·
Psicologia ·
Psicologia Social
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
1
A Psicologia e o SUS: Práticas e Desafios na Saúde Pública
Psicologia Social
UNIP
1
Diversidade Teórica na Psicologia: Análise Crítica e Referencial Teórico
Psicologia Social
UNIP
21
Relacionamento Mae e Filha Adulta Estudo Descritivo UFES
Psicologia Social
UNIP
5
Observação e Relato
Psicologia Social
UNIP
5
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico UNIP - Caso K
Psicologia Social
UNIP
5
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico UNIP - Analise de Caso
Psicologia Social
UNIP
7
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico - Analise Sindrome do Ninho Vazio
Psicologia Social
UNIP
4
Guia da Primeira Entrevista Psicológica- Roteiro Completo e Dicas
Psicologia Social
UNIP
5
Divertidamente e o Social
Psicologia Social
UNIP
17
Observação e Escrita
Psicologia Social
UNIP
Preview text
Os primeiros grupos do estágio chegaram por volta das 0800 iniciando a visita na recepção do hospital psiquiátrico Por orientação do professor fomos direcionados para a ala masculina onde fomos recepcionados pelo paciente W que se mostrou gentil e expansivo tanto em suas palavras quanto em seus gestos Ele fez questão de cumprimentar cada um de nós com um aperto de mão apresentandose a todos Como a visita estava ocorrendo no primeiro horário alguns pacientes estavam despertando outros dirigiamse para o café enquanto outros pareciam ansiosos para fuma r Quando fomos liberados para interagir com os pacientes percebemos algumas tentativas de afastamento por parte de alguns deles como se estivessem testando nossos limites Era perceptível um misto de insatisfação e curiosidade por parte dos internos esse com certeza foi um a d as resistência claras impostas pelos moradores dali obstáculos impostos para que não houvesse um processo de análise nossa função como estagiários de psicologia estava criando uma relação de poder e resistência F oucault fala sobre essa relação de Poder e R esistência Sendo assim a resistência é para Foucault uma atividade da força que se subtrai das estratégias efetuadas pelas relações de forças do campo do poder FOUCAULT 1988 Essa troca nos proporcionou uma compreensão mais profunda do ambiente em que os pacientes vivem e como era o dia a dia deles incluindo suas atividades expectativas e projeções além de nos permitir avaliar a qualidade do tratamento em questões mentais Ao ouvirmos os pacientes pudemos identificar e absorver direta ou indiretamente os motivos das internações bem como o tempo que cada indivíduo estava em tratamento Cada conversa realizada cuidadosa mente e estrategicamente com os internos seja por meio de perguntas diretas ou permitindo que falassem livremente os levou a refletir sobre como chegaram ali e sobre seu passado antes da internação Durante essas conversas surgiram relatos de luto e infâncias marcadas por dificuldades financeiras De maneira geral observamos que tanto as conquistas quanto as perdas faziam parte da trajetória de cada um Houve também manifestações de culpa transferida a terceiros sejam eles humanos oportunidades governo ou instituições sendo comum a negação de assumir a própria responsabilidade frequentemente associada a fatores externos Algo bem típico no comportamento de adctos é a terceirização da culpa um mecanismo de defesa comum de se ver na teoria comportamental no qual um indivíduo atribui a responsabilidade de seus erros ou falhas a outra pessoa ou circunstância evitando assumir a responsabilidade por suas ações uma forma de medo de enfrentar as consequências e de proteger a própria imagem perante a nossa conversa com eles Das nossas conversas destacamos os seguintes pacientes O W aquele que nos r ecepcionou demonstrandose bastante ativo e compartilhando suas conquistas e passatempos favoritos nada tímido e bem c onversou com diversos grupos e jogou dominó com alguns estagiários Embora não tenha mencionado diretamente o motivo de sua internação demonstrou ser uma pessoa ativa preocupada e emotiva Conforme informações do laudo de uma das doutoras foi diagnosticado com autismo porém não tivemos acesso direto ao grau desse diagnóstico Também mencionou ter passado a noite anterior à visita chorando intensamente sem conseguir identificar o motivo Durante as interações solicitou várias vezes que os grupos permanecessem próximos