançarem mas no momento em que a música parar e o professor falar uma frase os participantes devem fazer uma estátua que se aproxime com a frase dita Atenção Enquanto uma fileira reproduz a estátua que representa uma mulher a outra deve reproduzir a imagem que representa o homem Passo 2 Observar as outras estátuas em seguida mantendose imóveis os participantes começam a comparar a sua estátua com a imagem do companheiro posicionado à frente A brincadeira recomeça tendo como base as palavras Poder Amor Raiva Trabalho Gentileza Passo 3 Debate A partir de um roteiro de perguntas e as vivências dos alunos é oportuno que a gente provoque um debate onde possam perceber as diferenças as semelhanças e como isso se relaciona na vida cotidiana etc Vimos aqui que a discussão sobre os padrões de gênero podem ser implicadas à educação física onde recorremos a dança para o desenvolvimento da estruturação espaço temporal pois é preciso ter atenção ao deslocamento do seu corpo ao espaço dado a própria formação da estátua que busca desenvolver a concentração tônica e o equilíbrio Poderíamos continuar analisando a brincadeira sob as outras Unidades Funcionais porém queremos chamar a atenção apenas para as mais latentes para deixar o gênero como núcleo de discussão 80 A brincadeira da estátua é apenas um exemplo do que podemos fazer enquanto professores comprometidos com a desconstrução da cultura do sexismo Esperase que cada docente a partir de seus conhecimentos teóricos e autonomia seja capaz de lidar com questões tão urgentes na sociedade Veja sobre o brinquedo e a questão de gênero em Meninos e meninas devempo dem ter os mesmos brinquedos em Furlani 2016 disponível no link httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9788582178195 Veja sobre a prática escolar sobre as relações de gênero em Auad 2006 disponível no link httpsplataformabvirtualcombrLeitorPublicacao1218pdf0 BUSQUE POR MAIS Na BNCC encontramos a temática sobre gênero dentro da discussão sobre os Direitos Huma nos devido as supressão do termo gênero pelo Congresso Nacional FIQUE ATENTO Na Unidade 1 vimos como o homem continha e esta perspectiva tem se propagado até a atu alidade A imparcialidade diante de tal discussão apenas produz o efeito de manutenção da cultura do sexismo colocando a mulher como secundária na sociedade e indiretamente no esporte VAMOS PENSAR 63 AS RELAÇÕES PARA A INCLUSÃO Os dados do Censo de 2010 mostram que no país 24 da população possui algum grau de deficiência declarada no entanto utilizando uma base para cortes esta população cai para aproximadamente 125 milhões de pessoas o que representa 67 da população Veja como o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Geografia IBGE faz o tratamento dos dados Considerando somente os que possuem grande ou to tal dificuldade para enxergar ouvir caminhar ou subir degraus ou seja pessoas com deficiência nessas habi lidades além dos que declararam ter deficiência mental ou intelectual temos mais de 125 milhões de brasileiros com deficiência o que corresponde a 67 da população IBGE 2021 81 As informações coletadas se referem ao ano de 2010 pois o Censo 2020 ainda vem sendo desenhado com outros instrumentos avaliativos Nossa intenção aqui é trazer a tona esse conjunto populacional com as taxas por tipo e grau de deficiência que compõem a sociedade que se reflete nas unidades escolares e em outros espaços A Figura 17 anuncia a taxa percentual distribuída em deficiência visual motora auditiva mentalintelectual Observe Figura 17 Porcentagem da população por tipo e grau de dificuldade e deficiência Fonte IBGE 2021 As pessoas que necessitam de algum atendimento especial ao longo da história vêm conquistando importantes direitos a exemplo o de ocupar espaços sociais O profissional de educação física deve ter clara compreensão que suas práticas devem dialogar com a Lei Brasileira de Inclusão