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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 TEMA E DELIMITAÇÃO 5 3 PROBLEMA DE PESQUISA 5 4 HIPÓTESES 6 5 OBJETIVOS 6 51 Geral 6 52 Específicos 6 6 JUSTIFICATIVA 7 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 8 METODOLOGIA 9 9 CRONOGRAMA 10 10 REFERÊNCIAS 11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 TEMA E DELIMITAÇÃO 5 3 PROBLEMA DE PESQUISA 5 4 HIPÓTESES 6 5 OBJETIVOS 6 51 Geral 6 52 Específicos 6 6 JUSTIFICATIVA 7 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 8 METODOLOGIA 9 9 CRONOGRAMA 10 10 REFERÊNCIAS 11 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico que tem se consolidado como uma das mais significativas transformações do século XXI No Brasil esse fenômeno está diretamente relacionado com os avanços da medida com o aumento da qualidade de vida e com as políticas públicas baseado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE 2022 esse recorte da população conta com mais de 321 milhões de pessoas representando 158 do total da população Assim esse fenômeno tem gerado novas demandas sociais econômicas e educacionais voltadas à população idosa Entre elas a questão da autonomia financeira tornase essencial considerando que muitas pessoas idosas enfrentam desafios relacionados à gestão dos próprios recursos seja em razão de aposentadorias insuficientes dependência familiar ou mesmo a ausência de formação básica em finanças BUAES 2015 Essa questão se torna ainda mais fundamental dentro de uma sociedade fortemente marcada pelo consumo e pela instabilidade econômica fazendo com que o domínio sobre as finanças pessoais passe a adquirir um caráter emancipatório Contudo a educação financeira muitas vezes voltada ao público jovem ou em idade produtiva ainda se apresenta como um campo pouco explorado cuja relação com o dinheiro é permeada por experiências de vida valores socioculturais e não raramente por situações de vulnerabilidade Diante disso tornase relevante investigar como a educação financeira pode atuar para além de um instrumento técnico mas como uma ferramenta de promoção do bem estar econômico entendido aqui como a capacidade de tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro prevenir situações de endividamento e preservar a autonomia no envelhecer Para que se cumpra o papel da educação financeira é necessário compreender as demandas realidades e especificidades que atravessam a experiência financeira dos idosos RODRIGUES SOARES 2006 Portanto mais do que testar a eficácia de intervenções previamente desenhadas fazse necessário investigar a fundo quais são os entraves econômicos enfrentados por essa população como os idosos vivenciam suas decisões financeiras no cotidiano e de que modo as práticas educativas podem ser construídas para responder a essas experiências Com base nessa escuta e nesta análise tornase possível propor uma educação financeira que não seja apenas normativa mas transformadora contribuindo para uma velhice mais autônoma e menos vulnerável 2 TEMA E DELIMITAÇÃO A temática da pesquisa relaciona a educação financeira e o bemestar econômico enfatizando o papel da educação financeira na promoção da autonomia econômica na terceira idade dentro do contexto urbano buscase compreender como a educação financeira pode ser moldada para atender as demandas específicas desse recorte social 3 PROBLEMA DE PESQUISA Fundamentado no tema e na delimitação o problema de pesquisa que norteará será Quais são as principais demandas e dificuldades financeiras vivenciadas por pessoas idosas em contextos urbanos e como a educação financeira pode ser formulada de forma sensível para contribuir com o seu bemestar econômico 4 HIPÓTESES As hipóteses relacionadas ao problema de pesquisa estruturadas anteriormente a realização da presente pesquisa são três 1 as demandas financeiras de pessoas idosas são complexas e envolvem aspectos que vão além do conhecimento técnico sobre finanças incluindo fatores emocionais sociais e estruturais exigindo uma compreensão multidimensional dos aspectos que atravessam as experiências esse corpo social 2 a pífia presente de políticas de educação financeiras voltadas ao público da terceira idade contribui para a manutenção de situações de vulnerabilidade econômica e 3 uma proposta de educação financeira formulada a partir da compreensão dos aspectos multidimensionais que atravessam a experiência da população idosa pode ampliar sua autonomia e contribuir para a promoção do bemestar econômico 5 OBJETIVOS 51 OBJETIVO GERAL Compreender as demandas financeiras da população idosa urbana para a promoção de caminhos que ajudem a construir uma educação financeira voltada ao bemestar econômico na velhice 52 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mapear os principais desafios econômicos enfrentados por pessoas idosas em sua vida cotidiana Analisar como as pessoas idosas lidam com questões financeiras identificando estratégias limitações e práticas recorrentes Investigar a percepção de idosos sobre a educação financeira e suas expectativas em relação ao contato com essa área Elaborar diretrizes iniciais para contribuir com o desenvolvimento de práticas de educação financeira sensíveis às experiências e necessidades da terceira idade 6 JUSTIFICATIVA Em um contexto de crescente envelhecimento da população como é o caso do Brasil tornase imprescindível repensar políticas práticas que assegurem à pessoa idosa considerações dignas de vida sobretudo no que diz respeito à autonomia financeira No entanto o que se observa dentro dos discursos sobre educação financeira embora cada vez mais presentes ainda carecem de aderências às vivências e realidades dessa faixa etária À vista disso a pesquisa proposta parte da premissa de que a velhice é marcada por especificidades financeiras próprias atravessada por fatores estruturais como a aposentadoria a instabilidade econômica o custo de vida nos centros urbanos e a ausência de preparo prévio para a gestão de recursos a longo prazo Dessa forma a vulnerabilidade econômica na velhice não se limita à renda baixa mas a falta de instrumentos para planejar o futuro lidar com emergências e tomar decisões financeiras de maneira consciente ALARCON et al 2019 Nesse sentido conhecer profundamente essas demandas tornase condição fundamental para a formulação de estratégias educativas que respeitem e acolham tais experiências Por isso diferentemente das propostas padronizadas de educação financeira comumente voltadas ao público jovem ou economicamente ativo pensar práticas formativas para a terceira idade exige sensibilidade metodológica e compromisso com a escuta das subjetividades envolvidas Como aponta Freire 1996 toda ação educativa deve partir da realidade concreta dos educandos respeitando seus saberes contextos e ritmos Aplicar esse princípio ao campo da educação financeira implica considerar não apenas a passagem do conhecimento técnico mas também as trajetórias de vida os vínculos afetivos com o dinheiro as redes de apoio e as perdas acumuladas ao longo do tempo Além disso a pífia presença de políticas públicas específicas voltadas à educação financeira na velhice contribui para a perpetuação de padrões de dependência exclusão e invisibilidade social Bem como muitos idosos não têm acesso a informações adequadas sobre produtos financeiros tampouco compreendem os riscos associados ao endividamento ou à digitalização dos serviços bancários BUAES 2015 Isso os torna mais suscetíveis a fraudes abusos e decisões prejudiciais enfraquecendo sua autonomia e comprometendo sua qualidade de vida Portanto investigar as dificuldades financeiras enfrentadas