Analise Luminotecnica IFBA Vitoria da Conquista - NBR ISO CIE 8995-1

1 DOI 1055905rdelosv17n61028 ISSN 19885245 Originals received 09232024 Acceptance for publication 10212024 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Análise luminotécnica em ambientes do IFBA Campus Vitória da Conquista Lighting analysis in environments at IFBA Vitória da Conquista Campus Análisis de iluminación en ambientes IFBA Campus Vitória da Conquista Bruno Moura dos Santos Miranda Graduando de Engenharia Elétrica Instituição Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA Endereço Vitória da Conquista Bahia Brasil Email brunomiranda20gmailcom Giselle Francine Brito Muniz Graduanda de Engenharia Elétrica Instituição Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA Endereço Vitória da Conquista Bahia Brasil Email gisellemuniz16gmailcom Danilo Brito Almeida Pósgraduado em Engenharia Elétrica Instituição Universidade Paulista UNIP Endereço Vitória da Conquista Bahia Brasil Email danilobritoifbaedubr Joseane Oliveira da Silva Doutora em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense UENF Instituição Universidade Federal da Bahia UFBA Endereço Vitória da Conquista Bahia Brasil Email joseaneosifbaedubr RESUMO O presente artigo avalia as condições de iluminação em diferentes ambientes do Instituto Federal da Bahia Campus Vitória da Conquista com foco na conformidade com a norma NBR ISOCIE 89951 A pesquisa pautada em princípios de luminotécnica busca assegurar a qualidade da iluminação necessária para atender aos requisitos de conforto visual e segurança dos ocupantes Foram avaliados três ambientes distintos corredores um laboratório de informática e uma sala de reuniões A metodologia empregada envolveu medições fotométricas realizadas presencialmente com um luxímetro para determinar os níveis de iluminância complementadas por simulações computacionais no software DIALux Os achados indicaram que alguns ambientes não atendem aos parâmetros normativos Para solucionar essas inconsistências foram sugeridas intervenções no sistema de iluminação incluindo a troca de luminárias e lâmpadas com a finalidade de melhorar a uniformidade da luz e alinharse às normas vigentes Este estudo reforça a importância de avaliações luminotécnicas em contextos de atividades educacionais 2 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 visando à criação de espaços que favoreçam a segurança o conforto visual e a eficiência energética contribuindo para um ambiente de trabalho mais adequado para alunos e funcionários Palavraschave luminotécnica NBR ISOCIE 89951 avaliação de ambientes DIALux ABSTRACT This article evaluates the lighting conditions in different environments of the Instituto Federal da Bahia Vitória da Conquista Campus focusing on compliance with the NBR ISOCIE 89951 standard The research based on lighting engineering principles seeks to ensure the quality of lighting necessary to meet the requirements of visual comfort and safety of the occupants Three different environments were evaluated corridors a computer lab and a meeting room The applied methodology involved photometric measurements performed in person with a luxmeter to determine the illuminance levels complemented by computer simulations in the DIALux software The findings indicated that some environments do not meet the normative parameters To solve these inconsistencies interventions in the lighting system were suggested including the replacement of luminaires and bulbs in order to improve the uniformity of light and align with current standards This study reinforces the importance of lighting assessments in educational activity contexts aiming at creating spaces that favor safety visual comfort and energy efficiency contributing to a more suitable work environment for students and employees Keywords lighting NBR ISOCIE 89951 environmental assessment DIALux RESUMEN Este artículo evalúa las condiciones de iluminación en diferentes ambientes del Instituto Federal de Bahía Campus Vitória da Conquista centrándose en el cumplimiento de la norma NBR ISOCIE 89951 La investigación basada en principios de la tecnología de la iluminación busca garantizar la calidad de la iluminación necesaria para satisfacer los requisitos de confort visual y seguridad de los ocupantes Se evaluaron tres ambientes diferentes pasillos un laboratorio de computación y una sala de reuniones La metodología utilizada consistió en mediciones fotométricas realizadas presencialmente con un luxómetro para determinar los niveles de iluminancia complementadas con simulaciones por ordenador en el software DIALux Los hallazgos indicaron que algunos entornos no cumplen con los parámetros regulatorios Para resolver estas inconsistencias se sugirieron intervenciones en el sistema de iluminación incluido el cambio de luminarias y lámparas con el objetivo de mejorar la uniformidad lumínica y alinearse con los estándares actuales Este estudio refuerza la importancia de las evaluaciones de iluminación en contextos de actividades educativas con el objetivo de crear espacios que promuevan