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Engenharia Econômica

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16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 123 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E TRIBUTAÇÃO Sabemos que uma organização precisa de recursos materiais financeiros humanos e de informações para o seu funcionamento Este mix de recursos precisa ser gerido de forma eficiente a fim de produzir o máximo lucro com o mínimo de custos No caso específico de recursos materiais podemos pensar no espaço físico do empreendimento nas máquinas e nos equipamentos a serem utilizados no processo produtivo nas edificações necessárias para a instalação desses equipamentos etc Além disso sabemos que os recursos materiais se deterioram ao longo do tempo e tudo isso envolve a saída de recursos financeiros o que também gera impacto sobre a lucratividade No aspecto financeiro há também de considerar a tributação que incide sobre o lucro da empresa Diante disso perguntase como o gestor deve se organizar a fim de ter melhor controle sobre os ativos físicos da empresa e da sua depreciação ao longo do tempo Como considerar a depreciação e a tributação em sua análise de investimentos Como o controle do ativo imobilizado é importante para o balanço patrimonial da organização e também para o cálculo de seus indicadores financeiros Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 223 Observe que você empresárioagestora precisa saber quais são os ativos da empresa como eles se depreciam ao longo do tempo e levar em conta também o aspecto tributário em que a organização está inserida pois isso influenciará diretamente a viabilidade ou não do seu empreendimento É crucial que as empresas conheçam e administrem corretamente os seus ativos fixos afinal este controle ajudará a empresa em processos de auditoria concorrência em licitações avaliação de bancos para empréstimos auditoria externa etc Suponha que você é uma empresárioa e precisa aplicar um método de depreciação para a sua empresa a fim de saber o quanto deverá economizar para repor esse ativo imobilizado Suponha ainda que precise compreender como essa depreciação juntamente com a tributação do Imposto de Renda pode afetar o seu plano de um novo investimento De que forma você aplicaria o conceito de depreciação e tributação da renda para a análise de viabilidade de um projeto Como o controle do ativo imobilizado pode ser importante na gestão estratégica da empresa Ou de forma objetiva de que modo o desgaste dos bens e equipamentos da empresa pode afetar o seu fluxo de caixa receitasdespesas E os tributos Sabendo que eles são um custo para a empresa de que forma afetarão também o fluxo de caixa da mesma e por consequência a rentabilidade O que você precisa saber para resolver o caso proposto 1 Definir e classificar quais são os ativos imobilizados da sua empresa 2 Conhecer a taxa de depreciação que melhor enquadra os seus ativos 3 Definir um método de depreciação e aplicálo juntamente com o Imposto de Renda em seu projeto de viabilidade 4 Compreender se ao considerar a depreciação e a tributação o seu projeto é viável ou não Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 323 MAPA MENTAL Sabemos que uma empresa é composta por atividades e processos tão diversos que muitas vezes as áreas estratégicas são negligenciadas Uma dessas áreas é o controle do ativo imobilizado Como será detalhado mais à frente podemos conceituar de forma sucinta o ativo imobilizado como bens físicos utilizados para executar ou apoiar a atividadefim de uma empresa cuja validade desses ultrapassam o exercício ou seja possuem durabilidade maior de um ano Para o bom funcionamento da empresa o ativo imobilizado deve passar por um rigoroso processo de mapeamento e monitoramento e isso contempla o patrimônio pois por meio dele é possível que oa empresárioa tome decisões mais eficientes e assertivas garantindo que as atividades empresariais não sejam interrompidas por falta de recursos Assim é crucial que as empresas conheçam e administrem corretamente os seus ativos imobilizados afinal isso as ajudará em processos de auditoria licitação avaliação financeira etc Conhecer a situação dos bens