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POTÁSSIO NO SOLO Apostila 9 1 INTRODUÇÃO Depois do N o K é o elemento que geralmente é absorvido em maiores quantidades pelas plantas Tabela 1 Por isso em muitos solos há necessidade de aplicação de adubos potássico particularmente aqueles mais intemperizados e com poucos minerais capazes de repor a quantidade de elementos retirados pelas colheitas Cerca de 85 de amostras de solos do Brasil Central apresentaram teores de K considerados médios ou baixos Lopes 1975 O teor de K dos solos é variável com o tipo de mineral primário e secundário predominante forma do elemento no solo quantidade e intensidade da precipitação e temperatura da região O teor médio de K total nos solos é de aproximadamente 24 A quantidade de K disponível para as plantas por outro lado depende da quantidade adsorvida às partículas do solo K trocável fator quantidade Q do teor do elemento em solução fator intensidade I bem como da relação entre K e outros cátions presentes na solução do solo Tabela 1 Quantidade de K2O extraída por alguma culturas CULTURA NÍVEL DE PRODUÇÃO K EXTRAÍDO KG Milho 95 t 224 Algodão 12 t fibra 95 Sorgo 90 t 224 Citrus 1480 cxs 370 Arroz 67 t 162 Soja 35 t 134 Feijão 20 t 64 2 FUNÇÕES DO K NA PLANTA Embora o K seja absorvido em grande quantidade pelas plantas ele não toma parte na estrutura de qualquer composto orgânico Malavolta 1980 isto é não desempenha função estrutural na planta Este macronutriente atua na ativação de aproximadamente 60 enzimas Mengel Kirkby 1978 Marschner 1995 e Malavolta et al 1997 O potássio está ainda envolvido na síntese de proteínas plantas com baixos teores de potássio apresentam redução na síntese com acúmulo de compostos de baixo peso molecular como aminoácidos amidas aminas e nitratos a Fotossíntese e transporte de carboidratos segundo Malavolta 1980 grande parte do K das folhas está presente nos cloroplastos e as reações fotofosforilativas são muito sensíveis à deficiência do elemento Na carência de K verificase redução na taxa fotossintética por unidade de área foliar e também maiores taxas de respiração A combinação desses fatores pode reduzir as reservas de carboidratos da planta Pretty 1982 Um suprimento inadequado de potássio também faz com que os estômatos não se abram regularmente podendo ocorrer menor assimilação de CO2 nos cloroplastos diminuindo consequentemente a taxa fotossintética Nesta condição diminui a absorção de CO2 aumenta a fotorrespiração e cresce a absorção de O2 O K melhora o transporte de carboidratos produzidos nas folhas para outros órgãos da planta Plantas de mandioca deficientes em K produziram menos raízes e maior quantidades de ramos enquanto que a canadeaçúcar deficiente em K produz menos sacarose no colmo o que pode ser reflexo de menos absorção de CO2 e diminuição do transporte das folhas para aquela parte da planta Malavolta 1980 Malavolta e Crocomo 1982 O potássio assume papel importante no transporte da sacarose e dos fotossintetizados das folhas para os órgãos de armazenamento Durante este caminho os produtos assimilados passam por três sistemas a difusão no simplasto e espaço livre b transporte ativo através da membrana citoplasmática para o floema c fluxo passivo pelos tubos crivosos O potássio influencia os três processos em particular os dois últimos Header 1977 citado por Malavolta Crocomo 1982 Em relação ao último processo Marschner 1995 relata que a função do potássio é manter o pH alto nos tubos crivosos facilitando assim o transporte da sacarose Portanto um suprimento adequado de potássio aumenta a síntese de carboidratos em razão da maior taxa fotossintética bem como a eficiência de translocação desses compostos b Ativação de enzimas a principal função do K na bioquímica é a ativação de vários sistemas enzimáticos O K é o íon monovalente mais eficiente na ativação de cerca de 60 enzimas destacando se as sintetases oxiredutases desidrogenases transferases quinases e aldolases Mengel e Kirby 1978 Alguns desses sistemas são síntese de amido síntese de proteína fosforilação glicólise e fosforilação oxidativa O potássio atua no metabolismo ativação da sintetase do amido sintetase fosfato sacarose e outras enzimas e transporte de carboidratos Mengel Kirkby 1978 Malavolta 1980 Marschner 1995 Malavolta et al 1997 Normalmente plantas deficientes em potássio apresentam acúmulo de açúcares hexoses e decréscimo de carboidratos de maior cadeia como amido e sacarose nas folhas Evans Sorger 1966 citado por Huber 1985 como consequência da menor atividade da sintetase fosfato sacarose Segundo Marschner 1995 existe relação inversa entre a concentração de potássio e o conteúdo de açúcares nos tecidos Aparentemente grandes quantidades de K são necessários para induzir modificações na conformação das proteínas das enzimas e assim ativálas c Abertura e fechamento dos estômatos o potássio atua no controle osmótico das células Plantas deficientes em potássio apresentam menor turgor da célula pequena expansão celular maior potencial osmótico abertura e fechamento dos estômatos de forma irregular Mengel Kirkby 1978 e Malavolta et al 1997 Outro efeito atribuído ao K é que plantas bem nutridas são mais resistentes a secas e geadas em razão da maior retenção de água Em plantas deficientes em K os estômatos se abrem mal porque não há transporte de K para as células guardadas e por isso a absorção de CO₂ é menor prejudicando a taxa de fotossíntese Os estômatos se abrem pela influência do K que é ativado pela luz De acordo com Malavolta a energia necessária para a absorção de K pelas células guardas é fornecida pela fosforilação cíclica ADPP LUZ ATP Na ausência de luz as células guardas perdem K e os estômatos se fecham d Regime hídrico da planta plantas bem supridas em K absorvem melhor a água do solo em razão do menor potencial osmótico menor potencial de água das células assim a planta retém melhor a água em seu interior cultivada pois menos água do que plantas deficientes em K A melhor retenção de água pelas plantas com bom suprimento de K é aparentemente a razão pela qual a sua eficiência de utilização de água mg de matéria seca mg de água é maior e Outras funções o K aumenta a resistência das plantas a certas doenças e pela formação de um forte sistema radicular ele evita o acamamento das plantas além disso o K evita os efeitos do excesso de N O elemento retarda a maturidade de plantas reduzindo o efeito do P na característica de fruto Daí a importância de uma fórmula de NPK bem balanceada Os mecanismos de defesa das plantas a pragas e doenças com redução na incidência severidade e danos causados por insetos e fungos seria dado pelas altas concentrações de K nos tecidos favorecendo a síntese e o acúmulo de compostos fenólicos os quais atuam como inibidores de insetos e fungos Huber Arny 1985 Perrenoud 1990 Outra explicação seria que plantas deficientes apresentam tecidos menos enrijecidos como consequência da menor espessura da cutícula e da parede celular menor formação de tecidos esclerenquimatosos menor lignificação e suberização Ellet 1973 Perrenoud 1990 Além disso na deficiência de potássio ocorre menor síntese de compostos de alto peso molecular proteína amido e celulose favorecendo o acúmulo de compostos de baixo peso molecular açúcares solúveis aminoácidos e N solúvel como resultado do aumento da atividade de enzimas decompositoras amilase sacarase glucosidase e protease O acúmulo desses compostos altera o equilíbrio osmótico das células e sua concentração é aumentada nos exsudados liberados pelas plantas favorecendo o desenvolvimento de pragas e doenças As plantas bem nutridas em potássio apresentam maior síntese de material para a formação da parede celular Frequentemente as paredes são mais espessas devido a maior deposição de celulose e compostos relativos promovendo maior estabilidade e um aumento da resistência das plantas ao acamamento e as infestações de doenças e pragas Pretty 1982 Beringer Nothdurft 1985 21 Absorção de K pela Planta O K pode chegar à superfície das raízes pelo fluxo em massa difusão e interceptação pelas raízes pela interceptação ao ocorrer o contato entre a raiz e o elemento ele pode ser absorvido normalmente a quantidade do elemento interceptada pelas raízes é pequena cerca de 1 Considerese que a difusão seja o mecanismo principal pelo qual o K chega às raízes Tisdale e Nelson 1975 Em experimento controlado com milho em solos americanos Barber e Olson citados por Malavolta 1980 encontraram que o processo de difusão contribui com 78 do K que chegava às raízes enquanto que o fluxo de massa e interceptação radicular contribuíram com 20 e 2 respectivamente É possível que em solos mais intemperizados ou seja com alto teor de argila 11 não há fixação de K a contribuição do fluxo em massa seja bem mais elevada do que 20 Em qualquer um dos processos o teor de umidade do solo exerce papel fundamental na movimentação do elemento Por ser exigido em grande quantidade pelas plantas faz com que a mesma absorva o K numa velocidade maior com que o elemento chegue à superfície da raiz por fluxo de massa Isso também acontece por ser um íon monovalente no qual é menos retido pelas cargas elétricas fazendo com que também na solução sua concentração seja menor assim quase na sua totalidade acaba sendo suprido pela difusão O K após penetrar o espaço livre das raízes movimento passivo é absorvido por um mecanismo ativo requer energia no qual está envolvido um carregador que combinado com o elemento o transporte através da membrana celular Epstein 1972 O K é um elemento de grande mobilidade dentro da planta O seu transporte se dá principalmente através dos tecidos meristemáticos Normalmente o K de tecidos mais velhos é redistribuído para os tecidos mais jovens As razões para esta redistribuição ainda não são conhecíveis mas a relação do elemento com a síntese de proteínas taxa de crescimento e suprimento de citoquininas tem sido