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Administração ·
Macroeconomia 1
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Conceitos Macroeconômicos Fundamentais II Na aula passada examinamos o PIB como um conceito fundamental pa ra a mensuração da riqueza de uma economia Vimos que havia três óticas para cálculo do PIB as quais geravam as seguintes identidades fundamentais em uma economia aberta e com governo Y C I G X M ótica da despesa Y VA1 VA2 VAn ótica do produto ou do valor adicionado Y WN L T RLE ótica da renda PRODUTO RENDA DESPESA 1 A Renda Pessoal Disponível RPD Ocorre que o PIB é apenas um primeiro mas importante passo na di reção do nosso objetivo mensurar o estoque de riqueza de uma eco nomia Lembrese que como vimos na aula sobre estoques e fluxos o es toque de riqueza varia a cada período em função do fluxo de renda ou PIB do mesmo deduzido o fluxo de consumo Ou seja pela poupança Antes de chegar ao conceito de poupança porém é necessário in troduzir o conceito de Renda Pessoal Disponível Definição Renda Pessoal Disponível RPD é a parte da renda gerada na economia que se encontra disponível para ser consumida em bens finais pelas famílias A parte da RPD que não é consumida é poupada independente mente da forma vários tipos de aplicações financeiras ou mesmo em dinheiro em que ela for aplicada Economia aberta com governo economia a quatro setores famílias empresas governos e resto do mundo Neste caso teríamos Y C I G X M Y WN L T RLE A massa folha de salários WN pertence às famílias O excedente operacional bruto remuneração do capital ou lu cros em sentido amplo lucros operacionais propriamente ditos aluguéis juros é considerado como distribuído integralmente pe las empresas às famílias1 T Renda líquida do governo parcela da arrecadação governa mental que não é transferida de volta às famílias cabe ao próprio governo para ser consumida ou poupada RLE renda líquida enviada ao exterior é a parcela da renda gera da no país que é distribuída ao resto do mundo Então RPD WN L Y T RLE Portanto nem toda a renda PIB Y da economia estará disponível para consumo ou poupança das famílias já que Parte dela T caberá ao governo e Parte dela RLE será enviada ou recebida em termos líquidos do resto do mundo Assim Quanto maior T menor a RPD e viceversa Quanto maior a RLE menor a RPD e viceversa 2 Investimento e poupança em uma economia aberta e com governo Investimento privado foi definido na aula passada como I FBKF E onde FBKF era a Formação Bruta de Capital Fixo compra de novas má 1 Existe uma controvérsia se os lucros retidos pelas empresas devem ou não ser considerados como renda disponível das próprias famílias que são proprietárias dessas empresas Se considerarmos que parte dos lucros é retida nas empresas LR enquanto a outra parte é distribuída LD às famílias tería mos RPD WN LD Y LR Reter parte dos lucros nas empresas já seria então uma decisão de nãoconsumir das famílias que são proprietárias das empresas quinas e equipamentos e realização de novas construções e E era a Variação de Estoques bens finais primários e intermediários Poupança por sua vez é definida como renda nãoconsumida em cer to período2 Em uma economia aberta e com governo o investimento total IT tem dois componentes IT I Ig onde I é o investimento privado empresas e Ig é o investimento gover namental3 A poupança total S também pode ser decomposta em S Si Se onde Se é a poupança externa e Si é a poupança interna Contudo perce ba que a poupança interna Si pode ser desdobrada em Si Sp Sg onde Sp é a poupança privada feitas pelas famílias e Sg é a poupança do governo Aplicando esta última definição à penúltima temos S Sp Sg Se 3 Os três componentes da poupança Convém agora aplicar a definição de renda não consumida a cada um dos componentes da poupança A poupança privada Sp é a renda das famílias a qual como vimos é a RPD menos o consumo das famílias C Resulta 2 A poupança portanto é um fluxo macroeconômico que não deve ser confundido com a caderneta de poupança que é uma aplicação financeira uma das possíveis formas de manter a riqueza acumulada um estoque portanto 3 Perceba que o investimento das empresas multinacionais está incluído nas empresas privadas pois es tas incluem todas as empresas localizadas no país independentemente da nacionalidade do capital da empresa Sp RPD C Com a introdução dos governos há uma segunda fonte de poupan ça interna a poupança do governo Sg que é definida como a ren da líquida do governo T que não foi consumida ou seja Sg T Cg onde Cg é o montante de consumo governamental Perceba que a poupança governamental será positiva se T Cg mas que ela pode ser negativa se ocorrer o inverso Cuidado Poupança governamental e orçamento governa mental são conceitos diferentes4 Com a introdução do setor externo há agora uma terceira fonte de poupança a poupança externa Se que é definida como5 Se RLE M X Perceba que a poupança externa será positiva se RLE M X mas que ela pode ser negativa se ocorrer o inverso Cuidado Poupança externa positiva implica ampliação do endividamento externo do país e viceversa6 4 A identidade da conta de capital investimento total poupança to tal Faremos agora a demonstração matemática de que investimento e poupança totais são necessariamente idênticos iguais por definição isto é que IT S Partindo da identidade entre produto e despesa anteriormente vista Y C I G X M 4 Para mais detalhes aguarde o tópico do curso sobre política fiscal 5 A renda recebida pelo resto do mundo da economia local é RLE M enquanto o dispêndio do resto do mundo na economia local é X 6 Segundo o conceito de passivo externo líquido mas não necessariamente segundo o conceito de dívi da externa líquida Mais detalhes no tópico sobre Balanço de Pagamentos e no curso de Macro III será necessário decompor os gastos governamentais com bens finais G em suas duas partes G Cg Ig onde Cg é o consume governamental e Ig é o investimento governamen tal Substituindo esta última expressão na anterior obtemos Y C I Cg Ig X M Não alteraremos a identidade se subtrairmos T e RLE de ambos os lados dela Então Y T RLE C I Cg Ig X M T RLE que pode ser reescrita como Y T RLE T Cg M RLE X C I Ig Como RPD Y T RLE T Cg Sg e Se RLE M X temos que RPD Sg Se C I Ig ou trocando C de lado RPD C Sg Se I Ig Finalmente como RPD C Sp temos que Sp Sg Se I Ig ou ainda S IT Perceba que esta identidade chamada de identidade da conta de capital não é uma nova identidade Na verdade tratase da mesma identidade da mensuração do PIB pela ótica da despesa Y CIGXM apenas escrita de outra forma Quadroresumo Economia fe chada e sem governo 2 setores Economia fe chada com go verno 3 setores Economia aberta com governo 4 setores Identidade Pro duto Despesa Y CI Y CIG Y CIGXM Identidade Pro duto Renda Y WNL Y WNLT Y WNLTRLE RPD RPDWNL Y RPD WNL YT RPDWNL YTRLE Componentes da poupança Sp RPD C Sp RPD C Sg T Cg Sp RPD C Sg T Cg Se MRLEX Poupança in terna Si Si Sp Si SpSg Si SpSg Poupança total S S SiSp S Si SpSg S SiSe SpSgSe Investimento total IT IT I FBKFE IT I Ig IT I Ig Identidades I S IIg SpSg IIg SpSgSe LISTA 5 Contabilidade Social 1 Defina economia a a dois setores b a três setores c a quatro setores 2 Defina Renda Pessoal Disponível RPD 3 Exponha a identidade da RPD para o caso de uma economia aberta e com governo Explique porque a introdução do resto do mundo altera a definição de RPD em re lação aos casos de economia fechada 4 Defina investimento e poupança a brutos b líquidos 5 Quem investe e quem poupa em uma economia aberta e com governo Quais são os componentes da poupança e do investimento neste tipo de economia 6 Exponha a identidade determinante da poupança privada Qualis dos quatro seto res de uma economia aberta e com governo são responsáveis pela sua geração 7 O que é poupança interna Quais são seus componentes 8 Explique o significado macroeconômico da identidade entre poupança e investi mento 9 Exponha a identidade que define a poupança do governo Qual é o significado ma croeconômico do governo de um país possuir a poupança positiva b poupança negativa 1010 11 Exponha as identidades que contêm os componentes da poupança total nos casos de uma economia a fechada e sem governo b fechada e com governo c aberta e com governo 12 Exponha os componentes que contêm os componentes do investimento total nos casos de uma economia a fechada e sem governo b fechada e com governo c aberta e com governo 13 Exponha a identidade determinante da poupança externa Qual é o significado ma croeconômico de um país possuir a poupança externa positiva b poupança ex terna negativa 14 Exponha as identidades da RPD para o caso de uma economia fechada e sem go verno 15 Exponha a identidade da RPD para o caso de uma economia fechada e com gover no Explique porque a introdução do governo altera a definição de RPD em relação ao caso sem governo 16 Considere a questão 22 da lista anterior Suponha adicionalmente que Cg 750 e Ig 124 de modo que G Cg Ig continue igual a 874 Calcule a a RPD b a pou pança privada c a poupança governamental d a poupança interna e a poupança externa f a poupança total g o investimento total 1 O mercado de trabalho e o desemprego 1 Conceitos fundamentais para a análise do mercado de trabalho Oferta de trabalho Ns número de horas de trabalho que os indiví duos estão dispostos a trabalhar Atenção quem oferece trabalho mão de obra são os indivíduos Demanda de trabalho Nd número de horas de trabalho que os em pregadores estão dispostos a contratar Atenção quem demanda trabalho mão de obra são os empregado res em geral empresas e governos Salário real WP preço relativo da mão de obra É o salário nomi nal deflacionado por um índice de preços adequado Mede o poder de compra dos salários e é o salário que realmente interessa tanto aos em pregados quanto a seus empregadores 2 Tipos de desemprego a Quanto à motivação do desempregado voluntário ou involuntá rio Desempregado voluntário é assim considerado o indivíduo que embora apto não procurou emprego no período de referência da pesquisa as sim demonstraria não estar disposto a procurar emprego1 O desempregado voluntário não é considerado como participante da força de trabalho faz parte da PIA mas não da PEA Sua presença não é portanto captada pela taxa de desemprego e sim pela taxa de participação Desempregado involuntário é o indivíduo apto que demonstrou estar disposto a procurar emprego no período de referência da pesquisa mas não conseguiu encontrar O desempregado involuntário é parte da PEA mas não da população ocupada portanto a presença de desemprego involuntário é cap tada pela taxa de desemprego 1 Vide contudo leitura complementar sobre os desalentados ao final do texto 2 b Quanto ao fator gerador causa do desemprego cíclico ou es trutural Desemprego cíclico ocorre em situações de desaquecimento Q Qp como a economia produz abaixo do seu nível ideal não consegue ab sorver toda a mão de obra disponível Para entender a relação entre desemprego e PIB real iniciemos com a definição de produtividade média do trabalho a a Q N onde Q é o PIB real e N é o nível de emprego Reescrevendoa temos N Q a Suponha agora que 1 A produtividade do trabalho a seja determinada apenas pelas téc nicas de produção disponíveis inclusive a tecnologia incorporada nas máquinas equipamentos e construções eou na qualificação da mão de obra a ftecnologia Quanto mais avançada a tecnologia maior a produtividade do trabalho e viceversa 2 O período de tempo da análise que estamos conduzindo seja curto demais para que as técnicas de produção avancem significativamen te Resulta dessas hipóteses que o nível de produtividade média do tra balho a será considerado constante simplificação Temos por conseqüência que Qdado aN e que Qdado aN A razão para isso é simples se a técnica de produção não varia para ampliar a produção é necessário contratar mais trabalhado res e viceversa2 2 Estamos desconsiderando o fato de que frequentemente as empresas costumam manter certo grau plane jado de ociosidade no emprego da sua mão de obra Agem assim para reduzir os custos e incertezas que seriam gerados por demissões e contratações muito frequentes Isto significa que nem sempre a empresa precisa de fato contratar mão de obra para ampliar a produção ela pode por algum tempo postergar esta contratação reduzindo a ociosidade da mão de obra disponível Similarmente nem sempre ela demite 3 Para estender esta relação de forma a incluir a taxa de desemprego suponha que novamente o prazo de análise seja curto o suficiente para desconsiderarmos variações do tamanho da força de trabalho PEA Lembrando da aula anterior que u PEA N 100 PEA onde N é a população ocupada Podemos então concluir que3 Qa constanteNPEA constanteu e que Qa constanteNPEA constanteu Fica clara então a conexão entre desemprego cíclico e PIB real pro duto efetivo Q Quanto mais elevado o produto efetivo mais próximo do produto potencial menor a taxa de desemprego e viceversa4 Desemprego estrutural este tipo de desemprego existiria mesmo se a economia estivesse produzindo em seu nível potencial Q Qp As teo rias econômicas colocam três possíveis causas para a existência de de semprego estrutural imediatamente após a queda da produção ela pode preferir esperar algum tempo para verificar se a queda das vendas que gera a da produção foi apenas temporária ou de fato é mais permanente Neste interva lo aumenta a ociosidade da mão de obra Concluise que a produtividade média dos trabalhadores não depende apenas da técnica de produção mas também destas flutuações na utilização da mão de obra 3 Perceba contudo que essa conclusão só é válida caso o prazo de análise seja suficientemente curto para podermos desprezar as mudanças técnicas e as alterações da PEA Quando introduzimos esses fatores na análise para períodos de tempo mais amplos a relação entre PIB real e taxa de desemprego fica mais complexa É possível demonstrar que se g â n u se g â n u constante e se g â n u onde g é a taxa de crescimento do PIB real â é a taxa de crescimento da produtividade do trabalho determinada pela velocidade da evolução das técnicas e n é a taxa de crescimento da PEA Perceba que â n é a taxa mínima de crescimento que o PIB real de uma economia precisa apresentar para impedir que sua taxa de desemprego aumente 4 Perceba que parte do desemprego cíclico tem caráter sazonal isto é gerada por variações da produção associadas ao período do ano Por exemplo em períodos de baixa temporada o desemprego em cidades turísticas aumenta Outro exemplo dado o peso do pagamento do décimoterceiro salário e das compras de final de ano a atividade produtiva no Brasil costuma alcançar seu pico no mês de outubro quando as indústrias estão produzindo o que chegará às lojas em dezembro e cair fortemente no mês de janeiro O desemprego portanto costuma ser relativamente baixo em outubro e elevado em janeiro 4 Desemprego friccional há informação imperfeita ou seja há vagas disponíveis nas empresas e há simultaneamente trabalhadores dis poníveis para ocupálas todavia falta a informação necessária para que a relação de emprego se concretize Por causa da existência inevitável de alguma parcela deste tipo de desemprego uma situação de desemprego zero não é de fato pos sível de ser atingida na prática5 Por causa disso uma situação de pleno emprego implica uma taxa de desemprego baixa mas positiva é esta taxa que a polí tica econômica deve perseguir6 Tanto ortodoxos liberais quanto heterodoxos intervencionistas socialistas concordam acerca da existência deste subtipo de de semprego estrutural Imperfeição da concorrência tanto no mercado de trabalho quanto de bens como os agentes tentam usar seu poder de barganha para ampliar salários trabalhadores ou margens de lucro empresas uma situação de pleno emprego seria inflacionária é preciso existir certa parcela de trabalhadores permanentemente desempregada para conter a inflação Tratase de um conceito de origem ortodoxa Subdesenvolvimento desemprego disfarçado oculto ou subempre go bicos atividades de baixíssima produtividade desalenta dos Sua causa é o descasamento entre tamanho da PEA e o tama nho do estoque de capital físico do país grosseiramente falando trabalhadores demais para fábricas de menos Mesmo se as fábri cas operassem a plena capacidade haveria trabalhadores desempre gados É uma idéia heterodoxa 3 Taxas de desemprego e componentes do desemprego A taxa de desemprego efetiva u é aquela que resulta das pesquisas feitas mediante entrevistas para estimálas7 5 Existem políticas governamentais voltadas a reduzir o tamanho do desemprego fricional como aquelas desenvolvidas no Brasil pelo SINE Sistema Nacional de Emprego vide httpwww por talmtegovbrimointermediacaodemaodeobraimosinehtm Há contudo algumas propostas de polí tica econômica que buscam eliminar completamente também este tipo de desemprego A este respeito vide httpwwwdesenvolvimentistascombrdesempregozero200801propostadeatuacaodoestado comoempregadordeultimainstancianobrasil 6 As estimativas dessa taxa de desemprego ideal são muito variáveis No caso do Brasil elas estão entre 3 e 6 atualmente 7 No Brasil IBGE DIEESE etc 5 Ela capta todo o desemprego involuntário mas não traz elemen tos que permitam decompôla em seus vários subtipos e causas Contudo tal decomposição é fundamental para a execução da política econômica de um país Afinal é ela que permite diagnosticar o tipo de desemprego existente bem como designar o remédio adequado para en frentar cada um dos tipos de desemprego Para tentar fazer tal decomposição a teoria macroeconômica criou vá rios conceitos abstratos virtuais de desemprego que precisam ser es timados com a ajuda das ferramentas econométricas8 Taxa de desemprego natural un capta apenas o desemprego fric cional Taxa de desemprego que não acelera a inflação NAIRU9 capta segundo os economistas liberais todo o desemprego estrutural ou seja o desemprego friccional o desemprego gerado pelas imperfei ções da concorrência 4 Visão liberal ortodoxa sobre o mercado de trabalho 41 O mercado de trabalho estará em equilíbrio demanda oferta quando a produção efetiva for igual à potencial Nesta situação Toda a mão de obra oferecida pelos empregados seria contratada pe los empregadores Não haveria desemprego cíclico O desemprego remanescente nesta situação seria apenas do tipo friccional ou aquele associado à imper feição da concorrência10 Teríamos então Q Qp Ns Nd u NAIRU ausência de desemprego cíclico equilíbrio do mercado de trabalho 42 O funcionamento do mercado de trabalho tenderia a gerar automati camente isto é mesmo sem intervenção do governo ou seja pela próprio funcionamento do sistema de preços uma situação de equilíbrio no mer cado de trabalho 8 A Econometria consiste no conjunto de técnicas estatísticas voltadas especificamente para as aplicações no campo da ciência econômica Tais técnicas são objeto de um disciplina específica na formação do eco nomista 9 Em inglês Nonaccelerating inflation rate of unemployment 10 Se houvesse apenas desemprego friccional a NAIRU seria igual à taxa natural e poderíamos então di zer que haveria pleno emprego 6 efetiva NAIRU Natural 43 Desvios em relação a esta situação ideal desequilíbrios no mercado de trabalho se explicariam pela rigidez de salários Q Qp Ns Nd excesso de oferta de trabalho u NAIRU de semprego acima do normal causado por salário real temporariamente supe rior ao de equilíbrio Q Qp Ns Nd excesso de demanda por trabalho u NAIRU desemprego abaixo do normal escassez de mão de obra causada por salário real temporariamente inferior ao de equilíbrio 44 Com o passar do tempo porém tais situações de desequilíbrio tende riam a ser corrigidas pela variação dos salários reais Se houver excesso de oferta de trabalho Ns Nd os salários reais cai rão Baixando os custos de produção das empresas em relação aos preços e tornando vantajoso aos empregadores contratar mais trabalhadores Reduzindo a remuneração do trabalho e tornando vantajoso aos tra balhadores oferecerem menos horas de trabalho Se houver excesso de demanda de trabalho Nd Ns o mecanismo de ajuste dos salários operará em sentido inverso Resultado a taxa de desemprego efetiva flutuaria ao redor da NAIRU conforme no gráfico abaixo Taxas de de semprego No gráfico acima Tempo A taxa de desemprego natural capta o desemprego friccional A diferença entre a taxa de desemprego natural e a NAIRU é o desemprego estrutural gerado por concorrência insuficiente A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a NAIRU é a componente cíclica do desemprego Se u NAIRU Q Qp economia desaquecida metade do tempo Se u NAIRU Q Qp economia superaquecida 7 Quadroresumo da visão liberal do mercado de trabalho Situação do mer cado de produto Situação do mercado de trabalho Taxa de de semprego efetiva u Natureza do desem prego Comporta mento dos sa lários reais Q Qp ideal Ns Nd equilíbrio u NAIRU Estrutural friccional concorrên cia imper feita WP WP Q Qp desaque cimento Ns Nd excesso de oferta u NAIRU Também desempre go cíclico WP WP tendência de queda Q Qp supera quecimen to Ns Nd excesso de demanda u NAIRU Parte do desempre go estrutu ral absorvi do WP WP Tendência de elevação Políticas recomendadas pelos liberais para combater o desempre go De natureza estrutural para reduzir a NAIRU são recomenda das políticas que maximizem a concorrência tanto no mercado de bens quanto no de trabalho livre comércio proibição de cartéis políticas de defesa da concorrência que impeçam fusões que ampliem o poder de mercado das empresas etc No Brasil papel do CADE11 De natureza cíclica para diminuir os desvios da taxa de desemprego efetiva em relação à NAIRU é recomendada a flexibilização da le gislação trabalhista12 maior liberdade para empregadores e empre gados definirem as condições de trabalho inclusive salários como uma forma de permitir o ajuste mais rápido dos salários a situações de desequilíbrio no mercado de trabalho13 11 Conselho Administrativo de Defesa Econômica 12 No Brasil a CLT Consolidação das Leis Trabalhistas 13 Liberais moderados mais próximos dos intervencionistas acreditam que pelo menos em crises muito fortes com taxas de desemprego efetivas muito superiores à NAIRU há necessi dade de que o Estado faça políticas macroeconômicas destinadas a expandir os gastos e estimu lar o aumento da produção e do emprego 8 5 Visão intervencionistakeynesiananacionalista Nesta visão não se acredita que variações dos salários sejam capazes de restaurar o equilíbrio no mercado de trabalho Os autores dessa visão como Keynes 1936 acreditam que Por um lado como pensam os liberais de fato a queda dos salá rios reduz os custos e gera incentivos para a contratação dos tra balhadores Por outro lado porém os salários não são um preço como outro qualquer Eles correspondem ao determinante fundamental da renda da maior parte da população Se os salários caem as famí lias dos trabalhadores tendem a cortar o consumo o que faz as empresas venderem menos e terem menos estímulo para produzir e portanto contratar trabalhadores Considerando ambos os efeitos os economistas dessa corrente pen sam que existe um sério risco de que a flexibilidade de salários seja incapaz de eliminar o desemprego cíclico Pior não é impossível que uma queda de salários acabe aumen tando o desemprego ao invés de reduzilo se o efeito negativo sobre as vendas for maior do que o efeito positivo sobre os cus tos Consequências A economia capitalista não disporia nesta visão de nenhum me canismo automático confiável capaz de equilibrar o mercado de trabalho Ns Nd u un e portanto fazêla operar no nível ideal QQp Pelo contrário ela apresentaria uma tendência crônica a produ zir e empregar menos do que o ideal Q Qp Ns Nd Q Qp Esta tendência seria explicada não por causa da imperfeição da con corrência mas sim pela insuficiência crônica de gastos em relação à capacidade produtiva Qp agentes econômicos não gastam o suficiente empresas não vendem e portanto não produzem o sufi ciente não geram emprego suficiente para absorver toda a PEA Taxa de de semprego efetiva média natural Tempo 9 No gráfico acima A taxa de desemprego natural capta o desemprego friccional A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a taxa natural é a componente cíclica do desemprego14 A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a taxa de de semprego natural é a componente cíclica do desemprego que nes ta interpretação tem um caráter crônico Se u un Q Qp economia desaquecida situação crôni ca Se u un Q Qp economia superaquecida fato raro Políticas recomendadas pelos intervencionistas para combater o desemprego Utilizar as políticas macroeconômicas para ampliar os gastos do Estado famílias empresas eou resto do mundo de forma a am pliar as vendas das empresas a produção e o emprego15 6 Visão socialista também heterodoxa Em geral os socialistas concordam com os intervencionistas as quedas de salários não costumam ser um remédio eficaz contra o desemprego cíclico Contudo discordam dos intervencionistas em dois aspectos É impossível que o governo consiga administrar as políticas econô micas de modo a manter a economia a maior parte do tempo a pleno