da organização e a sua vida útil esperada é importante para o planejamento estratégico e o balanço patrimonial além de ser um importante aliado no cálculo de indicadores financeiros Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 423 Conceituando O ativo imobilizado é parte do grupo tangível das empresas no qual faz parte o ativo delas Dessa forma ele é considerado um bem que a empresa utiliza a fim de fornecer mercadorias serviços locação de terceiros finalidade administrativa etc e que serão utilizados por mais de um período A fundamentação jurídica para o ativo imobilizado encontrase na Lei nº 64041976 Art 179 inciso IV cuja redação contempla Considerase Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios riscos e controle desses bens BRASIL 1976 online Iudícibus et al 2010 ao definirem o ativo imobilizado afirmam que o mesmo é composto por bens destinados ao uso e à manutenção da empresa englobando também os ativos de propriedade industrial ou comercial Com isso o ativo imobilizado pode contemplar diversos ciclos operacionais da empresa inclusive a vida toda Os autores destacam ainda que os bens pertencentes à empresa e que se destinam ao processo operacional futuro também são considerados ativo imobilizado Fonte adaptado de Brasil 1976 online e Iudícibus et al 2010 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 523 Nesse sentido um automóvel uma máquina um edifício utilizado por uma empresa são ativos imobilizados da mesma haja vista que são utilizados em seu processo operacional e não com o objetivo de venda assim um terreno que esteja em processo de receber novas instalações também faz parte do ativo imobilizado Destacase ainda que todo ativo imobilizado é tangível ou seja são itens como máquinas equipamentos edificações etc bens como patente e direito autoral cujo valor se caracteriza como direito de propriedade são alinhados no grupo de ativos intangíveis Para compreender melhor o conceito de ativo imobilizado é importante conhecer as suas classes Uma delas é o agrupamento de ativos de natureza e o uso semelhantes nas operações de uma empresa O Quadro 1 a seguir exemplifica esta ideia Ativo Imobilizado Descrição Terrenos Onde se localiza a empresa a sua administração as suas filiais ou os seus depósitos Edificações Contemplam os edifícios em operação imóveis administração fábrica filiais ou depósitos de propriedade da empresa Instalações Contemplam os equipamentos materiais e custos de implantação de instalações elétricas hidráulica climatização comunicações etc Máquinas e equipamentos Referemse às máquinas e aos equipamentos que auxiliam na produção e realização de bens e serviços na empresa Móveis e Quadro 1 Exemplos e descrição de ativo imobilizado Fonte Iudícibus et al 2010 Exemplo 1 suponha um bem cujo preço de aquisição foi de R 5000000 com vida útil de cinco anos e valor de venda ao final deste período correspondente a 20 do valor de aquisição Se considerarmos um contexto sem inflação podese afirmar que o valor residual desse equipamento é de R 1000000 O exemplo aponta que 80 do valor investido ou seja R 4000000 não será recuperado com isso é preciso transformálo em despesa isto é nos resultados desses cinco anos é preciso deduzir esse valor não recuperável sem fazêlo portanto parte do lucro e sim da recuperação do ativo imobilizado Seguindo esta lógica ao transformar esse valor de R 4000000 em despesa ocorre o processo de depreciação IUDÍCIBUS et al 2010 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 623 Conceituando A depreciação pode ser entendida como uma despesa ou um custo para a empresa e se refere à obsolescência ao longo do tempo dos ativos imobilizados Este processo ocorre porque com o passar do tempo há o desgaste do bem por causa do uso na produção fazendo com que esses ativos percam o valor De maneira mais técnica podese considerar a depreciação o processo de transformar em despesa parte do valor de um ativo imobilizado destinado ao uso sendo portanto a diferença entre o custo de aquisição e o valor residual Chama a atenção o fato de que a taxa anual de depreciação tem como limite o próprio valor do bem e isso deve ser feito de forma individualizada observando as características de cada um