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Engenharia de Produção ·
Análise de Custos Industriais
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6 4 Título Unidade CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO 28 2 Estruturação e Método de Custeio UNIDADE 2 ESTRUTURAÇÃO E MÉTODO DE CUSTEIO 1 CONCEITO DE MÉTODO DE CUSTEIO Os métodos de custeio são ferramentas que calculam o custo de um produto por meio de sistemas que identificam por meio de cálculos sua vantagem para a empresa e assim permita analisar se as relações de custo e volume são compatíveis com o lucro A definição de custeio segundo Crepaldi e Crepaldi 2017 p 151 é Método de custeio é o método usado para a apropriação de custos Existem dois métodos de custeio básicos custeio por absorção e custeio variável ou direto que podem ser usados com qualquer sistema de acumulação de custos A diferença básica entre os dois métodos está no tratamento dos custos fixos Por isso vamos apresentar a classificação dos custos quanto ao volume de produção Custear significa acumular determinar custos Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos maneiras segundo as quais procede mos a acumulação e a apuração dos custos A aplicação desses sistemas deverá ser coerente com o tipo de empresa as características de suas ati vidades suas necessidades gerenciais e evidentemente o custobenefício resultante do sistema adotado segundo Horngren 1985 Assim o tema a ser discutido é identificar e definir os caminhos possíveis à apuração do custo unitário dos produtos e serviços finais Portanto o objetivo do método de custeio segundo Padovese 2014 p 71 é Em linhas gerais o método de custeamento define os gastos que devem fazer parte da apuração do custo unitário dos produtos e serviços finais Corresponde portanto à metodologia utilizada que basicamente responde à questão funda mental que colocamos no início deste topico Existem diversas visões sobre o assunto do método que apenas considera o custo dos materiais diretos como formadores do custo unitário dos produtos até aquele que entende que mesmo os impostos sobre o lucro devem fazer parte do custo unitário dos produtos e serviços Podemos dizer que o método é o fundamento teorico mais importante na questão da contabilidade de custos Definido o método a ser utilizado pela empresa todos os demais fundamentos e processos decisorios deverão ser modelados à luz do adotado Assim se uma empresa adotar o do custeamento variável todo o processo decisorio subsequente deverá ser estruturado con siderando este método Se outra empresa adotar o método de custeamento ABC todos os modelos decisorios deverão ter este como base informacional e assim sucessivamente Dessa forma a definição do método está ligada à teoria da decisão pois uma vez definido toda a estruturação dos demais modelos decisorios deverá ser parametrizada pelo método adotado 2 29 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco O método de custeio a ser adotado pela empresa como ferramenta apurará as atividades de produção do produto para a formação de preço com o intuito de competir no mercado Essa ferramenta é explicada por Padovese 2014 p 72 A mensuração da receita de produtos e serviços recursos e atividades da empresa tem como fundamento o preço de mercado Como é necessário apurar o resultado o ponto crucial tornase o método de mensuração dos custos dos recursos e produtos ou o método de custeio O primeiro está fundamentalmente ligado a tres questões a os gastos custos e despesas que devem fazer parte da apuração do custo dos recursos produtos servi ços atividades ou departamentos e por consequencia b os custos de um recurso bem produto ou serviço final que devem ser ativados enquanto esses bens estão em estoque enquanto não são vendidos c a definição da metodologia de cálculo e a apuração do custo unitário dos produtos e serviços A questão dos custos que devem fazer parte da apuração do custo dos bens produtos serviços ou atividades está relacionada à questão dos custos diretos e variáveis e indiretos e fixos 2 MOVIMENTO DAS ATIVIDADES NA PRODUÇÃO Antes de definir os métodos de custeio aplicados na Contabilidade de Custos é preciso mensurar o custo das atividades de produção Nesse sentido podemos afirmar que Dependendo da complexidade da industrialização os trabalhos a serem executados podem partir do simples artesanato até atingirem um alto nível de robotização passando por uma gama de inumeros processos intermediários manuais semimecanizados mecanizados e automati zados cujas dificuldades de controle e de custeio podem atingir graus tão elevados a ponto de na grande maioria dos casos necessitarmos da apelação à Informática como unico recurso bastante capaz de nos permitir chegar até lá Se pararmos para observar fica evidente o quão complicado pode ser o envolvimento daquele que se proponha a efetuar qualquer tipo de controle de custos pois é quase infinita a diversidade de empresas micros pequenas médias grandes e macros cuja produção pode se resumir a simples alfinetes ou então até a complicada montagem total de onibus espaciais SILVA 2010 p 30 Portanto os cálculos de custos de atividades de produção para qualquer processo pro dutivo e de Custo de mão de obra custo de materiais e o custo de produção 21 CUSTO DE MÃO DE OBRA No custo de mão de obra direta são mensuradas as horas trabalhadas comparadas ao tempo utilizado no produto No entanto o tempo ocioso por exemplo de falta de mate riais caracterizase como custos indiretos Diante disso Martins 2010 p 134 explica que Portanto custo de Mão de Obra Direta não se confunde com valor total pago à produção mesmo aos operários diretos So se caracteriza como tal a utilizada diretamente sobre o produto Portanto o custo de Mão de Obra Direta varia com a produção enquanto a Folha relativa ao pessoal da propria produção é fixa Essa distinção é de absoluta importancia para inumeras finalidades 30 2 Estruturação e Método de Custeio Folha de pagamento da mão de obra direta A folha de pagamento da legislação trabalhista brasileira compõe vários fatores como 44 horas semanais compondo 6 dias trabalhados sem considerar horas extras e sem com pensação dos sábados A seguir apresentamos outros aspectos da folha de pagamento Na situação de nosso país ao se optar então pela inclusão dos encargos sociais no proprio montante da Mão de Obra Direta precisase calcular para cada empresa ou para cada departamento se houver variações significa tivas entre eles qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho Sabemos que decorrem da legislação e do contrato de trabalho os repousos semanais remunerados as férias o 13º salário a contribuição ao INSS a remune ração dos feriados as faltas abonadas por gala nojo etc além de vários outros direitos garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais MARTINS 2010 p 135 Ainda segundo Martins 2010 p 135 A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividilo pelo numero de horas em que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição APLICANDO O CONCEITO DE FOLHA DE PAGAMENTO Certo trabalhador ganha R 1200 por hora A jornada máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais desse modo é mais fácil de calcular as horas por ano que um trabalhador oferece à empresa segundo Martins 2010 p 135 44 6 73333 horas que equivalem a 7 horas e 20 minutos Assim podemos estimar o numero máximo de horas que um trabalhador pode oferecer à empresa NÚMERO TOTAL DE DIAS POR ANO 365 DIAS Repousos Semanais Remunerados 48 dias Férias 30 dias Feriados 12 dias Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias jornada máxima diária em horas 7333 horas Numero maximo de horas a disposição por ano 20167 horas Deduzidas quatro semanas já computadas nas férias Desse modo o gasto anual que a empresa terá de arcar com esse empregado que ganha R 1200 por hora será de 2 31 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Contudo sobre esse valor R 3563971ano a empresa deve recolher as seguintes con tribuições explicadas por Martins 2010 p 136 Sobre esse total o empregado é obri gado a recolher as seguintes contribuições em porcentagens Previdencia Social 200 Fundo de Garantia 80 Seguroacidentes do trabalho 30 Salárioeducação 25 SESI ou SESC 15 SENAI ou SENAC 10 INCRA 02 SEBRAE 06 Total 368 Salarios 20167 h x R1200 R 2420040 Repousos semanais 48 dias x 7333 horas x R 1200 R 422381 Férias 30 dias x 7333 horas x R 1200 R 263988 13º salario 220 horas x R 1200 R 264000 Uma terça parte de Férias 13 R 87967 12 dias de feriado 12 x 7333 horas x R 1200 R 105595 TOTAL DE GASTOS POR ANO R 3563971 Logo sobre R 3563971 aplicaremos os encargos de 368 ou seja multiplicar por 1368 um inteiro mais 368100 Portanto R 35639 71 x 1368 R 4875512 Temse assim o custo total anual R 4875512 do empregado e o custo por hora desse trabalhador é calculado dividindo o valor do custo anual pelas horas trabalhadas disponíveis à empresa ao longo do ano Logo R 4875512 20167 hano R 2418hora Veja que os R 1200 por hora do trabalhador obteve o dobro de valor para a empresa sendo de R 2418 por hora Esse é apenas um exemplo de como calcular o custo por hora de uma mão de obra direta ao produto 22 CUSTO DE MATERIAIS DIRETOS Todos os materiais diretos utilizados no processo de fabricação do produto são agrega dos no seu valor Nesse sentido Martins 2010 p 116 salienta que As matériasprimas os compo nentes adquiridos prontos as embalagens e os outros materiais diretos utilizados no processo de produção são apropriados aos produtos ou serviços por seu valor historico de aquisição 32 2 Estruturação e Método de Custeio Esse historico de aquisições é reforçado e mencionado por Martins 2010 p 11 Ob viamente para que se saiba quanto de material foi aplicado em cada produto alguma forma de controle deve ser exercida menção na propria requisição ao almoxarifado apontamento pelo chefe do departamento apontamento por parte de alguém do proprio Sistema de Custos etc Assim nosso estudo vem dirigir e avaliar o custo do produto confeccionado que se atribui à movimentação do estoque em que vários lotes foram comprados por preços diferentes e em datas diferentes Avaliação do controle de estoque Os critérios de avaliação de estoque dependem da matériaprima se ela foi adquirida por preços diferentes e em datas diferentes Um desses critérios de avaliação é explicado por Martins 2010 p 118 O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para a avaliação dos estoques consequentemen te para a avaliação do custo dos materiais utilizados Podemos no entanto fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio Movel e Fixo Preço Médio Ponderando Móvel É uma ferramenta que controla constantemente o estoque e portanto calcula o preço médio a cada aquisição de materiais Vejamos o exemplo a seguir Nesse sentido supomos que a Tabela 1 demonstra a ficha do movimento do estoque DIA QUANTIDADES COMPRADAS UNIDADE PREÇO UNITÁRIO TOTAL UNIDADES UTILIZADAS 1 5 1500 R1100 R16500 10 1200 R1250 R15000 2500 13 800 R1400 R11200 30 500 Tabela 01 Movimentação de Estoque num certo período Fonte elaborado pelo autor No dia 10 utilizouse 2500 unidades o preço médio do estoque é igual a somatoria dos valores totais dos dias 5 e 10 16500 15000 dividido pela quantidade adquirida nos dois dias 1500 1200 logo 2 33 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco No dia 30 utilizouse 500 unidades Dessa forma qual o preço médio ponderado movel dessas 500 unidades utilizadas R 315002700un R 1167 por un Portanto o custo da matériaprima usada é de 2500 un x R 1167 R 29175 O preço médio calculado será a somatoria da sobra no estoque de 200 unidades x R 1167 R 2334 mais as 800 unidades x R 1400 R 11200 tendo o total de R 13534 Logo temse o valor de R 13534 dividido por 1000 unidades R 13534 por unidade Portanto temse 500 un x R 13534 R 6767 o custo da matériaprima Preço Médio Ponderando Fixo Como a média é fixa assim calculase a média do mes ou do período e agregando o valor médio fixo encontrado na matériaprima consumida Considerando o exemplo anterior calcularemos o preço médio fixo do mes R 427003500 un R 1220 por un Logo o custo da matériaprima utilizada no dia 10 e no dia 30 será Dia 10 utilizadas 2500 un x R 1220 R 30500 Dia 30 utilizadas 500 un x R 1220 R 6100 É de suma importancia que o custo de matériaprima calculado pelo Preço Médio Ponderado Fixo seja aceito pelo FISCO Nesse sentido Martins 2010 p 119 afirma que A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio pon derado fixo se for calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do estoque Realmente não faz sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os estoques adquiridos nos ulti mos tres meses por exemplo O preço médio fixo do mes é calculado com base no quanto se gastou no mes em compra de matériaprima no caso foi de R 42700 e dividido pela quantidade comprada no caso 3500 un Portanto fica o valor do preço médio fixo da seguinte forma 34 2 Estruturação e Método de Custeio PEPS FIFO O primeiro a entrar é o primeiro a sair Nesse caso o material utilizado será calculado sobre os valores de datas mais antigas da compra de material Voltando para a Tabela 1 temos 1500 un x R 1100 R 16500 1000 un x R 1250 R 12500 TOTAL DE 2500 un por R 29000 de custo de matériaprima Nesse caso é necessário utilizar as 200 unidades no valor de R1250 e mais 300 unida des referentes ao lote do dia 13 com custo de R 1400 200 un x R 1250 R 2500 300 un x R 1400 R 4200 TOTAL DE 500 un por R 6700 de custo de matériaprima UEPS LIFO É o ultimo a entrar o primeiro a sair Nesse caso o material utilizado será calculado so