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SEQUÊNCIA DIDÁTICA GÊNERO CRÔNICA TURMA 7º ANO PROFª SIRLÉIA ROCHA 1 APRESENTAÇÃO DO GÊNEROTEMA ATIVIDADES MATERIAL AULAS Realizar uma avaliação diagnóstica para saber o que os alunos já sabem sobre o gênero crônica Levantar questões como 1 Quem costuma ler crônicas as lê em jornal revista ou em blogs da internet 2 Quem já ouviu crônicas em programas de rádio ou televisão 3 De modo geral de quais assuntos tratam essas crônicas Falar sobre o aspecto geral do gênero Dividir a classe em grupos Entregarlhes um jornal uma revista e um livro de crônicas A tarefa do grupo será folhear ler esses materiais e escolher uma crônica para apresentar aos colegas Convidar cada grupo a retomar a sua crônica procurando identificar o assunto a época em que foi escrita a relação entre o tema e a linguagem usada pelo autor refletindo o espírito e a realidade do seu tempo Finalizar esta etapa comentando sobre as situações de comunicação em que as crônicas costumam ser produzidas ou seja com que finalidade para quem onde circulam e em que suportes são encontradas características etc Orientalos a desenvolverem um olhar atento e sensível aos fatos do dia a dia como por exemplo um morador de rua solitário na calçada a forma de o feirante atrair os compradores um encontro no ônibus o futebol na rua ou algo que lhes desperte a curiosidade CADERNO SLIDE JORNAL REVISTA LIVRO 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA Aspectos da crônica no Brasil uma reflexão crítica de Willian Valetine Redmond A evolução da crônica como gênero nacional de André Simões Gomes 2 PRODUÇÃO INICIAL ATIVIDADES MATERIAL AULAS A escolha de um assunto de uma situação e o tom da narrativa Retomar o assunto sobre as observações e reflexões do olhar atento e sensível do cotidiano Selecionar e trabalhar com a crônica Negócio de Menino de Rubem Braga 1 Perguntar o que os alunos sabem sobre o autor 2 Apresentar algumas informações sobre quem foi Rubem Braga 3 Explorar através de perguntas o título Negócio de Menino 4 O que o título sugere 5 Pelo título dá para imaginar o assunto da crônica 6 Que situação vocês acham que essa crônica vai retratar Em seguida os alunos irão ler a crônica Negócio de Menino de Rubem Braga Após a leitura silenciosa fazer leitura em voz alta e em seguida tecer comentários sobre a crônica Negócio de Menino 1 O que acharam da crônica 2 Alguém já viveu uma situação como a descrita na crônica Ou conhece outra pessoa que vivenciou algo parecido 3 Há algo que ficou difícil de entender Caso encontrem dificuldade em alguma palavra ou expressão ao lerem a crônica os alunos devem procurar o seu significado no dicionário poderá utilizar um dicionário virtual Pedir aos alunos que fiquem em silêncio por um ou dois minutos e pensem nos lugares que frequentam nas pessoas com as quais convivem nos assuntos que estão circulando na cidade na comunidade em algo que tenha ocorrido no dia a dia deles e chamado a atenção Dessa observação cada um deles escreverá uma crônica Em seguida incentiveos a compartilhar com o grupo a situação que identificaram mentalmente À medida que os alunos falam anotaremos os fatos lembrados Terminada a lista mostraremos que todos conseguiram agir como verdadeiros cronistas Olharam os fatos corriqueiros da cidade agora escolherão um episódio a respeito do qual querem escrever individualmente uma crônica O próximo passo será escolher o tom poético bemhumorado crítico lírico com que vão narrar o tema e optar pelo foco narrativo na primeira pessoa autorpersonagem ou na terceira pessoa autor observador Daremos um tempo para escolherem o tom e o foco narrativo que mais lhes agrade em seguida pediremos a cada um deles que escreva uma crônica Caderno Dicionário SLIDE Cópia da crônica Negócio de Menino Anexo 7 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA Revisitando a Crônica Brasileira a condição do cronista de Priscila Rosa Martins Crônica uma intersecção entre o jornalismo e literatura de Yolanda Maria Muniz Tuzino 3 OFICINAMÓDULO 1 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Dividir a classe em pequenos grupos Leitura da crônica Brincadeira de Luís Fernando Veríssimo Apresentar algumas informações sobre quem foi Luís Fernando Veríssimo Assistir ao vídeo Brincadeira Depois da leitura cada grupo discutirá entre si as seguintes questões 1 Que sentimentos ou emoções a crônica nos despertou 2 A linguagem era atual 3 Qual o assunto 4 Qual a personagem ou personagens 5 O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador de fora 6 Atividade de compreensão e interpretação do texto Anexo 8 Analisar o jeito de narrar que o cronista utilizou para captar o acontecimento e provocar reflexão eou crítica adotou um tom sério compenetrado usou humor fez rir foi irônico insinuando que as palavras dele significavam o contrário do que diziam ou valeuse de lirismo fazendo comparações e metáforas poéticas Após essa discussão será organizada uma roda de conversa em que um representante de cada grupo possa apresentar comentários Em seguida fazer um quadro Anexo 1 em papel ou na lousa e preencher os campos junto com a turma Pedir que os alunos façam pesquisas sobre crônicas em livros jornais revistas sites e tragam alguns exemplos de notícias curiosas que circularam nos jornais impressos e virtuais que poderiam dar boas crônicas fotos de lugares da cidade em que as pessoas se encontram para bater papo praticar esportes etc Combinar para que tragam as crônicas selecionadas por eles na aula seguinte Sites para auxiliar na pesquisa wwwdominiopublicogovbr wwwreleiturascom wwwjornaldepoesiajorbr Caderno Jornal Dicionário Vídeo Cópia da crônica Brincadeira 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA A vida ao résdochão um estudo do gênero crônica de Joana Leopoldina De Melo Oliveira A vida ao résdochão Para gostar de ler crônicas Antônio Cândido Risco e riso na crônica brasileira contemporânea traços de uma identidade nacional de Teresa Cristina Da Costa Neves 4 OFICINAMÓDULO 2 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Pedir aos alunos que comentem e tomem nota dos tópicos abaixo a respeito das crônicas trazidas de acordo com o combinado na oficina 1 1 Dados do autor e tema da crônica 2 Veículo em que foi publicada e a que tipo de leitor se destinou 3 O tom da escrita bemhumorado poético irônico reflexivo sério Leitura da crônica Pneu Furado de Luís Fernando Veríssimo Anexo 2 Trabalharemos com o discurso direto e indireto a partir da crônica Pneu Furado Pedir aos alunos que identifiquem os elementos que todas as crônicas pesquisadas por mais diferentes que sejam têm em comum Cartaz Anexo 3 com os elementos contidos em uma crônica pedir para os alunos preencherem 1 Título sugestivo 2 Cenário curioso 3 Foco narrativo