• Home
  • Chat IA
  • Guru IA
  • Tutores
  • Central de ajuda
Home
Chat IA
Guru IA
Tutores

·

Letras ·

Pedagogia

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Projetos Pedagogicos - Conceitos Tipos Estrutura e Formacao Cidadã

10

Projetos Pedagogicos - Conceitos Tipos Estrutura e Formacao Cidadã

Pedagogia

UEA

Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos na Formação em Enfermagem

2

Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos na Formação em Enfermagem

Pedagogia

UEA

Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira 5a a 8a Série

121

Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira 5a a 8a Série

Pedagogia

UFRN

Atividade-Educacional-Releitura-Grafite-Lavrador-Cafe-Portinari

1

Atividade-Educacional-Releitura-Grafite-Lavrador-Cafe-Portinari

Pedagogia

UMG

Planejamento

10

Planejamento

Pedagogia

UNIA

Texto de pré-visualização

335 ACERCA DE DIRETRIZES CURRICULARES E PROJETOS PEDAGÓGICOS um início de reflexão Dagmar Estermann Meyer Maria Henriqueta Luce Kruse Texto produzido em maio de 2002 para subsidiar as discussões realizadas durante o VIº SENADEn em TeresinaPI com o objetivo de apoiar a implementação da resolução CNECES nº 3 de 7 de novembro de 2001 Colocálo em debate neste número especial permite capturar algumas das reflexões desencadeadas a partir dele desde então Enfermeira Doutora em Educação Professora Adjunta da Faculdade de Educação da UFRGS Enfermeira Doutoranda em Educação PPGE Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da UFRGS Email do autor kruseuolcombr 1 Introdução Não sejas nunca de tal forma que não possas ser também de outra maneira E não perguntes quem é aquele que sabe a resposta nem mesmo a essa parte de ti mesmo que sabe a resposta porque a resposta pode matar a intensidade da pergunta e o que se agita nessa intensidade Sê tu mesmo a pergunta153 Discussões que envolvem a implementação de mudanças curriculares usualmente se concentram na busca de respostas que delimitem com uma certa segurança o que deve ser transmitido e como deve se dar essa transmissão em determinado nível de formação Com esse procedimento permanecemos sempre muito próximos daquilo que já está instalado e tendemos a reproduzir em grande medida as mesmas verdades e as mesmas situações Com as palavras de Larrosa que abrem esse texto estamos indicando nosso desejo de experimentar uma mudança de foco das respostas para as perguntas da certeza para a dúvida da prescrição para a problematização Com tal postura não estamos aqui nos propondo a reescrever uma história dos currículos de enfermagem ou pretendendo recolocar a discussão sobre as circunstâncias políticas em que se produziram as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais ou ainda questionando a sua legitimidade uma vez que as mesmas foram elaboradas com base em uma multiplicidade de propostas construídas no âmbito da própria Enfermagem ao longo dos últimos anos O que desejamos ao desalojar a dúvida e a incerteza dos redutos em que costumamos encarcerálas é sensibilizar o nosso olhar para outros tipos de expressão e de possibilidade E isso significa em determinados momentos retomar alguns conceitos pressupostos ou procedimentos e relacionálos de modo direto ou através de indagações com a história com as condições de sua emergência com aquelas condições que lhes garantiram sua materialidade Uma primeira observação a ser resgatada é que nos últimos anos as críticas e avaliações acerca dos pressupostos que têm norteado o ensino têm enfatizado que a incorporação intensiva de tecnologia e a centralidade do hospital para o desenvolvimento das práticas de saúde não têm produzido os impactos que desejaríamos nos indicadores sanitários e nem sequer uma maior satisfação dos usuários Embora reconhecendo que os avanços tecnológicos têm sido úteis para a humanidade melhorando a qualidade e a expectativa de vida de determinados grupos não temos sido capazes de fazer com que estas conquistas atinjam majoritariamente a população Em países com as características do Brasil isso fica ainda mais difícil devido às grandes desigualdades sociais e à pesada carga financeira que um sistema de saúde com essas características agrega para uma grande parcela da sociedade Faz todo o sentido então a proposição de outras referências Resumo O texto apresenta algumas reflexões com as quais se pretende subsidiar discussões decorrentes da necessidade de implementar as Diretrizes Curriculares nos cursos de graduação em Enfermagem no Brasil Tomando como referências autores e autoras que tematizam o currículo desde as perspectivas póscríticas em Educação o texto propõe mudanças de foco para desenvolver estas reflexões quais sejam das respostas paras as perguntas da certeza para a dúvida da prescrição para a problematização Desde esse lugar sugerimos que as diretrizes curriculares podem ter a finalidade de fornecer referências para a formulação de projetos político pedagógicos que se articulem tanto às demandas políticas e sociais da sociedade mais ampla quanto às necessidades e interesses locais sem colarse ou subsumirnos nelas Descritores diretrizes curriculares nacionais currículos de enfermagem educação em enfermagem Resumen El texto presenta algunas reflexiones con las cuales se pretende subsidiar las discusiones que decurren de la necesidad de implementar las Directrices Curriculares en los cursos de graduación en Enfermería en Brasil Tomando como referencia a los autores cuya temática es el currículo desde las perspectivas poscríticas en Educación el texto propone unos cambios de foco para desarrollar estas reflexiones que son de las respuestas a las preguntas de la seguridad hacia la duda de la prescripción hacia la problematización Desde este sitio sugerimos que las directrices puedan tener la finalidad de suministrar referencias para formular proyectos políticopedagógicos capaces de articularse tanto con las demandas políticas y sociales en su amplio sentido como con las necesidades e intereses locales sin mimetizarse o someterse a ellas Descriptores directrices curriculares nacionales currículos de enfermería educación en enfermería Título Sobre las directrices curriculares y proyectos pedagógicos un principio de reflexión Abstract This text presents some reflections which we intend to use as subsidies for discussions stemming from the need to implement the current Curricular Guidelines in undergraduate Nursing programs in Brazil Having as a reference authors who write from a postcritic perspective in Education the text proposes a change in focus to address these reflections namely answers to questions from certainty to doubt from prescription to problematization Following this line we suggest that curricular guidelines should aim at providing references for the creation of politicalpedagogical projects which articulate both with the political and social demands of the broadbased society as to local needs and interests without attaching to or submitting to them Descriptors national curricular guidelines nursing curricula nursing education Title About curricular guidelines and pedagogical projects starting a reflection Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 336 para a formação profissional as quais deveriam estar sustentadas em estratégias de renovação capazes de fazer frente ao desafio de qualificar enfermeirasos que contribuam de forma efetiva para a implantação eou aprimoramento de uma proposta de atenção à saúde mais justa mais igualitária e de melhor qualidade E isso implica também repensar as relações entre enfermagem e sociedade brasileira e sobretudo repensar o seu lugar e a sua responsabilidade no contexto das políticas públicas de saúde e educação em sua configuração atual Com essa perspectiva não deveríamos perder de vista determinadas características deste tempo que estamos vivendo porque elas podem dimensionar melhor a discussão que estamos propondo aqui As reformas educacionais instituídas no Brasil desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases LDB em dezembro de 1996 dentre outros aspectos vêm determinando novas configurações aos padrões curriculares que até recentemente vigoravam em todos os níveis e modalidades de ensino A tais medidas têm se contraposto movimentos de alguns segmentos da sociedade civil e no campo específico da educação superior podemos encontrar um exemplo concreto disso nos debates desencadeados a partir das proposições que emanaram do MEC para reformular a formação em nível superior de professoresas para atuarem na educação básica No contexto da educação básica e da formação de professores tais debates e movimentos têmse consolidado desde 19945 quando o MEC propôs ao País os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs cujo processo de elaboração e promulgação guarda muitas semelhanças com este que estamos vivendo hoje no ensino superior Exatamente por isso poderia ser útil mencionar algumas das indagações que nortearam o movimento de contraposição das entidades representativas dos as educadoresas aos PCNs porque tais indagações deveriam servir de pano de fundo para a discussão que estaremos efetivando nesta oficina Tomando como referência a questão Faz sentido a idéia de um currículo nacional um dos documentos de contestação então elaborados enfatizava que a pergunta que deveria anteceder toda a discussão acerca da própria proposição de um currículo nacional o que as diretrizes curriculares também pretendem ser nas diferentes áreas de formação no ensino superior diz respeito exatamente à pertinência de se ter um currículo nacional sobretudo se tal discussão for inserida no bojo da teorização mais recente desenvolvida no âmbito das Teorias do Currículo2 As demais questões colocadas naquele documento também poderiam ser reelaboradas para pensarmos esse contexto que estamos vivendo aqui estamos nos defrontando com diretrizes curriculares ou com um currículo nacional Onde e como tais diretrizes se distanciam ou modificam substantivamente os currículos mínimos nacionais que elas vêm substituir Quais são as vozes presentes e quais são as vozes ausentes neste texto que chama para si a autoridade e a competência para apresentar uma posição de consenso acerca dos pressupostos que devem nortear a formação profissional em enfermagem em nível nacional A promulgação de diretrizes curriculares para os cursos de formação profissional em nível de graduação está inserida em um discurso que anuncia uma ampla reforma educacional do ensino superior brasileiro Gimeno Sacristánalerta que sob a denominação de reforma se abrigam uma infinidade de tipos de iniciativas e programas com propósitos muito variados351 desde a adequação do ensino às demandas do mercado de trabalho até a descentralização da administração do sistema passando pela incorporação de novas tecnologias educacionais ao currículo ou visando melhorar o rendimento dos alunos ou ainda melhorar a qualidade do trabalho docente Apontando para uma situação que também nos é muito familiar qual seja a de que a área da educação é em geral preterida e desvalorizada na concretude da escala de prioridades estabelecida pelas forças econômicas políticas e sociais Sacristán constata que é exatamente por isso que todo programa de reforma encontra rapidamente ecos e esperanças nos mais diretamente interessados na educação ou ao menos nos que vivem dela as escolas e os professores352 ecos e esperanças que estão sujeitas a inevitáveis decepções uma vez que se põe mais fé na hermenêutica e no discurso do que na análise crítica e na experiência histórica352 Então mesmo que não estejamos nesse momento contestando a urgência histórica que nos incita a buscar formas de traduzir tais diretrizes em currículos ou projetos pedagógicos o processo mesmo de sua tradução exige um questionamento mais abrangente dos pressupostos básicos que as atravessam e constituem porque Em educação e em especial na enfermagem sobrevive em grande medida uma forma de entender a mudança social que se nutre de um certo messianismo e da mentalidade burocrática tradicional Isso consiste em atribuir ao discurso que se difunde uma força capaz de transformar a prática um discurso cuja realização se tornará realidade pela própria força de evidência de suas virtudes e através de intervenção administrativa Se existisse uma análise constante das demandas sociais se existissem formas de envolvimento dos diferentes grupos que participam do sistema educacional e do sistema de saúde se fosse realizada uma constante avaliação da cultura escolar e sanitária se existisse um sistema eficaz de aperfeiçoamento de ação contínua se existisse uma comunicação fluida entre a cultura externa e aquela que é enlatada nos currículos não haveria necessidade de se utilizar com tanta freqüência esse rito de reformas recorrentes3534 Tendo delineado essas posições básicas que a nosso ver deveriam atravessar a discussão acerca das possibilidades de implementação das diretrizes curriculares passamos agora para um olhar mais próximo ao texto das diretrizes curriculares 2 Diretrizes curriculares e currículo um olhar mais próximo do texto Um dos conceitos chave para iniciar qualquer discussão acerca da implementação de reformas educacionais é o conceito de currículo No campo da educação o currículo se constitui como sendo um dos elementos centrais em torno do qual giram os debates sobre a escola em sentido amplo e seu significado social A teorização educacional crítica há muito tempo consolidou a idéia de que o currículo não envolve apenas questões técnicas relativas a conteúdos de ensino procedimentos didáticos e métodos e técnicas pedagógicas tal como ele era concebido pelas pedagogias tecnicistas dos anos 70 ou 80 enfatizando que ele é um artefato social e cultural que precisa ser compreendido e discutido considerandose as suas determinações históricas sociais e lingüisticas No Brasil muitos trabalhos foram publicados e desenvolvem a perspectiva de que o currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social disponível47 Eles enfatizam que O currículo está implicado em relações de poder que ele transmite visões sociais particulares e interessadas e desta forma está envolvido com a produção de identidades individuais e sociais particulares Sendo assim o currículo qualquer que seja ele têm uma história que o vincula a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação48 No contexto desse debate currículo passa a ser entendido como sendo o núcleo que corporifica o conjunto de todas as experiências cognitivas e afetivas proporcionadas aos estudantes e às estudantes no decorrer do processo de formação o que significa entendêlo como sendo um espaço conflituoso e ativo de produção cultural6 No currículo Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Acerca de Diretrizes Curriculares 337 confrontamse diferentes culturas e linguagens e professoras e professores estudantes e administradores freqüentemente divergem em relação às aprendizagens e práticas que devem ser escolhidas e valorizadas Isso pode ser reconhecido facilmente se pararmos para pensar um pouco nesse processo que estamos vivendo aqui ao nos reunirmos para discutir quais são as diferentes possibilidades de implementação das diretrizes curriculares A Nova Sociologia da Educação desde as suas origens na década de 70 na Inglaterra vem apontando para a importância de se discutir os processos que envolvem a produção seleção distribuição ensinoaprendizagem e avaliação do conhecimento escolar e a sua relação com o controle e a dominação sociais O que se tem enfatizado mais recentemente é a importância de se interrogar o que se chama de conexões entre linguagem e poder 511 a fim de se compreender como o currículo com sua autoridade textual está implicado com a produção de representações e identidades culturais e profissionais e portanto com a produção transformação eou manutenção de diferenças e de desigualdades sociais Isso aponta para a necessidade de se analisar criticamente uma gama de questões que envolvem os processos de formação para além da já complicada