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Engenharia de Produção ·

Química Analítica

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Manual de Execução de Fundações e Geotecnia Práticas Recomendadas Estacas tipo Raiz\n1. Objetivo\n2. Referências\n 2.1 Normas\n 2.2 Documentos complementares\n\n3. Definições\n 3.1 Equipamentos, acessórios e ferramentas\n 3.2 Equipamentos para estacas em solo\n 3.3 Equipamentos para estacas em solo e rocha\n 3.4 Ferramentas utilizadas tanto para solo quanto para solos e rochas\n4. Equipamento formação quantitativa e qualitativa\n 4.1 Equipe mínima e atribuições de cada função\n 4.2 Admissão aos requisitos de segurança do trabalho\n 4.3 Procedimentos executivos e verificações\n 4.4 Materiais\n\nAnexos\n A - Fluxograma executivo de estaca raiz\n B - Sequência executiva\n C - Detalhe da armação\n D - Modelo do boletim de execução\n E - Listagem sintética 1. Objetivo\nEste documento:\na) Estabelece as diretrizes e condicionantes para execução, verificação e avaliação de estacas escavadas de pequeno diâmetro, moldadas \"in loco\", tipo raiz;\nb) Descreve e fixa os equipamentos, as ferramentas e os acessórios mínimos necessários;\nc) Especifica a equipe mínima, definindo as tarefas e responsabilidades;\nd) Especifica os materiais.\n\n2. Referências\n2.1 Norma\n NBR 5739:2007 - Concreto - Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos\n NBR 6118:2007 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento\n NBR 6122:2010 - Projeto e execução de fundações - Procedimento\n NBR 7211:2009 - Agregados para concreto\n NBR 7480:2007 - Barras e fios de aço destinados às armaduras para concreto armado\n NBR 11578:1997 - Cimento Portland composto - Especificação\n NBR 12131:2006 - Prova de carga estática - Estaca\n2.2 Documentos complementares\n Os seguintes documentos devem estar disponíveis na obra:\na) Planta de locação com cotas de arrasamento, detalhes da armação e carga prevista para a estaca;\nb) Tabela das estacas com numeração, bloco, diâmetro, comprimento previsto, cota de ponta e cota de arrasamento;\nc) Relação dos encargos de responsabilidade do cliente (exemplo: locação, licença, seguro, etc.);\nd) Relação dos fornecimentos de responsabilidade do cliente (exemplo: materiais, tais como: areia, arm ação montada etc.);\ne) Boletim executivo de cada estaca, conforme modelo do anexo D; 3. Definições\n\nPara fins deste documento aplicam-se as seguintes definições:\n\n3.1 estaca raiz em solo: É uma estaca armada e conectada com argamassa de cimento e areia, moldada \"in loco\" executada através de perfuração rotativa no roto-percussiva, revestida integralmente por meio de tubo metálico (tubo de revestimento) que garante a estabilidade da perfuração.\n\n3.2 estaca raiz em solo e rocha: É uma estaca moldada \"in loco\" executada através de perfuração rotativa ou roto-percussiva, revestida integralmente no trecho em solo, por meio de tubo metálico (tubo de revestimento) que garante a estabilidade da perfuração. No trecho em rocha, seja na passagem de matacões (estéreis) ou no embutimento no topo rochoso, ela é executada a partir da perfuração interna ao tubo de revestimento, tendo como consequência a redução do diâmetro neste trecho.\n\n3.3 diâmetros nominais: Simples número que serve como designação para projeto de fundação e corresponde ao diâmetro final do fuso da Estacas Raiz perfurada em solo.\n\nA Tabela 1 indica a correspondência entre os diâmetros nominais e os diâmetros externos dos tubos de revestimento.\n\nTabela 1 - Correspondências\n\nDiâmetro nominal da estaca mm 150 160 200 250 310 400 450\n\nDiâmetro mínimo externo do tubo de revestimento mm 127 168 202 273 355 406\n\n3.4 composição de injeção: Conjunto de tubos de PVC ou galvanizados, unidos por conexões, utilizados para injeção interna do conjunto de tubos de revestimento e também para o preenchimento com argamassa em sentido ascendente.\n\n3.5 broca de três asas ou tricone: Ferramenta de corte, acoplada à composição de hastes de perfuração, que tem por função destruir trechos de solo, realizando um pré-furo para posterior instalação do tubo de revestimento, ou mesmo limpando-o internamente.\n\n3.6 martelo de fundo fino DTH (\"down the hole\"): Equipamento utilizado para perfuração de rochas. É acionado por ar comprimido, e introduzido pelo interior do tubo de revestimento, promovendo as hastes de perfuração, ao ê contato com a rocha (a sua maculação). A perfuração é conseguida através de movimentos rotório-percussivos. O martelo de fundo possui ainda em sua extremidade inferior, um bit com pastilhas ou widia.\n\n3.7 martelo de superfície: Equipamento utilizado para perfuração de rochas. É acionado por comprimido, imprimindo as hastes de perfuração, (internamente ao tubo de revestimento), movimento roto-percussivo.\n\nPossui botões ou pastilhas de widia ou tungstênio, destruindo a rocha, através da aplicação simultânea de movimentos percursivos e rotários. 3.9 boletim executivo: Documento a ser preenchido diariamente (ver modelo Anexo D), contendo no mínimo, para todas as estacas raiz, os seguintes dados de execução:\n\na) Dados gerais, tais como nome da obra, local, cliente, número da estaca e do bloco a qual pertence;\n\nb) Dados referentes à perfuração, tais como início e término da execução, diâmetro do revestimento, eventual inclinação da estaca e profundidade perfurada;\n\nc) Classificação simplificada das camadas encontradas durante a perfuração (divisão mínima em solo, rocha e outros);\n\nd) Características da estaca, tais como diâmetro nominal, comprimento executado e carga prevista;\n\ne) Características da armação, tais como número de barras, diâmetro e número de emendas, no caso da armadura longitudinal, e diâmetro e espaçamento, no caso do estribo helicoidal;\n\nf) Dados referentes à injeção, tais como data, consumo de areia utilizados no prechimento da estaca raiz;\n\ng) Outras observações necessárias, tais como perda de água quando da perfuração, justificativa da decisão de alteração do processo executivo e outras ocorrências não usuais; e\n\nh) Dependendo de acordo contratual, deve constar o cientista do projetista da fundação. 4. Equipamentos, acessórios e ferramentas\n\n4.1 Generalidades\n\nDistinguem-se duas situações, em função do tipo de solo, para a definição dos equipamentos e acessórios necessários para a execução das estacas raiz, a saber:\n\na) Estacas em solos; e\n\nb) Estacas em solos e rochas.\n\n4.2 Equipamentos e acessórios para estacas em solo\n\n4.2.1 Equipamentos e descrição\n\nSão os seguintes:\n\na) Perfuratriz rotativas hidráulicas, mecânicas ou a ar comprimido, montadas sobre estruturas metálicas, dotadas ou não de esteiras para deslocamento, acionadas por motor a explosão (diesel) ou elétrico ou ainda através de compressor pneumático; devem ainda ter capacidade para revestir integralmente todo o trecho em solo, utilizando-se do tubo de revestimento;\n\nb) Conjunto misturador de argamassa, acionado por motor elétrico ou à explosão;\n\nc) Bomba de injeção de argamassa, acionada por motor elétrico ou à explosão;\n\nd) Compressores de ar, eventualmente utilizados, com capacidade de vazão mínima de 5 cfm (cubic feet per minute) e pressão máxima de 0,5 MPa;\n\ne) Bomba d'água, acionada por motor elétrico ou à explosão, capaz de promover a limpeza dos detritos da perfuração do interior do tubo de revestimento;\n\nf) Conjunto extrator dotado de macaco e conjunto de acionamento hidráulico, com capacidade para extrair integralmente o tubo de revestimento do furo quando totalmente preenchido com argamassa;\n\ng) Reservatórios para acumulação de água, com capacidade para perfuração continua de pelo menos uma estaca; e\n\nh) Conjunto gerador, na eventualidade de não haver energia disponível no local dos serviços. 