·
Cursos Gerais ·
Psicologia Social
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
1
Formulacao Cognitiva e Comportamental do Caso Thiago - Alcoolismo e Marketing
Psicologia Social
UMG
1
Analise do livro Um Mundo Despedacado de A.R. Luria - Resumo
Psicologia Social
UMG
368
Orientação de Carreira Investigação e Práticas - ABOP
Psicologia Social
UMG
6
Apresentacao Power Point Psicologia do Relacionamento Humano na Radiologia
Psicologia Social
UMG
14
Terapia Comportamental Infantil - Direcionamentos e Processo Terapêutico
Psicologia Social
UMG
39
Cultura Organizacional e Diversidade nas Empresas - Uma Análise Crítica
Psicologia Social
UMG
9
Psicologia Noções Basícas
Psicologia Social
UMG
32
Bailando com o Senhor: Técnicas Corporais de Culto e Louvor
Psicologia Social
UMG
2
Analise Critica do Filme Uma Mente Brilhante e os Processos Psicologicos Basicos
Psicologia Social
UMG
1
Projeto de Intervenção para Ansiedade em UBS FAM - Formatação e Objetivos
Psicologia Social
UMG
Preview text
UNIDADE 1 Introdução à psicologia Objetivos de aprendizagem Compreender o desenvolvimento da psicologia como ciência. Identificar diferentes teorias da psicologia e seus fundadores. Conhecer teorias sobre o desenvolvimento da personalidade. Entender os efeitos sociais na formação do indivíduo. Temas 1 – O que é psicologia? Para saber como a psicologia se tornou ciência e entender sua importância, vamos acompanhar a história, desde o início até teorias e experimentos mais recentes. 2 – Desenvolvimento da personalidade Algumas teorias apresentam como a psicologia estuda o modo de agir dos indivíduos e a maneira como isso contribui para a compreensão das características da personalidade. 3 – Homem, o ser social Neste tema, veremos um pouco sobre como a sociedade influencia o desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Introdução Em algum momento de vida, talvez você tenha ouvido que certa pessoa precisava de psicólogo para resolver seus problemas. Ou talvez você já tenha pensado coisa parecida – até sobre si mesmo. Fato é que muitas pessoas acreditam que a psicologia pode ser a solução para todos os problemas. Mas é fundamental entender que a psicologia continua sendo desenvolvida e ainda precisa de pesquisas científicas para abordar melhor algumas questões. Psicologia geral e social A psicologia sofreu diversas mudanças para ser como a conhecemos hoje. Derivada da filosofia, primeiramente era entendida como parte dessa área do conhecimento, só mais tarde foi reconhecida como uma ciência à parte, com objeto de estudo próprio. Você vai acompanhar, neste livro, como a psicologia era vista no início e como, aos poucos, foi ganhando respeito e espaço na comunidade científica. A personalidade humana, de uma forma ou de outra, é um dos temas mais tratados no dia a dia. Quem nunca ouviu: 'É a personalidade dele. Ele é assim mesmo.'? Os psicólogos criaram uma série de teorias para analisar o desenvolvimento da personalidade, ou seja, o processo para uma pessoa chegar a ser o que é. Alguns estudos mostram que os eventos na infância são determinantes na formação de cada característica da personalidade do indivíduo. Fique atento A psicologia não está interessada apenas em comportamentos 'anormais', mas no pensamento e no comportamento de todos os seres humanos. O que é psicologia? A psicologia é a ciência que estuda o comportamento ou os processos mentais. No final do século XX, o crescimento da psicologia foi surpreendente. Surgiram novas tecnologias de pesquisa, novos campos de investigação e novas abordagens para estudo do comportamento ou dos processos mentais. Como resultado desse desenvolvimento e da colaboração de outras ciências, a psicologia pode ser apresentada em diferentes áreas de atuação profissional e campos de estudo. Psicologia do desenvolvimento É a área que estuda o desenvolvimento e a formação dos seres humanos desde a fecundação até a velhice. Os psicólogos que estudam a infância buscam entender se os bebês já nascem com uma personalidade definida, como desenvolvem o relacionamento com os pais, como aprendem a linguagem, a idade em que surge o comportamento sexual, além dos significados e da importância das relações interpessoais durante essa fase da vida. Por sua vez, os psicólogos que estudam a adolescência se interessam em saber de que maneira a puberdade, as mudanças nos relacionamentos com colegas e pais e a procura pela identidade, às vezes, tornam a adolescência um período difícil. Já os psicólogos que estudam a maturidade buscam entender a idade adulta e as diferentes maneiras por meio das quais os indivíduos se relacionam com os parceiros, o papel dos pais, a meia-idade, a aposentadoria e, então, como lidam com a