la seguridad el confort visual y la eficiencia energética contribuyendo a un ambiente de trabajo más adecuado para estudiantes y empleados Palabras clave luminotécnica NBR ISOCIE 89951 evaluación de ambientes DIALux 1 INTRODUÇÃO A qualidade da iluminação em ambientes laborais é fundamental para atender às 3 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 necessidades visuais e não visuais do organismo humano durante o exercício das atividades Direcionar a iluminação da área ao usuário abrange benefícios biológicos ópticos e sensoriais promovendo uma realização mais eficaz das tarefas Houser et al 2020 Diante da problemática com os diferentes níveis de iluminação em ambientes internos além de visar manter a integridade física dos usuários tornase necessário a realização de projetos luminotécnicos eficientes Nesse sentido conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a a norma NBR ISOCIE 89951 formaliza a devida representação de características de iluminação em ambientes de trabalho o que possibilita soluções energicamente eficientes e ergonomicamente saudáveis A norma NBR ISOCIE 89951 estabelece os critérios essenciais para o projeto luminotécnico considerando tanto a qualidade como o conforto o desempenho e a segurança visual dos trabalhadores quanto a quantidade abordando elementos como iluminância ofuscamento direcionalidade da luz aspectos da cor da luz e das superfícies cintilação luz natural e manutenção Além disso a Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a configura uma definição da área parcial no local de trabalho onde as tarefas visuais são realizadas e inclui cálculos para a escolha adequada de luminárias e lâmpadas para cada ambiente específico Em instituições de ensino a adequação dos ambientes de convivência e dos laboratórios aos requisitos estabelecidos para iluminação é fundamental para criar um ambiente propício ao desenvolvimento das atividades acadêmicas e de pesquisa A iluminação adequada não só impacta diretamente no conforto e na segurança visual dos alunos e pesquisadores mas também pode influenciar consideravelmente a precisão e os resultados das experiências realizadas nos laboratórios Dada a diversidade de atividades desenvolvidas em laboratórios universitários que variam desde análises químicas até experimentos biológicos e físicos é essencial que os requisitos de iluminação atendam às necessidades específicas de cada área de estudo Por exemplo no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Vitória da Conquista onde são ofertados semestralmente cursos como engenharia elétrica ambiental e civil além de cursos técnicos relacionados e demais graduações diversas atividades comuns como a montagem de circuitos de comandos elétricos instalações elétricas eletropneumáticos e eletrônicos soldagem de materiais e manipulação de reagentes químicos destacam a importância de uma iluminação adequada para garantir a segurança e a eficiência nessas práticas O campus 4 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 destacase ainda pela quantidade de grupos de pesquisa que se reúnem em salas próprias Observar os aspectos quantitativos como a luminância dos ambientes de convivência através de aparelhos específicos como o luxímetro e propor simulações com softwares de iluminação mostramse fundamentais haja vista a segurança dos usuários e exatidão nas atividades prestadas Nesse contexto o objetivo do presente trabalho é verificar o comportamento das instalações luminotécnicas de três ambientes específicos do IFBA Campus Vitória da Conquista a partir da observação das especificações da norma NBR ISOCIE 89951 aliado a propostas de adequações através do software DIALux em caso de desarmonia No final da introdução os objetivos do trabalho devem ser claramente delineados de forma específica e mensurável 2 LUMINOTÉCNICA Muitos ambientes internos e externos exigem uma iluminação compatível com seu macro propósito Niskier Macintyre 2021 Tal fator exige do projetista a elaboração de um estudo específico para qual seja necessário conhecimentos básicos em luminotécnica Esta seção visa fornecer uma visão teórica abrangente sobre aspectos essenciais da luminotécnica abordando conceitos fundamentais e compreensões das normas ABNT NBR ISOCIE 89951 a ser relevante ao projeto Além disso serão discutidas as características das lâmpadas e luminárias potência e localização bem como outros fundamentos do projeto luminotécnico feito em software 21 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Conceitos básicos como luz cores fluxo luminoso intensidade luminosa iluminância luminância e curvas fotoelétricas são grandezas que norteiam o dimensionamento de sistemas de iluminação internos e essenciais para a realização de um estudo luminotécnico eficaz 211 Luz A luz é a forma de radiação eletromagnética que tem a capacidade de gerar uma percepção 5 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 visual tal percepção somente é visível em comprimentos de onda entre 400 e 700 nanômetros Almeida 2024 Observase que toda fonte luminosa possui características de radiação própria que lhe confere propriedades específicas de reprodução de cores em objetos iluminados adequadamente Nery 2005 212 Cores A forma como um objeto é visto pelo olho humano é resultado da iluminação incidente sobre o mesmo A cor da luz é determinada pela sua composição espectral ou seja pelas diferentes frequências de onda que a compõem Para as cores do espectro visível a violeta possui menor comprimento de onda situada em 3800 a 4500 Å Ångström comprimento de onda unitário igual 1010 m e a luz vermelha é a de maior comprimento de onda visível entre 6400 e 7600 Å Creder 2021 A característica de visualização de cores é exibida na Figura 01 Figura 01 Espectro da luz visível Fonte Adaptada de Creder 2021 Ademais fatores como a temperatura da luz medida em Kelvin K definem as características das cores em determinado ambiente A Figura 02 denomina cores quentes médias ou frias a partir de sua relação de temperatura e tonalidade nos ambientes 6 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Figura 02 Relação entre temperatura e tonalidade das cores FonteAdaptada de Revista Potência 2024 Concomitantemente a Figura 02 conclui que a luz emitida por uma fonte luminosa se torna mais uniforme e adquire uma tonalidade mais branca à medida que a temperatura de cor aumenta Isso permite a adequação para ambientes onde a visibilidade é crucial para as atividades propostas 213 Fluxo Luminoso O fluxo luminoso Φ é a quantidade total de luz emitida por uma fonte luminosa entre os limites de comprimento de onda mencionados Almeida 2024 Medido em lúmens lm ele é responsável por estimular a retina ocular e causar a sensação de luminosidade no olho humano No sistema de iluminação artificial as lâmpadas conforme suas características construtivas apresentam diferenças em relação ao fluxo luminoso A eficiência dessas lâmpadas consiste na razão entre o fluxo luminoso emitido e a potência medida em lúmens por Watts lmW Observase ainda que quanto mais tempo o sistema estiver em operação menor será o fluxo luminoso transmitido Essa redução na saída luminosa ocorre devido ao envelhecimento dos componentes do sistema como lâmpadas e luminárias além de intemperismos do ambiente 214 Intensidade Luminosa A intensidade luminosa I é a potência da radiação luminosa em determinada direção devido a fonte de luz não ser capaz de emitir radiação luminosa por todas as direções igualmente medida em candelas cd Niskier Macintyre 2021 Representa ainda a razão entre o fluxo luminoso e o ângulo sólido definido como o ângulo formado no centro de uma esfera por uma 7 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 área em sua superfície cuja unidade de medida é o esterradiano Fernandes Filho Rocha 2021 conforme demonstra a equação 1 𝐼 𝜑 𝜔 1 em que I intensidade luminosa cd 𝜑 fluxo luminoso lm 𝜔 ângulo sólido graus 215 Iluminância Iluminância E ou iluminamento é a relação entre o fluxo luminoso e o quadrado da distância área da superfície dada pela equação 2 Almeida 2024 𝐸 𝜑 𝐴 2 em que E iluminância lux 𝜑 fluxo luminoso lm 𝜔 área da superfície m² O lux é definido como a iluminância numa superfície de um metro quadrado advindo de uma fonte puntiforme Observase que tal iluminância corresponde ao valor médio visto a incapacidade de distribuição uniforme de radiação luminosa No caso do ponto da superfície analisado encontrarse em posição oblíqua à fonte luminosa como no exemplo da Figura 3 sua descrição matemática é obtida na equação 03 8 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Figura 03 Iluminância oblíqua Fonte Adaptada de Niskier 2021 𝐸 𝐼 𝑑² cos θ 3 em que E iluminância lux I intensidade luminosa lm 𝑑 distância da fonte ao objeto m 𝜃 ângulo por ele formado graus 216 Luminância A luminância L representa a a intensidade luminosa produzida ou refletida por uma superfície aparente Nery 2005 Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas 2023 na norma NBR 152154 o olho humano percebe a superfície refletida como ponto gerador de luz essa reflexão é a luminância dada em 𝑐𝑑𝑚2 conforme a equação 4 𝐿 𝐼 𝐴 4 em que L luminância cdm² I intensidade luminosa lm 𝑑 área da superfície m² 9 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 217 Curvas Fotométricas As curvas fotométricas são representações gráficas que descrevem a distribuição da intensidade luminosa em diferentes direções a partir de uma fonte de luz Tais curvas disponibilizadas pelos fabricantes de lâmpadas e luminárias fornecem informações detalhadas sobre a distribuição espacial da luz emitida pelas fontes de iluminação incluindo a intensidade luminosa em diferentes ângulos de observação De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a essas informações são essenciais para a seleção adequada das luminárias e para o projeto eficiente de sistemas de iluminação que atendam aos requisitos de visibilidade e conforto visual nos ambientes como é o caso do campus Além disso as curvas fotométricas também podem ser utilizadas para avaliar a eficiência energética das luminárias auxiliando na identificação de áreas de concentração de luz e na