dos bens utilizados pela empresa Fonte adaptado de Iudícibus et al 2010 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 723 Dessa forma para calcular a amortização de um bem depreciável devese levar em consideração a a estimação da vida útil do bem b a estimação do valor residual ao final da vida útil do bem c problema de escolha do método A baixa do ativo imobilizado ocorre quando o mesmo deixa de fazer parte do patrimônio da empresa sendo necessário portanto considerar a vida útil do bem É importante destacar ainda que toda baixa precisa estar documentada para fins contábeis Como já destacado causas físicas e funcionais são fatores que limitam a vida útil de um ativo Iudícibus et al 2010 apontam que com o avanço do progresso tecnológico algumas máquinas mesmo em condições de funcionamento se tornam obsoletas não sendo mais economicamente utilizadas Como exemplo temos os aparelhos de informática que rapidamente evoluem em relação à sua funcionalidade sendo necessária a troca Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 823 Atenção O pronunciamento técnico que trata dos ativos imobilizados é o CP27 Este prescreve o tratamento contábil para esses ativos de forma que os usuários das Demonstrações Contábeis possam obter informações sobre o investimento em seus ativos imobilizados bem como as alterações nesse investimento Disponível aqui As demonstrações financeiras da depreciação são partes integrantes das Demonstrações Contábeis da depreciação Lançamento Descrição Débito Conta despesa com depreciação Quadro 2 Lançamentos das Demonstrações Contábeis Fonte a autora Importante destacar também que a depreciação não pode ser creditada diretamente na conta ativo pois neste caso o custo seria perdido de vista A depreciação por ser uma estimativa deve ser creditada em uma conta específica a fim de que seja possível realizar os seus ajustes no decorrer do tempo Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 923 Conectese Acesse o vídeo que mostra o passo a passo para calcular a depreciação de máquinas e equipamentos Disponível aqui Há diversos métodos utilizados para se calcular a depreciação dentre eles se destacam Método Linear Soma dos Dígitos Método Exponencial e MáquinasHora os quais são apresentados e exemplificados a seguir O Método Linear contabiliza como despesa ou custo uma parcela constante do valor do bem em cada período Exemplo 2 uma empresa comprou no início do ano uma máquina no valor de 5000000 com vida útil estimada em cinco anos e valor residual de 20 Neste caso o valor da depreciação será 50000 20 400005 800000 anual Para o cálculo do valor mensal será 80000012 66666 Ao final do primeiro ano o balanço ficará da seguinte forma Valor do bem 50 000 00 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1023 Valor do bem 5000000 Depreciação acumulada 8 000 00 42 000 00 Tabela 1 Lançamento da depreciação Exemplo 2 Fonte a autora Já para a implantação do Método da Soma dos Dígitos somamse os algarismos desde a unidade até o número que representa os anos da vida útil do bem Exemplo 3 para o caso anterior considerando o valor residual de 1000000 teríamos 1 2 3 4 5 15 Quota Ano 1 515 x 4000000 1333333 Quota Ano 2 415 x 4000000 1066666 Quota Ano 3 315 x 4000000 800000 Quota Ano 4 215 x 4000000 533333 Tabela 2 Depreciação com valor residual Exemplo 3 Fonte a autora O Método Saldo Decrescente também conhecido como Método Exponencial consiste em calcular quotas de depreciação por meio da multiplicação de um percentual fixo sobre o valor contábil o qual decresce ao ano Exemplo 4 seguindo com as informações apresentadas nos métodos anteriores teríamos o seguinte resultado Quota Ano 1 2752 x 5000000 1376102 Quota Ano 2 2752 x 3623898 997361 Quota Ano 3 2752 x 2626528 722874 Quota Ano 4 2752 x 1903654 523924 Quota Ano 5 2752 x 1379730 379730 Soma 40 000 00 Tabela 3 Depreciação pelo Método do Saldo Decrescente Fonte a autora Importante destacar que o percentual anual a ser depreciado é calculado pela seguinte fórmula dep anual 1 n valor residual d b neste caso o percentual de 2752 foi obtido por 1 5 10000 2752 50000 as quotas de depreciação anual foram calculadas da seguinte maneira Quota Ano 1 2752 5000000 1376102 Quota Ano 2 2752 