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Engenharia de Produção ·

Análise de Custos Industriais

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6 4 Título Unidade CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO 56 3 Formação do Preço de Vendas UNIDADE 3 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS 1 CUSTOS DE PRODUÇÃO E DE VENDAS O custo de produção é o gasto que a empresa tem para produzir determinada produ ção No caso esse custo de produção possui métodos de apuração por custeios Esses métodos de custeio por sua vez foram abordados na unidade sendo custeio por ab sorção e custeio variável O valor de vendas dependerá do valor do preço de venda do produto por unidade e do volume de vendas 11 CONCEITO DE PREÇO Para que possamos entender uma melhor fixação de preço e sua definição a seguir o autor explicará o tema É generalizada a ideia de que uma das finalidades da Contabilidade de Cus tos é o fornecimento do preço de venda Vamos aqui discutir um pouco sobre se é possível isso ou não e se essa ideia pode mesmo ser aceita de forma incontestável Para administrar preços de venda sem dúvida é necessário conhecer o custo do produto porém essa informação por si só embora seja necessária não é suficiente Além do custo é preciso saber o grau de elas ticidade da demanda os preços de produtos dos concorrentes os preços de produtos substitutos a estratégia de marketing da empresa etc e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a concorrência perfeita mercado de commodities etc O importante é que o sistema de custos produza infor mações úteis e consistentes com a filosofia da empresa particularmente com sua política de preços MARTINS 2018 p 205 Desse modo fixar o preço consiste em identificar e definir vários aspectos dentre eles A fixação dos preços de venda dos produtos fabricados pela empresa é uma tarefa bastante complexa na qual deverão ser considerados vá rios fatores entre outros características da demanda do produto existência ou não de concorrentes previsibilidade do comportamento dos concorrentes existência ou não de acordo com os concorrentes Entretanto o custo de fabricação dos produtos é uma variável que de sempenha um papel importante principalmente pelo fato de que a não ser em circunstâncias muito especiais a empresa não pode vender por um preço abaixo do custo VICCONTI 2018 p 205 57 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 12 PREÇO DE VENDA Com a demanda do mercado a concorrência atual os preços tendem a diminuir sem perder a qualidade Esse assunto é discutido por Bornia 2018 p 39 no moderno ambiente concorrencial a competição é mais acirrada o que além de forçar os preços praticados a diminuírem faz com que a formação do preço de venda esteja cada vez mais dependente do mer cado ou em outras palavras é o mercado que passa a fixar o preço e não mais a empresa Antigamente as empresas calculavam o preço baseandose nos gastos com o custo mais um percentual de lucro A fórmula expressava Preço custo lucro Contudo com a concorrência atual acirrada que há no mercado as exigências por pre ços competitivos é um fator decisivo para um aumento de vendas Com isso o lucro é determinado por um percentual sobre os custos A questão prin cipal é o cálculo do custo dos produtos para que um item não subsidie outro Porém no ambiente competitivo tradicional onde a demanda por produtos su pera a oferta o mercado aceita praticamente qualquer preço e por isso mes mo o cálculo do custo não necessita ser muito acurado BORNIA 2010 p 39 Com o mercado mais exigente a forte concorrência as empresas atuais as modernas perceberam que o método antigo de formar o preço de venda não era mais viável e que tem sido o mercado que determina o preço de venda Custos Despesas Lucro Preço Figura 01 Formação de preço de venda saiba como funciona esse processo Formação de preço de vendasaiba como funciona esse processo Fonte elaborada pelo autor 13 APLICAÇÃO DE PREÇO POR MARKUP O é um índice um fator multiplicador de preço que define o valor de venda e garante que todos os seus custos para a venda de seu produto eou serviço sejam pagos bem como os gastos não incluídos no custo de produção como os tributos e comissões incidentes sobre o preço Considerando que o sistema adotado pela empresa colher informações úteis e con sistentes dos custos de produção a fixação de preço de venda pode ser formada com base nos custos Os elementos que consistem no são as despesas administrativas e comerciais despe sas operacionais custo de elaboração do produto e margem de lucro desejada 58 3 Formação do Preço de Vendas A fórmula que expressa o markup é markup 1 um inteiro percentual 100 Esse método de formar o preço com base em custos é abordado seguindo critérios que segundo Martins 2018 p 205 Nesta forma de calcular preços preços formados de dentro para fora o ponto de partida é o custo do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios estudados Custeio por Absorção Custeio Variável etc Sobre esse custo agregase uma margem denominada markup que deve ser estimada para cobrir os gastos não incluídos no custo os tributos e comissões inciden tes sobre o preço e o lucro desejado pelos administradores 14 FORMANDO O PREÇO DE VENDA NO MÉTODO DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO Como o custeio por absorção é o método que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados tratando os custos fixos e variáveis como custo de produção de vendas CPV portanto o preço de venda unitário é igual ao cus to de produção unitário acrescido do índice de markup um percentual sobre o valor No entanto esse método de fixar o preço ou formar o preço não inclui o IPI Segundo Padovese 2014 