ou seja o autor escolhe o ponto de vista que vai adotar escreve na primeira pessoa eu vi eu fiz eu senti e se transforma em parte da narrativa é o autor personagem ou fica de fora e escreve na terceira pessoa ele fez eles sentiram é o autor observador 4 Uma ou várias personagens inventadas ou não o autor pode ser uma delas 5 Enredo isto é narra um momento um acontecimento um episódio banal do cotidiano e a partir daí passa uma ideia provoca uma emoção 6 Tom que pode ser poético humorístico irônico ou reflexivo 7 Linguagem coloquial uma conversa com o leitor 8 Desfecho Dividir os alunos em grupos e pedir que escolham o tema de uma notícia de jornal e escrevam um parágrafo de uma crônica Execução do exercício gênero em foco Anexo 3A Papel Cartão Caderno Jornal Cópia da crônica Pneu Furado de Veríssimo 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 p195 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho FIGURAS DE LINGUAGEM TEXTO NO ANEXO 6 5 OFICINAMÓDULO 3 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Os recursos do cronista Exibir o vídeo Deciframe ou te devoro da série Palavra Puxa Palavra sobre figuras de linguagem Esclarecer para a turma que embora o vídeo ressalte a escrita de poemas os recursos semânticos também ajudam muito na produção de uma boa crônica Exibir cartaz com as principais figuras de linguagem ANEXO 6 Explicar aos alunos que as figuras de linguagem são recursos utilizados pelos autores para realçar uma ideia Dizerlhes também que um bom cronista tem dois instrumentos básicos o olhar e a linguagem Com o olhar ele reconhece o acontecimento o momento que merece ser preservado e que os outros nem notam com a linguagem retrata a situação e as figuras de linguagem o ajudam a fazer isso com sucesso Exercícios sobre figuras de linguagem Anexo 9 1 Vamos testar se você entendeu o que apresentamos acima Em que frases se encontram exemplos de metáfora a Sejamos simples e calmosComo regatos e as árvores Fernando Pessoa b Oh Que saudades que tenhoDa aurora da minha vida Casimiro de Abreu c O poema é como um gole dágua bebido no escuro Mário Quintana d aqueles homens são cães sem plumas João Cabral de Melo Neto e Nas férias de dezembro vamos fazer uma viagem ao coração do Brasil Estas altas árvores são umas harpas verdes com cordas de chuva que tange o vento Cecília Meireles Caderno Vídeo Papel cartão 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho 6 OFICINAMÓDULO 4 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Trabalharemos com o texto Samba no pé Anexo 4 como exemplo de aprimoramento do texto 1 Como podemos reescrever esse texto para que as frases não sejam tão explicativas mas sugiram a emoção da autora despertando a imaginação envolvendo o leitor 2 Como é a Bela Vista É preciso ampliar um pouco as referências locais 3 Há passagens que se repetem e podem ser modificadas ou as repetições são necessárias 4 Alguns trechos podem ser reagrupados 5 As onomatopeias são precisas adequadas Poderíamos fazer uso do sambaenredo da escola 6 O título mostra que o texto falará sobre uma escola de samba ou sobre o carnaval mas instiga a imaginação do leitor Faz referência ao episódio central da crônica Depois de cada pergunta esperar os alunos se manifestarem Ao finalizar o debate apresentar a nova versão do texto Anexo 5 Explicar aos alunos os tipos de discursos discurso direto indireto ou indireto livre Exercício Analisando os tipos de discursos Escreva D para o discurso direto e I para discurso indireto Puxa você trocou o pneu para mim Como você conseguiu ficar assim perguntou a menina A filha disse ao pai que iria a formatura de sua amiga Clara Os alunos disseram que haviam terminado a tarefa Vocês já terminaram a atividade perguntou a professora A mulher disse ao oficial de justiça que não poderia comparecer a audiência A professora perguntou aos se eles já haviam terminado a atividade Irei a formatura de minha amiga Clara disse a filha ao pai Olha só o que vou fazer doutor disse o paciente Amanhã trabalharei até mais tarde perguntou o funcionário ao patrão Caderno Cópia do texto Samba no pé da Mariana 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho 7 PRODUÇÃO FINAL ATIVIDADES MATERIAL AULAS A escolha de um assunto de uma situação e o tom da narrativa Pedir aos alunos divididos em grupos que levantem cinco assuntos que estão em voga na cidade nas conversas da praça nos batepapos do bar nas discussões sobre futebol no pátio nos arredores da escola ou fatos noticiados em jornais revistas na internet ou nas emissoras de rádio e televisão da localidade Em seguida pedir que escolham entre os cinco assuntos uma situação que mereça uma boa crônica e justifiquem o porquê da escolha Anotar e compartilhar com a turma as escolhas e as razões dos representantes de cada grupo bem como os episódios preferidos Terão um tempo para escolher o tom e o foco narrativo que mais lhes agrade Escolher um episódio a respeito do qual querem escrever individualmente uma crônica ou sugerir o tema Sentimento Sentimento de amor ódio cobiça desejo etc Caderno 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA PROPOSTA DE CIRCULAÇÃO DO TEXTO Ao término dessa oficina poderemos realizar a apresentação dos trabalhos para a comunidade escolar com a produção de fanzine e realização de um sarau com a participação do 7º ano APRIMORAMENTO E REESCRITA DO TEXTO RECURSOS TEMPO Fazer o aprimoramento e a reescrita da crônica Devolução corrigida da crônica produzida pelos alunos Os alunos também vão fazer uma autoavaliação para descobrir os aspectos que precisam ser melhorados Propor aos alunos que leiam olhem novamente para a crônica que escreveram agora com olhar crítico e reescrevam o texto Caderno 1 aula Planilha original elaborada por André Effgen de Aguiar sofreu modificações BIBLIOGRAFIA 1 BORGATTO Ana Maria Trinconi BERTIN Terezinha Costa Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho Projeto Teláris Disponível emhttplivrodigitalabrileducacaocombrlayoutsLeitorDigitalindex3htmlidObra106idU suario7C87D060523444529B99212AD848159ApermissaoUsuarioProfessores Acesso em 16092018 2 CÂNDIDO ANTÔNIO A vida ao résdochão In Para gostar de ler Crônicas Volume 5 São Paulo Ática 2003 pp 8999 3 DOLZ J NOVERRAZ M SCHNEUWLY B Sequências didáticas para o oral e a escrita apresentação de um procedimento In DOLZ J SCHNEUWLY B Orgs Gêneros orais e escritos na escola Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro Campinas Mercado de Letras 2004 p 2139 4 ESCREVENDO O FUTURO Critérios de avaliação de crônica Disponível em httpswwwescrevendoofuturoorgbrindexphpoptioncomcontentviewarticleid164 8criteriosdeavaliacaocronica Acesso em 17092018 5 FLUIZ A brincadeira wwwyoutubecomwatchvwQ6araGjlc Acesso em 14092018 6 GOMES Antunes Fernada Crônica Um gênero entre Revista