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Artigos de Revisão contribuições com enfoque em Ciência da Nutrição Vera Lucia CHIARA Sonia Elza CHIARA R E S U M O O objetivo deste trabalho é contribuir com a produção científica de artigos de revisão com base em pesquisas quantitativas cuja finalidade é atualização do conhecimento sobre determinado tema dirigindose especialmente aos pesquisadores iniciantes Aborda a utilização de alguns instrumentos teórico metodológicos para produção de textos a priorização nos cuidados necessários quanto à leitura dos artigos consultados o enriquecimento do conhecimento e a forma de reprodução desse conhecimento adquirido Também alerta para os diversos aspectos que podem envolver a discussão sobre o tema escolhido ressaltando e exemplificando a abrangência dos recursos metodológicos que precisam ser respeitados mesmo em artigos de revisão de literatura Conclui orientando o compromisso com a qualidade que o desenvolvimento da pesquisa exige e a preparação do material resultante dela em forma de pesquisa científica Termos de indexação artigos de revisão metodologia de pesquisa pesquisa O conhecimento científico tem se caracterizado neste século por sua velocidade de crescimento No entanto a rapidez na produção do saber não pode ser desacompanhada do compromisso com a qualidade dessa construção Ao contrário exige do pesquisador especialmente dos principiantes a responsabilidade que todo trabalho científico exige1 Conhecer o funcionamento e o processo das descobertas de fenômenos estudados na Ciência da Nutrição é um desafio que se impõe na elaboração de qualquer pesquisa científica e principalmente no desenvolvimento de artigos de revisão de literatura para atualização do conhecimento Esta modalidade de estudo se constitui como pesquisa científica e implica no exercício de pensamento reflexão raciocínio crítico e capacidade de síntese Para seu desenvolvimento é indispensável obedecer aos critérios científicos para que os interessados no tema possam beneficiarse dos resultados Uma vez descomprometido com a aquisição do conhecimento científico o autor pode ignorar partes importantes sobre o tema apresentando obstáculos à compreensão da questão estudada Muitas vezes o artigo se apresenta como fragmentos partes de outros trabalhos que não se complementam e nem mesmo apresentam sequência lógica e discussão2 A rede complexa de conhecimento racional objetivo metódico sistemático verificável útil e comunicável necessária a todo estudo incluindo o de revisão de literatura chamamos de conhecimento científico O conhecer a partir da revisão de artigos possui características de atualização e reconstrução do conhecimento A capacidade do pesquisador deve se mostrar de forma clara precisa objetiva e ter uma síntese inovadora do conhecimento descoberto a partir de estudos já existentes1 Este trabalho aborda aspectos sobre o manejo de alguns instrumentos teóricometodológicos na produção de artigos de revisão voltandose para aqueles que têm por base pesquisas quantitativas nas quais os tipos de delineamentos dos estudos podem ser subdivididos em descritivos e analíticos apresentando ambas as preocupações quanto à clareza do objetivo hipóteses ou pressupostos do estudo além de metodologia que envolva esclarecimento vieses precisão e acurácia3 A pesquisa bibliográfica A revisão de literatura está presente em toda pesquisa sendo sempre sujeita aos aspectos que dizem respeito à questão estudada e ao tipo de estudo de revisão a ser desenvolvido Existem diversas modalidades de trabalhos científicos em pesquisa quantitativa que empregam a revisão de literatura como base Estas pesquisas podem ser do tipo metanálise revisão sistemática de literatura baseados em evidências ou de revisão bibliográfica com o caráter eminentemente de atualização do conhecimento sobre um tema circunscrito48 A terminologia revisão sistemática de literatura foi empregada em 1993 visando à diferenciação em relação aos estudos de metanálise Entretanto tal distinção ainda não é aceita por muitos estudiosos uma vez que ambos os estudos apresentam muitas semelhanças5 Neste sentido sugerese que as características básicas deste tipo de pesquisa bibliográfica partem de suas premissas que visam reduzir informações oriundas de grande quantidade de trabalhos científicos integrar de forma crítica estes resultados obedecer a técnicas eficientes de busca bibliográfica avaliar a possibilidade de generalização dos dados para população grupo de indivíduos e tratamentos clínicos específicos analisar a consistência das relações estudadas nas pesquisas abordar as controvérsias encontradas e elevar a precisão e acurácia dos achados6 Outra modalidade de pesquisa científica baseada em revisão de literatura que vem sendo amplamente difundida desde a década de 80 definese como pesquisa baseada em evidências7 Apresenta diversas semelhanças com a metanálise porém não pretende o aprofundamento extensivo e complexo que aquela impõe Sua característica básica referese à contribuição da tomada de decisões na solução de determinados problemas que dizem respeito aos métodos terapêuticos empregados baseandose em pesquisas metodologicamente corretas Esta modalidade de estudo considerada como medicina baseada em evidências exige o cumprimento de cuidadosa metodologia utilizando epidemiologia clínica e bioestatística de forma a avaliar detalhadamente os estudos selecionados tendo em vista a aplicação dos resultados na prática profissional7 A modalidade de artigos de revisão de literatura com caráter eminentemente de atualização do conhecimento sobre um tema e objeto do presente estudo também se sustenta em busca bibliográfica e pode ser desenvolvida tanto por meio de trabalhos em pesquisa quantitativa quanto qualitativa Suckett15 ainda na década de 70 escrevendo sobre vieses em estudos quantitativos analíticos como de casocontrole apresentou extensa relação de tipos de vieses subdivididos conforme a etapa da pesquisa Para o autor estes vieses podem ocorrer desde a revisão de literatura sendo alguns relacionados ao pesquisador de acordo com tendência em procurar e utilizar trabalhos que apresentaram resultados positivos em consonância com a pressuposição do próprio tema estudado à opção em escolher artigos publicados por reconhecidos nomes de expert sobre o tema e ao direcionamento da busca bibliográfica para uma questão específica que esteja em moda Esses erros provocam desvio e tendência limitando a abordagem do tema Para controlar possíveis confusões e vieses também deve ser observado o emprego de técnicas estatísticas Considerações na elaboração do artigo A forma de apresentação do artigo de revisão não possui um modelo rígido De modo geral são iniciados pela introdução na qual se procura situar o problema sua importância e relevância científica Como em qualquer modalidade de artigo científico esta etapa informa aos leitores o porquê e para quê da realização do estudo de revisão sobre o tema Todavia alguns autores optam por suprimir a introdução iniciando a apresentação de forma mais direta sobre o tema do estudo sem que ocorra qualquer prejuízo na sequência lógica de abordagem ao tema e compreensão do texto32 Isto porque qualquer que seja a forma de iniciação do artigo a questão principal que levou ao desenvolvimento do estudo deve estar clara desde o começo complementandose passo a passo O corpo do texto deve ser organizado em função da finalidade da revisão adaptandose à melhor maneira de reproduzir os aspectos diversos relacionados ao tema O fundamental é organizar os parágrafos abordando pontos básicos que permanentemente mantenham as questões conectadas de maneira mais apropriada para explanação e entendimento final Em dependência do objetivo e tema do estudo quadros e tabelas podem ser incluídos apresentando esquemas ou compilação dos trabalhos pesquisados20 As tabelas ou quadros em algumas circunstâncias são fundamentais para melhor demonstrar aspectos metodológicos e contradições que impediram ou contribuíram com as conclusões mais objetivas para o estudo atual É possível desenvolver diversas modalidades de tabelas33 e até mesmo gráficos34 Tabelas e quadros não podem ser reproduzidos sem que conste a fonte original quando sofrem modificações frente ao modelo original este processo deve ser relatado Independentemente da forma com que se desenvolve o corpo do texto as conclusões devem obrigatoriamente relacionar as questões abordadas no artigo com a finalidade de seu desenvolvimento Conclusão Para escrever um artigo de revisão exigese o compromisso do pesquisador com a aquisição de novos conhecimentos Conhecer é estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto Representa o pesquisador que conhece o objeto de estudo mas se propõe a adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre ele Neste processo o primeiro se apropria do segundo isto é transformase o objeto de estudo em um conceito ideia ou posicionamento sobre ele Esta apropriação é comprometida com o saber científico A elaboração de artigos de revisão de literatura tem como compromisso a qualidade da pesquisa e o interesse por novas descobertas Sua conclusão expressa a posição do pesquisador e se sustenta no saber científico estando presa na relação entre o objeto de estudo o que foi lido compreendido concordante e discordante analisado e finalmente interpretado R E F E R Ê N C I A S 1 Rey L Planejar e redigir trabalhos científicos São Paulo Edigar Blücher 1993 2 Moura MLS Ferreira MC Paine PA Manual de elaboração de projetos de pesquisa Rio de Janeiro EdUERJ 1998 3 Zanetta DMT Delineamento de estudos em medicina In Massad E Menezes RX Silveira PSP Ortega NRS Métodos quantitativos em medicina São Paulo Manole 2004 p389422 4 Thacker SB Metanálisis um enfoque cuantitativo para la integración de investigaciones In Publicación científica aspectos metodológicos éticos Y práticos en ciencias de la salud Washington OPS 1994 p187 97 Publicación Científica 550 5 Chalmers I Altman DG Systematic reviews London Britsh Library Group 1995 6 Mulrow C Rationale for systematic review In Chalmers I Altman DG Systematic reviews London Britsh Library Group 1996 p18 7 Drumond JP Silva E Medicina baseada em evidências Novo paradigma assistencial e pedagógico São Paulo Atheneu 1998 8 LAbbe KA Detsky AS ORourke K El metanálisis em la investigación clínica In Publicación científica Aspectos metodológicos éticos y práticos en ciencias de la salud Washington OPS 1994 p205 24 Publicación Científica 550 9 Freudenheim JL Study design and hypothesis testing issues in the evaluation of evidence from research in nutritional epidemiology12 Am J Clin Nutr 1999 69 Supplement 61315s21s 10 Chiara VL Hasselman MH Normas para elaboração de monografias No 1 Manual para os Cursos de PósGraduação lato sensu do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 1999 Edição revisada e ampliada 2000 Apostila digitada 11 Chiara VL Silva R Jorge R Brasil AP Ácidos graxos trans doenças cardiovasculares e saúde maternoinfantil Rev Nutr 2002 1533419 12 Kac G Fatores determinantes da retenção de peso no pós parto uma revisão da literatura Cad Saúde Pública 2001 17345566 13 Marchioni DML Slater B Fisberg RM Aplicações das Dietary Reference Intakes na avaliação da ingestão de nutrientes para indivíduos Rev Nutr 2004 17212549 14 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the epidemiology of chronic disease Obes Res 1995 317395 15 Sackett DL Bias in analytic research J Chr Dis 1979 32125163 16 Concato J Feinstein AR Holford TR The risk of determining risk with multivariable models An Int Med 1993 118320110 17 Moreira AF Soares M Follari RA Garcia RL Para quem pesquisamos Para quem escrevemos O impasse dos intelectuais São Paulo Cortez 2001 18 Batista DC Chiara VL Gugelmin AS Martins PD Atividade física e gestação saúde da gestante não atleta e crescimento fetal Rev Bras Saúde Mat Inf 2003 32 1518 19 Ruiz JA Metodologia Científica Guia para eficiência nos estudos São Paulo Atlas 1996 20 Pereira RA Koifman S Uso do questionário de freqüência na avaliação do consumo alimentar pregresso Rev Saúde Publica 1999 336 61021 21 Fonseca SC Coutinho ESF Pesquisa sobre mortalidade perinatal no Brasil revisão da metodologia e dos resultados Cad Saúde Publica 2004 20Supl 1S7S19 22 Mantoanelli G Vitalle MSS Amancio OMS Amenorréia e osteoporose em adolescentes atletas Rev Nutr 2002 15331932 23 Galliano AG O método científico teoria e prática São Paulo Harbra 1986 24 Bray GA Popkin BM Dietary fat affects obesity rate Am J Clin Nutr 1999 7045723 25 Willett WC Reply to GA Bray and BM Popkin 1999 Am J Clin Nutr 1999 704574 26 Sichieri R Is fat intake important in the public health control of obesity Am J Clin Nutr 2000 7211 27 Bray GA Popkin BM Reply to R Sichieri Am J Clin Nutr 2000 7212045 28 Cervo Al Bervan PA Metodologia científica São Paulo MsGrawHill 1983 29 Andrade A Bosi MLM Mídia e subjetividade impacto no comportamento alimentar feminino Rev Nutr 2003 16111725 30 Severino AJ Metodologia do trabalho científico São Paulo Cortez e Autores Associados 1992 p180 31 Santos JA Parra Filho D Metodologia científica São Paulo Futura 1998 p201 Revisões sistemáticas e metanálises qual a diferença Sobre edição de textos científicos Revisão sistemática da literatura é um tipo de estudo cada vez mais utilizado atualmente na busca por evidências científicas em medicina Diferentemente das revisões de literatura simples ou narrativas a revisão sistemática responde a uma questão formulada especificamente e expõe a