morte. Introdução à psicologia Teorias da personalidade Nessa área, estudam-se possíveis diferenças em relação aos traços de personalidade, como ansiedade, sociabilidade, autoestima e agressividade. Os psicólogos que adotam essa teoria tentam compreender os motivos pelos quais algumas pessoas ficam nervosas e são temperamentais, enquanto outras são alegres e tranquilas. Psicologia clínica A psicoterapia, ou atendimento clínico, é uma das possíveis áreas de atuação profissional. Os psicólogos ou terapeutas estão interessados principalmente na origem e no tratamento de um problema de desordem psicológica, buscando promover a saúde mental. Eles podem atuar em consultórios particulares, hospitais, ambulatórios e centros de saúde. Psicologia social É uma das áreas de estudo da psicologia. Os psicólogos sociais se interessam em saber como as pessoas influenciam umas às outras no contexto da sociedade. Entender as atitudes, como o preconceito se forma, a conformidade e, ainda, saber se as pessoas se comportam de maneira diferente quando estão em grupo ou sozinhas são alguns objetos de estudo da área. Psicologia organizacional A especialização é trabalhar em empresas e organizações, na seleção e no treinamento de funcionários, buscando melhorias na produtividade e nas condições de trabalho. Será possível escolher um bom vendedor ou um bom piloto de avião? Será que as empresas podem funcionar de maneira diferente caso sejam lideradas por um homem ou por uma mulher? Existem estratégias que gerentes podem adotar para melhorar a motivação do grupo e aumentar a produtividade? Psicologia como ciência O que a psicologia tem em comum com outras ciências? Definimos, anteriormente, a psicologia como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. A palavra-chave dessa definição é ciência. Assim como todos os cientistas, uma das possíveis formas de os psicólogos coletarem informações é por meio de observações e experimentos. No caso da psicologia e de algumas outras ciências, é possível coletar informações pelo que as pessoas falam sobre elas mesmas, sobre outras pessoas e sobre o mundo. Por exemplo, muitos acreditam que os homens são, por natureza, mais agressivos que as mulheres. Como os psicólogos estudam a questão? Primeiro, procuram descobrir se o comportamento agressivo de homens e mulheres é de fato diferente. Concluído que há diferenças de gênero na agressão, o próximo passo é explicá-las. Alguns psicólogos podem entender que essas diferenças têm mais a ver com genética; já os psicólogos do desenvolvimento talvez entendessem que são relacionadas à maneira como, quando criança, cada um é ensinado a se comportar; os psicólogos sociais explicariam essas diferenças com base nos padrões culturais da sociedade. Cada explicação funciona como uma teoria sobre o nível de agressividade relacionado ao gênero. E cada teoria produz uma série de novas hipóteses ou previsões acerca do fenômeno em questão. Se um estudo mostrar que os homens são mais agressivos por possuírem mais testosterona, poderíamos prever que homens extremamente violentos têm níveis de testosterona ainda mais elevados que homens menos violentos. Caso as diferenças de agressividade relacionada ao gênero tenham começo nos primeiros anos de vida, poderíamos, então, prever que essas diferenças seriam reduzidas em famílias nas quais os pais não apresentam comportamento agressivo. Cada uma dessas hipóteses pode ser testada a partir de pesquisa, e os resultados deverão apresentar dados que apoiem ou refutem a explicação para fatos já conhecidos e a previsão de novos fatos. Caso uma ou mais teorias apresentem dados confiáveis, há a possibilidade de intervir no comportamento agressivo de maneira mais eficaz. História da psicologia Desde os tempos de Platão e Aristóteles, na Grécia Antiga, filósofos buscam entender o comportamento humano ou os processos mentais. Mas somente no final do século XIX começaram a ser aplicados métodos científicos a essas questões. A psicologia, então, tornou-se uma disciplina separada da filosofia. Wilhelm Wundt, pai da psicologia moderna No final do século XIX, a psicologia se tornava ciência. É consenso que a psicologia moderna teve origem em 1879, ano em que Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório da área na universidade de Leipzig, Alemanha. Wundt tentou explicar a experiência imediata e as maneiras de estudá-la cientificamente, conceito que ficou conhecido como "introspecção". Estruturalismo de Titchener versus funcionalismo de James E. B. Titchener foi aluno de Wundt e estudou na Universidade Cornell. Suas ideias se diferenciavam das de seu mentor. Ele estava impressionado com os recentes avanços da química e da física, que analisavam