por essa população e suas percepções sobre a própria gestão do dinheiro não é apenas um exercício acadêmico mas uma ação socialmente comprometida Ao alinhar os objetivos da pesquisa à escuta dessas demandas tornase possível construir uma proposta de educação financeira que seja transformadora e emancipadora uma vez que essa não seria baseada em modelos genéricos mas em diretrizes forjadas a partir do cotidiano real das pessoas idosas urbanas 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A construção teórica deste estudo apoiase em múltiplas vertentes que se entrelaçam na compreensão da velhice como uma etapa de continuidade transformação e ressignificação Segundo Rodrigues e Soares 2006 o envelhecimento não pode ser concebido apenas como um processo biológico ele é também um fenômeno social e simbólico que implica novos arranjos em diversas dimensões da vida incluindo a econômica Essa perspectiva permite a ampliação da noção de bemestar econômico uma vez que está relacionado com a autonomia a segurança e a possibilidades de fazer escolhas que respeitem a trajetória de vida do sujeito Nesse viés a perspectiva do envelhecimento ativo como formulada pela organização mundial da Saúde 2005 propõe que o avanço da idade não deve ser sinônimo de passividade ou dependência mas pode representar um novo ciclo na vida do sujeito sendo esse perfil de participação social segurança e aprendizado contínua Nessa concepção a autonomia financeira figura como dimensão essencial do envelhecer com dignidade não apenas pela garantia material que proporciona mas pela relação direta com a autoestima a liberdade de escolha e a preservação do lugar social do idoso Assim ao considerarmos as relações entre cultura subjetividade e práticas econômicas tornase relevante recorrer à noção de economia do cotidiano CERTEAU 1994 segundo a qual os sujeitos produzem táticas para lidar com escassez instabilidade ou imprevisibilidade muitas vezes à margem das instituições formais No caso dos idosos essas táticas podem incluir o reuso de bens a solidariedade familiar a administração informal de dívidas ou até o abandono de consumos que já não cabem no orçamento Investigar essas práticas longe de estigmatizálas permite reconhecer saberes implícitos que podem ser ativados em processos formativos No campo da educação social é necessário repensar o lugar dos saberes populares na práticas pedagógicas uma vez que os sujeitos historicamente à margem das lógicas escolares também constroem conhecimentos relevantes e exigem um olhar crítico e social para sua realidade PIRES et al 2019 Trazendo para a perspectiva da educação financeira na terceira idade esse entendimento impõe uma revisão dos modelos instrucionais que desconsideram a experiência como ponto de partida VIDAL et al 2025 Nesse sentido é urgente substituir abordagens bancárias e prescritivas por percursos formativos que valorizem a escuta o vínculo e a construção coletiva de sentido Ademais autores como Lusardi e Mitchell 2014 vêm apontando que a baixa literacia financeira entre idosos está menos associada à incapacidade cognitiva e mais a pífia presença de políticas educacionais inclusivas e voltadas para os desafios desse corpo social As dificuldades enfrentadas nesse campo estão imbricadas com questões como desigualdade social digitalização dos serviços financeiros e acesso desigual à informação Assim pensar uma educação financeira voltada ao bemestar econômico de idosos implica inserir essa prática no campo mais amplo da justiça social Por fim cabe destacar que a própria noção de bemestar econômico demanda uma ampliação de sentidos Segundo Sen 2010 a liberdade para realizar escolhas significativas e a capacidade de agency isto é de agir segundo seus próprios valores são aspectos centrais para o desenvolvimento em outras palavras essa perspectiva ratifica que as políticas ou práticas educativas só poderão gerar impacto real se foram capazes de ampliar as capacidades das pessoas idosas para decidir sobre suas próprias vidas inclusive no que tange ao uso de seus recursos financeiros Uma educação financeira sensível portanto não pode prescindir do reconhecimento das trajetórias dos vínculos afetivos com dinheiro e das redes de suporte que estruturam a existência na velhice 8 METODOLOGIA A presente pesquisa se inscreve no campo qualitativo cuja lógica investigativa privilegia a compreensão dos sentidos atribuídos às suas experiências Considerando ainda a complexidade das vivências financeiras dos idoso optase por um delineamento exploratório que permitirá mergulhar nas realidades múltiplas e por vezes contraditórias que marcam essa etapa da vida A fim de alcançar os objetivos propostos o estudo será dividido em quatro etapas principais que se conectam diretamente aos objetivos específicos A primeira fase consistirá no mapeamento dos desafios financeiros enfrentados por pessoas idosas a partir de entrevistas semiestruturadas com participantes que residem em contextos urbanos Serão selecionados por amostragem intencional idosos com perfis socioeconômicos diversos de forma a captar um espectro mais amplo de realidades A segunda etapa buscará como essas pessoas lidam com decisões financeiras observando práticas cotidianas estratégias de sobrevivências tipos de apoio acionados e eventuais formas de exclusão Utilizarseá a técnica de história oral temática permitindo aos participantes compartilhar narrativas sobre sua relação com dinheiro ao longo da vida Na terceira fase serão investigadas as percepções e expectativas sobre educação financeira a partir de rodas de conversas com pequenos grupos de idosos promovendo um ambiente dialógico e acolhedor alinhado à perspectiva freireana Nesta etapa pretendese identificar como eles entendem o conceito de educar financeiramente e quais elementos consideram relevantes ou desnecessários nesse processo Por fim a análise dos dados obtidos subsidia a elaboração de diretrizes iniciais para a formulação de práticas educativas em finanças voltadas à terceira idade buscando a integração entre saber técnico e escuta sensível do sujeito idoso A análise será orientada pela técnica de análise de conteúdo temática conforme proposta por Bardin 2016 permitindo identificar categorias emergentes e padrões discursivos nos relatos dos participantes 9 CRONOGRAMA Etapas da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Levantamento bibliográfico e construção do referencial teórico X X Elaboração dos instrumentos de coleta e definição do públicoalvo X Aplicação das entrevistas e realização das histórias orais X X Rodas de conversa e escuta coletiva com grupos de idosos X Análise dos dados e categorização dos resultados X Redação das diretrizes educativas e consolidação do relatório final X X Revisão normalização e entrega da versão final da pesquisa X REFERÊNCIAS ALARCON M PAES V DAMACENO D SPONCHIADO V MARIN M Violência financeira circunstâncias da ocorrência contra idosos Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 22 n 6 2019 BARDIN L Análise de conteúdo São Paulo Edições 70 2016 BUAES C Educação Financeira com idosos em um contexto popular Educação e Realidade v 40 2015 CERTEAU Michel de A invenção do cotidiano vol 1 artes de fazer Petrópolis Vozes 1994 IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Censo Brasileiro de 2022 Rio de Janeiro IBGE 2022 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE OMS Envelhecimento ativo uma política de saúde Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2005 PIRES A DELIBERAL J DECESARO L CUCCHI M Educação financeira na terceira idade uma análise da cidade de Marau RS XIX Mostra de Iniciação Científica PósGraduação Pesquisa e Extensão 2019 RODRIGUES L SOARES G Velho Idoso e Terceira idade na sociedade contemporânea Revista Ágora n4 p 129 2006 SEN A Desenvolvimento como liberdade São Paulo Companhia das Letras 2010 VIDAL J ROCHA M SANTOS G TRINDADE L PÔRTO JÚNIOR F A influência da educação financeira na terceira idade estudo de caso na universidade da maturidade de Dianópolis TO Revista Multidebates v 9 2025 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de 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autonomia financeira tornase essencial considerando que muitas pessoas idosas enfrentam desafios relacionados à gestão dos próprios recursos seja em razão de aposentadorias insuficientes dependência familiar ou mesmo a ausência de formação básica em finanças BUAES 2015 Essa questão se torna ainda mais fundamental dentro de uma sociedade fortemente marcada pelo consumo e pela instabilidade econômica fazendo com que o domínio sobre as finanças pessoais passe a adquirir um caráter emancipatório Contudo a educação financeira muitas vezes voltada ao público jovem ou em idade produtiva ainda se apresenta como um campo pouco explorado cuja relação com o dinheiro é permeada por experiências de vida valores socioculturais e não raramente por situações de vulnerabilidade Diante disso tornase relevante investigar como a educação financeira pode atuar para além de um instrumento técnico mas como uma ferramenta de promoção do bemestar econômico entendido aqui como a capacidade de tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro prevenir situações de endividamento e preservar a autonomia no envelhecer Para que se cumpra o papel da educação financeira é necessário compreender as demandas realidades e especificidades que atravessam a experiência financeira dos idosos RODRIGUES SOARES 2006 Portanto mais do que testar a eficácia de intervenções previamente desenhadas fazse necessário investigar a fundo quais são os entraves econômicos enfrentados por essa população como os idosos vivenciam suas decisões financeiras no cotidiano e de que modo as práticas educativas podem ser construídas para responder a essas experiências Com base nessa escuta e nesta análise tornase possível propor uma educação financeira que não seja apenas normativa mas transformadora contribuindo para uma velhice mais autônoma e menos vulnerável 2 TEMA E DELIMITAÇÃO A temática da pesquisa relaciona a educação financeira e o bemestar econômico enfatizando o papel da educação financeira na promoção da autonomia 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terceira idade contribui para a manutenção de situações de vulnerabilidade econômica e 3 uma proposta de educação financeira formulada a partir da compreensão dos aspectos multidimensionais que atravessam a experiência da população idosa pode ampliar sua autonomia e contribuir para a promoção do bemestar econômico 5 OBJETIVOS 51 OBJETIVO GERAL Compreender as demandas financeiras da população idosa urbana para a promoção de caminhos que ajudem a construir uma educação financeira voltada ao bemestar econômico na velhice 52 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mapear os principais desafios econômicos enfrentados por pessoas idosas em sua vida cotidiana Analisar como as pessoas idosas lidam com questões financeiras identificando estratégias limitações e práticas recorrentes Investigar a percepção de idosos sobre a educação financeira e suas expectativas em relação ao contato com essa área Elaborar diretrizes iniciais para contribuir com o desenvolvimento de práticas de educação financeira sensíveis às experiências e necessidades da terceira idade 6 JUSTIFICATIVA Em um contexto de crescente envelhecimento da população como é o caso do Brasil tornase imprescindível repensar políticas práticas que assegurem à pessoa idosa considerações dignas de vida sobretudo no que diz respeito à autonomia financeira No entanto o que se observa dentro dos discursos sobre educação financeira embora cada vez mais presentes ainda carecem de aderências às vivências e realidades dessa faixa etária À vista disso a pesquisa proposta parte da premissa de que a velhice é marcada por especificidades financeiras próprias atravessada por fatores estruturais como a aposentadoria a instabilidade econômica o custo de vida nos centros urbanos e a ausência de preparo prévio para a gestão de recursos a longo prazo Dessa forma a vulnerabilidade econômica na velhice não se limita à renda baixa mas a falta de instrumentos para planejar o futuro lidar com emergências e tomar decisões financeiras de maneira consciente ALARCON et al 2019 Nesse sentido conhecer profundamente essas demandas tornase condição fundamental para a formulação de estratégias educativas que respeitem e acolham tais experiências Por isso diferentemente das propostas padronizadas de educação financeira comumente voltadas ao público jovem ou economicamente ativo pensar práticas formativas para a terceira idade exige sensibilidade metodológica e compromisso com a escuta das subjetividades envolvidas Como aponta Freire 1996 toda ação educativa deve partir da realidade concreta dos educandos respeitando seus saberes contextos e ritmos Aplicar esse princípio ao campo da educação financeira implica considerar não apenas a passagem do conhecimento técnico mas também as trajetórias de vida os vínculos afetivos com o dinheiro as redes de apoio e as perdas acumuladas ao longo do tempo Além disso a pífia presença de políticas públicas específicas voltadas à educação financeira na velhice contribui para a perpetuação de padrões de dependência exclusão e invisibilidade social Bem como muitos idosos não têm acesso a informações adequadas sobre produtos financeiros tampouco compreendem os riscos associados ao endividamento ou à digitalização dos serviços bancários BUAES 2015 Isso os torna mais suscetíveis a fraudes abusos e decisões prejudiciais enfraquecendo sua autonomia e comprometendo sua qualidade de vida Portanto investigar as dificuldades financeiras enfrentadas por essa população e suas percepções sobre a própria gestão do dinheiro não é apenas um exercício acadêmico mas uma ação socialmente comprometida Ao alinhar os objetivos da pesquisa à escuta dessas demandas tornase possível construir uma proposta de educação financeira que seja transformadora e emancipadora uma vez que essa não seria baseada em modelos genéricos mas em diretrizes forjadas a partir do cotidiano real das pessoas idosas urbanas 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A construção teórica deste estudo apoiase em múltiplas vertentes que se entrelaçam na compreensão da velhice como uma etapa de continuidade transformação e ressignificação Segundo Rodrigues e Soares 2006 o envelhecimento não pode ser concebido apenas como um processo biológico ele é também um fenômeno social e simbólico que implica novos arranjos em diversas dimensões da vida incluindo a econômica Essa perspectiva permite a ampliação da noção de bemestar econômico uma vez que está relacionado com a autonomia a segurança e a possibilidades de fazer escolhas que respeitem a trajetória de vida do sujeito Nesse viés a perspectiva do envelhecimento ativo como formulada pela organização mundial da Saúde 2005 propõe que o avanço da idade não deve ser sinônimo de passividade ou dependência mas pode representar um novo ciclo na vida do sujeito sendo esse perfil de participação social segurança e aprendizado contínua Nessa concepção a autonomia financeira figura como dimensão essencial do envelhecer com dignidade não apenas pela garantia material que proporciona mas pela relação direta com a autoestima a