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Parasitologia Humana
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Filariose linfática Apresentação Doenças infecciosas parasitárias são um problema de saúde pública comum principalmente em regiões menos favorecidas economicamente A maioria dessas doenças são consideradas negligenciadas sem notificação obrigatória A filariose linfática é uma das várias doenças causadas por infecção parasitária seu agravamento pode levar aos casos de elefantíase entre outras complicações que afetam a qualidade de vida do acometido uma vez que pode afastálo do trabalho e do convívio social No Brasil a filariose é causada pela infecção do parasita nematoide Wuchereria bancrofti A transmissão do parasita entre seres humanos é feita pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus infectado com a forma larval do parasita Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar o ciclo biológico do W bancrofti e a sua relação com as manifestações clínicas da filariose linfática Você também vai entender o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática os tratamentos e as medidas de controle contra essa doença Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados Relacionar o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti e as manifestações clínicas da filariose linfática Reconhecer o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática Determinar os tipos de tratamento e as formas de controle da filariose linfática Infográfico Doenças parasitárias infecciosas como a filariose linfática merecem atenção devido à gravidade de suas complicações ao impacto social na vida do acometido e à disseminação rápida em regiões endêmicas Algumas medidas podem ajudar a diminuir e até mesmo evitar a propagação da filariose No infográfico a seguir você vai ver medidas simples que podem levar à diminuição da transmissão da filariose Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Conteúdo do livro A filariose linfática é uma infecção parasitária causada no Brasil pelo parasita Wuchereria bancrofti Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito Culex A sintomatologia da infecção vai desde febre e dor de cabeça até complicações mais graves como a elefantíase Medidas como tratamento em massa em regiões endêmicas são utilizadas para evitar a disseminação No capítulo Filariose linfática base teórica desta Unidade de Aprendizagem você vai estudar o ciclo biológico do parasita W Bancrofti Você também vai verificar a sua morfologia os sintomas da infecção as formas de transmissão os tratamentos e as medidas de controle Boa leitura Saiba mais A FL é endêmica em algumas regiões do Brasil Entretanto sua transmissão não é muito eficiente e são necessárias muitas picadas de mosquitos infecciosos para iniciar uma nova infecção com microfilaremia Os seguintes fatores interferem na eficiência da transmissão As microfilárias não se multiplicam no corpo do mosquito Portanto o número de L3 é limitado pela quantidade de microfilárias ingeridas Apenas os mosquitos que sobrevivem mais de 10 dias contribuirão para a transmissão dos parasitas Os mosquitos que morrem antes do desenvolvimento de L3 não podem desempenhar um papel no ciclo de transmissão As L3 são depositadas na pele e precisam chegar até a ferida da picada Quando um mosquito ingere grandes volumes de microfilárias danos consideráveis podem ser causados às estruturas internas dele à medida que os parasitas passam pelo estômago para alcançar os músculos torácicos Além disso como as larvas L3 emergem dos músculos de voo elas podem causar danos irreversíveis impedindo o mosquito de voar e causando a morte do vetor Por esses motivos a transmissão dos parasitas da FL é considerada menos eficiente do que a de outros parasitas transmitidos por vetores como a malária e a dengue WHO 2021 Manifestações clínicas As manifestações clínicas da filariose linfática variam de assintomáticas a manifestações crônicas pronunciadas Infecção assintomática A maioria das pessoas infectadas são ditas assintomáticas apesar de apresentarem microfilárias ou antígenos filariais circulantes no sangue periférico Embora sejam classificados como clinicamente assintomáticos os indivíduos infectados têm danos linfáticos dilatação e proliferação do endotélio ou renais hematúria microscópica ou proteinúria Dessa forma pacientes assintomáticos apresentam a doença subclínica BRASIL 2017 FONTES ROCHA 2005 Manifestações clínicas decorrentes do comprometimento linfático Pessoas infectadas podem apresentar manifestações agudas particularmente linfangite filarial aguda e dermatolinfangioadenite aguda A linfangite filarial aguda envolve inflamação aguda de curta duração de um vaso linfático que OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Relacionar o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti e as manifestações clínicas da filariose linfática Reconhecer o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática Determinar os tipos de tratamento e as formas de controle da filariose linfática Introdução A filariose linfática FL é uma doença parasitaria crônica causada por helmintos nematoides das espécies Wuchereria bancrofti Brugia malayi e Brugia timori Essa enfermidade é endêmica em regiões de clima tropical ou subtropical em situação de pobreza na Asia na África e nas Américas sendo um sério problema de saúde A FL no continente americano é causada exclusivamente pela W bancrofti e é conhecida como bancroftose ou elefantíase em uma de suas manifestações na fase crônica ÁRTICO GARCIA FELLET 2015 Cerca de 112 milhões de pessoas são portadoras de W bancrofti no mundo No Brasil um levantamento foi realizado em 1950 e 11 cidades distribuídas por seis estados foram classificadas como focos da filariose Assim o combate à endemia foi realizado Nos anos 2000 estimavase que 49 mil brasileiros fossem infectados mas atualmente a doença está quase eliminada no Brasil com o último caso positivo registrado em 2017 A transmissão do parasita ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus infectada com larvas Na fase adulta os parasitas causam lesões nos vasos linfáticos onde se desenvol vem e tais lesões são responsáveis pelo quadro clínico da doença BRASIL 2017 FONTES ROCHA 2005 Filariose linfática Amanda Dias Braga Neste capítulo você vai conhecer o ciclo biológico do W bancrofti e sua relação com as manifestações clínicas da FL Além disso vai ver as formas de diagnóstico clínico e laboratorial e as formas de tratamento da FL Por fim vai identificar as medidas de controle da doença Wuchereria bancrofti Nesta seção vamos estudar o Wuchereria bancrofti Ciclo biológico Os W bancrofti precisam de dois hospedeiros diferentes para completar seu ciclo de vida O hospedeiro definitivo é o ser humano enquanto o hos pedeiro intermediário é um artrópode sugador de sangue o mosquito Culex quinquefasciatus No corpo humano vermes adultos machos e fêmeas vivem em nódulos no sistema linfático e após o acasalamento produzem numerosas microfilárias no sistema linfático Essas microfilárias migram entre o sistema linfático e os canais sanguíneos e se acumulam nas arteríolas do pulmão durante o dia e alcançam os vasos sanguíneos periféricos à noite quando os mosquitos são mais ativos PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 O ciclo de vida extrínseco do parasita é iniciado quando as microfilárias são ingeridas pela fêmea de um mosquito vetor durante a alimentação do sangue do hospedeiro No estômago dos mosquitos elas perdem sua bainha e alguns parasitas migram pela parede do estômago até alcançar os músculos torácicos de voo o que dura cerca de 24 horas PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 Nos músculos torácicos os parasitas se tornam mais curtos e grossos e desenvolvem as larvas de primeiro estágio L1 que são lentas Por volta do quinto ao sétimo dia a L1 muda para se tornar do segundo estágio L2 mais ativo Finalmente por volta do 10º ao 11º dia os parasitas se tornam a larva do estágio infectante L3 Essa fase é muito ativa apresentando padrão oscilatório de movimento entre a cabeça o tórax e o abdome do mosquito Na maturidade a maior parte do L3 migra para a cabeça e a tromba do mos quito para ser transmitido ao hospedeiro mamífero durante a alimentação subsequente PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 Quando o mosquito se alimenta do hospedeiro os L3 depositamse na superfície da pele e após a retirada da tromba penetram na ferida seguindo para os vasos linfáticos eferentes e para o seio subcapular Aproximadamente 9 Filariose linfática 2 a 10 dias após a entrada a L3 se torna a larva do quarto estágio L4 O estágio L4 se desenvolve ao longo de vários meses para passar pela muda final e se tornar adulto L5 Uma estimativa baseada em um modelo determinístico mostrou que a expectativa de vida de fêmeas adultas de W bancrofti é de 102 anos A taxa de produção de microfilárias vivíparas pela fêmea adulta foi considerada estável por um período de pelo menos cinco anos A Figura 1 mostra o ciclo biológico do W bancrofti PAILY HOTI DAS 2009 Figura 1 Ciclo biológico do W bancrofti Fonte Ártico Garcia e Fellet 2015 p 48 Morfologia O W bancrofti tem diferentes formas evolutivas nos hospedeiros vertebrados humanos e invertebrados mosquitos vetores O parasita adulto apresenta um corpo delgado e brancoleitoso O macho tem comprimento entre 35 e 4 cm e 01 mm de diâmetro sua extremidade anterior é afilada e sua extremidade