p 332 normalmente o IPI não é computado no markup porque em nosso país a legislação fiscal atual exige que o preço de venda já contenha o ICMS mas trata o IPI como se fosse um imposto que não faz parte do preço de venda sendo exclusivamente de competência do contribuinte final ponto em que cessa o processo de industrialização do produto Dessa forma as diferenças de impostos sobre o produto são As diferenças de tributação mais conhecidas são mercado interno e merca do externo em que para a maioria dos produtos e serviços exportados não há incidência dos tributos de IPI ICMS PIS e Cofins regime tributário para as empresas do Simples regiões onde há suspensão ou isenção de impos tos como zonas especiais de exportação e Zona Franca de Manaus vendas para os demais estados da federação aplicação do sistema de substituição tributária em alguns produtos para diversos estados da federação produtos e serviços quer seja da mesma empresa que têm tributação diferenciada de PIS e Cofins em que alguns produtos e serviços são tributados pelo regime cumulativo e outros pelo não cumulativo PADOVESE 2014 p 332 Portanto podemos dizer que Markup genérico Partindose do pressuposto de que o custo industrial pa drão por absorção é o grande elemento diferenciador para a formação de preços de venda dos diversos produtos dentro da empresa o mais comum é utilizarse um markup genérico para todos os produtos Isto quer dizer que na construção do índice multiplicador que será aplicado sobre o cus to por absorção os indicadores das despesas operacionais sobre vendas administrativas comerciais serão os mesmos percentuais para todos os produtos Isso também acontecerá com o custo financeiro e com a margem de lucro desejada que serão os mesmos percentuais sobre o preço de ven da aplicados igualmente para todos os produtos Com relação aos impostos sobre vendas caso existam situações em que esses não sejam incidentes exportagdes em alguns casos por exemplo nao se aplicam sobre os cus tos os percentuais relativos a estes impostos Este um dos motivos pelos quais 0 markup deve ser aplicado ao menos em duas etapas com e sem impostos sobre venda PADOVESE 2014 p 334 Assim Padovese 2014 p 332 sugere dois tipos de markup Dessa maneira imp6e se a necessidade de dois markups um para obter o prego de venda antes dos impos tos e outro para obter o prego de venda com os impostos para os diferentes mercados e produtos com tributagao diferenciada Exemplo a markup sem imposto Assim considere uma empresa que apresenta os seguintes dados para formar o preo de venda baseandose no método de custeio por absorao Custo Fixo total R 40000 Custo Variavel total R 60000 Produgaomés 25000 unidades Despesas gerais administrativas 15 estimativa sobre a receita bruta Lucro desejado ou margem de lucro 8 Departamento de vendas comissG6es 7 sobre a receita bruta 1 Passo calcular o custo de produgao unitario que é calculado pela soma dos custos fixos com o custo variavel dividido pela quantidade de unidades fabricadas 4000060000 10000025000 4 R 400 custo de produgao unitario CPu 2 Passo o calculo do markup é feito com a soma dos percentuais Despesas 15 Lucro desejado 8 Departamento de vendas 7 Assim 0 percentual markup que sera aplicado sobre 0 preco de venda é calculado com a soma 1587 30 A formula que expressa 0 markup é markup 1 um inteiro percentual 100 Logo markup 1 30100 1 03 07 o markup unr dW 7 eee Custos e Formagao de Prego Formagao do Prego de Vendas 3 Passo o preco de venda PV é formado pela divisao do custo de produgao unitario pelo markup no caso 07 P 400 Temos PV Cou 4 pgs 74 markup 07 Portanto o prego de venda fixo 6 R 571 por unidade Nesse exemplo o prego de venda sem os impostos Sendo importante ressaltar que esse valor R 571 por exemplo 6 um referencial logo esta sujeito a reajustes conforme o mercado e a concorréncia Exemplo b markup com imposto Considere que uma empresa apresenta os seguintes dados para formar o preco de venda baseandose no método de absorao Custo Fixo total R 40000 Custo Variavel total R 60000 Produgaomés 25000 unidades Despesas gerais administrativas 15 estimativa sobre a receita bruta Lucro desejado ou margem de lucro 8 Departamento de vendas comiss6es 7 sobre a receita bruta Impostos 20 1 Passo calcular o custo de producao unitario que é calculado pela soma dos custos fixos com o custo variavel dividido pela quantidade de unidades fabricadas 4000060000 10000025000 4 R 400 custo de produgao unitario CPu 2 Passo o calculo do markup é feito com a soma dos percentuais Despesas 15 Lucro desejado 8 Departamento de vendas 7 Impostos 20 O percentual total markup que sera aplicado sobre o prego de venda é calculado com a soma 61 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco 15 FORMANDO O PREÇO DE VENDA NO MÉTODO DE CUSTEIO VARIÁVEL Martins 2010 p 221 salienta que o uso de fixação de preço de venda por custeio variável é Do forte conhecimento e cada vez mais sensível no Brasil moderno e bem mais competitivo de que o mercado é o grande definidor do preço surge a ideia de se utilizar a figura da Margem de Contribuição para auxiliar nas to madas de decisões também relativas a fixação dos preços E muitas vezes consegue esse conceito ser útil Assim é importante salientar que fixar o preço de venda no método de Custeio Variável e Margem de Contribuição é de grande aplicabilidade somente se a Margem de Contri buição for total Segundo Martins 2010 p 223 podemos dizer que das diferentes alternativas de preço não é melhor aquela que dá maior Margem de Contribuição por unidade Isso só ocorreria se a quantidade ven dida fosse sempre a mesma variando as quantidades sempre interessa de todas as diferentes possibilidades aquela que dá a