priori seu método sistemático e predefinido de trabalho Assim enquanto numa revisão de literatura narrativa o autor escolhe os artigos que quer ler e relatar de acordo com critérios subjetivos pessoais na revisão sistemática ele tem de estabelecer antes as regras do jogo quais são as bases de dados em que vai buscar publicações quais são as palavraschaves utilizadas na pesquisa quais são as línguas dos artigos incluídos e quais são os critérios de exclusão dos artigos Tal como num artigo original ou experimental a revisão sistemática tem portanto um capítulo chamado de métodos em que justamente o método de pesquisa coleta de sujeitos no caso as publicações e de análise dos resultados são claramente predefinidos Assim mesmo que não resulte em achados úteis ela pode ser reproduzida com o mesmo método algum tempo depois Além disso a possibilidade de viés de seleção de artigos se reduz bastante Outra característica importante das revisões sistemáticas é que elas podem possibilitar a avaliação quantitativa dos resultados Assim quando uma revisão sistemática inclui pelo menos dois artigos é possível dentro de determinados critérios de qualidade reunir os resultados numéricos de todos num pool único O método estatístico aplicado nesse procedimento é chamado de metanálise Revisões sistemáticas de literatura que contêm também metanálises são muitas vezes chamadas simplesmente de metanálises As metanálises analisam os resultados numéricos de todos os estudos incluídos em conjunto como se fossem um único estudo com enorme amostra de pacientes Revisões sistemáticas e metanálises permitem que a enorme e crescente quantidade de informação em saúde seja transformada em conhecimento com utilidade clínica As revisões reúnem organizam avaliam de forma muito crítica e mensuram quantitativamente os resultados de maneira que possibilitam a produção de diretrizes clínicas para tomada de decisões na área de saúde por médicos e administradores tanto do setor público como do privado Não são a mesma coisa Tem sim uma diferença A principal diferença entre a revisão integrativa e sistemática é que a revisão integrativa não compara trabalhos iguais pronto Uma vez sabendo isso você já diferencia uma da outra Você tem um tema seja lá engenharia social e vai buscar vários trabalhos sobre o assunto pesquisando como aquele tema está nos dias de hoje Porém a revisão sistemática não Para isso será necessário ter definido uma lista de string de busca onde será procurado só trabalhos iguais Por vezes só na mesma base de consulta então são trabalhos iguais Sumário Ocultar o o Exemplos sobre Revisão integrativa e sistemática É levantado uma questão problema por exemplo nível de glicose médio entre os idosos A partir disso algumas strings de consulta seriam glicose idoso e etc Nessa situação bases confiáveis seriam definidas também intervalo de tempo por exemplo de 2005 até 2019 Tudo isso estaria definido em um Protocolo de inclusão e exclusão Esse protocolo define os critérios que qualifica um trabalho para entrar na pesquisa ou ser removido da pesquisa Lembrando para uma revisão sistemática mesmo que um trabalho não passe pelos critérios do protocolo de inclusão e exclusão ele deve ser listado Na verdade todo trabalho que as strings de busca trazerem devem ser listados e os que não forem incluídos devem ser marcados como excluídos Veja um exemplo da aplicação de string de busca na ilustração abaixo Repare que a ilustração acima contém duas strings Glicose e Idoso Veja que é possível acrescentar quantas quiser para refinar a pesquisa LEIA TAMBÉM Como Fazer uma Revisão de Literatura no Monografis A revisão de literatura sistemática vai em busca de entender melhor um problema específico por exemplo de que forma a análise do nível médio de glicose dos idosos impacta no desempenho da vida sexual Em contraste com a revisão integrativa que apenas se esforçaria em trazer o que há de mais recente sobre glicose na terceira idade Qual a diferença entre revisão sistemática e integrativa Com base em Ercole Melo e Alcoforado 2014 enquanto a revisão integrativa tem uma busca mais ampla de estudos sobre um tema a revisão sistemática procura responder uma pergunta problema específica dentro de um tema específico Isso acontece mesmo ambas as pesquisas terem o mesmo método e rigor A revisão sistemática busca trabalhos que falam de um mesmo tema em específico para poder varrer o que há sobre aquele problema até o ponto da revisão Por essa razão a revisão sistemática é usada para medicina justamente porque o pesquisador pega vários trabalhos iguais que falam sobre um tema e faz uma revisão estudando os pontos que podem contribuir para solução ou melhor compreensão de um problema Por isso é considerado o estado da arte da pesquisa de revisões pois dali surgem os famosos artigos científicos com descobertas ou bases atualizadas para pesquisas medicinais Em primeiro lugar a importância da revisão sistemática da literatura é de tal ordem que possibilita contextualizar um estudo e ao mesmo tempo proceder a uma análise e síntese do seu referencial teórico Estes dois aspetos são determinantes para compreender o estado da arte acerca de determinado assunto e simultaneamente abrir perspetivas para que o investigador acrescente contributos fiáveis e credíveis para a comunidade científica e para a sociedade em geral FARIA 2019 p 14 É importante que você saiba diferenciar porque não é a mesma coisa tá bom Então essa dúvida ficou resolvida Ficou solucionado LEIA TAMBÉM Como Revisar seu TCC e deixar Blindado Contra Plagio Deixe nos comentários se ficou uma dúvida ainda que eu faço no próximo vídeo Referências ERCOLE Flávia Falci MELO Laís Samara de ALCOFORADO Carla Lúcia G C Revisão integrativa versus revisão sistemática Remeorgbr 18 mar 2014 DOI 1059351415276220140001 Disponível em httpswwwremeorgbrartigodetalhes904 Acesso em 1 nov 2019 FARIA P M Revisão Sistemática da Literatura Contributo para Um Novo Paradigma Sl CG Publisher 2019 122 p Disponivel em httpsbooksgooglecombrbooksid5Ea5DwAAQBAJ Acesso em 21 Dez 2019 ISBN 9898765275 Revisão de Literatura Metodologia Protocolo de Inclusão e Exclusão Compartilhar FacebookTumblrLinkedInTwitterBloggerPinterestWhatsAppMessengerPocket Vídeo mostra Revisão de Literatura Metodologia Protocolo de Inclusão e Exclusão Baixe modelos de revisão protocolo de inclusão e exclusão e faça a metodologia ficar muito mais simples Protocolo de inclusão e exclusão Escalas de qualidade das fontes pesquisadas Concordância entre revisores MATERIAIS CITADOS NO VÍDEO Revisão de Literatura Metodologia Podemos conceituar de maneira mais simplificada na Revisão de Literatura Metodologia o protocolo de inclusão e exclusão de uma revisão de literatura como sendo uma tabela relacionando os artigos critério de inclusão ou exclusão e se foi incluído ou excluído Então é preciso assumir sua importância devido sua função Certamente se trata de um registro para que o aluno se organize em sua pesquisa e não repita fontes Uma revisão sistemática também pode ficar sujeita a viés em função do processo de seleção dos estudos Portanto é importante que os critérios de inclusão e exclusão sejam definidos com base no escopo da revisão claramente explicitados e rigorosamente seguidos durante o processo de busca DRESCH LACERDA e ANTUNES JÚNIOR 2015 p 151 Conforme explicado acima podese dizer que existem critérios de inclusão e exclusão dos estudos Neste contexto fica claro que os critérios obedecem ao escopo da revisão O mais preocupante contudo é constatar que sua base são limitações de recursos disponíveis por exemplo o idioma de publicação do estudo Os resultados mostram que o idioma normalmente é um item comum na lista de critérios de inclusão ou exclusão Por isso fica evidente que mesmo os artigos tenham o abstract em outra língua se torna importante definir o idioma a ser filtrado Espera se dessa forma abranger esses parâmetros básicos por exemplo ano de publicação também LEIA TAMBÉM Texto Dissertativo Argumentativo Passo a Passo APROVADO Protocolo de Inclusão e Exclusão Ora em tese na Revisão de Literatura Metodologia o protocolo de inclusão e exclusão não precisa ser anexado a revisão É preciso porém ir mais além já que a função prioritária do protocolo é conduzir a pesquisa a fim de manter coesão e a credibilidade das informações O que importa portanto é que o pesquisador abra um arquivo do Word com os itens que falaremos a seguir e defina os critérios antes de começar caso queira um modelo baixe no link abaixo na pasta REVISÃO SISTEMÁTICA EXEMPLOS O estudante antes de começar precisa ter em mente seu objetivo geral e específico para entender bem o escopo de sua pesquisa Primeiro passo é definir os critérios vamos ver alguns básicos Fonte Biblioteca Online X e SciELO Idioma dos estudos Português Palavraschave Marketing Pessoal Processo de Seleção e Seleção de pessoal Critérios de Inclusão Trabalhos que tratarem de Marketing Pessoal Foco no recrutamento de pessoas Tenha abordagem qualitativa Critérios de Exclusão Trabalhos que não tiverem metodologia bem clara serão excluídos Pesquisas sem embasamento nos autores X e Y serão excluídas NUNES 2015 Condução da revisão sistemática itens básicos Fonte DataIntervalo da Busca Palavraschave Lista de artigos Critérios de inclusão e exclusão É importante ressaltar que muitos formulários de condução da pesquisa são meros espelhos do projeto mas em cima disso temos itens relevantes como os critérios de inclusão e exclusão Finalmente o estudante pode realizar a lista de fontes e ter certeza que não vai repetir fontes Todo esse trabalho serve ao final para gerar uma Metanálise como essa abaixo GOMES e CAMINHA 2014 Sendo assim o melhor a se fazer antes de começar uma revisão de literatura sistemática ou integrativa é seu formulário de condução da pesquisa Podemos perceber conforme citado acima que esse quadro remete a um guia para garantir que não haja falhas fonte propulsora que são as fontes LEIA TAMBÉM Discussão na Revisão de Literatura Referências DRESCH A LACERDA D P ANTUNES JÚNIOR J A V Design Science Research Método de Pesquisa para Avanço da Ciência e Tecnologia Porto AlegreRS Bookman Editora 2015 204 p GOMES I S CAMINHA I D O Guia para estudos de revisão sistemática uma seerufrgsbr 2014 Disponivel em httpwwwseerufrgsbrMovimentoarticleviewFile415422835 8 Acesso em 05 mar 2018 NUNES F L S larpmaeuspbr LARP Laboratório de Arqueologia Romana Provincial 2015 Disponivel em httpwwwlarpmaeuspbrvideopalestrarevisoes sistematicas Acesso em 12 fev 2018 A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres 1 INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos 2 REFERÊNCIAL TEORICO 21 Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pósparto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica 1 Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto 2 Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica 3 Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional 4 Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto 5 Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê 6 Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência 7 Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto 8 Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse pós traumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recém nascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a mal entendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 3 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO TITULO AUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTES LANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURA CAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASIL BARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEM OLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADA BEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANA PEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEM DE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓS PARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DO VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTE DOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET AL O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pósparto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto 4 CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento 5 REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235 240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da Guiné Bissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica Direito Florianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no pré natal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acesse httpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo comparados Quanto maior a quantidade de termos comuns maior a similaridade entre os arquivos É importante destacar que o limite de 3 representa uma estatística de semelhança e não um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade maior do que 3 e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Para cada par de arquivos apresentase uma comparação dos termos semelhantes os quais aparecem em vermelho Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio CopySpider httpscopyspidercombr Página 1 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 Versão do CopySpider 222 Relatório gerado por desenrolaconsultoriagmailcom Modo web detailed Arquivos Termos comuns Similaridade 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwscielobrjpsocaJ7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN 181 163 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 144 138 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwaurumcombrblogviolenciaobstetrica 82 116 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 49 085 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencao mulherviolenciaobstetricaconceitoseevidencias 37 077 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 38 062 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsg1globocomsaudenoticia20211212violencia obstetricaoqueecomoidentificarecomodenunciarghtml 44 022 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwreferencecombusinessfinanceetalmean propertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526 ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00fd9c8c63954ab0 9968e49eedc8dad3 0 000 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpwwwgooglecombrurlesrcs 0 000 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsminutosaudavelcombrviolenciaobstetrica 0 000 Arquivos com problema de download httpswwwresearchgatenetpublication365222639OCENA RIODAVIOLENCIAOBSTETRICANOBRASILUMAREV ISAODELITERATURA Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos Erro Parece que o documento não existe ou não pode ser acessado HTTP response code 403 Server returned HTTP response code 403 for URL httpswwwresearchgatenetpublication 365222639OCENARIODAVIOLENCI AOBSTETRICANOBRASILUMARE VISAODELITERATURA httpswwwreferencecomsciencetechnologysubcarinal lymphnode b983ecb0b4dc2f20utmcontentparams3Ao3D7400052 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verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 4 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 5 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 6 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 7 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 8 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 9 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 10 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 11 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 12 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 13 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 6740 termos Termos comuns 144 Similaridade 138 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 6740 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 14 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 15 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 16 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 17 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 18 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 19 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 20 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 21 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 22 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 23 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwaurumcombrblogviolenciaobstetrica 3354 termos Termos comuns 82 Similaridade 116 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwaurumcombrblogviolencia obstetrica 3354 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 24 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 25 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 26 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 27 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 28 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 29 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 30 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 31 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 32 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 33 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 2028 termos Termos comuns 49 Similaridade 085 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 2028 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 34 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 35 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 36 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 37 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 38 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 39 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 40 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 41 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 42 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 43 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencaomulherviolenciaobstetricaconceitose evidencias 1046 termos Termos comuns 37 Similaridade 077 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencaomulherviolenciaobstetricaconceitoseevidencias 1046 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez CopySpider httpscopyspidercombr Página 44 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma CopySpider httpscopyspidercombr Página 45 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a CopySpider httpscopyspidercombr Página 46 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 CopySpider httpscopyspidercombr Página 47 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo CopySpider httpscopyspidercombr Página 48 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto CopySpider httpscopyspidercombr Página 49 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente CopySpider httpscopyspidercombr Página 50 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na CopySpider httpscopyspidercombr Página 51 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE CopySpider httpscopyspidercombr Página 52 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 53 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 2361 termos Termos comuns 38 Similaridade 062 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 2361 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 54 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 55 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 56 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 57 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 58 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 59 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 60 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 61 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 62 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 63 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsg1globocomsaudenoticia20211212violenciaobstetricaoqueecomoidentificare comodenunciarghtml 16034 termos Termos comuns 44 Similaridade 022 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsg1globocomsaudenoticia20211212violenciaobstetricaoqueecomoidentificarecomo denunciarghtml 16034 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez CopySpider httpscopyspidercombr Página 64 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma CopySpider httpscopyspidercombr Página 65 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a CopySpider httpscopyspidercombr Página 66 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 CopySpider httpscopyspidercombr Página 67 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo CopySpider httpscopyspidercombr Página 68 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto CopySpider httpscopyspidercombr Página 69 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente CopySpider httpscopyspidercombr Página 70 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na CopySpider httpscopyspidercombr Página 71 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE CopySpider httpscopyspidercombr Página 72 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 73 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwreferencecombusinessfinanceetalmeanpropertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00f d9c8c63954ab09968e49eedc8dad3 256 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwreferencecombusiness financeetalmeanpropertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00f d9c8c63954ab09968e49eedc8dad3 256 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde CopySpider httpscopyspidercombr Página 74 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica CopySpider httpscopyspidercombr Página 75 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a CopySpider httpscopyspidercombr Página 76 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de CopySpider httpscopyspidercombr Página 77 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS CopySpider httpscopyspidercombr Página 78 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a CopySpider httpscopyspidercombr Página 79 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento CopySpider httpscopyspidercombr Página 80 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no CopySpider httpscopyspidercombr Página 81 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA CopySpider httpscopyspidercombr Página 82 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 83 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpwwwgooglecombrurlesrcs 27 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpwwwgooglecombrurlesrcs 27 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 84 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 85 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 86 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 87 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 88 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 89 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 90 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 91 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 92 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 93 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsminutosaudavelcombrviolenciaobstetrica 1 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsminutosaudavelcombrviolencia obstetrica 1 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 94 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 95 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 96 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 97 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 98 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 99 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 100 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 101 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 102 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 103 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433

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Artigos de Revisão contribuições com enfoque em Ciência da Nutrição Vera Lucia CHIARA Sonia Elza CHIARA R E S U M O O objetivo deste trabalho é contribuir com a produção científica de artigos de revisão com base em pesquisas quantitativas cuja finalidade é atualização do conhecimento sobre determinado tema dirigindose especialmente aos pesquisadores iniciantes Aborda a utilização de alguns instrumentos teórico metodológicos para produção de textos a priorização nos cuidados necessários quanto à leitura dos artigos consultados o enriquecimento do conhecimento e a forma de reprodução desse conhecimento adquirido Também alerta para os diversos aspectos que podem envolver a discussão sobre o tema escolhido ressaltando e exemplificando a abrangência dos recursos metodológicos que precisam ser respeitados mesmo em artigos de revisão de literatura Conclui orientando o compromisso com a qualidade que o desenvolvimento da pesquisa exige e a preparação do material resultante dela em forma de pesquisa científica Termos de indexação artigos de revisão metodologia de pesquisa pesquisa O conhecimento científico tem se caracterizado neste século por sua velocidade de crescimento No entanto a rapidez na produção do saber não pode ser desacompanhada do compromisso com a qualidade dessa construção Ao contrário exige do pesquisador especialmente dos principiantes a responsabilidade que todo trabalho científico exige1 Conhecer o funcionamento e o processo das descobertas de fenômenos estudados na Ciência da Nutrição é um desafio que se impõe na elaboração de qualquer pesquisa científica e principalmente no desenvolvimento de artigos de revisão de literatura para atualização do conhecimento Esta modalidade de estudo se constitui como pesquisa científica e implica no exercício de pensamento reflexão raciocínio crítico e capacidade de síntese Para seu desenvolvimento é indispensável obedecer aos critérios científicos para que os interessados no tema possam beneficiarse dos resultados Uma vez descomprometido com a aquisição do conhecimento científico o autor pode ignorar partes importantes sobre o tema apresentando obstáculos à compreensão da questão estudada Muitas vezes o artigo se apresenta como fragmentos partes de outros trabalhos que não se complementam e nem mesmo apresentam sequência lógica e discussão2 A rede complexa de conhecimento racional objetivo metódico sistemático verificável útil e comunicável necessária a todo estudo incluindo o de revisão de literatura chamamos de conhecimento científico O conhecer a partir da revisão de artigos possui características de atualização e reconstrução do conhecimento A capacidade do pesquisador deve se mostrar de forma clara precisa objetiva e ter uma síntese inovadora do conhecimento descoberto a partir de estudos já existentes1 Este trabalho aborda aspectos sobre o manejo de alguns instrumentos teóricometodológicos na produção de artigos de revisão voltandose para aqueles que têm por base pesquisas quantitativas nas quais os tipos de