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Engenharia de Produção ·
Eletrotécnica
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA ENGENHARIA ELÉTRICA LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO PAULO AFONSO BA 2019 LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Federal da Bahia IFBA campus de Paulo Afonso como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica Orientador Prof Esp Saulo Farias Alves Coorientadora Profª Msc Danielle Bandeira de Mello Delgado PAULO AFONSO BA 2019 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP de acordo com ISBD F383 Ferreira Lorenna da Silva Estudo da iluminação artificial em ambientes hospitalares projeto luminotécnico do hospital municipal de Paulo Afonso Lorenna da Silva Ferreira Paulo Afonso 2019 76 f il color 30 cm Orientador Prof Esp Saulo Farias Alves Coorientadora Profa Me Danielle Bandeira de Mello Delgado Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Elétrica Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso 2019 1 Iluminação elétrica 2 Instalações elétricas Requisitos de segurança 3 Hospitais públicos I Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso II Alves Saulo Farias III Título CDD 62132 Elaborada por Ana Paula Santos Souza Teixeira CRB51779 TERMO DE APROVAÇÃO LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao colegiado de Engenharia Elétrica do Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso como requisito para obtenção do título de Engenheira Eletricista Aprovada em de de 2019 BANCA EXAMINADORA Prof Esp Saulo Farias Alves Profª MSc Danielle Bandeira de Mello Delgado Profª MSc Sandra Aleluia Hora da Costa Prof Esp Fernando Carlos Ferreira de Oliveira Aos meus pais Francisco e Sandra AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por ter me proporcionado momentos tão especiais e ter me dado forças para nunca desistir perante os desafios que enfrentei ao longo da carreira acadêmica À minha mãe Sandra por ser o meu refúgio fortaleza e sinônimo de perseverança Por acreditar em mim e sempre me mostrar que sou mais forte do que imagino Ao meu pai Francisco pelos valores que me transmitiu pela confiança depositada e por investir em mim e na minha formação facultandome o percurso até aqui À minha vó Auristela por ser sinônimo de amor carinho e força para a nossa família Pelo apoio e dedicação ao longo de toda a minha vida Às minhas tias Adriana e Marli por todo carinho e compreensão ao longo dessa caminhada e por terem me ajudado sem pestanejar durante esses anos Aos meus tios Adilson Jessé e Luciano por apoiarem as minhas escolhas incondicionalmente Em especial ao meu tio Adilson por ser esse homem íntegro e que cuida de mim como uma filha À minha tia Angela por ser essa mulher de fé guerreira e que lá no início foi a primeira que embarcou nesse sonho comigo À minha prima Haylane pelas orações e por toda cumplicidade E minha prima Nathália por ter me presenteado com Esterzinha tornando os meus dias mais felizes À minha irmã Beatriz por sempre compartilhar momentos de alegria e torcer por minhas conquistas À minha tia Célia por todos os ensinamentos palavras e por sempre me mostrar que com calma alegria e fé eu posso chegar muito mais longe Meus agradecimentos as minhas amigas Haiane Mariana e Suane por me mostrarem o valor de uma amizade e que nem a força do tempo nem distância pode destruir À Flávia Hellen e Ana por sempre me escutar pelas palavras de conforto e por toda diversão que me proporcionaram A caminhada em Paulo Afonso e todas as mudanças que vieram junto com a graduação não foram fáceis mas tive amigos que contribuíram para que eu chegasse até aqui Meus agradecimentos à Clara e Cida Santana pela hospitalidade e por me estenderem a mão para que eu pudesse dar o ponta pé inicial na minha vida em Paulo Afonso Agradeço a Elen Diogo e Caíque que estiveram comigo por muitos momentos e que foram os meus companheiros durante os primeiros semestres da graduação À Karol que caminhou ao meu lado durante toda graduação e que me transmitiu tantos ensinamentos que aprendi a respeitar admirar e que vi crescer ao enfrentar tantos obstáculos que encontramos nessa trajetória Aos meus amigos Roberta Damacio Ricardo e Rodney por serem meu sinônimo de família em Paulo Afonso pela amizade e companheirismo ao longo dessa jornada À minha amiga Joana por toda cumplicidade apoio durante este tempo e por ser um exemplo de determinação À Renato in memorian por iluminar as nossas vidas e nos mostrar o quanto precisamos aproveitar e amar o próximo Às minhas amigas Ananda Isadora e Samara que conheci nessa cidade que tanto me acolheu por tudo que fizeram por mim e que levarei comigo para o resto da vida Aos meus amigos Guildys Carlos e Nicolau pela amizade que levarei comigo após a graduação por todos os momentos que compartilhamos e por tudo que fizeram por mim nesses anos Meus agradecimentos à Sandra pela disposição e companheirismo nesses quatro anos de convivência À Thais Caires minha parceira da vida obrigada por cada momento por cada palavra obrigada pela oportunidade de compartilhar a minha vidagraduação contigo Foram quatro anos dividindo a casa os sonhos os planos e foi assim que ganhei uma irmã e uma filha também Para você Thais os meus mais sinceros agradecimentos Aos professores que contribuíram para a minha formação profissional em especial a professora Flávia Jorlane que acreditou em minha capacidade e tive a honra de ser monitora À Welber Miranda pela confiança e oportunidade em conhecer as maravilhas da pesquisa cientifica e com isso tornouse o meu mentor da vida e amigo Ao meu orientador Saulo Farias que aceitou o convite para essa jornada e por toda contribuição dada E minha coorientadora Danielle Delgado por todas as contribuições pelo apoio durante a graduação e por ser motivo de inspiração às mulheres na engenharia À Fernando por todo conhecimento apoio e por ser um exemplo de humildade e profissionalismo À família Luminus Jr pela oportunidade de trabalhar conviver e conhecer pessoas maravilhosas Agradeço ao Hospital Municipal de Paulo Afonso e todos os funcionários pela confiança depositada para que eu realizasse este trabalho RESUMO No Brasil a concepção dos projetos de iluminação de hospitais frequentemente se limita a satisfação das iluminâncias mínimas estabelecidas pelas normas Muitas vezes os ambientes são tratados de igual forma como se fossem únicos e não atendessem às diferentes necessidades assim não se criam espaços adequados para o devido uso Para garantir a segurança no ambiente hospitalar além de todos os elementos técnicos dos procedimentos é necessário que as condições lumínicas índices de ofuscamento e a uniformidade do local sejam as mais adequadas possíveis para reduzir as variáveis que podem afetar na qualidade do atendimento Este trabalho tem como objetivo verificar o atendimento à norma brasileira quanto aos níveis mínimos de iluminamento para o Hospital Municipal de Paulo Afonso e elaborar um projeto luminotécnico que atenda as normas assegurando o padrão técnico e segurança da instalação Assim foi necessário medir os níveis de iluminância do sistema atual da instituição e comparálos à norma ABNT NBR ISOCIE 89952013 que trata de iluminação em ambientes de trabalho em interiores Foram realizadas medições com o luxímetro para verificação de iluminância média nos locais de assistência médica Sendo expressa a necessidade de adequação foi proposto um projeto luminotécnico do sistema de iluminação elaborado através do software Dialux Evo Os resultados indicam que o sistema de iluminação estudado apresenta inconformidades com a maioria das recomendações e critérios normativos utilizados como parâmetros Portanto a aplicação do projeto é de grande relevância pois proporciona ganhos com a segurança conforto como também acarreta na melhoria das condições de trabalho dos que interagem efetivamente com a instituição Palavraschave Iluminação Ambiente hospitalar Níveis de iluminância ABSTRACT In Brazil the criation of hospital lighting projects is often limited comply with the basic rules Many times they are treated the same way as if they were only and didnt satisfy differents needs thus dont are adequately developed for each case For ensure the security in the hospital environment beyond all techinical elements of the process its necessary that the light conditions glare índices and the uniformity of the place are the most appropriate in order to reduce the variables that may affect the quality of the service The objective of this work is to verify the conformity with the Brazilian rules regarding minimum illumination levels for the Municipal Hospital of Paulo Afonso and to elaborate a lighting project that obey the rules ensuring the technical rules and safety of the installation Thus it was necessary to measure the illuminance levels of the institutions current system and compare them with the ISO IEC 8995 2013 rules which talk about with lighting in indoor work environments Measurements were made with the luxmeter to check for average illuminance at medical care locations Being expressed the need for adequacy a lighting project was proposed for the lighting system elaborated through the Dialux Evo software The results indicate that the system studied are inconsistente with most of the recommendations and normative criteria used as parameters Therefore the application of the project is of great relevance since it provides gains with safety comfort but also entails in improving the working conditions of those who interact effectively with the institution Keywords Lighting Hospital environment Iluminance levels LISTA DE FIGURAS Figura 1 Interseção dos aspectos da qualidade de iluminação segundo a IESNA 20 Figura 2 Espectro da frequência eletromagnética das ondas 21 Figura 3 Representação do conceito de intensidade luminosa 22 Figura 4 Distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais 23 Figura 5 Exemplificação de grandezas luminotécnicas 24 Figura 6 Escala de temperatura de cor 25 Figura 7 Composição da lâmpada fluorescente 26 Figura 8 Luminária 27 Figura 9 Rendimento da luminária em função do diâmetro da lâmpada 28 Figura 10 Ofuscamento direto e indireto 29 Figura 11 Área da tarefa 33 Figura 12 Área de tarefa e entorno imediato 33 Figura 13 Entrada do HMPA 36 Figura 14 Farmácia e área de circulação do HMPA 38 Figura 15 Leito e refeitório do HMPA 38 Figura 16 Medição de iluminância em ambientes retangulares com fileira única 39 Figura 17 Medição de iluminância em ambientes retangulares com duas ou mais fileiras 40 Figura 18 Exemplo de luminárias do sistema atual de iluminação 50 Figura 19 Luminária do sistema atual sem manutenção 50 Figura 20 Dados da lâmpada T10 PLUS 40W75750 51 Figura 21 Aspectos construtivos em 3D da sala de espera 52 Figura 22 Área da tarefa na coordenação de enfermagem 54 Figura 23 Vista lateral da coordenação de enfermagem 54 Figura 24 Visualização 2D e dados luminotécnicos para a coordenação de enfermagem 55 Figura 25 Vista frontal em 3D da cozinha no Dialux Evo 56 Figura 26 Vista lateral em 3D da cozinha 56 Figura 27 Simulação luminotécnica da sala de ECG 57 Figura 28 Simulação em 3D para o consultório de pediatria 58 Figura 29 Pontos de cálculo para o posto de medicação 58 Figura 30 Renderização do laboratório após simualação no Dialux Evo 60 Figura 31 Disposição das luminárias no laboratório 60 Figura 32 Recapitulação do leito C após simulação no Dialux Evo 62 Figura 33 Simulação em 3D para o leito C 62 Figura 34 Vista lateral em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo 64 Figura 35 Vista superior em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo 64 Figura 36 Luminárias utilizadas no projeto luminotécnico 65 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Requisitos para iluminação para áreas de assistência médica e da edificação 35 Tabela 2 Número de horas de serviços dos setores do hospital 43 Tabela 3 Verificação da iluminância média no setor administrativo 45 Tabela 4 Verificação de iluminância média no setor de serviços gerais 46 Tabela 5 Verificação de iluminância média no PS infantil 46 Tabela 6 Verificação de iluminância média no PS adulto 47 Tabela 7 Verificação da iluminância média na pediatria 48 Tabela 8 Verificação da iluminância média na clínica médica 49 Tabela 9 Dados técnicos das luminárias utilizadas 65 Tabela 10 Orçamento para o sistema de iluminação da unidade hospitalar 67 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Valores de ângulos de corte mínimo 34 Quadro 2 Potência instalada do sistema de iluminação interna do hospital 43 Quadro 3 Estimativa de consumo do sistema de iluminação 44 Quadro 4 Resultados do projeto luminotécnico do setor administrativo 53 Quadro 5 Resultados do projeto luminotécnico do setor de serviços gerais 55 Quadro 6 Resultados do projeto luminotécnico do PS infantil 57 Quadro 7 Resultados do projeto luminotécnico do PS adulto 59 Quadro 8 Resultados do projeto luminotécnico da pediatria 61 Quadro 9 Resultados do projeto luminotécnico da clínica médica 63 Quadro 10 Potência estimada para proposta de retrofit 66 Quadro 11 Consumo estimado para o hospital após retrofit 66 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CIE Comissão Internacional de Iluminação HMPA Hospital Municipal de Paulo Afonso IES Sociedade de Engenharia de Iluminação IESNA Sociedade de Engenharia de Iluminação Norte Americana IRC Índice de Reprodução de Cor LED Light Emitting Diode NBR Norma Brasileira Registrada PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica PS Pronto Socorro SUS Sistema Único de Saúde TC Temperatura de Cor UGR Índice de Ofuscamento Unificado SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 17 11 Objetivos 18 111 Geral 18 112 Específicos 18 12 Justificativa 18 2 REVISÃO DA LITERATURA 19 21 Iluminação saúde e bemestar 19 22 Conceitos luminotécnicos 20 221 Luz 20 222 Conforto luminoso 21 223 Fluxo luminoso ϕ 22 224 Intensidade luminosa 22 225 Luminância L 23 226 Iluminância ou iluminamento E 23 227 Índice de reprodução de cor IRC 24 228 Temperatura de cor 24 229 Lâmpadas 25 2291 Lâmpadas de descarga 25 2292 LED light emitting diodes Diodos emissores de luz 26 2210 Luminárias 27 23 Luz no ambiente hospitalar 28 231 Distribuição da densidade luminosa 28 232 Ofuscamento 29 233 Direção da luz e sombra 30 24 Critérios de projeto para iluminação artificial hospitalar 30 241 A iluminação geral e de tarefa 30 242 A especificação das lâmpadas 31 25 Legislação para projetos de iluminação artificial hospitalar 31 251 Iluminação de ambientes de trabalho 32 26 Software Dialux 35 3 METODOLOGIA 36 31 Descrição do hospital 36 32 Etapas metodológicas 37 321 Revisão bibliográfica 37 322 Procedimentos iniciais 37 323 Levantamento das características dos ambientes 37 324 Coleta de Dados 39 325 Simulação computacional 41 326 Levantamento de custo da proposta 41 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 42 41 Descrição dos espaços estudados e horários de funcionamento 42 42 Estimativa da potência instalada e consumo 43 43 Medição dos atuais níveis de iluminância 44 431 Análise dos atuais níveis de iluminância 49 44 Projeto luminotécnico da unidade hospitalar 51 441 Resultados da elaboração do projeto da unidade hospitalar 52 442 Características das luminárias utilizadas no projeto 65 45 Estimativa de potência e consumo do sistema de iluminação pós retrofit 66 46 Levantamento de custo da implantação do projeto luminotécnico 67 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 51 Sugestões para trabalhos futuros 69 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70 APÊNDICE A LEVANTAMENTO DE DADOS 72 APÊNDICE B PLANTA BAIXA DO HMPA 74 APÊNDICE C PROJETO LUMINOTÉCNICO 75 17 1 INTRODUÇÃO A iluminação artificial é uma componente essencial na elaboração de projetos o tipo de iluminação aplicada irá caracterizar a edificação cumprindo com o seu papel funcional quando escolhida adequadamente e possibilitando o exercício das atividades visuais A iluminação é um elemento fundamental para o bemestar físico e mental daqueles que fazem uso de um determinado ambiente Uma boa iluminação é de grande importância nos hospitais por três razões visão apropriada efeito psicológico e proteção à infecção Quanto a visão é importante em um ambiente hospitalar para a interpretação de valores em equipamentos e enxergar as anormalidades na cor da pele das feridas dos lábios e os demais procedimentos médicos necessários RIBEIRO 2014 Quanto aos fatores psicológicos para Koth 2013 p 2 um bom projeto luminotécnico hospitalar ajuda no processo terapêutico colaborando com o equilíbrio do corpo e da mente O uso adequado promove o bemestar dos pacientes e até mesmo funcionários Para proteção à infecção a luz natural é de grande importância sendo a luz solar a mais rápida em sua efetividade germicida que é refletida pelo céu ou pelas nuvens KOTH 2013 A adoção de normas além de ser uma exigência técnica profissional conduz a resultados altamente positivos no desempenho operativo das instalações garantindolhes segurança e durabilidade MAMEDE 2017 De acordo com o manual de iluminação eficiente do PROCEL 2011 p 7 vários trabalhos desenvolvidos no Brasil mostram alguns problemas frequentes nas edificações existentes seja pública ou privada o sistema de iluminação geralmente se encontra fora dos padrões técnicos adequados Segundo Koth 2013 p 3 é realidade constante que grande parte dos hospitais brasileiros é desprovida de qualquer projeto de cor e iluminação Pelo que se percebe todos os ambientes são tratados da mesma forma como se tivessem sempre a mesma função Alguns dos problemas frequentes em instalações desprovidas de projeto luminotécnico são refletidas tanto no consumo elevado de energia elétrica com a utilização de equipamento com baixa eficiência quanto no dimensionamento incorreto de iluminação podendo causar ofuscamentos pelo resultado da luz indesejada no campo visual bem como acarretar uma visão inadequada ao ato de conduzir determinada atividade ambas implicam em condições propicias a acidentes A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento reflexos incômodos sombras e contrastes excessivos MTE 2009 18 11 Objetivos 111 Geral Desenvolver um projeto luminotécnico dentro dos padrões exigidos pela norma ABNT NBR ISSOCIE 899512013 para o sistema de iluminação do Hospital Municipal de Paulo Afonso 112 Específicos Apresentar a atual situação do sistema de iluminação do hospital Aferir os níveis de iluminância e comparar com os valores estabelecidos pelas normas vigentes Pesquisar lâmpadas e luminárias que atendem as necessidades do recinto Abordar uma proposta de retrofit baseada na atual situação do hospital Elaborar o projeto luminotécnico através de simulação no software livre Dialux Apresentar uma análise de custo da proposta de retrofit e implantação do projeto 12 Justificativa Por se tratar de assistência à saúde o serviço prestado em hospitais tem cunho social e afeta toda a região que está inserido Uma iluminação hospitalar eficiente além de estabelecer o bemestar e a ergonomia também pode alcançar uma possível economia de energia elétrica na edificação Durante um prévio levantamento de dados não foram encontradas informações a respeito do sistema de iluminação do hospital dos valores quantificáveis da iluminância questão de uniformidade desconforto referente ao ofuscamento e índice de reprodução de cor E levandose em consideração que os hospitais utilizam a iluminação artificial em todo o seu período de funcionamento adotar estratégias para utilizar a luz em benefício de pacientes e funcionários tornase algo fundamental Nesse contexto a presente pesquisa ganha relevância uma vez que visa confeccionar um projeto que obedeça às normas a fim de que seja assegurado um padrão técnico na operação e segurança da instalação 19 2 REVISÃO DA LITERATURA 21 Iluminação saúde e bemestar Uma iluminação que permite as pessoas verem adequadamente se moverem com segurança e desempenharem atividades visuais de forma eficiente é considerada boa e adequada para propiciar condições mais saudáveis e satisfatórias para o ser humano Portanto é necessária uma atenção à quantidade e à qualidade da iluminação dos ambientes ABNT 2013 No final do século XIX com o surgimento da lâmpada elétrica o homem começou a se interessar pela produção e utilização da luz artificial Permitindo a execução de tarefas que a priori não eram realizadas à noite como a realização de cirurgias O avanço tecnológico do século XX atingiu o ambiente hospitalar e aumentou a necessidade de uma maior eficiência energética nas lâmpadas que eram empregadas nos equipamentos hospitalares dependentes de energia elétrica ALMEIDA 2014 De uma forma geral do ponto de vista econômico e ambiental a iluminação deve aumentar a economia e eficiência energética considerando os recursos naturais No aspecto da arquitetura um bom projeto luminotécnico deve associarse com os elementos arquitetônicos E em relação ao enfoque humano segundo Almeida 2014 p 21 a iluminação deve integrar boas condições físicas adequadas para a visão assegurar a manutenção da boa saúde e do bem estar além do desempenho da tarefa da comunicação interpessoal e da apreciação estética No ambiente hospitalar a iluminação deve ser aliada do ambiente ela não deve ser notada mas deve sim se encaixar como algo natural ao bom andamento dos trabalhos Ela nunca deve incomodar ou atrapalhar ela deve ser aliada Os ajustes de iluminação artificial para cada situação dentro de uma instituição de saúde permitem a entrega de uma melhor qualidade no atendimento podem ajudar a reduzir o estresse dos pacientes e funcionários melhorar o desempenho e até reduzir erros médicos e acidentes de trabalho RIBEIRO 2014 Importantes estudos mostram que a iluminação adequada é capaz de mostrar resultados positivos na saúde das pessoas O modelo da qualidade de iluminação apresentado na Figura 1 desenvolvido pela Sociedade de Engenharia de Iluminação Norte Americana IESNA mostra que o dimensionamento de um sistema de iluminação de um ambiente é considerado satisfatório à medida que integra os aspectos das necessidades humanas econômicos ambientais e a arquitetura 20 Figura 1 Interseção dos aspectos da qualidade de iluminação segundo a IESNA Fonte Almeida 2014 22 Conceitos luminotécnicos Através da luminotécnica é possível definir e aplicar o estudo da iluminação artificial atendendo os padrões estabelecidos pela norma ao mesmo tempo que permite a redução no consumo de energia Uma iluminação artificial ideal é aquela que proporciona ergonomia rendimento e eficiência no trabalho fazendo com que se reduzam acidentes e que traga contribuição para o conforto bemestar e segurança CAVALIN 2011 O conhecimento prévio dos conceitos e definições das grandezas luminotécnicas componentes das lâmpadas e seus dispositivos auxiliares das luminárias e seus componentes são de grande importância para auxílio e construção dos projetos e cálculos luminotécnicos CREDER 2016 221 Luz As ondas luminosas são um tipo de radiação eletromagnética com aproximadamente 300000 kms de velocidade de propagação com comprimento e frequência definidos como luz visível ultravioleta e infravermelho Em relação ao comprimento de onda as cores do espectro 21 visível estão na faixa de comprimento de onda de 380 nm a 780 nm Através da Figura 2 percebese que as ondas luminosas correspondem a uma pequena faixa de frequência quando comparadas aos outros espectros magnéticos em função da frequência COTRIM 2009 Figura 2 Espectro da frequência eletromagnética das ondas Fonte Creder 2016 222 Conforto luminoso O primeiro nível para a avaliação do que é o conforto luminoso é a resposta fisiológica do usuário Estímulos ambientais são produzidos num determinado ambiente provido de luz natural eou artificial ou seja um certo resultado em termos de quantidade qualidade de luz e sua distribuição e contrastes OSRAM 2012 O nosso olho requer condições específicas para desenvolvermos certas atividades visuais de acordo com o ponto de vista fisiológico e que dependem muito das atividades que o usuário realiza Dessa forma o conforto luminoso está relacionado à adaptação do indivíduo para a realização de certas tarefas em determinados ambientes OSRAM 2012 22 223 Fluxo luminoso ϕ Conforme Cavalin 2011 p 109 fluxo luminoso é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz e capaz de estimular a retina ocular à percepção da luminosidade Também pode ser definido como a potência de radiação emitida por uma determinada fonte de luz avaliada pelo olho humano MAMEDE 2017 A unidade de fluxo luminoso é o lúmen lm 224 Intensidade luminosa A intensidade luminosa é uma expressão de quantidade de luz irradiada num determinado sentido do interior Segundo Nery 2012 p225 podemos considerar que a intensidade luminosa corresponde à potência de radiação luminosa numa dada direção As medições de intensidade luminosa são realizadas dentro dos laboratórios dos fabricantes de luminárias para conseguir as características de distribuição da luz e informar o consumidor ROMANI2013 Segundo Mamede 2017 p 74 a intensidade luminosa pode ser definida como a potência de radiação visível que uma determinada fonte de luz emite em uma direção especificada Sua unidade é denominada em candela cd A Figura 3 demonstra conceitualmente a definição de intensidade luminosa Figura 3 Representação do conceito de intensidade luminosa Fonte Mamede 2017 A intensidade luminosa geralmente é representada por curvas de distribuição luminosa Esta curva é expressa na forma polar e representa a variação da intensidade luminosa da fonte segundo um plano passando pelo centro em função da direção PROCEL 2011 p8 A