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Discente Disciplina Docente Prof Dr Leandro de Godoi Pinton AnoSemestre Atividade Resenha de artigo Modelo 1 Identificação da obra apresentar os dados bibliográficos essenciais Seguir as normas da ABNT em sua estruturação Exemplo BARROS J R ZAVATTINI J A Bases conceituais em climatologia geográfica Mercator Fortaleza v 8 n 3 p 255261 2009 2 Apresentação dos autores da obra Indicar alguns dados dos autores da obra resenhada formação acadêmica outras obras do autor áreas de atuação etc Sugestão consultar o currículo da Plataforma Lattes 3 Resumo da obra apresentação breve do assunto abordado perspectiva teórica e pontos essenciais do texto Entre 3 e 5 parágrafos Não copiar o texto evite o plágio Quando necessário utilizar citações diretas ou indiretas estruturadas conforme as normas da ABNT 4 Avaliação crítica apresentar a sua opinião sobre a obra Elabore texto argumentativo recorrer aos fundamentos de outras obras realizar comparações Utilizar no máximo 3 parágrafos Obs apesar da resenha ser um gênero textual breve cuidado para não estruturar o seu texto de forma superficial Na prática argumente sobre os principais pontos bons ou ruins do fato abordado evitando expressões como por exemplo eu não gostei 5 Recomendação da obra Fundamentado no resumo e na avaliação crítica indique a utilidade da obra Se for útil para um grupo específico detalhe esse grupo utilizar elementos pedagógicos escolaridade etc Utilizar no máximo 2 parágrafos 6 Referências apenas se utilizar outras obras na fundamentação de sua avaliação crítica Atenção A Resenha não é o Resumo da obra Cuidado na elaboração de sua resenha para evitar confusões entre esses gêneros textuais Uma boa dica é realizar uma simples busca no Google por resenhas de outras obras para o discernimento da estrutura padrão desse gênero textual eou realizar uma busca nas plataformas de revistas científicas Utilizar no máximo uma página e meia e preferencialmente uma página para a sua produção textual UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO Instituto de Educação Letras Artes Ciências Humanas e Sociais IELACHS Departamento de Geografia DEGEO Laboratório de Geomorfologia Clima e Solos LAGECS Nota REVISTA CAMINHOS DE GEOGRAFIA httpwwwseerufubrindexphpcaminhosdegeografia ISSN 16786343 DOI httpdoiorg1014393RCG227953890 Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 161 MAGNITUDES DO FENÔMENO DA ILHA DE CALOR URBANA EM SACRAMENTO MG PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DAS ZONAS CLIMÁTICAS LOCAIS EM CIDADE DE PEQUENO PORTE Leandro de Godoi Pinton Universidade Federal do Triângulo Mineiro Docente do Departamento de Geografia Uberaba MG Brasil leandropintonuftmedubr Maria Clara Aparecida Ribeiro Universidade Federal do Triângulo Mineiro Discente do Curso de Licenciatura em Geografia Uberaba MG Brasil mariaclaraapribeiro2010gmailcom Tainá Medeiros Suizu Universidade Federal de Goiás Doutoranda do Programa de PósGraduação em Ciências Ambientais Goiânia GO Brasil tainasuizuhotmailcom Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Universidade Estadual Paulista Livre Docente do Departamento de Geografia e do Programa de PósGraduação em Geografia Presidente Prudente SP Brasil margareteamorimunespbr RESUMO O presente estudo teve como objetivo avaliar as intensidades do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG cidade de pequeno porte que integra a Região Imediata de Uberaba MG com base nos princípios do sistema de classificação das Zonas Climáticas Locais A fim de atender tal proposição realizouse uma articulação entre os dados obtidos na escala local medidas móveis da temperatura do ar e metadados das propriedades da cobertura da superfície com aqueles representativos da dinâmica atmosférica regional de modo que fosse possível apreender as respostas dos condicionantes urbanos ao ritmo climático No plano teórico a investigação foi amparada pelo paradigma do Sistema Clima Urbano Sob condição atmosférica ideal verificouse a formação de ilha de calor urbana com magnitude grande 51ºC entre paisagens com diferenças substanciais de morfologia e material de superfície Ademais existe uma expressiva compatibilidade na termodinâmica das classes mais representativas da área de estudo com os padrões térmicos reportados em cidades de baixas e médias latitudes De modo geral admitese que este estudo configura a primeira aproximação do uso da estrutura divisional das paisagens em Zonas Climáticas Locais para a compreensão da ilha de calor urbana em cidade tropical brasileira de pequeno porte Palavraschave Climatologia Tropical Climatologia urbana Transectos móveis MAGNITUDES OF URBAN HEAT ISLAND PHENOMENON IN SACRAMENTO MG PERSPECTIVES FOR APPLICATION OF THE LOCAL CLIMATE ZONES SYSTEM IN A SMALL CITY ABSTRACT The present study aimed to evaluate the intensities of urban heat island phenomenon in Sacramento MG a small city that integrates the Immediate Region of Uberaba MG based on the principles of the Local Climate Zones classification system Articulation between the obtained data from the local scale mobile air temperature measurements and metadata of the surface cover properties with those representatives of the regional atmospheric dynamics was held to apprehend the responses of urban controls to the climatic rhythm Regarding the theoretical framework the investigation was supported by the paradigm of the Urban Climate System Under ideal atmospheric conditions a large urban heat island magnitude 51ºC was observed between landscapes with substantial differences in surface morphology and fabric Also there is expressive compatibility in the thermodynamics of the most representative classes in the study area with the thermal patterns reported in low and midlatitude cities In general this study represents the first attempt to use the divisional structure of landscapes in Local Climate Zones for the understanding of the urban heat island in a small Brazilian tropical city Keywords Tropical Climatology Urban Climatology Mobile transects Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 162 INTRODUÇÃO O modelo de urbanização do Brasil caracterizado por um crescimento desenfreado de espaços urbanos desprovidos de orientações em sua produção culminou na redução da resiliência das cidades e na definicao de areas com elevada vulnerabilidade natural e social Apesar da desaceleração nos últimos anos a Organização das Nações Unidas ONU 2019 estimou um aumento da taxa de urbanização do país de 87 para 92 no período 2018 2050 A relação desse perfil de urbanização com as mudanças climáticas em curso na escala global PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS IPCC 2015 configura um quadro de preocupações acerca dos problemas ambientais das cidades brasileiras oriundos das perturbações do clima SATTERTHWAITE et al 2007 RIBEIRO 2008 BALK et al 2009 MENDONÇA 2010 IPCC 2014 PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS PBMC 2014 2016 Assim como em outros países altamente urbanizados as modificações impostas nos componentes do sistema climático local pelo padrão das cidades do país expõem a população às implicações estresse térmico comprometimento da qualidade do ar aumento no consumo de energia e redefinição do planejamento urbano das ilhas de calor urbanas ICUs as quais podem ser acentuadas pelas mudanças climáticas globais VOOGT 2002 CORBURN 