delineamentos dos estudos podem ser subdivididos em descritivos e analíticos apresentando ambas as preocupações quanto à clareza do objetivo hipóteses ou pressupostos do estudo além de metodologia que envolva esclarecimento vieses precisão e acurácia3 A pesquisa bibliográfica A revisão de literatura está presente em toda pesquisa sendo sempre sujeita aos aspectos que dizem respeito à questão estudada e ao tipo de estudo de revisão a ser desenvolvido Existem diversas modalidades de trabalhos científicos em pesquisa quantitativa que empregam a revisão de literatura como base Estas pesquisas podem ser do tipo metanálise revisão sistemática de literatura baseados em evidências ou de revisão bibliográfica com o caráter eminentemente de atualização do conhecimento sobre um tema circunscrito48 A terminologia revisão sistemática de literatura foi empregada em 1993 visando à diferenciação em relação aos estudos de metanálise Entretanto tal distinção ainda não é aceita por muitos estudiosos uma vez que ambos os estudos apresentam muitas semelhanças5 Neste sentido sugerese que as características básicas deste tipo de pesquisa bibliográfica partem de suas premissas que visam reduzir informações oriundas de grande quantidade de trabalhos científicos integrar de forma crítica estes resultados obedecer a técnicas eficientes de busca bibliográfica avaliar a possibilidade de generalização dos dados para população grupo de indivíduos e tratamentos clínicos específicos analisar a consistência das relações estudadas nas pesquisas abordar as controvérsias encontradas e elevar a precisão e acurácia dos achados6 Outra modalidade de pesquisa científica baseada em revisão de literatura que vem sendo amplamente difundida desde a década de 80 definese como pesquisa baseada em evidências7 Apresenta diversas semelhanças com a metanálise porém não pretende o aprofundamento extensivo e complexo que aquela impõe Sua característica básica referese à contribuição da tomada de decisões na solução de determinados problemas que dizem respeito aos métodos terapêuticos empregados baseandose em pesquisas metodologicamente corretas Esta modalidade de estudo considerada como medicina baseada em evidências exige o cumprimento de cuidadosa metodologia utilizando epidemiologia clínica e bioestatística de forma a avaliar detalhadamente os estudos selecionados tendo em vista a aplicação dos resultados na prática profissional7 A modalidade de artigos de revisão de literatura com caráter eminentemente de atualização do conhecimento sobre um tema e objeto do presente estudo também se sustenta em busca bibliográfica e pode ser desenvolvida tanto por meio de trabalhos em pesquisa quantitativa quanto qualitativa Suckett15 ainda na década de 70 escrevendo sobre vieses em estudos quantitativos analíticos como de casocontrole apresentou extensa relação de tipos de vieses subdivididos conforme a etapa da pesquisa Para o autor estes vieses podem ocorrer desde a revisão de literatura sendo alguns relacionados ao pesquisador de acordo com tendência em procurar e utilizar trabalhos que apresentaram resultados positivos em consonância com a pressuposição do próprio tema estudado à opção em escolher artigos publicados por reconhecidos nomes de expert sobre o tema e ao direcionamento da busca bibliográfica para uma questão específica que esteja em moda Esses erros provocam desvio e tendência limitando a abordagem do tema Para controlar possíveis confusões e vieses também deve ser observado o emprego de técnicas estatísticas Considerações na elaboração do artigo A forma de apresentação do artigo de revisão não possui um modelo rígido De modo geral são iniciados pela introdução na qual se procura situar o problema sua importância e relevância científica Como em qualquer modalidade de artigo científico esta etapa informa aos leitores o porquê e para quê da realização do estudo de revisão sobre o tema Todavia alguns autores optam por suprimir a introdução iniciando a apresentação de forma mais direta sobre o tema do estudo sem que ocorra qualquer prejuízo na sequência lógica de abordagem ao tema e compreensão do texto32 Isto porque qualquer que seja a forma de iniciação do artigo a questão principal que levou ao desenvolvimento do estudo deve estar clara desde o começo complementandose passo a passo O corpo do texto deve ser organizado em função da finalidade da revisão adaptandose à melhor maneira de reproduzir os aspectos diversos relacionados ao tema O fundamental é organizar os parágrafos abordando pontos básicos que permanentemente mantenham as questões conectadas de maneira mais apropriada para explanação e entendimento final Em dependência do objetivo e tema do estudo quadros e tabelas podem ser incluídos apresentando esquemas ou compilação dos trabalhos pesquisados20 As tabelas ou quadros em algumas circunstâncias são fundamentais para melhor demonstrar aspectos metodológicos e contradições que impediram ou contribuíram com as conclusões mais objetivas para o estudo atual É possível desenvolver diversas modalidades de tabelas33 e até mesmo gráficos34 Tabelas e quadros não podem ser reproduzidos sem que conste a fonte original quando sofrem modificações frente ao modelo original este processo deve ser relatado Independentemente da forma com que se desenvolve o corpo do texto as conclusões devem obrigatoriamente relacionar as questões abordadas no artigo com a finalidade de seu desenvolvimento Conclusão Para escrever um artigo de revisão exigese o compromisso do pesquisador com a aquisição de novos conhecimentos Conhecer é estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto Representa o pesquisador que conhece o objeto de estudo mas se propõe a adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre ele Neste processo o primeiro se apropria do segundo isto é transformase o objeto de estudo em um conceito ideia ou posicionamento sobre ele Esta apropriação é comprometida com o saber científico A elaboração de artigos de revisão de literatura tem como compromisso a qualidade da pesquisa e o interesse por novas descobertas Sua conclusão expressa a posição do pesquisador e se sustenta no saber científico estando presa na relação entre o objeto de estudo o que foi lido compreendido concordante e discordante analisado e finalmente interpretado R E F E R Ê N C I A S 1 Rey L Planejar e redigir trabalhos científicos São Paulo Edigar Blücher 1993 2 Moura MLS Ferreira MC Paine PA Manual de elaboração de projetos de pesquisa Rio de Janeiro EdUERJ 1998 3 Zanetta DMT Delineamento de estudos em medicina In Massad E Menezes RX Silveira PSP Ortega NRS Métodos quantitativos em medicina São Paulo Manole 2004 p389422 4 Thacker SB Metanálisis um enfoque cuantitativo para la integración de investigaciones In Publicación científica aspectos metodológicos éticos Y práticos en ciencias de la salud Washington OPS 1994 p187 97 Publicación Científica 550 5 Chalmers I Altman DG Systematic reviews London Britsh Library Group 1995 6 Mulrow C Rationale for systematic review In Chalmers I Altman DG Systematic reviews London Britsh Library Group 1996 p18 7 Drumond JP Silva E Medicina baseada em evidências Novo paradigma assistencial e pedagógico São Paulo Atheneu 1998 8 LAbbe KA Detsky AS ORourke K El metanálisis em la investigación clínica In Publicación científica Aspectos metodológicos éticos y práticos en ciencias de la salud Washington OPS 1994 p205 24 Publicación Científica 550 9 Freudenheim JL Study design and hypothesis testing issues in the evaluation of evidence from research in nutritional epidemiology12 Am J Clin Nutr 1999 69 Supplement 61315s21s 10 Chiara VL Hasselman MH Normas para elaboração de monografias No 1 Manual para os Cursos de PósGraduação lato sensu do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 1999 Edição revisada e ampliada 2000 Apostila digitada 11 Chiara VL Silva R Jorge R Brasil AP Ácidos graxos trans doenças cardiovasculares e saúde maternoinfantil Rev Nutr 2002 1533419 12 Kac G Fatores determinantes da retenção de peso no pós parto uma revisão da literatura Cad Saúde Pública 2001 17345566 13 Marchioni DML Slater B Fisberg RM Aplicações das Dietary Reference Intakes na avaliação da ingestão de nutrientes para indivíduos Rev Nutr 2004 17212549 14 Baumgartner RN Heymsfield SB Roche AF Human body composition and the epidemiology of chronic disease Obes Res 1995 317395 15 Sackett DL Bias in analytic research J Chr Dis 1979 32125163 16 Concato J Feinstein AR Holford TR The risk of determining risk with multivariable models An Int Med 1993 118320110 17 Moreira AF Soares M Follari RA Garcia RL Para quem pesquisamos Para quem escrevemos O impasse dos intelectuais São Paulo Cortez 2001 18 Batista DC Chiara VL Gugelmin AS Martins PD Atividade física e gestação saúde da gestante não atleta e crescimento fetal Rev Bras Saúde Mat Inf 2003 32 1518 19 Ruiz JA Metodologia Científica Guia para eficiência nos estudos São Paulo Atlas 1996 20 Pereira RA Koifman S Uso do questionário de freqüência na avaliação do consumo alimentar pregresso Rev Saúde Publica 1999 336 61021 21 Fonseca SC Coutinho ESF Pesquisa sobre mortalidade perinatal no Brasil revisão da metodologia e dos resultados Cad Saúde Publica 2004 20Supl 1S7S19 22 Mantoanelli G Vitalle MSS Amancio OMS Amenorréia e osteoporose em adolescentes atletas Rev Nutr 2002 15331932 23 Galliano AG O método científico teoria e prática São Paulo Harbra 1986 24 Bray GA Popkin BM Dietary fat affects obesity rate Am J Clin Nutr 1999 7045723 25 Willett WC Reply to GA Bray and BM Popkin 1999 Am J Clin Nutr 1999 704574 26 Sichieri R Is fat intake important in the public health control of obesity Am J Clin Nutr 2000 7211 27 Bray GA Popkin BM Reply to R Sichieri Am J Clin Nutr 2000 7212045 28 Cervo Al Bervan PA Metodologia científica São Paulo MsGrawHill 1983 29 Andrade A Bosi MLM Mídia e subjetividade impacto no comportamento alimentar feminino Rev Nutr 2003 16111725 30 Severino AJ Metodologia do trabalho científico São Paulo Cortez e Autores Associados 1992 p180 31 Santos JA Parra Filho D Metodologia científica São Paulo Futura 1998 p201 Revisões sistemáticas e metanálises qual a diferença Sobre edição de textos científicos Revisão sistemática da literatura é um tipo de estudo cada vez mais utilizado atualmente na busca por evidências científicas em medicina Diferentemente das revisões de literatura simples ou narrativas a revisão sistemática responde a uma questão formulada especificamente e expõe a priori seu método sistemático e predefinido de trabalho Assim enquanto numa revisão de literatura narrativa o autor escolhe os artigos que quer ler e relatar de acordo com critérios subjetivos pessoais na revisão sistemática ele tem de estabelecer antes as regras do jogo quais são as bases de dados em que vai buscar publicações quais são as palavraschaves utilizadas na pesquisa quais são as línguas dos artigos incluídos e quais são os critérios de exclusão dos artigos Tal como num artigo original ou experimental a revisão sistemática tem portanto um capítulo chamado de métodos em que justamente o método de pesquisa coleta de sujeitos no caso as publicações e de análise dos resultados são claramente predefinidos Assim mesmo que não resulte em achados úteis ela pode ser reproduzida com o mesmo método algum tempo depois Além disso a possibilidade de viés de seleção de artigos se reduz bastante Outra característica importante das revisões sistemáticas é que elas podem possibilitar a avaliação quantitativa dos resultados Assim quando uma revisão sistemática inclui pelo menos dois artigos é possível dentro de determinados critérios de qualidade reunir os resultados numéricos de todos num pool único O método estatístico aplicado nesse procedimento é chamado de metanálise Revisões sistemáticas de literatura que contêm também metanálises são muitas vezes chamadas simplesmente de metanálises As metanálises analisam os resultados numéricos de todos os estudos incluídos em conjunto como se fossem um único estudo com enorme amostra de pacientes Revisões sistemáticas e metanálises permitem que a enorme e crescente quantidade de informação em saúde seja transformada em conhecimento com utilidade clínica As revisões reúnem organizam avaliam de forma muito crítica e mensuram quantitativamente os resultados de maneira que possibilitam a produção de diretrizes clínicas para tomada de decisões na área de saúde por médicos e administradores tanto do setor público como do privado Não são a mesma coisa Tem sim uma diferença A principal diferença entre a revisão integrativa e sistemática é que a revisão integrativa não compara trabalhos iguais pronto Uma vez sabendo isso você já diferencia uma da outra Você tem um tema seja lá engenharia social e vai buscar vários trabalhos sobre o assunto pesquisando como aquele tema está nos dias de hoje Porém a revisão sistemática não Para isso será necessário ter definido uma lista de string de busca onde será procurado só trabalhos iguais Por vezes só na mesma base de consulta então são trabalhos iguais Sumário Ocultar o o Exemplos sobre Revisão integrativa e sistemática É levantado uma questão problema por exemplo nível de glicose médio entre os idosos A partir disso algumas strings de consulta seriam glicose idoso e etc Nessa situação bases confiáveis seriam definidas também intervalo de tempo por exemplo de 2005 até 2019 Tudo isso estaria definido em um Protocolo de inclusão e exclusão Esse protocolo define os critérios que qualifica um trabalho para entrar na pesquisa ou ser removido da