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Economia Internacional

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Esta unidade tem o propósito de apresentar como as relações entre países foram sendo construídas ao longo da história Inicialmente essa relação estava atrelada ao domínio de novas terras e à conquista de novos continentes posteriormente passou a ser vinculada ao desenvolvimento de uma determinada região submetida à colonização Durante o período de colonização as colônias eram submetidas às metrópoles por meio do pacto colonial ou seja a produção deveria ser destinada à metrópole em total grau de dependência Atualmente os fóruns internacionais são o palco das disputas e da assinatura de compromissos entre os países no que tange a acordos comerciais ambientais e humanitários que além de integrarem as economias evidenciam a importância do comércio entre as nações Mas antes de entrarmos na geopolítica atual inerentes ao século XXI vamos construir uma linha do tempo imaginária para entendermos o comportamento da economia internacional apresentando o modelo vigente em cada período a ruptura com esse modelo e o advento do novo paradigma econômico Em 1964 o teórico Mcluhan desenvolveu o conceito de aldeia global para explicar um mundo que ficava cada vez menor perante o efeito das novas tecnologias de informação e comunicação Esse conceito passou a ser referência para explicar o fenômeno da globalização Este capítulo visa organizar suas ideias aqui compreendidas como miçangas soltas ou seja é preciso ajustar o seu conhecimento sobre o comércio internacional a partir de suas experiências leituras viagens passeios e estudos A aula trará o fio condutor ajustando o que você sabe e a partir do seu conhecimento construir um arcabouço teórico do processo evolutivo do intercâmbio entre as nações Objetivo Ao final desta unidade você deverá ser capaz de Descrever a base teórica conceitual e evolução histórica que rege o comércio internacional Conteúdo Programático Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas Tema 1 Mercantilismo Teoria clássica do comércio internacional Processo histórico de intercâmbio entre as nações Tema 2 Teoria da Dotação Relativa dos Fatores Tema 3 Ganhos com o comércio internacional Navegar é preciso Por intermédio da nossa viagem vamos conhecer as teorias que envolvem o comércio internacional o porquê das nações buscarem o intercâmbio de seus mercados e o desenvolvimento tecnológico que possibilitou a maior interdependência das economias Tema 1 Mercantilismo Teoria clássica do comércio internacional Processo histórico do intercâmbio entre as nações A globalização é um conceito atual O período das Grandes Navegações compreende os séculos XV a XVII caracterizando a busca por novas rotas para o comércio A era dos descobrimentos marcou a transição do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna As expedições eram movidas pelo comércio de ouro prata e especiarias Portugal e Espanha despontavam como as grandes economias desbravando os oceanos em busca de caminhos alternativos para as Índias A base da economia era o comércio Escola Fisiocrata É a partir da crítica ao sistema mercantilista que surge a primeira escola econômica a Escola Fisiocrata No livro Tableau Economique escrito em 1758 pelo francês François Quesnay aparece o início de uma estrutura teórica que abrange a organização econômica da sociedade Quesnay parte da contestação sobre a importância dada ao comércio e considera que as riquezas de uma nação provêm da agricultura Classifica o comércio como uma classe estéril que não está na esfera da produção mas na circulação ou seja não produz apenas remaneja recursos de um lugar para outro auferindolhes lucro Dessa crítica Quesnay coloca em relevo a terra como motor da economia e afirma ser inútil intervir na ordem natural da sociedade por meio de leis e regulamentos governamentais laissez faire A partir dessa análise a base da economia passa a ser a agricultura Escola Clássica As críticas apontadas por Quesnay e a base de seu argumento promoveram a ruptura do mercantilismo e o início de um novo modelo econômico amparado na produtividade da terra Essa estruturação é o ponto de partida para Adam Smith precursor da segunda escola econômica a Escola Clássica A publicação do livro A Riqueza das Nações em 1776 marca o início da Escola Clássica e a sistematização profunda da ciência econômica colocando em relevo a importância do homem como agente transformador o homem econômico A estruturação conceitual dos clássicos tem como pano de fundo a efervescência da Revolução Industrial colocando em destaque o avanço tecnológico como aliado do trabalho humano potencializando a produção Nesse contexto Adam Smith observa que a produção a partir da divisão do trabalho proporcionará maior produtividade e consequentemente aumentará exponencialmente a produção Para Adam Smith a riqueza de uma nação é a terra mas para que a terra seja produtiva deve haver o trabalho humano