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Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina TÍTULO DO RESUMO EXPANDIDO Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O resumo deve expor de forma concisa a contextualização curta do tema o objetivo de estudo o método utilizado para a organização das ideias e escritas e os principais resultados alcançados a partir da análise do objeto em parágrafo único É preciso que o resumo tenha no máximo 200 palavras em fonte Times New Roman tamanho 12 alinhamento do texto justificado espaçamento do corpo do texto 10 simples Palavraschave Palavra1 Palavra2 Palavra3 Palavra4 Palavra5 1 INTRODUÇÃO A introdução por ser a primeira parte do texto deve antecipar ao leitor o que será tratado no texto e funciona como um roteiro Isso ajuda a preparálo em relação ao conteúdo e a criar expectativas em relação à leitura Portanto são informações essenciais na introdução apresentação do tema a justificativa a problemática os objetivos o referencial teórico e o que se pretende analisar Objeto de estudo casenotíciamaterial didático Esses itens devem ser descritos brevemente e a introdução como um todo deve ter entre meia página e no máximo uma página No último parágrafo da introdução você apresenta como o resumo expandido está estruturado ou seja o que será abordado em cada tópico Formatação do texto fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA Antes de desenvolver a fundamentação teórica é preciso que você acadêmico saiba o que é uma teoria Teoria de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa tratase de princípios básicos e elementares de uma arte ou ciência Já uma fundamentação teórica reúne o que há de mais relevante na literatura sobre determinado assunto e discuteo Ou seja é o momento de buscar subsídios em outras pesquisas já realizadas para compreender uma área do saber de modo a explorar conhecimentos uteis e práticos para o contexto do trabalho Então a partir deste tópico você deve iniciar o desenvolvimento do resumo expandido e retoma a introdução ampliando o que foi exposto e associando a fundamentação teórica à justificativa à delimitação do tema e aos objetivos A fundamentação teórica deverá ter no mínimo 1 página Lembrese de apresentála e discutila reflexivamente tomando como ponto de partida a sua futura profissão Após este parágrafo inicial explane a fundamentação teórica acerca do tema primando pela clareza coerência e coesão requeridas pela norma culta Além disso é imprescindível o rigor e o tratamento recomendado aos textos técnicocientíficos Lembrese de utilizar citações diretas curtas e longas e citações indiretas dando embasamento teórico ao seu trabalho acadêmico sempre referenciando adequadamente de acordo com as Normas da ABNT como por exemplo Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda SOBRENOME DO AUTOR ANO pXX Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO Nesta parte do resumo expandido você deverá realizar a análise do objeto de estudo que escolheu com base nas orientações da disciplina Lembrese que esta análise deve partir de reflexões próprias sobre o assunto e sobre as leituras que realizou e descreveu na fundamentação teórica Esta seção deve ter no mínimo 1 página Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 4 REFLEXÕES FINAIS Conclua o seu resumo expandido apresentando como este estudo contribuiu para sua formação Discorra sobre os objetivos propostos a fim de refletir se foram alcançados Relate as dificuldades e possibilidades encontradas durante a realização do trabalho informando resultados Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm REFERÊNCIAS BRASIL Resolução CEB Resolução nº 2 de 7 de abril de 1998 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental Brasília DF abril de 1998 Disponível em httpportalmecgovbrcnearquivospdf rceb0298pdf Acesso em 5 jun 2018 MACHADO J MARMITT D B N Conceitos de força significados em manuais didáticos Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias v 15 n 2 p 281296 2016 PINHO ALVES J P Atividades experimentais do método à prática construtivista Tese Doutorado em Educação Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2000 SOBRENOME Nome Título do livro subtítulo se houver Edição Local Editora ano SOBRENOME Nome Org Título do livro subtítulo se houver Edição Local Editora ano SOBRENOME Nome Título do artigo Título da revista cidade editora volume número do fascículo páginas inicial e final do artigo mês e ano SOBRENOME Nome Título do texto Disponível em endereço do site Acesso em dia mês e ano ENTIDADE Título da publicação Edição Local Editora ano Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina ENTRE A CRIATIVIDADE E O CONTROLE OS DESAFIOS ÉTICOS DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O avanço da inteligência artificial IA tem remodelado a publicidade contemporânea gerando inovações expressivas mas também desafios éticos significativos Este estudo tem como objetivo analisar criticamente as implicações éticas do uso da IA na publicidade com foco na campanha interativa Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 Para tanto adotouse como método a articulação entre referencial teórico e análise do objeto empírico com base em autores como Zuboff Pasquale Bauman e Floridi O trabalho discute questões relacionadas à transparência na coleta de dados autoria dos conteúdos gerados por IA e os limites éticos da personalização algorítmica A análise revela que embora a IA ofereça ferramentas poderosas para o engajamento do público e inovação criativa ela também reforça assimetrias informacionais práticas opacas e potenciais violações à autonomia do consumidor Concluise que é urgente fomentar no campo da publicidade uma formação profissional crítica e ética que saiba lidar com os riscos sociais da automação sem abrir mão da criatividade nem da responsabilidade coletiva na comunicação Palavraschave Inteligência artificial Publicidade Ética Dados Personalização 1 INTRODUÇÃO A publicidade historicamente ancorada em narrativas persuasivas e estratégias cuidadosamente arquitetadas encontrase hoje em um território instável quase vertiginoso impulsionado pela emergência da inteligência artificial IA De agente coadjuvante na automação de tarefas operacionais a IA ascendeu a protagonista no processo criativo capaz de produzir textos 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr imagens sons e experiências visuais inteiras sem intervenção humana direta Tratase de um deslocamento paradigmático a lógica comunicacional não apenas se acelera mas se fragmenta se dilui e muitas vezes escapa à própria lógica humana Pierre Lévy 2010 já alertava que os ambientes digitais não apenas transformam os meios técnicos mas reconfiguram os próprios modos de subjetivação de produção de sentido e de engajamento social Nesse novo ecossistema comunicacional o uso da IA na publicidade não é apenas uma questão técnica mas profundamente ética e ontológica A criação de campanhas por máquinas que aprendem com padrões invisíveis treinadas por bancos de dados imensos rompe com o conceito clássico de autoria e inaugura uma estética da instabilidade Textos publicitários gerados por IA frequentemente perdem as regularidades linguísticas e estilísticas que costumavam organizar os discursos comerciais ora deslizam para estruturas imprevisíveis ora imitam com exatidão assustadora o tom humano criando uma ilusão de proximidade que pode ocultar intenções opacas Essa perda de padrões comuns não é meramente uma falha técnica mas uma pista dos novos regimes de sentido em disputa no campo publicitário A problemática portanto não está apenas em o que é produzido mas como e a serviço de quem A campanha Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 é sintomática desse cenário A proposta interativa baseada em IA generativa permitiu que usuários criassem imagens personalizadas a partir de elementos da identidade visual da marca A promessa de empoderamento do consumidor entretanto se entrelaça com práticas de coleta de dados em larga escala autoria difusa e manipulação algorítmica imperceptível Zuboff 2019 denomina esse fenômeno de capitalismo de vigilância no qual os dados se tornam não apenas insumos econômicos mas mecanismos de controle social transformando a publicidade em um espaço de disputa entre a liberdade subjetiva e o domínio silencioso das máquinas Assim esta investigação propõese a analisar os desafios éticos que emergem do uso da IA no campo publicitário tomando como objeto de estudo a campanha mencionada O objetivo é compreender como as tecnologias de IA alteram os modos de criação e recepção das mensagens publicitárias comprometendo por vezes a transparência a autonomia do consumidor e os critérios de responsabilidade discursiva Para dar conta dessa proposta o trabalho será estruturado em quatro momentos introdução onde se delineiam o tema a justificativa a problemática os