pesquisa Lembrando para uma revisão sistemática mesmo que um trabalho não passe pelos critérios do protocolo de inclusão e exclusão ele deve ser listado Na verdade todo trabalho que as strings de busca trazerem devem ser listados e os que não forem incluídos devem ser marcados como excluídos Veja um exemplo da aplicação de string de busca na ilustração abaixo Repare que a ilustração acima contém duas strings Glicose e Idoso Veja que é possível acrescentar quantas quiser para refinar a pesquisa LEIA TAMBÉM Como Fazer uma Revisão de Literatura no Monografis A revisão de literatura sistemática vai em busca de entender melhor um problema específico por exemplo de que forma a análise do nível médio de glicose dos idosos impacta no desempenho da vida sexual Em contraste com a revisão integrativa que apenas se esforçaria em trazer o que há de mais recente sobre glicose na terceira idade Qual a diferença entre revisão sistemática e integrativa Com base em Ercole Melo e Alcoforado 2014 enquanto a revisão integrativa tem uma busca mais ampla de estudos sobre um tema a revisão sistemática procura responder uma pergunta problema específica dentro de um tema específico Isso acontece mesmo ambas as pesquisas terem o mesmo método e rigor A revisão sistemática busca trabalhos que falam de um mesmo tema em específico para poder varrer o que há sobre aquele problema até o ponto da revisão Por essa razão a revisão sistemática é usada para medicina justamente porque o pesquisador pega vários trabalhos iguais que falam sobre um tema e faz uma revisão estudando os pontos que podem contribuir para solução ou melhor compreensão de um problema Por isso é considerado o estado da arte da pesquisa de revisões pois dali surgem os famosos artigos científicos com descobertas ou bases atualizadas para pesquisas medicinais Em primeiro lugar a importância da revisão sistemática da literatura é de tal ordem que possibilita contextualizar um estudo e ao mesmo tempo proceder a uma análise e síntese do seu referencial teórico Estes dois aspetos são determinantes para compreender o estado da arte acerca de determinado assunto e simultaneamente abrir perspetivas para que o investigador acrescente contributos fiáveis e credíveis para a comunidade científica e para a sociedade em geral FARIA 2019 p 14 É importante que você saiba diferenciar porque não é a mesma coisa tá bom Então essa dúvida ficou resolvida Ficou solucionado LEIA TAMBÉM Como Revisar seu TCC e deixar Blindado Contra Plagio Deixe nos comentários se ficou uma dúvida ainda que eu faço no próximo vídeo Referências ERCOLE Flávia Falci MELO Laís Samara de ALCOFORADO Carla Lúcia G C Revisão integrativa versus revisão sistemática Remeorgbr 18 mar 2014 DOI 1059351415276220140001 Disponível em httpswwwremeorgbrartigodetalhes904 Acesso em 1 nov 2019 FARIA P M Revisão Sistemática da Literatura Contributo para Um Novo Paradigma Sl CG Publisher 2019 122 p Disponivel em httpsbooksgooglecombrbooksid5Ea5DwAAQBAJ Acesso em 21 Dez 2019 ISBN 9898765275 Revisão de Literatura Metodologia Protocolo de Inclusão e Exclusão Compartilhar FacebookTumblrLinkedInTwitterBloggerPinterestWhatsAppMessengerPocket Vídeo mostra Revisão de Literatura Metodologia Protocolo de Inclusão e Exclusão Baixe modelos de revisão protocolo de inclusão e exclusão e faça a metodologia ficar muito mais simples Protocolo de inclusão e exclusão Escalas de qualidade das fontes pesquisadas Concordância entre revisores MATERIAIS CITADOS NO VÍDEO Revisão de Literatura Metodologia Podemos conceituar de maneira mais simplificada na Revisão de Literatura Metodologia o protocolo de inclusão e exclusão de uma revisão de literatura como sendo uma tabela relacionando os artigos critério de inclusão ou exclusão e se foi incluído ou excluído Então é preciso assumir sua importância devido sua função Certamente se trata de um registro para que o aluno se organize em sua pesquisa e não repita fontes Uma revisão sistemática também pode ficar sujeita a viés em função do processo de seleção dos estudos Portanto é importante que os critérios de inclusão e exclusão sejam definidos com base no escopo da revisão claramente explicitados e rigorosamente seguidos durante o processo de busca DRESCH LACERDA e ANTUNES JÚNIOR 2015 p 151 Conforme explicado acima podese dizer que existem critérios de inclusão e exclusão dos estudos Neste contexto fica claro que os critérios obedecem ao escopo da revisão O mais preocupante contudo é constatar que sua base são limitações de recursos disponíveis por exemplo o idioma de publicação do estudo Os resultados mostram que o idioma normalmente é um item comum na lista de critérios de inclusão ou exclusão Por isso fica evidente que mesmo os artigos tenham o abstract em outra língua se torna importante definir o idioma a ser filtrado Espera se dessa forma abranger esses parâmetros básicos por exemplo ano de publicação também LEIA TAMBÉM Texto Dissertativo Argumentativo Passo a Passo APROVADO Protocolo de Inclusão e Exclusão Ora em tese na Revisão de Literatura Metodologia o protocolo de inclusão e exclusão não precisa ser anexado a revisão É preciso porém ir mais além já que a função prioritária do protocolo é conduzir a pesquisa a fim de manter coesão e a credibilidade das informações O que importa portanto é que o pesquisador abra um arquivo do Word com os itens que falaremos a seguir e defina os critérios antes de começar caso queira um modelo baixe no link abaixo na pasta REVISÃO SISTEMÁTICA EXEMPLOS O estudante antes de começar precisa ter em mente seu objetivo geral e específico para entender bem o escopo de sua pesquisa Primeiro passo é definir os critérios vamos ver alguns básicos Fonte Biblioteca Online X e SciELO Idioma dos estudos Português Palavraschave Marketing Pessoal Processo de Seleção e Seleção de pessoal Critérios de Inclusão Trabalhos que tratarem de Marketing Pessoal Foco no recrutamento de pessoas Tenha abordagem qualitativa Critérios de Exclusão Trabalhos que não tiverem metodologia bem clara serão excluídos Pesquisas sem embasamento nos autores X e Y serão excluídas NUNES 2015 Condução da revisão sistemática itens básicos Fonte DataIntervalo da Busca Palavraschave Lista de artigos Critérios de inclusão e exclusão É importante ressaltar que muitos formulários de condução da pesquisa são meros espelhos do projeto mas em cima disso temos itens relevantes como os critérios de inclusão e exclusão Finalmente o estudante pode realizar a lista de fontes e ter certeza que não vai repetir fontes Todo esse trabalho serve ao final para gerar uma Metanálise como essa abaixo GOMES e CAMINHA 2014 Sendo assim o melhor a se fazer antes de começar uma revisão de literatura sistemática ou integrativa é seu formulário de condução da pesquisa Podemos perceber conforme citado acima que esse quadro remete a um guia para garantir que não haja falhas fonte propulsora que são as fontes LEIA TAMBÉM Discussão na Revisão de Literatura Referências DRESCH A LACERDA D P ANTUNES JÚNIOR J A V Design Science Research Método de Pesquisa para Avanço da Ciência e Tecnologia Porto AlegreRS Bookman Editora 2015 204 p GOMES I S CAMINHA I D O Guia para estudos de revisão sistemática uma seerufrgsbr 2014 Disponivel em httpwwwseerufrgsbrMovimentoarticleviewFile415422835 8 Acesso em 05 mar 2018 NUNES F L S larpmaeuspbr LARP Laboratório de Arqueologia Romana Provincial 2015 Disponivel em httpwwwlarpmaeuspbrvideopalestrarevisoes sistematicas Acesso em 12 fev 2018 A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres 1 INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos 2 REFERÊNCIAL TEORICO 21 Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pósparto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica 1 Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto 2 Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica 3 Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional 4 Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto 5 Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê 6 Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência 7 Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto 8 Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse pós traumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recém nascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a mal entendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 3 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO TITULO AUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE AGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTES LANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURA CAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASIL BARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEM OLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADA BEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANA PEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEM DE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓS PARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DO VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTE DOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET AL O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pósparto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto 4 CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento 5 REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235 240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da Guiné Bissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica Direito Florianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no pré natal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 Relatório do Software Antiplágio CopySpider Para mais detalhes sobre o CopySpider acesse httpscopyspidercombr Instruções Este relatório apresenta na próxima página uma tabela na qual cada linha associa o conteúdo do arquivo de entrada com um documento encontrado na internet para Busca em arquivos da internet ou do arquivo de entrada com outro arquivo em seu computador para Pesquisa em arquivos locais A quantidade de termos comuns representa um fator utilizado no cálculo de Similaridade dos arquivos sendo comparados Quanto maior a quantidade de termos comuns maior a similaridade entre os arquivos É importante destacar que o limite de 3 representa uma estatística de semelhança e não um índice de plágio Por exemplo documentos que citam de forma direta transcrição outros documentos podem ter uma similaridade maior do que 3 e ainda assim não podem ser caracterizados como plágio Há sempre a necessidade do avaliador fazer uma análise para decidir se as semelhanças encontradas caracterizam ou não o problema de plágio ou mesmo de erro de formatação ou adequação às normas de referências bibliográficas Para cada par de arquivos apresentase uma comparação dos termos semelhantes os quais aparecem em vermelho Veja também Analisando o resultado do CopySpider Qual o percentual aceitável para ser considerado plágio CopySpider httpscopyspidercombr Página 1 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 Versão do CopySpider 222 Relatório gerado por desenrolaconsultoriagmailcom Modo web detailed Arquivos Termos comuns Similaridade 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwscielobrjpsocaJ7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN 181 163 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 144 138 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwaurumcombrblogviolenciaobstetrica 82 116 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 49 085 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencao mulherviolenciaobstetricaconceitoseevidencias 37 077 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 38 062 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsg1globocomsaudenoticia20211212violencia obstetricaoqueecomoidentificarecomodenunciarghtml 44 022 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpswwwreferencecombusinessfinanceetalmean propertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526 ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00fd9c8c63954ab0 9968e49eedc8dad3 0 000 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpwwwgooglecombrurlesrcs 0 000 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx X httpsminutosaudavelcombrviolenciaobstetrica 0 000 Arquivos com problema de download httpswwwresearchgatenetpublication365222639OCENA RIODAVIOLENCIAOBSTETRICANOBRASILUMAREV ISAODELITERATURA Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos Erro Parece que o documento não existe ou não pode ser acessado HTTP response code 403 Server returned HTTP response code 403 for URL httpswwwresearchgatenetpublication 365222639OCENARIODAVIOLENCI AOBSTETRICANOBRASILUMARE VISAODELITERATURA httpswwwreferencecomsciencetechnologysubcarinal lymphnode b983ecb0b4dc2f20utmcontentparams3Ao3D7400052 6ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00fd9c8c63954ab0 9968e49eedc8dad3 Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos HTTP response code 200 Server returned HTTP response code 403 for URL httpswwwreferencecomscience technologysubcarinallymphnode b983ecb0b4dc2f20utmcontentparams 3Ao3D74000526ad3DdirN26qo 3DserpIndexueid00fd9c8c6395 4ab09968e49eedc8dad3 CopySpider httpscopyspidercombr Página 2 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 httpswwwreferencecomworldviewperinephricstranding 502b6111f6808d81utmcontentparams3Ao3D7400052 6ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00fd9c8c63954ab0 9968e49eedc8dad3 Não foi possível baixar o arquivo