demonstrando desejo por atenção Identificamos padrões repetitivos de fala evidenciando um interesse recorrente em abordar os mesmos assuntos como seus prêmios e habilidades no dominó Esses padrões de comportamento infantilizado meio controlador e impulsivo o que se ajusta bem com o laudo do hospital sinais consistentes com o quadro de autismo De qualquer forma foi ele quem nos deu condições de aplicar um acolhimento espacial dentro da ala masculina O X Este paciente teve uma grande oportunidade na vida porém devido à drogadição não consegue retornar a essa oportunidade Durante nossa interação mencionou sua família e um antigo emprego como chefe de cozinha demonstrando orgulho e conhecimento na área Ele expressou o desejo de se recuperar para retomar seu futuro ao lado de seus filhos e esposa Falou com carinho sobre sua família e enfatizou que foi internado por decisão própria Iniciamos com uma associação livre um relato aberto emocionouse ao recordar sua infância e o aroma da comida preparada pela avó flutuou a o falar sobre sua atuação na gastronomia passou receita de uma refeição para nós assumi u sua dependência química sem atribuir culpa a ninguém Demonstrou estar consciente de sua situação e embora não tenha mencionado explicitamente a alta expressou o desejo de avançar em direção a um futuro melhor Durante essa conversa observamos uma comunicação desinibida na qual o paciente discutiu abertamente aspectos de sua vida Demonstrou interesse mantendo o contato ocular constante e expressando emoções como felicidade e emoção por meio de suas expressões faciais Ele se mostrou mentalmente organizado e consciente de suas ações além de compreender o que é necessário para superar a dependência química O Y O paciente mais idoso com um histórico de 4 internações anteriores em outras instituições demonstrou interesse em participar das conversas desde o início da visita Alternava entre o desejo de interação e a necessidade de mais um cigarro solicitando um para cada enfermeira ou funcionária do local Observamos que quando estava sentado no sofá mexia nas mãos com uma expressão ansiosa no rosto Em determinado momento pediu para participar de um jogo de dominó mas foi impedido por outro paciente e desistiu facilmente Permaneceu ao redor dos outros pacientes entrando e saindo da área externa onde a maioria dos estagiários interagia com os pacientes seguindo os pensamentos de uma abordagem mas humana resolvemos nos últimos 5 minutos uma interação com ele a timidez deste paciente foi quebrada pelo interesse em jog ar dominó Seus olhos brilharam quando perguntamos se ele queria jogar aceitou e escolheu o estagiário José para ser sua dupla dividindo meninos e meninas ne s t e momento valou sobre sua vida pessoa l enquanto jogávamos fomos puxando com suaves perguntas sobre sua infância ele compartilhou seu estado Mato Grosso do Sul na região do Pantanal mencionando que gostava do campo e da liberdade da natureza l ogo em seguida afirmou que essa era sua quarta internação Quando perguntamos sobre sua opinião em relação ao hospital ele disse que Era igual a todos os outros Ele não mencionou diretamente o motivo de sua internação mas expressou seu apreço por jogar e agradeceu Em seguida perguntou se conseguiria guardar o dominó na caixa e permitimos que o fizesse Durante esse momento ele parecia preocupado em conseguir fazer isso sozinho o que mais uma vez demonstra sua personalidade insegura ou tímida Nesse contato notamos a evitação do paciente em manter o contato ocular evidenciando dificuldades na comunicação não verbal Ao celebrarmos sua vitória em uma partida de dominó percebemos sua resistência ao toque e sua inibição ao falar Além disso observamos sua abstinência ao cigarro manifestada por apertos na própria mão e suas repetidas perguntas sobre quando receberia seu cigarro O Z Após o momento de livre circulação a dinâmica que havíamos preparado para essa primeira visita ocorreu de forma bastante natural Formamos um círculo com os pacientes estagiários e professor e utilizamos uma bolinha de massagem para facilitar a interação Quem estava com a bolinha se apresentava e compartilhava seus gostos fortalecendo os laços entre pacientes e estagiários e impulsionando ainda mais as interações Neste momento até o Z que inicialmente não demonstrava interesse em conversar se abriu para um momento descontraído compartilhando sobre seu passado e gostos peculiares Evidenciamos que a dinâmica de grupo permitiu que os pacientes explorassem seus pensamentos e sentimentos inconscientes promovendo autoconsciência e crescimento e diminuindo a resistência inicial que no início da visita estava tão intensa o Z que não concordava com a presença dos grupos e agiu de forma grosseira tentando afastar os estagiários ao cantar alto e até mesmo falar que não desejava nossa presença ali durante a dinâmica ele não apenas interagiu mas também incentivou os colegas e estagiários a participarem Demonstrou apreço pelas pessoas comentou sobre filmes e outros assuntos surpreendendo a todos Ao sair um de nossos colegas pediu desculpas ao que ele respondeu Eu estava só brincando É inquestionável que o ambiente pode influenciar o estado emocional dos pacientes Ao entrarmos com um grupo de 30 pessoas é crucial considerar a possível revolta e estresse do s paciente s diante da quantidade de pessoas buscando interagir logo após seu despertar um estimulo negativo para a maioria No entanto após demonstrarmos que não representávamos uma ameaça e que estávamos ali para ouvir acolher e proporcionar novas dinâmica no dia deles a resposta foi outra e gerou uma participação e apoio positivo da parte de todos inclusive dos mais fechados Finalizamos a dinâmica encerramos nossa visita e os pacientes nos despediram calorosamente expressando o desejo de que retornássemos em outra oportunidade Suas palavras revelaram um anseio por mais tempo juntos o que ressoou entre nós gerando um desejo mútuo de retornar com mais recursos para apoiálos melhor Após deixarmos a ala masculina reunimonos para discutir os pontos relevantes identificados durante a visita Notamos uma semelhança nos relatos dos pacientes cujas experiências e dores compartilhadas frequentemente se assemelhavam Durante as interações os pacientes destacaram que aquele momento de nossa presença era uma das poucas oportunidades em que podiam expressar suas inquietações Além disso ressaltaram que a terapia semanal é breve e que o apoio da escuta ocorre principalmente quando os alunos de psicologia os visitam destacando uma necessidade que parece ser comum entre eles
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
1
A Psicologia e o SUS: Práticas e Desafios na Saúde Pública
Psicologia Social
UNIP
1
Diversidade Teórica na Psicologia: Análise Crítica e Referencial Teórico
Psicologia Social
UNIP
21
Relacionamento Mae e Filha Adulta Estudo Descritivo UFES
Psicologia Social
UNIP
5
Observação e Relato
Psicologia Social
UNIP
5
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico UNIP - Caso K
Psicologia Social
UNIP
5
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico UNIP - Analise de Caso
Psicologia Social
UNIP
7
Relatorio Psicologico Plantao Psicologico - Analise Sindrome do Ninho Vazio
Psicologia Social
UNIP
4
Guia da Primeira Entrevista Psicológica- Roteiro Completo e Dicas
Psicologia Social
UNIP
5
Divertidamente e o Social
Psicologia Social
UNIP
17
Observação e Escrita
Psicologia Social
UNIP
Preview text
Os primeiros grupos do estágio chegaram por volta das 0800 iniciando a visita na recepção do hospital psiquiátrico Por orientação do professor fomos direcionados para a ala masculina onde fomos recepcionados pelo paciente W que se mostrou gentil e expansivo tanto em suas palavras quanto em seus gestos Ele fez questão de cumprimentar cada um de nós com um aperto de mão apresentandose a todos Como a visita estava ocorrendo no primeiro horário alguns pacientes estavam despertando outros dirigiamse para o café enquanto outros pareciam ansiosos para fuma r Quando fomos liberados para interagir com os pacientes percebemos algumas tentativas de afastamento por parte de alguns deles como se estivessem testando nossos limites Era perceptível um misto de insatisfação e curiosidade por parte dos internos esse com certeza foi um a d as resistência claras impostas pelos moradores dali obstáculos impostos para que não houvesse um processo de análise nossa função como estagiários de psicologia estava criando uma relação de poder e resistência F oucault fala sobre essa relação de Poder e R esistência Sendo assim a resistência é para Foucault uma atividade da força que se subtrai das estratégias efetuadas pelas relações de forças do campo do poder FOUCAULT 1988 Essa troca nos proporcionou