objetivos e o objeto empírico fundamentação teórica que articula autores da ética da tecnologia e da comunicação análise e discussão do caso em questão e por fim considerações finais que retomam as reflexões centrais e propõem caminhos possíveis para uma prática publicitária crítica e ética diante dos imperativos da inteligência artificial 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diante do crescimento exponencial da inteligência artificial IA nas práticas publicitárias tornase essencial compreender as bases éticas que devem orientar o uso dessas tecnologias e como elas se relacionam com o papel social da publicidade Nesse ínterim a ética na publicidade é um campo de estudos consolidado e diversos autores destacam que a comunicação ao mesmo tempo que busca persuadir deve respeitar valores fundamentais como a veracidade a dignidade da pessoa humana e a autonomia do consumidor PORTO 2004 No entanto com o surgimento e a popularização da IA esse cenário adquire novas camadas de complexidade A publicidade baseada em algoritmos de aprendizado de máquina não apenas responde ao comportamento do consumidor mas também o antecipa influenciando decisões de forma quase imperceptível Ratificando o atual contexto de capitalismo de vigilância ZUBOFF 2019 Nesse viés a IA generativa como subsetor da inteligência artificial tem sido utilizada para criar conteúdos publicitários personalizados com base em vastos bancos de dados e padrões de consumo Tais tecnologias permitem uma comunicação extremamente segmentada e aparentemente mais eficaz Entretanto como adverte Pasquale 2015 essa lógica pode reforçar desigualdades enviesar decisões automatizadas e comprometer princípios democráticos ao priorizar eficiência e lucro em detrimento de transparência e equidade A campanha interativa da CocaCola em 2023 por exemplo utilizou IA generativa para criar imagens únicas a partir das preferências dos consumidores criando uma experiência personalizada mas levantando questões éticas quanto à coleta e ao uso de dados à autoria das imagens e ao potencial de manipulação emocional Além disso os conceitos de privacidade e autonomia centrais na ética da comunicação são constantemente desafiados nesse novo cenário De acordo com Bauman e Lyon 2014 vivemos uma sociedade da vigilância líquida em que a exposição dos dados pessoais se torna parte da rotina e muitas vezes é normalizada o que dificulta o discernimento crítico por parte dos consumidores sobre os impactos dessa vigilância algorítmica Isso exige dos profissionais da área uma postura ética proativa que vá além da adequação à legislação vigente e busque princípios como a transparência nas práticas de coleta e uso de dados a explicabilidade dos algoritmos e o respeito às diferenças culturais e sociais dos públicosalvo Vale ainda pontuar que o debate ético tornase ainda mais relevante quando se considera que os consumidores muitas vezes não estão plenamente conscientes de como seus dados são utilizados para moldar as mensagens publicitárias que recebem A ocultação dos critérios de personalização e a opacidade dos algoritmos contribuem para uma assimetria de poder entre anunciantes e público Como argumenta Floridi 2013 a ética da informação deve basearse em um compromisso com a infosfera justa na qual todos os agentes tenham acesso equitativo à informação e condições para tomar decisões conscientes À vista disso é evidente que a fundamentação teórica do tema exige uma reflexão crítica e multidisciplinar sobre os limites do uso da IA na publicidade A atuação profissional nesse campo portanto não pode se restringir ao domínio técnico das ferramentas digitais mas deve englobar a responsabilidade ética de promover uma comunicação que respeite os direitos dos indivíduos e contribua para a construção de uma sociedade mais justa e informada A formação de publicitários comprometidos com esses valores é indispensável diante dos desafios contemporâneos impostos pela inteligência artificial 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO A análise do uso da inteligência artificial na campanha interativa da CocaCola lançada em 2023 permite observar como a inovação tecnológica pode potencializar experiências de consumo altamente personalizadas ao mesmo tempo em que tensiona os limites éticos da publicidade contemporânea A campanha intitulada Create Real Magic utilizou IA generativa especificamente tecnologias desenvolvidas pela OpenAI e pela plataforma DALLE para que consumidores pudessem criar imagens exclusivas a partir de elementos da identidade visual da marca A iniciativa recebeu destaque global por sua abordagem inovadora e interativa representando um marco no uso da IA na criação de conteúdos publicitários Do ponto de vista criativo a campanha exemplifica o potencial das tecnologias de IA para ampliar o envolvimento do público com a marca proporcionando uma sensação de protagonismo e coautoria Contudo ao analisar o caso à luz da fundamentação teórica discutida notase que essa experiência não está isenta de problematizações éticas Em primeiro lugar a interatividade proposta se ancora na coleta e análise de dados dos usuários um processo frequentemente envolto em opacidade Apesar da experiência parecer lúdica e voluntária não há transparência suficiente sobre quais dados foram capturados como serão armazenados e para quais finalidades serão usados o que nos remete ao conceito de vigilância líquida apresentado por Bauman e Lyon 2014 Somado a isso a campanha levanta questões relacionadas à autoria e originalidade das imagens geradas Quando a IA cria conteúdo com base em bancos de dados alimentados por obras préexistentes abrese um debate sobre os direitos autorais e a autenticidade criativa uma vez que os resultados são fruto de reconfigurações de obras humanas anteriores Isso repercute diretamente na ética da criação publicitária que historicamente se baseia no conceito de originalidade e autoria como fundamentos do valor simbólico da comunicação Ainda que os consumidores tenham participado do processo criativo as decisões visuais e estilísticas finais foram mediadas por algoritmos cujos critérios são muitas vezes indecifráveis para os usuários comuns o que retoma a crítica de Pasquale 2015 sobre a caixa preta dos algoritmos Outro aspecto importante a ser discutido é a naturalização da relação entre dados e personalização Embora a campanha se baseie na ideia de que a IA melhora a experiência do consumidor ela reforça a lógica do capitalismo de vigilância descrita por Zuboff 2019 em que cada ação do usuário se torna um dado a ser explorado economicamente A campanha da CocaCola ao criar experiências mágicas dilui o caráter técnico e estratégico da IA transformandoa em entretenimento o que torna ainda mais difícil ao consumidor identificar os mecanismos de persuasão e coleta de dados embutidos na proposta Por fim é preciso considerar que campanhas como essa operam dentro de um discurso de inovação e progresso que muitas vezes mascara as desigualdades tecnológicas e as assimetrias de poder entre empresas e indivíduos O acesso à IA como ferramenta criativa ainda é limitado a grandes corporações e instituições com recursos técnicos e financeiros o que reproduz desequilíbrios no ecossistema comunicacional Além disso o uso intensivo de dados comportamentais levanta preocupações sobre como diferentes grupos sociais são segmentados estereotipados ou até excluídos de campanhas publicitárias em função de critérios automatizados que não são sujeitos à crítica pública Dessa forma a campanha da CocaCola evidencia tanto os avanços quanto os dilemas que envolvem o uso da IA na publicidade Embora represente um exemplo de criatividade tecnológica bemsucedida ela também escancara os desafios éticos que precisam ser enfrentados com seriedade por profissionais da área sobretudo no que diz respeito à transparência algorítmica à proteção de dados pessoais e ao compromisso com a equidade informacional A análise aqui desenvolvida reafirma a necessidade de uma formação crítica e ética no campo da publicidade capaz de responder aos imperativos de inovação sem abrir mão da responsabilidade social 4 REFLEXÕES FINAIS Em suma a presente análise sobre os desafios éticos do uso da inteligência artificial no meio publicitário com foco na campanha Create Real Magic da CocaCola permitiu refletir criticamente sobre como a inovação tecnológica impacta a comunicação mercadológica tanto em suas potencialidades quanto em suas contradições O objetivo central deste trabalho investigar os dilemas éticos emergentes no uso da IA generativa na publicidade foi alcançado ao articular fundamentos teóricos com a análise prática de um caso real permitindo compreender de forma mais ampla os riscos e responsabilidades envolvidos na aplicação dessas tecnologias Ao longo do desenvolvimento do estudo foi possível perceber que a IA apesar de ampliar os recursos criativos e possibilitar experiências