UFRJ Disponível em httprevistasufrjbrindexphpmulembaarticledownload4857353 Acesso em 18092018 7 MARTINS Rosa Priscila REVISITANDO A CRÔNICA BRASILEIRA A CONDIÇÃO DO CRONISTA Disponível em wwwuelbrposletrasELvagaoEL6Art12pdf Acessado em 18 092018 8 NOVA Escola Como os campos Marina Colasanti v11 n97 p 3031 out 1996 9 NEVES Costa da Cristina Tereza Risco e riso na crônica brasileira contemporânea Traços de uma identidade nacional Disponível em httpwwwufjfbrdarandinafiles201012RiscoerisonacrC3B4nicabrasileira contemporC3A2neaTeresaCristinadaCostaNevespdf Acessado 17092018 10 OLIVEIRA de Melo Leopoldina Joana A vida ao résdoChão Um estudo do Gênero Crônica Disponível em httpsavidaaoresdochaowordpresscomversaointegral acessado em 15092018 11 SIMÕES André A evolução da crônica como gênero nacional Revista Estação Literária Londrina Vagãovolume 4 2009 Disponível em Acessado em 18 092018 12 TUZINOMuniz Maria Yolanda Crônica uma Intersecção entre o Jornalismo e a Literatura Disponível em httpwwwboccubiptpagtuzinoyolandaumainterseccaopdf Acessado em 19092018 Link do vídeo Palavra puxa palavra httpswwwyoutubecomwatchvTYrJhFkFmpE Link do vídeo brincadeira Disponível em wwwyoutubecomwatchvwQ6araGjlc ANEXOS Anexo 1 Análise de uma crônica Título e autor Época e palavras daquele tempo Tema ou assunto Personagemns Tom Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Anexo 2 Pneu furado O carro estava encostado no meiofio com um pneu furado De pé ao lado do carro olhando desconsoladamente para o pneu uma moça muito bonitinha Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo Pode deixar Ele trocaria o pneu Você tem macaco perguntou o homem Não respondeu a moça Tudo bem eu tenho disse o homem Você tem estepe Não disse a moça Vamos usar o meu disse o homem E pôsse a trabalhar trocando o pneu sob o olhar da moça Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando Ele ficou ali suando de boca aberta vendo o ônibus se afastar Dali a pouco chegou o dono do carro Puxa você trocou o pneu pra mim Muito obrigado É Eu Eu não posso ver pneu furado Tenho que trocar Coisa estranha É uma compulsão Sei lá Luís Fernando Veríssimo Disponível em httpjovemprofissional2012blogspotcombr201205pneufuradoluisfernando verissimohtml Acesso em 18092018 ANEXO 3 Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Elementos contidos em uma crônica Título sugestivo Cenário curioso Foco Narrativo Personagemns Enredo Tom Linguagem Desfecho Anexo 4 Samba no pé A Bela Vista estava em festa A alegria contagiava todo o povo do bairro A escola de samba VaiVai foi campeã do carnaval paulista Pela 13ª vez nossa escola foi vitoriosa Meu coração quase saiu pela boca de tanta emoção mas meus pés continuavam sambando Faz cinco anos que desfilo na ala das crianças mas ano que vem serei promovida para a ala Show Não vejo a hora O toque da bateria convidou a comunidade a entrar na folia Ninguém resistiu Marcelinho estava todo suado pingando O bumbo não parava de fazer bumbumbum Meu coração bateu no mesmo ritmo Marcelinho nem olhava para mim só enxergava as meninas da ala Show O bumbumbum não parava contagiava a todos Nossa bateria é nota mil todo ano ela é muito aplaudida Mas meu coração já não batia do mesmo jeito por causa do olhar do Marcelinho para a ala Show Mas meus péscontinuaram sambando e a minha cabeça pensando Ano que vem será diferente me aguarde Autora Mariana Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Anexo 5 Texto aprimorado coletivamente A levada do meu samba vai te enlouquecer Ao lado de uma das principais avenidas de São Paulo conhecido por seus cortiços teatros e cantinas encontra se o famoso bairro da Bela Vista Assim que chega fevereiro nada disso importa todo mundo é VaiVai Por onde se passa o som é um só Desperta gigante é novo amanhecer A levada do meu samba vai te enlouquecer Neste ano pela 13ª vez nossa escola foi vitoriosa O esquidum dum dum marcava o ritmo de milhares de pés A bateria convidava a comunidade a cair na folia Pela última vez eu desfilava na ala das crianças mal posso esperar minha passagem à ala Show Farei 13 anos e já sou uma sambista de verdade Olhe só minha mãe desfila na bateria há mais de vinte anos não poderia ser diferente Esbanja talentos musicais herança de gênios imortais Puxando o samba pingando suor Marcelinho só tinha olhos para as colombinas da ala Show Esquidummm dum Meu coração derretia de ciúmes o compasso da bateria foi esmorecendo dentro de mim Continuei sambando era dia de festa e meus pés não conseguiam parar Vi minha prima dançando vestida de colombina E me lembrei de que sou poucos meses mais nova mas sambo muito melhor Ano que vem será diferente Marcelinho me aguarde Autora Mariana Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor EXERCICIO O gênero em foco 1 Tendo como base as características do gênero crônica estudadas assinale com V para os textos que forem do gênero crônica e F para os que forem de outro gênero Como os campos Marina Colasanti Preparavamse aqueles jovens estudiosos para a vida adulta acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos Porém como fizesse cada dia mais frio com o adiantarse do outono dele se aproximaram e perguntaram Senhor como devemos vestirnos Vistamse como os campos respondeu o sábio Os jovens então subiram a uma colina e durante dias olharam para os campos Depois dirigiramse à cidade onde compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras Levando cestas carregadas voltaram para junto do sábio Sob o seu olhar abriram os rolos de sedas desdobraram as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo e os emendaram com retângulos de cetim Aos poucos foram recriando em longas vestes os campos arados o vivo verde dos campos em primavera o pintalgado da germinação E entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais fios de prata no alagado das chuvas até chegarem ao branco brilhante da neve As vestes suntuosas estendiamse como mantos O sábio nada disse Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa Esperava que o algodão estivesse em flor para colhêlo E quando teve os tufos os fiou E quando teve os fios os teceu Depois vestiu a sua roupa branca e foi para o campo trabalhar Arou e plantou Muitas e muitas vezes sujouse de terra E manchouse do sumo das frutas e da seiva das plantas A roupa já não era branca embora ele a lavasse no regato Plantou e colheu A roupa rasgouse o tecido puiuse O jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã costurou remendos onde o pano cedia E quando a neve veio prendeu em sua roupa mangas mais grossas para se aquecer Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços que ninguém poderia dizer como havia começado E estando ele lá fora uma manhã com os pés afundados na terra para receber a primavera um pássaro o confundiu com