maior Margem de Contribuição total Ademais propondo dois exemplos para que se verifique por meio de análise que o preço de venda que proporcione a melhor Margem de Contribuição Total não é o de maior valor mas de maior quantidade vendida 1587 20 50 A fórmula que expressa o markup é markup 1 um inteiro percentual 100 Logo markup 1 50100 1 05 05 o markup 3º Passo o preço de venda PV é formado pela divisão do custo de produção unitário pelo markup no caso 05 Assim o cálculo é PV R800 CPu 400 markup 05 Portanto o preço de venda fixo é R 800 por unidade Nesse exemplo considerando o preço de venda com os impostos Nesse sentido é importante ressaltar que esse valor R 800 por exemplo é um referencial sujeito a reajustes conforme o mercado e a concorrência Martins 2010 p 219 ressalta que esse método de calcular o preço de venda tem suas divergências Esse método de calcular preços com base em custos é muito utilizado pelas empresas porém apresenta algumas deficiências como não considerar pelo menos ini cialmente as condições de mercado fixar o percentual de cobertura das despesas fixas de forma arbitrária etc 62 3 Formação do Preço de Vendas Exemplo a venda de parte do estoque Uma indústria fabrica um único produto e tem a seguinte movimentação em um mês Unidades fabricadas 28000 unidades Custos fixos CF no mês R 11200000 Custo variável CV unitário R 6000 Percentual de 38 10 de gastos com despesas gerais 20 de gastos com impostos 8 de lucro desejado Calcule a Margem de Contribuição total 1º Passo calculando o custo de produção unitário CPu chamado também de custo de produto acabado Custo variável R 6000un Custo fixo Portanto o CPu CV CF 6000 2400 R 6400 R 400 por unidade R112000 28000 uni 2º Passo calculando o preço de venda por markup aplicando as fórmulas a A fórmula que expressa o markup é markup 1 um inteiro percentual 100 Logo markup 1 38100 1 038 062 o markup b O cálculo fica R 10325 preço de venda fixado unitário CPu 6400 markup 062 PV 3º Passo calculando as vendas receita em que a empresa consiga vender somente as 24000 unidades e o restante sendo que 4000 unidades permaneceram no estoque Receita de Vendas PV x unidades R 10325 x 24000un R 2478000 bruto 4º Passo calculando a Margem de Contribuição total Margem de Contribuição Receita de vendas Custos variável R 2478000 R 6000 x 28000 un R 2478000 168000000 R 798000 de Mar gem de Contribuição 63 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Exemplo b venda de todo o estoque Supondo que a mesma empresa do exemplo A venda 28000 unidades e desejase abaixar o percentual de seu lucro para 3 Nesse caso o percentual fica 33 10 de gastos com despesas gerais 20 de gastos com impostos 3 de lucro desejado Desse modo podemos pular direto para o 2º passo pois os valores do 1º passo são os mesmos 2º Passo calculando o preço de venda por markup aplicando as fórmulas a A fórmula que expressa o markup é markup 1 um inteiro percentual 100 Logo markup 1 33100 1 033 067 o markup b O cálculo fica 9555 preço de venda fixado unitário CPu 6400 markup 067 PV 3º Passo calculando as vendas receita em que a empresa consiga vender todo o esto que ou seja as 28000 unidades Receita de Vendas PV x unidades R 9555 x 28000 R 267540000 bruto 4º Passo calculando a Margem de Contribuição total Margem de Contribuição Receita de vendas Custos variável R 267540000 R 6000 x 28000 un R 267540000 168000000 R 99540000 de Margem de Contribuição Portanto nesses dois exemplos podemos concluir que o exemplo B tem uma Margem de Contribuição maior apesar de ter reduzido o lucro em 4 R 995400 em relação ao exemplo A que tem uma Margem de Contribuição me nor que desejava um lucro de 8 R 798000 Logo a diferença entre os dois exemplos é de R 197400 O resumo dos dois exemplos do demonstrativo de resultado DEMONSTRATIVO EXEMPLO A EXEMPLO B Receitas R 2478000 R 2675400 Custos Variável total R 1680000 R 1680000 Margem de Contribuição R 798000 R 995400 Custos fixos R 112000 R 112000 Lucro R 686000 R 883400 Fonte elaborada pelo autor 64 3 Formação do Preço de Vendas 2 PONTO DE EQUILÍBRIO O ponto de equilíbrio tem como objetivo identificar com segurança o volume mínimo de vendas para cobrir os custos de produção a fim de não gerar prejuízo ou seja quando a Receita Total se iguala aos Custos Totais do Período Conforme a Figura 2 representa Receita R Pe R Prejuízo Lucro Custo Total Custo Variável Custos Fixos Pe Qtde Quantidade Fonte adaptada de Negócios 2009 21 PONTO DE EQUILÍBRIO EM UNIDADES PE UN É importante saber o quanto em unidades a fabricar deve vender para cobrir os custos de produção e não obter lucro e nem prejuízo Por exemplo uma indústria tem os seguintes eventos Custos fixos R 300000mês Custos variável R 15000un Preço de venda R 45000un A fórmula que expressa o Ponto de Equilíbrio em unidade PE un Figura 02 Ponto de Equilíbrio versus Vendas 65 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Portanto fabricar e vender 150 unidadesmês é o ponto que equilibra a receita igual aos custos de produção RCP logo o lucro é zero E somente a partir de 151 unidades produzidas e vendidas haverá lucro 22 PONTO DE EQUILÍBRIO EM DINHEIRO PE Nesse caso além de saber a quantidade mínima de 150 unmês podese saber e cal cular o Ponto de Equilíbrio em dinheiro PE No caso basta multiplicar o preço de venda PV pelas unidades do ponto de equilíbrio PEun custos fixos mês preço de venda un custo variável un PEun 300000 300000 450150 200 150 unmês PE PV x PE un 450 x 150 R 67500 Sendo o lucro a partir de 151 unidades produzidas e vendidas 23 MARGEM DE SEGURANÇA Além de saber calcular o ponto de equilíbrio é necessário também calcular a Margem de Segurança para que a empresa tenha uma margem acima do mínimo