3623898 997361 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1123 Quota Ano 3 2752 2626528 722874 Quota Ano 4 2752 1903663 523924 Quota Ano 5 2752 1379730 379730 Os saldos que serviram de base de cálculo da depreciação anual foram obtidos da seguinte maneira Ano 1 5000000 Ano 2 5000000 1376102 3623898 Ano 3 3623898 997361 2626528 Ano 4 2626528 722874 1903663 Ano 5 1903663 523924 1379730 Compreendido esse método passamos a apresentar o Método MáquinasHora o qual é mais utilizado por grandes indústrias que geralmente trabalham com diversos turnos A ideia básica desse método consiste em estimar a quantidade de horas que a máquina será utilizada e com base nisso calculase a depreciação Exemplo 5 uma nova máquina adquirida por uma empresa gera o total de 33792 horas ou seja 16 horas diárias em 22 dias de trabalho no mês com 12 meses no ano durante oito anos 16x22x12x8 Assim a depreciação ocorre a cada hora trabalhada na proporção 133792 ao final do período temse a depreciação do bem Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1223 Tech A Microsoft possui no Excel uma fórmula para o cálculo da depreciação O passo a passo para a sua utilização assim como um exemplo prático Disponível aqui Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1323 A questão tributária é parte fundamental na gestão de uma empresa pois os tributos influenciam diretamente o seu fluxo de caixa e a sua lucratividade Oa gestora deve ter em mente que o planejamento tributário dentro do contexto conjuntural vivenciado nos últimos tempos permite que a empresa torne mais eficiente o processo de maximização dos lucros por meio de melhorias no seu fluxo de caixa o que permitirá a atuação competitiva no mercado O cenário fiscal brasileiro é complexo e isso exige que as empresas reavaliem as suas obrigações periodicamente especialmente ao final do exercício Esta constante reavaliação contribui para a redução dos custos mesmo com tributos pois ao conhecer as formas de enquadramento os tipos de tributos os benefícios fiscais e as oportunidades tributárias dentro de um processo de planejamento melhores resultados poderão ser alcançados pelas empresas Aqui verificaremos a influência do Imposto de Renda no investimento de uma organização empresarial considerando que a carga tributária representa um ônus real para a empresa e como já destacado isso afeta os fluxos monetários dos investimentos o que pode fazer um projeto tornarse menos lucrativo ou até mesmo inviável Por isso é fundamental a inclusão do Imposto de Renda na análise de projetos OLIVEIRA 1982 De acordo com Casarotto Filho e Kopittke 2020 o Imposto de Renda incide sobre o lucro tributável das corporações e a sua faixa oscila em média de 15 a 25 dos lucros dependendo da política fiscal vigente Os autores destacam ainda que a alíquota é aplicada sobre o lucro apurado no final do exercício O lucro referese à diferença entre o faturamento receita e as despesas além de fatores como depreciação responsável por repor os ativos da empresa amortização de financiamento vendas a prazo que influenciam substancialmente o valor a ser pago de Imposto de Renda pois impactam diretamente o fluxo de caixa Importante destacar também que de acordo com a legislação tributária é possível as empresas deduzirem a depreciação do seu lucro anual e a partir daí calcularem o Imposto de Renda Precisamos analisar os projetos após o IR Oliveira 1982 aponta que uma dificuldade que pode surgir quando se determinam os fluxos de caixa após o IR é a utilização do ativo na maioria das vezes não coincidir com a vida contábil prevista pela legislação tributária para calcular a depreciação O autor destaca ainda que podem ocorrer os seguintes casos Vida econômica vida contábil neste caso o ativo será depreciado integralmente ao longo do horizonte do planejamento considerado Vida econômica vida contábil neste caso o ativo será depreciado integralmente porém durante um período menor do que o horizonte de planejamento Vida econômica vida contábil aqui o ativo será depreciado parcialmente durante o horizonte de planejamento Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1423 Conceituando Vida econômica se refere ao operacional de um bem Vida contábil