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Economia Internacional
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História do Pensamento Econômico tanley L Brue HistOria do PENSAMENTO ECONtIMICO Traduo da 6 4 edi o norteamericana eiblioteca Regional CURUF Tti c5p PA UFWIT CUR Eblioteca Regional DataafOJ10 Dados Internacionais de Catalogacdo ma Publicacao CIP Camara Brasileira do Livro SP Brasil Brue Stanley L 1945 Historia do pensamento econOmico Stanley L Brue traducao Luciana Penteado Miquelino Sao Paulo Thomson Learning 2006 1 reimpr da 1 ed de 2005 Titulo original The evolution of economic thought Bibliografia ISBN 8522104247 1 Economia Hist6ria I Titulo 042168 CDD33009 indice pare catilogo sistematico Historia do PENSAMENTO ECONOMIC Traducao da 6 edicao norteamericana Stanley L Brue Traducao Luciana Penteado Miquelino Revisao Tecnica Roberto Antonio Iannone Economista P U CS P Mestre em Historia Econornica US P Doutorando em Historia Economica US P Professor da FAAP Graduacao e MBA Australia Brasil Canada Cingapura Espanha Estados Unidos Mexico Reino Unido THONISC0 N1 Gerente Editorial Adilson Pereira Editor de Desenvolvimento Marcio Coelho Supervisora de Prodgao Editorial Patricia La Rosa Produtora Editorial Ligia Cosmo Cantareili COPYRIGHT 2000 de Harcourt Inc COPYRIGHT 2005 para lingua portuguesa adquirido por Thomson Learning Edic6es Ltda uma diviseo da Thomson Learning Inc Thomson LearningTM é uma marca registrada aqui utilizada sob licenca I mpresso no Brasil Printed in Brazil 1 2 3 4 08 07 06 Rua Traipu 114 3 Q andar Perdizes CEP 01235000 Seo Paulo SP Tel 11 36659900 Fax 11 36659901 Condominio EBusiness Rua Werner Siemens 111 Predio 20 Espaco 03 Lapa de Baixo CEP 05069900 Seo Paulo SP Tel 11 36115306 1136118473 sacthomsonlearningcombr wwwthomsonlearningcombr Copidesque Norma Gusukuma Revisao Cristina Paixao Lopes e Sandra Lia Farah Tradgao Luciana Penteado Miquelino Revisao Ucnica Roberto Antonio lannone Todos os direitos reservados Nenhuma parte deste livro podere ser reproduzida sejam quais forem os meios empregados sem a permisseo por escrito da Editora Aos infratores aplicamse as sanceies previstas nos artigos 102 104 106 e 107 da Lei n a 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Editorgao Eletrqnica Macquete ProduciSes Graficas Capa Megaart Design Titulo do Original em The Evolution of Economic ThoughtSixth Edition ISBN 0030259983 Dados internacionais de Cataloggao na Publicgao CiP Camara Brasileira do Livro SP Brasil Brue Stanley L 1945 HistPria do pensamento econ6mico Stanley L Brue traduceo Luciana Penteado Miquelino Seo Paulo Thomson Learning 2006 1 reimpr da 1 ed de 2005 Titulo original The evolution of economic thought Bibliografia ISBN 8522104247 1 Economia Hist6ria I Titulo 042168 CDD33009 indice para catalogo sistematico 1 Economia Hist6ria 33009 Prefacio 0 principal objetivo deste livro e apresentar a evolugao da historia da economia de uma manei ra clara didatica equilibrada e interessante Afinal é uma histOria de grande importancia que aprimora o nosso entendimento da economia contemporanea e fornece uma perspectiva Unica tido encontrada em outros campos da disciplina 0 estudo da histOria do pensamento econOmico continua a se ampliar a medida que a dis ciplina da economia se desenvolve Novas ideias novas evidencias novos problemas e novos valo res pedem uma reconsideragao das disputas basicas e das principais contribuicoes do passado NOVAS SECoES 0 PASSADO COMO PREANIBULO Esta obra contem diversas secoes 0 passado como preambulo Esses quadros conectam ideias anteriores algumas vezes abordadas apenas resumidamente a contribuicoes ou questoes econO micas contemporaneas ou subsequentes Em alguns casos o vinculo especlfico de ideias abran ge muitas decadas e em outros casos somente alguns anos Algumas vezes as sego5es apontam em direcao ao futuro outras vezes remetem ao passado mas em todos os exemplos envolvem ideias originais e seu impacto na teoria econOmica nas questoes econOmicas ou nos eventos eco nOmicos subseqiientes As secoes 0 passado como preambulo deverao ajudar os alunos a reconhecer as cone xoes logicas e historicas entre ideias Depois de ler essas sego es os alunos comecarao a vincular as ideias histOricas a outras areas de seu estudo Alern disso essas secoes servem algumas vezes como um velculo para a introdugao de ideias ou questoes importantes de alguma maneira tan genciais para o fluxo principal do texto e portanto sac mais bem tratadas separadamente ELEMENTOS DE FIM DE CAPITULO As perguntas de fim de capitulo para estudo e discussao aumentaram com perguntas relacio nadas ao novo contetido Alem disso as listas de leituras selecionadas foram expandidas e atua lizadas com referencias atuais DIFERENCIACAO DO PRODUTO As caracteristicas distintas deste livro incluem Cinco perguntas principais À medida que cada escola importante de pensamento econOmi co é apresentada cinco perguntas principais sao consideradas Qual era o cenario histOrico da escola Quais eram os principais dogmas da escola Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar Como a escola era valida Util ou correta em sua epoca Quais dogmas da escola se tornaram contribui 6es duradouras As respostas a essas perguntas fornecem um breve resumo de cada escola A discussao se concentra entao nos principais pensadores dentro de cada escola definida em termos gerais Essa abordagem nao é apenas intelectualmente sólida mas tambem faz sentido do ponto de vista educacional apresentando a histOria do pensamento econOmico de uma maneira que ajuda os alunos a reter mais o conhecimento Clareza de exposi0o Este livro enfatiza a clareza na exposiao A histria do pensamento econmico foi criado para ser compreensivel e acessivel nao somente para aqueles que tiveram varios cursos em economia mas tambem para os estudantes de graduaao que tiveram apenas alguns cursos de conteUdo superficial sobre os principios da economia Linha do tempo das ideias econOmicas Este livro contem uma linha do tempo de ideias eco nOmicas Cada retangulo na linha do tempo representa uma escola ou abordagem importan te e os nomes dentro de cada retangulo sao os dos economistas mais importantes ou repre sentativos para o desenvolvimento daquela escola ou daquele conjunto de ideias 0 tipo especifico de seta branca ou preta que liga duas escolas indica a natureza do relacionamen to que existiu entre elas A parte relevante da linha do tempo e aumentada e apresentada no inicio de cada capitulo para lembrar ao leitor em que momento as ideias a serem discutidas se encaixam no desenvolvimento geral do pensamento econOmico Apendice sobre as fontes de informacOes 0 Capitulo 1 contem um apendice que resume as principais fontes de informa es do campo incluindo as encontradas na Internet Perguntas para estudo As perguntas para estudo e discussao sao encontradas no final de cada capitulo Elas revisam o conteUdo do capitulo e estimulam os alunos a ampliar seu entendimento Figuras com legendas Uma legenda explicativa cuidadosamente escrita acompanha cada figura Muitas dessas legendas foram revisadas para garantir sua abrangencia e clareza AGRADECIMENTOS As pessoas que adotarem este livro reconhecerao nele o legado de Jacob Oser Tem sido uma honra para mim dar continuidade ao trabalho do professor Oser nesses Ultimos 12 anos Ao revisar este livro eu me beneficiei muito da ajuda fornecida pelos revisores e gostaria de agradecerlhes publicamente Sao eles Syad Ahman McMaster University Ernest Ankrim Frank Russell Company Richard Ballman Augustana College em Illinois Les Carson Au gustana College em Dakota do Sul Tawni Hunt Ferrarini Northern Michigan University Peter Garlick SUNYNew Paltz David E R Gay University of Arkansas Geoffrey Gilbert Hobart and William Smith Colleges Randy R Grant Linfield College ChingYao Hsieh George Washington University Charles G Leathers University of Alabama em Tuscaloosa Mary H Lesser Iona College Tracy Miller Baylor University Clair E Morris IIS Naval Ararlemv T iirence NAnce R 31enn CnilPer NTrs rri c Ptrefst T 7111 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Prefacio rn University Michael Reed University of Nevada em Reno e Thomas Reinwald Shippens burg University Tambem quero agradecer a Campbell R McConnell meu coautor em Economics and contemporary labor economics que durante anos ensinoume muito sobre a arte da exposicao dos livros didaticos Meus agradecimentos vao tambem para as pessoas de grande talento da Dryden Press por lidarem de maneira eficiente corn a revisao desde sua concepcao ate o pro duto final Gary L Nelson editor de aquisicoes Amy Porubsky editora de desenvolvimento Darryl King gerente de producao Christy Goldfinch editora de projetos Debbie K Ander son estrategista de marketing Mike Nichols editor Biatriz Chapa diretora de arte Linda Blundell editora de fotografia e Kimberly Powell gerente de producao Finalmente quero expressar meu agradecimento a Robert Jensen da Pacific Lutheran University que me ajudou a revisar esta edicao antes de ser impressa Socialismo utOpico OVVEN FOURIER SAINTSIMON 1700 1725 1750 1775 1800 1825 18 A partir de Mercantilismo I 500 MUN MALYNES DAVENANT COLBERT PETTY Fisiocracia OUESNAY TURGOT Precursores NORTH CANT1LLON H1JME Classicismo SMITH MALTHUS RICARDO BENTHAM SAY SENIOR MILL Linha do tempo das ideias econ6micas As caixas no diagrama indicam escolas ou grupos de pensamento que abordam tOpicos comuns Os nomes acima das caixas sao precursores de escolas As setas de conexao representam o tipo de influncia de uma escola ou de um grupo sobre outro Escolas e grupos essencialmente receptivos com relaao aos predecessores Escolas e grupos essencialmente n1111n111111111 contrrios com relacao aos seus predecessores Grupos nos quais alguns contribuintes sao receptivos com relacao aos seus predecessores mas outros sao contrarios 50 1875 1900 1925 1950 1975 2000 Novo classicism FRIEDMAN LUCAS BECKER Precursores COURNOT DUPUIT VON THONEN Crescimento e desenvolvimento HARROD DOMAR SOLOW SCHUMPETER NURKSE LEWIS SCHULTZ Precursores Outras escolas Concorrencia imperfeita SRAFFA CHAMBERLIN ROBINSON Marginalismo e neoclassicism JEVONS MENGER VON WIESER VON BOHMBAWERK EDGEWORTH CLARK MARSHALL Precursor SISMONDI Marxismo e socialismo MARX BLANC KINGSLEY Economia matematica WALRAS LEONTIEF VON NEUMANN MORGENSTERN HICKS nIMMIN1111111111111111 Economia keynesiana KEYNES HANSEN SAMUELSON P6skeynesianos Novos keynesianos Economia monetaria WICKSELL FISHER HAVVIREY 1 Economia do bemestar PARETO PIGOU VON MISES LANGE ARROW BUCHANAN lnstitucionalismo VEBLEN MITCHELL GALBRAITH Precursor LIST Historicismo alemao ROSCHER SCHMOLLER WEBER Sumario 1 INTR0DUcA0 E VISAO GERAL 1 Richard Cantillon 53 Uma linha do tempo das ideias David Hume 56 econOmicas 2 0 passado como preambulo As cinco perguntas principais 3 41 Hume e a cooperacao 60 A importancia de estudar a economia e sua historia 7 5 A ESCOLA CLASSICA Apendice A histOria do pensamento ADAM SMITH 63 econornico fontes de informacoes 10 Detalhes biograficos 63 Influencias importantes 64 2 A ESCOLA MERCANTILISTA 13 A teoria dos sentimentos morais 65 Visa geral do mercantilismo 13 A riqueza das nacoes 68 0 passado como preambulo As leis econOrnicas de uma economia 21 0 mercantilism e a oferta de competitiva 73 maodeobra 18 0 passado como preambulo Thomas Mun 20 51 Adam Smith e os salarios de 0 passado como preambulo eficiencia 78 22 0 mercantilism tardio 21 Gerard Malynes 23 6 A ESCOLA CIASSICA Charles Davenant 24 THOMAS IVIALTHUS 86 Jean Baptiste Colbert 26 Cenario historic e intelectual 87 Sir William Petty 27 Teoria da populacao de Malthus 89 0 passado como preambulo 3 A ESCOLA FISIOCRATICA 33 61 Malthus e a fome nos dias atuais 93 Visa geral dos fisiocratas 33 A teoria da superproducao 94 Francois Quesnay 38 Avaliacao das contribuicOes de Malthus 96 0 passado como preambulo 31 Quesnay e o diagrama de flux 7 A ESCOLA CLASSICA circular 41 DAVID RICARDO 100 Anne Robert Jacques Turgot 42 Detalhes biograficos 101 A questa da moeda 102 4 A ESCOLA CLASSICA A teoria dos rendimentos decrescentes PRECURSORES 46 e da renda 103 Visa geral da escola classica 46 A teoria do valor de troca e os precos Sir Dudley North 51 relativos 107 XI 711 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO A distribuição de renda 110 0 passado como prembulo 0 passado como prthnbulo 111 List e a teoria do comercio 71 0 teorema ricardiano da estrategico 202 equivaiencia 111 Wilhelm Roscher 203 Implicações politicas 115 Gustav Schmoller 204 0 desemprego segundo Ricardo 118 Max Weber 207 Avalia o 119 Um pOsescrito 209 