uma compreensão mais profunda do ambiente em que os pacientes vivem e como era o dia a dia deles incluindo suas atividades expectativas e projeções além de nos permitir avaliar a qualidade do tratamento em questões mentais Ao ouvirmos os pacientes pudemos identificar e absorver direta ou indiretamente os motivos das internações bem como o tempo que cada indivíduo estava em tratamento Cada conversa realizada cuidadosa mente e estrategicamente com os internos seja por meio de perguntas diretas ou permitindo que falassem livremente os levou a refletir sobre como chegaram ali e sobre seu passado antes da internação Durante essas conversas surgiram relatos de luto e infâncias marcadas por dificuldades financeiras De maneira geral observamos que tanto as conquistas quanto as perdas faziam parte da trajetória de cada um Houve também manifestações de culpa transferida a terceiros sejam eles humanos oportunidades governo ou instituições sendo comum a negação de assumir a própria responsabilidade frequentemente associada a fatores externos Algo bem típico no comportamento de adctos é a terceirização da culpa um mecanismo de defesa comum de se ver na teoria comportamental no qual um indivíduo atribui a responsabilidade de seus erros ou falhas a outra pessoa ou circunstância evitando assumir a responsabilidade por suas ações uma forma de medo de enfrentar as consequências e de proteger a própria imagem perante a nossa conversa com eles Das nossas conversas destacamos os seguintes pacientes O W aquele que nos r ecepcionou demonstrandose bastante ativo e compartilhando suas conquistas e passatempos favoritos nada tímido e bem c onversou com diversos grupos e jogou dominó com alguns estagiários Embora não tenha mencionado diretamente o motivo de sua internação demonstrou ser uma pessoa ativa preocupada e emotiva Conforme informações do laudo de uma das doutoras foi diagnosticado com autismo porém não tivemos acesso direto ao grau desse diagnóstico Também mencionou ter passado a noite anterior à visita chorando intensamente sem conseguir identificar o motivo Durante as interações solicitou várias vezes que os grupos permanecessem próximos demonstrando desejo por atenção Identificamos padrões repetitivos de fala evidenciando um interesse recorrente em abordar os mesmos assuntos como seus prêmios e habilidades no dominó Esses padrões de comportamento infantilizado meio controlador e impulsivo o que se ajusta bem com o laudo do hospital sinais consistentes com o quadro de autismo De qualquer forma foi ele quem nos deu condições de aplicar um acolhimento espacial dentro da ala masculina O X Este paciente teve uma grande oportunidade na vida porém devido à drogadição não consegue retornar a essa oportunidade Durante nossa interação mencionou sua família e um antigo emprego como chefe de cozinha demonstrando orgulho e conhecimento na área Ele expressou o desejo de se recuperar para retomar seu futuro ao lado de seus filhos e esposa Falou com carinho sobre sua família e enfatizou que foi internado por decisão própria Iniciamos com uma associação livre um relato aberto emocionouse ao recordar sua infância e o aroma da comida preparada pela avó flutuou a o falar sobre sua atuação na gastronomia passou receita de uma refeição para nós assumi u sua dependência química sem atribuir culpa a ninguém Demonstrou estar consciente de sua situação e embora não tenha mencionado explicitamente a alta expressou o desejo de avançar em direção a um futuro melhor Durante essa conversa observamos uma comunicação desinibida na qual o paciente discutiu abertamente aspectos de sua vida Demonstrou interesse mantendo o contato ocular constante e expressando emoções como felicidade e emoção por meio de suas expressões faciais Ele se mostrou mentalmente organizado e consciente de suas ações além de compreender o que é necessário para superar a dependência química O Y O paciente mais idoso com um histórico de 4 internações anteriores em outras instituições demonstrou interesse em participar das conversas desde o início da visita Alternava entre o desejo de interação e a necessidade de mais um cigarro solicitando um para cada enfermeira ou funcionária do local Observamos que quando estava sentado no sofá mexia nas mãos com uma expressão ansiosa no rosto Em determinado momento pediu para participar de um jogo de dominó mas foi impedido por outro paciente e desistiu facilmente Permaneceu ao redor dos outros pacientes entrando e saindo da área externa onde a maioria dos estagiários interagia com os pacientes seguindo os pensamentos de uma abordagem mas humana resolvemos nos últimos 5 minutos uma interação com ele a timidez deste paciente foi quebrada pelo interesse em jog ar dominó Seus olhos brilharam quando perguntamos se ele queria jogar aceitou e escolheu o estagiário José para ser sua dupla dividindo meninos e meninas ne s t e momento valou sobre sua vida pessoa l enquanto jogávamos fomos puxando com suaves perguntas sobre sua infância ele compartilhou seu estado Mato Grosso do Sul na região do Pantanal mencionando que gostava do campo e da liberdade da natureza l ogo em seguida afirmou que essa era sua quarta internação Quando perguntamos sobre sua opinião em relação ao hospital ele disse que Era igual a todos os outros Ele não mencionou diretamente o motivo de sua internação mas expressou seu apreço por jogar e agradeceu Em seguida perguntou se conseguiria guardar o dominó na caixa e permitimos que o fizesse Durante esse momento ele parecia preocupado em conseguir fazer isso sozinho o que mais uma vez demonstra sua personalidade insegura ou tímida Nesse contato notamos a evitação do paciente em manter o contato ocular evidenciando dificuldades na comunicação não verbal Ao celebrarmos sua vitória em uma partida de dominó percebemos sua resistência ao toque e sua inibição ao falar Além disso observamos sua abstinência ao cigarro manifestada por apertos na própria mão e suas repetidas perguntas sobre quando receberia seu cigarro O Z Após o momento de livre circulação a dinâmica que havíamos preparado para essa primeira visita ocorreu de forma bastante natural Formamos um círculo com os pacientes estagiários e professor e utilizamos uma bolinha de massagem para facilitar a interação Quem estava com a bolinha se apresentava e compartilhava seus gostos fortalecendo os laços entre pacientes e estagiários e impulsionando ainda mais as interações Neste momento até o Z que inicialmente não demonstrava interesse em conversar se abriu para um momento descontraído compartilhando sobre seu passado e gostos peculiares Evidenciamos que a dinâmica de grupo permitiu que os pacientes explorassem seus pensamentos e sentimentos inconscientes promovendo autoconsciência e crescimento e diminuindo a resistência inicial que no início da visita estava tão intensa o Z que não concordava com a presença dos grupos e agiu de forma grosseira tentando afastar os estagiários ao cantar alto e até mesmo falar que não desejava nossa presença ali durante a dinâmica ele não apenas interagiu mas também incentivou os colegas e estagiários a participarem Demonstrou apreço pelas pessoas comentou sobre filmes e outros assuntos surpreendendo a todos Ao sair um de nossos colegas pediu desculpas ao que ele respondeu Eu estava só brincando É inquestionável que o ambiente pode influenciar o estado emocional dos pacientes Ao entrarmos com um grupo de 30 pessoas é crucial considerar a possível revolta e estresse do s paciente s diante da quantidade de pessoas buscando interagir logo após seu despertar um estimulo negativo para a maioria No entanto após demonstrarmos que não representávamos uma ameaça e que estávamos ali para ouvir acolher e proporcionar novas dinâmica no dia deles a resposta foi outra e gerou uma participação e apoio positivo da parte de todos inclusive dos mais fechados Finalizamos a dinâmica encerramos nossa visita e os pacientes nos despediram calorosamente expressando o desejo de que retornássemos em outra oportunidade Suas palavras revelaram um anseio por mais tempo juntos o que ressoou entre nós gerando um desejo mútuo de retornar com mais recursos para apoiálos melhor Após deixarmos a ala masculina reunimonos para discutir os pontos relevantes identificados durante a visita Notamos uma semelhança nos relatos dos pacientes cujas experiências e dores compartilhadas frequentemente se assemelhavam Durante as interações os pacientes destacaram que aquele momento de nossa presença era uma das poucas oportunidades em que podiam expressar suas inquietações Além disso ressaltaram que a terapia semanal é breve e que o apoio da escuta ocorre principalmente quando os alunos de psicologia os visitam destacando uma necessidade que parece ser comum entre eles