emprego embora o Estado possa amenizar o desemprego através das políticas intervencionistas a economia capitalista ainda oscilará bas tante entre períodos de desaquecimento e superaquecimento A economia capitalista seria considerada neste aspecto ineren temente falha Só no socialismo seria possível resolver definiti vamente o problema A manutenção do pleno emprego em uma sociedade capitalista pode ser politicamente inviável Tal situação reforçaria o poder de barga nha dos trabalhadores talvez o suficiente inclusive para leválos a desafiar politicamente a própria existência do capitalismo 14 No caso de países pobres captaria também parte da componente estrutural associada ao subdesenvol vimento 15 No caso dos países subdesenvolvidos também seria necessário utilizar as políticas macroeconômicas com o intuito de acelerar o crescimento do estoque de capital físico de forma a tornálo suficientemente grande para gerar emprego para toda a PEA 1 Leitura complementar Desemprego por desalento e seus efeitos Muitos trabalhadores após algum tempo procurando e não encon trando emprego por exemplo no caso de uma crise severa em que Q Qp desistem de procurálo por algum tempo fenômeno denominado desemprego por desalento Ocorre porém que ao deixar de procurar emprego na semana de refe rência nas estatísticas ele deixa de ser considerado desempregado in voluntário para se tornar desempregado voluntário Isso por sua vez gera uma anomalia estatística como os trabalhado res que se encontram nesta situação deixam de ser considerados parte da força de trabalho o efeito desse fenômeno consiste em o Reduzir a taxa de participação PEA com mesma PIA o Reduzir a taxa de desemprego PEA sem alteração na PO Quando a produção volta a crescer e o processo de geração de empre gos é retomado os desalentados voltam à PEA e o fenômeno inverso se manifesta Por causa disso em geral a taxa de desemprego o Subestima a elevação do desemprego no início de uma crise o Subestima a redução do desemprego no início de uma recuperação crescimento sem empregos Lista 8 1 Defina demanda e oferta de trabalho Quem demanda e quem oferece trabalho 2 O que é o salário real 3 Quais são os tipos de desemprego existentes a com relação à motivação do desemprega do b com relação à causa do desemprego 4 Diferencie desemprego voluntário de desemprego involuntário 5 João que estudava meio período e trabalhava meio período decide abandonar seu traba lho para dedicarse integralmente aos estudos Que tipo de desempregado ele passa a ser 6 Em meio a um desaquecimento da economia vários trabalhadores desempregados deixam de procurar emprego no período de referência da pesquisa Explique como este fenômeno afeta a a taxa de desemprego b a taxa de participação 7 Diferencie desemprego cíclico de desemprego estrutural Eles são voluntários ou involuntá rios 8 Defina produtividade média do trabalho Exemplifique 9 Supondo que a produtividade do trabalho e a PEA permaneçam constantes no curto perí odo sob análise qual será a relação entre as variações do PIB real do nível de emprego e da taxa de desemprego Por que 10 A economia mundial passa atualmente out 2011 por uma situação na qual a vasta maio ria dos países enfrenta um forte desaquecimento Q Qp Que tipos de desemprego ca racterizam tais países 11 Indique o nome dos três tipos de desemprego estrutural previstos pela teoria econômica Eles são voluntários ou involuntários 2 12 Defina associando ao tipo de desemprego captado a taxa de desemprego efetiva b ta xa de desemprego natural c taxa de desemprego que não acelera a inflação NAIRU 13 O que é equilíbrio no mercado de trabalho De acordo com a visão liberal em que condi ções esta situação ocorreria 14 Por que haveria desemprego na visão liberal mesmo em concorrência perfeita e em ple no emprego De que tipo Por que a despeito disso essa situação é considerada como um equilíbrio do mercado de trabalho 15 De acordo com a visão liberal o que aconteceria com o PIB efetivo real Q e a taxa de de semprego quando a economia estivesse a pleno emprego 16 O que significa um equilíbrio automático do mercado de trabalho Na visão liberal o que o gera 17 O que são desequilíbrios no mercado de trabalho na visão liberal O que os gera 18 Quais são as possíveis situações de equilíbrio no mercado de trabalho na visão liberal Quais são suas características em relação à taxa de desemprego ao PIB real efetivo e à oferta e demanda de trabalho 19 Como os salários reais se comportam nas situações de desequilíbrio de mercado de traba lho descritas na questão anterior de acordo com a visão liberal 20 Explique como o movimento dos salários reais tenderia na visão liberal a corrigir os de sequilíbrios no mercado de trabalho 21 Com concorrência imperfeita e de acordo com a visão liberal quais são as características do mercado de trabalho em equilíbrio Como ele se diferencia da situação de concorrên cia perfeita 22 Como as taxas de desemprego efetiva natural e NAIRU se comportariam ao longo do tempo de acordo com a visão liberal Ilustre graficamente 23 Explique por que no gráfico anterior a taxa de desemprego efetiva flutua ao redor da média determinada pela NAIRU 3 24 Que tipos de política são recomendados pelos liberais para combater o desemprego a estrutural b cíclico 25 Em que condições os liberais pragmáticos aceitam o uso de políticas macroeconômicas de estímulos para a expansão dos gastos para combater o desemprego Que tipo de desem prego elas podem combater 26 O que são visões ortodoxas E heterodoxas 27 Quais são as concordâncias e discordâncias dos intervencionistas em relação à visão libe ral do mercado de trabalho 28 Quais seriam de acordo com os intervencionistas os resultados de uma queda de salários resultante de uma situação de excesso de oferta de trabalho 29 Qual seria de acordo com a visão intervencionista o comportamento típico do mercado de trabalho na ausência de políticas de intervenção do Estado Qual seria a causa dessa situação 30 Como as taxas de desemprego efetiva natural e média se comportariam ao longo do tempo de acordo com a visão intervencionista Ilustre graficamente 31 Que tipos de política os intervencionistas recomendam para combater o desemprego a no caso dos países ricos b no dos países pobres 32 Como os socialistas avaliam a teoria liberal dos mercados de trabalho 33 Que críticas os socialistas fazem às posições intervencionistas acerca do mercado de tra balho 1 Oferta e demanda agregada 1 Introdução Na aula retrasada estudamos o comportamento do mercado de traba lho a partir da análise da oferta e da demanda por trabalho O tema da aula de hoje porém é o mercado de bens e serviços Este será analisado a partir da oferta e da demanda agregadas ou seja a demanda e a oferta do conjunto de novos bens e serviços produzidos pela economia Lembrese que de acordo com o método macroeconômico to dos os bens e serviços são integrados em um bem representati vo A oferta e a demanda agregadas são portanto a oferta e a de manda desse bem representativo 2 Oferta agregada A oferta agregada diz respeito ao lado da produção e das vendas da economia Abrange portanto o comportamento da produção e das vendas nas empresas produtivas Em particular diz respeito à formação dos preços aos quais as em presas desejam vender sua produção e a relação desses preços com os custos e com a quantidade produzida Lembrese que o preço do bem representativo é o próprio índice geral de preços P Graficamente1 P Redução da oferta OA Ampliação da oferta Q0 Qp Q 1 As funções de oferta e demanda agregada de Keynes são diferentes das aqui tratadas como será visto por ocasião do curso de Macro I 2 Ampliação da demanda DA Redução da demanda 3 Demanda agregada Já a demanda agregada diz respeito ao lado das compras e portan to das decisões de gasto da economia com bens finais considerado na decisão o nível geral de preços Todos os agentes da economia estão envolvidos com esse lado As famílias com as decisões de gasto em bens de consumo C As empresas com as decisões de gasto em bens de investimento I novas máquinas novos equipamentos novas construções O governo nas esferas federal estadual e municipal com as de cisões de gasto governamental G Incluem os gastos governamentais com bens de consumo Cg e os gastos governamentais com bens de investimento Ig As famílias empresas e governos do resto do mundo com as de cisões de comprar bens finais bens de consumo e investimento e mesmo bens primários e intermediários As importações desses bens e serviços nãofatores pelo resto do mundo são as nossas exportações X dos mesmos Lembrese que como a demanda agregada diz respeito à demanda pelos bens produzidos no país ou região sob análise é preciso de duzir do total de compras feitas pelas empresas famílias e governos as importações de bens e serviços nãofatores do resto do mundo A demanda agregada D resultará portanto da soma D C I G X M Graficamente P Q 4 Determinação do PIB real e do nível geral de preços de equilíbrio Juntando as duas funções conseguimos determinar simultaneamente o equilíbrio no mercado de bens pois determinamos 3 P OA P0 DA O nível geral de preços P O PIB produto produção renda real Q Graficamente Q0 Qp Q É importante lembrar que os mercados estão interligados ao determi nar o nível de PIB real o mercado de bens afeta o mercado de traba lho pois o PIB real como visto na aula anterior determina o nível de emprego 5 Identificando mudanças na oferta e na demanda agregada Um dos aspectos mais fundamentais da formação de um economista consiste na capacidade de identificar prontamente se determinado fe nômeno econômico consiste em uma mudança ocorrida no lado da demanda ou da oferta seja em nível micro ou macroeconômico Para tanto é importante treinar procurando identificar se a fonte pri mária do fenômeno se localiza na oferta na demanda agregada ou em ambas e se consiste em uma elevação ou redução da mesma Exemplos Um aumento do consumo das famílias Uma ampliação do consumo do governo Uma ampliação dos investimentos do governo Um aumento no número de anos de estudo da PEA A descoberta de uma tecnologia capaz de extrair petróleo na cama da présal Uma quebra de safra agrícola devida a uma forte seca no sertão Uma guerra gera destruição do equipamento de capital do país Uma doença dizima parte da população do país Uma redução dos salários nominais Uma elevação na taxa de juros Uma desvalorização na taxa de câmbio OA DA1 DA0 P OA P0 P1 DA0 DA1 4 OA0 DA Q0 Q1 Q 6 Representação gráfica dos efeitos de mudanças na oferta e na de manda agregada a Aumento da demanda agregada P P1 P0 Q0 Q1 Q b Redução da demanda agregada Q1 Q0 Q c Elevação da oferta agregada P OA1 P0 P1 1 OA0 DA d Redução da oferta agregada OA1 P P1 P0 Q1 Q0 Q LISTA 10 1 Os termos demanda e oferta agregada descrevem o comportamento da demanda e da oferta em qual mercado da economia Que tipos de mercadorias são nele produzidos 2 Qual é a relação entre oferta e demanda agregada e bem representativo 3 Defina oferta agregada O comportamento de qualis agentes está nela envolvido 4 Ilustre graficamente a função oferta agregada No mesmo gráfico mostre em que sentido a função se deslocaria nos casos de redução e de elevação da oferta agregada 5 Defina demanda agregada O comportamento de qualis agentes está nela envolvido 6 Ilustre graficamente a função demanda agregada No mesmo gráfico mostre em que sen tido a função se deslocaria nos casos de redução e de elevação da demanda agregada 7 Ilustre graficamente como se dá o equilíbrio entre oferta e demanda agregada Quais va riáveis ficam determinadas explicita e implicitamente 8 Indique na lista de fenômenos abaixo os que se enquadram como mudanças da oferta da demanda agregada ou de ambas Indique ainda se ele envolve aumento ou redução nas mesmas O governo federal reduz os gastos com bens de consumo Um governo municipal eleva seu investimento O banco central reduz a taxa de juros básica Ocorre uma valorização cambial Eclode uma grande seca no sertão O efeito estufa produz efeitos negativos sobre a produção agrícola O banco central toma medidas para expandir a quantidade de moeda em circulação O governo eleva o salário mínimo O governo aumenta o pagamento do bolsafamília O governo eleva os pagamentos do segurodesemprego O grau médio de concorrência na economia se reduz Mudanças tecnológicas propiciam o aumento da produtividade 2 Ocorre aumento no grau de qualificação medido em anos de estudo da população O governo constrói novas escolas técnicas e universidades no país O sistema bancário do país reduz a disponibilidade de crédito 9 Ilustre graficamente os casos de a aumento da oferta agregada b aumento da demanda agregada c redução da oferta agregada d redução da demanda agregada 10 Associe os fenômenos descritos no exercício 8 aos 4 casos descritos no exercício anterior 11 Indique em cada um dos casos do exercício anterior o que acontece a com o PIB real b com o índice geral de preços c com o nível de emprego e a taxa de desemprego d com o hiato do produto e o grau de utilização da capacidade 12 Considerando que mudanças nos salários nominais afetam tanto o lado da oferta en quanto custo de produção quanto o lado da demanda enquanto fonte de renda das fa mílias ilustre graficamente os casos em que como consequência de uma redução dos sa lários nominais a o efeito sobre a oferta é maior do que sobre a demanda b o efeito sobre a demanda é maior do que sobre a oferta c os dois efeitos são eqüipotentes 13 Nos 3 casos do exercício anterior indique os efeitos de uma queda nos salários sobre to das as variáveis descritas no exercício 11 14 Desafio Suponha que a queda de salários descrita no exercício anterior tenha sido cau sada por uma situação de desaquecimento da economia Q Qp Com base nos resulta dos obtidos no exercício anterior responda o que aconteceria com a taxa de desemprego e o nível geral de preços em cada um dos 3 casos previstos no exercício 12 se os salários nominais continuassem a cair enquanto a situação de desaquecimento não fosse elimina da 3 15 Suponha que a função de oferta agregada seja dada por P 100 05Q e que a função demanda agregada seja dada por Q 200 01P Suponha ainda que Qp 200 Então a calcule o PIB real e o índice geral de preços de equilíbrio b calcule o hiato do produto c supondo V 230 calcule o grau de utilização da capacidade instalada 16 A economia do exercício anterior estaria desaquecida ou superaquecida Por quê Have ria excesso de oferta excesso de demanda ou equilíbrio em seu mercado de trabalho Como estaria a taxa de desemprego efetiva em relação à NAIRU 17 Partindo do resultado do exercício 15 e supondo que a produtividade do trabalho seja dada por a 01 calcule o nível de emprego correspondente 18 Partindo do resultado dos exercícios 15 e 17 e supondo PEA 2150 e PIA 4000 calcule a a taxa de desemprego efetiva correspondente b a NAIRU c a taxa de participação Resultados dos exercícios quantitativos 15 a Q 18095 b P 19048 c h 953 d guc 7867 17 N 180950 18 a u 1584 b NAIRU 698 c p 5375 1 CONCEITOS BÁSICOS DA MACROECONOMIA 1 PRODUTO EFETIVO PRODUTO POTENCIAL E MEDIDAS DE DESVIO 21 PRODUTO EFETIVO E PRODUTO POTENCIAL O PIB produção ou produto real a quantidade efetivamente produzi da de mercadorias e serviços consiste no chamado produto efetivo Já o produto potencial ou natural é o nível de produção que ocorreria se a economia utilizasse todo seu potencial produtivo disponível fato res de produção capital e trabalho Cuidado Não é a produção máxima mas sim a ideal Ou seja tratase da produção que pode ser atingida sem que os bens de capital máquinas equipamentos construções eou os tra balhadores sofram desgaste excessivo Seja Q o PIB real efetivo e Qp o PIB real potencial Temos então que Se Q Qp A economia opera utilizando todo o seu potencial produtivo pois Não há capacidade ociosa não planejada1 Não há desemprego involuntário há pleno emprego da mão de obra2 Se Q Qp A economia opera abaixo do seu potencial produtivo está desa quecida pois A capacidade ociosa é superior à planejada Há desemprego involuntário escassez generalizada de vagas Quando a economia permanece mais do que dois trimestres consecutivos nesta situação costumase dizer que há uma recessão Se Q Qp A economia opera acima do seu potencial produtivo está supera quecida pois 1 Empresas em especial as grandes costumam operar com capacidade ociosa planejada Isto quer di zer que elas deixam uma parte de seu capital físico máquinas equipamentos e construções ocioso de forma proposital Esta parcela fica reservada para ser utilizada apenas em ocasiões nas quais seja neces sário ampliar a produção além do que se esperava devido a um aumento inesperado nas vendas 2 Isto não quer dizer que não haja desemprego mas sim que todos os que desejam e estão aptos a tra balhar encontram emprego 2 A capacidade ociosa é inferior à planejada Há escassez generalizada de mão de obra É um dos objetivos da política econômica portanto tentar manter Q Qp Assim quando Q Qp o governo deve tomar medidas de política econômica expansionistas ou seja medidas que visem estimular os gastos dos agentes econômicos aumentando as vendas e estimulando a produção efetiva de modo a superar o desaquecimento gerando emprego e aumentando a utilização do capital físico E quando Q Qp o governo deve tomar medidas contracionistas de política econômica ou seja medidas que visem reduzir os gastos dos agentes econômicos diminuindo as vendas e a produção eliminando o superaquecimento a escassez generalizada de mão de obra e a so brecarga do equipamento de capital 22 HIATO DO PRODUTO O hiato do produto é um conceito que visa justamente medir qual é a distância entre o produto efetivo e o produto potencial ou seja quanto o nível de produção da economia encontrase distante do ideal A palavra hiato significa lacuna intervalo falha O hiato do produto h em termos percentuais pode ser calculado co mo Qp Q h 100 Qp Quanto maior h maior a distância entre o PIB potencial e o PIB efe tivo e viceversa Assim Se h 0 Q Qp situação ideal Se h 0 Q Qp economia desaquecida Se h 0 Q Qp economia superaquecida 3 ESTIMATIVA DO HIATO DO PRODUTO BRASIL Fonte Cusinato Minella e Porto Jr 20103 23 GRAU DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA Um conceito similar ao de hiato do produto apenas levemente diferente é o de grau de utilização da capacidade instalada Este é definido como a diferença percentual entre a capacidade ideal de produção da economia V conforme definida pelo estoque de capital disponível e o produto efetivo A diferença entre produto potencial e capacidade instalada consis te no fato de que o produto potencial contabiliza a disponibilidade de mãodeobra como um fator capaz de ampliar por si só a capa cidade produtiva da economia enquanto a capacidade instalada restringese ao estoque de capital4 Definese o grau de ocupação da capacidade instalada como g QVx100 0 g 1 e o grau de ociosidade como seu complemento o 100 g 3 Cusinato RT Minella A e Porto Jr SS 2010 Hiato do produto e PIB no Brasil uma análise de da dos em tempo real 4 Alguns autores consideram que o uso do primeiro conceito especialmente em economias subdesen volvidas conduz a erros Isto porque em tais economias uma parcela muito grande da mãodeobra não teria apoio suficiente de capital físico máquinas equipamentos e construções para produzir Tais tra balhadores não teriam a capacidade de sem esse apoio ampliarem a capacidade de produção 4 média 7946 máximo 8450 mínimo 6859 Fonte IPEADATA 2012 Fonte Eichengreen 20105 5 Eichengreen B 2010 Crises and growth in the advanced countries what we know what we dont and what can we learn about the 30s Mimeo 5 2 Conceitos e medidas de desemprego População número de habitantes PIA População em Idade Ativa Número de pessoas com 10 anos ou mais de idade PEA População Economicamente Ativa Número de pessoas consi deradas ativas no mercado de trabalho Inclui todos com 10 ou mais anos de idade que estavam procurando ocupação ou trabalhando na se mana de referência Equivale ao conceito de tamanho da força de trabalho Não inclui os que não querem ou não podem trabalhar Taxa de participação Razão entre a população economicamente ativa PEA e a população em idade ativa PIA Representa o percentual das pessoas que trabalharam ou procuraram ocupação na semana de referên cia da pesquisa entre todas aquelas com 10 ou mais anos de idade p PEA 100 PIA Fonte httpwwwipeadatagovbr Taxas de participação em países selecionados 19702010 6 Fonte httpwwwblsgovflsflscomparelflaborforcehtmtable33 N População ocupada PO Pessoas de 10 ou mais anos de idade ocu padas na semana de referência da pesquisa Taxa de desemprego Percentual da PEA que procurou mas não encontrou ocupação profissional remunerada nos 30 dias anteriores à pesquisa u PEA N 100 PEA 7 Taxas de desemprego mensais países selecionados de 061986 a 062022 Fonte httpwwwipeadatagovbr Taxas de desemprego mensais Brasil de 011980 a 122022 Fonte httpwwwipeadatagovbr 8 Fonte httpwwwipeadatagovbr LISTA Conceitos Básicos de Macroeconomia 1 Defina a produto produção renda PIB efetivo b produto produção renda PIB poten cial ou natural 2 O produto potencial corresponde ao máximo que pode ser produzido Por que 3 O que acontece com a economia quando a Q Qp b Q Qp e c Q Qp 4 Qual é o objetivo de política econômica governamental 5 Que tipos de política deve o governo empregar quando a Q Qp b Q Qp 6 O que é o hiato do produto Escreva sua fórmula e a partir dela descreva o que acontece com seu sinal nos três casos descritos na questão 3 7 Calcule o hiato do produto supondo a Q R 3573 trilhões e Qp R 3375 trilhões b Q US 10664 trilhões e Qp 12231 trilhões As economias em questão estão desaquecidas ou superaquecidas 8 Defina e explique a capacidade instalada b grau de utilização da capacidade instalada 9 Escreva a fórmula utilizada para determinação do grau de utilização da capacidade instala da 10 Explique por que no caso de economias pobres a utilização do conceito de grau de utili zação da capacidade pode ser preferível ao uso do hiato do produto como medida de des vio do produto efetivo 11 Suponha Q R 3573 trilhões e V R 4062 trilhões Calcule o grau de utilização da ca pacidade instalada e o grau de ociosidade 12 Utilizando dados do IPEADATA sobre o PIB efetivo do Brasil no ano de 2010 e sobre o grau médio de utilização da capacidade ao longo daquele ano estime o PIB potencial brasileiro em 2010 use como proxy a capacidade instalada 13 Utilizando os dados do exercício anterior estime o hiato do produto do Brasil em 2010 Interprete o resultado 14 Defina a população b PIA c PEA d PO 15 Defina taxa de participação Escreva sua fórmula e explique o conceito 16 Defina taxa de desemprego Escreva sua fórmula e explique o conceito 17 Considere uma Região Metropolitana com as seguintes características em seu mercado de trabalho população residente 4194 milhões população economicamente ativa 2811 milhões população em idade ativa 3751 milhões população ocupada 2415 milhões Calcule a a taxa de participação b a taxa de desemprego 18 Considere uma região na qual a taxa de participação é de 5975 enquanto a taxa de de semprego é de 407 Sabendo que sua população ocupada é de 7694 milhões de habi tantes calcule a PEA e a 9 PIA da região Considere que inicialmente a PIA a PEA e a PO de certo país sejam respectivamente de 100 725 e 675 milhões de pessoas Imagine que no período de referência da pesquisa seguinte sobre desemprego 1 milhão de pessoas contabilizadas anteriormente como per tencentes à PEA deixasse de procurar emprego Explique o que aconteceria a com a taxa de desemprego b com a taxa de participação 1 FERRAMENTAS QUANTITATIVAS 1 MODELOS ECONÔMICOS 11 Modelos como método de análise econômica Método deve ser adequado ao objeto de estudo Economia capitalista de mercado objeto extremamente complexo Metodologia dividir um grande problema em certo número de pro blemas menores estudando cada um deles separadamente Criar modelos especializados para resolver cada um desses pro blemas Cuidado Um modelo desenvolvido para lidar com certo tipo de problema pode não ser adequado para tratar com outro 12 Definição MODELO SIMPLIFICAÇÃO DE UMA REALIDADE COMPLEXA caricaturas da realidade Dilema realismo x complexidade Bom modelo bom mapa adequado às finalidades muita capaci dade explicativa a partir de poucas variáveis e equações Modelo econômico pode ser matemático ou não Recentemente pós2a GM matematização da economia Vantagens Precisão concisão Obriga a explicitar hipóteses simplificadoras empregadas Maior generalidade n variáveis Desvantagens Dificuldades de comunicação com economistas nãomatemáticos e com outros cientistas sociais Dupla tentação Limitarse a problemas que podem ser resolvidos matemati camente Adoção de supostos convenientes do ponto de vista matemá tico mas nãorazoáveis economicamente ESTRUTURA DE UM MODELO 2 13 Ingredientes de um modelo VARIÁVEIS pode assumir diferentes valores CONSTANTES não variam PARÂMETROS constante que é variável apesar de poder assumir di ferentes valores deve ser interpretado como uma constante em certo contexto Variáveis EXÓGENAS ou independentes determinadas fora do mode lo Variáveis ENDÓGENAS ou dependentes determinadas pelo modelo Variáveis endógenas em um modelo podem ser exógenas em ou tro 14 Estrutura de um modelo MODELO MACROECONÔMICO FORMAL MATEMÁTICO Equações de definição identidades macroeconômicas Hipóteses comportamentais Condições de equilíbrio CONSTANTES VARIÁVEIS EXÓGENAS PARÂMETROS MODELO VARIÁVEIS ENDÓGENAS SOLUÇÃO 15 Equações e determinação da solução dos modelos 3 No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo determinado No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo sobredeterminado No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo indeterminado 2 EXEMPLO DE UM MODELO MACROECONÔMICO SIMPLES Hipóteses iniciais Economia fechada não transaciona com o exterior e sem governo Equações comportamentais 1 P 1mxQ função OA 2 D a bP Condição de equilíbrio 3 D Q condição de equilíbrio no mercado de bens Significado das variáveis empregadas no modelo P nível geral de preços m é a margem média de lucro bruto xQ é o custo variável unitário sendo x 0 um parâmetro1 e Q o nível de produção D é o nível de vendas a 0 é um parâmetro que representa todos os elementos econômicos que afetam as decisões de compra dos agentes exceto o preço b 0 é um parâmetro que representa a sensibilidade das decisões de compra dos agentes econômicos a mudanças no índice geral de pre ços Identificação das variáveis endógenas e exógenas Variáveis exógenas m x a b Variáveis endógenas P Q D são 3 modelo determinado Interpretação econômica das funções 1 x é uma variável que representa a sensibilidade do custo variável unitário a mudanças no nível de produ ção 4 o A equação 1 afirma que a os preços são formados pela aplicação de uma margem de lucro m sobre os custos variáveis unitários xQ b a margem de lucro m é independente das demais variáveis do modelo exógena c os custos variáveis unitários são proporcionais ao nível de produto real Q o A equação 2 diz que as vendas D dependem a inversamente do ní vel geral de preços P b diretamente de todos os demais fatores disponibilidade de crédito renda pessoal disponível taxa de juros etc sintetizados no parâmetro variável a o A equação 3 afirma que haverá equilíbrio macroeconômico quando as vendas e a produção forem iguais de modo que os estoques de produ tos ficarão constantes2 21 Solução algébrica É a geral resolver as equações por substituição para as variáveis endó genas Ou seja escrever as variáveis endógenas exclusivamente em fun ção das exógenas 1P 1 mxQ Temos o sistema de equações lineares independentes 2D a bP 3Q D Substituindo 3 em 2 obtemos 1P 1 mxQ 2Q a bP Substituindo 2 em 1 P 1mxa bP P 1max bxP P ax bxP axm bxmP P bxP bxmP ax axm P1 bx bxm ax1m P1 bx1x ax1m 1 max P 1 1 mbx Substituindo agora este último resultado em 2 obtemos 2 Lembrar da discussão da relação entre os fluxos de produção e vendas e o estoque de produtos acabados 5 1 max Q ab 1 1 mbx Naturalmente como Q D 1 max D ab 1 1 mbx Estas três últimas equações representam a solução algébrica do modelo 22 Solução aritmética Estimase através de métodos econométricos os valores das variáveis exógenas Substituios nas fórmulas acima Exemplo suponha que tenham sido estimados econometricamente os se guintes valores para as variáveis exógenas m 1 ou 100 x 10 b 05 a 100 Teríamos então 1 max P 1 1 mbx 1110010 1 110510 210100 1 21005 2000 1 10 2000 11 18182 Q a bP 1000518182 100 9091 909 23 Solução gráfica ou geométrica 6 Função 231 A função oferta agregada P 1mxQ Representação no plano P x Q Que tipo de função Forma geral Y aX b RETA P Função OA0 m0 x0 Q 232 A função demanda agregada Q a bP ou P a Q b Representação no plano P x Q Que tipo de função Forma geral Y aX b RETA Portanto P a0b0 DA0 a0 b0 Q 233 O sistema completo 7 Podemos representar em apenas um gráfico agora o sistema completo P Função OA0 m0 x0 Ponto de equilíbrio do mercado P0 Função DA0 a0 b0 Q0 Q 24 Exercícios de estática comparativa Preocupamse com a comparação de diferentes estados de equilíbrio ca da um deles associado a diferentes conjuntos de valores dos parâmetros e variáveis exógenas Partese de um estado inicial de equilíbrio como no gráfico acima Selecionase uma E APENAS UMA variável exógena ou parâmetro pa ra ser submetida a uma mudança ou perturbação teórica Estudase o impacto desta variação no modelo comparandose como o equilíbrio final pósmudança difere do equilíbrio inicial pré mudança3 241 Solução aritmética Imagine que o parâmetro a aumente de 100 para 105 e que todas as demais mantenham seus valores originais O que ocorreria com a econo mia É preciso recalcular todas as variáveis endógenas Teríamos então 3 Tudo se passa como se a economia saltasse instantaneamente de um equilíbrio a outro não há preocupa ção com o tempo que demora o processo Antes de a economia atingir o novo equilíbrio as funções podem moverse determinando um novo equilíbrio Na prática a economia sempre estará em trânsito entre equilíbrios raramente atingindo de fato um equilíbrio estes devem portanto ser interpretados como indi cadores da direção na qual a economia se moverá 8 1 max P 1 1 mbx 1110105 1 111005 210105 1 21005 2100 1 10 2100 11 19091 Q abP 1050519091 105 9546 954 Portanto o aumento dos gastos gerado pelo aumento de a provocou um aumento do PIB real Q e do índice geral de preços P 242 Solução gráfica P Função OA0 m0 x0 P1 P0 Q0 Q1 Ponto de equilíbrio final Ponto de equilíbrio inicial Função DA1 a Causa da mudança Função DA0 a0 b0 Q Observação importante Na realidade nem sempre um aumento do pa râmetro a levará a um aumento do PIB e do nível geral de preços Isto porque na realidade ao contrário da análise de estática compara tiva todas as variáveis exógenas podem mudar ao mesmo tempo Pode portanto acontecer que o a aumente mas que o parâmetro m aumente mais intensamente de modo que tenhamos ao mesmo tem po aumento de a e queda do PIB real Para que serve então a análise de estática comparativa Para entender o efeito ISOLADO de cada variável na economia lembrese que a economia é muito complexa e a tentativa de en tender tudo ao mesmo tempo é inviável Sabendo em que direção cada variável ISOLADA empurra a econo mia é possível então pela observação dos dados interpretálos corre tamente em seu movimento real 9 LISTA 9 1 Explique o que são modelos Eles são necessariamente matemáticos 2 Diferencie parâmetros e constantes Exemplifique 3 O que são variáveis endógenas E exógenas 4 Que tipos de equação compõem em geral um modelo 5 Quais são as condições necessárias para que um modelo seja determinado logica mente consistente 6 No exemplo de modelo macroeconômico estudado em sala de aula indique quais são as variáveis endógenas e exógenas Explique o significado econômico de cada uma dessas últimas 7 Escreva as equações que compõem o modelo estudado em sala de aula Explique no caso das hipóteses comportamentais o que está sendo suposto 8 Que tipos de solução um modelo formal possui 9 Conceitue diferenciando a solução algébrica da aritmética 10 Considere um modelo econômico para economias fechadas e sem governo formado pelas seguintes equações 1 D C I identidade da despesa interna bruta 2 C C0 cQ função consumo privado 3 D Q condição de equilíbrio no mercado de bens onde I C0 e c são parâmetros positivos e Q D e C são as variáveis endógenas Obte nha a solução algébrica do modelo 11 No caso do modelo anterior suponha I 100 C0 10 e c 07 Obtenha a solução aritmética do modelo 12 Considerando o modelo anteriormente exposto chame de função demanda agregada a equação obtida pela substituição da função 2 na função 1 representea graficamen te no plano D x Q 13 Considerando o modelo anteriormente exposto represente graficamente a função 3 no plano D x Q 14 Considerando as características das duas funções estudadas nas questões anteriores represente graficamente o resultado do modelo da questão 10 no plano D x Q 15 Faça um exercício de estática comparativa tanto a parte matemática quanto a gráfi ca supondo no modelo estudado entre as questões 10 e 15 que o investimento das empresas I tenha aumentado em 5 16 Explique economicamente por que a elevação do investimento na questão anterior gerou tais resultados sobre Q D e C 1 INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA I CONCEITOS INICIAIS Bibliografia Vasconcellos e Garcia 2008 cap 8 1 Métodos de análise econômica Ao longo da história das idéias econômicas 3 formas principais de olhar os fenômenos econômicos se consagraram Método do equilíbrio geral desenvolvido pelo francês León Walras 18341910 Procura observar a floresta a economia co mo um todo o agregado e cada uma das ár vores mercados específicos ao mesmo tem po Ponto forte Método completo Ponto fraco Pouco conclusivo Método microeconômico ou do equilíbrio parcial desenvolvido pelo inglês Alfred Marshall 18421924 Concentrase em uma ou poucas árvores mercados específicos e se despreocupa com a floresta a economia como um todo o agregado Método se assemelha ao uso do microscópio para dissecar em detalhes o comportamento de partes específicas da economia de certo lo cal Ponto forte minucioso detalhamento da análise amplia a sua precisão Ponto fraco risco de deixar de considerar na análise elementos importantes para a compreensão do fenômeno por estes se en contrarem fora do campo de observação 2 Método macroeconômico desenvolvido pelo inglês John M Keynes 18831946 Procura ver a floresta a economia como um todo o agregado sem se preocupar com as árvores mercados específicos Método se assemelha ao uso do telescópio para observar a longa distância o funciona mento do universo sistema econômico co mo um todo Ponto forte ampla visão de conjunto sistê mica Ponto fraco necessidade do uso de fortes hipóteses simplifica doras que suprimem certos detalhes microeconômicos vide abaixo Hipóteses simplificadoras típicas da Macroeconomia 1 Há apenas 5 mercados representativos produto trabalho moeda tí tulos financeiro moeda estrangeira divisas 2 A economia produz apenas um bem agregado ou representativo 3 Há um único mercado de trabalho a mão de obra é tratada como se fosse homogênea recebe o mesmo salário médio por hora de traba lho com produtividade média os diferenciais de salário são ignorados 4 O estoque de capital e portanto as empresas também são tratadas como se fossem homogêneos tamanho médio tecnologia média obtêm uma taxa de lucro média os diferenciais de taxa de lucro não são abordados 5 Há apenas um mercado de títulos financeiro a mesma taxa de juros média é aplicada a todos os devedores ignoramse diferenças de risco entre eles 2 Macroeconomia Definição A Macroeconomia consiste segundo Keynes 1936 pág 228 na Teoria da produção e do emprego como um todo agrega da Conforme Macedo e Silva 1999 pág 19 1 Noutros termos a Teo ria Macroeconômica procura analisar os fatores responsáveis pela determinação do volume de riqueza produzido no agregado em determinado local 1 Macedo e Silva AC Macroeconomia sem Equilíbrio Petrópolis Vozes 1999 3 Objetivos da macroeconomia Equilíbrio interno Crescimento acelerado da produção e da renda Distribuição de renda socialmente justa Pleno emprego Inflação zero ou baixa e estável Equilíbrio externo nas transações comerciais e financeiras com o exterior Possível existência de conflitos entre os vários objetivos Decisão final em tese da sociedade através do voto Principais instrumentos da política macroeconômica Política monetária medidas do governo que visam afetar a quanti dade de moeda e de crédito em circulação na economia bem como as taxas de juros Política fiscal medidas do governo concernentes ao estabelecimen to dos gastos governamentais e das alíquotas dos impostos com fi nalidade de afetar a situação do orçamento do governo Política cambial medidas do governo que visam afetar o valor da taxa de câmbio nominal Política comercial industrial medidas do governo voltadas a es timular ou desestimular as exportações eou as importações de cer tos bens e serviços como tarifas quotas subsídios etc Política de rendas reajuste de salários aluguéis e preços seguem norma estabelecida pelo governo visando o controle da inflção LISTA 1 Introdução Macroeconomia 1 Identifique os 3 principais métodos de análise econômica desenvolvidos ao longo da história econômica identificando os autores responsáveis pela sua introdução 2 Monte e preencha uma tabela com 4 colunas e 4 linhas sendo o título da primeira coluna na primeira linha ASPECTO e o das 3 remanescentes os nomes dos 3 mé todos de análise da questão anterior Nas linhas da primeira coluna coloque se quencialmente CARACTERÍSTICAS PONTO FORTE e PONTO FRACO 3 O que é agente representativo Em que sentido ele é usado para simplificar a aná lise macroeconômica 4 Liste as principais simplificações típicas empregadas pela Macroeconomia 5 Identifique os principais objetivos da Macroeconomia Diferencieos conforme se jam a internos ou externos b estruturais ou conjunturais 6 Liste e explique os principais instrumentos de política macroeconômica 7 Explique o que é um conflito de políticas Cite exemplos Questões conjunturais Questões estruturais 4 8 Indique que tipo de política macroeconômica as operações abaixo representam Redução da taxa de juros básica pelo banco central Aumento da alíquota de certo imposto visando ampliar a arrecadação governa mental Ampliação dos investimentos governamentais Aumento das transferências governamentais para o setor privado devido ao au mento do pagamento de aposentadorias do INSS decorrente por sua vez de um aumento do salário mínimo Aumento dos empréstimos do banco central ao sistema bancário privado opera ções de redesconto visando aumentar a quantidade de moeda em circulação Elevação do imposto de importação sobre bens industriais visando tornalos rela tivamente caros visàvis os produtos nacionais similares Redução do consumo governamental Compra de títulos da dívida pública pelo banco central visando aumentar a quanti dade de moeda em circulação Compra de dólares pelo banco central visando afetar o valor da taxa de câmbio Aumento das alíquotas do IOF Imposto sobre Operações Financeiras visando difi cultar a entrada de capitais estrangeiros no país e por esta via afetar a taxa de câmbio Congelamento de preços e salários Introdução à Macroeconomia II 1 FLUXOS E ESTOQUES 11 Definições a Fluxo variável medida como uma taxa por unidade de tempo Exemplos Produção de carrosano Consumo de uvasmês Fluxo de água em uma torneirahora Renda saláriomês b Estoque variável medida em um instante de tempo Exemplos Número de carros existentes no mundo às 1200 hs do dia 19081955 Quantidade de água na caixa dágua de minha casa à meianoite de hoje Quantidade de riqueza disponível na empresa X às 2400 h do dia 31122022 Observação fundamental distinção entre RENDA RIQUEZA e DINHEI RO Entre os leigos os conceitos de renda riqueza e dinheiro ou moe da costumam ser utilizados quase como sinônimos Na linguagem técnica contudo é fundamental distinguir claramen te entre esses conceitos Renda fluxo de pagamentos recebimentos feito como remu neração pelo uso de um fator de produção capital trabalho re cursos naturais Exemplos Saláriomês aluguelmês jurosmês royaltiesmês lu cros e dividendosano etc Riqueza ou patrimônio estoque de poder de compra acumu lado até certo momento é a soma de todos os bens e direitos em propriedade do agente econômico dinheiro contas bancá rias aplicações financeiras diversas imóveis quotas de empre sas equipamento de capital estoques de mercadorias etc saída Água Estoque de produtos Capital fixo Dinheiro moeda apenas uma das múltiplas possíveis formas de aplicar a riqueza Contudo é a única que de fato é concreta o valor de todas as demais formas de riqueza é sempre estimado 12 Lei fundamental que rege as relações entre estoques e fluxos Os estoques mudam ao longo do tempo em função dos fluxos Ex caixa dágua Fluxo de Fluxo de entrada Estoque de água fluxo de entrada fluxo de saída Estoque Estoque final estoque inicial 13Aplicações à economia 131 Estoque de produtos produção e vendas Produção Vendas Estoque de produtos produção vendas Estoque Estoque final estoque inicial 132 Capital fixo investimento em capital fixo e depreciação PARA UMA EMPRESA Investimento Vendas kf Depreciação Capital fixo investimento vendas kf depreciação K fixo K fixo final K fixo inicial Obs 1 capital fixo máquinas equipamentos e construções com fina lidades produtivas 2 depreciação é a perda de valor dos bens de capi tal causados pelo desgaste físico ou obsolescência 3 investimento sentido macroeconômico aquisição de bens de capital fixo Riqueza patr líquido Dívida 133 Riqueza patrimônio líquido consumo renda poupança famili ar Consumo PARA UMA FAMÍLIA Renda Riqueza Patr líquido renda consumo poupança Riqueza Riqueza final Riqueza inicial Obs 1 renda soma dos rendimentos dos fatores de produção mão de obra capital de propriedade da família em questão menos as despesas com pagamentos a outros fatores de produção salários de empregados aluguéis pagos juros pagos etc 2 poupança renda não consumida não confundir com caderneta de poupança que é uma forma de aplica ção da riqueza 3 o estoque de riqueza pode ser mantido sob diversas formas dinheiro em espécie contas bancárias aplicações financeiras imóveis terras propriedade de empresas etc 134 Uma dívida empréstimos amortizações Novos empréstimos Dívida novos empréstimos amortizações Dívida Dívida final Dívida inicial Amortizações Obs 1 amortizações pagamentos de parcela da dívida exceto os juros 2 cuidado por vezes o termo empréstimos é usado como sinônimo de dívida caso em que ele representa um estoque e não um fluxo 2 ESTOQUES DE RIQUEZA DE DÍVIDAS E FLUXOS DE RENDA 21 ESTOQUES DE RIQUEZA E DÍVIDAS A estrutura patrimonial consiste na composição do estoque de riqueza que os agentes econômicos empresas governos famílias etc possu em bem como a forma pela qual a posse dessa riqueza é financiada O balanço patrimonial ou simplesmente balanço de um agente econômico é o demonstrativo contábil que mostra a estrutura da riqueza desse agente em um determinado instante de tempo Componentes fundamentais de um balanço patrimonial Ativo soma dos bens e direitos riqueza estoque de um agente Passivo soma das obrigações estoque de uma entidade contábil Patrimônio Líquido Ativo Passivo Riqueza líquida valores que os proprietários sócios eou acionistas têm aplicados em certo momento é o sobraria se vendessem todos os ativos pelo valor re gistrado em balanço e usassem os recursos obtidos para pagar to dos os passivos Equação patrimonial fundamental ATIVO PASSIVO PATRIMÔ NIO LÍQUIDO Exemplos Exemplo simplificado empresa imaginária Balancete simplificado da empresa fictícia GENÉRICA SA BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA GENÉRICA SA Em 31122022 Em R mil ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Caixa 10 Passivos Conta corrente 200 SaláriosINSS a pagar 250 Aplicações financeiras de curto prazo 200 Impostos a recolher 1000 Clientes 1500 Fornecedores 2000 Estoques de mercadorias 1340 Outras contas a pagar 500 Veículos máquinas e equi pamentos 3000 Dívidas de curto prazo 1000 Imóveis 4000 Dívidas de longo prazo 2000 Aplicações financeiras de longo prazo 1500 Patrimônio Líquido 5000 Total 11750 Total 11750 Exemplo de empresa real Vide Balanço da Petrobras SA LISTA 2 1 Contraponha as definições de fluxo e de estoques Exemplifique 2 Uva e água são fluxos ou estoques Por que 3 O que é riqueza 4 O que é renda 5 O que é dinheiro moeda 6 Escreva a lei fundamental que rege as relações entre estoques e fluxos 7 Considerando que em certo ano a produção e a venda de certo produto coincidi ram o que pode afirmar sobre o comportamento dos estoques desse produto en tre o início e o fim do ano 8 Certa empresa dispunha no início do período de 100 mil camisetas em estoque Calcule os estoques ao final do período supondo que a produção de camisetas no período seja de 10 mil camisetas e que as vendas atinjam 15 mil unidades R Ef 95000 camisetas 9 Um empresário considera que o estoque ideal de refrigerantes de certa marca seja de 55 mil litros Considerando que os estoques se encontram hoje em 75 mil litros e que ele espera vender 50 mil litros da marca ao longo dos próximos trinta dias calcule qual deveria ser o volume de produção durante o período para que os es toques atingissem o volume ideal R Q 30000 litros 10 O estoque de capital fixo de certa empresa no início de certo ano era de 10 mi lhões Considerando que a taxa anual de depreciação da mesma é de 4 ao ano que seu investimento naquele ano foi de 1 milhão e que as vendas de bens de capital foram de 100 mil calcule o valor do estoque de capital ao final do mesmo ano R Ef 105 milhões 11 Uma empresa possui capital fixo de valor igual a R 50 milhões Considerando que o mesmo se deprecia a uma taxa anual média de 10 e que o empresário não de seje vender nenhuma parte do mesmo calcule o valor dos investimentos necessá rios ao longo do ano para que a empresa mantenha o valor do seu estoque de ca pital fixo intacto desconsidere a inflaçãoR I 5 milhões 12 No início de certo ano Zequinha possuía uma riqueza patrimônio líquido de 10 mil Se a renda dele ao longo do ano foi de 105 mil e o consumo foi de 97 mil calcule sua riqueza ao final do ano R Ef 18 mil 13 Defina estrutura patrimonial e balanço patrimonial 14 Conceitue a ativo b passivo c patrimônio líquido 15 Liste alguns dos principais ativos e passivos que costumam aparecer no Balanço Patrimonial de uma empresa 16 Explique no que consiste a consolidação do balanço patrimonial de vários agentes Introdução à Macroeconomia III 1 FLUXOS DE RENDA A RECEITA BRUTA de um agente econômico consiste no somatório de todas as rendas que ele aufere a partir da sua riqueza ativos A RENDA LÍQUIDA consiste na receita bruta menos as despesas decor rentes das suas obrigações passivos e patrimônio líquido O Demonstrativo de Resultados de um agente econômico é o de monstrativo contábil que mostra a formação da sua renda líquida em um determinado período de tempo DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DA EMPRESA GENÉRICA SA Exercício contábil de 2022 Receita Bruta de Vendas 4020 Impostos indiretos 1005 Custo das Mercadorias Produzidas 740 Despesas administrativas e de vendas 288 Juros recebidos de vendas a prazo 750 Juros recebidos s aplicações financeiras curto e longo prazo 510 Juros pagos sobre compras a prazo 600 Juros pagos s dívidas curto e longo prazo 1200 Depreciação máquinas equipamentos veículos e imóveis 280 Imposto de renda PJ 292 Dividendos 400 Lucro acumulado Renda líquida 475 Obs os lucros acumulados em um período integram o patrimônio lí quido do período seguinte Assim no caso do exemplo a partir de 2012 o Balanço Patrimonial da empresaexemplo passaria a mostrar um Patrimônio Líquido de 5475 5000 herdados do período ante rior 475 lucro acumulado no período anterior 2 DO AGENTE INDIVIDUAL À MACROECONOMIA Para visualizar como se dão as relações entre fluxos de renda e esto ques de riqueza em uma economia podemos construir Balanços Pa trimoniais e Demonstrativos de Resultados consolidados1 para alguns conjuntos de agentes fundamentais quais sejam 1 Denominase consolidação ao processo contábil mediante o qual os ativos e passivos em comum entre os agentes econômicos que tomam parte no processo de consolidação são cancelados Para um belo J Governo Salários lucros distribuídos Consumo das famílias Importações Investimento das empresas Exportações Empresas J J Consumo Investimento do governo Impostos Impostos Impostos Famílias J Sist Financeiro Resto do Mundo Famílias Empresas nãofinanceiras empresas Sistema financeiro bancos Governo federal estaduais municipais Resto do mundo famílias empresas produtivas sistemas bancários e governos no exterior Como Toda compra tem como contrapartida uma venda Todo pagamento tem como contrapartida um recebimento Seguemse duas propriedades fundamentais O ativo de um agente é necessariamente o passivo de outro tipo de agente e viceversa todo componente do Balanço Patrimonial de um agente tem como contrapartida um componente no Balanço Patrimonial de outro A despesa de um agente é a receita de outro e viceversa todo componente do Demonstrativo de Resultados de um agente tem como contrapartida um componente no Demonstrativo de Resulta dos de outro agente Circuito rendadespesa Demonstrativos de Resultados versão sim plificada Com algumas hipóteses simplificadoras é possível descrever o fun cionamento das relações entre os agentes fundamentais As setas representam o sentido das despesas J Juros Transferências do governo p famílias exemplo no campo da Macroeconomia vide Simonsen MH e Cysne RP Macroeconomia São Paulo Atlas 1995 2ª edição cap3 itens 31 a 35 LISTA 3 1 Quais são os principais grupos de agentes em uma economia capitalista 2 Explique no que consiste a consolidação do balanço patrimonial de vários agentes 3 O que são os fluxos de pagamento de renda de uma economia Qual é sua relação com o demonstrativo contábil de resultados 4 Conceitue diferenciando receita bruta e renda líquida 5 Liste alguns dos principais itens de receita e de despesa que costumam aparecer no Demonstrativo de Resultados de uma empresa 6 Explique por que a todo ativo de um agente encontra contrapartida no passivo de outro agente e viceversa b toda despesa de um agente encontra contrapar tida na receita de outro agente e viceversa 7 Explique as relações de gasto e formação de renda no circuito rendadespesa Re faça a ilustração Introdução à Contabilidade Social I Bibliografia básica Vasconcellos e Garcia 2008 cap 9 1 Introdução à Contabilidade Social Contabilidade é a ciência que estuda como contabilizar contar a riqueza das diversas entidades famílias empresas governos ou mesmo economias como um todo e suas variações Contabilidade Social ou Nacional É o ramo da contabilidade especia lizado em contabilizar a riqueza da economia como um todo Para tanto faz uso de diversos agregados macroeconômicos Agregados macroeconômicos são os principais indicadores do desempenho macroeconômico de uma economia Exemplos PIB Produto Interno Bruto RPD Renda Pessoal Disponível Consumo Investimento Gastos governamentais Exportações Importações Etc Os principais instrumentos de mensuração da Contabilidade Social são Sistema de Contas Nacionais registra as relações econômicas que geram renda no país no Brasil feito pelo IBGE Balançoa de Pagamentos registra as relações entre o país e o ex terior Banco Central Matriz InsumoProduto registra as relações interssetoriais da eco nomia nacional IBGE Contas do Sistema Monetário consolida os indicadores de evolu ção da quantidade de moeda crédito e aplicações financeiras Ban co Central Indicadores de Distribuição de Renda permitem medir a evolução do grau de concentração da renda pessoal ao longo do tempo exemplo índice de Gini Indicadores de Desenvolvimento Humano IDH permitem obter um indicador sintético para comparar o desempenho dos vários paí ses ou regiões em termos da evolução de seus indicadores sócio econômicos principais Origem das identidades contábeis e das definições dos agregados ma croeconômicos hoje utilizados em todo o mundo Keynes 1936 cap 6 System of National Accounts SNA versão 1993 da ONU 2 As três óticas de mensuração do PIB a identidade produto renda despesa Para poder medir adequadamente a riqueza a variávelchave é o fluxo de produção ou produto agregada o de uma economia em certo período Ou em terminologia mais técnica o chamado PIB PIB Produto Interno Bruto valor agregado de todos os bens e servi ços produzidos por certa economia em dado período de tempo Problemas a resolver no cálculo do PIB 1 Impossibilidade de somar quantidades físicas heterogêneas dire tamente Solução medilas em unidades monetárias Novo problema distinguir variações nos preços das variações nas quantidades físicas necessidade de deflacionar as variá veis vide próximas aulas 2 Problema da dupla contagem Exemplo economia fechada e sem governo 3 setores cada um com uma empresa Setor 1 extração de areia Setor 2 produção de concreto Setor 3 produção de casas Ao final de certo ano suponha que todos os bens primários areia e in termediários cimento que tenham sido produzidos em um setor te nham sido comprados por outro e que todas as casas bens finais que tenham sido produzidas tenham sido vendidas Obs ao supor que toda a produção foi vendida estamos supondo que não houve acúmulo de estoques de bens nãovendidos Setor Compras Valor Produ ção Vendas Areia 100 100 p setor 2 Concreto 100 do setor 1 1200 1200 p setor 3 Casas 1200 do setor 2 6000 6000 p consumidores finais Consumidores finais 6000 do setor 3 Totais Valor total das compras 7300 Valor Bruto da Produção 7300 Valor total das ven das 7300 Valor Bruto da Produção VBP somatório do valor de tudo o que foi produzido na economia em certo período VBP consumo intermediário valor dos bens finais Consumo intermediário 100 1200 1300 Valor dos bens finais 6000 Perceba porém que ao final do ano a economia não tem à sua dispo sição 7300 pois os bens primários e intermediários areia e cimento foram agregados no valor das casas e portanto estão sendo contados várias vezes Portanto se quisermos medir a produção evitando o problema da du pla contagem do valor dos insumos bens primários e intermediários precisamos considerar apenas o valor dos bens finais pois estes já in cluem o valor dos bens primários e intermediários utilizados em sua produção Contudo os estoques de bens primários e intermediários que não foram utilizados na produção durante o período podem ser utiliza dos nos períodos seguintes são contabilizados como bens finais ao final do período Também os bens de capitalinvestimento máquinas equipa mentos construções devem portanto ser contabilizados como bens finais São portanto bens finais para efeito da contabilização do PIB Bens de consumo Bens de investimento e Estoques de produtos finais ou não 21 Cálculo do PIB segundo a ótica da despesa PIB valor da produção dos bens finais valor bruto da produção consumo intermediário Despesa Interna Bruta A ótica da despesa avalia o PIB considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram des truídos absorvidos como insumo na produção de outros bens e serviços Portanto o PIB da economia na situação anterior será PIB Vendas de bens finais variação de estoques 6000 0 6000 A venda de bens finais pode ser dividida em vários componentes onde Y C I G X M Y PIB C consumo privado famílias I investimento empresas Formação Bruta de Capital fixo FBKF Va riação de Estoques FBKF compra de máquinas equipamentos e realização de construções G gastos governamentais federal estaduais municipais com aquisição de bens de consumo e de investimento X exportações de bens e de serviços M importação de bens e de serviços Ou contabilizando o PIB no caminho inverso PIB VBP consumo intermediário 7300 100 1200 6000 PIB BRASIL 2012 Valor e composição Componente do PIB Valor R bilhões do PIB Consumo privado 2744 62 Consumo governo 945 21 FBKF 799 18 Estoques 22 05 X 553 13 M 616 14 Total PIB Y 4403 100 Fonte IBGESistema de Contas Nacionais 2013 No ranking do PIB absoluto Brasil 6º7º lugar mas o que importa mesmo para o bem estar da população é o chamado PIB per capita PIBpopulação Brasil apenas 53º75º do mundo entre 183 países considerados Fonte FMI 2012 22 Cálculo do PIB segundo a ótica do produto ou do valor adicionado PIB Valor Adicionado Bruto soma do valor adicionado pelo proces so de produção em cada unidade produtiva O valor adicionado em cada setor produtor é o valor da produção deste setor menos o valor das compras do mesmo Setor Compras Valor Produ ção Vendas Valor adicionado Areia 100 100 0 100 Concreto 100 do setor 1 1200 1200 100 1100 Casas 1200 do setor 2 6000 60001200 4800 Totais Valor total das compras 7300 Valor Bruto da Produção 7300 Valor total adicionado PIB 6000 Perceba que o valor adicionado total soma do valor adicionado nos 3 setores também é igual ao produto agregado 100 1100 4800 6000 Fonte IBGE 2012 23 Cálculo do PIB segundo a ótica da renda PIB Renda Interna Bruta soma das remunerações pagas a todos os fatores de produção no período Para transformar areia em concreto foi preciso usar mão de obra e capital máquinas equipamentos etc que são remunerados na forma de salários e lucros simplificação pois se desconsiderou a atuação do governo e do setor externo A remuneração desses fatores em cada setor constitui exatamente o valor adicionado naquele setor o mesmo ocorre nos demais seto res Portanto no caso de nosso exemplo simplificado a soma de salários e lucros para toda a economia corresponderá necessariamente ao valor adicionado total e portanto ao valor do PIB Voltemos à situação inicial Setor Valor adicionado renda Salários pagos Lucros ob tidos Areia 100 0 100 35 65 Concreto 1200 100 1100 300 800 Casas 60001200 4800 1800 3000 Totais Valor Adicionado Bruto 6000 2135 3865 No caso mais geral de uma economia aberta e com governo o PIB cor responde a Y WN L T RLE onde WN massa ou folha de salários da economia L lucros brutos ou excedente operacional brutosoma de to dos os tipos de remuneração do capital físico ou financeiro obti dos pelas empresas lucros propriamente ditos juros aluguéis divi dendos etc T Renda líquida do governo Impostos diretos impostos indire tos subsídios outras receitas líquidas transferências governa mentais de renda para famílias e empresas como bolsafamília aposentadoria do INSS juros sobre a dívida pública interna etc RLE renda líquida enviada ao exterior vide definição abaixo Perceba que ela não é excluída do cálculo do PIB mesmo com a renda de fato não ficando no país Portanto considerando todas as 3 óticas de mensuração do PIB PRODUÇÃO DESPESA RENDA Produto Interno Bruto Despesa Interna Bruta Renda Interna Bruta 3 Critérios alternativos para o cálculo do Produto de uma economia Há 3 perguntas básicas sobre o cálculo do Produto Despesa Renda Valor Agregado de uma economia que geram diferentes critérios de aferição de seu valor Além da renda gerada no país deve ser computada a renda enviada ou recebida do exterior nãoresidentes A depreciação deve ou não ser incluída do cálculo Impostos indiretos e subsídios governamentais devem ou não ser incluídos 31 Produto Interno Bruto PIB x Produto Nacional Bruto PNB O cálculo do PIB inclui toda a renda gerada em uma economia ainda que ela tenha sido apropriada por nãoresidentes Já o cômputo do PNB exclui a parte da renda enviada ao exterior e in clui a parte da renda recebida do exterior Para calcular o PNB precisamos dos seguintes conceitos auxiliares Renda bruta enviada ao exterior RBE inclui todas as rendas pagas pelos residentes na economia aos nãoresidentes como juros lu cros remetidos dividendos aluguéis salários etc Exemplos Juros sobre um empréstimo que uma empresa privada localizada no país tomou de um banco localizado no exterior Lucros que a filial de uma empresa multinacional localizada no país remeteu a sua matriz no exterior Renda bruta recebida do exterior RBR inclui todas as rendas rece bidas pelos residentes na economia dos nãoresidentes como juros lucros distribuídos dividendos aluguéis salários etc Exemplos Lucros remetidos pela filial de uma multinacional brasileira loca lizada no exterior para sua matriz no Brasil Juros recebidos pelo governo brasileiro de uma aplicação finan ceira feita por ele em um banco localizado no exterior A renda líquida enviada ao exterior RLE é a diferença entre ambas RLE RBE RBR Perceba que se RBE RBR RLE 0 e RBR RBE RLE 0 Daí temse a definição formal do PNB PNB PIB RLE O PNB portanto diferentemente do PIB só inclui a parcela da renda que efetivamente fica no país Perceba que se RBE RBR RLE 0 PNB PIB e RBR RBE RLE 0 PNB PIB Em 2011 no Brasil RLE R 33 bilhões 08 do PIB PNB e PIB quase iguais Redefinese de forma similar Despesa Nacional Bruta Despesa Interna Bruta RLE Renda Nacional Bruta Renda Interna Bruta RLE 32 Produto Interno Bruto PIB x Produto Interno Líquido PIL Uma parcela significativa da renda da economia é utilizada para repor a depreciação do seu capital fixo máquinas equipamentos constru ções Como alguns tipos de análises requerem a exclusão do montante de depreciação é conveniente lidar também com o conceito de Produto Interno Líquido PIL Produto Interno Bruto PIB Deprecia ção Redefinese de forma similar Produto Nacional Líquido Produto Nacional Bruto Depreciação Despesa Interna Líquida Despesa Interna Bruta Depreciação Valor Adicionado Líquido Valor Adicionado Bruto Depreciação Renda Interna Líquida Renda Interna Bruta Depreciação Despesa Nacional Líquida Despesa Nacional Bruta Depreciação Renda Nacional Bruta Renda Nacional Bruta Depreciação Investimento Líquido Investimento Bruto Depreciação Poupança Líquida Poupança Bruta Depreciação Etc 33 PIB a preços de mercado PIBpm x PIB a preços básicos PIBpb1 Os preços de mercado das mercadorias refletem não apenas seus cus tos privados de produção mas também a ação do governo que afeta os preços através da cobrança de impostos indiretos e de subsídios Impostos diretos ID impostos incidentes sobre renda ou riqueza Brasil IRPF IRPJ IPTU etc Impostos indiretos II impostos incidentes sobre a produção ou comercialização de bens e serviços Brasil ICMS IPI etc Subsídios Sub imposto indireto negativo ou seja crédito de imposto concedido pelo governo visando estimular a produção eou reduzir os preços de certas categorias de produtos 1 Também denominados a custo de fatores PIBcf Alguns tipos de análises requerem considerar como seria o comporta mento do PIB sem o efeito de impostos indiretos e subsídios Nestes casos convém usar o conceito de PIB a preços básicos PIBpb PIBpb PIBpm II Sub Redefinese de forma similar PNBpb PNBpm II Sub PILpb PILpm II Sub Renda Interna Líquidapm Renda Interna Líquidapm II Sub Consumopb Consumopm II Sub Etc Quando a fórmula de cálculo do agregado macroeconômico não estiver explícita admita que ele esteja sendo calculado a preços de mercado LISTA 4 Contabilidade Social 1 O que é Contabilidade Social ou Nacional 2 O que são agregados macroeconômicos 3 Identifique e explique os principais instrumentos de mensuração da Contabilidade Social 4 Qual é a origem teórica das identidades contábeis e das definições dos agregados macroeconômicos hoje empregados no mundo todo 5 O que é PIB 6 Considere uma economia que fechada e sem governo que produza apenas os pro dutos abaixo enunciados Imagine que os preços médios e as quantidades totais produzidas de cada um desses produtos no ano t também tenham sido os abaixo especificados Preços ano t Quantidades ano t Soja 309Kg 15x106 ton Minério de ferro 55787ton 43x106 ton Aço laminado 3587591ton 72x105 ton Supondo ausência de variação de estoques então a Calcule o VBP b Considerando a soja e o aço produtos finais e o minério de ferro um bem de consumo intermediário integralmente utilizado como insumo na produção do aço calcule o PIB pela ótica da despesa b1 pela diferença entre VBP e consumo intermediário b2 pela soma das despesas com bens finais inclusive variação de estoques c no contexto desse exercí cio explique porque o PIB constitui mensuração mais adequada do nível de produção agregado da economia em questão do que o VBP 7 Refaça o exercício anterior supondo que metade do valor da soja produzida tenha sido utilizada como insumo na produção da própria soja 8 Refaça o penúltimo exercício supondo que tenham ocorrido variações de estoques nas seguintes quantidades soja 15x104 ton minério de ferro 34x104 ton aço laminado 21x103 ton 9 Defina a consumo privado b investimento privado c formação bruta de capital fixo d serviços fatores e serviços nãofatores f exportações de bens e serviços nãofatores g importação de bens e serviços nãofatores h gastos governamen tais i Despesa Interna Bruta 10 Todos os gastos governamentais estão incluídos em G Por que 11 Por que é necessário deduzir o montante de importações do cálculo do PIB pela ótica da despesa 12 As empresas consomem Por que E as famílias investem Por que 13 Segundo qual ótica de mensuração a Despesa Interna Bruta é idêntica ao PIB Por que isso acontece 14 Suponha que em bilhões de unidades monetárias consumo privado 100 for mação bruta do capital fixo 25 gastos governamentais 20 exportações de bens e serviços nãofatores 15 importações de bens e serviços nãofatores 20 variações de estoques 5 Calcule a o investimento privado b o PIB pela ótica da despesa 15 Defina Valor Adicionado Bruto Segundo qual ótica ele é idêntico ao PIB Por que isso acontece 16 Refaça o cálculo do PIB dos exercícios 8 e 10 pela ótica da produção ou valor adi cionado 17 Defina a massa ou folha de salários b excedente bruto operacional c renda lí quida enviada ao exterior d renda líquida do governo e transferências do gover no ao setor empresas f Renda Interna Bruta 18 Segundo qual ótica a Renda Interna Bruta é idêntica ao PIB Por que isso acontece 19 Considere uma economia fechada e sem governo que produza apenas 2 produtos areia e cimento Suponha ainda que no período sob análise não houve formação de estoques e que toda a areia produzida foi empregada como insumo na produção do cimento Calcule o PIB pelas óticas do produto valor adicionado e pela ótica da renda supondo adicionalmente que a a massa folha de salários foi de 375 bi lhões no setor de cimento e de 625 bilhões no de areia b o excedente operaci onal bruto foi de 10375 bilhões no setor de areia e de 27525 bilhões no setor de cimento 20 Considere uma economia que em certo período tenha apresentado os seguintes valores para certos agregados macroeconômicos massa salarial 10 mil exce dente operacional bruto 30 mil renda bruta enviada ao exterior 5 mil ren da bruta recebida do exterior 7 mil renda líquida do governo 9 mil Transfe rências governamentais para empresas 1 mil Calcule a Renda Interna Bruta e o PIB pela ótica da renda no período em questão 21 Considere uma economia que em certo período tenha apresentado os seguintes valores para agregados macroeconômicos selecionados em bilhões de unidades monetárias M 446 E 30 X 410 WN 1126 FBKF 581 C 2226 G 874 Depreciação 325 RBR 126 T 854 Sub 37 RBE 132 II 150 Calcule a o investimento privado total b o PIB a Despesa Interna Bruta e a Renda Interna Bruta a preços de mercado e a custo de fatores c o excedente bruto operacional d o Produto Interno Líquido a Despesa Interna Líquida e a Renda Interna Líquida tanto a preços de mercado quanto a custo de fatores e o Produto Nacional Bruto a Despesa Nacional Bruta e a Renda Nacional Bruta tanto a preços de mercado quanto a custo de fatores e f o Produto Nacional Líquido a Despesa Nacional Lí quida e a Renda Nacional Líquida tanto a preços de mercado quanto a custo de fa tores Introdução à Contabilidade Social III 1 Variáveis reais e variáveis nominais Definições Variáveis nominais ou a valores correntes são as variáveis que são informadas seja na forma de unidades monetárias seja na forma de sem descontar os efeitos das variações do índice geral de preços Exemplos PIB nominal investimento e poupança nominais consumo no minal lucro nominal taxa de juros nominal taxa nominal de câmbio etc Variáveis reais ou a valores constantes são as que consideram em seu cálculo o poder de compra das variáveis medido pelas vari ações do índice geral de preços Exemplos PIB real investimento e poupança reais consumo real lucro re al salário real taxa real de juros taxa real de câmbio etc Índice de preços P tratase de um índice que indica o comporta mento médio dos preços de certa economia Os preços em questão são os dos fluxos de novos bens e servi ços e não os de bens e serviços anteriormente produzidos NÃO estão incluídos os preços dos ativos imóveis ações e outros ati vos financeiros taxa de câmbio etc Estes podem afetar apenas indiretamente o índice 3 famílias diferentes de índices de preços Índices gerais de preços IGPs bens de consumo e de inves timento Índices de preços ao consumidor IPCs apenas bens de con sumo Deflator implícito do PIB inclui os preços de todos os bens que compõem o PIB Os índices de preços ainda se diferenciam no que concerne À captação de preços apenas no atacado ou também no vare jo À cesta de bens considerada no cálculo bens e serviços inclu ídos ou não e pesos diferentes de cada item conforme a faixa de renda considerada Aos locais onde a pesquisa foi feita Taxa de inflação é a taxa de variação do índice de preços consi derado Pt Pt1 t Pt1 Pt Pt11t Pt Pt1 t Pt1 x100 Cuidado com a confusão entre queda ou aumento de preços e queda da inflação Queda dos preços o nível geral de preços cai há deflação Queda da inflação a velocidade de aumento do nível geral de preços cai há desinflação Aumento dos preços o nível geral de preços aumenta há in flação Aumento da inflação aumenta a velocidade de crescimento do nível geral de preços REGRA FUNDAMENTAL COMPARAÇÕES DE VARIÁVEIS NOMINAIS EM DIFERENTES MOMENTOS DO TEMPO NÃO TÊM SENTIDO POIS COMPARAM VALORES MEDIDOS EM UNIDADES MONETÁRIAS COM PODER DE COMPRA DIFERENTES Em períodos inflacionários uma unidade monetária perde valor a cada dia que passa O contrário se dá em períodos de defla ção A distorção será diretamente proporcional à taxa de inflação ou de deflação do período analisado Exemplo1 se em determinado ano os salários nominais crescem 5 mas os preços crescem em média 10 inflação o poder de compra dos salários ou salário real terá caído Exemplo2 se em determinado período os lucros nominais caem 3 mas os preços caem em média 5 deflação o poder de compra dos lucros lucro real terá de fato subido Portanto para tornar os valores comparáveis é preciso submetêlos antes a um procedimento de deflacionamento Este consiste em recalcular a variável considerada em termos de uma única unidade monetária de valor constante Exemplo Reais do ano de 2010 Neste caso dizemos que 2010 é o ano escolhido como refe rência para o deflacionamento todos os valores serão corri gidos de forma que representem o mesmo poder aquisitivo que um real tinha em 2010 2 Índice de preços e taxa de inflação a Cálculo da taxa de inflação a partir do índice de preços Período IGPDI Ago1994100 Taxa de inflação t Pt Pt1 100 P t1 2008 3929434 2009 3999825 3999825 3929434 100 179 3929434 2010 4222918 4222918 3999825 100 558 3999825 2011 4582786 4582786 4222918 100 852 4222918 Fonte IPEADATA março2012 b Cálculo do índice de preços a partir da taxa de inflação Período Taxa de inflação IPCA Índice de preços Pt Pt11t nov2010 05200052 100 100 995025 1 00050 10050 dez2010 05000050 1000000 jan2011 05600056 100100056100100561005600 fev2011 04500045 100560010004510056100451010125 Fonte IPEADATA março2012 3 Deflacionamento de valores propriamente dito a Exemplo 1 Deflacionarinflacionar tomando por referência a unidade monetária de um período intermediário dez 2011 Perí odo Dívidas da empresa X a preços cor rentes R milhões IGPDI jan 2012100 Dívidas da empresa X a preços cons tantes de dezembro de 2011 R mi lhões out 2011 37257 992381 1001600 x37257 37603 992381 nov 2011 35516 997343 1001600 x35516 35668 997343 dez 2011 35597 1001600 1001600 x35597 35597 1001600 jan 2012 35651 1000000 1001600 x35651 35708 1000000 Fev 2012 35670 1002992 1001600 x35670 35620 1002992 Fonte IPEADATA março2012 b Exemplo 2 Deflacionar para a unidade monetária do início do período 2010 Perí odo Salário Míni mo a preços correntes R IPCA 2011100 Salário Mínimo a preços constantes R constantes de 2010 2010 51000 944206 944206 x51000 51000 944206 2011 54417 1000000 944206 x54417 51381 1000000 2012 62200 1065031 944206 x62200 55144 1065031 Fonte IPEADATA 2012 c Inflacionar valores para a unidade monetária do período final 2012 Perí odo PIB a preços correntes Brasil R milhões Defla tor im plícito do PIB 1990 100 PIB do Brasil a preços constantes de 2012 R milhões 2010 318512500 20708 23973 x318512500 368731899 20708 2011 367496400 22412 23973 x367496400 393092593 22412 2012 414301300 23973 23973 x414301300 414301300 23973 Fonte IPEADATA 2012 LISTA 6 Contabilidade Social 1 Defina variáveis a nominais b reais Qual delas é fundamental para a análise econômica Por que 2 Os preços de qualis mercadorias devem ser considerados no cômputo do poder de compra de certa variável Por que 3 Explique o que é um índice de preços Que tipos de bens têm os preços considera dos em seu cálculo e que tipos de bens não os têm 4 Indique as três famílias de índices de preços existentes e explique as principais di ferenças entre eles 5 Que outros aspectos diferenciam os índices de preços além dos considerados na questão anterior 6 Pesquise as características dos principais índices de preços existentes no Brasil 7 O que é a taxa de inflação 8 Qual é o significado de uma taxa de inflação negativa E de uma positiva 9 Johnny Badguess observou que o lucro da filial de sua empresa no Brasil aumentou 15 nos últimos 4 anos sentindose satisfeito com o resultado A percepção de Johnny está correta Dica pesquise o comportamento da inflação acumulada nos últimos 4 anos no Brasil pelo IPCA por exemplo para responder adequadamen te à questão 10 Em certo país o candidato da situação na eleição presidencial anunciou entre os grandes feitos de seu partido um aumento acumulado no salário mínimo de 150 em 4 anos Considerando que a inflação média anual no mesmo período foi de 40 devemos acreditar na propaganda do candidato Por que 11 Helmuth Kaput fez uma aplicação financeira a uma taxa de juros nominal de 10 ao ano durante 5 anos Se a taxa acumulada de inflação nesse período foi de 70 Helmuth ganhou ou perdeu dinheiro Por que 12 Encontre no site do IPEADATA a série InflaçãoIGPOG aa de 1970 a 2022 Bai xe a planilha eletrônica correspondente e calcule os índices de preços tomando como ano base o ano de 1970 13 No exercício anterior recalcule os índices de preços tomando por anobase agora o ano de 2022 14 Repita o procedimento do exercício 12 para a série Inflação IPCA aa 1980 2022 tomando por base o ano de 2000 15 Encontre no site do IPEADATA a série Preço médio recebido pelo produtor caju índice agosto de 1994 100 de 1980 a 20232 Baixe a planilha eletrônica cor respondente e calcule a taxa de variação mensal dos preços do caju 16 Usando os índices de preços gerados no exercício 14 transforme os valores corren tes abaixo em valores constantes a de 2018 b de 2020 c de 2022 Ano Valores correntes R 2018 115239497 2019 132599743 2020 151241432 2021 175054675 2022 200271788