o campo e veio pousar no seu ombro Ciscou de leve por entre os fios sacudiu as penas Depois levantou a cabeça e começou a cantar Ao longe o sábio que tudo olhava sorriu Nova Escola 1996 p 3031 Pai não entende nada Luís Fernando Veríssimo Um biquíni novo É pai Você comprou um no ano passado Não serve mais pai Eu cresci Como não serve No ano passado você tinha 14 anos este ano tem 15 Não cresceu tanto assim Não serve pai Está bem está bem Toma o dinheiro Compra um biquíni maior Maior não pai Menor Aquele pai também não entendia nada VERÍSSIMO Luís Fernando Pai não entende nada 1996 Disponível em httpatividadeslinguaportuguesamarciablogspotcombr201302 Crônicas deluisfernandoverissimo A raposa e as uvas Esopo Uma raposa morta de fome viu ao passar diante de um pomar penduradas nas ramas de uma viçosa videira alguns cachos de exuberantes uvas negras e o mais importante maduras Não pensou duas vezes e depois de certificarse que o caminho estava livre de intrusos resolveu colher seu alimento Ela então usou de todos os seus dotes conhecimentos e artifícios para pegálas mas como estavam fora do seu alcance acabou se cansando em vão e nada conseguiu Desolada cansada faminta frustrada com o insucesso de sua empreitada suspirando deu de ombros e se deu por vencida Por fim deu meia volta e foi embora Saiu consolando a si mesma desapontada dizendo Na verdade olhando com mais atenção percebo agora que as uvas estão todas estragadas e não maduras como eu imaginei a princípio Moral da história Ao reconhecer e aceitar as próprias limitações o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade Esopo httpsitededicasne10uolcombrfabula30ahtm ANEXO 3A EXERCICIO extraído do texto Os desafios da Escola pública Paranaense na perspectiva do professor PDE Produções didáticoPedagógicas2104 volume II ANEXO 6 Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor ANEXO 7 Negócio de menino Tem dez anos é filho de um amigo e nos encontramos na praia Papai me disse que o senhor tem muito passarinho Só tenho três Tem coleira Tenho um coleirinha Virado Virado Muito velho Virado há um ano Canta Uma beleza Manso Canta no dedo O senhor vende Vendo Quanto Dez contos Pausa Depois volta Só tem coleira Tenho um melro e um curió É melro mesmo ou é vira É quase do tamanho de uma graúna Deixa coçar a cabeça Claro Come na mão E o curió É muito bom curió Por quanto o senhor vende Dez contos Pausa Deixa mais barato Para você seis contos Com a gaiola Sem a gaiola Pausa E o melro O melro eu não vendo Como se chama Brigitte Uai é fêmea Não Foi a empregada que botou nome Quando ela fala com ele ele se arrepia todo fica todo despenteado então ela diz que é Brigitte Pausa O coleira o senhor também deixa por seis contos Deixo por oito contos Com a gaiola Sem a gaiola Longa pausa Hesitação A irmãzinha o chama de dentro dágua E antes de sair correndo propõe sem me encarar O senhor não me dá um passarinho de presente não Rubem Braga ANEXO 8 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 1 No início do texto o narrador conta que o protagonista personagem principal Descobriu que tinha poder sobre as pessoas O que as pessoas temiam Resposta Que seus segredos fossem descobertos 2 Impostor é aquele que quer passar pelo que não é Você diria que o texto narra a história de um impostor Por quê Resposta Sim porque o protagonista finge saber o que não sabe 3 Há a seguir três falas de pessoas a quem a personagem central disse saber de tudo Me faz um favor Não espalha Alguém mais sabe Escute Estive pensando melhor Não espalha nada sobre aquilo Compare essas frases e conclua Mais do que a própria verdade o que de fato preocupava as pessoas Resposta O que os outros iriam pensar e dizer delas 4 Graças ao seu silêncio o protagonista ocupa cargos de confiança e sobe na vida Até que um dia as coisas mudam Qual dos ditos populares a seguir traduz a nova situação vivida pelo protagonista a Antes tarde do que nunca X b O feitiço virou contra o feiticeiro c Os últimos serão os primeiros 5 Assustado o protagonista se esconde Depois de encontrado numa casa de praia é assassinado Quem o teria matado Resposta Provavelmente uma de suas vítimas 6 Observe a ironia presente nas frases finais do texto as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo Sabia demais Em que consiste essa ironia Resposta No fato de que o protagonista na verdade não sabia de nada 7 Quais dos itens seguintes sintetizam as idéias principais do texto X a Ter informações exclusivas equivale a ter poder sobre as pessoas b Melhor do que guardar segredos é não ter informações X c As pessoas geralmente têm algum tipo de segredo que as compromete socialmente X d A sociedade se organiza a partir de um jogo de aparências de falsos papéis sociais nesse jogo a aparência vale mais do que a verdade Atividade extraída do blog httpsugestoesdeatividadesblogspotcom201209brincadeiraverissimohtml Tipos de Discurso Discurso direto o narrador reproduz textualmente as palavras falas as características da personagem Ao construir o discurso direto o autor atualiza o acontecimento tornando viva e natural a personagem a cena Como se fosse uma peça teatral o autor agiliza a narrativa Usase o travessão e certos verbos especiais que chamamos de verbos de dizer ou verbos dicend falar dizer responder retrucar indagar declarar exclamar Discurso indireto o narrador conta o que a personagem disse Conhecemos suas palavras indiretamente Há uma intensa identidade quase se misturam narrador e personagem Discurso indireto livre ou misto o narrador incorpora na sua linguagem a fala das personagens e assim nos transmite a essência do pensamento ou do sentimento No discurso indireto livre existe a inserção sutil da fala da personagem sem as marcas do discurso direto porém com toda a sua força e vivacidade ANEXO 9 1Vamos testar se você entendeu o que apresentamos acima Em que frases se encontram exemplos de metáfora 1 Sejamos simples e calmosComo regatos e as árvores Fernando Pessoa 2 Oh Que saudades que tenhoDa aurora da minha vida Casimiro de Abreu 3 O poema é como um gole dágua bebido no escuro Mário Quintana 4 aqueles homens são cães sem plumas João Cabral de Melo Neto 5 Nas férias de dezembro vamos fazer uma viagem ao coração do Brasil 6 Estas altas árvores são umas harpas verdes com cordas de chuva que tange o vento Cecília Meireles Respostas 1 Comparação como regatos 2 Metáfora O autor compara aurora ao início da vida dele 3 Comparação O poema é como 4 Metáfora O autor faz um comparação mental entre homens e cães 5 Metáfora O autor estabelece uma relação de sentido entre coração centro da vida e centro do país 6 Metáfora Ocorre uma comparação mental entre as árvores e o instrumento musical As duas produzem sons 7 2O pai era uma onça ref 2 Nesse verso a palavra onça está empregada em um sentido que se define como a enfático b antitético c metafórico d metonímico e irônico Resposta comentada Letra C Mentalmente o autor comparou o pai a uma onça ou seja muito bravo Perceba que o poeta não utilizou o termo como Se o tivesse feito seria uma comparação real e não uma metáfora Já na última linha do poema a expressão No tempo do onça significa alguma coisa muito antiga mas também faz referência à onça que era o pai