postulada Jacby et alii citados por Mengel e Kirby 1978 Se a disponibilidade de K no solo é grande e as condições ambientais umidade e temperatura são aceitas as plantas tendem a absorver o elemento muito mais elevado do que as suas necessidades Isto é denominado consumo de luxo porque o excesso absorvido não reflete numa maior produção Brady 1974 Nesse caso a remoção de K pelas culturas é mais elevada As características de solo que afetam diretamente a difusão de K na direção das raízes são concentração de K na solução capacidade de retenção de água do solo teor e tipo de argila e poder tampão de K do solo Essas características modificam o coeficiente de difusão efetiva do íon no solo afetando seu fluxo difusivo A Relação KCaMg no solo causa os efeitos interiônicos entre K Ca e Mg na forma de inibição competitiva normalmente ao nível de membrana celular Epstein 1975 Segundo Malavolta 1980 esse processo ocorre quando dois elementos se combinam pelo mesmo sítio ativo do carregador Um exemplo clássico é dado pelas altas doses de potássio no meio inibindo a absorção de Ca e Mg chegando muitas vezes a causar a deficiência desses dois nutrientes com queda de produção Marschner 1995 também relata que cátions como o potássio podem atravessar a membrana plasmática com maior velocidade deprimindo a absorção de cátions mais lentos como Ca e Mg 22 Deficiência de K na Planta O potássio tem alta redistribuição nos tecidos portanto os sintomas de carência surgem nas folhas mais velhas Malavolta et al 1997 No estádio inicial da deficiência aparecem manchas cloróticas nos espaços entre as nervuras e espalhadas irregularmente por toda a superfície foliar Com a evolução dos sintomas as manchas se unem formando faixas cloróticas ou avermelhadas nas margens das folhas velhas com posterior necrose dos tecidos como apresentado na figura 1 Will 1961 Kaul et al 1966 1968 1970a e 1970b Rocha Filho et al 1978 Dell et al 1995 Silveira et al1996 e 1999 No estádio mais avançado a presença de clorose e necrose ocorrem até nas folhas mais jovens enquanto que as folhas velhas enrolam e secam As plantas também podem apresentar aumento das brotações laterais com a paralização do desenvolvimento vegetativo conforme verificado por Kaul et al 1966 e Rocha Filho et al 1978 Outros sintomas comuns em plantas deficientes em potássio é o crescimento vagaroso e baixo desenvolvimento do sistema radicular A semente e os frutos são pequenos e enrugados a qualidade de muitos produtos é ajudada pelo K teor de açúcar na cana tamanho dos frutos cítricos resistência ao transporte e ao armazenamento no caso de hortaliças e outras culturas Um suprimento inadequado de K resulta na acumulação de açúcares e aminoácidos de baixo peso molecular Quando a deficiência é mais severa há síntese de aminas tóxicas tais como putrescina e agmatina Mengel e Kirby 1978 Esta é precursora daquela e elas se acumulam particularmente nas folhas mais velhas em virtude da translocação do elemento para as folhas mais jovens Outros aspectos externos da deficiência são decréscimo na turgência flacidez menor resistência à seca e maios susceptibilidade a geada e a ataques de fungos os caules são quebradiços e o acamamento é comum Mengel e Kirby 1978 Figura 1 Sintomas de deficiência de K nas culturas de milho e uva 3 POTÁSSIO NO SOLO As várias formas de K no solo Figura 2 podem ser classificadas com base na disponibilidade do elemento para as plantas em Potássio não disponível ou estrutural É encontrado em minerais rochas É liberado à medida que os minerais do solo são intemperizados lenta Potássio lentamente disponível É aquele fixado ou retido entre as lâminas de certas argilas do solo Potássio disponível É formado pelo K encontrado na solução do solo mais o K adsorvido em forma trocável pela matéria orgânica e pela argila do solo Figura 2 Locais onde é encontrado as diferentes formas de potássio no solo K não trocável Ca2 trocável K trocável Cargas permanentes Cargas variáveis K indisponível K trocável 31 Potássio Estrutural ou Não Disponível A maior porção do K total do solo se encontra na forma de minerais primários Feldspatos Ortoclasio KAlSi3O8 Microclina KAlSi3O8 Sanidina KNaAlSi3O8 Micas Biotita KMgFe3OH2AlSi3O10 e Moscovita KAl2OH2AlSi3O10 e secundários ilita e vermiculita Esses minerais retêm de 90 a 98 do K que é liberado para as plantas pelo processo de intemperismo Por exemplo no caso do feldspato a reação é a seguinte 2KAISi3O8 9H2O 2KOH 4H2SiO3 Al2Si2O5OH4 A intemperização das micas envolve várias etapas com liberação de K e nos solos tropicais no final do processo há formação de caulinita e óxidos hidratados de Fe e Al Mielniczuk 1981 A velocidade de liberação do potássio pelos minerais primário é muito lenta e depende também da estabilidade destes minerais abaixo é apresentado a sequência de aumento da estabilidade dos minerais Assim quanto maior a estabilidade menor a ação do intemperismo na solubilização deste mineral Olivino mg Fe Anortila Enstatita Hiperstena Bytowonita Augita Ca Mg Fe Al Labradorita Hornablenda Ca Na Mg Fe Al Andesita Biotita K Mg Fe Al Oligoclasa Muscovita K Al Albita Ortosa Quarzo Si Zeolitas 32 Formas Lentamente Disponíveis O K lentamente disponível é aquele que após liberado pelo intemperismo ou adicionado ao solo como fertilizante é fixado entre camadas de argilas do tipo 21 como vermiculita ilita e montmorilonita O K nesta forma não pode ser substituído por outros elementos exceto NH4 e portanto não é disponível para as plantas Ela está contudo em equilíbrio com as formas disponíveis sendo assim uma reserva do elemento para as plantas ao longo do tempo O equilíbrio pode ser esquematicamente representado como K não trocável K trocável K solução Supõese que aberturas com diâmetros 28 A semelhantes ao do K 26 A ocorrem na roda de O da lâmina de tetraedros de Si onde o elemento é retido por forças eletrostáticas Tisdale e Nelson 1975 O NH4 por possuir raio iônico semelhante ao do K pode também ser fixado por argilas do tipo 21 Nos solos tropicais e com alto grau de intemperização o processo de fixação de K tem pouca relevância devido à predominância de argilas do tipo 11 e óxidos hidratados de Fe e Al ou por esses óxidos obstruírem as camadas das argilas 21 caso elas estejam presentes nesses solos Mielniczuk 1981 33 Formas de K prontamente disponíveis O K trocável adsorvido ao complexo de troca e o K da solução do solo são formas de classificação disponíveis para a planta A quantidade do elemento nestas formas é relativamente pequena representando cerca de 1 a 2 do total O teor de K em solução varia de 01 a 02 Brady 1974 Essas duas formas estão em equilíbrio dinâmico conforme esquematizando anteriormente e a absorção do elemento da solução do solo pelas plantas e sua perda por lixiviação implica na concessão por parte da porção adsorvida ao solo Em solos muito intemperizados a reserva de K estrutural é em geral baixa e normal mente após alguns anos de cultivo sem adubação há queda considerável no teor de K trocável No Estado de Minas Gerais adotese o limite de 60 mg dm3 de K Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais 1978 pelo extrator MehlichI para separaremse os solos com alto teor daqueles com teor médio do elemento Este limite é generalizado e não discrimina como culturas Sabese porém que a necessidade de K varia com a cultura e que a capacidade de herança do K do solo também difere de uma cultuar para outra Além disso o nível crítico quantidade acima da qual a probabilidade de resposta a aplicação do elemento é pequena do elemento no solo aumenta com o aumento do volume de Ca2 Mg2 do solo ou com o estreitamento da relação entre esses dois elementos Barros et al 1981 34 Equilíbrio Entre as Formas de K As relações entre as várias formas de K no solo absorção pelas plantas e a adição de fertilizantes estão esquematizados a seguir Segundo Mielniczuk 1997 podese considerar que o potássio no solo se encontra nas seguintes formas a potássio estrutural b potássio contido na matéria orgânica e detritos orgânicos c potássio trocável várias formas de absorção e d potássio na solução do solo Estas formas estão em equilibro entre si através da solução do solo Ocorrendo absorção de potássio na solução do solo pelas plantas ou sua remoção pelas águas de percolação o equilíbrio é restabelecido pelo Ktrocável Quando a concentração na solução atinge valores baixos o equilíbrio é mantido pela liberação do K estrutural Fatores Q I e C Segundo Mielniczuk 1997 a absorção de K pelas plantas e a perda por lixiviação depende diretamente da sua concentração na solução do solo A relação entre o Kadsorvido Q e o K na solução I relação QI representa o Poder Tampão de Potássio do solo PTK 4 FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE POTÁSSIO A taxa de absorção de um nutriente pela planta é função dentre outros fatores da sua concentração em torno da raiz A concentração de K na solução do solo não depende somente do nível de Ktrocável mas também da quantidade e tipo de argila do solo Outros fatores além destes exercem do mesmo modo papel importante na quantidade de K disponível para as plantas ressaltando a temperatura o umedecimento e secagem do solo e o pH do solo 41 Quantidade e Tipo de Argila A quantidade de K disponível para as plantas depende da habilidade de várias cores do solo em reter o elemento O efeito da quantidade de argila textura na retenção do K reflete de certa forma a sua constituição mineralógica mas podese dizer que um solo argiloso retém mais K que um solo arenoso Por outro lado em solo arenoso para uma mesma quantidade adsorvida as partículas o teor do elemento em solução é maior do que aquele observado num solo argiloso A intensidade de retenção do elemento tem a ver com a posição na argila na qual ele é retido No caso da argila do tipo 11 as cargas negativas estão localizadas nas superfícies planas externas praticamente não existem superfícies internas neste tipo