operação de transposição de determinados pressupostos e princípios para um projeto pedagógico ou para uma grade curricular Alguns exemplos de tais questões quais são as concepções de sociedade educação saúde e enfermagem que estão explícitas eou subjacentes nestas Diretrizes Curriculares Elas convergem ou conflituam com as concepções dos diferentes grupos ou escolas encarregados de traduzilas em currículos ou em projetos pedagógicos como quer a linguagem oficial Como se pode pensar essa relação entre diretrizes nacionais que devem ser seguidas por todas as instituições de ensino superiore projetos pedagógicos coletivamente construídos portanto projetos locais em um contexto diverso e multifacetado como esse com que nos defrontamos no Brasil contemporâneo Não precisaríamos aqui questionar a idéia de um currículo nacional uma vez que os objetivos e conteúdos relacionados nas diretrizes parecem estar a constituir o currículo o que deslocaria exatamente esta idéia mais ativa e local de currículoOnde e como se pode localizar eou produzir espaços que permitam às instituições formadoras potencializar as condições específicas de cada uma em especial no que se refere à qualificação de seu corpo docente à sua capacidade de desenvolver pesquisa e extensão à sua inserção no sistema público de saúde e às condições da infraestrutura de que dispõem Tratase aqui de buscar abarcar o amplo espectro da formação proposta pelas diretrizes ou de escolher e verticalizar aquelas áreas priorizadas no Projeto Pedagógico da Instituição formadora 3 Diretrizes Curriculares um olhar por dentro do texto O documento das Diretrizes Curriculares8 para a graduação em Enfermagem admite variadas leituras Uma das possíveis leituras envolveria problematizar algumas expressões ou conceitos que aparecem de forma mais recorrente porque esse exercício nos permitiria observar seus sentidos ou funções naquele contexto Por exemplo destacaríamos a expressão enfermeiroa com formação generalista Qual é o significado desta expressão No que ela se diferencia de formação geral A expressão generalista comporta múltiplas interpretações o que por si só determina uma indefinição sobre o tipo de profissional que se deseja formar Estáse enfatizando com ela um conhecimento geral de enfermagem em contraposição a um conhecimento especializado Ou podemos pensar que ela encerra uma idéia de que o egresso de um currículo deste tipo deveria ser capacitado a atuar em todos os cenários de prática Seu objetivo seria o de enfatizar a importância da formação ir além dos aspectos técnicos do saber fazer atingindo outras competências Lima8 por exemplo ao refletir sobre as diretrizes curriculares propostas para os cursos de Nutrição supõe que a mudança de formação generalista para formação geral talvez expresse o que se pretende fazer de uma forma mais adequada já que o caráter geral da formação se refere tanto a uma base filosófica que fundamenta a idéia de humanismo como a um conjunto de conhecimentos que possibilitaria o domínio da argumentação e das práticas Outros termos que aparecem de forma recorrente nas Diretrizes são interdisciplinaridade competências e habilidades autonomia institucional e flexibilidade A interdisciplinaridade vista como solução para muitos dos males que acometem o ensino desde a segunda etapa da educação básica em geral é manejada como uma solução mágica principalmente quando se trata de justificar mudanças curriculares ou propor novos currículos inclusive com a finalidade de legitimar tanto discursos renovadores quanto os defensores destes discursos Mesmo reconhecendo a importância da ênfase em uma formação interdisciplinar no contexto da educação e concordando com ela é preciso lembrar que a interdisciplinaridade ou a integração curricular não configura uma proposta nova no âmbito da formação profissional em saúde e nem da Enfermagem9 As experiências que foram levadas a efeito e que foram divulgadas não permitem dizer que tal modalidade de ensino tenha produzido resultados concretos ou mesmo relevantes uma vez que não se conhecem exemplos na educação superior que tenham conseguido manter essa modalidade de ensino em funcionamento por muito tempo De uma forma bastante simplificada podemos dizer que o movimento pela interdisciplinaridade propõe uma integração entre os diferentes campos do conhecimento a qual seria possível a partir de novos arranjos curriculares e diferentes maneiras de se trabalhar os conteúdos disciplinares para alcançar uma unidade do saber Esta fusão disciplinar faria com que desaparecesse a própria disciplinaridade Considerandose a própria organização política funcional e burocrática das instituições de ensino superior parece bastante difícil pensar um processo de formação profissional que não seja baseado em alguma estrutura em unidades de algum modo estanques e repetíveis com algum tipo de articulação entre si Assim as unidades propostas sejam quais forem os nomes que elas tenham disciplinas eixos temáticos núcleos conceituais grandes temas etc estão normalmente presentes no currículo para lhe emprestar um arcabouço uma estrutura que permita a sua organização Desta forma mesmo que possamos imaginar um saber que não seja organizado pelas disciplinas provavelmente teremos sempre um saber dividido segundo algum eixo elemento ou categoria10 Se quisermos romper com essa forma de organização do saber quais são os elementos que temos em termos de quantidade e qualidade do corpo docente em termos de condições de trabalho em termos de infraestrutura em termos de articulação com o sistema público de saúde etc para pensar ou propor estratégias que possibilitem uma interrelação ou uma efetiva integração entre as disciplinas do curso em contraposição a um olhar disciplinar isolado Será que ao contarmos com o subsídio de muitas disciplinas atuando convergentemente num processo transdisciplinar articulado podemos dar novos sentidos ao conhecimento Que outras condições seriam necessárias para apoiar o desenvolvimento de tais propostas O discurso sobre competências por sua vez atravessa a discussão sobre a formação de pessoal para o setor saúde desde que este conceito foi introduzido pela LDB Mesmo assim Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Meyer DE Kruse MHL aApesar da enfermagem ser uma profissão predominantemente feminina o profissional é sempre referido no masculino 338 ainda que sua adoção esteja legalmente sustentada e seja oficialmente incentivada há espaço aí para um caloroso debate acerca da pertinência de sua incorporação nas propostas de formação profissional Portanto existe ainda um longo caminho a ser percorrido para que se estabeleçam modos de formação profissional pertinentes com suas propostas Desta forma poderíamos perguntar quais são os múltiplos sentidos contidos no termo competência Em relação às tão faladas novas competências para o trabalho quais seriam os cenários de trabalho que deveríamos projetar e como incluir esta projeção em nossos projetos políticopedagógicos Quais seriam as competências cognitivas e comportamentais requeridas Na maioria das vezes um currículo por competências pode estar apenas tomando por base uma determinada noção de competência sem que seja possível estabelecer o que caracterizaria uma formação profissional relacionada a determinado tipo de atenção à saúde Como se poderia organizar um projeto políticopedagógico que contemplasse o conjunto de competências cognitivas e comportamentais e que ao mesmo tempo tivesse relação com as peculiaridades regionais e a vocação institucional Isso seria possível Isso seria desejável Como se poderia pensar um currículo que contemplasse também competências comunicativas comportamentais sociais e políticas Estas questões não pretendem necessariamente colocar em xeque as competências previstas nas Diretrizes Curriculares mas apontar para o fato de que o exercício da problematização é indispensável nesse processo de proposição de uma formação que responda por exemplo à necessidade de competências para o trabalho11 Ainda