Figura 4 mostra o esquema de distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais 23 Figura 4 Distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais Fonte PROCEL 2011 225 Luminância L Conforme Mamede 2017 p 77 o conceito de luminância pode ser descrito como a relação entre intensidade luminosa com qual irradia em direção determinada uma superfície elementar contendo um ponto dado e a área aparente desta superfície para uma direção considerada quando esta área tende para zero Também pode ser definida como a reflexão da iluminância sobre os objetos ou seja é a sensação de claridade emitida aos nossos olhos pela superfície iluminada OSRAM 2012 Sua unidade de medida é candela por metro ao quadrado cdm² 226 Iluminância ou iluminamento E Iluminância é a luz que irradia de uma fonte essa grandeza não é visível e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro sua unidade é o lux MAMEDE 2017 Conforme Mamede 2017 p 33 o iluminamento é definido como sendo o limite da razão do fluxo luminoso incidente num elemento de superfície que contém um ponto dado para uma área deste elemento quando esta área tende para zero A iluminância de ambientes de trabalho geralmente é definida em termos de iluminância média na altura do plano de trabalho que varia de 075 m a 1 m Um lux corresponde a iluminância de uma superfície plana de 1 m² que incide um fluxo luminoso de 1 lúmen ou seja é o fluxo luminoso que incide em uma área COTRIM 2009 A Figura 5 exemplifica a diferença entre iluminância fluxo luminoso e intensidade luminosa 24 Figura 5 Exemplificação de grandezas luminotécnicas Fonte Empalux 2018 227 Índice de reprodução de cor IRC O índice de reprodução de cor está associado a correspondência entre a cor real de um objeto e a que ele está apresentando diante da fonte luz O IRC varia numa escala numérica de 0 a 100 de acordo com a fonte luminosa do ambiente a que se destina Quanto maior o IRC melhor é a fidelidade de cores PROCEL 2011 Segundo Mamede 2017 p 112 o IRC é definido como sendo a capacidade de uma fonte de luz ao iluminar um objeto de fazer com que este reproduza suas cores naturais 228 Temperatura de cor Para cada tipo de ambiente há uma temperatura de cor mais indicada para a aplicação Esta expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte A sua unidade de medida é o Kelvin K Quanto mais clara a tonalidade da luz maior a sua temperatura de cor A tonalidade da cor que a luz representa no ambiente pode ser expressa como luz quente ou luz fria OSRAM 2012 Na Figura 6 podem ser observadas as variações de escala de temperatura de cor 25 Figura 6 Escala de temperatura de cor Fonte Osram 2012 229 Lâmpadas As lâmpadas são caracterizadas pelo seu mecanismo de funcionamento e por sua característica de emissão de luz Este equipamento juntamente com as luminárias faz com que se obtenha uma distribuição luminosa mais uniforme além de proporcionar conforto visual As lâmpadas elétricas são classificadas de acordo com seu processo de emissão de luz ou seja lâmpadas incandescentes lâmpadas de descarga e lâmpadas de LED Light Emitting Diode ou de estado sólido CREDER 2016 Para aspectos práticos serão expostos apenas os elementos que serão utilizados neste trabalho lâmpadas de descarga e de estado sólido 2291 Lâmpadas de descarga Estas lâmpadas possuem o princípio de funcionamento no qual a descarga elétrica de um gás entre dois eletrodos produz a excitação dos elétrons os quais consequentemente emitem luz Podem ser classificadas em diversos tipos como as lâmpadas fluorescentes de luz mista de vapor de mercúrio e vapor de sódio de alta pressão Devido ao alto desempenho as lâmpadas fluorescentes são indicadas para a iluminação artificial de diversos ambientes São caracterizadas por possuir um cilindro de vidro onde o seu interior é revestido de cristais de fósforo e quando submetidas a energia ultravioleta emitem luz MAMEDE 2017 O tubo da lâmpada fluorescente inclui um gás inerte para controlar a descarga onde uma pequena quantidade de mercúrio é inclusa para que seu vapor produza uma radiação ultravioleta quando excitado Como mostra a Figura 7 a superfície interior é revestida com uma substância fluorescente que converte a radiação ultravioleta em luz visível através da fluorescência CREDER 2016 26 As lâmpadas fluorescentes para controlar o fluxo de corrente necessitam de um reator Conforme Mamede 2017 p81 é necessário que se ligue um reator entre suas extremidades externas para limitar o valor da corrente e elevar a tensão na partida da lâmpada Figura 7 Composição da lâmpada fluorescente Fonte Cotrim 2009 As lâmpadas fluorescentes tubulares são conhecidas pelo diâmetro do seu tubo As primeiras que foram comercializadas possuíam diâmetro 128 de polegada estas ficaram conhecidas como lâmpadas T12 Logo em seguida foram substituídas pelas lâmpadas T8 caracterizadas pela maior eficiência e agora as lâmpadas T5 ganharam o mercado por maior eficiência e menor diâmetro levando a um maior aproveitamento das superfícies reflexivas das luminárias MAMEDE 2017 2292 LED light emitting diodes Diodos emissores de luz Os LEDs são a grande novidade no campo da iluminação Descobertos na década de 60 eram usados com a finalidade de sinalização como por exemplo uma máquina ligada ou desligada As novas tecnologias permitiram a combinação de cores e o surgimento do LED de cor branca A luz do LED é produzida através da eletroluminescência e tem como vantagem o tamanho reduzido longa vida útil e alta eficiência luminosa ROMANI 2013 O LED é um componente bipolar que possui um ânodo e um cátodo e que dependendo da sua polarização vai permitir ou não a liberação de energia que se manifesta na forma de luz A passagem de corrente pelo material semicondutor é que vai gerar a luz através da condução direta SOUSA 2014 As lâmpadas de LED não possuem filamentos nem descarga elétrica Praticamente dispensam a manutenção devido a sua longa vida útil Com as novas descobertas tecnológicas estão praticamente dobrando seu fluxo luminoso tendo sua aplicação estendida não apenas para 27 substituir lâmpadas compactas mas como também lâmpadas tubulares que são compatíveis com lâmpadas fluorescentes tubulares tanto em dimensões quanto em relação ao fluxo luminoso e índice de reprodução de cor SOUSA 2014 2210 Luminárias Consoante Sousa 2014 as luminárias são os aparelhos que incorporam a fonte de luz constituídas por uma ou mais lâmpadas e que distribuem filtram ou transformam a luz transmitida por esta Possuem os equipamentos auxiliares necessários para o bom funcionamento das lâmpadas e inclui todas as peças necessárias para fixação e proteção Alguns componentes das luminárias são destinados a proteção da lâmpada e modificação da luz emitida por esta como o difusor e o refletor Para reduzir a luz de determinada direção ou o ofuscamento são utilizados os difusores E para aumentar a eficiência de uma luminária desviando a luz de lugares desnecessários para locais que terá maior eficiência são utilizados os refletores obtendo uma melhor distribuição de luz SOUSA 2014 Outro componente das luminárias são as aletas estas são as grades posicionadas em frente às lâmpadas no sentido perpendicular a elas São constituídas de vários materiais e com vários tipos de acabamento alumínio policarbonato ou aço A sua função é limitar o ângulo de ofuscamento num ambiente aumentando o conforto visual de seus utilizadores BARROS 2016 A Figura 8 mostra uma luminária com seus respectivos componentes Figura 8 Luminária Fonte Lumicenter 2019 28 As luminárias devem ser escolhidas de acordo com a finalidade ou seja devem ser escolhidas de acordo com o ambiente de trabalho a ser iluminado Devem ser considerados também fatores econômicos diâmetro da lâmpada tubular que por sua vez influi no rendimento da luminária pois a redução do diâmetro fará com que seja reduzido o efeito da sombra produzida pela própria lâmpada como pode ser observado através da Figura 9 BARROS 2016 Figura 9 Rendimento da luminária em função do diâmetro da lâmpada Fonte Adaptado de Barros 2016 23 Luz no ambiente hospitalar Uma luz fraca afeta as pessoas no trabalho se manifestando através de dores de cabeça perda da acuidade visual e fadiga ocular Dessa forma a luz é de grande importância para a saúde e segurança dos trabalhadores pois quanto mais rápido e mais cedo os riscos são descobertos mais rápida é a resposta a ele ROMANI 2013 A intensidade de luz num ambiente hospitalar não é o único aspecto que deve ser levado em consideração para a elaboração de um projeto de iluminação Existem outros aspectos que são relevantes PAIS 2011 231 Distribuição da densidade luminosa Os contrastes formados entre as superfícies de trabalho e as diferenças de intensidade luminosa dentro do campo visual nesse ambiente estão relacionados com a distribuição luminosa Contrastes exagerados no campo de trabalho exigem adaptação visual constante levando queda na produção motivada pela fadiga visual por isso é interessante que a distribuição luminosa seja o mais uniforme possível ROMANI 2013 29 232 Ofuscamento Segundo Romani 2013 p 61 o ofuscamento é um incômodo ocasionado por grandes diferenças de densidade luminosa no campo visual quando se olha diretamente para a fonte luminosa ofuscamento direto ou quando o reflexo desta sobre alguma superfície atinge os olhos ofuscamento indireto O exemplo pode ser visto na Figura 10 Figura 10 Ofuscamento direto e indireto Fonte Romani 2013 O ofuscamento pode causar a fadiga visual e levar profissionais a cometer erros e acidentes Logo definir o seu limite é de grande importância Pode ser classificado como desconfortável inabilitador ou refletido O primeiro surge diretamente de luminárias ou janelas em locais de trabalho O segundo ofuscamento inabilitador ocorre na maioria das vezes em iluminação externa Já o ofuscamento refletido provém de reflexões em superfícies especulares reflexão veladora KAWASAKI 2011 Na iluminação artificial hospitalar o ofuscamento pode ter duas causas básicas a luminância excessiva da fonte de luz e posicionamento das luminárias na área de visão dos pacientes O ofuscamento pode ser reduzido através de quatro medidas diminuindo a luminância da fonte de luz e a área das iluminâncias desconfortáveis aumentando a luminância da sala e o ângulo entre a fonte de luz e a linha da visão dos usuários ALMEIDA 2014 A Comissão Internacional de Iluminação CIE criou o Índice de Ofuscamento Unificado UGR para controlar o ofuscamento desconfortável e inabilitador Ficando a critério do projetista avaliar a partir dos softwares de cálculo os limites dos índices de ofuscamento 30 estabelecido pelo normativo O índice considera características do ambiente das luminárias e suas refletâncias KAWASAKI 2011 233 Direção da luz e sombra A liberação do espaço de trabalho entre a fonte de luz e o campo visual e um bom posicionamento das luminárias evita a produção de sombras que podem dificultar a visualização da tarefa Para que transtornos como esses não ocorram recomendase não utilizar luminárias com ângulo menor que 30º em relação ao plano de visão horizontal Outra recomendação é a instalação de luminárias na parte superior e à esquerda do indivíduo quando este for destro ROMANI 2013 24 Critérios de projeto para iluminação artificial hospitalar 241 A iluminação geral e de tarefa Para garantir o desenvolvimento das diversas atividades noturnas a iluminação artificial deve proporcionar uma distribuição de iluminâncias adequadas às necessidades dos espaços No ambiente hospitalar as iluminâncias são distribuídas através dos sistemas de iluminação geral e localizada sendo o primeiro atribuído para execução de serviços visuais mais simples e o segundo engloba as atividades com critérios mais minuciosos OLIVEIRA 2017 Quando um sistema ilumina um espaço de modo abrangente ele é classificado como iluminação geral Esse deve ser desenvolvido juntamente com a iluminação localizada e ao projeto de interiores Uma vez que as cores e refletâncias internas tem influência direta nas iluminâncias e luminâncias do espaço A iluminação localizada ou de tarefa concentra os maiores valores de iluminâncias estes valores dependem da tarefa visual que será executada Esta iluminação apresenta vantagens como o controle da direção e intensidade da luz facilitando a adaptação às necessidades específicas para cada tarefa visual OLIVEIRA 2017 A junção entre a iluminação geral e localizada possibilita a composição do ambiente com áreas de maior e menor intensidade luminosa Esta integração é mais econômica do que tentar aumentar a iluminância geral para atender à tarefa visual mais crítica Em relação a uniformidade das iluminâncias nos espaços onde a luz é fornecida somente pela iluminação geral a uniformidade deve permitir a execução das tarefas em 31 qualquer local sem diferenças significativas das iluminâncias Por outro lado quando há a iluminação localizada as regiões vizinhas devem possuir iluminâncias menores ALMEIDA 2014 242 A especificação das lâmpadas A especificação das lâmpadas da iluminação artificial de hospitais envolve a consideração de aspectos de ordem econômica e médica Como a iluminação é imprescindível no ambiente hospitalar devem ser utilizados equipamentos com longa vida útil e alto rendimento luminoso o que reduz custos operacionais no ambiente Em relação ao aspecto médico deve ser levado em consideração o uso de lâmpadas com boa reprodução de cores pois sempre é necessário a identificação de mudanças orgânicas nos pacientes A temperatura de cor das lâmpadas expressa em Kelvin usadas na iluminação artificial tem influência direta na produção de condições visuais necessárias para a identificação das cores e é o principal critério a ser observado nos projetos de iluminação de espaços onde o exame dos pacientes é realizado O índice de reprodução de cores IRC da lâmpada deve ser sempre acima de 8085 para não interferir no exame clínico Pesquisas norte americanas apontam a temperatura de cor TC preferida em hospitais está entre 40004500 K e o IRC em 90 As cores frias situadas numa temperatura de cor na ordem de 5000 K são relacionadas a ambientes que reforçam associações ao frio logo reduzem a sensação de aconchego TORRES 2013 A fidelidade à cor da pele é fundamental para qualquer diagnóstico ou acompanhamento do paciente quando internado A lâmpada no ambiente hospitalar deve fornecer um bom IRC o mais semelhante possível da luz solar reprodução considerada verdadeira por muitos TORRES 2013 p 7 Assim considerando a luz do sol como um espectro visível completo as lâmpadas que apresentam tal característica dispõem de uma boa reprodução de cores e objetos 25 Legislação para projetos de iluminação artificial hospitalar No Brasil a norma que rege os projetos de iluminação é da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT A legislação brasileira que trata de forma específica sobre a iluminação artificial é a NBR ISOCIE 89951 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 Interior que fixa iluminâncias médias mínimas para diversas atividades dentre elas as 32 hospitalares Essa norma considera a dificuldade da tarefa visual a refletância do fundo de tarefa entre outros fatores que contribuem para a determinação das iluminâncias recomendadas Vale ressaltar que esta norma não apresenta todos os espaços contidos numa unidade hospitalar O Ministério da Saúde através da portaria 188494 intitulada Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde traz algumas recomendações a respeito da iluminação hospitalar como a indicação das luminárias em salas de cirurgia salas de parto quartos enfermaria da unidade de internação geral entre outros Estas indicações visam o atendimento das necessidades do corpo médico e o conforto dos pacientes A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA através do Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar faz algumas recomendações como a importância da cor na iluminação adotada e como uma boa iluminação pode afetar principalmente em processos cirúrgicos ANVISA 2016 No normativo estrangeiro existe uma norma específica para a iluminação em hospitais a qual recomenda iluminância mínima e critérios qualitativos para projetos Essa norma é da Sociedade de Engenharia de Iluminação IES nomeada de ANSIIES RP 2916 Iluminação para instalações hospitalares e de saúde e por apresentar um caso particular possui um número maior de recomendações O IESNA apresenta recomendações de iluminâncias para cerca de 120 atividades nos estabelecimentos de saúde a ABNT apresenta para apenas 38 atividades 251 Iluminação de ambientes de trabalho A distribuição da iluminância nas áreas de trabalho causa impacto na percepção e execução da tarefa visual de forma segura confortável e rápido bem como influencia no entorno imediato A NBR ISOCIE 899512013 Iluminação de ambientes de trabalho recomenda os índices de iluminância uniformidade ofuscamento e reprodução de cor A área de tarefa e o entorno imediato são aspectos importantes na iluminação dos ambientes de trabalho A área principal no local de trabalho que a tarefa visual é realizada é definida como a área de tarefa Para os locais onde o tamanho eou localização da área da tarefa é desconhecida a área onde o trabalho pode ocorrer é considerada a área de tarefa O entorno imediato é definido como a área ao redor da área de tarefa dentro do campo de visão podendo ser considerada como uma faixa ao redor da área de tarefa e ter no mínimo 05 m de largura ABNT 2013 33 Quando a localização da tarefa visual não é definida por conta de localização desconhecida ou por comportar tarefas visuais diferentes no mesmo ambiente recomendase que as diversas áreas sejam combinadas e formem a área de trabalho Caso a localização de trabalho seja desconhecida a área de trabalho deve ser considerada como a sala inteira A Figura 11 apresenta a delimitação da área de tarefa delimitada pela cor amarela que compreende a superfície de trabalho o tampo cinza da mesa e o espaço do usuário região rosa Figura 11 Área da tarefa Fonte ABNT 2013 Uma variável relevante no processo de realização de um projeto luminotécnico é a uniformidade A uniformidade pode ser definida como a razão entre o valor mínimo pelo valor médio de iluminância no ambiente e esse índice não pode ser inferior a 07 na área de trabalho Assim como no entorno imediato à uniformidade não pode ser menor que 05 ABNT 2013 Na Figura 12 podem ser observados os valores limites de uniformidade para as áreas de trabalho e entorno imediato Figura 12 Área de tarefa e entorno imediato Fonte ABNT 2013 34 Durante a elaboração de um projeto luminotécnico o projetista deve estar atento aos índices de ofuscamento do sistema de iluminação nos ambientes projetados A NBR ISOCIE 899512013 define que Os dados do UGR devem ser corrigidos para fluxo luminoso inicial das lâmpadas utilizadas Se a instalação da iluminação for composta por tipos diferentes de luminárias com diferentes fotometrias eou lâmpadas a determinação do índice UGR deve ser aplicada para cada combinação lâmpada luminária da instalação Desta maneira o maior valor do UGR encontrado deve ser considerado um valor típico para a instalação inteira e deve estar conforme o UGR limite ABNT p 06 2013 Medidas de proteções contra ofuscamento devem ser adotadas a fim de minimizar e prevenir erros fadiga visual ou acidentes Em edificações pode ser adotado o uso de anteparos para o escurecimento das janelas outra medida é a proteção contra visão direta sobre as lâmpadas Para lâmpadas elétricas o ângulo de corte mínimo para proteção da visualização direta da lâmpada não pode ser menor que os valores estabelecidos no quadro abaixo Quadro 1 Valores de ângulos de corte mínimo Luminância da lâmpada kcdm² Ângulo de corte mínimo 1 a 20 10º 20 a 50 15º 50 a 500 20º 500 30º Fonte Adaptado de ABNT 2013 Assim evitase o ofuscamento desconfortável e o inabilitador causados por luminâncias excessivas reflexões em superfícies especulares A escala para o índice de ofuscamento unificado varia de 13 a 28 sendo 13 o valor para qual o desconforto é menor A Tabela 1 indica o planejamento dos ambientes áreas tarefas e atividades com especificações para locais de assistência médica e áreas gerais da edificação Onde Em é a iluminância mantida que representa o valor mínimo para a iluminância média no ambiente O UGRL é o valor máximo permitido para o nível de ofuscamento e o Ra representa o valor mínimo para o índice de reprodução de cor para lâmpada utilizada Esses índices auxiliam o projetista na elaboração correta da iluminação para cada ambiente planejado ABNT 2013 35 Tabela 1 Requisitos para iluminação para áreas de assistência médica e da edificação Tipo de ambiente tarefa ou atividade Em lux UGRL Ra Salas de Espera Corredores Escritório dos funcionários Sala dos funcionários Enfermarias Banheiros para pacientes Sala de exames em geral Salas préoperatórias e salas de recuperação Sala de cirurgia Salas de esterilização Salas de desinfecção Inspeção de cor laboratórios Refeitóriocantinas Cozinha Salas de descanso Depósito estoques câmara fria Depósito continuamente ocupados Vestiários e banheiros Depósito e estoques Lavagem e limpeza Passar roupas 200 22 200 22 80 80 80 80 80 80 90 90 90 80 80 80 80 80 80 60 60 80 60 80 80 500 300 300 200 500 500 1000 300 300 1000 200 500 100 100 200 200 200 300 300 19 19 19 22 19 19 19 22 22 19 22 22 22 25 25 25 25 25 25 Fonte Adaptado de ABNT 2013 26 Software Dialux O software para a simulação computacional dos níveis de iluminamento dentro dos ambientes do hospital foi o Dialux Desenvolvido em 26 idiomas o software é gratuito e de livre acesso para qualquer usuário Através do programa pode ser feita a importação de arquivos de outros softwares como por exemplo na plataforma CAD e logo após criar um projeto no Dialux SOUZA2011 Para a simulação é necessário que se faça a modelagem dos ambientes incluindo suas dimensões e características físicas dos materiais utilizados no recinto O Dialux permite que os dados das fontes luminosas sejam inseridos através de plugins ou de suas grandezas fotométricas ROMANI 2013 p87 Através da simulação realizada o programa permite que sejam gerados relatórios com os dados de cada ambiente como o somatório de potência lista de luminárias e de lâmpadas esquema de posição das luminárias entre outros Existem ferramentas de cálculo no software que permitem a observação de dados que podem ser utilizados para a verificação de conformidade com normativos como iluminância média fator de uniformidade índice de reprodução de cor e índice de ofuscamento unificado 36 3 METODOLOGIA A metodologia do trabalho consistiu em realizar a seleção do objeto de estudo seguido de uma pesquisa bibliográfica Posteriormente foram realizados os procedimentos iniciais visitas e levantamento das características dos ambientes Em seguida foi elaborado um projeto através de software e por fim um levantamento de custo para implementação de um sistema atualizado de iluminação Estas etapas serão descritas neste capítulo 31 Descrição do hospital Fundado em 28 de outubro de 1998 o Hospital Municipal de Paulo Afonso HMPA apresenta atendimento público vinculado ao SUS Sistema Único de Saúde Localizado na Avenida Wilson Pereira nº 55 no Bairro Tancredo Neves III no município de Paulo Afonso Bahia Hoje o hospital registra uma média de 600 atendimentos diários sendo que mais de 20 dos pacientes atendidos são de estados vizinhos Atualmente o HMPA dispõe de 52 leitos mais cinco salas para pacientes em observação e um quadro de 43 médicos que atuam em 17 especialidades No total são mais de 300 funcionários que trabalham em regime de escala entre diretor médicos enfermeiros cozinheiras vigilantes motoristas recepcionistas e auxiliares de limpeza e manutenção A Figura 13 mostra a entrada do hospital Figura 13 Entrada do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 37 32 Etapas metodológicas De modo geral a investigação desenvolveuse a partir do embasamento teórico seguido do conhecimento do objeto de estudo e coleta de dados 321 Revisão bibliográfica Inicialmente foi realizada a pesquisa bibliográfica através da qual buscouse compreender os parâmetros que determinam a qualidade e os requisitos necessários para a iluminação artificial hospitalar As principais fontes de pesquisas foram livros trabalhos e artigos científicos na área de instalações elétricas luminotécnica gerenciamento de energia e engenharia econômica Normativos que estabelecem parâmetros luminotécnicos foram consultados como a ABNT NBR ISOCIE 899512013 que normaliza a iluminação de ambientes de trabalho interior e a ABNT NBR 53821985 que estabelece métodos para a medição de iluminância em ambientes retangulares 322 Procedimentos iniciais A pesquisa bibliográfica foi seguida de uma etapa preliminar composta por solicitação de permissão para acesso à instituição hospitalar obtenção e análise das plantas arquitetônicas visitas exploratórias ao hospital e entrevistas com o responsável pela administração Esta etapa proporcionou um conhecimento geral acerca do contexto hospitalar das condições lumínicas e o perfil da instituição 323 Levantamento das características dos ambientes Através do conhecimento prévio do ambiente hospitalar originouse o levantamento preliminar do espaço pesquisado Prosseguiuse com a observação cuidadosa dos ambientes e seus respectivos sistemas de iluminação artificial Identificandose quantidade tipo e localização das luminárias bem como aberturas e superfícies refletoras que compõem o ambiente e atividades visuais Também foram identificados os materiais cores e texturas das superfícies e equipamentos 38 Com o intuito de coletar informações de relevância para o trabalho para futura análise foram