mais personalizadas para os consumidores também introduz práticas que demandam atenção quanto à transparência privacidade autoria e equidade A fundamentação teórica amparada em autores como Zuboff 2019 Pasquale 2015 Bauman 2014 e Floridi 2013 foi essencial para embasar uma visão crítica e atualizada sobre os processos que envolvem a coleta de dados o funcionamento opaco dos algoritmos e os impactos socioculturais da personalização publicitária baseada em IA Durante a realização do trabalho a principal dificuldade esteve na escassez de estudos nacionais que abordem diretamente o cruzamento entre IA generativa e publicidade sob a ótica ética o que exigiu uma busca mais aprofundada em fontes internacionais e na interpretação de conceitos complexos dentro de um contexto ainda em transformação Por outro lado essa limitação abriu espaço para a construção de reflexões próprias e contribuiu de forma significativa para o amadurecimento da perspectiva profissional crítica considerando que o mercado exige hoje não apenas domínio técnico mas também responsabilidade ética Assim este resumo expandido contribui para a formação acadêmica ao reforçar a importância de uma postura reflexiva frente às inovações tecnológicas Ele destaca que o papel do publicitário vai além da criação de campanhas impactantes envolve também a construção de práticas éticas transparentes e socialmente responsáveis A análise realizada demonstra que diante da evolução da IA é indispensável discutir com profundidade os limites e os compromissos da publicidade no século XXI REFERÊNCIAS BAUMAN Zygmunt LYON David Vigilância líquida uma conversa entre Zygmunt Bauman e David Lyon Rio de Janeiro Zahar 2014 FLORIDI Luciano The Ethics of Information Oxford Oxford University Press 2013 LÉVY Pierre Cibercultura 5 ed São Paulo Editora 34 2010 PASQUALE Frank The Black Box Society The Secret Algorithms That Control Money and Information Cambridge Harvard University Press 2015 PORTO Sérgio Mattos Ética na publicidade e propaganda Salvador EDUFBA 2004 ZUBOFF Shoshana A era do capitalismo de vigilância a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder Rio de Janeiro Intrínseca 2019 Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina ENTRE A CRIATIVIDADE E O CONTROLE OS DESAFIOS ÉTICOS DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O avanço da inteligência artificial IA tem remodelado a publicidade contemporânea gerando inovações expressivas mas também desafios éticos significativos Este estudo tem como objetivo analisar criticamente as implicações éticas do uso da IA na publicidade com foco na campanha interativa Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 Para tanto adotouse como método a articulação entre referencial teórico e análise do objeto empírico com base em autores como Zuboff Pasquale Bauman e Floridi O trabalho discute questões relacionadas à transparência na coleta de dados autoria dos conteúdos gerados por IA e os limites éticos da personalização algorítmica A análise revela que embora a IA ofereça ferramentas poderosas para o engajamento do público e inovação criativa ela também reforça assimetrias informacionais práticas opacas e potenciais violações à autonomia do consumidor Concluise que é urgente fomentar no campo da publicidade uma formação profissional crítica e ética que saiba lidar com os riscos sociais da automação sem abrir mão da criatividade nem da responsabilidade coletiva na comunicação Palavraschave Inteligência artificial Publicidade Ética Dados Personalização 1 INTRODUÇÃO A publicidade historicamente ancorada em narrativas persuasivas e estratégias cuidadosamente arquitetadas encontrase hoje em um território instável quase vertiginoso impulsionado pela emergência da inteligência artificial IA De agente coadjuvante na automação de tarefas operacionais a IA ascendeu a protagonista no processo criativo capaz de produzir textos 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr imagens sons e experiências visuais inteiras sem intervenção humana direta Tratase de um deslocamento paradigmático a lógica comunicacional não apenas se acelera mas se fragmenta se dilui e muitas vezes escapa à própria lógica humana Pierre Lévy 2010 já alertava que os ambientes digitais não apenas transformam os meios técnicos mas reconfiguram os próprios modos de subjetivação de produção de sentido e de engajamento social Nesse novo ecossistema comunicacional o uso da IA na publicidade não é apenas uma questão técnica mas profundamente ética e ontológica A criação de campanhas por máquinas que aprendem com padrões invisíveis treinadas por bancos de dados imensos rompe com o conceito clássico de autoria e inaugura uma estética da instabilidade Textos publicitários gerados por IA frequentemente perdem as regularidades linguísticas e estilísticas que costumavam organizar os discursos comerciais ora deslizam para estruturas imprevisíveis ora imitam com exatidão assustadora o tom humano criando uma ilusão de proximidade que pode ocultar intenções opacas Essa perda de padrões comuns não é meramente uma falha técnica mas uma pista dos novos regimes de sentido em disputa no campo publicitário A problemática portanto não está apenas em o que é produzido mas como e a serviço de quem A campanha Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 é sintomática desse cenário A proposta interativa baseada em IA generativa permitiu que usuários criassem imagens personalizadas a partir de elementos da identidade visual da marca A promessa de empoderamento do consumidor entretanto se entrelaça com práticas de coleta de dados em larga escala autoria difusa e manipulação algorítmica imperceptível Zuboff 2019 denomina esse fenômeno de capitalismo de vigilância no qual os dados se tornam não apenas insumos econômicos mas mecanismos de controle social transformando a publicidade em um espaço de disputa entre a liberdade subjetiva e o domínio silencioso das máquinas Assim esta investigação propõese a analisar os desafios éticos que emergem do uso da IA no campo publicitário tomando como objeto de estudo a campanha mencionada O objetivo é compreender como as tecnologias de IA alteram os modos de criação e recepção das mensagens publicitárias comprometendo por vezes a transparência a autonomia do consumidor e os critérios de responsabilidade discursiva Para dar conta dessa proposta o trabalho será estruturado em quatro momentos introdução onde se delineiam o tema a justificativa a problemática os objetivos e o objeto empírico fundamentação teórica que articula autores da ética da tecnologia e da comunicação análise e discussão do caso em questão e por fim considerações finais que retomam as reflexões centrais e propõem caminhos possíveis para uma prática publicitária crítica e ética diante dos imperativos da inteligência artificial 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diante do crescimento exponencial da inteligência artificial IA nas práticas publicitárias tornase essencial compreender as bases éticas que devem orientar o uso dessas tecnologias e como elas se relacionam com o papel social da publicidade Nesse ínterim a ética na publicidade é um campo de estudos consolidado e diversos autores destacam que a comunicação ao mesmo tempo que busca persuadir deve respeitar valores fundamentais como a veracidade a dignidade da pessoa humana e a autonomia do consumidor PORTO 2004 No entanto com o surgimento e a popularização da IA esse cenário adquire novas camadas de complexidade A publicidade baseada em algoritmos de aprendizado de máquina não apenas responde ao comportamento do consumidor mas também o antecipa influenciando decisões de forma quase imperceptível Ratificando o atual contexto de capitalismo de vigilância ZUBOFF 2019 Nesse viés a IA generativa como subsetor da inteligência artificial tem sido utilizada para criar conteúdos publicitários personalizados com base em vastos bancos de dados e padrões de consumo Tais tecnologias permitem uma comunicação extremamente segmentada e aparentemente mais eficaz Entretanto como adverte Pasquale 2015 essa lógica pode reforçar desigualdades enviesar decisões automatizadas e comprometer princípios democráticos ao priorizar eficiência e lucro em detrimento de transparência e equidade A campanha interativa da CocaCola em 2023 por exemplo utilizou IA generativa para criar imagens únicas a partir das preferências dos consumidores criando uma experiência personalizada mas levantando questões éticas quanto à coleta e ao uso de dados à autoria das imagens e ao potencial de manipulação emocional Além disso os conceitos de privacidade e autonomia centrais na ética da comunicação são constantemente desafiados nesse novo cenário De acordo com Bauman e Lyon 2014 vivemos uma sociedade da vigilância líquida em que a exposição dos dados pessoais se torna parte da rotina e muitas vezes é normalizada o que dificulta o discernimento crítico por parte dos