liberdade de escolha e a preservação do lugar social do idoso Assim ao considerarmos as relações entre cultura subjetividade e práticas econômicas tornase relevante recorrer à noção de economia do cotidiano CERTEAU 1994 segundo a qual os sujeitos produzem táticas para lidar com escassez instabilidade ou imprevisibilidade muitas vezes à margem das instituições formais No caso dos idosos essas táticas podem incluir o reuso de bens a solidariedade familiar a administração informal de dívidas ou até o abandono de consumos que já não cabem no orçamento Investigar essas práticas longe de estigmatizálas permite reconhecer saberes implícitos que podem ser ativados em processos formativos No campo da educação social é necessário repensar o lugar dos saberes populares na práticas pedagógicas uma vez que os sujeitos historicamente à margem das lógicas escolares também constroem conhecimentos relevantes e exigem um olhar crítico e social para sua realidade PIRES et al 2019 Trazendo para a perspectiva da educação financeira na terceira idade esse entendimento impõe uma revisão dos modelos instrucionais que desconsideram a experiência como ponto de partida VIDAL et al 2025 Nesse sentido é urgente substituir abordagens bancárias e prescritivas por percursos formativos que valorizem a escuta o vínculo e a construção coletiva de sentido Ademais autores como Lusardi e Mitchell 2014 vêm apontando que a baixa literacia financeira entre idosos está menos associada à incapacidade cognitiva e mais a pífia presença de políticas educacionais inclusivas e voltadas para os desafios desse corpo social As dificuldades enfrentadas nesse campo estão imbricadas com questões como desigualdade social digitalização dos serviços financeiros e acesso desigual à informação Assim pensar uma educação financeira voltada ao bemestar econômico de idosos implica inserir essa prática no campo mais amplo da justiça social Por fim cabe destacar que a própria noção de bemestar econômico demanda uma ampliação de sentidos Segundo Sen 2010 a liberdade para realizar escolhas significativas e a capacidade de agency isto é de agir segundo seus próprios valores são aspectos centrais para o desenvolvimento em outras palavras essa perspectiva ratifica que as políticas ou práticas educativas só poderão gerar impacto real se foram capazes de ampliar as capacidades das pessoas idosas para decidir sobre suas próprias vidas inclusive no que tange ao uso de seus recursos financeiros Uma educação financeira sensível portanto não pode prescindir do reconhecimento das trajetórias dos vínculos afetivos com dinheiro e das redes de suporte que estruturam a existência na velhice 8 METODOLOGIA A presente pesquisa se inscreve no campo qualitativo cuja lógica investigativa privilegia a compreensão dos sentidos atribuídos às suas experiências Considerando ainda a complexidade das vivências financeiras dos idoso optase por um delineamento exploratório que permitirá mergulhar nas realidades múltiplas e por vezes contraditórias que marcam essa etapa da vida A fim de alcançar os objetivos propostos o estudo será dividido em quatro etapas principais que se conectam diretamente aos objetivos específicos A primeira fase consistirá no mapeamento dos desafios financeiros enfrentados por pessoas idosas a partir de entrevistas semiestruturadas com participantes que residem em contextos urbanos Serão selecionados por amostragem intencional idosos com perfis socioeconômicos diversos de forma a captar um espectro mais amplo de realidades A segunda etapa buscará como essas pessoas lidam com decisões financeiras observando práticas cotidianas estratégias de sobrevivências tipos de apoio acionados e eventuais formas de exclusão Utilizarseá a técnica de história oral temática permitindo aos participantes compartilhar narrativas sobre sua relação com dinheiro ao longo da vida Na terceira fase serão investigadas as percepções e expectativas sobre educação financeira a partir de rodas de conversas com pequenos grupos de idosos promovendo um ambiente dialógico e acolhedor alinhado à perspectiva freireana Nesta etapa pretendese identificar como eles entendem o conceito de educar financeiramente e quais elementos consideram relevantes ou desnecessários nesse processo Por fim a análise dos dados obtidos subsidia a elaboração de diretrizes iniciais para a formulação de práticas educativas em finanças voltadas à terceira idade buscando a integração entre saber técnico e escuta sensível do sujeito idoso A análise será orientada pela técnica de análise de conteúdo temática conforme proposta por Bardin 2016 permitindo identificar categorias emergentes e padrões discursivos nos relatos dos participantes 9 CRONOGRAMA Etapas da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Levantamento bibliográfico e construção do referencial teórico X X Elaboração dos instrumentos de coleta e definição do públicoalvo X Aplicação das entrevistas e realização das histórias orais X X Rodas de conversa e escuta coletiva com grupos de idosos X Análise dos dados e categorização dos resultados X Redação das diretrizes educativas e consolidação do relatório final X X Revisão normalização e entrega da versão final da pesquisa X REFERÊNCIAS ALARCON M PAES V DAMACENO D SPONCHIADO V MARIN M Violência financeira circunstâncias da ocorrência contra idosos Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 22 n 6 2019 BARDIN L Análise de conteúdo São Paulo Edições 70 2016 BUAES C Educação Financeira com idosos em um contexto popular Educação e Realidade v 40 2015 CERTEAU Michel de A invenção do cotidiano vol 1 artes de fazer Petrópolis Vozes 1994 IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Censo Brasileiro de 2022 Rio de Janeiro IBGE 2022 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE OMS Envelhecimento ativo uma política de saúde Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2005 PIRES A DELIBERAL J DECESARO L CUCCHI M Educação financeira na terceira idade uma análise da cidade de Marau RS XIX Mostra de Iniciação Científica PósGraduação Pesquisa e Extensão 2019 RODRIGUES L SOARES G Velho Idoso e Terceira idade na sociedade contemporânea Revista Ágora n4 p 129 2006 SEN A Desenvolvimento como liberdade São Paulo Companhia das Letras 2010 VIDAL J ROCHA M SANTOS G TRINDADE L PÔRTO JÚNIOR F A influência da educação financeira na terceira idade estudo de caso na universidade da maturidade de Dianópolis TO Revista Multidebates v 9 2025 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR2025 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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 TEMA E DELIMITAÇÃO 5 3 PROBLEMA DE PESQUISA 5 4 HIPÓTESES 6 5 OBJETIVOS 6 51 Geral 6 52 Específicos 6 6 JUSTIFICATIVA 7 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 8 METODOLOGIA 9 9 CRONOGRAMA 10 10 REFERÊNCIAS 11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 TEMA E DELIMITAÇÃO 5 3 PROBLEMA DE PESQUISA 5 4 HIPÓTESES 6 5 OBJETIVOS 6 51 Geral 6 52 Específicos 6 6 JUSTIFICATIVA 7 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 8 METODOLOGIA 9 9 CRONOGRAMA 10 10 REFERÊNCIAS 11 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico que tem se consolidado como uma das mais significativas transformações do século XXI No Brasil esse fenômeno está diretamente relacionado com os avanços da medida com o aumento da qualidade de vida e com as políticas públicas baseado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE 2022 esse recorte da população conta com mais de 321 milhões de pessoas representando 158 do total da população Assim esse fenômeno tem gerado novas demandas sociais econômicas e educacionais