necessário para qualquer eventualidade no mercado Exemplo A empresa de sofá Papi fabrica um só tipo de sofá de várias estampas Os gastos são O Ponto de Equilíbrio é de Custos fixos mês R 16000 Custos variável unitário R 1000 Preço de venda unitário R 2500 PEuni 16000 300000 25001000 1500 1067 11 unmês 66 3 Formação do Preço de Vendas Supondo que no mês a empresa produza e venda 20 unidades o lucro será sobre as 9 unidades a mais que produziu e vendeu Portanto 9 un x R 2500 R 22500 Logo a empresa de sofá está operando com uma Margem de Segurança de 9 sofás Assim ela poderá trabalhar com percentual em redução sem entrar na faixa de prejuízo e o percentual dessa margem ficaria Margem de Segurança 9 uni 20 uni 45 045 x100 Em dinheiro o percentual será Ponto de Equilíbrio em dinheiro 11 un x R 2500 27500 Margem de Segurança Receita total PE 50000 27500 Receita total 50000 45 logo os 45 são iguais 24 ALAVANCAGEM OPERACIONAL Cada vez que a Margem de Segurança aumenta consequentemente a Alavancagem Operacional reduz pois aumentando o volume de produção os custos fixos que não se alteram até certo limite de capacidade de produção da empresa são reduzidos por unidade fabricada e vendida Segundo Ribeiro 2015 p 479 Alavancar significa mover ou levantar algo com o auxílio de alavanca Di cionário novo Aurélio da língua portuguesa século XXI 1999 Com um au mento alavanca no volume da produção e venda promovese uma alavan cagem elevação no resultado Portanto alavancagem operacional é um indicador que mostra quantas vezes o percentual de aumento promovido no volume gerou de percentual de aumento no resultado Supondo que a produção aumente de 20 para 25 unidades no mês Exemplo do item Mar gem de Segurança são 5 unidades x R 2500 R 12500 e comparando esse número com as 20 unidades que deu um lucro de R 22500 9 un a mais x R 2500 temos R 12500R 22500 055 essa é a porcentagem de acréscimo no lucro E o aumento de unidades fabricadas pulou de 20 para 25 ou seja 5 a mais Assim 520 025 porcentagem de acréscimo no volume Logo inserindo na fórmula a seguir Calculase a Alavancagem Operacional porcentagem de acréscimo no lucro 055 porcentagem de acréscimo no volume 025 220 vezes 67 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Para cada 1 de variação sobre as 20 unidades corresponde a uma variação de 220 sobre a 25 unidades produzidas no mesmo mês 25 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO PEE O Ponto de Equilíbrio é definido por Ribeiro 2015 p 485 Ponto de equilíbrio econômico é o estágio alcançado pela empresa no momento em que a receita total derivada da venda de produtos é suficiente para cobrir os custos e as despesas totais e ainda proporcionar uma margem de lucro aos proprietários como remuneração do capital por eles investido na empresa No entanto ressaltase que a empresa que trabalha exatamente no Ponto de Equilíbrio em Reais não terá ganho de juros sobre o capital dos investidores Sabemos que os investidores almejam sempre além do retorno do capital investido um ganho real que possa lhes proporcionar lucros acima daqueles que outros investimentos disponíveis no mercado oferecem Dessa forma o lucro desejado poderá corresponder a uma percentagem do capital investido da receita bruta de vendas ou ainda poderá corresponder a outro valor fixa do por critérios definidos conforme seus interesses Quando uma pessoa in veste no capital de uma empresa em geral ela deseja receber como remune ração pelo investimento efetuado no mínimo os juros de mercado Quando a empresa opera no ponto de equilíbrio contábil os investidores nada recebem surgindo a figura do custo de oportunidade Custo de oportunidade corres ponde ao valor dos rendimentos que se deixa de obter quando se aplica um recurso financeiro em uma atividade e não em outra RIBEIRO 2015 p 486 Exemplo Supondo um lucro estimado de 15 sobre um capital de R 40000 investido numa indústria em que os eventos são PEE Custo fixos Margem de Lucro 90006000 Margem de Contribuição unitário 50 300 unidades Capital investido R 40000 Lucro estimado ou Margem de Lucro 15 15 x R 40000 R 6000 Custo fixoano CF R 9000ano Custo variável R 4000un Preço de Venda PV R 9000 Margem de Contribuição unitário PV CV 9000 4000 R 5000 Aplicando a fórmula Portanto o Ponto de Equilíbrio Econômico é o resultado de produzir e vender 300 unida des por R 9000 Assim o Ponto de Equilíbrio Econômico será atingido com a produção e venda de 34000 unidades do produto Nesse caso o ponto de Equilíbrio Econômico em unidade monetária será 68 3 Formação do Preço de Vendas 3 CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES 31 DECISÃO POR CUSTOVOLUMELUCRO CVL Os custos para tomadas de decisões podem ser decisórios por CustoVolumeLucro CVL que é uma ferramenta para que os gestores venham a compreender o CVL e possam tomar as decisões em quais produtos a oferecer no mercado e quais os preços a cobrar O CVL é definido por Santos 2017 p 66 como A frenética competição do mundo globalizado tem provocado mudanças radicais nos processos e na mentalidade empre sarial Tudo isso para que as empresas se ajustem a novos moldes operacionais para estarem na dianteira da concorrência Diante disso o autor ainda salienta que De um lado a empresa tem o mercado e a concorrência também atuando neste mesmo mercado De outro lado a empresa necessita de informações de custos para analisar concomitantemente os reflexos de aumento eou re dução de custos preços volumes e mix de produtos Pode ocorrer situação de a empresa ter que manter preços constantes com aumento de custos e buscar a compensação via incremento de volumes Julgamos de extrema importância gerencial o ferramental que propicia meios de analisar as rela ções