bre os valores de data mais recentes da compra de material Voltando para a Tabela 1 Dia 10 utilizaramse 2500 un Como foram compradas 1200 un por R 1250 logo 1200 un x R 1250 R 15000 Mas faltam ainda 1300 un Essas 1300 un são calculadas sobre o preço do dia 5 que foram compradas 1500 un por R 1100 portanto 1300 x R 1100 R 14300 O TOTAL DE 2500 un R 29300 Dia 30 utilizaramse 500 unidades que são calculadas pela compra do valor unitário do dia 13 R 1400 Portanto 500 un x R 1400 R 7000 Dia 5 foram utilizadas com valor de R1100 Ainda faltam 1000 unidades para serem baixadas que deverão ser consideradas ao valor de R1250 por unidade Essas 1000 unidades serão aplicadas o valor do dia 10 ou seja R1250 por unidade Portanto Ficando 2 35 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Vale lembrar que o Estoque Final do períodomes será composto de 300 un por R 1400 a unidade dia 13 200 un por R 1100 a unidade dia 5 23 CUSTO DE PRODUÇÃO INDIRETO FIXOS São os gastos que envolvem indiretamente a fabricação do produto Na literatura academica sobre Contabilidade de Custos utilizase os termos CIP Custos Indireto de Produção ou GGFI Gasto Geral de Fabricação Indireta Segundo Ribeiro 2013 p 143144 Sempre que não houver meios seguros que permitam clara e objetiva identifi cação dos Gastos Gerais de Fabricação em relação aos produtos fabricados esses gastos deverão ser considerados como Gastos Gerais de Fabricação Indiretos É preciso também destacar a existencia de casos em que os con troles necessários para a identificação dos Gastos Gerais de Fabricação Di retos em relação a cada produto fiquem tão onerosos que é preferível consi derálos juntamente com os indiretos convenção contábil da materialidade As apropriações dos Gastos Gerais de Fabricação Indiretos ao Custo de Fa bricação de cada produto são feitas por meio de rateio Vários são os critérios que podem ser utilizados Conforme já dissemos não existe regra geral que possa ser adotada por todas as empresas Cada caso deve ser analisado iso ladamente Caberá ao contabilista responsável pela Contabilidade de Custos decidir sobre o critério que melhor se encaixe em cada caso Na ausencia de um critério mais objetivo aconselhase a adoção do custo primário como base para rateio dos Gastos Gerais de Fabricação aos produtos Rateio dos GGFI É importante saber que o rateio é um meio pelo qual se faz a alocação dos gastos com os custos indiretos fixos para com o produto ou vários produtos O rateio pode ser calculado por A industria KL fabrica dois produtos KLs e KLr As tabelas a seguir demonstram a distribuição dos gastos de custos diretos na fabricação dos dois produtos no valor de R 140000 Sa bendo que os custos indiretos foram de R 100000 precisamos distribuir proporcionalmente os R 100000 para cada produto ITEM DIRETOS Matériaprima R 80000 MODmão de obra direta R 60000 Total R 14000 Tabela 02 Gastos com os custos diretos CD Fonte elaborado pelo autor Proporção de rateio dos custos indiretos baseado no custo direto isso quer dizer que sendo os custos diretos em sua maioria em valores utilizase esse critério para cal cular a porcentagem Exemplo 36 2 Estruturação e Método de Custeio ITEM INDIRETOS Manutenção R25000 Energia elétrica da fábrica R35000 Seguro da fábrica R20000 Depreciação das máquinas e equipamentos R20000 Total R100000 Tabela 03 Gastos com os custos indiretos CI Fonte elaborado pelo autor Tabela 04 Distribuição dos Custos Diretos CD por produto PRODUTO MATÉRIAPRIMA MOD TOTAL KLs R50000 R40000 R80000 KLr R30000 R20000 R60000 Total R80000 R60000 R140000 Fonte elaborado pelo autor 1º Passo Alocar ratear os R 100000 dos custos indiretos proporcionalmente baseado em quanto cada um dos produtos gastou com o total de custo direto Produto KLs gastou R 80000 CD dos R 140000 portanto 80000140000 057 x100 5714 logo 5714 x R 100000 CI R 5714286 parte dos CI alocados ao produto KLs Produto KLr gastou R 60000 CD dos R 140000 portanto 60000140000 043 x100 4286 logo 4286 x R 100000 CI R 4285714 parte dos CI alocados ao produto KLr 2º Passo Tabela 05 Alocar os custos diretos e indiretos por produto PRODUTO CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS TOTAL DE CUSTOS DE PRODUÇÃO KLs R80000 R5714286 R13714286 KLr R60000 R4285714 R10285714 Total R140000 R100000 R240000 Fonte elaborado pelo autor Proporção de rateio dos custos indiretos baseado na mão de obra direta MOD com base no rateio aplicase proporcionalmente com o gasto de mão de obra que cada produto obteve sobre o total de gastos com a mão de obra dos dois produtos O produto KLs gastou R 40000 de MOD logo 2 37 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 4000060000 067 x100 6667 x R 100000 R 6666667 parte dos CI alocados ao produto KLs O produto KLr gastou R 20000 de MOD logo 2000060000 033 x100 3333 x R 100000 R 3333333 parte dos CI alocados ao produto KLr 2000060000 033 x100 3333 x R 100000 R 3333333 parte dos CI alocados ao produto KLr PRODUTO CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS TOTAL DE CUSTOS DE PRODUÇÃO KLs R80000 R6666667 R14666667 KLr R60000 R3333333 R9333333 Total R140000 R100000 R240000 Tabela 06 Custos diretos e indiretos por produto Fonte elaborado pelo autor Resumidamente Martins 2010 p 56 assegura que Esses valores de custos indiretos diferentes e consequentes custos totais também diferentes para cada produto podem não so provocar análises dis torcidas como também diminuir o grau de credibilidade com relação às in formações de Custos Não há entretanto forma perfeita de se fazer essa distribuição podemos no máximo procurar entre as diferentes alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade 3 DEPARTAMENTO E CENTRO DE CUSTOS Segundo Padovese 2014 p 92 O sistema de contabilidade é normalmente utilizado para obter os gastos gerais de fabricação Originariamente a contabilidade classifica os gastos apenas em contas contábeis que representam os principais tipos de gastos que a empresa tem Contudo para fins de custos essa classificação unica é insuficiente É necessária uma segunda classificação agora por setor ou atividade ou departamento Os gastos devem ser então também contabili zados em centros de custos contábeis que representam o menor segmento de atividade ou de área de responsabilidade nos quais são executados tra balhos homogeneos Um centro de custo ou centro de despesa pode ser tanto uma atividade como um departamento dependendo da estrutura orga nizacional Essa segunda classificação que é feita por setor tem sido nor malmente denominada departamentalização Em outras palavras o conceito de departamentalização para fins de contabilidade de custos compreende a classificação contábil dos gastos separandoos por setor consumidor des ses gastos O fundamento para a departamentalização está essencialmente ligado ao processo ou roteiro de fabricação e à necessidade de se alocar corretamente os esforços da mão de obra direta Como os produtos que 38 2 Estruturação e Método de Custeio estão sendo fabricados passam por diversas fases de fabricação e essas fases normalmente são setores especializados dentro da empresa fazse necessária a apuração setorizada dos gastos para cada fase dos proces sos de fabricação O sistema de informação contábil recebe os gastos dos setores e os acumula por centros de custos dentro das contas contábeis escolhidas para representar os principais gastos da empresa Capta junto ao sistema de folha de pagamento ou ao sistema de apontamento das horas trabalhadas na fábrica as horas de cada centro de custo Com as demais despesas também contabilizadas por setor obtemse os dados para cálculo do custo horário médio de fabricação por centro de custo 31 DEPARTAMENTO Martins 2010 p 6566 salienta que Departamento é definido como Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos representada por pessoas e máquinas na maioria dos casos em que se desenvolvem atividades homogeneas Dizse unidade mínima admi nistrativa porque sempre há um responsável para cada Departamento ou pelo menos deveria haver Essa unidade mínima administrativa pode ser classificada em Departamentos de Pro dução e Departamento de Serviços Assim Martins 2010 p 66 afirma que notamos que podem ser divididos em dois grandes grupos os que pro movem qualquer tipo de modificação sobre o produto diretamente e os que nem recebem o produto aqueles são os que atuam sobre o produto e são conhecidos por Departamentos de Produção enquanto os segundos que vivem basicamente para execução de serviços auxiliares e não para atuação direta sobre os produtos são conhecidos por Departamentos de Serviços Centro de custos departamentalização O Centro de Custos é um departamento da empresa em que os custos indiretos podem ser alocados Martins 2010 p 67 define centro de custos como Centro de Custos portanto é a unidade mínima de acumulação de Custos Indiretos Mas não é necessariamente uma unidade administrativa so ocor rendo quando coincide com o proprio departamento Vamos daqui para a frente sempre falar em departamentos partindo da hipotese simplificadora de que a cada departamento corresponde um unico Centro de Custos Lem bremonos porém de que essa simplificação pode não ocorrer na prática em todas as empresas Por essa simplificação surgem às vezes algumas situações na prática que parecem um pouco sem nexo Por exemplo é co mum encontrarmos empresas com um Departamento de Custos Comuns onde estão incluídos Custos Indiretos tais como Aluguel da Fábrica Segu ros Energia quando há um so medidor para toda a planta etc Na realida de não existe esse Departamento propriamente dito antes é um Centro de Custos não existente fisicamente que está sob o controle global do Depar tamento da Administração Geral da Fábrica Mas ao invés de assim deno minar e classificar costuma a Contabilidade de Custos proceder à agrega ção desses Custos de Produção Indiretos e chamar de Departamento seu conjunto Para que possa ser caracterizado como tal um centro de custos deveria a b c ter uma estrutura de custos homogenea estar concentrado num unico local e oferecer condições de coleta de dados de custos 2 39 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco A definição dada por Bruni 2018 p 113 esclarece sobre os termos de cada departamento Os departamentos podem ser genericamente divididos em dois grandes gru pos a Departamento de serviços corresponde a uma parte essencial da organização não trabalhando porém na elaboração dos produtos ou servi ços Sua função consiste em atender às necessidades dos departamentos de produção ou de outros departamentos de serviços b Departamento de produção elabora diretamente os produtos transformando fisicamente as unidades em processamento Como os departamentos de produção rece bem os benefícios executados pelos departamentos de serviços os custos destes ultimos devem ser também incorporados à produção Logo o custo de produção será a soma dos custos dos departamentos de produção e dos departamentos de serviços No entanto sobre os custos alocados aos departamentos e depois transferidos aos produtos Bruni 2018 p 113 afirma que Embora geralmente cada departamento corresponda a um centro de custo onde são acumulados os gastos incorridos para a posterior transferencia aos produtos ou a outros centros de custos em algumas ocasiões um de partamento pode ser subdividido em diversos centros de custos Se por exemplo o setor de cromação de uma industria metalurgica for constituído de duas máquinas diferentes às vezes operadas até mesmo por um unico funcionário porém com características variadas e independentes de produ ção para um melhor controle os custos associados a cada uma poderiam ser gerenciados de forma isolada Assim o departamento de cromação po deria apresentar dois centros de custos um para cada processo produtivo mesmo que possuísse um unico responsável Exemplo de aplicação A fábrica de mesas Sentese e Come produz tres tipos de mesas para copa mesa grande com 8 cadeiras mesa média com 6 cadeiras e mesa pequena com 4 cadeiras Os custos diretos e quantidades produzidas respectivamente foram alocados confor me a Tabela 7 PRODUTO QUANTIDADE UNIDADES MOD MATÉRIAPRIMA MP Mesa Grande 80 R20000 R15000 Mesa Média 50 R10000 R10000 Mesa Pequena 70 R20000 R35000 Total 200 un R50000 R60000 Tabela 07 Custos diretos alocados por produto Fonte elaborado pelo autor Sabendose os Custos Indiretos de Produção CIP gastos na produção das 200 unida des esses custos indiretos de produção foram distribuídos na Tabela 8 40 2 Estruturação e Método de Custeio Na linha de produção cada produto a ser fabricado ocupa um espaço por metro qua drado no galpão e calculase a depreciação dos equipamentos utilizados para produzir cada produto em porcentagem como a Tabela 9 Aluguel do galpãoprodução 100 m² R 30000 Depreciação dos equipamentos R 10000 Outros custos indiretos de produção CIP R 80000 Total R 120000 Tabela 08 Distribuição dos Custos Indiretos no período de produção Fonte elaborado pelo autor Tabela 09 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor PRODUTO ÁREA OCUPADA M² DO GALPÃO PORCENTAGEM DE DEPRECIAÇÃODE USO DOS EQUIPAMENTOS Mesa Grande 20 m2 25 Mesa Média 30 m2 30 Mesa Pequena 50 m2 45 É necessário ratear segundo os dados da Tabela 9 o valor do aluguel e a depreciação dos equipamentos Os dados utilizados no cálculo são representados na tabela a seguir Tabela 10 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor PRODUTO ALUGUEL R 30000 DEPRECIAÇÃO DE USO DOS EQUIPAMENTOS R 10000 Mesa Grande R6000 R2500 Mesa Média R9000 R3000 Mesa Pequena R15000 R4500 Total R30000 R10000 a Calculos do aluguel rateado por m² Mesa Grande ocupa 20 m² de 