2009 IPCC 2014 Nessa perspectiva Huang et al 2019 apresentaram as projeções mundiais de intensificação das ICUs até 2050 segundo as tendências contínuas de expansão das áreas urbanas e das mudanças climáticas induzidas por um cenário de emissão média de gases de efeito estufa GEE constante no último relatório do IPCC De acordo com os autores esperase que as cidades tropicais especialmente aquelas do Hemisfério Sul experimentem um aquecimento médio de 02ºC a 03ºC podendo ultrapassar o valor de 1ºC No Brasil o quadro de referencia teoricometodologico para o estudo das ICUs sob a perspectiva geografica remonta ao Sistema Clima Urbano SCU de Monteiro 1976 cujo paradigma se mantém atual no ambito da Climatologia Urbana brasileira em razão de sua abertura para aperfeiçoamentos consoantes com os avanços científicos e tecnológicos mais recentes vinculados à temática Na fundamentacao do SCU Monteiro 1976 considera a ICU como o principal produto do subsistema termodinamico o qual possui no núcleo de sua estrutura a demanda por informações sobre o uso da terra a morfologia urbana e as suas funções para respaldar a compreensão dos processos de transformação e produção de energia que configuram o fenômeno A distinção desses componentes na organização interna do modelo converge às premissas do sistema de classificação das Zonas Climáticas Locais LCZs na sigla em inglês desenvolvido por Stewart 2011 e amplamente difundido em Stewart e Oke 2012 O sistema LCZ foi concebido para atender dois propósitos específicos sendo esses 1 padronizar a documentação dos metadados do local de mensuração das ICUs a fim de favorecer a comparação dos contrastes térmicos das combinações de paisagens no intraurbano e entre cidades e 2 fornecer um novo preceito para a quantificação das intensidades das ICUs STEWART e OKE 2012 O desenvolvimento desses pressupostos tem promovido avanços na comunicação e no refinamento de aspectos metodológicos dos estudos das ICUs Em relação à primeira contribuição o esquema LCZ facilita a comparação dos resultados por compreender que cada classe possui um regime próprio da temperatura do ar derivado da combinação exclusiva de um conjunto completo de propriedades físicas da superfície estrutura cobertura material e metabolismo No âmbito da contribuição metodológica a abordagem das LCZs viabiliza uma expressão consistente para mensurar as intensidades das ICUs a qual ainda institui uma representação mais ampla do fenômeno e de sua magnitude diante da definição tradicional Nesse contexto a medida da intensidade da ICU deixa de ser operacionalizada pela dicotomia urbano rural Tu r e passa a ser baseada nas diferenças de temperatura entre as classes LCZs TLCZ X Y Embora o sistema de classificação LCZ não tenha sido inicialmente projetado para o mapeamento completo das cidades esse procedimento se mostra promissor à compartimentação das áreas urbanas em paisagens distintas no campo termodinâmico pela combinação de propriedades físicas da superfície local Recentemente a busca pela adequação do sistema LCZ para fins de mapeamento resultou na sistematização de diversas propostas metodológicas automáticas e semiautomáticas para a produção de mapas padronizados de distintas cidades ao redor do mundo BECHTEL e DANEKE 2012 ALEXANDER e MILLS 2014 LELOVICS et al 2014 UNGER LELOVICS GAL 2014 BECHTEL et al 2015 LECONTE et al 2015 2017 CHIEPPA BUSH MITRA 2018 HIDALGO et al 2019 QIU et al 2019 REN et al 2019 Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 163 A revisão da literatura da Climatologia Urbana brasileira evidencia um quadro de subutilização do sistema LCZ como recurso ao estudo das ICUs no cenário nacional especialmente no emprego dessa abordagem para o mapeamento das áreas urbanas em tipos LCZs A adoção desse procedimento como estratégia de investigação das ICUs no Brasil restringese às pesquisas conduzidas em cidades de médio porte CARDOSO e AMORIM 2018 DORIGON 2019 e em grandes concentrações urbanas ANJOS 2017 FERREIRA 2019 FERREIRA e UGEDA JÚNIOR 2020 Assim admitese a necessidade de verificar a aplicabilidade dessa proposta teóricametodológica em centros urbanos menores do país Diante dessa conjuntura o presente estudo teve como objetivo avaliar as intensidades do fenômeno da ICU em cidade de pequeno porte com base nos princípios do sistema LCZ Essa avaliação foi realizada por meio do uso de dados da temperatura do ar obtidos na execução de transectos móveis na cidade de Sacramento MG em episódios representativos da primavera MATERIAL E MÉTODO Área de estudo A cidade de Sacramento MG foi selecionada como area de estudo Figura 1 em razão do enquadramento de seu perfil urbano no contexto da proposição De acordo com o censo demográfico de 2010 o município contava com 23896 habitantes sendo 19275 residentes em áreas urbanas os quais representavam 807 da população absoluta INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE 2011 Ao considerar a rede urbana como principal elemento de referência a área de estudo integra a Região Imediata de Uberaba MG que é composta por 10 municípios no total IBGE 2017 O sítio urbano de Sacramento MG possui relevo predominantemente ondulado com variação altimétrica de 799 m a 1008 m A sua paisagem está configurada em área do Bioma Cerrado sustentando formações florestais savânicas e campestres PROJETO MAPBIOMAS 2020 No que tange aos aspectos climáticos a área de estudo é caracterizada pelo tipo Aw DUBREUIL et al 2018 e compreende os climas regionais tropicais alternadamente secos e úmidos que são controlados por massas equatoriais e tropicais MONTEIRO 1973 Figura 1 Sacramento MG localização da área de estudo no contexto nacional e regional Fonte Elaborado pelos autores 2020 Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 164 METODOLOGIA A fundamentação teóricometodológica do estudo foi embasada nos princípios do SCU de Monteiro 1976 sendo a investigação do fenômeno da ICU da referida cidade amparada pelo referencial do subsistema termodinâmico Esse subsistema compreende o nível elementar do SCU pois permeia toda a sua estrutura e desempenha um papel fundamental na produção do balanço de energia líquida atuante no sistema A avaliação do produto desse subsistema em Sacramento MG foi realizada com base na articulação entre os dados obtidos na escala local medidas móveis da temperatura do ar e metadados das LCZs e aqueles representativos da dinâmica atmosférica do ambiente regional de modo que fosse possível compreender as respostas dos condicionantes urbanos ao ritmo climático O sistema de classificação das LCZs e a sua tipologia conceitual de magnitude da ICU As LCZs foram definidas formalmente por Stewart e Oke 2012 p 1884 como áreas de uniforme cobertura superficial estrutura material e atividades antropogênicas que abrangem centenas de metros até vários quilômetros em escala horizontal A concepção do sistema de classificação das LCZs é fundamentada na divisão da paisagem de acordo com a influência de propriedades da estrutura altura e espaçamento das edificações e das espécies arbóreas e da cobertura da superfície permeável ou impermeável no campo termodinâmico A combinação das propriedades culminou na composição de um conjunto padrão de 17 classes LCZs Figura 2 que são agrupadas em duas séries principais tipos edificados 1 10 e tipos de cobertura da terra A G Caso o estudo abarque uma classificação de curto intervalo temporal