custo volume e lucro dos negócios de uma empresa Custo preço e volume são os fatores medidos no planejamento e na análise de variação do lucro O preço de venda geralmente é de controle limitado mas custo e volume possuem elementos mais controláveis e normalmente seu relaciona mento é mais solicitado SANTOS 2017 p 66 O CustoVolumeLucro é avaliado conforme a figura a seguir 300 un x R9000 R27000 Figura 03 CustoVolumeLucro Fonte adaptada de Revistas Usp 2020 Análise CVL Margem de Contribuição Ponto de Equilíbrio Margem de Segurança Alavancagem Operacional 69 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Aplicação Suponhamos que uma empresa produza dois produtos W e Q E dentro de um período de produção e de vendas a empresa obteve os seguintes eventos PRODUTO PREÇO DE VENDA POR UNIDADE PV CUSTO VARÁVEL UNIDADES CUSTO FIXO NO PERÍO DO DE PRO DUÇÃO QUANTIDADES DE UNIDADES FABRICADAS VOLUME W R1300 R800 R130000 R40000 Q R2300 R1200 R220000 R30000 Tabela 01 Gastos por Produto Fonte elaborado pelo autor 1ª Situação supondo que a empresa venda toda a produção Então teremos a seguinte situação a seguir PRODUTO W PRODUTO Q RECEITA TOTAL 40000 un x R 1300 R 520000 30000 un x R 2300 R 690000 CUSTO VARIÁVEL TOTAL 40000 un x 800 R 320000 30000 un x R 1200 R 360000 LUCRO MARGINAL 520000 R 320000 R 200000 3846 sobre as vendas R 690000 R 360000 R 330000 4783 sobre as vendas CUSTOS FIXOS R 130000 R 220000 LUCRO OPERACIONAL R 70000 equivale a 1346 sobre a receita R 110000 equivale a 1594 sobre a receita Tabela 02 Lucro Operacional por Produto Fonte elaborado pelo autor Tabela 03 Lucro Operacional total dos dois produtos RECEITA TOTAL R 520000 R 690000 R 1210000 100 receita total CUSTO VARIÁVEL TOTAL R 320000 R 360000 R 680000 5620 em relação a receita total 70 3 Formação do Preço de Vendas O resultado do lucro operacional das vendas de toda a produção é 1488 180000 1210000 x 100 Assim o Ponto de Equilíbrio para um faturamento mínimo será LUCRO MARGINAL R 1210000 R 680000 R 530000 4380 em relação a receita total CUSTOS FIXOS R 130000 R 220000 R 350000 2893 em relação a receita total LUCRO OPERACIONAL R 530000 R 350000 R 180000 1488 em relação a receita total Fonte elaborado pelo autor R 79908675 PE Custo fixos total R350000 Lucro marginal 4380100 Esse é ponto de equilíbrio mix de vendas de vendas que traz o faturamento mínimo que a empresa tem para cobrir os custos e a partir desse valor a empresa terá lucro 2ª Situação supondo que a empresa tem a capacidade máxima de produção em até 70000 un por período Contudo por análise o produto Q é o que tem mais lucro mar ginal 4783 Tabela 2 então o gestor de custos decide aumentar em 30 a produção do produto Q e diminuir em 2250 a produção do produto W No entanto os custos fixos do produto Q aumentam em 30 e do produto W os custos fixos caem 2250 Tabela 04 Novo Lucro Operacional por Produto PRODUTO W PRODUTO Q RECEITA TOTAL 31 un x R 1300 R 403000 39000 un x R 2300 R 897000 CUSTO VARIÁVEL TOTAL 31000 un x 800 R 248000 39000 un x R 1200 R 468000 LUCRO MARGINAL R 403000 R 248000 R 155000 3846 sobre as vendas R 897000 R 468000 R 429000 4783 sobre as vendas CUSTOS FIXOS R 100750 130000 x 100 2250100 R 286000 220000 x 130 LUCRO OPERACIONAL R 54250 equivale a 1350 sobre a receita R 143000 equivale a 1590 sobre a receita Fonte elaborado pelo autor Tabela 05 Novo Lucro Operacional total dos dois produtos RECEITA TOTAL R 1300000 100 receita total CUSTO VARIAVEL 5 TOTAL R 716000 5480 em relagao a receita total LUCRO MARGINAL R 584000 4490 em relagao a receita total S Oo CUSTO FIXOS TOTAL R 386750 30 em relagao a receita total 5 NX Lo LUCRO OPERACIONAL R 197250 1517 em relagao a receita total oO Fonte elaborado pelo autor 3 O resultado do lucro operacional das vendas de toda a producao é 1517 197250 S 1300000 x 100 Logo a decisao do gestor em aumentar a produgao e a venda do S produto Q fez com que o lucro operacional passasse de R 180000 para R 197250 tendo um percentual de acréscimo de lucro sobre os R 180000R 17250 em 958 S Portanto a decisao pelo aumento de volume de um dos produtos sem aumentar ou baixar o prego trouxe um resultado de 958 a mais de lucro operacional 32 DECISAO POR MARGEM DE CONTRIBUIGAO Outro modo de tomar decisdo é por meio da Margem de Contribuigao no qual Martins 2010 p 185 explica A Margem de Contribuigao conceituada como diferenga entre Receita e soma de Custo e Despesa Variaveis tem a faculdade de tornar bem mais facil mente visivel a potencialidade de cada produto mostrando como cada um contribui para primeiramente amortizar os gastos fixos e depois formar o lucro propriamente dito Aplicagao Considerando que uma industria em plena produgao tem as caracteristicas a seguir Produtos em produgao ZT e YT Produgao maxima de 80000 unmés Produgao vendida no més Produto ZT 50000 unmés Produto YT 30000 unmés Prego de venda unitario Produto ZT R 4500un Produto YT R 2700un Custo fixos no més R 400000 AAA CUSLOS FormagaO Ae Prego 71 Formacao do Prego de Vendas Custo variavel por unidade 3 Produto ZT R 1200un Produto YT R 720un Despesas variaveis com comiss6es de vendas por produto Produto ZT R 800un Produto YT R 500un Despesas variaveis com Impostos para os dois produtos Produto ZT R 600un Produto YT R 500un O Resultado com esses valores sao Tabela 06 Lucro Liquido por Produto PRODUTO ZT PRODUTO YT 50000 un x R 4500 RECEITA TOTAL R 2250000 30000 un x R 2700 R 810000 A ad la ae 50000 un x 1200 R 600000 30000 un x R 720 R 216000 TOTAL mp veneeiNNNAUN 50000 un x RS800 R 40000 30000 un x R 600 R 180000 IMPOSTOS 50000 un x R 600 R 300000 30000 un x R 500 R 150000 MARGEM DE CON TRIBUICAO TOTAL R 1350000 R 444000 R 400000 80000 un R 500 R 400000 80000 R 500un x ESTAS