redução do desperdício luminoso Para Creder 2021 a Figura 04 representa a fotometria que fornece a intensidade luminosa representada no plano que passa pela luminária 2070 2xT26 16W em diferentes direções Figura 04 Fotometria da luminária 2070 2xT26 16W Fonte Softlux 2024 Na Figura 04 estão apresentadas as curvas de distribuição de intensidades luminosas em cd nos planos longitudinal diagonal e transversal referentes ao modelo de luminária especificado 10 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 22 ABNT NBR ISOCIE 89951 Elaborada pela Comissão de de Estudo de Aplicações Luminotécnicas e Medições Fotométricas CE0303404 a parte I da norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente com conforto e segurança durante todo o período de trabalho segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a Para satisfazer aspectos qualitativos e quantitativos exigidos pelo ambiente a norma propõe alguns parâmetros que compactuem com a iluminação adequada Destacamse parâmetros como distribuição da luminância iluminância ofuscamento direcionalidade da luz aspectos da cor da luz e das superfícies cintilação luz natural e manutenção Associação Brasileira De Normas Técnicas 2013a A iluminância mantida representada por em é o nível mínimo de iluminância média mantido no plano de referência Por outro lado o Índice Unificado de Limite de Ofuscamento UGRL é o valor máximo permitido para o nível de ofuscamento unificado durante o projeto Por outro lado o Índice de Reprodução de Cor IRC indica o mínimo aceitável de reprodução de cor das lâmpadas especificadas no projeto esterradiano Fernandes Filho Rocha 2021 Tais fatores são requisitos de segurança e ergonomia para a realização da experiência prática no ambiente interno Observase que os valores referidos aos requisitos são tabelados de acordo à tarefa desempenhada e ao ambiente em questão Em situações não listadas recomendase a correlação com situações similares listadas Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a 221 Lâmpadas e Luminárias As lâmpadas são fontes de luz artificiais utilizadas na iluminação de ambientes A seleção da lâmpada a ser usada depende do uso previsto e de vários fatores como a quantidade de luz necessária a energia consumida a capacidade de reprodução de cores o custo entre outros Silva 2019 Dentre os principais tipos de lâmpadas temse as incandescentes as fluorescentes e as de LED As lâmpadas incandescentes são as que mais consomem energia entre as principais tecnologias de iluminação Isso ocorre porque seu funcionamento depende da passagem de 11 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 corrente elétrica por um filamento de tungstênio que aquece até ficar incandescente brilhante A maior parte da energia é dissipada em forma de calor Aproximadamente 90 da energia é transformada em calor e apenas 10 em luz Sendo gradualmente substituídas ao longo dos anos as lâmpadas incandescentes abaixo de 25W possuem apenas aplicações decorativas Cotrim 2008 As lâmpadas fluorescentes também dissipam calor mas em quantidades bem menores consumindo menos energia Elas funcionam utilizando uma descarga elétrica em um gás geralmente argônio e vapor de mercúrio para produzir luz ultravioleta que excita um revestimento de fósforo dentro da lâmpada emitindo luz visível Além de serem mais eficientes energeticamente as lâmpadas fluorescentes têm uma vida útil maior podendo chegar a 8 mil horas em comparação com as mil horas das lâmpadas incandescentes cujo filamento de tungstênio se desgasta com o uso São amplamente utilizadas tanto em ambientes internos quanto em iluminação pública devido à sua eficiência LÂMPADAS Incandescentes e Fluorescentes 2017 As lâmpadas de LED produzem luz quando uma corrente elétrica passa por um semicondutor emitindo fótons Elas são extremamente eficientes gerando muito pouco calor em comparação com outras lâmpadas Essa eficiência faz com que sejam amplamente utilizadas atualmente aplicadas em quase todos os setores As luminárias são responsáveis por abrigar proteger e orientar a luminosidade das lâmpadas além de possuir efeitos decorativos Niskier Macintyre 2021 A escolha da luminária adequada é dada pelo tipo de iluminação que se busca podendo ser direta semidireta indireta semiindireta e difusa A luminária deve atender ainda aspectos construtivos ergonômicos e econômicos do local a ser instalada tornando indispensável a consulta dos catálogos dos fabricantes Creder 2021 222 Fundamentos do Projeto O projeto de iluminação requer um estudo apurado visando apontar a solução mais propícia em função das atividades envolvidas arquitetura além de riscos à saúde Filho 2017 O planejamento luminotécnico define lâmpadas e luminárias observando a quantidade potência e localização Fernandes Filho Rocha 2021 12 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Ao projetar a iluminação para um ambiente interno os métodos de cálculo mais comuns incluem o método dos lúmens estabelecido pela Comissão Internacional de Iluminação CIE e o método ponto a ponto Este último se fundamenta na Lei de Lambert que