as notações da última série podem conter referências de propriedades sazonais ou efêmeras b w Para atender às particularidades de cada pesquisa o sistema ainda permite uma subclassificação por meio da associação entre as classes das referidas séries Figura 3 Figura 2 Sistema de classificação LCZ Fonte Adaptado de STEWART e OKE 2012 tradução nossa Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 165 Figura 3 Subclasses convenção e exemplos de combinações de tipos LCZs Fonte Elaborado pelos autores Apesar da instituição de subclasses LCZs favorecer a descrição física de uma paisagem Stewart e Oke 2012 realizaram as seguintes ressalvas quanto ao seu uso diante dos propósitos do sistema i o comprometimento da comunicação eou comparação das paisagens de distintos estudos ii a dificuldade de reconhecer previamente o seu comportamento termal em razão da inexistência de propriedades físicas prédefinidas no sistema e iii a relativização do contraste térmico com as LCZs de sua notação pois as diferenças térmicas entre LCZs sucessivas no conjunto padrão não ultrapassam 12ºC Assim as subclasses devem ser utilizadas em situações imprescindíveis segundo as características das paisagens da área de estudo O campo térmico das LCZs é espacialmente contínuo ou seja a condição do ar e suas propriedades de uma classe se funde de modo gradual com aquela existente nos limites das LCZs circunvizinhas formando áreas de transição térmica pela advecção Deste modo os referidos autores afirmam que cada LCZ deve ter um diâmetro mínimo de 400 a 1000 m correspondentes a um raio de 200 a 500 m respectivamente para que a porção do ar de sua camada superficial fique inteiramente no seu interior e não se sobreponha às LCZs adjacentes com distintas estruturas ou coberturas da terra O processo de classificação e mapeamento das LCZs do sítio urbano de Sacramento MG foi executado com base na adaptação de diretrizes de Stewart 2011 e na sistematização para decompor a malha urbana em tipos LCZs de Cardoso e Amorim 2018 Assim as seguintes etapas foram delineadas para efetivar esse procedimento i reconhecimento da diversidade paisagística da cidade e coleta de metadados de suas LCZs e ii classificação e mapeamento das LCZs Para a obtenção de resultados mais precisos nessas etapas devese atentar ao uso da escala local como premissa do esquema LCZ O desenvolvimento da etapa i envolveu trabalhos de campo e a análise de imagens de satélite da base de dados Esri World Imagery do software ArcGIS 106 Os dados extraídos dessas fontes possibilitaram a estruturação de fichas padronizadas para cada uma das LCZs identificadas na área de estudo conforme o layout gráfico de Stewart 2011 Na presente proposição tais fichas de dados contemplavam as definições ilustrações e gráficos de barras das propriedades físicas vinculadas à cobertura da superfície de cada LCZ É importante salientar que os metadados das propriedades da cobertura da superfície das LCZs proporção da área construída em b proporção impermeável da superfície em i e proporção permeável da superfície em v foram adquiridos na avaliação de amostras circulares contendo a dimensão mínima diâmetro de 400 m exigida no esquema de Stewart 2011 Embora as implicações relacionadas ao processo de subclassificação tenham sido consideradas durante a realização da etapa i houve a necessidade do uso de subclasses para caracterizar o universo paisagístico de Sacramento MG Dentre elas destacamse a LCZ 3B compacta de baixa elevação com vegetação arbórea esparsa e a LCZ 3D compacta de baixa elevação com vegetação rasteira As peculiaridades atreladas à localização do sítio urbano de Sacramento MG em área do Bioma Cerrado associadas com o típico padrão construtivo derivado de expansão da malha urbana desprovida de orientações na produção do espaço resultou na configuração de setores com heterogeneidade paisagística Assim a área de estudo é composta por alguns lotes com edificações compactas organizadas no entorno de fragmentos de mata ripária formação natural campestre ou de glebas às atividades agrícolas Em consonância com a proposta de Cardoso e Amorim 2018 a etapa ii foi conduzida por meio da codificação de cada quadra da malha urbana com a sua respectiva classe LCZ segundo a análise de imagens de satélite de alta resolução da base de dados Esri World Imagery do módulo ArcMap do ArcGIS 106 As fichas de dados das LCZs da área de estudo forneceram maior objetividade na definição das correspondências entre as paisagens das quadras e as classes LCZs As dificuldades encontradas Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 166 durante o processo de classificação foram superadas com o auxílio do guia prático de Stewart 2018 que exprime uma sequência lógica de etapas com perguntas e exercícios cognitivos voltados à identificação das LCZs em áreas com relativo grau de incerteza Além de contribuir para a padronização da comunicação nas investigações da Climatologia Urbana o sistema de classificação das LCZs possui como finalidade primordial o fornecimento de um novo protocolo para mensurar as intensidades do efeito das ICUs em qualquer cidade Diferentemente das abordagens tradicionais baseadas na expressão Tur a quantificação da intensidade das ICUs é dada pela diferença de temperatura entre as LCZs TLCZ X Y A aplicação desse preceito do sistema LCZ fornece maior significado às análises das intensidades das ICUs entre cidades e dos contrastes térmicos no espaço intraurbano pois viabiliza explicações fundamentadas nas relações da temperatura com a morfologia e o material da superfície Assim a ICU não é retratada como uma entidade singular de única magnitude e sim como um fenômeno composto por partes locais com magnitudes que variam conforme as distintas possibilidades de combinações existentes entre as LCZs da área de estudo STEWART 2011 No âmbito desse quadro conceitual proposto por Stewart 2011 para a distinção das magnitudes das ICUs as diferenças de temperatura entre as LCZs podem ser enquadradas nas seguintes categorias pequena 2ºC média 2 5ºC ou grande 5ºC A figura 4 representa a concepção das referidas categorias de magnitude das ICUs como resposta às diferenças na morfologia e no material de superfície das LCZs As extremidades do gráfico que compõem a figura 4 envolvem alguns exemplos de cenários possíveis de relações entre a morfologia e o material de superfície das LCZs e as suas respectivas magnitudes da ICU Figura 4 Tipologia conceitual das categorias de magnitude das ICUs com base no TLCZ Fonte Adaptado de STEWART 2011 tradução nossa Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 167 Stewart 2011 ressalta que a validação dessa tipologia da magnitude da ICU pressupõe o controle de condicionantes não urbanos externos às propriedades das LCZs por exemplo as variáveis geomorfométricas durante as análises da temperatura pois eles podem comprometer a leitura do efetivo papel desempenhado pelo urbano na definição da magnitude da ICU Com o intuito de atender essa recomendação foram considerados os valores de temperatura registrados nas amostras circulares das LCZs mais expressivas da área de estudo localizadas em setores com características similares em relação aos seus aspectos geomorfométricos hipsometria orientação das vertentes sombreamento do relevo e declividade Assim a definição das magnitudes da ICU de Sacramento MG compreendeu as diferenças térmicas