erradicando a produção de clivagens sociais Neste sentido vamos apresentar dois jogos Golbol e Handebol sentado da Coletânea de Práticas promovida pelo Instituto Rodrigo Mendes 2016 os quais possibilitam e colaboram para o desenvolvimento motor na perspectiva inclusiva evidenciando a aculturação onde crianças sem necessidades especiais experienciam a vivência de crianças que possuem algum tipo de limitação O primeiro jogo chamase Golbol A partida ocorre com todos os participantes de olhos vendados e apenas uma bola Esta bola deve conter guizos para a emissão de sons onde mensagens serão enviadas para os receptores da audição orientando assim o deslocamento dos alunos Enquanto um grupo se localiza na região da trave o outro grupo se mantém em direção oposta com determinado distanciamento Veja o posicionamento na Figura 18 Figura 18 Jogo Golbol Fonte Disponível em httpsbitly36xanUE Acesso em 15 maio 2021 82 O objetivo é arremessar a bola dentro do gol todavia sem se deslocar Enquanto isso o grupo localizado na área de gol deve defender este Ainda acrescentamos como sugestão que haja um rodízio nos posicionamentos O jogo propicia a aprendizagem de aspectos motores como o esquema corporal o equilíbrio No jogo sentado com adaptação para o handebol os jogadores ficam distribuídos em quadra devendo atentar para a função de ataque e de defesa Com a posse de bola os companheiros devem tentar arremessála ao gol quando esta se aproximar da baliza O deslocamento deve ser feito apenas com o bumbum no chão já que se encontram sentados Como o goleiro é um membro de equipe que também está sentado é importante incorporar como regra que a bola deve quicar durante o arremesso Veja na Figura 19 a demonstração do jogo Figura 19 Handebol sentado Fonte Modalidades paralímpicas IRM 2016 p 63 Além do caráter inclusivo que os jogos proporcionam estas atividades com bola favorecem o desenvolvimento da força e do equilíbrio no ato do arremesso Não devemos esquecer que o arremessar é um movimento manipulativo enquanto que o equilíbrio faz parte do movimento estabilizador tais movimentos são de grande importância não somente para as atividades em quadra mas nas atividades do nosso cotidiano que incluem as crianças que necessitam de um atendimento mais direcionado mesmo não sendo consideradas deficientes Integrar a todos é a perspectiva que defendemos Entretanto concluímos que a partir das duas atividades é possível explorara aulas de caráter inclusivo A Lei Brasileira de Inclusão usa como terminologia para se referir a este grupo populacional o termo Pessoas com Deficiência FIQUE ATENTO escola tornase um agende de inclusão não apenas em suas dependências mas semeia um novo projeto de sociedade Liste as desigualdades que você percebe e pense sobre o seu perfil profissional VAMOS PENSAR 83 O capítulo 3 de Aguiar 2015 apresenta alguns jogos que podem ter caráter indutor em nossa prática profissional Veja pelo link disponível em httpsplataformabvirtu alcombrLeitorPublicacao26779pdf0 Para compreender mais sobre a educação física inclusiva diante da deficiência vi sual auditiva intelectual e física leia Biedrzycki et al disponível em httpsintegra daminhabibliotecacombrbooks9786556900612 BUSQUE POR MAIS 84 1 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado As brincadeiras africanas para educação cultural apresentam algumas características e particularidades Assinale a alternativa que apresenta uma dessas características a As brincadeiras individuais são predominantes b São brincadeiras muito simples quanto às exigências motoras c Exigem grandes recursos para a realização d São brincadeiras que demonstram buscar a integração com o outro e Não possuem organização 2 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado Para Knijnik e Zuzzi em Meninas e meninos na Educação Física gênero e corporeidade no século XX 2010 a corporeidade culturalizada