É recomendável baixar o arquivo manualmente e realizar a análise em conluio Um contra todos Erro Parece que o documento não existe ou não pode ser acessado HTTP response code 403 Server returned HTTP response code 403 for URL httpswwwreferencecomworld viewperinephricstranding 502b6111f6808d81utmcontentparams 3Ao3D74000526ad3DdirN26qo 3DserpIndexueid00fd9c8c6395 4ab09968e49eedc8dad3 CopySpider httpscopyspidercombr Página 3 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwscielobrjpsocaJ7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN 7463 termos Termos comuns 181 Similaridade 163 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwscielobrjpsocaJ7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN 7463 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 4 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 5 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 6 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 7 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 8 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 9 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 10 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 11 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 12 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195431 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 13 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 6740 termos Termos comuns 144 Similaridade 138 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwscielobrjcsca66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj 6740 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 14 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 15 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 16 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 17 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 18 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 19 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 20 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 21 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 22 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 23 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwaurumcombrblogviolenciaobstetrica 3354 termos Termos comuns 82 Similaridade 116 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwaurumcombrblogviolencia obstetrica 3354 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 24 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 25 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 26 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 27 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 28 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 29 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 30 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 31 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 32 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 33 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 2028 termos Termos comuns 49 Similaridade 085 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwminhavidacombrmateriasmateria18807 2028 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 34 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 35 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 36 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 37 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 38 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 39 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 40 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 41 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 42 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 43 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencaomulherviolenciaobstetricaconceitose evidencias 1046 termos Termos comuns 37 Similaridade 077 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsportaldeboaspraticasifffiocruzbratencaomulherviolenciaobstetricaconceitoseevidencias 1046 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez CopySpider httpscopyspidercombr Página 44 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma CopySpider httpscopyspidercombr Página 45 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a CopySpider httpscopyspidercombr Página 46 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 CopySpider httpscopyspidercombr Página 47 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo CopySpider httpscopyspidercombr Página 48 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto CopySpider httpscopyspidercombr Página 49 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente CopySpider httpscopyspidercombr Página 50 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na CopySpider httpscopyspidercombr Página 51 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE CopySpider httpscopyspidercombr Página 52 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 53 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 2361 termos Termos comuns 38 Similaridade 062 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpssaudeabrilcombrmedicinaviolenciaobstetricaoquee 2361 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 54 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 55 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 56 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 57 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 58 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 59 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 60 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 61 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 62 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 63 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsg1globocomsaudenoticia20211212violenciaobstetricaoqueecomoidentificare comodenunciarghtml 16034 termos Termos comuns 44 Similaridade 022 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsg1globocomsaudenoticia20211212violenciaobstetricaoqueecomoidentificarecomo denunciarghtml 16034 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez CopySpider httpscopyspidercombr Página 64 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma CopySpider httpscopyspidercombr Página 65 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a CopySpider httpscopyspidercombr Página 66 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 CopySpider httpscopyspidercombr Página 67 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo CopySpider httpscopyspidercombr Página 68 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto CopySpider httpscopyspidercombr Página 69 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente CopySpider httpscopyspidercombr Página 70 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na CopySpider httpscopyspidercombr Página 71 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE CopySpider httpscopyspidercombr Página 72 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 73 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195432 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpswwwreferencecombusinessfinanceetalmeanpropertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00f d9c8c63954ab09968e49eedc8dad3 256 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpswwwreferencecombusiness financeetalmeanpropertydeed 6e2a949c063fe4eutmcontentparams3Ao3D74000526ad3DdirN26qo3DserpIndexueid00f d9c8c63954ab09968e49eedc8dad3 256 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde CopySpider httpscopyspidercombr Página 74 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica CopySpider httpscopyspidercombr Página 75 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a CopySpider httpscopyspidercombr Página 76 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de CopySpider httpscopyspidercombr Página 77 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS CopySpider httpscopyspidercombr Página 78 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a CopySpider httpscopyspidercombr Página 79 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento CopySpider httpscopyspidercombr Página 80 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no CopySpider httpscopyspidercombr Página 81 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA CopySpider httpscopyspidercombr Página 82 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 83 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpwwwgooglecombrurlesrcs 27 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpwwwgooglecombrurlesrcs 27 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 84 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 85 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 86 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 87 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 88 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 89 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 90 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 91 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 92 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SILVA WANESSA BARROS ET AL 2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OFENSA A DIGNIDADE HUMANAPEREIRA JÉSSICA SOUZA ET AL 2016 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E OS DIREITOS DAS GESTANTES O QUE AS MULHERES SABEMDE LACERDA GIOVANNA MARIA OLIVEIRA DA COSTA MARIANO VALÉRIA DE PASSOS SANDRA GODÓI 2022 EFEITOS DA VIOLÊNCIA OBSTETRICA CAUSADOS ÁS GESTANTES NO PARTO E PÓSPARTO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMDE ANDRADE VERONICA BARBOSA ET AL 2019 GUIMARÃES LIANA BARCELAR EVANGELISTA JONAS ELINE AMARAL LEILA RUTE OLIVEIRA GURGEL DOVIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS DO ESTADO DO TOCANTINS 2018 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA OS DIREITOS DA PARTURIENTEDOS SANTOS DEMARCHI THAÍS VERÇOZA GONÇALVES LEONARDO ZANELATO2023 DA SILVA SANTOS LARA HELOÍSA ET ALO PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO INTEGRATIVA 2023 CopySpider httpscopyspidercombr Página 93 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 Arquivo 1 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Arquivo 2 httpsminutosaudavelcombrviolenciaobstetrica 1 termos Termos comuns 0 Similaridade 000 O texto abaixo é o conteúdo do documento 1695667383552Artigos de Revisao Textodocx 3774 termos Os termos em vermelho foram encontrados no documento httpsminutosaudavelcombrviolencia obstetrica 1 termos A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA RESUMO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres PALAVRASCHAVES Violência Obstétrica Saúde Materna Parto Respeitoso Direitos das Mulheres INTRODUÇÃO A violência obstétrica é um tema de extrema importância e relevância no contexto da saúde materna e dos direitos das mulheres Este fenômeno representa uma manifestação gritante das desigualdades de gênero e dos abusos de poder que podem ocorrer durante o processo de parto e nascimento afetando profundamente a experiência das mulheres e colocando em risco a saúde física e emocional delas e de seus bebês CORRÊA 2022 Para compreender a magnitude desse problema é fundamental definir o que é a violência obstétrica onde ela se refere a uma série de práticas atitudes e condutas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos humanos das mulheres durante a gravidez o parto e o pósparto Essas práticas incluem mas não se limitam a intervenções médicas desnecessárias como cesáreas sem indicação médica episiotomias sem consentimento uso excessivo CopySpider httpscopyspidercombr Página 94 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 de fórceps ou ventosas restrição de movimentos da mulher durante o trabalho de parto abuso verbal físico ou emocional recusa de informação e consentimento informado e falta de apoio emocional e respeito à autonomia da gestante ARAÚJO 2023 A violência obstétrica não apenas compromete a integridade física e emocional das mulheres mas também tem implicações profundas em sua saúde mental onde muitas mulheres que passam por experiências traumáticas durante o parto desenvolvem transtorno de estresse póstraumático TEPT e podem sentir medo e ansiedade em relação a futuras gestações e partos Além disso a violência obstétrica pode ter impactos negativos na relação da mulher com seu bebê e na sua capacidade de amamentar CONCEIÇÃO et al 2020 É importante destacar que a violência obstétrica não é um problema restrito a um determinado país ou região Ela ocorre em diferentes partes do mundo em diversos sistemas de saúde independentemente do nível de desenvolvimento econômico onde isso significa que se trata de um problema global que exige atenção e ação imediata OLIVEIRA 2019 Neste contexto é fundamental promover a conscientização sobre a violência obstétrica bem como a capacitação de profissionais de saúde para que eles possam oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher Além disso é essencial que os sistemas de saúde adotem políticas e práticas que garantam o respeito aos direitos das mulheres durante o processo de parto e nascimento DMEZA2023 Em suma a violência obstétrica é uma questão complexa e multifacetada que tem implicações profundas para a saúde e os direitos das mulheres Ela exige uma abordagem abrangente que envolva profissionais de saúde gestores de sistemas de saúde legisladores e a sociedade em geral para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos REFERÊNCIAL TEORICO Definição e Tipos de Violência