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Conceitos Macroeconômicos Fundamentais II Na aula passada examinamos o PIB como um conceito fundamental pa ra a mensuração da riqueza de uma economia Vimos que havia três óticas para cálculo do PIB as quais geravam as seguintes identidades fundamentais em uma economia aberta e com governo Y C I G X M ótica da despesa Y VA1 VA2 VAn ótica do produto ou do valor adicionado Y WN L T RLE ótica da renda PRODUTO RENDA DESPESA 1 A Renda Pessoal Disponível RPD Ocorre que o PIB é apenas um primeiro mas importante passo na di reção do nosso objetivo mensurar o estoque de riqueza de uma eco nomia Lembrese que como vimos na aula sobre estoques e fluxos o es toque de riqueza varia a cada período em função do fluxo de renda ou PIB do mesmo deduzido o fluxo de consumo Ou seja pela poupança Antes de chegar ao conceito de poupança porém é necessário in troduzir o conceito de Renda Pessoal Disponível Definição Renda Pessoal Disponível RPD é a parte da renda gerada na economia que se encontra disponível para ser consumida em bens finais pelas famílias A parte da RPD que não é consumida é poupada independente mente da forma vários tipos de aplicações financeiras ou mesmo em dinheiro em que ela for aplicada Economia aberta com governo economia a quatro setores famílias empresas governos e resto do mundo Neste caso teríamos Y C I G X M Y WN L T RLE A massa folha de salários WN pertence às famílias O excedente operacional bruto remuneração do capital ou lu cros em sentido amplo lucros operacionais propriamente ditos aluguéis juros é considerado como distribuído integralmente pe las empresas às famílias1 T Renda líquida do governo parcela da arrecadação governa mental que não é transferida de volta às famílias cabe ao próprio governo para ser consumida ou poupada RLE renda líquida enviada ao exterior é a parcela da renda gera da no país que é distribuída ao resto do mundo Então RPD WN L Y T RLE Portanto nem toda a renda PIB Y da economia estará disponível para consumo ou poupança das famílias já que Parte dela T caberá ao governo e Parte dela RLE será enviada ou recebida em termos líquidos do resto do mundo Assim Quanto maior T menor a RPD e viceversa Quanto maior a RLE menor a RPD e viceversa 2 Investimento e poupança em uma economia aberta e com governo Investimento privado foi definido na aula passada como I FBKF E onde FBKF era a Formação Bruta de Capital Fixo compra de novas má 1 Existe uma controvérsia se os lucros retidos pelas empresas devem ou não ser considerados como renda disponível das próprias famílias que são proprietárias dessas empresas Se considerarmos que parte dos lucros é retida nas empresas LR enquanto a outra parte é distribuída LD às famílias tería mos RPD WN LD Y LR Reter parte dos lucros nas empresas já seria então uma decisão de nãoconsumir das famílias que são proprietárias das empresas quinas e equipamentos e realização de novas construções e E era a Variação de Estoques bens finais primários e intermediários Poupança por sua vez é definida como renda nãoconsumida em cer to período2 Em uma economia aberta e com governo o investimento total IT tem dois componentes IT I Ig onde I é o investimento privado empresas e Ig é o investimento gover namental3 A poupança total S também pode ser decomposta em S Si Se onde Se é a poupança externa e Si é a poupança interna Contudo perce ba que a poupança interna Si pode ser desdobrada em Si Sp Sg onde Sp é a poupança privada feitas pelas famílias e Sg é a poupança do governo Aplicando esta última definição à penúltima temos S Sp Sg Se 3 Os três componentes da poupança Convém agora aplicar a definição de renda não consumida a cada um dos componentes da poupança A poupança privada Sp é a renda das famílias a qual como vimos é a RPD menos o consumo das famílias C Resulta 2 A poupança portanto é um fluxo macroeconômico que não deve ser confundido com a caderneta de poupança que é uma aplicação financeira uma das possíveis formas de manter a riqueza acumulada um estoque portanto 3 Perceba que o investimento das empresas multinacionais está incluído nas empresas privadas pois es tas incluem todas as empresas localizadas no país independentemente da nacionalidade do capital da empresa Sp RPD C Com a introdução dos governos há uma segunda fonte de poupan ça interna a poupança do governo Sg que é definida como a ren da líquida do governo T que não foi consumida ou seja Sg T Cg onde Cg é o montante de consumo governamental Perceba que a poupança governamental será positiva se T Cg mas que ela pode ser negativa se ocorrer o inverso Cuidado Poupança governamental e orçamento governa mental são conceitos diferentes4 Com a introdução do setor externo há agora uma terceira fonte de poupança a poupança externa Se que é definida como5 Se RLE M X Perceba que a poupança externa será positiva se RLE M X mas que ela pode ser negativa se ocorrer o inverso Cuidado Poupança externa positiva implica ampliação do endividamento externo do país e viceversa6 4 A identidade da conta de capital investimento total poupança to tal Faremos agora a demonstração matemática de que investimento e poupança totais são necessariamente idênticos iguais por definição isto é que IT S Partindo da identidade entre produto e despesa anteriormente vista Y C I G X M 4 Para mais detalhes aguarde o tópico do curso sobre política fiscal 5 A renda recebida pelo resto do mundo da economia local é RLE M enquanto o dispêndio do resto do mundo na economia local é X 6 Segundo o conceito de passivo externo líquido mas não necessariamente segundo o conceito de dívi da externa líquida Mais detalhes no tópico sobre Balanço de Pagamentos e no curso de Macro III será necessário decompor os gastos governamentais com bens finais G em suas duas partes G Cg Ig onde Cg é o consume governamental e Ig é o investimento governamen tal Substituindo esta última expressão na anterior obtemos Y C I Cg Ig X M Não alteraremos a identidade se subtrairmos T e RLE de ambos os lados dela Então Y T RLE C I Cg Ig X M T RLE que pode ser reescrita como Y T RLE T Cg M RLE X C I Ig Como RPD Y T RLE T Cg Sg e Se RLE M X temos que RPD Sg Se C I Ig ou trocando C de lado RPD C Sg Se I Ig Finalmente como RPD C Sp temos que Sp Sg Se I Ig ou ainda S IT Perceba que esta identidade chamada de identidade da conta de capital não é uma nova identidade Na verdade tratase da mesma identidade da mensuração do PIB pela ótica da despesa Y CIGXM apenas escrita de outra forma Quadroresumo Economia fe chada e sem governo 2 setores Economia fe chada com go verno 3 setores Economia aberta com governo 4 setores Identidade Pro duto Despesa Y CI Y CIG Y CIGXM Identidade Pro duto Renda Y WNL Y WNLT Y WNLTRLE RPD RPDWNL Y RPD WNL YT RPDWNL YTRLE Componentes da poupança Sp RPD C Sp RPD C Sg T Cg Sp RPD C Sg T Cg Se MRLEX Poupança in terna Si Si Sp Si SpSg Si SpSg Poupança total S S SiSp S Si SpSg S SiSe SpSgSe Investimento total IT IT I FBKFE IT I Ig IT I Ig Identidades I S IIg SpSg IIg SpSgSe LISTA 5 Contabilidade Social 1 Defina economia a a dois setores b a três setores c a quatro setores 2 Defina Renda Pessoal Disponível RPD 3 Exponha a identidade da RPD para o caso de uma economia aberta e com governo Explique porque a introdução do resto do mundo altera a definição de RPD em re lação aos casos de economia fechada 4 Defina investimento e poupança a brutos b líquidos 5 Quem investe e quem poupa em uma economia aberta e com governo Quais são os componentes da poupança e do investimento neste tipo de economia 6 Exponha a identidade determinante da poupança privada Qualis dos quatro seto res de uma economia aberta e com governo são responsáveis pela sua geração 7 O que é poupança interna Quais são seus componentes 8 Explique o significado macroeconômico da identidade entre poupança e investi mento 9 Exponha a identidade que define a poupança do governo Qual é o significado ma croeconômico do governo de um país possuir a poupança positiva b poupança negativa 1010 11 Exponha as identidades que contêm os componentes da poupança total nos casos de uma economia a fechada e sem governo b fechada e com governo c aberta e com governo 12 Exponha os componentes que contêm os componentes do investimento total nos casos de uma economia a fechada e sem governo b fechada e com governo c aberta e com governo 13 Exponha a identidade determinante da poupança externa Qual é o significado ma croeconômico de um país possuir a poupança externa positiva b poupança ex terna negativa 14 Exponha as identidades da RPD para o caso de uma economia fechada e sem go verno 15 Exponha a identidade da RPD para o caso de uma economia fechada e com gover no Explique porque a introdução do governo altera a definição de RPD em relação ao caso sem governo 16 Considere a questão 22 da lista anterior Suponha adicionalmente que Cg 750 e Ig 124 de modo que G Cg Ig continue igual a 874 Calcule a a RPD b a pou pança privada c a poupança governamental d a poupança interna e a poupança externa f a poupança total g o investimento total 1 O mercado de trabalho e o desemprego 1 Conceitos fundamentais para a análise do mercado de trabalho Oferta de trabalho Ns número de horas de trabalho que os indiví duos estão dispostos a trabalhar Atenção quem oferece trabalho mão de obra são os indivíduos Demanda de trabalho Nd número de horas de trabalho que os em pregadores estão dispostos a contratar Atenção quem demanda trabalho mão de obra são os empregado res em geral empresas e governos Salário real WP preço relativo da mão de obra É o salário nomi nal deflacionado por um índice de preços adequado Mede o poder de compra dos salários e é o salário que realmente interessa tanto aos em pregados quanto a seus empregadores 2 Tipos de desemprego a Quanto à motivação do desempregado voluntário ou involuntá rio Desempregado voluntário é assim considerado o indivíduo que embora apto não procurou emprego no período de referência da pesquisa as sim demonstraria não estar disposto a procurar emprego1 O desempregado voluntário não é considerado como participante da força de trabalho faz parte da PIA mas não da PEA Sua presença não é portanto captada pela taxa de desemprego e sim pela taxa de participação Desempregado involuntário é o indivíduo apto que demonstrou estar disposto a procurar emprego no período de referência da pesquisa mas não conseguiu encontrar O desempregado involuntário é parte da PEA mas não da população ocupada portanto a presença de desemprego involuntário é cap tada pela taxa de desemprego 1 Vide contudo leitura complementar sobre os desalentados ao final do texto 2 b Quanto ao fator gerador causa do desemprego cíclico ou es trutural Desemprego cíclico ocorre em situações de desaquecimento Q Qp como a economia produz abaixo do seu nível ideal não consegue ab sorver toda a mão de obra disponível Para entender a relação entre desemprego e PIB real iniciemos com a definição de produtividade média do trabalho a a Q N onde Q é o PIB real e N é o nível de emprego Reescrevendoa temos N Q a Suponha agora que 1 A produtividade do trabalho a seja determinada apenas pelas téc nicas de produção disponíveis inclusive a tecnologia incorporada nas máquinas equipamentos e construções eou na qualificação da mão de obra a ftecnologia Quanto mais avançada a tecnologia maior a produtividade do trabalho e viceversa 2 O período de tempo da análise que estamos conduzindo seja curto demais para que as técnicas de produção avancem significativamen te Resulta dessas hipóteses que o nível de produtividade média do tra balho a será considerado constante simplificação Temos por conseqüência que Qdado aN e que Qdado aN A razão para isso é simples se a técnica de produção não varia para ampliar a produção é necessário contratar mais trabalhado res e viceversa2 2 Estamos desconsiderando o fato de que frequentemente as empresas costumam manter certo grau plane jado de ociosidade no emprego da sua mão de obra Agem assim para reduzir os custos e incertezas que seriam gerados por demissões e contratações muito frequentes Isto significa que nem sempre a empresa precisa de fato contratar mão de obra para ampliar a produção ela pode por algum tempo postergar esta contratação reduzindo a ociosidade da mão de obra disponível Similarmente nem sempre ela demite 3 Para estender esta relação de forma a incluir a taxa de desemprego suponha que novamente o prazo de análise seja curto o suficiente para desconsiderarmos variações do tamanho da força de trabalho PEA Lembrando da aula anterior que u PEA N 100 PEA onde N é a população ocupada Podemos então concluir que3 Qa constanteNPEA constanteu e que Qa constanteNPEA constanteu Fica clara então a conexão entre desemprego cíclico e PIB real pro duto efetivo Q Quanto mais elevado o produto efetivo mais próximo do produto potencial menor a taxa de desemprego e viceversa4 Desemprego estrutural este tipo de desemprego existiria mesmo se a economia estivesse produzindo em seu nível potencial Q Qp As teo rias econômicas colocam três possíveis causas para a existência de de semprego estrutural imediatamente após a queda da produção ela pode preferir esperar algum tempo para verificar se a queda das vendas que gera a da produção foi apenas temporária ou de fato é mais permanente Neste interva lo aumenta a ociosidade da mão de obra Concluise que a produtividade média dos trabalhadores não depende apenas da técnica de produção mas também destas flutuações na utilização da mão de obra 3 Perceba contudo que essa conclusão só é válida caso o prazo de análise seja suficientemente curto para podermos desprezar as mudanças técnicas e as alterações da PEA Quando introduzimos esses fatores na análise para períodos de tempo mais amplos a relação entre PIB real e taxa de desemprego fica mais complexa É possível demonstrar que se g â n u se g â n u constante e se g â n u onde g é a taxa de crescimento do PIB real â é a taxa de crescimento da produtividade do trabalho determinada pela velocidade da evolução das técnicas e n é a taxa de crescimento da PEA Perceba que â n é a taxa mínima de crescimento que o PIB real de uma economia precisa apresentar para impedir que sua taxa de desemprego aumente 4 Perceba que parte do desemprego cíclico tem caráter sazonal isto é gerada por variações da produção associadas ao período do ano Por exemplo em períodos de baixa temporada o desemprego em cidades turísticas aumenta Outro exemplo dado o peso do pagamento do décimoterceiro salário e das compras de final de ano a atividade produtiva no Brasil costuma alcançar seu pico no mês de outubro quando as indústrias estão produzindo o que chegará às lojas em dezembro e cair fortemente no mês de janeiro O desemprego portanto costuma ser relativamente baixo em outubro e elevado em janeiro 4 Desemprego friccional há informação imperfeita ou seja há vagas disponíveis nas empresas e há simultaneamente trabalhadores dis poníveis para ocupálas todavia falta a informação necessária para que a relação de emprego se concretize Por causa da existência inevitável de alguma parcela deste tipo de desemprego uma situação de desemprego zero não é de fato pos sível de ser atingida na prática5 Por causa disso uma situação de pleno emprego implica uma taxa de desemprego baixa mas positiva é esta taxa que a polí tica econômica deve perseguir6 Tanto ortodoxos liberais quanto heterodoxos intervencionistas socialistas concordam acerca da existência deste subtipo de de semprego estrutural Imperfeição da concorrência tanto no mercado de trabalho quanto de bens como os agentes tentam usar seu poder de barganha para ampliar salários trabalhadores ou margens de lucro empresas uma situação de pleno emprego seria inflacionária é preciso existir certa parcela de trabalhadores permanentemente desempregada para conter a inflação Tratase de um conceito de origem ortodoxa Subdesenvolvimento desemprego disfarçado oculto ou subempre go bicos atividades de baixíssima produtividade desalenta dos Sua causa é o descasamento entre tamanho da PEA e o tama nho do estoque de capital físico do país grosseiramente falando trabalhadores demais para fábricas de menos Mesmo se as fábri cas operassem a plena capacidade haveria trabalhadores desempre gados É uma idéia heterodoxa 3 Taxas de desemprego e componentes do desemprego A taxa de desemprego efetiva u é aquela que resulta das pesquisas feitas mediante entrevistas para estimálas7 5 Existem políticas governamentais voltadas a reduzir o tamanho do desemprego fricional como aquelas desenvolvidas no Brasil pelo SINE Sistema Nacional de Emprego vide httpwww por talmtegovbrimointermediacaodemaodeobraimosinehtm Há contudo algumas propostas de polí tica econômica que buscam eliminar completamente também este tipo de desemprego A este respeito vide httpwwwdesenvolvimentistascombrdesempregozero200801propostadeatuacaodoestado comoempregadordeultimainstancianobrasil 6 As estimativas dessa taxa de desemprego ideal são muito variáveis No caso do Brasil elas estão entre 3 e 6 atualmente 7 No Brasil IBGE DIEESE etc 5 Ela capta todo o desemprego involuntário mas não traz elemen tos que permitam decompôla em seus vários subtipos e causas Contudo tal decomposição é fundamental para a execução da política econômica de um país Afinal é ela que permite diagnosticar o tipo de desemprego existente bem como designar o remédio adequado para en frentar cada um dos tipos de desemprego Para tentar fazer tal decomposição a teoria macroeconômica criou vá rios conceitos abstratos virtuais de desemprego que precisam ser es timados com a ajuda das ferramentas econométricas8 Taxa de desemprego natural un capta apenas o desemprego fric cional Taxa de desemprego que não acelera a inflação NAIRU9 capta segundo os economistas liberais todo o desemprego estrutural ou seja o desemprego friccional o desemprego gerado pelas imperfei ções da concorrência 4 Visão liberal ortodoxa sobre o mercado de trabalho 41 O mercado de trabalho estará em equilíbrio demanda oferta quando a produção efetiva for igual à potencial Nesta situação Toda a mão de obra oferecida pelos empregados seria contratada pe los empregadores Não haveria desemprego cíclico O desemprego remanescente nesta situação seria apenas do tipo friccional ou aquele associado à imper feição da concorrência10 Teríamos então Q Qp Ns Nd u NAIRU ausência de desemprego cíclico equilíbrio do mercado de trabalho 42 O funcionamento do mercado de trabalho tenderia a gerar automati camente isto é mesmo sem intervenção do governo ou seja pela próprio funcionamento do sistema de preços uma situação de equilíbrio no mer cado de trabalho 8 A Econometria consiste no conjunto de técnicas estatísticas voltadas especificamente para as aplicações no campo da ciência econômica Tais técnicas são objeto de um disciplina específica na formação do eco nomista 9 Em inglês Nonaccelerating inflation rate of unemployment 10 Se houvesse apenas desemprego friccional a NAIRU seria igual à taxa natural e poderíamos então di zer que haveria pleno emprego 6 efetiva NAIRU Natural 43 Desvios em relação a esta situação ideal desequilíbrios no mercado de trabalho se explicariam pela rigidez de salários Q Qp Ns Nd excesso de oferta de trabalho u NAIRU de semprego acima do normal causado por salário real temporariamente supe rior ao de equilíbrio Q Qp Ns Nd excesso de demanda por trabalho u NAIRU desemprego abaixo do normal escassez de mão de obra causada por salário real temporariamente inferior ao de equilíbrio 44 Com o passar do tempo porém tais situações de desequilíbrio tende riam a ser corrigidas pela variação dos salários reais Se houver excesso de oferta de trabalho Ns Nd os salários reais cai rão Baixando os custos de produção das empresas em relação aos preços e tornando vantajoso aos empregadores contratar mais trabalhadores Reduzindo a remuneração do trabalho e tornando vantajoso aos tra balhadores oferecerem menos horas de trabalho Se houver excesso de demanda de trabalho Nd Ns o mecanismo de ajuste dos salários operará em sentido inverso Resultado a taxa de desemprego efetiva flutuaria ao redor da NAIRU conforme no gráfico abaixo Taxas de de semprego No gráfico acima Tempo A taxa de desemprego natural capta o desemprego friccional A diferença entre a taxa de desemprego natural e a NAIRU é o desemprego estrutural gerado por concorrência insuficiente A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a NAIRU é a componente cíclica do desemprego Se u NAIRU Q Qp economia desaquecida metade do tempo Se u NAIRU Q Qp economia superaquecida 7 Quadroresumo da visão liberal do mercado de trabalho Situação do mer cado de produto Situação do mercado de trabalho Taxa de de semprego efetiva u Natureza do desem prego Comporta mento dos sa lários reais Q Qp ideal Ns Nd equilíbrio u NAIRU Estrutural friccional concorrên cia imper feita WP WP Q Qp desaque cimento Ns Nd excesso de oferta u NAIRU Também desempre go cíclico WP WP tendência de queda Q Qp supera quecimen to Ns Nd excesso de demanda u NAIRU Parte do desempre go estrutu ral absorvi do WP WP Tendência de elevação Políticas recomendadas pelos liberais para combater o desempre go De natureza estrutural para reduzir a NAIRU são recomenda das políticas que maximizem a concorrência tanto no mercado de bens quanto no de trabalho livre comércio proibição de cartéis políticas de defesa da concorrência que impeçam fusões que ampliem o poder de mercado das empresas etc No Brasil papel do CADE11 De natureza cíclica para diminuir os desvios da taxa de desemprego efetiva em relação à NAIRU é recomendada a flexibilização da le gislação trabalhista12 maior liberdade para empregadores e empre gados definirem as condições de trabalho inclusive salários como uma forma de permitir o ajuste mais rápido dos salários a situações de desequilíbrio no mercado de trabalho13 11 Conselho Administrativo de Defesa Econômica 12 No Brasil a CLT Consolidação das Leis Trabalhistas 13 Liberais moderados mais próximos dos intervencionistas acreditam que pelo menos em crises muito fortes com taxas de desemprego efetivas muito superiores à NAIRU há necessi dade de que o Estado faça políticas macroeconômicas destinadas a expandir os gastos e estimu lar o aumento da produção e do emprego 8 5 Visão intervencionistakeynesiananacionalista Nesta visão não se acredita que variações dos salários sejam capazes de restaurar o equilíbrio no mercado de trabalho Os autores dessa visão como Keynes 1936 acreditam que Por um lado como pensam os liberais de fato a queda dos salá rios reduz os custos e gera incentivos para a contratação dos tra balhadores Por outro lado porém os salários não são um preço como outro qualquer Eles correspondem ao determinante fundamental da renda da maior parte da população Se os salários caem as famí lias dos trabalhadores tendem a cortar o consumo o que faz as empresas venderem menos e terem menos estímulo para produzir e portanto contratar trabalhadores Considerando ambos os efeitos os economistas dessa corrente pen sam que existe um sério risco de que a flexibilidade de salários seja incapaz de eliminar o desemprego cíclico Pior não é impossível que uma queda de salários acabe aumen tando o desemprego ao invés de reduzilo se o efeito negativo sobre as vendas for maior do que o efeito positivo sobre os cus tos Consequências A economia capitalista não disporia nesta visão de nenhum me canismo automático confiável capaz de equilibrar o mercado de trabalho Ns Nd u un e portanto fazêla operar no nível ideal QQp Pelo contrário ela apresentaria uma tendência crônica a produ zir e empregar menos do que o ideal Q Qp Ns Nd Q Qp Esta tendência seria explicada não por causa da imperfeição da con corrência mas sim pela insuficiência crônica de gastos em relação à capacidade produtiva Qp agentes econômicos não gastam o suficiente empresas não vendem e portanto não produzem o sufi ciente não geram emprego suficiente para absorver toda a PEA Taxa de de semprego efetiva média natural Tempo 9 No gráfico acima A taxa de desemprego natural capta o desemprego friccional A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a taxa natural é a componente cíclica do desemprego14 A diferença entre a taxa de desemprego efetiva e a taxa de de semprego natural é a componente cíclica do desemprego que nes ta interpretação tem um caráter crônico Se u un Q Qp economia desaquecida situação crôni ca Se u un Q Qp economia superaquecida fato raro Políticas recomendadas pelos intervencionistas para combater o desemprego Utilizar as políticas macroeconômicas para ampliar os gastos do Estado famílias empresas eou resto do mundo de forma a am pliar as vendas das empresas a produção e o emprego15 6 Visão socialista também heterodoxa Em geral os socialistas concordam com os intervencionistas as quedas de salários não costumam ser um remédio eficaz contra o desemprego cíclico Contudo discordam dos intervencionistas em dois aspectos É impossível que o governo consiga administrar as políticas econô micas de modo a manter a economia a maior parte do tempo a pleno emprego embora o Estado possa amenizar o desemprego