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Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Xavier MVB Fonseca APM Almeida ES Oliveira PVA 2020 Management of Oncideres ocularis Thomson in Mimosa caesalpiniifolia Benth Research Society and Development 7 115 787974601 Manejo do Oncideres ocularis Thomson em Mimosa caesalpiniifolia Benth Management of Oncideres ocularis Thomson in Mimosa caesalpiniifolia Benth Manejo do Oncideres ocularis Thomson en Mimosa caesalpiniifolia Benth Recebido 16052020 Revisado 24052020 Aceito 30052020 Publicado 13062020 Marcio Venicius Barbosa Xavier ORCID httpsorcidorg0000000269031601 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email mvbx293gmailcom Ana Paula Mota Fonseca ORCID httpsorcidorg000000026847541 1 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email anapaulamota577gmailcom Elaine Soares de Almeida ORCID httpsorcidorg0000000154173087 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email elainesoaresalmeida2015gmailcom Paulo Victor Alves de Oliveira ORCID httpsorcidorg0000000216376534 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email paulovictor3491gmailcom Resumo Mimosa caesalpiniifolia uma arvore leguminosa nativa e endémica do Brasil com distribuicgdo geografica na Caatinga Cerrado Amaz6énia e Mata Atlantica Seu nome popular mais difundindo é Sabia A espécie comumente empregada em programas de recuperacao de areas degradadas construcao de cercas vivas fabricagao de postes e mour6es constituiao de florestas energéticas produao de forragem além de ser melifera ornamental e utilizada na medicina tradicional por isso dispde de multiplos usos No entanto é vulneravel aos ataques do besouro Oncideres ocularis pertencente a ordem coledptera Ele apresenta rapida reproducao e 0 responsavel por impedir o desenvolvimento saudavel de mudas e arvores 1 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 inviabilizando o seu uso para diversos fins Assim tornase necessaria a adogao de um manejo integrado de pragas através do seu monitoramento constante e utilizagao de técnicas de controle mecanico e fisico Dessa forma objetivouse realizar uma revisao bibliografica sobre o manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia Palavraschave Manejo integrado Besouro serrador Controle de pragas Sabia Abstract Mimosa caesalpiniifolia is a leguminous tree native and endemic to Brazil with geographic distribution in the Caatinga Cerrado Amazon and Atlantic Forest Its most popular name is Sabia The species is commonly used in programs for the recovery of degraded areas the construction of hedges the manufacture of posts and fence posts the formation of energy forests the production of forage in addition to being meliferous ornamental and used in traditional medicine therefore has multiple uses However the species is vulnerable to attacks by the beetle Oncideres ocularis belonging to the coleoptera order It is fast to reproduce and is responsible for preventing the healthy development of seedlings and trees preventing its use for various purposes Thus it becomes necessary to adopt an integrated pest management through its constant monitoring and the use of mechanical and physical control techniques Thus the objective was to carry out a bibliographic review on the management of Oncideres ocularis in Mimosa caesalpiniifolia Keywords Integrated management Sawdust beetle Pest control Sabia Resumen Mimosa caesalpiniifolia es un arbol leguminoso nativo y endémico de Brasil con distribuci6én geografica em la Caatinga Cerrado Amazonas y Mata Atlantica Su nombre mas popular es Sabia La especie se usa comunmente en programas para la recuperacion de areas degradadas la construccién de setos la fabricacidn de postes y postes la formacion de bosques energéticos la produccion de forraje ademas de ser melifera ornamental y utilizada en medicina tradicional por lo tanto tiene multiples usos Sin embargo la especie es vulnerable a los ataques del escarabajo Oncideres ocularis perteneciente al orden de los coledpteros Tiene una reproduccion rapida y es responsable de prevenir el desarrollo saludable de plantulas y arboles evitando su uso para diversos fines Asi se hace necesario adoptar un manejo integrado de plagas a través de su monitoreo constante y el uso de técnicas de control mecanico y fisico Asi el objetivo fue realizar una revision bibliografica sobre el manejo de Oncideres ocularis en Mimosa caesalpiniifolia 2 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9174601 Palabras clave Gestion integrada Escarabajo de aserrin Control de plagas Sabia 1 Introducao Mimosa caesalpiniifolia Benth 6 uma arvore leguminosa conhecida popularmente a depender da regiao como cebia sabia sansaodocampo e unhadegato sendo sabia o nome popular mais difundido Nativa e endémica do Brasil ja foi catalogada nos ecossistemas Caatinga Cerrado Amaz6nia e Mata Atlantica Naturalmente a espécie se distribui nos estados de Alagoas Bahia Ceara Maranhao Paraiba Pernambuco Piaui Rio Grande do Norte Sergipe e Minas Gerais mas devido a agaéo humana registrada atualmente em 21 estados regiao Norte Amazonas Para Rondénia Nordeste Bahia Ceara Maranhao Paraiba Pernambuco Piaui Rio Grande do Norte CentroOeste Distrito Federal Goias Mato Grosso do Sul Sudeste Espirito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro SAo Paulo e Sul Parana Santa Catarina abrangendo as cinco regides do pais Flora do Brasil 2020 Tratase de uma espécie com multiplos usos e representativo valor comercial No entanto vulneravel ao ataque do besouro Oncideres ocularis que impede o desenvolvimento saudavel de mudas e 4arvores interferindo diretamente na sobrevivéncia pois danificam o corpo vegetal e se reproduzem rapidamente intensificando os danos Alves 2011 O Fato torna inviavel 0 uso da espécie para extragao de madeira produgéo de mudas plantios de pequena a larga escala programas de recuperacéo de areas degradadas arborizacao urbana e outras atividades Dessa forma objetivouse realizar uma revisdo bibliografica sobre 0 manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia principal insetopraga da espécie 11 Mimosa caesalpiniifolia Benth A espécie semicaducifdlia apresenta ritidoma marromescamoso folhas recompostas ramos com espinhos flores brancocreme inflorescéncia tipo espiga e apresentase naturalmente com porte médio 410m de altura Figura 1 3 Figura 1 Mimosa caesalpiniifolia A habito de vida B ritidoma escamoso C ramos jovens D E folhas e F inflorescéncia ST MAAR aE agai Er a bei oS Sie RAIS the ne Ga rs fas Mie MOL a er Re eS Ra ac et ee a NN i aoe a SU pee ee ie Ay Bs beeen pe lies Be i fy HH ys i ay gee ge Sng eae Nihal Fe dh ve Lo s Ps Oe ee ee avs ey a rs FP i eS as Saad aS oH Be th y ee et ty a a Oe Pee et Se ee 7 ee ghey aa wae a Gr oo y A sa 2 ae FeaeMss say Oe nes We OS ee oo sk NY ee pagay iA Es hy oat eS Hi LD a wal tele arnt Re te ES a de Na Ae is See RS Eee fies qi 5 ae r eh XA wi cnet cy S Ea ot ok is Wa Pe ie 1 TE BY a ty SS a Be age 4 eta oh Se pee 8 ee aie oe Sar a yf ie h he oe tat ae S eg pee eee mee en We a le tae SL a eee Oe Sa tae ae be a a it We YD BX a 5 ia Ti Se yA Past f j 4 if A B k a ies es Fr Ay At aa Ue Oe TA 4 Peg EO EN i eo Pid ee 44s ih A ae war Py ca TIPPS CH hase 2 ee a og SAD os The eee ee oie he Tae oh a onli Cake Te Se i PRT a CoA teal cate i ase Oh ee 1 vo ea te a Baer 2 Rn a oie cc av Rome Pane ee et 4 hy JEANS im A F C a Oe site 1 oe Se oie 2 pea os r 7 5 a Se cea e ey pik 1 ag F a a Yea ees re 7 i SS ane ae MAO PNR serra ol oa Rg Saale mse BP es otf mK 9 ee a es pe Ce ye at pat IN a ol eal ie a ir Wa i ote Pa ae aoe a a ae ee ze i Wwe dae 85 oe ee Sy ri AMS er oe ss Sah Pook ae ba rs ra in a 2 or oe ete oi weet a we C é Kz 2 rs 2 Spe 4 Sa Loe ee ee q af Le er aw eS Pane ly ee mf Py F A Lae VD ee carer he Ee e Per f Ar e age ag aa ee eos A rf ot we W ra eR D Pai Pos Pasa lps fh E e Pe F a We Be at fine ergy Bi a cn i wn Pe a ES ee nae LOSES ttm J Fonte Dos autores 2020 Na Figura 1 observase por meio das fotografias de A a F as principais caracteristicas morfoldgicas de M caesalpiniifolia demonstrando de forma visual 6rgaos vegetativos caule ramos e folhas e reprodutivos inflorescéncia conjunto das flores E mostrado desde o comportamento da espécie quando agrupada e seu habito de vida arbéreo com crescimento entouceirado varios caules se originando do mesmo ponto em A a caracteristicas do caule evidenciando o ritidoma popularmente conhecido como casca com padrao escamoso em B ramos jovens com espinhos em C disposicéo das folhas nos ramos tipo de folha e inflorescéncia conjunto das flores tipo espiga em D E e F respectivamente Mimosa caesalpiniifolia ocorre espontaneamente em terrenos profundos principalmente em solos arenosos Em funcao de sua baixa exigéncia em fertilidade e Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 umidade apresenta bom desenvolvimento em solos mais pobres contudo para atividades com fins comerciais é recomendado que a planta seja suprida com nutrientes por meio de adubaao organica ou quimica para que obtenha melhores resultados de producao e qualidade da madeira Ribaski et al 2003 Ressaltase que caracteristicas que favorecem o uso da espécie em atividades comerciais como forma de crescimento e baixa exigéncia nutricional também contribuiram para o atual status de invasora em algumas areas no Brasil Base de dados nacional de espécies exoticas invasoras 2020 Devido seu rapido crescimento e elevada capacidade de rebrota apresenta potencial para compor programas de recuperagao de ambientes alterados Maia 2004 Além disto é uma importante espécie mantenedora da produgao de mel no Nordeste brasileiro De Mello Pereira 2004 A madeira utilizada na fabricagao de estacas postes portas mourdes dormentes e varas além de ser alternativa para constituicgao de florestas energéticas para a produao de carvao vegetal e lenha devido boas caracteristicas fisicoquimicas Outros usos da madeira compreendem tutores para apoio e sustentacao das plantades de uvas Serra 1997 quebravento ou cercaviva em fazendas loteamentos industrias e areas de mineracgao Barbosa Silva Barroso 2008 As folhas de alto valor nutritivo e frutos maduros ou secos sao forragens para bovinos caprinos e ovinos A infusaéo da casca é usada como expectorante ou tdnico no tratamento de doengas respiratorias como a bronquite e de uso externo a decocao das cascas usada para estancar sangramentos e lavagem de ferimentos Agra et al 2008 Ribaski et al 2003 A inflorescéncia usada pela populacgao do semiarido brasileiro no preparo de cha para o tratamento da hipertensao Santos et al 2015 Além do mais a arvore apresenta caracteristicas ornamentais principalmente pelo crescimento entouceirada Carvalho 2007 No entanto Mimosa caesalpiniifolia pode ser atacada em qualquer fase da vida por Oncideres ocularis Coledptero principal insetopraga da espécie Conhecido popularmente como vigadegalho O ocularis realiza anelamento dos galhos e logo apés a fémea usando suas mandibulas abre fissuras onde guarda seus ovos Figura 2 Monné 2002 Vulcano Pereira 1978 Em geral Oncideres spp so alguns dos insetos mais importantes em relaao a geracao de injurias e danos mecanicos na familia botanica Fabaceae Monné 2002 Vulcano Pereira 1978 5 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Figura 2 Ataque do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia t Oncideres ocularis II Morte dos individuos id bh Mimosa caesapiniifolia Gens YN I Anelamento yy Il Ovoposiciio Fonte Dos autores 2020 Na Figura 2 é esquematizado o processo do ataque do O ocularis em M caesalpiniifolia 0 item I exemplifica o anelamento dos ramos no individuo jovem muda ou adulto arvore causado pelo inseto seguido de sua consequéncia para a planta em III indicando a morte do individuo O item II demonstra a ovoposicao do inseto nas fissuras feitas pelo mesmo ato que caracteriza a parte do seu ciclo de reproduaéo que é dependente da planta Os ovos do Oncideres ocularis sao de coloracgao branca as larvas recémeclodidas possuem cor amarelopalido e seus corpos sao providos de pelos curtos Alves 2011 Os machos sao diferenciados das fémeas devido ao comprimento do Ultimo segmento antenal sendo que na fase adulta a diferenciacdo entre macho e fémea é a forma do ultimo segmento abdominal tendo a forma de v invertido nos machos e arredondado nas fémeas Estes insetos passam a maior parte da vida na fase larval vivendo cerca de um a trés anos como larva e apenas alguns dias como adulto apos 0 acasalamento Alves 2011 6 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 2 Metodologia Este estudo consiste em uma revisao bibliografica de carater qualitativo com base nas diretrizes propostas por Pereira Shitsuka Parreira Shitsuka 2018 a respeito do manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia A delimitagao do tema proposto baseouse na escassez de informaées disponiveis na literatura na contribuiao que esta pesquisa fornecera para outros trabalhos da comunidade cientifica e no conhecimento que a mesma proporcionara Apds delimitagao do tema foi estipulado um periodo de tempo para a coleta de dados a qual foi realizada nos meses de fevereiro e marco de 2020 As fontes de dados utilizadas consistiram em portais eletrénicos por meio de busca nas plataformas Periddicos da CAPES Coordenaaéo de Aperfeigoamento de Pessoal de Nivel Superior Google scholar Scielo Scientific Electronic Library Online e Elsevier As plataformas foram selecionadas de acordo a disponibilidade de consulta e relevancia permitindo o acesso a diversos periddicos nacionais e internacionais indexados Foi definido como critério de inclusao os artigos publicados em periddicos circulares técnicas e notas cientificas nos idiomas portugués inglés e espanhol sem definigao de um parametro cronol6gico ja que ha poucos exemplares disponiveis Outro critério considerado foram os descritores Oncideres ocularis Mimosa caesalpiniifolia e manejo visto que as respectivas palavras englobam as principais expressdes objeto de investigacao deste estudo Assim delimitouse os documentos de interesse para a realizacao da pesquisa Apos a selecao dos artigos conforme os critérios supracitados foi realizada a leitura exploratdoria leitura seletiva e escolha do material com base nos objetivos e tema deste estudo Foi feita a analise