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para quem onde circulam e em que suportes são encontradas características etc Orientalos a desenvolverem um olhar atento e sensível aos fatos do dia a dia como por exemplo um morador de rua solitário na calçada a forma de o feirante atrair os compradores um encontro no ônibus o futebol na rua ou algo que lhes desperte a curiosidade CADERNO SLIDE JORNAL REVISTA LIVRO 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA Aspectos da crônica no Brasil uma reflexão crítica de Willian Valetine Redmond A evolução da crônica como gênero nacional de André Simões Gomes 2 PRODUÇÃO INICIAL ATIVIDADES MATERIAL AULAS A escolha de um assunto de uma situação e o tom da narrativa Retomar o assunto sobre as observações e reflexões do olhar atento e sensível do cotidiano Selecionar e trabalhar com a crônica Negócio de Menino de Rubem Braga 1 Perguntar o que os alunos sabem sobre o autor 2 Apresentar algumas informações sobre quem foi Rubem Braga 3 Explorar através de perguntas o título Negócio de Menino 4 O que o título sugere 5 Pelo título dá para imaginar o assunto da crônica 6 Que situação vocês acham que essa crônica vai retratar Em seguida os alunos irão ler a crônica Negócio de Menino de Rubem Braga Após a leitura silenciosa fazer leitura em voz alta e em seguida tecer comentários sobre a crônica Negócio de Menino 1 O que acharam da crônica 2 Alguém já viveu uma situação como a descrita na crônica Ou conhece outra pessoa que vivenciou algo parecido 3 Há algo que ficou difícil de entender Caso encontrem dificuldade em alguma palavra ou expressão ao lerem a crônica os alunos devem procurar o seu significado no dicionário poderá utilizar um dicionário virtual Pedir aos alunos que fiquem em silêncio por um ou dois minutos e pensem nos lugares que frequentam nas pessoas com as quais convivem nos assuntos que estão circulando na cidade na comunidade em algo que tenha ocorrido no dia a dia deles e chamado a atenção Dessa observação cada um deles escreverá uma crônica Em seguida incentiveos a compartilhar com o grupo a situação que identificaram mentalmente À medida que os alunos falam anotaremos os fatos lembrados Terminada a lista mostraremos que todos conseguiram agir como verdadeiros cronistas Olharam os fatos corriqueiros da cidade agora escolherão um episódio a respeito do qual querem escrever individualmente uma crônica O próximo passo será escolher o tom poético bemhumorado crítico lírico com que vão narrar o tema e optar pelo foco narrativo na primeira pessoa autorpersonagem ou na terceira pessoa autor observador Daremos um tempo para escolherem o tom e o foco narrativo que mais lhes agrade em seguida pediremos a cada um deles que escreva uma crônica Caderno Dicionário SLIDE Cópia da crônica Negócio de Menino Anexo 7 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA Revisitando a Crônica Brasileira a condição do cronista de Priscila Rosa Martins Crônica uma intersecção entre o jornalismo e literatura de Yolanda Maria Muniz Tuzino 3 OFICINAMÓDULO 1 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Dividir a classe em pequenos grupos Leitura da crônica Brincadeira de Luís Fernando Veríssimo Apresentar algumas informações sobre quem foi Luís Fernando Veríssimo Assistir ao vídeo Brincadeira Depois da leitura cada grupo discutirá entre si as seguintes questões 1 Que sentimentos ou emoções a crônica nos despertou 2 A linguagem era atual 3 Qual o assunto 4 Qual a personagem ou personagens 5 O autor fazia parte da situação narrada ou estava como observador de fora 6 Atividade de compreensão e interpretação do texto Anexo 8 Analisar o jeito de narrar que o cronista utilizou para captar o acontecimento e provocar reflexão eou crítica adotou um tom sério compenetrado usou humor fez rir foi irônico insinuando que as palavras dele significavam o contrário do que diziam ou valeuse de lirismo fazendo comparações e metáforas poéticas Após essa discussão será organizada uma roda de conversa em que um representante de cada grupo possa apresentar comentários Em seguida fazer um quadro Anexo 1 em papel ou na lousa e preencher os campos junto com a turma Pedir que os alunos façam pesquisas sobre crônicas em livros jornais revistas sites e tragam alguns exemplos de notícias curiosas que circularam nos jornais impressos e virtuais que poderiam dar boas crônicas fotos de lugares da cidade em que as pessoas se encontram para bater papo praticar esportes etc Combinar para que tragam as crônicas selecionadas por eles na aula seguinte Sites para auxiliar na pesquisa wwwdominiopublicogovbr wwwreleiturascom wwwjornaldepoesiajorbr Caderno Jornal Dicionário Vídeo Cópia da crônica Brincadeira 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA A vida ao résdochão um estudo do gênero crônica de Joana Leopoldina De Melo Oliveira A vida ao résdochão Para gostar de ler crônicas Antônio Cândido Risco e riso na crônica brasileira contemporânea traços de uma identidade nacional de Teresa Cristina Da Costa Neves 4 OFICINAMÓDULO 2 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Pedir aos alunos que comentem e tomem nota dos tópicos abaixo a respeito das crônicas trazidas de acordo com o combinado na oficina 1 1 Dados do autor e tema da crônica 2 Veículo em que foi publicada e a que tipo de leitor se destinou 3 O tom da escrita bemhumorado poético irônico reflexivo sério Leitura da crônica Pneu Furado de Luís Fernando Veríssimo Anexo 2 Trabalharemos com o discurso direto e indireto a partir da crônica Pneu Furado Pedir aos alunos que identifiquem os elementos que todas as crônicas pesquisadas por mais diferentes que sejam têm em comum Cartaz Anexo 3 com os elementos contidos em uma crônica pedir para os alunos preencherem 1 Título sugestivo 2 Cenário curioso 3 Foco narrativo ou seja o autor escolhe o ponto de vista que vai adotar escreve na primeira pessoa eu vi eu fiz eu senti e se transforma em parte da narrativa é o autor personagem ou fica de fora e escreve na terceira pessoa ele fez eles sentiram é o autor observador 4 Uma ou várias personagens inventadas ou não o autor pode ser uma delas 5 Enredo isto é narra um momento um acontecimento um episódio banal do cotidiano e a partir daí passa uma ideia provoca uma emoção 6 Tom que pode ser poético humorístico irônico ou reflexivo 7 Linguagem coloquial uma conversa com o