Obstétrica Segundo Leite et al 2022 a violência obstétrica é um fenômeno complexo e perturbador que afeta milhões de mulheres em todo o mundo durante o processo de gravidez parto e pósparto Para compreender plenamente esse problema é essencial discutir sua definição e os diversos tipos de abusos que podem ocorrer nesse contexto Estudos de Lacerda 2023 mostram que a violência obstétrica pode ser definida como qualquer forma de violência abuso discriminação ou falta de respeito que ocorre durante o ciclo da gravidez parto e pós parto Ela se manifesta por meio de práticas atitudes e condutas inadequadas por parte de profissionais de saúde incluindo médicos enfermeiros e parteiras que desrespeitam os direitos das mulheres e comprometem sua dignidade autonomia integridade física e emocional onde os tipos de Violência Obstétrica Intervenções Médicas Desnecessárias Isso inclui procedimentos médicos realizados sem uma indicação clara e justificável Exemplos incluem cesarianas sem razão médica episiotomias sem consentimento e o uso excessivo de fórceps ou ventosas durante o parto Falta de Consentimento Informado As mulheres têm o direito de receber informações completas e compreensíveis sobre os procedimentos médicos propostos bem como o direito de dar ou recusar seu consentimento A falta de informações adequadas ou a realização de procedimentos sem o devido consentimento constituem violência obstétrica Abuso Verbal e Humilhação Algumas mulheres são vítimas de linguagem abusiva desrespeitosa ou humilhante por parte dos profissionais de saúde durante o parto Isso pode causar profundo trauma emocional Restrição de Movimentos e Posições Algumas instituições de saúde impõem restrições às posições e CopySpider httpscopyspidercombr Página 95 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 movimentos das mulheres durante o trabalho de parto forçandoas a permanecer deitadas ou imobilizadas Isso pode prejudicar o progresso do trabalho de parto e causar desconforto Negligência e Falta de Atenção A falta de atenção adequada às necessidades médicas e emocionais das mulheres durante o parto e o pósparto também pode ser considerada violência obstétrica Isso inclui a falta de monitoramento adequado da saúde da mãe e do bebê Estigmatização de Escolhas de Parto Mulheres que optam por partos naturais ou em casa podem ser estigmatizadas e desencorajadas por profissionais de saúde o que constitui uma forma de violência Discriminação com Base em Fatores Sociais ou Culturais Mulheres de grupos minoritários étnicos sociais ou culturais podem enfrentar discriminação e tratamento desigual durante o parto Falta de Apoio Emocional e Respeito à Autonomia A falta de apoio emocional e a não consideração das escolhas e preferências da mulher durante o parto também são formas de violência obstétrica É importante ressaltar que a violência obstétrica não se limita a um único tipo de abuso mas pode envolver uma combinação de várias práticas inadequadas onde ela representa uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e tem sérias implicações para a saúde física e emocional delas e de seus bebês e reconhecer e combater a violência obstétrica é essencial para garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto respeitosa segura e baseada em seus direitos DIAS et al 2022 Segundo Crivelini 2023 os impactos da violência obstétrica na saúde materna e neonatal são significativos e preocupantes Essa forma de abuso durante o processo de gravidez parto e pósparto pode ter consequências profundas e negativas para as mães e seus bebês A violência obstétrica frequentemente resulta em trauma psicológico para as mães onde elas podem desenvolver transtorno de estresse póstraumático TEPT ansiedade depressão e outros problemas de saúde mental devido às experiências traumáticas vivenciadas durante o parto Mulheres que foram vítimas de violência obstétrica muitas vezes desenvolvem medo intenso do parto subsequente o que pode influenciar negativamente as decisões sobre futas gestações e partosSer desrespeitada ou maltratada durante o parto pode afetar a autoestima e a confiança das mulheres em seu próprio corpo e em sua capacidade de serem mães CANTILINONEVES RENNÓ 2022 Intervenções médicas desnecessárias e traumas físicos resultantes da violência obstétrica como lesões perineais também podem causar complicações físicas e recuperação mais lenta após o parto Dificuldades na Amamentação onde a violência obstétrica pode prejudicar a capacidade da mãe de amamentar seu bebê causando estresse e dificuldades adicionais nos primeiros dias e semanas após o parto A relação entre a mãe e o bebê pode ser afetada negativamente devido ao trauma vivenciado durante o parto Isso pode ter impactos a longo prazo no desenvolvimento emocional e no vínculo afetivo do bebê MONTEIRO 2020 Quando a mãe está sob estresse intenso devido à violência obstétrica isso pode afetar indiretamente a saúde do bebê uma vez que o estresse materno pode ter impactos negativos no desenvolvimento fetal e no recémnascido Aleitamento Materno onde as dificuldades na amamentação decorrentes das intervenções médicas inadequadas podem prejudicar a nutrição e o desenvolvimento do bebê ROMAGNOLO 2023 A saúde neonatal se refere à saúde dos recémnascidos desde o momento do nascimento até os primeiros 28 dias de vida É uma área crucial da saúde maternoinfantil que envolve o cuidado e a prevenção de doenças em bebês durante os primeiros dias e semanas após o nascimento A saúde neonatal é fundamental para garantir que os bebês tenham um início de vida saudável e que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver adequadamente DA SILVA et al 2019 É fundamental reconhecer que a violência obstétrica não apenas prejudica a saúde física e emocional das CopySpider httpscopyspidercombr Página 96 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres mas também pode ter consequências de longo prazo para a saúde de seus bebês Portanto abordar essa forma de abuso não é apenas uma questão de direitos das mulheres mas também de saúde pública e bemestar neonatal MARTINS et al 2019 Para mitigar esses impactos é essencial promover uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto capacitando profissionais de saúde para oferecer cuidados respeitosos e centrados na mulher e garantindo que todas as gestantes recebam o apoio emocional e físico necessário para uma experiência de parto segura e saudável Além disso é importante criar sistemas de saúde que incentivem o empoderamento das mulheres e o respeito às suas escolhas durante o processo de parto e nascimento RAGAZZO 2021 22 Fatores Culturais e Estruturais Os fatores culturais e estruturais desempenham um papel crucial na perpetuação da violência obstétrica e na determinação de como essa forma de abuso se manifesta em diferentes contextos onde em muitas culturas as normas de gênero desempenham um papel fundamental na forma como as mulheres são tratadas durante o parto MAGALHÃES 2020 Normas que atribuem poder e autoridade aos profissionais de saúde em sua maioria homens podem levar à desvalorização das escolhas e da autonomia das mulheres Em algumas culturas o parto natural pode ser estigmatizado e as intervenções médicas são vistas como a única opção aceitável Isso pode resultar em pressão para realizar procedimentos invasivos mesmo quando não são necessários CÂMARA et al 2021 Crenças religiosas e tradições culturais podem desempenhar um papel importante nas decisões relacionadas ao parto Isso pode afetar as escolhas das mulheres e a forma como são tratadas pelos profissionais de saúde Barreiras linguísticas e falta de comunicação eficaz podem levar a malentendidos entre as mulheres e os profissionais de saúde dificultando o consentimento informado e a compreensão das opções disponíveis TARQUINIO et al 2020 Em muitos sistemas de saúde existe uma hierarquia rígida na qual os médicos são considerados as autoridades supremas Isso pode criar um ambiente em que as mulheres são frequentemente desempoderadas e não têm voz nas decisões sobre seu próprio parto Em alguns casos a busca pelo lucro nos sistemas de saúde pode levar à realização de procedimentos médicos desnecessários como cesarianas que são financeiramente vantajosas para hospitais e médicos DE ANDRADE GUEDES DA SILVA 2023 A falta de treinamento adequado e sensibilização dos profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres e a violência obstétrica pode contribuir para práticas desrespeitosas e abusivas As políticas de saúde pública e as diretrizes governamentais podem influenciar a prática médica no parto Políticas que favorecem intervenções médicas em detrimento do parto natural podem aumentar o risco de violência obstétrica SANTANA 2023 Para combater a violência obstétrica é necessário abordar tanto os fatores culturais quanto os estruturais Isso inclui a promoção de uma cultura de respeito pelos direitos das mulheres durante o parto a educação de profissionais de saúde sobre a importância do consentimento informado e a reforma de políticas de saúde que possam contribuir para práticas abusivas Além disso é fundamental criar sistemas de saúde que empoderem as mulheres permitindo que elas tomem decisões informadas e participem ativamente de seu próprio cuidado durante o parto e nascimento SANTOS 2022 23 Estratégias de Prevenção e Sensibilização A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre esse problema são passos cruciais para CopySpider httpscopyspidercombr Página 97 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 garantir que todas as mulheres tenham uma experiência de parto segura respeitosa e baseada em seus direitos humanos Abaixo apresento algumas estratégias eficazes para prevenir a violência obstétrica e aumentar a conscientização sobre o assunto onde é fundamental proporcionar treinamento abrangente a médicos enfermeiros parteiras e outros profissionais de saúde sobre os direitos das mulheres o consentimento informado a comunicação eficaz e práticas respeitosas durante o parto Isso inclui a sensibilização para questões de gênero e poder CORRÊA et al 2020 O treinamento não deve ser pontual mas contínuo Profissionais de saúde devem participar regularmente de programas de educação continuada para manter e atualizar seus conhecimentos sobre cuidados respeitosos durante o parto As mulheres devem receber informações claras e compreensíveis sobre procedimentos médicos propostos durante o parto bem como opções disponíveis O consentimento informado deve ser obtido antes de qualquer intervenção médica PAULINO 2020 As mulheres devem ser encorajadas e capacitadas a tomar decisões informadas sobre seus cuidados de saúde e a expressar suas preferências e necessidades durante o parto Realizar campanhas de conscientização pública sobre a violência obstétrica seus impactos e os direitos das mulheres durante o parto Isso pode incluir divulgação em mídias sociais eventos comunitários e materiais educacionais GOMES et al 2021 Envolva homens e comunidades na promoção dos direitos das mulheres durante o parto Isso pode ajudar a desafiar normas de gênero prejudiciais e promover a igualdade Estabelecer sistemas de monitoramento que permitam que as mulheres denunciem casos de violência obstétrica de forma confidencial e segura GOLÇALVES 2020 Garantir que haja mecanismos legais para responsabilizar profissionais de saúde que praticam a violência obstétrica Isso pode incluir processos disciplinares e consequências legais Promover a criação de centros de parto amigáveis onde as mulheres se sintam respeitadas e apoiadas em suas escolhas durante o parto Estabelecer o parto respeitoso como padrão de cuidado em todas as instituições de saúde incorporando diretrizes e políticas que garantam práticas respeitosas ASSI 2019 Realizar pesquisas para entender a prevalência e os padrões de violência obstétrica em diferentes contextos Esses dados podem ser usados para defesa de políticas e mudanças no sistema de saúde Atuar em níveis políticos para defender políticas de saúde que promovam o parto respeitoso e garantam a implementação de práticas baseadas em evidências MONTENEGRO A prevenção da violência obstétrica e a sensibilização sobre o tema são esforços contínuos que envolvem profissionais de saúde legisladores organizações da sociedade civil e a comunidade em geral É fundamental garantir que cada mulher tenha a oportunidade de dar à luz com dignidade respeito e em conformidade com seus direitos humanos JABULA 2021 METODOLOGIA Esta revisão sistemática consiste em um estudo quantitativo retrospectivo e documental que aborda a questão da violência obstétrica no contexto brasileiro durante o período de 2013 a julho de 2023 Para conduzir esta pesquisa foram realizadas buscas e coleta de dados nas bases de pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde BVS Scientific Electronic Library Online SciELO e Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde LILACS Uma revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que se baseia na análise de literatura existente sobre o tema de interesse com o objetivo de resumir e sintetizar as evidências disponíveis O processo envolve várias etapas incluindo a seleção das bases de dados a serem consultadas e a definição dos descritores a serem usados na pesquisa Em seguida são aplicados filtros para refinar os resultados e CopySpider httpscopyspidercombr Página 98 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificar os artigos mais relevantes que serão posteriormente revisados e incluídos na revisão sistemática