voltadas à população idosa Entre elas a questão da autonomia financeira tornase essencial considerando que muitas pessoas idosas enfrentam desafios relacionados à gestão dos próprios recursos seja em razão de aposentadorias insuficientes dependência familiar ou mesmo a ausência de formação básica em finanças BUAES 2015 Essa questão se torna ainda mais fundamental dentro de uma sociedade fortemente marcada pelo consumo e pela instabilidade econômica fazendo com que o domínio sobre as finanças pessoais passe a adquirir um caráter emancipatório Contudo a educação financeira muitas vezes voltada ao público jovem ou em idade produtiva ainda se apresenta como um campo pouco explorado cuja relação com o dinheiro é permeada por experiências de vida valores socioculturais e não raramente por situações de vulnerabilidade Diante disso tornase relevante investigar como a educação financeira pode atuar para além de um instrumento técnico mas como uma ferramenta de promoção do bem estar econômico entendido aqui como a capacidade de tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro prevenir situações de endividamento e preservar a autonomia no envelhecer Para que se cumpra o papel da educação financeira é necessário compreender as demandas realidades e especificidades que atravessam a experiência financeira dos idosos RODRIGUES SOARES 2006 Portanto mais do que testar a eficácia de intervenções previamente desenhadas fazse necessário investigar a fundo quais são os entraves econômicos enfrentados por essa população como os idosos vivenciam suas decisões financeiras no cotidiano e de que modo as práticas educativas podem ser construídas para responder a essas experiências Com base nessa escuta e nesta análise tornase possível propor uma educação financeira que não seja apenas normativa mas transformadora contribuindo para uma velhice mais autônoma e menos vulnerável 2 TEMA E DELIMITAÇÃO A temática da pesquisa relaciona a educação financeira e o bemestar econômico enfatizando o papel da educação financeira na promoção da autonomia econômica na terceira idade dentro do contexto urbano buscase compreender como a educação financeira pode ser moldada para atender as demandas específicas desse recorte social 3 PROBLEMA DE PESQUISA Fundamentado no tema e na delimitação o problema de pesquisa que norteará será Quais são as principais demandas e dificuldades financeiras vivenciadas por pessoas idosas em contextos urbanos e como a educação financeira pode ser formulada de forma sensível para contribuir com o seu bemestar econômico 4 HIPÓTESES As hipóteses relacionadas ao problema de pesquisa estruturadas anteriormente a realização da presente pesquisa são três 1 as demandas financeiras de pessoas idosas são complexas e envolvem aspectos que vão além do conhecimento técnico sobre finanças incluindo fatores emocionais sociais e estruturais exigindo uma compreensão multidimensional dos aspectos que atravessam as experiências esse corpo social 2 a pífia presente de políticas de educação financeiras voltadas ao público da terceira idade contribui para a manutenção de situações de vulnerabilidade econômica e 3 uma proposta de educação financeira formulada a partir da compreensão dos aspectos multidimensionais que atravessam a experiência da população idosa pode ampliar sua autonomia e contribuir para a promoção do bemestar econômico 5 OBJETIVOS 51 OBJETIVO GERAL Compreender as demandas financeiras da população idosa urbana para a promoção de caminhos que ajudem a construir uma educação financeira voltada ao bemestar econômico na velhice 52 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mapear os principais desafios econômicos enfrentados por pessoas idosas em sua vida cotidiana Analisar como as pessoas idosas lidam com questões financeiras identificando estratégias limitações e práticas recorrentes Investigar a percepção de idosos sobre a educação financeira e suas expectativas em relação ao contato com essa área Elaborar diretrizes iniciais para contribuir com o desenvolvimento de práticas de educação financeira sensíveis às experiências e necessidades da terceira idade 6 JUSTIFICATIVA Em um contexto de crescente envelhecimento da população como é o caso do Brasil tornase imprescindível repensar políticas práticas que assegurem à pessoa idosa considerações dignas de vida sobretudo no que diz respeito à autonomia financeira No entanto o que se observa dentro dos discursos sobre educação financeira embora cada vez mais presentes ainda carecem de aderências às vivências e realidades dessa faixa etária À vista disso a pesquisa proposta parte da premissa de que a velhice é marcada por especificidades financeiras próprias atravessada por fatores estruturais como a aposentadoria a instabilidade econômica o custo de vida nos centros urbanos e a ausência de preparo prévio para a gestão de recursos a longo prazo Dessa forma a vulnerabilidade econômica na velhice não se limita à renda baixa mas a falta de instrumentos para planejar o futuro lidar com emergências e tomar decisões financeiras de maneira consciente ALARCON et al 2019 Nesse sentido conhecer profundamente essas demandas tornase condição fundamental para a formulação de estratégias educativas que respeitem e acolham tais experiências Por isso diferentemente das propostas padronizadas de educação financeira comumente voltadas ao público jovem ou economicamente ativo pensar práticas formativas para a terceira idade exige sensibilidade metodológica e compromisso com a escuta das subjetividades envolvidas Como aponta Freire 1996 toda ação educativa deve partir da realidade concreta dos educandos respeitando seus saberes contextos e ritmos Aplicar esse princípio ao campo da educação financeira implica considerar não apenas a passagem do conhecimento técnico mas também as trajetórias de vida os vínculos afetivos com o dinheiro as redes de apoio e as perdas acumuladas ao longo do tempo Além disso a pífia presença de políticas públicas específicas voltadas à educação financeira na velhice contribui para a perpetuação de padrões de dependência exclusão e invisibilidade social Bem como muitos idosos não têm acesso a informações adequadas sobre produtos financeiros tampouco compreendem os riscos associados ao endividamento ou à digitalização dos serviços bancários BUAES 2015 Isso os torna mais suscetíveis a fraudes abusos e decisões prejudiciais enfraquecendo sua autonomia e comprometendo sua qualidade de vida Portanto investigar as dificuldades financeiras enfrentadas por essa população e suas percepções sobre a própria gestão do dinheiro não é apenas um exercício acadêmico mas uma ação socialmente comprometida Ao alinhar os objetivos da pesquisa à escuta dessas demandas tornase possível construir uma proposta de educação financeira que seja transformadora e emancipadora uma vez que essa não seria baseada em modelos genéricos mas em diretrizes forjadas a partir do cotidiano real das pessoas idosas urbanas 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A construção teórica deste estudo apoiase em múltiplas vertentes que se entrelaçam na compreensão da velhice como uma etapa de continuidade transformação e ressignificação Segundo Rodrigues e Soares 2006 o envelhecimento não pode ser concebido apenas como um processo biológico ele é também um fenômeno social e simbólico que implica novos arranjos em diversas dimensões da vida incluindo a econômica Essa perspectiva permite a ampliação da noção de bemestar econômico uma vez que está relacionado com a autonomia a segurança e a possibilidades de fazer escolhas que respeitem a trajetória de vida do sujeito Nesse viés a perspectiva do