NG un x 50000 un R 250000 30000 un R 150000 LUCRO LiQUIDO R1 100000 equivale a 4888 R 294000 equivale a 3629 sobre a receita sobre a receita Fonte elaborado pelo autor Tabela 07 Margem de Contribuigao Unitaria por Produto EXEMPLO PRODUTO ZT PRODUTO YT PRECO DE VENDA R 4500 R 2700 CUSTOS VARIAVEL R 1200 R 720 72 Te 73 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco A Tabela 7 é o mix dessa indústria é o produto ZT no qual a Margem de Contribuição unitária R 1900 que contribuem para amortizar os custos fixos R 500 por unidade Portanto nesse caso a empresa pode tomar a decisão havendo demanda de consumo no mercado de produzir somente o produto ZT A margem de contribuição para Wernke 2008 p 42 é o valor resultante da venda de uma unidade depois de deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado Representa o resultado depois dos gastos realizados com es forços para a existência do produto A margem de contribuição é de extrema importân cia para a tomada de decisões gerenciais PEREZ JUNIOR OLIVEIRA COSTA 1999 Ainda sobre o assunto Souza e Clemente 2007 p 162 afirmam que a margem de contribuição líquida é o conceito mais relevante Tal fato ocorre porque os custos se concretizam pelo ato de produzir enquanto a margem só se concretiza pelo ato da venda Se não existirem vendas não existirá margem Dessa forma as vendas se tornam o fator que gera riqueza para a empresa Ponto de Equilíbrio em unidades PEun A necessidade de calcular o PEun é para que a empresa identifique o mínimo de quan tidade que terá de produzir e vender para que a Receita se iguale aos Custos E assim pelo PEun ela não tem lucro e nem prejuízo Desse modo Para o produto ZT EXEMPLO PRODUTO ZT PRODUTO YT DESPESAS VARIÁVEIS COMISSÕES IMPOSTOS R 800 R 600 R 500 R 500 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R 1900 R 980 CUSTO FIXOS R 500 R 500 LUCRO LÍQUIDO R 1400 R 480 Fonte elaborado pelo autor 1666667 un PEun custos fixos despesas variáveis R250000 R300000 550000 Preõ de venda uni Custos variável uni 4500 1200 3300 Para o produto YT 1515152 16152 PEun custos fixos despesas variáveis R150000 R150000 300000 Preõ de venda uni Custos variável uni 2700 7200 1980 unidades 74 3 Formação do Preço de Vendas 4 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DE EXERCÍCIOS DRE Assim é tão importante quanto o Balanço Patrimonial é a Demonstração do Resultado do Exercício ao processo decisório dentro e fora da empresa Nela são expressos os resultados apurados pela entidade tanto a benefício do capital de terceiros quanto do capital próprio Logo por meio dela se pode avaliar tendências em termos de receitas custos e despesas de variadas naturezas MARTINS 2018 Demonstração do Resultado do Exercício A definição de cada item no DRE é explicada como Nas publicações devese começar a Demonstração com a Receita Líquida ficando a conciliação entre esse valor e a Receita Bruta evidenciada apenas em nota explicativa A Receita Bruta compreende o valor total de vendas de produtos ou serviços pela entidade durante o período Para apuração da Recei ta Líquida são deduzidos da receita bruta os seguintes itens a Vendas Can celadas e Devoluções de mercadorias realizadas no período b Abatimentos realizados geralmente por defeitos nas mercadorias ou pagamentos antecipa RECEITA LÍQUIDA Custo dos Produtos Vendidos ou Serviços Prestados RESULTADO BRUTO DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de Vendas Despesas Administrativas Receitas Financeiras Despesas Financeiras Outras Receitas e Despesas Operacionais RESULTADO OPERACIONAL Provisão para IR e Contribuição Social RESULTADO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Participações Contribuições LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Juros sobre o Capital Próprio LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO 75 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco dos e c Impostos Incidentes ICMS IPI ISS PIS COFINS etc os quais são retidos pela organização e repassados a esfera pública Da Receita Líquida são deduzidos os Custos dos Produtos Vendidos CPV em empresas industriais ou Custos das Mercadorias Vendidas CMV em empresas comerciais ou Custos dos Serviços Prestados CSP em empresas prestadoras de serviço para se chegar ao Lucro Bruto As Despesas Operacionais compreendem to dos os gastos para manutenção das atividades relativas a operação negócio do empreendimento São classificadas em Despesas de Vendas envolvem todos os gastos relativos à promoção distribuição e venda dos produtos ou serviços da entidade Despesas Administrativas que são gastos da entidade para manter a gestão do empreendimento incluem salários dos funcionários da administração encargos sociais honorários da diretoria materiais de escritórios etc Receitas Financeiras são entradas de recursos oriundos de atividades re lacionadas a operação da empresa como juros de aplicações financeiras des contos obtidos etc Despesas Financeiras4 são remunerações pagas pelo uso de capitais de terceiros juros sobre empréstimos e financiamentos despesas de captação de recursos comissões bancárias etc Outras Receitas e Des pesas Operacionais as despesas operacionais não enquadradas nos grupos anteriores devem ser lançadas neste como por exemplo receita e despesa de equivalência patrimonial Além disso esse grupo também comporta outras receitas operacionais como lucros na venda de sucatas lucros de participação em outras sociedades etc Para se chegar ao Lucro Operacional basta dedu zir do Lucro Bruto as Despesas Operacionais O próximo passo é deduzir a Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social O cálculo desses dois tributos não é feito exatamente sobre o lucro operacional apurado