16
Literatura
UEG
1
Literatura
UERJ
19
Literatura
ESTACIO
160
Literatura
UNEB
36
Literatura
UFPE
1
Literatura
USP
1
Literatura
UMG
3
Literatura
UNICESUMAR
190
Literatura
UNEB
2
Literatura
UNILAB
Texto de pré-visualização
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU CÂMPUS NORTE DISCIPLINA Literaturas de Língua portuguesa III Data Profa Dra Maria Aparecida Barros de Oliveira I BIMESTRE Acadêmic VALOR 40 A TIVIDADE AVALIATIVA DE LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA III 1 Considere o texto abaixo para responder ao que se pede O amor é a matéria de que é feito e pois a matéria de seu canto De amor cantará cantando o amor cantando a natureza a religião a vida De amor cantará no poema épico alternando casos amorosos com o fragor das batalhas fazendonos ouvir a voz das mulheres no momento doloroso da partida das naus Por amor fezse triste e só o duro Pedro justiceiro por suas mãos e por amor perdeuse Fernando seu filho o Reino pondo em muito aperto Lus III 138 que um fraco Rei faz fraca a forte gente Ib mas porque amou será perdoado Mas quem pode livrarse porventura Dos laços que Amor arma brandamente Desculpado por certo está Fernando Para quem tem de amor experiência III 142 e 143 Por amor perdeuse também Inês transformandose em mito do amor paixão Por amor a Vênus Marte defende no Olimpo a causa dos Portugueses e Júpiter ordena que os deixem livremente seguir viagem a cumprir o destino que os marcou como assinalados BERARDINELLI In Rthymas Disponível em httpcatedravieiraicletraspucriobrobra2rhythmas A crítica literária Cleonice Berardinelli identifica o amor como uma temática recorrente tanto na lírica quanto na épica camoniana A partir do fragmento acima e de seus estudos e leituras sobre a obra camoniana discorra sobre o amor na perspectiva do poeta Luís Vaz de Camões Para exemplificar lance mão de poemas nos quais essa perspectiva comparece no mínimo três e corrobore suas hipótese com no mínimo três teóricos 20 2 TEXTO I Qual vai dizendo Ó filho a quem eu tinha Só para refrigério e doce amparo Desta cansada já velhice minha Que em choro acabará penoso e amaro Por que me deixas mísera e mesquinha Por que de mim te vás ó filho caro A fazer o funéreo enterramento Onde sejas de peixes mantimentos Qual em cabelo Ó doce e amado esposo Sem quem não quis Amor que viver possa Por que is aventurar ao mar iroso Essa vida que é minha e não é vossa Como por um caminho duvidoso Vos esquece a afeição tão doce nossa Nosso amor nosso vão contentamento Quereis que com as velas leve o vento Mas um velho de aspeito venerando Que ficava nas praias entre a gente Postos em nós os olhos meneando Três vezes a cabeça descontente A voz pesada um pouco alevantando Que nós no mar ouvimos claramente Coum saber só de experiências feito Tais palavras tirou do experto peito Ó glória de mandar ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos fama Ó fraudulento gosto que se atiça Couma aura popular que honra se chama Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama Que mortes que perigos que tormentas Que crueldades neles experimentas CAMÕES sd p 125 e 126 TEXTO II Fala do Velho do Restelo ao astronauta José Saramago Aqui na Terra a fome continua A miséria o luto e outra vez a fome Acendemos cigarros em fogos de napalme E dizemos amor sem saber o que seja Mas fizemos de ti a prova da riqueza E também da pobreza e da fome outra vez E pusemos em ti sei lá bem que desejo De mais alto que nós e melhor e mais puro No jornal de olhos tensos soletramos As vertigens do espaço e maravilhas Oceanos salgados que circundam Ilhas mortas de sede onde não chove Mas o mundo astronauta é boa mesa Onde come brincando só a fome Só a fome astronauta só a fome E são b rinquedos as bombas de napalme In OS POEMAS POSSÍVEIS Editorial CAMINHO Lisboa 1981 3ª edição TEXTO III Ó mar salgado quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos quantas mães choraram Quantos filhos em vão rezaram Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso ó mar Valeu a pena Tudo vale a pena Se a alma não é pequena Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor Deus ao mar o perigo e o abismo deu Mas nele é que espelhou o céu PESSOA Fernando In Mensagem 1934 Os textos acima utilizam o recurso da intertextualidade Considereos para discorrer sobre esse fenômeno linguístico destacando de que modo ele comparece nos textos selecionados Não deixe de chamar a atenção para as semelhanças e diferenças entre eles 20
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU CÂMPUS NORTE DISCIPLINA Literaturas de Língua portuguesa III Data Profa Dra Maria Aparecida Barros de Oliveira I BIMESTRE Acadêmic VALOR 40 A TIVIDADE AVALIATIVA DE LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA III 1 Considere o texto abaixo para responder ao que se pede O amor é a matéria de que é feito e pois a matéria de seu canto De amor cantará cantando o amor cantando a natureza a religião a vida De amor cantará no poema épico alternando casos amorosos com o fragor das batalhas fazendonos ouvir a voz das mulheres no momento doloroso da partida das naus Por amor fezse triste e só o duro Pedro justiceiro por suas mãos e por amor perdeuse Fernando seu filho o Reino pondo em muito aperto Lus III 138 que um fraco Rei faz fraca a forte gente Ib mas porque amou será perdoado Mas quem pode livrarse porventura Dos laços que Amor arma brandamente Desculpado por certo está Fernando Para quem tem de amor experiência III 142 e 143 Por amor perdeuse também Inês transformandose em mito do amor paixão Por amor a Vênus Marte defende no Olimpo a causa dos Portugueses e Júpiter ordena que os deixem livremente seguir viagem a cumprir o destino que os marcou como assinalados BERARDINELLI In Rthymas Disponível em httpcatedravieiraicletraspucriobrobra2rhythmas A crítica literária Cleonice Berardinelli identifica o amor como uma temática recorrente tanto na lírica quanto na épica camoniana A partir do fragmento acima e de seus estudos e leituras sobre a obra camoniana discorra sobre o amor na perspectiva do poeta Luís Vaz de Camões Para exemplificar lance mão de poemas nos quais essa perspectiva comparece no mínimo três e corrobore suas hipótese com no mínimo três teóricos 20 2 TEXTO I Qual vai dizendo Ó filho a quem eu tinha Só para refrigério e doce amparo Desta cansada já velhice minha Que em choro acabará penoso e amaro Por que me deixas mísera e mesquinha Por que de mim te vás ó filho caro A fazer o funéreo enterramento Onde sejas de peixes mantimentos Qual em cabelo Ó doce e amado esposo Sem quem não quis Amor que viver possa Por que is aventurar ao mar iroso Essa vida que é minha e não é vossa Como por um caminho duvidoso Vos esquece a afeição tão doce nossa Nosso amor nosso vão contentamento Quereis que com as velas leve o vento Mas um velho de aspeito venerando Que ficava nas praias entre a gente Postos em nós os olhos meneando Três vezes a cabeça descontente A voz pesada um pouco alevantando Que nós no mar ouvimos claramente Coum saber só de experiências feito Tais palavras tirou do experto peito Ó glória de mandar ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos fama Ó fraudulento gosto que se atiça Couma aura popular que honra se chama Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama Que mortes que perigos que tormentas Que crueldades neles experimentas CAMÕES sd p 125 e 126 TEXTO II Fala do Velho do Restelo ao astronauta José Saramago Aqui na Terra a fome continua A miséria o luto e outra vez a fome Acendemos cigarros em fogos de napalme E dizemos amor sem saber o que seja Mas fizemos de ti a prova da riqueza E também da pobreza e da fome outra vez E pusemos em ti sei lá bem que desejo De mais alto que nós e melhor e mais puro No jornal de olhos tensos soletramos As vertigens do espaço e maravilhas Oceanos salgados que circundam Ilhas mortas de sede onde não chove Mas o mundo astronauta é boa mesa Onde come brincando só a fome Só a fome astronauta só a fome E são b rinquedos as bombas de napalme In OS POEMAS POSSÍVEIS Editorial CAMINHO Lisboa 1981 3ª edição TEXTO III Ó mar salgado quanto do teu sal São lágrimas de Portugal Por te cruzarmos quantas mães choraram Quantos filhos em vão rezaram Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso ó mar Valeu a pena Tudo vale a pena Se a alma não é pequena Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor Deus ao mar o perigo e o abismo deu Mas nele é que espelhou o céu PESSOA Fernando In Mensagem 1934 Os textos acima utilizam o recurso da intertextualidade Considereos para discorrer sobre esse fenômeno linguístico destacando de que modo ele comparece nos textos selecionados Não deixe de chamar a atenção para as semelhanças e diferenças entre eles 20