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Enfermagem ·

Farmacologia

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AUDITORIA EM ENFERMAGEM IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Sandra Honorato da Silva Diley Cardoso Franco Ortiz Helena Eri Shimizu Márcia Toth SILVA SH da ORTIZ DCF SHIMIZU HE TOTH M Auditoria em enfermagem implantação e desenvolvimento no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Rev Esc Enf USP São Paulo 242199209 ago 1990 O trabalho relata a experiência do Departamento de Assistência de Enfermagem do Hospital Universitário da USP da implantação e desenvolvimento do processo de auditoria retrospectiva para avaliação de suas atividades como instrumento de controle e manutenção da qualidade da assistência de enfermagem prestada à comunidade Descreve as várias etapas instrumentos e relatórios utilizados assim como o emprego dos resultados da auditoria para revisão dos programas assistenciais e educacionais desenvolvidos pelo Departamento UNITERMOS Auditoria em enfermagem Assistência de enfermagem INTRODUÇÃO O Hospital considerado uma organização de alta complexidade exige que as atividades desenvolvidas em seus diversos departamentos estejam coordenadas de maneira a garantir eficiência e eficácia dos serviços prestados e consequente alcance dos objetivos organizacionais O Departamento de Enfermagem parte integrante e fundamental da organização hospitalar deve desenvolver intensivamente suas atividades técnicoassistenciais e administrativas visando não só a garantir da qualidade da assistência e ensino prestado à comunidade como sua perfeita integração e participação no processo de desenvolvimento organizacional Partindo dessa premissa o Departamento de Enfermagem do Hospital Universitário tomando por base uma filosofia assistencial que visa primordialmente o atendimento do ser humano em suas necessidades Professor Assistente da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e Diretor de Divisão do Departamento de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Enfermeiro Encargado da Unidade de Clínicas Cirúrgicas do Departamento de Assistência de Enfermagem do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Enfermeiro Encargado da Unidade de Clínica Médica do Departamento de Assistência de Enfermagem do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA AUDITORIA O Grupo de Padrões e Auditoria em Enfermagem no Hospital Universitário foi criado em 1982 para assessorar o Departamento de Enfermagem em avaliação da mensuração da qualidade da assistência de enfermagem prestada na Instituição tendo como proposta uma análise retrospectiva da assistência de enfermagem ou seja uma análise criteriosa dos registros de enfermagem contidos no prontuário Para KRON 1978 o objetivo do processo de auditoria é a avaliação não somente da eficácia da assistência que o paciente recebe mas também da integridade e exatidão da demonstração dessa assistência no prontuário Num primeiro momento foi elaborado o regimento do grupo de trabalho onde ficaram determinadas as finalidades da auditoria com petição do grupo e os critérios a serem observados para auditoria retrospectiva Para viabilizar a proposta de auditoria foi construído um instrumento de auditoria tomando por base padrões assistenciais passíveis de mensuração retrospectiva adotados para cada unidade de internação Para minimizar a subjetividade e atingir uma maior homogeneidade dos dados coletados foram descritos os critérios e valores a serem observados para o preenchimento do instrumento de auditoria O instrumento criado previa a auditoria de seis áreas de atuação de enfermagem I Levantamento de dados na admissão II Prescrições e evoluções de enfermagem III Anotações de enfermagem IV Execução de ordens médicas V Procedimentos de enfermagem VI Condições de alta Os critérios inicialmente descritos a serem observados na auditoria foram a assistência de enfermagem prestada ao paciente durante a hospitalização e registrada em prontuário seria avaliada desde a internação até a alta fariam parte da amostra de cada mês todos os prontuários cujo tempo de internação estivesse cêntro da média de permanência na unidade os prontuários a serem auditados seriam determinados através de sorteio do total de altas do mês que estivessem dentro da média de permanência seriam auditados 10 os prontuários de óbito seriam analisados integralmente independentemente de sorteio Para um desenvolvimento adequado do trabalho os elementos do grupo sofreram treinamento específico Para SA 1969 o treinamento significa que para desenvolver uma tarefa é preciso haver ensino e instrução de forma planejada e sistematizada não permitindo que a aprendizagem se processe por experiência ou tentativa de erro Com a aplicação do instrumento de auditoria segundo critérios estabelecidos observouse que ao se trabalhar somente com prontuários de pacientes cujo período de internação estivesse dentro da média de permanência da unidade excluíase da amostra uma parcela importante de pacientes com permanência prolongada e cuja assistência de enfermagem deveria também ser objeto de análise Para contrar um problema detectado foi introduzida uma modificação Como na ocasião a média de permanência estivesse em 15 dias foi estabelecido fariam parte da amostra para sorteio os prontuários correspondentes ao total de altas do mês quando o período de hospitalização do paciente sorteado para auditoria fosse de até 15 dias seriam analisados todos os dias de internação quando o período de hospitalização ultrapassasse 15 dias seriam auditados os 5 primeiros dias e 5 dias intermediários e os 5 dias finais de internação O tempo médio utilizado para auditoria de um prontuário era de duas horas Em 1985 foi detectada a necessidade de reavaliação do instrumento sendo então introduzida mais uma área para análise Retorno de Enfermagem Como nessa ocasião a média de permanência estivesse em 9 dias o critério anteriormente estabelecido para 15 dias foi modificado para os 9 dias Nessa época todos os Serviços do Departamento de Enfermagem eram auditados através de instrumento específico sendo auditados por mês uma média de 25 prontuários equivalente a 4 prontuáriosmês por auditor Os auditores realizavam seu trabalho fora do horário regular de trabalho o que significa uma sobrecarga individual e de grupo No final de 1986 o grupo de padrões estabeleceu algumas modificações ampliação do número de componentes do grupo para que houvesse uma redução da carga de trabalho de cada elemento os enfermeiros auditores passaram a receber folgas em proporção ao tempo utilizado para auditoria todos os enfermeiros do grupo de auditoria e os Diretores de Serviço receberam um curso de auditoria para que a participação de todos pudesse ser mais efetiva O atual instrumento Anexo I favoreceu a auditoria nos aspectos de facilidade e homogeneidade ao preenchimento e redução do tempo de análise Para manter uma dinâmica que possibilite o desenvolvimento adequado do trabalho são auditados por mês 3 prontuários de cada unidade Para que a auditoria retrospectiva possa desenvolverse de maneira adequada é necessária uma perfeita interação entre o Departamento de Enfermagem e o Serviço de Arquivo Médico e Estatística SAME Ambos devem estabelecer a forma como os prontuários serão solicitados e a área do SAME onde os auditores desenvolverão seu trabalho RESULTADOS DA AUDITORIA Os resultados encontrados nas auditorias dos prontuários de cada unidade após sofrerem programação e análise precisaram ser colocados em relatórios que sofreram quantitativa e qualitativamente os dados encontrados para que os mesmos possam ser conhecidos pelo grupo diretamente envolvido no trabalho Para SA 1969 é no relatório de auditoria que o auditor expõe o estado em que encontrou o que foi objeto de suas verificações descrevendoo com clareza técnica e precisão Na fase inicial do trabalho de auditoria foi estabelecido um esquema de relatórios trimestrais No entanto observouse que o espaço de tempo entre eles era insuficiente para discussão do achado propostas de melhoria de atuação nas unidades e reciclagem Atualmente o esquema prevê a elaboração de relatórios semestrais Para CHIAVENATO 1985 a ação corretiva é a função básica do controle através da qual as providências são tomadas para eliminar as variações significativas entre o desempenho atual e o desempenho planejado CONSIDERAÇÕES FINAIS Hoje tornase impraticável um trabalho de enfermagem desenvolvido nos esquemas anteriormente adotados onde planejamento e controle aparecem de maneira desordenada e desconjuntada Com a implantação de um processo de auditoria contínua o Departamento de Enfermagem passa a dispor de informações corretas que funcionarão como elo de ligação entre os planos e as decisões subsequentes Para ARAUJO 1978 um programa de auditoria constitui um alerta constante para o enfermeiro manterse em suas funções garantindo a qualidade assistencial empenhandose na aquisição de melhores padrões O doente receberá uma assistência cada vez mais aperfeiçoada o que lhe assegura recuperação rápida com menos riscos e principalmente a certeza de receber o que necessita para resolver seu problema Ao estabelecer formas organizadas e científicas para a condução do trabalho em enfermagem não só estaremos garantindo a qualidade da assistência e contribuindo para a melhora do atendimento de saúde como também contribuindo para o desenvolvimento técnicocientífico da nossa profissão SILVA SH da ORTIZ DCF SHIMIZU HE TOTH M Nursing audit implantation and development in Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Rev Esc Enf USP São Paulo 242199209 ago 1990 The study reports an experience carried out by the Departamento de Assistência de Enfermagem do Hospital Universitário da USP the implantation and development of the retrospective auditory process for the evaluation of their activities as an instrument for control and maintenance of the quality of nursing care given the community It describes the various steps instruments and reports used as well as the use of the auditorys findings for reviewing the assistential and educational programs developed by the department UNITERMES Nursing audit Nursing care evolution ANEXO I INSTRUMENTO DE ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Paciente RG Sexo Idade Data da Admissão Quarto Leito Data de Saída Nº de dias analisados Análise nº Enfermeira COREN nº Clínica 1 LEVANTAMENTO DE DADOS NA ADMISSÃO SIM INCORP NÃO OBSERVAÇÕES 1 Dados de identificação completos 2 Entrevista preenchida correta e por completo 3 Exame físico preenchido correto e por completo 4 Levantamento de dados permite identificar as condições socio mals do paciente no momento da internação 5 Entrevista e exame físico dados e assinados Rev Esc Enf USP São Paulo 342199206 ago 1990 205 II EVOLUÇÕES E PESQUISAS DE ENFERMAGEM 1 aplicação do EDNA 2 se houve possibilidade de intervenção das práticas 3 soluçõesproblemas dos resultados das 4 soluções percebidas em relação ao pai 5 participação da família 6 outros fatores relevantes 7 a equipe multidisciplinar proferiu 8 evoluções significativas 9 reavaliação do estado do paciente 10 a partir das queixas do paciente 11 mudanças na medicação ou no plano 12 EDIFICAÇÃO PRÁTICAS 13 Medidia não está hidratada ou circulada 14 a evolução chamados padrões 15 práticas não atendidas não respeitadas ou rejeitadas Rev Esc Enf USP São Paulo 342199209 ago 1990 V CONDIÇÕES DE ALTA SIM INCORP NÃO OBSERVAÇÕES 18 Evolução eou prescrição de enfermagem de dia da alta evidenciam os orientações prestadas ao paciente 19 A evolução eou anotação de saída indicam condições físicas e emocionais do paciente na ocasião da alta VI RETORNO CONSULTA DE ENFERMAGEM 20 Existe um registro do retorno agendado ou do não retorno na anotação ou evolução de saída 21 Havendo retorno agendado o paciente compareceu 22 Dados de identificação completos 23 Abordagem preenchida correta e por completa 24 Exame físico preenchido correto e por completo 25 Intercorrência preenchida correta e por completa 26 Os problemas levantados na abordagem Exame Físico e Intercorrências foram abordados nas condutas 27 Consulta de Enfermagem assinada Rev Esc Enf USP São Paulo 342199209 ago 1990 207 ANEXO II ALMEJANDO CONJUNTO INSTRUMENTO COMPLEMENTAR DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM OBSERVAÇÕES NP NÃO INCOMP SIM VII PROCEDIMENTO NO TRANSPLANTE 28 Controle de temperatura intraoperatória 29 Controle dos índices cardíacos feitos 30 Oscep realizados em todos os 44 de senha 31 Medo de casamento por completo 32 Intercorrências durante o transporte 33 Se a lequeligada é percebida por conv 34 Se não é 35 Reposição e recomposição percentuais 36 Se houve detecção 37 Apresentação da própria pela 38 Apresentação do registro uma vez 208 Rev Esc Enf USP São Paulo 842199200 ago 1990