Parece simples a observação de Adam Smith mas a ciência ainda estava em processo evolutivo e sob essa realidade o homem vivia subordinado aos fenômenos da natureza que eram regidos por uma ordem natural ou providencial dependendo dos deuses para a colheita e para o desenvolvimento de seu mercado A partir dos avanços no campo da ciência explicação dos fenômenos naturais somados aos avanços tecnológicos capacidade inventiva do homem a ciência econômica passou a ter importância no processo evolutivo da humanidade relacionando crescimento dos mercados à melhoria do padrão de vida da sociedade Continuando a estruturação conceitual da Escola Clássica David Ricardo publica em 1817 o livro Princípios da Economia Política e de tributação em que expõe e aprofunda as premissas da Escola Clássica Ampliando a questão do trabalho descrita por Adam Smith direciona parte do seu estudo para discutir a teoria do valortrabalho trazendo para a ciência econômica o capital como ingrediente necessário para a remuneração do fator trabalho Essa construção sistemática coloca em relevo os fatores de produção terra trabalho e capital como recursos produtivos e como diferencial na alocação eficiente desses recursos A indústria passa a ser o motor da economia principalmente pelo incremento tecnológico que possibilitou o aumento da oferta de produtos no mercado interno suprindo a demanda e gerando excedentes para a exportação A Inglaterra é o palco da Revolução Industrial e o berço da Escola Clássica fatores que fortaleciam a economia inglesa como o principal mercado para a relação comercial entre as nações Dessa forma tornouse imprescindível a formulação de parâmetros sobre a relação do comércio internacional que justificasse a adoção do livre comércio como a melhor política para beneficiar todas as nações Dentro desse contexto as teorias do comércio internacional foram gradualmente formuladas primeiramente por Adam Smith a partir da Teoria da Vantagem Absoluta e posteriormente refutada por David Ricardo por intermédio da construção da Teoria da Vantagem Comparativa Reparou que as teorias clássicas do comércio internacional não foram fundamentadas Agora é com vocês Vamos ler o livro da disciplina para aprofundar nossa conversa e discutir outras questões que ainda não foram abordadas mas que serão explicadas a partir da leitura do material O primeiro capítulo do livro amplia a abordagem apresentada até aqui Tema 2 Teoria da Dotação Relativa dos Fatores Vantagem Comparativa condicionamento ou especialização Já descrevemos a integração das economias a partir do processo evolutivo das sociedades em uma abordagem histórica A base do debate seguiu a partir de duas vertentes a primeira dedicada ao modelo econômico vigente e a segunda dedicada à estruturação do pensamento econômico Continuando a abordagem entramos na parte da fundamentação teórica apresentando as teorias do comércio internacional formulada pelos pensadores da Escola Clássica Adam Smith Vantagem Absoluta e David Ricardo Vantagem Comparativa Nessa aula vamos continuar a discutir a base teórica mas agora a análise recai sobre outros custos de produção e não apenas sobre valortrabalho A teoria da Vantagem Comparativa é até os dias atuais a base que fundamenta a relação entre os países no comércio internacional Porém como estudamos anteriormente a teoria está amparada no valortrabalho como único fator de produção Essa simplificação será analisada no início do século XX pelos economistas Eli Filip Heckscher e Bertil Ohlin que acrescentam uma nova abordagem para a composição dos custos de produção de uma mercadoria produzida em diferentes países A teoria de Heckscher Ohlin como ficou conhecida incorpora o mecanismo de formação do preço no comércio internacional discutida pelos neoclássicos A teoria parte do pressuposto de que o diferencial competitivo no comércio internacional está condicionado pela disponibilidade de fatores naturais Dessa forma argumenta que um país irá exportar os produtos cujos recursos lhes são abundantes e irá importar aqueles produtos que são escassos em seu mercado interno Em linhas gerais coloca em relevo que cada país se especializa e exporta o bem que requer utilização mais intensa de seu fator de produção abundante A teoria de Heckscher Ohlin coloca em relevo as seguintes hipóteses As tecnologias de produção são idênticas nos dois países A função de produção X é intensiva em trabalho e a função de produção de produção M é intensiva em capital No país B o trabalho é relativamente abundante e no país W o capital é relativamente abundante As preferências dos consumidores são iguais nos dois países As hipóteses descritas na teoria são importantes para estabelecer os parâmetros norteadores da análise do contrário poderíamos incorrer em situações que dificultariam a criação do modelo Nesse aspecto sabemos que as tecnologias não são idênticas em todos os países cada país desenvolverá a base tecnológica de acordo com o potencial de seu mercado Continuando a