consumidores sobre os impactos dessa vigilância algorítmica Isso exige dos profissionais da área uma postura ética proativa que vá além da adequação à legislação vigente e busque princípios como a transparência nas práticas de coleta e uso de dados a explicabilidade dos algoritmos e o respeito às diferenças culturais e sociais dos públicosalvo Vale ainda pontuar que o debate ético tornase ainda mais relevante quando se considera que os consumidores muitas vezes não estão plenamente conscientes de como seus dados são utilizados para moldar as mensagens publicitárias que recebem A ocultação dos critérios de personalização e a opacidade dos algoritmos contribuem para uma assimetria de poder entre anunciantes e público Como argumenta Floridi 2013 a ética da informação deve basearse em um compromisso com a infosfera justa na qual todos os agentes tenham acesso equitativo à informação e condições para tomar decisões conscientes À vista disso é evidente que a fundamentação teórica do tema exige uma reflexão crítica e multidisciplinar sobre os limites do uso da IA na publicidade A atuação profissional nesse campo portanto não pode se restringir ao domínio técnico das ferramentas digitais mas deve englobar a responsabilidade ética de promover uma comunicação que respeite os direitos dos indivíduos e contribua para a construção de uma sociedade mais justa e informada A formação de publicitários comprometidos com esses valores é indispensável diante dos desafios contemporâneos impostos pela inteligência artificial 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO A análise do uso da inteligência artificial na campanha interativa da CocaCola lançada em 2023 permite observar como a inovação tecnológica pode potencializar experiências de consumo altamente personalizadas ao mesmo tempo em que tensiona os limites éticos da publicidade contemporânea A campanha intitulada Create Real Magic utilizou IA generativa especificamente tecnologias desenvolvidas pela OpenAI e pela plataforma DALLE para que consumidores pudessem criar imagens exclusivas a partir de elementos da identidade visual da marca A iniciativa recebeu destaque global por sua abordagem inovadora e interativa representando um marco no uso da IA na criação de conteúdos publicitários Do ponto de vista criativo a campanha exemplifica o potencial das tecnologias de IA para ampliar o envolvimento do público com a marca proporcionando uma sensação de protagonismo e coautoria Contudo ao analisar o caso à luz da fundamentação teórica discutida notase que essa experiência não está isenta de problematizações éticas Em primeiro lugar a interatividade proposta se ancora na coleta e análise de dados dos usuários um processo frequentemente envolto em opacidade Apesar da experiência parecer lúdica e voluntária não há transparência suficiente sobre quais dados foram capturados como serão armazenados e para quais finalidades serão usados o que nos remete ao conceito de vigilância líquida apresentado por Bauman e Lyon 2014 Somado a isso a campanha levanta questões relacionadas à autoria e originalidade das imagens geradas Quando a IA cria conteúdo com base em bancos de dados alimentados por obras préexistentes abrese um debate sobre os direitos autorais e a autenticidade criativa uma vez que os resultados são fruto de reconfigurações de obras humanas anteriores Isso repercute diretamente na ética da criação publicitária que historicamente se baseia no conceito de originalidade e autoria como fundamentos do valor simbólico da comunicação Ainda que os consumidores tenham participado do processo criativo as decisões visuais e estilísticas finais foram mediadas por algoritmos cujos critérios são muitas vezes indecifráveis para os usuários comuns o que retoma a crítica de Pasquale 2015 sobre a caixa preta dos algoritmos Outro aspecto importante a ser discutido é a naturalização da relação entre dados e personalização Embora a campanha se baseie na ideia de que a IA melhora a experiência do consumidor ela reforça a lógica do capitalismo de vigilância descrita por Zuboff 2019 em que cada ação do usuário se torna um dado a ser explorado economicamente A campanha da CocaCola ao criar experiências mágicas dilui o caráter técnico e estratégico da IA transformandoa em entretenimento o que torna ainda mais difícil ao consumidor identificar os mecanismos de persuasão e coleta de dados embutidos na proposta Por fim é preciso considerar que campanhas como essa operam dentro de um discurso de inovação e progresso que muitas vezes mascara as desigualdades tecnológicas e as assimetrias de poder entre empresas e indivíduos O acesso à IA como ferramenta criativa ainda é limitado a grandes corporações e instituições com recursos técnicos e financeiros o que reproduz desequilíbrios no ecossistema comunicacional Além disso o uso intensivo de dados comportamentais levanta preocupações sobre como diferentes grupos sociais são segmentados estereotipados ou até excluídos de campanhas publicitárias em função de critérios automatizados que não são sujeitos à crítica pública Dessa forma a campanha da CocaCola evidencia tanto os avanços quanto os dilemas que envolvem o uso da IA na publicidade Embora represente um exemplo de criatividade tecnológica bemsucedida ela também escancara os desafios éticos que precisam ser enfrentados com seriedade por profissionais da área sobretudo no que diz respeito à transparência algorítmica à proteção de dados pessoais e ao compromisso com a equidade informacional A análise aqui desenvolvida reafirma a necessidade de uma formação crítica e ética no campo da publicidade capaz de responder aos imperativos de inovação sem abrir mão da responsabilidade social 4 REFLEXÕES FINAIS Em suma a presente análise sobre os desafios éticos do uso da inteligência artificial no meio publicitário com foco na campanha Create Real Magic da CocaCola permitiu refletir criticamente sobre como a inovação tecnológica impacta a comunicação mercadológica tanto em suas potencialidades quanto em suas contradições O objetivo central deste trabalho investigar os dilemas éticos emergentes no uso da IA generativa na publicidade foi alcançado ao articular fundamentos teóricos com a análise prática de um caso real permitindo compreender de forma mais ampla os riscos e responsabilidades envolvidos na aplicação dessas tecnologias Ao longo do desenvolvimento do estudo foi possível perceber que a IA apesar de ampliar os recursos criativos e possibilitar experiências mais personalizadas para os consumidores também introduz práticas que demandam atenção quanto à transparência privacidade autoria e equidade A fundamentação teórica amparada em autores como Zuboff 2019 Pasquale 2015 Bauman 2014 e Floridi 2013 foi essencial para embasar uma visão crítica e atualizada sobre os processos que envolvem a coleta de dados o funcionamento opaco dos algoritmos e os impactos socioculturais da personalização publicitária baseada em IA Durante a realização do trabalho a principal dificuldade esteve na escassez de estudos nacionais que abordem diretamente o cruzamento entre IA generativa e publicidade sob a ótica ética o que exigiu uma busca mais aprofundada em fontes internacionais e na interpretação de conceitos complexos dentro de um contexto ainda em transformação Por outro lado essa limitação abriu espaço para a construção de reflexões próprias e contribuiu de forma significativa para o amadurecimento da perspectiva profissional crítica considerando que o mercado exige hoje não apenas domínio técnico mas também responsabilidade ética Assim este resumo expandido contribui para a formação acadêmica ao reforçar a importância de uma postura reflexiva frente às inovações tecnológicas Ele destaca que o papel do publicitário vai além da criação de campanhas impactantes envolve também a construção de práticas éticas transparentes e socialmente responsáveis A análise realizada demonstra que diante da evolução da IA é indispensável discutir com profundidade os limites e os compromissos da publicidade no século XXI REFERÊNCIAS BAUMAN Zygmunt LYON David Vigilância líquida uma conversa entre Zygmunt Bauman e David Lyon Rio de Janeiro Zahar 2014 FLORIDI Luciano The Ethics of Information Oxford Oxford University Press 2013 LÉVY Pierre Cibercultura 5 ed São Paulo Editora 34 2010 PASQUALE Frank The Black Box Society The Secret Algorithms That Control Money and Information Cambridge Harvard University Press 2015 PORTO Sérgio Mattos Ética na publicidade e propaganda Salvador EDUFBA 2004 ZUBOFF Shoshana A era do capitalismo de vigilância a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder Rio de Janeiro Intrínseca 2019
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Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina TÍTULO DO RESUMO EXPANDIDO Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O resumo deve expor de forma concisa a contextualização curta do tema o objetivo de estudo o método utilizado para a organização das ideias e escritas e os principais resultados alcançados a partir da análise do objeto em parágrafo único É preciso que o resumo tenha no máximo 200 palavras em fonte Times New Roman tamanho 12 alinhamento do texto justificado espaçamento do corpo do texto 10 simples Palavraschave Palavra1 Palavra2 Palavra3 Palavra4 Palavra5 1 INTRODUÇÃO A introdução por ser a primeira parte do texto deve antecipar ao leitor o que será tratado no texto e funciona como um roteiro Isso ajuda a preparálo em relação ao conteúdo e a criar expectativas em relação à leitura Portanto são informações essenciais na introdução apresentação do tema a justificativa a problemática os objetivos o referencial teórico e o que se pretende analisar Objeto de estudo casenotíciamaterial didático Esses itens devem ser descritos brevemente e a introdução como um todo deve ter entre meia página e no máximo uma página No último parágrafo da introdução você apresenta como o resumo expandido está estruturado ou seja o que será abordado em cada tópico Formatação do texto fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr 2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA Antes de desenvolver a fundamentação teórica é preciso que você acadêmico saiba o que é uma teoria Teoria de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa tratase de princípios básicos e elementares de uma arte ou ciência Já uma fundamentação teórica reúne o que há de mais relevante na literatura sobre determinado assunto e discuteo Ou seja é o momento de buscar subsídios em outras pesquisas já realizadas para compreender uma área do saber de modo a explorar conhecimentos uteis e práticos para o contexto do trabalho Então a partir deste tópico você deve iniciar o desenvolvimento do resumo expandido e retoma a introdução ampliando o que foi exposto e associando a fundamentação teórica à justificativa à delimitação do tema e aos objetivos A fundamentação teórica deverá ter no mínimo 1 página Lembrese de apresentála e discutila reflexivamente tomando como ponto de partida a sua futura profissão Após este parágrafo inicial explane a fundamentação teórica acerca do tema primando pela clareza coerência e coesão requeridas pela norma culta Além disso é imprescindível o rigor e o tratamento recomendado aos textos técnicocientíficos Lembrese de utilizar citações diretas curtas e longas e citações indiretas dando embasamento teórico ao seu trabalho acadêmico sempre referenciando adequadamente de acordo com as Normas da ABNT como por exemplo Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda Citação direta longa mais de três linhas Texto com fonte Times New Roman tamanho 10 espaçamento simples entrelinhas recuo de parágrafo de 4 cm da margem esquerda SOBRENOME DO AUTOR ANO pXX Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO Nesta parte do resumo expandido você deverá realizar a análise do objeto de estudo que escolheu com base nas orientações da disciplina Lembrese que esta análise deve partir de reflexões próprias sobre o assunto e sobre as leituras que realizou e descreveu na fundamentação teórica Esta seção deve ter no mínimo 1 página Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm 4 REFLEXÕES FINAIS Conclua o seu resumo expandido apresentando como este estudo contribuiu para sua formação Discorra sobre os objetivos propostos a fim de refletir se foram alcançados Relate as dificuldades e possibilidades encontradas durante a realização do trabalho informando resultados Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm Texto com fonte Times New Roman tamanho 12 espaçamento 15 entrelinhas recuo de parágrafo na primeira linha de 15 cm REFERÊNCIAS BRASIL Resolução CEB Resolução nº 2 de 7 de abril de 1998 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental Brasília DF abril de 1998 Disponível em httpportalmecgovbrcnearquivospdf rceb0298pdf Acesso em 5 jun 2018 MACHADO J MARMITT D B N Conceitos de força significados em manuais didáticos Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias v 15 n 2 p 281296 2016 PINHO ALVES J P Atividades experimentais do método à prática construtivista Tese Doutorado em Educação Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2000 SOBRENOME Nome Título do livro subtítulo se houver Edição Local Editora ano SOBRENOME Nome Org Título do livro subtítulo se houver Edição Local Editora ano SOBRENOME Nome Título do artigo Título da revista cidade editora volume número do fascículo páginas inicial e final do artigo mês e ano SOBRENOME Nome Título do texto Disponível em endereço do site Acesso em dia mês e ano ENTIDADE Título da publicação Edição Local Editora ano Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina ENTRE A CRIATIVIDADE E O CONTROLE OS DESAFIOS ÉTICOS DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O avanço da inteligência artificial IA tem remodelado a publicidade contemporânea gerando inovações expressivas mas também desafios éticos significativos Este estudo tem como objetivo analisar criticamente as implicações éticas do uso da IA na publicidade com foco na campanha interativa Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 Para tanto adotouse como método a articulação entre referencial teórico e análise do objeto empírico com base em autores como Zuboff Pasquale Bauman e Floridi O trabalho discute questões relacionadas à transparência na coleta de dados autoria dos conteúdos gerados por IA e os limites éticos da personalização algorítmica A análise revela que embora a IA ofereça ferramentas poderosas para o engajamento do público e inovação criativa ela também reforça assimetrias informacionais práticas opacas e potenciais violações à autonomia do consumidor Concluise que é urgente fomentar no campo da publicidade uma formação profissional crítica e ética que saiba lidar com os riscos sociais da automação sem abrir mão da criatividade nem da responsabilidade coletiva na comunicação Palavraschave Inteligência artificial Publicidade Ética Dados Personalização 1 INTRODUÇÃO A publicidade historicamente ancorada em narrativas persuasivas e estratégias cuidadosamente arquitetadas encontrase hoje em um território instável quase vertiginoso impulsionado pela emergência da inteligência artificial IA De agente coadjuvante na automação de tarefas operacionais a IA ascendeu a protagonista no processo criativo capaz de produzir textos 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr imagens sons e experiências visuais inteiras sem intervenção humana direta Tratase de um deslocamento paradigmático a lógica comunicacional não apenas se acelera mas se fragmenta se dilui e muitas vezes escapa à própria lógica humana Pierre Lévy 2010 já alertava que os ambientes digitais não apenas transformam os meios técnicos mas reconfiguram os próprios modos de subjetivação de produção de sentido e de engajamento social Nesse novo ecossistema comunicacional o uso da IA na publicidade não é apenas uma questão técnica mas profundamente ética e ontológica A criação de campanhas por máquinas que aprendem com padrões invisíveis treinadas por bancos de dados imensos rompe com o conceito clássico de autoria e inaugura uma estética da instabilidade Textos publicitários gerados por IA frequentemente perdem as regularidades linguísticas e estilísticas que costumavam organizar os discursos comerciais ora deslizam para estruturas imprevisíveis ora imitam com exatidão assustadora o tom humano criando uma ilusão de proximidade que pode ocultar intenções opacas Essa perda de padrões comuns não é meramente uma falha técnica mas uma pista dos novos regimes de sentido em disputa no campo publicitário A problemática portanto não está apenas em o que é produzido mas como e a serviço de quem A campanha Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 é sintomática desse cenário A proposta interativa baseada em IA generativa permitiu que usuários criassem imagens personalizadas a partir de elementos da identidade visual da marca A promessa de empoderamento do consumidor entretanto se entrelaça com práticas de coleta de dados em larga escala autoria difusa e manipulação algorítmica imperceptível Zuboff 2019 denomina esse fenômeno de capitalismo de vigilância no qual os dados se tornam não apenas insumos econômicos mas mecanismos de controle social transformando a publicidade em um espaço de disputa entre a liberdade subjetiva e o domínio silencioso das máquinas Assim esta investigação propõese a analisar os desafios éticos que emergem do uso da IA no campo publicitário tomando como objeto de estudo a campanha mencionada O objetivo é compreender como as tecnologias de IA alteram os modos de criação e recepção das mensagens publicitárias comprometendo por vezes a transparência a autonomia do consumidor e os critérios de responsabilidade discursiva Para dar conta dessa proposta o trabalho será estruturado em quatro momentos introdução onde se delineiam o tema a justificativa a problemática os objetivos e o objeto empírico fundamentação teórica que articula autores da ética da tecnologia e da comunicação análise e discussão do caso em questão e por fim considerações finais que retomam as reflexões centrais e propõem caminhos possíveis para uma prática publicitária crítica e ética diante dos imperativos da inteligência artificial 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diante do crescimento exponencial da inteligência artificial IA nas práticas publicitárias tornase essencial compreender as bases éticas que devem orientar o uso dessas tecnologias e como elas se relacionam com o papel social da publicidade Nesse ínterim a ética na publicidade é um campo de estudos consolidado e diversos autores destacam que a comunicação ao mesmo tempo que busca persuadir deve respeitar valores fundamentais como a veracidade a dignidade da pessoa humana e a autonomia do consumidor PORTO 2004 No entanto com o surgimento e a popularização da IA esse cenário adquire novas camadas de complexidade A publicidade baseada em algoritmos de aprendizado de máquina não apenas responde ao comportamento do consumidor mas também o antecipa influenciando decisões de forma quase imperceptível Ratificando o atual contexto de capitalismo de vigilância ZUBOFF 2019 Nesse viés a IA generativa como subsetor da inteligência artificial tem sido utilizada para criar conteúdos publicitários personalizados com base em vastos bancos de dados e padrões de consumo Tais tecnologias permitem uma comunicação extremamente segmentada e aparentemente mais eficaz Entretanto como adverte Pasquale 2015 essa lógica pode reforçar desigualdades enviesar decisões automatizadas e comprometer princípios democráticos ao priorizar eficiência e lucro em detrimento de transparência e equidade A campanha interativa da CocaCola em 2023 por exemplo utilizou IA generativa para criar imagens únicas a partir das preferências dos consumidores criando uma experiência personalizada mas levantando questões éticas quanto à coleta e ao uso de dados à autoria das imagens e ao potencial de manipulação emocional Além disso os conceitos de privacidade e autonomia centrais na ética da comunicação são constantemente desafiados nesse novo cenário De acordo com Bauman e Lyon 2014 vivemos uma sociedade da vigilância líquida em que a exposição dos dados pessoais se torna parte da rotina e muitas vezes é normalizada o que dificulta o discernimento crítico por parte dos consumidores sobre os impactos dessa vigilância algorítmica Isso exige dos profissionais da área uma postura ética proativa que vá além da adequação à legislação vigente e busque princípios como a transparência nas práticas de coleta e uso de dados a explicabilidade dos algoritmos e o respeito às diferenças culturais e sociais dos públicosalvo Vale ainda pontuar que o debate ético tornase ainda mais relevante quando se considera que os consumidores muitas vezes não estão plenamente conscientes de como seus dados são utilizados para moldar as mensagens publicitárias que recebem A ocultação dos critérios de personalização e a opacidade dos algoritmos contribuem para uma assimetria de poder entre anunciantes e público Como argumenta Floridi 2013 a ética da informação deve basearse em um compromisso com a infosfera justa na qual todos os agentes tenham acesso equitativo à informação e condições para tomar decisões conscientes À vista disso é evidente que a fundamentação teórica do tema exige uma reflexão crítica e multidisciplinar sobre os limites do uso da IA na publicidade A atuação profissional nesse campo portanto não pode se restringir ao domínio técnico das ferramentas digitais mas deve englobar a responsabilidade ética de promover uma comunicação que respeite os direitos dos indivíduos e contribua para a construção de uma sociedade mais justa e informada A formação de publicitários comprometidos com esses valores é indispensável diante dos desafios contemporâneos impostos pela inteligência artificial 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO A análise do uso da inteligência artificial na campanha interativa da CocaCola lançada em 2023 permite observar como a inovação tecnológica pode potencializar experiências de consumo altamente personalizadas ao mesmo tempo em que tensiona os limites éticos da publicidade contemporânea A campanha intitulada Create Real Magic utilizou IA generativa especificamente tecnologias desenvolvidas pela OpenAI e pela plataforma DALLE para que consumidores pudessem criar imagens exclusivas a partir de elementos da identidade visual da marca A iniciativa recebeu destaque global por sua abordagem inovadora e interativa representando um marco no uso da IA na criação de conteúdos publicitários Do ponto de vista criativo a campanha exemplifica o potencial das tecnologias de IA para ampliar o envolvimento do público com a marca proporcionando uma sensação de protagonismo e coautoria Contudo ao analisar o caso à luz da fundamentação teórica discutida notase que essa experiência não está isenta de problematizações éticas Em primeiro lugar a interatividade proposta se ancora na coleta e análise de dados dos usuários um processo frequentemente envolto em opacidade Apesar da experiência parecer lúdica e voluntária não há transparência suficiente sobre quais dados foram capturados como serão armazenados e para quais finalidades serão usados o que nos remete ao conceito de vigilância líquida apresentado por Bauman e Lyon 2014 Somado a isso a campanha levanta questões relacionadas à autoria e originalidade das imagens geradas Quando a IA cria conteúdo com base em bancos de dados alimentados por obras préexistentes abrese um debate sobre os direitos autorais e a autenticidade criativa uma vez que os resultados são fruto de reconfigurações de obras humanas anteriores Isso repercute diretamente na ética da criação publicitária que historicamente se baseia no conceito de originalidade e autoria como fundamentos do valor simbólico da comunicação Ainda que os consumidores tenham participado do processo criativo as decisões visuais e estilísticas finais foram mediadas por algoritmos cujos critérios são muitas vezes indecifráveis para os usuários comuns o que retoma a crítica de Pasquale 2015 sobre a caixa preta dos algoritmos Outro aspecto importante a ser discutido é a naturalização da relação entre dados e personalização Embora a campanha se baseie na ideia de que a IA melhora a experiência do consumidor ela reforça a lógica do capitalismo de vigilância descrita por Zuboff 2019 em que cada ação do usuário se torna um dado a ser explorado economicamente A campanha da CocaCola ao criar experiências mágicas dilui o caráter técnico e estratégico da IA transformandoa em entretenimento o que torna ainda mais difícil ao consumidor identificar os mecanismos de persuasão e coleta de dados embutidos na proposta Por fim é preciso considerar que campanhas como essa operam dentro de um discurso de inovação e progresso que muitas vezes mascara as desigualdades tecnológicas e as assimetrias de poder entre empresas e indivíduos O acesso à IA como ferramenta criativa ainda é limitado a grandes corporações e instituições com recursos técnicos e financeiros o que reproduz desequilíbrios no ecossistema comunicacional Além disso o uso intensivo de dados comportamentais levanta preocupações sobre como diferentes grupos sociais são segmentados estereotipados ou até excluídos de campanhas publicitárias em função de critérios automatizados que não são sujeitos à crítica pública Dessa forma a campanha da CocaCola evidencia tanto os avanços quanto os dilemas que envolvem o uso da IA na publicidade Embora represente um exemplo de criatividade tecnológica bemsucedida ela também escancara os desafios éticos que precisam ser enfrentados com seriedade por profissionais da área sobretudo no que diz respeito à transparência algorítmica à proteção de dados pessoais e ao compromisso com a equidade informacional A análise aqui desenvolvida reafirma a necessidade de uma formação crítica e ética no campo da publicidade capaz de responder aos imperativos de inovação sem abrir mão da responsabilidade social 4 REFLEXÕES FINAIS Em suma a presente análise sobre os desafios éticos do uso da inteligência artificial no meio publicitário com foco na campanha Create Real Magic da CocaCola permitiu refletir criticamente sobre como a inovação tecnológica impacta a comunicação mercadológica tanto em suas potencialidades quanto em suas contradições O objetivo central deste trabalho investigar os dilemas éticos emergentes no uso da IA generativa na publicidade foi alcançado ao articular fundamentos teóricos com a análise prática de um caso real permitindo compreender de forma mais ampla os riscos e responsabilidades envolvidos na aplicação dessas tecnologias Ao longo do desenvolvimento do estudo foi possível perceber que a IA apesar