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Farmácia ·

Farmacologia

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Bioterápicos Apresentação Os bioterápicos são preparações homeopáticas utilizadas em humanos que se baseiam na isopatia ou cura pelo igual na qual a causa da doença ou o motivo do desequilíbrio homeostático é utilizado para promover a cura Na terapêutica eles têm sido utilizados no tratamento de reações de hipersensibilidade quadros provocados por agentes tóxicos e em infecções com etiologia conhecida Para a preparação de bioterápicos vários cuidados devem ser respeitados quanto à sua coleta e preparação Conhecer essas cautelas é de grande importância para o farmacêutico e os demais profissionais de saúde já que a coleta de materiais pode ser realizada nas farmácias homeopáticas em laboratórios de análises clínicas e no consultório médico Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer as classificações dos bioterápicos de acordo com a origem do material de partida as técnicas de coleta e preparo e as principais indicações clínicas para o uso desses medicamentos Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados Classificar bioterápicos pela origem do material Avaliar as técnicas de coleta e preparo de bioterápicos Relacionar patogenesias específicas aos usos de formas homeopáticas bioterápicas Desafio Os autoisoterápicos são preparações homeopáticas cujos insumos ativos são obtidos do próprio paciente e são destinados exclusivamente ao seu tratamento Entre os insumos ativos que podem ser utilizados nessas preparações estão o sangue as secreções as excreções e os fragmentos de órgãos e tecidos Nesse sentido observe a situação a seguir A partir da análise da prescrição apresentada responda a Quais são os cuidados que devem ser tomados na coleta para o preparo do autoisoterápico prescrito b Indique o recipiente e os veículos utilizados para a coleta da amostra Infográfico Os bioterápicos podem ser divididos em bioterápicos de estoque que são aqueles cujo insumo ativo é composto por amostras fornecidas por laboratório especializado e isoterápicos preparações medicamentosas feitas na farmácia homeopática a partir de insumos relacionados com a doença do paciente Ambos podem ainda ser classificados de acordo com o material de partida utilizado para a obtenção do medicamento final Conheça no Infográfico a seguir a classificação dos bioterápicos de estoque em codex simples complexos ingleses e vivos Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Conteúdo do livro Com a disseminação da homeopatia vários médicos e pesquisadores começaram a desenvolver novos medicamentos homeopáticos preparados por meio da farmacotécnica No século XIX Constantine Hering um discípulo de Samuel Hahnemann preparou a partir da serosidade da vesícula da sarna um bioterápico que ele deu o nome de Psoricum Desde então bioterápicos obtidos a partir de produtos biológicos que podem ser patológicos ou não têm sido desenvolvidos e utilizados na terapêutica com o objetivo de combater as doenças com produtos elaborados a partir da própria doença ou com insumos que são externos ao paciente e que o sensibilizam No capítulo Bioterápicos base teórica desta Unidade de Aprendizagem saiba mais a respeito dos bioterápicos suas classificações e as principais fontes para a produção deles nas farmácias homeopáticas Além disso conheça exemplos dos bioterápicos de estoque e as técnicas de obtenção dos isoterápicos Boa leitura HOMEOPATIA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Classificar bioterápicos pela origem do material Avaliar as técnicas de coleta e preparo de bioterápicos Relacionar patogenesias específicas aos usos de formas homeopáticas bioterápicas Introdução Os bioterápicos são preparações medicamentosas de uso homeopático obtidas a partir de amostras biológicas quimicamente indefinidas como secreções excre ções tecidos e órgãos quer patológicos ou não Os bioterápicos também podem ser obtidos a partir de alérgenos e de produtos de origem microbiana Esses medicamentos homeopáticos podem ser classificados em