prazo de utilização funcional de um bem ou seja coincide com o seu período de depreciação Exemplo 6 suponha que uma empresa adquira um equipamento no valor de R 2000000 com vida econômica de seis anos sem valor residual ao final deste período com previsão de lucro anual no valor de R 600000 e IR de 30 Verifique a TIR para os seguintes casos a b c ab d c030 e ad Ano FC antes do IR Depreciação Lucro tribuável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 500000 100000 30000 570000 2 600000 500000 100000 30000 570000 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1523 6 00000 5 00000 00000 30000 5 0000 3 600000 500000 100000 30000 570000 4 600000 500000 100000 30000 570000 Tabela 4 Fluxo de caixa Exemplo 6 vida contábil de quatro anos Fonte a autora a b c ab d c030 e ad Ano FC antes do IR Depreciação Lucro tribuável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 333333 266667 80000 520000 2 600000 333333 266667 80000 520000 3 600000 333333 266667 80000 520000 4 600000 333333 266667 80000 520000 Tabela 5 Fluxo de caixa Exemplo 6 vida contábil de seis anos Fonte a autora a b c d ab e d035 f ad Ano FC antes do IR Depreciação Dif contábil Lucro tributável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 285714 314286 110000 490000 2 600000 285714 314286 110000 490000 3 600000 285714 314286 110000 490000 4 600000 285714 314286 110000 490000 Tabela 6 Fluxo de caixa Exemplo 6 vida contábil de sete anos Fonte a autora Neste último exemplo como o bem possui vida econômica de seis anos e vida contábil de sete anos o valor de 285714 que é a última parcela da depreciação é considerado a diferença contábil desse investimento Resumo Vida contábil Taxa retorno 4 1530 6 1440 Tabela 7 TIR Exemplo 6 Fonte a autora Diante deste exemplo é possível observar que quanto menor a vida contábil ou seja quanto mais rapidamente o bem for depreciado maior a Taxa Interna de Retorno pois o pagamento de maiores valores de impostos é postergado melhorando assim a rentabilidade do projeto Considere agora o mesmo exemplo mas com valor Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1623 postergado melhorando assim a rentabilidade do projeto Considere agora o mesmo exemplo mas com valor residual de R 600000 Exemplo 7 a b c ab d c030 e ad Ano FC antes do IR Depreciação Lucro tributável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 500000 100000 30000 570000 2 600000 500000 100000 30000 570000 3 600000 500000 100000 30000 570000 4 600000 500000 100000 30000 570000 Tabela 8 Fluxo de caixa Exemplo 7 vida contábil de quatro anos valor residual 600000 Fonte a autora a b c ab d c030 e ad Ano FC antes do IR Depreciação Lucro tributável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 333333 266667 80000 520000 2 600000 333333 266667 80000 520000 3 600000 333333 266667 80000 520000 4 600000 333333 266667 80000 520000 Tabela 9 Fluxo de caixa Exemplo 7 vida contábil de seis anos valor residual 600000 Fonte a autora a b c d ab e d035 F ad Ano FC antes do IR Depreciação Dif contábil Lucro tributável IR FC após IR 0 2000000 2000000 1 600000 285714 314286 110000 490000 2 600000 285714 314286 110000 490000 3 600000 285714 314286 110000 490000 4 600000 285714 314286 110000 490000 Tabela 10 Fluxo de caixa Exemplo 7 vida contábil de sete anos valor residual 600000 Fonte a autora Vida contábil Taxa retorno 4 1850 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1723 4 1850 6 1750 Tabela 11 TIR Exemplo 7 Fonte a autora Importante destacar que nesse exemplo o valor residual de R 600000 foi acrescentado no último ano do fluxo de caixa Destacase ainda que a diferença contábil neste caso é de R 314286 que se refere ao valor contábil R 285714 descontado do valor residual de R 600000 Com isso concluise que os projetos de investimento que possuem valor residual geram taxas de retorno mais elevadas mas da mesma maneira que no caso anterior esse valor é mais elevado quanto menor for o tempo de depreciação do equipamento Os exemplos a seguir mostram a análise considerando a viabilidade do projeto pela ótica do Valor Presente Exemplo 8 suponha que uma empresa fará um investimento em um novo equipamento Este novo investimento a ser feito será de R 1000000 e antes da dedução