8 A ESCOLA CLkSSICA BENTHAM SAY SENIOR E MILL 122 12 A ESCOLA MARGINALISTA Jeremy Bentham 122 PRECURSORES 212 0 passado como prembulo Viso geral da escola marginalista 213 81 A usura segundo Aquino Bentham e Fisher 127 Antoine Augustin Cournot Jules Dupuit 217 222 JeanBaptiste Say 129 Johann Heinrich von Thnen 225 Nassau William Senior 131 0 passado como preimbulo 0 passado como prembulo 121 Gossen utilidade e fama tardia 226 82 Say e a busca de rendimento 132 John Stuart Mill 136 13 A ESCOLA MARGINALISTA 0 passado como prembulo JEVONS MENGER VON WIESER 83 Mill Taylor e os direitos das E VON 130511MBAWERK 231 mulheres 138 William Stanley Jevons 231 0 passado como prthnibulo 9 A ASCENSik0 DO PENSAMENTO SOCIALISTA 150 131 Jevons 0 jogo e racional 238 Uma viso geral do socialismo 150 Carl Menger 239 Henri Comte de SaintSimon 157 Friedrich von Wieser 244 Charles Fourier 160 Eugen von BOhmBawerk 247 Simonde de Sismondi 162 Robert Owen 164 14 A ESCOLA MARGINALISTA Louis Blanc 167 EDGEWORTH E CLARK 253 Charles Kingsley 168 Francis Y Edgeworth 253 John Bates Clark 261 10 0 SOCIALISMO MARXISTA 173 0 passado como preiinbulo Detalhes biogthficos e influencias 141 Curvas de custo de intelectuais 174 Jacob Viner 262 A teoria da histOria de Marx 176 0 passado como prthribulo A lei de movimento da sociedade capitalista 177 142 Clark a produtividade marginal A lei de movimento do capitalismo e os saMrios dos executivos 270 um resumo 187 Avalia o da economia de Marx 187 15 A ESCOLA NEOCLASSICA 0 passado como prthiribulo ALFRED MARSHALL 273 101 0 colapso do marxismo 191 A vida e o modo de Marshall 274 Utilidade e demanda 275 11 A ESCOLA HIST5RICA ALEMik 195 Oferta 281 Vis o geral da escola histOrica alem5 195 Preo de equilibrio e quantidade 283 FrieArich T 1 qc Surnario lxiii 0 passado como preambulo 151 Por que as empresas existem Aumento e reducao de custos nas industrias 16 A ESCOLA NEOCLASSICA ECONOMIA MONETARIA John Gustav Knut Wicksell Irving Fisher Ralph George Hawtrey 0 passado como preambulo 161 Hawtrey e a politica monetaria ativa de 1982 ate hoje 17 A ESCOLA NEOCLASSICA PARTIDA DA CONCORRENCIA PERFEITA Piero Sraffa Edward Hastings Chamberlin Joan Robinson 0 passado como preambulo 171 Diretores agentes e a ineficiencia de X 0 passado como preambulo 172 Robinson monopsonio e politica ptiblica 18 ECONOMIA MATEMATICA Tipos de economia matematica Leon Walras Wassily Leontief John von Neumann e Oskar Morgenstern John R Hicks 0 passado como preambulo 181 John Nash Descoberta desespero e o Premio Nobel Programacao linear 0 passado como preambulo 290 192 Douglass North e o novo institucionalismo 389 291 20 A ECONOMIA DO BEMESTAR 393 Vilfredo Pareto 394 298 Arthur Cecil Pigou 397 299 0 passado como preambulo 305 201 As externalidades segundo 312 Pigou e Coase 402 Ludwig von Mises 403 Oscar Lange 405 314 Kenneth Arrow 407 James M Buchanan 409 21 A ESCOLA KEYNESIANA 318 JOHN MAYNARD KEYNES 416 320 Visa geral da escola keynesiana 417 322 John Maynard Keynes 421 326 0 passado como preambulo 211 Keynes e a escola de Estocolmo 431 327 22 A ESCOLA KEYNESIANA DESENVOLVIMENTOS DESDE KEYNES 334 Alvin H Hansen Paul A Samuelson 338 0 passado como preambulo 339 221 Abba Lerner e o Volante 345 Keynesiano 443 348 Os p6skeynesianos 451 Os novos keynesianos 453 351 353 23 TEORIAS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO 459 Sir Roy F Harrod e Evsey Domar 460 354 Robert M Solow 462 359 Joseph Alois Schumpeter 465 0 passado como preambulo 231 Schumpeter a destruicao criativa e a politica antitruste 470 Ragnar Nurkse 471 W Arthur Lewis 474 Theodore W Schultz 476 0 passado como preambulo 232 As criticas de Todaro a Lewis e Schultz 478 436 437 442 19 A ESCOLA INSTITUCIONALISTA 365 Visa geral da escola institucionalista 366 Thorstein Bunde Veblen 370 0 passado como preambulo 191 Os bens de Veblen e as curvas de demanda ascendentes 374 Wesley Clair Mitchell 380 John Kenneth Galbraith 385 171 HISTdRIA DO PENSAMENTO ECONMlCO 24 A ESCOLA DE CHICAGO 0 NOVO CLASSICISMO Visao geral da escola de Chicago Milton Friedman Robert E Lucas Jr 0 passado como preasmbuio 241 De Stigler a abacaytis Gary S Becker 25 PENSAMENTOS DE CONCLUS2W 507 482 0 passado como preambulo 483 251 Os laureados com o Nobel de 487 Economia 509 494 Anexo A A Cepal e o Pensamento EconOmico LatinoArnericano 515 495 Anexo B Pensamento EconOmico 498 Brasileiro 528 fndice onomstico 539 fndice remissivo 543 1450 1475 1500 Mercantilismo CAPiTULO 1 INTRODKAO E VISACI GERAL As primeiras tendencias de pensamento economic podem ser vinculadas a Antigiiidade Por exemplo a palavra economia remonta a Grecia antiga onde oeconomicus significava gerencia mento das questoes domesticas AristOteles 384322 aC se engajou no pensamento econo mic distinguindo entre as artes naturals e naonaturais de aquisicao A aquisicao natural ele escreveu inclui atividades como agricultura pesca e caca que produzem bens para as necessi dades basicas da vida A aquisicao naonatural que ele desaprovava envolve a aquisicao de bens alem da necessidade Plata 427347 aC escreveu sobre os beneficios da especializacao huma na dentro da cidadeestado ideal Essa especializacao foi urn prenuncio das ideias posteriores de Adam Smith acerca da divisao de trabalho A Mha contem varios pensamentos sobre econo mia incluindo aqueles contrarios ao emprestimo corn cobranca de juros Na Idade Media sao Tomas de Aquino 12251274 promoveu a ideia de um prey justo um preco em que nem o comprador nem o vendedor levam vantagem sobre o outrol 1 NRT A preocupacdo era determinar o que era justo 0 pensamento economic estava a servico da moral Obra Sum Theologica 1 0 periodo anterior a 1500 dC no entanto representou uma epoca muito diferente do periodo de 1500 ate hoje Havia pouco comercio antes de 1500 e a maioria dos bens era pro duzida para o consumo na comunidade que os produzia sem serem enviados primeiro para o mercado 0 dinheiro e o credito nao eram portanto amplamente utilizados embora ja existis sem naquela epoca Estados nacionais soberanos e economias nacionais integradas ainda nao tinham se desenvolvido completamente nem tinha sido formada nenhuma escola de pensa mento econOmico Em contraste os mercados e o comercio se expandiram rapidamente depois de 1500 com as grandes exploracOes geograficas como resultado desse processo e como seu acelerador A eco nomia monetaria substituiu a economia natural ou autosuficiente Os Estados nacionais com economias unificadas tornaramse forcas dominantes As escolas econOmicas surgiram repre sentando organizacOes sistematicas de formacao de pensamento e de politica Nos anos 1500 a era da economia politica comecou a substituir a era da filosofia moral 0 foco na economia politica trouxe uma organizacao coerente de pensamento econO mico Assim embora ocasionalmente voltemos a nos referir a ideias anteriores comecaremos nossa histOria da evolucao do pensamento econOmico no seculo XVI com o mercantilismo UMA LINHA DO TEMPO DAS IDEIAS ECONOMICAS 0 pensamento econOmico tem exibido um significativo grau de continuidade durante os secu los Os fundadores de uma nova teoria podem recorrer as ideias de seus predecessores e desen volvelas ainda mais ou podem reagir em oposicao a ideias anteriores que estimulam seu prO prio pensamento em novas direcOes Essas relacOes entre diferentes escolas de pensamento sao descritas na linha do tempo das ideias econOmicas mostrada no comeco deste livro Ao visua lizar essa linha do tempo lembrese que qualquer esquema de organizacao que mapeie influen cias e ligue escolas requer algumas decisOes arbitrarias sobre o que se encaixa onde Cada retangulo na linha do tempo representa uma importante escola ou metodologia Os nomes no retangulo sao dos economistas mais importantes ou mais tipicos no desenvolvimen to dessa escola ou abordagem Os nomes imediatamente acima de cada retangulo sao os precur sores da escola Uma seta branca ligando dois retangulos mostra que o último grupo geralmen te foi receptivo ao grupo do qual veio ou que substituiu Uma seta preta mostra que o nitimo grupo foi contrario ou fez oposicao ao grupo anterior Uma seta pontilhada indica grupos em que alguns colaboradores foram receptivos aos predecessores mas outros foram contrarios Assim verificase por exemplo que os fisiocratas foram totalmente contrarios as doutrinas dos mercantilistas seta preta enquanto Adam Smith e a escola classica foram receptivos aos fisio cratas seta branca Os marginalistas mostraram uma ruptura com a escola classica da qual vieram enquanto Keynes por sua vez rejeitou as ideias macroeconOmicas do marginalismo Portanto as setas pretas aparecem nessas seqencias embora podese discutir que as semelhancas nos dois casos eram maiores que as diferencas No entanto certamente os marginalistas tinham relacOes prOximas e amigaveis com os economistas monetarios seta branca De maneira alternativa alguns econo mistas do bemestar promoveram ideias marginalistas enquanto outros as desafiaram Portanto a seta da escola marginalista para os economistas do bemestar é pontilhada Varias ideias modernas apresentam alguma semelhanca com conceitos de epocas passadas 1 11 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visao Geral demanda que escreveram nos Estados Unidos nos anos 1980 defendiam urn retorno ao padrao do ouro domestic uma ideia promovida pelos economistas e adotada pelas nacoes nos anos 1800 mas que acabou sendo esquecida corn a depressao dos anos 1930 A ideia do capital humano declarada por Adam Smith e John Stuart Mill permaneceu dormente ate que foi revi talizada e expandida por Schultz e Becker no period p6s1960 Os pronunciamentos sombrios de Thomas Malthus em 1798 foram proferidos de uma forma modificada por alguns econo mistas nos anos 1970 que previram que a escassez de recursos logo provocaria urn colapso na economia mundial 0 surgimento da nova macroeconomia classica nos anos 1980 e 1990 co mo urn desafio as visoes keynesianas prevalecentes reembalou urn pouco do classicism antigo do seculo anterior Isso nao deve sugerir que a hist6ria se move em circulos e que voltamos para o momento em que estavamos em periodos anteriores Em vez disso a historia do pensamento economic parece se mover em espirais As teorias e politicas econOmicas geralmente retornam sim para teorias e politicas semelhantes de eras anteriores mas estao em diferentes pianos em condicoes muito diferentes As diferencas sac ta g significativas quanto as semelhancas e vale a pena exa minar as duas corn atencao Fazemos isso a medida que avancamos na linha do tempo Voce deveria consultar a linha do tempo corn freqiiencia conforme avanca no livro pois ela o ajudard a identificar em que momento os economistas e as ideias estudadas se encaixam dentro do fluxo historic maior de doutrinas Akin disso observe que a pagina de abertura de cada capitulo apresenta uma ampliacao do segmento da linha do tempo mais relevante ao con taido do capitulo Finalmente voce encontrard muitas secoes 0 passado como preambulo neste livro Essas secoes numeradas demonstram que as ideias do passado algumas vezes de forma fragmentaria sao precursoras de ideias ou politicas econOmicas posteriores mais desenvolvidas e formalizadas Urn nthnero exemplo 21 32 indicard o melhor momento para parar e ler essas secoes AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS A medida que cada importante escola de pensamento economic é apresentada sera conside radas cinco perguntas principais sobre ela Esse metodo fornecera uma perspectiva sobre a esco la e o cenario social que a produziu Esse resumo no inicio o ajudard a esclarecer os pontos essen ciais conforme estudamos as ideias dos principais economistas 0 estudo dos economistas ilustrard as caracteristicas das escolas as quais eles estavam vinculados e as citacoes de seus tra balhos indicarao a qualidade de seu pensamento Qual era o cenario historic da escola Examinaremos aqui o cenario historic para determinar se ele pode ter gerado um sistema de pensamento especifico A teoria econOmica geralmente se desenvolve em resposta a alteracOes no ambiente que chamam a atencao para novos problemas Urn pouco de conhecimento so bre a epoca é essencial para entender por que as pessoas pensavam e agiam daquela maneira E verdade claro que muitos sistemas de pensamento existem ao mesmo tempo na mente de muitos individuos Os intelectos tendem a desenvolver ampla multiplicidade de ideias que variam da mais racional a mais fantastica Ideias irrelevantes para a sociedade no momento 711 HISTC5RIA DO PENSAMENTO ECONCMICO em que sao apresentadas tendem a esmaecer e morrer enquanto as que