formulação das hipóteses é determinado que X representa a produção intensiva em trabalho fator abundante no país B E a produção de M é intensiva em capital ou seja fator abundante no país W X Fator abundante no país B M Fator abundante no país W Outra hipótese importante é definir que há igualdade nas preferências dos consumidores porque gosto e preferência têm caráter subjetivo ou seja dependem de muitas variáveis preço importância do bem entre outros aspectos que determinam a formação da demanda no mercado Com as hipóteses definidas sabemos que os bens X e M são produzidos por meio de dois fatores de produção trabalho e capital É importante observar que o país que produz o bem X intensivo em trabalho alicerça sua economia no setor primário enquanto o país que produz o bem M intensivo em capital alicerça sua economia no setor secundário O que isso significa Significa que o país produtor de X tem uma economia agrária e o país produtor de M possui uma economia industrial Esses fatores relacionados ao setor produtivo do país determinam a pauta de exportação de seus mercados e consequentemente os produtos que serão importados Tema 3 Ganhos com o Comércio Internacional Por que as nações buscam o comércio internacional Até agora nossa discussão teve como ponto central as teorias que regem o comércio internacional Entendemos que cada país produz o bem em que apresenta maior especialização ou seja o recurso que tenha em maior disponibilidade fator abundante para a produção independente do grau de desenvolvimento da nação É importante destacar que nossa abordagem partiu do pressuposto de que existe livre comércio entre as nações ou seja de que não há restrições às exportações e importações Outro pressuposto determinante na nossa abordagem é a existência de concorrência perfeita entre os mercados Na prática sabemos que os interesses são antagônicos o estágio de desenvolvimento tecnológico difere e os mercados apresentam imperfeições na alocação de recursos produtivos os ganhos de comércio são incertos Então fica a seguinte pergunta quais são os ganhos efetivos com o comércio internacional Na prática o comércio internacional possibilita acesso a produtos com tecnologias diferenciadas e preços competitivos fatores determinantes para defender a adoção do livre comércio Apesar dos benefícios do livre comércio na prática as relações entre as economias não são simples considerandose o grau de desenvolvimento e a capacidade produtiva de cada país Vamos discutir essas restrições na próxima unidade agora nosso objetivo é analisar os benefícios do intercâmbio entre as nações Essa aula tem como propósito avaliar os desdobramentos da política comercial para as economias estabelecendo os ganhos de comércio no que tange à distribuição de renda crescimento econômico e bemestar A política comercial é por definição um conjunto de instrumentos de intervenção pública sobre o comércio internacional com o propósito de estabelecer relações do país no âmbito mundial Estreitando laços com as demais nações a economia local tem a possibilidade de ampliar a oferta interna e exportar seu excedente de produção Os ganhos obtidos por uma economia por intermédio do mercado internacional podem apresentar as seguintes características Estágios de Produção Novas Tecnologias Competitividade Os desdobramentos da política comercial acarretam o aumento da produção a oferta de novos produtos e preços menores Outro fator determinante é a eliminação da pressão sobre os preços aquecendo a demanda e a ampliação do poder de compra do consumidor Ao trocar bens e serviços com as demais economias um país terá a possibilidade de aumentar sua capacidade de consumo e de produção propiciando mais bemestar à nação Derivado dos ganhos apresentados o consumo e a produção são elementos fundamentais que determinam as trocas internacionais com vistas a favorecer o crescimento econômico A base da análise coloca em relevo a especialização no setor onde há o fator abundante favorecendo as exportações Por outro lado será importado o produto que for escasso na produção do país Essa situação proporciona ganhos com o comércio A teoria discutida até agora baliza a melhora na distribuição de renda considerando a alocação eficiente dos recursos produtivos culminando em mais bemestar para a sociedade Sobre a distribuição de renda os efeitos são desmembrados em duas vertentes poder de compra e acesso à renda Em relação ao poder de compra o consumidor aumenta sua capacidade de consumo com base na baixa dos preços ou seja amplia o poder de compra Com base na distribuição de renda os efeitos não são integralmente favoráveis e dependem da alocação de recursos e da estrutura do mercado sendo consequência direta da política econômica adotada no país Ampliando a análise deparamonos com questões estruturais das economias relacionadas à tecnologia à qualificação da mão de obra ao grau de desenvolvimento das nações entre outros fatores que determinam a participação do país no comércio internacional