através das políticas intervencionistas a economia capitalista ainda oscilará bas tante entre períodos de desaquecimento e superaquecimento A economia capitalista seria considerada neste aspecto ineren temente falha Só no socialismo seria possível resolver definiti vamente o problema A manutenção do pleno emprego em uma sociedade capitalista pode ser politicamente inviável Tal situação reforçaria o poder de barga nha dos trabalhadores talvez o suficiente inclusive para leválos a desafiar politicamente a própria existência do capitalismo 14 No caso de países pobres captaria também parte da componente estrutural associada ao subdesenvol vimento 15 No caso dos países subdesenvolvidos também seria necessário utilizar as políticas macroeconômicas com o intuito de acelerar o crescimento do estoque de capital físico de forma a tornálo suficientemente grande para gerar emprego para toda a PEA 1 Leitura complementar Desemprego por desalento e seus efeitos Muitos trabalhadores após algum tempo procurando e não encon trando emprego por exemplo no caso de uma crise severa em que Q Qp desistem de procurálo por algum tempo fenômeno denominado desemprego por desalento Ocorre porém que ao deixar de procurar emprego na semana de refe rência nas estatísticas ele deixa de ser considerado desempregado in voluntário para se tornar desempregado voluntário Isso por sua vez gera uma anomalia estatística como os trabalhado res que se encontram nesta situação deixam de ser considerados parte da força de trabalho o efeito desse fenômeno consiste em o Reduzir a taxa de participação PEA com mesma PIA o Reduzir a taxa de desemprego PEA sem alteração na PO Quando a produção volta a crescer e o processo de geração de empre gos é retomado os desalentados voltam à PEA e o fenômeno inverso se manifesta Por causa disso em geral a taxa de desemprego o Subestima a elevação do desemprego no início de uma crise o Subestima a redução do desemprego no início de uma recuperação crescimento sem empregos Lista 8 1 Defina demanda e oferta de trabalho Quem demanda e quem oferece trabalho 2 O que é o salário real 3 Quais são os tipos de desemprego existentes a com relação à motivação do desemprega do b com relação à causa do desemprego 4 Diferencie desemprego voluntário de desemprego involuntário 5 João que estudava meio período e trabalhava meio período decide abandonar seu traba lho para dedicarse integralmente aos estudos Que tipo de desempregado ele passa a ser 6 Em meio a um desaquecimento da economia vários trabalhadores desempregados deixam de procurar emprego no período de referência da pesquisa Explique como este fenômeno afeta a a taxa de desemprego b a taxa de participação 7 Diferencie desemprego cíclico de desemprego estrutural Eles são voluntários ou involuntá rios 8 Defina produtividade média do trabalho Exemplifique 9 Supondo que a produtividade do trabalho e a PEA permaneçam constantes no curto perí odo sob análise qual será a relação entre as variações do PIB real do nível de emprego e da taxa de desemprego Por que 10 A economia mundial passa atualmente out 2011 por uma situação na qual a vasta maio ria dos países enfrenta um forte desaquecimento Q Qp Que tipos de desemprego ca racterizam tais países 11 Indique o nome dos três tipos de desemprego estrutural previstos pela teoria econômica Eles são voluntários ou involuntários 2 12 Defina associando ao tipo de desemprego captado a taxa de desemprego efetiva b ta xa de desemprego natural c taxa de desemprego que não acelera a inflação NAIRU 13 O que é equilíbrio no mercado de trabalho De acordo com a visão liberal em que condi ções esta situação ocorreria 14 Por que haveria desemprego na visão liberal mesmo em concorrência perfeita e em ple no emprego De que tipo Por que a despeito disso essa situação é considerada como um equilíbrio do mercado de trabalho 15 De acordo com a visão liberal o que aconteceria com o PIB efetivo real Q e a taxa de de semprego quando a economia estivesse a pleno emprego 16 O que significa um equilíbrio automático do mercado de trabalho Na visão liberal o que o gera 17 O que são desequilíbrios no mercado de trabalho na visão liberal O que os gera 18 Quais são as possíveis situações de equilíbrio no mercado de trabalho na visão liberal Quais são suas características em relação à taxa de desemprego ao PIB real efetivo e à oferta e demanda de trabalho 19 Como os salários reais se comportam nas situações de desequilíbrio de mercado de traba lho descritas na questão anterior de acordo com a visão liberal 20 Explique como o movimento dos salários reais tenderia na visão liberal a corrigir os de sequilíbrios no mercado de trabalho 21 Com concorrência imperfeita e de acordo com a visão liberal quais são as características do mercado de trabalho em equilíbrio Como ele se diferencia da situação de concorrên cia perfeita 22 Como as taxas de desemprego efetiva natural e NAIRU se comportariam ao longo do tempo de acordo com a visão liberal Ilustre graficamente 23 Explique por que no gráfico anterior a taxa de desemprego efetiva flutua ao redor da média determinada pela NAIRU 3 24 Que tipos de política são recomendados pelos liberais para combater o desemprego a estrutural b cíclico 25 Em que condições os liberais pragmáticos aceitam o uso de políticas macroeconômicas de estímulos para a expansão dos gastos para combater o desemprego Que tipo de desem prego elas podem combater 26 O que são visões ortodoxas E heterodoxas 27 Quais são as concordâncias e discordâncias dos intervencionistas em relação à visão libe ral do mercado de trabalho 28 Quais seriam de acordo com os intervencionistas os resultados de uma queda de salários resultante de uma situação de excesso de oferta de trabalho 29 Qual seria de acordo com a visão intervencionista o comportamento típico do mercado de trabalho na ausência de políticas de intervenção do Estado Qual seria a causa dessa situação 30 Como as taxas de desemprego efetiva natural e média se comportariam ao longo do tempo de acordo com a visão intervencionista Ilustre graficamente 31 Que tipos de política os intervencionistas recomendam para combater o desemprego a no caso dos países ricos b no dos países pobres 32 Como os socialistas avaliam a teoria liberal dos mercados de trabalho 33 Que críticas os socialistas fazem às posições intervencionistas acerca do mercado de tra balho 1 Oferta e demanda agregada 1 Introdução Na aula retrasada estudamos o comportamento do mercado de traba lho a partir da análise da oferta e da demanda por trabalho O tema da aula de hoje porém é o mercado de bens e serviços Este será analisado a partir da oferta e da demanda agregadas ou seja a demanda e a oferta do conjunto de novos bens e serviços produzidos pela economia Lembrese que de acordo com o método macroeconômico to dos os bens e serviços são integrados em um bem representati vo A oferta e a demanda agregadas são portanto a oferta e a de manda desse bem representativo 2 Oferta agregada A oferta agregada diz respeito ao lado da produção e das vendas da economia Abrange portanto o comportamento da produção e das vendas nas empresas produtivas Em particular diz respeito à formação dos preços aos quais as em presas desejam vender sua produção e a relação desses preços com os custos e com a quantidade produzida Lembrese que o preço do bem representativo é o próprio índice geral de preços P Graficamente1 P Redução da oferta OA Ampliação da oferta Q0 Qp Q 1 As funções de oferta e demanda agregada de Keynes são diferentes das aqui tratadas como será visto por ocasião do curso de Macro I 2 Ampliação da demanda DA Redução da demanda 3 Demanda agregada Já a demanda agregada diz respeito ao lado das compras e portan to das decisões de gasto da economia com bens finais considerado na decisão o nível geral de preços Todos os agentes da economia estão envolvidos com esse lado As famílias com as decisões de gasto em bens de consumo C As empresas com as decisões de gasto em bens de investimento I novas máquinas novos equipamentos novas construções O governo nas esferas federal estadual e municipal com as de cisões de gasto governamental G Incluem os gastos governamentais com bens de consumo Cg e os gastos governamentais com bens de investimento Ig As famílias empresas e governos do resto do mundo com as de cisões de comprar bens finais bens de consumo e investimento e mesmo bens primários e intermediários As importações desses bens e serviços nãofatores pelo resto do mundo são as nossas exportações X dos mesmos Lembrese que como a demanda agregada diz respeito à demanda pelos bens produzidos no país ou região sob análise é preciso de duzir do total de compras feitas pelas empresas famílias e governos as importações de bens e serviços nãofatores do resto do mundo A demanda agregada D resultará portanto da soma D C I G X M Graficamente P Q 4 Determinação do PIB real e do nível geral de preços de equilíbrio Juntando as duas funções conseguimos determinar simultaneamente o equilíbrio no mercado de bens pois determinamos 3 P OA P0 DA O nível geral de preços P O PIB produto produção renda real Q Graficamente Q0 Qp Q É importante lembrar que os mercados estão interligados ao determi nar o nível de PIB real o mercado de bens afeta o mercado de traba lho pois o PIB real como visto na aula anterior determina o nível de emprego 5 Identificando mudanças na oferta e na demanda agregada Um dos aspectos mais fundamentais da formação de um economista consiste na capacidade de identificar prontamente se determinado fe nômeno econômico consiste em uma mudança ocorrida no lado da demanda ou da oferta seja em nível micro ou macroeconômico Para tanto é importante treinar procurando identificar se a fonte pri mária do fenômeno se localiza na oferta na demanda agregada ou em ambas e se consiste em uma elevação ou redução da mesma Exemplos Um aumento do consumo das famílias Uma ampliação do consumo do governo Uma ampliação dos investimentos do governo Um aumento no número de anos de estudo da PEA A descoberta de uma tecnologia capaz de extrair petróleo na cama da présal Uma quebra de safra agrícola devida a uma forte seca no sertão Uma guerra gera destruição do equipamento de capital do país Uma doença dizima parte da população do país Uma redução dos salários nominais Uma elevação na taxa de juros Uma desvalorização na taxa de câmbio OA DA1 DA0 P OA P0 P1 DA0 DA1 4 OA0 DA Q0 Q1 Q 6 Representação gráfica dos efeitos de mudanças na oferta e na de manda agregada a Aumento da demanda agregada P P1 P0 Q0 Q1 Q b Redução da demanda agregada Q1 Q0 Q c Elevação da oferta agregada P OA1 P0 P1 1 OA0 DA d Redução da oferta agregada OA1 P P1 P0 Q1 Q0 Q LISTA 10 1 Os termos demanda e oferta agregada descrevem o comportamento da demanda e da oferta em qual mercado da economia Que tipos de mercadorias são nele produzidos 2 Qual é a relação entre oferta e demanda agregada e bem representativo 3 Defina oferta agregada O comportamento de qualis agentes está nela envolvido 4 Ilustre graficamente a função oferta agregada No mesmo gráfico mostre em que sentido a função se deslocaria nos casos de redução e de elevação da oferta agregada 5 Defina demanda agregada O comportamento de qualis agentes está nela envolvido 6 Ilustre graficamente a função demanda agregada No mesmo gráfico mostre em que sen tido a função se deslocaria nos casos de redução e de elevação da demanda agregada 7 Ilustre graficamente como se dá o equilíbrio entre oferta e demanda agregada Quais va riáveis ficam determinadas explicita e implicitamente 8 Indique na lista de fenômenos abaixo os que se enquadram como mudanças da oferta da demanda agregada ou de ambas Indique ainda se ele envolve aumento ou redução nas mesmas O governo federal reduz os gastos com bens de consumo Um governo municipal eleva seu investimento O banco central reduz a taxa de juros básica Ocorre uma valorização cambial Eclode uma grande seca no sertão O efeito estufa produz efeitos negativos sobre a produção agrícola O banco central toma medidas para expandir a quantidade de moeda em circulação O governo eleva o salário mínimo O governo aumenta o pagamento do bolsafamília O governo eleva os pagamentos do segurodesemprego O grau médio de concorrência na economia se reduz Mudanças tecnológicas propiciam o aumento da produtividade 2 Ocorre aumento no grau de qualificação medido em anos de estudo da população O governo constrói novas escolas técnicas e universidades no país O sistema bancário do país reduz a disponibilidade de crédito 9 Ilustre graficamente os casos de a aumento da oferta agregada b aumento da demanda agregada c redução da oferta agregada d redução da demanda agregada 10 Associe os fenômenos descritos no exercício 8 aos 4 casos descritos no exercício anterior 11 Indique em cada um dos casos do exercício anterior o que acontece a com o PIB real b com o índice geral de preços c com o nível de emprego e a taxa de desemprego d com o hiato do produto e o grau de utilização da capacidade 12 Considerando que mudanças nos salários nominais afetam tanto o lado da oferta en quanto custo de produção quanto o lado da demanda enquanto fonte de renda das fa mílias ilustre graficamente os casos em que como consequência de uma redução dos sa lários nominais a o efeito sobre a oferta é maior do que sobre a demanda b o efeito sobre a demanda é maior do que sobre a oferta c os dois efeitos são eqüipotentes 13 Nos 3 casos do exercício anterior indique os efeitos de uma queda nos salários sobre to das as variáveis descritas no exercício 11 14 Desafio Suponha que a queda de salários descrita no exercício anterior tenha sido cau sada por uma situação de desaquecimento da economia Q Qp Com base nos resulta dos obtidos no exercício anterior responda o que aconteceria com a taxa de desemprego e o nível geral de preços em cada um dos 3 casos previstos no exercício 12 se os salários nominais continuassem a cair enquanto a situação de desaquecimento não fosse elimina da 3 15 Suponha que a função de oferta agregada seja dada por P 100 05Q e que a função demanda agregada seja dada por Q 200 01P Suponha ainda que Qp 200 Então a calcule o PIB real e o índice geral de preços de equilíbrio b calcule o hiato do produto c supondo V 230 calcule o grau de utilização da capacidade instalada 16 A economia do exercício anterior estaria desaquecida ou superaquecida Por quê Have ria excesso de oferta excesso de demanda ou equilíbrio em seu mercado de trabalho Como estaria a taxa de desemprego efetiva em relação à NAIRU 17 Partindo do resultado do exercício 15 e supondo que a produtividade do trabalho seja dada por a 01 calcule o nível de emprego correspondente 18 Partindo do resultado dos exercícios 15 e 17 e supondo PEA 2150 e PIA 4000 calcule a a taxa de desemprego efetiva correspondente b a NAIRU c a taxa de participação Resultados dos exercícios quantitativos 15 a Q 18095 b P 19048 c h 953 d guc 7867 17 N 180950 18 a u 1584 b NAIRU 698 c p 5375 1 CONCEITOS BÁSICOS DA MACROECONOMIA 1 PRODUTO EFETIVO PRODUTO POTENCIAL E MEDIDAS DE DESVIO 21 PRODUTO EFETIVO E PRODUTO POTENCIAL O PIB produção ou produto real a quantidade efetivamente produzi da de mercadorias e serviços consiste no chamado produto efetivo Já o produto potencial ou natural é o nível de produção que ocorreria se a economia utilizasse todo seu potencial produtivo disponível fato res de produção capital e trabalho Cuidado Não é a produção máxima mas sim a ideal Ou seja tratase da produção que pode ser atingida sem que os bens de capital máquinas equipamentos construções eou os tra balhadores sofram desgaste excessivo Seja Q o PIB real efetivo e Qp o PIB real potencial Temos então que Se Q Qp A economia opera utilizando todo o seu potencial produtivo pois Não há capacidade ociosa não planejada1 Não há desemprego involuntário há pleno emprego da mão de obra2 Se Q Qp A economia opera abaixo do seu potencial produtivo está desa quecida pois A capacidade ociosa é superior à planejada Há desemprego involuntário escassez generalizada de vagas Quando a economia permanece mais do que dois trimestres consecutivos nesta situação costumase dizer que há uma recessão Se Q Qp A economia opera acima do seu potencial produtivo está supera quecida pois 1 Empresas em especial as grandes costumam operar com capacidade ociosa planejada Isto quer di zer que elas deixam uma parte de seu capital físico máquinas equipamentos e construções ocioso de forma proposital Esta parcela fica reservada para ser utilizada apenas em ocasiões nas quais seja neces sário ampliar a produção além do que se esperava devido a um aumento inesperado nas vendas 2 Isto não quer dizer que não haja desemprego mas sim que todos os que desejam e estão aptos a tra balhar encontram emprego 2 A capacidade ociosa é inferior à planejada Há escassez generalizada de mão de obra É um dos objetivos da política econômica portanto tentar manter Q Qp Assim quando Q Qp o governo deve tomar medidas de política econômica expansionistas ou seja medidas que visem estimular os gastos dos agentes econômicos aumentando as vendas e estimulando a produção efetiva de modo a superar o desaquecimento gerando emprego e aumentando a utilização do capital físico E quando Q Qp o governo deve tomar medidas contracionistas de política econômica ou seja medidas que visem reduzir os gastos dos agentes econômicos diminuindo as vendas e a produção eliminando o superaquecimento a escassez generalizada de mão de obra e a so brecarga do equipamento de capital 22 HIATO DO PRODUTO O hiato do produto é um conceito que visa justamente medir qual é a distância entre o produto efetivo e o produto potencial ou seja quanto o nível de produção da economia encontrase distante do ideal A palavra hiato significa lacuna intervalo falha O hiato do produto h em termos percentuais pode ser calculado co mo Qp Q h 100 Qp Quanto maior h maior a distância entre o PIB potencial e o PIB efe tivo e viceversa Assim Se h 0 Q Qp situação ideal Se h 0 Q Qp economia desaquecida Se h 0 Q Qp economia superaquecida 3 ESTIMATIVA DO HIATO DO PRODUTO BRASIL Fonte Cusinato Minella e Porto Jr 20103 23 GRAU DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA Um conceito similar ao de hiato do produto apenas levemente diferente é o de grau de utilização da capacidade instalada Este é definido como a diferença percentual entre a capacidade ideal de produção da economia V conforme definida pelo estoque de capital disponível e o produto efetivo A diferença entre produto potencial e capacidade instalada consis te no fato de que o produto potencial contabiliza a disponibilidade de mãodeobra como um fator capaz de ampliar por si só a capa cidade produtiva da economia enquanto a capacidade instalada restringese ao estoque de capital4 Definese o grau de ocupação da capacidade instalada como g QVx100 0 g 1 e o grau de ociosidade como seu complemento o 100 g 3 Cusinato RT Minella A e Porto Jr SS 2010 Hiato do produto e PIB no Brasil uma análise de da dos em tempo real 4 Alguns autores consideram que o uso do primeiro conceito especialmente em economias subdesen volvidas conduz a erros Isto porque em tais economias uma parcela muito grande da mãodeobra não teria apoio suficiente de capital físico máquinas equipamentos e construções para produzir Tais tra balhadores não teriam a capacidade de sem esse apoio ampliarem a capacidade de produção 4 média 7946 máximo 8450 mínimo 6859 Fonte IPEADATA 2012 Fonte Eichengreen 20105 5 Eichengreen B 2010 Crises and growth in the advanced countries what we know what we dont and what can we learn about the 30s Mimeo 5 2 Conceitos e medidas de desemprego População número de habitantes PIA População em Idade Ativa Número de pessoas com 10 anos ou mais de idade PEA População Economicamente Ativa Número de pessoas consi deradas ativas no mercado de trabalho Inclui todos com 10 ou mais anos de idade que estavam procurando ocupação ou trabalhando na se mana de referência Equivale ao conceito de tamanho da força de trabalho Não inclui os que não querem ou não podem trabalhar Taxa de participação Razão entre a população economicamente ativa PEA e a população em idade ativa PIA Representa o percentual das pessoas que trabalharam ou procuraram ocupação na semana de referên cia da pesquisa entre todas aquelas com 10 ou mais anos de idade p PEA 100 PIA Fonte httpwwwipeadatagovbr Taxas de participação em países selecionados 19702010 6 Fonte httpwwwblsgovflsflscomparelflaborforcehtmtable33 N População ocupada PO Pessoas de 10 ou mais anos de idade ocu padas na semana de referência da pesquisa Taxa de desemprego Percentual da PEA que procurou mas não encontrou ocupação profissional remunerada nos 30 dias anteriores à pesquisa u PEA N 100 PEA 7 Taxas de desemprego mensais países selecionados de 061986 a 062022 Fonte httpwwwipeadatagovbr Taxas de desemprego mensais Brasil de 011980 a 122022 Fonte httpwwwipeadatagovbr 8 Fonte httpwwwipeadatagovbr LISTA Conceitos Básicos de Macroeconomia 1 Defina a produto produção renda PIB efetivo b produto produção renda PIB poten cial ou natural 2 O produto potencial corresponde ao máximo que pode ser produzido Por que 3 O que acontece com a economia quando a Q Qp b Q Qp e c Q Qp 4 Qual é o objetivo de política econômica governamental 5 Que tipos de política deve o governo empregar quando a Q Qp b Q Qp 6 O que é o hiato do produto Escreva sua fórmula e a partir dela descreva o que acontece com seu sinal nos três casos descritos na questão 3 7 Calcule o hiato do produto supondo a Q R 3573 trilhões e Qp R 3375 trilhões b Q US 10664 trilhões e Qp 12231 trilhões As economias em questão estão desaquecidas ou superaquecidas 8 Defina e explique a capacidade instalada b grau de utilização da capacidade instalada 9 Escreva a fórmula utilizada para determinação do grau de utilização da capacidade instala da 10 Explique por que no caso de economias pobres a utilização do conceito de grau de utili zação da capacidade pode ser preferível ao uso do hiato do produto como medida de des vio do produto efetivo 11 Suponha Q R 3573 trilhões e V R 4062 trilhões Calcule o grau de utilização da ca pacidade instalada e o grau de ociosidade 12 Utilizando dados do IPEADATA sobre o PIB efetivo do Brasil no ano de 2010 e sobre o grau médio de utilização da capacidade ao longo daquele ano estime o PIB potencial brasileiro em 2010 use como proxy a capacidade instalada 13 Utilizando os dados do exercício anterior estime o hiato do produto do Brasil em 2010 Interprete o resultado 14 Defina a população b PIA c PEA d PO 15 Defina taxa de participação Escreva sua fórmula e explique o conceito 16 Defina taxa de desemprego Escreva sua fórmula e explique o conceito 17 Considere uma Região Metropolitana com as seguintes características em seu mercado de trabalho população residente 4194 milhões população economicamente ativa 2811 milhões população em idade ativa 3751 milhões população ocupada 2415 milhões Calcule a a taxa de participação b a taxa de desemprego 18 Considere uma região na qual a taxa de participação é de 5975 enquanto a taxa de de semprego é de 407 Sabendo que sua população ocupada é de 7694 milhões de habi tantes calcule a PEA e a 9 PIA da região Considere que inicialmente a PIA a PEA e a PO de certo país sejam respectivamente de 100 725 e 675 milhões de pessoas Imagine que no período de referência da pesquisa seguinte sobre desemprego 1 milhão de pessoas contabilizadas anteriormente como per tencentes à PEA deixasse de procurar emprego Explique o que aconteceria a com a taxa de desemprego b com a taxa de participação 1 FERRAMENTAS QUANTITATIVAS 1 MODELOS ECONÔMICOS 11 Modelos como método de análise econômica Método deve ser adequado ao objeto de estudo Economia capitalista de mercado objeto extremamente complexo Metodologia dividir um grande problema em certo número de pro blemas menores estudando cada um deles separadamente Criar modelos especializados para resolver cada um desses pro blemas Cuidado Um modelo desenvolvido para lidar com certo tipo de problema pode não ser adequado para tratar com outro 12 Definição MODELO SIMPLIFICAÇÃO DE UMA REALIDADE COMPLEXA caricaturas da realidade Dilema realismo x complexidade Bom modelo bom mapa adequado às finalidades muita capaci dade explicativa a partir de poucas variáveis e equações Modelo econômico pode ser matemático ou não Recentemente pós2a GM matematização da economia Vantagens Precisão concisão Obriga a explicitar hipóteses simplificadoras empregadas Maior generalidade n variáveis Desvantagens Dificuldades de comunicação com economistas nãomatemáticos e com outros cientistas sociais Dupla tentação Limitarse a problemas que podem ser resolvidos matemati camente Adoção de supostos convenientes do ponto de vista matemá tico mas nãorazoáveis economicamente ESTRUTURA DE UM MODELO 2 13 Ingredientes de um modelo VARIÁVEIS pode assumir diferentes valores CONSTANTES não variam PARÂMETROS constante que é variável apesar de poder assumir di ferentes valores deve ser interpretado como uma constante em certo contexto Variáveis EXÓGENAS ou independentes determinadas fora do mode lo Variáveis ENDÓGENAS ou dependentes determinadas pelo modelo Variáveis endógenas em um modelo podem ser exógenas em ou tro 14 Estrutura de um modelo MODELO MACROECONÔMICO FORMAL MATEMÁTICO Equações de definição identidades macroeconômicas Hipóteses comportamentais Condições de equilíbrio CONSTANTES VARIÁVEIS EXÓGENAS PARÂMETROS MODELO VARIÁVEIS ENDÓGENAS SOLUÇÃO 15 Equações e determinação da solução dos modelos 3 No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo determinado No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo sobredeterminado No equações linearmente independentes variáveis endógenas modelo indeterminado 2 EXEMPLO DE UM MODELO MACROECONÔMICO SIMPLES Hipóteses iniciais Economia fechada não transaciona com o exterior e sem governo Equações comportamentais 1 P 1mxQ função OA 2 D a bP Condição de equilíbrio 3 D Q condição de equilíbrio no mercado de bens Significado das variáveis empregadas no modelo P nível geral de preços m é a margem média de lucro bruto xQ é o custo variável unitário sendo x 0 um parâmetro1 e Q o nível de produção D é o nível de vendas a 0 é um parâmetro que representa todos os elementos econômicos que afetam as decisões de compra dos agentes exceto o preço b 0 é um parâmetro que representa a sensibilidade das decisões de compra dos agentes econômicos a mudanças no índice geral de pre ços Identificação das variáveis endógenas e exógenas Variáveis exógenas m x a b Variáveis endógenas P Q D são 3 modelo determinado Interpretação econômica das funções 1 x é uma variável que representa a sensibilidade do custo variável unitário a mudanças no nível de produ ção 4 o A equação 1 afirma que a os preços são formados pela aplicação de uma margem de lucro m sobre os custos variáveis unitários xQ b a margem de lucro m é independente das demais variáveis do modelo exógena c os custos variáveis unitários são proporcionais ao nível de produto real Q o A equação 2 diz que as vendas D dependem a inversamente do ní vel geral de preços P b diretamente de todos os demais fatores disponibilidade de crédito renda pessoal disponível taxa de juros etc sintetizados no parâmetro variável a o A equação 3 afirma que haverá equilíbrio macroeconômico quando as vendas e a produção forem iguais de modo que os estoques de produ tos ficarão constantes2 21 Solução algébrica É a geral resolver as equações por substituição para as variáveis endó genas Ou seja escrever as variáveis endógenas exclusivamente em fun ção das exógenas 1P 1 mxQ Temos o sistema de equações lineares independentes 2D a bP 3Q D Substituindo 3 em 2 obtemos 1P 1 mxQ 2Q a bP Substituindo 2 em 1 P 1mxa bP P 1max bxP P ax bxP axm bxmP P bxP bxmP ax axm P1 bx bxm ax1m P1 bx1x ax1m 1 max P 1 1 mbx Substituindo agora este último resultado em 2 obtemos 2 Lembrar da discussão da relação entre os fluxos de produção e vendas e o estoque de produtos acabados 5 1 max Q ab 1 1 mbx Naturalmente como Q D 1 max D ab 1 1 mbx Estas três últimas equações representam a solução algébrica do modelo 22 Solução aritmética Estimase através de métodos econométricos os valores das variáveis exógenas Substituios nas fórmulas acima Exemplo suponha que tenham sido estimados econometricamente os se guintes valores para as variáveis exógenas m 1 ou 100 x 10 b 05 a 100 Teríamos então 1 max P 1 1 mbx 1110010 1 110510 210100 1 21005 2000 1 10 2000 11 18182 Q a bP 1000518182 100 9091 909 23 Solução gráfica ou geométrica 6 Função 231 A função oferta agregada P 1mxQ Representação no plano P x Q Que tipo de função Forma geral Y aX b RETA P Função OA0 m0 x0 Q 232 A função demanda agregada Q a bP ou P a Q b Representação no plano P x Q Que tipo de função Forma geral Y aX b RETA Portanto P a0b0 DA0 a0 b0 Q 233 O sistema completo 7 Podemos representar em apenas um gráfico agora o sistema completo P Função OA0 m0 x0 Ponto de equilíbrio do mercado P0 Função DA0 a0 b0 Q0 Q 24 Exercícios de estática comparativa Preocupamse com a comparação de diferentes estados de equilíbrio ca da um deles associado a diferentes conjuntos de valores dos parâmetros e variáveis exógenas Partese de um estado inicial de equilíbrio como no gráfico acima Selecionase uma E APENAS UMA variável exógena ou parâmetro pa ra ser submetida a uma mudança ou perturbação teórica Estudase o impacto desta variação no modelo comparandose como o equilíbrio final pósmudança difere do equilíbrio inicial pré mudança3 241 Solução aritmética Imagine que o parâmetro a aumente de 100 para 105 e que todas as demais mantenham seus valores originais O que ocorreria com a econo mia É preciso recalcular todas as variáveis endógenas Teríamos então 3 Tudo se passa como se a economia saltasse instantaneamente de um equilíbrio a outro não há preocupa ção com o tempo que demora o processo Antes de a economia atingir o novo equilíbrio as funções podem moverse determinando um novo equilíbrio Na prática a economia sempre estará em trânsito entre equilíbrios raramente atingindo de fato um equilíbrio estes devem portanto ser interpretados como indi cadores da direção na qual a economia se moverá 8 1 max P 1 1 mbx 1110105 1 111005 210105 1 21005 2100 1 10 2100 11 19091 Q abP 1050519091 105 9546 954 Portanto o aumento dos gastos gerado pelo aumento de a provocou um aumento do PIB real Q e do índice geral de preços P 242 Solução gráfica P Função OA0 m0 x0 P1 P0 Q0 Q1 Ponto de equilíbrio final Ponto de equilíbrio inicial Função DA1 a Causa da mudança Função DA0 a0 b0 Q Observação importante Na realidade nem sempre um aumento do pa râmetro a levará a um aumento do PIB e do nível geral de preços Isto porque na realidade ao contrário da análise de estática compara tiva todas as variáveis exógenas podem mudar ao mesmo tempo Pode portanto acontecer que o a aumente mas que o parâmetro m aumente mais intensamente de modo que tenhamos ao mesmo tem po aumento de a e queda do PIB real Para que serve então a análise de estática comparativa Para entender o efeito ISOLADO de cada variável na economia lembrese que a economia é muito complexa e a tentativa de en tender tudo ao mesmo tempo é inviável Sabendo em que direção cada variável ISOLADA empurra a econo mia é possível então pela observação dos dados interpretálos corre tamente em seu movimento real 9 LISTA 9 1 Explique o que são modelos Eles são necessariamente matemáticos 2 Diferencie parâmetros e constantes Exemplifique 3 O que são variáveis endógenas E exógenas 4 Que tipos de equação compõem em geral um modelo 5 Quais são as condições necessárias para que um modelo seja determinado logica mente consistente 6 No exemplo de modelo macroeconômico estudado em sala de aula indique quais são as variáveis endógenas e exógenas Explique o significado econômico de cada uma dessas últimas 7 Escreva as equações que compõem o modelo estudado em sala de aula Explique no caso das hipóteses comportamentais o que está sendo suposto 8 Que tipos de solução um modelo formal possui 9 Conceitue diferenciando a solução algébrica da aritmética 10 Considere um modelo econômico para economias fechadas e sem governo formado pelas seguintes equações 1 D C I identidade da despesa interna bruta 2 C C0 cQ função consumo privado 3 D Q condição de equilíbrio no mercado de bens onde I C0 e c são parâmetros positivos e Q D e C são as variáveis endógenas Obte nha a solução algébrica do modelo 11 No caso do modelo anterior suponha I 100 C0 10 e c 07 Obtenha a solução aritmética do modelo 12 Considerando o modelo anteriormente exposto chame de função demanda agregada a equação obtida pela substituição da função 2 na função 1 representea graficamen te no plano D x Q 13 Considerando o modelo anteriormente exposto represente graficamente a função 3 no plano D x Q 14 Considerando as características das duas funções estudadas nas questões anteriores represente graficamente o resultado do modelo da questão 10 no plano D x Q 15 Faça um exercício de estática comparativa tanto a parte matemática quanto a gráfi ca supondo no modelo estudado entre as questões 10 e 15 que o investimento das empresas I tenha aumentado em 5 16 Explique economicamente por que a elevação do investimento na questão anterior gerou tais resultados sobre Q D e C 1 INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA I CONCEITOS INICIAIS Bibliografia Vasconcellos e Garcia 2008 cap 8 1 Métodos de análise econômica Ao longo da história das idéias econômicas 3 formas principais de olhar os fenômenos econômicos se consagraram Método do equilíbrio geral desenvolvido pelo francês León Walras 18341910 Procura observar a floresta a economia co mo um todo o agregado e cada uma das ár vores mercados específicos ao mesmo tem po Ponto forte Método completo Ponto fraco Pouco conclusivo Método microeconômico ou do equilíbrio parcial desenvolvido pelo inglês Alfred Marshall 18421924 Concentrase em uma ou poucas árvores mercados específicos e se despreocupa com a floresta a economia como um todo o agregado Método se assemelha ao uso do microscópio para dissecar em detalhes o comportamento de partes específicas da economia de certo lo cal Ponto forte minucioso detalhamento da análise amplia a sua precisão Ponto fraco risco de deixar de considerar na análise elementos importantes para a compreensão do fenômeno por estes se en contrarem fora do campo de observação 2 Método macroeconômico desenvolvido pelo inglês John M Keynes 18831946 Procura ver a floresta a economia como um todo o agregado sem se preocupar com as árvores mercados específicos Método se assemelha ao uso do telescópio para observar a longa distância o funciona mento do universo sistema econômico co mo um todo Ponto forte ampla visão de conjunto sistê mica Ponto fraco necessidade do uso de fortes hipóteses simplifica doras que suprimem certos detalhes microeconômicos vide abaixo Hipóteses simplificadoras típicas da Macroeconomia 1 Há apenas 5 mercados representativos produto trabalho moeda tí tulos financeiro moeda estrangeira divisas 2 A economia produz apenas um bem agregado ou representativo 3 Há um único mercado de trabalho a mão de obra é tratada como se fosse homogênea recebe o mesmo salário médio por hora de traba lho com produtividade média os diferenciais de salário são ignorados 4 O estoque de capital e portanto as empresas também são tratadas como se fossem homogêneos tamanho médio tecnologia média obtêm uma taxa de lucro média os diferenciais de taxa de lucro não são abordados 5 Há apenas um mercado de títulos financeiro a mesma taxa de juros média é aplicada a todos os devedores ignoramse diferenças de risco entre eles 2 Macroeconomia Definição A Macroeconomia consiste segundo Keynes 1936 pág 228 na Teoria da produção e do emprego como um todo agrega da Conforme Macedo e Silva 1999 pág 19 1 Noutros termos a Teo ria Macroeconômica procura analisar os fatores responsáveis pela determinação do volume de riqueza produzido no agregado em determinado local 1 Macedo e Silva AC Macroeconomia sem Equilíbrio Petrópolis Vozes 1999 3 Objetivos da macroeconomia Equilíbrio interno Crescimento acelerado da produção e da renda Distribuição de renda socialmente justa Pleno emprego Inflação zero ou baixa e estável Equilíbrio externo nas transações comerciais e financeiras com o exterior Possível existência de conflitos entre os vários objetivos Decisão final em tese da sociedade através do voto Principais instrumentos da política macroeconômica Política monetária medidas do governo que visam afetar a quanti dade de moeda e de crédito em circulação na economia bem como as taxas de juros Política fiscal medidas do governo concernentes ao estabelecimen to dos gastos governamentais e das alíquotas dos impostos com fi nalidade de afetar a situação do orçamento do governo Política cambial medidas do governo que visam afetar o valor da taxa de câmbio nominal Política comercial industrial medidas do governo voltadas a es timular ou desestimular as exportações eou as importações de cer tos bens e serviços como tarifas quotas subsídios etc Política de rendas reajuste de salários aluguéis e preços seguem norma estabelecida pelo governo visando o controle da inflção LISTA 1 Introdução Macroeconomia 1 Identifique os 3 principais métodos de análise econômica desenvolvidos ao longo da história econômica identificando os autores responsáveis pela sua introdução 2 Monte e preencha uma tabela com 4 colunas e 4 linhas sendo o título da primeira coluna na primeira linha ASPECTO e o das 3 remanescentes os nomes dos 3 mé todos de análise da questão anterior Nas linhas da primeira coluna coloque se quencialmente CARACTERÍSTICAS PONTO FORTE e PONTO FRACO 3 O que é agente representativo Em que sentido ele é usado para simplificar a aná lise macroeconômica 4 Liste as principais simplificações típicas empregadas pela Macroeconomia 5 Identifique os principais objetivos da Macroeconomia Diferencieos conforme se jam a internos ou externos b estruturais ou conjunturais 6 Liste e explique os principais instrumentos de política macroeconômica 7 Explique o que é um conflito de políticas Cite exemplos Questões conjunturais Questões estruturais 4 8 Indique que tipo de política macroeconômica as operações abaixo representam Redução da taxa de juros básica pelo banco central Aumento da alíquota de certo imposto visando ampliar a arrecadação governa mental Ampliação dos investimentos governamentais Aumento das transferências governamentais para o setor privado devido ao au mento do pagamento de aposentadorias do INSS decorrente por sua vez de um aumento do salário mínimo Aumento dos empréstimos do banco central ao sistema bancário privado opera ções de redesconto visando aumentar a quantidade de moeda em circulação Elevação do imposto de importação sobre bens industriais visando tornalos rela tivamente caros visàvis os produtos nacionais similares Redução do consumo governamental Compra de títulos da dívida pública pelo banco central visando aumentar a quanti dade de moeda em circulação Compra de dólares pelo banco central visando afetar o valor da taxa de câmbio Aumento das alíquotas do IOF Imposto sobre Operações Financeiras visando difi cultar a entrada de capitais estrangeiros no país e por esta via afetar a taxa de câmbio Congelamento de preços e salários Introdução à Macroeconomia II 1 FLUXOS E ESTOQUES 11 Definições a Fluxo variável medida como uma taxa por unidade de tempo Exemplos Produção de carrosano Consumo de uvasmês Fluxo de água em uma torneirahora Renda saláriomês b Estoque variável medida em um instante de tempo Exemplos Número de carros existentes no mundo às 1200 hs do dia 19081955 Quantidade de água na caixa dágua de minha casa à meianoite de hoje Quantidade de riqueza disponível na empresa X às 2400 h do dia 31122022 Observação fundamental distinção entre RENDA RIQUEZA e DINHEI RO Entre os leigos os conceitos de renda riqueza e dinheiro ou moe da costumam ser utilizados quase como sinônimos Na linguagem técnica contudo é fundamental distinguir claramen te entre esses conceitos Renda fluxo de pagamentos recebimentos feito como remu neração pelo uso de um fator de produção capital trabalho re cursos naturais Exemplos Saláriomês aluguelmês jurosmês royaltiesmês lu cros e dividendosano etc Riqueza ou patrimônio estoque de poder de compra acumu lado até certo momento é a soma de todos os bens e direitos em propriedade do agente econômico dinheiro contas bancá rias aplicações financeiras diversas imóveis quotas de empre sas equipamento de capital estoques de mercadorias etc saída Água Estoque de produtos Capital fixo Dinheiro moeda apenas uma das múltiplas possíveis formas de aplicar a riqueza Contudo é a única que de fato é concreta o valor de todas as demais formas de riqueza é sempre estimado 12 Lei fundamental que rege as relações entre estoques e fluxos Os estoques mudam ao longo do tempo em função dos fluxos Ex caixa dágua Fluxo de Fluxo de entrada Estoque de água fluxo de entrada fluxo de saída Estoque Estoque final estoque inicial 13Aplicações à economia 131 Estoque de produtos produção e vendas Produção Vendas Estoque de produtos produção vendas Estoque Estoque final estoque inicial 132 Capital fixo investimento em capital fixo e depreciação PARA UMA EMPRESA Investimento Vendas kf Depreciação Capital fixo investimento vendas kf depreciação K fixo K fixo final K fixo inicial Obs 1 capital fixo máquinas equipamentos e construções com fina lidades produtivas 2 depreciação é a perda de valor dos bens de capi tal causados pelo desgaste físico ou obsolescência 3 investimento sentido macroeconômico aquisição de bens de capital fixo Riqueza patr líquido Dívida 133 Riqueza patrimônio líquido consumo renda poupança famili ar Consumo PARA UMA FAMÍLIA Renda Riqueza Patr líquido renda consumo poupança Riqueza Riqueza final Riqueza inicial Obs 1 renda soma dos rendimentos dos fatores de produção mão de obra capital de propriedade da família em questão menos as despesas com pagamentos a outros fatores de produção salários de empregados aluguéis pagos juros pagos etc 2 poupança renda não consumida não confundir com caderneta de poupança que é uma forma de aplica ção da riqueza 3 o estoque de riqueza pode ser mantido sob diversas formas dinheiro em espécie contas bancárias aplicações financeiras imóveis terras propriedade de empresas etc 134 Uma dívida empréstimos amortizações Novos empréstimos Dívida novos empréstimos amortizações Dívida Dívida final Dívida inicial Amortizações Obs 1 amortizações pagamentos de parcela da dívida exceto os juros 2 cuidado por vezes o termo empréstimos é usado como sinônimo de dívida caso em que ele representa um estoque e não um fluxo 2 ESTOQUES DE RIQUEZA DE DÍVIDAS E FLUXOS DE RENDA 21 ESTOQUES DE RIQUEZA E DÍVIDAS A estrutura patrimonial consiste na composição do estoque de riqueza que os agentes econômicos empresas governos famílias etc possu em bem como a forma pela qual a posse dessa riqueza é financiada O balanço patrimonial ou simplesmente balanço de um agente econômico é o demonstrativo contábil que mostra a estrutura da riqueza desse agente em um determinado instante de tempo Componentes fundamentais de um balanço patrimonial Ativo soma dos bens e direitos riqueza estoque de um agente Passivo soma das obrigações estoque de uma entidade contábil Patrimônio Líquido Ativo Passivo Riqueza líquida valores que os proprietários sócios eou acionistas têm aplicados em certo momento é o sobraria se vendessem todos os ativos pelo valor re gistrado em balanço e usassem os recursos obtidos para pagar to dos os passivos Equação patrimonial fundamental ATIVO PASSIVO PATRIMÔ NIO LÍQUIDO Exemplos Exemplo simplificado empresa imaginária Balancete simplificado da empresa fictícia GENÉRICA SA BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA GENÉRICA SA Em 31122022 Em R mil ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Caixa 10 Passivos Conta corrente 200 SaláriosINSS a pagar 250 Aplicações financeiras de curto prazo 200 Impostos a recolher 1000 Clientes 1500 Fornecedores 2000 Estoques de mercadorias 1340 Outras contas a pagar 500 Veículos máquinas e equi pamentos 3000 Dívidas de curto prazo 1000 Imóveis 4000 Dívidas de longo prazo 2000 Aplicações financeiras de longo prazo 1500 Patrimônio Líquido 5000 Total 11750 Total 11750 Exemplo de empresa real Vide Balanço da Petrobras SA LISTA 2 1 Contraponha as definições de fluxo e de estoques Exemplifique 2 Uva e água são fluxos ou estoques Por que 3 O que é riqueza 4 O que é renda 5 O que é dinheiro moeda 6 Escreva a lei fundamental que rege as relações entre estoques e fluxos 7 Considerando que em certo ano a produção e a venda de certo produto coincidi ram o que pode afirmar sobre o comportamento dos estoques desse produto en tre o início e o fim do ano 8 Certa empresa dispunha no início do período de 100 mil camisetas em estoque Calcule os estoques ao final do período supondo que a produção de camisetas no período seja de 10 mil camisetas e que as vendas atinjam 15 mil unidades R Ef 95000 camisetas 9 Um empresário considera que o estoque ideal de refrigerantes de certa marca seja de 55 mil litros Considerando que os estoques se encontram hoje em 75 mil litros e que ele espera vender 50 mil litros da marca ao longo dos próximos trinta dias calcule qual deveria ser o volume de produção durante o período para que os es toques atingissem o volume ideal R Q 30000 litros 10 O estoque de capital fixo de certa empresa no início de certo ano era de 10 mi lhões Considerando que a taxa anual de depreciação da mesma é de 4 ao ano que seu investimento naquele ano foi de 1 milhão e que as vendas de bens de capital foram de 100 mil calcule o valor do estoque de capital ao final do mesmo ano R Ef 105 milhões 11 Uma empresa possui capital fixo de valor igual a R 50 milhões Considerando que o mesmo se deprecia a uma taxa anual média de 10 e que o empresário não de seje vender nenhuma parte do mesmo calcule o valor dos investimentos necessá rios ao longo do ano para que a empresa mantenha o valor do seu estoque de ca pital fixo intacto desconsidere a inflaçãoR I 5 milhões 12 No início de certo ano Zequinha possuía uma riqueza patrimônio líquido de 10 mil Se a renda dele ao longo do ano foi de 105 mil e o consumo foi de 97 mil calcule sua riqueza ao final do ano R Ef 18 mil 13 Defina estrutura patrimonial e balanço patrimonial 14 Conceitue a ativo b passivo c patrimônio líquido 15 Liste alguns dos principais ativos e passivos que costumam aparecer no Balanço Patrimonial de uma empresa 16 Explique no que consiste a consolidação do balanço patrimonial de vários agentes Introdução à Macroeconomia III 1 FLUXOS DE RENDA A RECEITA BRUTA de um agente econômico consiste no somatório de todas as rendas que ele aufere a partir da sua riqueza ativos A RENDA LÍQUIDA consiste na receita bruta menos as despesas decor rentes das suas obrigações passivos e patrimônio líquido O Demonstrativo de Resultados de um agente econômico é o de monstrativo contábil que mostra a formação da sua renda líquida em um determinado período de tempo DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DA EMPRESA GENÉRICA SA Exercício contábil de 2022 Receita Bruta de Vendas 4020 Impostos indiretos 1005 Custo das Mercadorias Produzidas 740 Despesas administrativas e de vendas 288 Juros recebidos de vendas a prazo 750 Juros recebidos s aplicações financeiras curto e longo prazo 510 Juros pagos sobre compras a prazo 600 Juros pagos s dívidas curto e longo prazo 1200 Depreciação máquinas equipamentos veículos e imóveis 280 Imposto de renda PJ 292 Dividendos 400 Lucro acumulado Renda líquida 475 Obs os lucros acumulados em um período integram o patrimônio lí quido do período seguinte Assim no caso do exemplo a partir de 2012 o Balanço Patrimonial da empresaexemplo passaria a mostrar um Patrimônio Líquido de 5475 5000 herdados do período ante rior 475 lucro acumulado no período anterior 2 DO AGENTE INDIVIDUAL À MACROECONOMIA Para visualizar como se dão as relações entre fluxos de renda e esto ques de riqueza em uma economia podemos construir Balanços Pa trimoniais e Demonstrativos de Resultados consolidados1 para alguns conjuntos de agentes fundamentais quais sejam 1 Denominase consolidação ao processo contábil mediante o qual os ativos e passivos em comum entre os agentes econômicos que tomam parte no processo de consolidação são cancelados Para um belo J Governo Salários lucros distribuídos Consumo das famílias Importações Investimento das empresas Exportações Empresas J J Consumo Investimento do governo Impostos Impostos Impostos Famílias J Sist Financeiro Resto do Mundo Famílias Empresas nãofinanceiras empresas Sistema financeiro bancos Governo federal estaduais municipais Resto do mundo famílias empresas produtivas sistemas bancários e governos no exterior Como Toda compra tem como contrapartida uma venda Todo pagamento tem como contrapartida um recebimento Seguemse duas propriedades fundamentais O ativo de um agente é necessariamente o passivo de outro tipo de agente e viceversa todo componente do Balanço Patrimonial de um agente tem como contrapartida um componente no Balanço Patrimonial de outro A despesa de um agente é a receita de outro e viceversa todo componente do Demonstrativo de Resultados de um agente tem como contrapartida um componente no Demonstrativo de Resulta dos de outro agente Circuito rendadespesa Demonstrativos de Resultados versão sim plificada Com algumas hipóteses simplificadoras é possível descrever o fun cionamento das relações entre os agentes fundamentais As setas representam o sentido das despesas J Juros Transferências do governo p famílias exemplo no campo da Macroeconomia vide Simonsen MH e Cysne RP Macroeconomia São Paulo Atlas 1995 2ª edição cap3 itens 31 a 35 LISTA 3 1 Quais são os principais grupos de agentes em uma economia capitalista 2 Explique no que consiste a consolidação do balanço patrimonial de vários agentes 3 O que são os fluxos de pagamento de renda de uma economia Qual é sua relação com o demonstrativo contábil de resultados 4 Conceitue diferenciando receita bruta e renda líquida 5 Liste alguns dos principais itens de receita e de despesa que costumam aparecer no Demonstrativo de Resultados de uma empresa 6 Explique por que a todo ativo de um agente encontra contrapartida no passivo de outro agente e viceversa b toda despesa de um agente encontra contrapar tida na receita de outro agente e viceversa 7 Explique as relações de gasto e formação de renda no circuito rendadespesa Re faça a ilustração Introdução à Contabilidade Social I Bibliografia básica Vasconcellos e Garcia 2008 cap 9 1 Introdução à Contabilidade Social Contabilidade é a ciência que estuda como contabilizar contar a riqueza das diversas entidades famílias empresas governos ou mesmo economias como um todo e suas variações Contabilidade Social ou Nacional É o ramo da contabilidade especia lizado em contabilizar a riqueza da economia como um todo Para tanto faz uso de diversos agregados macroeconômicos Agregados macroeconômicos são os principais indicadores do desempenho macroeconômico de uma economia Exemplos PIB Produto Interno Bruto RPD Renda Pessoal Disponível Consumo Investimento Gastos governamentais Exportações Importações Etc Os principais instrumentos de mensuração da Contabilidade Social são Sistema de Contas Nacionais registra as relações econômicas que geram renda no país no Brasil feito pelo IBGE Balançoa de Pagamentos registra as relações entre o país e o ex terior Banco Central Matriz InsumoProduto registra as relações interssetoriais da eco nomia nacional IBGE Contas do Sistema Monetário consolida os indicadores de evolu ção da quantidade de moeda crédito e aplicações financeiras Ban co Central Indicadores de Distribuição de Renda permitem medir a evolução do grau de concentração da renda pessoal ao longo do tempo exemplo índice de Gini Indicadores de Desenvolvimento Humano IDH permitem obter um indicador sintético para comparar o desempenho dos vários paí ses ou regiões em termos da evolução de seus indicadores sócio econômicos principais Origem das identidades contábeis e das definições dos agregados ma croeconômicos hoje utilizados em todo o mundo Keynes 1936 cap 6 System of National Accounts SNA versão 1993 da ONU 2 As três óticas de mensuração do PIB a identidade produto renda despesa Para poder medir adequadamente a riqueza a variávelchave é o fluxo de produção ou produto agregada o de uma economia em certo período Ou em terminologia mais técnica o chamado PIB PIB Produto Interno Bruto valor agregado de todos os bens e servi ços produzidos por certa economia em dado período de tempo Problemas a resolver no cálculo do PIB 1 Impossibilidade de somar quantidades físicas heterogêneas dire tamente Solução medilas em unidades monetárias Novo problema distinguir variações nos preços das variações nas quantidades físicas necessidade de deflacionar as variá veis vide próximas aulas 2 Problema da dupla contagem Exemplo economia fechada e sem governo 3 setores cada um com uma empresa Setor 1 extração de areia Setor 2 produção de concreto Setor 3 produção de casas Ao final de certo ano suponha que todos os bens primários areia e in termediários cimento que tenham sido produzidos em um setor te nham sido comprados por outro e que todas as casas bens finais que tenham sido produzidas tenham sido vendidas Obs ao supor que toda a produção foi vendida estamos supondo que não houve acúmulo de estoques de bens nãovendidos Setor Compras Valor Produ ção Vendas Areia 100 100 p setor 2 Concreto 100 do setor 1 1200 1200 p setor 3 Casas 1200 do setor 2 6000 6000 p consumidores finais Consumidores finais 6000 do setor 3 Totais Valor total das compras 7300 Valor Bruto da Produção 7300 Valor total das ven das 7300 Valor Bruto da Produção VBP somatório do valor de tudo o que foi produzido na economia em certo período VBP consumo intermediário valor dos bens finais Consumo intermediário 100 1200 1300 Valor dos bens finais 6000 Perceba porém que ao final do ano a economia não tem à sua dispo sição 7300 pois os bens primários e intermediários areia e cimento foram agregados no valor das casas e portanto estão sendo contados várias vezes Portanto se quisermos medir a produção evitando o problema da du pla contagem do valor dos insumos bens primários e intermediários precisamos considerar apenas o valor dos bens finais pois estes já in cluem o valor dos bens primários e intermediários utilizados em sua produção Contudo os estoques de bens primários e intermediários que não foram utilizados na produção durante o período podem ser utiliza dos nos períodos seguintes são contabilizados como bens finais ao final do período Também os bens de capitalinvestimento máquinas equipa mentos construções devem portanto ser contabilizados como bens finais São portanto bens finais para efeito da contabilização do PIB Bens de consumo Bens de investimento e Estoques de produtos finais ou não 21 Cálculo do PIB segundo a ótica da despesa PIB valor da produção dos bens finais valor bruto da produção consumo intermediário Despesa Interna Bruta A ótica da despesa avalia o PIB considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram des truídos absorvidos como insumo na produção de outros bens e serviços Portanto o PIB da economia na situação anterior será PIB Vendas de bens finais variação de estoques 6000 0 6000 A venda de bens finais pode ser dividida em vários componentes onde Y C I G X M Y PIB C consumo privado famílias I investimento empresas Formação Bruta de Capital fixo FBKF Va riação de Estoques FBKF compra de máquinas equipamentos e realização de construções G gastos governamentais federal estaduais municipais com aquisição de bens de consumo e de investimento X exportações de bens e de serviços M importação de bens e de serviços Ou contabilizando o PIB no caminho inverso PIB VBP consumo intermediário 7300 100 1200 6000 PIB BRASIL 2012 Valor e composição Componente do PIB Valor R bilhões do PIB Consumo privado 2744 62 Consumo governo 945 21 FBKF 799 18 Estoques 22 05 X 553 13 M 616 14 Total PIB Y 4403 100 Fonte IBGESistema de Contas Nacionais 2013 No ranking do PIB absoluto Brasil 6º7º lugar mas o que importa mesmo para o bem estar da população é o chamado PIB per capita PIBpopulação Brasil apenas 53º75º do mundo entre 183 países considerados Fonte FMI 2012 22 Cálculo do PIB segundo a ótica do produto ou do valor adicionado PIB Valor Adicionado Bruto soma do valor adicionado pelo proces so de produção em cada unidade produtiva O valor adicionado em cada setor produtor é o valor da produção deste setor menos o valor das compras do mesmo Setor Compras Valor Produ ção Vendas Valor adicionado Areia 100 100 0 100 Concreto 100 do setor 1 1200 1200 100 1100 Casas 1200 do setor 2 6000 60001200 4800 Totais Valor total das compras 7300 Valor Bruto da Produção 7300 Valor total adicionado PIB 6000 Perceba que o valor adicionado total soma do valor adicionado nos 3 setores também é igual ao produto agregado 100 1100 4800 6000 Fonte IBGE 2012 23 Cálculo do PIB segundo a ótica da renda PIB Renda Interna Bruta soma das remunerações pagas a todos os fatores de produção no período Para transformar areia em concreto foi preciso usar mão de obra e capital máquinas equipamentos etc que são remunerados na forma de salários e lucros simplificação pois se desconsiderou a atuação do governo e do setor externo A remuneração desses fatores em cada setor constitui exatamente o valor adicionado naquele setor o mesmo ocorre nos demais seto res Portanto no caso de nosso exemplo simplificado a soma de salários e lucros para toda a economia corresponderá necessariamente ao valor adicionado total e portanto ao valor do PIB Voltemos à situação inicial Setor Valor adicionado renda Salários pagos Lucros ob tidos Areia 100 0 100 35 65 Concreto 1200 100 1100 300 800 Casas 60001200 4800 1800 3000 Totais Valor Adicionado Bruto 6000 2135 3865 No caso mais geral de uma economia aberta e com governo o PIB cor responde a Y WN L T RLE onde WN massa ou folha de salários da economia L lucros brutos ou excedente operacional brutosoma de to dos os tipos de remuneração do capital físico ou financeiro obti dos pelas empresas lucros propriamente ditos juros aluguéis divi dendos etc T Renda líquida do governo Impostos diretos impostos indire tos subsídios outras receitas líquidas transferências governa mentais de renda para famílias e empresas como bolsafamília aposentadoria do INSS juros sobre a dívida pública interna etc RLE renda líquida enviada ao exterior vide definição abaixo Perceba que ela não é excluída do cálculo do PIB mesmo com a renda de fato não ficando no país Portanto considerando todas as 3 óticas de mensuração do PIB PRODUÇÃO DESPESA RENDA Produto Interno Bruto Despesa Interna Bruta Renda Interna Bruta 3 Critérios alternativos para o cálculo do Produto de uma economia Há 3 perguntas básicas sobre o cálculo do Produto Despesa Renda Valor Agregado de uma economia que geram diferentes critérios de aferição de seu valor Além da renda gerada no país deve ser computada a renda enviada ou recebida do exterior nãoresidentes A depreciação deve ou não ser incluída do cálculo Impostos indiretos e subsídios governamentais devem ou não ser incluídos 31 Produto Interno Bruto PIB x Produto Nacional Bruto PNB O cálculo do PIB inclui toda a renda gerada em uma economia ainda que ela tenha sido apropriada por nãoresidentes Já o cômputo do PNB exclui a parte da renda enviada ao exterior e in clui a parte da renda recebida do exterior Para calcular o PNB precisamos dos seguintes conceitos auxiliares Renda bruta enviada ao exterior RBE inclui todas as rendas pagas pelos residentes na economia aos nãoresidentes como juros lu cros remetidos dividendos aluguéis salários etc Exemplos Juros sobre um empréstimo que uma empresa privada localizada no país tomou de um banco localizado no exterior Lucros que a filial de uma empresa multinacional localizada no país remeteu a sua matriz no exterior Renda bruta recebida do exterior RBR inclui todas as rendas rece bidas pelos residentes na economia dos nãoresidentes como juros lucros distribuídos dividendos aluguéis salários etc Exemplos Lucros remetidos pela filial de uma multinacional brasileira loca lizada no exterior para sua matriz no Brasil Juros recebidos pelo governo brasileiro de uma aplicação finan ceira feita por ele em um banco localizado no exterior A renda líquida enviada ao exterior RLE é a diferença entre ambas RLE RBE RBR Perceba que se RBE RBR RLE 0 e RBR RBE RLE 0 Daí temse a definição formal do PNB PNB PIB RLE O PNB portanto diferentemente do PIB só inclui a parcela da renda que efetivamente fica no país Perceba que se RBE RBR RLE 0 PNB PIB e RBR RBE RLE 0 PNB PIB Em 2011 no Brasil RLE R 33 bilhões 08 do PIB PNB e PIB quase iguais Redefinese de forma similar Despesa Nacional Bruta Despesa Interna Bruta RLE Renda Nacional Bruta Renda Interna Bruta RLE 32 Produto Interno Bruto PIB x Produto Interno Líquido PIL Uma parcela significativa da renda da economia é utilizada para repor a depreciação do seu capital fixo máquinas equipamentos constru ções Como alguns tipos de análises requerem a exclusão do montante de depreciação é conveniente lidar também com o conceito de Produto Interno Líquido PIL Produto Interno Bruto PIB Deprecia ção Redefinese de forma similar Produto Nacional Líquido Produto Nacional Bruto Depreciação Despesa Interna Líquida Despesa Interna Bruta Depreciação Valor Adicionado Líquido Valor Adicionado Bruto Depreciação Renda Interna Líquida Renda Interna Bruta Depreciação Despesa Nacional Líquida Despesa Nacional Bruta Depreciação Renda Nacional Bruta Renda Nacional Bruta Depreciação Investimento Líquido Investimento Bruto Depreciação Poupança Líquida Poupança Bruta Depreciação Etc 33 PIB a preços de mercado PIBpm x PIB a preços básicos PIBpb1 Os preços de mercado das mercadorias refletem não apenas seus cus tos privados de produção mas também a ação do governo que afeta os preços através da cobrança de impostos indiretos e de subsídios Impostos diretos ID impostos incidentes sobre renda ou riqueza Brasil IRPF IRPJ IPTU etc Impostos indiretos II impostos incidentes sobre a produção ou comercialização de bens e serviços Brasil ICMS IPI etc Subsídios Sub imposto indireto negativo ou seja crédito de imposto concedido pelo governo visando estimular a produção eou reduzir os preços de certas categorias de produtos 1 Também denominados a custo de fatores PIBcf Alguns tipos de análises requerem considerar como seria o comporta mento do PIB sem o efeito de impostos indiretos e subsídios Nestes casos convém usar o conceito de PIB a preços básicos PIBpb PIBpb PIBpm II Sub Redefinese de forma similar PNBpb PNBpm II Sub PILpb PILpm II Sub Renda Interna Líquidapm Renda Interna Líquidapm II Sub Consumopb Consumopm II Sub Etc Quando a fórmula de cálculo do agregado macroeconômico não estiver explícita admita que ele esteja sendo calculado a preços de mercado LISTA 4 Contabilidade Social 1 O que é Contabilidade Social ou Nacional 2 O que são agregados macroeconômicos 3 Identifique e explique os principais instrumentos de mensuração da Contabilidade Social 4 Qual é a origem teórica das identidades contábeis e das definições dos agregados macroeconômicos hoje empregados no mundo todo 5 O que é PIB 6 Considere uma economia que fechada e sem governo que produza apenas os pro dutos abaixo enunciados Imagine que os preços médios e as quantidades totais produzidas de cada um desses produtos no ano t também tenham sido os abaixo especificados Preços ano t Quantidades ano t Soja 309Kg 15x106 ton Minério de ferro 55787ton 43x106 ton Aço laminado 3587591ton 72x105 ton Supondo ausência de variação de estoques então a Calcule o VBP b Considerando a soja e o aço produtos finais e o minério de ferro um bem de consumo intermediário integralmente utilizado como insumo na produção do aço calcule o PIB pela ótica da despesa b1 pela diferença entre VBP e consumo intermediário b2 pela soma das despesas com bens finais inclusive variação de estoques c no contexto desse exercí cio explique porque o PIB constitui mensuração mais adequada do nível de produção agregado da economia em questão do que o VBP 7 Refaça o exercício anterior supondo que metade do valor da soja produzida tenha sido utilizada como insumo na produção da própria soja 8 Refaça o penúltimo exercício supondo que tenham ocorrido variações de estoques nas seguintes quantidades soja 15x104 ton minério de ferro 34x104 ton aço laminado 21x103 ton 9 Defina a consumo privado b investimento privado c formação bruta de capital fixo d serviços fatores e serviços nãofatores f exportações de bens e serviços nãofatores g importação de bens e serviços nãofatores h gastos governamen tais i Despesa Interna Bruta 10 Todos os gastos governamentais estão incluídos em G Por que 11 Por que é necessário deduzir o montante de importações do cálculo do PIB pela ótica da despesa 12 As empresas consomem Por que E as famílias investem Por que 13 Segundo qual ótica de mensuração a Despesa Interna Bruta é idêntica ao PIB Por que isso acontece 14 Suponha que em bilhões de unidades monetárias consumo privado 100 for mação bruta do capital fixo 25 gastos governamentais 20 exportações de bens e serviços nãofatores 15 importações de bens e serviços nãofatores 20 variações de estoques 5 Calcule a o investimento privado b o PIB pela ótica da despesa 15 Defina Valor Adicionado Bruto Segundo qual ótica ele é idêntico ao PIB Por que isso acontece 16 Refaça o cálculo do PIB dos exercícios 8 e 10 pela ótica da produção ou valor adi cionado 17 Defina a massa ou folha de salários b excedente bruto operacional c renda lí quida enviada ao exterior d renda líquida do governo e transferências do gover no ao setor empresas f Renda Interna Bruta 18 Segundo qual ótica a Renda Interna Bruta é idêntica ao PIB Por que isso acontece 19 Considere uma economia fechada e sem governo que produza apenas 2 produtos areia e cimento Suponha ainda que no período sob análise não houve formação de estoques e que toda a areia produzida foi empregada como insumo na produção do cimento Calcule o PIB pelas óticas do produto valor adicionado e pela ótica da renda supondo adicionalmente que a a massa folha de salários foi de 375 bi lhões no setor de cimento e de 625 bilhões no de areia b o excedente operaci onal bruto foi de 10375 bilhões no setor de areia e de 27525 bilhões no setor de cimento 20 Considere uma economia que em certo período tenha apresentado os seguintes valores para certos agregados macroeconômicos massa salarial 10 mil exce dente operacional bruto 30 mil renda bruta enviada ao exterior 5 mil ren da bruta recebida do exterior 7 mil renda líquida do governo 9 mil Transfe rências governamentais para empresas 1 mil Calcule a Renda Interna Bruta e o PIB pela ótica da renda no período em questão 21 Considere uma economia que em certo período tenha apresentado os seguintes valores para agregados macroeconômicos selecionados em bilhões de unidades monetárias M 446 E 30 X 410 WN 1126 FBKF 581 C 2226 G 874 Depreciação 325 RBR 126 T 854 Sub 37 RBE 132 II 150 Calcule a o investimento privado total b o PIB a Despesa Interna Bruta e a Renda Interna Bruta a preços de mercado e a custo de fatores c o excedente bruto operacional d o Produto Interno Líquido a Despesa Interna Líquida e a Renda Interna Líquida tanto a preços de mercado quanto a custo de fatores e o Produto Nacional Bruto a Despesa Nacional Bruta e a Renda Nacional Bruta tanto a preços de mercado quanto a custo de fatores e f o Produto Nacional Líquido a Despesa Nacional Lí quida e a Renda Nacional Líquida tanto a preços de mercado quanto a custo de fa tores Introdução à Contabilidade Social III 1 Variáveis reais e variáveis nominais Definições Variáveis nominais ou a valores correntes são as variáveis que são informadas seja na forma de unidades monetárias seja na forma de sem descontar os efeitos das variações do índice geral de preços Exemplos PIB nominal investimento e poupança nominais consumo no minal lucro nominal taxa de juros nominal taxa nominal de câmbio etc Variáveis reais ou a valores constantes são as que consideram em seu cálculo o poder de compra das variáveis medido pelas vari ações do índice geral de preços Exemplos PIB real investimento e poupança reais consumo real lucro re al salário real taxa real de juros taxa real de câmbio etc Índice de preços P tratase de um índice que indica o comporta mento médio dos preços de certa economia Os preços em questão são os dos fluxos de novos bens e servi ços e não os de bens e serviços anteriormente produzidos NÃO estão incluídos os preços dos ativos imóveis ações e outros ati vos financeiros taxa de câmbio etc Estes podem afetar apenas indiretamente o índice 3 famílias diferentes de índices de preços Índices gerais de preços IGPs bens de consumo e de inves timento Índices de preços ao consumidor IPCs apenas bens de con sumo Deflator implícito do PIB inclui os preços de todos os bens que compõem o PIB Os índices de preços ainda se diferenciam no que concerne À captação de preços apenas no atacado ou também no vare jo À cesta de bens considerada no cálculo bens e serviços inclu ídos ou não e pesos diferentes de cada item conforme a faixa de renda considerada Aos locais onde a pesquisa foi feita Taxa de inflação é a taxa de variação do índice de preços consi derado Pt Pt1 t Pt1 Pt Pt11t Pt Pt1 t Pt1 x100 Cuidado com a confusão entre queda ou aumento de preços e queda da inflação Queda dos preços o nível geral de preços cai há deflação Queda da inflação a velocidade de aumento do nível geral de preços cai há desinflação Aumento dos preços o nível geral de preços aumenta há in flação Aumento da inflação aumenta a velocidade de crescimento do nível geral de preços REGRA FUNDAMENTAL COMPARAÇÕES DE VARIÁVEIS NOMINAIS EM DIFERENTES MOMENTOS DO TEMPO NÃO TÊM SENTIDO POIS COMPARAM VALORES MEDIDOS EM UNIDADES MONETÁRIAS COM PODER DE COMPRA DIFERENTES Em períodos inflacionários uma unidade monetária perde valor a cada dia que passa O contrário se dá em períodos de defla ção A distorção será diretamente proporcional à taxa de inflação ou de deflação do período analisado Exemplo1 se em determinado ano os salários nominais crescem 5 mas os preços crescem em média 10 inflação o poder de compra dos salários ou salário real terá caído Exemplo2 se em determinado período os lucros nominais caem 3 mas os preços caem em média 5 deflação o poder de compra dos lucros lucro real terá de fato subido Portanto para tornar os valores comparáveis é preciso submetêlos antes a um procedimento de deflacionamento Este consiste em recalcular a variável considerada em termos de uma única unidade monetária de valor constante Exemplo Reais do ano de 2010 Neste caso dizemos que 2010 é o ano escolhido como refe rência para o deflacionamento todos os valores serão corri gidos de forma que representem o mesmo poder aquisitivo que um real tinha em 2010 2 Índice de preços e taxa de inflação a Cálculo da taxa de inflação a partir do índice de preços Período IGPDI Ago1994100 Taxa de inflação t Pt Pt1 100 P t1 2008 3929434 2009 3999825 3999825 3929434 100 179 3929434 2010 4222918 4222918 3999825 100 558 3999825 2011 4582786 4582786 4222918 100 852 4222918 Fonte IPEADATA março2012 b Cálculo do índice de preços a partir da taxa de inflação Período Taxa de inflação IPCA Índice de preços Pt Pt11t nov2010 05200052 100 100 995025 1 00050 10050 dez2010 05000050 1000000 jan2011 05600056 100100056100100561005600 fev2011 04500045 100560010004510056100451010125 Fonte IPEADATA março2012 3 Deflacionamento de valores propriamente dito a Exemplo 1 Deflacionarinflacionar tomando por referência a unidade monetária de um período intermediário dez 2011 Perí odo Dívidas da empresa X a preços cor rentes R milhões IGPDI jan 2012100 Dívidas da empresa X a preços cons tantes de dezembro de 2011 R mi lhões out 2011 37257 992381 1001600 x37257 37603 992381 nov 2011 35516 997343 1001600 x35516 35668 997343 dez 2011 35597 1001600 1001600 x35597 35597 1001600 jan 2012 35651 1000000 1001600 x35651 35708 1000000 Fev 2012 35670 1002992 1001600 x35670 35620 1002992 Fonte IPEADATA março2012 b Exemplo 2 Deflacionar para a unidade monetária do início do período 2010 Perí odo Salário Míni mo a preços correntes R IPCA 2011100 Salário Mínimo a preços constantes R constantes de 2010 2010 51000 944206 944206 x51000 51000 944206 2011 54417 1000000 944206 x54417 51381 1000000 2012 62200 1065031 944206 x62200 55144 1065031 Fonte IPEADATA 2012 c Inflacionar valores para a unidade monetária do período final 2012 Perí odo PIB a preços correntes Brasil R milhões Defla tor im plícito do PIB 1990 100 PIB do Brasil a preços constantes de 2012 R milhões 2010 318512500 20708 23973 x318512500 368731899 20708 2011 367496400 22412 23973 x367496400 393092593 22412 2012 414301300 23973 23973 x414301300 414301300 23973 Fonte IPEADATA 2012 LISTA 6 Contabilidade Social 1 Defina variáveis a nominais b reais Qual delas é fundamental para a análise econômica Por que 2 Os preços de qualis mercadorias devem ser considerados no cômputo do poder de compra de certa variável Por que 3 Explique o que é um índice de preços Que tipos de bens têm os preços considera dos em seu cálculo e que tipos de bens não os têm 4 Indique as três famílias de índices de preços existentes e explique as principais di ferenças entre eles 5 Que outros aspectos diferenciam os índices de preços além dos considerados na questão anterior 6 Pesquise as características dos principais índices de preços existentes no Brasil 7 O que é a taxa de inflação 8 Qual é o significado de uma taxa de inflação negativa E de uma positiva 9 Johnny Badguess observou que o lucro da filial de sua empresa no Brasil aumentou 15 nos últimos 4 anos sentindose satisfeito com o resultado A percepção de Johnny está correta Dica pesquise o comportamento da inflação acumulada nos últimos 4 anos no Brasil pelo IPCA por exemplo para responder adequadamen te à questão 10 Em certo país o candidato da situação na eleição presidencial anunciou entre os grandes feitos de seu partido um aumento acumulado no salário mínimo de 150 em 4 anos Considerando que a inflação média anual no mesmo período foi de 40 devemos acreditar na propaganda do candidato Por que 11 Helmuth Kaput fez uma aplicação financeira a uma taxa de juros nominal de 10 ao ano durante 5 anos Se a taxa acumulada de inflação nesse período foi de 70 Helmuth ganhou ou perdeu dinheiro Por que 12 Encontre no site do IPEADATA a série InflaçãoIGPOG aa de 1970 a 2022 Bai xe a planilha eletrônica correspondente e calcule os índices de preços tomando como ano base o ano de 1970 13 No exercício anterior recalcule os índices de preços tomando por anobase agora o ano de 2022 14 Repita o procedimento do exercício 12 para a série Inflação IPCA aa 1980 2022 tomando por base o ano de 2000 15 Encontre no site do IPEADATA a série Preço médio recebido pelo produtor caju índice agosto de 1994 100 de 1980 a 20232 Baixe a planilha eletrônica cor respondente e calcule a taxa de variação mensal dos preços do caju 16 Usando os índices de preços gerados no exercício 14 transforme os valores corren tes abaixo em valores constantes a de 2018 b de 2020 c de 2022 Ano Valores correntes R 2018 115239497 2019 132599743 2020 151241432 2021 175054675 2022 200271788