os compostos complexos (moléculas) em relação a seus elementos básicos (átomos). Titchener pensou que os psicólogos deveriam analisar as experiências dessa forma. Por exemplo, quando alguém olha para uma banana, pensa imediatamente: "Temos uma banana, algo para comer." Mas esse ponto de vista baseia-se em experiências passadas, e não na fruta em si. Quais são, então, os elementos mais fundamentais, os "átomos" do pensamento? Titchener dividiu a consciência em três componentes básicos: sensações físicas (o que enxergamos), sentimentos (por exemplo, gostar ou não de bananas) e imagens (lembranças de outras bananas). Até mesmo pensamentos e sentimentos complexos podem ser reduzidos a elementos mais simples. A abordagem conhecida como estruturalismo teve grande relevância para a psicologia, e, apesar de a vida curta e dos poucos efeitos de longo prazo, o estudo da percepção e da sensação continua parte importante dos estudos contemporâneos da área. William James foi um dos primeiros acadêmicos a desafiar o estruturalismo. Ele afirmava que os "átomos da experiência" de Titchener simplesmente não eram verdadeiros. Dizia que a mente estaria o tempo todo operando sobre o mundo. Percepções, emoções e imagens não podem ser separadas - este era um de seus argumentos. Se não soubermos o que é uma banana, teremos de descobrir o que é uma banana toda vez que virmos uma. Por exemplo, quando nos levantamos pela manhã, nos vestimos, saímos e caminhamos pela rua. Para isso, não precisamos pensar sobre o que estamos fazendo, pois agimos pelo hábito. James sugeriu que o sistema nervoso é modificado de maneira que, a cada repetição, a ação se torna mais fácil. A teoria funcionalista, desenvolvida por ele, analisava questões complexas da vida mental e da influência que as experiências têm sobre o cérebro. Modelos teóricos da psicologia no século XX Sigmund Freud, pai da psicanálise De todos os pioneiros, Sigmund Freud é o mais conhecido popularmente. Freud se formou-se em medicina na Alemanha e passou anos pesquisando no laboratório de psicologia da Universidade de Viena. Sua teoria baseava-se na ideia de que as doenças nervosas têm origens psicológicas, e não fisiológicas. Acreditava que somos motivados por conteúdos inconscientes; via o inconsciente como um dinâmico caldeirão de desejos reprimidos, medos e vontades. O conteúdo inconsciente, acreditava, exerce pressão sobre a mente e se expressa de maneiras disfarçadas, por meio de sonhos, manias, lapsos de linguagem e sintomas de doenças mentais. A teoria psicanalítica de Freud não foi bem aceita por seus contemporâneos, que ficaram em estado de choque, não apenas por ele falar de um tema considerado tabu - a sexualidade - mas também por afirmar muitas vezes que não somos conscientes dos verdadeiros motivos de nossos comportamentos e, assim, não estamos inteiramente no controle de pensamentos e comportamentos. John B. Watson, fundador do behaviorismo Watson foi um pesquisador americano que se opôs fortemente ao conceito de vida mental em evidência no início do século XX. Para ele, a psicologia deveria ser o estudo do comportamento, descartando conceitos como "mente", "inconsciente" e "consciente" ao abordar a questão. O estudo de pequeno Albert Watson também ficou conhecido por realizar um estudo considerado clássico na psicologia, ainda que bastante controverso. A ideia defendida é que não nascemos com medo de ratos, mas, por condicionamento, criamos essa aversão. Para provar sua suposição, fez um experimento com um bebê de 11 meses, chamado Albert. Para estabelecer a relação entre medo e rato, ele fazia um barulho alto e incômodo toda vez que o bebê estava na presença do rato; o som alto assustava o bebê e provocava uma reação de susto e choro. Evidentemente, antes de iniciar o experimento, Watson certificou-se de que o pequeno Albert não tinha medo de rato. Depois de apresentar várias vezes o som intenso a cada vez que o rato estava perto, o bebé passou a chorar ao ver o rato, mesmo que o barulho não ocorresse. Watson também observou que o bebê começou a “ter medo” não apenas do rato, mas também de coelho, de um punhado de algodão e até mesmo de uma máscara de Papai Noel. Isso ocorreu em razão de um processo chamado “generalização". Talvez você esteja pensando “coitadinho!”