estipula que a iluminância diminui inversamente ao quadrado da distância entre o ponto iluminado e a fonte de luz Kawasaki 2015 Como fator viabilizador dos estudos a utilização de softwares como o Dialux Softlux entre outros facilita a modelagem e simulação de sistemas de iluminação permitindo uma análise detalhada e precisa do desempenho luminotécnico de um ambiente Essas ferramentas dispõem de grande quantidade de dados de fabricantes dentro do padrão CIE a partir de ensaios em laboratórios credenciados 3 METODOLOGIA O fluxograma na Figura 05 representa as etapas da metodologia adotada para a realização da análise luminotécnica nos ambientes laboratoriais escolhidos Figura 05 Fotometria da luminária 2070 2xT26 16W Fonte Autoria própria 2024 Após realizada a pesquisa bibliográfica o processo metodológico iniciase com a caracterização dos espaços físicos analisados Em sequência realizamse os ensaios fotométricos com auxílio do luxímetro visando determinar a luminância de cada ambiente Com os aferimentos feitos observase preliminarmente se os laboratórios estão em consonância com a 13 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 NBR ISOCIE 89951 Em relação aos ambientes cujas luminâncias não atendam os critérios da norma a próxima etapa compreende a simulação computacional feita em software O objetivo é calcular a quantidade e distribuição ideais de lâmpadas e luminárias para cumprir com as regulamentações Por fim a última fase consiste na análise dos dados obtidos nos ensaios fotométricos e nas simulações feitas com o software DIALux 31 CARACTERIZAÇÃO DOS AMBIENTES A análise luminotécnica foi realizada no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia IFBA Campus Vitória da Conquista com a finalidade de determinar a iluminância em três diferentes ambientes de trabalho corredores selecionados um laboratório de informática e uma sala de reuniões de projetos de pesquisa ensino e extensão A escolha dos ambientes estudados priorizou áreas com constante fluxo de pessoas como o corredor localizado no bloco B da instituição dividido em duas partes para melhor análise e um dos laboratórios de informática mais frequentados pelos cursos em modalidade noturna haja vista a necessidade de um maior esforço ocular para realização da atividade Além disso incluiu se um local destinado a estudo leitura e planejamento de pesquisas exemplificado pela sala do Programa de Educação Tutorial Para verificar os níveis médios de iluminância desses ambientes específicos foi utilizada como referência a norma NBR ISOCIE 899512013 311 Instalações Após definir os ambientes a serem analisados foram medidas as dimensões de cada espaço físico Utilizando trena e nível obtiveramse as medidas de comprimento largura altura do pédireito fixado em 280m para todos os ambientes e dos planos de trabalho fixados em 70 cm no laboratório e na sala de pesquisa e no nível do solo no corredor A Tabela 1 apresenta as dimensões comprimento largura e área dos ambientes 14 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Tabela 1 Dimensões dos ambientes Ambientes Comprimentom Larguram Áream² Corredor 1 2783 17 4731 Corredor 2 306 17 5202 Laboratório de informática 151 565 8536 Sala de reuniões 66 576 3441 Fonte Autoria própria 2024 Observase que esse ambiente possui espaço fracionado o que diminui sua área útil Durante a caracterização dos ambientes fezse necessária a verificação dos dados de lâmpadas e luminárias Tais informações estão representadas na Tabela 2 Tabela 2 Detalhes das lâmpadas por ambiente Ambientes Qtd de lâmpadas Qtd De lâmpadas por luminárias Modelo das lâmpads Corredor 1 6 1 Lâmpada Alta Potência LED 30W Bivolt 6500K Corredor 2 8 1 Lâmpada Alta Potência LED 30W Bivolt 6500K Laboratório de informática 20 2 Lâmpada LED Tubo 18W 6500K Sala de reuniões 12 2 Lâmpada LED Tubo 18W 6500K Fonte Autoria própria 2024 312 Iluminância dos ambientes de acordo com a normas técnicas A norma NBR ISOCIE 89951 fornece valores de referência para iluminância orientando sobre as condições ideais de iluminação em diferentes situações Fernandes Filho Rocha 2021 Baseandose também na norma NBR ISOCIE 5413 os ambientes caracterizados como ambientes educacionais apresentam iluminâncias mantidas representadas na Tabela 3 conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas 1992 15 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Tabela 3 Classificação e Iluminância para Diferentes Ambientes Ambientes Classificação na NBR ISOCIE 89951 e NBR ISOCIE 5413 Iluminância mínima lux Corredor 1 Corredores e escadas 150 Corredor 2 Corredores e escadas 150 Laboratório de informática Salas de ensino de computador 500 Sala de reuniões Salas comuns de estudantes e salas de reunião 200 Fonte Autoria própria 2024 Além disso foram analisados os dados relativos à uniformidade dos níveis de iluminância em cada ambiente estudado A área destinada à realização de tarefas deve ser iluminada de forma homogênea garantindo que a distribuição da luz ocorra de maneira uniforme em toda a superfície de trabalho De acordo com a norma NBR ISO 89951 através de Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013a a uniformidade da iluminância na área de tarefa não pode ser inferior a 06 assegurando assim um ambiente visualmente confortável e adequado para a execução das atividades propostas 32 ENSAIO FOTOMÉTRICO PRESENCIAL Para a realização do ensaio fotométrico foram efetuadas medições com um luxímetro digital em diversos pontos de utilização dos ambientes analisados Para todos os ambientes aplicouse o método dos pontos respeitando a altura do plano de trabalho como altura de bancadas mesa do professor entre outros Com os dados coletados foi possível encontrar a iluminância média em lux de cada ambiente e posteriormente verificar a conformidade com os valores estabelecidos na norma conforme indicado na Tabela 3 O luxímetro é um instrumento digital projetado para medir a intensidade da iluminação em ambientes internos Sua operação baseiase em uma célula fotoelétrica conectada a um amperímetro de pequeno porte Quando exposta à luz essa célula gera uma corrente elétrica que é convertida em um valor de iluminância expresso em lux Fernandes Filho Rocha 2021 A Figura 06 ilustra o luxímetro modelo MT30 fabricado pela BSIDE utilizado para realizar as medições no presente estudo 16 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Figura 06 Luxímetro modelo MT30 Fonte Autoria própria 2024 321 Corredor 1 e 2 O corredor está localizado no bloco B do campus A escolha desse ambiente se justifica por ser uma via de transição frequentada por muitos discentes uma vez que conecta várias salas administrativas e salas de aula Devido à sua grande extensão o corredor foi dividido em duas seções para otimizar as medições e possíveis correções A Figura 07 ilustra a disposição das luminárias presentes no ambiente e os pontos de medição adotados conforme o método dos pontos Figura 07 Disposição de luminárias e pontos de medição no corredor parte 1 superior e parte 2 inferior Fonte Autoria própria 2024 322 Laboratório de informática O laboratório de informática é dedicado à realização de aulas práticas atendendo 17 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 disciplinas dos cursos de engenharia elétrica com foco em programação bem como disciplinas do curso de sistemas de informação O espaço é equipado com 8 mesas de 4 postos de trabalho à direita 6 mesas de 2 postos de trabalho à esquerda e 2 mesas de canto também com 2 postos de trabalho cada Ademais o laboratório conta com um quadro branco utilizado em aulas expositivas e demonstrativas especialmente eficaz para turmas reduzidas A Figura 08 ilustra a disposição das luminárias e dos pontos de medição adotados Figura 08 Disposição de luminárias e pontos de medição no laboratório de informática Fonte Autoria própria 2024 322 Sala de reuniões A sala de reuniões selecionada está equipada com uma ampla mesa central que comporta dez estações de trabalho Além disso dispõe de duas mesas laterais destinadas ao uso de computadores uma mesa de café com um assento e uma mesa redonda de estudos com quatro lugares A sala também inclui um sofá totalizando 17 postos de trabalho projetados para facilitar atividades de planejamento pesquisa e reuniões A Figura 09 ilustra a disposição das luminárias e os pontos de medição adotados 18 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Figura 09 Disposição de luminárias e pontos de medição na sala de reuniões Fonte Autoria própria 2024 33 SIMULAÇÕES EM SOFTWARE O software DIALux é uma ferramenta amplamente empregada em simulações e cálculos luminotécnicos para ambientes internos e externos sendo mundialmente reconhecido e utilizado por estudantes e profissionais de engenharia e arquitetura devido à complexidade e precisão de seus relatórios Este software incorpora dados de catálogos de fabricantes de lâmpadas e luminárias como Itaim Phillips Osram Lumicenter entre outros Esses dados incluem curvas de distribuição de intensidade luminosa potência eficiência luminosa temperatura de cor e índice de reprodução de cor IRC permitindo uma representação altamente fidedigna dos sistemas de iluminação dos ambientes simulados No presente estudo o DIALux foi utilizado para simular ambientes que não atenderam aos critérios mínimos de iluminância média estabelecidos pela norma NBR ISOCIE 89951 Nas simulações computacionais deuse prioridade à utilização de lâmpadas com características fotométricas eficientes garantindo a uniformidade e a potência propostas atualmente no campus Além disso foram consideradas opções adicionais de mudança estrutural em antecipação às futuras obras de infraestrutura previstas para o campus 19 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O ensaio fotométrico nos ambientes foi feito de acordo com as disposições de pontos apresentados na Figuras 07 08 e 09 respectivamente 41 CORREDOR 1 E 2 De acordo a Figura 07 foram dispostos 22 pontos divididos igualmente nas duas partes dos corredores Os valores obtidos das mensurações estão representados na Tabela 4 Tabela 4 Valores de iluminação em diferentes pontos do corredor Ponto Ilumlux Ponto Ilumlux 1 150 12 161 2 152 13 162 3 154 14 160 4 155 15 160 5 161 16 159 6 162 17 162 7 158 18 157 8 159 19 159 9 160 20 161 10 156 21 165 11 157 22 158 Fonte Autoria própria 2024 Com o levantamento de dados a iluminância média encontrada na parte 1 do corredor é de 157 lux enquanto na parte 2 é de 160 lux De acordo a Tabela 3 para corredores a iluminância mínima é de 150 lux logo ambos os corredores apresentam sistema de iluminação apropriado para a atividade que o caracteriza Embora os corredores 1 e 2 estejam equipados com um sistema de iluminação que atende aos requisitos mínimos de luminância eles apresentam falta de uniformidade na distribuição da luz o que compromete a funcionalidade do espaço Em razão desse problema foi necessário realizar ajustes no ambiente utilizando o software Dialux No ambiente simulado a primeira seção do corredor apresentou uma luminância média de 159 lux compatível com os valores estimados pelo método empírico dos pontos do luxímetro No entanto a uniformidade de iluminação nessa seção foi de apenas 0043 U1 o que está significativamente abaixo do valor mínimo de 06 exigido pela norma brasileira para corredores internos em edificações conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013b A Figura 20 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 10 ilustra a modelagem 3D da primeira parte do corredor realizada no software Dialux EVO sem ajustes utilizando as luminárias atuais bem como o perfil de uso ativo do ambiente e as curvas de nível de luminância Figura 10 Corredor seção 1 sem correção no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 De modo semelhante a segunda seção do corredor apresentou uma luminância média de 160 lux também compatível com os valores estimados pelo método empírico dos pontos utilizandose do luxímetro Entretanto a uniformidade de iluminação nesta seção foi de apenas 0057 U1 valor que assim como na primeira seção está significativamente abaixo do mínimo exigido de 06 pela norma brasileira para corredores internos de edificações Associação Brasileira de Normas Técnicas 2013b A Figura 11 apresenta a modelagem 3D da segunda parte do corredor realizada no software Dialux EVO sem correções utilizando as luminárias atualmente instaladas além de ilustrar o perfil de uso ativo do ambiente e as respectivas curvas de nível de luminância 21 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Figura 11 Corredor seção 2 sem correção no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 Diante da não conformidade com a norma observada em ambas as seções dos corredores foram realizadas simulações corretivas utilizando o mesmo software com o objetivo de adequar a uniformidade de iluminação aos padrões normativos exigidos Conforme citado considerouse as futuras obras planejadas para essas áreas do campus optando assim pela substituição das luminárias e lâmpadas atuais por modelos diferentes Foram escolhidas luminárias semelhantes às utilizadas na sala de reuniões e no laboratório de informática Lâmpada LED Tubo 18W 6500K visando a padronização do sistema de iluminação A Figura 12 apresenta a primeira seção do corredor no software DIALux após a simulação do sistema de iluminação proposto Observase um aumento no número de luminárias o que resultou em uma elevação tanto da luminância média agora registrada em 294 lux quanto da uniformidade que foi aprimorada para 065 Figura 12 Corredor seção 1 corrigido no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 22 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 De maneira análoga a segunda parte do corredor foi corrigida e representada na Figura 13 Verificase um aumento no número de luminárias o que resultou em uma elevação tanto da luminância média agora registrada em 245 lux quanto da uniformidade que foi aprimorada para 065 Figura 13 Corredor seção 2 corrigido no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 42 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA De acordo a Figura 08 foram dispostos 46 pontos medidos em cada posto de trabalho presente no laboratório Os valores obtidos das mensurações estão representados na Tabela 5 Tabela 5 Valores de iluminação em diferentes pontos do laboratório de informática Ponto Ilumlux Ponto Ilumlux Ponto Ilumlux 1 604 17 600 33 629 2 757 18 651 34 622 3 632 19 612 35 746 4 620 20 599 36 741 5 599 21 628 37 635 6 528 22 612 38 688 7 613 23 751 39 631 8 736 24 758 40 679 9 737 25 695 41 830 10 600 26 700 42 1051 11 593 27 732 43 881 12 598 28 721 44 786 13 614 29 669 45 847 14 623 30 782 46 943 23 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 15 601 31 662 16 599 32 638 Fonte Autoria própria 2024 Com o levantamento de dados a iluminância média encontrada no laboratório de informática é de 67441 lux De acordo a Tabela 3 para o ambiente em questão a iluminância mínima é de 500 lux com uniformidade de 062 logo o laboratório apresenta o sistema de iluminação apropriado para a atividade que o caracteriza A Figura 14 representa o ambiente simulado no software Figura 13 Laboratório de informática no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 43 SALA DE REUNIÕES De acordo a Figura 09 foram dispostos 17 pontos medidos em cada posto de trabalho presente na sala de reuniões Os valores obtidos das mensurações estão representados na Tabela 6 24 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Tabela 6 Valores de iluminação em diferentes pontos do corredor Ponto Ilumlux Ponto Ilumlux 1 747 10 549 2 771 11 688 3 767 12 628 4 761 13 733 5 331 14 724 6 696 15 693 7 655 16 538 8 624 17 576 9 652 Fonte Autoria própria 2024 Com o levantamento de dados a iluminância média encontrada na sala de reuniões é de 65488 lux De acordo a Tabela 3 para o ambiente em questão a iluminância mínima é de 200 lux e uniformidade de 065 logo a sala apresenta o sistema de iluminação mais que apropriado para as atividades que a caracterizam A Figura 15 representa a simulação feita no Dialux Figura 15 Sala de reuniões no software Dialux Evo Fonte Autoria própria 2024 44 COMPARATIVO A Tabela 7 representa um comparativo do levantamento dos dados obtidos nos ensaios dos 4 ambientes do IFBA Campus Vitória da Conquista 25 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 Tabela 7 Resumo comparativo dos resultados Ambientes Ilum média Ilum mínima Uniformidade Atende a norma Corredor 1 157 150 0043 Não Corredor 2 160 150 0057 Não Laboratório de informática 67441 500 062 Sim Sala de reuniões 65488 200 065 Sim Fonte Autoria própria 2024 Conforme apresentado na Tabela 7 tanto o laboratório de informática quanto a sala de reuniões cumprem os critérios mínimos de iluminância média estabelecidos pela NBR ISOCIE 89951 Entretanto os corredores identificados como parte 1 e parte 2 apresentam valores de uniformidade abaixo dos padrões normativos indicando níveis de iluminação insuficientes para as atividades realizadas nesses espaços 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para garantir que os ambientes em dissonância atendam plenamente às exigências da NBR ISOCIE 89951 é fundamental considerar tanto a intensidade luminosa quanto a distribuição uniforme da luz Nesse sentido recomendase a adoção de lâmpadas com maior fluxo luminoso o que contribuirá para melhorar a iluminação geral e atender aos níveis de luminância exigidos pela norma Além disso é aconselhável a utilização de luminárias projetadas para suportar duas lâmpadas o que permitirá uma iluminação mais eficiente e adequada às necessidades específicas de cada espaço Adicionalmente com base nas simulações realizadas no software DIALux foram desenvolvidas soluções customizadas para ajustar a iluminação desses ambientes aos requisitos da norma Essas soluções detalhadas nas Figuras 12 e 13 evidenciam que uma análise luminotécnica adequada não apenas alinha o ambiente às normas mas também promove o conforto e o bemestar necessários para os usuários 26 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 REFERÊNCIAS ALMEIDA Danilo Brito Luminotécnica Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia 2024 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 interior 1 ed Rio de Janeiro 2013b Norma Brasileira 89951 ISBN 978850789951 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 1521542023 Iluminação natural Parte 4 Verificação experimental das condições de iluminação natural interna Rio de Janeiro 2023 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5413 iluminância de interiores Rio de Janeiro Brasil 1992 Norma Brasileira ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISO 89951 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 Interior Rio de Janeiro ABNT 2013a COTRIM A A M B Instalações elétricas 2 ed São Paulo Prentice Hall Brasil 2008 Disponível em httpsbooksgooglecombrbooksidcB6nyAEACAAJ Acesso em 29 jun 2024 CREDER Hélio Instalações Elétricas 16 ed Rio de Janeiro LTC 2021 FERNANDES FILHO Antonio Marcos ROCHA Ednardo Pereira da Análise luminotécnica em ambientes do IFCE Campus Tabuleiro do Norte conforme NBR ISOCIE 89951 Departamento de Engenharia e Tecnologia Universidade Federal Rural do Semiárido Mossoró Brasil 2021 FILHO João Mamede Instalações elétricas industriais 9 ed S l LTC 2017 976 p HOUSER Kevin BOYCE Peter ZEITZER Jamie HERF Michael Humancentric lighting Myth magic or metaphor Lighting Research Technology v 53 p 147715352095844 out 2020 DOI 1011771477153520958448 KAWASAKI Juliana Iwashita Métodos de cálculo luminotécnico Revista O Setor Elétrico ed 74 2015 LÂMPADAS incandescentes e fluorescentes Disponível em httpswwwdeecvcefetmgbrlaCC82mpadasincandescentesefluorescentes Acesso em 30 jun 2024 NERY Norberto Instalações Elétricas 3 ed São Paulo Eltec 2005 NISKIER Julio MACINTYRE Archibald Instalações Elétricas 7 ed Rio de Janeiro LTC 2021 27 Revista DELOS Curitiba v17 n61 p 0127 2024 REVISTA POTÊNCIA Temperatura de cor é importante na escolha da lâmpada LED 2024 Disponível em httpsrevistapotenciacombrportalpotenciailuminacaotemperatura decoreimportantenaescolhadalampadaled Acesso em 14 jun 2024 SILVA Thales Rosa da Sistema de iluminação sustentável aplicado em pavilhões industriais 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Porto Alegre 2019