realizados registros fotográficos medições arquitetônicas e anotações com auxílio de câmera de smartphone e trena digital As Figuras 14 e 15 mostram os registros da farmácia circulação leito e refeitório do hospital Figura 14 Farmácia e área de circulação do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 Figura 15 Leito e refeitório do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 39 324 Coleta de Dados Após o levantamento das características dos ambientes iniciouse a tomada manual dos níveis de iluminamento dentro dos ambientes Para uma melhor organização do trabalho o ambiente hospitalar foi dividido em 6 Alas Administrativo PS pronto socorro adulto PS infantil pediatria clínica médica e serviços gerais Nesta etapa foi utilizada a norma ABNT NBR 53821985 que regulamenta a forma que deve ser feitas as coletas de dados referentes aos níveis de iluminamento em ambientes retangulares através da iluminância média sobre um plano horizontal proveniente da iluminação geral ABNT1985 De acordo com as características existentes da iluminação do hospital foram utilizados dois métodos para a tomada de iluminamento O método de verificação para área retangular com linha única de luminárias individuais e área retangular com duas ou mais fileiras de luminárias simetricamente espaçadas Nos ambientes com uma única fileira de luminária foram realizadas medições na altura do plano de trabalho 080 m de acordo com os pontos indicados na Figura 16 Como no ambiente hospitalar existem algumas restrições para não atrapalhar o bom funcionamento da instituição as medições dos pontos qs indicados na figura foram realizados apenas em q1 q2 q5 e q6 Desta maneira foi possível obter o valor de Q a média aritmética para aplicar na Equação 1 ABNT 1985a Também foram realizadas medições nos pontos p1 e p2 calculando a média aritmética obtendo o valor de P para aplicação na Equação 1 O valor de N na equação representa a quantidade de luminárias no ambiente de trabalho ABNT 1985ª Iluminância média QN1P N 1 Figura 16 Medição de iluminância em ambientes retangulares com fileira única Fonte ABNT 1985a 40 Para os ambientes com duas ou mais fileiras de luminárias foi utilizado o esquema de medição apresentado na Figura 17 Foi utilizada a altura do plano de trabalho considerada 080 m e o número de pontos para a medição foram reduzidos a dois pontos nas seguintes áreas típicas centrais r3 e r4 opostas do recinto p1 e p2 meias áreas lado 1 q3 e q4 e meias áreas lado 2 t1 e t2 Foram calculadas as médias aritméticas para cada área e encontrados os valores de R P Q e T para encontrar o valor de iluminância média através da Equação 2 Onde N é o número de luminárias e M o número de fileiras ABNT 1985a Iluminância média RN1M1QN1TM1P NM 2 Figura 17 Medição de iluminância em ambientes retangulares com duas ou mais fileiras Fonte ABNT 1985a Para os ambientes que possuíam apenas uma luminária a iluminância média foi obtida pela média aritmética dos pontos coletados no ambiente Para a coleta de dados foram elaborados quadros de acordo com cada ala do hospital Os quadros possuem dados de todas as luminárias potência quantidade de lúmens temperatura de cor dados luminotécnicos verificados através do luxímetro para verificação de iluminação média do ambiente e dados luminotécnicos estabelecidos por normas 41 325 Simulação computacional Levandose em consideração as características arquitetônicas do hospital e o auxílio das ferramentas do software Dialux Evo 71 e da norma NBR ISOCIE 899512013 realizouse o desenvolvimento de um projeto luminotécnico com intuito de capacitar o hospital com um sistema mais eficiente de iluminação que atenda às necessidades do ambiente hospitalar Após o levantamento das características físicas e funcionais dos ambientes do hospital partiuse para a simulação no software As simulações trazem uma visão aproximada das características construtivas da edificação como as cores destinadas às superfícies internas Outra etapa do projeto foi a inclusão do sistema de iluminação de cada um dos ambientes Nesta etapa foi levada em consideração as características particulares de dimensões posicionamento dentro do ambiente características físicas das luminárias e tipos de lâmpadas Com os dados da simulação realizaramse as análises de índice de iluminância ofuscamento e reprodução de cor em todos os ambientes projetados com a finalidade de avaliar se o projeto atende aos critérios estabelecidos pela NBR ISOCIE 899512013 Findando com a realização através de pesquisa de preço da estimativa do custo do sistema de iluminação projetado 326 Levantamento de custo da proposta Preliminarmente realizouse uma pesquisa de mercado para verificar o preço de cada componente do sistema de iluminação projetado com o intuito de estimar o orçamento geral do projeto luminotécnico Os valores de cada equipamento foram obtidos através de sites de compra online e posteriormente foi realizado uma análise dos custos da proposta e orçamento 42 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Nesse tópico serão expostos os resultados obtidos através dos espaços estudados coletas de dados e posteriormente da discussão dos mesmos Em seguida serão explanados os resultados da elaboração do projeto luminotécnico em software que será sucedido de um levantamento de custo para implementação da reforma do sistema de iluminação 41 Descrição dos espaços estudados e horários de funcionamento As instalações do hospital incorporam os seguintes serviços pronto socorro adulto e infantil pediatria clínica médica centro cirúrgico serviços gerais e setor administrativo Sendo este último com funcionamento em dias úteis e os demais setores funcionando todos os dias da semana O setor administrativo conta com serviços de direção direção médica coordenação de enfermagem coordenação de limpezahigiene faturamento recursos humanos e marcação de cirurgia A área de serviços gerais contem as instalações do refeitório dos funcionários cozinha nutricionista área de lavagem secagem passagem e armazenamento de roupas limpas O pronto socorro adulto apresenta sala de triagem atendimento médico sala de raio X laboratório leitos de observação nebulização higienização sala de pequenas cirurgias reanimação e posto de medicação O setor de pronto socorro infantil possui sala de atendimento ortopedia eletrocardiograma sala de hidratação observação e posto de medicação Na pediatria são realizadas internações atendimentoapoio para os infantes e o setor também possui leitos para atender a demanda do hospital Na clínica médica existem enfermarias com leitos para os pacientes posto de medicação e serviço e salas de apoio Já o centro cirúrgico apresenta duas salas de cirurgia e uma para pequenas cirurgias sala de préoperação pós anestésico esterilização expurgo e administração do centro cirúrgico Apresentamse na Tabela 2 os horários de funcionamento dos setores do HMPA Neste trabalho não houve coleta de dados luminotécnicos do centro cirúrgico devido à impossibilidade de acesso e não houve informações suficientes para a realização do projeto luminotécnico desse setor 43 Tabela 2 Número de horas de serviços dos setores do hospital Setor Número de horas em funcionamento De Segunda a Sextafeira Sábado e Domingo Administrativo 6 0 Serviços gerais 12 12 Pronto socorro adulto 24 24 Pronto socorro infantil 24 24 Pediatria 24 24 Clínica médica 24 24 Centro cirúrgico 24 24 Não há marcação de cirurgias aos domingos Fonte Autoria Própria 2019 42 Estimativa da potência instalada e consumo Através dos estudos de campo e com informações coletadas por meio de funcionários responsáveis pela parte elétrica da instituição foi possível fazer um levantamento de carga referente ao atual sistema de iluminação Constatouse uma carga total de aproximadamente 109 kW referente a todos os equipamentos de iluminação interna do hospital É importante ressaltar que não foi inclusa na análise o setor cirúrgico a iluminação externa e a iluminação da subestação da unidade Através do Quadro 2 é possível observar a potência instalada na instituição sendo dividida entre os setores do hospital Notase que a maior potência instalada se concentra na pediatria pois esta possui maior área dentro da unidade hospitalar Quadro 2 Potência instalada do sistema de iluminação interna do hospital Setor Potência instalada W Administrativo 1616 Serviços gerais 1138 Pronto socorro adulto 1929 Pronto socorro infantil 1133 Pediatria 3440 Clínica médica 1625 Total 10881 Fonte Autoria Própria 2019 44 Para realização da estimativa média de consumo do sistema de iluminação foi verificado o horário de funcionamento dos setores Com relação ao tempo de utilização das lâmpadas o mesmo foi encontrado através de entrevistas com funcionários e pesquisas de hábitos de consumo institucionais Foi considerando um tempo de 18 horas para os setores de pronto socorro adulto pronto socorro infantil pediatria e clínica médica Para o setor administrativo e serviços gerais foram consideradas as 06 e 12 horas de funcionamento respectivamente Tomando como base os dados de potência instalada e as horas de consumo estabelecidos no Quadro 3 estimase que o consumo em um dia útil seja de aproximadamente 1696 kWhdia Foi verificado que os setores de serviços gerais ps adulto ps infantil pediatria e clínica médica tem um funcionamento médio de 7 dias por semana somando um total de 3031 dias por mês Já para o setor administrativo foi verificado o funcionamento de 5 dias na semana tal qual 20 dias por mês Realizando o somatório das potências de todos os setores estimouse um consumo mensal de aproximadamente 49922 kWhmês Quadro 3 Estimativa de consumo do sistema de iluminação Setor Potência Instalada W Horas de consumo h Consumo Wh Administrativo 1616 6 9696 Serviços gerais 1138 12 13656 PS adulto 1929 18 34722 PS infantil 1133 18 20394 Pediatria 3440 18 61920 Clínica médica 1625 18 29250 Total 10881 169600 Fonte Autoria Própria 2019 43 Medição dos atuais níveis de iluminância Os parâmetros levantados estão apresentados nas tabelas a seguir onde Er é a iluminância recomendada pela ABNT NBR ISOCIE 899512013 identificadas na Tabela 1 e Em é a iluminância média medida nos ambientes encontradas de acordo com a norma ABNT NBR 53821985 e com auxílio do luxímetro O levantamento de dados para a verificação da iluminância média em cada setor do hospital estão disponíveis no APÊNDICE A 45 Tabela 3 Verificação da iluminância média no setor administrativo Fonte Autoria Própria 2019 Observando a Tabela 3 verificase inconformidade nos níveis de iluminamento do setor administrativo em diversos ambientes de acordo com o recomendado pela NBR ISSOCIE 89952013 Entre os 13 ambientes analisados apenas o hall de espera está entre os requisitos mínimos de iluminância média mantida Dentre as salas administrativas a sala da coordenação de enfermagem apresentou um valor crítico de 162 lux Esta possui um arranjo de iluminação composto por duas luminárias Cada luminária é formada por duas lâmpadas T8 LED somando uma potência de 36 W por luminária Neste ambiente apesar da utilização da tecnologia LED os níveis médios de iluminância não foram atingidos possuindo apenas 324 do valor indicado Na Tabela 4 estão expostos os valores encontrados para o setor de serviços gerais Dos 12 ambientes estudados 3 apresentaram conformidade em relação aos valores estabelecidos pelo normativo O setor de serviços gerais apresentou um caso mais crítico na cozinha este apontou um valor muito abaixo do recomendado possuindo apenas 2884 de iluminância média do valor mínimo 500 lux solicitado pela norma A baixa iluminância no ambiente justificase pela utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de pouca potência numa área de aproximadamente 46 m² No ambiente encontramse instaladas oito lâmpadas compactas de 20W sendo que das oito três estão queimadas ADMINISTRATIVO Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 200 Hall de espera 22525 ATENDE Circulação 10340 NÃO ATENDE WC feminino 8262 NÃO ATENDE WC masculino 7800 NÃO ATENDE 500 Coordenação de enfermagem 16200 NÃO ATENDE Direção médica 24450 NÃO ATENDE AIH marcação de cirurgia 29069 NÃO ATENDE Coordenação higlavagem 32075 NÃO ATENDE Central telefônica 21717 NÃO ATENDE Sala gestor 24238 NÃO ATENDE Recepção RH 31375 NÃO ATENDE RH 28753 NÃO ATENDE Faturamento 19325 NÃO ATENDE 46 Tabela 4 Verificação de iluminância média no setor de serviços gerais SERVIÇOS GERAIS Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Diluição 10575 ATENDE Depósito 10375 ATENDE Almoxarifado 10450 ATENDE 200 Circulação 6125 NÃO ATENDE Despensa 10088 NÃO ATENDE Freezer 8525 NÃO ATENDE Refeitório 17819 NÃO ATENDE Vestiário feminino 16125 NÃO ATENDE Vestiário masculino 16350 NÃO ATENDE 300 Lavagemsecagem 11100 NÃO ATENDE Roupa limpa 8950 NÃO ATENDE 500 Cozinhacopalavagem 14421 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 Para os valores de iluminância média do pronto socorro infantil apresentados na Tabela 5 foi realizada a verificação de 12 ambientes destes somente a sala de conforto da enfermagem está dentro do valor requisitado pela norma Tabela 5 Verificação de iluminância média no PS infantil PRONTO SOCORRO INFANTIL Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Conforto enfermagem 10662 ATENDE 200 Circulação 15606 NÃO ATENDE Hall de espera 17775 NÃO ATENDE WC conforto enfermagem 5500 NÃO ATENDE WC espera 5800 NÃO ATENDE 500 Posto medicação 22150 NÃO ATENDE Consultório pediatria 25600 NÃO ATENDE Ortopedista 26883 NÃO ATENDE Soro 24062 NÃO ATENDE Same registro 18300 NÃO ATENDE Demonstração comunitária 20675 NÃO ATENDE ECG 17883 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 No pronto socorro infantil todas as salas onde são realizados os atendimentos não apresentaram conformidade com os valores mínimos Ambientes como o consultório da 47 pediatria sala de ortopedia eletrocardiograma e same registro em que são realizadas muitas atividades visuais e que consequentemente necessitam de uma boa iluminação não atingiram os valores da iluminância mínima solicitada pela norma Em algumas salas do PS infantil foi implantada a tecnologia LED porém as luminárias utilizadas não ultrapassam o conjunto de 36W e nos recintos existe pouca ou nenhuma distribuição das luminárias no ambiente tornando a utilização da tecnologia ineficiente Assim salas como a do Eletrocardiograma ECG que pelo normativo necessita de uma iluminância de 500 lux apresentou valor de 17883 lux o que representa 3577 do valor referência Tabela 6 Verificação de iluminância média no PS adulto PRONTO SOCORRO ADULTO Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Utilidade despejo 33975 ATENDE 200 Hall de espera 8917 NÃO ATENDE Circulação 20175 ATENDE WC femininomasculino 4000 NÃO ATENDE Higienização 20500 ATENDE WC posto medicação 20617 ATENDE WC observação 5700 NÃO ATENDE WC raio x 3750 NÃO ATENDE WC funcionários 20350 ATENDE WC observação femmasc 5425 NÃO ATENDE Vestiário 5500 NÃO ATENDE 300 Farmácia 30869 ATENDE Revelação câmara clara 5400 NÃO ATENDE Revelação câmara escura 2850 NÃO ATENDE 500 Triagem 33767 NÃO ATENDE Atendimento médico 1 39000 NÃO ATENDE Atendimento médico 2 50000 ATENDE Posto de medicação 40850 NÃO ATENDE Nebulização 12900 NÃO ATENDE Observação 20425 NÃO ATENDE Sala de digitação 14550 NÃO ATENDE Enfermaria 32625 NÃO ATENDE Sala de pequenas cirurgias 38050 NÃO ATENDE Observação feminina 32600 NÃO ATENDE Observação masculina 34050 NÃO ATENDE Raio x 52038 ATENDE 1000 Laboratório 57463 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 48 Na unidade de emergência para adultos valores apresentados na Tabela 6 existe inconformidade em 21 dos 30 ambientes estudados A sala do laboratório dentro do setor é a que necessita do maior nível de iluminamento mas nas medições obteve uma média de 57463 lux A partir da análise dos 23 ambientes no setor da pediatria mostrados na Tabela 7 observouse que 14 destes ambientes estão em conformidade com a norma Aproximadamente 60 da pediatria apresentou conformidade sendo assim foi o setor que mais obteve índices superiores aos valores referencias de iluminância média mantida Tabela 7 Verificação da iluminância média na pediatria PEDIATRIA Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Repouso médico feminino 10250 ATENDE Repouso médico masculino 10050 ATENDE Utilidade despejo 31700 ATENDE 200 Circulação 22773 ATENDE WC femininomasculino 10025 NÃO ATENDE WC conforto médico 9250 NÃO ATENDE WC leito A 10625 NÃO ATENDE WC leito B 10025 NÃO ATENDE WC leito C 10500 NÃO ATENDE WC leito D 20200 ATENDE WC leito E 26350 ATENDE 300 Leito A 36250 ATENDE Leito B 38000 ATENDE Leito C 20125 NÃO ATENDE Leito D 26625 NÃO ATENDE Leito E 26350 NÃO ATENDE 500 Serviço 50550 ATENDE Atendimento berçario 50075 ATENDE Atendimentoapoio 50733 ATENDE Posto serviço pediatria 54994 ATENDE Internação 53600 ATENDE Infantes 53600 ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 No setor da clínica médica a unidade conta com 7 enfermarias e nenhuma apresentou o índice de iluminância média mínima mantida solicitado pela norma Dos 21 ambientes verificados apenas a sala de apoio utilidade despejo e circulação estão dentro dos limites pré estabelecidos Os valores deste setor estão dispostos na Tabela 8 49 Tabela 8 Verificação da iluminância média na clínica médica CLÍNICA MÉDICA Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Utilidade despejo 30275 ATENDE Apoio 10075 ATENDE 200 Circulação acesso espera 25334 ATENDE Circulação 7550 NÃO ATENDE WC feminino 6825 NÃO ATENDE WC masculino 5875 NÃO ATENDE WC enfermaria 1 9600 NÃO ATENDE WC enfermaria 2 5950 NÃO ATENDE WC enfermaria 3 5825 NÃO ATENDE WC enfermaria 4 6400 NÃO ATENDE WC enfermaria 6 5300 NÃO ATENDE WC enfermaria 7 5100 NÃO ATENDE Vestiário 17925 NÃO ATENDE 300 Enfermaria 1 10262 NÃO ATENDE Enfermaria 2 16050 NÃO ATENDE Enfermaria 3 20400 NÃO ATENDE Enfermaria 4 20862 NÃO ATENDE Enfermaria 5 23688 NÃO ATENDE Enfermaria 6 24825 NÃO ATENDE Enfermaria 7 10175 NÃO ATENDE 500 Posto serviço 27994 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 431 Análise dos atuais níveis de iluminância Durante o levantamento do sistema de iluminação foi constatado além do sistema ineficiente que a instituição possui diversos tipos de lâmpadas e luminárias o que acarreta dificuldades para a manutenção e necessidade de um amplo estoque de equipamentos Outro problema verificado na unidade é o grande número de lâmpadas com diferentes variações na temperatura de cor lâmpadas queimadas e luminárias projetadas para duas lâmpadas mas que só apresenta uma Esses fatores são consequências da falta de manutenção periódica no sistema de iluminação da unidade hospitalar e consequentemente afetam os níveis de iluminância média As Figuras 18 e 19 apresentam fotos da situação atual da iluminação da instituição 50 Figura 18 Exemplo de luminárias do sistema atual de iluminação Fonte Autoria Própria 2019 Figura 19 Luminária do sistema atual sem manutenção Fonte Autoria Própria 2019 Durante a coleta de dados no hospital foram identificados três tipos de fabricantes utilizados no sistema Philips Empalux e Brilia Sendo composto por lâmpadas fluorescentes tubulares T8 e T10 fluorescentes compactas e alguns recintos com T8 LED A composição desse sistema misto também contribui para a redução nos níveis de iluminamento Uma vez que em muitos ambientes quando existe a necessidade de troca do equipamento a substituição é feita sem planejamento das peças que serão substituídas Outro fator para a diminuição do índice de iluminação é o baixo fluxo luminoso das lâmpadas utilizadas como 890 lm nas fluorescentes compactas 1850 lm nas lâmpadas T8 LED e 2700 lm nas fluorescente tubulares T10 As luminárias utilizadas na unidade são do tipo calha ou plafon simples com suporte E27 estas não possuem refletores ou aletas para direcionar o fluxo luminoso Dessa forma o fluxo fica bastante espalhado e difuso por todo ambiente Quanto ao quesito de índice de ofuscamento unificado este só é possível ser verificado na fase de projeto pois necessita de equipamentos avançados e de custo elevado como o luminancímetro que é utilizado para verificação de luminâcia Portanto para esta etapa será verificado este critério na simulação no software Dialux Evo 51 Na verificação do índice de reprodução de cor foi observado os catálogos de lâmpadas dos fabricantes Entre as lâmpadas utilizadas no sistema a lâmpada da Philips com referência T10 PLUS 40W75750 apresenta um valor menor do que o estabelecido pela norma A norma prevê um índice de no mínimo 80 e esta possui o índice de restituição cromática igual a 69 A Figura 20 mostra os dados do produto Figura 20 Dados da lâmpada T10 PLUS 40W75750 Fonte Philips 2018 Através da tomada dos níveis de iluminamento do hospital e com a análise do sistema de iluminação atual percebese que 2793 da unidade hospitalar está em conformidade de acordo com a norma ABNT NBR ISOCIE 89952013 requerendo uma adequação luminotécnica e confecção de projeto que enfatize também na adequação conforme normativo 44 Projeto luminotécnico da unidade hospitalar A análise da atual configuração do sistema de iluminação artificial da unidade revelou necessidade da elaboração de um projeto luminotécnico para o HMPA Fazendo uso de ferramentas disponíveis no Dialux Evo 71 elaborouse o projeto luminotécnico respeitando os critérios de iluminação vigentes e procurando atender as necessidades da unidade hospitalar 52 Para a modelagem 3D da construção das edificações foram utilizadas plantas arquitetônicas em arquivos computacionais em extensão DWG As dimensões utilizadas no projeto foram reproduzidas de acordo com os valores da edificação real como a altura do pé direito largura comprimento As plantas arquitetônicas utilizadas estão disponíveis no APÊNDICE B Através das plantas arquitetônicas foram elaborados seis projetos no Dialux Evo referentes aos setores administrativo serviços gerais pediatria clínica médica pronto socorro adulto e infantil A Figura 21 mostra a sala de espera do setor administrativo em seu estado final após simulação do sistema de iluminação artificial considerando características da edificação Figura 21 Aspectos construtivos em 3D da sala de espera Fonte Autoria Própria 2019 441 Resultados da elaboração do projeto da unidade hospitalar Posteriormente a simulação caracterizouse o projeto elaborado analisando os resultados obtidos em cada ambiente comparandoos com as normas e parâmetros estabelecidos pela ABNT A proposta técnica consiste na renovação de toda iluminação do HMPA Partindo dessa premissa adotouse um sistema de iluminação econômica e ecologicamente viável em contraponto ao sistema existente 53 Os quadros a seguir apresentam os resultados das iluminâncias médias uniformidades nas áreas de tarefa e entorno imediato e os índices de ofuscamento unificado UGR para cada ambiente Para a simulação dos valores de ofuscamento foram aplicados em todos os ambientes de trabalho pontos de cálculo considerando a observação de uma pessoa sentada a 12 m de altura do solo e uma pessoa em pé com 175 m de altura E para o limite da zona de ofuscamento da luminária foi considerado o ângulo de 45º Vale ressaltar que o software para valores de ofuscamento menores que 10 fornece o indicador como 10 Os resultados de iluminância média uniformidade e ofuscamento para o setor administrativo podem ser vistos no Quadro 4 Todos os ambientes simulados ficaram dentro dos parâmetros estabelecidos pela NBR ISOCIE 899512013 Quadro 4 Resultados do projeto luminotécnico do setor administrativo Projeto Luminotécnico Administrativo Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Hall de espera 298 071 061 149 171 Circulação 308 086 082 168 177 WC feminino 222 093 085 100 100 WC masculino 228 092 088 100 100 Coordenação enfermagem 589 076 074 130 149 Direção médica 588 083 080 125 157 AIH marcação de cirurgia 541 084 078 136 159 Coordenação higlavagem 565 079 066 132 151 Central telefônica 514 083 085 100 145 Sala gestor 555 087 076 127 152 Recepção RH 500 079 073 120 154 RH 532 091 073 141 153 Faturamento 525 084 083 125 152 Fonte Autoria Própria 2019 Nas medições dos níveis de iluminância a sala da coordenação de enfermagem apresentou inconformidade com iluminância média de 162 lux Nesse ambiente a iluminância média solicitada é de 500 lux Através da elaboração do projeto foi possível atender os parâmetros luminotécnicos O nível de iluminância ficou em 589 lux a uniformidade na área de tarefa obtida foi 076 e o valor do ofuscamento 13 120m As Figuras 22 e 23 apresentam a modelagem 3D para a sala de coordenação de enfermagem após a inserção do sistema de iluminação Os planos em amarelo representam alguns dos pontos da medição dos níveis de ofuscamento e uniformidade 54 Figura 22 Área da tarefa na coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 Figura 23 Vista lateral da coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 Na Figura 24 podese observar o resumo dos resultados obtidos na interface do software para a sala da coordenação de enfermagem como iluminância média fator de uniformidade e os pontos de cálculos para a verificação do índice de ofuscamento 55 Figura 24 Visualização 2D e dados luminotécnicos para a coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 O Quadro 5 mostra os resultados do projeto luminotécnico para o setor de serviços gerais Conforme pode ser observado no quadro abaixo os parâmetros simulados obedecem aos limites estabelecidos pela norma Quadro 5 Resultados do projeto luminotécnico do setor de serviços gerais Projeto Luminotécnico Serviços gerais Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Diluição 193 070 066 100 139 Depósito 199 083 068 100 122 Almoxarifado 157 070 055 168 