. Esse tipo de estudo, embora com grandes descobertas relevantes para a psicologia, é considerado antietico, pois de certa forma gerou sofrimento à criança. Watson acreditava que, do mesmo jeito que ele “ensinou” Albert a ter medo de ratos, também era possível ensiná-lo a perder o medo. Mas, como Albert morava em um orfanato, foi adotado durante o experimento e o estudo não pôde ser finalizado. B. F. Skinner e o behaviorismo radical Skinner, assim como Watson, acreditava que os psicólogos deveriam estudar o comportamento do ser humano sem recorrer a conceitos mentalistas. Uma de suas principais contribuições foi o conceito de comportamento operante, que inclui a maior parte de nossos comportamentos. O comportamento operante descreve a interação do indivíduo e o ambiente no qual ele está inserido. Hoje os estudiosos do behaviorismo são chamados de analistas do comportamento, e suas pesquisas vêm tendo significativa contribuição para uma compreensão científica do comportamento humano. Caixa de Skinner Para estudar o comportamento no laboratório, Skinner usou vários animais em suas pesquisas, principalmente ratos e pombos. Para isso, desenvolveu um aparato que ficou conhecido como “caixa de Skinner” — uma barra que, ao ser pressionada pelo rato, liberava uma gota de água ou um pouco de comida. Pronto, estava descoberta uma das formas de aprendizagem, chamada modelagem ou aproximação sucessiva. Hoje esse procedimento é bem conhecido, possibilitando aos pesquisadores realizar estudos em várias espécies (inclusive no ser humano). Psicologia da Gestalt Gestalt é uma palavra alemã que não tem tradução exata para a língua portuguesa. De forma aproximada, traduzimos como “forma” ou “configuração”. Os principais estudiosos dessa teoria foram Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka. Eles estavam interessados em entender, por exemplo, por que, ao vermos uma série de imagens paradas a um intervalo de tempo constante (como em filmes ou anúncios), as imagens parecem se mover. Esse fenômeno serviu de base para o pensamento da nova escola: a psicologia da Gestalt. Em relação à percepção, o termo se refere ao fato de enxergarmos padrões, de percebermos a diferença entre o objeto do fundo ou de completarmos figuras com base em pistas. O surgimento da psicologia cognitiva Por volta da década de 1960, ocorreu o que na história da psicologia ficou conhecido como “revolução cognitiva”. O termo revolução foi relacionado a uma proposta de parte dos psicólogos da época para ampliar os estudos do comportamento (como proposto pelo behaviorismo) para os processos mentais. A psicologia no século XXI Como vimos, no início do século XX a psicanálise, o behaviorismo e a Gestalt eram as principais teorias da psicologia. Com o passar do tempo e o avanço das pesquisas e dos estudos da área, outras teorias surgiram, como veremos a seguir. Psicologia evolucionista Todas as visões teóricas que discutimos até agora têm o interesse de explicar o homem moderno. Em contrapartida, os psicólogos evolucionistas questionam de que modo os seres humanos chegaram a ser o que são hoje. Investigam os processos mentais, o padrão de comportamento e as adaptações que realizam durante seu desenvolvimento. Eles estudam percepção, linguagem, ajuda ao próximo, cuidados com filhos, felicidade, atração sexual e escolha de parceiro, ciúmes e violência. Ao estudar tais fenômenos, os psicólogos evolucionistas tentam compreender o que orienta o pensamento e o comportamento. Os psicólogos cognitivos estão inclinados a enxergar a mente humana como um computador que necessita de softwares (experiências) para processar informações. Diferentemente dos muitos psicólogos evolucionistas, que veem a mente como já programada e os humanos como seres pensantes e atuantes de maneiras padronizadas. Psicologia positiva Essa linha traz a visão de que a psicologia deveria dar mais atenção à "vida saudável" – preocupar-se com o estudo dos sentimentos subjetivos e o bem-estar. Tem interesse em descobrir que tipos de família, ambiente de trabalho e comunidade mais encorajam os indivíduos a se desenvolver. Quem segue a psicologia positiva argumenta que colegas psicólogos já aprenderam bastante sobre as origens e os tratamentos das doenças mentais, porém sabem muito pouco a respeito das origens e da manutenção da saúde mental. Conseguiram entender como os indivíduos reagem diante de adversidades, mas não sabem muito como as pessoas se sentem sob condições favoráveis. Por exemplo, existem estudos sobre preconceito e hostilidades entre grupos, mas há muito pouco sobre tolerância e harmonia. Os psicólogos positivos sugerem que a psicologia não deve cumprir o papel de ciência da cura, mas apenas de conselheira e reparadora de “estragos”. Perspectivas múltiplas da psicologia Como vimos anteriormente, os psicólogos estão mais abertos a enxergar diferentes visões como complementares, todas contribuindo para a compreensão do comportamento humano. Cada vez mais há tendência em relacionar, por exemplo, a agressividade a uma série de fatores, incluindo a adaptação da pessoa ao ambiente, ao gênero e ao status socioeconômico.
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
1
Formulacao Cognitiva e Comportamental do Caso Thiago - Alcoolismo e Marketing
Psicologia Social
UMG
1
Analise do livro Um Mundo Despedacado de A.R. Luria - Resumo
Psicologia Social
UMG
368
Orientação de Carreira Investigação e Práticas - ABOP
Psicologia Social
UMG
6
Apresentacao Power Point Psicologia do Relacionamento Humano na Radiologia
Psicologia Social
UMG
14
Terapia Comportamental Infantil - Direcionamentos e Processo Terapêutico
Psicologia Social
UMG
39
Cultura Organizacional e Diversidade nas Empresas - Uma Análise Crítica
Psicologia Social
UMG
9
Psicologia Noções Basícas
Psicologia Social
UMG
32
Bailando com o Senhor: Técnicas Corporais de Culto e Louvor
Psicologia Social
UMG
2
Analise Critica do Filme Uma Mente Brilhante e os Processos Psicologicos Basicos
Psicologia Social
UMG
1
Projeto de Intervenção para Ansiedade em UBS FAM - Formatação e Objetivos
Psicologia Social
UMG
Preview text
UNIDADE 1 Introdução à psicologia Objetivos de aprendizagem Compreender o desenvolvimento da psicologia como ciência. Identificar diferentes teorias da psicologia e seus fundadores. Conhecer teorias sobre o desenvolvimento da personalidade. Entender os efeitos sociais na formação do indivíduo. Temas 1 – O que é psicologia? Para saber como a psicologia se tornou ciência e entender sua importância, vamos acompanhar a história, desde o início até teorias e experimentos mais recentes. 2 – Desenvolvimento da personalidade Algumas teorias apresentam como a psicologia estuda o modo de agir dos indivíduos e a maneira como isso contribui para a compreensão das características da personalidade. 3 – Homem, o ser social Neste tema, veremos um pouco sobre como a sociedade influencia o desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Introdução Em algum momento de vida, talvez você tenha ouvido que certa pessoa precisava de psicólogo para resolver seus problemas. Ou talvez você já tenha pensado coisa parecida – até sobre si mesmo. Fato é que muitas pessoas acreditam que a psicologia pode ser a solução para todos os problemas. Mas é fundamental entender que a psicologia continua sendo desenvolvida e ainda precisa de pesquisas científicas para abordar melhor algumas questões. Psicologia geral e social A psicologia sofreu diversas mudanças para ser como a conhecemos hoje. Derivada da filosofia, primeiramente era entendida como parte dessa área do conhecimento, só mais tarde foi reconhecida como uma ciência à parte, com objeto de estudo próprio. Você vai acompanhar, neste livro, como a psicologia era vista no início e como, aos poucos, foi ganhando respeito e espaço na comunidade científica. A personalidade humana, de uma forma ou de outra, é um dos temas mais tratados no dia a dia. Quem nunca ouviu: 'É a personalidade dele. Ele é assim mesmo.'? Os psicólogos criaram uma série de teorias para analisar o desenvolvimento da personalidade, ou seja, o processo para uma pessoa chegar a ser o que é. Alguns estudos mostram que os eventos na infância são determinantes na formação de cada característica da personalidade do indivíduo. Fique atento A psicologia não está interessada apenas em comportamentos 'anormais', mas no pensamento e no comportamento de todos os seres humanos. O que é psicologia? A psicologia é a ciência que estuda o comportamento ou os processos mentais. No final do século XX, o crescimento da psicologia foi surpreendente. Surgiram novas tecnologias de pesquisa, novos campos de investigação e novas abordagens para estudo do comportamento ou dos processos mentais. Como resultado desse desenvolvimento e da colaboração de outras ciências, a psicologia pode ser apresentada em diferentes áreas de atuação profissional e campos de estudo. Psicologia do desenvolvimento É a área que estuda o desenvolvimento e a formação dos seres humanos desde a fecundação até a velhice. Os psicólogos que estudam a infância buscam entender se os bebês já nascem com uma personalidade definida, como desenvolvem o relacionamento com os pais, como aprendem a linguagem, a idade em que surge o comportamento sexual, além dos significados e da importância das relações interpessoais durante essa fase da vida. Por sua vez, os psicólogos que estudam a adolescência se interessam em saber de que maneira a puberdade, as mudanças nos relacionamentos com colegas e pais e a procura pela identidade, às vezes, tornam a adolescência um período difícil. Já os psicólogos que estudam a maturidade buscam entender a idade adulta e as diferentes maneiras por meio das quais os indivíduos se relacionam com os parceiros, o papel dos pais, a meia-idade, a aposentadoria e, então, como lidam com a morte. Introdução à psicologia