com relação a este mesmo tópico observamos que ao lado da expressão competência é utilizada reiteradas vezes a expressão habilidades significando uma complementaridade entre uma expressão e a outra competências e habilidades A consulta a um dicionário da língua portuguesa12 nos diz que este verbete corresponde aos sentidos de ser apto competente capaz enquanto competência seria a qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto fazer determinada coisa capacidade habilidade aptidão e idoneidade Tais palavras têm uma longa história no campo da educação e da pedagogia e não seria inadequado perguntar nos o que significa a sua recolocação no documento das Diretrizes Curriculares O que elas podem estar a representar e para que direções apontam no contexto da formação Nossa memória temporal histórica ou política poderia nos ajudar a resgatar através destas palavras muitas das quais fizeram muito sucesso em outros tempos por exemplo poderíamos relembrar a taxonomia dos objetivos instrucionais ou as propostas de qualidade total em educação sentidos que reemergem no presente com outras denominações O último aspecto que gostaríamos de problematizar para este início de conversa é que a resolução que institui as Diretrizes Curriculares prevê explicitamente em seu Artigo 14 inciso IV que a estrutura do curso de graduação em Enfermagem deve assegurar os princípios da autonomia institucional da flexibilidade de integração estudotrabalho e de pluralidade no currículo Que sentidos podem ser atribuídos aos termos autonomia e flexibilidade considerandose a estrutura e a linguagem dessa resolução A formação profissional nela proposta delineiase em torno de alguns tópicos apresentados de forma seqüencial quais sejam perfil do formando egresso competências e habilidades gerais competências e habilidades específicas conteúdos essenciais obrigatoriedade do estágio integração com o serviço de saúde previsão de atividades complementares de diferentes tipos busca da articulação entre ensino pesquisa e extensão assistência respeito ao pluralismo e à diversidade cultural dentre outros e proporcionar tudo isso considerando a inserção institucional do curso a flexibilidade dos estudos e os requerimentos demandas e expectativas de desenvolvimento do setor de saúde na região CNECES n3 artigo 10 parágrafo 2º A linguagem utilizada é quase sempre imperativa universalizante e pontual Caberia então a pergunta autonomia e flexibilidade se configuram como possibilidades de fato ou como recurso de retórica nesse contexto Como tais noções poderiam ser politicamente significadas e exploradas para abrigar interesses necessidades ou a vocação dos diferentes grupos e instituições considerandose o deslizamento entre obrigatoriedade e flexibilidade que permeia todo o texto Sobretudo se considerarmos as políticas nacionais de avaliação como o Provão que as escolas e cursos de enfermagem deverão enfrentar de forma quase concomitante à implementação das diretrizes curriculares nacionais Quais os efeitos políticos acadêmicos sociais e também econômicos derivados de um possível distanciamento do espaço de manobra com que a noção de flexibilidade parece acenar Diretrizes curriculares a intencionalidade da problematização O questionamento dessas e de outras proposições a nosso ver nucleares contidas no texto que constitui as diretrizes que procuramos estimular a partir destas reflexões iniciais não indica que estamos desconsiderando os esforços que muitasos colegas têm despendido para favorecer modificações que possibilitem uma efetiva melhoria na formação do pessoal da área da saúde Entretanto o que estamos tentando é tornar problemático e portanto histórico um documento que apresenta determinados pressupostos como naturais eou consensuais Como se eles não tivessem uma filiação um domínio e uma vontade de produzir enfermeiras e enfermeiros com uma dada identidade profissional Exatamente por isso pensamos que as diretrizes curriculares podem ter a finalidade de fornecer referências para as discussões a respeito da formulação desenvolvimento e avaliação do projeto político pedagógico dos cursos de enfermagem e não necessariamente a função de estabelecer currículos e formatações para estes cursos Uma vez que o recorte a ser efetivado pelas instituições formadoras deveria vincularse como procuramos sugerir no texto às condições de inserção social específicas de cada uma entre as quais a existência de um corpo docente qualificado a capacidade de desenvolver pesquisa e extensão condições de trabalho e infraestrutura adequada não se pode deixar de enfatizar a importância de docentes e discentes trabalharem em equipe e participarem ativamente de todo o processo e não apenas de algumas partes do mesmo para que a discussão das diretrizes e do projeto políticopedagógico se configure como um espaço de reflexão e de construção coletiva na instituição Desta forma as referências e parâmetros contidos nas diretrizes poderiam auxiliar as escolasfaculdadescursos para que no exercício de sua autonomia formulassem e organizassem seus projetos pedagógicos elegessem estratégias e modos de fazer articulados ao mesmo tempo às demandas políticas e sociais da sociedade brasileira mais ampla e às necessidades e interesses dos locais onde se inserem de modo a reordenar a formação dos recursos humanos em saúde e em especial na enfermagem no sentido de criar outras possibilidades de desenhar um modelo de atenção à saúde que contemple práticas sanitárias relacionadas a um conceito ampliado de saúde e de justiça social Delinear esta trajetória políticopedagógica por dentro das diretrizes sem colarse ou subsumirse nelas é o desafio maior que está posto a partir de agora Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Acerca de Diretrizes Curriculares 339 Referências 1 Larrosa J Pedagogia profana danças piruetas e mascaradas Porto Alegre RS Contrabando 1998 258 p 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação Análise do documento Parâmetros Curriculares Nacionais In Silva TT Gentili P organizadores Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Brasília DF CNTE 1996 10627 p 3 Sacristán G Reformas educacionais utopia retórica e prática In Silva TT Gentili P organizadores Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Brasília DF CNTE 1996 4 Moreira AF Silva TT Sociologia e teoria crítica do currículo uma introdução In Moreira AF Silva TT organizadores Currículo cultura e sociedade São Paulo Cortez 1994 154 p p 337 5 Moreira AF O currículo como política cultural e a formação docente In Silva TT Moreira AF organizadores Territórios contestados o currículo e os novos mapas políticos e culturais Petrópolis RJ Vozes 1995 202 p Estudos culturais em educação 3 6 Silva TT Os novos mapas culturais e do lugar do currículo numa paisagem pósmoderna In Silva TT Moreira AF organizadores Territórios contestados o currículo e os novos mapas políticos e culturais Petrópolis RJ Vozes 1995 202 p p 184202 Estudos culturais em educação 3 Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Meyer DE Kruse MHL 7 Moreira AF A crise da teoria curricular crítica In Costa MV O currículo nos limiares do contemporâneo Rio de Janeiro DPA 1998 176 p 8 Lima E Problemas concretos dinâmica e movimentos de mudança nos cursos de Nutrição com base nas diretrizes curriculares Caderno CE Nutes Rio de Janeiro 2001 dez242231 9 Gastaldo D Meyer D Bordas M Ensino integrado uma revisão históricocrítica do modelo implantado no ensino superior da área da saúde no Brasil Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos São Paulo 1991 janabr72170122 10 Veiga Neto A Currículo e interdisciplinaridade In Moreira AF organizador Currículo questões atuais Campinas SP Papirus 1997 11 Motta JI Buss P Nunes TC Novos desafios educacionais para a formação de recursos humanos em saúde Olho Mágico Londrina PR 2001 setdez8348 12 Ferreira ABH Novo dicionário da língua portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira 1995 Data de recebimento 22032003 Data de aprovação 26062003