em matrizes de gênero normativas deve ser alvo de debate na escola Assinale a alternativa em que as matrizes de gênero normativas estão presentes a Competição em que todas as modalidades são mistas quanto ao sexo b Livre escolha de atividades a serem realizadas em aula pelosas estudantes c Projeto de ensino de dança para as meninas e de lutas para os meninos d Aulas coeducativas durante o ano letivo e Gincanas com a participação dos alunos sem critério por gênero 3 Professor de educação física SEE PBAOCP adaptado A de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física é uma cada vez mais marcante Estamos vivendo um momento no qual a sensibilidade individual e coletiva em relação à humana tem proporcionado um maior comprometimento dos professores de Educação Física com suas aulas e consequentemente colaborado para a efetivação e Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta a inclusão realidade diversidade participação b quantidade consequência deficiência contribuição c participação busca realidade motivação d realidade dificuldade eficiência atenção e dificuldade eficiência atenção realidade 4 Professor de educação física Colégio Pedro IICPII adaptado Cunha em Brincadeiras africanas para educação cultural 2016 afirma que existem elementos racistas em alguns jogos que por vezes são citados como de origem afrobrasileira e que a utilização dessas brincadeiras em aula sem uma reflexão sobre seu significado e sua construção histórica FIXANDO O CONTEÚDO 85 termina por contradizer as orientações legais acerca de uma pedagogia antirracista Um exemplo de jogo ligado ao contexto da escravidão cuja construção histórica oa docente deve problematizar é a chicotinho queimado b pegue a cauda c saltando feijão d prisioneiro e pique bandeira 5 Professor de educação física PMRBIORIO adaptado A Educação Física escolar deve contribuir para que possamos no Brasil garantir a construção de uma sociedade inclusiva isto é uma sociedade em que haja garantia de acesso de todas as pessoas ao espaço comum da vida social à pertença social orientada por relações A alternativa que representa o contexto acima é a De respeito à segregação racial e de aceitação b Equilibradas entre a elite dominante e a massa trabalhadora explorada c Harmoniosas e passivas entre as castas sociais onde haja o necessário respeito humano d De acolhimento à diversidade humana e de aceitação das diferenças individuais e De conformismo com a condição encaminhada pelo colonialismo 6 Professor de educação física PMRBIORIO adaptado Em sua prática docente o professor de Educação Física escolar deverá desenvolver um ensino inclusivo em oposição à prática equivocada que valoriza o indivíduo apto em detrimento do inapto Para tanto o professor precisa Marque a alternativa que representa o contexto acima a Do respaldo da direção da escola apoiandoo b Apoiar estimular incentivar valorizar e acolher o aluno c Das condições necessárias para desenvolver o seu trabalho com qualidade d Das condições e remuneração necessárias e Da consulta ao colegiado escolar sendo este um instrumento democrático 7 Professore de educação física PMIPAUNAMA Considerando a diversidade como uma característica de todos inclusive dos alunos portadores de necessidades especiais é correto afirmar que nas aulas de educação física o professor deve Marque a alternativa que corresponde ao contexto acima a Dedicar um tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem deficiência quando necessário b Selecionar conteúdos distintos dos demais considerando as dificuldades de acompanhamento da sala de aula pelo alunos com necessidades especiais 86 c Evitar a participação do aluno nas aulas de modo preventivo contra possíveis acidentes d Conduzir o aluno para atividades específicas de responsabilidade de profissional de outra área de conhecimento e Isentar o aluno das aulas d educação física 8 