de argila e o K e retido com menor intensidade e pode ser trocado por qualquer íon com carga positiva Por outro lado nas argilas do tipo 21 ilita vermiculita montmorilonita e clorita o K pode ser retido além das superfícies planas pelas cargas situadas junto às bordas da partícula bem como pelas cargas existentes na parte interna entre as unidades cristalográficas da partícula O K retido nestas duas últimas posições particularmente na última pode se as condições alta concentração de K e secagem favorecerem tornarse FIXADO Fixação de K Assim podese dizer que o fenômeno de fixação de K praticamente não existe em solos em que predominam as argilas do tipo 11 Por isso o elemento já existente no solo ou adicionado sob a forma de fertilizante estará em formas disponíveis para as plantas Contudo nas argilas 21 boa parte do K adicionado ao solo pode ser fixo A fixação diminui com a aplicação contínua de adubo potássico ao solo Brady 1974 Tisdale e Nelson 1975 42 Temperatura A alternância de congelamento e descongelamento de alguns solos úmidos com argila do tipo 21 pode resultar na liberação de parte do K fixado particularmente se o teor de Ktrocável é baixo Por outro lado em solos com alto teor de K trocável essa alternância pode causar fixação do elemento Tisdale e Nelson 1975 43 Umidificação e Secagem Em solos em que há o fenômeno de fixação de K a alternância de umidificação e secam pode afetar a disponibilidade do elemento Se pouco K já se acha fixado o umedecimento do solo causará a expansão da argila permitindo a entrada do elemento entre as unidades estruturais à medida que o solo seco haverá contração da argila e fixação de K A ocorrência do processo de umidificação e a secagem poderá aumentar a disponibilidade de K para as plantasse a quantidade do elemento já fixado para grande e a sua porção trocável e na solução do solo para baixa 44 Calagem Normalmente a calagem de solos resulta numa menor perda de K por lixiviação ou de K aplicado como fertilizante A aplicação de K a solo ácido resulta em maior perda do elemento devido a sua dificuldade em deslocar o H e Al3 da superfície das argilas além de em solos ácidos a CTC efetiva é menor Se o cátion adsorvido é o Ca a adsorção do K é mais fácil Assim podese dizer que quanto maior a saturação de bases de um solo menor é a possibilidade de perda do K aplicado como fertilizante Portanto em solos muito intemperizados e com a alta acidez o maior teor de matéria orgânica a calagem causa e o aumento da CTC efetiva reduz as chances de perda de K por lixiviação Entretanto a aplicação de Ca ou Mg em formas que não carbonatos ou óxidos pode causar aumento na lixiviação de K pois eles competem por locais de adsorção sem elevar o pH de modo significativo Richey 1982 Em solos com argila 21 a calagem pode às vezes aumentar a fixação de K Isto naturalmente também reduz a possibilidade de perda do elemento por lixiviação 5 ANÁLISE DE K E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS Assim como o fósforo a resina e o extrator Mehlich são utilizados para determinar o potássio disponível as plantas no solo O Mehlich 1 HCl 005 mol L1 H2SO4 00125 mol L1 é mais utilizado para avaliar a disponibilidade de potássio do solo no RS SC e MG enquanto a resina de troca iônica é mais usada principalmente nos solos de SP porém vem se difundindo por todo o Brasil Com relação a interpretação dos resultados não tem sido observado grandes diferenças entre os métodos e os teores considerado adequado entre os diferentes boletins com calibração do método Tabela 2 Tabela 2 Interpretação do nível adequado de K no solo em diferentes estados Local Teor de K adequado Fonte Minas Gerais 18 e 31 mmolc dm3 Ribeiro et al 1999 São Paulo 16 e 30 mmolc dm3 Raij et al 1996 Rio Grande do Sul e Santa Catarina 21 e 31 mmolc dm3 Comissão de Fertilidade do Solo RSSC 1995 Nas tabelas 3 4 e 5 estão apresentadas as faixas de interpretação de K pelos diferentes extratores para São Paulo Cerrado e Minas Gerais respectivamente Tabela 3 Limites de classes de teores de P solúvel e K trocável extraído com resina Teor Produção Relativa K Trocável mmolcdm3 Muito baixo 0 70 0 07 Baixo 71 90 08 15 Médio 91 100 16 30 Alto 100 31 60 Muito alto 100 60 Tabela 4 Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação com P e K extraídos pelo método de Mehlich 1 Cerrado Classes Muito Baixo Baixo Médio Bom mg dm3 Teor de K 0 25 26 50 51 80 80 Tabela 5 Classes de interpretação de K de acordo com a 5a aproximação Classificação Potássio disponível K Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom mg dm31 150 16 40 41 705 71 120 120 6 MANEJO DE POTÁSSIO NO SOLO Nos solos tropicais onde a fixação de K é baixa ou desprezível e a presença de minerais primários e secundários fornecedores do elemento também é pequena o K do solo pode ser absorvido pelas plantas ser absorvido às micelas ou ser perdido por lixiviação e administrado Assim a aplicação de fertilizantes quando necessária deve ser feita de forma a favorecer o aproveitamento máximo do elemento pelas plantas A adição de fertilizantes em quantidade acima da recomendada pode resultar em grandes perdas por lixiviação Dados citados por Ritchey 1982 indicam que a lixiviação de K em Latossolo VermelhoEscuro iniciavase após a aplicação de 20 kgha do elemento A quantidade de K perdida por lixiviação depende CTC do solo forma de aplicação localização e dose de fertilizante do estágio de desenvolvimento da planta da precipitação da região etc A aplicação de alta quantidade de fertilizante ou a localização de modo mais concentrado em cova suco ou faixa poderá resultar em perdas por lixiviação visto que a quantidade de K na solução do solo será alta com a movimentação do elemento para as camadas mais profundas do solo De acordo com Ritchey 1982 a aplicação a lanço de 500 kgha de K ou de 50 kgha de K aplicada em faixa ao longo da linha da cultura em um LE resultara em perdas por lixiviação até cerca de 90 cm de profundidade A aplicação parcelada do fertilizante em doses menores aumenta a eficiência de recuperação de K pela planta minimizando desta forma as perdas por lixiviação Além disso reduz a possibilidade e de danos à planta devido ao efeito salino Tabela 6 Os fertilizantes potássicos são os que apresentam as maiores salinidades causando danos as plantas principalmente quando aplicados em altas doses no sulco de plantio No cultivo de culturas anuais a recomendação é que a dose de K2O aplicada no sulco de plantio não ultrapasse 60 kg ha1 Tabela 6 Índice salino dos principais fertilizantes potássicos Adubo K2O NaNO3 100 Por unidade nutriente Cloreto Potássio 60 1163 1936 Nitrato Potássio 47 736 1216 Sulfato Potásso 54 461 0853 Fosfato MonoK 35 84 0097 Sais Fertilizantes 20 1127 5636 Sulfduplo K e Mg 22 432 1971 Conforme mencionado anteriormente a calagem de solos muito intemperizados aumenta a CTC Normalmente a correção da acidez desses solos elevando o pH para 55 resulta numa soma de cátions de 4 a 5 cmolc dm3 detectado a cerca de 2 cmolc dm3 antes da calagem Ritchey 1982 Além de aumentar os sítios de troca a calagem ao precipitar o Al facilitam também a retenção do K pois ele compete melhor com o Ca e o Mg do que com o Al Com isto normalmente a calagem aumenta a quantidade de K absorvido e diminui a da solução do solo De modo geral o aumento excessivo da quantidade de Mg em relação à de Ca baixa relação CaMg em calcários pode resultar num decréscimo de K na planta Por outro lado doses excessivas de K além de favorecerem o consumo de luxo pode induzir deficiência de Mg Essa mesma interferência de K pode ser observada em relação ao Ca De acordo com Boyer citado por Ritchey 1982 o limite inferior da relação MgK do solo para várias culturas tropicais e de aproximadamente 21 Em se considerando os níveis críticos no solo Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais 1999 a relação ideal de MgK seria de 331 a de CaK de 101 e a de CaMgK seria de 1331 Como esses valores de níveis críticos são generalizados deduzse que é necessário determinaremse as melhores relações entre esses elementos para cada cultura de modo a evitarem os efeitos antagônicos 61 Perdas A quantidade de K que percola para baixo da camada do solo ocupada pelas raízes depende do volume de água percolada e da sua concentração na solução do solo Segundo Sanzonowicz Mielniczuk 1985 as perdas de K por percolação podem ser reduzidas com emprego de fontes menos solúveis eou portadoras de ânions pouco móveis no solo métodos de aplicação que evitem altas concentrações do nutriente na solução e elevações e elevação da CTC do solo pela calagem ambos sempre associados a uma boa cobertura vegetal do solo O método de aplicação também pode influir na lixiviação do potássio Quando a aplicação é feita a lanço o K fica em contato com maior volume de solo tendo portanto maior chance de ser adsorvido permanecendo permanecendo em menor quantidade na solução do solo enquanto a aplicação em sulco faz que o K fique concentrado numa pequena porção de solo mantendo alta concentração do nutriente na solução favorecendo dessa forma a lixiviação Ritchey 1982 e Dibb 1980 62 Correção de deficiências A recomendação para a adubação corretiva com potássio feita de acordo com a análise de solo é apresentada na tabela 7 A adubação corretiva total pode ser feita à lanço em préplantio em solos com teor de argila maior do que 20 isto é solos com CTC maior que 4 cmolc dm3 Em solos mais arenosos menos do que 20 de argila não é recomendado a adubação corretiva total de potássio É importante lembrar que nestes solos podem ocorrer acentuadas perdas por lixiviação pois a capacidade de troca de cátions CTC destes solos é em geral 4 cmolc dm3 de solo Nos solos arenosos a recomendação é que a aplicação de K seja feita em cobertura para um maior aproveitamento da cultura Tabela 7 Adubação corretiva de K para solos de Cerrados com teor de argila 20 de acordo com dados de análise de solo Teores