posterior é enrolada ventralmente A fêmea tem comprimento entre 7 e 10 cm e aproximadamente 03 mm de diâmetro A vulva é localizada próxima à extremidade anterior As microfilárias liberadas pela fêmea adulta têm uma membrana extremamente delicada que atua como uma bainha flexível A Filariose linfática 3 microfilária mede de 250 a 300 μm de comprimento e se movimenta ativa mente na corrente sanguínea do hospedeiro A bainha cuticular lisa é apoiada sobre numerosas células subcuticulares que vão formar a hipoderme e a musculatura do helminto adulto e somáticas que vão formar o tubo digestivo e os órgãos A transformação da microfilária no organismo do vetor leva à diferenciação na forma larval do parasita A L1 mede em torno de 300 μm de comprimento e se diferencia da larva L2 duas a três vezes maior Já a larva infectante L3 tem entre 15 e 20 μm de comprimento FONTES ROCHA 2005 Formas de transmissão Uma grande variedade de mosquitos pode transmitir o parasita depen dendo da área geográfica Nas Américas o vetor mais comum é o Culex quinquefasciatus A fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus ao picar parasitados ingere microfilárias presentes no sangue periférico No mosquito os parasitas passam por fases de amadurecimento até atingir a fase de larva infectante L3 A larva nesse estágio migra pelo organismo do vetor até atingir a tromba ou probóscida Quando o inseto vetor faz novo repasto sanguíneo as larvas L3 penetram no novo hospedeiro por meio da pele danificada pela picada do mosquito não são depositadas pelos mosquitos diretamente no sangue As larvas migram para os vasos linfáticos e cerca de nove meses depois tornamse vermes adultos com as fêmeas grávidas produzindo as primeiras microfilárias que vão para o sangue periférico do hospedeiro humano CDC 2020 WHO 2021 A transmissão ocorre apenas pela picada da fêmea infectada de Culex quinquefasciatus Como a vida média de mosquitos do gênero Culex é de cerca de 30 dias e o ciclo do parasita no inseto de microfilária até larva L3 ocorre em torno de 20 dias é curto o período de tempo em que o vetor pode transmitir o parasita A maioria dos portadores de microfilárias são assinto máticos mas podem atuar como reservatório e fonte de disseminação Por isso são necessários esforços epidemiológicos para minimizar a disseminação do parasita O parasitado pode difundir microfilárias por muito tempo uma vez que os parasitas adultos podem viver entre quatro e oito anos com possibilidade de atingir até 10 anos BRASIL 2009 CDC 2020 São necessárias muitas picadas de mosquito ao longo de vários meses ou anos para se contrair a FL Pessoas que vivem por muito tempo em áreas tropicais ou subtropicais onde a doença é comum têm maior risco de infecção Para turistas de curto prazo o risco é muito baixo CDC 2020 Filariose linfática 4 progride distalmente ao longo do vaso Acreditase que isso é causado pela morte do verme adulto Os pacientes geralmente contam com um histórico de dor eritema e sensibilidade na região do linfonodo afetado por horas ou um dia antes do início da linfangite Nódulos inflamatórios localizados na mama no escroto ou em tecidos subcutâneos também podem ser relatados A dermatolinfangioadenite aguda é uma síndrome clinicamente distinta causada por infecção bacteriana dos pequenos vasos linfáticos coletores em áreas de disfunção linfática Essa síndrome se desenvolve em um padrão reticular em vez de linear e é mais comumente associada a fortes dores febre e calafrios Frequentemente ela é associada a um histórico de lesão na pele como trauma picadas de insetos ou infecções fúngicas interdigitais FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 As manifestações crônicas são linfedema hidrocele quilúria e elefantíase Elas se iniciam geralmente alguns anos após o início dos ataques agudos em moradores de áreas endêmicas Em muitas áreas endêmicas a manifestação crônica mais comum de FL é a hidrocele com ausência de inflamação prévia Outras formas de doenças genitais incluindo epididimite orquite funiculite linfedema do escroto e linfedema vulvar também foram observadas Acreditase que a patogênese da hidrocele filarial seja o resultado de danos linfáticos causados por W bancrofti adultos vivos Em áreas endêmicas de filariose a hidrocele clinicamente aparente pode se tratar na verdade de quilocele resultante da ruptura de vasos linfáticos intraescrotais dilatados e do vazamento de linfa para a cavidade da túnica vaginal testicular As hidroceles podem se tornar muito grandes mais de 30 cm de diâmetro e os linfonodos inguinais podem estar aumentados Os homens com linfedema escrotal podem apresentar ruptura de dilatação dos vasos linfáticos na parede escrotal com vazamento de linfa para o exterior Microfilárias normalmente são detectadas no sangue periférico FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 O linfedema é uma manifestação crônica comum da FL e ocorre nas pernas no escroto no pênis na mama e nos braços A doença é mais prevalente nas extremidades inferiores cujo envolvimento assimétrico é comum Na filariose bancroftiana o linfedema pode envolver todo o membro Existem sistemas de classificação que descrevem a gravidade do linfedema A classificação da Organização Mundial da Saúde OMS consiste em quatro graus BRASIL 2009 Grau I edema depressível reversível após a elevação da extremidade Grau II edema não depressível e não reversível à elevação da extremidade PARASITOLOGIA GERAL Grau III edema não depressível que não é reversível com elevação associada à pele espessada ou dobras cutâneas Grau IV edema não depressível com fibrótico e papilomatoso lesões cutâneas e presença de dobras cutâneas elefantíase Outro sistema de classificação estadiamento foi proposto com sete categorias e uma descrição mais refinada do estágio do linfedema com base na profundidade das dobras cutâneas e nos tipos de papilomatosos e lesões Episódios reversíveis de linfedema das extremidades progridem para a elefantíase na distribuição dos linfáticos afetados ao longo de um período de anos Os fatores envolvidos incluem ataques repetidos de dermatolinfangioadenite aguda intensidade da transmissão filarial dentro de uma população e presença de Wolbachia Os episódios de dermatolinfangioadenite aguda se originam de quebra na epiderme e contribuem para a estase linfática infecção bacteriana secundária e fibrose FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 A quilúria resultante da ruptura de vasos linfáticos retroperitoneais de estruturas dilatadas na pelve renal é uma manifestação rara mas grave de FL Como resultado pode ocorrer perda peso e desnutrição A condição é indolor e a frequência da quilúria na filariose em áreas endêmicas não foi estabelecida mas é menor do que o linfedema ou a hidrocele FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 Manifestações clínicas extra sistema linfático A eosinofilia pulmonar tropical é uma manifestação clínica rara resultante da infecção por W bancrofti Homens entre 20 e 40 anos são os mais afetados sendo a relação homemmulher de 41 A patogênese é postulada como resultado de uma resposta exagerada de hipersensibilidade do tipo alérgico a microfilárias quando elas migram pelos vasos sanguíneos pulmonares com notável aumento de eosinófilos A eosinofilia pulmonar tropical é caracterizada por uma tosse paroxística não produtiva e mais grave à noite respiração ofegante febre baixa adenopatia malestar generalizado e perda de peso Além disso há uma pronunciada eosinofilia no sangue periférico 3000 célulasmm³ IgE sérica elevada 10000 ngml e títulos elevados de anticorpos antifilariais Normalmente a microfilaremia periférica está ausente em pacientes com eosinofilia pulmonar tropical As radiografias de tórax podem ser normais ou apresentar um pequeno difuso 1 a 3 mm de diâmetro intersticial ou infiltrados reticulonodulares com aumento das marcações broncovasculares Os testes de função pulmonar mostram anormalidades restritivas embora possam ser vistos defeitos obstrutivos BRASIL 2009 A hematúria presença de sangue na urina pode ocorrer durante ou após o tratamento específico porém sempre desaparece após a cura parasitológica A hematúria mais comum é a microscópica associada à microfilaremia embora independa da carga parasitária do paciente Possivelmente a deposição de imunocomplexos na membrana basal glomerular é a responsável pela hematúria A proteinúria perda de proteína pela urina pode estar associada à hematúria Diagnóstico O primeiro passo para o controle e o combate de doenças infecciosas é o diagnóstico dos infectados O diagnóstico clínico recorre ao histórico e aos sintomas enquanto o diagnóstico laboratorial compreende a análise de amostras do suspeito de infecção As observações clínicas e laboratoriais se complementam para chegar ao diagnóstico NUTMAN WELLER 2020 Existem diversos métodos de diagnósticos Veja a seguir um pouco mais sobre eles Clínico Devido à similaridade entre as alterações patológicas causadas pelo W ban crofti e outros parasitas o diagnóstico clínico não é fácil Em áreas endêmicas a febre recorrente e a adenolinfangite são considerados indicativos de fila riose Alterações pulmonares associadas à eosinofilia e ao aumento de IgE no soro são indicativos de eosinofilia pulmonar tropical NUTMAN WELLER 2020 Exame parasitológico O método padrão para o diagnóstico de infecção ativa é a identificação de mi crofilárias em amostras de sangue em líquido de hidrocele e eventualmente em outros líquidos corporais