entre as seguintes classes LCZs compacta de baixa elevação LCZ 3 compacta de baixa elevação com vegetação rasteira LCZ 3D compacta pouco consolidada de baixa elevação LCZ 7 grandes edificações de baixa elevação com vegetação rasteira LCZ 8D e vegetação rasteira LCZ D Os dados de temperatura dos pontos de amostragem dos transectos móveis inseridos no interior das amostras circulares das LCZs selecionadas foram tratados para a geração de recursos gráficos derivados de uma estatística descritiva da diferenciação térmica de cada classe LCZ e de suas respectivas magnitudes ao longo dos episódios seguindo a estrutura das representações de estudos baseados no esquema LCZ STEWART 2011 STEWART e OKE 2012 STEWART OKE KRAYENHOFF 2014 CARDOSO e AMORIM 2018 TRANSECTOS MÓVEIS A abordagem dos transectos móveis foi adotada na presente proposição em razão de sua ampla utilização nas mais distintas áreas de estudo CHANDLER 1962 1965 HUTCHEON et al 1967 KOPEC 1970 OKE 1973 OKE e MAXWELL 1975 BRAZEL e JOHNSON 1980 YAMASHITA 1996 SPRONKEN SMITH e OKE 1998 STEWART 2000 ALONSO LABAJO FIDALGO 2003 HEDQUIST e BRAZEL 2006 AMORIM et al 2009 SUN et al 2009 e de seu baixo custo operacional GARTLAND 2010 PORANGABA TEIXEIRA AMORIM 2017 A técnica consiste no registro da temperatura do ar ao longo de trajeto predeterminado que cubra locais representativos da paisagem urbana Em consonância com o padrão ideal de condições atmosféricas usualmente adotado para a determinação da intensidade das ICUs OKE e MAXWELL 1975 OKE 2006 AMORIM et al 2009 GARTLAND 2010 STEWART 2011 PORANGABA TEIXEIRA AMORIM 2017 os transectos ocorreram à noite 21h sob atuação de sistema anticiclônico responsável por estabilidade atmosférica caracterizada por calmaria ventos com velocidade 13 ms ou ventos fracos velocidade 3 ms céu sem ou com poucas nuvens e ausência de precipitação no período antecedente de 24h às campanhas de campo Este estudo apresenta 3 episódios da primavera 15 16 e 17 de dezembro de 2019 que se enquadram nas referidas condições sinóticas e de tipos de tempo A identificação desses episódios foi realizada com base na adoção de princípios do plano metodológico da análise rítmica de Monteiro 1971 envolvendo o monitoramento dos sistemas atmosféricos regionais segundo a apreciação conjunta de cartas sinóticas de superfície da Marinha do Brasil e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos CPTEC do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE imagens dos canais 09 e 13 do satélite Goes 16 da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais DAS do CPTECINPE e ainda os dados de elementos climáticos da estação meteorológica de superfície automática do município estação do INMET A525 Código OMM 86795 O cuidado com o controle associado aos sistemas atmosféricos atuantes e os tipos de tempo garantiu 1 a maximização dos contrastes térmicos ao longo das rotas dos transectos e consequentemente entre as principais LCZs da área de estudo e 2 a minimização da transferência via advecção do efeito das propriedades térmicas e de umidade de uma classe LCZ sobre os limites das demais identificadas na área de estudo As rotas dos transectos longitudinal 102 km e latitudinal 92 km foram estabelecidas com o intuito de atravessar os setores centrais das LCZs em distintos arranjos de variáveis geomorfométricas hipsometria orientação das vertentes sombreamento do relevo e declividade do sítio urbano de Sacramento MG Durante os trabalhos de campo um único veículo conduzido com velocidade máxima de 30 kmh percorria ambas as rotas em aproximadamente 1 h Para cada um dos episódios selecionados neste estudo os registros da temperatura do ar ocorreram de modo preciso nos locais definidos ao longo das rotas em intervalos regulares de 100 m totalizando 104 Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 168 pontos de coleta no percurso sulnorte e 93 no lesteoeste O rigor das mensurações nos mesmos locais de coleta durante as campanhas de campo foi alcançado pelo uso do aplicativo móvel App de mapas offline Avenza Maps contendo as rotas dos transectos e os seus respectivos pontos de coleta no intervalo de interesse sobre uma imagem de satélite da área de estudo Figura 5A A base de dados importada no App foi construída no modulo ArcMap do software ArcGIS 106 Cada rota foi vetorizada por meio da ferramenta de construção de feições do tipo polyline e os locais de amostragem definidos automaticamente pela função Construct Points da ferramenta de edição que permite a criação de pontos equidistantes na unidade de medida do mapa Posteriormente esses arquivos vetoriais foram exportados para o formato Keyhole Markup Language KML que é uma linguagem suportada para importação no App na forma de camadas passíveis de edição Em relação à imagem de satélite utilizada como referência para a navegação em campo com o App essa foi exportada da base de dados Esri World Imagery do referido software no formato GeoPDF Após vincular os vetores à imagem geoespacial no ambiente do App o Sistema de Posicionamento Global GPS interno do smartphone permitiu o rastreamento da localização precisa do automóvel perpassando pelos locais de coleta de dados ao longo das rotas Os registros dos valores da temperatura do ar foram realizados manualmente por membro da equipe de coleta de dados nos instantes da navegação que o automóvel se encontrava ao centro dos marcadores dos locais de amostragem Figura 5B Ressaltase ainda que o uso do App evitou a necessidade de memorização dos percursos pelo motorista Figura 5 Interfaces do Avenza Maps A Rotas dos transectos e pontos de amostragem da tºC do ar em Sacramento MG B Navegação e instante exato do registro da tºC do ar Fonte Elaborado pelos autores Diante do exposto admitese que o gerenciamento dos transectos via uso do referido App contribuiu para a maior precisão dos registros em campo amenizando as desvantagens reportadas em estudos FIALHO 2009 AMORIM 2017 que abordam os procedimentos metodológicos das medidas móveis As mensurações da temperatura do ar foram realizadas por meio de termohigrômetro digital modelo 766401000 com acurácia de 01ºC que foi acoplado na janela ao lado do passageiro em aparato estruturado com material de Policloreto de Vinila PVC Figura 6A segundo adaptações do modelo apresentado por Makido et al 2016 e Voelkel e Shandas 2017 Com base nesse aparato o sensor ficou posicionado 60 cm acima do teto do veículo e 2 m da superfície Figura 6B Por fim evidenciase a concessão de tempo suficiente 5 min à estabilização do sensor antes do início de cada rota em razão de sua exposição ao ar livre Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 169 Figura 6 Detalhes técnicos dos recursos utilizados nas campanhas de campo A Modelo da estrutura que sustenta o sensor B Modelo acoplado ao veículo Fonte Elaborado pelos autores RESULTADOS E DISCUSSÃO LCZs do sítio urbano de Sacramento MG A análise do mapa das LCZs de Sacramento MG revela a disposição espacial das paisagens de sua malha urbana e circunvizinhança Figura 7 exclusivamente compostas pelas seguintes classes LCZs 3 3B 3D 7 8 8D 10 A B D E e G No âmbito das tipologias edificadas a área de estudo é predominantemente constituída pela LCZ 3 centro e bairros antigos no setor sul sudoeste e noroeste e manchas relevantes da LCZ 3B em bairros suburbanos Ressaltase ainda a existência da LCZ 7 em bairro periférico do extremo sul da cidade Em relação