leitor 8 Desfecho Dividir os alunos em grupos e pedir que escolham o tema de uma notícia de jornal e escrevam um parágrafo de uma crônica Execução do exercício gênero em foco Anexo 3A Papel Cartão Caderno Jornal Cópia da crônica Pneu Furado de Veríssimo 2 aulas TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 p195 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho FIGURAS DE LINGUAGEM TEXTO NO ANEXO 6 5 OFICINAMÓDULO 3 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Os recursos do cronista Exibir o vídeo Deciframe ou te devoro da série Palavra Puxa Palavra sobre figuras de linguagem Esclarecer para a turma que embora o vídeo ressalte a escrita de poemas os recursos semânticos também ajudam muito na produção de uma boa crônica Exibir cartaz com as principais figuras de linguagem ANEXO 6 Explicar aos alunos que as figuras de linguagem são recursos utilizados pelos autores para realçar uma ideia Dizerlhes também que um bom cronista tem dois instrumentos básicos o olhar e a linguagem Com o olhar ele reconhece o acontecimento o momento que merece ser preservado e que os outros nem notam com a linguagem retrata a situação e as figuras de linguagem o ajudam a fazer isso com sucesso Exercícios sobre figuras de linguagem Anexo 9 1 Vamos testar se você entendeu o que apresentamos acima Em que frases se encontram exemplos de metáfora a Sejamos simples e calmosComo regatos e as árvores Fernando Pessoa b Oh Que saudades que tenhoDa aurora da minha vida Casimiro de Abreu c O poema é como um gole dágua bebido no escuro Mário Quintana d aqueles homens são cães sem plumas João Cabral de Melo Neto e Nas férias de dezembro vamos fazer uma viagem ao coração do Brasil Estas altas árvores são umas harpas verdes com cordas de chuva que tange o vento Cecília Meireles Caderno Vídeo Papel cartão 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho 6 OFICINAMÓDULO 4 ATIVIDADES MATERIAL AULAS Trabalharemos com o texto Samba no pé Anexo 4 como exemplo de aprimoramento do texto 1 Como podemos reescrever esse texto para que as frases não sejam tão explicativas mas sugiram a emoção da autora despertando a imaginação envolvendo o leitor 2 Como é a Bela Vista É preciso ampliar um pouco as referências locais 3 Há passagens que se repetem e podem ser modificadas ou as repetições são necessárias 4 Alguns trechos podem ser reagrupados 5 As onomatopeias são precisas adequadas Poderíamos fazer uso do sambaenredo da escola 6 O título mostra que o texto falará sobre uma escola de samba ou sobre o carnaval mas instiga a imaginação do leitor Faz referência ao episódio central da crônica Depois de cada pergunta esperar os alunos se manifestarem Ao finalizar o debate apresentar a nova versão do texto Anexo 5 Explicar aos alunos os tipos de discursos discurso direto indireto ou indireto livre Exercício Analisando os tipos de discursos Escreva D para o discurso direto e I para discurso indireto Puxa você trocou o pneu para mim Como você conseguiu ficar assim perguntou a menina A filha disse ao pai que iria a formatura de sua amiga Clara Os alunos disseram que haviam terminado a tarefa Vocês já terminaram a atividade perguntou a professora A mulher disse ao oficial de justiça que não poderia comparecer a audiência A professora perguntou aos se eles já haviam terminado a atividade Irei a formatura de minha amiga Clara disse a filha ao pai Olha só o que vou fazer doutor disse o paciente Amanhã trabalharei até mais tarde perguntou o funcionário ao patrão Caderno Cópia do texto Samba no pé da Mariana 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA LINGUAGEM DO TEXTO Projeto Teláris capítulo 7 BERTIN Terezinha Costa Ana Maria Borgato Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho 7 PRODUÇÃO FINAL ATIVIDADES MATERIAL AULAS A escolha de um assunto de uma situação e o tom da narrativa Pedir aos alunos divididos em grupos que levantem cinco assuntos que estão em voga na cidade nas conversas da praça nos batepapos do bar nas discussões sobre futebol no pátio nos arredores da escola ou fatos noticiados em jornais revistas na internet ou nas emissoras de rádio e televisão da localidade Em seguida pedir que escolham entre os cinco assuntos uma situação que mereça uma boa crônica e justifiquem o porquê da escolha Anotar e compartilhar com a turma as escolhas e as razões dos representantes de cada grupo bem como os episódios preferidos Terão um tempo para escolher o tom e o foco narrativo que mais lhes agrade Escolher um episódio a respeito do qual querem escrever individualmente uma crônica ou sugerir o tema Sentimento Sentimento de amor ódio cobiça desejo etc Caderno 1 aula TEXTOS UTILIZADOS NESTA ETAPA PROPOSTA DE CIRCULAÇÃO DO TEXTO Ao término dessa oficina poderemos realizar a apresentação dos trabalhos para a comunidade escolar com a produção de fanzine e realização de um sarau com a participação do 7º ano APRIMORAMENTO E REESCRITA DO TEXTO RECURSOS TEMPO Fazer o aprimoramento e a reescrita da crônica Devolução corrigida da crônica produzida pelos alunos Os alunos também vão fazer uma autoavaliação para descobrir os aspectos que precisam ser melhorados Propor aos alunos que leiam olhem novamente para a crônica que escreveram agora com olhar crítico e reescrevam o texto Caderno 1 aula Planilha original elaborada por André Effgen de Aguiar sofreu modificações BIBLIOGRAFIA 1 BORGATTO Ana Maria Trinconi BERTIN Terezinha Costa Hashimoto MARCHEZI Vera Lúcia de Carvalho Projeto Teláris Disponível emhttplivrodigitalabrileducacaocombrlayoutsLeitorDigitalindex3htmlidObra106idU suario7C87D060523444529B99212AD848159ApermissaoUsuarioProfessores Acesso em 16092018 2 CÂNDIDO ANTÔNIO A vida ao résdochão In Para gostar de ler Crônicas Volume 5 São Paulo Ática 2003 pp 8999 3 DOLZ J NOVERRAZ M SCHNEUWLY B Sequências didáticas para o oral e a escrita apresentação de um procedimento In DOLZ J SCHNEUWLY B Orgs Gêneros orais e escritos na escola Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro Campinas Mercado de Letras 2004 p 2139 4 ESCREVENDO O FUTURO Critérios de avaliação de crônica Disponível em httpswwwescrevendoofuturoorgbrindexphpoptioncomcontentviewarticleid164 8criteriosdeavaliacaocronica Acesso em 17092018 5 FLUIZ A brincadeira wwwyoutubecomwatchvwQ6araGjlc Acesso em 14092018 6 GOMES Antunes Fernada Crônica Um gênero entre Revista UFRJ Disponível em httprevistasufrjbrindexphpmulembaarticledownload4857353 Acesso em 18092018 7 MARTINS Rosa Priscila REVISITANDO A CRÔNICA BRASILEIRA A CONDIÇÃO DO CRONISTA Disponível em wwwuelbrposletrasELvagaoEL6Art12pdf Acessado em 18 092018 8 NOVA Escola Como os campos Marina Colasanti v11 n97 p 3031 out 1996 9 NEVES Costa da Cristina Tereza Risco e riso na crônica brasileira contemporânea Traços de uma identidade nacional Disponível em