por exame microscópico As microfilárias que causam a FL circulam no sangue à noite então a coleta de sangue deve ser feita à noite para coincidir com o aparecimento das microfilárias NUTMAN WELLER 2020 Gota espessa A técnica da gota espessa é a mais utilizada Ela consiste no preparo de esfre gaço sanguíneo com sangue capilar para analisar a presença de microfilárias Filariose linfática 8 A lâmina é preparada com quatro gotas de sangue que são unidas em uma grande gota por um palito em movimentos circulares A lâmina passa por um processo de desemoglobinização retirada da hemoglobina e em seguida é corada por Giemsa que cora os elementos figurados do sangue para se fixar a grupos de fosfato de adenonucleotídeos coram os componentes nucleares e citoplasmáticos dos leucócitos com predominância de tons vermelhos quando ácidos e azulados diversos quando básicos A lâmina é analisada em microscópio lente objetiva de 100x com imersão A coloração deve ser feita em até 72 horas Além disso a amostra deve ser coletada preferencialmente sem anticoagulante uma vez que ele pode interferir na fixação da amostra à lâmina Para aumentar a sensibilidade dessa técnica recomendase preparar e analisar mais de uma lâmina de um mesmo paciente O baixo custo a alta especificidade e a simplicidade da técnica a tornam vantajosa A técnica da gota espessa tem alta especificidade mas baixa sensibilidade Em regiões onde os parasitados têm baixa parasitemia podem ocorrer falsos negativos A perda de microfilárias durante o processo labo ratorial de desemoglobinização fixação e coloração é outro fator limitante ao método Mesmo com limitações essa técnica ainda é a adotada para avaliações epidemiológicas em áreas endêmicas sob investigação para a FL BRASIL 2009 Técnica de exame a fresco A técnica do sangue fresco permite a observação de microfilárias vivas em movimento em uma gota de sangue O sangue é colocado em uma lâmina e coberto por uma lamínula que faz com que ele se espalhe Em seguida ele é analisado em microscópio preferencialmente com lente objetiva de 40x Se negativo o exame deve ser repetido no dia seguinte com uma nova amostra Além de simples a técnica é rápida mas tem a desvantagem de não permitir a análise por muito tempo em razão da morte dos parasitas BRASIL 2009 Técnica de filtração em membrana de policarbonato Essa técnica é considerada como o padrão ouro para a investigação e quan tificação da microfilaremia antes durante e após o tratamento Sua elevada sensibilidade no diagnóstico permite a detecção de microfilárias em até 10 ml de sangue total utilizando uma única membrana Dessa forma é possível diagnosticar indivíduos com poucos parasitas no sangue que receberam resultados negativos por outras técnicas O anticoagulante usado na coleta de sangue permite a conservação das microfilárias O material é processado Filariose linfática 9 o mais rápido possível no máximo em 72 horas se conservado sob refrige ração O sangue diluído em uma soluçãotampão passa por uma membrana de policarbonato poros de 3 ou 5 µm de diâmetro que permite a passagem de hemácias mas retém as microfilárias O material recluso na membrana é fixado corado e observado ao microscópio A desvantagem dessa técnica é o custo com a importação dos insumos BRASIL 2017 Técnica de concentração de Knott A concentração sanguínea permite o aumento da sensibilidade do diagnóstico laboratorial A técnica de concentração de Knott colabora na quantificação de microfilárias antes e depois do tratamento podendo ser aceita como diagnóstico de cura A amostra de sangue é diluída em uma solução de formal a 2 e centrifugada O sedimento é então usado para fazer a gota espessa seguida de coloração por Giemsa A presença do formal ajuda a preservar a morfologia do parasita permitindo que a análise possa ser feita dias de pois da preparação Entretanto o sedimento viscoso que se forma após a centrifugação pode dificultar a análise Outros fluidos biológicos podem ser submetidos à mesma técnica BRASIL 2009 Diagnóstico sorológico As técnicas sorológicas fornecem uma alternativa para a detecção micros cópica de microfilárias para o diagnóstico de FL Pesquisa de anticorpo Parasitados em infecção ativa podem apresentar aumento dos níveis de IgG4 antifilarioide no sangue Porém pode ocorrer reatividade cruzada antigênica entre as filárias e outros parasitas e um resultado sorológico positivo não é capaz de diferenciar uma infecção atual de infecções passadas Em razão de sua baixa sensibilidade e especificidade a detecção de anticorpos circulantes não é recomendada para o diagnóstico da filariose sendo substituída pela pesquisa de antígenos circulantes de W bancrofti utilizando anticorpos monoclonais CDC 2020 Pesquisa de antígeno circulante filarial A pesquisa de antígenos circulantes é feita pela técnica imunoenzimática Elisa com soro resultado semiquantitativo ou por imunocromatografia Filariose linfática 10 rápida ICT com resultado qualitativo positivo ou negativo usando sangue ou soro do paciente Como os níveis de antígenos se mantêm constantes na circulação o sangue para o diagnóstico pode ser colhido em qualquer perí odo do dia Além disso um resultado positivo sinaliza uma infecção ativa já que os anticorpos monoclonais reconhecem antígenos de parasitas adultos mesmo na ausência de microfilárias A Elisa foi desenvolvida a partir da produção de um anticorpo monoclo nal antiOnchocerca gibsoni um filarídeo de bovinos denominado Og4C3 específico para a captura de antígeno circulante de W bancrofti no soro humano Esse teste não apresenta boa sensibilidade para indivíduos com baixa microfilaremia ou amicrofilarêmicos 70 a 75 mas tem alta especi ficidade 98 a 100 A técnica de imunocromatografia realizada em um cartão utiliza o anti corpo monoclonal AD12 para a detecção de antígenos circulantes de vermes adultos de W bancrofti O exame é simples e pode ser feito tanto na clínica quanto no campo O teste por imunocromatografia é especialmente rápido com alta especificidade 986 a 100 sendo sua maior desvantagem o custo elevado CDC 2020 FONTES ROCHA 2005 Técnica de imagem Os parasitas adultos presentes em vasos e gânglios do sistema linfático são inacessíveis na maioria das técnicas de diagnóstico A ultrassonografia per mite a observação dos movimentos de W bancrofti adultos vivos no sistema linfático Nos homens a região indicada é a bolsa escrotal enquanto nas mulheres as regiões são a da mama e a ignal e axiliar A movimentação ágil e ininterrupta dos parasitas adultos durante as 24 horas do dia é chamada de dança das filárias Esse exame permite detectar ou diagnosticar os pa rasitados com as formas adultas do parasita mesmo sem as microfilárias É uma técnica não invasiva útil para detectar a infecção antes do aparecimento de manifestações clínicas É possível verificar a eficácia da terapêutica pelo acompanhamento da perda de movimentação dos parasitas ÁRTICO GARCIA FELLET 2015 BRASIL 2017 NUTMAN WELLER 2020 Tratamento e medidas de controle de disseminação O tratamento dos doentes é a ação mais importante para assegurar as con dições de saúde da população Pessoas infectadas servem de reservatório Filariose linfática 11 e colaboram para a disseminação do parasita Portanto o tratamento não é benéfico apenas para os infectados mas também para toda a população diminuindo a taxa de transmissão NUTMAN WELLER 2020 Tratamento A dietilcarbamazina elimina as microfilárias e uma quantidade variável de parasitas adultos FOX KING 2012 Segundo a OMS a recomendação é de 6 mgkg ao dia Alguns parasitados podem sofrer alguns efeitos colaterais como fadiga náuseas ou perturbações gástricas quando a concentração diária é administrada em dose única A recomendação nesses casos é dividir a dose diária em duas ou três doses ao longo do dia NUTMAN WELLER 2020 Os efeitos adversos da dietilcarbamazina são resultantes da morte do parasita e normalmente são limitados e correspondem ao número de micro filárias no sangue Os mais comuns são tontura náuseas febre cefaleia e dores musculares ou articulares Também podem ocorrer sintomas localizados como linfangites linfadenites aumento de volume do linfonodo dor edema e hiperemia nas regiões próximas à localização dos parasitas adultos Embora todos esses efeitos não sejam desejáveis não é necessária suspensão da administração de dietilcarbamazina BRASIL 2017 NUTMAN WELLER 2020 Antes do tratamento com dietilcarbamazina devese investigar nos para sitados se existe coinfecção por Loa loa ou Onchocerca volvulus oncocercose pois a dietilcarbamazina pode levar a reações acentuadas nos indivíduos com essas infecções O tratamento nesses casos pode ser feito com uma dose de albendazol 400 mg por via oral combinada com a ivermectina 200 mcg kg por via oral em regiões onde a oncocercose é coendêmica Entretanto apenas a ivermectina não mata os parasitas adultos responsáveis pela FL BRASIL 2017 PEARSON 2020 Para o tratamento da filariose linfática aguda a dietilcarbamazina pode ser administrada na dose de 2 mgkg por via oral três vezes ao dia durante 12 dias Outra opção é usar 6 mgkg por via oral em dose única Normalmente a estratégia de dose única é tão eficaz quanto o esquema de 12 dias BRASIL 2017 Em geral crises de adenolinfangite aguda acabam espontaneamente mas podem ser necessários antibióticos para controlar infecções bacterianas secundárias Para o tratamento do linfedema crônico são necessários cuidados rigo rosos com a pele e a administração de antibióticos sistêmicos para acabar com as