duas gran des categorias bioterápicos de estoque e isoterápicos Dentre suas aplicações clínicas podese citar o tratamento de reações de hipersensibilidade infecções de etiologia conhecida e quadros provocados por um agente tóxico entre outros Neste capítulo você vai conhecer os conceitos e classificações dos bioterá picos os materiais de partida para a preparação desses medicamentos e sua importância clínica para a homeopatia Além disso você vai estudar as particu laridades e as diferentes formas de coleta para a preparação de isoterápicos Conceitos e classificações A homeopatia desenvolvida pelo alemão Samuel Hahnemann 17551843 no final do século XVIII logo se disseminou por várias regiões do mundo Com isso outras fontes para o preparo de medicamentos homeopáticos e Bioterápicos Marcella Gabrielle Mendes Machado tratamento dos pacientes foram estabelecidas Muitos pesquisadores e mé dicos começaram a desenvolver e testar novos medicamentos homeopáticos preparados por meio da farmacotécnica FONTES et al 2018 De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA 2011 p 93 os bioterápicos são preparações medicamentosas obtidas a partir de produtos biológicos quimicamente indefinidos secreções excreções tecidos órgãos produtos de origem microbiana e alérgenos O médico Constantine Hering 18001880 um discípulo de Hahnemann foi o primeiro a propor e preparar um bioterápico denominado Psoricum mais tarde Psorinum obtido da serosidade da vesícula da sarna Aos bioterápicos obtidos a partir de um produto patológico de origem animal ou vegetal como o Psorinum Hering deu o nome de nosódios Já os bioterápicos de origem não patológica passaram a ser chamados de sarcódios A experimentação dos nosódios no ser humano sadio permite que essas formulações homeopáticas sejam administradas em pacientes dos quais não foi extraído o produto patológico baseandose na lei dos semelhantes e identidade sintomática Já a utilização de sarcódios é justificada devido a esses produtos dinamizados estimularem a reação secundária do organismo FONTES et al 2018 Os bioterápicos não atuam segundo o conceito de cura pelos seme lhantes como no modelo homeopático clássico e sim pela isopatia que seria a cura pelo igual A isopatia é um método terapêutico que combate as doenças com produtos elaborados a partir da própria doença ou com materiais obtidos do organismo doente Além de nosódios e sarcódios a Anvisa 2011 classifica os bioterápicos nas categorias bioterápicos de estoque e isoterápicos Os bioterápicos de estoque incluem produtos bioterápicos cujo insumo ativo é composto por amostras disponibilizadas por laboratório especializado Alguns exemplos encontramse no Quadro 1 Bioterápicos 2 Quadro 1 Exemplos dos principais bioterápicos de estoque Bioterápico Obtido a partir de Anas barbariae Autolisado filtrado de fígado e coração de pato Anthracinum Lisado de fígado de coelho infectado por carbúnculo Bacillus anthracis Aviaria Tuberculina aviaria Culturas de Mycobacterium tuberculosis var avium sem adição de antissépticos Bacillinum Triturado de uma fração de pulmão tuberculoso Bacilo de Gaertner Salmonella enteritidis Bacilo de Morgan Bacilo gramnegativo Proteus morgani isolado de fezes de crianças com diarreia estival sazonal Carcinosinum Preparado a partir de diferentes variedades de carcinomas Colibacillinum Lisado de cultura de três cepas de Escherichia coli Diphtericum Soro antidiftérico de animais imunizados com toxina proveniente de Corynebacterium diphteriae Diphtero toxinum Toxina diftérica diluída obtida do líquido de cultura do bacilo diftérico DTTAB Vacina mista antidiftérica antitetânica e antitifoparatifoídica A e B Dysentery Co Bacilo gramnegativo B dysenteriae ou Shigella dysenteriae agente da disenteria bacilar Gonotoxinum Vacina antigonocócica Influenzinum Vacina antigripal do Instituto Pasteur Marmorek Soro de cavalo imunizado com extrato de culturas de bacilos provenientes do escarro de tuberculoso Continua Bioterápicos 3 Bioterápico Obtido a partir de Medorrhinum Blenorrhinum ou Gonorrhinum Lisado de secreções uretrais blenorrágicas colhidas antes