httpwwwufjfbrdarandinafiles201012RiscoerisonacrC3B4nicabrasileira contemporC3A2neaTeresaCristinadaCostaNevespdf Acessado 17092018 10 OLIVEIRA de Melo Leopoldina Joana A vida ao résdoChão Um estudo do Gênero Crônica Disponível em httpsavidaaoresdochaowordpresscomversaointegral acessado em 15092018 11 SIMÕES André A evolução da crônica como gênero nacional Revista Estação Literária Londrina Vagãovolume 4 2009 Disponível em Acessado em 18 092018 12 TUZINOMuniz Maria Yolanda Crônica uma Intersecção entre o Jornalismo e a Literatura Disponível em httpwwwboccubiptpagtuzinoyolandaumainterseccaopdf Acessado em 19092018 Link do vídeo Palavra puxa palavra httpswwwyoutubecomwatchvTYrJhFkFmpE Link do vídeo brincadeira Disponível em wwwyoutubecomwatchvwQ6araGjlc ANEXOS Anexo 1 Análise de uma crônica Título e autor Época e palavras daquele tempo Tema ou assunto Personagemns Tom Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Anexo 2 Pneu furado O carro estava encostado no meiofio com um pneu furado De pé ao lado do carro olhando desconsoladamente para o pneu uma moça muito bonitinha Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo Pode deixar Ele trocaria o pneu Você tem macaco perguntou o homem Não respondeu a moça Tudo bem eu tenho disse o homem Você tem estepe Não disse a moça Vamos usar o meu disse o homem E pôsse a trabalhar trocando o pneu sob o olhar da moça Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando Ele ficou ali suando de boca aberta vendo o ônibus se afastar Dali a pouco chegou o dono do carro Puxa você trocou o pneu pra mim Muito obrigado É Eu Eu não posso ver pneu furado Tenho que trocar Coisa estranha É uma compulsão Sei lá Luís Fernando Veríssimo Disponível em httpjovemprofissional2012blogspotcombr201205pneufuradoluisfernando verissimohtml Acesso em 18092018 ANEXO 3 Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Elementos contidos em uma crônica Título sugestivo Cenário curioso Foco Narrativo Personagemns Enredo Tom Linguagem Desfecho Anexo 4 Samba no pé A Bela Vista estava em festa A alegria contagiava todo o povo do bairro A escola de samba VaiVai foi campeã do carnaval paulista Pela 13ª vez nossa escola foi vitoriosa Meu coração quase saiu pela boca de tanta emoção mas meus pés continuavam sambando Faz cinco anos que desfilo na ala das crianças mas ano que vem serei promovida para a ala Show Não vejo a hora O toque da bateria convidou a comunidade a entrar na folia Ninguém resistiu Marcelinho estava todo suado pingando O bumbo não parava de fazer bumbumbum Meu coração bateu no mesmo ritmo Marcelinho nem olhava para mim só enxergava as meninas da ala Show O bumbumbum não parava contagiava a todos Nossa bateria é nota mil todo ano ela é muito aplaudida Mas meu coração já não batia do mesmo jeito por causa do olhar do Marcelinho para a ala Show Mas meus péscontinuaram sambando e a minha cabeça pensando Ano que vem será diferente me aguarde Autora Mariana Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor Anexo 5 Texto aprimorado coletivamente A levada do meu samba vai te enlouquecer Ao lado de uma das principais avenidas de São Paulo conhecido por seus cortiços teatros e cantinas encontra se o famoso bairro da Bela Vista Assim que chega fevereiro nada disso importa todo mundo é VaiVai Por onde se passa o som é um só Desperta gigante é novo amanhecer A levada do meu samba vai te enlouquecer Neste ano pela 13ª vez nossa escola foi vitoriosa O esquidum dum dum marcava o ritmo de milhares de pés A bateria convidava a comunidade a cair na folia Pela última vez eu desfilava na ala das crianças mal posso esperar minha passagem à ala Show Farei 13 anos e já sou uma sambista de verdade Olhe só minha mãe desfila na bateria há mais de vinte anos não poderia ser diferente Esbanja talentos musicais herança de gênios imortais Puxando o samba pingando suor Marcelinho só tinha olhos para as colombinas da ala Show Esquidummm dum Meu coração derretia de ciúmes o compasso da bateria foi esmorecendo dentro de mim Continuei sambando era dia de festa e meus pés não conseguiam parar Vi minha prima dançando vestida de colombina E me lembrei de que sou poucos meses mais nova mas sambo muito melhor Ano que vem será diferente Marcelinho me aguarde Autora Mariana Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor EXERCICIO O gênero em foco 1 Tendo como base as características do gênero crônica estudadas assinale com V para os textos que forem do gênero crônica e F para os que forem de outro gênero Como os campos Marina Colasanti Preparavamse aqueles jovens estudiosos para a vida adulta acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos Porém como fizesse cada dia mais frio com o adiantarse do outono dele se aproximaram e perguntaram Senhor como devemos vestirnos Vistamse como os campos respondeu o sábio Os jovens então subiram a uma colina e durante dias olharam para os campos Depois dirigiramse à cidade onde compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras Levando cestas carregadas voltaram para junto do sábio Sob o seu olhar abriram os rolos de sedas desdobraram as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo e os emendaram com retângulos de cetim Aos poucos foram recriando em longas vestes os campos arados o vivo verde dos campos em primavera o pintalgado da germinação E entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais fios de prata no alagado das chuvas até chegarem ao branco brilhante da neve As vestes suntuosas estendiamse como mantos O sábio nada disse Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa Esperava que o algodão estivesse em flor para colhêlo E quando teve os tufos os fiou E quando teve os fios os teceu Depois vestiu a sua roupa branca e foi para o campo trabalhar Arou e plantou Muitas e muitas vezes sujouse de terra E manchouse do sumo das frutas e da seiva das plantas A roupa já não era branca embora ele a lavasse no regato Plantou e colheu A roupa rasgouse o tecido puiuse O jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã costurou remendos onde o pano cedia E quando a neve veio prendeu em sua roupa mangas mais grossas para se aquecer Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços que ninguém poderia dizer como havia começado E estando ele lá fora uma manhã com os pés afundados na terra para receber a primavera um pássaro o confundiu com o campo e veio pousar no seu ombro Ciscou de leve por entre os fios sacudiu as penas Depois levantou a cabeça e começou a cantar Ao longe o sábio que tudo olhava sorriu Nova Escola 1996 p 3031 Pai não entende nada Luís Fernando Veríssimo Um biquíni novo É pai Você comprou um no ano passado Não serve mais pai Eu cresci Como não serve No ano passado você tinha 14 anos este ano tem 15 Não cresceu tanto assim Não serve pai Está bem está bem Toma o dinheiro Compra um