sao Uteis e eficazes para responder a pelo menos algumas perguntas e resolver alguns problemas sao dissemina das e popularizadas contribuindo portanto para a valorizacao de seus autores Adam Smith contribuiu bastante para o pensamento econOmico no entanto alguem consegue duvidar de que se ele nao tivesse vivido as mesmas ideias teriam vindo de alguma maneira mais tarde Talvez elas nao fossem expressas tao bem ou tao claramente Portanto os academicos teriam andado as cegas um pouco mais antes de se encontrarem no caminho intelectual que ele tao nitidamente apontou Smith deu uma grande contribuiOn precisamente porque suas ideias responderam as necessidades de seu tempo Se por exemplo a teoria de Ricardo sobre a vantagem comparati va no comercio internacional tivesse sido desenvolvida na epoca feudal nao teria tido nenhu ma significaao mais importante em um mundo de autosuficiencia local com um minimo de comercio A disputa com relaao as leis do milho na Inglaterra no inicio da decada de 1800 trouxe à tona a teoria da renda 2 Se Keynes tivesse publicado The general theory of employment interest and money em 1926 em vez de em 1936 poderia ter atraido muito menos ateNao do que atraiu Claramente o cenario social em que as ideias crescem é importante Na realidade alguns economistas atribuem importancia primaria ao ambiente politico so cial e econOmico para moldar a natureza das perguntas que os economistas fazem e portanto o contedo das teorias econOmicas que surgem durante um periodo especifico Por exemplo de acordo com John Kenneth Galbraith As ideias são inerentemente conservadoras Elas não recuam diante do ataque de outras ideias mas sim diante do ataque maci o de circunsthncias contra as quais rik conseguem lutar 3 Redefinidas as novas ideias suplantam teorias econOmicas amplamente aceitas somente quando eventos atuais consideram as teorias antigas claramente inadequadas Por exemplo algumas pessoas argumentariam que a ncao existente ha muito tempo de que uma economia de mercado automaticamente produz emprego total nao recuou diante da lOgica da Teoria ge ral de Keynes mas diante da depressao e desemprego macico dos anos 1930 Um ponto semelhante foi apresentado por Wesley C Mitchell que escreveu Os economistas tendem a pensar em seu trabalho como o resultado de um jogo de livre inte ligencia com relac5o a problemas formulados de maneira lOgica Eles podem reconhecer que suas ideias foram influenciadas por sua leitura e pelas aulas que sabiamente escolheram mas raramente percebem que sua livre inteligencia tem sido moldada pelas circunsthncias em que nasceram que suas mentes so produtos sociais e que eles não podem transcender de manei ra seria seu ambiente Perceber tudo isso sobre si mesmos e importante para que os alunos se tornem adequa damente autocriticos ou seja para que percebam os limites aos quais sua visk esth sujeita Mas e excessivamente dificil para uma mente que foi moldada por um determinado ambien 2 NRT 0 autor utiliza na obra os termos renda e rendimento muitas vezes para referir a renda auferida com o arrendamento loca o da terra para a agricultura xcti ncn Introducao e Visa Geral te nao tomar esse ambiente como urn problema de curso ou ver que ele e em si mesmo o produto de condicoes transitorias e portanto sujeito a uma variedade de limitacoes 4 Outros economistas no entanto discordariam ou pelo menos qualificariam muito bem da ideia de que as forcas ambientais sao as principals formadoras da teoria economica Eles argumentam que os fatores internos dentro de uma disciplina como a descoberta e a expli cacao de paradoxos naoresolvidos sac responsaveis pela maioria dos avancos teoricos George J Stigler pode falar por eles Cada desenvolvimento importante na teoria econOrnica dos ultimos cem anos eu acredito poderia ter vindo muito mais cedo se condicoes ambientais adequadas fossem tudo o que é necessario Mesmo a Teoria Geral de Keynes poderia ter encontrado uma base empfrica evi dente no period p6sNapoleao ou na decada de 1870 ou de 1890 Isso talvez signifique somente dizer o que e certamente verdadeiro e quase tautolOgico que os elementos de um sistema econOmico que os economistas acreditam serem basicos tern estado presentes ha muito tempo A natureza dos sistemas econornicos mudou relativamente pouco desde a epoca de Smith Assim atribuo ao ambiente contemporaneo urn papel pequeno ate mesmo acidental no desenvolvimento da teoria econornica desde que ela se tornou uma disciplina profissional Mesmo onde o estimulo ambiental original a urn desenvolvimento analitico é relativamente claro como na teoria da renda de Ricardo a profissao logo se apropria do problema e o refor mula de maneira que ele se torna cada vez mais distante dos eventos atuais ate que finalmen te sua origem tido tern nenhum relacionamento reconhecivel corn sua natureza ou seus usos5 Qual dessas duas perspectivas alternativas é a correta Ambas contem elementos validos Algumas teorias surgem claramente como conseqiiencia direta das questoes em yoga na atua lidade Outros avancos na economia simplesmente surgem da busca continua por conhecimen to e isso é relativamente independente dos eventos atuais Quais eram os principals dogmas da escola Amplas generalizacoes sobre as ideias de escolas economicas sucessivas serao fornecidas sob esse titulo A vantagem desse procedimento é que ele permite uma apresentacao concisa da essencia da escola A desvantagem é que sempre havera excecoes a generalizacao que nao poderao ser exa minadas em detalhes ate mais adiante Urn resumo apresenta padroes de uniformidade em ideias de grupos de economistas mas as excecoes podem conter as sementes de ideias que eventual mente triunfarao Assim vamos generalizar que os mercantilistas favoreciam o actimulo de ouro e prata embora tenha havido alguns entre eles que tomaram uma posicao antibulionista 6 Es sas pessoas acabaram sendo subjugadas e mal foram ouvidas no inicio mas suas ideias foram em Ultima analise desagravadas De maneira semelhante a escola classica acreditava no livre 4 Wesley C Mitchell Types of economic theory Ed Joseph Dorfman v 1 Nova York A M Kelley Publish ers 1967 p 3637 5 George J Stigler Essays in the history of economics Chicago University of Chicago Press 1965 p 23 6 NRT Bulionismo metalismo concepcao mercantilista que confundia moeda corn riqueza comercio entre as na Oes embora Malthus um economista classico fosse a favor de tarifas so bre bens importados Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar Os tipos de perguntas econOmicas dominantes nos pensamentos de um grupo podem ser insig nificantes para outro Os teOlogos da Idade Media por exemplo preocupavamse muito com a moralidade da cobraNa de juros sobre o dinheiro emprestado Com o passar do tempo esse problema parecia menos importante Um grupo de pensadores e profissionais liberais chama dos mercantilistas perguntava Qual a melhor forma de um pais acumular ouro e prata A preocupa0o dos economistas cUssicos era Como podemos aumentar a produo Keynes perguntava como uma economia baseada no mercado poderia evitar depressOes e um alto desemprego Os monetaristas ponderavam as causas da inflação Para ganhar popularidade um sistema de ideias deve se ajustar as necessidades de toda a sociedade ou pelo menos se aceita vel a um elemento da sociedade que o defenda amplie e aplique A maioria dos teOricos da economia supOe que os interesses individuais saTo dominantes e guiam o processo econOmico Ainda assim os interesses individuais naTo resultam em condiOes caOticas de individuos que tra am seu prOprio caminho em oposi o ao resto da sociedade Os indivicluos saio guiados por foras do mercado sociais politicas e eticas para cooperar com os outros na organiza o de um relacionamento de trabalho razoavel com a sociedade Alem dis so eles se juntam em grupos por causa de pressOes sociais interesses e ideias comuns e um gre garismo natural Assim existem grupos politicos esteticos sociais e econOrnicos cada um de les representando um ponto de vista e um programa unificado em sua esfera de interesse especial Estamos preocupados aqui com grupos de pessoas que desenvolvem ideias comuns baseadas em parte no interesse prOprio e em parte nas considera9ks do outro que ajudam a formar seu conceito de como a economia deveria ser organizada e em que dire o ela deveria se mover Tentaremos identificar os grupos que apoiaram cada escola de pensamento e os grupos aos quais cada escola pediu apoio com exito ou nao Como a escola foi vMda útil ou correta em sua poca Aqui um caminho devera ser encontrado entre dois riscos que se op5em Um e a ideia errOnea de que pensadores do passado eram errados inocentes ignorantes ou tolos e que n6s sendo mais sabios descobrimos a verdade final Assim J B Say que escreveu ha mais de 150 anos perguntou Qual finalidade ntil pode ser obtida desse estudo de doutrinas e opinines absurdas que foram e mereciam mesmo ter sido dizimadas ha muito tempo É mero pedantismo inútil tentar revi velas Quanto mais perfeita se torna a ciencia mais curta tornase a hist6ria Esse ponto de vista se aplica mais as ciencias fisicas do que às ciencias sociais Como o uni verso fisico nan se alterou perceptivelmente nos seculos recentes as leis sob as quais ele opera tambem nao se alteraram muito Como nosso conhecimento cientifico cresceu aproximamo nos da verdade Mesmo assim a histOria da ciencia fisica é significativa Mas a sociedade se alte rnii e nnrtantn nan cnrnrnAP çliiœ nrsne 1 11 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visa Geral volvimentos Teorias ou politicas plausiveis no seculo XVII podem ser de pouca relevancia 400 anos depois 0 outro extremo é achar toda ideia dominante do passado certa justa e boa em sua epoca A possivel validade das teorias economicas deve evidentemente estar relacionada ao seu tem po e local mas elas podem ter sido incorretas ou deficientes mesmo quando apresentadas pela primeira vez Assim por exemplo a teoria do valor do trabalho de Marx deve ser avaliada tido apenas em relacao as teorias do trabalho de Smith e Ricardo mas tambem pelos padroes da teo ria de valor contemporanea Essa abordagem critica claro deve ser aplicada tambem ao pensa mento critic Conceitos amplamente aceitos hoje sao geralmente inaplicaveis a epocas anterio res e poderao se tornar inadequados no futuro Quais dogmas da escola tornaramse contribuicoes duradouras Essa secao identificard as ideias apresentadas por uma escola que tern tido importancia dura doura e portanto ainda podem ser encontradas em livros didaticos de economia atuais Aqui essas contribuicoes que passaram no teste do tempo sera separadas daquelas que talvez das em sua epoca nao tern mais utilidade diante do surgimento de novas evidencias ou de mudancas das condicoes sociais A IMPORTANCIA DE ESTUDAR A ECONOMIA E SUA HISTORIA Os alunos que enfrentarao o dificil terreno intelectual deste livro poderao se perguntar Valera o esforco Por que estudar a teoria econOmica Por que estudar sua historia Muitas respostas vem a mente Dois motivos principais que tido sac as vantagens pessoais que podem ser obtidas justificam o estudo da teoria econOrnica Primeiro tal estudo nos per mite obter urn entendimento de como a economia funciona ou seja o que a faz ser urn todo coerente e funcionar Segundo a teoria econOmica ajuda a sociedade a atingir as metas econo micas que selecionou para si mesma A sociedade pode alcancar metas econOmicas mais rapi damente por meio do conhecimento da economia Mas por que estudar a historia do pensamento econornico Primeiro tal estudo aprimo ra o entendimento do pensamento economic contemporaneo Apenas como urn exemplo tracaremos o desenvolvimento historic dos numerosos e complexos conceitos subjacentes a analise da oferta e da demanda moderna Mais especificamente veremos como essas ideias co mo retornos cada vez menores e retornos para escala pavimentaram o caminho para a analise da demanda moderna de longo e curto prazos e como os modelos de utilidade marginal e da curva de indiferenca levaram ao surgimento da teoria da demanda moderna 0 leitor descobri ra que conforme declarou Mark Blaug a teoria contemporanea tern as cicatrizes dos problemas do passado agora resolvidos os erros do passado agora corrigidos e nao podera ser completamente entendida exceto como um legado do passado 7 Mark Blaug Economic theory in retrospect 4 ed Londres Cambridge University Press 1985 p vii r81 HISTORIA DO PENSAMENTO ECON OMICO Segundo as vastas quantidades de analises e evidencias que os economistas geraram duran te as decadas podem fornecer uma verificacaO mais prOxima sobre as