• Home
  • Chat IA
  • Guru IA
  • Tutores
  • Central de ajuda
Home
Chat IA
Guru IA
Tutores

·

Engenharia Civil ·

Mecânica dos Solos 2

· 2023/1

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Slide 4a - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

32

Slide 4a - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 4 - Compressibilidade e Adensamento

5

Slide 4 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 7 - Compressibilidade e Adensamento

13

Slide 7 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 2 - Compressibilidade e Adensamento

17

Slide 2 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 4b - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

33

Slide 4b - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Questão Mecanica dos Solos 2

2

Questão Mecanica dos Solos 2

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Lista - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

33

Lista - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Lista - Compressibilidade e Adensamento

21

Lista - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 2 - Resistência ao Cisalhamento  2023-1

21

Slide 2 - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 5 - Compressibilidade e Adensamento

23

Slide 5 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Texto de pré-visualização

1 Compressibilidade e Adensamento (Parte 6) Mecânica dos Solos II – UERJ Fernando Eduardo Rodrigues Marques  Já se referiu que concluído o processo de transferência de carga aplicada da água dos poros para o esqueleto sólido não se verifica uma completa estabilização das deformações. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária 1 2 2  Este último processo de deformação ocorre sob tensão efectiva constante e parece ser resultado da fluência do esqueleto sólido e das camadas de água adsorvida onde se verificam reajustamentos ao longo de um período de tempo muito dilatado.  A este processo dá-se o nome de adensamento (compressão) secundária ou secular.  De modo a marcar uma distinção entre este processo de deformação e o descrito anteriormente, esse é designado por adensamento primário ou hidrodinâmico. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária  Estando o solo saturado o adensamento secundário só pode ocorrer à custa da expulsão da água do solo.  Assim, terão que existir necessariamente excessos de pressão neutra e gradientes hidráulicos, embora extremamente pequenos, aos quais corresponderá um fluxo de velocidade também extraordinariamente baixa, que já não é regido pela lei de Darcy. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária 3 4 3  A figura seguinte mostra que num registo semilogarítmico os recalques variam linearmente com o tempo durante o adensamento secundário. Dh100 t100 = t1 t2 De Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário  A variação do índice de vazios da amostra exprime-se pela equação: 1 2 log t t C e    D  sendo: C – coeficiente de adensamento secundário; t2 - instante de tempo em que se pretende conhecer o recalque; t1 - instante de tempo correspondente ao fim do adensamento primário (por vezes utiliza-se para t1 o valor t90, ou seja, o instante correspondente a um grau de adensamento médio de 90%). Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário 5 6 4  O recalque por adensamento secundário pode calcular-se pela expressão: 1 log 2 1 t t C e h hcs     D   A estimativa aproximada de C é particularmente difícil, exigindo ensaios oedométricos com escalões de carga de muita longa duração (muito maior do que a adoptada nos ensaios correntes, que é de 24 horas) sobre amostras de muito boa qualidade. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário  O adensamento secundário é significativo nos depósitos recentes de solos argilosos de alta plasticidade e (ou) alto conteúdo em matéria orgânica. Pelo contrário, é em regra desprezável nos depósitos sobreadensados.  Classificação dos solos argilosos quanto à importância do adensamento secundário: C / (1+e) Classificação < 0,002 Muito baixo 0,004 Baixo 0,008 Médio 0,016 Alto 0,032 Muito alto 0,064 Extremamente alto Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário 7 8 5  No caso de carregamento de um estrato não confinado para qualquer ponto fora do eixo vertical de simetria o vector deslocamento tem uma componente horizontal não nula, no próprio instante em que a carga é aplicada à superfície. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Devido ao facto de as deformações horizontais deixarem de ser nulas, concomitantemente com a aplicação da carga, ocorre um recalque designado por recalque imediato, que está associado a distorção e não a deformação volumétrica, já que esta só ocorrer à custa da expulsão de água, isto é por adensamento. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 9 10 6  Devido ao facto de na altura do carregamento a variação volumétrica da argila ser nula, ao recalque imediato, Dhi, sob a área carregada associa-se um levantamento da superfície nas zonas vizinhas. Recalque imediato Levantamento Deslocamentos horizontais Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Ainda em consequência do recalque imediato, Dhi, ocorrido concomitantemente com a aplicação da carga, em cada ponto o excesso de pressão gerado deixa de ser igual ao incremento de tensão total vertical, passando este a repartir-se no próprio instante do carregamento, pelas duas fases do solo: Para t = 0+: D '  0  D D v v e u   v v u  '   D  D D  Portanto, o acréscimo de tensão neutra que tem de ser dissipado (a carga que tem que ser transferida da fase líquida para o esqueleto sólido) durante o processo de adensamento é menor do que no caso de se ter um estrato confinado. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 11 12 7  Generalização da analogia (modelo) de Terzaghi para estratos não confinados:  A diferença deste modelo relativamente ao modelo primitivo (estratos confinados) reside no facto de parte da parede do recipiente ser constituída por uma membrana elástica; Membrana elástica Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Antes do carregamento, t =0-  Situação de equilíbrio (corresponde à situação de repouso na condição de campo)  A força na mola, Fm, equilibra o peso do disco, Pd. Fm = Pd Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 13 14 8  Aplicação do carregamento, t =0 ≡ t =0+  Pousa-se bruscamente um objecto de peso P0 sobre o disco (carregamento).  Nesse instante gera-se um aumento da pressão de água, o qual deforma a membrana lateral, o que permite uma descida do disco, si, ainda que nenhum volume de água tenha sido expulso. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Aplicação do carregamento, t =0 ≡ t =0+  O peso do objecto neste instante é partilhado pela água (através da sobrepressão ue(0)), e pela mola.  Devido à descida imediata do disco a mola deforma-se, pelo que vai absorver parte do peso do objecto.  Se A for a fracção do peso do objecto equilibrada pela sobrepressão da água, então 1-A será a fracção equilibrada pela mola: S . ue(0) = A . P0 Fm = Pd + (1 - A) . P0 Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 15 16 9  Instante t  A diferença de pressões na interface água-atmosfera vai induzir a expulsão da água, com descida do disco e com transferência progressida da força A.P0 para a mola. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Instante t  Fracção da A.P0 já transferida da água para a mola no instante t será designada por U (U vai crescendo com a expulsão de água do recipiente).  A sobrepressão na água vai diminuindo com a expulsão de água do recipiente sendo no instante t igual a ue(t).  Fm = Pd + (1 - A).P0 + A.P0 .U  S.ue(t) = A.P0 .(1 - U) Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 17 18 10  Muito tempo após a aplicação da solicitação, a pressão da água sob o disco retoma o valor da pressão atmosférica (todo o excesso de tensão neutra já se dissipou, isto é cessou o escoamento de água).  Equilíbrio final, t =∞  O disco estaciona (cessam as deformações na mola) e uma nova situação de equilíbrio análoga à inicial é restabelecida).  Neste instante a deformação na mola é tal que ela absorve toda a solicitação (peso do objecto): Fm = Pd + P0 Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Do exposto verifica-se que o recalque por adensamento no caso de estratos não confinados será menor do que o verificado na situação em que os estratos são confinados (para o mesmo carregamento e mesmas condições geotécnicas).  O cálculo do recalque por adensamento (estratos não confinados) é muito mais complexo do que na situação de os estratos estarem confinados.  A metodologia mais adequada para o efeito baseia-se no método dos elementos finitos, entrando em consideração com as relações tensões-deformações- tempo do solo por meio de modelos constitutivos mais ou menos sofisticados. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 19 20 11  Uma solução expedita para o problema consiste em admitir que após o carregamento, o processo de adensamento se desenrola sem substanciais deformações na direcção horizontal, isto é, de forma não muito distinta daquela que ocorreria se o solo estivesse confinado.  Skempton e Bjerrum sugeriram a aplicação de um factor correctivo ao recalque por adensamento (determinado através da teoria de Terzaghi para estratos confinados) para determinar o recalque por adensamento na situação dos estratos não estarem confinados:   cp cp corrigido h h  D  D  Cuidado: solução expedita, mas que pode conduzir a erros grosseiros. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados B H Argila D Sobreconsolidada Normalmente consolidada Argila sensível Parâmetro Af Coeficiente de assentamento,  Correcção de Skempton – Bjerrum  valor corrigido do recalque:   cp cp corrigido h h  D D   fundação circular fundação contínua Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 21 22 12  A carga que é transferida da água para o esqueleto sólido é menor do que na situação em que os estratos são confinados. Será então o tempo de adensamento menor?  Para o cálculo do tempo de adensamento (em estratos confinados) não interessa o valor da carga a ser transferida da fase líquida para a fase sólida do solo: vc T H t 2   Será então o tempo de adensamento igual? Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  O tempo de adensamento (estratos confinados) depende das condições geométricas e de drenagem (espessura do estrato e nº de fronteiras drenantes) e de permeabilidade do maciço (cv relaciona-se com k) – escoamento de água é unidimensional.  No caso dos estratos serem não confinados, já vimos que se processam deformações na direcção horizontal, pelo que o escoamento de água durante o processo de adensamento não é unidimensional, mas na realidade é tridimensional.  A acrescentar a isso, o coeficiente de permeabilidade de um solo na direcção horizontal é superior em relação ao correspondente na direcção vertical, pelo que a expulsão de água que ocorre durante o processo de adensamento dá-se de forma mais rápida, logo o tempo de adensamento em estratos não confinados é menor. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 23 24

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Recomendado para você

Slide 4a - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

32

Slide 4a - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 4 - Compressibilidade e Adensamento

5

Slide 4 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 7 - Compressibilidade e Adensamento

13

Slide 7 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 2 - Compressibilidade e Adensamento

17

Slide 2 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 4b - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

33

Slide 4b - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Questão Mecanica dos Solos 2

2

Questão Mecanica dos Solos 2

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Lista - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

33

Lista - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Lista - Compressibilidade e Adensamento

21

Lista - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 2 - Resistência ao Cisalhamento  2023-1

21

Slide 2 - Resistência ao Cisalhamento 2023-1

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Slide 5 - Compressibilidade e Adensamento

23

Slide 5 - Compressibilidade e Adensamento

Mecânica dos Solos 2

UERJ

Texto de pré-visualização

1 Compressibilidade e Adensamento (Parte 6) Mecânica dos Solos II – UERJ Fernando Eduardo Rodrigues Marques  Já se referiu que concluído o processo de transferência de carga aplicada da água dos poros para o esqueleto sólido não se verifica uma completa estabilização das deformações. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária 1 2 2  Este último processo de deformação ocorre sob tensão efectiva constante e parece ser resultado da fluência do esqueleto sólido e das camadas de água adsorvida onde se verificam reajustamentos ao longo de um período de tempo muito dilatado.  A este processo dá-se o nome de adensamento (compressão) secundária ou secular.  De modo a marcar uma distinção entre este processo de deformação e o descrito anteriormente, esse é designado por adensamento primário ou hidrodinâmico. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária  Estando o solo saturado o adensamento secundário só pode ocorrer à custa da expulsão da água do solo.  Assim, terão que existir necessariamente excessos de pressão neutra e gradientes hidráulicos, embora extremamente pequenos, aos quais corresponderá um fluxo de velocidade também extraordinariamente baixa, que já não é regido pela lei de Darcy. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.12. Compressão secundária 3 4 3  A figura seguinte mostra que num registo semilogarítmico os recalques variam linearmente com o tempo durante o adensamento secundário. Dh100 t100 = t1 t2 De Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário  A variação do índice de vazios da amostra exprime-se pela equação: 1 2 log t t C e    D  sendo: C – coeficiente de adensamento secundário; t2 - instante de tempo em que se pretende conhecer o recalque; t1 - instante de tempo correspondente ao fim do adensamento primário (por vezes utiliza-se para t1 o valor t90, ou seja, o instante correspondente a um grau de adensamento médio de 90%). Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário 5 6 4  O recalque por adensamento secundário pode calcular-se pela expressão: 1 log 2 1 t t C e h hcs     D   A estimativa aproximada de C é particularmente difícil, exigindo ensaios oedométricos com escalões de carga de muita longa duração (muito maior do que a adoptada nos ensaios correntes, que é de 24 horas) sobre amostras de muito boa qualidade. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário  O adensamento secundário é significativo nos depósitos recentes de solos argilosos de alta plasticidade e (ou) alto conteúdo em matéria orgânica. Pelo contrário, é em regra desprezável nos depósitos sobreadensados.  Classificação dos solos argilosos quanto à importância do adensamento secundário: C / (1+e) Classificação < 0,002 Muito baixo 0,004 Baixo 0,008 Médio 0,016 Alto 0,032 Muito alto 0,064 Extremamente alto Mecânica dos Solos II – UERJ  2.13. Recalque por adensamento secundário 7 8 5  No caso de carregamento de um estrato não confinado para qualquer ponto fora do eixo vertical de simetria o vector deslocamento tem uma componente horizontal não nula, no próprio instante em que a carga é aplicada à superfície. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Devido ao facto de as deformações horizontais deixarem de ser nulas, concomitantemente com a aplicação da carga, ocorre um recalque designado por recalque imediato, que está associado a distorção e não a deformação volumétrica, já que esta só ocorrer à custa da expulsão de água, isto é por adensamento. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 9 10 6  Devido ao facto de na altura do carregamento a variação volumétrica da argila ser nula, ao recalque imediato, Dhi, sob a área carregada associa-se um levantamento da superfície nas zonas vizinhas. Recalque imediato Levantamento Deslocamentos horizontais Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Ainda em consequência do recalque imediato, Dhi, ocorrido concomitantemente com a aplicação da carga, em cada ponto o excesso de pressão gerado deixa de ser igual ao incremento de tensão total vertical, passando este a repartir-se no próprio instante do carregamento, pelas duas fases do solo: Para t = 0+: D '  0  D D v v e u   v v u  '   D  D D  Portanto, o acréscimo de tensão neutra que tem de ser dissipado (a carga que tem que ser transferida da fase líquida para o esqueleto sólido) durante o processo de adensamento é menor do que no caso de se ter um estrato confinado. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 11 12 7  Generalização da analogia (modelo) de Terzaghi para estratos não confinados:  A diferença deste modelo relativamente ao modelo primitivo (estratos confinados) reside no facto de parte da parede do recipiente ser constituída por uma membrana elástica; Membrana elástica Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Antes do carregamento, t =0-  Situação de equilíbrio (corresponde à situação de repouso na condição de campo)  A força na mola, Fm, equilibra o peso do disco, Pd. Fm = Pd Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 13 14 8  Aplicação do carregamento, t =0 ≡ t =0+  Pousa-se bruscamente um objecto de peso P0 sobre o disco (carregamento).  Nesse instante gera-se um aumento da pressão de água, o qual deforma a membrana lateral, o que permite uma descida do disco, si, ainda que nenhum volume de água tenha sido expulso. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Aplicação do carregamento, t =0 ≡ t =0+  O peso do objecto neste instante é partilhado pela água (através da sobrepressão ue(0)), e pela mola.  Devido à descida imediata do disco a mola deforma-se, pelo que vai absorver parte do peso do objecto.  Se A for a fracção do peso do objecto equilibrada pela sobrepressão da água, então 1-A será a fracção equilibrada pela mola: S . ue(0) = A . P0 Fm = Pd + (1 - A) . P0 Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 15 16 9  Instante t  A diferença de pressões na interface água-atmosfera vai induzir a expulsão da água, com descida do disco e com transferência progressida da força A.P0 para a mola. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Instante t  Fracção da A.P0 já transferida da água para a mola no instante t será designada por U (U vai crescendo com a expulsão de água do recipiente).  A sobrepressão na água vai diminuindo com a expulsão de água do recipiente sendo no instante t igual a ue(t).  Fm = Pd + (1 - A).P0 + A.P0 .U  S.ue(t) = A.P0 .(1 - U) Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 17 18 10  Muito tempo após a aplicação da solicitação, a pressão da água sob o disco retoma o valor da pressão atmosférica (todo o excesso de tensão neutra já se dissipou, isto é cessou o escoamento de água).  Equilíbrio final, t =∞  O disco estaciona (cessam as deformações na mola) e uma nova situação de equilíbrio análoga à inicial é restabelecida).  Neste instante a deformação na mola é tal que ela absorve toda a solicitação (peso do objecto): Fm = Pd + P0 Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  Do exposto verifica-se que o recalque por adensamento no caso de estratos não confinados será menor do que o verificado na situação em que os estratos são confinados (para o mesmo carregamento e mesmas condições geotécnicas).  O cálculo do recalque por adensamento (estratos não confinados) é muito mais complexo do que na situação de os estratos estarem confinados.  A metodologia mais adequada para o efeito baseia-se no método dos elementos finitos, entrando em consideração com as relações tensões-deformações- tempo do solo por meio de modelos constitutivos mais ou menos sofisticados. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 19 20 11  Uma solução expedita para o problema consiste em admitir que após o carregamento, o processo de adensamento se desenrola sem substanciais deformações na direcção horizontal, isto é, de forma não muito distinta daquela que ocorreria se o solo estivesse confinado.  Skempton e Bjerrum sugeriram a aplicação de um factor correctivo ao recalque por adensamento (determinado através da teoria de Terzaghi para estratos confinados) para determinar o recalque por adensamento na situação dos estratos não estarem confinados:   cp cp corrigido h h  D  D  Cuidado: solução expedita, mas que pode conduzir a erros grosseiros. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados B H Argila D Sobreconsolidada Normalmente consolidada Argila sensível Parâmetro Af Coeficiente de assentamento,  Correcção de Skempton – Bjerrum  valor corrigido do recalque:   cp cp corrigido h h  D D   fundação circular fundação contínua Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 21 22 12  A carga que é transferida da água para o esqueleto sólido é menor do que na situação em que os estratos são confinados. Será então o tempo de adensamento menor?  Para o cálculo do tempo de adensamento (em estratos confinados) não interessa o valor da carga a ser transferida da fase líquida para a fase sólida do solo: vc T H t 2   Será então o tempo de adensamento igual? Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados  O tempo de adensamento (estratos confinados) depende das condições geométricas e de drenagem (espessura do estrato e nº de fronteiras drenantes) e de permeabilidade do maciço (cv relaciona-se com k) – escoamento de água é unidimensional.  No caso dos estratos serem não confinados, já vimos que se processam deformações na direcção horizontal, pelo que o escoamento de água durante o processo de adensamento não é unidimensional, mas na realidade é tridimensional.  A acrescentar a isso, o coeficiente de permeabilidade de um solo na direcção horizontal é superior em relação ao correspondente na direcção vertical, pelo que a expulsão de água que ocorre durante o processo de adensamento dá-se de forma mais rápida, logo o tempo de adensamento em estratos não confinados é menor. Mecânica dos Solos II – UERJ  2.14. Carregamento de estratos não confinados 23 24

Sua Nova Sala de Aula

Sua Nova Sala de Aula

Empresa

Central de ajuda Contato Blog

Legal

Termos de uso Política de privacidade Política de cookies Código de honra

Baixe o app

4,8
(35.000 avaliações)
© 2025 Meu Guru®