biquíni maior Maior não pai Menor Aquele pai também não entendia nada VERÍSSIMO Luís Fernando Pai não entende nada 1996 Disponível em httpatividadeslinguaportuguesamarciablogspotcombr201302 Crônicas deluisfernandoverissimo A raposa e as uvas Esopo Uma raposa morta de fome viu ao passar diante de um pomar penduradas nas ramas de uma viçosa videira alguns cachos de exuberantes uvas negras e o mais importante maduras Não pensou duas vezes e depois de certificarse que o caminho estava livre de intrusos resolveu colher seu alimento Ela então usou de todos os seus dotes conhecimentos e artifícios para pegálas mas como estavam fora do seu alcance acabou se cansando em vão e nada conseguiu Desolada cansada faminta frustrada com o insucesso de sua empreitada suspirando deu de ombros e se deu por vencida Por fim deu meia volta e foi embora Saiu consolando a si mesma desapontada dizendo Na verdade olhando com mais atenção percebo agora que as uvas estão todas estragadas e não maduras como eu imaginei a princípio Moral da história Ao reconhecer e aceitar as próprias limitações o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade Esopo httpsitededicasne10uolcombrfabula30ahtm ANEXO 3A EXERCICIO extraído do texto Os desafios da Escola pública Paranaense na perspectiva do professor PDE Produções didáticoPedagógicas2104 volume II ANEXO 6 Extraído do livro Olimpíada de língua Portuguesa Escrevendo o futuro A ocasião faz o escritor ANEXO 7 Negócio de menino Tem dez anos é filho de um amigo e nos encontramos na praia Papai me disse que o senhor tem muito passarinho Só tenho três Tem coleira Tenho um coleirinha Virado Virado Muito velho Virado há um ano Canta Uma beleza Manso Canta no dedo O senhor vende Vendo Quanto Dez contos Pausa Depois volta Só tem coleira Tenho um melro e um curió É melro mesmo ou é vira É quase do tamanho de uma graúna Deixa coçar a cabeça Claro Come na mão E o curió É muito bom curió Por quanto o senhor vende Dez contos Pausa Deixa mais barato Para você seis contos Com a gaiola Sem a gaiola Pausa E o melro O melro eu não vendo Como se chama Brigitte Uai é fêmea Não Foi a empregada que botou nome Quando ela fala com ele ele se arrepia todo fica todo despenteado então ela diz que é Brigitte Pausa O coleira o senhor também deixa por seis contos Deixo por oito contos Com a gaiola Sem a gaiola Longa pausa Hesitação A irmãzinha o chama de dentro dágua E antes de sair correndo propõe sem me encarar O senhor não me dá um passarinho de presente não Rubem Braga ANEXO 8 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO 1 No início do texto o narrador conta que o protagonista personagem principal Descobriu que tinha poder sobre as pessoas O que as pessoas temiam Resposta Que seus segredos fossem descobertos 2 Impostor é aquele que quer passar pelo que não é Você diria que o texto narra a história de um impostor Por quê Resposta Sim porque o protagonista finge saber o que não sabe 3 Há a seguir três falas de pessoas a quem a personagem central disse saber de tudo Me faz um favor Não espalha Alguém mais sabe Escute Estive pensando melhor Não espalha nada sobre aquilo Compare essas frases e conclua Mais do que a própria verdade o que de fato preocupava as pessoas Resposta O que os outros iriam pensar e dizer delas 4 Graças ao seu silêncio o protagonista ocupa cargos de confiança e sobe na vida Até que um dia as coisas mudam Qual dos ditos populares a seguir traduz a nova situação vivida pelo protagonista a Antes tarde do que nunca X b O feitiço virou contra o feiticeiro c Os últimos serão os primeiros 5 Assustado o protagonista se esconde Depois de encontrado numa casa de praia é assassinado Quem o teria matado Resposta Provavelmente uma de suas vítimas 6 Observe a ironia presente nas frases finais do texto as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo Sabia demais Em que consiste essa ironia Resposta No fato de que o protagonista na verdade não sabia de nada 7 Quais dos itens seguintes sintetizam as idéias principais do texto X a Ter informações exclusivas equivale a ter poder sobre as pessoas b Melhor do que guardar segredos é não ter informações X c As pessoas geralmente têm algum tipo de segredo que as compromete socialmente X d A sociedade se organiza a partir de um jogo de aparências de falsos papéis sociais nesse jogo a aparência vale mais do que a verdade Atividade extraída do blog httpsugestoesdeatividadesblogspotcom201209brincadeiraverissimohtml Tipos de Discurso Discurso direto o narrador reproduz textualmente as palavras falas as características da personagem Ao construir o discurso direto o autor atualiza o acontecimento tornando viva e natural a personagem a cena Como se fosse uma peça teatral o autor agiliza a narrativa Usase o travessão e certos verbos especiais que chamamos de verbos de dizer ou verbos dicend falar dizer responder retrucar indagar declarar exclamar Discurso indireto o narrador conta o que a personagem disse Conhecemos suas palavras indiretamente Há uma intensa identidade quase se misturam narrador e personagem Discurso indireto livre ou misto o narrador incorpora na sua linguagem a fala das personagens e assim nos transmite a essência do pensamento ou do sentimento No discurso indireto livre existe a inserção sutil da fala da personagem sem as marcas do discurso direto porém com toda a sua força e vivacidade ANEXO 9 1Vamos testar se você entendeu o que apresentamos acima Em que frases se encontram exemplos de metáfora 1 Sejamos simples e calmosComo regatos e as árvores Fernando Pessoa 2 Oh Que saudades que tenhoDa aurora da minha vida Casimiro de Abreu 3 O poema é como um gole dágua bebido no escuro Mário Quintana 4 aqueles homens são cães sem plumas João Cabral de Melo Neto 5 Nas férias de dezembro vamos fazer uma viagem ao coração do Brasil 6 Estas altas árvores são umas harpas verdes com cordas de chuva que tange o vento Cecília Meireles Respostas 1 Comparação como regatos 2 Metáfora O autor compara aurora ao início da vida dele 3 Comparação O poema é como 4 Metáfora O autor faz um comparação mental entre homens e cães 5 Metáfora O autor estabelece uma relação de sentido entre coração centro da vida e centro do país 6 Metáfora Ocorre uma comparação mental entre as árvores e o instrumento musical As duas produzem sons 7 2O pai era uma onça ref 2 Nesse verso a palavra onça está empregada em um sentido que se define como a enfático b antitético c metafórico d metonímico e irônico Resposta comentada Letra C Mentalmente o autor comparou o pai a uma onça ou seja muito bravo Perceba que o poeta não utilizou o termo como Se o tivesse feito seria uma comparação real e não uma metáfora Já na última linha do poema a expressão No tempo do onça significa alguma coisa muito antiga mas também faz referência à onça que era o pai