No caso desta revisão foram utilizados os seguintes descritores violência gestantes e parto obstétrico Para limitar o número de artigos a serem considerados foram aplicados filtros adicionais como a seleção de artigos publicados nos últimos 10 anos com descritores presentes apenas no título ou resumo textos completos e escritos em língua portuguesa Foi realizada a exclusão de documentos do Ministério da Saúde informativos governamentais guias de saúde resenhas comentários relatórios técnicos e científicos relatos de casos e artigos que não estivessem alinhados com o tema ou com o objetivo específico desta revisão Foram identificadas um total de 623 publicações durante a pesquisa das quais 101 foram excluídas por não se enquadrarem como artigos científicos Dos 522 restantes 223 foram eliminados devido à sua relevância para a realidade de outros países deixandonos com 299 artigos Destes 72 eram duplicados resultando em um conjunto final de 227 artigos únicos Posteriormente realizamos uma análise dos resumos desses 227 artigos o que nos permitiu selecionar 40 deles para uma leitura completa Os 187 restantes foram excluídos sendo 108 deles por não abordarem qualquer forma de violência e 79 por tratarem de outros tipos de violência que não eram relevantes para nossa pesquisa Após a leitura completa dos 40 artigos selecionados excluímos 5 deles por não se tratarem de estudos primários e mais 22 por abordarem a violência obstétrica de forma indireta Com isso restaram 13 artigos para a análise crítica final Nessa etapa concentramos nossa análise na identificação de aspectos relacionados à violência perpetrada por profissionais de saúde contra as mulheres durante o parto Isso incluiu uma investigação dos tipos de violência identificados suas possíveis causas e como o papel dos enfermeiros foi abordado nas pesquisas onde este processo visa fornecer uma análise abrangente e atualizada sobre o tema da violência obstétrica no Brasil baseada nas evidências disponíveis na literatura científica recente RESULTADOS E DISCUSSÃO Fonte Autor 2023 A violência obstétrica é um tema de grande relevância e preocupação no campo da saúde destacandose como um problema complexo e multifacetado que afeta as gestantes durante o processo de parto e pós parto A análise de diversos artigos científicos contribui para uma compreensão mais aprofundada dessa questão permitindonos examinar diferentes perspectivas e nuances desse fenômeno Neste contexto vários autores e artigos se destacam ao abordar a violência obstétrica sob diversas lentes Um dos estudos notáveis é o trabalho de Aguiar DOliveira e Schraiber 2013 que investiga a violência obstétrica sob a ótica dos profissionais de saúde Este estudo lança luz sobre a importância de considerar não apenas a experiência das gestantes mas também a visão dos profissionais que prestam assistência obstétrica Os autores ressaltam a presença da autoridade médica e do poder nas maternidades o que pode contribuir para práticas violentas Lansky et al 2019 exploram a influência da exposição aos Sentidos do Nascer na vivência das gestantes oferecendo insights sobre como a forma como o parto é percebido e conduzido pode impactar a experiência das mulheres Este estudo destaca a necessidade de uma abordagem mais humanizada e centrada na gestante durante o parto A revisão de literatura de Cavalheiro Faria e de Lima 2021 fornece uma visão abrangente das pesquisas existentes sobre violência obstétrica Isso ajuda a consolidar o conhecimento atual sobre o tema CopySpider httpscopyspidercombr Página 99 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 identificando lacunas e áreas em que mais pesquisas são necessárias para abordar eficazmente a violência obstétrica Outro aspecto importante é o sofrimento vivenciado pelas gestantes como discutido por Barboza e Mota 2016 Esse estudo destaca a necessidade de atenção aos aspectos emocionais e psicológicos das mulheres durante o parto e pósparto enfatizando a importância da humanização da assistência O papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica é abordado por Oliveira Elias e Oliveira 2020 que destacam a importância dos profissionais de enfermagem na promoção de um ambiente de parto seguro e respeitoso Além disso é crucial considerar a dimensão institucional da violência obstétrica conforme discutido por Bezerra et al 2020 Esse estudo ressalta como as práticas institucionais podem contribuir para a violência obstétrica e destaca a necessidade de mudanças no sistema de saúde A conscientização e a educação em saúde são fundamentais para a prevenção da violência obstétrica como evidenciado pelo relato de experiência de Da Silva et al 2019 Isso enfatiza a importância de programas educacionais para profissionais de saúde e gestantes visando à promoção de práticas mais respeitosas e humanizadas Os direitos das parturientes são uma questão essencial como abordado por De Lacerda Da Costa Mariano e De Passos 2022 Esse estudo questiona o conhecimento das gestantes sobre seus direitos durante o parto e destaca a necessidade de informação e empoderamento das mulheres Por fim é vital reconhecer os efeitos da violência obstétrica nas gestantes tanto durante o parto quanto no pósparto como discutido por De Andrade et al 2019 Isso reforça a importância da humanização da assistência de enfermagem e da prevenção da violência obstétrica para promover a saúde e o bemestar das gestantes Em conclusão a análise dos diversos artigos e autores selecionados destaca a complexidade da violência obstétrica e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esse problema É fundamental que profissionais de saúde gestantes instituições de saúde e a sociedade em geral estejam cientes da violência obstétrica e trabalhem juntos para promover práticas mais humanizadas respeitosas e baseadas em direitos durante o processo de parto e pósparto CONCLUSÃO A violência obstétrica é uma realidade profundamente preocupante que tem implicações severas na saúde física e mental das mulheres assim como na saúde de seus bebês Este problema persiste em uma variedade de ambientes relacionados à assistência à saúde reprodutiva Estudos recentes abrangidos nesta análise têm revelado que procedimentos médicos desnecessários negligência abuso verbal e físico humilhação bem como ameaças são formas lamentavelmente comuns de violência obstétrica em diferentes estados brasileiros É de suma importância ressaltar que a violência obstétrica constitui uma flagrante violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres Portanto requer uma abordagem ativa incessante e enérgica para ser erradicada Urge uma mudança cultural no modo como a assistência ao parto é praticada com a implementação de abordagens respaldadas por evidências científicas o respeito integral aos direitos humanos e o empoderamento das mulheres no processo de nascimento Para garantir um parto seguro e humanizado para todas as mulheres brasileiras é imperativo que políticas públicas sejam efetivamente implementadas e que os profissionais de saúde sejam devidamente capacitados para prevenir e combater a violência obstétrica Além disso é premente a necessidade de uma expansão substancial da pesquisa e de estudos longitudinais que acompanhem o progresso das CopySpider httpscopyspidercombr Página 100 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 mulheres ao longo do tempo a fim de avaliar o impacto de experiências de violência obstétrica em sua saúde a longo prazo Isso contribuirá significativamente para o debate e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais na saúde e nos direitos das mulheres Somente por meio desses esforços conjuntos poderemos assegurar a prestação de assistência obstétrica de qualidade respeitosa e livre de violência para todas as mulheres promovendo assim um ambiente de cuidado mais seguro e digno no processo de nascimento REFERÊNCIAS ARAÚJO Bianca Vitória Garrido et al Formas contemporâneas de apropriação dos corpos femininos violência obstétrica no Brasil 2023 ASSIS Ruy Guilherme Castro de Justiça restaurativa e violência doméstica e familiar contra mulher percepções das servidoras de uma unidade jurisdicional em SantarémPará 2019 Tese de Doutorado Universidade Federal do Oeste do Pará CÂMARA Danielle Monteiro et al Obesidade e sobrepeso corpo gordo x corpo ideal Contribuições da literatura socioantropológica acerca da medicalização do corpo gordo 2021 CANTILINO Amaury NEVES Maila Castro L RENNÓ JR Joel Transtornos Psiquiátricos na Mulher Diagnóstico e Manejo Artmed Editora 2022 CONCEIÇÃO Marimeire Morais da et al Violência sexual infantojuvenil percepções de profissionais de saúde 2020 CORRÊA Clísten et al Educação em saúde baseada na escola como estratégia de prevenção de parasitoses Saúde em Redes v 6 n 1 p 235240 2020 CORRÊA Ana Paula Dias et al Atenção ao parto e nascimento em Manaus um olhar para as denúncias de Violência Obstétrica registradas pelo Humaniza Coletivo Feminista 2022 CRIVELINI Bárbara Milhomem Violência obstétricarevisão da literatura sobre conceitos contextos e alternativas para mudanças na assistência ao ciclo gravídicopuerperal 2023 DIAS Lara Lelis et al A violência obstétrica na perspectiva dos profissionais de enfermagem uma revisão de literatura In 15º Congresso Internacional da Rede Unida 2022 DA SILVA Ana Cristina Farah Abdon et al Índice de morte neonatal precoce uma análise do perfil materno Revista Eletrônica Acervo Saúde n 26 p e690e690 2019 DMEZA JERRY Análises sobre as Violências Obstétricas em Mulheres Imigrantes no Brasil 2023 Trabalho de Conclusão de Curso DE ANDRADE GUEDES Thiago DA SILVA Francielle Santos Gestão de Saúde Pública no Brasil à luz da teoria da burocracia escassez de médicos especialistas e desigualdade regional de acesso Boletim de Conjuntura BOCA v 13 n 37 p 111129 2023 GOMES Ariene Almeida et al Interpretações práticas e disputas a respeito do parto e nascimento uma análise sobre a cultura da humanização do parto em mídias sociais 2021 GONÇALVES Regiane Priscilla Monteiro A violência obstétrica no Brasil uma análise sobre o prisma dos direitos fundamentais 2020 Tese de Doutorado JABULA Isaiete Augusto Resistências ao abandono do casamento precoce eou forçado e da MGF no espaço da CEDEAO Caso da GuinéBissau 2021 Tese de Doutorado LACERDA Larissa O cenário da Violência Obstétrica no Brasil uma análise crítica e suas implicações na saúde materna In Anais do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre 2023 LEITE Tatiana Henriques et al Desrespeitos e abusos maus tratos e violência obstétrica um desafio para CopySpider httpscopyspidercombr Página 101 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 a epidemiologia e a saúde pública no Brasil Ciência Saúde Coletiva v 27 p 483491 2022 MAGALHÃES Roberta Cordeiro de Melo Violência obstétrica no contexto da violência feminina 2020 MARTINS Fabiana Lopes et al Violência obstétrica uma expressão nova para um problema histórico Revista Saúde em Foco v 11 n 2 p 413423 2019 MONTEIRO Ana Luiza de Medeiros Santos Responsabilidade civil a responsabilidade civil médica nos casos de violência obstétrica DireitoFlorianópolis 2020 MONTENEGRO Rute Peixoto do Nascimento A política nacional de humanização e o programa da rede cegonha na maternidade Escola Januário Cicco instrumentos para o enfrentamento da violência obstétrica 2019 Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal do Rio Grande do Norte OLIVEIRA Marina Jaques de Perspectivas jurídicas acerca da violência obstétrica no Brasil 2019 PAULINO Renata Gonçalves Validação de instrumento para avaliação da assistência de enfermagem em serviços obstétricos 2020 RAGAZZO Monize Secomandi Mestriner Impacto das práticas obstétricas na consecução do papel materno 2021 ROMAGNOLO Adriana Navarro Prénatal integral avaliação de um modelo de intervenção com gestantes para promoção de saúde mental no puerpério 2023 SANTOS Gisele Alves dos TRANSFOBIA SOBRE A VERTENTE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA 2022 SANTANA Maria Luisa Quaresma Prevenção da violência obstétrica no prénatal trabalho de parto e parto sob a ótica da enfermeira gestante e puérpera 2023 TARQUINIO Marcia Cristina Valle et al Desafios do acolhimento linguístico de imigrantes haitianos em Florianópolis análise crítica da mediação de intérpretes 2020 TITULOAUTOR ANO VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL AUTORIDADE MÉDICA E PODER NAS MATERNIDADES SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDEAGUIAR JANAINA MARQUES DE DOLIVEIRA ANA FLÁVIA PIRES LUCAS SCHRAIBER LILIA BLIMA 2013 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO SENTIDOS DO NASCER NA VIVÊNCIA DAS GESTANTESLANSKY SÔNIA ET AL2019 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA REVISÃO DE LITERATURACAVALHEIRO EDSON ALAN MORA FARIA GLEISON DE LIMA MARIANA KELY DINIZ GOMES 2021 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA VIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO ENTRE GESTANTES DO BRASILBARBOZA LUCIANA PEREIRA MOTA2016 MULHER E PARTO SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ABORDAGEM DE ENFERMAGEMOLIVEIRA MARIANA ROMA RIBEIRO DE ELIAS ELAYNE ARANTES OLIVEIRA SARA RIBEIRO DE 2020 CopySpider httpscopyspidercombr Página 102 de 103 Relatório gerado por CopySpider Software 20231003 195433 ASPECTOS DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA INSTITUCIONALIZADABEZERRA ELYS OLIVEIRA ET AL 2020 EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA 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