generaliza95es irresponsa veis Isso deveria fazer com que cometessemos menos erros que no passado ao tomarmos deci sOes pessoais e ao formularmos politicas econOmicas nacionais e locais Ainda assim varios problemas naloresolvidos e perguntas naorespondidas permanecem na economia Nosso entendimento dos sucessos erros e perguntas sem resposta do passado sera Util para resolver es ses problemas e para responder a essas perguntas Finalmente e acima de tudo o estudo da histOria do pensamento econOmico fornece pers pectiva e entendimento do nosso passado de ideias e problemas em mutacaO alem da nossa direao de movimento Ele nos ajuda a apreciar o fato de nenhum grupo ter monopOlio sobre a verdade e de que muitos grupos e individuos contribuiram para a riqueza e a diversidade de nossa herana intelectual cultural e material Um estudo da evoluao do pensamento econO mico e o cenario social em mutgao associado a ele podem iluminar as muda Nas em outras areas de nosso interesse como a politica a arte a literatura a mUsica a filosofia e a ciencia Naturalmente existe aqui um relacionamento reciproco um melhor entendimento dessas areas de conhecimento pode ajudar a explicar as ideias econOmicas em mutaao Infelizmente o acUmulo de conhecimento e o entendimento nao necessariamente levam a um mundo melhor Mesmo que todas as pessoas fossem perfeitamente beminformadas so bre as questOes econOmicas as difereNas e os conflitos continuariam por causa de diferentes ideias sobre o que e bom e o que é ruim quais metas deveriam ser adotadas e quais rejeitadas e qual deveria ser a prioridade de cada meta Mesmo que concordemos com as metas para a eco nomia discordaremos sobre sua importhncia relativa Mas a analise econOmica nos ajuda a criar sistemas por meio dos quais o bem comum possa ser definido individual e socialmente e as pes soas possam ir atras de seus prOprios interesses enquanto ao mesmo tempo aprimoram o bem estar de outros Em certas combina5es de circunsthncias as qualidades desalentadoramente mas das pes soas vem à tona Com sorte à medida que o nosso entendimento da economia cresce que o nosso conhecimento sobre os problemas sociais aumenta que o nosso bemestar material se eleva que a nossa aprecia0n das facetas cultural estetica e intelectual da vida se amplia nos tornaremos mais civilizados mais humanos e mais sensiveis aos outros Se o estudo das teorias e dos problemas econOmicos do passado e do presente contribuirem para a obteNao dessas metas o esfoNo tera sido valido Perguntas para estudo e discussiio 1 Qual é o raciocinio do autor para excluir a discussao das contribuicOes ao pensamento eco nOmico antes de 1500 dC 2 Explique o significado das setas brancas e pretas que ligam as escolas de pensamento econO mico na linha do tempo Como os precursores de uma escola se distinguem no diagrama dos membros reais da escola Especule por que é dificil algumas vezes colocar um econo mista especifico em determinada escola de pensamento econOmico 3 Liste as cinco principais perguntas utilizadas neste livro para organizar a discussao de escolas de pensamento econOmico Explique brevemente por que cada pergunta e importante para n entenriimentn Introducao e Visao Geral 4 Liste cinco questoes ou problemas econOmicos contemporaneos que tenham sido recente mente relatados ou discutidos na midia A medida que voce avanca no livro observe os exem plos em que os economistas desenvolveram ideias que estdo relacionadas a essas questoes 5 Qual é a importancia de saber alguma coisa sobre o cenario politico social e econOmico em que um economista especifico viveu e escreveu 6 Avalie a seguinte citacdo 0 perigo da arrogancia corn relacdo aos escritores do passado cer tamente e real mas tambem o é a adoracdo a ancestrais Mark Blaug 7 Quais sdo os beneficios de estudar a economia e sua histOria Leituras selecionadas Livros BLAUG Mark The methodology of economics or how economists explain Londres Cambridge University Press 1980 ed The historiography of economics Brookfield VT Edward Elgar 1991 COLANDER David e COATS A W eds The spread of economic ideas Nova York Cam bridge University Press 1989 MACKIE Christopher D Canonizing economic theory how theories and ideas are selected in economics Armonk Nova York M E Sharpe 1998 MEEKS Ronald L Economics and ideology and other essays studies in the development of eco nomic thought Londres Chapman and Hall 1967 MITCHELL Wesley C Types of economic theory Introducdo de Joseph Dorfman Nova York Kelly 1967 1969 2 v ROGIN Leo The meaning and validity of economic theory Nova York Harper 1956 STIGLER George J Essays in the history of economics Chicago University of Chicago Press 1965 Artigos de revistas especializadas CESARANO Filippo On the role of history of economic analysis History of Political Economy n 15 p 6382 primavera de 1983 DILLARD Dudley Revolutions in economic theory Southern Economic Journal n 44 p 705 724 abril de 1978 EKELUND R B AULT R W The problems of unnecessary originality in economics Southern Economic Journal n 53 p 650661 janeiro de 1987 STIGLER George J The influence of events and policies on economic theory American Eco nomic Review n 50 p 3645 maio de 1960 Biblioteca Regionai CURIUFMT nondon6potis APENDICE A hist6ria do pensamento econ6mico fontes de informa95es A finalidade deste apendice e fornecer um resumo dos tipos de fontes disponiveis para obter informacOes sobre a histOria do pensamento econOmico Os alunos que fazem trabalhos de fim de curso ou que desejam explorar os tOpicos em maior profundidade se beneficiatho com o exa me da ampla e cada vez maior literatura desse campo Fontes principais As fontes principais consistem em escritos completos de economistas discutidos no texto Esses escritos s53 citados na se rao Leituras selecionadas no final de cada capitulo Livros de refereWcia Alem de trabalhos completos existem varios livros excelentes de leituras que contem trechos selecionados de fontes originais Os exemplos incluem ABBOTT Leonard Dalton ed Masterworks of economics Nova York McGrawHill 1973 3 v NEEDY Charles W ed Classics of economics Oak Park IL Moore Publishing Company 1980 NEWMAN Philip C GAYER Arthur D SPENCER Milton H eds Source readings in economic thought Nova York W W Norton Company 1954 Tratados sobre a histria do pensamento econ6mico Vale a pena listar vasios tratados significativos sobre a histOria dos metodos e da teoria econO mica Esses volumes normalmente nao sao utilizados como livros didaticos no nivel de gradua a o por serem muito longos muito detalhados ou por terem contelldo rigoroso No entanto sao boas fontes para ampliar e intensificar o conhecimento Quatro exemplos de livros desse genero sao BLAUG Mark Economic theory in retrospect 5 ed Londres Cambridge University Press 1996 PRIBRAIV1 Karl A history of economic reasoning Baltimore Johns Hopkins University Press 1983 SCHUMPETER Joseph A History of economic analysis Nova York Oxford University Press 1954 SPIEGEL Henry W The growth of economic thought 3 ed Durham NC Duke University Press 1991 Teses de mudangi cientifica Ao desenvolver teorias amplas dos fatores que produzem mudana cientifica as teses a seguir fornecem bases nteis para estudar a histOria da economia 71 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visa Gera KUHN Thomas Structure of scientific revolutions 2 ed Chicago University of Chicago Press 1970 LAKATOS Imre The methodology of scientific research programmes Londres Cambridge Uni versity Press 1978 POPPER Karl The logic of scientific discovery 2 ed Londres Hutchinson and Co 1968 Livros sobre economistas individuals Varias biografias examinam a vida e a epoca dos grandes economistas e varios trabalhos monu mentais examinam as contribuicoes de economistas especificos A maioria dos livros de grande significacao é listada como Leituras selecionadas no final dos capitulos adequados Lembre se de que essas listagens nao sao exaustivas Novos volumes aparecem freqiientemente 0 siste ma de referencia em uma biblioteca academica é o local para comecar a procurar por esses livros Artigos de jornais As publicacoes academicas sobre economia sao o canal utilizado pelos economistas para promo ver novos conhecimentos sobre a histOria do pensamento economic Varios artigos de revistas especializadas sao citados em notas de rodape e no final de cada capitulo mas essas referencias sao somente uma pequena parte dos diversos artigos escritos sobre os varios aspectos dos topi cos discutidos no capitulo As revistas especializadas sao de dois tipos 1 publicacoes gerais que contem artigos que abrangem o amplo espectro dos subcampos dentro da economia e 2 publicacoes especializadas que sao especificas de uma area da economia como financas pUbli cas economia do trabalho ou histOria do pensamento economic Publicacoes gerais Os artigos sobre a histOria do pensamento economic aparecem ocasio nalmente em publicacoes gerais de economia como o American Economic Review Oxford Eco nomic Papers Journal of Political Economy Southern Economic Journal Economica e assemelha dos Os dois importantes indices a seguir sao instrumentais na busca por artigos de interesse American Economic Association Index of Economic Articles Homewood IL Richard D Ir win Inc Essa serie é atualizada por meio de novos volumes periOdicos e contem citacoes de artigos de mais de 250 publicacOes de economia Cada volume abrange um period especifico Os volumes no entanto nap sao atuais e portanto artigos publicados recen temente precisardo ser encontrados empregandose a fonte que se segue American Economic Association Journal of Economic Literature JEL Semestral Essa publi cacao lista as artigos mais recentes da area indexados por tOpicos e sumarios de artigos selecionados tambem categorizados por tOpicos As categorias B1 B2 e B3 anterior mente 030 no sistema de classificacao definem tOpicos da histOria do pensamento eco nomic As listagens do JEL tambem estao disponiveis via EconLit DIALOG Informa tion Retrieval Service File 139 Esse arquivo eletrOnico esta disponivel em muitas bibliotecas academicas e pode ser pesquisado por autor publicacao assunto e numero de indice do JEL Biblioteca Regional CUR I UFWIT ra z Deve ser feita tambem uma mencao especial do Scandinavian Journal of Economics que anualmente inclui biografias intelectuais de vencedores do Premio Nobel de Economia PublicaOes especificas Existem cinco publicacOes notaveis dedicadas exclusivamente a his tOria do pensamento econOmico History of Political Economy Journal of the History of Eco nomic Thought History of Economics Review publicado na Australia The European Journal of the History of Economic Thought publicado na GraBretanha e History of Economic Ideas publicado em Roma ColeOes de artigos de publicaOes Existem diversas colecOes soberbas de artigos reunidos em varios volumes Aqui estao tres cole cOes recentes organizadas por economistas e escolas de pensamento econOmico especificos BLAUG Mark ed Schools of thought in economics Brookfield VT Edward Elgar 1990 11 v ed Pioneers in economics Brookfield VT Edward Elgar 1991 46 v WOOD John C Contemporary economists critical assessments Londres Routledge 1990 Series continuas Sites na Internet A Internet fornece muitas informacOes Uteis relacionadas à histOria do pensamento econOmico Tres sites de significacao especifica sao Web site da histOria do pensamento econOmico httpcepanewschooleduhet Esse excelente site na Internet contem informacOes detalhadas sobre colaboradores para a his tOria do pensamento econOmico listados alfabeticamente e agrupados em amplas escolas de pensamento econOmico Fornece tambem links para varios outros sites relacionados ao desen volvimento de ideias econOmicas PublicaOes de economia na Web httpwwwoswegoedueconomicjournalshtm Esse site contem um indice de locais na Internet de varias publicacOes econOmicas UncoverWeb http uncweb carl org Esse servi9p contem um banco de dados pesquisavel de artigos de publicacOes sobre economia e outros campos Simplesmente selecione Procurar Uncover e digite o nome de um econo mista ou de um tOpico 0 site fornece entao uma lista de artigos de publicacOes recentes rela cionados a esse economista ou tOpico Mediante uma taxa o Uncover lhe enviara artigos soli citados via fax ou por email Uma alternativa e simplesmente ir à biblioteca da sua universidade e ler os artigos dis poniveis Cada um desses enderecos da Interner era atual na epoca da publicacao original mas os enderecos da Internet podem se alterar Caso nao tenha sucesso tente encontralos utilizando nesnniRa nacir n A Interner ennin AlraVicra Zrrrtle nt V41rc11 711 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONCMICO
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História do Pensamento Econômico tanley L Brue HistOria do PENSAMENTO ECONtIMICO Traduo da 6 4 edi o norteamericana eiblioteca Regional CURUF Tti c5p PA UFWIT CUR Eblioteca Regional DataafOJ10 Dados Internacionais de Catalogacdo ma Publicacao CIP Camara Brasileira do Livro SP Brasil Brue Stanley L 1945 Historia do pensamento econOmico Stanley L Brue traducao Luciana Penteado Miquelino Sao Paulo Thomson Learning 2006 1 reimpr da 1 ed de 2005 Titulo original The evolution of economic thought Bibliografia ISBN 8522104247 1 Economia Hist6ria I Titulo 042168 CDD33009 indice pare catilogo sistematico Historia do PENSAMENTO ECONOMIC Traducao da 6 edicao norteamericana Stanley L Brue Traducao Luciana Penteado Miquelino Revisao Tecnica Roberto Antonio Iannone Economista P U CS P Mestre em Historia Econornica US P Doutorando em Historia Economica US P Professor da FAAP Graduacao e MBA Australia Brasil Canada Cingapura Espanha Estados Unidos Mexico Reino Unido THONISC0 N1 Gerente Editorial Adilson Pereira Editor de Desenvolvimento Marcio Coelho Supervisora de Prodgao Editorial Patricia La Rosa Produtora Editorial Ligia Cosmo Cantareili COPYRIGHT 2000 de Harcourt Inc COPYRIGHT 2005 para lingua portuguesa adquirido por Thomson Learning Edic6es Ltda uma diviseo da Thomson Learning Inc Thomson LearningTM é uma marca registrada aqui utilizada sob licenca I mpresso no Brasil Printed in Brazil 1 2 3 4 08 07 06 Rua Traipu 114 3 Q andar Perdizes CEP 01235000 Seo Paulo SP Tel 11 36659900 Fax 11 36659901 Condominio EBusiness Rua Werner Siemens 111 Predio 20 Espaco 03 Lapa de Baixo CEP 05069900 Seo Paulo SP Tel 11 36115306 1136118473 sacthomsonlearningcombr wwwthomsonlearningcombr Copidesque Norma Gusukuma Revisao Cristina Paixao Lopes e Sandra Lia Farah Tradgao Luciana Penteado Miquelino Revisao Ucnica Roberto Antonio lannone Todos os direitos reservados Nenhuma parte deste livro podere ser reproduzida sejam quais forem os meios empregados sem a permisseo por escrito da Editora Aos infratores aplicamse as sanceies previstas nos artigos 102 104 106 e 107 da Lei n a 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Editorgao Eletrqnica Macquete ProduciSes Graficas Capa Megaart Design Titulo do Original em The Evolution of Economic ThoughtSixth Edition ISBN 0030259983 Dados internacionais de Cataloggao na Publicgao CiP Camara Brasileira do Livro SP Brasil Brue Stanley L 1945 HistPria do pensamento econ6mico Stanley L Brue traduceo Luciana Penteado Miquelino Seo Paulo Thomson Learning 2006 1 reimpr da 1 ed de 2005 Titulo original The evolution of economic thought Bibliografia ISBN 8522104247 1 Economia Hist6ria I Titulo 042168 CDD33009 indice para catalogo sistematico 1 Economia Hist6ria 33009 Prefacio 0 principal objetivo deste livro e apresentar a evolugao da historia da economia de uma manei ra clara didatica equilibrada e interessante Afinal é uma histOria de grande importancia que aprimora o nosso entendimento da economia contemporanea e fornece uma perspectiva Unica tido encontrada em outros campos da disciplina 0 estudo da histOria do pensamento econOmico continua a se ampliar a medida que a dis ciplina da economia se desenvolve Novas ideias novas evidencias novos problemas e novos valo res pedem uma reconsideragao das disputas basicas e das principais contribuicoes do passado NOVAS SECoES 0 PASSADO COMO PREANIBULO Esta obra contem diversas secoes 0 passado como preambulo Esses quadros conectam ideias anteriores algumas vezes abordadas apenas resumidamente a contribuicoes ou questoes econO micas contemporaneas ou subsequentes Em alguns casos o vinculo especlfico de ideias abran ge muitas decadas e em outros casos somente alguns anos Algumas vezes as sego5es apontam em direcao ao futuro outras vezes remetem ao passado mas em todos os exemplos envolvem ideias originais e seu impacto na teoria econOmica nas questoes econOmicas ou nos eventos eco nOmicos subseqiientes As secoes 0 passado como preambulo deverao ajudar os alunos a reconhecer as cone xoes logicas e historicas entre ideias Depois de ler essas sego es os alunos comecarao a vincular as ideias histOricas a outras areas de seu estudo Alern disso essas secoes servem algumas vezes como um velculo para a introdugao de ideias ou questoes importantes de alguma maneira tan genciais para o fluxo principal do texto e portanto sac mais bem tratadas separadamente ELEMENTOS DE FIM DE CAPITULO As perguntas de fim de capitulo para estudo e discussao aumentaram com perguntas relacio nadas ao novo contetido Alem disso as listas de leituras selecionadas foram expandidas e atua lizadas com referencias atuais DIFERENCIACAO DO PRODUTO As caracteristicas distintas deste livro incluem Cinco perguntas principais À medida que cada escola importante de pensamento econOmi co é apresentada cinco perguntas principais sao consideradas Qual era o cenario histOrico da escola Quais eram os principais dogmas da escola Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar Como a escola era valida Util ou correta em sua epoca Quais dogmas da escola se tornaram contribui 6es duradouras As respostas a essas perguntas fornecem um breve resumo de cada escola A discussao se concentra entao nos principais pensadores dentro de cada escola definida em termos gerais Essa abordagem nao é apenas intelectualmente sólida mas tambem faz sentido do ponto de vista educacional apresentando a histOria do pensamento econOmico de uma maneira que ajuda os alunos a reter mais o conhecimento Clareza de exposi0o Este livro enfatiza a clareza na exposiao A histria do pensamento econmico foi criado para ser compreensivel e acessivel nao somente para aqueles que tiveram varios cursos em economia mas tambem para os estudantes de graduaao que tiveram apenas alguns cursos de conteUdo superficial sobre os principios da economia Linha do tempo das ideias econOmicas Este livro contem uma linha do tempo de ideias eco nOmicas Cada retangulo na linha do tempo representa uma escola ou abordagem importan te e os nomes dentro de cada retangulo sao os dos economistas mais importantes ou repre sentativos para o desenvolvimento daquela escola ou daquele conjunto de ideias 0 tipo especifico de seta branca ou preta que liga duas escolas indica a natureza do relacionamen to que existiu entre elas A parte relevante da linha do tempo e aumentada e apresentada no inicio de cada capitulo para lembrar ao leitor em que momento as ideias a serem discutidas se encaixam no desenvolvimento geral do pensamento econOmico Apendice sobre as fontes de informacOes 0 Capitulo 1 contem um apendice que resume as principais fontes de informa es do campo incluindo as encontradas na Internet Perguntas para estudo As perguntas para estudo e discussao sao encontradas no final de cada capitulo Elas revisam o conteUdo do capitulo e estimulam os alunos a ampliar seu entendimento Figuras com legendas Uma legenda explicativa cuidadosamente escrita acompanha cada figura Muitas dessas legendas foram revisadas para garantir sua abrangencia e clareza AGRADECIMENTOS As pessoas que adotarem este livro reconhecerao nele o legado de Jacob Oser Tem sido uma honra para mim dar continuidade ao trabalho do professor Oser nesses Ultimos 12 anos Ao revisar este livro eu me beneficiei muito da ajuda fornecida pelos revisores e gostaria de agradecerlhes publicamente Sao eles Syad Ahman McMaster University Ernest Ankrim Frank Russell Company Richard Ballman Augustana College em Illinois Les Carson Au gustana College em Dakota do Sul Tawni Hunt Ferrarini Northern Michigan University Peter Garlick SUNYNew Paltz David E R Gay University of Arkansas Geoffrey Gilbert Hobart and William Smith Colleges Randy R Grant Linfield College ChingYao Hsieh George Washington University Charles G Leathers University of Alabama em Tuscaloosa Mary H Lesser Iona College Tracy Miller Baylor University Clair E Morris IIS Naval Ararlemv T iirence NAnce R 31enn CnilPer NTrs rri c Ptrefst T 7111 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Prefacio rn University Michael Reed University of Nevada em Reno e Thomas Reinwald Shippens burg University Tambem quero agradecer a Campbell R McConnell meu coautor em Economics and contemporary labor economics que durante anos ensinoume muito sobre a arte da exposicao dos livros didaticos Meus agradecimentos vao tambem para as pessoas de grande talento da Dryden Press por lidarem de maneira eficiente corn a revisao desde sua concepcao ate o pro duto final Gary L Nelson editor de aquisicoes Amy Porubsky editora de desenvolvimento Darryl King gerente de producao Christy Goldfinch editora de projetos Debbie K Ander son estrategista de marketing Mike Nichols editor Biatriz Chapa diretora de arte Linda Blundell editora de fotografia e Kimberly Powell gerente de producao Finalmente quero expressar meu agradecimento a Robert Jensen da Pacific Lutheran University que me ajudou a revisar esta edicao antes de ser impressa Socialismo utOpico OVVEN FOURIER SAINTSIMON 1700 1725 1750 1775 1800 1825 18 A partir de Mercantilismo I 500 MUN MALYNES DAVENANT COLBERT PETTY Fisiocracia OUESNAY TURGOT Precursores NORTH CANT1LLON H1JME Classicismo SMITH MALTHUS RICARDO BENTHAM SAY SENIOR MILL Linha do tempo das ideias econ6micas As caixas no diagrama indicam escolas ou grupos de pensamento que abordam tOpicos comuns Os nomes acima das caixas sao precursores de escolas As setas de conexao representam o tipo de influncia de uma escola ou de um grupo sobre outro Escolas e grupos essencialmente receptivos com relaao aos predecessores Escolas e grupos essencialmente n1111n111111111 contrrios com relacao aos seus predecessores Grupos nos quais alguns contribuintes sao receptivos com relacao aos seus predecessores mas outros sao contrarios 50 1875 1900 1925 1950 1975 2000 Novo classicism FRIEDMAN LUCAS BECKER Precursores COURNOT DUPUIT VON THONEN Crescimento e desenvolvimento HARROD DOMAR SOLOW SCHUMPETER NURKSE LEWIS SCHULTZ Precursores Outras escolas Concorrencia imperfeita SRAFFA CHAMBERLIN ROBINSON Marginalismo e neoclassicism JEVONS MENGER VON WIESER VON BOHMBAWERK EDGEWORTH CLARK MARSHALL Precursor SISMONDI Marxismo e socialismo MARX BLANC KINGSLEY Economia matematica WALRAS LEONTIEF VON NEUMANN MORGENSTERN HICKS nIMMIN1111111111111111 Economia keynesiana KEYNES HANSEN SAMUELSON P6skeynesianos Novos keynesianos Economia monetaria WICKSELL FISHER HAVVIREY 1 Economia do bemestar PARETO PIGOU VON MISES LANGE ARROW BUCHANAN lnstitucionalismo VEBLEN MITCHELL GALBRAITH Precursor LIST Historicismo alemao ROSCHER SCHMOLLER WEBER Sumario 1 INTR0DUcA0 E VISAO GERAL 1 Richard Cantillon 53 Uma linha do tempo das ideias David Hume 56 econOmicas 2 0 passado como preambulo As cinco perguntas principais 3 41 Hume e a cooperacao 60 A importancia de estudar a economia e sua historia 7 5 A ESCOLA CLASSICA Apendice A histOria do pensamento ADAM SMITH 63 econornico fontes de informacoes 10 Detalhes biograficos 63 Influencias importantes 64 2 A ESCOLA MERCANTILISTA 13 A teoria dos sentimentos morais 65 Visa geral do mercantilismo 13 A riqueza das nacoes 68 0 passado como preambulo As leis econOrnicas de uma economia 21 0 mercantilism e a oferta de competitiva 73 maodeobra 18 0 passado como preambulo Thomas Mun 20 51 Adam Smith e os salarios de 0 passado como preambulo eficiencia 78 22 0 mercantilism tardio 21 Gerard Malynes 23 6 A ESCOLA CIASSICA Charles Davenant 24 THOMAS IVIALTHUS 86 Jean Baptiste Colbert 26 Cenario historic e intelectual 87 Sir William Petty 27 Teoria da populacao de Malthus 89 0 passado como preambulo 3 A ESCOLA FISIOCRATICA 33 61 Malthus e a fome nos dias atuais 93 Visa geral dos fisiocratas 33 A teoria da superproducao 94 Francois Quesnay 38 Avaliacao das contribuicOes de Malthus 96 0 passado como preambulo 31 Quesnay e o diagrama de flux 7 A ESCOLA CLASSICA circular 41 DAVID RICARDO 100 Anne Robert Jacques Turgot 42 Detalhes biograficos 101 A questa da moeda 102 4 A ESCOLA CLASSICA A teoria dos rendimentos decrescentes PRECURSORES 46 e da renda 103 Visa geral da escola classica 46 A teoria do valor de troca e os precos Sir Dudley North 51 relativos 107 XI 711 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO A distribuição de renda 110 0 passado como prembulo 0 passado como prthnbulo 111 List e a teoria do comercio 71 0 teorema ricardiano da estrategico 202 equivaiencia 111 Wilhelm Roscher 203 Implicações politicas 115 Gustav Schmoller 204 0 desemprego segundo Ricardo 118 Max Weber 207 Avalia o 119 Um pOsescrito 209 8 A ESCOLA CLkSSICA BENTHAM SAY