pela conta bilidade e sim com base no lucro ajustado conforme determina a legislação do Imposto de Renda Após a dedução da Provisão para IR e Contribuição Social temse o Resultado Líquido Antes das Participações e Contribuições É nesse momento que são feitas as deduções relativas às diversas participações e contribuições previs tas em estatutos debêntures participações de empregados administradores e partes beneficiárias contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados etc Uma vez deduzidas as participações e contri buições chegase finalmente ao Lucro Líquido do Exercício para cálculo do Lucro Líquido por Ação LPA dividindose o valor apurado pela quantidade de ações em que está dividido o capital da empresa Atenção para a figura dos Juros sobre o Capital Próprio porque são considerados despesas dedutíveis para fins de tributos sobre o lucro mas não são despesas de natureza contá bil Assim não podem aparecer nas demonstrações do resultado Assaf Neto 2015 enfatiza a importância do LPA na análise das demonstrações contábeis principalmente para investidores Para o autor esse indicador mede o ganho potencial e não o efetivo ou seja financeiramente realizado de cada ação uma vez que o lucro líquido do exercício geralmente não é totalmente distribuído MARTINS 2018 p 3334 41 EXERCÍCIO PRÁTICO Considere os dados na Tabela 8 que foram apurados na produção de um produto e faça o DRE Tabela 08 Dados de Produção Receita Bruta R 280000 Receita financeira R 1500 Despesas financeiras R 5500 76 3 Formação do Preço de Vendas 5 CONCLUSÃO Assim entender o conceito de preço de venda aplicando o índice markup nos métodos de custeio por absorção e variável Aplicando o ponto de equilíbrio para que o gestor analise o quanto a empresa precisa produzir e vender acima do ponto de equilíbrio para obter lucro Além disso entendemos o conceito de margem de segurança mínima para que a empresa produza com uma margem necessária As decisões através do custo volumelucro e da margem de contribuição tem por finalidade compreender a elabora ção contábil do DRE para uma melhor análise das demonstrações contábeis Fonte elaborado pelo autor Com os dados tabulados o gestor financeiro constrói o DRE conforme a Tabela 9 Despesas com vendas R 28000 Despesas administrativas R 35000 Despesas operacionais outras R 4000 Custos do Produto Vendido R 50000 Depreciação e amortização R 3500 Impostos sobre as vendas R 14000 Imposto de Renda R 16480 Devolução de vendas R 6000 Receita Bruta R 280000 Deduções da Receita Bruta R 20000 Devolução de vendas R 6000 Impostos sobre as vendas R 14000 Resulta Operacional Líquida R 260000 Custos do produto vendido R 50000 Resultado Operacional Bruto R 210000 Despesas Operacionais R 71000 Despesas com vendas R 28000 Despesas administrativas R 35000 Outras despesas operacionais R 4500 Depreciação e amortização R 3500 Despesas financeiras R 4000 Receita financeira R 1500 Despesas financeiras R 5500 Resultado Operacional antes do IR R 206000 Imposto de Renda R 16400 Resultado líquido R 189520 Tabela 09 DRE Demonstração de Resultado de Exercício Fonte elaborado pelo autor einen TE lek 40 01 n ene 1 Numa decisao as informagées do mercado da Economia atual sao de suma importancia Segundo Martins 2010 p 231 o problema de decidir 0 prego nao é tarefa para solucao somente com dados de Custos Assim necessaria se torna uma gama de informagdes sobre o Mercado elasticidade na Economia para que se possa casando informes internos com externos optar pelas decisoes mais corretas Também nessa hora a Contribuigao Marginal é de vital importancia Das diversas Opgdes de prego e quantidade interessa a que maximiza a Margem de Contribuicao Total e nao a Receita total desde que para qualquer dessas alternativas o Custo Fixo e se mantenha inalterado 2 pease senses n cs BDC ORE naan I Uma Industria produz mil unidades 1000 do produto TT por més nos quais é preciso calcu lar o preco unitario de venda para os possiveis compradores para tanto a empresa estima S gastos abaixo que deverdao ser incorridos na produgao para calcular o prego de venda I Calcule o prego de venda I I Dados contabilizados no periodo de produgao I Estimativa de Lucro 25 I Despesas administrativas total 8 I Custo Fixo do periodo total R 7000000 1 Matéria prima por unidade R 1050 1 Mao de obra direta MOD na maquina por hora valor que a empresa tem com 0 funcionario R 870hora 1 1 Tempo de fabricagao 15 minutos por produto 1 Impostos 18 I Resolugao 1 Passo Calcular o custo variavel unitario I Custo da MOD POR HORAMAQUINA hm por produto I 15min60min x R 870 x 1000 un R 217500 I Il MatériaPrima Custos Variaveisunidades I i 1000 un X 1050 R 10500 I Ill Custo Variavel unitario 1 R 10500 R 217500 12675 1000 un R 1268 un 1 unr dW 7 eee Custos e Formagao de Prego 78 3 Formação do Preço de Vendas 2º Passo Calcular o custo de produção custo fixo custo variável total e unitário DRE TT MP variáveis R 10500 MOD Calculado o quanto em reais é agregado a produção total do produto R 217500 CF Custos fixos R 70000 TOTAL DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO FIXOS VARIÁVEIS R 8267500 Unidades fabricadas 1000 un CUSTO DE PRODUÇÃO UNITÁRIO do PRODUTO R 8268un Tabela 10 Custo de Produção Fonte elaborado pelo autor 3º Passo Preço de venda Índice de preço markup use 4 casas após a vírgula O markup multiplicador 1 1 1 1 1 1 a soma de porcentagem 100 1 25 8 18 100 1 51 100 1 051 049 20408 Logo o Preço de Venda Markup X Custos de Produção unitário 20408 x 8268 un R 16873un Portanto o Preço de Venda será de R 16873 por unidade Custo Marginal de acordo com a microeconomia custo marginal é a mudança ocorrida no custo total quando se aumenta ou diminui a produção total