de tratamento Morbillinum Lisado de exsudatos bucofaríngeos de doentes com sarampo colhidos antes de tratamento Parathyphoidinum B Lisado de culturas de Salmonella paratyphi B Pertussinum Lisado de expectorações de doentes com coqueluche colhidos antes de tratamento Pulmo histaminum Preparado a partir de órgãos de cobaias mortas após choque anafilático induzido Pyrogenium Lisado de produtos de decomposição provenientes da autólise de carne de boi carne de porco e placenta humana Soro anticolibacilar Soro anticolibacilar de origem caprina Soro de Yersin Yersinum Soro antipeste proveniente de animais imunizados com Bacillus pestis Staphylococcinum Lisado de cultura de Staphylococcus aureus Staphylotoxinum Anatoxina estafilocócica Streptococcinum Lisado de cultura de Streptococcus pyogenes Sycotic Co ou Sycoccus Streptococcus faecalis Tuberculinum TK Tuberculina bruta de culturas de Mycobacterium tuberculosis de origem humana e bovina Tuberculinum residuum TR Solução glicerinada com as frações insolúveis em água do Mycobacterium tuberculosis VAB BCG Vacina de bactérias vivas descrita por Calmette e Guérin Vaccinotoxinum Vacina antivariólica obtida a partir de raspado de erupção cutânea de varíola de novilha Fonte Adaptado de Fontes et al 2018 Continuação Bioterápicos 4 Saiba mais Os bioterápicos de microrganismos vivos são preparados na escala decimal e recebem o nome do microrganismo correspondente Já os ioterápicos são preparações medicamentosas feitas conforme a farmacotécnica homeopática a partir de insumos relacionados com a patologia do paciente Os isoterápicos ainda podem ser subdivididos nas categorias a seguir Autoisoterápicos preparações cujos insumos ativos são obtidos do próprio paciente e são destinados exclusivamente a ele próprio Esses insumos ativos incluem sangue secreções excreções fragmentos de órgãos e tecidos culturas microbianas entre outros Heteroisoterápicos preparações cujos insumos ativos são externos ao paciente e o sensibilizam Esses insumos ativos incluem alérgenos poeira pólen alimentos cosméticos toxinas solventes entre outros Aplicação clínica Luz Zanin e Dias 2013 relatam que os bioterápicos constituem um importante recurso terapêutico cuja finalidade é modular a ação biológica do medicamento e com isso inibir a ação patógena causal promovendo a ativação das defesas imunológicas do organismo A seguir são listadas as principais indicações clínicas para o uso dos bioterápicos FONTES et al 2018 Tratamento de doenças que apresentam a totalidade sintomática obtida durante o experimento no ser humano sadio experimentação patogenética Como exemplo podemos citar o bioterápico Luesinum obtido de lisado de serosidades treponêmicas de cancros sifilíticos Tratamento de infecções com etiologia conhecida com a função de coadjuvantes terapêuticos como Streptococcinum Como agentes dessensibilizantes no tratamento de reações de hipersensibilidade como poeira alimentos pólen etc Tratamento de quadros provocados por um agente tóxico com a função de estimular a eliminação desse agente como Staphylotoxinum Tratamento de doenças causadas por substâncias biológicas com a função de inibir sua formação eou estimular sua eliminação incluindo cálculos renais e biliares Dias e Machado 2013 ressaltam que embora os bioterápicos sejam empregados na prática homeopática é fundamental que seja avaliado o potencial terapêutico e profilático desses medicamentos pois em alguns casos certos bioterápicos são empregados como substituintes de vacinas mesmo sem haver bases científicas que justifiquem essa troca Exemplo Na literatura podem ser encontrados vários trabalhos que utilizaram bioterápicos preparados a partir de células de cultivo de Trypanosoma cruzi como o Trypanosominum TC D30 no tratamento da doença de Chagas Num desses estudos foi observada uma melhora significativa dos sintomas na fase inicial e intermediária da doença indicando a ação desse bioterápico nos órgãos lesados VALENTE 2014 Coleta e preparação de bioterápicos Como na grande maioria das vezes a preparação de bioterápicos e isoterápicos envolve materiais contaminados