Teorias da personalidade Nessa área, estudam-se possíveis diferenças em relação aos traços de personalidade, como ansiedade, sociabilidade, autoestima e agressividade. Os psicólogos que adotam essa teoria tentam compreender os motivos pelos quais algumas pessoas ficam nervosas e são temperamentais, enquanto outras são alegres e tranquilas. Psicologia clínica A psicoterapia, ou atendimento clínico, é uma das possíveis áreas de atuação profissional. Os psicólogos ou terapeutas estão interessados principalmente na origem e no tratamento de um problema de desordem psicológica, buscando promover a saúde mental. Eles podem atuar em consultórios particulares, hospitais, ambulatórios e centros de saúde. Psicologia social É uma das áreas de estudo da psicologia. Os psicólogos sociais se interessam em saber como as pessoas influenciam umas às outras no contexto da sociedade. Entender as atitudes, como o preconceito se forma, a conformidade e, ainda, saber se as pessoas se comportam de maneira diferente quando estão em grupo ou sozinhas são alguns objetos de estudo da área. Psicologia organizacional A especialização é trabalhar em empresas e organizações, na seleção e no treinamento de funcionários, buscando melhorias na produtividade e nas condições de trabalho. Será possível escolher um bom vendedor ou um bom piloto de avião? Será que as empresas podem funcionar de maneira diferente caso sejam lideradas por um homem ou por uma mulher? Existem estratégias que gerentes podem adotar para melhorar a motivação do grupo e aumentar a produtividade? Psicologia como ciência O que a psicologia tem em comum com outras ciências? Definimos, anteriormente, a psicologia como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais. A palavra-chave dessa definição é ciência. Assim como todos os cientistas, uma das possíveis formas de os psicólogos coletarem informações é por meio de observações e experimentos. No caso da psicologia e de algumas outras ciências, é possível coletar informações pelo que as pessoas falam sobre elas mesmas, sobre outras pessoas e sobre o mundo. Por exemplo, muitos acreditam que os homens são, por natureza, mais agressivos que as mulheres. Como os psicólogos estudam a questão? Primeiro, procuram descobrir se o comportamento agressivo de homens e mulheres é de fato diferente. Concluído que há diferenças de gênero na agressão, o próximo passo é explicá-las. Alguns psicólogos podem entender que essas diferenças têm mais a ver com genética; já os psicólogos do desenvolvimento talvez entendessem que são relacionadas à maneira como, quando criança, cada um é ensinado a se comportar; os psicólogos sociais explicariam essas diferenças com base nos padrões culturais da sociedade. Cada explicação funciona como uma teoria sobre o nível de agressividade relacionado ao gênero. E cada teoria produz uma série de novas hipóteses ou previsões acerca do fenômeno em questão. Se um estudo mostrar que os homens são mais agressivos por possuírem mais testosterona, poderíamos prever que homens extremamente violentos têm níveis de testosterona ainda mais elevados que homens menos violentos. Caso as diferenças de agressividade relacionada ao gênero tenham começo nos primeiros anos de vida, poderíamos, então, prever que essas diferenças seriam reduzidas em famílias nas quais os pais não apresentam comportamento agressivo. Cada uma dessas hipóteses pode ser testada a partir de pesquisa, e os resultados deverão apresentar dados que apoiem ou refutem a explicação para fatos já conhecidos e a previsão de novos fatos. Caso uma ou mais teorias apresentem dados confiáveis, há a possibilidade de intervir no comportamento agressivo de maneira mais eficaz. História da psicologia Desde os tempos de Platão e Aristóteles, na Grécia Antiga, filósofos buscam entender o comportamento humano ou os processos mentais. Mas somente no final do século XIX começaram a ser aplicados métodos científicos a essas questões. A psicologia, então, tornou-se uma disciplina separada da filosofia. Wilhelm Wundt, pai da psicologia moderna No final do século XIX, a psicologia se tornava ciência. É consenso que a psicologia moderna teve origem em 1879, ano em que Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório da área na universidade de Leipzig, Alemanha. Wundt tentou explicar a experiência imediata e as maneiras de estudá-la cientificamente, conceito que ficou conhecido como "introspecção". Estruturalismo de Titchener versus funcionalismo de James E. B. Titchener foi aluno de Wundt e estudou na Universidade Cornell. Suas ideias se diferenciavam das de seu mentor. Ele estava impressionado com os recentes avanços da química e da física, que analisavam os compostos complexos (moléculas) em relação a seus elementos básicos (átomos). Titchener pensou que os psicólogos deveriam analisar as experiências dessa forma. Por exemplo, quando alguém olha para uma banana, pensa imediatamente: "Temos uma banana, algo para comer." Mas esse ponto de vista baseia-se em experiências passadas, e não na fruta em si. Quais são, então, os elementos mais fundamentais, os "átomos" do pensamento? Titchener dividiu a consciência em três componentes básicos: sensações físicas (o que enxergamos), sentimentos (por exemplo, gostar ou não de bananas) e imagens (lembranças de outras bananas). Até mesmo pensamentos e sentimentos complexos podem ser reduzidos a elementos mais simples. A abordagem conhecida como estruturalismo teve grande relevância para a psicologia, e, apesar de a vida curta e dos poucos efeitos de longo prazo, o estudo da percepção e da sensação continua parte importante dos estudos contemporâneos da área. William James foi um dos primeiros acadêmicos a desafiar o estruturalismo. Ele afirmava que os "átomos da experiência" de Titchener simplesmente não eram verdadeiros. Dizia que a mente estaria o tempo todo operando sobre o mundo. Percepções, emoções e imagens não podem ser separadas - este era um de seus argumentos. Se não soubermos o que é uma banana, teremos de descobrir o que é uma banana toda vez que virmos uma. Por exemplo, quando nos levantamos pela manhã, nos vestimos, saímos e caminhamos pela rua. Para isso, não precisamos pensar sobre o que estamos fazendo, pois agimos pelo hábito. James sugeriu que o sistema nervoso é modificado de maneira que, a cada repetição, a ação se torna mais fácil. A teoria funcionalista, desenvolvida por ele, analisava questões complexas da vida mental e da influência que as experiências têm sobre o cérebro. Modelos teóricos da psicologia no século XX Sigmund Freud, pai da psicanálise De todos os pioneiros, Sigmund Freud é o mais conhecido popularmente. Freud se formou-se em medicina na Alemanha e passou anos pesquisando no laboratório de psicologia da Universidade de Viena. Sua teoria baseava-se na ideia de que as doenças nervosas têm origens psicológicas, e não fisiológicas. Acreditava que somos motivados por conteúdos inconscientes; via o inconsciente como um dinâmico caldeirão de desejos reprimidos, medos e vontades. O conteúdo inconsciente, acreditava, exerce pressão sobre a mente e se expressa de maneiras disfarçadas, por meio de sonhos, manias, lapsos de linguagem e sintomas de doenças mentais. A teoria psicanalítica de Freud não foi bem aceita por seus contemporâneos, que ficaram em estado de choque, não apenas por ele falar de um tema considerado tabu - a sexualidade - mas também por afirmar muitas vezes que não somos conscientes dos verdadeiros motivos de nossos comportamentos e, assim, não estamos inteiramente no controle de pensamentos e comportamentos. John B. Watson, fundador do behaviorismo Watson foi um pesquisador americano que se opôs fortemente ao conceito de vida mental em evidência no início do século XX. Para ele, a psicologia deveria ser o estudo do comportamento, descartando conceitos como "mente", "inconsciente" e "consciente" ao abordar a questão. O estudo de pequeno Albert Watson também ficou conhecido por realizar um estudo considerado clássico na psicologia, ainda que bastante controverso. A ideia defendida é que não nascemos com medo de ratos, mas, por condicionamento, criamos essa aversão. Para provar sua suposição, fez um experimento com um bebê de 11 meses, chamado Albert. Para estabelecer a relação entre medo e rato, ele fazia um barulho alto e incômodo toda vez que o bebê estava na presença do rato; o som alto assustava o bebê e provocava uma reação de susto e choro. Evidentemente, antes de iniciar o experimento, Watson certificou-se de que o pequeno Albert não tinha medo de rato. Depois de apresentar várias vezes o som intenso a cada vez que o rato estava perto, o bebé passou a chorar ao ver o rato, mesmo que o barulho não ocorresse. Watson também observou que o bebê começou a “ter medo” não apenas do rato, mas também de coelho, de um punhado de algodão e até mesmo de uma máscara de Papai Noel. Isso ocorreu em razão de um processo chamado “generalização". Talvez você esteja pensando “coitadinho!”. Esse tipo de estudo, embora com grandes descobertas relevantes para a psicologia, é considerado antietico, pois de certa forma gerou sofrimento à criança. Watson acreditava que, do mesmo jeito que ele “ensinou” Albert a ter medo de ratos, também era possível ensiná-lo a perder o medo. Mas, como Albert morava em um orfanato, foi adotado durante o experimento e o estudo não pôde ser finalizado. B. F. Skinner e o behaviorismo radical Skinner, assim como Watson, acreditava que os psicólogos deveriam estudar o comportamento do ser humano sem recorrer a conceitos mentalistas. Uma de suas principais contribuições foi o conceito de comportamento operante, que inclui a maior parte de nossos comportamentos. O comportamento operante descreve a interação do indivíduo e o ambiente no qual ele está inserido. Hoje os estudiosos do behaviorismo são chamados de analistas do comportamento, e suas pesquisas vêm tendo significativa contribuição para uma compreensão científica do comportamento humano. Caixa de Skinner Para estudar o comportamento no laboratório, Skinner usou vários animais em suas pesquisas, principalmente ratos e pombos. Para isso, desenvolveu um aparato que ficou conhecido como “caixa de Skinner” — uma barra que, ao ser pressionada pelo rato, liberava uma gota de água ou um pouco de comida. Pronto, estava descoberta uma das formas de aprendizagem, chamada modelagem ou aproximação sucessiva. Hoje esse procedimento é bem conhecido, possibilitando aos pesquisadores realizar estudos em várias espécies (inclusive no ser humano). Psicologia da Gestalt Gestalt é uma palavra alemã que não tem tradução exata para a língua portuguesa. De forma aproximada, traduzimos como “forma” ou “configuração”. Os principais estudiosos dessa teoria foram Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka. Eles estavam interessados em entender, por exemplo, por que, ao vermos uma série de imagens paradas a um intervalo de tempo constante (como em filmes ou anúncios), as imagens parecem se mover. Esse fenômeno serviu de base para o pensamento da nova escola: a psicologia da Gestalt. Em relação à percepção, o termo se refere ao fato de enxergarmos padrões, de percebermos a diferença entre o objeto do fundo ou de completarmos figuras com base em pistas. O surgimento da psicologia cognitiva Por volta da década de 1960, ocorreu o que na história da psicologia ficou conhecido como “revolução cognitiva”. O termo revolução foi relacionado a uma proposta de parte dos psicólogos da época para ampliar os estudos do comportamento (como proposto pelo behaviorismo) para os processos mentais. A psicologia no século XXI Como vimos, no início do século XX a psicanálise, o behaviorismo e a Gestalt eram as principais teorias da psicologia. Com o passar do tempo e o avanço das pesquisas e dos estudos da área, outras teorias surgiram, como veremos a seguir. Psicologia evolucionista Todas as visões teóricas que discutimos até agora têm o interesse de explicar o homem moderno. Em contrapartida, os psicólogos evolucionistas questionam de que modo os seres humanos chegaram a ser o que são hoje. Investigam os processos mentais, o padrão de comportamento e as adaptações que realizam durante seu desenvolvimento. Eles estudam percepção, linguagem, ajuda ao próximo, cuidados com filhos, felicidade, atração sexual e escolha de parceiro, ciúmes e violência. Ao estudar tais fenômenos, os psicólogos evolucionistas tentam compreender o que orienta o pensamento e o comportamento. Os psicólogos cognitivos estão inclinados a enxergar a mente humana como um computador que necessita de softwares (experiências) para processar informações. Diferentemente dos muitos psicólogos evolucionistas, que veem a mente como já programada e os humanos como seres pensantes e atuantes de maneiras padronizadas. Psicologia positiva Essa linha traz a visão de que a psicologia deveria dar mais atenção à "vida saudável" – preocupar-se com o estudo dos sentimentos subjetivos e o bem-estar. Tem interesse em descobrir que tipos de família, ambiente de trabalho e comunidade mais encorajam os indivíduos a se desenvolver. Quem segue a psicologia positiva argumenta que colegas psicólogos já aprenderam bastante sobre as origens e os tratamentos das doenças mentais, porém sabem muito pouco a respeito das origens e da manutenção da saúde mental. Conseguiram entender como os indivíduos reagem diante de adversidades, mas não sabem muito como as pessoas se sentem sob condições favoráveis. Por exemplo, existem estudos sobre preconceito e hostilidades entre grupos, mas há muito pouco sobre tolerância e harmonia. Os psicólogos positivos sugerem que a psicologia não deve cumprir o papel de ciência da cura, mas apenas de conselheira e reparadora de “estragos”. Perspectivas múltiplas da psicologia Como vimos anteriormente, os psicólogos estão mais abertos a enxergar diferentes visões como complementares, todas contribuindo para a compreensão do comportamento humano. Cada vez mais há tendência em relacionar, por exemplo, a agressividade a uma série de fatores, incluindo a adaptação da pessoa ao ambiente, ao gênero e ao status socioeconômico.