da depreciação e do IR a empresa obterá lucros de R 300000 ao ano durante cinco anos Após este período o equipamento será vendido por R 400000 Determine o VPL a 8 ao ano não considerando IR e após com IR de 30 A B AB Ano FC antes do IR Diferença conábil Renda tributável IR FC após IR 0 1000000 1000000 1 300000 200000 60000 240000 2 300000 200000 60000 240000 3 300000 200000 60000 240000 Tabela 12 Valor Presente Líquido com IR e sem IR Exemplo 8 Fonte a autora Observações O fluxo de caixa do ano 5 corresponde ao lucro 300000 o valor de revenda 400000 O valor contábil sendo de 500000 1000000 50 de depreciação ou seja 10 ao ano durante cinco anos e a revenda de 400000 caracterizam perda contábil de 1000 que corresponde a 100000 no quadro Diferença Contábil O valor de 100000 no ano 5 na Renda Tributável corresponde ao lucro de 300000 menos a depreciação de 100000 menos a perda contábil de 100000 A taxa de depreciação considerada foi de 10 Como pode ser verificado o efeito do Imposto de Renda e a depreciação reduziram substancialmente o valor presente desse investimento Esse exemplo mostra como o IR e a depreciação podem impactar os resultados das organizações Casarotto Filho e Kopittke 2020 destacam ainda algumas considerações a respeito do preenchimento da planilha anterior São elas Se a aquisição for financiada será preciso incluir as colunas de juros e da amortização na planilha Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1823 q ç p j ç p Discriminar os valores envolvendo a compra ou a venda de equipamento No caso apresentado poderia ser colocado no ano 5 uma linha de lucro e outra de venda do equipamento A compra de um equipamento e a sua venda pelo valor contábil não são tributadas No caso da venda do equipamento se o valor contábil for superior ao de venda haverá prejuízo contábil e este será subtraído da renda tributável se ocorrer o inverso o lucro será somado à renda tributável Abatemse as despesas da renda tributável e somamse às receitas Exemplo 9 para reforçar o entendimento desse conceito agora exemplificaremos um caso em que há o financiamento do bem em questão Considerase o exemplo trabalhado anteriormente mas com quatro amortizações anuais no valor de R 250000 a uma taxa de 10 ao ano Os resultados são apresentados a seguir A B C D E A BCD F G AF Ano FC antes do IR Deprecição Amortização Dif contábil Renda tributável IR FC após IR 0 1 50000 100000 250000 100000 30000 80000 2 25000 100000 250000 125000 37500 62500 Tabela 13 Valor Presente Líquido com IR e sem IR Exemplo 9 Fonte a autora Novamente é importante fazer algumas considerações a respeito da planilha No fluxo de caixa antes do IR coluna A foram deduzidos amortização e juros A amortização do financiamento não é despesa apenas desembolso portanto não dedutível assim para o cálculo da diferença contábil calculase o valor contábil 1000000 50 de depreciação 500000 e deduz o valor da revenda 400000 logo a diferença contábil é de 100000 Na renda tributável do ano 5 não deve ser incluído o valor de revenda Como pôde ser observado a tributação tem impacto sobre os resultados das organizações pois atingem diretamente o fluxo de caixa delas O Imposto de Renda em especial deve ser considerado no planejamento das empresas tanto em alternativas financiadas como não financiadas Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 1923 Na prática Assista ao vídeo a seguir em que é apresentado o passo a passo do cálculo da Taxa Interna de Retorno TIR de fluxo de caixa com o Imposto de Renda e o valor residual Disponível aqui Conforme Oliveira 1982 o Lucro Tributável Negativo prejuízo contábil ocorre quando a depreciação é maior do que os lucros previstos antes de sua dedução neste caso haverá uma redução no valor do imposto devido haja vista que houve prejuízo da empresa no exercício Sob a ótica do projeto em casos como este a situação é conduzida como se a firma pagasse integralmente os seus impostos e a Receita Federal por sua vez devolvesse ao projeto o equivalente à redução dos impostos Oliveira 1982 em sua análise afirma que projetos independentes podem apresentar prejuízos nos primeiros anos mas esses são compensados posteriormente por meio de mecanismos fiscais que possibilitem