com microrganismos que podem apresentar patogenicidade as técnicas homeopáticas devem ser realizadas em laboratório com segurança biológica e que esteja de acordo com a legislação vigente Somente quando confirmada a inatividade microbiana a preparação desses medicamentos pode ser realizada na sala comum de manipulação homeopática ANVISA 2011 Para materiais de origem microbiana animal ou humana medidas apropriadas na coleta e preparação devem ser tomadas com o intuito de reduzir possíveis riscos relacionados à presença de agentes infecciosos nas preparações A seguir são listadas orientações de coleta previstas pela Anvisa 2011 a coleta deve ser realizada em local apropriado sob a orientação de profissional habilitado a coleta deve seguir a legislação vigente quando se tratar de material de origem microbiana a coleta deve garantir a presença do agente etiológico sem contaminações por outros microrganismos indesejados todas as amostras de origem biológica devem ser tratadas como se fossem patogênicas durante o procedimento de coleta equipamentos de proteção individual EPIs devem ser utilizados de acordo com as normas técnicas para materiais patogênicos a parte externa do recipiente de coleta deve ser descontaminada sempre que possível o material deve ser colhido antes do início de qualquer tratamento na coleta devese dar preferência sempre que possível para materiais descartáveis ao passo que materiais reutilizáveis devem ser descontaminados garantindo sua biossegurança o descarte dos materiais utilizados na coleta deve obedecer ao Programa de Gerenciamento de Resíduo de Serviços de Saúde PGRSS e às demais normas vigentes Fontes et al 2018 complementam que a coleta da amostra para o preparo de isoterápicos pode ser realizada tanto no consultório médico quanto em laboratório de análises clínicas ou ainda na própria farmácia homeopática desde que possua uma sala específica para a coleta Quando aplicável a coleta também pode ser realizada pelo próprio paciente Antes da coleta o paciente deve ser instruído de forma clara quanto ao uso ou não de medicamentos produtos de higiene bem como sobre como será realizado o procedimento o horário de coleta entre outros No Quadro 2 é possível ver as orientações para a coleta dos diversos tipos de materiais utilizados no preparo de isoterápicos Uma orientação geral para todos os tipos de amostras é que devem ser anotados na embalagem a data e o horário da coleta Além disso a amostra colhida deve ser enviada à farmácia no menor tempo possível na impossibilidade do envio imediato a amostra deve ser conservada sob refrigeração Quadro 2 Orientação sobre a coleta de material para o preparo de isoterápicos Material Procedimento Excreções escarro fezes pus Dentro do possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas tópicos ou não A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e obtenção de excreções Colher o suficiente para preparar medicamentos nas escalas decimal e centesimal Poeira ambiental Coletar o pó da residência do paciente ou do local indicado pelo clínico Não usar no local da coleta produtos de limpeza e assepsia nas 48 horas anteriores à realização da coleta Colher o suficiente para preparar medicamentos nas escalas decimal e centesimal Raspado de pele e unha pelos cálculos e outros materiais insolúveis Dentro do possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas tópicos ou não Usar produtos de higiene neutros A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e obtenção de material biológico Colher o suficiente para preparar medicamentos nas escalas decimal e centesimal Saliva Dentro do possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas Colher no mínimo 5 mL de saliva de manhã em jejum de 1 hora e antes da higiene bucal Sangue total Se possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas O paciente deverá estar em jejum de 12 horas A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e punção venosa Colher no mínimo 5 mL Não usar anticoagulantes Imediatamente após a coleta diluir uma parte do sangue em 9 partes de solução fisiológica