envelhecimento ativo como formulada pela organização mundial da Saúde 2005 propõe que o avanço da idade não deve ser sinônimo de passividade ou dependência mas pode representar um novo ciclo na vida do sujeito sendo esse perfil de participação social segurança e aprendizado contínua Nessa concepção a autonomia financeira figura como dimensão essencial do envelhecer com dignidade não apenas pela garantia material que proporciona mas pela relação direta com a autoestima a liberdade de escolha e a preservação do lugar social do idoso Assim ao considerarmos as relações entre cultura subjetividade e práticas econômicas tornase relevante recorrer à noção de economia do cotidiano CERTEAU 1994 segundo a qual os sujeitos produzem táticas para lidar com escassez instabilidade ou imprevisibilidade muitas vezes à margem das instituições formais No caso dos idosos essas táticas podem incluir o reuso de bens a solidariedade familiar a administração informal de dívidas ou até o abandono de consumos que já não cabem no orçamento Investigar essas práticas longe de estigmatizálas permite reconhecer saberes implícitos que podem ser ativados em processos formativos No campo da educação social é necessário repensar o lugar dos saberes populares na práticas pedagógicas uma vez que os sujeitos historicamente à margem das lógicas escolares também constroem conhecimentos relevantes e exigem um olhar crítico e social para sua realidade PIRES et al 2019 Trazendo para a perspectiva da educação financeira na terceira idade esse entendimento impõe uma revisão dos modelos instrucionais que desconsideram a experiência como ponto de partida VIDAL et al 2025 Nesse sentido é urgente substituir abordagens bancárias e prescritivas por percursos formativos que valorizem a escuta o vínculo e a construção coletiva de sentido Ademais autores como Lusardi e Mitchell 2014 vêm apontando que a baixa literacia financeira entre idosos está menos associada à incapacidade cognitiva e mais a pífia presença de políticas educacionais inclusivas e voltadas para os desafios desse corpo social As dificuldades enfrentadas nesse campo estão imbricadas com questões como desigualdade social digitalização dos serviços financeiros e acesso desigual à informação Assim pensar uma educação financeira voltada ao bemestar econômico de idosos implica inserir essa prática no campo mais amplo da justiça social Por fim cabe destacar que a própria noção de bemestar econômico demanda uma ampliação de sentidos Segundo Sen 2010 a liberdade para realizar escolhas significativas e a capacidade de agency isto é de agir segundo seus próprios valores são aspectos centrais para o desenvolvimento em outras palavras essa perspectiva ratifica que as políticas ou práticas educativas só poderão gerar impacto real se foram capazes de ampliar as capacidades das pessoas idosas para decidir sobre suas próprias vidas inclusive no que tange ao uso de seus recursos financeiros Uma educação financeira sensível portanto não pode prescindir do reconhecimento das trajetórias dos vínculos afetivos com dinheiro e das redes de suporte que estruturam a existência na velhice 8 METODOLOGIA A presente pesquisa se inscreve no campo qualitativo cuja lógica investigativa privilegia a compreensão dos sentidos atribuídos às suas experiências Considerando ainda a complexidade das vivências financeiras dos idoso optase por um delineamento exploratório que permitirá mergulhar nas realidades múltiplas e por vezes contraditórias que marcam essa etapa da vida A fim de alcançar os objetivos propostos o estudo será dividido em quatro etapas principais que se conectam diretamente aos objetivos específicos A primeira fase consistirá no mapeamento dos desafios financeiros enfrentados por pessoas idosas a partir de entrevistas semiestruturadas com participantes que residem em contextos urbanos Serão selecionados por amostragem intencional idosos com perfis socioeconômicos diversos de forma a captar um espectro mais amplo de realidades A segunda etapa buscará como essas pessoas lidam com decisões financeiras observando práticas cotidianas estratégias de sobrevivências tipos de apoio acionados e eventuais formas de exclusão Utilizarseá a técnica de história oral temática permitindo aos participantes compartilhar narrativas sobre sua relação com dinheiro ao longo da vida Na terceira fase serão investigadas as percepções e expectativas sobre educação financeira a partir de rodas de conversas com pequenos grupos de idosos promovendo um ambiente dialógico e acolhedor alinhado à perspectiva freireana Nesta etapa pretendese identificar como eles entendem o conceito de educar financeiramente e quais elementos consideram relevantes ou desnecessários nesse processo Por fim a análise dos dados obtidos subsidia a elaboração de diretrizes iniciais para a formulação de práticas educativas em finanças voltadas à terceira idade buscando a integração entre saber técnico e escuta sensível do sujeito idoso A análise será orientada pela técnica de análise de conteúdo temática conforme proposta por Bardin 2016 permitindo identificar categorias emergentes e padrões discursivos nos relatos dos participantes 9 CRONOGRAMA Etapas da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Levantamento bibliográfico e construção do referencial teórico X X Elaboração dos instrumentos de coleta e definição do públicoalvo X Aplicação das entrevistas e realização das histórias orais X X Rodas de conversa e escuta coletiva com grupos de idosos X Análise dos dados e categorização dos resultados X Redação das diretrizes educativas e consolidação do relatório final X X Revisão normalização e entrega da versão final da pesquisa X REFERÊNCIAS ALARCON M PAES V DAMACENO D SPONCHIADO V MARIN M Violência financeira circunstâncias da ocorrência contra idosos Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 22 n 6 2019 BARDIN L Análise de conteúdo São Paulo Edições 70 2016 BUAES C Educação Financeira com idosos em um contexto popular Educação e Realidade v 40 2015 CERTEAU Michel de A invenção do cotidiano vol 1 artes de fazer Petrópolis Vozes 1994 IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Censo Brasileiro de 2022 Rio de Janeiro IBGE 2022 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE OMS Envelhecimento ativo uma política de saúde Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2005 PIRES A DELIBERAL J DECESARO L CUCCHI M Educação financeira na terceira idade uma análise da cidade de Marau RS XIX Mostra de Iniciação Científica PósGraduação Pesquisa e Extensão 2019 RODRIGUES L SOARES G Velho Idoso e Terceira idade na sociedade contemporânea Revista Ágora n4 p 129 2006 SEN A Desenvolvimento como liberdade São Paulo Companhia das Letras 2010 VIDAL J ROCHA M SANTOS G TRINDADE L PÔRTO JÚNIOR F A influência da educação financeira na terceira idade estudo de caso na universidade da maturidade de Dianópolis TO Revista Multidebates v 9 2025 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ UEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR 2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 TEMA E DELIMITAÇÃO 5 3 PROBLEMA DE PESQUISA 5 4 HIPÓTESES 6 5 OBJETIVOS 6 51 Geral 6 52 Específicos 6 6 JUSTIFICATIVA 7 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8 8 METODOLOGIA 9 9 CRONOGRAMA 10 10 REFERÊNCIAS 11 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico que tem se consolidado como uma das mais significativas transformações do século XXI No Brasil esse fenômeno está diretamente relacionado com os avanços da medida com o aumento da qualidade de vida e com as políticas públicas baseado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE 2022 esse recorte da população conta com mais de 321 milhões de pessoas representando 158 do total da população Assim esse fenômeno tem gerado novas demandas sociais econômicas e educacionais voltadas à população idosa Entre elas a questão da autonomia financeira tornase essencial considerando que muitas pessoas idosas enfrentam desafios relacionados à gestão dos próprios recursos seja em razão de aposentadorias insuficientes dependência familiar ou mesmo a ausência de formação básica em finanças BUAES 2015 Essa questão se torna ainda mais fundamental dentro de uma sociedade fortemente marcada pelo consumo e pela instabilidade econômica fazendo com que o domínio sobre as finanças pessoais passe a adquirir um caráter emancipatório Contudo a educação financeira muitas vezes voltada ao público jovem ou em idade produtiva ainda se apresenta como um campo pouco explorado cuja relação com o dinheiro é permeada por experiências de vida valores socioculturais e não raramente por situações de vulnerabilidade Diante disso tornase relevante investigar como a educação financeira pode atuar para além de um instrumento técnico mas como uma ferramenta de promoção do bemestar econômico entendido aqui como a capacidade de tomar decisões conscientes sobre o uso do dinheiro prevenir situações de endividamento e preservar a autonomia no envelhecer Para que se cumpra o papel da educação financeira é necessário compreender as demandas realidades e especificidades que atravessam a experiência financeira dos idosos RODRIGUES SOARES 2006 Portanto mais do que testar a eficácia de intervenções previamente desenhadas fazse necessário investigar a fundo quais são os entraves econômicos enfrentados por essa população como os idosos vivenciam suas decisões financeiras no cotidiano e de que modo as práticas educativas podem ser construídas para responder a essas experiências Com base nessa escuta e nesta análise tornase possível propor uma educação financeira que não seja apenas normativa mas transformadora contribuindo para uma velhice mais autônoma e menos vulnerável 2 TEMA E DELIMITAÇÃO A temática da pesquisa relaciona a educação financeira e o bemestar econômico enfatizando o papel da educação financeira na promoção da autonomia econômica na terceira idade dentro do contexto urbano buscase compreender como a educação financeira pode ser moldada para atender as demandas específicas desse recorte social 3 PROBLEMA DE PESQUISA Fundamentado no tema e na delimitação o problema de pesquisa que norteará será Quais são as principais demandas e dificuldades financeiras vivenciadas por pessoas idosas em contextos urbanos e como a educação financeira pode ser formulada de forma sensível para contribuir com o seu bemestar econômico 4 HIPÓTESES As hipóteses relacionadas ao problema de pesquisa estruturadas anteriormente a realização da presente pesquisa são três 1 as demandas financeiras de pessoas idosas são complexas e envolvem aspectos que vão além do conhecimento técnico sobre finanças incluindo fatores emocionais sociais e estruturais exigindo uma compreensão multidimensional dos aspectos que atravessam as experiências esse corpo social 2 a pífia presente de políticas de educação financeiras voltadas ao público da terceira idade contribui para a manutenção de situações de vulnerabilidade econômica e 3 uma proposta de educação financeira formulada a partir da compreensão dos aspectos multidimensionais que atravessam a experiência da população idosa pode ampliar sua autonomia e contribuir para a promoção do bemestar econômico 5 OBJETIVOS 51 OBJETIVO GERAL Compreender as demandas financeiras da população idosa urbana para a promoção de caminhos que ajudem a construir uma educação financeira voltada ao bemestar econômico na velhice 52 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Mapear os principais desafios econômicos enfrentados por pessoas idosas em sua vida cotidiana Analisar como as pessoas idosas lidam com questões financeiras identificando estratégias limitações e práticas recorrentes Investigar a percepção de idosos sobre a educação financeira e suas expectativas em relação ao contato com essa área Elaborar diretrizes iniciais para contribuir com o desenvolvimento de práticas de educação financeira sensíveis às experiências e necessidades da terceira idade 6 JUSTIFICATIVA Em um contexto de crescente envelhecimento da população como é o caso do Brasil tornase imprescindível repensar políticas práticas que assegurem à pessoa idosa considerações dignas de vida sobretudo no que diz respeito à autonomia financeira No entanto o que se observa dentro dos discursos sobre educação financeira embora cada vez mais presentes ainda carecem de aderências às vivências e realidades dessa faixa etária À vista disso a pesquisa proposta parte da premissa de que a velhice é marcada por especificidades financeiras próprias atravessada por fatores estruturais como a aposentadoria a instabilidade econômica o custo de vida nos centros urbanos e a ausência de preparo prévio para a gestão de recursos a longo prazo Dessa forma a vulnerabilidade econômica na velhice não se limita à renda baixa mas a falta de instrumentos para planejar o futuro lidar com emergências e tomar decisões financeiras de maneira consciente ALARCON et al 2019 Nesse sentido conhecer profundamente essas demandas tornase condição fundamental para a formulação de estratégias educativas que respeitem e acolham tais experiências Por isso diferentemente das propostas padronizadas de educação financeira comumente voltadas ao público jovem ou economicamente ativo pensar práticas formativas para a terceira idade exige sensibilidade metodológica e compromisso com a escuta das subjetividades envolvidas Como aponta Freire 1996 toda ação educativa deve partir da realidade concreta dos educandos respeitando seus saberes contextos e ritmos Aplicar esse princípio ao campo da educação financeira implica considerar não apenas a passagem do conhecimento técnico mas também as trajetórias de vida os vínculos afetivos com o dinheiro as redes de apoio e as perdas acumuladas ao longo do tempo Além disso a pífia presença de políticas públicas específicas voltadas à educação financeira na velhice contribui para a perpetuação de padrões de dependência exclusão e invisibilidade social Bem como muitos idosos não têm acesso a informações adequadas sobre produtos financeiros tampouco compreendem os riscos associados ao endividamento ou à digitalização dos serviços bancários BUAES 2015 Isso os torna mais suscetíveis a fraudes abusos e decisões prejudiciais enfraquecendo sua autonomia e comprometendo sua qualidade de vida Portanto investigar as dificuldades financeiras enfrentadas por essa população e suas percepções sobre a própria gestão do dinheiro não é apenas um exercício acadêmico mas uma ação socialmente comprometida Ao alinhar os objetivos da pesquisa à escuta dessas demandas tornase possível construir uma proposta de educação financeira que seja transformadora e emancipadora uma vez que essa não seria baseada em modelos genéricos mas em diretrizes forjadas a partir do cotidiano real das pessoas idosas urbanas 7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A construção teórica deste estudo apoiase em múltiplas vertentes que se entrelaçam na compreensão da velhice como uma etapa de continuidade transformação e ressignificação Segundo Rodrigues e Soares 2006 o envelhecimento não pode ser concebido apenas como um processo biológico ele é também um fenômeno social e simbólico que implica novos arranjos em diversas dimensões da vida incluindo a econômica Essa perspectiva permite a ampliação da noção de bemestar econômico uma vez que está relacionado com a autonomia a segurança e a possibilidades de fazer escolhas que respeitem a trajetória de vida do sujeito Nesse viés a perspectiva do envelhecimento ativo como formulada pela organização mundial da Saúde 2005 propõe que o avanço da idade não deve ser sinônimo de passividade ou dependência mas pode representar um novo ciclo na vida do sujeito sendo esse perfil de participação social segurança e aprendizado contínua Nessa concepção a autonomia financeira figura como dimensão essencial do envelhecer com dignidade não apenas pela garantia material que proporciona mas pela relação direta com a autoestima a liberdade de escolha e a preservação do lugar social do idoso Assim ao considerarmos as relações entre cultura subjetividade e práticas econômicas tornase relevante recorrer à noção de economia do cotidiano CERTEAU 1994 segundo a qual os sujeitos produzem táticas para lidar com escassez instabilidade ou imprevisibilidade muitas vezes à margem das instituições formais No caso dos idosos essas táticas podem incluir o reuso de bens a solidariedade familiar a administração informal de dívidas ou até o abandono de consumos que já não cabem no orçamento Investigar essas práticas longe de estigmatizálas permite reconhecer saberes implícitos que podem ser ativados em processos formativos No campo da educação social é necessário repensar o lugar dos saberes populares na práticas pedagógicas uma vez que os sujeitos historicamente à margem das lógicas escolares também constroem conhecimentos relevantes e exigem um olhar crítico e social para sua realidade PIRES et al 2019 Trazendo para a perspectiva da educação financeira na terceira idade esse entendimento impõe uma revisão dos modelos instrucionais que desconsideram a experiência como ponto de partida VIDAL et al 2025 Nesse sentido é urgente substituir abordagens bancárias e prescritivas por percursos formativos que valorizem a escuta o vínculo e a construção coletiva de sentido Ademais autores como Lusardi e Mitchell 2014 vêm apontando que a baixa literacia financeira entre idosos está menos associada à incapacidade cognitiva e mais a pífia presença de políticas educacionais inclusivas e voltadas para os desafios desse corpo social As dificuldades enfrentadas nesse campo estão imbricadas com questões como desigualdade social digitalização dos serviços financeiros e acesso desigual à informação Assim pensar uma educação financeira voltada ao bemestar econômico de idosos implica inserir essa prática no campo mais amplo da justiça social Por fim cabe destacar que a própria noção de bemestar econômico demanda uma ampliação de sentidos Segundo Sen 2010 a liberdade para realizar escolhas significativas e a capacidade de agency isto é de agir segundo seus próprios valores são aspectos centrais para o desenvolvimento em outras palavras essa perspectiva ratifica que as políticas ou práticas educativas só poderão gerar impacto real se foram capazes de ampliar as capacidades das pessoas idosas para decidir sobre suas próprias vidas inclusive no que tange ao uso de seus recursos financeiros Uma educação financeira sensível portanto não pode prescindir do reconhecimento das trajetórias dos vínculos afetivos com dinheiro e das redes de suporte que estruturam a existência na velhice 8 METODOLOGIA A presente pesquisa se inscreve no campo qualitativo cuja lógica investigativa privilegia a compreensão dos sentidos atribuídos às suas experiências Considerando ainda a complexidade das vivências financeiras dos idoso optase por um delineamento exploratório que permitirá mergulhar nas realidades múltiplas e por vezes contraditórias que marcam essa etapa da vida A fim de alcançar os objetivos propostos o estudo será dividido em quatro etapas principais que se conectam diretamente aos objetivos específicos A primeira fase consistirá no mapeamento dos desafios financeiros enfrentados por pessoas idosas a partir de entrevistas semiestruturadas com participantes que residem em contextos urbanos Serão selecionados por amostragem intencional idosos com perfis socioeconômicos diversos de forma a captar um espectro mais amplo de realidades A segunda etapa buscará como essas pessoas lidam com decisões financeiras observando práticas cotidianas estratégias de sobrevivências tipos de apoio acionados e eventuais formas de exclusão Utilizarseá a técnica de história oral temática permitindo aos participantes compartilhar narrativas sobre sua relação com dinheiro ao longo da vida Na terceira fase serão investigadas as percepções e expectativas sobre educação financeira a partir de rodas de conversas com pequenos grupos de idosos promovendo um ambiente dialógico e acolhedor alinhado à perspectiva freireana Nesta etapa pretendese identificar como eles entendem o conceito de educar financeiramente e quais elementos consideram relevantes ou desnecessários nesse processo Por fim a análise dos dados obtidos subsidia a elaboração de diretrizes iniciais para a formulação de práticas educativas em finanças voltadas à terceira idade buscando a integração entre saber técnico e escuta sensível do sujeito idoso A análise será orientada pela técnica de análise de conteúdo temática conforme proposta por Bardin 2016 permitindo identificar categorias emergentes e padrões discursivos nos relatos dos participantes 9 CRONOGRAMA Etapas da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Levantamento bibliográfico e construção do referencial teórico X X Elaboração dos instrumentos de coleta e definição do públicoalvo X Aplicação das entrevistas e realização das histórias orais X X Rodas de conversa e escuta coletiva com grupos de idosos X Análise dos dados e categorização dos resultados X Redação das diretrizes educativas e consolidação do relatório final X X Revisão normalização e entrega da versão final da pesquisa X REFERÊNCIAS ALARCON M PAES V DAMACENO D SPONCHIADO V MARIN M Violência financeira circunstâncias da ocorrência contra idosos Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v 22 n 6 2019 BARDIN L Análise de conteúdo São Paulo Edições 70 2016 BUAES C Educação Financeira com idosos em um contexto popular Educação e Realidade v 40 2015 CERTEAU Michel de A invenção do cotidiano vol 1 artes de fazer Petrópolis Vozes 1994 IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Censo Brasileiro de 2022 Rio de Janeiro IBGE 2022 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE OMS Envelhecimento ativo uma política de saúde Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2005 PIRES A DELIBERAL J DECESARO L CUCCHI M Educação financeira na terceira idade uma análise da cidade de Marau RS XIX Mostra de Iniciação Científica PósGraduação Pesquisa e Extensão 2019 RODRIGUES L SOARES G Velho Idoso e Terceira idade na sociedade contemporânea Revista Ágora n4 p 129 2006 SEN A Desenvolvimento como liberdade São Paulo Companhia das Letras 2010 VIDAL J ROCHA M SANTOS G TRINDADE L PÔRTO JÚNIOR F A influência da educação financeira na terceira idade estudo de caso na universidade da maturidade de Dianópolis TO Revista Multidebates v 9 2025 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁEM VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa ministrada pelo professor Edito como requisito parcial para avaliação MARINGÁ PR2025 VICTORIA MANCHIM DO NASCIMENTO EDUCAÇÃO FINANCEIRA E BEMESTAR ECONÔMICO PARA IDOSOS Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa do curso de Economia da Universidade Estadual de Maringá ministrada pelo professor Edito como parte dos requisitos para avaliação MARINGÁ PR2025 SUMÁRIO

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