de K extraível Adubação recomendada mg dm3 kg K2Oha 0 25 100 26 50 50 50 0 Estando o nível de K extraível acima do valor crítico 50 mg dm3 recomendase a adubação de manutenção de 20 kg de K2O para cada tonelada de grão a ser produzida Fonte EMBRAPA CPAC Quando o teor de K no solo for considerado bom recomendase adubação de manutenção que é baseada na expectativa de produção da cultura Assim se a expectativa for de 3ton de grãos por hectare de soja devese aplicar 60kg de K2O por hectare pois a soja retira grande quantidade de K nos grãos aproximadamente 20kg de K2O por tonelada de grãos Então para solos com teor de argila 20 a alternativa mais recomendada seria a adubação corretiva gradual à lanço ou parcelada O parcelamento da adubação potássica em soja deve ser realizado da seguinte forma 50 da dose no sulco de plantio e os 50 restantes em cobertura mais ou menos 30 dias após a emergência Tabela 8 A divisão da dose entre sulco de plantio e cobertura traz a vantagem de reduzir a salinidade de doses elevadas no sulco de plantio e redução da lixiviação do potássio confinado em um determinado ambiente É claro que outras condições também são avaliadas solos com CTC mais elevadas tem a capacidade de reter mais o K na superfície das argilas reduzindo sua lixiviação assim a aplicação de pré plantio tem sido comum e suficiente para suprir as plantas durante todo seu ciclo de vida Tabela 8 Produção de soja para diferentes modos de aplicação de k em um solo arenoso barreiras Dose de K Modo de aplicação Prodde grãos kg K2Oha kgha 0 2252 60 Sulco de plantio 2618 60 Lanço antes do plantio 2881 60 Sulco 12 plantio 12 cobertura1 2979 1 Cobertura realizada 30 dias após a emergência Fonte OLIVEIRA 1985 63 Modo e época de aplicação de fontes potássicas no solo no Sistema Plantio direto A modificação no sistema de preparo do solo passando do convencional para o sistema sem preparo trouxe alterações importantes como a redução das perdas de nutrientes causadas pela erosão e a redução da evapotranspiração afetando a disponibilidade de água no solo Como a maior parte do potássio presente no tecido das plantas se encontra na forma iônica sem participar na formação de compostos orgânicos estáveis este nutriente pode ser extraído lavado dos tecidos tanto pela água das chuvas como pela própria umidade do solo sem a necessidade de mineralização dos resíduos Este fato explica a maior concentração de potássio disponível nas camadas superficiais de solos sob plantio direto Foi observado ainda que mesmo em linhas de semeadura de milho sem adubação localizada de potássio houve maior concentração de K próximo as plantas do que nas entre linhas o que é explicado pela lavagem do potássio das plantas folhas e descida pelo colmo concentrando se no solo próximo as plantas Esta remoção mecânica do potássio dos tecidos vegetais pode ocasionar perdas de K em sistemas de plantio direto quando ocorrem grandes perdas de água no sistema Isto acontece quando não existem barreiras mecânicas que disciplinam a velocidade de escorrimento superficial das águas e agravando ainda mais quando a semeadura não obedece ao nível do terreno Em lavouras sob plantio direto temse observado com freqüência o aparecimento de sintomas de deficiência de potássio na cultura da soja principalmente na fase inicial de implantação do sistema As hipóteses atribuídas para explicar estes sintomas são o cultivo de culturas de cobertura sem a aplicação de fertilizantes potássicos a remoção da parte aérea das plantas pelo pastejo ou para produção de feno e silagem Nestes casos além das recomendações específicas para estas culturas recomendase o monitoramento da disponibilidade de K através da análise de solo 64 Modo e época de aplicação de fontes potássicas no solo no Sistema Plantio Convencional A aplicação de potássio a lanço é tão eficiente quanto sua aplicação na linha de semeadura porém cuidados devem ser tomados para que haja uniformidade na aplicação Principalmente nos solos arenosos recomendase não utilizar formulações com alta concentração de potássio na linha de plantio No plantio devese utilizar formulações com baixas concentrações de potássio complementando a quantidade de potássio a lanço em préplantio solos de textura média a argilosa e em cobertura até o período de 30 dias pósplantio nos solos mais arenosos No Mato Grosso a utilização de formulações de plantio semelhantes ao superfosfato simples no plantio e aplicação de todo o potássio a lanço tem apresentado ótimos resultados Neste caso é importante a aplicação de pelo menos parte do potássio em pré plantio O uso de potássio a lanço possibilita maior flexibilidade na escolha e utilização de fórmulas a serem utilizadas na semeadura principalmente quanto ao manejo do enxofre eou fósforo na linha de semeadura 65 Efeito residual Depende Dose aplicada quanto a dose deverá ser a quantidade que ficar no solo de uma safra para outra Cultura as culturas apresentam capacidades diferentes de absorção e exportação de K Em geral as gramíneas possuem maior capacidade de extração que as leguminosas Tipo de solo nos solos arenosos o efeito residual tende a ser menor devido a maior facilidade de perdas do K por lixiviação Intensidade das chuvas em termos de estrutura grosseira o excesso de chuvas poderá lavar a solução para camadas mais profundas acarretando perdas para o lençol freático 66 Diminuindo a salinidade Quando o teor de potássio ultrapassa 7 da CTC do solo ele começa a causar desequilíbrio entre as bases e também causar efeito salino as plantas Para reduzir estes efeito deve ser aplicado uma fonte de cálcio que não altere o pH principalmente quando o mesmo for alto A recomendação é o uso de gesso para diminuir a saturação de K dispersante e a SO4 pode ajudar na descida do Na e do K para as camadas mais profundas do solo Algumas culturas como AbacaxiBatataFumo etc também são sensíveis ao cloro Uma forma de reduzir os efeitos deletério do cloro nestas culturas e usar gesso junto com o KCl porque ajuda a deslocar o Cl no perfil do solo esta é uma forma de diminuir a necessidade de K2SO4 caro em substituição ao KCl REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBER S A Influence of de plant root on ion movement in soil In CARSON E W ed The plant root and its environment Charlottesville University Press of Virginia 1974 P 525564 BERINGER H NOTHDURFT F Effects of potassium on plant and cellular structures In MUNSON RD Ed Potassium in Agriculture American Society of Agronomy Inc Crop Science Society of America Inc Soil Science Society of America Inc Madison cap14 p3567 1985 DELL B MALAJACZUK N GROVE TS Nutrient disorders in plantation eucalypts Camberra Australian Centre for International Agricultural Research 1995 104p DIBB D W Potassium placement In POTASH PHOSPHATE INSTITUTE Atlanta Potassioum for agriculture a situation analysis Atlanta 1980 P123131 ELLET CW Soil Fertility and Disease Development Better crops with plant food v57 p 68 1973 EPSTEIN E Nutrição Mineral de Plantas princípios e perspectivas São Paulo EDUSP 1975 341p HUBER DM ARNY DC Interactions of potassium with plant disease In MUNSON RD Ed Potassium in Agriculture Madison ASA CSSA and SSA 1985 p467488 HUBER SC Role of potassium in photosynthesis an respiration In MUNSON RD Ed Potassium in Agriculture Madison ASA CSSA and SSA 1985 p369391 KAUL ON SRIVASTAVA PBL BORA NKS Nutrition studies on Eucalyptus I Diagnosis of mineral deficiencies in Eucalyptus Hybrid seedlings Indian Forester v92 n4 p264268 1966 KAUL ON SRIVASTAVA PBL NEGI JDS Nutrition studies on Eucalyptus V Diagnosis of mineral deficiencies in Eucalyptus citriodora seedlings Indian Forester v96 n10 p78790 1970b KAUL ON SRIVASTAVA PBL TANDON VN Nutrition studies on Eucalyptus III Diagnosis of mineral deficiencies in Eucalyptus grandis seedlings Indian Forester v94 n11 p83134 1968 KAUL ON SRIVASTAVA PBL TANDON VN Nutrition studies on Eucalyptus IV Diagnosis of mineral deficiencies in Eucalyptus globulus seedlings Indian Forester v96 n6 p45356 1970a MALAVOLTA E CROCOMO OJ Funções do potássio na planta In YAMADA T IGUE K MUZILLI O USHERWOOD NR Eds Potássio na Agricultura Brasileira Piracicaba Instituto da Potassa e Fosfato EUA 1982 p95162 MALAVOLTA E VITTI GC OLIVEIRA SA Avaliação do Estado Nutricional das Plantas princípios e aplicações 2ed Piracicaba Associação Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato 1997 319p MALAVOLTA E Elementos da Nutrição Mineral de Plantas São Paulo Agronômica Ceres 1980 251p MARSCHNER H Mineral Nutrition of Higher Plants San Diego Academic Press 1995 888p MENGEL K KIRKBY EA Principles of Plant Nutrition Berne International Potash Institute 1978 593p MIELNICZUK J Formas de potássio em solos do Brasil Revista Brasileira de Ciência do Solo v21 1997 5561p PERRENOUD S Potassium and Plant Health 2 ed Berne International Potash Institute 1990 363p PRETTY KM O potássio na qualidade dos produtos agrícolas In YAMADA T IGUE K MUZILLI O USHERWOOD NR Eds Potássio na Agricultura Brasileira Piracicaba Instituto da Potassa e Fosfato EUA 1982 p177194 RITCHEY K D O potássio nos Oxissolos e Ultissolos dos Trópicos Úmidos Piracicaba Instituto de Potassa e Fosfato 1982 69p Instituto da Potassa e Fosfato Boletim Técnico 7 ROCHA FILHO JVC HAAG HP OLIVEIRA GD Deficiência de macronutrientes boro e ferro em Eucalyptus urophylla Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz v35 n35 p1934 1978 SANZONOWICKZ C MIELNICZUK J Distribuição do potássio no perfil de um solo influenciado pela planta fonte e métodos de aplicação de adubos Revista Brasileira de Ciências do Solo v9 p 4550 1985 SILVEIRA RLVA HIGASHI EN GONÇALVES AN MOREIRA A Avaliação do estado nutricional do Eucalyptus Diagnose visual foliar e suas interpretações compact disc In Simpósio Sobre Fertilização e Nutrição Florestal Piracicaba 1999 Simpósio Sobre Fertilização e Nutrição Florestal 99 trabalhos Piracicaba IPEFESALQUSP SILVEIRA RLVA TAKAHASHI EN SGARBI F BRANCO EF Sintomas de deficiência de macronutrientes e boro em híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla em solução nutritiva compact disc In CONGRESSO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIA DO SOLO 13 Águas de Lindóia 1996 Solosuelo 96 trabalhos Piracicaba SBCSSLCS 1996 WILL GM Some change in the growth habit of Eucalyptus seedlings caused by nutrient deficiencies Empire Forestry Review v40 n4 p 301307 1961