Continua Continuação Material Procedimento Secreção auricular nasal vaginal Dentro do possível não fazer uso de medicamentos tópicos nas últimas 96 horas A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e obtenção de secreções Colher o suficiente para preparar medicamentos nas escalas decimal e centesimal Soro sanguíneo Se possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas O paciente deverá estar em jejum de 12 horas A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e punção venosa Colher no mínimo 5 mL para a escala centesimal e 10 mL para a escala decimal Não usar anticoagulantes Transferir o material coletado para um frasco esterilizado aguardar a coagulação e separar o soro por meio de centrifugação Urina Não usar antisséptico local Usar apenas água e sabão e enxaguar com água abundante Preferencialmente não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas Colher a primeira urina da manhã ou de acordo com a orientação clínica no mínimo 5 mL em coletor universal Desprezar o primeiro jato de urina Fragmentos de órgãos e tecidos Dentro do possível não fazer uso de medicamentos nas últimas 96 horas tópicos ou não A coleta deverá ser realizada conforme procedimentos adequados de antissepsia biossegurança e obtenção de fragmentos de órgãos e tecidos Colher o suficiente para preparar medicamentos nas escalas decimal e centesimal Fonte Adaptado de Fontes et al 2018 De acordo com a natureza do material colhido para a preparação dos isoterápicos pode ser necessário utilizar diferentes recipientes para a coleta bem como veículos ou excipientes Para escarro fezes saliva fragmentos de órgãos ou de tecidos por exemplo um coletor universal costuma ser usado Já para a coleta de pus secreções excreções e fluidos geralmente é utilizado um tubo de cultura com tampa de rosca Frascos esterilizados são frequentes na coleta de soro sanguíneo alérgenos solúveis e cálculos renal vesical biliar entre outros Para a cultura microbiana podem ser utilizados placa de Petri tubo de cultura ou outro recipiente conforme procedimento laboratorial FONTES et al 2018 Quanto aos veículos para a coleta podemos destacar solução glicerinda para fezes saliva e fragmentos de órgãos ou de tecidos solução glicerinda água purificada etanol a 77 vv para alérgenos solúveis solução glicerinda lactose etanol a 77 vv para secreções excreções e fluidos água purificada etanol a 77 vv para sangue venoso e soro sanguíneo solução glicerinda etanol a 77 vv para pus Quanto à técnica a ser utilizada para o preparo de isoterápicos o Quadro 3 traz algumas sugestões É importante atentar que o veículo utilizado na coleta deve ser considerado no cálculo da quantidade do insumo inerte na preparação do isoterápicos em questão Quadro 3 Técnicas de obtenção dos isoterápicos Ponto de partida Veículo ou excipiente utilizado nas dinamizações Processo Material insolúvel cálculos escamas fragmentos de órgãos e tecidos pelos pós etc Lactose água purificada etanol a 77 e 96 vv 1 Triturar até 3CH ou 6DH em lactose 2 Diluir essas potências de acordo com a técnica de solubilização dos triturados e sucussionar para obter a 4CH ou 7DH 3 Dinamizar as potências intermediárias em etanol a 77 vv 4 O teor alcoólico da última potência vai depender da forma farmacêutica a ser dispensada Continua Ponto de partida Veículo ou excipiente utilizado nas dinamizações Processo Material solúvel alérgenos excreções secreções etc Etanol a 77 vv 1 Dinamizar até 3CH ou 6DH em insumo inerte adequado à solubilidade do material 2 Dinamizar as potências intermediárias em etanol a 77 vv 3 O teor alcoólico da última potência vai depender da forma farmacêutica a ser dispensada Cultura microbiana placa microbiana ou suspensão de cepas bacterianas Glicerina diluída 1 parte de água e 1 parte de glicerina e etanol a 77 vv 1 Dinamizar com glicerina diluída até 3CH ou 6DH 2 Dinamizar as potências intermediárias em etanol a 77 vv 3 O teor alcoólico da última potência vai depender da forma farmacêutica a ser dispensada Fonte Adaptado de Fontes et al 2018 Os bioterápicos de estoque são matrizes homeopáticas obtidas de laboratórios homeopáticos especializados na potência 5CH ou supe rior enquanto os isoterápicos são preparados na própria farmácia homeopática As técnicas utilizadas na preparação dos bioterápicos de estoque encontramse descritas nas monografias específicas FONTES et al 2018 Como vimos a prática homeopática inclui o uso de bioterápicos ou seja preparações medicamentosas obtidas a partir de amostras biológicas como secreções excreções tecidos e órgãos Embora muitos indivíduos possam achar estranho e até mesmo sentir certo desconforto ao ouvir falar das fontes de preparo para essas medicações os bioterápicos estão incluídos na Far macopeia Homeopática Brasileira e apresentam diversas aplicações clínicas como tratamento de reações de hipersensibilidade e quadros provocados por Continuação Bioterápicos 11 um agente tóxico A coleta das amostras para o preparo dessas medicações deve ser conduzida por profissional capacitado em ambiente apropriado e de acordo com a legislação vigente Referências AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA Farmacopeia homeopática brasileira 3 ed Brasília DF ANVISA 2011 Disponível em httpswwwgovbranvisa ptbrassuntosfarmacopeiafarmacopeiahomeopaticaarquivos8048jsonfile1 Acesso em 3 jul 2021 DIAS M H S MACHADO F B Fundamentos homeopáticos o farmacêutico e os biote rápicos Revista Saúde Multidisciplinar Mineiros v 1 n 1 2013 Disponível em http revistasfampedubrrevistasaudemultidisciplinararticleview810 Acesso em 3 jul 2021 FONTES O L et al Farmácia homeopática teoria e prática 5 ed Barueri Manole 2018 LUZ K C ZANIN S M W DIAS J F G A utilização de bioterápicos e isoterápicos em Curitiba Visão Acadêmica Curitiba v 14 n 1 p 1321 2013 VALENTE P P Estudo da eficácia in vitro e in vivo de bioterápicos e produtos naturais no controle de Rhipicephalus Microplus CANESTRINI 1887 e sua relação com o bem estar animal 2014 162 f Tese Doutorado em Parasitologia Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2014 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material No entanto a rede é extremamente dinâmica suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo Assim os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade precisão ou integralidade das informações referidas em tais links Bioterápicos 12 Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Dica do professor Os isoterápicos consistem em preparações medicamentosas feitas conforme a farmacotécnica homeopática a partir de insumos relacionados com a patologia do paciente Esses insumos podem ser secreções excreções sangue culturas microbianas fragmentos de órgãos e tecidos entre outros O correto descarte da sobra desses insumos e dos materiais contaminados com eles é de grande importância para evitar a contaminação do meio ambiente dos seres humanos e dos demais seres vivos Conheça na Dica do Professor a seguir como deve ser realizado o descarte dos materiais utilizados na preparação de isoterápicos Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Exercícios 1 A Farmacopeia Homeopática Brasileira faz a distinção entre bioterápicos e isoterápicos Com isso é importante conhecer as diferenças entre esses termos e suas classificações Analise as seguintes classificações importantes na homeopatia e relacione a primeira e a segunda colunas de forma a estabelecer a relação correta entre elas I Isoterápico II Bioterápico de estoque III Autoisoterápico IV Heteroisoterápico Bioterápico cujo insumo ativo é composto por amostras fornecidas por laboratório especializado Bioterápico preparado por farmacotécnica homeopática a partir de insumo relacionado à patologia do paciente Isoterápico cujo insumo ativo é obtido e utilizado no próprio paciente como secreções e excreções Isoterápico cujo insumo ativo é externo ao paciente porém o sensibiliza como alérgenos e poeira Assinale a alternativa com a ordem correta A I II IV III B II I III IV C IV III II I D II III I IV E I III II IV Os bioterápicos são preparações medicamentosas obtidas a partir de produtos biológicos e são utilizados em uma série de situações clínicas 2 A respeito dos bioterápicos