dos textos finalizando com a realizaao de leitura interpretativa e redacao do trabalho 3 Resultados e Discussao 31 Monitoramento do Oncideres ocularis Thomson O manejo de pragas florestais esta altamente vinculado ao monitoramento uma vez que existe grande necessidade de identificar os sitios com maiores densidades populacionais pois estes ja podem ter excedido os limiares econdmicos Wylie Speight 2012 Os autores ainda alertam que devido as dimens6es dos plantios florestais muitas vezes 0 monitoramento 7 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 correto e eficaz dificultado A maioria das tecnologias utilizadas no monitoramento de pragas florestais nos paises desenvolvidos como por exemplo armadilhas com semioquimicos ainda possuem custo elevado Associado a isto pesquisas dessa categorizacao sao escassas e exigem consideravel investimento assim os fatos contribuem para o baixo percentual de uso dessas armadilhas principalmente em paises tropicais Nadel et al 2012 Paises com clima tropical e detentores de grandes extensdes florestais como o Brasil tém a observagao dos trabalhadores a maneira mais simples e eficiente de se notar qualquer desordem nos empreendimentos florestais Assim os profissionais tomarao as medidas apropriadas ressaltando que estes olhos na floresta séo um componente importante no monitoramento Wylie Speight 2012 As técnicas de monitoramento variam de acordo o tipo de floresta Em plantios florestais normalmente se utiliza uma combinacao de técnicas aéreas e terrestres As técnicas terrestres envolvem dirigir e caminhar pela area de plantio geralmente uma equipe de dois observadores dirigem nas estradas em baixa velocidade procurando por sintomas ou sinais de pragas as rotas sao planejadas para fornecer uma amostragem sistematica da area Figura 3 Bulman et al 1999 As técnicas aéreas podem ser conduzidas na forma de esboco cartografico o que consiste em delinear a area do dano em mapas baseados na observacao de especialistas em satide florestal sobrevoando em uma pequena aeronave eou usando fotografias aéreas compreendendo a utilizagéo de imagens coloridas e infravermelho coloridas para estimar o nivel do dano e a mortalidade gerada pela praga Figura 3 Pywell Myhre 1992 Johnson Ross 2008 Figura 3 Monitoramento do Oncideres ocularis em plantios de Mimosa caesalpiniifolia I Monitoramento terrestre IL Monitoramento aéreo i i ee ae Fonte Dos autores 2020 8 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Na Figura 3 é esquematizado as técnicas de monitoramento para e controle do O ocularis junto com as principais diferencas entre os monitoramentos isto é terrestre e aéreo Percebese que no monitoramento terrestre item I ha rondas motorizadas em rotas previamente planejadas e no monitoramento aéreo item II é feito a delimitagao das areas por mapas e as areas de interesse sao fotografadas com 0 auxilio de VANTs Veiculos Aéreos Nao Tripulados 32 Estratégias e taticas de manejo de pragas Insetos se tornam pragas em decorréncia de fatores como a expansao da area de plantio de uma espécie uso de material genético restritivo para atingir alta produtividade bem como a adocgao de manejo silvicultural erréneo e fragmentagaéo dos ecossistemas florestais nativos nas proximidades dos empreendimentos O surto de pragas em povoamentos florestais segundo Iede 2012 se deve principalmente a auséncia de inimigos naturais e a atributos bioldgicos o que eleva a necessidade em elaborar programas de controle de pragas que sejam racionais e econdémicos 321 Manejo Integrado de Pragas MIP A adogaéo de medidas inadequadas de controle agrava o problema devido ao desconhecimento das relagdes ecolégicas que ocorrem entre o hospedeiro a praga e seus inimigos naturais e das condicées de clima e solo Jbid 2012 O manejo integrado de pragas MIP surge como uma etapa importante e decisiva para o empreendimento florestal uma vez que consiste no uso de todas as técnicas de controle disponiveis de maneira integrada a fim de reduzir danos econémicos causados por pragas com menos efeitos nocivos ao ambiente e ao ser humano Zanetti 2005 Picanco Gonring Oliveira 2010 O conceito de MIP foi e é amplamente difundido e bastante defendido para os cultivos florestais Sousa et al 2005 Desta forma como no MIP todos os métodos de controle tém seu espaco e importancia quando se tratam de plantios florestais o uso de agrotdxicos apresenta sérias restrigdes devendo ser usado apenas como Ultimo recurso no intuito de manter a estabilidade do ecossistema ou quando tratase de plantios com maior valor agregado Por outro lado o controle biolégico assim como os métodos fisicos silviculturais e mecanicos sao os que apresentam grande potencial de uso e de integracao Iede 2012 Sabese que cada método de controle possui sua relevancia No entanto 9 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 particularmente nenhum deles tem se mostrado em uma alternativa razodvel aos inumeros problemas apresentados pelas pragas nos plantios florestais e a utilizagao de medidas inadequadas de combate podem criar impasses maiores do que aqueles que deveriam ser resolvidos Sendo assim apods um longo periodo de uso intensivo de produtos quimicos o MIP é um caminho promissor que por meio de uma relagao mutua tem permitido avangos no setor florestal para pequenos e grandes produtores com adogao de praticas mais eficazes com maior seguranca ambiental social e econdmica 322 Controle silvicultural Inspecionar periodicamente o plantio a fim de detectar antecipadamente os surtos conhecer a distribuiao geografica da praga e posterior avaliagao da densidade populacional e definiao do melhor momento de intervencgao com vistas ao controle da incidéncia e aumento da densidade populacional do Oncideres ocularis Zanetti et al 2005 RemogaAo de todos os restos mortais Fig4 esse recurso nao extermina a atividade do Oncideres ocularis visto que constantemente ha probabilidade de reinfestacgao de adultos em locais com grande numero de hospedeiros nativos ou de outros plantios contiguos Quando executado corretamente minimiza 0 aumento populacional da praga a indices toleraveis pela cultura e impede o desenvolvimento da postura limitando o numero de larvas que formarao a proxima geracao Essa dinamica deve ser executada em plantios jovens pois apresenta resultados mais eficientes e tera de ser aplicada como atividade complementar de controle Figura 4 Remogao e descarte dos restos mortais de Mimosa caesalpiniifolia com larvas do Oncideres ocularis fA Py P Bin A ar t BPX oo ON SA AN II Descarte em local apropriado I Remogio dos restos mortais Fonte Dos autores 2020 10 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 A Figura 4 representa as medidas silviculturais que podem ser tomadas afim de se ter controle sobre a incidéncia do O ocularis Observase a remogao de todos os residuos da area seja folhas galhos arvores mortas e outros item I seguido pelo descarte em local adequado Item IT Os troncos ou galhos infestados deverao ser devidamente descartados dado que as larvas completam o seu ciclo de vida em material empilhado Figura 4 Zanetti et al 2005 323 Controle fisico e mecanico Uso de frascos com orificios grandes contendo mel ou melaco na concentraao de 10 para confinar os insetos Figura 5 associado a constante vistoria no plantio A substancia deve ser reposta toda semana Tornase necessaério aumentar a quantidade de frascos nos locais de maior confinamento Essa técnica deve ser executada em toda a area de ocorréncia do inseto a fim de prevenir reinfestacao Zanetti et al 2005 Figura 5 Armadilhas com mel e melaco para capturar Oncideres ocularis isd Vs isd asl Mi tale cal AM Fonte Dos autores 2020 A Figura 5 esquematiza o controle mecanico que consiste em colocar na area de plantio armadilhas feitas com potes abertos contendo melaco ou mel A substancia atrai os insetos para dentro dos potes que em contanto com a mesma nao conseguem sair e morrem diminuindo as chances de aumento populacional e posterior reinfestacao Eliminar todos os galhos com larvas tanto os que estiveram no solo quanto os que inicialmente ficaram suspensos nas arvores utilizando fogo Figura 6 A coleta dos galhos devera ser realizada alguns meses apds o encerramento total das atividades dos Oncideres ocularis O recolhimento devera ser realizado anualmente Lima 1940 11 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Figura 6 Coleta e incineracao dos galhos com larvas do Oncideres ocularis I Coleta de galhos infectados II Incineragao Fonte Dos autores 2020 Na Figura 6 é importante observar que é feita a remogao dos galhos infectados com ovos e larvas item I de O ocularis seguido pela incineragéo destes galhos item ID garantindo maior eficacia no controle 324 Controle quimico e biolégico Nao existe até o momento produto quimico comercial registrado Mapa 2019 e nao ha registros na literatura sobre agentes de controle vivo para Oncideres ocularis A falta de produto quimico comercial registrado para o controle do O ocularis deve se provavelmente 4 escassez de estudos e conhecimento aprofundado sobre a biologia do inseto A auséncia de registros na literatura a respeito da utilizagao de agentes vivos pode ser enfatizada pelos poucos estudos em relacao a biologia da praga dos seus inimigos naturais e da relacao entre a praga e o inimigo natural 4 Consideracoes Finais Oncideres ocularis 6 um insetopraga que pode causar prejuizos significativos a cultura de Mimosa caesalpiniifolia tanto nos individuos jovens quanto adultos O monitoramento desta praga deve ser constante e entre as técnicas de controle os mecanicos e fisicos sao os mais eficientes e de baixo custo Quando utilizados de forma integrada os resultados sao potencializados Atualmente nao existe controle quimico e bioldgico para a praga nesta cultura Os artigos que abordam diretamente 0 manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia ainda sao poucos No entanto as informagées obtidas foram satisfatorias e contribuem para informagao sobre o processo Porém alertam a necessidade de realizagao de 12 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 pesquisas sobre este insetopraga no que se refere a implantaao de técnicas de combate e prevengao de danos gerados pela espécie Desta forma o objetivo da revisao bibliografica foi atingido visto que os trabalhos selecionados representam uma pequena amostra mas significativa a respeito da pesquisa cientifica que vem sendo realizada sobre 0 assunto Além disto a analise destas informac6ées fornece subsidios e suporte para a realizacao de pesquisas futuras Referéncias Agra M D F Silva K N Basilio I J L D Freitas P F D BarbosaFilho J M 2008 Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil Revista brasileira de farmacognosia 183 472508 Alves P G L 2011 Bioecologia de Oncideres ocularis Thomson col cerambycidae Doctoraldissertation Universidade Federal de Viosa Barbosa T R L Soares M Barroso D G 2008 Plantio de sabiazeiro Mimosa caesalpinifolia em pequenas e médias propriedades Niteroi Programa Rio Rural Base de dados nacional de espécies exoticas invasoras I3N Brasil Jnstituto Horus de Desenvolvimento e Conservagado Ambiental Florianopolis SC Disponivel em httpbdinstitutohorusorgbrwww Bulman L S Kimberley M O Gadgil P D 1999 Estimation of the efficiency of best detection surveys New Zealand Journal of Forestry Science 291 102115 Carvalho P E R 2007 Sabia Mimosa caesalpiniifolia Embrapa FlorestasCircular Técnica INFOTECAE De Mello Pereira F Freitas B M Alves J E Camargo R C R Lopes M T R Neto J M V Rocha R S 2004 Flora apicola no Nordeste Embrapa MeioNorteDocumentos INFOTECAE 13 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Iede E T 2012 Manejo integrado de pragas florestais In Embrapa FlorestasArtigo em anais de congresso ALICE In CONGRESSO FLORESTAL PARANAENSE 4 2012 Curitiba Anais Curitiba Malinovski Florestal 2012 CDROM Johnson E W Ross J 2008 Quantifyingerror in aerial survey data Australian Forestry 713 216222 Lima C 1940 Jnsetos do Brasil No 5957 LIM Escola Nacional de Agricultura Maia G N Maia G N Maia G N Maia G Maia G L Maia N Maia Campos P M B G 2004 Caatinga arvores arbustos e suas utilidades Mapa Ministério da Agricultura Pecuaria e Abastecimento 2019 Agrofit Disponivel em httpsbitly2na8kPO Mimosa in Flora do Brasil 2020 em construgao Jardim Botanico do Rio de Janeiro Disponivel em httpreflorajbrjgovbrreflorafloradobrasilFB18776 Monné M A 2002 Catalogue on the Neotropical Cerambycidae Coleoptera with known host plant PART IV Subfamily Lamiinae tribes Batocerini to Xenofreini Publ Avulsas Mus Nac 94 92 Nadel R L Wingfield M J Scholes M C Lawson S A Slippers B 2012 The potential for monitoring and control of insect pests in Southern Hemisphere forestry plantations using semiochemicals Annals of Forest Science 697 757767 Picancgo M C Gonring A Oliveira I D 2010 Manejo integrado de pragas Vicosa Universidade Federal de Vicosa Pywell H R Myhre R J 1992 January Monitoring forest health with airborne videography In ntegrating forest information over space and time IUFRO Conference 13 17 January 1992 Canberra Australia p 349 ANUTECH 14 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9174601 Ribaski J Lima P C F de Oliveira V R Drumond M A 2003 Sabia Mimosa caesalpiniaefolia arvore de multiplo uso no Brasil Embrapa FlorestasComunicado Técnico INFOTECAE Serra M T 1997 RedLatinoamericana de Cooperacién Técnica en Sistemas Agroforestales Especies arboreas y arbustivas para las zonas aridas y semiaridas de América Latina Santos M E P Moura L H P Mendes M B Arcanjo D D R Mongao N B N Araujo B Q Cité A M G L 2015 Hypotensive and vasorelaxant effects induced by the ethanolic extract of the Mimosa caesalpiniifolia Benth Mimosaceae inflorescences in normotensive rats Journal of ethnopharmacology 164 120128 Sousa N J Faria A B C Corréa R M Corréa F A S F Anjos R A M Buturi E Otto G M 2005 Manejo Integrado da Mariposadoalamo In SEMINARIO DE PROTECAO FLORESTAL 2 Blumenau Anais Fupef 1 CDROM Vulcano M A Pereira F S 1978 The genus Oncideres Serville 1835 Coleoptera Lamiidae in southern Brazil and adjacent countries a serious pest of orchards and silviculture Studia Entomologica 2014 177220 Wylie F R Speight M R 2012 Insect pests in tropical forestry CABI Zanetti R Santos A Dias N S Silva A S Carvalho G A 2005 Manejo integrado de pragas florestais Lavras Universidade Federal de Lavras Editora UFLA Zanetti R Santos A Dias N S Silva A S Carvalho G A 2005 Manejo integrado de pragas florestais Lavras Universidade Federal de Lavras Editora UFLA Porcentagem de contribuicao de cada autor no manuscrito Marcio Venicius Barbosa Xavier 25 Ana Paula Mota Fonseca 25 Elaine Soares de Almeida 25 Paulo Victor Alves de Oliveira 25 15
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Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Xavier MVB Fonseca APM Almeida ES Oliveira PVA 2020 Management of Oncideres ocularis Thomson in Mimosa caesalpiniifolia Benth Research Society and Development 7 115 787974601 Manejo do Oncideres ocularis Thomson em Mimosa caesalpiniifolia Benth Management of Oncideres ocularis Thomson in Mimosa caesalpiniifolia Benth Manejo do Oncideres ocularis Thomson en Mimosa caesalpiniifolia Benth Recebido 16052020 Revisado 24052020 Aceito 30052020 Publicado 13062020 Marcio Venicius Barbosa Xavier ORCID httpsorcidorg0000000269031601 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email mvbx293gmailcom Ana Paula Mota Fonseca ORCID httpsorcidorg000000026847541 1 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email anapaulamota577gmailcom Elaine Soares de Almeida ORCID httpsorcidorg0000000154173087 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email elainesoaresalmeida2015gmailcom Paulo Victor Alves de Oliveira ORCID httpsorcidorg0000000216376534 Instituto de Ciéncias Agrarias da Universidade Federal de Minas Gerais Brasil Email paulovictor3491gmailcom Resumo Mimosa caesalpiniifolia uma arvore leguminosa nativa e endémica do Brasil com distribuicgdo geografica na Caatinga Cerrado Amaz6énia e Mata Atlantica Seu nome popular mais difundindo é Sabia A espécie comumente empregada em programas de recuperacao de areas degradadas construcao de cercas vivas fabricagao de postes e mour6es constituiao de florestas energéticas produao de forragem além de ser melifera ornamental e utilizada na medicina tradicional por isso dispde de multiplos usos No entanto é vulneravel aos ataques do besouro Oncideres ocularis pertencente a ordem coledptera Ele apresenta rapida reproducao e 0 responsavel por impedir o desenvolvimento saudavel de mudas e arvores 1 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 inviabilizando o seu uso para diversos fins Assim tornase necessaria a adogao de um manejo integrado de pragas através do seu monitoramento constante e utilizagao de técnicas de controle mecanico e fisico Dessa forma objetivouse realizar uma revisao bibliografica sobre o manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia Palavraschave Manejo integrado Besouro serrador Controle de pragas Sabia Abstract Mimosa caesalpiniifolia is a leguminous tree native and endemic to Brazil with geographic distribution in the Caatinga Cerrado Amazon and Atlantic Forest Its most popular name is Sabia The species is commonly used in programs for the recovery of degraded areas the construction of hedges the manufacture of posts and fence posts the formation of energy forests the production of forage in addition to being meliferous ornamental and used in traditional medicine therefore has multiple uses However the species is vulnerable to attacks by the beetle Oncideres ocularis belonging to the coleoptera order It is fast to reproduce and is responsible for preventing the healthy development of seedlings and trees preventing its use for various purposes Thus it becomes necessary to adopt an integrated pest management through its constant monitoring and the use of mechanical and physical control techniques Thus the objective was to carry out a bibliographic review on the management of Oncideres ocularis in Mimosa caesalpiniifolia Keywords Integrated management Sawdust beetle Pest control Sabia Resumen Mimosa caesalpiniifolia es un arbol leguminoso nativo y endémico de Brasil con distribuci6én geografica em la Caatinga Cerrado Amazonas y Mata Atlantica Su nombre mas popular es Sabia La especie se usa comunmente en programas para la recuperacion de areas degradadas la construccién de setos la fabricacidn de postes y postes la formacion de bosques energéticos la produccion de forraje ademas de ser melifera ornamental y utilizada en medicina tradicional por lo tanto tiene multiples usos Sin embargo la especie es vulnerable a los ataques del escarabajo Oncideres ocularis perteneciente al orden de los coledpteros Tiene una reproduccion rapida y es responsable de prevenir el desarrollo saludable de plantulas y arboles evitando su uso para diversos fines Asi se hace necesario adoptar un manejo integrado de plagas a través de su monitoreo constante y el uso de técnicas de control mecanico y fisico Asi el objetivo fue realizar una revision bibliografica sobre el manejo de Oncideres ocularis en Mimosa caesalpiniifolia 2 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9174601 Palabras clave Gestion integrada Escarabajo de aserrin Control de plagas Sabia 1 Introducao Mimosa caesalpiniifolia Benth 6 uma arvore leguminosa conhecida popularmente a depender da regiao como cebia sabia sansaodocampo e unhadegato sendo sabia o nome popular mais difundido Nativa e endémica do Brasil ja foi catalogada nos ecossistemas Caatinga Cerrado Amaz6nia e Mata Atlantica Naturalmente a espécie se distribui nos estados de Alagoas Bahia Ceara Maranhao Paraiba Pernambuco Piaui Rio Grande do Norte Sergipe e Minas Gerais mas devido a agaéo humana registrada atualmente em 21 estados regiao Norte Amazonas Para Rondénia Nordeste Bahia Ceara Maranhao Paraiba Pernambuco Piaui Rio Grande do Norte CentroOeste Distrito Federal Goias Mato Grosso do Sul Sudeste Espirito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro SAo Paulo e Sul Parana Santa Catarina abrangendo as cinco regides do pais Flora do Brasil 2020 Tratase de uma espécie com multiplos usos e representativo valor comercial No entanto vulneravel ao ataque do besouro Oncideres ocularis que impede o desenvolvimento saudavel de mudas e 4arvores interferindo diretamente na sobrevivéncia pois danificam o corpo vegetal e se reproduzem rapidamente intensificando os danos Alves 2011 O Fato torna inviavel 0 uso da espécie para extragao de madeira produgéo de mudas plantios de pequena a larga escala programas de recuperacéo de areas degradadas arborizacao urbana e outras atividades Dessa forma objetivouse realizar uma revisdo bibliografica sobre 0 manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia principal insetopraga da espécie 11 Mimosa caesalpiniifolia Benth A espécie semicaducifdlia apresenta ritidoma marromescamoso folhas recompostas ramos com espinhos flores brancocreme inflorescéncia tipo espiga e apresentase naturalmente com porte médio 410m de altura Figura 1 3 Figura 1 Mimosa caesalpiniifolia A habito de vida B ritidoma escamoso C ramos jovens D E folhas e F inflorescéncia ST MAAR aE agai Er a bei oS Sie RAIS the ne Ga rs fas Mie MOL a er Re eS Ra ac et ee a NN i aoe a SU pee ee ie Ay Bs beeen pe lies Be i fy HH ys i ay gee ge Sng eae Nihal Fe dh ve Lo s Ps Oe ee ee avs ey a rs FP i eS as Saad aS oH Be th y ee et ty a a Oe Pee et Se ee 7 ee ghey aa wae a Gr oo y A sa 2 ae FeaeMss say Oe nes We OS ee oo sk NY ee pagay iA Es hy oat eS Hi LD a wal tele arnt Re te ES a de Na Ae is See RS Eee fies qi 5 ae r eh XA wi cnet cy S Ea ot ok is Wa Pe ie 1 TE BY a ty SS a Be age 4 eta oh Se pee 8 ee aie oe Sar a yf ie h he oe tat ae S eg pee eee mee en We a le tae SL a eee Oe Sa tae ae be a a it We YD BX a 5 ia Ti Se yA Past f j 4 if A B k a ies es Fr Ay At aa Ue Oe TA 4 Peg EO EN i eo Pid ee 44s ih A ae war Py ca TIPPS CH hase 2 ee a og SAD os The eee ee oie he Tae oh a onli Cake Te Se i PRT a CoA teal cate i ase Oh ee 1 vo ea te a Baer 2 Rn a oie cc av Rome Pane ee et 4 hy JEANS im A F C a Oe site 1 oe Se oie 2 pea os r 7 5 a Se cea e ey pik 1 ag F a a Yea ees re 7 i SS ane ae MAO PNR serra ol oa Rg Saale mse BP es otf mK 9 ee a es pe Ce ye at pat IN a ol eal ie a ir Wa i ote Pa ae aoe a a ae ee ze i Wwe dae 85 oe ee Sy ri AMS er oe ss Sah Pook ae ba rs ra in a 2 or oe ete oi weet a we C é Kz 2 rs 2 Spe 4 Sa Loe ee ee q af Le er aw eS Pane ly ee mf Py F A Lae VD ee carer he Ee e Per f Ar e age ag aa ee eos A rf ot we W ra eR D Pai Pos Pasa lps fh E e Pe F a We Be at fine ergy Bi a cn i wn Pe a ES ee nae LOSES ttm J Fonte Dos autores 2020 Na Figura 1 observase por meio das fotografias de A a F as principais caracteristicas morfoldgicas de M caesalpiniifolia demonstrando de forma visual 6rgaos vegetativos caule ramos e folhas e reprodutivos inflorescéncia conjunto das flores E mostrado desde o comportamento da espécie quando agrupada e seu habito de vida arbéreo com crescimento entouceirado varios caules se originando do mesmo ponto em A a caracteristicas do caule evidenciando o ritidoma popularmente conhecido como casca com padrao escamoso em B ramos jovens com espinhos em C disposicéo das folhas nos ramos tipo de folha e inflorescéncia conjunto das flores tipo espiga em D E e F respectivamente Mimosa caesalpiniifolia ocorre espontaneamente em terrenos profundos principalmente em solos arenosos Em funcao de sua baixa exigéncia em fertilidade e Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 umidade apresenta bom desenvolvimento em solos mais pobres contudo para atividades com fins comerciais é recomendado que a planta seja suprida com nutrientes por meio de adubaao organica ou quimica para que obtenha melhores resultados de producao e qualidade da madeira Ribaski et al 2003 Ressaltase que caracteristicas que favorecem o uso da espécie em atividades comerciais como forma de crescimento e baixa exigéncia nutricional também contribuiram para o atual status de invasora em algumas areas no Brasil Base de dados nacional de espécies exoticas invasoras 2020 Devido seu rapido crescimento e elevada capacidade de rebrota apresenta potencial para compor programas de recuperagao de ambientes alterados Maia 2004 Além disto é uma importante espécie mantenedora da produgao de mel no Nordeste brasileiro De Mello Pereira 2004 A madeira utilizada na fabricagao de estacas postes portas mourdes dormentes e varas além de ser alternativa para constituicgao de florestas energéticas para a produao de carvao vegetal e lenha devido boas caracteristicas fisicoquimicas Outros usos da madeira compreendem tutores para apoio e sustentacao das plantades de uvas Serra 1997 quebravento ou cercaviva em fazendas loteamentos industrias e areas de mineracgao Barbosa Silva Barroso 2008 As folhas de alto valor nutritivo e frutos maduros ou secos sao forragens para bovinos caprinos e ovinos A infusaéo da casca é usada como expectorante ou tdnico no tratamento de doengas respiratorias como a bronquite e de uso externo a decocao das cascas usada para estancar sangramentos e lavagem de ferimentos Agra et al 2008 Ribaski et al 2003 A inflorescéncia usada pela populacgao do semiarido brasileiro no preparo de cha para o tratamento da hipertensao Santos et al 2015 Além do mais a arvore apresenta caracteristicas ornamentais principalmente pelo crescimento entouceirada Carvalho 2007 No entanto Mimosa caesalpiniifolia pode ser atacada em qualquer fase da vida por Oncideres ocularis Coledptero principal insetopraga da espécie Conhecido popularmente como vigadegalho O ocularis realiza anelamento dos galhos e logo apés a fémea usando suas mandibulas abre fissuras onde guarda seus ovos Figura 2 Monné 2002 Vulcano Pereira 1978 Em geral Oncideres spp so alguns dos insetos mais importantes em relaao a geracao de injurias e danos mecanicos na familia botanica Fabaceae Monné 2002 Vulcano Pereira 1978 5 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Figura 2 Ataque do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia t Oncideres ocularis II Morte dos individuos id bh Mimosa caesapiniifolia Gens YN I Anelamento yy Il Ovoposiciio Fonte Dos autores 2020 Na Figura 2 é esquematizado o processo do ataque do O ocularis em M caesalpiniifolia 0 item I exemplifica o anelamento dos ramos no individuo jovem muda ou adulto arvore causado pelo inseto seguido de sua consequéncia para a planta em III indicando a morte do individuo O item II demonstra a ovoposicao do inseto nas fissuras feitas pelo mesmo ato que caracteriza a parte do seu ciclo de reproduaéo que é dependente da planta Os ovos do Oncideres ocularis sao de coloracgao branca as larvas recémeclodidas possuem cor amarelopalido e seus corpos sao providos de pelos curtos Alves 2011 Os machos sao diferenciados das fémeas devido ao comprimento do Ultimo segmento antenal sendo que na fase adulta a diferenciacdo entre macho e fémea é a forma do ultimo segmento abdominal tendo a forma de v invertido nos machos e arredondado nas fémeas Estes insetos passam a maior parte da vida na fase larval vivendo cerca de um a trés anos como larva e apenas alguns dias como adulto apos 0 acasalamento Alves 2011 6 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 2 Metodologia Este estudo consiste em uma revisao bibliografica de carater qualitativo com base nas diretrizes propostas por Pereira Shitsuka Parreira Shitsuka 2018 a respeito do manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia A delimitagao do tema proposto baseouse na escassez de informaées disponiveis na literatura na contribuiao que esta pesquisa fornecera para outros trabalhos da comunidade cientifica e no conhecimento que a mesma proporcionara Apds delimitagao do tema foi estipulado um periodo de tempo para a coleta de dados a qual foi realizada nos meses de fevereiro e marco de 2020 As fontes de dados utilizadas consistiram em portais eletrénicos por meio de busca nas plataformas Periddicos da CAPES Coordenaaéo de Aperfeigoamento de Pessoal de Nivel Superior Google scholar Scielo Scientific Electronic Library Online e Elsevier As plataformas foram selecionadas de acordo a disponibilidade de consulta e relevancia permitindo o acesso a diversos periddicos nacionais e internacionais indexados Foi definido como critério de inclusao os artigos publicados em periddicos circulares técnicas e notas cientificas nos idiomas portugués inglés e espanhol sem definigao de um parametro cronol6gico ja que ha poucos exemplares disponiveis Outro critério considerado foram os descritores Oncideres ocularis Mimosa caesalpiniifolia e manejo visto que as respectivas palavras englobam as principais expressdes objeto de investigacao deste estudo Assim delimitouse os documentos de interesse para a realizacao da pesquisa Apos a selecao dos artigos conforme os critérios supracitados foi realizada a leitura exploratdoria leitura seletiva e escolha do material com base nos objetivos e tema deste estudo Foi feita a analise dos textos finalizando com a realizaao de leitura interpretativa e redacao do trabalho 3 Resultados e Discussao 31 Monitoramento do Oncideres ocularis Thomson O manejo de pragas florestais esta altamente vinculado ao monitoramento uma vez que existe grande necessidade de identificar os sitios com maiores densidades populacionais pois estes ja podem ter excedido os limiares econdmicos Wylie Speight 2012 Os autores ainda alertam que devido as dimens6es dos plantios florestais muitas vezes 0 monitoramento 7 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 correto e eficaz dificultado A maioria das tecnologias utilizadas no monitoramento de pragas florestais nos paises desenvolvidos como por exemplo armadilhas com semioquimicos ainda possuem custo elevado Associado a isto pesquisas dessa categorizacao sao escassas e exigem consideravel investimento assim os fatos contribuem para o baixo percentual de uso dessas armadilhas principalmente em paises tropicais Nadel et al 2012 Paises com clima tropical e detentores de grandes extensdes florestais como o Brasil tém a observagao dos trabalhadores a maneira mais simples e eficiente de se notar qualquer desordem nos empreendimentos florestais Assim os profissionais tomarao as medidas apropriadas ressaltando que estes olhos na floresta séo um componente importante no monitoramento Wylie Speight 2012 As técnicas de monitoramento variam de acordo o tipo de floresta Em plantios florestais normalmente se utiliza uma combinacao de técnicas aéreas e terrestres As técnicas terrestres envolvem dirigir e caminhar pela area de plantio geralmente uma equipe de dois observadores dirigem nas estradas em baixa velocidade procurando por sintomas ou sinais de pragas as rotas sao planejadas para fornecer uma amostragem sistematica da area Figura 3 Bulman et al 1999 As técnicas aéreas podem ser conduzidas na forma de esboco cartografico o que consiste em delinear a area do dano em mapas baseados na observacao de especialistas em satide florestal sobrevoando em uma pequena aeronave eou usando fotografias aéreas compreendendo a utilizagéo de imagens coloridas e infravermelho coloridas para estimar o nivel do dano e a mortalidade gerada pela praga Figura 3 Pywell Myhre 1992 Johnson Ross 2008 Figura 3 Monitoramento do Oncideres ocularis em plantios de Mimosa caesalpiniifolia I Monitoramento terrestre IL Monitoramento aéreo i i ee ae Fonte Dos autores 2020 8 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Na Figura 3 é esquematizado as técnicas de monitoramento para e controle do O ocularis junto com as principais diferencas entre os monitoramentos isto é terrestre e aéreo Percebese que no monitoramento terrestre item I ha rondas motorizadas em rotas previamente planejadas e no monitoramento aéreo item II é feito a delimitagao das areas por mapas e as areas de interesse sao fotografadas com 0 auxilio de VANTs Veiculos Aéreos Nao Tripulados 32 Estratégias e taticas de manejo de pragas Insetos se tornam pragas em decorréncia de fatores como a expansao da area de plantio de uma espécie uso de material genético restritivo para atingir alta produtividade bem como a adocgao de manejo silvicultural erréneo e fragmentagaéo dos ecossistemas florestais nativos nas proximidades dos empreendimentos O surto de pragas em povoamentos florestais segundo Iede 2012 se deve principalmente a auséncia de inimigos naturais e a atributos bioldgicos o que eleva a necessidade em elaborar programas de controle de pragas que sejam racionais e econdémicos 321 Manejo Integrado de Pragas MIP A adogaéo de medidas inadequadas de controle agrava o problema devido ao desconhecimento das relagdes ecolégicas que ocorrem entre o hospedeiro a praga e seus inimigos naturais e das condicées de clima e solo Jbid 2012 O manejo integrado de pragas MIP surge como uma etapa importante e decisiva para o empreendimento florestal uma vez que consiste no uso de todas as técnicas de controle disponiveis de maneira integrada a fim de reduzir danos econémicos causados por pragas com menos efeitos nocivos ao ambiente e ao ser humano Zanetti 2005 Picanco Gonring Oliveira 2010 O conceito de MIP foi e é amplamente difundido e bastante defendido para os cultivos florestais Sousa et al 2005 Desta forma como no MIP todos os métodos de controle tém seu espaco e importancia quando se tratam de plantios florestais o uso de agrotdxicos apresenta sérias restrigdes devendo ser usado apenas como Ultimo recurso no intuito de manter a estabilidade do ecossistema ou quando tratase de plantios com maior valor agregado Por outro lado o controle biolégico assim como os métodos fisicos silviculturais e mecanicos sao os que apresentam grande potencial de uso e de integracao Iede 2012 Sabese que cada método de controle possui sua relevancia No entanto 9 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 particularmente nenhum deles tem se mostrado em uma alternativa razodvel aos inumeros problemas apresentados pelas pragas nos plantios florestais e a utilizagao de medidas inadequadas de combate podem criar impasses maiores do que aqueles que deveriam ser resolvidos Sendo assim apods um longo periodo de uso intensivo de produtos quimicos o MIP é um caminho promissor que por meio de uma relagao mutua tem permitido avangos no setor florestal para pequenos e grandes produtores com adogao de praticas mais eficazes com maior seguranca ambiental social e econdmica 322 Controle silvicultural Inspecionar periodicamente o plantio a fim de detectar antecipadamente os surtos conhecer a distribuiao geografica da praga e posterior avaliagao da densidade populacional e definiao do melhor momento de intervencgao com vistas ao controle da incidéncia e aumento da densidade populacional do Oncideres ocularis Zanetti et al 2005 RemogaAo de todos os restos mortais Fig4 esse recurso nao extermina a atividade do Oncideres ocularis visto que constantemente ha probabilidade de reinfestacgao de adultos em locais com grande numero de hospedeiros nativos ou de outros plantios contiguos Quando executado corretamente minimiza 0 aumento populacional da praga a indices toleraveis pela cultura e impede o desenvolvimento da postura limitando o numero de larvas que formarao a proxima geracao Essa dinamica deve ser executada em plantios jovens pois apresenta resultados mais eficientes e tera de ser aplicada como atividade complementar de controle Figura 4 Remogao e descarte dos restos mortais de Mimosa caesalpiniifolia com larvas do Oncideres ocularis fA Py P Bin A ar t BPX oo ON SA AN II Descarte em local apropriado I Remogio dos restos mortais Fonte Dos autores 2020 10 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 A Figura 4 representa as medidas silviculturais que podem ser tomadas afim de se ter controle sobre a incidéncia do O ocularis Observase a remogao de todos os residuos da area seja folhas galhos arvores mortas e outros item I seguido pelo descarte em local adequado Item IT Os troncos ou galhos infestados deverao ser devidamente descartados dado que as larvas completam o seu ciclo de vida em material empilhado Figura 4 Zanetti et al 2005 323 Controle fisico e mecanico Uso de frascos com orificios grandes contendo mel ou melaco na concentraao de 10 para confinar os insetos Figura 5 associado a constante vistoria no plantio A substancia deve ser reposta toda semana Tornase necessaério aumentar a quantidade de frascos nos locais de maior confinamento Essa técnica deve ser executada em toda a area de ocorréncia do inseto a fim de prevenir reinfestacao Zanetti et al 2005 Figura 5 Armadilhas com mel e melaco para capturar Oncideres ocularis isd Vs isd asl Mi tale cal AM Fonte Dos autores 2020 A Figura 5 esquematiza o controle mecanico que consiste em colocar na area de plantio armadilhas feitas com potes abertos contendo melaco ou mel A substancia atrai os insetos para dentro dos potes que em contanto com a mesma nao conseguem sair e morrem diminuindo as chances de aumento populacional e posterior reinfestacao Eliminar todos os galhos com larvas tanto os que estiveram no solo quanto os que inicialmente ficaram suspensos nas arvores utilizando fogo Figura 6 A coleta dos galhos devera ser realizada alguns meses apds o encerramento total das atividades dos Oncideres ocularis O recolhimento devera ser realizado anualmente Lima 1940 11 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Figura 6 Coleta e incineracao dos galhos com larvas do Oncideres ocularis I Coleta de galhos infectados II Incineragao Fonte Dos autores 2020 Na Figura 6 é importante observar que é feita a remogao dos galhos infectados com ovos e larvas item I de O ocularis seguido pela incineragéo destes galhos item ID garantindo maior eficacia no controle 324 Controle quimico e biolégico Nao existe até o momento produto quimico comercial registrado Mapa 2019 e nao ha registros na literatura sobre agentes de controle vivo para Oncideres ocularis A falta de produto quimico comercial registrado para o controle do O ocularis deve se provavelmente 4 escassez de estudos e conhecimento aprofundado sobre a biologia do inseto A auséncia de registros na literatura a respeito da utilizagao de agentes vivos pode ser enfatizada pelos poucos estudos em relacao a biologia da praga dos seus inimigos naturais e da relacao entre a praga e o inimigo natural 4 Consideracoes Finais Oncideres ocularis 6 um insetopraga que pode causar prejuizos significativos a cultura de Mimosa caesalpiniifolia tanto nos individuos jovens quanto adultos O monitoramento desta praga deve ser constante e entre as técnicas de controle os mecanicos e fisicos sao os mais eficientes e de baixo custo Quando utilizados de forma integrada os resultados sao potencializados Atualmente nao existe controle quimico e bioldgico para a praga nesta cultura Os artigos que abordam diretamente 0 manejo do Oncideres ocularis em Mimosa caesalpiniifolia ainda sao poucos No entanto as informagées obtidas foram satisfatorias e contribuem para informagao sobre o processo Porém alertam a necessidade de realizagao de 12 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 pesquisas sobre este insetopraga no que se refere a implantaao de técnicas de combate e prevengao de danos gerados pela espécie Desta forma o objetivo da revisao bibliografica foi atingido visto que os trabalhos selecionados representam uma pequena amostra mas significativa a respeito da pesquisa cientifica que vem sendo realizada sobre 0 assunto Além disto a analise destas informac6ées fornece subsidios e suporte para a realizacao de pesquisas futuras Referéncias Agra M D F Silva K N Basilio I J L D Freitas P F D BarbosaFilho J M 2008 Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil Revista brasileira de farmacognosia 183 472508 Alves P G L 2011 Bioecologia de Oncideres ocularis Thomson col cerambycidae Doctoraldissertation Universidade Federal de Viosa Barbosa T R L Soares M Barroso D G 2008 Plantio de sabiazeiro Mimosa caesalpinifolia em pequenas e médias propriedades Niteroi Programa Rio Rural Base de dados nacional de espécies exoticas invasoras I3N Brasil Jnstituto Horus de Desenvolvimento e Conservagado Ambiental Florianopolis SC Disponivel em httpbdinstitutohorusorgbrwww Bulman L S Kimberley M O Gadgil P D 1999 Estimation of the efficiency of best detection surveys New Zealand Journal of Forestry Science 291 102115 Carvalho P E R 2007 Sabia Mimosa caesalpiniifolia Embrapa FlorestasCircular Técnica INFOTECAE De Mello Pereira F Freitas B M Alves J E Camargo R C R Lopes M T R Neto J M V Rocha R S 2004 Flora apicola no Nordeste Embrapa MeioNorteDocumentos INFOTECAE 13 Research Society and Development v 9 n 7 e787974601 2020 CC BY 40 ISSN 25253409 DOI httpdxdoiorg1033448rsdv9i74601 Iede E T 2012 Manejo integrado de pragas florestais In Embrapa FlorestasArtigo em anais de congresso ALICE In CONGRESSO FLORESTAL PARANAENSE 4 2012 Curitiba Anais Curitiba Malinovski Florestal 2012 CDROM Johnson E W Ross J 2008 Quantifyingerror in aerial survey data Australian Forestry 713 216222 Lima C 1940 Jnsetos do Brasil No 5957 LIM Escola Nacional de Agricultura Maia G N Maia G N Maia G N Maia G Maia G L Maia N Maia Campos P M B G 2004 Caatinga arvores arbustos e suas utilidades Mapa Ministério da Agricultura Pecuaria e Abastecimento 2019 Agrofit Disponivel em httpsbitly2na8kPO Mimosa in Flora do Brasil 2020 em construgao Jardim Botanico do Rio de Janeiro Disponivel em httpreflorajbrjgovbrreflorafloradobrasilFB18776 Monné M A 2002 Catalogue on the Neotropical Cerambycidae Coleoptera with known host plant PART IV Subfamily Lamiinae tribes Batocerini to Xenofreini Publ Avulsas Mus Nac 94 92 Nadel R L Wingfield M J Scholes M C Lawson S A Slippers B 2012 The potential for monitoring and control of insect pests in Southern Hemisphere forestry plantations using semiochemicals Annals of Forest Science 697 757767 Picancgo M C Gonring A Oliveira I 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ethnopharmacology 164 120128 Sousa N J Faria A B C Corréa R M Corréa F A S F Anjos R A M Buturi E Otto G M 2005 Manejo Integrado da Mariposadoalamo In SEMINARIO DE PROTECAO FLORESTAL 2 Blumenau Anais Fupef 1 CDROM Vulcano M A Pereira F S 1978 The genus Oncideres Serville 1835 Coleoptera Lamiidae in southern Brazil and adjacent countries a serious pest of orchards and silviculture Studia Entomologica 2014 177220 Wylie F R Speight M R 2012 Insect pests in tropical forestry CABI Zanetti R Santos A Dias N S Silva A S Carvalho G A 2005 Manejo integrado de pragas florestais Lavras Universidade Federal de Lavras Editora UFLA Zanetti R Santos A Dias N S Silva A S Carvalho G A 2005 Manejo integrado de pragas florestais Lavras Universidade Federal de Lavras Editora UFLA Porcentagem de contribuicao de cada autor no manuscrito Marcio Venicius Barbosa Xavier 25 Ana Paula Mota Fonseca 25 Elaine Soares de Almeida 25 Paulo Victor Alves de Oliveira 25 15