a dedução Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 2023 anos mas esses são compensados posteriormente por meio de mecanismos fiscais que possibilitem a dedução dos lucros futuros para fins de imposto de renda Para uma aplicação prática suponha a situação a seguir Exemplo 10 o gerente de uma empresa está procurando inserir em sua linha de produção um novo equipamento com o objetivo de otimizar a produção Esse novo investimento apresenta as seguintes características Investimento necessário R 3000000 Redução anual dos custos R 600000 Valor residual 0 Taxa de depreciação 25 ao ano Quadro 3 Dados informativos para o Exemplo 10 Fonte a autora Considerando a taxa mínima de atratividade de 10 ao ano após os impostos cuja alíquota de IR é de 30 qual deveria ser o parecerrecomendação da engenharia industrial na análise desse projeto Para responder a esta questão verificaremos a Tabela 14 a seguir a b cab dc030 ead Ano FC antes do IR Deprecição Lucro tributável IR FC após IR 0 3000000 3000000 1 600000 750000 150000 45000 645000 2 600000 750000 150000 45000 645000 3 600000 750000 150000 45000 645000 4 600000 750000 150000 45000 645000 5 600000 600000 180000 420000 6 600000 600000 180000 420000 7 6 000 00 6 000 00 1 800 00 4 200 00 Tabela 14 TIR com lucro tributável negativo Fonte a autora Observe que para a determinação do fluxo de caixa após o Imposto de Renda tudo se passa como se houvesse uma restituição do imposto ao projeto num montante igual à redução de imposto em relação ao que seria pago pela empresa sem o projeto Assim o fluxo de caixa após o IR do ano 1 ao 4 é maior ou seja enquanto a empresa tem um valor depreciado maior do que o seu lucro ela tem o IR deduzido aumentando assim o fluxo de caixa do período Como resultado final a recomendação para o projeto em análise é por sua viabilidade haja vista que o valor da TIR 1251 é maior do que a TMA 10 Até agora vimos como os investimentos são afetados pelo Imposto de Renda mostrando a importância de considerálo na análise de projetos de investimentos Entretanto como já destacado o sistema tributário brasileiro é bastante complexo e exige do gestor bom conhecimento do seu funcionamento a fim de otimizar os Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 2123 custos das empresas Por este motivo o planejamento tributário é vital para a sobrevivência das organizações Assim cabe destacar a seguir as principais modalidades de tributos estabelecidos às empresas bem como a maneira com que as mesmas podem se enquadrar nos diversos regimes tributários existentes Vejamos a seguir Os principais tributos que incidem sobre a pessoa jurídica bem como os possíveis regimes tributários que as empresas podem se enquadrar são Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRPJ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PISPASEP Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS Imposto sobre Serviços ISS Em se tratando de regimes tributários há três modalidades nas quais as empresas podem declarar o seu IRPJ Simples Nacional Lucro Presumido e Lucro Real De acordo com Portal Tributário 2021 online¹ essas modalidades são caracterizadas da seguinte maneira Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 2223 Página inicial 16112022 2010 Unidade 2 httpssitesgooglecomunicesumarcombrinvestengeconun2páginainicialunidade2 2323 Em pauta PósGraduação Análise de Investimentos e Eng Econômica Un 2 Podcast This is PósGraduação Análise de Investimentos e Eng Econômica Un 2 Podcast by Unicesumar on Vimeo the home Você não está vendo nada acima Autenticar novamente A importância do controle do ativo imobilizado de forma prática se torna fundamental para o planejamento estratégico da empresa e para a composição do balanço patrimonial além de ser útil em cálculos de indicadores financeiros É importante que você gestora administradora ou empresárioa tenha em mente três competências importantes na temática analisada nesta unidade Conhecer e administrar corretamente os ativos imobilizados da empresa Conhecer a situação dos bens da empresa e a sua vida útil esperada Considerar a depreciação e o Imposto de Renda em seus projetos de viabilidade econômica Avançar UNICESUMAR UNIVERSO EAD Página inicial