e suas aplicações clínicas leia as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas Podem ser utilizados como terapia coadjuvante no tratamento de infecções com etiologia conhecida São vacinas que podem ser utilizados na profilaxia de muitas doenças infecciosas Podem ser utilizados como estimulantes para a eliminação de agentes tóxicos Podem ser utilizados para inibir a formação de cálculos renais Assinale a alternativa com a sequência correta A V F V V B F V V V C V F F V D F V V F E V V V F 3 Os bioterápicos de estoque são produtos cujo insumo ativo é composto por amostras das mais variadas fontes como secreções excreções e tecidos e disponibilizados por laboratório especializado Podese afirmar que é um bioterápico de estoque de toxina diftérica diluída obtido a partir do líquido de cultura do bacilo diftérico A Colibacillinum B Marmorek C Streptococcinum D Diphtero toxinum E Pyrogenium Durante a coleta e a preparação de isoterápicos várias medidas devem ser tomadas com o objetivo de reduzir os riscos relacionados à presença de microrganismos nas preparações A respeito da coleta de amostras para a preparação de isoterápicos leia as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas 4 A coleta deve seguir a legislação vigente e ser realizada por profissional habilitado Durante o procedimento de coleta toda amostra de origem biológica deve ser tratada como se fosse patogênica Em todas as coletas a parte externa do recipiente deve ser descontaminada Devese preferir utilizar materiais descartáveis para a coleta das amostras biológicas Assinale a alternativa com a sequência correta A V V F V B F V V V C V F F V D F V V F E V V V F 5 Antes da coleta da amostra que será utilizada na preparação de um isoterápico o paciente deve ser instruído quanto ao uso ou não de medicamentos produtos de higiene entre outros cuidados Sobre a coleta de material para o preparo de isoterápicos é correto afirmar que A o paciente deve usar produtos de higiene neutros antes da coleta de raspado de pele e unha B para coletas de saliva o paciente deve estar em jejum de 12 horas e sem ter realizado higiene bucal C não devem ser usados anticoagulantes nas coletas de sangue total devendose colher no máximo 4ml D para isoterápicos obtidos a partir de soro sanguíneo devese colher no mínimo 5ml para a escala decimal E na coleta de urina devese usar antisséptico local enxaguar com água abundante e desprezar o primeiro jato Na prática A infertilidade em casais geralmente apresenta causas multifatoriais A não fertilidade por alterações tubárias representa cerca de 20 dos casos e ocorre devido à doença inflamatória pélvica eou à doença sexualmente transmissível que provocam inflamação tubária e alterações em longo prazo A salpingite é uma doença inflamatória pélvica que na maioria das vezes tem origem microbiana sendo o microrganismo Enterococcus faecalis um dos seus principais agentes etiológicos causadores Neste Na Prática conheça um estudo de caso em que a paciente é tratada com um nosódio de Enterococcus faecalis para o tratamento da salpingite uma das causas de infertilidade Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Saiba Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor Determinação da atividade biológica de bioterápico in vivo na infecção experimental determinada por Trypanosoma cruzi No trabalho a seguir veja um estudo que avaliou a eficácia de bioterápicos manipulados em reduzir a infecção aguda e crônica da doença de Chagas bem como os efeitos danosos dessa doença Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Contribuição dos nosódios intestinais para o tratamento homeopático Veja neste trabalho um estudo que avaliou o efeito de nosódios intestinais de Edward Bach e John Paterson em reduzir os sintomas de desequilíbrios físicos e comportamentais de um indivíduo Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar O que são bioterápicos Veja neste vídeo um pouco mais sobre o histórico e o desenvolvimento dos bioterápicos as definições e alguns exemplos relacionados Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar