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Texto de pré-visualização
ensino superior 100111 ensino secundário 100199 ensino industrial 100470 O aspecto mais interessante da proposta do ensino técnico do Estado Novo é que ele tinha um caráter formador na medida em que era organizado em ciclos oferecendo formação continuada e com matérias humanísticas além das específicas técnicas Mas por ser explicitamente destinado às camadas populares sua criação não afetou a tradição doletoma existente das elites ensino popular Para Leonor Tanuri 1998 pp 9192 essas reformas de Capentera evidenciam a típica situação de compromisso da Era Vargas elevase o técnicoprofissional na estrutura vertical do ensino pareandoo com o nível do ginásio e do colégio para preservarse o elitismo do acadêmico Podese dizer que essa medida era destinada a promover o desenvolvimento econômico sem modificar a ordem social na formulação de Marinete Silva não obstante a sua grande importância o ensino industrial situavase como guardião das diferenças de classes p 32 O ensino primário foi objeto de regulamentação do poder central pela primeira vez desde 1827 Eleveuse o curso normal na estrutura do ensino sobretudo na maioria dos Estados ao curso secundário Com a criação de escolasgranjas escolas normais rurais e escolas típicasrurais davase conta da vertente agrícola do governo Vargas Nesse longo processo de conformação da educação e do ensino na Era Vargas a polarização dos escolanovistas foi inevitável As figuras mais conflitantés do grupo liberal afastaramse ao passo que a maioria se acomodou no interior do novo quadro institucional e ideológico do período cuidando de renovar o pedagógico Lourenço Filho um dos grandes nomes dentre os pioneiros liberais da Escola Nova desenvolveu a linha da educação como questão de segurança nacional ocupando diversos cargos na estrutura tecnocrática do governo A contraversão de Marta Carvalho à narrativa de Azevedo sugere que esse movimento foi não só possível como esperado devido aos trapos comuns ao Estado Novo e à Escola Nova nacionalismo oporiedade do cidadão racionalidade higienização da sociedade e trabalho educativo Dentro da escola as Leis Orgânicas procuraram regulamentar o cotidiano de professores e alunos são visíveis no período do Estado Novo as prescrições de padronização da programação curricular e da arquitetura escolar do controle do recreio e da disciplina da adoção das classes homogêneas e do método único de leitura analítico global do uso do uniforme da verificação do asseio corporal do incentivo à formação de bibliotecas e de clubes de leitura de clubes agrícolas exposições excursões e jornais escolares do escotismo do cinema e rádio educativos de grêmios e caixas escolares Elas ecoam sem dúvida orientações da Escola Nova defendidas nos anos 20 e 30 Mas apenas a continuidade de pesquisas aprofundadas das práticas dessa escola voltvidas nas instituições escolares da Era Vargas como a fez Diana Vidal no seu belo trabalho sobre o Instituto de Educação do Rio de Janeiro dos anos 193237 onde concluiu que por ter sido também um cenário de práticas de controle e vigilância das novas propostas educacionais é que essa escola de formação de professores pôde manter suas características de laboratório de idéias do movimento escolanovista ao longo das décadas seguintes permitirá dimensionar as permanências e transformações da Escola Nova no interior das suas intrincadas relações com o Estado Novo Bibliografia ANTUNHA H A Universidade de São Paulo Fundação e Reforma São Paulo FEUSP 1974 AZEVEDO F de A cultura brasileira 4º ed São Paulo Melhoresmos 1964 A Reconstrução Educacional no Brasil Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos XXXIV 79 1960 108127 BAHIA HORTA J S O hino o sermão e a ordem do dia a educação no Brasil 193045 Rio de Janeiro Ed UFRJ 1994 BANDECCHI B A Liga Nacionalista Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo LXXIII 1977 325348 BASTOS M H C O novo e o racional em revista a Revolta do Ensino do Rio Grande do Sul 19391942 São Paulo FEUSP 1994 BITTENCOURT Circe M E Os problemas educacionais na Assembleia Nacional Constituínte de 1934 Revista da FEUSP 12 12 1985 235260 BOMBENY H org Constituição Capanema intelectuais e políticos Rio de JaneiroBragança Paulista FGVUSP 2001 BOSI A A Educação e a Cultura nas Constituições Brasileiras org Cultura brasileira temas e situações 2ª Ed São Paulo Ática 1992 BUFFA E Ideologias em conflito escola pública e escola privada São Paulo Cortez e Moraes 1979 102 103 Arriscadas segundo o trabalho de M Helena Santos que discute essas estratégias sendo difundidas por uma revista pedagógica que circulava no Rio Grande do Sul Capítulo 7 A Era Vargas
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ensino superior 100111 ensino secundário 100199 ensino industrial 100470 O aspecto mais interessante da proposta do ensino técnico do Estado Novo é que ele tinha um caráter formador na medida em que era organizado em ciclos oferecendo formação continuada e com matérias humanísticas além das específicas técnicas Mas por ser explicitamente destinado às camadas populares sua criação não afetou a tradição doletoma existente das elites ensino popular Para Leonor Tanuri 1998 pp 9192 essas reformas de Capentera evidenciam a típica situação de compromisso da Era Vargas elevase o técnicoprofissional na estrutura vertical do ensino pareandoo com o nível do ginásio e do colégio para preservarse o elitismo do acadêmico Podese dizer que essa medida era destinada a promover o desenvolvimento econômico sem modificar a ordem social na formulação de Marinete Silva não obstante a sua grande importância o ensino industrial situavase como guardião das diferenças de classes p 32 O ensino primário foi objeto de regulamentação do poder central pela primeira vez desde 1827 Eleveuse o curso normal na estrutura do ensino sobretudo na maioria dos Estados ao curso secundário Com a criação de escolasgranjas escolas normais rurais e escolas típicasrurais davase conta da vertente agrícola do governo Vargas Nesse longo processo de conformação da educação e do ensino na Era Vargas a polarização dos escolanovistas foi inevitável As figuras mais conflitantés do grupo liberal afastaramse ao passo que a maioria se acomodou no interior do novo quadro institucional e ideológico do período cuidando de renovar o pedagógico Lourenço Filho um dos grandes nomes dentre os pioneiros liberais da Escola Nova desenvolveu a linha da educação como questão de segurança nacional ocupando diversos cargos na estrutura tecnocrática do governo A contraversão de Marta Carvalho à narrativa de Azevedo sugere que esse movimento foi não só possível como esperado devido aos trapos comuns ao Estado Novo e à Escola Nova nacionalismo oporiedade do cidadão racionalidade higienização da sociedade e trabalho educativo Dentro da escola as Leis Orgânicas procuraram regulamentar o cotidiano de professores e alunos são visíveis no período do Estado Novo as prescrições de padronização da programação curricular e da arquitetura escolar do controle do recreio e da disciplina da adoção das classes homogêneas e do método único de leitura analítico global do uso do uniforme da verificação do asseio corporal do incentivo à formação de bibliotecas e de clubes de leitura de clubes agrícolas exposições excursões e jornais escolares do escotismo do cinema e rádio educativos de grêmios e caixas escolares Elas ecoam sem dúvida orientações da Escola Nova defendidas nos anos 20 e 30 Mas apenas a continuidade de pesquisas aprofundadas das práticas dessa escola voltvidas nas instituições escolares da Era Vargas como a fez Diana Vidal no seu belo trabalho sobre o Instituto de Educação do Rio de Janeiro dos anos 193237 onde concluiu que por ter sido também um cenário de práticas de controle e vigilância das novas propostas educacionais é que essa escola de formação de professores pôde manter suas características de laboratório de idéias do movimento escolanovista ao longo das décadas seguintes permitirá dimensionar as permanências e transformações da Escola Nova no interior das suas intrincadas relações com o Estado Novo Bibliografia ANTUNHA H A Universidade de São Paulo Fundação e Reforma São Paulo FEUSP 1974 AZEVEDO F de A cultura brasileira 4º ed São Paulo Melhoresmos 1964 A Reconstrução Educacional no Brasil Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos XXXIV 79 1960 108127 BAHIA HORTA J S O hino o sermão e a ordem do dia a educação no Brasil 193045 Rio de Janeiro Ed UFRJ 1994 BANDECCHI B A Liga Nacionalista Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo LXXIII 1977 325348 BASTOS M H C O novo e o racional em revista a Revolta do Ensino do Rio Grande do Sul 19391942 São Paulo FEUSP 1994 BITTENCOURT Circe M E Os problemas educacionais na Assembleia Nacional Constituínte de 1934 Revista da FEUSP 12 12 1985 235260 BOMBENY H org Constituição Capanema intelectuais e políticos Rio de JaneiroBragança Paulista FGVUSP 2001 BOSI A A Educação e a Cultura nas Constituições Brasileiras org Cultura brasileira temas e situações 2ª Ed São Paulo Ática 1992 BUFFA E Ideologias em conflito escola pública e escola privada São Paulo Cortez e Moraes 1979 102 103 Arriscadas segundo o trabalho de M Helena Santos que discute essas estratégias sendo difundidas por uma revista pedagógica que circulava no Rio Grande do Sul Capítulo 7 A Era Vargas