100 m² logo são 20 x 30000 R 6000 Mesa Média ocupa 30 m² de 100 m² logo são 30 x 30000 R 9000 Mesa Pequena ocupa 50 m² de 100 m² logo são 50 de 30000 R 15000 2 41 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco A empresa aloca os outros custos indiretos R 80000 de produção aplicando o rateio baseado nos gastos com a mão de obra direta MOD que cada produto consumiu b Calculos da depreciação dos equipamentos Mesa Grande usou 25 do equipamento no período de produção logo 25 x 10000 R 2500 Mesa Média usou 30 do equipamento no período de produção logo 30 x 10000 R 9000 Mesa Pequena usou 45 do equipamento no período de produção logo 45 x 10000 R 4500 PRODUTO MOD RATEIO CIP Mesa Grande R 20000 40 R 32000 Mesa Média R 10000 20 R 16000 Mesa Pequena R 20000 40 R 32000 Total R 50000 100 R 80000 Tabela 11 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor Cálculos Mesa grande 2000050000 04 x100 40 x 80000 32000 Mesa média 1000050000 02 x100 20 x 8000 16000 Mesa pequena 2000050000 04 x100 40 x 80000 32000 Sendo os custos alocados em departamentos e posteriormente aos produtos Portan to os custos diretos de produção e custos indiretos estão alocados em cada produto conforme a Tabela 12 ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Custos Diretos MOD R20000 R10000 R20000 R50000 MP R15000 R10000 R35000 R60000 Custos Indiretos de Produção Tabela 12 Custos de produção CP 42 2 Estruturação e Método de Custeio Assim determinado o Custo de Produção CP de cada item podese calcular o custo unitário de cada mesa ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Aluguel R6000 R9000 R15000 R30000 Depreciação de equipamentos R2500 R3000 R4500 R10000 Outros CI R32000 R16000 R32000 R80000 Total Custo de Produção CP R75500 R48000 R106500 R230000 Fonte elaborado pelo autor Mesa Grande CPquantidade 7550080 R 94375un Mesa média 4800050 R 960000un Mesa Pequena 10650070 R 152143un Bruni 2018 p 114 acrescenta que As vantagens da departamentalização poderiam ser expressas sob dois as pectos principais melhoria dos controles internos e redução dos problemas decorrentes dos rateios dos custos indiretos A melhoria dos controles in ternos associados aos custos devese ao fato de cada centro de custos ou departamento possuir um responsável Por sua vez este exerce uma ação direta sobre os resultados de seu departamento podendo através de sua gestão aumentar ou diminuir seus gastos 4 O CUSTEIO POR ABSORÇÃO Esse Método de Custeio por Absorção é caracterizado por absorver todos os custos de produção os custos diretos e custos indiretos aos bens elaborados Segundo Santos 2017 p 87 A contabilidade de custos quando procura custear o produto atribuindolhe também parte do custo fixo é conhecida como contabilidade de custos pelo método de custeamento por absorção full cost Este método consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta rateios A metodologia de custeio pelo método por absorção é considerada como básica para a avaliação de estoques pela contabilidade societária para fins de levantamento de balanço patrimonial e de resultados com a finalidade de atender a exigencias da contabilidade societária O sistema de custeio por absorção é falho em muitas circunstan cias como instrumento gerencial de tomada de decisão porque tem como premissa básica os rateios dos chamados custos fixos que apesar de aparentarem logicos poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas 2 43 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Segundo Martins 2010 p 37 Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos nascido da situação historica men cionada Consistem na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados e so os de produção todos os gastos relativos ao es forço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos No Brasil o Custeio por Absorção está contemplado no Pronuncia mento Ténico CPC 16 do Comite de Pronunciamentos Contábeis CPC que trata da valorização de estoques CUSTOS INDIRETOS DIRETOS RATEIO PRODUTO A DESPESAS VENDAS PRODUTO B PRODUTO C ESTOQUE RESULTADO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Figura 01 Esquematização Fonte adaptada de Osmar 2018 41 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Tendo o item Exemplo de aplicação como exemplo da fábrica de mesas Sen tese e Come que produz tres tipos de mesas para copa mesas grande com 8 cadeiras mesas média com 6 cadeiras e mesas pequena com 4 cadeiras Sabendo que não teve estoque inicial e nem estoque final no final do período de produção Foi vendida toda a produção do períodoA quantidade de produção de cada item foi 80 mesas grandes 50 mesas médias e 70 mesas pequenas 44 2 Estruturação e Método de Custeio Tendo as despesas operacionais e preço unitário de vendas conforme as Tabelas 13 e 14 Administração Financeiro e Funcionários Administrativo R 25000 Departamento de Vendas R 30000 Total de despesas R 55000 Tabela 13 Despesas operacionais Fonte elaborado pelo autor Mesa Grande R 2800 Mesa Média R 2200 Mesa Pequena R 1800 Tabela 14 Preço unitário de cada item para Venda Fonte elaborado pelo autor Calcular 01 O custo de produção de cada mesa 02 A Receita de vendas de cada mesa 03 Demonstração de Resultados Resolução a O custo de produção de cada mesa está informado conforme a Tabela12 Custos de Produção CP ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Custos Diretos MOD R20000 R10000 R20000 R50000 MP R15000 R10000 R35000 R60000 Custos Indiretos de Produção Aluguel R 6000 R 9000 R 15000 R 30000 2 45 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Depreciação de equipamentos R 2500 R 3000 R 4500 R 10000 Outros CI R 32000 R 16000 R 32000 R 80000 Total Custo de Produção CP R 75500 R 48000 R 106500 R 230000 Produção CP Fonte elaborado pelo autor Assim determinado o Custo de Produção CP de cada item podemos calcular o custo uni tário de cada mesa Mesa Grande CPquantidade 7550080 R 94375un Mesa média 4800050 R 960000un Mesa Pequena 10650070 R 152143un b A receita de venda de cada mesa é o preço de venda x a quantidade fabricada e vendida Portanto Mesa grande 80 x R 2800 R 224000 Mesa média 50 x R 2200 R 110000 Mesa pequena 70 x R 1800 126000 c Conforme apresentado a demonstração de resultados R Receitas de vendas dos produtos nesse caso toda a receita da venda dos três produtos R 224000 R 110000 R 126000 R 460000 total de receita CPV Custo do produto vendido São todos os custos diretos e indiretos ou seja os custos de produção R 230000 Lucro bruto é Receita Custo de produto vendido R 460000 R 230000 R 230000 Despesas Operacionais R 55000 Lucro Operacional é o Lucro Bruto as Despesas Operacionais R 230000 R 55000 R 175000 46 2 Estruturação e Método de Custeio Logo a tabela 15 organizando os dados ficou assim RECEITA R 460000 CPV R 230000 LUCRO BRUTO R 230000 DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 175000 Fonte elaborado pelo autor Caso os estoques não sejam vendidos em sua totalidade eles estarão compondo o estoque final de cada produto E se supostamente não se vende todo o estoque ficando por exemplo no Estoque Final 20 mesas grandes 10 mesas médias e 25 mesas pequenas Como ficaria a Demonstração de Resultado através do Custeio por Absorção Para responder a essa pergunta precisamos lembrar que toda a produção gastou dentro do período os R 230000 que é o CPV e as despesas no valor de R 55000 Portanto o que diminui a receita de vendas Receita de vendas Mesa grande 60 un x R 2800 R 168000 Mesa média 40 un x R 2200 R 88000 Mesa pequena 45 un x R 1800 R 81000 O total de Receita R 337000 Tabela 15 Demonstração de Resultados Custeio por Absorção RECEITA R 337000 CPV R 230000 LUCRO BRUTO R 107000 Tabela 16 Demonstração de Resultados de Custeio por Absorção com Estoque 2 47 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 42 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Vantagens Pode melhorar a utilização dos recursos absorvendo todos os custos de produção permitindo a apuração do custo total de cada produto Está de acordo com os princípios de contabilidade e a legislação tributária Não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e va riáveis Atende efetivamente à fixação de preços de venda mais reais So é considerado custo a parcela dos materiais utilizados na produção CRE PALDI CREPALDI 2017 p 159 Desvantagens Os custos por não se relacionarem com este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio quase sempre com grande grau de arbitrariedade O custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção e o que é pior o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto Os cus tos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou daquela unidade e acabam presentes no mesmo montante mesmo que ocorram os cilações dentro de certos limites A desvantagem desse método está no aspecto gerencial já que todos os custos deverão se incorporar aos produtos inclusive os fixos Devese utilizar algum critério de rateio para alocação des ses custos Assim mesmo que o critério de rateio seja o mais ideal haverá certo grau de arbitrariedade na alocação de custos Um problema na utilização do método de custeio por absorção está na fixação dos preços sem conhecer a margem real de cada produto vendido e de forma menos eficaz visando a um resultado global CREPALDI CREPALDI 2017 p159 5 CUSTEIO DIRETO OU CUSTEIO VARIÁVEL O Método de Custeio Direto ou Método de Custeio Variável segundo Padovese 2014 p 73 Os custos diretos ou variáveis tem uma identificação clara e podem ser mensurados diretamente em relação a uma unidade de produto serviço ou atividade ao passo que os custos indiretos ou fixos não tem essa mesma possibilidade e so podem ser atribuídos ao custo dos produtos serviços ou atividades por critérios de distribuição ou alocação de custos chamados de critérios de rateio ou absorção de custos indiretos Analisando o resultado a Receita diminui de R 460000 para R 337000 e o Lucro Ope racional diminui de R 175000 para R 520000 isso ocorre em razão que os Custos dos Produtos Vendidos R 230000 e as Despesas operacionais R 55000 foram os mesmos Fonte elaborado pelo autor DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 52000 48 2 Estruturação e Método de Custeio No entanto Padovese 2014 p 73 define os dois métodos Método de custeio direto Este utiliza para custeamento dos produtos ape nas os gastos diretos a cada um dos produtos e serviços de uma empresa sejam eles custos gastos da área industrial sejam despesas gastos da área comercial1 Dessa forma neste método são utilizados para cálculo do custo unitário dos produtos tanto os custos e despesas diretos variáveis quanto os fixos Os diretos variáveis são incorporados ao custo dos produtos pelo seu custo unitário específico e os diretos fixos pelo custo médio em função da quantidade produzida ou vendida Método de custeio variável Esta meto dologia de apuração de custo unitário dos produtos e serviços considera tão somente os custos e as despesas variáveis de cada produto ou serviço sejam eles diretos ou indiretos Este método busca um custo unitário do produto ou serviço sem nenhuma duvida em termos de mensuração monetária já que ao utilizar apenas elementos variáveis e portanto com valor unitário para cada unidade de produto perfeitamente definido não usa nenhum conceito de cálculo médio Esta característica torna este método cientificamente recomen dável para todos os propositos de previsões e tomada de decisão Desse modo segundo Padovese 2014 p 74 os dois Métodos de Custeio Direto e Métodos de Custeio Variável são similares Os autores tem comumente apresentado a nomenclatura dupla como se os dois métodos fossem identicos mas que na realidade nãosão conforme já apresentamos Contudo pelo fato de para a maior parte das empresas os principais custos diretos terem característica de variabilidade o entendimento similar desses dois métodos é perdoável e aceitável Em linhas gerais a grande diferença está na mão de obra direta que mesmo sendo fixa durante um perío do curto tem condições de ser entendida como variável no médio prazo fican do portanto muito similares os tipos de custos utilizados pelos dois métodos 51 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CUSTEIO DIRETO POR VARIÁVEL Continuando com nosso exemplo da fábrica de mesas Sentese e Come e com os dados fornecidos do item 41 Custos Diretos variavel MOD MP R 110000 500006000 Custos Indiretos Fixos R 120000 Despesas R 55000 Receitas de vendas R 460000 Portanto R Receitas de vendas dos produtos nesse caso toda a receita da venda dos três produtos R 224000 R 110000 R 126000 R 460000 total de receita CUSTO VARIÁVEL Custo direto Nesse caso MOD e MP Custo do produto vendido são todos os custos diretos e indiretos ou seja os custos de produção R 110000 2 49 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Segundo Padovese 2014 p 296 No custeamento variável os custos e as despesas fixas são considerados custos periodicos e não do produto Neste conceito não há necessidade de adicionar os custos e as despesas fixas ao custeamento unitário do produto devendo esses gastos ser tratados de forma global apenas na demonstra ção de resultados do período MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO é a quantia com a qual o produto contribui para amor tizar os custos fixos e as despesas Tendo como resultado da subtração da Receita de vendas menos os custos Variáveis O Custo Fixo custos indiretos R 120000 Despesas Operacionais R 55000 Lucro Operacional é o Lucro Bruto as Despesas Operacionais R 230000 R 55000 R 175000 Logo a Tabela 17 organizando os dados resultou RECEITA R 460000 CUSTO VARIÁVEL R 110000 