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POTÁSSIO NO SOLO Apostila 9 1 INTRODUÇÃO Depois do N o K é o elemento que geralmente é absorvido em maiores quantidades pelas plantas Tabela 1 Por isso em muitos solos há necessidade de aplicação de adubos potássico particularmente aqueles mais intemperizados e com poucos minerais capazes de repor a quantidade de elementos retirados pelas colheitas Cerca de 85 de amostras de solos do Brasil Central apresentaram teores de K considerados médios ou baixos Lopes 1975 O teor de K dos solos é variável com o tipo de mineral primário e secundário predominante forma do elemento no solo quantidade e intensidade da precipitação e temperatura da região O teor médio de K total nos solos é de aproximadamente 24 A quantidade de K disponível para as plantas por outro lado depende da quantidade adsorvida às partículas do solo K trocável fator quantidade Q do teor do elemento em solução fator intensidade I bem como da relação entre K e outros cátions presentes na solução do solo Tabela 1 Quantidade de K2O extraída por alguma culturas CULTURA NÍVEL DE PRODUÇÃO K EXTRAÍDO KG Milho 95 t 224 Algodão 12 t fibra 95 Sorgo 90 t 224 Citrus 1480 cxs 370 Arroz 67 t 162 Soja 35 t 134 Feijão 20 t 64 2 FUNÇÕES DO K NA PLANTA Embora o K seja absorvido em grande quantidade pelas plantas ele não toma parte na estrutura de qualquer composto orgânico Malavolta 1980 isto é não desempenha função estrutural na planta Este macronutriente atua na ativação de aproximadamente 60 enzimas Mengel Kirkby 1978 Marschner 1995 e Malavolta et al 1997 O potássio está ainda envolvido na síntese de proteínas plantas com baixos teores de potássio apresentam redução na síntese com acúmulo de compostos de baixo peso molecular como aminoácidos amidas aminas e nitratos a Fotossíntese e transporte de carboidratos segundo Malavolta 1980 grande parte do K das folhas está presente nos cloroplastos e as reações fotofosforilativas são muito sensíveis à deficiência do elemento Na carência de K verificase redução na taxa fotossintética por unidade de área foliar e também maiores taxas de respiração A combinação desses fatores pode reduzir as reservas de carboidratos da planta Pretty 1982 Um suprimento inadequado de potássio também faz com que os estômatos não se abram regularmente podendo ocorrer menor assimilação de CO2 nos cloroplastos diminuindo consequentemente a taxa fotossintética Nesta condição diminui a absorção de CO2 aumenta a fotorrespiração e cresce a absorção de O2 O K melhora o transporte de carboidratos produzidos nas folhas para outros órgãos da planta Plantas de mandioca deficientes em K produziram menos raízes e maior quantidades de ramos enquanto que a canadeaçúcar deficiente em K produz menos sacarose no colmo o que pode ser reflexo de menos absorção de CO2 e diminuição do transporte das folhas para aquela parte da planta Malavolta 1980 Malavolta e Crocomo 1982 O potássio assume papel importante no transporte da sacarose e dos fotossintetizados das folhas para os órgãos de armazenamento Durante este caminho os produtos assimilados passam por três sistemas a difusão no simplasto e espaço livre b transporte ativo através da membrana citoplasmática para o floema c fluxo passivo pelos tubos crivosos O potássio influencia os três processos em particular os dois últimos Header 1977 citado por Malavolta Crocomo 1982 Em relação ao último processo Marschner 1995 relata que a função do potássio é manter o pH alto nos tubos crivosos facilitando assim o transporte da sacarose Portanto um suprimento adequado de potássio aumenta a síntese de carboidratos em razão da maior taxa fotossintética bem como a eficiência de translocação desses compostos b Ativação de enzimas a principal função do K na bioquímica é a ativação de vários sistemas enzimáticos O K é o íon monovalente mais eficiente na ativação de cerca de 60 enzimas destacando se as sintetases oxiredutases desidrogenases transferases quinases e aldolases Mengel e Kirby 1978 Alguns desses sistemas são síntese de amido síntese de proteína fosforilação glicólise e fosforilação oxidativa O potássio atua no metabolismo ativação da sintetase do amido sintetase fosfato sacarose e outras enzimas e transporte de carboidratos Mengel Kirkby 1978 Malavolta 1980 Marschner 1995 Malavolta et al 1997 Normalmente plantas deficientes em potássio apresentam acúmulo de açúcares hexoses e decréscimo de carboidratos de maior cadeia como amido e sacarose nas folhas Evans Sorger 1966 citado por Huber 1985 como consequência da menor atividade da sintetase fosfato sacarose Segundo Marschner 1995 existe relação inversa entre a concentração de potássio e o conteúdo de açúcares nos tecidos Aparentemente grandes quantidades de K são necessários para induzir modificações na conformação das proteínas das enzimas e assim ativálas c Abertura e fechamento dos estômatos o potássio atua no controle osmótico das células Plantas deficientes em potássio apresentam menor turgor da célula pequena expansão celular maior potencial osmótico abertura e fechamento dos estômatos de forma irregular Mengel Kirkby 1978 e Malavolta et al 1997 Outro efeito atribuído ao K é que plantas bem nutridas são mais resistentes a secas e geadas em razão da maior retenção de água Em plantas deficientes em K os estômatos se abrem mal porque não há transporte de K para as células guardadas e por isso a absorção de CO₂ é menor prejudicando a taxa de fotossíntese Os estômatos se abrem pela influência do K que é ativado pela luz De acordo com Malavolta a energia necessária para a absorção de K pelas células guardas é fornecida pela fosforilação cíclica ADPP LUZ ATP Na ausência de luz as células guardas perdem K e os estômatos se fecham d Regime hídrico da planta plantas bem supridas em K absorvem melhor a água do solo em razão do menor potencial osmótico menor potencial de água das células assim a planta retém melhor a água em seu interior cultivada pois menos água do que plantas deficientes em K A melhor retenção de água pelas plantas com bom suprimento de K é aparentemente a razão pela qual a sua eficiência de utilização de água mg de matéria seca mg de água é maior e Outras funções o K aumenta a resistência das plantas a certas doenças e pela formação de um forte sistema radicular ele evita o acamamento das plantas além disso o K evita os efeitos do excesso de N O elemento retarda a maturidade de plantas reduzindo o efeito do P na característica de fruto Daí a importância de uma fórmula de NPK bem balanceada Os mecanismos de defesa das plantas a pragas e doenças com redução na incidência severidade e danos causados por insetos e fungos seria dado pelas altas concentrações de K nos tecidos favorecendo a síntese e o acúmulo de compostos fenólicos os quais atuam como inibidores de insetos e fungos Huber Arny 1985 Perrenoud 1990 Outra explicação seria que plantas deficientes apresentam tecidos menos enrijecidos como consequência da menor espessura da cutícula e da parede celular menor formação de tecidos esclerenquimatosos menor lignificação e suberização Ellet 1973 Perrenoud 1990 Além disso na deficiência de potássio ocorre menor síntese de compostos de alto peso molecular proteína amido e celulose favorecendo o acúmulo de compostos de baixo peso molecular açúcares solúveis aminoácidos e N solúvel como resultado do aumento da atividade de enzimas decompositoras amilase sacarase glucosidase e protease O acúmulo desses compostos altera o equilíbrio osmótico das células e sua concentração é aumentada nos exsudados liberados pelas plantas favorecendo o desenvolvimento de pragas e doenças As plantas bem nutridas em potássio apresentam maior síntese de material para a formação da parede celular Frequentemente as paredes são mais espessas devido a maior deposição de celulose e compostos relativos promovendo maior estabilidade e um aumento da resistência das plantas ao acamamento e as infestações de doenças e pragas Pretty 1982 Beringer Nothdurft 1985 21 Absorção de K pela Planta O K pode chegar à superfície das raízes pelo fluxo em massa difusão e interceptação pelas raízes pela interceptação ao ocorrer o contato entre a raiz e o elemento ele pode ser absorvido normalmente a quantidade do elemento interceptada pelas raízes é pequena cerca de 1 Considerese que a difusão seja o mecanismo principal pelo qual o K chega às raízes Tisdale e Nelson 1975 Em experimento controlado com milho em solos americanos Barber e Olson citados por Malavolta 1980 encontraram que o processo de difusão contribui com 78 do K que chegava às raízes enquanto que o fluxo de massa e interceptação radicular contribuíram com 20 e 2 respectivamente É possível que em solos mais intemperizados ou seja com alto teor de argila 11 não há fixação de K a contribuição do fluxo em massa seja bem mais elevada do que 20 Em qualquer um dos processos o teor de umidade do solo exerce papel fundamental na movimentação do elemento Por ser exigido em grande quantidade pelas plantas faz com que a mesma absorva o K numa velocidade maior com que o elemento chegue à superfície da raiz por fluxo de massa Isso também acontece por ser um íon monovalente no qual é menos retido pelas cargas elétricas fazendo com que também na solução sua concentração seja menor assim quase na sua totalidade acaba sendo suprido pela difusão O K após penetrar o espaço livre das raízes movimento passivo é absorvido por um mecanismo ativo requer energia no qual está envolvido um carregador que combinado com o elemento o transporte através da membrana celular Epstein 1972 O K é um elemento de grande mobilidade dentro da planta O seu transporte se dá principalmente através dos tecidos meristemáticos Normalmente o K de tecidos mais velhos é redistribuído para os tecidos mais jovens As razões para esta redistribuição ainda não são conhecíveis mas a relação do elemento com a síntese de proteínas taxa de crescimento e suprimento de citoquininas tem sido postulada Jacby et alii citados por Mengel e Kirby 1978 Se a disponibilidade de K no solo é grande e as condições ambientais umidade e temperatura são aceitas as plantas tendem a absorver o elemento muito mais elevado do que as suas necessidades Isto é denominado consumo de luxo porque o excesso absorvido não reflete numa maior produção Brady 1974 Nesse caso a remoção de K pelas culturas é mais elevada As características de solo que afetam diretamente a difusão de K na direção das raízes são concentração de K na solução capacidade de retenção de água do solo teor e tipo de argila e poder tampão de K do solo Essas características modificam o coeficiente de difusão efetiva do íon no solo afetando seu fluxo difusivo A Relação KCaMg no solo causa os efeitos interiônicos entre K Ca e Mg na forma de inibição competitiva normalmente ao nível de membrana celular Epstein 1975 Segundo Malavolta 1980 esse processo ocorre quando dois elementos se combinam pelo mesmo sítio ativo do carregador Um exemplo clássico é dado pelas altas doses de potássio no meio inibindo a absorção de Ca e Mg chegando muitas vezes a causar a deficiência desses dois nutrientes com queda de produção Marschner 1995 também relata que cátions como o potássio podem atravessar a membrana plasmática com maior velocidade deprimindo a absorção de cátions mais lentos como Ca e Mg 22 Deficiência de K na Planta O potássio tem alta redistribuição nos tecidos portanto os sintomas de carência surgem nas folhas mais velhas Malavolta et al 1997 No estádio inicial da deficiência aparecem manchas cloróticas nos espaços entre as nervuras e espalhadas irregularmente por toda a superfície foliar Com a evolução dos sintomas as manchas se unem formando faixas cloróticas ou avermelhadas nas margens das folhas velhas com posterior necrose dos tecidos como apresentado na figura 1 Will 1961 Kaul et al 1966 1968 1970a e 1970b Rocha Filho et al 1978 Dell et al 1995 Silveira et al1996 e 1999 No estádio mais avançado a presença de clorose e necrose ocorrem até nas folhas mais jovens enquanto que as folhas velhas enrolam e secam As plantas também podem apresentar aumento das brotações laterais com a paralização do desenvolvimento vegetativo conforme verificado por Kaul et al 1966 e Rocha Filho et al 1978 Outros sintomas comuns em plantas deficientes em potássio é o crescimento vagaroso e baixo desenvolvimento do sistema radicular A semente e os frutos são pequenos e enrugados a qualidade de muitos produtos é ajudada pelo K teor de açúcar na cana tamanho dos frutos cítricos resistência ao transporte e ao armazenamento no caso de hortaliças e outras culturas Um suprimento inadequado de K resulta na acumulação de açúcares e aminoácidos de baixo peso molecular Quando a deficiência é mais severa há síntese de aminas tóxicas tais como putrescina e agmatina Mengel e Kirby 1978 Esta é precursora daquela e elas se acumulam particularmente nas folhas mais velhas em virtude da translocação do elemento para as folhas mais jovens Outros aspectos externos da deficiência são decréscimo na turgência flacidez menor resistência à seca e maios susceptibilidade a geada e a ataques de fungos os caules são quebradiços e o acamamento é comum Mengel e Kirby 1978 Figura 1 Sintomas de deficiência de K nas culturas de milho e uva 3 POTÁSSIO NO SOLO As várias formas de K no solo Figura 2 podem ser classificadas com base na disponibilidade do elemento para as plantas em Potássio não disponível ou estrutural É encontrado em minerais rochas É liberado à medida que os minerais do solo são intemperizados lenta Potássio lentamente disponível É aquele fixado ou retido entre as lâminas de certas argilas do solo Potássio disponível É formado pelo K encontrado na solução do solo mais o K adsorvido em forma trocável pela matéria orgânica e pela argila do solo Figura 2 Locais onde é encontrado as diferentes formas de potássio no solo K não trocável Ca2 trocável K trocável Cargas permanentes Cargas variáveis K indisponível K trocável 31 Potássio Estrutural ou Não Disponível A maior porção do K total do solo se encontra na forma de minerais primários Feldspatos Ortoclasio KAlSi3O8 Microclina KAlSi3O8 Sanidina KNaAlSi3O8 Micas Biotita KMgFe3OH2AlSi3O10 e Moscovita KAl2OH2AlSi3O10 e secundários ilita e vermiculita Esses minerais retêm de 90 a 98 do K que é liberado para as plantas pelo processo de intemperismo Por exemplo no caso do feldspato a reação é a seguinte 2KAISi3O8 9H2O 2KOH 4H2SiO3 Al2Si2O5OH4 A intemperização das micas envolve várias etapas com liberação de K e nos solos tropicais no final do processo há formação de caulinita e óxidos hidratados de Fe e Al Mielniczuk 1981 A velocidade de liberação do potássio pelos minerais primário é muito lenta e depende também da estabilidade destes minerais abaixo é apresentado a sequência de aumento da estabilidade dos minerais Assim quanto maior a estabilidade menor a ação do intemperismo na solubilização deste mineral Olivino mg Fe Anortila Enstatita Hiperstena Bytowonita Augita Ca Mg Fe Al Labradorita Hornablenda Ca Na Mg Fe Al Andesita Biotita K Mg Fe Al Oligoclasa Muscovita K Al Albita Ortosa Quarzo Si Zeolitas 32 Formas Lentamente Disponíveis O K lentamente disponível é aquele que após liberado pelo intemperismo ou adicionado ao solo como fertilizante é fixado entre camadas de argilas do tipo 21 como vermiculita ilita e montmorilonita O K nesta forma não pode ser substituído por outros elementos exceto NH4 e portanto não é disponível para as plantas Ela está contudo em equilíbrio com as formas disponíveis sendo assim uma reserva do elemento para as plantas ao longo do tempo O equilíbrio pode ser esquematicamente representado como K não trocável K trocável K solução Supõese que aberturas com diâmetros 28 A semelhantes ao do K 26 A ocorrem na roda de O da lâmina de tetraedros de Si onde o elemento é retido por forças eletrostáticas Tisdale e Nelson 1975 O NH4 por possuir raio iônico semelhante ao do K pode também ser fixado por argilas do tipo 21 Nos solos tropicais e com alto grau de intemperização o processo de fixação de K tem pouca relevância devido à predominância de argilas do tipo 11 e óxidos hidratados de Fe e Al ou por esses óxidos obstruírem as camadas das argilas 21 caso elas estejam presentes nesses solos Mielniczuk 1981 33 Formas de K prontamente disponíveis O K trocável adsorvido ao complexo de troca e o K da solução do solo são formas de classificação disponíveis para a planta A quantidade do elemento nestas formas é relativamente pequena representando cerca de 1 a 2 do total O teor de K em solução varia de 01 a 02 Brady 1974 Essas duas formas estão em equilíbrio dinâmico conforme esquematizando anteriormente e a absorção do elemento da solução do solo pelas plantas e sua perda por lixiviação implica na concessão por parte da porção adsorvida ao solo Em solos muito intemperizados a reserva de K estrutural é em geral baixa e normal mente após alguns anos de cultivo sem adubação há queda considerável no teor de K trocável No Estado de Minas Gerais adotese o limite de 60 mg dm3 de K Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais 1978 pelo extrator MehlichI para separaremse os solos com alto teor daqueles com teor médio do elemento Este limite é generalizado e não discrimina como culturas Sabese porém que a necessidade de K varia com a cultura e que a capacidade de herança do K do solo também difere de uma cultuar para outra Além disso o nível crítico quantidade acima da qual a probabilidade de resposta a aplicação do elemento é pequena do elemento no solo aumenta com o aumento do volume de Ca2 Mg2 do solo ou com o estreitamento da relação entre esses dois elementos Barros et al 1981 34 Equilíbrio Entre as Formas de K As relações entre as várias formas de K no solo absorção pelas plantas e a adição de fertilizantes estão esquematizados a seguir Segundo Mielniczuk 1997 podese considerar que o potássio no solo se encontra nas seguintes formas a potássio estrutural b potássio contido na matéria orgânica e detritos orgânicos c potássio trocável várias formas de absorção e d potássio na solução do solo Estas formas estão em equilibro entre si através da solução do solo Ocorrendo absorção de potássio na solução do solo pelas plantas ou sua remoção pelas águas de percolação o equilíbrio é restabelecido pelo Ktrocável Quando a concentração na solução atinge valores baixos o equilíbrio é mantido pela liberação do K estrutural Fatores Q I e C Segundo Mielniczuk 1997 a absorção de K pelas plantas e a perda por lixiviação depende diretamente da sua concentração na solução do solo A relação entre o Kadsorvido Q e o K na solução I relação QI representa o Poder Tampão de Potássio do solo PTK 4 FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DE POTÁSSIO A taxa de absorção de um nutriente pela planta é função dentre outros fatores da sua concentração em torno da raiz A concentração de K na solução do solo não depende somente do nível de Ktrocável mas também da quantidade e tipo de argila do solo Outros fatores além destes exercem do mesmo modo papel importante na quantidade de K disponível para as plantas ressaltando a temperatura o umedecimento e secagem do solo e o pH do solo 41 Quantidade e Tipo de Argila A quantidade de K disponível para as plantas depende da habilidade de várias cores do solo em reter o elemento O efeito da quantidade de argila textura na retenção do K reflete de certa forma a sua constituição mineralógica mas podese dizer que um solo argiloso retém mais K que um solo arenoso Por outro lado em solo arenoso para uma mesma quantidade adsorvida as partículas o teor do elemento em solução é maior do que aquele observado num solo argiloso A intensidade de retenção do elemento tem a ver com a posição na argila na qual ele é retido No caso da argila do tipo 11 as cargas negativas estão localizadas nas superfícies planas externas praticamente não existem superfícies internas neste tipo de argila e o K e retido com menor intensidade e pode ser trocado por qualquer íon com carga positiva Por outro lado nas argilas do tipo 21 ilita vermiculita montmorilonita e clorita o K pode ser retido além das superfícies planas pelas cargas situadas junto às bordas da partícula bem como pelas cargas existentes na parte interna entre as unidades cristalográficas da partícula O K retido nestas duas últimas posições particularmente na última pode se as condições alta concentração de K e secagem favorecerem tornarse FIXADO Fixação de K Assim podese dizer que o fenômeno de fixação de K praticamente não existe em solos em que predominam as argilas do tipo 11 Por isso o elemento já existente no solo ou adicionado sob a forma de fertilizante estará em formas disponíveis para as plantas Contudo nas argilas 21 boa parte do K adicionado ao solo pode ser fixo A fixação diminui com a aplicação contínua de adubo potássico ao solo Brady 1974 Tisdale e Nelson 1975 42 Temperatura A alternância de congelamento e descongelamento de alguns solos úmidos com argila do tipo 21 pode resultar na liberação de parte do K fixado particularmente se o teor de Ktrocável é baixo Por outro lado em solos com alto teor de K trocável essa alternância pode causar fixação do elemento Tisdale e Nelson 1975 43 Umidificação e Secagem Em solos em que há o fenômeno de fixação de K a alternância de umidificação e secam pode afetar a disponibilidade do elemento Se pouco K já se acha fixado o umedecimento do solo causará a expansão da argila permitindo a entrada do elemento entre as unidades estruturais à medida que o solo seco haverá contração da argila e fixação de K A ocorrência do processo de umidificação e a secagem poderá aumentar a disponibilidade de K para as plantasse a quantidade do elemento já fixado para grande e a sua porção trocável e na solução do solo para baixa 44 Calagem Normalmente a calagem de solos resulta numa menor perda de K por lixiviação ou de K aplicado como fertilizante A aplicação de K a solo ácido resulta em maior perda do elemento devido a sua dificuldade em deslocar o H e Al3 da superfície das argilas além de em solos ácidos a CTC efetiva é menor Se o cátion adsorvido é o Ca a adsorção do K é mais fácil Assim podese dizer que quanto maior a saturação de bases de um solo menor é a possibilidade de perda do K aplicado como fertilizante Portanto em solos muito intemperizados e com a alta acidez o maior teor de matéria orgânica a calagem causa e o aumento da CTC efetiva reduz as chances de perda de K por lixiviação Entretanto a aplicação de Ca ou Mg em formas que não carbonatos ou óxidos pode causar aumento na lixiviação de K pois eles competem por locais de adsorção sem elevar o pH de modo significativo Richey 1982 Em solos com argila 21 a calagem pode às vezes aumentar a fixação de K Isto naturalmente também reduz a possibilidade de perda do elemento por lixiviação 5 ANÁLISE DE K E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS Assim como o fósforo a resina e o extrator Mehlich são utilizados para determinar o potássio disponível as plantas no solo O Mehlich 1 HCl 005 mol L1 H2SO4 00125 mol L1 é mais utilizado para avaliar a disponibilidade de potássio do solo no RS SC e MG enquanto a resina de troca iônica é mais usada principalmente nos solos de SP porém vem se difundindo por todo o Brasil Com relação a interpretação dos resultados não tem sido observado grandes diferenças entre os métodos e os teores considerado adequado entre os diferentes boletins com calibração do método Tabela 2 Tabela 2 Interpretação do nível adequado de K no solo em diferentes estados Local Teor de K adequado Fonte Minas Gerais 18 e 31 mmolc dm3 Ribeiro et al 1999 São Paulo 16 e 30 mmolc dm3 Raij et al 1996 Rio Grande do Sul e Santa Catarina 21 e 31 mmolc dm3 Comissão de Fertilidade do Solo RSSC 1995 Nas tabelas 3 4 e 5 estão apresentadas as faixas de interpretação de K pelos diferentes extratores para São Paulo Cerrado e Minas Gerais respectivamente Tabela 3 Limites de classes de teores de P solúvel e K trocável extraído com resina Teor Produção Relativa K Trocável mmolcdm3 Muito baixo 0 70 0 07 Baixo 71 90 08 15 Médio 91 100 16 30 Alto 100 31 60 Muito alto 100 60 Tabela 4 Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação com P e K extraídos pelo método de Mehlich 1 Cerrado Classes Muito Baixo Baixo Médio Bom mg dm3 Teor de K 0 25 26 50 51 80 80 Tabela 5 Classes de interpretação de K de acordo com a 5a aproximação Classificação Potássio disponível K Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom mg dm31 150 16 40 41 705 71 120 120 6 MANEJO DE POTÁSSIO NO SOLO Nos solos tropicais onde a fixação de K é baixa ou desprezível e a presença de minerais primários e secundários fornecedores do elemento também é pequena o K do solo pode ser absorvido pelas plantas ser absorvido às micelas ou ser perdido por lixiviação e administrado Assim a aplicação de fertilizantes quando necessária deve ser feita de forma a favorecer o aproveitamento máximo do elemento pelas plantas A adição de fertilizantes em quantidade acima da recomendada pode resultar em grandes perdas por lixiviação Dados citados por Ritchey 1982 indicam que a lixiviação de K em Latossolo VermelhoEscuro iniciavase após a aplicação de 20 kgha do elemento A quantidade de K perdida por lixiviação depende CTC do solo forma de aplicação localização e dose de fertilizante do estágio de desenvolvimento da planta da precipitação da região etc A aplicação de alta quantidade de fertilizante ou a localização de modo mais concentrado em cova suco ou faixa poderá resultar em perdas por lixiviação visto que a quantidade de K na solução do solo será alta com a movimentação do elemento para as camadas mais profundas do solo De acordo com Ritchey 1982 a aplicação a lanço de 500 kgha de K ou de 50 kgha de K aplicada em faixa ao longo da linha da cultura em um LE resultara em perdas por lixiviação até cerca de 90 cm de profundidade A aplicação parcelada do fertilizante em doses menores aumenta a eficiência de recuperação de K pela planta minimizando desta forma as perdas por lixiviação Além disso reduz a possibilidade e de danos à planta devido ao efeito salino Tabela 6 Os fertilizantes potássicos são os que apresentam as maiores salinidades causando danos as plantas principalmente quando aplicados em altas doses no sulco de plantio No cultivo de culturas anuais a recomendação é que a dose de K2O aplicada no sulco de plantio não ultrapasse 60 kg ha1 Tabela 6 Índice salino dos principais fertilizantes potássicos Adubo K2O NaNO3 100 Por unidade nutriente Cloreto Potássio 60 1163 1936 Nitrato Potássio 47 736 1216 Sulfato Potásso 54 461 0853 Fosfato MonoK 35 84 0097 Sais Fertilizantes 20 1127 5636 Sulfduplo K e Mg 22 432 1971 Conforme mencionado anteriormente a calagem de solos muito intemperizados aumenta a CTC Normalmente a correção da acidez desses solos elevando o pH para 55 resulta numa soma de cátions de 4 a 5 cmolc dm3 detectado a cerca de 2 cmolc dm3 antes da calagem Ritchey 1982 Além de aumentar os sítios de troca a calagem ao precipitar o Al facilitam também a retenção do K pois ele compete melhor com o Ca e o Mg do que com o Al Com isto normalmente a calagem aumenta a quantidade de K absorvido e diminui a da solução do solo De modo geral o aumento excessivo da quantidade de Mg em relação à de Ca baixa relação CaMg em calcários pode resultar num decréscimo de K na planta Por outro lado doses excessivas de K além de favorecerem o consumo de luxo pode induzir deficiência de Mg Essa mesma interferência de K pode ser observada em relação ao Ca De acordo com Boyer citado por Ritchey 1982 o limite inferior da relação MgK do solo para várias culturas tropicais e de aproximadamente 21 Em se considerando os níveis críticos no solo Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais 1999 a relação ideal de MgK seria de 331 a de CaK de 101 e a de CaMgK seria de 1331 Como esses valores de níveis críticos são generalizados deduzse que é necessário determinaremse as melhores relações entre esses elementos para cada cultura de modo a evitarem os efeitos antagônicos 61 Perdas A quantidade de K que percola para baixo da camada do solo ocupada pelas raízes depende do volume de água percolada e da sua concentração na solução do solo Segundo Sanzonowicz Mielniczuk 1985 as perdas de K por percolação podem ser reduzidas com emprego de fontes menos solúveis eou portadoras de ânions pouco móveis no solo métodos de aplicação que evitem altas concentrações do nutriente na solução e elevações e elevação da CTC do solo pela calagem ambos sempre associados a uma boa cobertura vegetal do solo O método de aplicação também pode influir na lixiviação do potássio Quando a aplicação é feita a lanço o K fica em contato com maior volume de solo tendo portanto maior chance de ser adsorvido permanecendo permanecendo em menor quantidade na solução do solo enquanto a aplicação em sulco faz que o K fique concentrado numa pequena porção de solo mantendo alta concentração do nutriente na solução favorecendo dessa forma a lixiviação Ritchey 1982 e Dibb 1980 62 Correção de deficiências A recomendação para a adubação corretiva com potássio feita de acordo com a análise de solo é apresentada na tabela 7 A adubação corretiva total pode ser feita à lanço em préplantio em solos com teor de argila maior do que 20 isto é solos com CTC maior que 4 cmolc dm3 Em solos mais arenosos menos do que 20 de argila não é recomendado a adubação corretiva total de potássio É importante lembrar que nestes solos podem ocorrer acentuadas perdas por lixiviação pois a capacidade de troca de cátions CTC destes solos é em geral 4 cmolc dm3 de solo Nos solos arenosos a recomendação é que a aplicação de K seja feita em cobertura para um maior aproveitamento da cultura Tabela 7 Adubação corretiva de K para solos de Cerrados com teor de argila 20 de acordo com dados de análise de solo Teores de K extraível Adubação recomendada mg dm3 kg K2Oha 0 25 100 26 50 50 50 0 Estando o nível de K extraível acima do valor crítico 50 mg dm3 recomendase a adubação de manutenção de 20 kg de K2O para cada tonelada de grão a ser produzida Fonte EMBRAPA CPAC Quando o teor de K no solo for considerado bom recomendase adubação de manutenção que é baseada na expectativa de produção da cultura Assim se a expectativa for de 3ton de grãos por hectare de soja devese aplicar 60kg de K2O por hectare pois a soja retira grande quantidade de K nos grãos aproximadamente 20kg de K2O por tonelada de grãos Então para solos com teor de argila 20 a alternativa mais recomendada seria a adubação corretiva gradual à lanço ou parcelada O parcelamento da adubação potássica em soja deve ser realizado da seguinte forma 50 da dose no sulco de plantio e os 50 restantes em cobertura mais ou menos 30 dias após a emergência Tabela 8 A divisão da dose entre sulco de plantio e cobertura traz a vantagem de reduzir a salinidade de doses elevadas no sulco de plantio e redução da lixiviação do potássio confinado em um determinado ambiente É claro que outras condições também são avaliadas solos com CTC mais elevadas tem a capacidade de reter mais o K na superfície das argilas reduzindo sua lixiviação assim a aplicação de pré plantio tem sido comum e suficiente para suprir as plantas durante todo seu ciclo de vida Tabela 8 Produção de soja para diferentes modos de aplicação de k em um solo arenoso barreiras Dose de K Modo de aplicação Prodde grãos kg K2Oha kgha 0 2252 60 Sulco de plantio 2618 60 Lanço antes do plantio 2881 60 Sulco 12 plantio 12 cobertura1 2979 1 Cobertura realizada 30 dias após a emergência Fonte OLIVEIRA 1985 63 Modo e época de aplicação de fontes potássicas no solo no Sistema Plantio direto A modificação no sistema de preparo do solo passando do convencional para o sistema sem preparo trouxe alterações importantes como a redução das perdas de nutrientes causadas pela erosão e a redução da evapotranspiração afetando a disponibilidade de água no solo Como a maior parte do potássio presente no tecido das plantas se encontra na forma iônica sem participar na formação de compostos orgânicos estáveis este nutriente pode ser extraído lavado dos tecidos tanto pela água das chuvas como pela própria umidade do solo sem a necessidade de mineralização dos resíduos Este fato explica a maior concentração de potássio disponível nas camadas superficiais de solos sob plantio direto Foi observado ainda que mesmo em linhas de semeadura de milho sem adubação localizada de potássio houve maior concentração de K próximo as plantas do que nas entre linhas o que é explicado pela lavagem do potássio das plantas folhas e descida pelo colmo concentrando se no solo próximo as plantas Esta remoção mecânica do potássio dos tecidos vegetais pode ocasionar perdas de K em sistemas de plantio direto quando ocorrem grandes perdas de água no sistema Isto acontece quando não existem barreiras mecânicas que disciplinam a velocidade de escorrimento superficial das águas e agravando ainda mais quando a semeadura não obedece ao nível do terreno Em lavouras sob plantio direto temse observado com freqüência o aparecimento de sintomas de deficiência de potássio na cultura da soja principalmente na fase inicial de implantação do sistema As hipóteses atribuídas para explicar estes sintomas são o cultivo de culturas de cobertura sem a aplicação de fertilizantes potássicos a remoção da parte aérea das plantas pelo pastejo ou para produção de feno e silagem Nestes casos além das recomendações específicas para estas culturas recomendase o monitoramento da disponibilidade de K através da análise de solo 64 Modo e época de aplicação de fontes potássicas no solo no Sistema Plantio Convencional A aplicação de potássio a lanço é tão eficiente quanto sua aplicação na linha de semeadura porém cuidados devem ser tomados para que haja uniformidade na aplicação Principalmente nos solos arenosos recomendase não utilizar formulações com alta concentração de potássio na linha de plantio No plantio devese utilizar formulações com baixas concentrações de potássio complementando a quantidade de potássio a lanço em préplantio solos de textura média a argilosa e em cobertura até o período de 30 dias pósplantio nos solos mais arenosos No Mato Grosso a utilização de formulações de plantio semelhantes ao superfosfato simples no plantio e aplicação de todo o potássio a lanço tem apresentado ótimos resultados Neste caso é importante a aplicação de pelo menos parte do potássio em pré plantio O uso de potássio a lanço possibilita maior flexibilidade na escolha e utilização de fórmulas a serem utilizadas na semeadura principalmente quanto ao manejo do enxofre eou fósforo na linha de semeadura 65 Efeito residual Depende Dose aplicada quanto a dose deverá ser a quantidade que ficar no solo de uma safra para outra Cultura as culturas apresentam capacidades diferentes de absorção e exportação de K Em geral as gramíneas possuem maior capacidade de extração que as leguminosas Tipo de solo nos solos arenosos o efeito residual tende a ser menor devido a maior facilidade de perdas do K por lixiviação Intensidade das chuvas em termos de estrutura grosseira o excesso de chuvas poderá lavar a solução para camadas mais profundas acarretando perdas para o lençol freático 66 Diminuindo a salinidade Quando o teor de potássio ultrapassa 7 da CTC do solo ele começa a causar desequilíbrio entre as bases e também causar efeito salino as plantas Para reduzir estes efeito deve ser aplicado uma fonte de cálcio que não altere o pH principalmente quando o mesmo for alto A recomendação é o uso de gesso para diminuir a saturação de K dispersante e a SO4 pode ajudar na descida do Na e do K para as camadas mais profundas do solo Algumas culturas como AbacaxiBatataFumo etc também são sensíveis ao cloro Uma forma de reduzir os efeitos deletério do cloro nestas culturas e usar gesso junto com o KCl porque ajuda a deslocar o Cl no perfil do solo esta é uma forma de diminuir a necessidade de K2SO4 caro em substituição ao KCl REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBER S A Influence of de plant root on ion movement in soil In CARSON E W ed The plant root and its environment Charlottesville University Press of Virginia 1974 P 525564 BERINGER H NOTHDURFT F Effects of potassium on plant and cellular structures In MUNSON RD Ed Potassium in Agriculture American Society of Agronomy Inc Crop Science Society of America Inc Soil Science Society of America Inc Madison cap14 p3567 1985 DELL B MALAJACZUK N GROVE TS Nutrient disorders in plantation eucalypts Camberra Australian Centre for International Agricultural Research 1995 104p DIBB D W Potassium placement In POTASH PHOSPHATE INSTITUTE Atlanta Potassioum for agriculture a situation analysis Atlanta 1980 P123131 ELLET CW Soil Fertility and Disease Development Better crops with plant food v57 p 68 1973 EPSTEIN E Nutrição Mineral de Plantas princípios e perspectivas São Paulo EDUSP 1975 341p HUBER DM ARNY DC Interactions of potassium with plant disease In MUNSON RD Ed Potassium in Agriculture Madison ASA CSSA and SSA 1985 p467488 HUBER SC Role of potassium 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VITTI GC OLIVEIRA SA Avaliação do Estado Nutricional das Plantas princípios e aplicações 2ed Piracicaba Associação Brasileira para a Pesquisa da Potassa e do Fosfato 1997 319p MALAVOLTA E Elementos da Nutrição Mineral de Plantas São Paulo Agronômica Ceres 1980 251p MARSCHNER H Mineral Nutrition of Higher Plants San Diego Academic Press 1995 888p MENGEL K KIRKBY EA Principles of Plant Nutrition Berne International Potash Institute 1978 593p MIELNICZUK J Formas de potássio em solos do Brasil Revista Brasileira de Ciência do Solo v21 1997 5561p PERRENOUD S Potassium and Plant Health 2 ed Berne International Potash Institute 1990 363p PRETTY KM O potássio na qualidade dos produtos agrícolas In YAMADA T IGUE K MUZILLI O USHERWOOD NR Eds Potássio na Agricultura Brasileira Piracicaba Instituto da Potassa e Fosfato EUA 1982 p177194 RITCHEY K D O potássio nos Oxissolos e Ultissolos dos Trópicos Úmidos Piracicaba Instituto de Potassa e Fosfato 1982 69p Instituto da Potassa e Fosfato Boletim Técnico 7 ROCHA FILHO JVC HAAG HP OLIVEIRA GD Deficiência de macronutrientes boro e ferro em Eucalyptus urophylla Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz v35 n35 p1934 1978 SANZONOWICKZ C MIELNICZUK J Distribuição do potássio no perfil de um solo influenciado pela planta fonte e métodos de aplicação de adubos Revista Brasileira de Ciências do Solo v9 p 4550 1985 SILVEIRA RLVA HIGASHI EN GONÇALVES AN MOREIRA A Avaliação do estado nutricional do Eucalyptus Diagnose visual foliar e suas interpretações compact disc In Simpósio Sobre Fertilização e Nutrição Florestal Piracicaba 1999 Simpósio Sobre Fertilização e Nutrição Florestal 99 trabalhos Piracicaba IPEFESALQUSP SILVEIRA RLVA TAKAHASHI EN SGARBI F BRANCO EF Sintomas de deficiência de macronutrientes e boro em híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla em solução nutritiva compact disc In CONGRESSO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIA DO SOLO 13 Águas de Lindóia 1996 Solosuelo 96 trabalhos Piracicaba SBCSSLCS 1996 WILL GM Some change in the growth habit of Eucalyptus seedlings caused by nutrient deficiencies Empire Forestry Review v40 n4 p 301307 1961

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