SENIOR E MILL 122 12 A ESCOLA MARGINALISTA Jeremy Bentham 122 PRECURSORES 212 0 passado como prembulo Viso geral da escola marginalista 213 81 A usura segundo Aquino Bentham e Fisher 127 Antoine Augustin Cournot Jules Dupuit 217 222 JeanBaptiste Say 129 Johann Heinrich von Thnen 225 Nassau William Senior 131 0 passado como preimbulo 0 passado como prembulo 121 Gossen utilidade e fama tardia 226 82 Say e a busca de rendimento 132 John Stuart Mill 136 13 A ESCOLA MARGINALISTA 0 passado como prembulo JEVONS MENGER VON WIESER 83 Mill Taylor e os direitos das E VON 130511MBAWERK 231 mulheres 138 William Stanley Jevons 231 0 passado como prthnibulo 9 A ASCENSik0 DO PENSAMENTO SOCIALISTA 150 131 Jevons 0 jogo e racional 238 Uma viso geral do socialismo 150 Carl Menger 239 Henri Comte de SaintSimon 157 Friedrich von Wieser 244 Charles Fourier 160 Eugen von BOhmBawerk 247 Simonde de Sismondi 162 Robert Owen 164 14 A ESCOLA MARGINALISTA Louis Blanc 167 EDGEWORTH E CLARK 253 Charles Kingsley 168 Francis Y Edgeworth 253 John Bates Clark 261 10 0 SOCIALISMO MARXISTA 173 0 passado como preiinbulo Detalhes biogthficos e influencias 141 Curvas de custo de intelectuais 174 Jacob Viner 262 A teoria da histOria de Marx 176 0 passado como prthribulo A lei de movimento da sociedade capitalista 177 142 Clark a produtividade marginal A lei de movimento do capitalismo e os saMrios dos executivos 270 um resumo 187 Avalia o da economia de Marx 187 15 A ESCOLA NEOCLASSICA 0 passado como prthiribulo ALFRED MARSHALL 273 101 0 colapso do marxismo 191 A vida e o modo de Marshall 274 Utilidade e demanda 275 11 A ESCOLA HIST5RICA ALEMik 195 Oferta 281 Vis o geral da escola histOrica alem5 195 Preo de equilibrio e quantidade 283 FrieArich T 1 qc Surnario lxiii 0 passado como preambulo 151 Por que as empresas existem Aumento e reducao de custos nas industrias 16 A ESCOLA NEOCLASSICA ECONOMIA MONETARIA John Gustav Knut Wicksell Irving Fisher Ralph George Hawtrey 0 passado como preambulo 161 Hawtrey e a politica monetaria ativa de 1982 ate hoje 17 A ESCOLA NEOCLASSICA PARTIDA DA CONCORRENCIA PERFEITA Piero Sraffa Edward Hastings Chamberlin Joan Robinson 0 passado como preambulo 171 Diretores agentes e a ineficiencia de X 0 passado como preambulo 172 Robinson monopsonio e politica ptiblica 18 ECONOMIA MATEMATICA Tipos de economia matematica Leon Walras Wassily Leontief John von Neumann e Oskar Morgenstern John R Hicks 0 passado como preambulo 181 John Nash Descoberta desespero e o Premio Nobel Programacao linear 0 passado como preambulo 290 192 Douglass North e o novo institucionalismo 389 291 20 A ECONOMIA DO BEMESTAR 393 Vilfredo Pareto 394 298 Arthur Cecil Pigou 397 299 0 passado como preambulo 305 201 As externalidades segundo 312 Pigou e Coase 402 Ludwig von Mises 403 Oscar Lange 405 314 Kenneth Arrow 407 James M Buchanan 409 21 A ESCOLA KEYNESIANA 318 JOHN MAYNARD KEYNES 416 320 Visa geral da escola keynesiana 417 322 John Maynard Keynes 421 326 0 passado como preambulo 211 Keynes e a escola de Estocolmo 431 327 22 A ESCOLA KEYNESIANA DESENVOLVIMENTOS DESDE KEYNES 334 Alvin H Hansen Paul A Samuelson 338 0 passado como preambulo 339 221 Abba Lerner e o Volante 345 Keynesiano 443 348 Os p6skeynesianos 451 Os novos keynesianos 453 351 353 23 TEORIAS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO 459 Sir Roy F Harrod e Evsey Domar 460 354 Robert M Solow 462 359 Joseph Alois Schumpeter 465 0 passado como preambulo 231 Schumpeter a destruicao criativa e a politica antitruste 470 Ragnar Nurkse 471 W Arthur Lewis 474 Theodore W Schultz 476 0 passado como preambulo 232 As criticas de Todaro a Lewis e Schultz 478 436 437 442 19 A ESCOLA INSTITUCIONALISTA 365 Visa geral da escola institucionalista 366 Thorstein Bunde Veblen 370 0 passado como preambulo 191 Os bens de Veblen e as curvas de demanda ascendentes 374 Wesley Clair Mitchell 380 John Kenneth Galbraith 385 171 HISTdRIA DO PENSAMENTO ECONMlCO 24 A ESCOLA DE CHICAGO 0 NOVO CLASSICISMO Visao geral da escola de Chicago Milton Friedman Robert E Lucas Jr 0 passado como preasmbuio 241 De Stigler a abacaytis Gary S Becker 25 PENSAMENTOS DE CONCLUS2W 507 482 0 passado como preambulo 483 251 Os laureados com o Nobel de 487 Economia 509 494 Anexo A A Cepal e o Pensamento EconOmico LatinoArnericano 515 495 Anexo B Pensamento EconOmico 498 Brasileiro 528 fndice onomstico 539 fndice remissivo 543 1450 1475 1500 Mercantilismo CAPiTULO 1 INTRODKAO E VISACI GERAL As primeiras tendencias de pensamento economic podem ser vinculadas a Antigiiidade Por exemplo a palavra economia remonta a Grecia antiga onde oeconomicus significava gerencia mento das questoes domesticas AristOteles 384322 aC se engajou no pensamento econo mic distinguindo entre as artes naturals e naonaturais de aquisicao A aquisicao natural ele escreveu inclui atividades como agricultura pesca e caca que produzem bens para as necessi dades basicas da vida A aquisicao naonatural que ele desaprovava envolve a aquisicao de bens alem da necessidade Plata 427347 aC escreveu sobre os beneficios da especializacao huma na dentro da cidadeestado ideal Essa especializacao foi urn prenuncio das ideias posteriores de Adam Smith acerca da divisao de trabalho A Mha contem varios pensamentos sobre econo mia incluindo aqueles contrarios ao emprestimo corn cobranca de juros Na Idade Media sao Tomas de Aquino 12251274 promoveu a ideia de um prey justo um preco em que nem o comprador nem o vendedor levam vantagem sobre o outrol 1 NRT A preocupacdo era determinar o que era justo 0 pensamento economic estava a servico da moral Obra Sum Theologica 1 0 periodo anterior a 1500 dC no entanto representou uma epoca muito diferente do periodo de 1500 ate hoje Havia pouco comercio antes de 1500 e a maioria dos bens era pro duzida para o consumo na comunidade que os produzia sem serem enviados primeiro para o mercado 0 dinheiro e o credito nao eram portanto amplamente utilizados embora ja existis sem naquela epoca Estados nacionais soberanos e economias nacionais integradas ainda nao tinham se desenvolvido completamente nem tinha sido formada nenhuma escola de pensa mento econOmico Em contraste os mercados e o comercio se expandiram rapidamente depois de 1500 com as grandes exploracOes geograficas como resultado desse processo e como seu acelerador A eco nomia monetaria substituiu a economia natural ou autosuficiente Os Estados nacionais com economias unificadas tornaramse forcas dominantes As escolas econOmicas surgiram repre sentando organizacOes sistematicas de formacao de pensamento e de politica Nos anos 1500 a era da economia politica comecou a substituir a era da filosofia moral 0 foco na economia politica trouxe uma organizacao coerente de pensamento econO mico Assim embora ocasionalmente voltemos a nos referir a ideias anteriores comecaremos nossa histOria da evolucao do pensamento econOmico no seculo XVI com o mercantilismo UMA LINHA DO TEMPO DAS IDEIAS ECONOMICAS 0 pensamento econOmico tem exibido um significativo grau de continuidade durante os secu los Os fundadores de uma nova teoria podem recorrer as ideias de seus predecessores e desen volvelas ainda mais ou podem reagir em oposicao a ideias anteriores que estimulam seu prO prio pensamento em novas direcOes Essas relacOes entre diferentes escolas de pensamento sao descritas na linha do tempo das ideias econOmicas mostrada no comeco deste livro Ao visua lizar essa linha do tempo lembrese que qualquer esquema de organizacao que mapeie influen cias e ligue escolas requer algumas decisOes arbitrarias sobre o que se encaixa onde Cada retangulo na linha do tempo representa uma importante escola ou metodologia Os nomes no retangulo sao dos economistas mais importantes ou mais tipicos no desenvolvimen to dessa escola ou abordagem Os nomes imediatamente acima de cada retangulo sao os precur sores da escola Uma seta branca ligando dois retangulos mostra que o último grupo geralmen te foi receptivo ao grupo do qual veio ou que substituiu Uma seta preta mostra que o nitimo grupo foi contrario ou fez oposicao ao grupo anterior Uma seta pontilhada indica grupos em que alguns colaboradores foram receptivos aos predecessores mas outros foram contrarios Assim verificase por exemplo que os fisiocratas foram totalmente contrarios as doutrinas dos mercantilistas seta preta enquanto Adam Smith e a escola classica foram receptivos aos fisio cratas seta branca Os marginalistas mostraram uma ruptura com a escola classica da qual vieram enquanto Keynes por sua vez rejeitou as ideias macroeconOmicas do marginalismo Portanto as setas pretas aparecem nessas seqencias embora podese discutir que as semelhancas nos dois casos eram maiores que as diferencas No entanto certamente os marginalistas tinham relacOes prOximas e amigaveis com os economistas monetarios seta branca De maneira alternativa alguns econo mistas do bemestar promoveram ideias marginalistas enquanto outros as desafiaram Portanto a seta da escola marginalista para os economistas do bemestar é pontilhada Varias ideias modernas apresentam alguma semelhanca com conceitos de epocas passadas 1 11 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visao Geral demanda que escreveram nos Estados Unidos nos anos 1980 defendiam urn retorno ao padrao do ouro domestic uma ideia promovida pelos economistas e adotada pelas nacoes nos anos 1800 mas que acabou sendo esquecida corn a depressao dos anos 1930 A ideia do capital humano declarada por Adam Smith e John Stuart Mill permaneceu dormente ate que foi revi talizada e expandida por Schultz e Becker no period p6s1960 Os pronunciamentos sombrios de Thomas Malthus em 1798 foram proferidos de uma forma modificada por alguns econo mistas nos anos 1970 que previram que a escassez de recursos logo provocaria urn colapso na economia mundial 0 surgimento da nova macroeconomia classica nos anos 1980 e 1990 co mo urn desafio as visoes keynesianas prevalecentes reembalou urn pouco do classicism antigo do seculo anterior Isso nao deve sugerir que a hist6ria se move em circulos e que voltamos para o momento em que estavamos em periodos anteriores Em vez disso a historia do pensamento economic parece se mover em espirais As teorias e politicas econOmicas geralmente retornam sim para teorias e politicas semelhantes de eras anteriores mas estao em diferentes pianos em condicoes muito diferentes As diferencas sac ta g significativas quanto as semelhancas e vale a pena exa minar as duas corn atencao Fazemos isso a medida que avancamos na linha do tempo Voce deveria consultar a linha do tempo corn freqiiencia conforme avanca no livro pois ela o ajudard a identificar em que momento os economistas e as ideias estudadas se encaixam dentro do fluxo historic maior de doutrinas Akin disso observe que a pagina de abertura de cada capitulo apresenta uma ampliacao do segmento da linha do tempo mais relevante ao con taido do capitulo Finalmente voce encontrard muitas secoes 0 passado como preambulo neste livro Essas secoes numeradas demonstram que as ideias do passado algumas vezes de forma fragmentaria sao precursoras de ideias ou politicas econOmicas posteriores mais desenvolvidas e formalizadas Urn nthnero exemplo 21 32 indicard o melhor momento para parar e ler essas secoes AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS A medida que cada importante escola de pensamento economic é apresentada sera conside radas cinco perguntas principais sobre ela Esse metodo fornecera uma perspectiva sobre a esco la e o cenario social que a produziu Esse resumo no inicio o ajudard a esclarecer os pontos essen ciais conforme estudamos as ideias dos principais economistas 0 estudo dos economistas ilustrard as caracteristicas das escolas as quais eles estavam vinculados e as citacoes de seus tra balhos indicarao a qualidade de seu pensamento Qual era o cenario historic da escola Examinaremos aqui o cenario historic para determinar se ele pode ter gerado um sistema de pensamento especifico A teoria econOmica geralmente se desenvolve em resposta a alteracOes no ambiente que chamam a atencao para novos problemas Urn pouco de conhecimento so bre a epoca é essencial para entender por que as pessoas pensavam e agiam daquela maneira E verdade claro que muitos sistemas de pensamento existem ao mesmo tempo na mente de muitos individuos Os intelectos tendem a desenvolver ampla multiplicidade de ideias que variam da mais racional a mais fantastica Ideias irrelevantes para a sociedade no momento 711 HISTC5RIA DO PENSAMENTO ECONCMICO em que sao apresentadas tendem a esmaecer e morrer enquanto as que sao Uteis e eficazes para responder a pelo menos algumas perguntas e resolver alguns problemas sao dissemina das e popularizadas contribuindo portanto para a valorizacao de seus autores Adam Smith contribuiu bastante para o pensamento econOmico no entanto alguem consegue duvidar de que se ele nao tivesse vivido as mesmas ideias teriam vindo de alguma maneira mais tarde Talvez elas nao fossem expressas tao bem ou tao claramente Portanto os academicos teriam andado as cegas um pouco mais antes de se encontrarem no caminho intelectual que ele tao nitidamente apontou Smith deu uma grande contribuiOn precisamente porque suas ideias responderam as necessidades de seu tempo Se por exemplo a teoria de Ricardo sobre a vantagem comparati va no comercio internacional tivesse sido desenvolvida na epoca feudal nao teria tido nenhu ma significaao mais importante em um mundo de autosuficiencia local com um minimo de comercio A disputa com relaao as leis do milho na Inglaterra no inicio da decada de 1800 trouxe à tona a teoria da renda 2 Se Keynes tivesse publicado The general theory of employment interest and money em 1926 em vez de em 1936 poderia ter atraido muito menos ateNao do que atraiu Claramente o cenario social em que as ideias crescem é importante Na realidade alguns economistas atribuem importancia primaria ao ambiente politico so cial e econOmico para moldar a natureza das perguntas que os economistas fazem e portanto o contedo das teorias econOmicas que surgem durante um periodo especifico Por exemplo de acordo com John Kenneth Galbraith As ideias são inerentemente conservadoras Elas não recuam diante do ataque de outras ideias mas sim diante do ataque maci o de circunsthncias contra as quais rik conseguem lutar 3 Redefinidas as novas ideias suplantam teorias econOmicas amplamente aceitas somente quando eventos atuais consideram as teorias antigas claramente inadequadas Por exemplo algumas pessoas argumentariam que a ncao existente ha muito tempo de que uma economia de mercado automaticamente produz emprego total nao recuou diante da lOgica da Teoria ge ral de Keynes mas diante da depressao e desemprego macico dos anos 1930 Um ponto semelhante foi apresentado por Wesley C Mitchell que escreveu Os economistas tendem a pensar em seu trabalho como o resultado de um jogo de livre inte ligencia com relac5o a problemas formulados de maneira lOgica Eles podem reconhecer que suas ideias foram influenciadas por sua leitura e pelas aulas que sabiamente escolheram mas raramente percebem que sua livre inteligencia tem sido moldada pelas circunsthncias em que nasceram que suas mentes so produtos sociais e que eles não podem transcender de manei ra seria seu ambiente Perceber tudo isso sobre si mesmos e importante para que os alunos se tornem adequa damente autocriticos ou seja para que percebam os limites aos quais sua visk esth sujeita Mas e excessivamente dificil para uma mente que foi moldada por um determinado ambien 2 NRT 0 autor utiliza na obra os termos renda e rendimento muitas vezes para referir a renda auferida com o arrendamento loca o da terra para a agricultura xcti ncn Introducao e Visa Geral te nao tomar esse ambiente como urn problema de curso ou ver que ele e em si mesmo o produto de condicoes transitorias e portanto sujeito a uma variedade de limitacoes 4 Outros economistas no entanto discordariam ou pelo menos qualificariam muito bem da ideia de que as forcas ambientais sao as principals formadoras da teoria economica Eles argumentam que os fatores internos dentro de uma disciplina como a descoberta e a expli cacao de paradoxos naoresolvidos sac responsaveis pela maioria dos avancos teoricos George J Stigler pode falar por eles Cada desenvolvimento importante na teoria econOrnica dos ultimos cem anos eu acredito poderia ter vindo muito mais cedo se condicoes ambientais adequadas fossem tudo o que é necessario Mesmo a Teoria Geral de Keynes poderia ter encontrado uma base empfrica evi dente no period p6sNapoleao ou na decada de 1870 ou de 1890 Isso talvez signifique somente dizer o que e certamente verdadeiro e quase tautolOgico que os elementos de um sistema econOmico que os economistas acreditam serem basicos tern estado presentes ha muito tempo A natureza dos sistemas econornicos mudou relativamente pouco desde a epoca de Smith Assim atribuo ao ambiente contemporaneo urn papel pequeno ate mesmo acidental no desenvolvimento da teoria econornica desde que ela se tornou uma disciplina profissional Mesmo onde o estimulo ambiental original a urn desenvolvimento analitico é relativamente claro como na teoria da renda de Ricardo a profissao logo se apropria do problema e o refor mula de maneira que ele se torna cada vez mais distante dos eventos atuais ate que finalmen te sua origem tido tern nenhum relacionamento reconhecivel corn sua natureza ou seus usos5 Qual dessas duas perspectivas alternativas é a correta Ambas contem elementos validos Algumas teorias surgem claramente como conseqiiencia direta das questoes em yoga na atua lidade Outros avancos na economia simplesmente surgem da busca continua por conhecimen to e isso é relativamente independente dos eventos atuais Quais eram os principals dogmas da escola Amplas generalizacoes sobre as ideias de escolas economicas sucessivas serao fornecidas sob esse titulo A vantagem desse procedimento é que ele permite uma apresentacao concisa da essencia da escola A desvantagem é que sempre havera excecoes a generalizacao que nao poderao ser exa minadas em detalhes ate mais adiante Urn resumo apresenta padroes de uniformidade em ideias de grupos de economistas mas as excecoes podem conter as sementes de ideias que eventual mente triunfarao Assim vamos generalizar que os mercantilistas favoreciam o actimulo de ouro e prata embora tenha havido alguns entre eles que tomaram uma posicao antibulionista 6 Es sas pessoas acabaram sendo subjugadas e mal foram ouvidas no inicio mas suas ideias foram em Ultima analise desagravadas De maneira semelhante a escola classica acreditava no livre 4 Wesley C Mitchell Types of economic theory Ed Joseph Dorfman v 1 Nova York A M Kelley Publish ers 1967 p 3637 5 George J Stigler Essays in the history of economics Chicago University of Chicago Press 1965 p 23 6 NRT Bulionismo metalismo concepcao mercantilista que confundia moeda corn riqueza comercio entre as na Oes embora Malthus um economista classico fosse a favor de tarifas so bre bens importados Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar Os tipos de perguntas econOmicas dominantes nos pensamentos de um grupo podem ser insig nificantes para outro Os teOlogos da Idade Media por exemplo preocupavamse muito com a moralidade da cobraNa de juros sobre o dinheiro emprestado Com o passar do tempo esse problema parecia menos importante Um grupo de pensadores e profissionais liberais chama dos mercantilistas perguntava Qual a melhor forma de um pais acumular ouro e prata A preocupa0o dos economistas cUssicos era Como podemos aumentar a produo Keynes perguntava como uma economia baseada no mercado poderia evitar depressOes e um alto desemprego Os monetaristas ponderavam as causas da inflação Para ganhar popularidade um sistema de ideias deve se ajustar as necessidades de toda a sociedade ou pelo menos se aceita vel a um elemento da sociedade que o defenda amplie e aplique A maioria dos teOricos da economia supOe que os interesses individuais saTo dominantes e guiam o processo econOmico Ainda assim os interesses individuais naTo resultam em condiOes caOticas de individuos que tra am seu prOprio caminho em oposi o ao resto da sociedade Os indivicluos saio guiados por foras do mercado sociais politicas e eticas para cooperar com os outros na organiza o de um relacionamento de trabalho razoavel com a sociedade Alem dis so eles se juntam em grupos por causa de pressOes sociais interesses e ideias comuns e um gre garismo natural Assim existem grupos politicos esteticos sociais e econOrnicos cada um de les representando um ponto de vista e um programa unificado em sua esfera de interesse especial Estamos preocupados aqui com grupos de pessoas que desenvolvem ideias comuns baseadas em parte no interesse prOprio e em parte nas considera9ks do outro que ajudam a formar seu conceito de como a economia deveria ser organizada e em que dire o ela deveria se mover Tentaremos identificar os grupos que apoiaram cada escola de pensamento e os grupos aos quais cada escola pediu apoio com exito ou nao Como a escola foi vMda útil ou correta em sua poca Aqui um caminho devera ser encontrado entre dois riscos que se op5em Um e a ideia errOnea de que pensadores do passado eram errados inocentes ignorantes ou tolos e que n6s sendo mais sabios descobrimos a verdade final Assim J B Say que escreveu ha mais de 150 anos perguntou Qual finalidade ntil pode ser obtida desse estudo de doutrinas e opinines absurdas que foram e mereciam mesmo ter sido dizimadas ha muito tempo É mero pedantismo inútil tentar revi velas Quanto mais perfeita se torna a ciencia mais curta tornase a hist6ria Esse ponto de vista se aplica mais as ciencias fisicas do que às ciencias sociais Como o uni verso fisico nan se alterou perceptivelmente nos seculos recentes as leis sob as quais ele opera tambem nao se alteraram muito Como nosso conhecimento cientifico cresceu aproximamo nos da verdade Mesmo assim a histOria da ciencia fisica é significativa Mas a sociedade se alte rnii e nnrtantn nan cnrnrnAP çliiœ nrsne 1 11 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visa Geral volvimentos Teorias ou politicas plausiveis no seculo XVII podem ser de pouca relevancia 400 anos depois 0 outro extremo é achar toda ideia dominante do passado certa justa e boa em sua epoca A possivel validade das teorias economicas deve evidentemente estar relacionada ao seu tem po e local mas elas podem ter sido incorretas ou deficientes mesmo quando apresentadas pela primeira vez Assim por exemplo a teoria do valor do trabalho de Marx deve ser avaliada tido apenas em relacao as teorias do trabalho de Smith e Ricardo mas tambem pelos padroes da teo ria de valor contemporanea Essa abordagem critica claro deve ser aplicada tambem ao pensa mento critic Conceitos amplamente aceitos hoje sao geralmente inaplicaveis a epocas anterio res e poderao se tornar inadequados no futuro Quais dogmas da escola tornaramse contribuicoes duradouras Essa secao identificard as ideias apresentadas por uma escola que tern tido importancia dura doura e portanto ainda podem ser encontradas em livros didaticos de economia atuais Aqui essas contribuicoes que passaram no teste do tempo sera separadas daquelas que talvez das em sua epoca nao tern mais utilidade diante do surgimento de novas evidencias ou de mudancas das condicoes sociais A IMPORTANCIA DE ESTUDAR A ECONOMIA E SUA HISTORIA Os alunos que enfrentarao o dificil terreno intelectual deste livro poderao se perguntar Valera o esforco Por que estudar a teoria econOmica Por que estudar sua historia Muitas respostas vem a mente Dois motivos principais que tido sac as vantagens pessoais que podem ser obtidas justificam o estudo da teoria econOrnica Primeiro tal estudo nos per mite obter urn entendimento de como a economia funciona ou seja o que a faz ser urn todo coerente e funcionar Segundo a teoria econOmica ajuda a sociedade a atingir as metas econo micas que selecionou para si mesma A sociedade pode alcancar metas econOmicas mais rapi damente por meio do conhecimento da economia Mas por que estudar a historia do pensamento econornico Primeiro tal estudo aprimo ra o entendimento do pensamento economic contemporaneo Apenas como urn exemplo tracaremos o desenvolvimento historic dos numerosos e complexos conceitos subjacentes a analise da oferta e da demanda moderna Mais especificamente veremos como essas ideias co mo retornos cada vez menores e retornos para escala pavimentaram o caminho para a analise da demanda moderna de longo e curto prazos e como os modelos de utilidade marginal e da curva de indiferenca levaram ao surgimento da teoria da demanda moderna 0 leitor descobri ra que conforme declarou Mark Blaug a teoria contemporanea tern as cicatrizes dos problemas do passado agora resolvidos os erros do passado agora corrigidos e nao podera ser completamente entendida exceto como um legado do passado 7 Mark Blaug Economic theory in retrospect 4 ed Londres Cambridge University Press 1985 p vii r81 HISTORIA DO PENSAMENTO ECON OMICO Segundo as vastas quantidades de analises e evidencias que os economistas geraram duran te as decadas podem fornecer uma verificacaO mais prOxima sobre as generaliza95es irresponsa veis Isso deveria fazer com que cometessemos menos erros que no passado ao tomarmos deci sOes pessoais e ao formularmos politicas econOmicas nacionais e locais Ainda assim varios problemas naloresolvidos e perguntas naorespondidas permanecem na economia Nosso entendimento dos sucessos erros e perguntas sem resposta do passado sera Util para resolver es ses problemas e para responder a essas perguntas Finalmente e acima de tudo o estudo da histOria do pensamento econOmico fornece pers pectiva e entendimento do nosso passado de ideias e problemas em mutacaO alem da nossa direao de movimento Ele nos ajuda a apreciar o fato de nenhum grupo ter monopOlio sobre a verdade e de que muitos grupos e individuos contribuiram para a riqueza e a diversidade de nossa herana intelectual cultural e material Um estudo da evoluao do pensamento econO mico e o cenario social em mutgao associado a ele podem iluminar as muda Nas em outras areas de nosso interesse como a politica a arte a literatura a mUsica a filosofia e a ciencia Naturalmente existe aqui um relacionamento reciproco um melhor entendimento dessas areas de conhecimento pode ajudar a explicar as ideias econOmicas em mutaao Infelizmente o acUmulo de conhecimento e o entendimento nao necessariamente levam a um mundo melhor Mesmo que todas as pessoas fossem perfeitamente beminformadas so bre as questOes econOmicas as difereNas e os conflitos continuariam por causa de diferentes ideias sobre o que e bom e o que é ruim quais metas deveriam ser adotadas e quais rejeitadas e qual deveria ser a prioridade de cada meta Mesmo que concordemos com as metas para a eco nomia discordaremos sobre sua importhncia relativa Mas a analise econOmica nos ajuda a criar sistemas por meio dos quais o bem comum possa ser definido individual e socialmente e as pes soas possam ir atras de seus prOprios interesses enquanto ao mesmo tempo aprimoram o bem estar de outros Em certas combina5es de circunsthncias as qualidades desalentadoramente mas das pes soas vem à tona Com sorte à medida que o nosso entendimento da economia cresce que o nosso conhecimento sobre os problemas sociais aumenta que o nosso bemestar material se eleva que a nossa aprecia0n das facetas cultural estetica e intelectual da vida se amplia nos tornaremos mais civilizados mais humanos e mais sensiveis aos outros Se o estudo das teorias e dos problemas econOmicos do passado e do presente contribuirem para a obteNao dessas metas o esfoNo tera sido valido Perguntas para estudo e discussiio 1 Qual é o raciocinio do autor para excluir a discussao das contribuicOes ao pensamento eco nOmico antes de 1500 dC 2 Explique o significado das setas brancas e pretas que ligam as escolas de pensamento econO mico na linha do tempo Como os precursores de uma escola se distinguem no diagrama dos membros reais da escola Especule por que é dificil algumas vezes colocar um econo mista especifico em determinada escola de pensamento econOmico 3 Liste as cinco principais perguntas utilizadas neste livro para organizar a discussao de escolas de pensamento econOmico Explique brevemente por que cada pergunta e importante para n entenriimentn Introducao e Visao Geral 4 Liste cinco questoes ou problemas econOmicos contemporaneos que tenham sido recente mente relatados ou discutidos na midia A medida que voce avanca no livro observe os exem plos em que os economistas desenvolveram ideias que estdo relacionadas a essas questoes 5 Qual é a importancia de saber alguma coisa sobre o cenario politico social e econOmico em que um economista especifico viveu e escreveu 6 Avalie a seguinte citacdo 0 perigo da arrogancia corn relacdo aos escritores do passado cer tamente e real mas tambem o é a adoracdo a ancestrais Mark Blaug 7 Quais sdo os beneficios de estudar a economia e sua histOria Leituras selecionadas Livros BLAUG Mark The methodology of economics or how economists explain Londres Cambridge University Press 1980 ed The historiography of economics Brookfield VT Edward Elgar 1991 COLANDER David e COATS A W eds The spread of economic ideas Nova York Cam bridge University Press 1989 MACKIE Christopher D Canonizing economic theory how theories and ideas are selected in economics Armonk Nova York M E Sharpe 1998 MEEKS Ronald L Economics and ideology and other essays studies in the development of eco nomic thought Londres Chapman and Hall 1967 MITCHELL Wesley C Types of economic theory Introducdo de Joseph Dorfman Nova York Kelly 1967 1969 2 v ROGIN Leo The meaning and validity of economic theory Nova York Harper 1956 STIGLER George J Essays in the history of economics Chicago University of Chicago Press 1965 Artigos de revistas especializadas CESARANO Filippo On the role of history of economic analysis History of Political Economy n 15 p 6382 primavera de 1983 DILLARD Dudley Revolutions in economic theory Southern Economic Journal n 44 p 705 724 abril de 1978 EKELUND R B AULT R W The problems of unnecessary originality in economics Southern Economic Journal n 53 p 650661 janeiro de 1987 STIGLER George J The influence of events and policies on economic theory American Eco nomic Review n 50 p 3645 maio de 1960 Biblioteca Regionai CURIUFMT nondon6potis APENDICE A hist6ria do pensamento econ6mico fontes de informa95es A finalidade deste apendice e fornecer um resumo dos tipos de fontes disponiveis para obter informacOes sobre a histOria do pensamento econOmico Os alunos que fazem trabalhos de fim de curso ou que desejam explorar os tOpicos em maior profundidade se beneficiatho com o exa me da ampla e cada vez maior literatura desse campo Fontes principais As fontes principais consistem em escritos completos de economistas discutidos no texto Esses escritos s53 citados na se rao Leituras selecionadas no final de cada capitulo Livros de refereWcia Alem de trabalhos completos existem varios livros excelentes de leituras que contem trechos selecionados de fontes originais Os exemplos incluem ABBOTT Leonard Dalton ed Masterworks of economics Nova York McGrawHill 1973 3 v NEEDY Charles W ed Classics of economics Oak Park IL Moore Publishing Company 1980 NEWMAN Philip C GAYER Arthur D SPENCER Milton H eds Source readings in economic thought Nova York W W Norton Company 1954 Tratados sobre a histria do pensamento econ6mico Vale a pena listar vasios tratados significativos sobre a histOria dos metodos e da teoria econO mica Esses volumes normalmente nao sao utilizados como livros didaticos no nivel de gradua a o por serem muito longos muito detalhados ou por terem contelldo rigoroso No entanto sao boas fontes para ampliar e intensificar o conhecimento Quatro exemplos de livros desse genero sao BLAUG Mark Economic theory in retrospect 5 ed Londres Cambridge University Press 1996 PRIBRAIV1 Karl A history of economic reasoning Baltimore Johns Hopkins University Press 1983 SCHUMPETER Joseph A History of economic analysis Nova York Oxford University Press 1954 SPIEGEL Henry W The growth of economic thought 3 ed Durham NC Duke University Press 1991 Teses de mudangi cientifica Ao desenvolver teorias amplas dos fatores que produzem mudana cientifica as teses a seguir fornecem bases nteis para estudar a histOria da economia 71 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO Introducao e Visa Gera KUHN Thomas Structure of scientific revolutions 2 ed Chicago University of Chicago Press 1970 LAKATOS Imre The methodology of scientific research programmes Londres Cambridge Uni versity Press 1978 POPPER Karl The logic of scientific discovery 2 ed Londres Hutchinson and Co 1968 Livros sobre economistas individuals Varias biografias examinam a vida e a epoca dos grandes economistas e varios trabalhos monu mentais examinam as contribuicoes de economistas especificos A maioria dos livros de grande significacao é listada como Leituras selecionadas no final dos capitulos adequados Lembre se de que essas listagens nao sao exaustivas Novos volumes aparecem freqiientemente 0 siste ma de referencia em uma biblioteca academica é o local para comecar a procurar por esses livros Artigos de jornais As publicacoes academicas sobre economia sao o canal utilizado pelos economistas para promo ver novos conhecimentos sobre a histOria do pensamento economic Varios artigos de revistas especializadas sao citados em notas de rodape e no final de cada capitulo mas essas referencias sao somente uma pequena parte dos diversos artigos escritos sobre os varios aspectos dos topi cos discutidos no capitulo As revistas especializadas sao de dois tipos 1 publicacoes gerais que contem artigos que abrangem o amplo espectro dos subcampos dentro da economia e 2 publicacoes especializadas que sao especificas de uma area da economia como financas pUbli cas economia do trabalho ou histOria do pensamento economic Publicacoes gerais Os artigos sobre a histOria do pensamento economic aparecem ocasio nalmente em publicacoes gerais de economia como o American Economic Review Oxford Eco nomic Papers Journal of Political Economy Southern Economic Journal Economica e assemelha dos Os dois importantes indices a seguir sao instrumentais na busca por artigos de interesse American Economic Association Index of Economic Articles Homewood IL Richard D Ir win Inc Essa serie é atualizada por meio de novos volumes periOdicos e contem citacoes de artigos de mais de 250 publicacOes de economia Cada volume abrange um period especifico Os volumes no entanto nap sao atuais e portanto artigos publicados recen temente precisardo ser encontrados empregandose a fonte que se segue American Economic Association Journal of Economic Literature JEL Semestral Essa publi cacao lista as artigos mais recentes da area indexados por tOpicos e sumarios de artigos selecionados tambem categorizados por tOpicos As categorias B1 B2 e B3 anterior mente 030 no sistema de classificacao definem tOpicos da histOria do pensamento eco nomic As listagens do JEL tambem estao disponiveis via EconLit DIALOG Informa tion Retrieval Service File 139 Esse arquivo eletrOnico esta disponivel em muitas bibliotecas academicas e pode ser pesquisado por autor publicacao assunto e numero de indice do JEL Biblioteca Regional CUR I UFWIT ra z Deve ser feita tambem uma mencao especial do Scandinavian Journal of Economics que anualmente inclui biografias intelectuais de vencedores do Premio Nobel de Economia PublicaOes especificas Existem cinco publicacOes notaveis dedicadas exclusivamente a his tOria do pensamento econOmico History of Political Economy Journal of the History of Eco nomic Thought History of Economics Review publicado na Australia The European Journal of the History of Economic Thought publicado na GraBretanha e History of Economic Ideas publicado em Roma ColeOes de artigos de publicaOes Existem diversas colecOes soberbas de artigos reunidos em varios volumes Aqui estao tres cole cOes recentes organizadas por economistas e escolas de pensamento econOmico especificos BLAUG Mark ed Schools of thought in economics Brookfield VT Edward Elgar 1990 11 v ed Pioneers in economics Brookfield VT Edward Elgar 1991 46 v WOOD John C Contemporary economists critical assessments Londres Routledge 1990 Series continuas Sites na Internet A Internet fornece muitas informacOes Uteis relacionadas à histOria do pensamento econOmico Tres sites de significacao especifica sao Web site da histOria do pensamento econOmico httpcepanewschooleduhet Esse excelente site na Internet contem informacOes detalhadas sobre colaboradores para a his tOria do pensamento econOmico listados alfabeticamente e agrupados em amplas escolas de pensamento econOmico Fornece tambem links para varios outros sites relacionados ao desen volvimento de ideias econOmicas PublicaOes de economia na Web httpwwwoswegoedueconomicjournalshtm Esse site contem um indice de locais na Internet de varias publicacOes econOmicas UncoverWeb http uncweb carl org Esse servi9p contem um banco de dados pesquisavel de artigos de publicacOes sobre economia e outros campos Simplesmente selecione Procurar Uncover e digite o nome de um econo mista ou de um tOpico 0 site fornece entao uma lista de artigos de publicacOes recentes rela cionados a esse economista ou tOpico Mediante uma taxa o Uncover lhe enviara artigos soli citados via fax ou por email Uma alternativa e simplesmente ir à biblioteca da sua universidade e ler os artigos dis poniveis Cada um desses enderecos da Interner era atual na epoca da publicacao original mas os enderecos da Internet podem se alterar Caso nao tenha sucesso tente encontralos utilizando nesnniRa nacir n A Interner ennin AlraVicra Zrrrtle nt V41rc11 711 HISTORIA DO PENSAMENTO ECONCMICO