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R 350000 CUSTOS FIXOS INDIRETOS R 120000 DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 175000 Tabela 17 Demonstração de Resultados Custeio por Variável ou Direto Fonte elaborado pelo autor 6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MÉTODO DE CUSTEIO DIRETO POR VARIÁVEL Segundo Eliseu 2003 p 145 Do ponto de vista decisorial verificamos que o Custeio Variável tem con dições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informati vo à administração por abandonar os custos fixos e tratálos contabilmente 50 2 Estruturação e Método de Custeio como se fossem despesas já que são quase sempre repetitivos e indepen dentes dos diversos produtos e unidades Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balan ços avaliados à base do Custeio Variável por isso esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos Contadores pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco Ele o Custeio Variável de fato fere os Princípios Contábeis principalmente o Regime de Competencia e a Con frontação Segundo estes devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção Ora se produzimos hoje incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos e essas vendas poderão em parte vir amanhã Não seria dentro desse raciocínio muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje se parte dos produtos feitos so será vendida amanhã deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos quer variáveis quer fixos relativos a tais produtos Justificase dessa forma a ainda nãoaceitação do Custeio Variável para efeitos de Balanços e Resultados Entretanto essa situação poderá vir a mudar no futuro Mas essa nãoaceitação do Custeio Variável não impede que a empresa o utilize para efeito interno ou mesmo que o formalize completamente na Contabili dade durante o período todo Basta no final fazer um lançamento de ajuste para que fique tudo amoldado aos critérios exigidos Nem a Auditoria Exter na nem a legislação fiscal impedem a adoção de critérios durante o período diferentes dos adotados nas demonstrações contábeis de final de período A Consistencia é obrigatoria entre as demonstrações de fim de cada período 7 CONCLUSÃO Assim podemos dizer que os dois métodos tem suas propriedades nas decisões geren ciais Essas propriedades são constatadas por Martins 2010 p 204 Pela propria natureza dos custos fixos invariabilidade arbitrariedade em seu rateio e variação por unidade em função de oscilações do volume glo bal e por propiciar valores de lucro não muito uteis para fins decisoriais criouse um critério alternativo ao Custeio por Absorção Tratase do Custeio Variável Direto em que so são agregados aos produtos seus custos variá veis considerandose os custos fixos como se fossem despesas Nas De monstrações à base do Custeio Variável obtémse um lucro que acompanha sempre a direção das Vendas o que não ocorre com o Absorção Mas por contrariar a Competencia e a Confrontação o Custeio Variável não é válido para Balanços de uso externo deixando de ser aceito tanto pela Auditoria Independente quanto pelo Fisco É fácil entretanto trabalharse com ele durante o ano e fazerse uma adaptação de fim de exercício para se voltar ao Absorção Esse estudo foi desenvolvido por meio de exemplos à aplicação de métodos de custeio contribui para que o gestor de custos possa aprender a fazer uma análise de gastos e de custos de produção Assim como dos componentes dos custos agrupados em materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos Além disso verificamos as possibilidades de rateio dos custos indiretos analisamos os métodos de avaliação de estoques PEPS Custo Médio e UEPS Fisco 2 51 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco O custeio variável não é aceito pela auditoria externa das empresas que tem capital aberto nem pela legislação do Imposto de Renda A razão disso é que o custeio variável fere os prin cípios de contabilidade em especial os princípios de realização de receitas de confrontação e da competencia Esses princípios estabelecem que os custos associados aos produtos so podem ser reconhecidos à medida em que estes são vendidos já que somente quando reconhecida a receita por ocasião da venda é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários a sua obtenção custos e despesas Como o custeio variável admite que todos os custos fixos sejam deduzidos do resultado mesmo que nem todos os produtos sejam vendidos ele violaria tais princípios CREPALDI CREPALDI 2017 p 162 IMPORTANTE Métodos de avaliar estoque Na contabilidade de custos existem tres formas de se avaliar os custos dos estoques em uma entidade São eles o PEPS Primeiro que Entra Primeiro que Sai UEPS Ultimo que Entra Primeiro que Sai e o Custo Médio ou Média Ponderada Movel De forma resumida o PEPS orienta que para a apuração de CMV custo da mercadoria ven dida CPV custo do produto vendido ou CSP custo do serviço prestado as unidades que deverão ser vendidas primeiro sair primeiro da empresa devem ser aquelas que entraram primeiro no estoque foram adquiridas primeiro que as outras O UEPS orienta que para esta apuração o preço dos bens vendidos deve ser mensurado com base nas ultimas compras efetuadas para fins de apuração onde o ultimo que entra ul timas compras realizadas ultimos produtos que entraram no estoque deverá ser o primeiro a sair as ultimas unidades deverão ser vendidas primeiro Já o Custo Médio ou Média Ponderada Movel preve que deve ser efetuada a média dos valores constantes no estoque com base nas unidades que serão vendidas Assim seria investigado o pre ço médio do período e o mesmo seria aplicado no momento da apuração dos custos de venda Sim mas porque o UEPS não pode ser realizado pelas empresas brasileiras Com a conversão às Normas Internacionais de Contabilidade muitos procedimentos contábeis foram adaptados e modificados Mas o nosso proprio sistema inflacionário explicaria com ma estria a razão pela qual o método UEPS não é eficiente Isso porque a inflação se caracteriza pelo aumento dos preços em determinado período Imagine como o UEPS preve a venda primeiramente dos bens que entraram por ultimo nos estoques consequentemente o preço destes bens seria mais elevado com relação aos demais existentes no ativo das entidades Consequentemente o CMV no caso do custo das mercadorias vendidas seria maior e o es toque final menor O resultado do período ficaria subavaliado perante a DRE Demonstração de Resultado do Exercício apurada Por isso o RIR Regulamento de Imposto de Ren da não permite a sua adoção para fins fiscaiscontábeis nas empresas do Brasil Fonte httpswwwcontabeiscombrartigos3527porqueometodouepsnaoeautorizadonobrasilparaa mensuracaodosestoques Acesso em 13 abr 2020 PARA REFLETIR Estruturagao e Método de Custeio A Fe eeemecememmmmmcmmemmmmmmrmmes CE IVP LC i 1 1 Aplicagao de método de custeio por absorgao Por exemplo digamos que uma empresa produza bermudas Nesse caso os gastos com a produgao seriam I 1 Custos Diretos por pega R 1500 i 1 Custos indiretos no periodo de produgao R 50000 I 1 Quantidades Produzidas no periodo R 200 pecas 1 i Despesas do Setor Administrativo R 45000 1 1 Prego de Venda unitario R 5500 Nota sabendo que toda a produgao foi vendida 1 1 Portanto para construir a tabela de Demonstrativo de Resultado pelo método de Custo por Absorcao precisase calcular em primeiro lugar a Receita entrada que a empresa obte ve R5500 a unidade vendida vezes as 200 unidades fabricadas e vendidas 55x200 R11000 Segundo subtrair o Custo do Produto Vendido CPV que é formado com a soma 1 dos custos indiretos R500 com os custos diretos R1500 a unidade vezes 200 unidades 15x200 R3000 Portanto o CPV fica R3500 1 1 j Tabela 18 Demonstragao de Resultados Custeio por Absorgao 1 1 1 I 1 1 1 1 1 Fonte elaborado pelo autor a 2 rocco rc ccc cro RRS Nee 1 1 i Margem de Contribuigao é 0 resultado da receita de vendas pela subtragao dos custos variaveis Segundo o dicionario Aurélio 1 1 Margem Borda Essa borda vai proteger os seus custos variaveis ou seja o valor gasto com a mercadoria 1 Contribuigao Aao de contribuir Essa agao possui uma unica responsabilidade pa 1 gar as suas despesas fixas e te dar gerar lucro entrando em caixa 1 1 CPV custo do produto vendido no qual é calculado com todos os gastos com a produgao do produto que sao a soma dos custos diretos e indiretos a 52 CN 2 53 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco normalmente deixa de ser considerado como Mão de Obra Direta o tempo ocioso em vir tude de falta de produção avarias etc é claro que se ele estiver sendo utilizado numa outra função como limpeza manutenção etc deverá então ser reclassificado para ela saindo da Mão de Obra Direta Caso a ociosidade seja normal e o operário esteja sendo mantido parado o mais comum é a acumulação desse tempo como Tempo Improdutivo dentro dos Custos Indi retos para rateio à produção geral Quando houver paradas apenas em determinadas épocas do ano deverá a empresa utilizar um sistema de provisionamento para rateio desses Custos Indiretos a todos os produtos feitos no ano e não somente aos elaborados no mes ou nos poucos meses em que houve o tempo não utilizado da Mão de Obra Direta Tempo Não Pro dutivo ou Improdutivo não são boas expressões pois não significam tempo necessariamente parado podendo dizer respeito a tempo utilizado em outras funções que não a Mão de Obra Direta Entretanto outros procedimentos podem ser indicados em algumas situações específi cas Se a parada for obrigatoria por causa do tipo de produto que vem a seguir como é o caso do tempo de preparação de máquinas poderá ser interessante que esse valor seja apropriado diretamente ao produto ou à ordem isso se realmente o produto elaborado tiver como requisito constante tal parada para preparação fazendo parte da propria programação de sua fabrica ção Se por outro lado a preparação ou outro tempo parado se dever não ao produto que vai ser elaborado e sim ao que acabou de ser produzido deverá então ser atribuído a este Caso ocorra todavia uma situação em que ao passar do produto A para o B haja uma parada de duas horas do B para o C de tres do C para o B de uma do A para o C de duas etc passará a não haver mais condição de se alocar quer ao produto que findou quer ao seguinte Nessa situação deverá voltar o critério de atribuição do tempo improdutivo aos Custos Indiretos para posterior rateio a toda a produção O fundamental é que seja cuidadosamente estudado cada caso para se verificar qual o procedimento que melhor se coaduna com cada situação Não existem soluções apriorísticas universais Existem também as paradas normais para descan so café etc estas também precisam de uma análise para a fixação do procedimento a lhes ser dado Normalmente são consideradas como se fossem produtivas quando ocorrem numa produção contínua ou em ordens de longa duração Mas se se tratar de ordens ou produtos de duas ou tres horas de fabricação haverá uma distorção caso atribuamos a um ou outro os 15 minutos de parada uma ordem sairia por um custo e outra por valor bastante diferente ADICIONAL DE HORAS EXTRAS E OUTROS ADICIONAIS Também o adicional de horas extras os adicionais noturnos as bonificações e outros itens provocam o dilema de se debitar diretamente ao produto ou se atribuir aos Custos Indiretos para rateio geral Da mesma forma que antes tudo irá depender da análise elaborada Se por exemplo o pagamento da hora extra for anormalesporádi co e houver incorrido num determinado dia em função de uma en comenda especial deverá serlhe totalmente atribuído como custo direto Noutro exemplo se a empresa pagar duas horas diárias extraordinárias durante o ano todo e trabalhar em produção contínua o correto será a sua diluição pela propria taxa horária não deveria haver diferença entre o custo das primeiras e das ultimas horas de trabalho do operário bastando que ao se elaborar a taxa já se incluíssem no gasto total as horas extras e se dividisse o total pelas horas de trabalho digamos dez ao invés de oito por dia por exemplo Ainda em outra hipotese caso a empresa tivesse às vezes que pagar horas ex tras em determinadas épocas do ano ou do mes poderia ocorrer de a atribuição direta não ser a mais justificada talvez aí o correto fosse a inclusão do excedente trazido de gasto pela hora extra o adicional e não a parte relativa à normal como parte dos Custos Indiretos para rateio a todos os produtos elaborados sem se penalizar este ou aquele especificamente Também os abonos por produtividade podem ser em algumas situações mais bem tratados como parte dos Custos Diretos e em outras como Indiretos MARTINS 2010 p 140142 IMPORTANTE 54 2 Estruturação e Método de Custeio REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BRUNI Adriano Leal Administração custos preços lucros 6 ed Rio de Janeiro Atlas 2018 Minha Biblioteca 2 CREPALDI Silvio Aparecido CREPALDI Gui lherme Simões Contabilidade de custos 6 ed São Paulo Atlas 2017 Minha Biblioteca 3 MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos 10 ed Rio de Janeiro Atlas 2010 Minha Biblioteca 4 PADOVEZE Clovis Luís Contabilidade de cus tos São Paulo Cengage Learning 2014 Minha Biblioteca 5 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos facil 8 ed São Paulo Saraiva 2013 Minha Biblio teca 6 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e analise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 Minha Biblioteca 7 SILVA Moacyr de Lima e Custos contabilidade descomplicada São Paulo Erica 2012 Minha Bi blioteca 2 55 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco
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6 4 Título Unidade CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO 28 2 Estruturação e Método de Custeio UNIDADE 2 ESTRUTURAÇÃO E MÉTODO DE CUSTEIO 1 CONCEITO DE MÉTODO DE CUSTEIO Os métodos de custeio são ferramentas que calculam o custo de um produto por meio de sistemas que identificam por meio de cálculos sua vantagem para a empresa e assim permita analisar se as relações de custo e volume são compatíveis com o lucro A definição de custeio segundo Crepaldi e Crepaldi 2017 p 151 é Método de custeio é o método usado para a apropriação de custos Existem dois métodos de custeio básicos custeio por absorção e custeio variável ou direto que podem ser usados com qualquer sistema de acumulação de custos A diferença básica entre os dois métodos está no tratamento dos custos fixos Por isso vamos apresentar a classificação dos custos quanto ao volume de produção Custear significa acumular determinar custos Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos maneiras segundo as quais procede mos a acumulação e a apuração dos custos A aplicação desses sistemas deverá ser coerente com o tipo de empresa as características de suas ati vidades suas necessidades gerenciais e evidentemente o custobenefício resultante do sistema adotado segundo Horngren 1985 Assim o tema a ser discutido é identificar e definir os caminhos possíveis à apuração do custo unitário dos produtos e serviços finais Portanto o objetivo do método de custeio segundo Padovese 2014 p 71 é Em linhas gerais o método de custeamento define os gastos que devem fazer parte da apuração do custo unitário dos produtos e serviços finais Corresponde portanto à metodologia utilizada que basicamente responde à questão funda mental que colocamos no início deste topico Existem diversas visões sobre o assunto do método que apenas considera o custo dos materiais diretos como formadores do custo unitário dos produtos até aquele que entende que mesmo os impostos sobre o lucro devem fazer parte do custo unitário dos produtos e serviços Podemos dizer que o método é o fundamento teorico mais importante na questão da contabilidade de custos Definido o método a ser utilizado pela empresa todos os demais fundamentos e processos decisorios deverão ser modelados à luz do adotado Assim se uma empresa adotar o do custeamento variável todo o processo decisorio subsequente deverá ser estruturado con siderando este método Se outra empresa adotar o método de custeamento ABC todos os modelos decisorios deverão ter este como base informacional e assim sucessivamente Dessa forma a definição do método está ligada à teoria da decisão pois uma vez definido toda a estruturação dos demais modelos decisorios deverá ser parametrizada pelo método adotado 2 29 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco O método de custeio a ser adotado pela empresa como ferramenta apurará as atividades de produção do produto para a formação de preço com o intuito de competir no mercado Essa ferramenta é explicada por Padovese 2014 p 72 A mensuração da receita de produtos e serviços recursos e atividades da empresa tem como fundamento o preço de mercado Como é necessário apurar o resultado o ponto crucial tornase o método de mensuração dos custos dos recursos e produtos ou o método de custeio O primeiro está fundamentalmente ligado a tres questões a os gastos custos e despesas que devem fazer parte da apuração do custo dos recursos produtos servi ços atividades ou departamentos e por consequencia b os custos de um recurso bem produto ou serviço final que devem ser ativados enquanto esses bens estão em estoque enquanto não são vendidos c a definição da metodologia de cálculo e a apuração do custo unitário dos produtos e serviços A questão dos custos que devem fazer parte da apuração do custo dos bens produtos serviços ou atividades está relacionada à questão dos custos diretos e variáveis e indiretos e fixos 2 MOVIMENTO DAS ATIVIDADES NA PRODUÇÃO Antes de definir os métodos de custeio aplicados na Contabilidade de Custos é preciso mensurar o custo das atividades de produção Nesse sentido podemos afirmar que Dependendo da complexidade da industrialização os trabalhos a serem executados podem partir do simples artesanato até atingirem um alto nível de robotização passando por uma gama de inumeros processos intermediários manuais semimecanizados mecanizados e automati zados cujas dificuldades de controle e de custeio podem atingir graus tão elevados a ponto de na grande maioria dos casos necessitarmos da apelação à Informática como unico recurso bastante capaz de nos permitir chegar até lá Se pararmos para observar fica evidente o quão complicado pode ser o envolvimento daquele que se proponha a efetuar qualquer tipo de controle de custos pois é quase infinita a diversidade de empresas micros pequenas médias grandes e macros cuja produção pode se resumir a simples alfinetes ou então até a complicada montagem total de onibus espaciais SILVA 2010 p 30 Portanto os cálculos de custos de atividades de produção para qualquer processo pro dutivo e de Custo de mão de obra custo de materiais e o custo de produção 21 CUSTO DE MÃO DE OBRA No custo de mão de obra direta são mensuradas as horas trabalhadas comparadas ao tempo utilizado no produto No entanto o tempo ocioso por exemplo de falta de mate riais caracterizase como custos indiretos Diante disso Martins 2010 p 134 explica que Portanto custo de Mão de Obra Direta não se confunde com valor total pago à produção mesmo aos operários diretos So se caracteriza como tal a utilizada diretamente sobre o produto Portanto o custo de Mão de Obra Direta varia com a produção enquanto a Folha relativa ao pessoal da propria produção é fixa Essa distinção é de absoluta importancia para inumeras finalidades 30 2 Estruturação e Método de Custeio Folha de pagamento da mão de obra direta A folha de pagamento da legislação trabalhista brasileira compõe vários fatores como 44 horas semanais compondo 6 dias trabalhados sem considerar horas extras e sem com pensação dos sábados A seguir apresentamos outros aspectos da folha de pagamento Na situação de nosso país ao se optar então pela inclusão dos encargos sociais no proprio montante da Mão de Obra Direta precisase calcular para cada empresa ou para cada departamento se houver variações significa tivas entre eles qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho Sabemos que decorrem da legislação e do contrato de trabalho os repousos semanais remunerados as férias o 13º salário a contribuição ao INSS a remune ração dos feriados as faltas abonadas por gala nojo etc além de vários outros direitos garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais MARTINS 2010 p 135 Ainda segundo Martins 2010 p 135 A maneira mais fácil de calcular esse valor é verificar o gasto que cabe à empresa por ano e dividilo pelo numero de horas em que o empregado efetivamente se encontra à sua disposição APLICANDO O CONCEITO DE FOLHA DE PAGAMENTO Certo trabalhador ganha R 1200 por hora A jornada máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais desse modo é mais fácil de calcular as horas por ano que um trabalhador oferece à empresa segundo Martins 2010 p 135 44 6 73333 horas que equivalem a 7 horas e 20 minutos Assim podemos estimar o numero máximo de horas que um trabalhador pode oferecer à empresa NÚMERO TOTAL DE DIAS POR ANO 365 DIAS Repousos Semanais Remunerados 48 dias Férias 30 dias Feriados 12 dias Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias jornada máxima diária em horas 7333 horas Numero maximo de horas a disposição por ano 20167 horas Deduzidas quatro semanas já computadas nas férias Desse modo o gasto anual que a empresa terá de arcar com esse empregado que ganha R 1200 por hora será de 2 31 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Contudo sobre esse valor R 3563971ano a empresa deve recolher as seguintes con tribuições explicadas por Martins 2010 p 136 Sobre esse total o empregado é obri gado a recolher as seguintes contribuições em porcentagens Previdencia Social 200 Fundo de Garantia 80 Seguroacidentes do trabalho 30 Salárioeducação 25 SESI ou SESC 15 SENAI ou SENAC 10 INCRA 02 SEBRAE 06 Total 368 Salarios 20167 h x R1200 R 2420040 Repousos semanais 48 dias x 7333 horas x R 1200 R 422381 Férias 30 dias x 7333 horas x R 1200 R 263988 13º salario 220 horas x R 1200 R 264000 Uma terça parte de Férias 13 R 87967 12 dias de feriado 12 x 7333 horas x R 1200 R 105595 TOTAL DE GASTOS POR ANO R 3563971 Logo sobre R 3563971 aplicaremos os encargos de 368 ou seja multiplicar por 1368 um inteiro mais 368100 Portanto R 35639 71 x 1368 R 4875512 Temse assim o custo total anual R 4875512 do empregado e o custo por hora desse trabalhador é calculado dividindo o valor do custo anual pelas horas trabalhadas disponíveis à empresa ao longo do ano Logo R 4875512 20167 hano R 2418hora Veja que os R 1200 por hora do trabalhador obteve o dobro de valor para a empresa sendo de R 2418 por hora Esse é apenas um exemplo de como calcular o custo por hora de uma mão de obra direta ao produto 22 CUSTO DE MATERIAIS DIRETOS Todos os materiais diretos utilizados no processo de fabricação do produto são agrega dos no seu valor Nesse sentido Martins 2010 p 116 salienta que As matériasprimas os compo nentes adquiridos prontos as embalagens e os outros materiais diretos utilizados no processo de produção são apropriados aos produtos ou serviços por seu valor historico de aquisição 32 2 Estruturação e Método de Custeio Esse historico de aquisições é reforçado e mencionado por Martins 2010 p 11 Ob viamente para que se saiba quanto de material foi aplicado em cada produto alguma forma de controle deve ser exercida menção na propria requisição ao almoxarifado apontamento pelo chefe do departamento apontamento por parte de alguém do proprio Sistema de Custos etc Assim nosso estudo vem dirigir e avaliar o custo do produto confeccionado que se atribui à movimentação do estoque em que vários lotes foram comprados por preços diferentes e em datas diferentes Avaliação do controle de estoque Os critérios de avaliação de estoque dependem da matériaprima se ela foi adquirida por preços diferentes e em datas diferentes Um desses critérios de avaliação é explicado por Martins 2010 p 118 O critério mais utilizado no Brasil é o do Preço Médio para a avaliação dos estoques consequentemen te para a avaliação do custo dos materiais utilizados Podemos no entanto fixar pelo menos dois tipos diferentes de Preço Médio Movel e Fixo Preço Médio Ponderando Móvel É uma ferramenta que controla constantemente o estoque e portanto calcula o preço médio a cada aquisição de materiais Vejamos o exemplo a seguir Nesse sentido supomos que a Tabela 1 demonstra a ficha do movimento do estoque DIA QUANTIDADES COMPRADAS UNIDADE PREÇO UNITÁRIO TOTAL UNIDADES UTILIZADAS 1 5 1500 R1100 R16500 10 1200 R1250 R15000 2500 13 800 R1400 R11200 30 500 Tabela 01 Movimentação de Estoque num certo período Fonte elaborado pelo autor No dia 10 utilizouse 2500 unidades o preço médio do estoque é igual a somatoria dos valores totais dos dias 5 e 10 16500 15000 dividido pela quantidade adquirida nos dois dias 1500 1200 logo 2 33 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco No dia 30 utilizouse 500 unidades Dessa forma qual o preço médio ponderado movel dessas 500 unidades utilizadas R 315002700un R 1167 por un Portanto o custo da matériaprima usada é de 2500 un x R 1167 R 29175 O preço médio calculado será a somatoria da sobra no estoque de 200 unidades x R 1167 R 2334 mais as 800 unidades x R 1400 R 11200 tendo o total de R 13534 Logo temse o valor de R 13534 dividido por 1000 unidades R 13534 por unidade Portanto temse 500 un x R 13534 R 6767 o custo da matériaprima Preço Médio Ponderando Fixo Como a média é fixa assim calculase a média do mes ou do período e agregando o valor médio fixo encontrado na matériaprima consumida Considerando o exemplo anterior calcularemos o preço médio fixo do mes R 427003500 un R 1220 por un Logo o custo da matériaprima utilizada no dia 10 e no dia 30 será Dia 10 utilizadas 2500 un x R 1220 R 30500 Dia 30 utilizadas 500 un x R 1220 R 6100 É de suma importancia que o custo de matériaprima calculado pelo Preço Médio Ponderado Fixo seja aceito pelo FISCO Nesse sentido Martins 2010 p 119 afirma que A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio pon derado fixo se for calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de rotação do estoque Realmente não faz sentido avaliar pelo preço médio das compras do ano os estoques adquiridos nos ulti mos tres meses por exemplo O preço médio fixo do mes é calculado com base no quanto se gastou no mes em compra de matériaprima no caso foi de R 42700 e dividido pela quantidade comprada no caso 3500 un Portanto fica o valor do preço médio fixo da seguinte forma 34 2 Estruturação e Método de Custeio PEPS FIFO O primeiro a entrar é o primeiro a sair Nesse caso o material utilizado será calculado sobre os valores de datas mais antigas da compra de material Voltando para a Tabela 1 temos 1500 un x R 1100 R 16500 1000 un x R 1250 R 12500 TOTAL DE 2500 un por R 29000 de custo de matériaprima Nesse caso é necessário utilizar as 200 unidades no valor de R1250 e mais 300 unida des referentes ao lote do dia 13 com custo de R 1400 200 un x R 1250 R 2500 300 un x R 1400 R 4200 TOTAL DE 500 un por R 6700 de custo de matériaprima UEPS LIFO É o ultimo a entrar o primeiro a sair Nesse caso o material utilizado será calculado so bre os valores de data mais recentes da compra de material Voltando para a Tabela 1 Dia 10 utilizaramse 2500 un Como foram compradas 1200 un por R 1250 logo 1200 un x R 1250 R 15000 Mas faltam ainda 1300 un Essas 1300 un são calculadas sobre o preço do dia 5 que foram compradas 1500 un por R 1100 portanto 1300 x R 1100 R 14300 O TOTAL DE 2500 un R 29300 Dia 30 utilizaramse 500 unidades que são calculadas pela compra do valor unitário do dia 13 R 1400 Portanto 500 un x R 1400 R 7000 Dia 5 foram utilizadas com valor de R1100 Ainda faltam 1000 unidades para serem baixadas que deverão ser consideradas ao valor de R1250 por unidade Essas 1000 unidades serão aplicadas o valor do dia 10 ou seja R1250 por unidade Portanto Ficando 2 35 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Vale lembrar que o Estoque Final do períodomes será composto de 300 un por R 1400 a unidade dia 13 200 un por R 1100 a unidade dia 5 23 CUSTO DE PRODUÇÃO INDIRETO FIXOS São os gastos que envolvem indiretamente a fabricação do produto Na literatura academica sobre Contabilidade de Custos utilizase os termos CIP Custos Indireto de Produção ou GGFI Gasto Geral de Fabricação Indireta Segundo Ribeiro 2013 p 143144 Sempre que não houver meios seguros que permitam clara e objetiva identifi cação dos Gastos Gerais de Fabricação em relação aos produtos fabricados esses gastos deverão ser considerados como Gastos Gerais de Fabricação Indiretos É preciso também destacar a existencia de casos em que os con troles necessários para a identificação dos Gastos Gerais de Fabricação Di retos em relação a cada produto fiquem tão onerosos que é preferível consi derálos juntamente com os indiretos convenção contábil da materialidade As apropriações dos Gastos Gerais de Fabricação Indiretos ao Custo de Fa bricação de cada produto são feitas por meio de rateio Vários são os critérios que podem ser utilizados Conforme já dissemos não existe regra geral que possa ser adotada por todas as empresas Cada caso deve ser analisado iso ladamente Caberá ao contabilista responsável pela Contabilidade de Custos decidir sobre o critério que melhor se encaixe em cada caso Na ausencia de um critério mais objetivo aconselhase a adoção do custo primário como base para rateio dos Gastos Gerais de Fabricação aos produtos Rateio dos GGFI É importante saber que o rateio é um meio pelo qual se faz a alocação dos gastos com os custos indiretos fixos para com o produto ou vários produtos O rateio pode ser calculado por A industria KL fabrica dois produtos KLs e KLr As tabelas a seguir demonstram a distribuição dos gastos de custos diretos na fabricação dos dois produtos no valor de R 140000 Sa bendo que os custos indiretos foram de R 100000 precisamos distribuir proporcionalmente os R 100000 para cada produto ITEM DIRETOS Matériaprima R 80000 MODmão de obra direta R 60000 Total R 14000 Tabela 02 Gastos com os custos diretos CD Fonte elaborado pelo autor Proporção de rateio dos custos indiretos baseado no custo direto isso quer dizer que sendo os custos diretos em sua maioria em valores utilizase esse critério para cal cular a porcentagem Exemplo 36 2 Estruturação e Método de Custeio ITEM INDIRETOS Manutenção R25000 Energia elétrica da fábrica R35000 Seguro da fábrica R20000 Depreciação das máquinas e equipamentos R20000 Total R100000 Tabela 03 Gastos com os custos indiretos CI Fonte elaborado pelo autor Tabela 04 Distribuição dos Custos Diretos CD por produto PRODUTO MATÉRIAPRIMA MOD TOTAL KLs R50000 R40000 R80000 KLr R30000 R20000 R60000 Total R80000 R60000 R140000 Fonte elaborado pelo autor 1º Passo Alocar ratear os R 100000 dos custos indiretos proporcionalmente baseado em quanto cada um dos produtos gastou com o total de custo direto Produto KLs gastou R 80000 CD dos R 140000 portanto 80000140000 057 x100 5714 logo 5714 x R 100000 CI R 5714286 parte dos CI alocados ao produto KLs Produto KLr gastou R 60000 CD dos R 140000 portanto 60000140000 043 x100 4286 logo 4286 x R 100000 CI R 4285714 parte dos CI alocados ao produto KLr 2º Passo Tabela 05 Alocar os custos diretos e indiretos por produto PRODUTO CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS TOTAL DE CUSTOS DE PRODUÇÃO KLs R80000 R5714286 R13714286 KLr R60000 R4285714 R10285714 Total R140000 R100000 R240000 Fonte elaborado pelo autor Proporção de rateio dos custos indiretos baseado na mão de obra direta MOD com base no rateio aplicase proporcionalmente com o gasto de mão de obra que cada produto obteve sobre o total de gastos com a mão de obra dos dois produtos O produto KLs gastou R 40000 de MOD logo 2 37 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 4000060000 067 x100 6667 x R 100000 R 6666667 parte dos CI alocados ao produto KLs O produto KLr gastou R 20000 de MOD logo 2000060000 033 x100 3333 x R 100000 R 3333333 parte dos CI alocados ao produto KLr 2000060000 033 x100 3333 x R 100000 R 3333333 parte dos CI alocados ao produto KLr PRODUTO CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS TOTAL DE CUSTOS DE PRODUÇÃO KLs R80000 R6666667 R14666667 KLr R60000 R3333333 R9333333 Total R140000 R100000 R240000 Tabela 06 Custos diretos e indiretos por produto Fonte elaborado pelo autor Resumidamente Martins 2010 p 56 assegura que Esses valores de custos indiretos diferentes e consequentes custos totais também diferentes para cada produto podem não so provocar análises dis torcidas como também diminuir o grau de credibilidade com relação às in formações de Custos Não há entretanto forma perfeita de se fazer essa distribuição podemos no máximo procurar entre as diferentes alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade 3 DEPARTAMENTO E CENTRO DE CUSTOS Segundo Padovese 2014 p 92 O sistema de contabilidade é normalmente utilizado para obter os gastos gerais de fabricação Originariamente a contabilidade classifica os gastos apenas em contas contábeis que representam os principais tipos de gastos que a empresa tem Contudo para fins de custos essa classificação unica é insuficiente É necessária uma segunda classificação agora por setor ou atividade ou departamento Os gastos devem ser então também contabili zados em centros de custos contábeis que representam o menor segmento de atividade ou de área de responsabilidade nos quais são executados tra balhos homogeneos Um centro de custo ou centro de despesa pode ser tanto uma atividade como um departamento dependendo da estrutura orga nizacional Essa segunda classificação que é feita por setor tem sido nor malmente denominada departamentalização Em outras palavras o conceito de departamentalização para fins de contabilidade de custos compreende a classificação contábil dos gastos separandoos por setor consumidor des ses gastos O fundamento para a departamentalização está essencialmente ligado ao processo ou roteiro de fabricação e à necessidade de se alocar corretamente os esforços da mão de obra direta Como os produtos que 38 2 Estruturação e Método de Custeio estão sendo fabricados passam por diversas fases de fabricação e essas fases normalmente são setores especializados dentro da empresa fazse necessária a apuração setorizada dos gastos para cada fase dos proces sos de fabricação O sistema de informação contábil recebe os gastos dos setores e os acumula por centros de custos dentro das contas contábeis escolhidas para representar os principais gastos da empresa Capta junto ao sistema de folha de pagamento ou ao sistema de apontamento das horas trabalhadas na fábrica as horas de cada centro de custo Com as demais despesas também contabilizadas por setor obtemse os dados para cálculo do custo horário médio de fabricação por centro de custo 31 DEPARTAMENTO Martins 2010 p 6566 salienta que Departamento é definido como Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos representada por pessoas e máquinas na maioria dos casos em que se desenvolvem atividades homogeneas Dizse unidade mínima admi nistrativa porque sempre há um responsável para cada Departamento ou pelo menos deveria haver Essa unidade mínima administrativa pode ser classificada em Departamentos de Pro dução e Departamento de Serviços Assim Martins 2010 p 66 afirma que notamos que podem ser divididos em dois grandes grupos os que pro movem qualquer tipo de modificação sobre o produto diretamente e os que nem recebem o produto aqueles são os que atuam sobre o produto e são conhecidos por Departamentos de Produção enquanto os segundos que vivem basicamente para execução de serviços auxiliares e não para atuação direta sobre os produtos são conhecidos por Departamentos de Serviços Centro de custos departamentalização O Centro de Custos é um departamento da empresa em que os custos indiretos podem ser alocados Martins 2010 p 67 define centro de custos como Centro de Custos portanto é a unidade mínima de acumulação de Custos Indiretos Mas não é necessariamente uma unidade administrativa so ocor rendo quando coincide com o proprio departamento Vamos daqui para a frente sempre falar em departamentos partindo da hipotese simplificadora de que a cada departamento corresponde um unico Centro de Custos Lem bremonos porém de que essa simplificação pode não ocorrer na prática em todas as empresas Por essa simplificação surgem às vezes algumas situações na prática que parecem um pouco sem nexo Por exemplo é co mum encontrarmos empresas com um Departamento de Custos Comuns onde estão incluídos Custos Indiretos tais como Aluguel da Fábrica Segu ros Energia quando há um so medidor para toda a planta etc Na realida de não existe esse Departamento propriamente dito antes é um Centro de Custos não existente fisicamente que está sob o controle global do Depar tamento da Administração Geral da Fábrica Mas ao invés de assim deno minar e classificar costuma a Contabilidade de Custos proceder à agrega ção desses Custos de Produção Indiretos e chamar de Departamento seu conjunto Para que possa ser caracterizado como tal um centro de custos deveria a b c ter uma estrutura de custos homogenea estar concentrado num unico local e oferecer condições de coleta de dados de custos 2 39 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco A definição dada por Bruni 2018 p 113 esclarece sobre os termos de cada departamento Os departamentos podem ser genericamente divididos em dois grandes gru pos a Departamento de serviços corresponde a uma parte essencial da organização não trabalhando porém na elaboração dos produtos ou servi ços Sua função consiste em atender às necessidades dos departamentos de produção ou de outros departamentos de serviços b Departamento de produção elabora diretamente os produtos transformando fisicamente as unidades em processamento Como os departamentos de produção rece bem os benefícios executados pelos departamentos de serviços os custos destes ultimos devem ser também incorporados à produção Logo o custo de produção será a soma dos custos dos departamentos de produção e dos departamentos de serviços No entanto sobre os custos alocados aos departamentos e depois transferidos aos produtos Bruni 2018 p 113 afirma que Embora geralmente cada departamento corresponda a um centro de custo onde são acumulados os gastos incorridos para a posterior transferencia aos produtos ou a outros centros de custos em algumas ocasiões um de partamento pode ser subdividido em diversos centros de custos Se por exemplo o setor de cromação de uma industria metalurgica for constituído de duas máquinas diferentes às vezes operadas até mesmo por um unico funcionário porém com características variadas e independentes de produ ção para um melhor controle os custos associados a cada uma poderiam ser gerenciados de forma isolada Assim o departamento de cromação po deria apresentar dois centros de custos um para cada processo produtivo mesmo que possuísse um unico responsável Exemplo de aplicação A fábrica de mesas Sentese e Come produz tres tipos de mesas para copa mesa grande com 8 cadeiras mesa média com 6 cadeiras e mesa pequena com 4 cadeiras Os custos diretos e quantidades produzidas respectivamente foram alocados confor me a Tabela 7 PRODUTO QUANTIDADE UNIDADES MOD MATÉRIAPRIMA MP Mesa Grande 80 R20000 R15000 Mesa Média 50 R10000 R10000 Mesa Pequena 70 R20000 R35000 Total 200 un R50000 R60000 Tabela 07 Custos diretos alocados por produto Fonte elaborado pelo autor Sabendose os Custos Indiretos de Produção CIP gastos na produção das 200 unida des esses custos indiretos de produção foram distribuídos na Tabela 8 40 2 Estruturação e Método de Custeio Na linha de produção cada produto a ser fabricado ocupa um espaço por metro qua drado no galpão e calculase a depreciação dos equipamentos utilizados para produzir cada produto em porcentagem como a Tabela 9 Aluguel do galpãoprodução 100 m² R 30000 Depreciação dos equipamentos R 10000 Outros custos indiretos de produção CIP R 80000 Total R 120000 Tabela 08 Distribuição dos Custos Indiretos no período de produção Fonte elaborado pelo autor Tabela 09 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor PRODUTO ÁREA OCUPADA M² DO GALPÃO PORCENTAGEM DE DEPRECIAÇÃODE USO DOS EQUIPAMENTOS Mesa Grande 20 m2 25 Mesa Média 30 m2 30 Mesa Pequena 50 m2 45 É necessário ratear segundo os dados da Tabela 9 o valor do aluguel e a depreciação dos equipamentos Os dados utilizados no cálculo são representados na tabela a seguir Tabela 10 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor PRODUTO ALUGUEL R 30000 DEPRECIAÇÃO DE USO DOS EQUIPAMENTOS R 10000 Mesa Grande R6000 R2500 Mesa Média R9000 R3000 Mesa Pequena R15000 R4500 Total R30000 R10000 a Calculos do aluguel rateado por m² Mesa Grande ocupa 20 m² de 100 m² logo são 20 x 30000 R 6000 Mesa Média ocupa 30 m² de 100 m² logo são 30 x 30000 R 9000 Mesa