185 Circulação 223 077 068 145 162 Despensa 282 084 064 137 164 Freezer 216 078 066 100 132 Refeitório 258 073 068 161 182 Vestiário feminino 305 078 074 140 163 Vestiário masculino 301 082 083 138 168 Lavagemsecagem 363 086 064 158 171 Roupa limpa 339 086 081 125 151 Cozinhacopalavagem 614 091 083 170 184 Fonte Autoria Própria 2019 56 Com o estudo luminotécnico na cozinha obtiveramse resultados dentro dos valores préestabelecidos Como por exemplo a iluminância média de 614 lux fator de uniformidade na tarefa de 091 e um ofuscamento de 184 para a realização de atividades na tarefa considerando uma pessoa em pé 175 m Pode ser visualizada nas Figuras 25 e 26 a modelagem da cozinha e seus aspectos construtivos Figura 25 Vista frontal em 3D da cozinha no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 26 Vista lateral em 3D da cozinha Fonte Autoria Própria 2019 57 No Quadro 6 estão dispostos os resultados da elaboração do projeto luminotécnico para o setor do pronto socorro infantil Os parâmetros estudados apresentaram conformidade com os valores da norma Quadro 6 Resultados do projeto luminotécnico do PS infantil Projeto Luminotécnico PS infantil Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Conforto enfermagem 177 067 061 123 141 Circulação 204 085 054 147 151 Hall de espera 225 086 050 147 165 WC conforto enfermagem 279 084 081 100 100 WC espera 291 095 091 100 100 Posto medicação 507 084 074 120 142 Consultório pediatria 512 083 070 112 150 Ortopedista 512 078 068 122 151 Soro 532 086 070 142 156 Same registro 549 083 081 125 146 Demonstração comunitária 509 094 068 105 136 ECG 534 080 071 134 154 Fonte Autoria Própria 2019 Através do desenvolvimento do projeto na sala de ECG mostrada na Figura 27 foi possível atingir uma iluminância média de 534 lux 080 de uniformidade na área de tarefa e 154 para o índice de ofuscamento a 175 de altura para a sala de ECG Figura 27 Simulação luminotécnica da sala de ECG Fonte Autoria Própria 2019 58 Através da Figura 28 podem ser observados os aspectos construtivos em 3D do consultório de pediatria E na Figura 29 estão dispostos os pontos de cálculo utilizados para a simulação luminotécnica do posto de medicação Figura 28 Simulação em 3D para o consultório de pediatria Fonte Autoria Própria 2019 Figura 29 Pontos de cálculo para o posto de medicação Fonte Autoria Própria 2019 59 Os resultados de iluminância média no plano de trabalho fatores de uniformidade e índice de ofuscamento para a análise de conformidade com o normativo podem ser vistos no Quadro 7 referente ao pronto socorro adulto Quanto aos índices de ofuscamento vale ressaltar a importância do controle desses níveis no ambiente hospitalar para evitar erros e acidentes provocados pelo incomodo da iluminação excessiva No normativo os valores máximos permitidos ficam entre 19 e 22 Os valores projetados atingiram um máximo de 159 para altura de 120 m e 17 para altura de 175 m na área de circulação Quadro 7 Resultados do projeto luminotécnico do PS adulto Projeto Luminotécnico PS adulto Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Utilidade despejo 217 075 068 100 130 Hall de espera 300 073 055 151 169 Circulação 227 069 060 159 170 WC femininomasculino 282 091 088 100 100 Higienização 323 087 084 100 100 WC posto medicação 325 096 092 100 100 WC observação 265 094 088 100 100 WC raio x 289 095 056 100 100 WC funcionários 318 095 071 100 100 WC observação femmasc 279 088 075 100 100 Vestiário 216 083 073 100 100 Farmácia 319 083 058 146 167 Revelação câmara clara 311 091 086 100 100 Revelação câmara escura 328 094 093 100 100 Triagem 518 085 070 111 141 Atendimento médico 1 576 087 080 123 142 Atendimento médico 2 558 080 075 115 142 Posto de medicação 587 095 078 121 141 Nebulização 576 089 076 100 131 Observação 589 089 078 122 144 Sala de digitação 583 090 082 100 113 Enfermaria 566 063 070 128 158 Sala de pequenas cirurgias 501 095 078 124 152 Observação feminina 553 092 077 140 158 Observação masculina 534 086 071 138 156 Raio x 504 089 058 130 147 Laboratório 1049 089 075 150 163 Fonte Autoria Própria 2019 60 A sala de laboratório apresentada na Figura 30 dentro do setor de pronto socorro é o que necessita de maior iluminância O ambiente deve possuir no mínimo 1000 lux Através do projeto a iluminância média ficou em 1049 lux e a uniformidade na tarefa foi de 089 A Figura 31 mostra a disposição das luminárias no ambiente Figura 30 Renderização do laboratório após simualação no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 31 Disposição das luminárias no laboratório Fonte Autoria Própria 2019 61 No Quadro 8 podem ser observados os resultados para o projeto luminotécnico da pediatria Através do estudo e simulações foram melhorados os níveis de iluminamento e atender todas as uniformidades e índices de ofuscamento solicitados pela ABNT NBR ISOCIE 899512013 Em todos os leitos os níveis de ofuscamento foram controlados o que é essencial para a recuperação e prevenção do incomodo causado pela iluminação excessiva Os índices não ultrapassaram o valor limite 19 e nos resultados os valores máximos apresentados foram de 153 para 120 m e 171 para 175 m Quadro 8 Resultados do projeto luminotécnico da pediatria Projeto Luminotécnico Pediatria Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Repouso médico feminino 196 067 061 118 154 Repouso médico masculino 205 062 059 132 163 Utilidade despejo 208 077 061 106 142 Circulação 206 084 070 153 156 WC femininomasculino 269 093 091 100 100 WC conforto médico 278 090 097 100 100 WC leito A 239 081 058 100 106 WC leito B 255 081 068 100 100 WC leito C 257 082 075 100 100 WC leito D 285 086 085 100 100 WC leito E 259 079 076 100 114 Leito A 390 077 059 149 163 Leito B 363 070 069 153 171 Leito C 308 073 057 131 155 Leito D 323 075 067 130 167 Leito E 401 067 058 140 169 Serviço 534 087 080 106 135 Atendimento berçario 553 092 088 100 115 Atendimentoapoio 544 071 073 128 154 Posto serviço pediatria 531 085 077 136 160 Internação 523 082 086 148 169 Infantes 522 077 074 137 152 Fonte Autoria Própria 2019 Observase na Figura 32 a recapitulação do leito C com os novos dados luminotécnicos No ambiente foram inseridas duas luminárias com dados nominais de 37 W e com fluxo 62 luminoso de 4124 lm totalizando uma potência de 74 W e um fluxo de 8248 lm Também nota se a descrição do grau de reflexão dos ambientes 70 teto 536 parede e 62 piso Figura 32 Recapitulação do leito C após simulação no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Através da Figura 33 podese verificar as características construtivas em 3D do leito C após simulação no software Dialux Evo Este ambiente com a inserção do sistema de iluminação obteve uma iluminância média de 308 lux e índices de ofuscamento entre 131 e 155 Figura 33 Simulação em 3D para o leito C Fonte Autoria Própria 2019 63 No setor da clínica médica todos os ambientes se enquadraram nos limites do normativo Os resultados para o projeto luminotécnico estão dispostos no Quadro 9 Quadro 9 Resultados do projeto luminotécnico da clínica médica Projeto Luminotécnico Clínica Médica Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Utilidade despejo 201 080 065 100 134 Apoio 189 074 071 100 128 Circulação acesso espera 287 095 071 150 168 Circulação 251 076 054 150 162 WC feminino 204 094 084 100 100 WC masculino 210 091 085 100 100 WC enfermaria 1 200 088 079 100 100 WC enfermaria 2 258 094 079 100 100 WC enfermaria 3 251 091 080 100 100 WC enfermaria 4 248 086 078 100 100 WC enfermaria 5 247 091 087 100 100 WC enfermaria 6 236 088 083 100 100 WC enfermaria 7 243 087 083 100 100 Vestiário 212 076 066 100 146 Enfermaria 1 370 086 059 153 166 Enfermaria 2 388 086 072 146 161 Enfermaria 3 390 079 072 158 159 Enfermaria 4 390 080 072 154 166 Enfermaria 5 387 076 071 151 167 Enfermaria 6 322 079 076 135 155 Enfermaria 7 355 089 081 129 151 Posto serviço 562 074 064 136 155 Fonte Autoria Própria 2019 Os diferentes equipamentos prateleiras disposição dos móveis foram levados em consideração para a elaboração de todo projeto Este é um fator importante pois a inserção desses equipamentos altera os resultados dos níveis de iluminação e uniformidade do ambiente Isto demonstra que a análise foi realizada de uma forma mais próxima a realidade do hospital As Figuras 34 e 35 mostram a renderização da enfermaria 1 e as características do ambiente como as cores do teto parede e piso e também macas e assentos para acompanhantes A norma aponta que os valores para iluminância média deste tipo de sala é de pelo menos 300 lux quando realizado algum tipo de observação no paciente O valor encontrado com o projeto foi 370 lux 64 Figura 34 Vista lateral em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 35 Vista superior em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 65 442 Características das luminárias utilizadas no projeto Para elaboração do projeto do HMPA foi levado em consideração às necessidades de um ambiente hospitalar A solução proposta consiste em um novo sistema de iluminação com luminárias LED que ajudam no controle de ofuscamento mas que também possuam uma fácil manutenção As luminárias utilizadas são ideais para ambientes que exijam alto grau de limpeza como os hospitais O tipo de instalação é de sobrepor corpo em chapa de aço pintado na cor branca e difusor translúcido Em todo o projeto foram usados dois tipos de luminárias da fabricante Lumicenter A Tabela 9 apresenta as características das luminárias utilizadas Tabela 9 Dados técnicos das luminárias utilizadas Luminária LHT43 S000840 LHT01 E000840 Fluxo luminoso lm 4140 1774 Potência W 37 15 Eficácia lmW 112 118 Temperatura de cor K 4000 4000 IRC 80 80 Fonte Adaptado de Lumicenter 2019 Na Figura 36 estão dispostas as luminárias utilizadas no desenvolvimento do projeto A quantidade e posicionamento detalhado das luminárias nos ambientes de acordo com o projeto assim como todos os resultados estão disponíveis no APÊNDICE C Figura 36 Luminárias utilizadas no projeto luminotécnico Fonte Adaptado de Lumicenter 2019 66 45 Estimativa de potência e consumo do sistema de iluminação pós retrofit A proposta do projeto luminotécnico consiste na modernização e substituição de todo sistema de iluminação do hospital desde a troca do tipo das lâmpadas utilizadas fluorescentes por LED até as luminárias O Quadro 10 mostra a potência instalada do sistema de iluminação do hospital após a aplicação do retrofit Quadro 10 Potência estimada para proposta de retrofit Setor Potência estimada W Administrativo 1636 Serviços gerais 1295 Pronto socorro adulto 3029 Pronto socorro infantil 1459 Pediatria 2126 Clínica médica 1985 Total 11530 Fonte Autoria Própria 2019 Com isso verificase uma potência instalada referente ao sistema de iluminação do HMPA de aproximadamente 1153 kW Observase um aumento de 596 da potência instalada em relação ao que existe no sistema atual Este valor é muito pequeno quando comparado aos ganhos que o projeto trará ao hospital uma vez que propõe a modernização do sistema e o enquadramento de toda a unidade no normativo O Quadro 11 apresenta a estimativa de consumo com a implementação do projeto luminotécnico no hospital Quadro 11 Consumo estimado para o hospital após retrofit Setor Potência Instalada W Horas de consumo h Consumo Wh Administrativo 1636 6 9816 Serviços gerais 1295 12 15540 PS adulto 3029 18 54522 PS infantil 1459 18 26262 Pediatria 2126 18 38268 Clínica médica 1985 18 35730 Total 11530 180140 Fonte Autoria Própria 2019 67 Tomando como base os dados do Quadro 11 estimase que o consumo em um dia útil após a aplicação do retrofit seja em torno de 18014 kWhdia Considerando o funcionamento do hospital em um mês o consumo pode chegar 5306 kWmês Este valor representa um aumento de 629 do consumo total atual ou seja um valor irrisório levando em consideração a atual situação luminotécnica da instituição e os inúmeros benefícios que se farão presentes no ambiente hospitalar com a implantação do projeto Mas também há a possibilidade das mudanças dos hábitos institucionais e redução do consumo em alguns setores além da instituição funcionando com sistema seguro dentro dos padrões técnicos e contribuindo com o bemestar dos pacientes e funcionários 46 Levantamento de custo da implantação do projeto luminotécnico O sistema de iluminação projetado no software contou com 336 luminárias distribuídas entre os espaços do ambiente hospitalar As salas desativadas do hospital foram levadas em consideração na elaboração do projeto e consequentemente na proposta orçamentária para uma análise mais completa da unidade Após a elaboração da proposta técnica é importante realizar o levantamento econômico do sistema projetado ou seja foi elaborado um orçamento com os valores para os equipamentos utilizados no projeto luminotécnico da unidade hospitalar o resultado obtido está disponível na Tabela 10 Tabela 10 Orçamento para o sistema de iluminação da unidade hospitalar Modelo Preço Quantidade Valor total LHT43S4000840 12591 307 3865437 LHT01 E2000840 12918 29 374622 Total 336 4240059 Fonte Autoria Própria 2019 A posteriori verificouse que o investimento inicial é aproximadamente R4240059 não sendo considerado o custo com a mão de obra pois a instituição possui esse serviço O projeto de retrofit apresentado neste estudo contribuirá com inúmeros benefícios que serão ofertados para funcionários e pacientes Visto que a adequada iluminação do ambiente hospitalar e o conforto visual irão contribuir de forma mais eficiente e orgânica para o desenvolvimento das atividades em toda instituição 68 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do desenvolvimento das análises preliminares para a observância das condições dos requisitos de iluminação conforme normativos foi possível verificar a potência instalada dos setores estudados do HMPA o que permitiu estimar o consumo diário e mensal das instalações Os níveis de iluminamento obtidos no hospital apresentaram não conformidades com a NBR 89951 ABNT 2013 na maioria dos ambientes analisados As salas em que estes níveis apresentaram a maior diferença com relação ao recomendado pela norma como ideal são justamente as salas em que as principais atividades da unidade acontecem como por exemplo as salas de atendimento O sistema de iluminação é muito preocupante pois os baixos níveis de iluminação atingem os funcionários e pacientes e podem comprometer o resultado do trabalho e a saúde de todos os profissionais envolvidos nos procedimentos Alguns dos valores encontrados não chegam a 20 da iluminação solicitada pela norma e isso é bastante alarmante pois coloca em risco os procedimentos a saúde dos pacientes a curto prazo e a saúde dos profissionais a longo prazo Na unidade não há quantidade necessária de luminárias para fornecer os níveis de iluminamento exigidos e a eficácia com outras características do sistema como a temperatura ideal de cor para as lâmpadas proteção das mesmas e manutenção do sistema de iluminação poderia ser maior De acordo com os dados apresentados podese afirmar a necessidade de adequação do sistema de iluminação do Hospital Municipal de Paulo Afonso Foi verificado que apenas 2793 da unidade apresentou conformidade com o normativo NBR 899512013 visto que a maioria das luminárias e lâmpadas presentes na estrutura física hospitalar caracterizam o sistema como obsoleto sendo realizada a proposta de um novo projeto luminotécnico substituindo o sistema existente O projeto de retrofit tem como base a substituição de um sistema defasado por um sistema atual e moderno assim como a utilização de equipamentos eficientes Portanto optou se pela tecnologia LED que possui maior eficiência com menor consumo de energia que atualmente é bastante indicada para ambientes hospitalares e além de tudo as luminárias utilizadas têm disponibilidade no mercado brasileiro 69 Destarte o sistema projetado para o ambiente hospitalar atende aos requisitos de fator de uniformidade iluminância média ofuscamento seguindo os critérios das normas e parâmetros vigentes de iluminação A implantação do projeto é consolidada uma vez que adotandose o sistema de iluminação proposto têmse benefícios não calculáveis uma boa iluminação no ambiente hospitalar influencia nos resultados dos funcionários e conforto dos pacientes na diminuição de erros e acidentes de trabalho Esta em um hospital é de fundamental importância apesar de ser integrada ao ambiente de forma neutra deve funcionar e proporcionar segurança para o ambiente em que se trabalha com a saúde dos indivíduos Portanto os objetivos propostos foram atendidos com êxito A aplicação prática deste trabalho é de grande relevância para a comunidade de Paulo Afonso e população das regiões vizinhas que buscam atendimento no Hospital Municipal de Paulo Afonso pois proporciona ganhos com a segurança conforto como também acarreta na melhoria das condições de trabalho dos que interagem efetivamente com a instituição 51 Sugestões para trabalhos futuros A vasta abrangência desse estudo e todos os obstáculos à sua execução que surgiram e foram sendo ultrapassados com maior ou menor dificuldade mas implicando tempo útil despendido levam à ideia de que há mais potencial de poupança para analisar nessa pesquisa Este trabalho de conclusão de curso abrange os setores administrativo serviços gerais pediatria clínica médica pronto socorro infantil e adulto Porém a escassez de informações e maior dificuldade para acesso no que diz respeito ao centro cirúrgico e a unidade de terapia intensiva UTI conduzem à sugestão de dois trabalhos futuros um estudo que enfatize apenas a UTI que ainda está em construção e um outro que dê a atenção necessária ao centro cirúrgico incluindo as particularidades luminotécnicas que esse setor requer 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISOCIE 89951 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 interior Abril 2013 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5382 Verificação de Iluminância de Interiores Rio de Janeiro 1985a ALMEIDA Fernanda Maria F F Iluminação Hospitalar A qualidade da luz natural e artificial em salas de quimioterapia ambulatorial Dissertação de mestrado FAUUSP São Paulo 2014 ANVISA Manual de Segurança em Ambiente Hospitalar 2016 Disponível em httpportalanvisagovbrdocuments33852271855SeguranC3A7anoambientehospi talar473c5e32025a4dc2ab2efb5905d7233a Acesso em 10 de Março de 2019 BARROS Benjamim Ferreira de BORELLI Reinaldo GEDRA Ricardo Luis Gerenciamento de Energia Ações Administrativas e Técnicas de Uso Adequadoda Energia Elétrica 2ª Ed São Paulo Érica 2016 CAVALIN Geraldo Instalações Elétricas Prediais Conforme Norma NBR 54102004 21 ed rev e atual São Paulo Érica 2011 COTRIM Ademaro A M B Instalações Elétricas 5ª Ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2009 CREDER Hélio Instalações Elétricas 16ª Ed Rio de Janeiro LTC 2016 HIRSCHFELD Henrique Engenharia Econômica e Análise de Custos 7ª Ed São Paulo Editora Atlas 2011 EMPALUX Luminotécnica 2018 Disponível em httpwwwempaluxcombra1l Acesso em 10 de maio de 2019 KAWASAKI Juliana Iwashita UGR Novo parâmetro para análise do controle de ofuscamento 2011 Disponível em httpswwwosetoreletricocombrugrnovoparametro paraanalisedocontroledeofuscamento Acesso em 20 de março de 2019 KOTH Deyse A influência da iluminação e das cores no ambiente hospitalar a saúde vista com outros olhos Especialize Revista On Line Janeiro 2013 LIMA FILHO Domingos Leite Projeto de Instalações Elétricas Prediais 12ª ed São Paulo Érica 2011 LUMICENTER Catálogo de Produtos 2019 Disponível em httpwwwlumicenteriluminacaocombrcatalogoluminariasledc77 Acesso em 13 de maio de 2019 MAMEDE FILHO João Instalações Elétricas Industriais 9 ed Rio de Janeiro LTC 2017 71 MTE Ministério do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Ergonomia 2009 NERY Noberto Instalações elétricas princípios e aplicações São Paulo Érica 2012 OLIVEIRA Laura P G Iluminação artificial nas áreas de internação hospitalar Um estudo de caso em Brasília Trabalho de conclusão de curso Universidade Católica de Brasília Brasília DF 2017 OSRAM Manual Luminotécnico Prático 2012 Disponível em httpwwwosramcombrosrambrFerramentasCatlogosDownloadsIluminacaoGera lManualdoCursoIluminacaoConceitoseProjetos796562indexhtml Acesso em 14 março de 2019 PAIS A M G Condições de Iluminação em Ambiente de Escritório Influência no conforto Visual 138p ano 2011 Dissertação mestrado Faculdade de Motricidade Humana Universidade Técnica de Lisboa Lisboa 2011 PHILIPS T10 Plus 40 W 2018 Disponível em httpwwwlightingphilipscombrproflampadasetubosconvencionaisfluorescentlamps andstarterst10et12tl10plus928034707502EUproduct Acesso em 10 de maio de 2019 PROCEL Manual de Iluminação 2011 Disponível em httpwwwmmegovbrdocuments105841985241MANUALDEILUMINACAO PROCELEPPAGOSTO2011pdfd42d2f360b904fe0805f 54b862c9692cjsessionidA7AE9AD7FFE410D97E371853D50763B0srv154 Acesso em 10 de março de 2019 RIBEIRO Antônio Aleixo P A tomada de consciência dos conhecimentos sobre a visão humana na aplicação de Projetos de Iluminação dos novos ambientes humanizados da Unidade de Terapia Intensiva Adulta UTIA Especialize Revista On Line Dezembro 2014 ROMANI Tula Kirst Iluminação em Centros Cirúrgicos em Cuiabá Estudo de Caso Dissertação de mestrado Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá 2013 SANTOS Edno Oliveira Administração financeira de pequena e média empresa São Paulo Atlas 2001 SOUSA Pedro Ivo C A Eficiência Energética e o Compromisso do Bemestar e Segurança em Instituições Hospitalares Dissertação de mestrado Universidade do Porto em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Portugal 2014 SOUZA Dennis Flores de Dialux Uma Ferramenta em Constante Evolução 2011 Disponível em httpwwwlumearquiteturacombrpdfed49Software20 20DIALuxpdf Acesso em 08 de março 2019 TORRES Rafaela F A C A luz em ambientes hospitalares Especialize Revista On Line Dezembro 2013 72 APÊNDICE A LEVANTAMENTO DE DADOS Neste apêndice encontramse disponíveis os dados de iluminação do sistema atual do hospital e os resultados das medições em cada setor Apêndice A1 Dados setor administrativo Os dados do levantamento para o setor administrativo estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1jjy3jQRjAXy5xFQNLyMlFAC8EsWTDj8 viewuspsharing Apêndice A2 Dados serviços gerais O levantamento para o setor de serviços gerais está disponível em httpsdrivegooglecomfiled1QnFKEulGboMBm1gxUdIJrXvUOtu G9Fviewuspsharing Apêndice A3 Dados pronto socorro infantil Os dados do levantamento do pronto socorro infantil encontramse disponíveis neste apêndice Arquivo disponível em httpsdrivegooglecomfiled1zPVZXSkK6UoEK32MeqIO36E9KxIUshHviewuspsha ring Apêndice A4 Dados pronto socorro adulto Os dados para o pronto socorro adulto estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1HOZzXPRac47to1Dri64hV8KXGD TwVviewuspsharing 73 Apêndice A5 Dados pediatria O levantamento para pediatria está disponível em httpsdrivegooglecomfiled10MOmCeOUKwF504q5Bri1Pv0BaTxcja1pviewuspshari ng Apêndice A6 Dados clínica médica Os resultados das medições em cada sala do setor estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled10foHsqzfJh1aVe0viZuFA56GzeXBtMviewuspsharing 74 APÊNDICE B PLANTA BAIXA DO HMPA Neste apêndice encontramse disponíveis as plantas baixas utilizadas para a elaboração dos projetos luminotécnicos do HMPA Apêndice B1 Planta baixa setor administrativo e serviços gerais As plantas para o setor administrativo e serviços gerais estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1v9ECtE6hv46RoftyqRARhfWLNHpIFBIrviewuspsharin g Apêndice B2 Planta baixa setor pronto socorro infantil e adulto A planta do pronto socorro encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled1HxK6KXoeRS6y urKkduYI3vDgx5Elhbxviewuspsharing Apêndice B3 Planta baixa pediatria A planta baixa utilizada no projeto da pediatria está disponível em httpsdrivegooglecomfiled14pmcO4rNLNsOSJIuQ41hI75YUJo42Lviewuspsharin g Apêndice B4 Planta baixa clínica médica A planta baixa da clínica médica utilizada no trabalho encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled15iwAF6fBgN3ql8QALeSuVkRQh7crnCYVviewuspshari ng 75 APÊNDICE C PROJETO LUMINOTÉCNICO Neste apêndice encontrase disponível toda a documentação e resultados dos projetos luminotécnicos confeccionados no Dialux Evo Apêndice C1 Projeto luminotécnico setor administrativo As documentações e resultados para o setor administrativo encontramse disponíveis emhttpsdrivegooglecomfiled1kaqFJAwbvcttzAZHFK5JpIMcciK03X5viewuspsha ring Apêndice C2 Projeto luminotécnico setor serviços gerais Os dados luminotécnicos e resultados para o setor de serviços gerais encontramse disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1jLJTEWdcHcyYpJKhzW1aKDZ6h1tNMWluviewuspsha ring Apêndice C3 Projeto luminotécnico pronto socorro infantil Os documentos referentes ao projeto luminotécnico para o pronto socorro infantil encontramse em httpsdrivegooglecomfiled1ls2Rc646p290nHbM4lZkJyw xtccaaviewuspsharing Apêndice C4 Projeto luminotécnico pronto socorro adulto Os resultados e dados luminotécnicos para o pronto socorro adulto encontramse disponíveis emhttpsdrivegooglecomfiled1pNze0IsjoYihZx8orLzG7B8HGh5TcX26viewuspshar ing 76 Apêndice C5 Projeto luminotécnico pediatria A documentação referente ao projeto luminotécnico para a pediatria encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled10tNEmsajRUPlyFh3UeCrjMMtIZYXYyyRviewuspshari ng Apêndice C6 Projeto luminotécnico clínica médica Os dados e documentação luminotécnica para a clínica médica encontramse disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1xLxJSpYfFA8lCHiUH RcqTlz01VCxPxyviewuspsharing
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA ENGENHARIA ELÉTRICA LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO PAULO AFONSO BA 2019 LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica do Instituto Federal da Bahia IFBA campus de Paulo Afonso como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica Orientador Prof Esp Saulo Farias Alves Coorientadora Profª Msc Danielle Bandeira de Mello Delgado PAULO AFONSO BA 2019 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP de acordo com ISBD F383 Ferreira Lorenna da Silva Estudo da iluminação artificial em ambientes hospitalares projeto luminotécnico do hospital municipal de Paulo Afonso Lorenna da Silva Ferreira Paulo Afonso 2019 76 f il color 30 cm Orientador Prof Esp Saulo Farias Alves Coorientadora Profa Me Danielle Bandeira de Mello Delgado Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Elétrica Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso 2019 1 Iluminação elétrica 2 Instalações elétricas Requisitos de segurança 3 Hospitais públicos I Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso II Alves Saulo Farias III Título CDD 62132 Elaborada por Ana Paula Santos Souza Teixeira CRB51779 TERMO DE APROVAÇÃO LORENNA DA SILVA FERREIRA ESTUDO DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL EM AMBIENTES HOSPITALARES PROJETO LUMINOTÉCNICO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULO AFONSO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao colegiado de Engenharia Elétrica do Instituto Federal da Bahia Campus Paulo Afonso como requisito para obtenção do título de Engenheira Eletricista Aprovada em de de 2019 BANCA EXAMINADORA Prof Esp Saulo Farias Alves Profª MSc Danielle Bandeira de Mello Delgado Profª MSc Sandra Aleluia Hora da Costa Prof Esp Fernando Carlos Ferreira de Oliveira Aos meus pais Francisco e Sandra AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus por ter me proporcionado momentos tão especiais e ter me dado forças para nunca desistir perante os desafios que enfrentei ao longo da carreira acadêmica À minha mãe Sandra por ser o meu refúgio fortaleza e sinônimo de perseverança Por acreditar em mim e sempre me mostrar que sou mais forte do que imagino Ao meu pai Francisco pelos valores que me transmitiu pela confiança depositada e por investir em mim e na minha formação facultandome o percurso até aqui À minha vó Auristela por ser sinônimo de amor carinho e força para a nossa família Pelo apoio e dedicação ao longo de toda a minha vida Às minhas tias Adriana e Marli por todo carinho e compreensão ao longo dessa caminhada e por terem me ajudado sem pestanejar durante esses anos Aos meus tios Adilson Jessé e Luciano por apoiarem as minhas escolhas incondicionalmente Em especial ao meu tio Adilson por ser esse homem íntegro e que cuida de mim como uma filha À minha tia Angela por ser essa mulher de fé guerreira e que lá no início foi a primeira que embarcou nesse sonho comigo À minha prima Haylane pelas orações e por toda cumplicidade E minha prima Nathália por ter me presenteado com Esterzinha tornando os meus dias mais felizes À minha irmã Beatriz por sempre compartilhar momentos de alegria e torcer por minhas conquistas À minha tia Célia por todos os ensinamentos palavras e por sempre me mostrar que com calma alegria e fé eu posso chegar muito mais longe Meus agradecimentos as minhas amigas Haiane Mariana e Suane por me mostrarem o valor de uma amizade e que nem a força do tempo nem distância pode destruir À Flávia Hellen e Ana por sempre me escutar pelas palavras de conforto e por toda diversão que me proporcionaram A caminhada em Paulo Afonso e todas as mudanças que vieram junto com a graduação não foram fáceis mas tive amigos que contribuíram para que eu chegasse até aqui Meus agradecimentos à Clara e Cida Santana pela hospitalidade e por me estenderem a mão para que eu pudesse dar o ponta pé inicial na minha vida em Paulo Afonso Agradeço a Elen Diogo e Caíque que estiveram comigo por muitos momentos e que foram os meus companheiros durante os primeiros semestres da graduação À Karol que caminhou ao meu lado durante toda graduação e que me transmitiu tantos ensinamentos que aprendi a respeitar admirar e que vi crescer ao enfrentar tantos obstáculos que encontramos nessa trajetória Aos meus amigos Roberta Damacio Ricardo e Rodney por serem meu sinônimo de família em Paulo Afonso pela amizade e companheirismo ao longo dessa jornada À minha amiga Joana por toda cumplicidade apoio durante este tempo e por ser um exemplo de determinação À Renato in memorian por iluminar as nossas vidas e nos mostrar o quanto precisamos aproveitar e amar o próximo Às minhas amigas Ananda Isadora e Samara que conheci nessa cidade que tanto me acolheu por tudo que fizeram por mim e que levarei comigo para o resto da vida Aos meus amigos Guildys Carlos e Nicolau pela amizade que levarei comigo após a graduação por todos os momentos que compartilhamos e por tudo que fizeram por mim nesses anos Meus agradecimentos à Sandra pela disposição e companheirismo nesses quatro anos de convivência À Thais Caires minha parceira da vida obrigada por cada momento por cada palavra obrigada pela oportunidade de compartilhar a minha vidagraduação contigo Foram quatro anos dividindo a casa os sonhos os planos e foi assim que ganhei uma irmã e uma filha também Para você Thais os meus mais sinceros agradecimentos Aos professores que contribuíram para a minha formação profissional em especial a professora Flávia Jorlane que acreditou em minha capacidade e tive a honra de ser monitora À Welber Miranda pela confiança e oportunidade em conhecer as maravilhas da pesquisa cientifica e com isso tornouse o meu mentor da vida e amigo Ao meu orientador Saulo Farias que aceitou o convite para essa jornada e por toda contribuição dada E minha coorientadora Danielle Delgado por todas as contribuições pelo apoio durante a graduação e por ser motivo de inspiração às mulheres na engenharia À Fernando por todo conhecimento apoio e por ser um exemplo de humildade e profissionalismo À família Luminus Jr pela oportunidade de trabalhar conviver e conhecer pessoas maravilhosas Agradeço ao Hospital Municipal de Paulo Afonso e todos os funcionários pela confiança depositada para que eu realizasse este trabalho RESUMO No Brasil a concepção dos projetos de iluminação de hospitais frequentemente se limita a satisfação das iluminâncias mínimas estabelecidas pelas normas Muitas vezes os ambientes são tratados de igual forma como se fossem únicos e não atendessem às diferentes necessidades assim não se criam espaços adequados para o devido uso Para garantir a segurança no ambiente hospitalar além de todos os elementos técnicos dos procedimentos é necessário que as condições lumínicas índices de ofuscamento e a uniformidade do local sejam as mais adequadas possíveis para reduzir as variáveis que podem afetar na qualidade do atendimento Este trabalho tem como objetivo verificar o atendimento à norma brasileira quanto aos níveis mínimos de iluminamento para o Hospital Municipal de Paulo Afonso e elaborar um projeto luminotécnico que atenda as normas assegurando o padrão técnico e segurança da instalação Assim foi necessário medir os níveis de iluminância do sistema atual da instituição e comparálos à norma ABNT NBR ISOCIE 89952013 que trata de iluminação em ambientes de trabalho em interiores Foram realizadas medições com o luxímetro para verificação de iluminância média nos locais de assistência médica Sendo expressa a necessidade de adequação foi proposto um projeto luminotécnico do sistema de iluminação elaborado através do software Dialux Evo Os resultados indicam que o sistema de iluminação estudado apresenta inconformidades com a maioria das recomendações e critérios normativos utilizados como parâmetros Portanto a aplicação do projeto é de grande relevância pois proporciona ganhos com a segurança conforto como também acarreta na melhoria das condições de trabalho dos que interagem efetivamente com a instituição Palavraschave Iluminação Ambiente hospitalar Níveis de iluminância ABSTRACT In Brazil the criation of hospital lighting projects is often limited comply with the basic rules Many times they are treated the same way as if they were only and didnt satisfy differents needs thus dont are adequately developed for each case For ensure the security in the hospital environment beyond all techinical elements of the process its necessary that the light conditions glare índices and the uniformity of the place are the most appropriate in order to reduce the variables that may affect the quality of the service The objective of this work is to verify the conformity with the Brazilian rules regarding minimum illumination levels for the Municipal Hospital of Paulo Afonso and to elaborate a lighting project that obey the rules ensuring the technical rules and safety of the installation Thus it was necessary to measure the illuminance levels of the institutions current system and compare them with the ISO IEC 8995 2013 rules which talk about with lighting in indoor work environments Measurements were made with the luxmeter to check for average illuminance at medical care locations Being expressed the need for adequacy a lighting project was proposed for the lighting system elaborated through the Dialux Evo software The results indicate that the system studied are inconsistente with most of the recommendations and normative criteria used as parameters Therefore the application of the project is of great relevance since it provides gains with safety comfort but also entails in improving the working conditions of those who interact effectively with the institution Keywords Lighting Hospital environment Iluminance levels LISTA DE FIGURAS Figura 1 Interseção dos aspectos da qualidade de iluminação segundo a IESNA 20 Figura 2 Espectro da frequência eletromagnética das ondas 21 Figura 3 Representação do conceito de intensidade luminosa 22 Figura 4 Distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais 23 Figura 5 Exemplificação de grandezas luminotécnicas 24 Figura 6 Escala de temperatura de cor 25 Figura 7 Composição da lâmpada fluorescente 26 Figura 8 Luminária 27 Figura 9 Rendimento da luminária em função do diâmetro da lâmpada 28 Figura 10 Ofuscamento direto e indireto 29 Figura 11 Área da tarefa 33 Figura 12 Área de tarefa e entorno imediato 33 Figura 13 Entrada do HMPA 36 Figura 14 Farmácia e área de circulação do HMPA 38 Figura 15 Leito e refeitório do HMPA 38 Figura 16 Medição de iluminância em ambientes retangulares com fileira única 39 Figura 17 Medição de iluminância em ambientes retangulares com duas ou mais fileiras 40 Figura 18 Exemplo de luminárias do sistema atual de iluminação 50 Figura 19 Luminária do sistema atual sem manutenção 50 Figura 20 Dados da lâmpada T10 PLUS 40W75750 51 Figura 21 Aspectos construtivos em 3D da sala de espera 52 Figura 22 Área da tarefa na coordenação de enfermagem 54 Figura 23 Vista lateral da coordenação de enfermagem 54 Figura 24 Visualização 2D e dados luminotécnicos para a coordenação de enfermagem 55 Figura 25 Vista frontal em 3D da cozinha no Dialux Evo 56 Figura 26 Vista lateral em 3D da cozinha 56 Figura 27 Simulação luminotécnica da sala de ECG 57 Figura 28 Simulação em 3D para o consultório de pediatria 58 Figura 29 Pontos de cálculo para o posto de medicação 58 Figura 30 Renderização do laboratório após simualação no Dialux Evo 60 Figura 31 Disposição das luminárias no laboratório 60 Figura 32 Recapitulação do leito C após simulação no Dialux Evo 62 Figura 33 Simulação em 3D para o leito C 62 Figura 34 Vista lateral em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo 64 Figura 35 Vista superior em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo 64 Figura 36 Luminárias utilizadas no projeto luminotécnico 65 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Requisitos para iluminação para áreas de assistência médica e da edificação 35 Tabela 2 Número de horas de serviços dos setores do hospital 43 Tabela 3 Verificação da iluminância média no setor administrativo 45 Tabela 4 Verificação de iluminância média no setor de serviços gerais 46 Tabela 5 Verificação de iluminância média no PS infantil 46 Tabela 6 Verificação de iluminância média no PS adulto 47 Tabela 7 Verificação da iluminância média na pediatria 48 Tabela 8 Verificação da iluminância média na clínica médica 49 Tabela 9 Dados técnicos das luminárias utilizadas 65 Tabela 10 Orçamento para o sistema de iluminação da unidade hospitalar 67 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Valores de ângulos de corte mínimo 34 Quadro 2 Potência instalada do sistema de iluminação interna do hospital 43 Quadro 3 Estimativa de consumo do sistema de iluminação 44 Quadro 4 Resultados do projeto luminotécnico do setor administrativo 53 Quadro 5 Resultados do projeto luminotécnico do setor de serviços gerais 55 Quadro 6 Resultados do projeto luminotécnico do PS infantil 57 Quadro 7 Resultados do projeto luminotécnico do PS adulto 59 Quadro 8 Resultados do projeto luminotécnico da pediatria 61 Quadro 9 Resultados do projeto luminotécnico da clínica médica 63 Quadro 10 Potência estimada para proposta de retrofit 66 Quadro 11 Consumo estimado para o hospital após retrofit 66 LISTA DE ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CIE Comissão Internacional de Iluminação HMPA Hospital Municipal de Paulo Afonso IES Sociedade de Engenharia de Iluminação IESNA Sociedade de Engenharia de Iluminação Norte Americana IRC Índice de Reprodução de Cor LED Light Emitting Diode NBR Norma Brasileira Registrada PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica PS Pronto Socorro SUS Sistema Único de Saúde TC Temperatura de Cor UGR Índice de Ofuscamento Unificado SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 17 11 Objetivos 18 111 Geral 18 112 Específicos 18 12 Justificativa 18 2 REVISÃO DA LITERATURA 19 21 Iluminação saúde e bemestar 19 22 Conceitos luminotécnicos 20 221 Luz 20 222 Conforto luminoso 21 223 Fluxo luminoso ϕ 22 224 Intensidade luminosa 22 225 Luminância L 23 226 Iluminância ou iluminamento E 23 227 Índice de reprodução de cor IRC 24 228 Temperatura de cor 24 229 Lâmpadas 25 2291 Lâmpadas de descarga 25 2292 LED light emitting diodes Diodos emissores de luz 26 2210 Luminárias 27 23 Luz no ambiente hospitalar 28 231 Distribuição da densidade luminosa 28 232 Ofuscamento 29 233 Direção da luz e sombra 30 24 Critérios de projeto para iluminação artificial hospitalar 30 241 A iluminação geral e de tarefa 30 242 A especificação das lâmpadas 31 25 Legislação para projetos de iluminação artificial hospitalar 31 251 Iluminação de ambientes de trabalho 32 26 Software Dialux 35 3 METODOLOGIA 36 31 Descrição do hospital 36 32 Etapas metodológicas 37 321 Revisão bibliográfica 37 322 Procedimentos iniciais 37 323 Levantamento das características dos ambientes 37 324 Coleta de Dados 39 325 Simulação computacional 41 326 Levantamento de custo da proposta 41 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 42 41 Descrição dos espaços estudados e horários de funcionamento 42 42 Estimativa da potência instalada e consumo 43 43 Medição dos atuais níveis de iluminância 44 431 Análise dos atuais níveis de iluminância 49 44 Projeto luminotécnico da unidade hospitalar 51 441 Resultados da elaboração do projeto da unidade hospitalar 52 442 Características das luminárias utilizadas no projeto 65 45 Estimativa de potência e consumo do sistema de iluminação pós retrofit 66 46 Levantamento de custo da implantação do projeto luminotécnico 67 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 68 51 Sugestões para trabalhos futuros 69 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70 APÊNDICE A LEVANTAMENTO DE DADOS 72 APÊNDICE B PLANTA BAIXA DO HMPA 74 APÊNDICE C PROJETO LUMINOTÉCNICO 75 17 1 INTRODUÇÃO A iluminação artificial é uma componente essencial na elaboração de projetos o tipo de iluminação aplicada irá caracterizar a edificação cumprindo com o seu papel funcional quando escolhida adequadamente e possibilitando o exercício das atividades visuais A iluminação é um elemento fundamental para o bemestar físico e mental daqueles que fazem uso de um determinado ambiente Uma boa iluminação é de grande importância nos hospitais por três razões visão apropriada efeito psicológico e proteção à infecção Quanto a visão é importante em um ambiente hospitalar para a interpretação de valores em equipamentos e enxergar as anormalidades na cor da pele das feridas dos lábios e os demais procedimentos médicos necessários RIBEIRO 2014 Quanto aos fatores psicológicos para Koth 2013 p 2 um bom projeto luminotécnico hospitalar ajuda no processo terapêutico colaborando com o equilíbrio do corpo e da mente O uso adequado promove o bemestar dos pacientes e até mesmo funcionários Para proteção à infecção a luz natural é de grande importância sendo a luz solar a mais rápida em sua efetividade germicida que é refletida pelo céu ou pelas nuvens KOTH 2013 A adoção de normas além de ser uma exigência técnica profissional conduz a resultados altamente positivos no desempenho operativo das instalações garantindolhes segurança e durabilidade MAMEDE 2017 De acordo com o manual de iluminação eficiente do PROCEL 2011 p 7 vários trabalhos desenvolvidos no Brasil mostram alguns problemas frequentes nas edificações existentes seja pública ou privada o sistema de iluminação geralmente se encontra fora dos padrões técnicos adequados Segundo Koth 2013 p 3 é realidade constante que grande parte dos hospitais brasileiros é desprovida de qualquer projeto de cor e iluminação Pelo que se percebe todos os ambientes são tratados da mesma forma como se tivessem sempre a mesma função Alguns dos problemas frequentes em instalações desprovidas de projeto luminotécnico são refletidas tanto no consumo elevado de energia elétrica com a utilização de equipamento com baixa eficiência quanto no dimensionamento incorreto de iluminação podendo causar ofuscamentos pelo resultado da luz indesejada no campo visual bem como acarretar uma visão inadequada ao ato de conduzir determinada atividade ambas implicam em condições propicias a acidentes A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento reflexos incômodos sombras e contrastes excessivos MTE 2009 18 11 Objetivos 111 Geral Desenvolver um projeto luminotécnico dentro dos padrões exigidos pela norma ABNT NBR ISSOCIE 899512013 para o sistema de iluminação do Hospital Municipal de Paulo Afonso 112 Específicos Apresentar a atual situação do sistema de iluminação do hospital Aferir os níveis de iluminância e comparar com os valores estabelecidos pelas normas vigentes Pesquisar lâmpadas e luminárias que atendem as necessidades do recinto Abordar uma proposta de retrofit baseada na atual situação do hospital Elaborar o projeto luminotécnico através de simulação no software livre Dialux Apresentar uma análise de custo da proposta de retrofit e implantação do projeto 12 Justificativa Por se tratar de assistência à saúde o serviço prestado em hospitais tem cunho social e afeta toda a região que está inserido Uma iluminação hospitalar eficiente além de estabelecer o bemestar e a ergonomia também pode alcançar uma possível economia de energia elétrica na edificação Durante um prévio levantamento de dados não foram encontradas informações a respeito do sistema de iluminação do hospital dos valores quantificáveis da iluminância questão de uniformidade desconforto referente ao ofuscamento e índice de reprodução de cor E levandose em consideração que os hospitais utilizam a iluminação artificial em todo o seu período de funcionamento adotar estratégias para utilizar a luz em benefício de pacientes e funcionários tornase algo fundamental Nesse contexto a presente pesquisa ganha relevância uma vez que visa confeccionar um projeto que obedeça às normas a fim de que seja assegurado um padrão técnico na operação e segurança da instalação 19 2 REVISÃO DA LITERATURA 21 Iluminação saúde e bemestar Uma iluminação que permite as pessoas verem adequadamente se moverem com segurança e desempenharem atividades visuais de forma eficiente é considerada boa e adequada para propiciar condições mais saudáveis e satisfatórias para o ser humano Portanto é necessária uma atenção à quantidade e à qualidade da iluminação dos ambientes ABNT 2013 No final do século XIX com o surgimento da lâmpada elétrica o homem começou a se interessar pela produção e utilização da luz artificial Permitindo a execução de tarefas que a priori não eram realizadas à noite como a realização de cirurgias O avanço tecnológico do século XX atingiu o ambiente hospitalar e aumentou a necessidade de uma maior eficiência energética nas lâmpadas que eram empregadas nos equipamentos hospitalares dependentes de energia elétrica ALMEIDA 2014 De uma forma geral do ponto de vista econômico e ambiental a iluminação deve aumentar a economia e eficiência energética considerando os recursos naturais No aspecto da arquitetura um bom projeto luminotécnico deve associarse com os elementos arquitetônicos E em relação ao enfoque humano segundo Almeida 2014 p 21 a iluminação deve integrar boas condições físicas adequadas para a visão assegurar a manutenção da boa saúde e do bem estar além do desempenho da tarefa da comunicação interpessoal e da apreciação estética No ambiente hospitalar a iluminação deve ser aliada do ambiente ela não deve ser notada mas deve sim se encaixar como algo natural ao bom andamento dos trabalhos Ela nunca deve incomodar ou atrapalhar ela deve ser aliada Os ajustes de iluminação artificial para cada situação dentro de uma instituição de saúde permitem a entrega de uma melhor qualidade no atendimento podem ajudar a reduzir o estresse dos pacientes e funcionários melhorar o desempenho e até reduzir erros médicos e acidentes de trabalho RIBEIRO 2014 Importantes estudos mostram que a iluminação adequada é capaz de mostrar resultados positivos na saúde das pessoas O modelo da qualidade de iluminação apresentado na Figura 1 desenvolvido pela Sociedade de Engenharia de Iluminação Norte Americana IESNA mostra que o dimensionamento de um sistema de iluminação de um ambiente é considerado satisfatório à medida que integra os aspectos das necessidades humanas econômicos ambientais e a arquitetura 20 Figura 1 Interseção dos aspectos da qualidade de iluminação segundo a IESNA Fonte Almeida 2014 22 Conceitos luminotécnicos Através da luminotécnica é possível definir e aplicar o estudo da iluminação artificial atendendo os padrões estabelecidos pela norma ao mesmo tempo que permite a redução no consumo de energia Uma iluminação artificial ideal é aquela que proporciona ergonomia rendimento e eficiência no trabalho fazendo com que se reduzam acidentes e que traga contribuição para o conforto bemestar e segurança CAVALIN 2011 O conhecimento prévio dos conceitos e definições das grandezas luminotécnicas componentes das lâmpadas e seus dispositivos auxiliares das luminárias e seus componentes são de grande importância para auxílio e construção dos projetos e cálculos luminotécnicos CREDER 2016 221 Luz As ondas luminosas são um tipo de radiação eletromagnética com aproximadamente 300000 kms de velocidade de propagação com comprimento e frequência definidos como luz visível ultravioleta e infravermelho Em relação ao comprimento de onda as cores do espectro 21 visível estão na faixa de comprimento de onda de 380 nm a 780 nm Através da Figura 2 percebese que as ondas luminosas correspondem a uma pequena faixa de frequência quando comparadas aos outros espectros magnéticos em função da frequência COTRIM 2009 Figura 2 Espectro da frequência eletromagnética das ondas Fonte Creder 2016 222 Conforto luminoso O primeiro nível para a avaliação do que é o conforto luminoso é a resposta fisiológica do usuário Estímulos ambientais são produzidos num determinado ambiente provido de luz natural eou artificial ou seja um certo resultado em termos de quantidade qualidade de luz e sua distribuição e contrastes OSRAM 2012 O nosso olho requer condições específicas para desenvolvermos certas atividades visuais de acordo com o ponto de vista fisiológico e que dependem muito das atividades que o usuário realiza Dessa forma o conforto luminoso está relacionado à adaptação do indivíduo para a realização de certas tarefas em determinados ambientes OSRAM 2012 22 223 Fluxo luminoso ϕ Conforme Cavalin 2011 p 109 fluxo luminoso é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz e capaz de estimular a retina ocular à percepção da luminosidade Também pode ser definido como a potência de radiação emitida por uma determinada fonte de luz avaliada pelo olho humano MAMEDE 2017 A unidade de fluxo luminoso é o lúmen lm 224 Intensidade luminosa A intensidade luminosa é uma expressão de quantidade de luz irradiada num determinado sentido do interior Segundo Nery 2012 p225 podemos considerar que a intensidade luminosa corresponde à potência de radiação luminosa numa dada direção As medições de intensidade luminosa são realizadas dentro dos laboratórios dos fabricantes de luminárias para conseguir as características de distribuição da luz e informar o consumidor ROMANI2013 Segundo Mamede 2017 p 74 a intensidade luminosa pode ser definida como a potência de radiação visível que uma determinada fonte de luz emite em uma direção especificada Sua unidade é denominada em candela cd A Figura 3 demonstra conceitualmente a definição de intensidade luminosa Figura 3 Representação do conceito de intensidade luminosa Fonte Mamede 2017 A intensidade luminosa geralmente é representada por curvas de distribuição luminosa Esta curva é expressa na forma polar e representa a variação da intensidade luminosa da fonte segundo um