de ampliar os recursos criativos e possibilitar experiências mais personalizadas para os consumidores também introduz práticas que demandam atenção quanto à transparência privacidade autoria e equidade A fundamentação teórica amparada em autores como Zuboff 2019 Pasquale 2015 Bauman 2014 e Floridi 2013 foi essencial para embasar uma visão crítica e atualizada sobre os processos que envolvem a coleta de dados o funcionamento opaco dos algoritmos e os impactos socioculturais da personalização publicitária baseada em IA Durante a realização do trabalho a principal dificuldade esteve na escassez de estudos nacionais que abordem diretamente o cruzamento entre IA generativa e publicidade sob a ótica ética o que exigiu uma busca mais aprofundada em fontes internacionais e na interpretação de conceitos complexos dentro de um contexto ainda em transformação Por outro lado essa limitação abriu espaço para a construção de reflexões próprias e contribuiu de forma significativa para o amadurecimento da perspectiva profissional crítica considerando que o mercado exige hoje não apenas domínio técnico mas também responsabilidade ética Assim este resumo expandido contribui para a formação acadêmica ao reforçar a importância de uma postura reflexiva frente às inovações tecnológicas Ele destaca que o papel do publicitário vai além da criação de campanhas impactantes envolve também a construção de práticas éticas transparentes e socialmente responsáveis A análise realizada demonstra que diante da evolução da IA é indispensável discutir com profundidade os limites e os compromissos da publicidade no século XXI REFERÊNCIAS BAUMAN Zygmunt LYON David Vigilância líquida uma conversa entre Zygmunt Bauman e David Lyon Rio de Janeiro Zahar 2014 FLORIDI Luciano The Ethics of Information Oxford Oxford University Press 2013 LÉVY Pierre Cibercultura 5 ed São Paulo Editora 34 2010 PASQUALE Frank The Black Box Society The Secret Algorithms That Control Money and Information Cambridge Harvard University Press 2015 PORTO Sérgio Mattos Ética na publicidade e propaganda Salvador EDUFBA 2004 ZUBOFF Shoshana A era do capitalismo de vigilância a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder Rio de Janeiro Intrínseca 2019 Centro Universitário Leonardo da Vinci UNIASSELVI Curso TURMA Nome da disciplina ENTRE A CRIATIVIDADE E O CONTROLE OS DESAFIOS ÉTICOS DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA Autores Nome do Acadêmico1 Tutor externo Nome do Orientador2 RESUMO O avanço da inteligência artificial IA tem remodelado a publicidade contemporânea gerando inovações expressivas mas também desafios éticos significativos Este estudo tem como objetivo analisar criticamente as implicações éticas do uso da IA na publicidade com foco na campanha interativa Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 Para tanto adotouse como método a articulação entre referencial teórico e análise do objeto empírico com base em autores como Zuboff Pasquale Bauman e Floridi O trabalho discute questões relacionadas à transparência na coleta de dados autoria dos conteúdos gerados por IA e os limites éticos da personalização algorítmica A análise revela que embora a IA ofereça ferramentas poderosas para o engajamento do público e inovação criativa ela também reforça assimetrias informacionais práticas opacas e potenciais violações à autonomia do consumidor Concluise que é urgente fomentar no campo da publicidade uma formação profissional crítica e ética que saiba lidar com os riscos sociais da automação sem abrir mão da criatividade nem da responsabilidade coletiva na comunicação Palavraschave Inteligência artificial Publicidade Ética Dados Personalização 1 INTRODUÇÃO A publicidade historicamente ancorada em narrativas persuasivas e estratégias cuidadosamente arquitetadas encontrase hoje em um território instável quase vertiginoso impulsionado pela emergência da inteligência artificial IA De agente coadjuvante na automação de tarefas operacionais a IA ascendeu a protagonista no processo criativo capaz de produzir textos 1 Acadêmico do Curso de XXX em XXXXXXXXXX Email fulanodetalalunouniasselvicombr 2 Tutor Externo do Curso de XXX em XXXXXXXXXXXX Polo XXXXXXXXX Email ciclanodetaltutoruniasselvicombr imagens sons e experiências visuais inteiras sem intervenção humana direta Tratase de um deslocamento paradigmático a lógica comunicacional não apenas se acelera mas se fragmenta se dilui e muitas vezes escapa à própria lógica humana Pierre Lévy 2010 já alertava que os ambientes digitais não apenas transformam os meios técnicos mas reconfiguram os próprios modos de subjetivação de produção de sentido e de engajamento social Nesse novo ecossistema comunicacional o uso da IA na publicidade não é apenas uma questão técnica mas profundamente ética e ontológica A criação de campanhas por máquinas que aprendem com padrões invisíveis treinadas por bancos de dados imensos rompe com o conceito clássico de autoria e inaugura uma estética da instabilidade Textos publicitários gerados por IA frequentemente perdem as regularidades linguísticas e estilísticas que costumavam organizar os discursos comerciais ora deslizam para estruturas imprevisíveis ora imitam com exatidão assustadora o tom humano criando uma ilusão de proximidade que pode ocultar intenções opacas Essa perda de padrões comuns não é meramente uma falha técnica mas uma pista dos novos regimes de sentido em disputa no campo publicitário A problemática portanto não está apenas em o que é produzido mas como e a serviço de quem A campanha Create Real Magic lançada pela CocaCola em 2023 é sintomática desse cenário A proposta interativa baseada em IA generativa permitiu que usuários criassem imagens personalizadas a partir de elementos da identidade visual da marca A promessa de empoderamento do consumidor entretanto se entrelaça com práticas de coleta de dados em larga escala autoria difusa e manipulação algorítmica imperceptível Zuboff 2019 denomina esse fenômeno de capitalismo de vigilância no qual os dados se tornam não apenas insumos econômicos mas mecanismos de controle social transformando a publicidade em um espaço de disputa entre a liberdade subjetiva e o domínio silencioso das máquinas Assim esta investigação propõese a analisar os desafios éticos que emergem do uso da IA no campo publicitário tomando como objeto de estudo a campanha mencionada O objetivo é compreender como as tecnologias de IA alteram os modos de criação e recepção das mensagens publicitárias comprometendo por vezes a transparência a autonomia do consumidor e os critérios de responsabilidade discursiva Para dar conta dessa proposta o trabalho será estruturado em quatro momentos introdução onde se delineiam o tema a justificativa a problemática os objetivos e o objeto empírico fundamentação teórica que articula autores da ética da tecnologia e da comunicação análise e discussão do caso em questão e por fim considerações finais que retomam as reflexões centrais e propõem caminhos possíveis para uma prática publicitária crítica e ética diante dos imperativos da inteligência artificial 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diante do crescimento exponencial da inteligência artificial IA nas práticas publicitárias tornase essencial compreender as bases éticas que devem orientar o uso dessas tecnologias e como elas se relacionam com o papel social da publicidade Nesse ínterim a ética na publicidade é um campo de estudos consolidado e diversos autores destacam que a comunicação ao mesmo tempo que busca persuadir deve respeitar valores fundamentais como a veracidade a dignidade da pessoa humana e a autonomia do consumidor PORTO 2004 No entanto com o surgimento e a popularização da IA esse cenário adquire novas camadas de complexidade A publicidade baseada em algoritmos de aprendizado de máquina não apenas responde ao comportamento do consumidor mas também o antecipa influenciando decisões de forma quase imperceptível Ratificando o atual contexto de capitalismo de vigilância ZUBOFF 2019 Nesse viés a IA generativa como subsetor da inteligência artificial tem sido utilizada para criar conteúdos publicitários personalizados com base em vastos bancos de dados e padrões de consumo Tais tecnologias permitem uma comunicação extremamente segmentada e aparentemente mais eficaz Entretanto como adverte Pasquale 2015 essa lógica pode reforçar desigualdades enviesar decisões automatizadas e comprometer princípios democráticos ao priorizar eficiência e lucro em detrimento de transparência e equidade A campanha interativa da CocaCola em 2023 por exemplo utilizou IA generativa para criar imagens únicas a partir das preferências dos consumidores criando uma experiência personalizada mas levantando questões éticas quanto à coleta e ao uso de dados à autoria das imagens e ao potencial de manipulação emocional Além disso os conceitos de privacidade e autonomia centrais na ética da comunicação são constantemente desafiados nesse novo cenário De acordo com Bauman e Lyon 2014 vivemos uma sociedade da vigilância líquida em que a exposição dos dados pessoais se torna parte da rotina e muitas vezes é normalizada o que dificulta o discernimento crítico por parte dos consumidores sobre os impactos dessa vigilância algorítmica Isso exige dos profissionais da área uma postura ética proativa que vá além da adequação à legislação vigente e busque princípios como a transparência nas práticas de coleta e uso de dados a explicabilidade dos algoritmos e o respeito às diferenças culturais e sociais dos públicosalvo Vale ainda pontuar que o debate ético tornase ainda mais relevante quando se considera que os consumidores muitas vezes não estão plenamente conscientes de como seus dados são utilizados para moldar as mensagens publicitárias que recebem A ocultação dos critérios de personalização e a opacidade dos algoritmos contribuem para uma assimetria de poder entre anunciantes e público Como argumenta Floridi 2013 a ética da informação deve basearse em um compromisso com a infosfera justa na qual todos os agentes tenham acesso equitativo à informação e condições para tomar decisões conscientes À vista disso é evidente que a fundamentação teórica do tema exige uma reflexão crítica e multidisciplinar sobre os limites do uso da IA na publicidade A atuação profissional nesse campo portanto não pode se restringir ao domínio técnico das ferramentas digitais mas deve englobar a responsabilidade ética de promover uma comunicação que respeite os direitos dos indivíduos e contribua para a construção de uma sociedade mais justa e informada A formação de publicitários comprometidos com esses valores é indispensável diante dos desafios contemporâneos impostos pela inteligência artificial 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO A análise do uso da inteligência artificial na campanha interativa da CocaCola lançada em 2023 permite observar como a inovação tecnológica pode potencializar experiências de consumo altamente personalizadas ao mesmo tempo em que tensiona os limites éticos da publicidade contemporânea A campanha intitulada Create Real Magic utilizou IA generativa especificamente tecnologias desenvolvidas pela OpenAI e pela plataforma DALLE para que consumidores pudessem criar imagens exclusivas a partir de elementos da identidade visual da marca A iniciativa recebeu destaque global por sua abordagem inovadora e interativa representando um marco no uso da IA na criação de conteúdos publicitários Do ponto de vista criativo a campanha exemplifica o potencial das tecnologias de IA para ampliar o envolvimento do público com a marca proporcionando uma sensação de protagonismo e coautoria Contudo ao analisar o caso à luz da fundamentação teórica discutida notase que essa experiência não está isenta de problematizações éticas Em primeiro lugar a interatividade proposta se ancora na coleta e análise de dados dos usuários um processo frequentemente envolto em opacidade Apesar da experiência parecer lúdica e voluntária não há transparência suficiente sobre quais dados foram capturados como serão armazenados e para quais finalidades serão usados o que nos remete ao conceito de vigilância líquida apresentado por Bauman e Lyon 2014 Somado a isso a campanha levanta questões relacionadas à autoria e originalidade das imagens geradas Quando a IA cria conteúdo com base em bancos de dados alimentados por obras préexistentes abrese um debate sobre os direitos autorais e a autenticidade criativa uma vez que os resultados são fruto de reconfigurações de obras humanas anteriores Isso repercute diretamente na ética da criação publicitária que historicamente se baseia no conceito de originalidade e autoria como fundamentos do valor simbólico da comunicação Ainda que os consumidores tenham participado do processo criativo as decisões visuais e estilísticas finais foram mediadas por algoritmos cujos critérios são muitas vezes indecifráveis para os usuários comuns o que retoma a crítica de Pasquale 2015 sobre a caixa preta dos algoritmos Outro aspecto importante a ser discutido é a naturalização da relação entre dados e personalização Embora a campanha se baseie na ideia de que a IA melhora a experiência do consumidor ela reforça a lógica do capitalismo de vigilância descrita por Zuboff 2019 em que cada ação do usuário se torna um dado a ser explorado economicamente A campanha da CocaCola ao criar experiências mágicas dilui o caráter técnico e estratégico da IA transformandoa em entretenimento o que torna ainda mais difícil ao consumidor identificar os mecanismos de persuasão e coleta de dados embutidos na proposta Por fim é preciso considerar que campanhas como essa operam dentro de um discurso de inovação e progresso que muitas vezes mascara as desigualdades tecnológicas e as assimetrias de poder entre empresas e indivíduos O acesso à IA como ferramenta criativa ainda é limitado a grandes corporações e instituições com recursos técnicos e financeiros o que reproduz desequilíbrios no ecossistema comunicacional Além disso o uso intensivo de dados comportamentais levanta preocupações sobre como diferentes grupos sociais são segmentados estereotipados ou até excluídos de campanhas publicitárias em função de critérios automatizados que não são sujeitos à crítica pública Dessa forma a campanha da CocaCola evidencia tanto os avanços quanto os dilemas que envolvem o uso da IA na publicidade Embora represente um exemplo de criatividade tecnológica bemsucedida ela também escancara os desafios éticos que precisam ser enfrentados com seriedade por profissionais da área sobretudo no que diz respeito à transparência algorítmica à proteção de dados pessoais e ao compromisso com a equidade informacional A análise aqui desenvolvida reafirma a necessidade de uma formação crítica e ética no campo da publicidade capaz de responder aos imperativos de inovação sem abrir mão da responsabilidade social 4 REFLEXÕES FINAIS Em suma a presente análise sobre os desafios éticos do uso da inteligência artificial no meio publicitário com foco na campanha Create Real Magic da CocaCola permitiu refletir criticamente sobre como a inovação tecnológica impacta a comunicação mercadológica tanto em suas potencialidades quanto em suas contradições O objetivo central deste trabalho investigar os dilemas éticos emergentes no uso da IA generativa na publicidade foi alcançado ao articular fundamentos teóricos com a análise prática de um caso real permitindo compreender de forma mais ampla os riscos e responsabilidades envolvidos na aplicação dessas tecnologias Ao longo do desenvolvimento do estudo foi possível perceber que a IA apesar de ampliar os recursos criativos e possibilitar experiências mais personalizadas para os consumidores também introduz práticas que demandam atenção quanto à transparência privacidade autoria e equidade A fundamentação teórica amparada em autores como Zuboff 2019 Pasquale 2015 Bauman 2014 e Floridi 2013 foi essencial para embasar uma visão crítica e atualizada sobre os processos que envolvem a coleta de dados o funcionamento opaco dos algoritmos e os impactos socioculturais da personalização publicitária baseada em IA Durante a realização do trabalho a principal dificuldade esteve na escassez de estudos nacionais que abordem diretamente o cruzamento entre IA generativa e publicidade sob a ótica ética o que exigiu uma busca mais aprofundada em fontes internacionais e na interpretação de conceitos complexos dentro de um contexto ainda em transformação Por outro lado essa limitação abriu espaço para a construção de reflexões próprias e contribuiu de forma significativa para o amadurecimento da perspectiva profissional crítica considerando que o mercado exige hoje não apenas domínio técnico mas também responsabilidade ética Assim este resumo expandido contribui para a formação acadêmica ao reforçar a importância de uma postura reflexiva frente às inovações tecnológicas Ele destaca que o papel do publicitário vai além da criação de campanhas impactantes envolve também a construção de práticas éticas transparentes e socialmente responsáveis A análise realizada demonstra que diante da evolução da IA é indispensável discutir com profundidade os limites e os compromissos da publicidade no século XXI REFERÊNCIAS BAUMAN Zygmunt LYON David Vigilância líquida uma conversa entre Zygmunt Bauman e David Lyon Rio de Janeiro Zahar 2014 FLORIDI Luciano The Ethics of Information Oxford Oxford University Press 2013 LÉVY Pierre Cibercultura 5 ed São Paulo Editora 34 2010 PASQUALE Frank The Black Box Society The Secret Algorithms That Control Money and Information Cambridge Harvard University Press 2015 PORTO Sérgio Mattos Ética na publicidade e propaganda Salvador EDUFBA 2004 ZUBOFF Shoshana A era do capitalismo de vigilância a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder Rio de Janeiro Intrínseca 2019