Pequena ocupa 50 m² de 100 m² logo são 50 de 30000 R 15000 2 41 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco A empresa aloca os outros custos indiretos R 80000 de produção aplicando o rateio baseado nos gastos com a mão de obra direta MOD que cada produto consumiu b Calculos da depreciação dos equipamentos Mesa Grande usou 25 do equipamento no período de produção logo 25 x 10000 R 2500 Mesa Média usou 30 do equipamento no período de produção logo 30 x 10000 R 9000 Mesa Pequena usou 45 do equipamento no período de produção logo 45 x 10000 R 4500 PRODUTO MOD RATEIO CIP Mesa Grande R 20000 40 R 32000 Mesa Média R 10000 20 R 16000 Mesa Pequena R 20000 40 R 32000 Total R 50000 100 R 80000 Tabela 11 Produção por área e depreciação em porcentagem Fonte elaborado pelo autor Cálculos Mesa grande 2000050000 04 x100 40 x 80000 32000 Mesa média 1000050000 02 x100 20 x 8000 16000 Mesa pequena 2000050000 04 x100 40 x 80000 32000 Sendo os custos alocados em departamentos e posteriormente aos produtos Portan to os custos diretos de produção e custos indiretos estão alocados em cada produto conforme a Tabela 12 ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Custos Diretos MOD R20000 R10000 R20000 R50000 MP R15000 R10000 R35000 R60000 Custos Indiretos de Produção Tabela 12 Custos de produção CP 42 2 Estruturação e Método de Custeio Assim determinado o Custo de Produção CP de cada item podese calcular o custo unitário de cada mesa ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Aluguel R6000 R9000 R15000 R30000 Depreciação de equipamentos R2500 R3000 R4500 R10000 Outros CI R32000 R16000 R32000 R80000 Total Custo de Produção CP R75500 R48000 R106500 R230000 Fonte elaborado pelo autor Mesa Grande CPquantidade 7550080 R 94375un Mesa média 4800050 R 960000un Mesa Pequena 10650070 R 152143un Bruni 2018 p 114 acrescenta que As vantagens da departamentalização poderiam ser expressas sob dois as pectos principais melhoria dos controles internos e redução dos problemas decorrentes dos rateios dos custos indiretos A melhoria dos controles in ternos associados aos custos devese ao fato de cada centro de custos ou departamento possuir um responsável Por sua vez este exerce uma ação direta sobre os resultados de seu departamento podendo através de sua gestão aumentar ou diminuir seus gastos 4 O CUSTEIO POR ABSORÇÃO Esse Método de Custeio por Absorção é caracterizado por absorver todos os custos de produção os custos diretos e custos indiretos aos bens elaborados Segundo Santos 2017 p 87 A contabilidade de custos quando procura custear o produto atribuindolhe também parte do custo fixo é conhecida como contabilidade de custos pelo método de custeamento por absorção full cost Este método consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados de forma direta e indireta rateios A metodologia de custeio pelo método por absorção é considerada como básica para a avaliação de estoques pela contabilidade societária para fins de levantamento de balanço patrimonial e de resultados com a finalidade de atender a exigencias da contabilidade societária O sistema de custeio por absorção é falho em muitas circunstan cias como instrumento gerencial de tomada de decisão porque tem como premissa básica os rateios dos chamados custos fixos que apesar de aparentarem logicos poderão levar a alocações arbitrárias e até enganosas 2 43 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Segundo Martins 2010 p 37 Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos nascido da situação historica men cionada Consistem na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados e so os de produção todos os gastos relativos ao es forço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos No Brasil o Custeio por Absorção está contemplado no Pronuncia mento Ténico CPC 16 do Comite de Pronunciamentos Contábeis CPC que trata da valorização de estoques CUSTOS INDIRETOS DIRETOS RATEIO PRODUTO A DESPESAS VENDAS PRODUTO B PRODUTO C ESTOQUE RESULTADO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Figura 01 Esquematização Fonte adaptada de Osmar 2018 41 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Tendo o item Exemplo de aplicação como exemplo da fábrica de mesas Sen tese e Come que produz tres tipos de mesas para copa mesas grande com 8 cadeiras mesas média com 6 cadeiras e mesas pequena com 4 cadeiras Sabendo que não teve estoque inicial e nem estoque final no final do período de produção Foi vendida toda a produção do períodoA quantidade de produção de cada item foi 80 mesas grandes 50 mesas médias e 70 mesas pequenas 44 2 Estruturação e Método de Custeio Tendo as despesas operacionais e preço unitário de vendas conforme as Tabelas 13 e 14 Administração Financeiro e Funcionários Administrativo R 25000 Departamento de Vendas R 30000 Total de despesas R 55000 Tabela 13 Despesas operacionais Fonte elaborado pelo autor Mesa Grande R 2800 Mesa Média R 2200 Mesa Pequena R 1800 Tabela 14 Preço unitário de cada item para Venda Fonte elaborado pelo autor Calcular 01 O custo de produção de cada mesa 02 A Receita de vendas de cada mesa 03 Demonstração de Resultados Resolução a O custo de produção de cada mesa está informado conforme a Tabela12 Custos de Produção CP ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Custos Diretos MOD R20000 R10000 R20000 R50000 MP R15000 R10000 R35000 R60000 Custos Indiretos de Produção Aluguel R 6000 R 9000 R 15000 R 30000 2 45 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco ATIVIDADE DE PRODUÇÃO MESA GRANDE MESA MÉDIA MESA PEQUENA TOTAL Depreciação de equipamentos R 2500 R 3000 R 4500 R 10000 Outros CI R 32000 R 16000 R 32000 R 80000 Total Custo de Produção CP R 75500 R 48000 R 106500 R 230000 Produção CP Fonte elaborado pelo autor Assim determinado o Custo de Produção CP de cada item podemos calcular o custo uni tário de cada mesa Mesa Grande CPquantidade 7550080 R 94375un Mesa média 4800050 R 960000un Mesa Pequena 10650070 R 152143un b A receita de venda de cada mesa é o preço de venda x a quantidade fabricada e vendida Portanto Mesa grande 80 x R 2800 R 224000 Mesa média 50 x R 2200 R 110000 Mesa pequena 70 x R 1800 126000 c Conforme apresentado a demonstração de resultados R Receitas de vendas dos produtos nesse caso toda a receita da venda dos três produtos R 224000 R 110000 R 126000 R 460000 total de receita CPV Custo do produto vendido São todos os custos diretos e indiretos ou seja os custos de produção R 230000 Lucro bruto é Receita Custo de produto vendido R 460000 R 230000 R 230000 Despesas Operacionais R 55000 Lucro Operacional é o Lucro Bruto as Despesas Operacionais R 230000 R 55000 R 175000 46 2 Estruturação e Método de Custeio Logo a tabela 15 organizando os dados ficou assim RECEITA R 460000 CPV R 230000 LUCRO BRUTO R 230000 DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 175000 Fonte elaborado pelo autor Caso os estoques não sejam vendidos em sua totalidade eles estarão compondo o estoque final de cada produto E se supostamente não se vende todo o estoque ficando por exemplo no Estoque Final 20 mesas grandes 10 mesas médias e 25 mesas pequenas Como ficaria a Demonstração de Resultado através do Custeio por Absorção Para responder a essa pergunta precisamos lembrar que toda a produção gastou dentro do período os R 230000 que é o CPV e as despesas no valor de R 55000 Portanto o que diminui a receita de vendas Receita de vendas Mesa grande 60 un x R 2800 R 168000 Mesa média 40 un x R 2200 R 88000 Mesa pequena 45 un x R 1800 R 81000 O total de Receita R 337000 Tabela 15 Demonstração de Resultados Custeio por Absorção RECEITA R 337000 CPV R 230000 LUCRO BRUTO R 107000 Tabela 16 Demonstração de Resultados de Custeio por Absorção com Estoque 2 47 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 42 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Vantagens Pode melhorar a utilização dos recursos absorvendo todos os custos de produção permitindo a apuração do custo total de cada produto Está de acordo com os princípios de contabilidade e a legislação tributária Não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e va riáveis Atende efetivamente à fixação de preços de venda mais reais So é considerado custo a parcela dos materiais utilizados na produção CRE PALDI CREPALDI 2017 p 159 Desvantagens Os custos por não se relacionarem com este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio quase sempre com grande grau de arbitrariedade O custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção e o que é pior o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto Os cus tos fixos existem independentemente da fabricação ou não desta ou daquela unidade e acabam presentes no mesmo montante mesmo que ocorram os cilações dentro de certos limites A desvantagem desse método está no aspecto gerencial já que todos os custos deverão se incorporar aos produtos inclusive os fixos Devese utilizar algum critério de rateio para alocação des ses custos Assim mesmo que o critério de rateio seja o mais ideal haverá certo grau de arbitrariedade na alocação de custos Um problema na utilização do método de custeio por absorção está na fixação dos preços sem conhecer a margem real de cada produto vendido e de forma menos eficaz visando a um resultado global CREPALDI CREPALDI 2017 p159 5 CUSTEIO DIRETO OU CUSTEIO VARIÁVEL O Método de Custeio Direto ou Método de Custeio Variável segundo Padovese 2014 p 73 Os custos diretos ou variáveis tem uma identificação clara e podem ser mensurados diretamente em relação a uma unidade de produto serviço ou atividade ao passo que os custos indiretos ou fixos não tem essa mesma possibilidade e so podem ser atribuídos ao custo dos produtos serviços ou atividades por critérios de distribuição ou alocação de custos chamados de critérios de rateio ou absorção de custos indiretos Analisando o resultado a Receita diminui de R 460000 para R 337000 e o Lucro Ope racional diminui de R 175000 para R 520000 isso ocorre em razão que os Custos dos Produtos Vendidos R 230000 e as Despesas operacionais R 55000 foram os mesmos Fonte elaborado pelo autor DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 52000 48 2 Estruturação e Método de Custeio No entanto Padovese 2014 p 73 define os dois métodos Método de custeio direto Este utiliza para custeamento dos produtos ape nas os gastos diretos a cada um dos produtos e serviços de uma empresa sejam eles custos gastos da área industrial sejam despesas gastos da área comercial1 Dessa forma neste método são utilizados para cálculo do custo unitário dos produtos tanto os custos e despesas diretos variáveis quanto os fixos Os diretos variáveis são incorporados ao custo dos produtos pelo seu custo unitário específico e os diretos fixos pelo custo médio em função da quantidade produzida ou vendida Método de custeio variável Esta meto dologia de apuração de custo unitário dos produtos e serviços considera tão somente os custos e as despesas variáveis de cada produto ou serviço sejam eles diretos ou indiretos Este método busca um custo unitário do produto ou serviço sem nenhuma duvida em termos de mensuração monetária já que ao utilizar apenas elementos variáveis e portanto com valor unitário para cada unidade de produto perfeitamente definido não usa nenhum conceito de cálculo médio Esta característica torna este método cientificamente recomen dável para todos os propositos de previsões e tomada de decisão Desse modo segundo Padovese 2014 p 74 os dois Métodos de Custeio Direto e Métodos de Custeio Variável são similares Os autores tem comumente apresentado a nomenclatura dupla como se os dois métodos fossem identicos mas que na realidade nãosão conforme já apresentamos Contudo pelo fato de para a maior parte das empresas os principais custos diretos terem característica de variabilidade o entendimento similar desses dois métodos é perdoável e aceitável Em linhas gerais a grande diferença está na mão de obra direta que mesmo sendo fixa durante um perío do curto tem condições de ser entendida como variável no médio prazo fican do portanto muito similares os tipos de custos utilizados pelos dois métodos 51 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CUSTEIO DIRETO POR VARIÁVEL Continuando com nosso exemplo da fábrica de mesas Sentese e Come e com os dados fornecidos do item 41 Custos Diretos variavel MOD MP R 110000 500006000 Custos Indiretos Fixos R 120000 Despesas R 55000 Receitas de vendas R 460000 Portanto R Receitas de vendas dos produtos nesse caso toda a receita da venda dos três produtos R 224000 R 110000 R 126000 R 460000 total de receita CUSTO VARIÁVEL Custo direto Nesse caso MOD e MP Custo do produto vendido são todos os custos diretos e indiretos ou seja os custos de produção R 110000 2 49 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Segundo Padovese 2014 p 296 No custeamento variável os custos e as despesas fixas são considerados custos periodicos e não do produto Neste conceito não há necessidade de adicionar os custos e as despesas fixas ao custeamento unitário do produto devendo esses gastos ser tratados de forma global apenas na demonstra ção de resultados do período MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO é a quantia com a qual o produto contribui para amor tizar os custos fixos e as despesas Tendo como resultado da subtração da Receita de vendas menos os custos Variáveis O Custo Fixo custos indiretos R 120000 Despesas Operacionais R 55000 Lucro Operacional é o Lucro Bruto as Despesas Operacionais R 230000 R 55000 R 175000 Logo a Tabela 17 organizando os dados resultou RECEITA R 460000 CUSTO VARIÁVEL R 110000 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R 350000 CUSTOS FIXOS INDIRETOS R 120000 DESPESAS OPERACIONAIS R 55000 LUCRO OPERACIONAL R 175000 Tabela 17 Demonstração de Resultados Custeio por Variável ou Direto Fonte elaborado pelo autor 6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MÉTODO DE CUSTEIO DIRETO POR VARIÁVEL Segundo Eliseu 2003 p 145 Do ponto de vista decisorial verificamos que o Custeio Variável tem con dições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa também o resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informati vo à administração por abandonar os custos fixos e tratálos contabilmente 50 2 Estruturação e Método de Custeio como se fossem despesas já que são quase sempre repetitivos e indepen dentes dos diversos produtos e unidades Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balan ços avaliados à base do Custeio Variável por isso esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos Contadores pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco Ele o Custeio Variável de fato fere os Princípios Contábeis principalmente o Regime de Competencia e a Con frontação Segundo estes devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção Ora se produzimos hoje incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos e essas vendas poderão em parte vir amanhã Não seria dentro desse raciocínio muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje se parte dos produtos feitos so será vendida amanhã deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos quer variáveis quer fixos relativos a tais produtos Justificase dessa forma a ainda nãoaceitação do Custeio Variável para efeitos de Balanços e Resultados Entretanto essa situação poderá vir a mudar no futuro Mas essa nãoaceitação do Custeio Variável não impede que a empresa o utilize para efeito interno ou mesmo que o formalize completamente na Contabili dade durante o período todo Basta no final fazer um lançamento de ajuste para que fique tudo amoldado aos critérios exigidos Nem a Auditoria Exter na nem a legislação fiscal impedem a adoção de critérios durante o período diferentes dos adotados nas demonstrações contábeis de final de período A Consistencia é obrigatoria entre as demonstrações de fim de cada período 7 CONCLUSÃO Assim podemos dizer que os dois métodos tem suas propriedades nas decisões geren ciais Essas propriedades são constatadas por Martins 2010 p 204 Pela propria natureza dos custos fixos invariabilidade arbitrariedade em seu rateio e variação por unidade em função de oscilações do volume glo bal e por propiciar valores de lucro não muito uteis para fins decisoriais criouse um critério alternativo ao Custeio por Absorção Tratase do Custeio Variável Direto em que so são agregados aos produtos seus custos variá veis considerandose os custos fixos como se fossem despesas Nas De monstrações à base do Custeio Variável obtémse um lucro que acompanha sempre a direção das Vendas o que não ocorre com o Absorção Mas por contrariar a Competencia e a Confrontação o Custeio Variável não é válido para Balanços de uso externo deixando de ser aceito tanto pela Auditoria Independente quanto pelo Fisco É fácil entretanto trabalharse com ele durante o ano e fazerse uma adaptação de fim de exercício para se voltar ao Absorção Esse estudo foi desenvolvido por meio de exemplos à aplicação de métodos de custeio contribui para que o gestor de custos possa aprender a fazer uma análise de gastos e de custos de produção Assim como dos componentes dos custos agrupados em materiais diretos mão de obra direta e custos indiretos Além disso verificamos as possibilidades de rateio dos custos indiretos analisamos os métodos de avaliação de estoques PEPS Custo Médio e UEPS Fisco 2 51 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco O custeio variável não é aceito pela auditoria externa das empresas que tem capital aberto nem pela legislação do Imposto de Renda A razão disso é que o custeio variável fere os prin cípios de contabilidade em especial os princípios de realização de receitas de confrontação e da competencia Esses princípios estabelecem que os custos associados aos produtos so podem ser reconhecidos à medida em que estes são vendidos já que somente quando reconhecida a receita por ocasião da venda é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários a sua obtenção custos e despesas Como o custeio variável admite que todos os custos fixos sejam deduzidos do resultado mesmo que nem todos os produtos sejam vendidos ele violaria tais princípios CREPALDI CREPALDI 2017 p 162 IMPORTANTE Métodos de avaliar estoque Na contabilidade de custos existem tres formas de se avaliar os custos dos estoques em uma entidade São eles o PEPS Primeiro que Entra Primeiro que Sai UEPS Ultimo que Entra Primeiro que Sai e o Custo Médio ou Média Ponderada Movel De forma resumida o PEPS orienta que para a apuração de CMV custo da mercadoria ven dida CPV custo do produto vendido ou CSP custo do serviço prestado as unidades que deverão ser vendidas primeiro sair primeiro da empresa devem ser aquelas que entraram primeiro no estoque foram adquiridas primeiro que as outras O UEPS orienta que para esta apuração o preço dos bens vendidos deve ser mensurado com base nas ultimas compras efetuadas para fins de apuração onde o ultimo que entra ul timas compras realizadas ultimos produtos que entraram no estoque deverá ser o primeiro a sair as ultimas unidades deverão ser vendidas primeiro Já o Custo Médio ou Média Ponderada Movel preve que deve ser efetuada a média dos valores constantes no estoque com base nas unidades que serão vendidas Assim seria investigado o pre ço médio do período e o mesmo seria aplicado no momento da apuração dos custos de venda Sim mas porque o UEPS não pode ser realizado pelas empresas brasileiras Com a conversão às Normas Internacionais de Contabilidade muitos procedimentos contábeis foram adaptados e modificados Mas o nosso proprio sistema inflacionário explicaria com ma estria a razão pela qual o método UEPS não é eficiente Isso porque a inflação se caracteriza pelo aumento dos preços em determinado período Imagine como o UEPS preve a venda primeiramente dos bens que entraram por ultimo nos estoques consequentemente o preço destes bens seria mais elevado com relação aos demais existentes no ativo das entidades Consequentemente o CMV no caso do custo das mercadorias vendidas seria maior e o es toque final menor O resultado do período ficaria subavaliado perante a DRE Demonstração de Resultado do Exercício apurada Por isso o RIR Regulamento de Imposto de Ren da não permite a sua adoção para fins fiscaiscontábeis nas empresas do Brasil Fonte httpswwwcontabeiscombrartigos3527porqueometodouepsnaoeautorizadonobrasilparaa mensuracaodosestoques Acesso em 13 abr 2020 PARA REFLETIR Estruturagao e Método de Custeio A Fe eeemecememmmmmcmmemmmmmmrmmes CE IVP LC i 1 1 Aplicagao de método de custeio por absorgao Por exemplo digamos que uma empresa produza bermudas Nesse caso os gastos com a produgao seriam I 1 Custos Diretos por pega R 1500 i 1 Custos indiretos no periodo de produgao R 50000 I 1 Quantidades Produzidas no periodo R 200 pecas 1 i Despesas do Setor Administrativo R 45000 1 1 Prego de Venda unitario R 5500 Nota sabendo que toda a produgao foi vendida 1 1 Portanto para construir a tabela de Demonstrativo de Resultado pelo método de Custo por Absorcao precisase calcular em primeiro lugar a Receita entrada que a empresa obte ve R5500 a unidade vendida vezes as 200 unidades fabricadas e vendidas 55x200 R11000 Segundo subtrair o Custo do Produto Vendido CPV que é formado com a soma 1 dos custos indiretos R500 com os custos diretos R1500 a unidade vezes 200 unidades 15x200 R3000 Portanto o CPV fica R3500 1 1 j Tabela 18 Demonstragao de Resultados Custeio por Absorgao 1 1 1 I 1 1 1 1 1 Fonte elaborado pelo autor a 2 rocco rc ccc cro RRS Nee 1 1 i Margem de Contribuigao é 0 resultado da receita de vendas pela subtragao dos custos variaveis Segundo o dicionario Aurélio 1 1 Margem Borda Essa borda vai proteger os seus custos variaveis ou seja o valor gasto com a mercadoria 1 Contribuigao Aao de contribuir Essa agao possui uma unica responsabilidade pa 1 gar as suas despesas fixas e te dar gerar lucro entrando em caixa 1 1 CPV custo do produto vendido no qual é calculado com todos os gastos com a produgao do produto que sao a soma dos custos diretos e indiretos a 52 CN 2 53 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco normalmente deixa de ser considerado como Mão de Obra Direta o tempo ocioso em vir tude de falta de produção avarias etc é claro que se ele estiver sendo utilizado numa outra função como limpeza manutenção etc deverá então ser reclassificado para ela saindo da Mão de Obra Direta Caso a ociosidade seja normal e o operário esteja sendo mantido parado o mais comum é a acumulação desse tempo como Tempo Improdutivo dentro dos Custos Indi retos para rateio à produção geral Quando houver paradas apenas em determinadas épocas do ano deverá a empresa utilizar um sistema de provisionamento para rateio desses Custos Indiretos a todos os produtos feitos no ano e não somente aos elaborados no mes ou nos poucos meses em que houve o tempo não utilizado da Mão de Obra Direta Tempo Não Pro dutivo ou Improdutivo não são boas expressões pois não significam tempo necessariamente parado podendo dizer respeito a tempo utilizado em outras funções que não a Mão de Obra Direta Entretanto outros procedimentos podem ser indicados em algumas situações específi cas Se a parada for obrigatoria por causa do tipo de produto que vem a seguir como é o caso do tempo de preparação de máquinas poderá ser interessante que esse valor seja apropriado diretamente ao produto ou à ordem isso se realmente o produto elaborado tiver como requisito constante tal parada para preparação fazendo parte da propria programação de sua fabrica ção Se por outro lado a preparação ou outro tempo parado se dever não ao produto que vai ser elaborado e sim ao que acabou de ser produzido deverá então ser atribuído a este Caso ocorra todavia uma situação em que ao passar do produto A para o B haja uma parada de duas horas do B para o C de tres do C para o B de uma do A para o C de duas etc passará a não haver mais condição de se alocar quer ao produto que findou quer ao seguinte Nessa situação deverá voltar o critério de atribuição do tempo improdutivo aos Custos Indiretos para posterior rateio a toda a produção O fundamental é que seja cuidadosamente estudado cada caso para se verificar qual o procedimento que melhor se coaduna com cada situação Não existem soluções apriorísticas universais Existem também as paradas normais para descan so café etc estas também precisam de uma análise para a fixação do procedimento a lhes ser dado Normalmente são consideradas como se fossem produtivas quando ocorrem numa produção contínua ou em ordens de longa duração Mas se se tratar de ordens ou produtos de duas ou tres horas de fabricação haverá uma distorção caso atribuamos a um ou outro os 15 minutos de parada uma ordem sairia por um custo e outra por valor bastante diferente ADICIONAL DE HORAS EXTRAS E OUTROS ADICIONAIS Também o adicional de horas extras os adicionais noturnos as bonificações e outros itens provocam o dilema de se debitar diretamente ao produto ou se atribuir aos Custos Indiretos para rateio geral Da mesma forma que antes tudo irá depender da análise elaborada Se por exemplo o pagamento da hora extra for anormalesporádi co e houver incorrido num determinado dia em função de uma en comenda especial deverá serlhe totalmente atribuído como custo direto Noutro exemplo se a empresa pagar duas horas diárias extraordinárias durante o ano todo e trabalhar em produção contínua o correto será a sua diluição pela propria taxa horária não deveria haver diferença entre o custo das primeiras e das ultimas horas de trabalho do operário bastando que ao se elaborar a taxa já se incluíssem no gasto total as horas extras e se dividisse o total pelas horas de trabalho digamos dez ao invés de oito por dia por exemplo Ainda em outra hipotese caso a empresa tivesse às vezes que pagar horas ex tras em determinadas épocas do ano ou do mes poderia ocorrer de a atribuição direta não ser a mais justificada talvez aí o correto fosse a inclusão do excedente trazido de gasto pela hora extra o adicional e não a parte relativa à normal como parte dos Custos Indiretos para rateio a todos os produtos elaborados sem se penalizar este ou aquele especificamente Também os abonos por produtividade podem ser em algumas situações mais bem tratados como parte dos Custos Diretos e em outras como Indiretos MARTINS 2010 p 140142 IMPORTANTE 54 2 Estruturação e Método de Custeio REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BRUNI Adriano Leal Administração custos preços lucros 6 ed Rio de Janeiro Atlas 2018 Minha Biblioteca 2 CREPALDI Silvio Aparecido CREPALDI Gui lherme Simões Contabilidade de custos 6 ed São Paulo Atlas 2017 Minha Biblioteca 3 MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos 10 ed Rio de Janeiro Atlas 2010 Minha Biblioteca 4 PADOVEZE Clovis Luís Contabilidade de cus tos São Paulo Cengage Learning 2014 Minha Biblioteca 5 RIBEIRO Osni Moura Contabilidade de custos facil 8 ed São Paulo Saraiva 2013 Minha Biblio teca 6 SANTOS Joel José Manual de contabilidade e analise de custos 7 ed São Paulo Atlas 2017 Minha Biblioteca 7 SILVA Moacyr de Lima e Custos contabilidade descomplicada São Paulo Erica 2012 Minha Bi blioteca 2 55 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco