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Histologia

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invertida isto é com núcleos localizados do lado oposto à lâmina basal 4 Após essa transformação os préameloblastos estimulam a diferenciação das células da papila dentária adjacentes ao epitélio interno em odontoblastos Tal processo depende da atuação de componentes da matriz extracelular a exemplo das integrinas que interagem com domínios RGD fibronectina e vitronectina GER colágeno I e YIGSR laminina 24 bem como do estimulo do fator de crescimento BMP4 11 20 Uma vez diferenciados os odontoblastos invertem a polaridade de seus núcleos e sintetizam a primeira camada de matriz de dentina dentina do manto 4 11 15 16 25 tornandose uma nova fonte de sinais moleculares Estes sinais juntamente com a presença da dentina do manto levam à diferenciação dos préameloblastos em ameloblastos os quais iniciam a síntese da matriz orgânica do esmalte conforme mostra a figura 1 4 15 27 Posteriormente iniciase o estágio de coroa cujos principais eventos são a continuação do processo de dentinogênese e amelogênese A deposição do esmalte ocorre de forma centrífuga e a da dentina de forma centrípeta sendo que quanto mais próxima da cúspide for a região examinada mais avançados se encontram os estágios de diferenciação das células da papila dentária em odontoblastos e préameloblastos em ameloblastos 15 Nas regiões de nós do esmalte a expressão gênica de fatores de crescimento como BMP2 4 e 7 FGF4 e 9 determina o número e a morfologia das cúspides 20 Durante a dentinogênese os odontoblastos secretam matriz orgânica composta principalmente por colágeno tipo I a qual posteriormente sofre mineralização Isso resulta em um tecido tubular túbulos dentinários composto por longos processos odontoblásticos contidos em cilindros de material mineralizado 4 e por uma camada de dentina não mineralizada prédentina a qual se situa entre os odontoblastos e a dentina mineralizada 15 Na amelogênese o esmalte é depositado a partir da junção amelodentinária pelos ameloblastos sendo constituído principalmente por proteínas hidrofóbicas tais como amelogenina ameloblastina enamelina e tufulina 7 Ao longo do processo eventos celulares e moleculares levam a uma maturação do tecido o qual se torna altamente mineralizado com composição predominantemente inorgânica cristais de hidroxiapatita 11 16 Em estudo de MATALOVÁ et al 16 foi constatado que o fator de transcrição cMyb está relacionado ao metabolismo do cálcio nos ameloblastos e odontoblastos Assim provavelmente a referida molécula participa do processo de mineralização do esmalte e da dentina Finalizada a deposição do esmalte e da dentina na coroa o dente inicia a fase de formação da raiz um evento importante para o processo de erupção dentária 21 Com a proliferação dos epitélios interno e externo do órgão do esmalte na região da alça cervical são originados o diafragma epitelial e a bainha epitelial radicular de Hertwig BRH 7 15 20 25 De acordo com OHSHIMA 18 ULMER et al 25 YEN SHARPE 26 BATHBALOGH FEHRENBACH 4 e WRIGHT 28 a BRH possui a importância de contribuir com a formação da dentina radicular determinando o formato da raiz Através de estímulos provenientes da bainha epitelial radicular de Hertwig células ectomesquimais da papila dentária diferenciamse em odontoblastos os quais formam a dentina radicular levando ao crescimento da raiz As células da BRH após estimularem a diferenciação dos odontoblastos cessam sua proliferação tornandose mais afastadas à medida que o comprimento da raiz aumenta Este fenômeno é conhecido como fragmentação da bainha de Hertwig 15 A fragmentação da bainha epitelial radicular de Hertwig permite o contato das células ectomesquimais do folículo dentário com a superfície da dentina radicular resultando na deposição da primeira camada de cimento 4 11 17 18 BARTOLD et al 3 citam uma das teorias da formação do cemento segundo a qual na superfície da dentina radicular é depositada uma matriz que permite a adesão e diferenciação de células progenitoras do folículo dentário em cementoblastos Também se originam do folículo dentário os fibroblastos e osteoblastos os quais formam simultaneamente o ligamento periodontal e o osso alveolar 14 18 26 Após a fragmentação da bainha permanecem grupos isolados de células denominados restos epiteliais de Malassez 15 Ao final da formação do dente ocorre atrofia do órgão do esmalte com desaparecimento do retículo estrelado Os epitélios interno e externo do órgão do esmalte em conjunto formam um revestimento epitélio reduzido do órgão do esmalte que recobre a coroa dentária até o término do processo de erupção após o qual contribuirá com a formação do epitélio juncional da gengiva 15 Alterações do Desenvolvimento Anomalias dentárias do desenvolvimento ADDs são encontradas com frequência na clínica odontológica e acarretam problemas funcionais mastigação e fonação e estéticos aos pacientes comprometendo a sua qualidade de vida Diversas dessas anomalias resultam da expressão de moléculas que participam de etapas da odontogênese podendo ou não haver a influência de fatores ambientais 22 A hipodontia é definida como a ausência de um a seis elementos dentários na dentição decídua ou permanente representando uma ADD relativamente comum Nesta condição microdontia dentes cônicos e impacção de dentes decíduos são achados comuns A hipodontia que pode estar associada a anomalias congênitas ou síndromes tais como displasia ectodérmica e síndrome de Down 1 22 ocorre devido à ausência de formação de parte dos botões epiteliais a partir da lâmina dentária 22 A interrupção da odontogênese no estágio de botão que resulta em hipodontia pode ser o resultado de mutações no gene PAX9 8 ou da ausência dos fatores de transcrição Msx1 e Msx2 6 Finalmente SCHOENWOLF et al 20 ressaltam que a hipodontia pode