aos tipos de cobertura da terra destacase a LCZ D que abarca quadras na periferia setores sudeste e oeste e extensas áreas no periurbano associadas respectivamente aos loteamentos residenciais para a população de maior poder aquisitivo e aos terrenos tipicamente rurais cobertos por formação natural campestre campo limpo ou espécies agrícolas pasto limpo ou canadeaçúcar Figura 7 Sacramento MG mapa das LCZs da malha urbana e circunvizinhança 2020 Fonte Elaborado pelos autores Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 170 Com exceção da inexistência dos tipos edificados de média e alta elevação comumente identificados no arranjo dos grandes centros urbanos brasileiros a configuração verificada no mapa das LCZs de Sacramento MG reproduz a típica estrutura morfológica das cidades do país que é caracterizada por i uma zona central antiga de elevada densidade construtiva com predomínio de materiais de construção pesados cobertura da terra essencialmente pavimentada poucas ou nenhuma árvore maior fluxo de tráfego e destinada às funções comercial e residencial ii bairros suburbanos consolidados com as referidas forma e funções constituindose em subcentros da cidade e iii bairros periféricos pouco consolidados de moradia popular eou espaços residenciais dotados de infraestrutura em razão da especulação imobiliária para atender as classes médiaalta Esse perfil foi delineado pelas transformações recentes nas relações entre os distintos níveis de cidades do país que acarretaram na transposição do crescimento horizontal rápido e desorganizado das cidades de maior porte àquelas de menor em razão da intensificação das interações entre tais centros urbanos IBGE 2016 2017 Em relação ao processo de mapeamento das LCZs adotado neste estudo os resultados obtidos demonstraram o seu elevado potencial de aplicabilidade para cidades de pequeno porte em consonância com o nível escalar que fundamenta o sistema LCZ Ademais admitese que o maior nível de detalhe do produto cartográfico final possibilitou a identificação de lotes individualizados no interior de extensas áreas homogêneas de algumas LCZs Esse maior refinamento impede o risco de superestimar a distribuição espacial de LCZs dos tipos edificados conforme reportado em estudos sobre as propostas metodológicas de mapeamento das LCZs LELOVICS et al 2014 BECHTEL et al 2015 HIDALGO et al 2019 e ainda fornece subsídios para o desenvolvimento de estudos microclimáticos no contexto da malha urbana da cidade No que tange aos metadados das LCZs selecionadas nas rotas dos transectos como representativas do sítio urbano de SacramentoMG Figura 8 os valores quantificados de propriedades da cobertura da superfície na área total de suas respectivas amostras circulares convergem àqueles estimados por Stewart 2011 às classes LCZs No caso das subclasses da área de estudo os valores obtidos compreendem uma mistura das medidas esperadas às classes da matriz LCZ envolvidas na combinação Figura 8 Sacramento MG metadados das principais LCZs 2020 Fonte Elaborado pelos autores Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 171 A correspondência entre as medidas quantificadas e as estimadas de metadados das principais LCZs identificadas em Sacramento MG valida a seleção dos setores adotados como representativos dos atributos dessas paisagens Ao considerar ainda a homogeneidade das características geomorfométricas desses locais admitese a obtenção de condições efetivas para verificar os efeitos térmicos da estrutura cobertura superficial material e atividades antropogênicas na definição das magnitudes da ICU da área de estudo Termodinâmica e intensidades das ICUs A estabilidade atmosférica durante os 3 episódios da primavera foi causada pela atuação da Massa Tropical Atlântica continentalizada mTac que manteve condições favoráveis Tabela 1 para o desenvolvimento da ICU em Sacramento MG Além da velocidade do vento e da quantidade de nuvens registradas em cada noite destacase a diminuição gradativa da umidade relativa durante o período pois o comportamento desse elemento climático contribuiu significativamente nas respostas diárias dos gradientes térmicos das LCZs selecionadas em relação à temperatura média dos transectos da primavera Figura 9 e ainda às intensidades da ICU formada nessas noites Figura 10 Tabela 1 Dados de elementos climáticos registrados às 21h e o sistema atmosférico atuante em cada noite dos transectos móveis dezembro de 2019 Data tC1 Vento1 Cobertura de nuvens2 Umidade1 Pressão1 Sistema Atmosférico Velocidade ms Direção3 Oktas Código METAR4 hPa 15122019 237 06 NE 3 4 Esparsas 66 913 mTac 16122019 235 09 N 1 2 Poucas 57 910 17122019 241 18 NE 1 2 Poucas 50 9102 1 Estação INMET A525 Código OMM 86795 2 Aeroporto de Uberaba MG SBUR IOWA STATE UNIVERSITY ISU 2020 3 Valor angular predominante ao longo do dia 4 Tradução nossa Fonte Elaborado pelos autores Figura 9 Sacramento MG gráfico da diferenciação térmica das LCZs com base nas temperaturas dos transectos móveis durante noites tranquilas e claras da primavera dezembro de 2019 Fonte Elaborado pelos autores Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 172 Figura 10 Sacramento MG gráfico da intensidade da ICU TLCZ XD durante os transectos móveis noturnos da primavera dezembro de 2019 Fonte Elaborado pelos autores No âmbito dos contrastes térmicos das LCZs em relação à temperatura média dos transectos da estação 232C a análise da Figura 9 permite a constatação de um padrão geral de temperaturas conduzido pela variação da geometria das edificações e das coberturas de superfície de cada classe LCZ As LCZs compostas por elevada densidade de edificações e cobertura essencialmente pavimentada LCZs 3 e 7 apresentaram desvios positivos durante todos os episódios enquanto aquelas com arranjo aberto de edificações situadas em terrenos com vegetação rasteira LCZ 8D ou com expressiva cobertura permeável LCD D foram caracterizadas por anomalias térmicas negativas em todas as noites de coleta de dados Os dados de temperatura nessas classes LCZs com superfícies predominantemente permeáveis evidenciam o papel da vegetação na dissipação do calor e ainda revelam a conformidade do aumento subsequente dos desvios negativos com a variação da umidade O efeito da vegetação ainda pôde ser verificado na atenuação da influência de propriedades urbanas da LCZ 3D no estabelecimento de seus contrastes térmicos e na definição da alternância de valores positivos e negativos entre os episódios A diferença média da temperatura das LCZs urbanas foi de 07C LCZ 7 08C LCZ 3 acima do valor médio dos transectos da primavera Figura 9 Em contrapartida as LCZs constituídas por cobertura uniforme de gramíneas exibiram uma diferença média de 22C LCZ D 25C LCZ 8D e 02C LCZ 3D durante a estação Figura 9 A diferenciação térmica interna de cada LCZ nos respectivos episódios da estação também converge para esse padrão sendo os maiores desvios positivos e negativos registrados no dia 17 de dezembro nas LCZs 7 13C e D 38C Outra constatação relevante dessa análise episódica foi a configuração de um decréscimo gradual não linear do conjunto de temperaturas da LCZ 3 para a LCZ D Figura 9 Essa tendência consistente de redução da temperatura entre as consecutivas LCZs das classes mais representativas do urbano em direção àquela típica da paisagem rural está em consonância com os resultados de pesquisas realizadas em cidades de clima temperado STEWART 2011 STEWART e OKE 2012 STEWART OKE KRAYENHOFF 2014 ALEXANDER e MILLS 2014 e de clima tropical CARDOSO e AMORIM 2018 Os contrastes térmicos entre as classes com morfologia e cobertura superficial similares oscilaram de 05ºC a 1ºC da LCZ 3 para a LCZ 7 ao longo dos episódios Essa variação está inserida no intervalo das diferenças térmicas 2ºC entre zonas semelhantes verificado por Stewart 2011 na estruturação do sistema LCZ Conforme também relatado pelo autor o aumento significativo das diferenças de geometria e cobertura da superfície entre as LCZs resulta na ampliação desses contrastes térmicos podendo exceder 5ºC Na área de estudo a maior diferença registrada foi de 51ºC entre as LCZ 7 e LCZ D no dia 17 de dezembro Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 173 Com base na temperatura média de cada LCZ na estação de primavera Figura 9 a maior diferença térmica interzonas foi de 32 C TLCZ 3 8D seguida pelos valores de 31ºC TLCZ 7 8D 30ºC TLCZ 3 D e 29ºC TLCZ 7 D enquanto que a menor diferença ocorreu no TLCZ 3 7 com o valor de 01C Embora fosse esperado os máximos contrastes de temperatura média entre as distintas classes urbanas com a LCZ D a extensa área permeável que envolve a LCZ 8D Figura 8 compensou os efeitos inerentes da fração construída das grandes edificações baixas Com o intuito de ampliar a comparação dos resultados obtidos neste estudo com os dados de outras cidades as intensidades da ICU em Sacramento MG também foram determinadas por meio da expressão TLCZ X D Na análise da média dos episódios de primavera a intensidade da ICU derivada dos emparelhamentos das classes selecionadas com a LCZ D variou de 03ºC TLCZ 8D D a 3ºC TLCZ 3 D com valores predominantes no intervalo da categoria de magnitude média Figura 10 Todavia as intensidades diárias entre esses pares de LCZ Figura 10 revelam a formação de ICUs de magnitude pequena a grande A relativização das diferenças de temperatura prevista na composição de subclasses estabeleceu a maior quantidade de dias com magnitude pequena nas operações envolvendo as LCZs 3D e 8D Em contrapartida as diferenças substanciais da morfologia e material de superfície instituídas nas respectivas relações das LCZs 3 e 7 com a LCZ D resultaram respectivamente na quantificação de medidas representativas das magnitudes média e grande A intensidade máxima foi registrada no valor de 51ºC em 17 de dezembro na notação TLCZ 7 D demonstrando a configuração de uma condição ótima da superfície e da atmosfera na formação de ICU com magnitude grande em cidade de pequeno porte da zona tropical durante a primavera Ao considerar as intensidades médias e diárias das ICUs obtidas neste estudo verificase uma expressiva compatibilidade com o padrão de temperatura de algumas combinações LCZs reportado em cidades de baixas e médias latitudes Figura 11 Figura 11 Comparação padronizada das intensidades da ICU entre cidades com base no TLCZ Fonte Elaborado pelos autores No cenário nacional as comparações foram restritas às diferenças térmicas de duas relações LCZs TLCZ 3 D TLCZ 7 D registradas por Cardoso e Amorim 2018 durante os transectos móveis executados em Presidente Prudente cidade de médio porte do Oeste Paulista Ressaltase que essa restrição decorre de Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 174 duas conjunturas i o referido estudo ser o único na literatura da Climatologia Urbana brasileira que incorporou o padrão de representações gráficas do esquema LCZ e ii a reduzida coincidência entre os pares LCZs selecionados nos estudos que pode ser atribuída às diferenças entre as paisagens urbanas devido ao porte das cidades ou às dificuldades da seleção de distintas zonas em cada sítio urbano sob a devida regulação da influência de condicionantes geoecológicos De modo geral existe uma correspondência razoável na termodinâmica das zonas compactas de baixa elevação consolidadas LCZ 3 e pouco consolidadas LCZ 7 em ambos os estudos tendo em vista o maior aquecimento dessas classes na relação com a LCZ D A intensidade obtida no TLCZ 3 D em Presidente Prudente SP foi 08ºC superior à Sacramento MG na média e apresentou valores acima de 03ºC Tmax e 11ºC Tmin na análise episódica A pequena diferença de temperaturas nessa comparação pode estar relacionada às distinções das características sazonais do clima tropical pois as mensurações em Presidente Prudente SP foram conduzidas no inverno sob o domínio da Massa Polar Atlântica que configura uma condição mais favorável para aumentar as diferenças entre as referidas LCZs em razão da menor umidade no solo e no ar Por outro lado o TLCZ 7 D em Sacramento MG foi de 29ºC na média com máxima diária de 51ºC e mínima de 13ºC Na cidade de Presidente Prudente SP por sua vez os valores alcançados foram respectivamente 22ºC 4ºC e 14ºC À medida que os metadados da LCZ 7 em Presidente Prudente SP demonstram que a sua composição está mais consolidada em relação ao arranjo de Sacramento MG admitese que a maior heterogeneidade das propriedades de superfície dessa LCZ na última cidade influencia no aumento da variabilidade de temperatura Dentre esses padrões de intensidade das ICUs em Sacramento MG evidenciase que os dados da relação entre a LCZ 3 e a LCZ D Tx 3ºC Tmax 41ºC Tmin 18ºC são equiparados às diferenças de temperatura mensuradas nesse TLCZ em cidades de clima temperado Figura 11 por meio de dados extraídos da realização de transectos móveis Alexander e Mills 2014 registraram um valor médio de 31ºC nessa combinação em Dublin na Irlanda Em noites individuais a temperatura máxima atingiu o valor de 4ºC e a mínima de 25ºC Na cidade de Szeged situada na Húngria Lelovics et al 2014 identificaram diferenças térmicas de 37ºC na média e na análise diária os valores alcançaram 29ºC no Tmin e 48ºC no Tmax Em Nagano Japão a temperatura média dessa relação na primaveraverão reportada por Stewart Oke Krayenhoff 2014 no valor de 075ºC foi a mais distante do conjunto de dados dessas cidades Apesar da reduzida diferença térmica os registros do TLCZ 3 D nessas cidades e as medidas obtidas em Sacramento MG demonstram a influência das estações do ano no ciclo das intensidades da ICU nesse par LCZ Em Dublin e Szeged os dados advêm de campanhas de campo conduzidas primordialmente no verão quando a posição da declinação solar contribui para o maior fornecimento de energia no sistema Essa condição explicita os pequenos desvios positivos da ICU quantificada nessas cidades em relação à Sacramento MG No caso de Nagano a inundação das áreas da LCZ D para o plantio de arroz durante a primaveraverão afeta a resposta da temperatura nas zonas rurais evidenciando os efeitos da sazonalidade na definição de marcante contraste com a intensidade média da ICU mensurada entre essas classes nas demais cidades De modo geral a semelhança constatada nos padrões de temperatura entre as cidades nas combinações das LCZs 3 e 7 com a LCZ D corrobora o fundamento de Stewart 2011 acerca do esquema LCZ proporcionar um refinamento da noção sugerida por Oke 1973 1981 para a possibilidade de comparação das magnitudes das ICUs em âmbito regional e continental A definição das magnitudes das ICUs pelo TLCZ minimiza as tentativas de explicação das diferenças entre as cidades com base na simples distinção do tamanho da população localização dos sítios urbanos e períodos de coleta de dados Em contrapartida a adoção dessa expressão estimula a interpretação do processo de formação desse fenômeno pelas propriedades de superfície que integram o sistema de classificação LCZ STEWART 2011 CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação do fenômeno da ICU em Sacramento MG sob a estrutura divisional do sistema de classificação LCZ se constitui na primeira aproximação do uso dessa perspectiva em cidade tropical brasileira de pequeno porte Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 175 A adoção dessa abordagem permitiu a conversão das paisagens da área de estudo em unidades locais que expressam características térmicas distintas como resposta aos parâmetros físicos da estrutura e cobertura da superfície Assim admitese que o mapeamento das LCZs se configura como procedimento preliminar essencial para a condução deste tipo de investigação Do ponto de vista metodológico a proposta de mapeamento empregada neste estudo possui um elevado potencial à categorização do sítio urbano de cidades de pequeno porte em nível de detalhe compatível à concepção do sistema LCZ Os resultados da análise do campo termodinâmico das classes mais representativas do universo paisagístico de Sacramento MG ao longo da primavera convergiram com os padrões térmicos registrados em estudos fundamentados conforme a presente sistematização sendo as LCZs compactas de baixa elevação mais aquecidas do que aquela composta predominantemente com cobertura permeável Essa conjuntura denota à seleção estratégica de sítios que expressam os efeitos térmicos das particularidades da morfologia e do material de superfície das principais LCZs da área de estudo Ademais o inerente controle de condicionantes não urbanos externos às LCZs respaldou a avaliação das intensidades das ICUs no intraurbano e na comparação entre distintas cidades Ao definir a magnitude das ICUs pelo TLCZ X D os contrastes térmicos entre os pares LCZs com diferenças significativas no arranjo de sua geometria e cobertura da superfície produziram registros no intervalo das categorias média e grande A determinação da LCZ D como classe representativa do rural nessa expressão validou a comparação das diferenças de temperatura obtidas em suas combinações com as LCZs 3 e 7 em diferentes cidades Na região tropical as medidas mensuradas em ambos os pares foram equiparadas com os dados de única cidade Ao mesmo tempo que esse contexto expõe uma lacuna na literatura da Climatologia Urbana tropical ele fomenta perspectivas promissoras de investigações fundamentadas na aplicação do esquema LCZ para avaliar as magnitudes do efeito das ICUs em cidades tropicais Os resultados similares da relação entre a LCZ 3 e a LCZ D com os estudos em cidades de latitudes médias fortalecem a potencialidade do sistema de classificação em promover a generalização das informações atreladas às magnitudes das ICUs em escalas mais amplas Dentre tais informações destacase o refinamento das explicações sobre a formação do fenômeno que passam a considerar as propriedades da superfície As pequenas diferenças nos valores médios e diários das intensidades das ICUs registradas nas cidades comparadas neste estudo manifestam aparentemente o efeito da sazonalidade Ao considerar a variação da intensidade média das ICUs noturnas conforme a sazonalidade do clima tropical típico com intensidades menores durante a estação chuvosa e maiores na seca ROTH 2007 verificase a necessidade de avaliações de episódios representativos das demais estações do ano para o melhor entendimento da configuração desse fenômeno em Sacramento MG A execução dessa proposição proporcionará o aumento de dados disponíveis para confirmar a relação ou diferenças sistemáticas dos pares LCZs entre cidades sob distintos tipos de clima Para a efetiva comparação das magnitudes das ICUs entre as cidades da mesma zona climática ou situadas em zonas distintas recomendase a contínua incorporação do arcabouço teóricometodológico do sistema LCZ nos estudos de Climatologia Urbana Acreditase que a cautela acerca dessa diretriz é essencial para as investigações das ICUs tendo em vista que por exemplo os modelos descritivos dessa classificação respaldam uma comunicação consistente dos metadados e dos padrões de temperatura das LCZs Por fim ressaltase que muitas cidades de pequeno porte do Brasil inseridas em regiões com tendência de crescimento urbano estão sujeitas à deterioração de aspectos fundamentais da vida dos indivíduos por exemplo saúde e economia pois as suas políticas de urbanização são frágeis para lidar com o afluxo de problemas ambientais com destaque àqueles relacionados ao clima urbano Assim é imprescindível a incorporação de preocupações sobre a natureza do clima dessas cidades para subsidiar o desenvolvimento de projetos urbanos visando tornálas resilientes aos impactos climáticos No contexto de Sacramento MG este estudo representa uma contribuição inicial para a compreensão das magnitudes das ICUs em cidades de pequeno porte que integram um segmento espacial mais amplo denominado pelo IBGE 2017 de Região Imediata de Uberaba MG Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 176 AGRADECIMENTOS Ao Programa de Pósdoutorado da Unesp Campus de Presidente Prudente SP pela concessão de estágio como pesquisador na Modalidade III PDIII ao primeiro autor Ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao Cientifica PIBIC vinculado à PróReitoria de Pesquisa e PósGraduação PROPPG da UFTM pela concessão de bolsa Edital n 082019 à discente do Curso de Licenciatura em Geografia que assina a coautoria deste trabalho À Renata dos Santos Cardoso Unesp Presidente Prudente pelas discussões acerca das LCZs REFERÊNCIAS ALEXANDER P J MILLS G Local Climate Classification and Dublins Urban Heat Island 2014 Atmosphere v 5 n 4 p 755774 out 2014 httpsdoiorg103390atmos5040755 ALONSO MS LABAJO J L FIDALGO M R Characteristics of the urban heat island in the city of Salamanca Spain Atmósfera v 16 n 3 p 137148 jul 2003 AMORIM M C de C T et al Características das ilhas de calor em cidades de porte médio exemplos de Presidente Prudente Brasil e Rennes França Confins n 7 2009 Disponível em httpsjournalsopeneditionorgconfins6070 Acesso em 9 abr 2020 httpsdoiorg104000confins6070 Teoria e método para o estudo das 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cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 178 MAKIDO Y et al Daytime variation of urban heat islands the case study of Doha Qatar Climate v 4 n 32 p 114 jun 2016 httpsdoiorg103390cli4020032 MENDONÇA F Riscos e vulnerabilidades socioambientais urbanos a contingência climática Mercator Fortaleza v 9 n 1 p 153163 dez 2010 MONTEIRO C A de F Análise rítmica em climatologia problemas da atualidade climática em São Paulo e achegas para um programa de trabalho Climatologia São Paulo n 1 p 121 1971 A dinamica climatica e as chuvas no Estado de Sao Paulo estudo geografico sob forma de atlas Sao Paulo Instituto de Geografia Universidade de Sao Paulo 1973 Teoria e Clima Urbano São Paulo USP 1976 OKE T R City size and the urban heat island Atmospheric Environment v 7 n 8 p 769779 ago 1973 httpsdoiorg1010160004698173901406 Canyon 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Climate change 2014 impacts adaptation and vulnerability Part A Global and sectoral aspects New York Cambridge University Press 2014 Climate change 2014 synthesis report Geneva IPCC 2015 PORANGABA G F O TEIXEIRA D C F AMORIM M C de C T Procedimentos metodológicos para análise das ilhas de calor em cidades de pequeno e médio porte Revista Brasileira de Climatologia Curitiba v 21 p 225247 juldez 2017 httpsdoiorg105380abclimav21i048832 PROJETO MAPBIOMAS Coleção 41 da série anual de mapas de cobertura e uso de solo do Brasil Disponível emhttpsplataformamapbiomasorg Acesso em 02 de abril de 2020 QIU C et al Local climate zonebased urban land cover classification from multiseasonal Sentinel2 images with a recurrent residual network ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing v 154 p 151162 ago 2019 httpsdoiorg101016jisprsjprs201905004 REN C et al Assessment of local climate zone classification maps of cities in China and feasible refinements Scientific Reports v 9 p 111 dez 2019 httpsdoiorg101038s41598019554449 RIBEIRO W C Impactos das mudanças climáticas em cidades no Brasil Parcerias estratégicas v 13 n 27 p 297322 dez 2008 ROTH M Review of urban climate research in subtropical regions International Journal of Climatology v 27 n 14 p 18591873 nov 2007 httpsdoiorg101002joc1591 SATTERTHWAITE D et al Building climate change resilience in urban areas and among urban Magnitudes do fenômeno da ilha de calor urbana em Sacramento MG perspectivas de aplicação do sistema das zonas climáticas locais em cidade de pequeno porte Leandro de Godoi Pinton Maria Clara Aparecida Ribeiro Tainá Medeiros Suizu Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim Caminhos de Geografia UberlândiaMG v 22 n 79 Fev2021 p 161179 Página 179 populations in lowand middle income nations London The International Institute of Environment and Development 2007 Disponível em httpspubsiiedorgpdfs10549IIEDpdf Acesso em 9 abr 2020 SPRONKENSMITH R A OKE T R The thermal regime of urban parks in two cities with different summer climates International Journal of Remote Sensing v 19 n 11 p 20852104 1998 httpsdoiorg101080014311698214884 STEWART I D Influence of meteorological conditions on the intensity and form of the urban heat island effect in Regina The Canadian Geographer v 44 n 3 p 271285 set 2000 httpsdoiorg101111j154100642000tb00709x Redefining the urban heat island 2011 352 p Thesis Doctor of Philosophy in Geography Faculty of Graduate Studies University of British Columbia Vancouver 2011 Developing a field guide to identify local climate zones in cities In INTERNATIONAL CONFERENCE ON URBAN CLIMATE 10 2018 New York City USA Proceedings New York City National Oceanic and Atmospheric Administration NOAA The International Association for Urban Climate IAUC and the American Meteorological Society AMS Board on the Urban Environment 2018 p 16 STEWART I D OKE T R Local climate zones for urban temperature studies Bulletin of the American Meteorological Society v 93 n 12 p 18791900 nov 2012 httpsdoiorg101175BAMSD11000191 STEWART I D OKE T R KRAYENHOFF E S Evaluation of the local climate zone scheme using temperature observations and model simulations International Journal of Climatology v 34 n 4 p 10621080 mar 2014 httpsdoiorg101002joc3746 SUN C Y et al Desert heat island study in winter by mobile transect and remote sensing techniques Theoretical and Applied Climatology v 98 n 34 p 323335 out 2009 httpsdoiorg101007s0070400901202 UNGER J LELOVICS E GAL T Local Climate Zone mapping using GIS methods in Szeged Hungarian Geographical Bulletin v 63 n 1 p 2941 2014 httpsdoiorg1015201hungeobull6313 VOELKEL J SHANDAS V Towards systematic prediction of urban heat islands grounding measurements assessing modeling techniques Climate v 5 n 41 p 117 jun 2017 httpsdoiorg103390cli5020041 VOOGT J A Urban Heat Island In DOUGLAS I Ed Encyclopedia of Global Environmental Change v 3 New York John Wiley Sons 2002 p 660666 YAMASHITA S Detailed structure of heat island phenomena from moving observations from electric tramcars in Metropolitan Tokyo Atmospheric Environment v 30 n 3 p 429435 fev 1996 httpsdoiorg1010161352231095000100 Recebido em 17042020 Aceito para publicação em 14082020 Discente Disciplina Docente Prof Dr Leandro de Godoi Pinton AnoSemestre Atividade Resenha de artigo Modelo 1 Identificação da obra PINTON L G et al MAGNITUDES DO FENÔMENO DA ILHA DE CALOR URBANA EM SACRAMENTO MG PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DAS ZONAS CLIMÁTICAS LOCAIS EM CIDADE DE PEQUENO PORTE Uberlândia MG 2021 2 Apresentação dos autores da obra Leandro de Godoi Pinton formado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro Docente do Departamento de Geografia Uberaba MG Brasil leandropintonuftmedubr Maria Clara Aparecida Ribeiro formado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro Discente do Curso de Licenciatura em Geografia Uberaba MG Brasil mariaclaraapribeiro2010gmailcom Tainá Medeiros Suizu formado na Universidade Federal de Goiás Doutoranda do Programa de PósGraduação em Ciências Ambientais Goiânia GO Brasil tainasuizuhotmailcom Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim formado na Universidade Estadual Paulista Livre Docente do Departamento de Geografia e do Programa de PósGraduação em Geografia Presidente Prudente SP Brasil margareteamorimunespbr 3 Resumo da obra O trabalho apresentou uma avaliação das intensidades do fenômeno da ilha de calor urbano de Sacramento utilizando o sistema de classificação de Zonas climáticas como base para a realização de seu estudo realizando uma articulação entre os dados obtidos na escala local com os representativos da dinâmica atmosférica regional Foi verificado no plano teórico a formação da ilha de calor urbano com magnitude grande entre paisagens com diferenças substanciais de morfologia e material de superfície além disso o estudo encontrou compatibilidade na termodinâmica das classes mais representativas com os padrões térmicos reportados em cidades de baixas e médias latitudes Por fim o trabalho concluiu que esse tipo de estudo foi uma grande aproximação do uso da estrutura divisional das paisagens em Zonas Climáticas Locais para a compreensão da ilha de calor urbana 4 Avaliação crítica Como apontado no texto a avaliação do fenômeno da ICU em Sacramento MG sob a estrutura divisional do sistema de classificação LCZ se constitui na primeira aproximação do uso dessa perspectiva em cidade tropical brasileira de pequeno porte pág 174 o que colaborou para que informações ricas nessa área de estudos fossem divulgadas principalmente por se tratar de uma região pequena cuja dificilmente é foco para esse tipo de estudo O trabalho em si forneceu um bom conteúdo visual e informativo se mantendo coeso e justificando não só as ferramentas e métodos utilizados como também apresentando de forma clara seus resultados Mesmo se tratando de uma área pouco comum para esse tipo de estudo os pontos negativos encontrados são quase nulos já que até mesmo nas considerações finais foi UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO Instituto de Educação Letras Artes Ciências Humanas e Sociais IELACHS Departamento de Geografia DEGEO Laboratório de Geomorfologia Clima e Solos LAGECS Nota possível até mesmo para leigos sobre o tema abordado entenderem todo o processo da pesquisa assim como seu objetivo 5 Recomendação da obra Essa obra se mostra de grande utilidade para estudantes de geografia que querem ingressar no campo de pesquisa e profissionais geólogos já formados que tem interesse em ampliar os estudos sobre o fenômeno da ilha de calor urbana em pequenas regiões