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Projetos Pedagogicos - Conceitos Tipos Estrutura e Formacao Cidadã

10

Projetos Pedagogicos - Conceitos Tipos Estrutura e Formacao Cidadã

Pedagogia

UEA

Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos na Formação em Enfermagem

2

Diretrizes Curriculares e Projetos Pedagógicos na Formação em Enfermagem

Pedagogia

UEA

Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira 5a a 8a Série

121

Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Estrangeira 5a a 8a Série

Pedagogia

UFRN

Atividade-Educacional-Releitura-Grafite-Lavrador-Cafe-Portinari

1

Atividade-Educacional-Releitura-Grafite-Lavrador-Cafe-Portinari

Pedagogia

UMG

Planejamento

10

Planejamento

Pedagogia

UNIA

Texto de pré-visualização

335 ACERCA DE DIRETRIZES CURRICULARES E PROJETOS PEDAGÓGICOS um início de reflexão Dagmar Estermann Meyer Maria Henriqueta Luce Kruse Texto produzido em maio de 2002 para subsidiar as discussões realizadas durante o VIº SENADEn em TeresinaPI com o objetivo de apoiar a implementação da resolução CNECES nº 3 de 7 de novembro de 2001 Colocálo em debate neste número especial permite capturar algumas das reflexões desencadeadas a partir dele desde então Enfermeira Doutora em Educação Professora Adjunta da Faculdade de Educação da UFRGS Enfermeira Doutoranda em Educação PPGE Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da UFRGS Email do autor kruseuolcombr 1 Introdução Não sejas nunca de tal forma que não possas ser também de outra maneira E não perguntes quem é aquele que sabe a resposta nem mesmo a essa parte de ti mesmo que sabe a resposta porque a resposta pode matar a intensidade da pergunta e o que se agita nessa intensidade Sê tu mesmo a pergunta153 Discussões que envolvem a implementação de mudanças curriculares usualmente se concentram na busca de respostas que delimitem com uma certa segurança o que deve ser transmitido e como deve se dar essa transmissão em determinado nível de formação Com esse procedimento permanecemos sempre muito próximos daquilo que já está instalado e tendemos a reproduzir em grande medida as mesmas verdades e as mesmas situações Com as palavras de Larrosa que abrem esse texto estamos indicando nosso desejo de experimentar uma mudança de foco das respostas para as perguntas da certeza para a dúvida da prescrição para a problematização Com tal postura não estamos aqui nos propondo a reescrever uma história dos currículos de enfermagem ou pretendendo recolocar a discussão sobre as circunstâncias políticas em que se produziram as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais ou ainda questionando a sua legitimidade uma vez que as mesmas foram elaboradas com base em uma multiplicidade de propostas construídas no âmbito da própria Enfermagem ao longo dos últimos anos O que desejamos ao desalojar a dúvida e a incerteza dos redutos em que costumamos encarcerálas é sensibilizar o nosso olhar para outros tipos de expressão e de possibilidade E isso significa em determinados momentos retomar alguns conceitos pressupostos ou procedimentos e relacionálos de modo direto ou através de indagações com a história com as condições de sua emergência com aquelas condições que lhes garantiram sua materialidade Uma primeira observação a ser resgatada é que nos últimos anos as críticas e avaliações acerca dos pressupostos que têm norteado o ensino têm enfatizado que a incorporação intensiva de tecnologia e a centralidade do hospital para o desenvolvimento das práticas de saúde não têm produzido os impactos que desejaríamos nos indicadores sanitários e nem sequer uma maior satisfação dos usuários Embora reconhecendo que os avanços tecnológicos têm sido úteis para a humanidade melhorando a qualidade e a expectativa de vida de determinados grupos não temos sido capazes de fazer com que estas conquistas atinjam majoritariamente a população Em países com as características do Brasil isso fica ainda mais difícil devido às grandes desigualdades sociais e à pesada carga financeira que um sistema de saúde com essas características agrega para uma grande parcela da sociedade Faz todo o sentido então a proposição de outras referências Resumo O texto apresenta algumas reflexões com as quais se pretende subsidiar discussões decorrentes da necessidade de implementar as Diretrizes Curriculares nos cursos de graduação em Enfermagem no Brasil Tomando como referências autores e autoras que tematizam o currículo desde as perspectivas póscríticas em Educação o texto propõe mudanças de foco para desenvolver estas reflexões quais sejam das respostas paras as perguntas da certeza para a dúvida da prescrição para a problematização Desde esse lugar sugerimos que as diretrizes curriculares podem ter a finalidade de fornecer referências para a formulação de projetos político pedagógicos que se articulem tanto às demandas políticas e sociais da sociedade mais ampla quanto às necessidades e interesses locais sem colarse ou subsumirnos nelas Descritores diretrizes curriculares nacionais currículos de enfermagem educação em enfermagem Resumen El texto presenta algunas reflexiones con las cuales se pretende subsidiar las discusiones que decurren de la necesidad de implementar las Directrices Curriculares en los cursos de graduación en Enfermería en Brasil Tomando como referencia a los autores cuya temática es el currículo desde las perspectivas poscríticas en Educación el texto propone unos cambios de foco para desarrollar estas reflexiones que son de las respuestas a las preguntas de la seguridad hacia la duda de la prescripción hacia la problematización Desde este sitio sugerimos que las directrices puedan tener la finalidad de suministrar referencias para formular proyectos políticopedagógicos capaces de articularse tanto con las demandas políticas y sociales en su amplio sentido como con las necesidades e intereses locales sin mimetizarse o someterse a ellas Descriptores directrices curriculares nacionales currículos de enfermería educación en enfermería Título Sobre las directrices curriculares y proyectos pedagógicos un principio de reflexión Abstract This text presents some reflections which we intend to use as subsidies for discussions stemming from the need to implement the current Curricular Guidelines in undergraduate Nursing programs in Brazil Having as a reference authors who write from a postcritic perspective in Education the text proposes a change in focus to address these reflections namely answers to questions from certainty to doubt from prescription to problematization Following this line we suggest that curricular guidelines should aim at providing references for the creation of politicalpedagogical projects which articulate both with the political and social demands of the broadbased society as to local needs and interests without attaching to or submitting to them Descriptors national curricular guidelines nursing curricula nursing education Title About curricular guidelines and pedagogical projects starting a reflection Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 336 para a formação profissional as quais deveriam estar sustentadas em estratégias de renovação capazes de fazer frente ao desafio de qualificar enfermeirasos que contribuam de forma efetiva para a implantação eou aprimoramento de uma proposta de atenção à saúde mais justa mais igualitária e de melhor qualidade E isso implica também repensar as relações entre enfermagem e sociedade brasileira e sobretudo repensar o seu lugar e a sua responsabilidade no contexto das políticas públicas de saúde e educação em sua configuração atual Com essa perspectiva não deveríamos perder de vista determinadas características deste tempo que estamos vivendo porque elas podem dimensionar melhor a discussão que estamos propondo aqui As reformas educacionais instituídas no Brasil desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases LDB em dezembro de 1996 dentre outros aspectos vêm determinando novas configurações aos padrões curriculares que até recentemente vigoravam em todos os níveis e modalidades de ensino A tais medidas têm se contraposto movimentos de alguns segmentos da sociedade civil e no campo específico da educação superior podemos encontrar um exemplo concreto disso nos debates desencadeados a partir das proposições que emanaram do MEC para reformular a formação em nível superior de professoresas para atuarem na educação básica No contexto da educação básica e da formação de professores tais debates e movimentos têmse consolidado desde 19945 quando o MEC propôs ao País os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs cujo processo de elaboração e promulgação guarda muitas semelhanças com este que estamos vivendo hoje no ensino superior Exatamente por isso poderia ser útil mencionar algumas das indagações que nortearam o movimento de contraposição das entidades representativas dos as educadoresas aos PCNs porque tais indagações deveriam servir de pano de fundo para a discussão que estaremos efetivando nesta oficina Tomando como referência a questão Faz sentido a idéia de um currículo nacional um dos documentos de contestação então elaborados enfatizava que a pergunta que deveria anteceder toda a discussão acerca da própria proposição de um currículo nacional o que as diretrizes curriculares também pretendem ser nas diferentes áreas de formação no ensino superior diz respeito exatamente à pertinência de se ter um currículo nacional sobretudo se tal discussão for inserida no bojo da teorização mais recente desenvolvida no âmbito das Teorias do Currículo2 As demais questões colocadas naquele documento também poderiam ser reelaboradas para pensarmos esse contexto que estamos vivendo aqui estamos nos defrontando com diretrizes curriculares ou com um currículo nacional Onde e como tais diretrizes se distanciam ou modificam substantivamente os currículos mínimos nacionais que elas vêm substituir Quais são as vozes presentes e quais são as vozes ausentes neste texto que chama para si a autoridade e a competência para apresentar uma posição de consenso acerca dos pressupostos que devem nortear a formação profissional em enfermagem em nível nacional A promulgação de diretrizes curriculares para os cursos de formação profissional em nível de graduação está inserida em um discurso que anuncia uma ampla reforma educacional do ensino superior brasileiro Gimeno Sacristánalerta que sob a denominação de reforma se abrigam uma infinidade de tipos de iniciativas e programas com propósitos muito variados351 desde a adequação do ensino às demandas do mercado de trabalho até a descentralização da administração do sistema passando pela incorporação de novas tecnologias educacionais ao currículo ou visando melhorar o rendimento dos alunos ou ainda melhorar a qualidade do trabalho docente Apontando para uma situação que também nos é muito familiar qual seja a de que a área da educação é em geral preterida e desvalorizada na concretude da escala de prioridades estabelecida pelas forças econômicas políticas e sociais Sacristán constata que é exatamente por isso que todo programa de reforma encontra rapidamente ecos e esperanças nos mais diretamente interessados na educação ou ao menos nos que vivem dela as escolas e os professores352 ecos e esperanças que estão sujeitas a inevitáveis decepções uma vez que se põe mais fé na hermenêutica e no discurso do que na análise crítica e na experiência histórica352 Então mesmo que não estejamos nesse momento contestando a urgência histórica que nos incita a buscar formas de traduzir tais diretrizes em currículos ou projetos pedagógicos o processo mesmo de sua tradução exige um questionamento mais abrangente dos pressupostos básicos que as atravessam e constituem porque Em educação e em especial na enfermagem sobrevive em grande medida uma forma de entender a mudança social que se nutre de um certo messianismo e da mentalidade burocrática tradicional Isso consiste em atribuir ao discurso que se difunde uma força capaz de transformar a prática um discurso cuja realização se tornará realidade pela própria força de evidência de suas virtudes e através de intervenção administrativa Se existisse uma análise constante das demandas sociais se existissem formas de envolvimento dos diferentes grupos que participam do sistema educacional e do sistema de saúde se fosse realizada uma constante avaliação da cultura escolar e sanitária se existisse um sistema eficaz de aperfeiçoamento de ação contínua se existisse uma comunicação fluida entre a cultura externa e aquela que é enlatada nos currículos não haveria necessidade de se utilizar com tanta freqüência esse rito de reformas recorrentes3534 Tendo delineado essas posições básicas que a nosso ver deveriam atravessar a discussão acerca das possibilidades de implementação das diretrizes curriculares passamos agora para um olhar mais próximo ao texto das diretrizes curriculares 2 Diretrizes curriculares e currículo um olhar mais próximo do texto Um dos conceitos chave para iniciar qualquer discussão acerca da implementação de reformas educacionais é o conceito de currículo No campo da educação o currículo se constitui como sendo um dos elementos centrais em torno do qual giram os debates sobre a escola em sentido amplo e seu significado social A teorização educacional crítica há muito tempo consolidou a idéia de que o currículo não envolve apenas questões técnicas relativas a conteúdos de ensino procedimentos didáticos e métodos e técnicas pedagógicas tal como ele era concebido pelas pedagogias tecnicistas dos anos 70 ou 80 enfatizando que ele é um artefato social e cultural que precisa ser compreendido e discutido considerandose as suas determinações históricas sociais e lingüisticas No Brasil muitos trabalhos foram publicados e desenvolvem a perspectiva de que o currículo não é um elemento inocente e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social disponível47 Eles enfatizam que O currículo está implicado em relações de poder que ele transmite visões sociais particulares e interessadas e desta forma está envolvido com a produção de identidades individuais e sociais particulares Sendo assim o currículo qualquer que seja ele têm uma história que o vincula a formas específicas e contingentes de organização da sociedade e da educação48 No contexto desse debate currículo passa a ser entendido como sendo o núcleo que corporifica o conjunto de todas as experiências cognitivas e afetivas proporcionadas aos estudantes e às estudantes no decorrer do processo de formação o que significa entendêlo como sendo um espaço conflituoso e ativo de produção cultural6 No currículo Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Acerca de Diretrizes Curriculares 337 confrontamse diferentes culturas e linguagens e professoras e professores estudantes e administradores freqüentemente divergem em relação às aprendizagens e práticas que devem ser escolhidas e valorizadas Isso pode ser reconhecido facilmente se pararmos para pensar um pouco nesse processo que estamos vivendo aqui ao nos reunirmos para discutir quais são as diferentes possibilidades de implementação das diretrizes curriculares A Nova Sociologia da Educação desde as suas origens na década de 70 na Inglaterra vem apontando para a importância de se discutir os processos que envolvem a produção seleção distribuição ensinoaprendizagem e avaliação do conhecimento escolar e a sua relação com o controle e a dominação sociais O que se tem enfatizado mais recentemente é a importância de se interrogar o que se chama de conexões entre linguagem e poder 511 a fim de se compreender como o currículo com sua autoridade textual está implicado com a produção de representações e identidades culturais e profissionais e portanto com a produção transformação eou manutenção de diferenças e de desigualdades sociais Isso aponta para a necessidade de se analisar criticamente uma gama de questões que envolvem os processos de formação para além da já complicada operação de transposição de determinados pressupostos e princípios para um projeto pedagógico ou para uma grade curricular Alguns exemplos de tais questões quais são as concepções de sociedade educação saúde e enfermagem que estão explícitas eou subjacentes nestas Diretrizes Curriculares Elas convergem ou conflituam com as concepções dos diferentes grupos ou escolas encarregados de traduzilas em currículos ou em projetos pedagógicos como quer a linguagem oficial Como se pode pensar essa relação entre diretrizes nacionais que devem ser seguidas por todas as instituições de ensino superiore projetos pedagógicos coletivamente construídos portanto projetos locais em um contexto diverso e multifacetado como esse com que nos defrontamos no Brasil contemporâneo Não precisaríamos aqui questionar a idéia de um currículo nacional uma vez que os objetivos e conteúdos relacionados nas diretrizes parecem estar a constituir o currículo o que deslocaria exatamente esta idéia mais ativa e local de currículoOnde e como se pode localizar eou produzir espaços que permitam às instituições formadoras potencializar as condições específicas de cada uma em especial no que se refere à qualificação de seu corpo docente à sua capacidade de desenvolver pesquisa e extensão à sua inserção no sistema público de saúde e às condições da infraestrutura de que dispõem Tratase aqui de buscar abarcar o amplo espectro da formação proposta pelas diretrizes ou de escolher e verticalizar aquelas áreas priorizadas no Projeto Pedagógico da Instituição formadora 3 Diretrizes Curriculares um olhar por dentro do texto O documento das Diretrizes Curriculares8 para a graduação em Enfermagem admite variadas leituras Uma das possíveis leituras envolveria problematizar algumas expressões ou conceitos que aparecem de forma mais recorrente porque esse exercício nos permitiria observar seus sentidos ou funções naquele contexto Por exemplo destacaríamos a expressão enfermeiroa com formação generalista Qual é o significado desta expressão No que ela se diferencia de formação geral A expressão generalista comporta múltiplas interpretações o que por si só determina uma indefinição sobre o tipo de profissional que se deseja formar Estáse enfatizando com ela um conhecimento geral de enfermagem em contraposição a um conhecimento especializado Ou podemos pensar que ela encerra uma idéia de que o egresso de um currículo deste tipo deveria ser capacitado a atuar em todos os cenários de prática Seu objetivo seria o de enfatizar a importância da formação ir além dos aspectos técnicos do saber fazer atingindo outras competências Lima8 por exemplo ao refletir sobre as diretrizes curriculares propostas para os cursos de Nutrição supõe que a mudança de formação generalista para formação geral talvez expresse o que se pretende fazer de uma forma mais adequada já que o caráter geral da formação se refere tanto a uma base filosófica que fundamenta a idéia de humanismo como a um conjunto de conhecimentos que possibilitaria o domínio da argumentação e das práticas Outros termos que aparecem de forma recorrente nas Diretrizes são interdisciplinaridade competências e habilidades autonomia institucional e flexibilidade A interdisciplinaridade vista como solução para muitos dos males que acometem o ensino desde a segunda etapa da educação básica em geral é manejada como uma solução mágica principalmente quando se trata de justificar mudanças curriculares ou propor novos currículos inclusive com a finalidade de legitimar tanto discursos renovadores quanto os defensores destes discursos Mesmo reconhecendo a importância da ênfase em uma formação interdisciplinar no contexto da educação e concordando com ela é preciso lembrar que a interdisciplinaridade ou a integração curricular não configura uma proposta nova no âmbito da formação profissional em saúde e nem da Enfermagem9 As experiências que foram levadas a efeito e que foram divulgadas não permitem dizer que tal modalidade de ensino tenha produzido resultados concretos ou mesmo relevantes uma vez que não se conhecem exemplos na educação superior que tenham conseguido manter essa modalidade de ensino em funcionamento por muito tempo De uma forma bastante simplificada podemos dizer que o movimento pela interdisciplinaridade propõe uma integração entre os diferentes campos do conhecimento a qual seria possível a partir de novos arranjos curriculares e diferentes maneiras de se trabalhar os conteúdos disciplinares para alcançar uma unidade do saber Esta fusão disciplinar faria com que desaparecesse a própria disciplinaridade Considerandose a própria organização política funcional e burocrática das instituições de ensino superior parece bastante difícil pensar um processo de formação profissional que não seja baseado em alguma estrutura em unidades de algum modo estanques e repetíveis com algum tipo de articulação entre si Assim as unidades propostas sejam quais forem os nomes que elas tenham disciplinas eixos temáticos núcleos conceituais grandes temas etc estão normalmente presentes no currículo para lhe emprestar um arcabouço uma estrutura que permita a sua organização Desta forma mesmo que possamos imaginar um saber que não seja organizado pelas disciplinas provavelmente teremos sempre um saber dividido segundo algum eixo elemento ou categoria10 Se quisermos romper com essa forma de organização do saber quais são os elementos que temos em termos de quantidade e qualidade do corpo docente em termos de condições de trabalho em termos de infraestrutura em termos de articulação com o sistema público de saúde etc para pensar ou propor estratégias que possibilitem uma interrelação ou uma efetiva integração entre as disciplinas do curso em contraposição a um olhar disciplinar isolado Será que ao contarmos com o subsídio de muitas disciplinas atuando convergentemente num processo transdisciplinar articulado podemos dar novos sentidos ao conhecimento Que outras condições seriam necessárias para apoiar o desenvolvimento de tais propostas O discurso sobre competências por sua vez atravessa a discussão sobre a formação de pessoal para o setor saúde desde que este conceito foi introduzido pela LDB Mesmo assim Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Meyer DE Kruse MHL aApesar da enfermagem ser uma profissão predominantemente feminina o profissional é sempre referido no masculino 338 ainda que sua adoção esteja legalmente sustentada e seja oficialmente incentivada há espaço aí para um caloroso debate acerca da pertinência de sua incorporação nas propostas de formação profissional Portanto existe ainda um longo caminho a ser percorrido para que se estabeleçam modos de formação profissional pertinentes com suas propostas Desta forma poderíamos perguntar quais são os múltiplos sentidos contidos no termo competência Em relação às tão faladas novas competências para o trabalho quais seriam os cenários de trabalho que deveríamos projetar e como incluir esta projeção em nossos projetos políticopedagógicos Quais seriam as competências cognitivas e comportamentais requeridas Na maioria das vezes um currículo por competências pode estar apenas tomando por base uma determinada noção de competência sem que seja possível estabelecer o que caracterizaria uma formação profissional relacionada a determinado tipo de atenção à saúde Como se poderia organizar um projeto políticopedagógico que contemplasse o conjunto de competências cognitivas e comportamentais e que ao mesmo tempo tivesse relação com as peculiaridades regionais e a vocação institucional Isso seria possível Isso seria desejável Como se poderia pensar um currículo que contemplasse também competências comunicativas comportamentais sociais e políticas Estas questões não pretendem necessariamente colocar em xeque as competências previstas nas Diretrizes Curriculares mas apontar para o fato de que o exercício da problematização é indispensável nesse processo de proposição de uma formação que responda por exemplo à necessidade de competências para o trabalho11 Ainda com relação a este mesmo tópico observamos que ao lado da expressão competência é utilizada reiteradas vezes a expressão habilidades significando uma complementaridade entre uma expressão e a outra competências e habilidades A consulta a um dicionário da língua portuguesa12 nos diz que este verbete corresponde aos sentidos de ser apto competente capaz enquanto competência seria a qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto fazer determinada coisa capacidade habilidade aptidão e idoneidade Tais palavras têm uma longa história no campo da educação e da pedagogia e não seria inadequado perguntar nos o que significa a sua recolocação no documento das Diretrizes Curriculares O que elas podem estar a representar e para que direções apontam no contexto da formação Nossa memória temporal histórica ou política poderia nos ajudar a resgatar através destas palavras muitas das quais fizeram muito sucesso em outros tempos por exemplo poderíamos relembrar a taxonomia dos objetivos instrucionais ou as propostas de qualidade total em educação sentidos que reemergem no presente com outras denominações O último aspecto que gostaríamos de problematizar para este início de conversa é que a resolução que institui as Diretrizes Curriculares prevê explicitamente em seu Artigo 14 inciso IV que a estrutura do curso de graduação em Enfermagem deve assegurar os princípios da autonomia institucional da flexibilidade de integração estudotrabalho e de pluralidade no currículo Que sentidos podem ser atribuídos aos termos autonomia e flexibilidade considerandose a estrutura e a linguagem dessa resolução A formação profissional nela proposta delineiase em torno de alguns tópicos apresentados de forma seqüencial quais sejam perfil do formando egresso competências e habilidades gerais competências e habilidades específicas conteúdos essenciais obrigatoriedade do estágio integração com o serviço de saúde previsão de atividades complementares de diferentes tipos busca da articulação entre ensino pesquisa e extensão assistência respeito ao pluralismo e à diversidade cultural dentre outros e proporcionar tudo isso considerando a inserção institucional do curso a flexibilidade dos estudos e os requerimentos demandas e expectativas de desenvolvimento do setor de saúde na região CNECES n3 artigo 10 parágrafo 2º A linguagem utilizada é quase sempre imperativa universalizante e pontual Caberia então a pergunta autonomia e flexibilidade se configuram como possibilidades de fato ou como recurso de retórica nesse contexto Como tais noções poderiam ser politicamente significadas e exploradas para abrigar interesses necessidades ou a vocação dos diferentes grupos e instituições considerandose o deslizamento entre obrigatoriedade e flexibilidade que permeia todo o texto Sobretudo se considerarmos as políticas nacionais de avaliação como o Provão que as escolas e cursos de enfermagem deverão enfrentar de forma quase concomitante à implementação das diretrizes curriculares nacionais Quais os efeitos políticos acadêmicos sociais e também econômicos derivados de um possível distanciamento do espaço de manobra com que a noção de flexibilidade parece acenar Diretrizes curriculares a intencionalidade da problematização O questionamento dessas e de outras proposições a nosso ver nucleares contidas no texto que constitui as diretrizes que procuramos estimular a partir destas reflexões iniciais não indica que estamos desconsiderando os esforços que muitasos colegas têm despendido para favorecer modificações que possibilitem uma efetiva melhoria na formação do pessoal da área da saúde Entretanto o que estamos tentando é tornar problemático e portanto histórico um documento que apresenta determinados pressupostos como naturais eou consensuais Como se eles não tivessem uma filiação um domínio e uma vontade de produzir enfermeiras e enfermeiros com uma dada identidade profissional Exatamente por isso pensamos que as diretrizes curriculares podem ter a finalidade de fornecer referências para as discussões a respeito da formulação desenvolvimento e avaliação do projeto político pedagógico dos cursos de enfermagem e não necessariamente a função de estabelecer currículos e formatações para estes cursos Uma vez que o recorte a ser efetivado pelas instituições formadoras deveria vincularse como procuramos sugerir no texto às condições de inserção social específicas de cada uma entre as quais a existência de um corpo docente qualificado a capacidade de desenvolver pesquisa e extensão condições de trabalho e infraestrutura adequada não se pode deixar de enfatizar a importância de docentes e discentes trabalharem em equipe e participarem ativamente de todo o processo e não apenas de algumas partes do mesmo para que a discussão das diretrizes e do projeto políticopedagógico se configure como um espaço de reflexão e de construção coletiva na instituição Desta forma as referências e parâmetros contidos nas diretrizes poderiam auxiliar as escolasfaculdadescursos para que no exercício de sua autonomia formulassem e organizassem seus projetos pedagógicos elegessem estratégias e modos de fazer articulados ao mesmo tempo às demandas políticas e sociais da sociedade brasileira mais ampla e às necessidades e interesses dos locais onde se inserem de modo a reordenar a formação dos recursos humanos em saúde e em especial na enfermagem no sentido de criar outras possibilidades de desenhar um modelo de atenção à saúde que contemple práticas sanitárias relacionadas a um conceito ampliado de saúde e de justiça social Delinear esta trajetória políticopedagógica por dentro das diretrizes sem colarse ou subsumirse nelas é o desafio maior que está posto a partir de agora Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Acerca de Diretrizes Curriculares 339 Referências 1 Larrosa J Pedagogia profana danças piruetas e mascaradas Porto Alegre RS Contrabando 1998 258 p 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação Análise do documento Parâmetros Curriculares Nacionais In Silva TT Gentili P organizadores Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Brasília DF CNTE 1996 10627 p 3 Sacristán G Reformas educacionais utopia retórica e prática In Silva TT Gentili P organizadores Escola S A quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo Brasília DF CNTE 1996 4 Moreira AF Silva TT Sociologia e teoria crítica do currículo uma introdução In Moreira AF Silva TT organizadores Currículo cultura e sociedade São Paulo Cortez 1994 154 p p 337 5 Moreira AF O currículo como política cultural e a formação docente In Silva TT Moreira AF organizadores Territórios contestados o currículo e os novos mapas políticos e culturais Petrópolis RJ Vozes 1995 202 p Estudos culturais em educação 3 6 Silva TT Os novos mapas culturais e do lugar do currículo numa paisagem pósmoderna In Silva TT Moreira AF organizadores Territórios contestados o currículo e os novos mapas políticos e culturais Petrópolis RJ Vozes 1995 202 p p 184202 Estudos culturais em educação 3 Rev Bras Enferm Brasília DF 2003 julago564335339 Meyer DE Kruse MHL 7 Moreira AF A crise da teoria curricular crítica In Costa MV O currículo nos limiares do contemporâneo Rio de Janeiro DPA 1998 176 p 8 Lima E Problemas concretos dinâmica e movimentos de mudança nos cursos de Nutrição com base nas diretrizes curriculares Caderno CE Nutes Rio de Janeiro 2001 dez242231 9 Gastaldo D Meyer D Bordas M Ensino integrado uma revisão históricocrítica do modelo implantado no ensino superior da área da saúde no Brasil Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos São Paulo 1991 janabr72170122 10 Veiga Neto A Currículo e interdisciplinaridade In Moreira AF organizador Currículo questões atuais Campinas SP Papirus 1997 11 Motta JI Buss P Nunes TC Novos desafios educacionais para a formação de recursos humanos em saúde Olho Mágico Londrina PR 2001 setdez8348 12 Ferreira ABH Novo dicionário da língua portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira 1995 Data de recebimento 22032003 Data de aprovação 26062003

Sua Nova Sala de Aula

Sua Nova Sala de Aula

Empresa

Central de ajuda Contato Blog

Legal

Termos de uso Política de privacidade Política de cookies Código de honra

Baixe o app

4,8
(35.000 avaliações)
© 2025 Meu Guru®