infecções bacterianas secundárias O uso desses medicamentos pode diminuir e até mesmo impedir a progressão da elefantíase Medidas Filariose linfática 12 preventivas como bandagem elástica no membro comprometido diminuem o edema A descompressão cirúrgica com uso de derivações nodalvenosas para melhorar a drenagem linfática oferece benefício a longo prazo em casos extremos de elefantíase Também é possível tratar hidroceles maciças cirurgicamente mas a recorrência é comum PEARSON 2020 A eosinofilia pulmonar tropical assim como todas as manifestações crô nicas com confirmação da presença do parasita deve ser tratada de forma similar às manifestações agudas mas recidivas ocorrem em até 25 dos casos e requerem cursos adicionais de terapia PEARSON 2020 Medidas para prevençãoeliminação da filariose Doenças parasitárias são um problema de saúde pública que acomete regiões pobres Medidas de prevenção buscam eliminar o parasita diminuindo sua transmissão por meio do tratamento dos doentes e da eliminação dos vetores Em áreas endêmicas onde casos de filariose são comuns o mapeamento das áreas que são foco de transmissão é muito importante Para a realização desse mapeamento uma parte da população faz o teste de identificação do parasita permitindo uma estimativa da transmissão na população local Caso a transmissão seja comprovada todos os moradores locais realizam testes e os infectados recebem tratamento BRASIL 2009 Campanhas de tratamento em massa também são utilizadas em áreas endêmicas onde a transmissão é persistente Outra medida é a inserção do tratamento por dietilcarbamazina no sal de cozinha Assim a população recebe a medicação em massa de forma eficaz Ainda o combate ao mosquito vetor e o uso de mosqueteiros e repelentes são recomendados para afastar e evitar picadas O combate a focos de reprodução dos mosquitos também ajuda a controlar a população deles na região BRASIL 2009 Em áreas não endêmicas a confirmação de um caso de FL ocorre quando o infectado busca atendimento médico O diagnóstico positivo leva à investi gação de novos casos em todos os moradores da residência e da vizinhança Os infectados são tratados da mesma forma que os infectados em regiões endêmicas BRASIL 2009 Como visto a infecção parasitária por W bancrofti causa a FL no continente americano A presença de microfilárias na corrente sanguínea periférica per mite que o inseto vetor transmita a doença em regiões endêmicas Embora nessas regiões a probabilidade de infecção seja maior ainda são necessárias muitas picadas de insetos infectados para o desenvolvimento da parasitose Em relação às manifestações clínicas casos assintomáticos merecem tanta Filariose linfática 13 atenção quanto os outros Afinal mesmo sem apresentar as complicações da doença indivíduos parasitados funcionam como reservatório da forma contaminante para o vetor Referências ÁRTICO A E GARCIA M R L FELLET R L Biologia para enfermagem Porto Alegre Artmed 2015 Série Tekne BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Guia de vigilância em saúde Brasília MS 2017 v 3 Disponível em httpswwwgovbrebserhptbr hospitaisuniversitariosregiaosudestehcufusaudeepidemiologiaprotocolos protocologuiadevigilanciaemsaude2017volume3downloadfilevolume3 guiadevigilanciaemsaude2017pdf Acesso em 29 nov 2021 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Guia de vigilância epidemiológica e eliminação da filariose linfática Brasília MS 2009 Série A Normas e Manuais Técnicos Disponível em httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoes guiavigilanciafilarioselinfaticapdf Acesso em 29 nov 2021 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION CDC Parasites Lymphatic filariasis prevention Control CDC 26 Oct 2020 Disponível em httpswwwcdcgovparasites lymphaticfilariasispreventhtml Acesso em 29 nov 2021 FONTES G ROCHA E M M Wuchereria bancrofti filariose linfática In NEVES D P et al org Parasitologia humana 11 ed São Paulo Atheneu 2005 p 299308 FOX L M KING C L Lymphatic filariasis In MAGILL A J et al ed Hunters tropical medicine and emerging infectious diseases 9th ed Philadelphia Elsevier 2012 p 815822 NUTMAN T B WELLER P F Filariose e infecções correlatas In JAMESON J L et al org Medicina interna de Harrison 20 ed Porto Alegre AMGH 2020 2 v Ebook PAILY K P HOTI S L DAS P K A review of the complexity of biology of lymphatic filarial parasites Journal of Parasitic Diseases v 33 n 12 2009 PEARSON R D Filariose linfática brancoftiana e brugiana Manual MSD set 2020 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrprofissionaldoenC3A7as infecciosasnematC3B3deosvermesfiliformesfilarioselinfC3A1ticabran coftianaebrugiana Acesso em 29 nov 2021 WORLD HEALTH ORGANIZATION WHO Global programme to eliminate lymphatic filariasis progress report 2020 Weekly Epidemiological Record n 41 p 497508 2021 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material No entanto a rede é extremamente dinâmica suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo Assim os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade precisão ou integralidade das informações referidas em tais links Filariose linfática 14 Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Dica do professor Doenças parasitárias são um problema de saúde pública principalmente em regiões de pobreza A melhor forma de se evitar a doença é por meio de medidas de controle Entre essas medidas está o tratamento em massa em regiões endêmicas Nesta Dica do Professor você vai aprender a aplicar um tratamento em massa em uma determinada população visando a conter a disseminação da infecção Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Exercícios 1 A filariose linfática é uma doença parasitária transmitida por meio da picada do mosquito vetor infectado O mosquito Culex é o vetor do Wuchereria Bancrofti causador da filariose linfática no Brasil Assinale a opção que indica o estágio em que o parasita pode infectar o humano depois de sair do organismo do vetor A Microfilárias B Vermes adultos C Larva L1 D Larva L2 E Larva L3 2 O primeiro passo na contenção da disseminação de uma doença parasitaria é a identificação dos doentes e o seu tratamento Atualmente várias técnicas vêm sendo empregadas no diagnóstico da filariose linfática Entre essas técnicas assinale a que permite a detecção do parasita adulto no organismo A Gota espessa B Ultrassonografia C Exame a sangue fresco D Pesquisa de anticorpos E Técnica de concentração de Knott 3 A dietilcarbamazina é usada no tratamento da filariose já que elimina as microfilárias e uma quantidade variável de parasitas adultos Segundo a Organização Mundial de Saúde WHO 2021 a recomendação é de 6mgkgdia Porém alguns pacientes apresentam efeitos colaterais Assinale a alternativa que explica o que fazer em casos de efeitos colaterais A Seguir com o tratamento dividindo a dose única diária em duas ou três doses B Interromper o tratamento C Buscar um tratamento alternativo D Tomar duas doses ao dia E Combinar dois medicamentos 4 Embora a filariose seja um problema de saúde pública e o Brasil ainda apresente áreas endêmicas a sua transmissão não é tão eficiente quanto a de outros parasitas Quanto às razões para que isso ocorra leia as afirmações a seguir I As microfilárias não se multiplicam no vetor portanto o número de L3 é limitado pela quantidade de microfilárias ingeridas II As L3 são depositadas diretamente no sangue pelo vetor III Os mosquitos contribuem para a transmissão dos parasitas a partir do seu nascimento podendo transmitir L3 a partir do primeiro dia de vida Sobre as afirmações apresentadas assinale a alternativa correta A I II e III estão corretas B I II e III estão incorretas C I e II estão corretas e III está incorreta D I está correta II e III estão incorretas E I e III estão corretas II está incorreta 5 Parasitas são organismos que vivem em associação a outros seres vivos Dentro dessa definição eles ainda podem ser divididos em classes de acordo com as características morfológicas que apresentam O Wuchereria bancrofti é o agente causador da filariose no Brasil Seu ciclo biológico inclui fases no seu vetor e também no organismo humano Assinale a alternativa que descreve a qual classe parasitária pertence o W bancrofti A Protozoário B Nematoide C Mosquito D Platelminto E Larva Na prática Na área clínica um dos maiores desafios é a investigação de aspectos clínicos e não clínicos para se chegar a um diagnóstico definitivo A história do paciente e a sua descrição sobre a sintomatologia são fundamentais para que se tenha um direcionamento na pesquisa diagnóstica Nesta Na Prática você vai ver como a análise de amostras biológicas de um paciente pode ajudar o médico a chegar a um diagnóstico definitivo O biomédico atua na interface entre o médico e o paciente sendo peça fundamental para o diagnóstico Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Saiba Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor Filariose Assista ao vídeo a seguir para ver uma explicação detalhada com o auxílio de desenhos que ajuda a entender o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Histórico das ações de controle da filariose linfática em Olinda Pernambuco Brasil Leia o artigo a seguir que avalia a situação da filariose frente às medidas de controle empregadas na cidade de Olinda Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Biologia para enfermagem Leia as páginas 47 a 50 do livro a seguir que apresenta uma seção descrevendo os parâmetros mais importantes da filariose Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar
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Filariose linfática Apresentação Doenças infecciosas parasitárias são um problema de saúde pública comum principalmente em regiões menos favorecidas economicamente A maioria dessas doenças são consideradas negligenciadas sem notificação obrigatória A filariose linfática é uma das várias doenças causadas por infecção parasitária seu agravamento pode levar aos casos de elefantíase entre outras complicações que afetam a qualidade de vida do acometido uma vez que pode afastálo do trabalho e do convívio social No Brasil a filariose é causada pela infecção do parasita nematoide Wuchereria bancrofti A transmissão do parasita entre seres humanos é feita pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus infectado com a forma larval do parasita Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar o ciclo biológico do W bancrofti e a sua relação com as manifestações clínicas da filariose linfática Você também vai entender o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática os tratamentos e as medidas de controle contra essa doença Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados Relacionar o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti e as manifestações clínicas da filariose linfática Reconhecer o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática Determinar os tipos de tratamento e as formas de controle da filariose linfática Infográfico Doenças parasitárias infecciosas como a filariose linfática merecem atenção devido à gravidade de suas complicações ao impacto social na vida do acometido e à disseminação rápida em regiões endêmicas Algumas medidas podem ajudar a diminuir e até mesmo evitar a propagação da filariose No infográfico a seguir você vai ver medidas simples que podem levar à diminuição da transmissão da filariose Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Conteúdo do livro A filariose linfática é uma infecção parasitária causada no Brasil pelo parasita Wuchereria bancrofti Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito Culex A sintomatologia da infecção vai desde febre e dor de cabeça até complicações mais graves como a elefantíase Medidas como tratamento em massa em regiões endêmicas são utilizadas para evitar a disseminação No capítulo Filariose linfática base teórica desta Unidade de Aprendizagem você vai estudar o ciclo biológico do parasita W Bancrofti Você também vai verificar a sua morfologia os sintomas da infecção as formas de transmissão os tratamentos e as medidas de controle Boa leitura Saiba mais A FL é endêmica em algumas regiões do Brasil Entretanto sua transmissão não é muito eficiente e são necessárias muitas picadas de mosquitos infecciosos para iniciar uma nova infecção com microfilaremia Os seguintes fatores interferem na eficiência da transmissão As microfilárias não se multiplicam no corpo do mosquito Portanto o número de L3 é limitado pela quantidade de microfilárias ingeridas Apenas os mosquitos que sobrevivem mais de 10 dias contribuirão para a transmissão dos parasitas Os mosquitos que morrem antes do desenvolvimento de L3 não podem desempenhar um papel no ciclo de transmissão As L3 são depositadas na pele e precisam chegar até a ferida da picada Quando um mosquito ingere grandes volumes de microfilárias danos consideráveis podem ser causados às estruturas internas dele à medida que os parasitas passam pelo estômago para alcançar os músculos torácicos Além disso como as larvas L3 emergem dos músculos de voo elas podem causar danos irreversíveis impedindo o mosquito de voar e causando a morte do vetor Por esses motivos a transmissão dos parasitas da FL é considerada menos eficiente do que a de outros parasitas transmitidos por vetores como a malária e a dengue WHO 2021 Manifestações clínicas As manifestações clínicas da filariose linfática variam de assintomáticas a manifestações crônicas pronunciadas Infecção assintomática A maioria das pessoas infectadas são ditas assintomáticas apesar de apresentarem microfilárias ou antígenos filariais circulantes no sangue periférico Embora sejam classificados como clinicamente assintomáticos os indivíduos infectados têm danos linfáticos dilatação e proliferação do endotélio ou renais hematúria microscópica ou proteinúria Dessa forma pacientes assintomáticos apresentam a doença subclínica BRASIL 2017 FONTES ROCHA 2005 Manifestações clínicas decorrentes do comprometimento linfático Pessoas infectadas podem apresentar manifestações agudas particularmente linfangite filarial aguda e dermatolinfangioadenite aguda A linfangite filarial aguda envolve inflamação aguda de curta duração de um vaso linfático que OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Relacionar o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti e as manifestações clínicas da filariose linfática Reconhecer o diagnóstico clínico e laboratorial da filariose linfática Determinar os tipos de tratamento e as formas de controle da filariose linfática Introdução A filariose linfática FL é uma doença parasitaria crônica causada por helmintos nematoides das espécies Wuchereria bancrofti Brugia malayi e Brugia timori Essa enfermidade é endêmica em regiões de clima tropical ou subtropical em situação de pobreza na Asia na África e nas Américas sendo um sério problema de saúde A FL no continente americano é causada exclusivamente pela W bancrofti e é conhecida como bancroftose ou elefantíase em uma de suas manifestações na fase crônica ÁRTICO GARCIA FELLET 2015 Cerca de 112 milhões de pessoas são portadoras de W bancrofti no mundo No Brasil um levantamento foi realizado em 1950 e 11 cidades distribuídas por seis estados foram classificadas como focos da filariose Assim o combate à endemia foi realizado Nos anos 2000 estimavase que 49 mil brasileiros fossem infectados mas atualmente a doença está quase eliminada no Brasil com o último caso positivo registrado em 2017 A transmissão do parasita ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus infectada com larvas Na fase adulta os parasitas causam lesões nos vasos linfáticos onde se desenvol vem e tais lesões são responsáveis pelo quadro clínico da doença BRASIL 2017 FONTES ROCHA 2005 Filariose linfática Amanda Dias Braga Neste capítulo você vai conhecer o ciclo biológico do W bancrofti e sua relação com as manifestações clínicas da FL Além disso vai ver as formas de diagnóstico clínico e laboratorial e as formas de tratamento da FL Por fim vai identificar as medidas de controle da doença Wuchereria bancrofti Nesta seção vamos estudar o Wuchereria bancrofti Ciclo biológico Os W bancrofti precisam de dois hospedeiros diferentes para completar seu ciclo de vida O hospedeiro definitivo é o ser humano enquanto o hos pedeiro intermediário é um artrópode sugador de sangue o mosquito Culex quinquefasciatus No corpo humano vermes adultos machos e fêmeas vivem em nódulos no sistema linfático e após o acasalamento produzem numerosas microfilárias no sistema linfático Essas microfilárias migram entre o sistema linfático e os canais sanguíneos e se acumulam nas arteríolas do pulmão durante o dia e alcançam os vasos sanguíneos periféricos à noite quando os mosquitos são mais ativos PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 O ciclo de vida extrínseco do parasita é iniciado quando as microfilárias são ingeridas pela fêmea de um mosquito vetor durante a alimentação do sangue do hospedeiro No estômago dos mosquitos elas perdem sua bainha e alguns parasitas migram pela parede do estômago até alcançar os músculos torácicos de voo o que dura cerca de 24 horas PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 Nos músculos torácicos os parasitas se tornam mais curtos e grossos e desenvolvem as larvas de primeiro estágio L1 que são lentas Por volta do quinto ao sétimo dia a L1 muda para se tornar do segundo estágio L2 mais ativo Finalmente por volta do 10º ao 11º dia os parasitas se tornam a larva do estágio infectante L3 Essa fase é muito ativa apresentando padrão oscilatório de movimento entre a cabeça o tórax e o abdome do mosquito Na maturidade a maior parte do L3 migra para a cabeça e a tromba do mos quito para ser transmitido ao hospedeiro mamífero durante a alimentação subsequente PAILY HOTI DAS 2009 WHO 2021 Quando o mosquito se alimenta do hospedeiro os L3 depositamse na superfície da pele e após a retirada da tromba penetram na ferida seguindo para os vasos linfáticos eferentes e para o seio subcapular Aproximadamente 9 Filariose linfática 2 a 10 dias após a entrada a L3 se torna a larva do quarto estágio L4 O estágio L4 se desenvolve ao longo de vários meses para passar pela muda final e se tornar adulto L5 Uma estimativa baseada em um modelo determinístico mostrou que a expectativa de vida de fêmeas adultas de W bancrofti é de 102 anos A taxa de produção de microfilárias vivíparas pela fêmea adulta foi considerada estável por um período de pelo menos cinco anos A Figura 1 mostra o ciclo biológico do W bancrofti PAILY HOTI DAS 2009 Figura 1 Ciclo biológico do W bancrofti Fonte Ártico Garcia e Fellet 2015 p 48 Morfologia O W bancrofti tem diferentes formas evolutivas nos hospedeiros vertebrados humanos e invertebrados mosquitos vetores O parasita adulto apresenta um corpo delgado e brancoleitoso O macho tem comprimento entre 35 e 4 cm e 01 mm de diâmetro sua extremidade anterior é afilada e sua extremidade posterior é enrolada ventralmente A fêmea tem comprimento entre 7 e 10 cm e aproximadamente 03 mm de diâmetro A vulva é localizada próxima à extremidade anterior As microfilárias liberadas pela fêmea adulta têm uma membrana extremamente delicada que atua como uma bainha flexível A Filariose linfática 3 microfilária mede de 250 a 300 μm de comprimento e se movimenta ativa mente na corrente sanguínea do hospedeiro A bainha cuticular lisa é apoiada sobre numerosas células subcuticulares que vão formar a hipoderme e a musculatura do helminto adulto e somáticas que vão formar o tubo digestivo e os órgãos A transformação da microfilária no organismo do vetor leva à diferenciação na forma larval do parasita A L1 mede em torno de 300 μm de comprimento e se diferencia da larva L2 duas a três vezes maior Já a larva infectante L3 tem entre 15 e 20 μm de comprimento FONTES ROCHA 2005 Formas de transmissão Uma grande variedade de mosquitos pode transmitir o parasita depen dendo da área geográfica Nas Américas o vetor mais comum é o Culex quinquefasciatus A fêmea do mosquito Culex quinquefasciatus ao picar parasitados ingere microfilárias presentes no sangue periférico No mosquito os parasitas passam por fases de amadurecimento até atingir a fase de larva infectante L3 A larva nesse estágio migra pelo organismo do vetor até atingir a tromba ou probóscida Quando o inseto vetor faz novo repasto sanguíneo as larvas L3 penetram no novo hospedeiro por meio da pele danificada pela picada do mosquito não são depositadas pelos mosquitos diretamente no sangue As larvas migram para os vasos linfáticos e cerca de nove meses depois tornamse vermes adultos com as fêmeas grávidas produzindo as primeiras microfilárias que vão para o sangue periférico do hospedeiro humano CDC 2020 WHO 2021 A transmissão ocorre apenas pela picada da fêmea infectada de Culex quinquefasciatus Como a vida média de mosquitos do gênero Culex é de cerca de 30 dias e o ciclo do parasita no inseto de microfilária até larva L3 ocorre em torno de 20 dias é curto o período de tempo em que o vetor pode transmitir o parasita A maioria dos portadores de microfilárias são assinto máticos mas podem atuar como reservatório e fonte de disseminação Por isso são necessários esforços epidemiológicos para minimizar a disseminação do parasita O parasitado pode difundir microfilárias por muito tempo uma vez que os parasitas adultos podem viver entre quatro e oito anos com possibilidade de atingir até 10 anos BRASIL 2009 CDC 2020 São necessárias muitas picadas de mosquito ao longo de vários meses ou anos para se contrair a FL Pessoas que vivem por muito tempo em áreas tropicais ou subtropicais onde a doença é comum têm maior risco de infecção Para turistas de curto prazo o risco é muito baixo CDC 2020 Filariose linfática 4 progride distalmente ao longo do vaso Acreditase que isso é causado pela morte do verme adulto Os pacientes geralmente contam com um histórico de dor eritema e sensibilidade na região do linfonodo afetado por horas ou um dia antes do início da linfangite Nódulos inflamatórios localizados na mama no escroto ou em tecidos subcutâneos também podem ser relatados A dermatolinfangioadenite aguda é uma síndrome clinicamente distinta causada por infecção bacteriana dos pequenos vasos linfáticos coletores em áreas de disfunção linfática Essa síndrome se desenvolve em um padrão reticular em vez de linear e é mais comumente associada a fortes dores febre e calafrios Frequentemente ela é associada a um histórico de lesão na pele como trauma picadas de insetos ou infecções fúngicas interdigitais FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 As manifestações crônicas são linfedema hidrocele quilúria e elefantíase Elas se iniciam geralmente alguns anos após o início dos ataques agudos em moradores de áreas endêmicas Em muitas áreas endêmicas a manifestação crônica mais comum de FL é a hidrocele com ausência de inflamação prévia Outras formas de doenças genitais incluindo epididimite orquite funiculite linfedema do escroto e linfedema vulvar também foram observadas Acreditase que a patogênese da hidrocele filarial seja o resultado de danos linfáticos causados por W bancrofti adultos vivos Em áreas endêmicas de filariose a hidrocele clinicamente aparente pode se tratar na verdade de quilocele resultante da ruptura de vasos linfáticos intraescrotais dilatados e do vazamento de linfa para a cavidade da túnica vaginal testicular As hidroceles podem se tornar muito grandes mais de 30 cm de diâmetro e os linfonodos inguinais podem estar aumentados Os homens com linfedema escrotal podem apresentar ruptura de dilatação dos vasos linfáticos na parede escrotal com vazamento de linfa para o exterior Microfilárias normalmente são detectadas no sangue periférico FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 O linfedema é uma manifestação crônica comum da FL e ocorre nas pernas no escroto no pênis na mama e nos braços A doença é mais prevalente nas extremidades inferiores cujo envolvimento assimétrico é comum Na filariose bancroftiana o linfedema pode envolver todo o membro Existem sistemas de classificação que descrevem a gravidade do linfedema A classificação da Organização Mundial da Saúde OMS consiste em quatro graus BRASIL 2009 Grau I edema depressível reversível após a elevação da extremidade Grau II edema não depressível e não reversível à elevação da extremidade PARASITOLOGIA GERAL Grau III edema não depressível que não é reversível com elevação associada à pele espessada ou dobras cutâneas Grau IV edema não depressível com fibrótico e papilomatoso lesões cutâneas e presença de dobras cutâneas elefantíase Outro sistema de classificação estadiamento foi proposto com sete categorias e uma descrição mais refinada do estágio do linfedema com base na profundidade das dobras cutâneas e nos tipos de papilomatosos e lesões Episódios reversíveis de linfedema das extremidades progridem para a elefantíase na distribuição dos linfáticos afetados ao longo de um período de anos Os fatores envolvidos incluem ataques repetidos de dermatolinfangioadenite aguda intensidade da transmissão filarial dentro de uma população e presença de Wolbachia Os episódios de dermatolinfangioadenite aguda se originam de quebra na epiderme e contribuem para a estase linfática infecção bacteriana secundária e fibrose FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 A quilúria resultante da ruptura de vasos linfáticos retroperitoneais de estruturas dilatadas na pelve renal é uma manifestação rara mas grave de FL Como resultado pode ocorrer perda peso e desnutrição A condição é indolor e a frequência da quilúria na filariose em áreas endêmicas não foi estabelecida mas é menor do que o linfedema ou a hidrocele FONTES ROCHA 2005 FOX KING 2012 Manifestações clínicas extra sistema linfático A eosinofilia pulmonar tropical é uma manifestação clínica rara resultante da infecção por W bancrofti Homens entre 20 e 40 anos são os mais afetados sendo a relação homemmulher de 41 A patogênese é postulada como resultado de uma resposta exagerada de hipersensibilidade do tipo alérgico a microfilárias quando elas migram pelos vasos sanguíneos pulmonares com notável aumento de eosinófilos A eosinofilia pulmonar tropical é caracterizada por uma tosse paroxística não produtiva e mais grave à noite respiração ofegante febre baixa adenopatia malestar generalizado e perda de peso Além disso há uma pronunciada eosinofilia no sangue periférico 3000 célulasmm³ IgE sérica elevada 10000 ngml e títulos elevados de anticorpos antifilariais Normalmente a microfilaremia periférica está ausente em pacientes com eosinofilia pulmonar tropical As radiografias de tórax podem ser normais ou apresentar um pequeno difuso 1 a 3 mm de diâmetro intersticial ou infiltrados reticulonodulares com aumento das marcações broncovasculares Os testes de função pulmonar mostram anormalidades restritivas embora possam ser vistos defeitos obstrutivos BRASIL 2009 A hematúria presença de sangue na urina pode ocorrer durante ou após o tratamento específico porém sempre desaparece após a cura parasitológica A hematúria mais comum é a microscópica associada à microfilaremia embora independa da carga parasitária do paciente Possivelmente a deposição de imunocomplexos na membrana basal glomerular é a responsável pela hematúria A proteinúria perda de proteína pela urina pode estar associada à hematúria Diagnóstico O primeiro passo para o controle e o combate de doenças infecciosas é o diagnóstico dos infectados O diagnóstico clínico recorre ao histórico e aos sintomas enquanto o diagnóstico laboratorial compreende a análise de amostras do suspeito de infecção As observações clínicas e laboratoriais se complementam para chegar ao diagnóstico NUTMAN WELLER 2020 Existem diversos métodos de diagnósticos Veja a seguir um pouco mais sobre eles Clínico Devido à similaridade entre as alterações patológicas causadas pelo W ban crofti e outros parasitas o diagnóstico clínico não é fácil Em áreas endêmicas a febre recorrente e a adenolinfangite são considerados indicativos de fila riose Alterações pulmonares associadas à eosinofilia e ao aumento de IgE no soro são indicativos de eosinofilia pulmonar tropical NUTMAN WELLER 2020 Exame parasitológico O método padrão para o diagnóstico de infecção ativa é a identificação de mi crofilárias em amostras de sangue em líquido de hidrocele e eventualmente em outros líquidos corporais por exame microscópico As microfilárias que causam a FL circulam no sangue à noite então