4.3 Equipamentos e acessórios para estacas em solo e rocha\n4.3.1 Equipamentos\nSão os seguintes:\na) Os mesmos listados em 4.2.1 (de a até h);\nb) Martelo de superfície e/ou martelo de fundo tipo DTH; e\nc) Compressor de ar compatível com a necessidade de operação dos martelos.\n\n4.3.2 Acessórios\na) Os mesmos listados em 4.2.2 (de a até k);\nb) Caso a perfuração seja por processo rotativo, prever também:\n- Sapata ou cornete;\n- Barrilete amostrador; e\n- Hastes para perfuração com barriletes.\n\nc) Ou, caso a perfuração seja por processo roto-percussivo, prever:\n- Bis para perfuração roto-percussiva com martelo de superfície ou martelo de fundo DHT, no diâmetro especificado para a estaca;\n- Lubrificador de linha de ar comprimido para martelo; e\n- Hastes para perfuração com martelo de superfície ou de fundo.\n\n4.4 Ferramentas utilizadas tanto para solos quanto para solos e rochas\nSão as seguintes:\na) Chaves de grifo;\nb) Chaves de corrente tipo jacaré;\nc) Marreta;\nd) Ponteiro;\ne) Metro;\nf) Nível de bolha; e\ng) Fio de prumo. 5. Equipe\n5.1 Equipe mínima\nA equipe mínima para a execução de estacas raiz deve ser composta por:\na) Engenheiro supervisor;\nb) Encargado geral de serviços;\nc) Operador de perfuratriz;\nd) Injetador;\ne) Auxiliares gerais;\nf) Armador (quando o cliente não fornecer armação pronta).\n\nA Tabela 2 indica os requisitos para a qualificação de acordo com a função.\n\nTabela 2 - Requisitos para a qualificação da equipe\nFunção Requisitos\n\nEncargado geral dos serviços\nEscolaridade\ter já trabalhado em \nfundações\n\nExperiência\tSer aprovado pelo \nengenheiro da obra \napós treinamento \n\nCompetências\tLiderança\n\nOperador de perfuratriz\nEscolaridade\tFundamental 1\n(1ª a 4ª série)\n\nExperiência\tUm ano como \n\nCompetências\tLeitura de manômetros e escalas e\nmedição\n\nInjetador\nEscolaridade\tUm ano como\najudante prático\n\nExperiência\tUm ano como\n\nCompetências\tLeitura de manômetros e escalas e\nmedição\n\nAjudante prático ou auxiliar\nEscolaridade\tn.a.\n\nExperiência\tn.a.\n\nCompetências\tProntidão para agir\n\nArmador\nEscolaridade\tFundamental 1\n(1ª a 4ª série)\n\nExperiência\tExperiência de um \nano na função e ter\ntrabalhado um ano\ncomo armador\n\nCompetências\tObtenção e transferência de medidas\ndo projeto para a armadura.\n\nEngenheiro supervisor\nEscolaridade\tGraduado em\nengenharia civil\n\nExperiência\t5 anos, sendo 2 em\nobras de geotecnia\n\nCompetências\tLiderança e gerenciamento\n\na) Habilidade demonstrada para aplicar conhecimentos e destrezas (perícia, prática) ou atitude demonstrada em pós em prática os conhecimentos e o saber fazer. 5.2 Atribuições de cada função\n5.2.1 Engenheiro supervisor\nParticipante efetivo da equipe e por ela responsável, o qual supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos executivos, com a devida anotação no Boletim de Controle dos fatos e medidas técnicas observadas.\n\n5.2.2 Encargado geral de serviços\na) Verificação das condições de entrada e movimentação dos equipamentos no canteiro da obra, descarga dos equipamentos, dos utensílios e das ferramentas, e instalação da central de injeção e implantação geral da obra;\nb) Verificação da programação da execução (sequência executiva) de acordo com as características da obra e necessidades do cliente;\nc) Orientações quanto à verificação do número das estacas, verticalidade e instalação dos equipamentos;\nd) Instruções quanto à segurança, während executão dos serviços;\ne) Orientação quanto aos procedimentos e acompanhamento de perfuração e injeção;\nf) Obtenção junto ao responsável da obra, da liberação formal (datas) estacas) a serem) utilizadas;\ng) Manutenção de contato com o representante do cliente no campo, com relação às solicitações e prazos da obra.\n\n5.2.3 Operador de perfuratriz\n\na) Instalação do equipamento, de acordo com a sequência executiva;\nb) Instalação do equipamento no furo, observando a localização e verticalidade;\nc) Verificação da quantidade, diâmetros e comprimentos dos tubos de revestimento colocados de maneira a acompanhar a profundidade perfurada;\nd) Detecção de mudança de camadas de solo, à medida que a perfuração avança;\ne) Detecção de eventuais perdas d'água durante a perfuração;\nf) Elaboração do registro dos dados de perfuração para inclusão no boletim; e\ng) Orientação aos auxiliares de perfuração quanto à utilização do ferramental.\n\n5.2.4 Injetador\na) Preparação da argamassa de acordo com o traço, a fim de atender à resistência específica;\nb) Orientação e verificação da armação, tanto quanto à colocação quanto ao atendimento do projeto;\nc) Bombeamento da argamassa para o interior do tubo de revestimento;\nd) Orientações aos auxiliares quanto à instalação do conjunto extrator e acompanhamento da retirada dos tubos de revestimento;\ne) Orientação para colocação de cabeça de revestimento para aplicação de pressão na argamassa da estaca (através de ar comprimido ou pressão da bomba). 5.2.5 Armador\n a) Preparação da armação de acordo com as especificações do projeto ou esquema do anexo C.\n 6. Atendimento aos requisitos de segurança do trabalho\n 6.1 EPI's: utilização e descrição\n Item Descrição e utilização\n Botas Os trabalhadores devem calçar botas de borracha de cano médio ou longo. Não é permitida a utilização de qualquer outro tipo de calçado, tais como: tênis, alpargatas, sapatos comuns, sandálias, etc.\n Capacete É imprescindível o uso de capacete de segurança para proteção da cabeça contra eventuais choques\n Luvas Luvas de PVC devem ser utilizadas para evitar contato das mãos e parte dos braços com água, calda e/ou óleo e Luvas de raspa para proteção dos trabalhadores na remoção e movimentação de materiais com arestas cortantes, como, por exemplo: a armadura da estaca\n Protetor auricular É necessária a utilização de protetor auricular, nos casos de motores a explosão, para evitar perda de audição, em função da exposição aos ruídos dos equipamentos\n Óculos protetores e máscara descartável Devem utilizar óculos e máscara descartável, para proteção contra pó e cimento e respostas de argamassa\n 7. Procedimentos executivos e verificações\n 7.1 Fluxo de operações\n O fluxograma indicado no Anexo A descreve os estágios a serem seguidos, conforme as situações de solo ou solo e rocha, bem como as alternativas dos vários procedimentos para a execução dos serviços, desde aqueles ditos iniciais até a estaca pronta, passando pelas fases de colocação da armadura, injeção e retirada do tubo de re revestimento.\n 7.2 Instalação da obra\n Atividades:\n a) Estudar o layout do canteiro para conferir os dados e condições da obra;\n b) Verificar liberdade de movimento da perfuratriz, de acordo com a sequência executiva;\n c) Verificar acesso aos pontos de fornecimento de água e energia elétrica;\n d) Verificar acesso livre para fornecimento de materiais junto a central de injeção; e\n e) Verificar atendimento aos pontos mais distantes, com relação às mangueiras e mangotes de água, de injeção de argamassa e de ar comprimido.\n 9 Não gabo de ar amacao ser fornecida pronta, pelo cliente, não existe a necessidade do armador na obra.\n Manual de Execução de Fundações e Geotecnia - Práticas Recomendadas 181