plano passando pelo centro em função da direção PROCEL 2011 p8 A Figura 4 mostra o esquema de distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais 23 Figura 4 Distribuição luminosa de uma luminária em três planos ortogonais Fonte PROCEL 2011 225 Luminância L Conforme Mamede 2017 p 77 o conceito de luminância pode ser descrito como a relação entre intensidade luminosa com qual irradia em direção determinada uma superfície elementar contendo um ponto dado e a área aparente desta superfície para uma direção considerada quando esta área tende para zero Também pode ser definida como a reflexão da iluminância sobre os objetos ou seja é a sensação de claridade emitida aos nossos olhos pela superfície iluminada OSRAM 2012 Sua unidade de medida é candela por metro ao quadrado cdm² 226 Iluminância ou iluminamento E Iluminância é a luz que irradia de uma fonte essa grandeza não é visível e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro sua unidade é o lux MAMEDE 2017 Conforme Mamede 2017 p 33 o iluminamento é definido como sendo o limite da razão do fluxo luminoso incidente num elemento de superfície que contém um ponto dado para uma área deste elemento quando esta área tende para zero A iluminância de ambientes de trabalho geralmente é definida em termos de iluminância média na altura do plano de trabalho que varia de 075 m a 1 m Um lux corresponde a iluminância de uma superfície plana de 1 m² que incide um fluxo luminoso de 1 lúmen ou seja é o fluxo luminoso que incide em uma área COTRIM 2009 A Figura 5 exemplifica a diferença entre iluminância fluxo luminoso e intensidade luminosa 24 Figura 5 Exemplificação de grandezas luminotécnicas Fonte Empalux 2018 227 Índice de reprodução de cor IRC O índice de reprodução de cor está associado a correspondência entre a cor real de um objeto e a que ele está apresentando diante da fonte luz O IRC varia numa escala numérica de 0 a 100 de acordo com a fonte luminosa do ambiente a que se destina Quanto maior o IRC melhor é a fidelidade de cores PROCEL 2011 Segundo Mamede 2017 p 112 o IRC é definido como sendo a capacidade de uma fonte de luz ao iluminar um objeto de fazer com que este reproduza suas cores naturais 228 Temperatura de cor Para cada tipo de ambiente há uma temperatura de cor mais indicada para a aplicação Esta expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte A sua unidade de medida é o Kelvin K Quanto mais clara a tonalidade da luz maior a sua temperatura de cor A tonalidade da cor que a luz representa no ambiente pode ser expressa como luz quente ou luz fria OSRAM 2012 Na Figura 6 podem ser observadas as variações de escala de temperatura de cor 25 Figura 6 Escala de temperatura de cor Fonte Osram 2012 229 Lâmpadas As lâmpadas são caracterizadas pelo seu mecanismo de funcionamento e por sua característica de emissão de luz Este equipamento juntamente com as luminárias faz com que se obtenha uma distribuição luminosa mais uniforme além de proporcionar conforto visual As lâmpadas elétricas são classificadas de acordo com seu processo de emissão de luz ou seja lâmpadas incandescentes lâmpadas de descarga e lâmpadas de LED Light Emitting Diode ou de estado sólido CREDER 2016 Para aspectos práticos serão expostos apenas os elementos que serão utilizados neste trabalho lâmpadas de descarga e de estado sólido 2291 Lâmpadas de descarga Estas lâmpadas possuem o princípio de funcionamento no qual a descarga elétrica de um gás entre dois eletrodos produz a excitação dos elétrons os quais consequentemente emitem luz Podem ser classificadas em diversos tipos como as lâmpadas fluorescentes de luz mista de vapor de mercúrio e vapor de sódio de alta pressão Devido ao alto desempenho as lâmpadas fluorescentes são indicadas para a iluminação artificial de diversos ambientes São caracterizadas por possuir um cilindro de vidro onde o seu interior é revestido de cristais de fósforo e quando submetidas a energia ultravioleta emitem luz MAMEDE 2017 O tubo da lâmpada fluorescente inclui um gás inerte para controlar a descarga onde uma pequena quantidade de mercúrio é inclusa para que seu vapor produza uma radiação ultravioleta quando excitado Como mostra a Figura 7 a superfície interior é revestida com uma substância fluorescente que converte a radiação ultravioleta em luz visível através da fluorescência CREDER 2016 26 As lâmpadas fluorescentes para controlar o fluxo de corrente necessitam de um reator Conforme Mamede 2017 p81 é necessário que se ligue um reator entre suas extremidades externas para limitar o valor da corrente e elevar a tensão na partida da lâmpada Figura 7 Composição da lâmpada fluorescente Fonte Cotrim 2009 As lâmpadas fluorescentes tubulares são conhecidas pelo diâmetro do seu tubo As primeiras que foram comercializadas possuíam diâmetro 128 de polegada estas ficaram conhecidas como lâmpadas T12 Logo em seguida foram substituídas pelas lâmpadas T8 caracterizadas pela maior eficiência e agora as lâmpadas T5 ganharam o mercado por maior eficiência e menor diâmetro levando a um maior aproveitamento das superfícies reflexivas das luminárias MAMEDE 2017 2292 LED light emitting diodes Diodos emissores de luz Os LEDs são a grande novidade no campo da iluminação Descobertos na década de 60 eram usados com a finalidade de sinalização como por exemplo uma máquina ligada ou desligada As novas tecnologias permitiram a combinação de cores e o surgimento do LED de cor branca A luz do LED é produzida através da eletroluminescência e tem como vantagem o tamanho reduzido longa vida útil e alta eficiência luminosa ROMANI 2013 O LED é um componente bipolar que possui um ânodo e um cátodo e que dependendo da sua polarização vai permitir ou não a liberação de energia que se manifesta na forma de luz A passagem de corrente pelo material semicondutor é que vai gerar a luz através da condução direta SOUSA 2014 As lâmpadas de LED não possuem filamentos nem descarga elétrica Praticamente dispensam a manutenção devido a sua longa vida útil Com as novas descobertas tecnológicas estão praticamente dobrando seu fluxo luminoso tendo sua aplicação estendida não apenas para 27 substituir lâmpadas compactas mas como também lâmpadas tubulares que são compatíveis com lâmpadas fluorescentes tubulares tanto em dimensões quanto em relação ao fluxo luminoso e índice de reprodução de cor SOUSA 2014 2210 Luminárias Consoante Sousa 2014 as luminárias são os aparelhos que incorporam a fonte de luz constituídas por uma ou mais lâmpadas e que distribuem filtram ou transformam a luz transmitida por esta Possuem os equipamentos auxiliares necessários para o bom funcionamento das lâmpadas e inclui todas as peças necessárias para fixação e proteção Alguns componentes das luminárias são destinados a proteção da lâmpada e modificação da luz emitida por esta como o difusor e o refletor Para reduzir a luz de determinada direção ou o ofuscamento são utilizados os difusores E para aumentar a eficiência de uma luminária desviando a luz de lugares desnecessários para locais que terá maior eficiência são utilizados os refletores obtendo uma melhor distribuição de luz SOUSA 2014 Outro componente das luminárias são as aletas estas são as grades posicionadas em frente às lâmpadas no sentido perpendicular a elas São constituídas de vários materiais e com vários tipos de acabamento alumínio policarbonato ou aço A sua função é limitar o ângulo de ofuscamento num ambiente aumentando o conforto visual de seus utilizadores BARROS 2016 A Figura 8 mostra uma luminária com seus respectivos componentes Figura 8 Luminária Fonte Lumicenter 2019 28 As luminárias devem ser escolhidas de acordo com a finalidade ou seja devem ser escolhidas de acordo com o ambiente de trabalho a ser iluminado Devem ser considerados também fatores econômicos diâmetro da lâmpada tubular que por sua vez influi no rendimento da luminária pois a redução do diâmetro fará com que seja reduzido o efeito da sombra produzida pela própria lâmpada como pode ser observado através da Figura 9 BARROS 2016 Figura 9 Rendimento da luminária em função do diâmetro da lâmpada Fonte Adaptado de Barros 2016 23 Luz no ambiente hospitalar Uma luz fraca afeta as pessoas no trabalho se manifestando através de dores de cabeça perda da acuidade visual e fadiga ocular Dessa forma a luz é de grande importância para a saúde e segurança dos trabalhadores pois quanto mais rápido e mais cedo os riscos são descobertos mais rápida é a resposta a ele ROMANI 2013 A intensidade de luz num ambiente hospitalar não é o único aspecto que deve ser levado em consideração para a elaboração de um projeto de iluminação Existem outros aspectos que são relevantes PAIS 2011 231 Distribuição da densidade luminosa Os contrastes formados entre as superfícies de trabalho e as diferenças de intensidade luminosa dentro do campo visual nesse ambiente estão relacionados com a distribuição luminosa Contrastes exagerados no campo de trabalho exigem adaptação visual constante levando queda na produção motivada pela fadiga visual por isso é interessante que a distribuição luminosa seja o mais uniforme possível ROMANI 2013 29 232 Ofuscamento Segundo Romani 2013 p 61 o ofuscamento é um incômodo ocasionado por grandes diferenças de densidade luminosa no campo visual quando se olha diretamente para a fonte luminosa ofuscamento direto ou quando o reflexo desta sobre alguma superfície atinge os olhos ofuscamento indireto O exemplo pode ser visto na Figura 10 Figura 10 Ofuscamento direto e indireto Fonte Romani 2013 O ofuscamento pode causar a fadiga visual e levar profissionais a cometer erros e acidentes Logo definir o seu limite é de grande importância Pode ser classificado como desconfortável inabilitador ou refletido O primeiro surge diretamente de luminárias ou janelas em locais de trabalho O segundo ofuscamento inabilitador ocorre na maioria das vezes em iluminação externa Já o ofuscamento refletido provém de reflexões em superfícies especulares reflexão veladora KAWASAKI 2011 Na iluminação artificial hospitalar o ofuscamento pode ter duas causas básicas a luminância excessiva da fonte de luz e posicionamento das luminárias na área de visão dos pacientes O ofuscamento pode ser reduzido através de quatro medidas diminuindo a luminância da fonte de luz e a área das iluminâncias desconfortáveis aumentando a luminância da sala e o ângulo entre a fonte de luz e a linha da visão dos usuários ALMEIDA 2014 A Comissão Internacional de Iluminação CIE criou o Índice de Ofuscamento Unificado UGR para controlar o ofuscamento desconfortável e inabilitador Ficando a critério do projetista avaliar a partir dos softwares de cálculo os limites dos índices de ofuscamento 30 estabelecido pelo normativo O índice considera características do ambiente das luminárias e suas refletâncias KAWASAKI 2011 233 Direção da luz e sombra A liberação do espaço de trabalho entre a fonte de luz e o campo visual e um bom posicionamento das luminárias evita a produção de sombras que podem dificultar a visualização da tarefa Para que transtornos como esses não ocorram recomendase não utilizar luminárias com ângulo menor que 30º em relação ao plano de visão horizontal Outra recomendação é a instalação de luminárias na parte superior e à esquerda do indivíduo quando este for destro ROMANI 2013 24 Critérios de projeto para iluminação artificial hospitalar 241 A iluminação geral e de tarefa Para garantir o desenvolvimento das diversas atividades noturnas a iluminação artificial deve proporcionar uma distribuição de iluminâncias adequadas às necessidades dos espaços No ambiente hospitalar as iluminâncias são distribuídas através dos sistemas de iluminação geral e localizada sendo o primeiro atribuído para execução de serviços visuais mais simples e o segundo engloba as atividades com critérios mais minuciosos OLIVEIRA 2017 Quando um sistema ilumina um espaço de modo abrangente ele é classificado como iluminação geral Esse deve ser desenvolvido juntamente com a iluminação localizada e ao projeto de interiores Uma vez que as cores e refletâncias internas tem influência direta nas iluminâncias e luminâncias do espaço A iluminação localizada ou de tarefa concentra os maiores valores de iluminâncias estes valores dependem da tarefa visual que será executada Esta iluminação apresenta vantagens como o controle da direção e intensidade da luz facilitando a adaptação às necessidades específicas para cada tarefa visual OLIVEIRA 2017 A junção entre a iluminação geral e localizada possibilita a composição do ambiente com áreas de maior e menor intensidade luminosa Esta integração é mais econômica do que tentar aumentar a iluminância geral para atender à tarefa visual mais crítica Em relação a uniformidade das iluminâncias nos espaços onde a luz é fornecida somente pela iluminação geral a uniformidade deve permitir a execução das tarefas em 31 qualquer local sem diferenças significativas das iluminâncias Por outro lado quando há a iluminação localizada as regiões vizinhas devem possuir iluminâncias menores ALMEIDA 2014 242 A especificação das lâmpadas A especificação das lâmpadas da iluminação artificial de hospitais envolve a consideração de aspectos de ordem econômica e médica Como a iluminação é imprescindível no ambiente hospitalar devem ser utilizados equipamentos com longa vida útil e alto rendimento luminoso o que reduz custos operacionais no ambiente Em relação ao aspecto médico deve ser levado em consideração o uso de lâmpadas com boa reprodução de cores pois sempre é necessário a identificação de mudanças orgânicas nos pacientes A temperatura de cor das lâmpadas expressa em Kelvin usadas na iluminação artificial tem influência direta na produção de condições visuais necessárias para a identificação das cores e é o principal critério a ser observado nos projetos de iluminação de espaços onde o exame dos pacientes é realizado O índice de reprodução de cores IRC da lâmpada deve ser sempre acima de 8085 para não interferir no exame clínico Pesquisas norte americanas apontam a temperatura de cor TC preferida em hospitais está entre 40004500 K e o IRC em 90 As cores frias situadas numa temperatura de cor na ordem de 5000 K são relacionadas a ambientes que reforçam associações ao frio logo reduzem a sensação de aconchego TORRES 2013 A fidelidade à cor da pele é fundamental para qualquer diagnóstico ou acompanhamento do paciente quando internado A lâmpada no ambiente hospitalar deve fornecer um bom IRC o mais semelhante possível da luz solar reprodução considerada verdadeira por muitos TORRES 2013 p 7 Assim considerando a luz do sol como um espectro visível completo as lâmpadas que apresentam tal característica dispõem de uma boa reprodução de cores e objetos 25 Legislação para projetos de iluminação artificial hospitalar No Brasil a norma que rege os projetos de iluminação é da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT A legislação brasileira que trata de forma específica sobre a iluminação artificial é a NBR ISOCIE 89951 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 Interior que fixa iluminâncias médias mínimas para diversas atividades dentre elas as 32 hospitalares Essa norma considera a dificuldade da tarefa visual a refletância do fundo de tarefa entre outros fatores que contribuem para a determinação das iluminâncias recomendadas Vale ressaltar que esta norma não apresenta todos os espaços contidos numa unidade hospitalar O Ministério da Saúde através da portaria 188494 intitulada Normas para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde traz algumas recomendações a respeito da iluminação hospitalar como a indicação das luminárias em salas de cirurgia salas de parto quartos enfermaria da unidade de internação geral entre outros Estas indicações visam o atendimento das necessidades do corpo médico e o conforto dos pacientes A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA através do Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar faz algumas recomendações como a importância da cor na iluminação adotada e como uma boa iluminação pode afetar principalmente em processos cirúrgicos ANVISA 2016 No normativo estrangeiro existe uma norma específica para a iluminação em hospitais a qual recomenda iluminância mínima e critérios qualitativos para projetos Essa norma é da Sociedade de Engenharia de Iluminação IES nomeada de ANSIIES RP 2916 Iluminação para instalações hospitalares e de saúde e por apresentar um caso particular possui um número maior de recomendações O IESNA apresenta recomendações de iluminâncias para cerca de 120 atividades nos estabelecimentos de saúde a ABNT apresenta para apenas 38 atividades 251 Iluminação de ambientes de trabalho A distribuição da iluminância nas áreas de trabalho causa impacto na percepção e execução da tarefa visual de forma segura confortável e rápido bem como influencia no entorno imediato A NBR ISOCIE 899512013 Iluminação de ambientes de trabalho recomenda os índices de iluminância uniformidade ofuscamento e reprodução de cor A área de tarefa e o entorno imediato são aspectos importantes na iluminação dos ambientes de trabalho A área principal no local de trabalho que a tarefa visual é realizada é definida como a área de tarefa Para os locais onde o tamanho eou localização da área da tarefa é desconhecida a área onde o trabalho pode ocorrer é considerada a área de tarefa O entorno imediato é definido como a área ao redor da área de tarefa dentro do campo de visão podendo ser considerada como uma faixa ao redor da área de tarefa e ter no mínimo 05 m de largura ABNT 2013 33 Quando a localização da tarefa visual não é definida por conta de localização desconhecida ou por comportar tarefas visuais diferentes no mesmo ambiente recomendase que as diversas áreas sejam combinadas e formem a área de trabalho Caso a localização de trabalho seja desconhecida a área de trabalho deve ser considerada como a sala inteira A Figura 11 apresenta a delimitação da área de tarefa delimitada pela cor amarela que compreende a superfície de trabalho o tampo cinza da mesa e o espaço do usuário região rosa Figura 11 Área da tarefa Fonte ABNT 2013 Uma variável relevante no processo de realização de um projeto luminotécnico é a uniformidade A uniformidade pode ser definida como a razão entre o valor mínimo pelo valor médio de iluminância no ambiente e esse índice não pode ser inferior a 07 na área de trabalho Assim como no entorno imediato à uniformidade não pode ser menor que 05 ABNT 2013 Na Figura 12 podem ser observados os valores limites de uniformidade para as áreas de trabalho e entorno imediato Figura 12 Área de tarefa e entorno imediato Fonte ABNT 2013 34 Durante a elaboração de um projeto luminotécnico o projetista deve estar atento aos índices de ofuscamento do sistema de iluminação nos ambientes projetados A NBR ISOCIE 899512013 define que Os dados do UGR devem ser corrigidos para fluxo luminoso inicial das lâmpadas utilizadas Se a instalação da iluminação for composta por tipos diferentes de luminárias com diferentes fotometrias eou lâmpadas a determinação do índice UGR deve ser aplicada para cada combinação lâmpada luminária da instalação Desta maneira o maior valor do UGR encontrado deve ser considerado um valor típico para a instalação inteira e deve estar conforme o UGR limite ABNT p 06 2013 Medidas de proteções contra ofuscamento devem ser adotadas a fim de minimizar e prevenir erros fadiga visual ou acidentes Em edificações pode ser adotado o uso de anteparos para o escurecimento das janelas outra medida é a proteção contra visão direta sobre as lâmpadas Para lâmpadas elétricas o ângulo de corte mínimo para proteção da visualização direta da lâmpada não pode ser menor que os valores estabelecidos no quadro abaixo Quadro 1 Valores de ângulos de corte mínimo Luminância da lâmpada kcdm² Ângulo de corte mínimo 1 a 20 10º 20 a 50 15º 50 a 500 20º 500 30º Fonte Adaptado de ABNT 2013 Assim evitase o ofuscamento desconfortável e o inabilitador causados por luminâncias excessivas reflexões em superfícies especulares A escala para o índice de ofuscamento unificado varia de 13 a 28 sendo 13 o valor para qual o desconforto é menor A Tabela 1 indica o planejamento dos ambientes áreas tarefas e atividades com especificações para locais de assistência médica e áreas gerais da edificação Onde Em é a iluminância mantida que representa o valor mínimo para a iluminância média no ambiente O UGRL é o valor máximo permitido para o nível de ofuscamento e o Ra representa o valor mínimo para o índice de reprodução de cor para lâmpada utilizada Esses índices auxiliam o projetista na elaboração correta da iluminação para cada ambiente planejado ABNT 2013 35 Tabela 1 Requisitos para iluminação para áreas de assistência médica e da edificação Tipo de ambiente tarefa ou atividade Em lux UGRL Ra Salas de Espera Corredores Escritório dos funcionários Sala dos funcionários Enfermarias Banheiros para pacientes Sala de exames em geral Salas préoperatórias e salas de recuperação Sala de cirurgia Salas de esterilização Salas de desinfecção Inspeção de cor laboratórios Refeitóriocantinas Cozinha Salas de descanso Depósito estoques câmara fria Depósito continuamente ocupados Vestiários e banheiros Depósito e estoques Lavagem e limpeza Passar roupas 200 22 200 22 80 80 80 80 80 80 90 90 90 80 80 80 80 80 80 60 60 80 60 80 80 500 300 300 200 500 500 1000 300 300 1000 200 500 100 100 200 200 200 300 300 19 19 19 22 19 19 19 22 22 19 22 22 22 25 25 25 25 25 25 Fonte Adaptado de ABNT 2013 26 Software Dialux O software para a simulação computacional dos níveis de iluminamento dentro dos ambientes do hospital foi o Dialux Desenvolvido em 26 idiomas o software é gratuito e de livre acesso para qualquer usuário Através do programa pode ser feita a importação de arquivos de outros softwares como por exemplo na plataforma CAD e logo após criar um projeto no Dialux SOUZA2011 Para a simulação é necessário que se faça a modelagem dos ambientes incluindo suas dimensões e características físicas dos materiais utilizados no recinto O Dialux permite que os dados das fontes luminosas sejam inseridos através de plugins ou de suas grandezas fotométricas ROMANI 2013 p87 Através da simulação realizada o programa permite que sejam gerados relatórios com os dados de cada ambiente como o somatório de potência lista de luminárias e de lâmpadas esquema de posição das luminárias entre outros Existem ferramentas de cálculo no software que permitem a observação de dados que podem ser utilizados para a verificação de conformidade com normativos como iluminância média fator de uniformidade índice de reprodução de cor e índice de ofuscamento unificado 36 3 METODOLOGIA A metodologia do trabalho consistiu em realizar a seleção do objeto de estudo seguido de uma pesquisa bibliográfica Posteriormente foram realizados os procedimentos iniciais visitas e levantamento das características dos ambientes Em seguida foi elaborado um projeto através de software e por fim um levantamento de custo para implementação de um sistema atualizado de iluminação Estas etapas serão descritas neste capítulo 31 Descrição do hospital Fundado em 28 de outubro de 1998 o Hospital Municipal de Paulo Afonso HMPA apresenta atendimento público vinculado ao SUS Sistema Único de Saúde Localizado na Avenida Wilson Pereira nº 55 no Bairro Tancredo Neves III no município de Paulo Afonso Bahia Hoje o hospital registra uma média de 600 atendimentos diários sendo que mais de 20 dos pacientes atendidos são de estados vizinhos Atualmente o HMPA dispõe de 52 leitos mais cinco salas para pacientes em observação e um quadro de 43 médicos que atuam em 17 especialidades No total são mais de 300 funcionários que trabalham em regime de escala entre diretor médicos enfermeiros cozinheiras vigilantes motoristas recepcionistas e auxiliares de limpeza e manutenção A Figura 13 mostra a entrada do hospital Figura 13 Entrada do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 37 32 Etapas metodológicas De modo geral a investigação desenvolveuse a partir do embasamento teórico seguido do conhecimento do objeto de estudo e coleta de dados 321 Revisão bibliográfica Inicialmente foi realizada a pesquisa bibliográfica através da qual buscouse compreender os parâmetros que determinam a qualidade e os requisitos necessários para a iluminação artificial hospitalar As principais fontes de pesquisas foram livros trabalhos e artigos científicos na área de instalações elétricas luminotécnica gerenciamento de energia e engenharia econômica Normativos que estabelecem parâmetros luminotécnicos foram consultados como a ABNT NBR ISOCIE 899512013 que normaliza a iluminação de ambientes de trabalho interior e a ABNT NBR 53821985 que estabelece métodos para a medição de iluminância em ambientes retangulares 322 Procedimentos iniciais A pesquisa bibliográfica foi seguida de uma etapa preliminar composta por solicitação de permissão para acesso à instituição hospitalar obtenção e análise das plantas arquitetônicas visitas exploratórias ao hospital e entrevistas com o responsável pela administração Esta etapa proporcionou um conhecimento geral acerca do contexto hospitalar das condições lumínicas e o perfil da instituição 323 Levantamento das características dos ambientes Através do conhecimento prévio do ambiente hospitalar originouse o levantamento preliminar do espaço pesquisado Prosseguiuse com a observação cuidadosa dos ambientes e seus respectivos sistemas de iluminação artificial Identificandose quantidade tipo e localização das luminárias bem como aberturas e superfícies refletoras que compõem o ambiente e atividades visuais Também foram identificados os materiais cores e texturas das superfícies e equipamentos 38 Com o intuito de coletar informações de relevância para o trabalho para futura análise foram realizados registros fotográficos medições arquitetônicas e anotações com auxílio de câmera de smartphone e trena digital As Figuras 14 e 15 mostram os registros da farmácia circulação leito e refeitório do hospital Figura 14 Farmácia e área de circulação do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 Figura 15 Leito e refeitório do HMPA Fonte Autoria Própria 2019 39 324 Coleta de Dados Após o levantamento das características dos ambientes iniciouse a tomada manual dos níveis de iluminamento dentro dos ambientes Para uma melhor organização do trabalho o ambiente hospitalar foi dividido em 6 Alas Administrativo PS pronto socorro adulto PS infantil pediatria clínica médica e serviços gerais Nesta etapa foi utilizada a norma ABNT NBR 53821985 que regulamenta a forma que deve ser feitas as coletas de dados referentes aos níveis de iluminamento em ambientes retangulares através da iluminância média sobre um plano horizontal proveniente da iluminação geral ABNT1985 De acordo com as características existentes da iluminação do hospital foram utilizados dois métodos para a tomada de iluminamento O método de verificação para área retangular com linha única de luminárias individuais e área retangular com duas ou mais fileiras de luminárias simetricamente espaçadas Nos ambientes com uma única fileira de luminária foram realizadas medições na altura do plano de trabalho 080 m de acordo com os pontos indicados na Figura 16 Como no ambiente hospitalar existem algumas restrições para não atrapalhar o bom funcionamento da instituição as medições dos pontos qs indicados na figura foram realizados apenas em q1 q2 q5 e q6 Desta maneira foi possível obter o valor de Q a média aritmética para aplicar na Equação 1 ABNT 1985a Também foram realizadas medições nos pontos p1 e p2 calculando a média aritmética obtendo o valor de P para aplicação na Equação 1 O valor de N na equação representa a quantidade de luminárias no ambiente de trabalho ABNT 1985ª Iluminância média QN1P N 1 Figura 16 Medição de iluminância em ambientes retangulares com fileira única Fonte ABNT 1985a 40 Para os ambientes com duas ou mais fileiras de luminárias foi utilizado o esquema de medição apresentado na Figura 17 Foi utilizada a altura do plano de trabalho considerada 080 m e o número de pontos para a medição foram reduzidos a dois pontos nas seguintes áreas típicas centrais r3 e r4 opostas do recinto p1 e p2 meias áreas lado 1 q3 e q4 e meias áreas lado 2 t1 e t2 Foram calculadas as médias aritméticas para cada área e encontrados os valores de R P Q e T para encontrar o valor de iluminância média através da Equação 2 Onde N é o número de luminárias e M o número de fileiras ABNT 1985a Iluminância média RN1M1QN1TM1P NM 2 Figura 17 Medição de iluminância em ambientes retangulares com duas ou mais fileiras Fonte ABNT 1985a Para os ambientes que possuíam apenas uma luminária a iluminância média foi obtida pela média aritmética dos pontos coletados no ambiente Para a coleta de dados foram elaborados quadros de acordo com cada ala do hospital Os quadros possuem dados de todas as luminárias potência quantidade de lúmens temperatura de cor dados luminotécnicos verificados através do luxímetro para verificação de iluminação média do ambiente e dados luminotécnicos estabelecidos por normas 41 325 Simulação computacional Levandose em consideração as características arquitetônicas do hospital e o auxílio das ferramentas do software Dialux Evo 71 e da norma NBR ISOCIE 899512013 realizouse o desenvolvimento de um projeto luminotécnico com intuito de capacitar o hospital com um sistema mais eficiente de iluminação que atenda às necessidades do ambiente hospitalar Após o levantamento das características físicas e funcionais dos ambientes do hospital partiuse para a simulação no software As simulações trazem uma visão aproximada das características construtivas da edificação como as cores destinadas às superfícies internas Outra etapa do projeto foi a inclusão do sistema de iluminação de cada um dos ambientes Nesta etapa foi levada em consideração as características particulares de dimensões posicionamento dentro do ambiente características físicas das luminárias e tipos de lâmpadas Com os dados da simulação realizaramse as análises de índice de iluminância ofuscamento e reprodução de cor em todos os ambientes projetados com a finalidade de avaliar se o projeto atende aos critérios estabelecidos pela NBR ISOCIE 899512013 Findando com a realização através de pesquisa de preço da estimativa do custo do sistema de iluminação projetado 326 Levantamento de custo da proposta Preliminarmente realizouse uma pesquisa de mercado para verificar o preço de cada componente do sistema de iluminação projetado com o intuito de estimar o orçamento geral do projeto luminotécnico Os valores de cada equipamento foram obtidos através de sites de compra online e posteriormente foi realizado uma análise dos custos da proposta e orçamento 42 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Nesse tópico serão expostos os resultados obtidos através dos espaços estudados coletas de dados e posteriormente da discussão dos mesmos Em seguida serão explanados os resultados da elaboração do projeto luminotécnico em software que será sucedido de um levantamento de custo para implementação da reforma do sistema de iluminação 41 Descrição dos espaços estudados e horários de funcionamento As instalações do hospital incorporam os seguintes serviços pronto socorro adulto e infantil pediatria clínica médica centro cirúrgico serviços gerais e setor administrativo Sendo este último com funcionamento em dias úteis e os demais setores funcionando todos os dias da semana O setor administrativo conta com serviços de direção direção médica coordenação de enfermagem coordenação de limpezahigiene faturamento recursos humanos e marcação de cirurgia A área de serviços gerais contem as instalações do refeitório dos funcionários cozinha nutricionista área de lavagem secagem passagem e armazenamento de roupas limpas O pronto socorro adulto apresenta sala de triagem atendimento médico sala de raio X laboratório leitos de observação nebulização higienização sala de pequenas cirurgias reanimação e posto de medicação O setor de pronto socorro infantil possui sala de atendimento ortopedia eletrocardiograma sala de hidratação observação e posto de medicação Na pediatria são realizadas internações atendimentoapoio para os infantes e o setor também possui leitos para atender a demanda do hospital Na clínica médica existem enfermarias com leitos para os pacientes posto de medicação e serviço e salas de apoio Já o centro cirúrgico apresenta duas salas de cirurgia e uma para pequenas cirurgias sala de préoperação pós anestésico esterilização expurgo e administração do centro cirúrgico Apresentamse na Tabela 2 os horários de funcionamento dos setores do HMPA Neste trabalho não houve coleta de dados luminotécnicos do centro cirúrgico devido à impossibilidade de acesso e não houve informações suficientes para a realização do projeto luminotécnico desse setor 43 Tabela 2 Número de horas de serviços dos setores do hospital Setor Número de horas em funcionamento De Segunda a Sextafeira Sábado e Domingo Administrativo 6 0 Serviços gerais 12 12 Pronto socorro adulto 24 24 Pronto socorro infantil 24 24 Pediatria 24 24 Clínica médica 24 24 Centro cirúrgico 24 24 Não há marcação de cirurgias aos domingos Fonte Autoria Própria 2019 42 Estimativa da potência instalada e consumo Através dos estudos de campo e com informações coletadas por meio de funcionários responsáveis pela parte elétrica da instituição foi possível fazer um levantamento de carga referente ao atual sistema de iluminação Constatouse uma carga total de aproximadamente 109 kW referente a todos os equipamentos de iluminação interna do hospital É importante ressaltar que não foi inclusa na análise o setor cirúrgico a iluminação externa e a iluminação da subestação da unidade Através do Quadro 2 é possível observar a potência instalada na instituição sendo dividida entre os setores do hospital Notase que a maior potência instalada se concentra na pediatria pois esta possui maior área dentro da unidade hospitalar Quadro 2 Potência instalada do sistema de iluminação interna do hospital Setor Potência instalada W Administrativo 1616 Serviços gerais 1138 Pronto socorro adulto 1929 Pronto socorro infantil 1133 Pediatria 3440 Clínica médica 1625 Total 10881 Fonte Autoria Própria 2019 44 Para realização da estimativa média de consumo do sistema de iluminação foi verificado o horário de funcionamento dos setores Com relação ao tempo de utilização das lâmpadas o mesmo foi encontrado através de entrevistas com funcionários e pesquisas de hábitos de consumo institucionais Foi considerando um tempo de 18 horas para os setores de pronto socorro adulto pronto socorro infantil pediatria e clínica médica Para o setor administrativo e serviços gerais foram consideradas as 06 e 12 horas de funcionamento respectivamente Tomando como base os dados de potência instalada e as horas de consumo estabelecidos no Quadro 3 estimase que o consumo em um dia útil seja de aproximadamente 1696 kWhdia Foi verificado que os setores de serviços gerais ps adulto ps infantil pediatria e clínica médica tem um funcionamento médio de 7 dias por semana somando um total de 3031 dias por mês Já para o setor administrativo foi verificado o funcionamento de 5 dias na semana tal qual 20 dias por mês Realizando o somatório das potências de todos os setores estimouse um consumo mensal de aproximadamente 49922 kWhmês Quadro 3 Estimativa de consumo do sistema de iluminação Setor Potência Instalada W Horas de consumo h Consumo Wh Administrativo 1616 6 9696 Serviços gerais 1138 12 13656 PS adulto 1929 18 34722 PS infantil 1133 18 20394 Pediatria 3440 18 61920 Clínica médica 1625 18 29250 Total 10881 169600 Fonte Autoria Própria 2019 43 Medição dos atuais níveis de iluminância Os parâmetros levantados estão apresentados nas tabelas a seguir onde Er é a iluminância recomendada pela ABNT NBR ISOCIE 899512013 identificadas na Tabela 1 e Em é a iluminância média medida nos ambientes encontradas de acordo com a norma ABNT NBR 53821985 e com auxílio do luxímetro O levantamento de dados para a verificação da iluminância média em cada setor do hospital estão disponíveis no APÊNDICE A 45 Tabela 3 Verificação da iluminância média no setor administrativo Fonte Autoria Própria 2019 Observando a Tabela 3 verificase inconformidade nos níveis de iluminamento do setor administrativo em diversos ambientes de acordo com o recomendado pela NBR ISSOCIE 89952013 Entre os 13 ambientes analisados apenas o hall de espera está entre os requisitos mínimos de iluminância média mantida Dentre as salas administrativas a sala da coordenação de enfermagem apresentou um valor crítico de 162 lux Esta possui um arranjo de iluminação composto por duas luminárias Cada luminária é formada por duas lâmpadas T8 LED somando uma potência de 36 W por luminária Neste ambiente apesar da utilização da tecnologia LED os níveis médios de iluminância não foram atingidos possuindo apenas 324 do valor indicado Na Tabela 4 estão expostos os valores encontrados para o setor de serviços gerais Dos 12 ambientes estudados 3 apresentaram conformidade em relação aos valores estabelecidos pelo normativo O setor de serviços gerais apresentou um caso mais crítico na cozinha este apontou um valor muito abaixo do recomendado possuindo apenas 2884 de iluminância média do valor mínimo 500 lux solicitado pela norma A baixa iluminância no ambiente justificase pela utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de pouca potência numa área de aproximadamente 46 m² No ambiente encontramse instaladas oito lâmpadas compactas de 20W sendo que das oito três estão queimadas ADMINISTRATIVO Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 200 Hall de espera 22525 ATENDE Circulação 10340 NÃO ATENDE WC feminino 8262 NÃO ATENDE WC masculino 7800 NÃO ATENDE 500 Coordenação de enfermagem 16200 NÃO ATENDE Direção médica 24450 NÃO ATENDE AIH marcação de cirurgia 29069 NÃO ATENDE Coordenação higlavagem 32075 NÃO ATENDE Central telefônica 21717 NÃO ATENDE Sala gestor 24238 NÃO ATENDE Recepção RH 31375 NÃO ATENDE RH 28753 NÃO ATENDE Faturamento 19325 NÃO ATENDE 46 Tabela 4 Verificação de iluminância média no setor de serviços gerais SERVIÇOS GERAIS Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Diluição 10575 ATENDE Depósito 10375 ATENDE Almoxarifado 10450 ATENDE 200 Circulação 6125 NÃO ATENDE Despensa 10088 NÃO ATENDE Freezer 8525 NÃO ATENDE Refeitório 17819 NÃO ATENDE Vestiário feminino 16125 NÃO ATENDE Vestiário masculino 16350 NÃO ATENDE 300 Lavagemsecagem 11100 NÃO ATENDE Roupa limpa 8950 NÃO ATENDE 500 Cozinhacopalavagem 14421 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 Para os valores de iluminância média do pronto socorro infantil apresentados na Tabela 5 foi realizada a verificação de 12 ambientes destes somente a sala de conforto da enfermagem está dentro do valor requisitado pela norma Tabela 5 Verificação de iluminância média no PS infantil PRONTO SOCORRO INFANTIL Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Conforto enfermagem 10662 ATENDE 200 Circulação 15606 NÃO ATENDE Hall de espera 17775 NÃO ATENDE WC conforto enfermagem 5500 NÃO ATENDE WC espera 5800 NÃO ATENDE 500 Posto medicação 22150 NÃO ATENDE Consultório pediatria 25600 NÃO ATENDE Ortopedista 26883 NÃO ATENDE Soro 24062 NÃO ATENDE Same registro 18300 NÃO ATENDE Demonstração comunitária 20675 NÃO ATENDE ECG 17883 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 No pronto socorro infantil todas as salas onde são realizados os atendimentos não apresentaram conformidade com os valores mínimos Ambientes como o consultório da 47 pediatria sala de ortopedia eletrocardiograma e same registro em que são realizadas muitas atividades visuais e que consequentemente necessitam de uma boa iluminação não atingiram os valores da iluminância mínima solicitada pela norma Em algumas salas do PS infantil foi implantada a tecnologia LED porém as luminárias utilizadas não ultrapassam o conjunto de 36W e nos recintos existe pouca ou nenhuma distribuição das luminárias no ambiente tornando a utilização da tecnologia ineficiente Assim salas como a do Eletrocardiograma ECG que pelo normativo necessita de uma iluminância de 500 lux apresentou valor de 17883 lux o que representa 3577 do valor referência Tabela 6 Verificação de iluminância média no PS adulto PRONTO SOCORRO ADULTO Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Utilidade despejo 33975 ATENDE 200 Hall de espera 8917 NÃO ATENDE Circulação 20175 ATENDE WC femininomasculino 4000 NÃO ATENDE Higienização 20500 ATENDE WC posto medicação 20617 ATENDE WC observação 5700 NÃO ATENDE WC raio x 3750 NÃO ATENDE WC funcionários 20350 ATENDE WC observação femmasc 5425 NÃO ATENDE Vestiário 5500 NÃO ATENDE 300 Farmácia 30869 ATENDE Revelação câmara clara 5400 NÃO ATENDE Revelação câmara escura 2850 NÃO ATENDE 500 Triagem 33767 NÃO ATENDE Atendimento médico 1 39000 NÃO ATENDE Atendimento médico 2 50000 ATENDE Posto de medicação 40850 NÃO ATENDE Nebulização 12900 NÃO ATENDE Observação 20425 NÃO ATENDE Sala de digitação 14550 NÃO ATENDE Enfermaria 32625 NÃO ATENDE Sala de pequenas cirurgias 38050 NÃO ATENDE Observação feminina 32600 NÃO ATENDE Observação masculina 34050 NÃO ATENDE Raio x 52038 ATENDE 1000 Laboratório 57463 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 48 Na unidade de emergência para adultos valores apresentados na Tabela 6 existe inconformidade em 21 dos 30 ambientes estudados A sala do laboratório dentro do setor é a que necessita do maior nível de iluminamento mas nas medições obteve uma média de 57463 lux A partir da análise dos 23 ambientes no setor da pediatria mostrados na Tabela 7 observouse que 14 destes ambientes estão em conformidade com a norma Aproximadamente 60 da pediatria apresentou conformidade sendo assim foi o setor que mais obteve índices superiores aos valores referencias de iluminância média mantida Tabela 7 Verificação da iluminância média na pediatria PEDIATRIA Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Repouso médico feminino 10250 ATENDE Repouso médico masculino 10050 ATENDE Utilidade despejo 31700 ATENDE 200 Circulação 22773 ATENDE WC femininomasculino 10025 NÃO ATENDE WC conforto médico 9250 NÃO ATENDE WC leito A 10625 NÃO ATENDE WC leito B 10025 NÃO ATENDE WC leito C 10500 NÃO ATENDE WC leito D 20200 ATENDE WC leito E 26350 ATENDE 300 Leito A 36250 ATENDE Leito B 38000 ATENDE Leito C 20125 NÃO ATENDE Leito D 26625 NÃO ATENDE Leito E 26350 NÃO ATENDE 500 Serviço 50550 ATENDE Atendimento berçario 50075 ATENDE Atendimentoapoio 50733 ATENDE Posto serviço pediatria 54994 ATENDE Internação 53600 ATENDE Infantes 53600 ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 No setor da clínica médica a unidade conta com 7 enfermarias e nenhuma apresentou o índice de iluminância média mínima mantida solicitado pela norma Dos 21 ambientes verificados apenas a sala de apoio utilidade despejo e circulação estão dentro dos limites pré estabelecidos Os valores deste setor estão dispostos na Tabela 8 49 Tabela 8 Verificação da iluminância média na clínica médica CLÍNICA MÉDICA Er lux Ambiente Em lux Atendimento à norma 100 Utilidade despejo 30275 ATENDE Apoio 10075 ATENDE 200 Circulação acesso espera 25334 ATENDE Circulação 7550 NÃO ATENDE WC feminino 6825 NÃO ATENDE WC masculino 5875 NÃO ATENDE WC enfermaria 1 9600 NÃO ATENDE WC enfermaria 2 5950 NÃO ATENDE WC enfermaria 3 5825 NÃO ATENDE WC enfermaria 4 6400 NÃO ATENDE WC enfermaria 6 5300 NÃO ATENDE WC enfermaria 7 5100 NÃO ATENDE Vestiário 17925 NÃO ATENDE 300 Enfermaria 1 10262 NÃO ATENDE Enfermaria 2 16050 NÃO ATENDE Enfermaria 3 20400 NÃO ATENDE Enfermaria 4 20862 NÃO ATENDE Enfermaria 5 23688 NÃO ATENDE Enfermaria 6 24825 NÃO ATENDE Enfermaria 7 10175 NÃO ATENDE 500 Posto serviço 27994 NÃO ATENDE Fonte Autoria Própria 2019 431 Análise dos atuais níveis de iluminância Durante o levantamento do sistema de iluminação foi constatado além do sistema ineficiente que a instituição possui diversos tipos de lâmpadas e luminárias o que acarreta dificuldades para a manutenção e necessidade de um amplo estoque de equipamentos Outro problema verificado na unidade é o grande número de lâmpadas com diferentes variações na temperatura de cor lâmpadas queimadas e luminárias projetadas para duas lâmpadas mas que só apresenta uma Esses fatores são consequências da falta de manutenção periódica no sistema de iluminação da unidade hospitalar e consequentemente afetam os níveis de iluminância média As Figuras 18 e 19 apresentam fotos da situação atual da iluminação da instituição 50 Figura 18 Exemplo de luminárias do sistema atual de iluminação Fonte Autoria Própria 2019 Figura 19 Luminária do sistema atual sem manutenção Fonte Autoria Própria 2019 Durante a coleta de dados no hospital foram identificados três tipos de fabricantes utilizados no sistema Philips Empalux e Brilia Sendo composto por lâmpadas fluorescentes tubulares T8 e T10 fluorescentes compactas e alguns recintos com T8 LED A composição desse sistema misto também contribui para a redução nos níveis de iluminamento Uma vez que em muitos ambientes quando existe a necessidade de troca do equipamento a substituição é feita sem planejamento das peças que serão substituídas Outro fator para a diminuição do índice de iluminação é o baixo fluxo luminoso das lâmpadas utilizadas como 890 lm nas fluorescentes compactas 1850 lm nas lâmpadas T8 LED e 2700 lm nas fluorescente tubulares T10 As luminárias utilizadas na unidade são do tipo calha ou plafon simples com suporte E27 estas não possuem refletores ou aletas para direcionar o fluxo luminoso Dessa forma o fluxo fica bastante espalhado e difuso por todo ambiente Quanto ao quesito de índice de ofuscamento unificado este só é possível ser verificado na fase de projeto pois necessita de equipamentos avançados e de custo elevado como o luminancímetro que é utilizado para verificação de luminâcia Portanto para esta etapa será verificado este critério na simulação no software Dialux Evo 51 Na verificação do índice de reprodução de cor foi observado os catálogos de lâmpadas dos fabricantes Entre as lâmpadas utilizadas no sistema a lâmpada da Philips com referência T10 PLUS 40W75750 apresenta um valor menor do que o estabelecido pela norma A norma prevê um índice de no mínimo 80 e esta possui o índice de restituição cromática igual a 69 A Figura 20 mostra os dados do produto Figura 20 Dados da lâmpada T10 PLUS 40W75750 Fonte Philips 2018 Através da tomada dos níveis de iluminamento do hospital e com a análise do sistema de iluminação atual percebese que 2793 da unidade hospitalar está em conformidade de acordo com a norma ABNT NBR ISOCIE 89952013 requerendo uma adequação luminotécnica e confecção de projeto que enfatize também na adequação conforme normativo 44 Projeto luminotécnico da unidade hospitalar A análise da atual configuração do sistema de iluminação artificial da unidade revelou necessidade da elaboração de um projeto luminotécnico para o HMPA Fazendo uso de ferramentas disponíveis no Dialux Evo 71 elaborouse o projeto luminotécnico respeitando os critérios de iluminação vigentes e procurando atender as necessidades da unidade hospitalar 52 Para a modelagem 3D da construção das edificações foram utilizadas plantas arquitetônicas em arquivos computacionais em extensão DWG As dimensões utilizadas no projeto foram reproduzidas de acordo com os valores da edificação real como a altura do pé direito largura comprimento As plantas arquitetônicas utilizadas estão disponíveis no APÊNDICE B Através das plantas arquitetônicas foram elaborados seis projetos no Dialux Evo referentes aos setores administrativo serviços gerais pediatria clínica médica pronto socorro adulto e infantil A Figura 21 mostra a sala de espera do setor administrativo em seu estado final após simulação do sistema de iluminação artificial considerando características da edificação Figura 21 Aspectos construtivos em 3D da sala de espera Fonte Autoria Própria 2019 441 Resultados da elaboração do projeto da unidade hospitalar Posteriormente a simulação caracterizouse o projeto elaborado analisando os resultados obtidos em cada ambiente comparandoos com as normas e parâmetros estabelecidos pela ABNT A proposta técnica consiste na renovação de toda iluminação do HMPA Partindo dessa premissa adotouse um sistema de iluminação econômica e ecologicamente viável em contraponto ao sistema existente 53 Os quadros a seguir apresentam os resultados das iluminâncias médias uniformidades nas áreas de tarefa e entorno imediato e os índices de ofuscamento unificado UGR para cada ambiente Para a simulação dos valores de ofuscamento foram aplicados em todos os ambientes de trabalho pontos de cálculo considerando a observação de uma pessoa sentada a 12 m de altura do solo e uma pessoa em pé com 175 m de altura E para o limite da zona de ofuscamento da luminária foi considerado o ângulo de 45º Vale ressaltar que o software para valores de ofuscamento menores que 10 fornece o indicador como 10 Os resultados de iluminância média uniformidade e ofuscamento para o setor administrativo podem ser vistos no Quadro 4 Todos os ambientes simulados ficaram dentro dos parâmetros estabelecidos pela NBR ISOCIE 899512013 Quadro 4 Resultados do projeto luminotécnico do setor administrativo Projeto Luminotécnico Administrativo Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Hall de espera 298 071 061 149 171 Circulação 308 086 082 168 177 WC feminino 222 093 085 100 100 WC masculino 228 092 088 100 100 Coordenação enfermagem 589 076 074 130 149 Direção médica 588 083 080 125 157 AIH marcação de cirurgia 541 084 078 136 159 Coordenação higlavagem 565 079 066 132 151 Central telefônica 514 083 085 100 145 Sala gestor 555 087 076 127 152 Recepção RH 500 079 073 120 154 RH 532 091 073 141 153 Faturamento 525 084 083 125 152 Fonte Autoria Própria 2019 Nas medições dos níveis de iluminância a sala da coordenação de enfermagem apresentou inconformidade com iluminância média de 162 lux Nesse ambiente a iluminância média solicitada é de 500 lux Através da elaboração do projeto foi possível atender os parâmetros luminotécnicos O nível de iluminância ficou em 589 lux a uniformidade na área de tarefa obtida foi 076 e o valor do ofuscamento 13 120m As Figuras 22 e 23 apresentam a modelagem 3D para a sala de coordenação de enfermagem após a inserção do sistema de iluminação Os planos em amarelo representam alguns dos pontos da medição dos níveis de ofuscamento e uniformidade 54 Figura 22 Área da tarefa na coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 Figura 23 Vista lateral da coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 Na Figura 24 podese observar o resumo dos resultados obtidos na interface do software para a sala da coordenação de enfermagem como iluminância média fator de uniformidade e os pontos de cálculos para a verificação do índice de ofuscamento 55 Figura 24 Visualização 2D e dados luminotécnicos para a coordenação de enfermagem Fonte Autoria Própria 2019 O Quadro 5 mostra os resultados do projeto luminotécnico para o setor de serviços gerais Conforme pode ser observado no quadro abaixo os parâmetros simulados obedecem aos limites estabelecidos pela norma Quadro 5 Resultados do projeto luminotécnico do setor de serviços gerais Projeto Luminotécnico Serviços gerais Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Diluição 193 070 066 100 139 Depósito 199 083 068 100 122 Almoxarifado 157 070 055 168 185 Circulação 223 077 068 145 162 Despensa 282 084 064 137 164 Freezer 216 078 066 100 132 Refeitório 258 073 068 161 182 Vestiário feminino 305 078 074 140 163 Vestiário masculino 301 082 083 138 168 Lavagemsecagem 363 086 064 158 171 Roupa limpa 339 086 081 125 151 Cozinhacopalavagem 614 091 083 170 184 Fonte Autoria Própria 2019 56 Com o estudo luminotécnico na cozinha obtiveramse resultados dentro dos valores préestabelecidos Como por exemplo a iluminância média de 614 lux fator de uniformidade na tarefa de 091 e um ofuscamento de 184 para a realização de atividades na tarefa considerando uma pessoa em pé 175 m Pode ser visualizada nas Figuras 25 e 26 a modelagem da cozinha e seus aspectos construtivos Figura 25 Vista frontal em 3D da cozinha no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 26 Vista lateral em 3D da cozinha Fonte Autoria Própria 2019 57 No Quadro 6 estão dispostos os resultados da elaboração do projeto luminotécnico para o setor do pronto socorro infantil Os parâmetros estudados apresentaram conformidade com os valores da norma Quadro 6 Resultados do projeto luminotécnico do PS infantil Projeto Luminotécnico PS infantil Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Conforto enfermagem 177 067 061 123 141 Circulação 204 085 054 147 151 Hall de espera 225 086 050 147 165 WC conforto enfermagem 279 084 081 100 100 WC espera 291 095 091 100 100 Posto medicação 507 084 074 120 142 Consultório pediatria 512 083 070 112 150 Ortopedista 512 078 068 122 151 Soro 532 086 070 142 156 Same registro 549 083 081 125 146 Demonstração comunitária 509 094 068 105 136 ECG 534 080 071 134 154 Fonte Autoria Própria 2019 Através do desenvolvimento do projeto na sala de ECG mostrada na Figura 27 foi possível atingir uma iluminância média de 534 lux 080 de uniformidade na área de tarefa e 154 para o índice de ofuscamento a 175 de altura para a sala de ECG Figura 27 Simulação luminotécnica da sala de ECG Fonte Autoria Própria 2019 58 Através da Figura 28 podem ser observados os aspectos construtivos em 3D do consultório de pediatria E na Figura 29 estão dispostos os pontos de cálculo utilizados para a simulação luminotécnica do posto de medicação Figura 28 Simulação em 3D para o consultório de pediatria Fonte Autoria Própria 2019 Figura 29 Pontos de cálculo para o posto de medicação Fonte Autoria Própria 2019 59 Os resultados de iluminância média no plano de trabalho fatores de uniformidade e índice de ofuscamento para a análise de conformidade com o normativo podem ser vistos no Quadro 7 referente ao pronto socorro adulto Quanto aos índices de ofuscamento vale ressaltar a importância do controle desses níveis no ambiente hospitalar para evitar erros e acidentes provocados pelo incomodo da iluminação excessiva No normativo os valores máximos permitidos ficam entre 19 e 22 Os valores projetados atingiram um máximo de 159 para altura de 120 m e 17 para altura de 175 m na área de circulação Quadro 7 Resultados do projeto luminotécnico do PS adulto Projeto Luminotécnico PS adulto Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Utilidade despejo 217 075 068 100 130 Hall de espera 300 073 055 151 169 Circulação 227 069 060 159 170 WC femininomasculino 282 091 088 100 100 Higienização 323 087 084 100 100 WC posto medicação 325 096 092 100 100 WC observação 265 094 088 100 100 WC raio x 289 095 056 100 100 WC funcionários 318 095 071 100 100 WC observação femmasc 279 088 075 100 100 Vestiário 216 083 073 100 100 Farmácia 319 083 058 146 167 Revelação câmara clara 311 091 086 100 100 Revelação câmara escura 328 094 093 100 100 Triagem 518 085 070 111 141 Atendimento médico 1 576 087 080 123 142 Atendimento médico 2 558 080 075 115 142 Posto de medicação 587 095 078 121 141 Nebulização 576 089 076 100 131 Observação 589 089 078 122 144 Sala de digitação 583 090 082 100 113 Enfermaria 566 063 070 128 158 Sala de pequenas cirurgias 501 095 078 124 152 Observação feminina 553 092 077 140 158 Observação masculina 534 086 071 138 156 Raio x 504 089 058 130 147 Laboratório 1049 089 075 150 163 Fonte Autoria Própria 2019 60 A sala de laboratório apresentada na Figura 30 dentro do setor de pronto socorro é o que necessita de maior iluminância O ambiente deve possuir no mínimo 1000 lux Através do projeto a iluminância média ficou em 1049 lux e a uniformidade na tarefa foi de 089 A Figura 31 mostra a disposição das luminárias no ambiente Figura 30 Renderização do laboratório após simualação no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 31 Disposição das luminárias no laboratório Fonte Autoria Própria 2019 61 No Quadro 8 podem ser observados os resultados para o projeto luminotécnico da pediatria Através do estudo e simulações foram melhorados os níveis de iluminamento e atender todas as uniformidades e índices de ofuscamento solicitados pela ABNT NBR ISOCIE 899512013 Em todos os leitos os níveis de ofuscamento foram controlados o que é essencial para a recuperação e prevenção do incomodo causado pela iluminação excessiva Os índices não ultrapassaram o valor limite 19 e nos resultados os valores máximos apresentados foram de 153 para 120 m e 171 para 175 m Quadro 8 Resultados do projeto luminotécnico da pediatria Projeto Luminotécnico Pediatria Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Repouso médico feminino 196 067 061 118 154 Repouso médico masculino 205 062 059 132 163 Utilidade despejo 208 077 061 106 142 Circulação 206 084 070 153 156 WC femininomasculino 269 093 091 100 100 WC conforto médico 278 090 097 100 100 WC leito A 239 081 058 100 106 WC leito B 255 081 068 100 100 WC leito C 257 082 075 100 100 WC leito D 285 086 085 100 100 WC leito E 259 079 076 100 114 Leito A 390 077 059 149 163 Leito B 363 070 069 153 171 Leito C 308 073 057 131 155 Leito D 323 075 067 130 167 Leito E 401 067 058 140 169 Serviço 534 087 080 106 135 Atendimento berçario 553 092 088 100 115 Atendimentoapoio 544 071 073 128 154 Posto serviço pediatria 531 085 077 136 160 Internação 523 082 086 148 169 Infantes 522 077 074 137 152 Fonte Autoria Própria 2019 Observase na Figura 32 a recapitulação do leito C com os novos dados luminotécnicos No ambiente foram inseridas duas luminárias com dados nominais de 37 W e com fluxo 62 luminoso de 4124 lm totalizando uma potência de 74 W e um fluxo de 8248 lm Também nota se a descrição do grau de reflexão dos ambientes 70 teto 536 parede e 62 piso Figura 32 Recapitulação do leito C após simulação no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Através da Figura 33 podese verificar as características construtivas em 3D do leito C após simulação no software Dialux Evo Este ambiente com a inserção do sistema de iluminação obteve uma iluminância média de 308 lux e índices de ofuscamento entre 131 e 155 Figura 33 Simulação em 3D para o leito C Fonte Autoria Própria 2019 63 No setor da clínica médica todos os ambientes se enquadraram nos limites do normativo Os resultados para o projeto luminotécnico estão dispostos no Quadro 9 Quadro 9 Resultados do projeto luminotécnico da clínica médica Projeto Luminotécnico Clínica Médica Ambiente Iluminância Média lux Uniformidade UGR Área de tarefa Entorno Imediato 120 m 175 m Utilidade despejo 201 080 065 100 134 Apoio 189 074 071 100 128 Circulação acesso espera 287 095 071 150 168 Circulação 251 076 054 150 162 WC feminino 204 094 084 100 100 WC masculino 210 091 085 100 100 WC enfermaria 1 200 088 079 100 100 WC enfermaria 2 258 094 079 100 100 WC enfermaria 3 251 091 080 100 100 WC enfermaria 4 248 086 078 100 100 WC enfermaria 5 247 091 087 100 100 WC enfermaria 6 236 088 083 100 100 WC enfermaria 7 243 087 083 100 100 Vestiário 212 076 066 100 146 Enfermaria 1 370 086 059 153 166 Enfermaria 2 388 086 072 146 161 Enfermaria 3 390 079 072 158 159 Enfermaria 4 390 080 072 154 166 Enfermaria 5 387 076 071 151 167 Enfermaria 6 322 079 076 135 155 Enfermaria 7 355 089 081 129 151 Posto serviço 562 074 064 136 155 Fonte Autoria Própria 2019 Os diferentes equipamentos prateleiras disposição dos móveis foram levados em consideração para a elaboração de todo projeto Este é um fator importante pois a inserção desses equipamentos altera os resultados dos níveis de iluminação e uniformidade do ambiente Isto demonstra que a análise foi realizada de uma forma mais próxima a realidade do hospital As Figuras 34 e 35 mostram a renderização da enfermaria 1 e as características do ambiente como as cores do teto parede e piso e também macas e assentos para acompanhantes A norma aponta que os valores para iluminância média deste tipo de sala é de pelo menos 300 lux quando realizado algum tipo de observação no paciente O valor encontrado com o projeto foi 370 lux 64 Figura 34 Vista lateral em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 Figura 35 Vista superior em 3D da Enfermaria 1 no Dialux Evo Fonte Autoria Própria 2019 65 442 Características das luminárias utilizadas no projeto Para elaboração do projeto do HMPA foi levado em consideração às necessidades de um ambiente hospitalar A solução proposta consiste em um novo sistema de iluminação com luminárias LED que ajudam no controle de ofuscamento mas que também possuam uma fácil manutenção As luminárias utilizadas são ideais para ambientes que exijam alto grau de limpeza como os hospitais O tipo de instalação é de sobrepor corpo em chapa de aço pintado na cor branca e difusor translúcido Em todo o projeto foram usados dois tipos de luminárias da fabricante Lumicenter A Tabela 9 apresenta as características das luminárias utilizadas Tabela 9 Dados técnicos das luminárias utilizadas Luminária LHT43 S000840 LHT01 E000840 Fluxo luminoso lm 4140 1774 Potência W 37 15 Eficácia lmW 112 118 Temperatura de cor K 4000 4000 IRC 80 80 Fonte Adaptado de Lumicenter 2019 Na Figura 36 estão dispostas as luminárias utilizadas no desenvolvimento do projeto A quantidade e posicionamento detalhado das luminárias nos ambientes de acordo com o projeto assim como todos os resultados estão disponíveis no APÊNDICE C Figura 36 Luminárias utilizadas no projeto luminotécnico Fonte Adaptado de Lumicenter 2019 66 45 Estimativa de potência e consumo do sistema de iluminação pós retrofit A proposta do projeto luminotécnico consiste na modernização e substituição de todo sistema de iluminação do hospital desde a troca do tipo das lâmpadas utilizadas fluorescentes por LED até as luminárias O Quadro 10 mostra a potência instalada do sistema de iluminação do hospital após a aplicação do retrofit Quadro 10 Potência estimada para proposta de retrofit Setor Potência estimada W Administrativo 1636 Serviços gerais 1295 Pronto socorro adulto 3029 Pronto socorro infantil 1459 Pediatria 2126 Clínica médica 1985 Total 11530 Fonte Autoria Própria 2019 Com isso verificase uma potência instalada referente ao sistema de iluminação do HMPA de aproximadamente 1153 kW Observase um aumento de 596 da potência instalada em relação ao que existe no sistema atual Este valor é muito pequeno quando comparado aos ganhos que o projeto trará ao hospital uma vez que propõe a modernização do sistema e o enquadramento de toda a unidade no normativo O Quadro 11 apresenta a estimativa de consumo com a implementação do projeto luminotécnico no hospital Quadro 11 Consumo estimado para o hospital após retrofit Setor Potência Instalada W Horas de consumo h Consumo Wh Administrativo 1636 6 9816 Serviços gerais 1295 12 15540 PS adulto 3029 18 54522 PS infantil 1459 18 26262 Pediatria 2126 18 38268 Clínica médica 1985 18 35730 Total 11530 180140 Fonte Autoria Própria 2019 67 Tomando como base os dados do Quadro 11 estimase que o consumo em um dia útil após a aplicação do retrofit seja em torno de 18014 kWhdia Considerando o funcionamento do hospital em um mês o consumo pode chegar 5306 kWmês Este valor representa um aumento de 629 do consumo total atual ou seja um valor irrisório levando em consideração a atual situação luminotécnica da instituição e os inúmeros benefícios que se farão presentes no ambiente hospitalar com a implantação do projeto Mas também há a possibilidade das mudanças dos hábitos institucionais e redução do consumo em alguns setores além da instituição funcionando com sistema seguro dentro dos padrões técnicos e contribuindo com o bemestar dos pacientes e funcionários 46 Levantamento de custo da implantação do projeto luminotécnico O sistema de iluminação projetado no software contou com 336 luminárias distribuídas entre os espaços do ambiente hospitalar As salas desativadas do hospital foram levadas em consideração na elaboração do projeto e consequentemente na proposta orçamentária para uma análise mais completa da unidade Após a elaboração da proposta técnica é importante realizar o levantamento econômico do sistema projetado ou seja foi elaborado um orçamento com os valores para os equipamentos utilizados no projeto luminotécnico da unidade hospitalar o resultado obtido está disponível na Tabela 10 Tabela 10 Orçamento para o sistema de iluminação da unidade hospitalar Modelo Preço Quantidade Valor total LHT43S4000840 12591 307 3865437 LHT01 E2000840 12918 29 374622 Total 336 4240059 Fonte Autoria Própria 2019 A posteriori verificouse que o investimento inicial é aproximadamente R4240059 não sendo considerado o custo com a mão de obra pois a instituição possui esse serviço O projeto de retrofit apresentado neste estudo contribuirá com inúmeros benefícios que serão ofertados para funcionários e pacientes Visto que a adequada iluminação do ambiente hospitalar e o conforto visual irão contribuir de forma mais eficiente e orgânica para o desenvolvimento das atividades em toda instituição 68 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do desenvolvimento das análises preliminares para a observância das condições dos requisitos de iluminação conforme normativos foi possível verificar a potência instalada dos setores estudados do HMPA o que permitiu estimar o consumo diário e mensal das instalações Os níveis de iluminamento obtidos no hospital apresentaram não conformidades com a NBR 89951 ABNT 2013 na maioria dos ambientes analisados As salas em que estes níveis apresentaram a maior diferença com relação ao recomendado pela norma como ideal são justamente as salas em que as principais atividades da unidade acontecem como por exemplo as salas de atendimento O sistema de iluminação é muito preocupante pois os baixos níveis de iluminação atingem os funcionários e pacientes e podem comprometer o resultado do trabalho e a saúde de todos os profissionais envolvidos nos procedimentos Alguns dos valores encontrados não chegam a 20 da iluminação solicitada pela norma e isso é bastante alarmante pois coloca em risco os procedimentos a saúde dos pacientes a curto prazo e a saúde dos profissionais a longo prazo Na unidade não há quantidade necessária de luminárias para fornecer os níveis de iluminamento exigidos e a eficácia com outras características do sistema como a temperatura ideal de cor para as lâmpadas proteção das mesmas e manutenção do sistema de iluminação poderia ser maior De acordo com os dados apresentados podese afirmar a necessidade de adequação do sistema de iluminação do Hospital Municipal de Paulo Afonso Foi verificado que apenas 2793 da unidade apresentou conformidade com o normativo NBR 899512013 visto que a maioria das luminárias e lâmpadas presentes na estrutura física hospitalar caracterizam o sistema como obsoleto sendo realizada a proposta de um novo projeto luminotécnico substituindo o sistema existente O projeto de retrofit tem como base a substituição de um sistema defasado por um sistema atual e moderno assim como a utilização de equipamentos eficientes Portanto optou se pela tecnologia LED que possui maior eficiência com menor consumo de energia que atualmente é bastante indicada para ambientes hospitalares e além de tudo as luminárias utilizadas têm disponibilidade no mercado brasileiro 69 Destarte o sistema projetado para o ambiente hospitalar atende aos requisitos de fator de uniformidade iluminância média ofuscamento seguindo os critérios das normas e parâmetros vigentes de iluminação A implantação do projeto é consolidada uma vez que adotandose o sistema de iluminação proposto têmse benefícios não calculáveis uma boa iluminação no ambiente hospitalar influencia nos resultados dos funcionários e conforto dos pacientes na diminuição de erros e acidentes de trabalho Esta em um hospital é de fundamental importância apesar de ser integrada ao ambiente de forma neutra deve funcionar e proporcionar segurança para o ambiente em que se trabalha com a saúde dos indivíduos Portanto os objetivos propostos foram atendidos com êxito A aplicação prática deste trabalho é de grande relevância para a comunidade de Paulo Afonso e população das regiões vizinhas que buscam atendimento no Hospital Municipal de Paulo Afonso pois proporciona ganhos com a segurança conforto como também acarreta na melhoria das condições de trabalho dos que interagem efetivamente com a instituição 51 Sugestões para trabalhos futuros A vasta abrangência desse estudo e todos os obstáculos à sua execução que surgiram e foram sendo ultrapassados com maior ou menor dificuldade mas implicando tempo útil despendido levam à ideia de que há mais potencial de poupança para analisar nessa pesquisa Este trabalho de conclusão de curso abrange os setores administrativo serviços gerais pediatria clínica médica pronto socorro infantil e adulto Porém a escassez de informações e maior dificuldade para acesso no que diz respeito ao centro cirúrgico e a unidade de terapia intensiva UTI conduzem à sugestão de dois trabalhos futuros um estudo que enfatize apenas a UTI que ainda está em construção e um outro que dê a atenção necessária ao centro cirúrgico incluindo as particularidades luminotécnicas que esse setor requer 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISOCIE 89951 Iluminação de ambientes de trabalho Parte 1 interior Abril 2013 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5382 Verificação de Iluminância de Interiores Rio de Janeiro 1985a ALMEIDA Fernanda Maria F F Iluminação Hospitalar A qualidade da luz natural e artificial em salas de quimioterapia ambulatorial Dissertação de mestrado FAUUSP São Paulo 2014 ANVISA Manual de Segurança em Ambiente Hospitalar 2016 Disponível em httpportalanvisagovbrdocuments33852271855SeguranC3A7anoambientehospi talar473c5e32025a4dc2ab2efb5905d7233a Acesso em 10 de Março de 2019 BARROS Benjamim Ferreira de BORELLI Reinaldo GEDRA Ricardo Luis Gerenciamento de Energia Ações Administrativas e Técnicas de Uso Adequadoda Energia Elétrica 2ª Ed São Paulo Érica 2016 CAVALIN Geraldo Instalações Elétricas Prediais Conforme Norma NBR 54102004 21 ed rev e atual São Paulo Érica 2011 COTRIM Ademaro A M B Instalações Elétricas 5ª Ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2009 CREDER Hélio Instalações Elétricas 16ª Ed Rio de Janeiro LTC 2016 HIRSCHFELD Henrique Engenharia Econômica e Análise de Custos 7ª Ed São Paulo Editora Atlas 2011 EMPALUX Luminotécnica 2018 Disponível em httpwwwempaluxcombra1l Acesso em 10 de maio de 2019 KAWASAKI Juliana Iwashita UGR Novo parâmetro para análise do controle de ofuscamento 2011 Disponível em httpswwwosetoreletricocombrugrnovoparametro paraanalisedocontroledeofuscamento Acesso em 20 de março de 2019 KOTH Deyse A influência da iluminação e das cores no ambiente hospitalar a saúde vista com outros olhos Especialize Revista On Line Janeiro 2013 LIMA FILHO Domingos Leite Projeto de Instalações Elétricas Prediais 12ª ed São Paulo Érica 2011 LUMICENTER Catálogo de Produtos 2019 Disponível em httpwwwlumicenteriluminacaocombrcatalogoluminariasledc77 Acesso em 13 de maio de 2019 MAMEDE FILHO João Instalações Elétricas Industriais 9 ed Rio de Janeiro LTC 2017 71 MTE Ministério do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora Ergonomia 2009 NERY Noberto Instalações elétricas princípios e aplicações São Paulo Érica 2012 OLIVEIRA Laura P G Iluminação artificial nas áreas de internação hospitalar Um estudo de caso em Brasília Trabalho de conclusão de curso Universidade Católica de Brasília Brasília DF 2017 OSRAM Manual Luminotécnico Prático 2012 Disponível em httpwwwosramcombrosrambrFerramentasCatlogosDownloadsIluminacaoGera lManualdoCursoIluminacaoConceitoseProjetos796562indexhtml Acesso em 14 março de 2019 PAIS A M G Condições de Iluminação em Ambiente de Escritório Influência no conforto Visual 138p ano 2011 Dissertação mestrado Faculdade de Motricidade Humana Universidade Técnica de Lisboa Lisboa 2011 PHILIPS T10 Plus 40 W 2018 Disponível em httpwwwlightingphilipscombrproflampadasetubosconvencionaisfluorescentlamps andstarterst10et12tl10plus928034707502EUproduct Acesso em 10 de maio de 2019 PROCEL Manual de Iluminação 2011 Disponível em httpwwwmmegovbrdocuments105841985241MANUALDEILUMINACAO PROCELEPPAGOSTO2011pdfd42d2f360b904fe0805f 54b862c9692cjsessionidA7AE9AD7FFE410D97E371853D50763B0srv154 Acesso em 10 de março de 2019 RIBEIRO Antônio Aleixo P A tomada de consciência dos conhecimentos sobre a visão humana na aplicação de Projetos de Iluminação dos novos ambientes humanizados da Unidade de Terapia Intensiva Adulta UTIA Especialize Revista On Line Dezembro 2014 ROMANI Tula Kirst Iluminação em Centros Cirúrgicos em Cuiabá Estudo de Caso Dissertação de mestrado Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá 2013 SANTOS Edno Oliveira Administração financeira de pequena e média empresa São Paulo Atlas 2001 SOUSA Pedro Ivo C A Eficiência Energética e o Compromisso do Bemestar e Segurança em Instituições Hospitalares Dissertação de mestrado Universidade do Porto em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Portugal 2014 SOUZA Dennis Flores de Dialux Uma Ferramenta em Constante Evolução 2011 Disponível em httpwwwlumearquiteturacombrpdfed49Software20 20DIALuxpdf Acesso em 08 de março 2019 TORRES Rafaela F A C A luz em ambientes hospitalares Especialize Revista On Line Dezembro 2013 72 APÊNDICE A LEVANTAMENTO DE DADOS Neste apêndice encontramse disponíveis os dados de iluminação do sistema atual do hospital e os resultados das medições em cada setor Apêndice A1 Dados setor administrativo Os dados do levantamento para o setor administrativo estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1jjy3jQRjAXy5xFQNLyMlFAC8EsWTDj8 viewuspsharing Apêndice A2 Dados serviços gerais O levantamento para o setor de serviços gerais está disponível em httpsdrivegooglecomfiled1QnFKEulGboMBm1gxUdIJrXvUOtu G9Fviewuspsharing Apêndice A3 Dados pronto socorro infantil Os dados do levantamento do pronto socorro infantil encontramse disponíveis neste apêndice Arquivo disponível em httpsdrivegooglecomfiled1zPVZXSkK6UoEK32MeqIO36E9KxIUshHviewuspsha ring Apêndice A4 Dados pronto socorro adulto Os dados para o pronto socorro adulto estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1HOZzXPRac47to1Dri64hV8KXGD TwVviewuspsharing 73 Apêndice A5 Dados pediatria O levantamento para pediatria está disponível em httpsdrivegooglecomfiled10MOmCeOUKwF504q5Bri1Pv0BaTxcja1pviewuspshari ng Apêndice A6 Dados clínica médica Os resultados das medições em cada sala do setor estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled10foHsqzfJh1aVe0viZuFA56GzeXBtMviewuspsharing 74 APÊNDICE B PLANTA BAIXA DO HMPA Neste apêndice encontramse disponíveis as plantas baixas utilizadas para a elaboração dos projetos luminotécnicos do HMPA Apêndice B1 Planta baixa setor administrativo e serviços gerais As plantas para o setor administrativo e serviços gerais estão disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1v9ECtE6hv46RoftyqRARhfWLNHpIFBIrviewuspsharin g Apêndice B2 Planta baixa setor pronto socorro infantil e adulto A planta do pronto socorro encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled1HxK6KXoeRS6y urKkduYI3vDgx5Elhbxviewuspsharing Apêndice B3 Planta baixa pediatria A planta baixa utilizada no projeto da pediatria está disponível em httpsdrivegooglecomfiled14pmcO4rNLNsOSJIuQ41hI75YUJo42Lviewuspsharin g Apêndice B4 Planta baixa clínica médica A planta baixa da clínica médica utilizada no trabalho encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled15iwAF6fBgN3ql8QALeSuVkRQh7crnCYVviewuspshari ng 75 APÊNDICE C PROJETO LUMINOTÉCNICO Neste apêndice encontrase disponível toda a documentação e resultados dos projetos luminotécnicos confeccionados no Dialux Evo Apêndice C1 Projeto luminotécnico setor administrativo As documentações e resultados para o setor administrativo encontramse disponíveis emhttpsdrivegooglecomfiled1kaqFJAwbvcttzAZHFK5JpIMcciK03X5viewuspsha ring Apêndice C2 Projeto luminotécnico setor serviços gerais Os dados luminotécnicos e resultados para o setor de serviços gerais encontramse disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1jLJTEWdcHcyYpJKhzW1aKDZ6h1tNMWluviewuspsha ring Apêndice C3 Projeto luminotécnico pronto socorro infantil Os documentos referentes ao projeto luminotécnico para o pronto socorro infantil encontramse em httpsdrivegooglecomfiled1ls2Rc646p290nHbM4lZkJyw xtccaaviewuspsharing Apêndice C4 Projeto luminotécnico pronto socorro adulto Os resultados e dados luminotécnicos para o pronto socorro adulto encontramse disponíveis emhttpsdrivegooglecomfiled1pNze0IsjoYihZx8orLzG7B8HGh5TcX26viewuspshar ing 76 Apêndice C5 Projeto luminotécnico pediatria A documentação referente ao projeto luminotécnico para a pediatria encontrase disponível em httpsdrivegooglecomfiled10tNEmsajRUPlyFh3UeCrjMMtIZYXYyyRviewuspshari ng Apêndice C6 Projeto luminotécnico clínica médica Os dados e documentação luminotécnica para a clínica médica encontramse disponíveis em httpsdrivegooglecomfiled1xLxJSpYfFA8lCHiUH RcqTlz01VCxPxyviewuspsharing