a coleta de sangue deve ser feita à noite para coincidir com o aparecimento das microfilárias NUTMAN WELLER 2020 Gota espessa A técnica da gota espessa é a mais utilizada Ela consiste no preparo de esfre gaço sanguíneo com sangue capilar para analisar a presença de microfilárias Filariose linfática 8 A lâmina é preparada com quatro gotas de sangue que são unidas em uma grande gota por um palito em movimentos circulares A lâmina passa por um processo de desemoglobinização retirada da hemoglobina e em seguida é corada por Giemsa que cora os elementos figurados do sangue para se fixar a grupos de fosfato de adenonucleotídeos coram os componentes nucleares e citoplasmáticos dos leucócitos com predominância de tons vermelhos quando ácidos e azulados diversos quando básicos A lâmina é analisada em microscópio lente objetiva de 100x com imersão A coloração deve ser feita em até 72 horas Além disso a amostra deve ser coletada preferencialmente sem anticoagulante uma vez que ele pode interferir na fixação da amostra à lâmina Para aumentar a sensibilidade dessa técnica recomendase preparar e analisar mais de uma lâmina de um mesmo paciente O baixo custo a alta especificidade e a simplicidade da técnica a tornam vantajosa A técnica da gota espessa tem alta especificidade mas baixa sensibilidade Em regiões onde os parasitados têm baixa parasitemia podem ocorrer falsos negativos A perda de microfilárias durante o processo labo ratorial de desemoglobinização fixação e coloração é outro fator limitante ao método Mesmo com limitações essa técnica ainda é a adotada para avaliações epidemiológicas em áreas endêmicas sob investigação para a FL BRASIL 2009 Técnica de exame a fresco A técnica do sangue fresco permite a observação de microfilárias vivas em movimento em uma gota de sangue O sangue é colocado em uma lâmina e coberto por uma lamínula que faz com que ele se espalhe Em seguida ele é analisado em microscópio preferencialmente com lente objetiva de 40x Se negativo o exame deve ser repetido no dia seguinte com uma nova amostra Além de simples a técnica é rápida mas tem a desvantagem de não permitir a análise por muito tempo em razão da morte dos parasitas BRASIL 2009 Técnica de filtração em membrana de policarbonato Essa técnica é considerada como o padrão ouro para a investigação e quan tificação da microfilaremia antes durante e após o tratamento Sua elevada sensibilidade no diagnóstico permite a detecção de microfilárias em até 10 ml de sangue total utilizando uma única membrana Dessa forma é possível diagnosticar indivíduos com poucos parasitas no sangue que receberam resultados negativos por outras técnicas O anticoagulante usado na coleta de sangue permite a conservação das microfilárias O material é processado Filariose linfática 9 o mais rápido possível no máximo em 72 horas se conservado sob refrige ração O sangue diluído em uma soluçãotampão passa por uma membrana de policarbonato poros de 3 ou 5 µm de diâmetro que permite a passagem de hemácias mas retém as microfilárias O material recluso na membrana é fixado corado e observado ao microscópio A desvantagem dessa técnica é o custo com a importação dos insumos BRASIL 2017 Técnica de concentração de Knott A concentração sanguínea permite o aumento da sensibilidade do diagnóstico laboratorial A técnica de concentração de Knott colabora na quantificação de microfilárias antes e depois do tratamento podendo ser aceita como diagnóstico de cura A amostra de sangue é diluída em uma solução de formal a 2 e centrifugada O sedimento é então usado para fazer a gota espessa seguida de coloração por Giemsa A presença do formal ajuda a preservar a morfologia do parasita permitindo que a análise possa ser feita dias de pois da preparação Entretanto o sedimento viscoso que se forma após a centrifugação pode dificultar a análise Outros fluidos biológicos podem ser submetidos à mesma técnica BRASIL 2009 Diagnóstico sorológico As técnicas sorológicas fornecem uma alternativa para a detecção micros cópica de microfilárias para o diagnóstico de FL Pesquisa de anticorpo Parasitados em infecção ativa podem apresentar aumento dos níveis de IgG4 antifilarioide no sangue Porém pode ocorrer reatividade cruzada antigênica entre as filárias e outros parasitas e um resultado sorológico positivo não é capaz de diferenciar uma infecção atual de infecções passadas Em razão de sua baixa sensibilidade e especificidade a detecção de anticorpos circulantes não é recomendada para o diagnóstico da filariose sendo substituída pela pesquisa de antígenos circulantes de W bancrofti utilizando anticorpos monoclonais CDC 2020 Pesquisa de antígeno circulante filarial A pesquisa de antígenos circulantes é feita pela técnica imunoenzimática Elisa com soro resultado semiquantitativo ou por imunocromatografia Filariose linfática 10 rápida ICT com resultado qualitativo positivo ou negativo usando sangue ou soro do paciente Como os níveis de antígenos se mantêm constantes na circulação o sangue para o diagnóstico pode ser colhido em qualquer perí odo do dia Além disso um resultado positivo sinaliza uma infecção ativa já que os anticorpos monoclonais reconhecem antígenos de parasitas adultos mesmo na ausência de microfilárias A Elisa foi desenvolvida a partir da produção de um anticorpo monoclo nal antiOnchocerca gibsoni um filarídeo de bovinos denominado Og4C3 específico para a captura de antígeno circulante de W bancrofti no soro humano Esse teste não apresenta boa sensibilidade para indivíduos com baixa microfilaremia ou amicrofilarêmicos 70 a 75 mas tem alta especi ficidade 98 a 100 A técnica de imunocromatografia realizada em um cartão utiliza o anti corpo monoclonal AD12 para a detecção de antígenos circulantes de vermes adultos de W bancrofti O exame é simples e pode ser feito tanto na clínica quanto no campo O teste por imunocromatografia é especialmente rápido com alta especificidade 986 a 100 sendo sua maior desvantagem o custo elevado CDC 2020 FONTES ROCHA 2005 Técnica de imagem Os parasitas adultos presentes em vasos e gânglios do sistema linfático são inacessíveis na maioria das técnicas de diagnóstico A ultrassonografia per mite a observação dos movimentos de W bancrofti adultos vivos no sistema linfático Nos homens a região indicada é a bolsa escrotal enquanto nas mulheres as regiões são a da mama e a ignal e axiliar A movimentação ágil e ininterrupta dos parasitas adultos durante as 24 horas do dia é chamada de dança das filárias Esse exame permite detectar ou diagnosticar os pa rasitados com as formas adultas do parasita mesmo sem as microfilárias É uma técnica não invasiva útil para detectar a infecção antes do aparecimento de manifestações clínicas É possível verificar a eficácia da terapêutica pelo acompanhamento da perda de movimentação dos parasitas ÁRTICO GARCIA FELLET 2015 BRASIL 2017 NUTMAN WELLER 2020 Tratamento e medidas de controle de disseminação O tratamento dos doentes é a ação mais importante para assegurar as con dições de saúde da população Pessoas infectadas servem de reservatório Filariose linfática 11 e colaboram para a disseminação do parasita Portanto o tratamento não é benéfico apenas para os infectados mas também para toda a população diminuindo a taxa de transmissão NUTMAN WELLER 2020 Tratamento A dietilcarbamazina elimina as microfilárias e uma quantidade variável de parasitas adultos FOX KING 2012 Segundo a OMS a recomendação é de 6 mgkg ao dia Alguns parasitados podem sofrer alguns efeitos colaterais como fadiga náuseas ou perturbações gástricas quando a concentração diária é administrada em dose única A recomendação nesses casos é dividir a dose diária em duas ou três doses ao longo do dia NUTMAN WELLER 2020 Os efeitos adversos da dietilcarbamazina são resultantes da morte do parasita e normalmente são limitados e correspondem ao número de micro filárias no sangue Os mais comuns são tontura náuseas febre cefaleia e dores musculares ou articulares Também podem ocorrer sintomas localizados como linfangites linfadenites aumento de volume do linfonodo dor edema e hiperemia nas regiões próximas à localização dos parasitas adultos Embora todos esses efeitos não sejam desejáveis não é necessária suspensão da administração de dietilcarbamazina BRASIL 2017 NUTMAN WELLER 2020 Antes do tratamento com dietilcarbamazina devese investigar nos para sitados se existe coinfecção por Loa loa ou Onchocerca volvulus oncocercose pois a dietilcarbamazina pode levar a reações acentuadas nos indivíduos com essas infecções O tratamento nesses casos pode ser feito com uma dose de albendazol 400 mg por via oral combinada com a ivermectina 200 mcg kg por via oral em regiões onde a oncocercose é coendêmica Entretanto apenas a ivermectina não mata os parasitas adultos responsáveis pela FL BRASIL 2017 PEARSON 2020 Para o tratamento da filariose linfática aguda a dietilcarbamazina pode ser administrada na dose de 2 mgkg por via oral três vezes ao dia durante 12 dias Outra opção é usar 6 mgkg por via oral em dose única Normalmente a estratégia de dose única é tão eficaz quanto o esquema de 12 dias BRASIL 2017 Em geral crises de adenolinfangite aguda acabam espontaneamente mas podem ser necessários antibióticos para controlar infecções bacterianas secundárias Para o tratamento do linfedema crônico são necessários cuidados rigo rosos com a pele e a administração de antibióticos sistêmicos para acabar com as infecções bacterianas secundárias O uso desses medicamentos pode diminuir e até mesmo impedir a progressão da elefantíase Medidas Filariose linfática 12 preventivas como bandagem elástica no membro comprometido diminuem o edema A descompressão cirúrgica com uso de derivações nodalvenosas para melhorar a drenagem linfática oferece benefício a longo prazo em casos extremos de elefantíase Também é possível tratar hidroceles maciças cirurgicamente mas a recorrência é comum PEARSON 2020 A eosinofilia pulmonar tropical assim como todas as manifestações crô nicas com confirmação da presença do parasita deve ser tratada de forma similar às manifestações agudas mas recidivas ocorrem em até 25 dos casos e requerem cursos adicionais de terapia PEARSON 2020 Medidas para prevençãoeliminação da filariose Doenças parasitárias são um problema de saúde pública que acomete regiões pobres Medidas de prevenção buscam eliminar o parasita diminuindo sua transmissão por meio do tratamento dos doentes e da eliminação dos vetores Em áreas endêmicas onde casos de filariose são comuns o mapeamento das áreas que são foco de transmissão é muito importante Para a realização desse mapeamento uma parte da população faz o teste de identificação do parasita permitindo uma estimativa da transmissão na população local Caso a transmissão seja comprovada todos os moradores locais realizam testes e os infectados recebem tratamento BRASIL 2009 Campanhas de tratamento em massa também são utilizadas em áreas endêmicas onde a transmissão é persistente Outra medida é a inserção do tratamento por dietilcarbamazina no sal de cozinha Assim a população recebe a medicação em massa de forma eficaz Ainda o combate ao mosquito vetor e o uso de mosqueteiros e repelentes são recomendados para afastar e evitar picadas O combate a focos de reprodução dos mosquitos também ajuda a controlar a população deles na região BRASIL 2009 Em áreas não endêmicas a confirmação de um caso de FL ocorre quando o infectado busca atendimento médico O diagnóstico positivo leva à investi gação de novos casos em todos os moradores da residência e da vizinhança Os infectados são tratados da mesma forma que os infectados em regiões endêmicas BRASIL 2009 Como visto a infecção parasitária por W bancrofti causa a FL no continente americano A presença de microfilárias na corrente sanguínea periférica per mite que o inseto vetor transmita a doença em regiões endêmicas Embora nessas regiões a probabilidade de infecção seja maior ainda são necessárias muitas picadas de insetos infectados para o desenvolvimento da parasitose Em relação às manifestações clínicas casos assintomáticos merecem tanta Filariose linfática 13 atenção quanto os outros Afinal mesmo sem apresentar as complicações da doença indivíduos parasitados funcionam como reservatório da forma contaminante para o vetor Referências ÁRTICO A E GARCIA M R L FELLET R L Biologia para enfermagem Porto Alegre Artmed 2015 Série Tekne BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Guia de vigilância em saúde Brasília MS 2017 v 3 Disponível em httpswwwgovbrebserhptbr hospitaisuniversitariosregiaosudestehcufusaudeepidemiologiaprotocolos protocologuiadevigilanciaemsaude2017volume3downloadfilevolume3 guiadevigilanciaemsaude2017pdf Acesso em 29 nov 2021 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Guia de vigilância epidemiológica e eliminação da filariose linfática Brasília MS 2009 Série A Normas e Manuais Técnicos Disponível em httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoes guiavigilanciafilarioselinfaticapdf Acesso em 29 nov 2021 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION CDC Parasites Lymphatic filariasis prevention Control CDC 26 Oct 2020 Disponível em httpswwwcdcgovparasites lymphaticfilariasispreventhtml Acesso em 29 nov 2021 FONTES G ROCHA E M M Wuchereria bancrofti filariose linfática In NEVES D P et al org Parasitologia humana 11 ed São Paulo Atheneu 2005 p 299308 FOX L M KING C L Lymphatic filariasis In MAGILL A J et al ed Hunters tropical medicine and emerging infectious diseases 9th ed Philadelphia Elsevier 2012 p 815822 NUTMAN T B WELLER P F Filariose e infecções correlatas In JAMESON J L et al org Medicina interna de Harrison 20 ed Porto Alegre AMGH 2020 2 v Ebook PAILY K P HOTI S L DAS P K A review of the complexity of biology of lymphatic filarial parasites Journal of Parasitic Diseases v 33 n 12 2009 PEARSON R D Filariose linfática brancoftiana e brugiana Manual MSD set 2020 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrprofissionaldoenC3A7as infecciosasnematC3B3deosvermesfiliformesfilarioselinfC3A1ticabran coftianaebrugiana Acesso em 29 nov 2021 WORLD HEALTH ORGANIZATION WHO Global programme to eliminate lymphatic filariasis progress report 2020 Weekly Epidemiological Record n 41 p 497508 2021 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material No entanto a rede é extremamente dinâmica suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo Assim os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade precisão ou integralidade das informações referidas em tais links Filariose linfática 14 Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Dica do professor Doenças parasitárias são um problema de saúde pública principalmente em regiões de pobreza A melhor forma de se evitar a doença é por meio de medidas de controle Entre essas medidas está o tratamento em massa em regiões endêmicas Nesta Dica do Professor você vai aprender a aplicar um tratamento em massa em uma determinada população visando a conter a disseminação da infecção Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Exercícios 1 A filariose linfática é uma doença parasitária transmitida por meio da picada do mosquito vetor infectado O mosquito Culex é o vetor do Wuchereria Bancrofti causador da filariose linfática no Brasil Assinale a opção que indica o estágio em que o parasita pode infectar o humano depois de sair do organismo do vetor A Microfilárias B Vermes adultos C Larva L1 D Larva L2 E Larva L3 2 O primeiro passo na contenção da disseminação de uma doença parasitaria é a identificação dos doentes e o seu tratamento Atualmente várias técnicas vêm sendo empregadas no diagnóstico da filariose linfática Entre essas técnicas assinale a que permite a detecção do parasita adulto no organismo A Gota espessa B Ultrassonografia C Exame a sangue fresco D Pesquisa de anticorpos E Técnica de concentração de Knott 3 A dietilcarbamazina é usada no tratamento da filariose já que elimina as microfilárias e uma quantidade variável de parasitas adultos Segundo a Organização Mundial de Saúde WHO 2021 a recomendação é de 6mgkgdia Porém alguns pacientes apresentam efeitos colaterais Assinale a alternativa que explica o que fazer em casos de efeitos colaterais A Seguir com o tratamento dividindo a dose única diária em duas ou três doses B Interromper o tratamento C Buscar um tratamento alternativo D Tomar duas doses ao dia E Combinar dois medicamentos 4 Embora a filariose seja um problema de saúde pública e o Brasil ainda apresente áreas endêmicas a sua transmissão não é tão eficiente quanto a de outros parasitas Quanto às razões para que isso ocorra leia as afirmações a seguir I As microfilárias não se multiplicam no vetor portanto o número de L3 é limitado pela quantidade de microfilárias ingeridas II As L3 são depositadas diretamente no sangue pelo vetor III Os mosquitos contribuem para a transmissão dos parasitas a partir do seu nascimento podendo transmitir L3 a partir do primeiro dia de vida Sobre as afirmações apresentadas assinale a alternativa correta A I II e III estão corretas B I II e III estão incorretas C I e II estão corretas e III está incorreta D I está correta II e III estão incorretas E I e III estão corretas II está incorreta 5 Parasitas são organismos que vivem em associação a outros seres vivos Dentro dessa definição eles ainda podem ser divididos em classes de acordo com as características morfológicas que apresentam O Wuchereria bancrofti é o agente causador da filariose no Brasil Seu ciclo biológico inclui fases no seu vetor e também no organismo humano Assinale a alternativa que descreve a qual classe parasitária pertence o W bancrofti A Protozoário B Nematoide C Mosquito D Platelminto E Larva Na prática Na área clínica um dos maiores desafios é a investigação de aspectos clínicos e não clínicos para se chegar a um diagnóstico definitivo A história do paciente e a sua descrição sobre a sintomatologia são fundamentais para que se tenha um direcionamento na pesquisa diagnóstica Nesta Na Prática você vai ver como a análise de amostras biológicas de um paciente pode ajudar o médico a chegar a um diagnóstico definitivo O biomédico atua na interface entre o médico e o paciente sendo peça fundamental para o diagnóstico Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Saiba Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor Filariose Assista ao vídeo a seguir para ver uma explicação detalhada com o auxílio de desenhos que ajuda a entender o ciclo biológico do Wuchereria bancrofti Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Histórico das ações de controle da filariose linfática em Olinda Pernambuco Brasil Leia o artigo a seguir que avalia a situação da filariose frente às medidas de controle empregadas na cidade de Olinda Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Biologia para enfermagem Leia as páginas 47 a 50 do livro a seguir que apresenta uma seção descrevendo os parâmetros mais importantes da filariose Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar