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Engenharia Civil ·
Mecânica dos Solos 2
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1 Compressibilidade e Adensamento (Parte 5) Mecânica dos Solos II – UERJ Fernando Eduardo Rodrigues Marques Já se viu anteriormente que: Os recalques por adensamento nos solos argilosos são diferidos no tempo; Nos estratos confinados de solos muito finos no instante do carregamento este é exclusivamente suportado pela fase líquida; A fase líquida fica submetida a um excesso de pressão neutra cuja dissipação começa após a conclusão do carregamento; Durante a dissipação daquele excesso de pressão neutra (processo de adensamento) a tensão total vertical permanece constante verificando-se apenas uma transferência do incremento de tensão total da fase líquida para o esqueleto sólido. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento (unidimensional) de Terzaghi 1 2 2 Para resolvermos um problema de adensamento (consolidação), temos que responder a 3 questões: Evolução das tensões ao longo do tempo; Avaliar a grandeza das deformações; Estimar o tempo de adensamento. O objectivo da Teoria de Adensamento Unidimensional ou de Terzaghi é avaliar o tempo necessário para que os recalques por adensamento se processem e também permitir a determinação das tensões efetivas e das tensões neutras em instantes de tempo t compreendidos entre t = 0+ e t = ∞. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento (unidimensional) de Terzaghi Hipóteses base: o solo é homogéneo e está saturado; a água e as partículas sólidas são incompressíveis; em qualquer secção horizontal e em qualquer instante os estados de tensão e de deformação são uniformes; o estrato é confinado, pelo que as deformações são unidimensionais (direcção vertical); o movimento da água é unidimensional (direcção vertical) e obedece à lei de Darcy; os efeitos, os fenómenos e o seu curso em elementos de dimensões infinitesimais são extrapoláveis para dimensões representativas de um maciço real; Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 3 4 3 as características do solo (coeficiente de permeabilidade, k, coeficiente de compressibilidade, av, e coeficiente de compressibilidade volumétrica, mv) são constantes durante o processo de adensamento; existe uma relação biunívoca entre o índice de vazios e a tensão efectiva vertical; é válida a hipótese dos pequenos deslocamentos (linearidade geométrica); o incremento de tensão total é aplicado instantaneamente. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi Através da teoria de adensamento unidimensional de Terzaghi, é possível estabelecer a evolução do excesso de pressão neutra no espaço e no tempo, ue(z, t). Dedução da equação de adensamento: Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 5 6 4 O índice de vazios, e, vale: s v V V e S = 100% s w V V e A variação do índice de vazios num intervalo infinitesimal de tempo será: t V V t e w s 1 s w t V e t V (1) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi A variação do volume de água no elemento na unidade de tempo é a diferença entre a vazão que entra e a que sai do elemento: dz z Q t V z w Por outro lado: z dx dy h k dx dy k i dx dy v Q z z z Atendendo a que: z u z h e w 1 (2) (3) (4) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 7 8 5 A equação (3) fica: dx dy z u k Q e w z (5) Combinando as equações (2) e (5), obtém-se: dx dy dz z u k t V e w w 2 2 (6) Combinando as equações (1) e (6), e atendendo a que V = dx.dy.dz, obtém-se: 2 2 z u k V V t e e w s (7) 2 2 1 z u e k t e e w (8) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi O coeficiente de compressibilidade av vale: v v e a ' t a t e v v ' (9) Durante o processo de adensamento: e ss v v v u u u te cons ' ' tan Atendendo a que uss, a pressão neutra de equilíbrio, é constante: 0 ' t u t e v t u t e v ' (10) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 9 10 6 Substituindo (10) em (9), fica: t u a t e e v (11) Combinando a equação (8) com a equação (11), e atendendo a que mv = av / (1+e0), obtém-se a equação de adensamento de Terzaghi: 2 2 z u m k t u e w v e 2 2 z u c t u e v e Sendo cv, o chamado coeficiente de adensamento, obtido a partir de ensaios oedométricos e que se exprime em m2/s ou m2/ano: w v v m k c (12) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi A integração da equação de adensamento de Terzaghi, (12), fornece a evolução no espaço e no tempo da dissipação do excesso de pressão neutra, ue. A integração da equação é feita com uma mudança de variáveis, de modo a obter variáveis adimensionais: Factor tempo: Factor profundidade: 2 H t c T v H z Z em que H (também referido por d) designa a maior distância que uma partícula de água tem de percorrer para abandonar o estrato em adensamento em direcção a uma fronteira drenante. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 11 12 7 2 0h d H 0h d H Com as variáveis adimensionais a equação de adensamento de Terzaghi toma a forma: 2 2 Z u T u e e (13) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO ESTRATO COM DUAS FRONTEIRAS DRENANTES: 2 0h d H Condições de fronteira: i) Para t = 0, ii) Para t ≠ 0, H z para u t u v e e 2 0 0 H z e z para ue t 2 0 0 Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 13 14 8 A solução da equação de adensamento pode ser apresentada de forma gráfica: SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO • Imagem no espaço e no tempo da distribuição de ue(t). • Cada curva toma o nome de isócrona. Mecânica dos Solos II – UERJ SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO Grau de adensamento Uz(t): 0 1 ) ( e e z u u t t U O grau de adensamento, Uz(t), indica qual a parcela do excesso de tensão neutra inicial que já foi transferida da fase líquida para a fase sólida, isto é, representa em cada ponto e instante a razão do incremento de tensão efectiva vertical instalado, pelo incremento correspondente ao fim do adensamento: final t t U v v z ' ' ( ) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 15 16 9 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO ESTRATO COM UMA FRONTEIRA DRENANTE: 0h d H Condições de fronteira: i) Para t = 0, ii) Para t ≠ 0, H z para u t u v e e 0 0 0 0 z para t ue H z para z ue 0 Mecânica dos Solos II – UERJ 17 18 10 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO A solução da equação de adensamento pode ser apresentada de forma gráfica: Mecânica dos Solos II – UERJ Calculando o valor médio de Uz ao longo da espessura da camada, Uz, para diversos valores de T, pode-se construir a seguinte figura: Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 19 20 11 À medida que o grau de adensamento médio cresce a velocidade de dissipação das pressões neutras diminui. Teoricamente, para que se verificasse Uz = 100% seria necessário um tempo infinito, já que quando o excesso de pressão neutra tende para zero o mesmo acontece ao gradiente hidráulico, logo à velocidade de escoamento. Em termos práticos, o fim do adensamento é tomado muitas vezes para T = 1, a que corresponde um Uz entre 90 e 95%. A relação entre Uz e T expressa pela figura anterior é válida para qualquer distribuição linear (constante ou não) do excesso de pressão neutra para t = 0. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 21 22 12 O grau de adensamento médio representa a percentagem média do acréscimo de tensão total aplicado que se transformou em tensão efectiva até um dado instante. Pelo facto de se ter admitido como constantes os parâmetros av e mv (hipóteses base), Uz representará então, de igual modo, as percentagens da variação total do índice de vazios e da deformação volumétrica processada até ao mesmo instante. O recalque por adensamento nesse instante pode ser obtido através da equação: cp z cp h U t h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante A equação anterior envolve um determinado erro decorrente da hipótese de av e mv serem constantes. Esses parâmetros decrescem, em regra, com o crescimento das tensões efectivas, pelo facto de o solo se tornar cada vez mais compacto. O recalque ao fim do tempo t tenderá a ser mais elevado do que o dado pela equação anterior. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 23 24 13 Cada escalão de carga aplicado no ensaio oedométrico desencadeia um processo de adensamento semelhante ao da Teoria de Terzaghi. Para cada escalão de carga obtém-se uma curva que traduz a evolução da altura da amostra, h, com o tempo, t. Acontece que as curvas experimentais revelam desvios significativos da curva teórica, pelo que a avaliação do coeficiente de adensamento vem dificultada. Razões para essa discrepância: i) no início do processo de deformação no oedómetro ocorrem em regra recalques imediatos (ou quase) explicáveis por ajustes da amostra em relação ao anel e à compressão de algum ar ocluso no sistema; Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV ii) para o fim do processo, em que o crescimento no tempo da deformação volumétrica teórica tende para zero, sobrevêm deformações de outro tipo, essencialmente ligadas à fluência (adensamento secundário) – que portanto não são já relacionadas com o processo descrito pela teoria de Terzaghi. t log 0h 100 t himediato hcp hcs h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 25 26 14 Assim, as curvas experimentais têm que ser tratadas de modo a serem comparáveis com as teóricas, permitindo a estimativa do coeficiente de adensamento. Metodologias mais usadas: Método de Casagrande; Método de Taylor. cv varia com o nível de tensão, ou seja, de escalão para escalão durante o ensaio, pelo que o seu valor deve corresponder às gamas de tensões previsíveis no problema a estudar. Verifica-se que cv é significativamente superior para os escalões de carga inferiores a ’P, experimentando um súbito decréscimo quando o carregamento passa a interessar o ramo virgem. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: a) no sistema de eixos h - log t marcam-se os resultados obtidos do ensaio oedométrico (referidos ao escalão de carga em causa); Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 27 28 15 MÉTODO DE CASAGRANDE: b) traçam-se as duas tangentes à curva de ensaio (rectas EB e BD); A recta EB é a tangente no ponto de inflexão da curva (ponto F); a ordenada do ponto de intersecção das duas curvas (ponto B) corresponde ao recalque h100, isto é, ao fim do adensamento primário. E B D h100 t100 F Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: c) a parte inicial da curva é corrigida de modo a se determinar o “verdadeiro” recalque correspondente ao adensamento primário; Calcular o recalque imediato h0: tomando dois instantes iniciais, tal que tB = 4 x tA, então, hB = 2 x hA, no final h0 = hA – (hB – hA). E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 29 30 16 MÉTODO DE CASAGRANDE: d) determina-se de seguida o recalque correspondente a metade do recalque por adensamento primário, h50; h50 = h100/2 (a abcissa correspondente é t50). E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais h50 t50 = 70 s Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais h50 t50 = 70 s hi hcp hcs cs cp i h h h h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 31 32 17 MÉTODO DE CASAGRANDE: e) tendo em conta que: Uz = 50% T = 0,197, e sabendo que, 2 H t c T v sendo: Uz – grau de adensamento médio; T- factor tempo; cv - coeficiente de adensamento; t – tempo; H (ou d) – máxima distância que uma partícula de água tem que percorrer para abandonar a camada de argila. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: e) (cont.) e, sabendo que no ensaio oedométrico H = d = hamostra/2, obtém-se então: 50 2 2 197 ,0 t h c amostra Casagrande v Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 33 34 18 MÉTODO DE TAYLOR: a) no sistema de eixos h - t marcam-se os resultados obtidos do ensaio oedométrico (referidos ao escalão de carga em causa); Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE TAYLOR: b) ajusta-se o trecho inicial da curva (aproximadamente linear) por uma linha recta; h0 A intersecção dessa recta com o eixo vertical fornece o valor do recalque imediato, h0, marcando o início do adensamento primário. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 35 36 19 MÉTODO DE TAYLOR: c) determina-se t90, isto é, o tempo correspondente a 90% do adensamento primário; h0 O instante de tempo t90 é determinado considerando que t90 corresponde ao valor da curva que é 1,15 vezes superior ao valor situado, para a mesma deformação, sobre o trecho linear anteriormente traçado. A B C AC = 1,15 AB h90 t90 D E F DF = 1,15 DE Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE TAYLOR: d) tendo em conta que: Uz = 90% T = 0,848, e sabendo que, 2 H t c T v sendo: Uz – grau de adensamento médio; T - factor tempo; cv - coeficiente de adensamento; t – tempo; H (ou d) – máxima distância que uma partícula de água tem que percorrer para abandonar a camada de argila. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 37 38 20 MÉTODO DE TAYLOR: d) (cont.) e, sabendo que no ensaio oedométrico H = d = hamostra/2, obtém-se então: 90 2 2 848 ,0 t h c amostra Taylor v Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV Exercício 4 Num ensaio de adensamento unidimensional (ensaio oedométrico) efectuado sobre uma amostra de argila obtiveram-se para um dado escalão de carga os seguintes resultados (h0 = 19 mm): Admitindo uma espessura média da amostra durante o adensamento de 18,8 mm, estime o valor do coeficiente de adensamento (cv). Mecânica dos Solos II – UERJ 39 40 21 Determinação de cv pelo método de Casagrande: t T H cv 2 Mecânica dos Solos II – UERJ Método de Casagrande 50 ,0197 50% t t T U z Do gráfico h-logt tira-se t50 = 3 min Como hmédio = 18,8 mm (enunciado) e a amostra tem dupla fronteira drenante mm h d H médio amostra 4,9 2 8, 18 2 então: ano m mm cv / 0,3 / min ,5 80 3 4,9 ,0197 2 2 2 Mecânica dos Solos II – UERJ 41 42 22 Exercício 5 Admita que a camada de argila de 6 m de espessura, de onde foi retirada a amostra referida no problema anterior, é submetida a um incremento de carga uniformemente distribuído ao longo da sua espessura de 60 kPa. a) Determine, supondo o estrato drenado nos dois sentidos: i) o tempo que o adensamento demora a processar-se; ii) o grau de adensamento médio ao fim de 1 ano de carregamento; iii) o excesso da pressão neutra (ue) ao longo da espessura da camada, 215 dias após o carregamento. Mecânica dos Solos II – UERJ Mecânica dos Solos II – UERJ b) No caso da camada de argila ter apenas um fronteira drenante, qual o tempo necessário à dissipação completa do excesso da pressão neutra. c) Supondo que o coeficiente de permeabilidade da argila é de 2x10-10 m/s, estime o recalque final originado pelo carregamento referido. 43 44 23 Mecânica dos Solos II – UERJ Exercício 6 Considere o maciço terroso representado na Figura 2, onde se construiu rapidamente um aterro de grandes dimensões que provocou um acréscimo uniforme de 110 kPa da tensão vertical. a) Estime o tempo que demorou a processar-se o recalque. b) Sabendo que o recalque por adensamento da camada argilosa 10 meses após a construção foi de 11 cm, estime o valor do seu índice de compressibilidade (Cc). c) Mostre a evolução da tensão vertical efectiva ao longo da camada argilosa, 25 meses depois de concluída a construção do aterro. d) Do recalque total devido ao adensamento da camada argilosa, distinga a parcela elástica da plástica. Mecânica dos Solos II – UERJ 55 56
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1 Compressibilidade e Adensamento (Parte 5) Mecânica dos Solos II – UERJ Fernando Eduardo Rodrigues Marques Já se viu anteriormente que: Os recalques por adensamento nos solos argilosos são diferidos no tempo; Nos estratos confinados de solos muito finos no instante do carregamento este é exclusivamente suportado pela fase líquida; A fase líquida fica submetida a um excesso de pressão neutra cuja dissipação começa após a conclusão do carregamento; Durante a dissipação daquele excesso de pressão neutra (processo de adensamento) a tensão total vertical permanece constante verificando-se apenas uma transferência do incremento de tensão total da fase líquida para o esqueleto sólido. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento (unidimensional) de Terzaghi 1 2 2 Para resolvermos um problema de adensamento (consolidação), temos que responder a 3 questões: Evolução das tensões ao longo do tempo; Avaliar a grandeza das deformações; Estimar o tempo de adensamento. O objectivo da Teoria de Adensamento Unidimensional ou de Terzaghi é avaliar o tempo necessário para que os recalques por adensamento se processem e também permitir a determinação das tensões efetivas e das tensões neutras em instantes de tempo t compreendidos entre t = 0+ e t = ∞. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento (unidimensional) de Terzaghi Hipóteses base: o solo é homogéneo e está saturado; a água e as partículas sólidas são incompressíveis; em qualquer secção horizontal e em qualquer instante os estados de tensão e de deformação são uniformes; o estrato é confinado, pelo que as deformações são unidimensionais (direcção vertical); o movimento da água é unidimensional (direcção vertical) e obedece à lei de Darcy; os efeitos, os fenómenos e o seu curso em elementos de dimensões infinitesimais são extrapoláveis para dimensões representativas de um maciço real; Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 3 4 3 as características do solo (coeficiente de permeabilidade, k, coeficiente de compressibilidade, av, e coeficiente de compressibilidade volumétrica, mv) são constantes durante o processo de adensamento; existe uma relação biunívoca entre o índice de vazios e a tensão efectiva vertical; é válida a hipótese dos pequenos deslocamentos (linearidade geométrica); o incremento de tensão total é aplicado instantaneamente. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi Através da teoria de adensamento unidimensional de Terzaghi, é possível estabelecer a evolução do excesso de pressão neutra no espaço e no tempo, ue(z, t). Dedução da equação de adensamento: Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 5 6 4 O índice de vazios, e, vale: s v V V e S = 100% s w V V e A variação do índice de vazios num intervalo infinitesimal de tempo será: t V V t e w s 1 s w t V e t V (1) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi A variação do volume de água no elemento na unidade de tempo é a diferença entre a vazão que entra e a que sai do elemento: dz z Q t V z w Por outro lado: z dx dy h k dx dy k i dx dy v Q z z z Atendendo a que: z u z h e w 1 (2) (3) (4) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 7 8 5 A equação (3) fica: dx dy z u k Q e w z (5) Combinando as equações (2) e (5), obtém-se: dx dy dz z u k t V e w w 2 2 (6) Combinando as equações (1) e (6), e atendendo a que V = dx.dy.dz, obtém-se: 2 2 z u k V V t e e w s (7) 2 2 1 z u e k t e e w (8) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi O coeficiente de compressibilidade av vale: v v e a ' t a t e v v ' (9) Durante o processo de adensamento: e ss v v v u u u te cons ' ' tan Atendendo a que uss, a pressão neutra de equilíbrio, é constante: 0 ' t u t e v t u t e v ' (10) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 9 10 6 Substituindo (10) em (9), fica: t u a t e e v (11) Combinando a equação (8) com a equação (11), e atendendo a que mv = av / (1+e0), obtém-se a equação de adensamento de Terzaghi: 2 2 z u m k t u e w v e 2 2 z u c t u e v e Sendo cv, o chamado coeficiente de adensamento, obtido a partir de ensaios oedométricos e que se exprime em m2/s ou m2/ano: w v v m k c (12) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi A integração da equação de adensamento de Terzaghi, (12), fornece a evolução no espaço e no tempo da dissipação do excesso de pressão neutra, ue. A integração da equação é feita com uma mudança de variáveis, de modo a obter variáveis adimensionais: Factor tempo: Factor profundidade: 2 H t c T v H z Z em que H (também referido por d) designa a maior distância que uma partícula de água tem de percorrer para abandonar o estrato em adensamento em direcção a uma fronteira drenante. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 11 12 7 2 0h d H 0h d H Com as variáveis adimensionais a equação de adensamento de Terzaghi toma a forma: 2 2 Z u T u e e (13) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO ESTRATO COM DUAS FRONTEIRAS DRENANTES: 2 0h d H Condições de fronteira: i) Para t = 0, ii) Para t ≠ 0, H z para u t u v e e 2 0 0 H z e z para ue t 2 0 0 Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 13 14 8 A solução da equação de adensamento pode ser apresentada de forma gráfica: SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO • Imagem no espaço e no tempo da distribuição de ue(t). • Cada curva toma o nome de isócrona. Mecânica dos Solos II – UERJ SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO Grau de adensamento Uz(t): 0 1 ) ( e e z u u t t U O grau de adensamento, Uz(t), indica qual a parcela do excesso de tensão neutra inicial que já foi transferida da fase líquida para a fase sólida, isto é, representa em cada ponto e instante a razão do incremento de tensão efectiva vertical instalado, pelo incremento correspondente ao fim do adensamento: final t t U v v z ' ' ( ) Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi 15 16 9 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO Mecânica dos Solos II – UERJ 2.9. Teoria de adensamento de Terzaghi SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO ESTRATO COM UMA FRONTEIRA DRENANTE: 0h d H Condições de fronteira: i) Para t = 0, ii) Para t ≠ 0, H z para u t u v e e 0 0 0 0 z para t ue H z para z ue 0 Mecânica dos Solos II – UERJ 17 18 10 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DE ADENSAMENTO A solução da equação de adensamento pode ser apresentada de forma gráfica: Mecânica dos Solos II – UERJ Calculando o valor médio de Uz ao longo da espessura da camada, Uz, para diversos valores de T, pode-se construir a seguinte figura: Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 19 20 11 À medida que o grau de adensamento médio cresce a velocidade de dissipação das pressões neutras diminui. Teoricamente, para que se verificasse Uz = 100% seria necessário um tempo infinito, já que quando o excesso de pressão neutra tende para zero o mesmo acontece ao gradiente hidráulico, logo à velocidade de escoamento. Em termos práticos, o fim do adensamento é tomado muitas vezes para T = 1, a que corresponde um Uz entre 90 e 95%. A relação entre Uz e T expressa pela figura anterior é válida para qualquer distribuição linear (constante ou não) do excesso de pressão neutra para t = 0. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 21 22 12 O grau de adensamento médio representa a percentagem média do acréscimo de tensão total aplicado que se transformou em tensão efectiva até um dado instante. Pelo facto de se ter admitido como constantes os parâmetros av e mv (hipóteses base), Uz representará então, de igual modo, as percentagens da variação total do índice de vazios e da deformação volumétrica processada até ao mesmo instante. O recalque por adensamento nesse instante pode ser obtido através da equação: cp z cp h U t h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante A equação anterior envolve um determinado erro decorrente da hipótese de av e mv serem constantes. Esses parâmetros decrescem, em regra, com o crescimento das tensões efectivas, pelo facto de o solo se tornar cada vez mais compacto. O recalque ao fim do tempo t tenderá a ser mais elevado do que o dado pela equação anterior. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.10. Cálculo do recalque em qualquer instante 23 24 13 Cada escalão de carga aplicado no ensaio oedométrico desencadeia um processo de adensamento semelhante ao da Teoria de Terzaghi. Para cada escalão de carga obtém-se uma curva que traduz a evolução da altura da amostra, h, com o tempo, t. Acontece que as curvas experimentais revelam desvios significativos da curva teórica, pelo que a avaliação do coeficiente de adensamento vem dificultada. Razões para essa discrepância: i) no início do processo de deformação no oedómetro ocorrem em regra recalques imediatos (ou quase) explicáveis por ajustes da amostra em relação ao anel e à compressão de algum ar ocluso no sistema; Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV ii) para o fim do processo, em que o crescimento no tempo da deformação volumétrica teórica tende para zero, sobrevêm deformações de outro tipo, essencialmente ligadas à fluência (adensamento secundário) – que portanto não são já relacionadas com o processo descrito pela teoria de Terzaghi. t log 0h 100 t himediato hcp hcs h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 25 26 14 Assim, as curvas experimentais têm que ser tratadas de modo a serem comparáveis com as teóricas, permitindo a estimativa do coeficiente de adensamento. Metodologias mais usadas: Método de Casagrande; Método de Taylor. cv varia com o nível de tensão, ou seja, de escalão para escalão durante o ensaio, pelo que o seu valor deve corresponder às gamas de tensões previsíveis no problema a estudar. Verifica-se que cv é significativamente superior para os escalões de carga inferiores a ’P, experimentando um súbito decréscimo quando o carregamento passa a interessar o ramo virgem. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: a) no sistema de eixos h - log t marcam-se os resultados obtidos do ensaio oedométrico (referidos ao escalão de carga em causa); Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 27 28 15 MÉTODO DE CASAGRANDE: b) traçam-se as duas tangentes à curva de ensaio (rectas EB e BD); A recta EB é a tangente no ponto de inflexão da curva (ponto F); a ordenada do ponto de intersecção das duas curvas (ponto B) corresponde ao recalque h100, isto é, ao fim do adensamento primário. E B D h100 t100 F Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: c) a parte inicial da curva é corrigida de modo a se determinar o “verdadeiro” recalque correspondente ao adensamento primário; Calcular o recalque imediato h0: tomando dois instantes iniciais, tal que tB = 4 x tA, então, hB = 2 x hA, no final h0 = hA – (hB – hA). E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 29 30 16 MÉTODO DE CASAGRANDE: d) determina-se de seguida o recalque correspondente a metade do recalque por adensamento primário, h50; h50 = h100/2 (a abcissa correspondente é t50). E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais h50 t50 = 70 s Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: E B D h100 t100 F tA = 0,2 tB = 0,8 hA hB h0 iguais h50 t50 = 70 s hi hcp hcs cs cp i h h h h Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 31 32 17 MÉTODO DE CASAGRANDE: e) tendo em conta que: Uz = 50% T = 0,197, e sabendo que, 2 H t c T v sendo: Uz – grau de adensamento médio; T- factor tempo; cv - coeficiente de adensamento; t – tempo; H (ou d) – máxima distância que uma partícula de água tem que percorrer para abandonar a camada de argila. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE CASAGRANDE: e) (cont.) e, sabendo que no ensaio oedométrico H = d = hamostra/2, obtém-se então: 50 2 2 197 ,0 t h c amostra Casagrande v Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 33 34 18 MÉTODO DE TAYLOR: a) no sistema de eixos h - t marcam-se os resultados obtidos do ensaio oedométrico (referidos ao escalão de carga em causa); Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE TAYLOR: b) ajusta-se o trecho inicial da curva (aproximadamente linear) por uma linha recta; h0 A intersecção dessa recta com o eixo vertical fornece o valor do recalque imediato, h0, marcando o início do adensamento primário. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 35 36 19 MÉTODO DE TAYLOR: c) determina-se t90, isto é, o tempo correspondente a 90% do adensamento primário; h0 O instante de tempo t90 é determinado considerando que t90 corresponde ao valor da curva que é 1,15 vezes superior ao valor situado, para a mesma deformação, sobre o trecho linear anteriormente traçado. A B C AC = 1,15 AB h90 t90 D E F DF = 1,15 DE Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV MÉTODO DE TAYLOR: d) tendo em conta que: Uz = 90% T = 0,848, e sabendo que, 2 H t c T v sendo: Uz – grau de adensamento médio; T - factor tempo; cv - coeficiente de adensamento; t – tempo; H (ou d) – máxima distância que uma partícula de água tem que percorrer para abandonar a camada de argila. Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV 37 38 20 MÉTODO DE TAYLOR: d) (cont.) e, sabendo que no ensaio oedométrico H = d = hamostra/2, obtém-se então: 90 2 2 848 ,0 t h c amostra Taylor v Mecânica dos Solos II – UERJ 2.11. Avaliação do coeficiente de adensamento, CV Exercício 4 Num ensaio de adensamento unidimensional (ensaio oedométrico) efectuado sobre uma amostra de argila obtiveram-se para um dado escalão de carga os seguintes resultados (h0 = 19 mm): Admitindo uma espessura média da amostra durante o adensamento de 18,8 mm, estime o valor do coeficiente de adensamento (cv). Mecânica dos Solos II – UERJ 39 40 21 Determinação de cv pelo método de Casagrande: t T H cv 2 Mecânica dos Solos II – UERJ Método de Casagrande 50 ,0197 50% t t T U z Do gráfico h-logt tira-se t50 = 3 min Como hmédio = 18,8 mm (enunciado) e a amostra tem dupla fronteira drenante mm h d H médio amostra 4,9 2 8, 18 2 então: ano m mm cv / 0,3 / min ,5 80 3 4,9 ,0197 2 2 2 Mecânica dos Solos II – UERJ 41 42 22 Exercício 5 Admita que a camada de argila de 6 m de espessura, de onde foi retirada a amostra referida no problema anterior, é submetida a um incremento de carga uniformemente distribuído ao longo da sua espessura de 60 kPa. a) Determine, supondo o estrato drenado nos dois sentidos: i) o tempo que o adensamento demora a processar-se; ii) o grau de adensamento médio ao fim de 1 ano de carregamento; iii) o excesso da pressão neutra (ue) ao longo da espessura da camada, 215 dias após o carregamento. Mecânica dos Solos II – UERJ Mecânica dos Solos II – UERJ b) No caso da camada de argila ter apenas um fronteira drenante, qual o tempo necessário à dissipação completa do excesso da pressão neutra. c) Supondo que o coeficiente de permeabilidade da argila é de 2x10-10 m/s, estime o recalque final originado pelo carregamento referido. 43 44 23 Mecânica dos Solos II – UERJ Exercício 6 Considere o maciço terroso representado na Figura 2, onde se construiu rapidamente um aterro de grandes dimensões que provocou um acréscimo uniforme de 110 kPa da tensão vertical. a) Estime o tempo que demorou a processar-se o recalque. b) Sabendo que o recalque por adensamento da camada argilosa 10 meses após a construção foi de 11 cm, estime o valor do seu índice de compressibilidade (Cc). c) Mostre a evolução da tensão vertical efectiva ao longo da camada argilosa, 25 meses depois de concluída a construção do aterro. d) Do recalque total devido ao adensamento da camada argilosa, distinga a parcela elástica da plástica. 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