A brincadeira Terra e Mar é uma releitura das brincadeiras de Moçambique Ela divide os participantes em equipes tendo uma corda ao meio para marcar o território da Terra e o território do Mar O professor ao falar Terra todos devem ir para o respectivo território de igual forma ao falar Mar Esta brincadeira buscar desenvolver a coordenação óculomanual b lateralidade c coordenação motora global d coordenação motora fina e movimentos manipulativos 87 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO UNIDADE 1 UNIDADE 3 UNIDADE 5 UNIDADE 2 UNIDADE 4 UNIDADE 6 QUESTÃO 1 B QUESTÃO 2 D QUESTÃO 3 C QUESTÃO 4 E QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 D QUESTÃO 1 B QUESTÃO 2 D QUESTÃO 3 E QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 B QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 D QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 B QUESTÃO 3 D QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 C QUESTÃO 6 B QUESTÃO 7 E QUESTÃO 8 A QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 A QUESTÃO 3 E QUESTÃO 4 D QUESTÃO 5 A QUESTÃO 6 C QUESTÃO 7 D QUESTÃO 8 E QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 E QUESTÃO 3 A QUESTÃO 4 B QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 A QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 C QUESTÃO 1 D QUESTÃO 2 C QUESTÃO 3 A QUESTÃO 4 A QUESTÃO 5 D QUESTÃO 6 B QUESTÃO 7 A QUESTÃO 8 B 88 AJURIAGUERRA Julian Manual de Psiquiatria Infantil 4ª ed 7º reimp Rio de Janeiro Masson do Brasil 1996 984p ARANHA Maria Lucia de Arruda MARTINS Maria Helena Pires Filosofando introdução à filosofia 2ª ed rev atual São Paulo Moderna 1993 395p ARAÚJO Vânia Carvalho O jogo no contexto da educação psicomotora São Paulo Cortez 1992 106p ATIVIDADE PARA EDUCACÃO INFANTIL Matemática para a educação infantil 15 2021 Disponível em httpslojaatividadeseducacaoinfantilcombrmatematicaei47 matematicaeducacaoinfantil15 Acesso 12 mai 2021 BARBOSA Rogério Andrade Kakopi Kakopi brincando e jogando com crianças de vinte países africanos São Paulo Melhoramentos 2019 73p BOCK Ana Mercês Bahia et al Psicologias uma introdução ao estude de psicologia 13ª ed reform e ampl São Paulo Saraiva 2002 368p BRAIN MADE SIMPLE Cerebral Cortex 2019 Disponível em httpsbrainmadesimple comcerebralcortexandlobesofthebrain Acesso 20 abr 2021 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília 2017 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília 2018 BRASIL Ministério da Cidadania Secretaria Especial do Esporte Jogos dos Povos Indígenas Brasília 2103 Disponível em httparquivoesportegovbrindexphpinstitucionaloministerio163ministeriodo esportejogosdospovosindigenas Acesso em 28 de maio 2021 BRASIL Lei nº 13794 de 3 de janeiro de 2019 Dispõe sobre a regulamentação da atividade profissional de Psicomotricista e autoriza a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Psicomotricidade Disponível em httpwww2camaralegbrleginfedlei2019lei137943 janeiro2019787596publicacaooriginal15721plhtml Acesso em 02 de abr 2021 BRASIL Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03leisl9394htm Acesso em 15 de mai 2021 BUENO Jocian Machado Psicomotricidade teoria e prática da escola à aquática 1ª ed São Paulo Cortez 2014 719p CHANVIANA Alexandre Jackson MOURA Diego Luz Moura MOURÃO Ludmila Educação REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 89 Física gênero e escola uma análise da produção acadêmica Movimento Porto Alegre v 16 n 02 p 147167 abriljunho de 2010 Disponível em httpsseerufrgsbrMovimento articleview94928925 Acessoem 30 de mai 2021 CBAT Notícias 2019 Disponível em httpwwwcbatorgbrnovonoticias Acesso em 13 de mai 2021 COELHO Pamela Cadima Contribuições da escola de AR Luria para o desenvolvimento do diagnóstico neuropsicológico 2018 72 f Especialização em Neurociências Programa de PósGraduação Lato Sensu do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais MG CORSINO Luciano AUAD Daniela O professor diante das relações de gênero na educação física escolar São Paulo Cortez 2017 p 106 CREF Símbolo 2021 Disponível em httpscref1orgbrquemsomos Acesso em 20 fev 2021 DANIACHI Heloísa de Fátima Tavares Introdução à Educação Física 1ª ed Curitiba IESDE Brasil 2019 88p DIDAGIOCHI Idee giochi per bambini 2017 Disponível em httpswwwdidagiochicom giochiperbambiniideegiochiperibambini Acesso 15 de mai 2021 DUARTE Evandro Jair CALDIN Clarice Fortkamp Abordagem fenomenológica da ciência da informação reflexões sobre o método utilizado por Edmund Husserl e Maurice Merleau Ponty Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação São Paulo v 15 n 2 p 315334 maiago 2019 Disponível em httpsrbbdfebaborgbrrbbdarticleview12131130 Avesso em 10 abril 2021 FAIRBROTHER Jeffrey Fundamentos do comportamento motor Tradução de Cid Figueiredo revisão científica de Renato de Moraes São Paulo Manole 2012 167p FAZER HISTÓRIA Renascimento científico 2017 Disponível em httpfazerhistoriacom brrenascimentocientifico Acesso em 20 fev 2021 FONSECA Vitor da Manual de observação psicomotora significação psiconeurológica dos fatores psicomotores 2ª ed Rio de Janeiro Wak Editora 2012 328p FONSECA Vitor da Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem 1ª ed Porto Alegre Artmed 2008 581p FONSECA Vitor da Neuropsicomotricidade Ensaios sobre as relações entre o corpo motricidade cérebro e mente Rio de Janeiro Wak editora 2018 120p GALLAHUE David DONNELLY Frances Cleland Uma visão geral da educação física desenvolvimentista para todas as crianças 4º ed São Paulo Phorte 2008 500p GALLAHUE David OZMUN John GOODWAY Jaqueline Compreendendo o 90 desenvolvimento motor bebês crianças adolescentes e adultos 7º ed Porto Alegre AMGH 2013 488p GRATIOTALFANDÉRY Hélène Henri Wallon Tradução e organização Patrícia Junqueira Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 Coleção Educadores 134p GUILHERMETT Paulo Do corpo medieval ao corpo moderno Rev Motrivivência Santa Catarina ano III n 3 p 1618 jan 1990 Disponível em httpsperiodicosufscbrindex phpmotrivivenciaarticleview22465 Acesso em 29 de mar 2021 GUSI Elisangela Gonçalves Branco Psicomotricidade relacional Curitiba Contentus 2020 64p IBGE Censo Demográfico 2010 Porcentagem da população por tipo e grau de dificuldade e deficiência IBGE 2021 Disponível em httpseducaibgegovbrjovens conhecaobrasilpopulacao20551pessoascomdeficienciahtmltextDe20 acordo20com20o20Censoou20possuir20deficiC3AAncia20mental20 2F20intelectual Acesso em 21 de jun 2021 IRM Portas abertas para inclusão educação física inclusiva Coletânea de Práticas São Paulo IRM 2016 ISPE Psicomotricidade O que é psicomotricidade e por quê 2019 Disponível em httpswwwispegaeoiprcombrbroqueepsicomotricidadeeporque Acesso em 25 de fev 2021 IVIC Ivan Lev Semionovich Vygotsky Edgar Pereira Coelho org Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 140 p JMPI Modalidades jogos de integração 2015 Disponível em httpswwwyoutubecom playlistlistPLse5vPdfvzsAVnS2XhrXCzYPiTiNatUzh Acesso em 28 de mai 2021 JOOM Kid bean bag chair Disponível em httpswwwjoomcomenbestkidbeanbag chair Acesso em 10 mai 2021 KISHIMOTO Tizuco Morchida O jogo e a educação infantil Ed revis São Paulo Cengage Learning 2016 72p LE BOULCH Jean Educação psicomotora psicocinética na idade escolar Tradução Jeni Wolff Porto Alegre Artes Médica 1987 356p MAGILL Richard Aprendizagem motora conceitos e aplicações Tradução de Aracy Mendes da Costa Revisão técnica José Fernando Bitencourt Lomônaco São Paulo Edgard Blucher 2000 369p MASTRASCUSA Celso Luiz O verbal e o não verbal na sala de aula a linguagem do corpo e suas expressões contribuições da psicomotricidade relacional e da psicanálise da educação 2012 172f Tese Doutorado em Educação Programa de PósGraduação em 91 Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegres 2012 MERLEAUPONTY Fenomenologia da percepção Tradução Carlos Alberto Ribeiro de Moura 2ª ed São Paulo Martins Fontes 1999 662p MUNARI Alberto Jean Piaget Tradução e organização Daniele Saheb Fundação Joaquim Nabuco Recife Massangana 2010 156 p NEGRINE Airton Educação psicomotora a lateralidade e a orientação espacial Porto Alegre Palloti 1986 156p NETO Rosa Francisco Manual da avaliação motora Porto Alegre Artmed 2002 136p OLIVEIRA Adriana Eiras Dias de Criando e interagindo de múltiplas formas na educação infantil uma proposta de trabalho na educação psicomotora In FERREIRA Carlos Alberto de Mattos Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia teoria e prática 2ª ed rev e atual Rio de Janeiro Wak Editora 2020 Cap 12 p 244286 OCW Aprende Leanirng na memory activity controlled gene expression In the nervous system fall Disponível em httpsocwaprendeorgcoursesbiology7340learningand memoryactivitycontrolledgeneexpressioninthenervoussystemfall2009 Acesso em 15 abr 2021 PLAN INTERNACIONAL BRASIL Meninas pela igualdade Educação sobre gênero na infância caderno de apoio do desafio da igualdade SA Disponível em http desafiodaigualdadeorgbr Acesso em 30 de mai 2021 RIBEIRO Maria Ribeiro CASTRO Janaina Luiza Moreira de LUSTOSA Francisca Geny Lustosa Brincadeira e desenvolvimento infantil nas teorias psicogenéticas de Wallon Piaget e Vigotsky In X Fórum Internacional de Pedagogia 2018 Pau dos Ferros Anais do X FIPED2018 Lugares de pesquisa memória e internacionalização em dez anos de AINPGPFIPED Pau dos Ferros CCHLAUFRN 2019 p14341445 Disponível em http ainpgpnetpainelwpcontentuploads201912ANAISXFIPEDPUBLICACAO7340ppdf Acesso em 09 de mai 2021 ROCHA Ariza Maria O Discóbolo de Míron e a Educação Física brasileira O que está por trás da aparência Revista Cocar v14 n30 setdez 2020 p121 SANTINHO Gabriela do Donato Salvador OLIVEIRA Kamilla Mesquita Improvisação em dança Guarapuava UNICENTRO 213 72p SANTOS Vanessa Sardinha dos Cerebelo Brasil Escola 2021 Disponível em https brasilescolauolcombrbiologiacerebelohtm Acesso em 16 de abril de 2021 SANTOS Lúcio Rogério Gomes História da Educação Física In PEREIRA Márcio de Moura MOULIN Alexandre Fachetti Vaillant Moulin Educação Física Fundamentos para a Intervenção do Profissional Provisionado Brasília CREF7 2006 Cap 1 p 0938 92 SHIRAYAMA Cristiane de Melo Francis Bacon e O Progresso do Conhecimento no início do Século XVII 2016 87 f Dissertação Mestrado em Filosofia Programa de Pós Graduação em Estudos Culturais Escola de Artes Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo São Paulo 2016 SILVA Daniel Vieira da HAETINGER Max Günther Ludicidade e psicomotricidade 1ªed rev Curitiba IESDE Brasil 2013 129p SOARES Marcio PICHLER Nadir Antonio Educação filosofia e antiguidade In DALBOSCO Claudio Almir CASAGRANDE Edison Alencar MUHL Eldon Henrique Filosofia e Pedagogia Campinas Autores Associados 2008 Coleção educação contemporânea Cap 3 p 2549 SOUZA Vitor Leandro SILVA Tiago Dionisio MATTOS Tatiane Pacheco de A formação docente continuada para as relações étnicoraciais no Rio de Janeiro a experiência do programa de estudo sobre o negro na sociedade brasileira PENESBUFF Cadernos de Pósgraduação São Paulo v 17 n2 p 75 97 juldez 2018 Disponível em httpsperiodicos uninovebrcadernosdeposarticleview84565172 Acesso em 28 de mai 2021 THOMPSON Rita Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem In FERREIRA Carlos Alberto de Mattos Psicomotricidade da educação infantil à gerontologia teoria e prática 2ª ed rev e atual Rio de Janeiro Wak Editora 2020 Cap 4 p 87104 TRIBUNA DO PLANALTO Goiânia recebe competição de dança de rua 2018 Disponível em httptribunadoplanaltocombr20181030goianiarecebecompeticaodedancade rua Acesso em 10 mai 2021 VASCONCELOS José Antônio Fundamentos filosóficos da educação Série Fundamentos da Educação Curitiba Ibpex 2012 207p graduacaoeadfaculdadeunicacombr