de bens ou serviços em uma unidade Ou seja ele representa o custo individual da última unidade produzida e assim sucessivamente a medida em que forem produzidas mais ou menos bens ou produtos Lucro Marginal é o lucro que seria obtido na medida pela produção e venda de uma unidade adicional de um produto ou serviço Assim é a diferença entre o custo marginal e receita marginal da unidade extra Uma teoria econômica afirma que uma empresa deve continuar aumentando a produção e as vendas até o lucro marginal reduzir para zero GLOSSÁRIO 79 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco Diversas razões poderiam ser apresentadas como justificativas ao emprego do método de definição de preços com base nos custos simplicidade ajustando preços a custos não é necessário preocuparse com ajustes em função da demanda segurança vendedores são mais seguros quanto aos custos incorridos do que sobre aspectos relativos à demanda e ao mercado consumidor justiça muitos acreditam que o preço acima dos custos é mais justo tanto para consumidores quanto para vendedores que obtêm um retorno justo por seus investimentos sem tirar vantagens do mercado quando ocorrem elevações da demanda Os maiores conflitos decorrentes de aplicações de preços baseados exclusivamente nos custos residem na não consideração da demanda e dos níveis de concorrência Se um pequeno comerciante estrutura e forma seus preços imaginando que venderá por exemplo 100 uni dades por mês e notar que de fato as vendas não ultrapassam 20 unidades por mês poderá ter sérios problemas relacionados à falta de rentabilidade do negócio Outra forma de estabe lecer preços baseiase no valor percebido do produto pelo mercado consumidor Nessa meto dologia as empresas empregam a percepção que os consumidores têm do valor do produto e não os custos do vendedor Preços são definidos para se ajustar aos valores percebidos Por exemplo um consumidor pode aceitar pagar 100 por uma cerveja em lata em um bar e 250 pelo mesmo produto em um restaurante de luxo A terceira metodologia de formação de preços emprega a análise da concorrência As empresas prestam pouca atenção a seus custos ou a sua demanda a concorrência é que determina os preços a praticar Os preços podem ser de oferta quando a empresa cobra mais ou menos que seus concorrentes ou de proposta quando a empresa determina o seu preço segundo o seu julgamento sobre como os concorrentes irão fixar os preços deles 73Preços custos e valores percebidos muitas podem ser as técnicas quantitativas associadas ao processo de formação de preços conforme exibido no Capítulo 6 De modo geral estas técnicas buscam construir o preço com base nos custos incorridos que podem ser mensurados e analisados sob diferentes ópticas Porém todo e qualquer preço de qualquer produto sempre estará limitado pelo mercado em outras palavras pelo valor atribuído pelos clientes ao produto ou serviço comercializado Falar em preço é ao mesmo tempo analisar custos e estimar fatores intrínsecos do mercado onde o produto ou serviço será ofertado Genericamente a relação existente entre custo pre ço e valor pode ser representada de acordo com a Figura 71 Figura 71 Custo preço e valor Enquanto o conceito genérico de custo referese aos gastos incorridos pela empresa para IMPORTANTE A sigla DRE Demosntrativo do Resultado em Exercício MIX um mix de produtos é uma variedade de itens que uma empresa disponibiliza no mercado para atingir diferentes clientes ou dominar uma fatia maior do seu segmento Margem de Contribuição é o resultado da receita de vendas pela subtração dos custos variáveis Segundo o dicionário Aurélio Margem Borda Essa borda vai proteger os seus custos variáveis ou seja o valor gasto com a mercadoria Contribuição Ação de contribuir Essa ação possui uma única responsabilidade pagar as suas despesas fixas e te dar gerar lucro entrando em caixa CPV custo do produto vendido no qual é calculado com todos os gastos com a produção do produto que são a soma dos custos diretos e indiretos 80 3 Formação do Preço de Vendas poder ofertar o produto ou serviço o valor consiste nos aspectos desejados pelos clientes e atendidos pelo produto ou serviço O preço estará limitado entre o custo e o valor nenhuma empresa oferecerá produtos por preços inferiores ao custo por tempo indeterminado Da mesma forma os clientes somente estarão dispostos a pagar o preço de um produto quando o valor percebido for superior Da diferença entre o preço e custo decorre o lucro desejado pelas empresas Da diferença entre o valor percebido e o preço decorrem os benefícios extras desejados pelo mercado BRUN I 2018 p 172 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 VICECONTI Paulo Contabilidade de custos um en foque direto e objetivo 12 ed São Paulo Saraiva 2018 Minha Biblioteca 2 BORNIA Antonio Cezar Análise gerencial de custos aplicação em empresas modernas 3 ed São Paulo Atlas 2010 Minha Biblioteca 3 MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos 11 ed Rio de Janeiro Atlas 2018 Minha Biblioteca 4 BRUN I Adriano Leal Administração custos preços lucros 6 ed Rio de Janeiro Atlas 2018 Minha Biblioteca 5 PADOVEZE Clóvis Luís Contabilidade de cus tos São Paulo Cengage Learning 2014 Minha Biblioteca 6 MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos 10 ed Rio de Janeiro Atlas 2010 Minha Biblioteca 7 RIBERIO Osni M Oura Contabilidade de custos 4 ed São Paulo Saraiva 2015 Minha Biblioteca 8 SANTOS Joel José Manual de con tabilidade e análise de custos 7 ed Rio de Janeiro Atlas 2017 Minha Biblioteca MARTINS Eliseu Análise didática das demonstra ções contábeis 2 ed Rio de Janeiro Atlas 2018 Minha Biblioteca 81 3 Custos e Formação de Preço Universidade São Francisco