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Comunicação e Expressão
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1 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 03 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 02 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo com unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 atua no mercado capixaba destacandose pela oferta de cursos de graduação técnico pósgraduação e extensão com qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho Atualmente a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação MEC Das 2109 institu ições avaliadas no Brasil apenas 15 conquis taram notas 4 e 5 que são consideradas conceitos de excelência em ensino Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de qualidade sempre mantendo a credibil idade segurança e modernidade visando à satis fação dos clientes e colaboradores VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci da nacionalmente como referência em qualidade educacional R E I T O R GRUPO MULTIVIX R E I BIBLIOTECA MULTIVIX Dados de publicação na fonte As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site httpbrfreepikcom S586 Silva Michele Teixeira Comunicação e expressão Ivana Esteves Passos de Oliveira São Mateus Multivix 2014 91f il 30 cm Inclui referências 1 Comunicação e expressão 2 Comunicação interpessoalII Faculdade Multivix III Título CDD 3726 EDITORIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRA MULTIVIX Catalogação Biblioteca Central Anisio Teixeira Multivix Serra 2017 Proibida a reprodução total ou parcial Os infratores serão processados na forma da lei Diretor Executivo Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Eliene Maria Gava Ferrão Penina Diretor Administrativo Financeiro Fernando Bom Costalonga Diretor Geral Helber Barcellos da Costa Conselho Editorial Eliene Maria Gava Ferrão Penina presidente do Conselho Editorial Kessya Penitente Fabiano Costalonga Carina Sabadim Veloso Patrícia de Oliveira Penina Roberta Caldas Simões Revisão de Língua Portuguesa Leandro Siqueira Lima Revisão Técnica Alexandra Oliveira Alessandro Ventorin Graziela Vieira Carneiro Juliana Lima Barboza Tatiana de Santana Vieira Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo Carina Sabadim Veloso Maico Pagani Roncatto Ednilson José Roncatto Aline Ximenes Fragoso Genivaldo Felix Soares NEAD Núcleo de Educação à Distância Gestão Acadêmica Coord Didático Pedagógico Gestão Acadêmica Coord Didático Semipresencial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia Coordenação Geral de EAD 05 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 04 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO R E I T O R APRESENTAÇÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA Aluno a Multivix Estamos muito felizes por você agora fazer parte do maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 no mercado capixaba destacase pela oferta de cursos de graduação pósgraduação e extensão de qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde tanto na modalidade presencial quanto a distância Além da qualidade de ensino já comprovada pelo MEC que coloca todas as unidades do Grupo Multivix como parte do seleto grupo das Instituições de Ensino Superior de excelência no Brasil contando com sete unidades do Grupo entre as 100 melhores do País a Multivix preocupase bastante com o contexto da realidade local e com o desenvolvimento do país E para isso procura fazer a sua parte investindo em projetos sociais ambientais e na promoção de oportunidades para os que sonham em fazer uma faculdade de qualidade mas que precisam superar alguns obstáculos Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de qualidade sempre mantendo a credibilidade segu rança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores Entendemos que a educação de qualidade sempre foi a melhor resposta para um país crescer Para a Multivix educar é mais que ensinar É transformar o mundo à sua volta Seja bemvindo Prof Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretor Executivo do Grupo Multivix Olá acadêmicoa Bemvindoa à disciplina de Comunicação e Expressão na qual iremos aprofun dar seus conhecimentos acerca de linguagem língua e códigos comunicacionais no Curso de Pedagogia da Faculdade Multivix Serra Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso esta disciplina foi organizada em seis unidades com temas e subtemas que por sua vez são subdivididos em seções tópicos atendendo aos objetivos do processo de ensinoaprendizagem Nesta disciplina desenvolveremos estudos no campo da Língua Portuguesa e da Comunicação e procuraremos compreender as formas de expressão a lingua gem e suas transformações com o passar dos tempos assim como a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação TICs na sociedade contemporânea Detalharemos na disciplina os novos signos e códigos bem como as formas de expressão em um contexto cada vez mais dinâmico Para tanto partiremos da premissa de que a expressão pressupõe cada vez mais um processo interacional Cabe destacar que esse modelo interativo se aplica também ao estudo da disci plina de Comunicação e Expressão no ensino a distância destacando que para se realizar um bom curso sua participação nos fóruns de discussão é de suma importância para que os intercâmbios conceituais possam reverberar Esperamos que até o final da disciplina você possa ampliar a compreensão acerca da linguagem e do uso dos códigos linguísticos conhecer os elementos da comunicação identificar os níveis e as funções da linguagem na expressão e na comunicação compreender a importância da classificação das mensagens escritas Para tanto fiquem atentos aos conceitos e façam as atividades propostas Antes de iniciar a leitura gostaríamos de solicitar a você que pare um instante e reflita acerca da importância de se observar as características comunicacionais e da comunicação na contemporaneidade Enfim esperamos promover reflexões acerca do assunto e desejamos sucesso e bons estudos APRESENTAÇÃO 07 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 06 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Ivana Esteves Passos é jornalista e atua como professora no ensino superior des de 2001 Tem graduação em Comunicação Social 1990 Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo UFES 2004 e Doutorado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo UFES 2015 É PósDoutoranda em Língua Portuguesa Literatura Leitura e Educação na área Uso de Estratégias de Leitura com Literatura Infantil UnespPP É integrante do Grupo de Pesquisa Leitura Literatura e Educação da UFESCNPQ Tem especialização também em Marketing e Marketing Cultural É professora universitária produtora cultural e as sessora de comunicação Atuou e atua como assessora de comunicação de proje tos culturais em diversas áreas literatura cinema teatro dança e música É pro dutora cultural com experiência na área de Comunicação Cultura e Educação Já lecionou as seguintes disciplinas Língua Portuguesa Orientação a Projetos de TCC Comunicação e Expressão Introdução à Comunicação Comunicação e Cul tura Comunicação e Cidadania Marketing Cultural Cidades Criativas Educomu nicação Audiovisual Assessoria de Comunicação e Cinema Atua no âmbito aca dêmico e no mercado principalmente nos seguintes temas língua portuguesa leitura e literatura infantil educomunicação jornalismo cultural sustentabilidade responsabilidade social comunicação e cidadania marketing cultural além de produção cultural A AUTORA PLANO DE ENSINO OBJETIVOS DA DISCIPLINA Linguagem e língua Conceito de linguagem e língua Código Variedades Lin guísticas Dialetos e Registros Norma padrão e norma popular Ato comunicativo Comunicação Elementos da Comunicação Funções da Linguagem Ruídos na comunicação Técnicas de Comunicação Oral Leitura Processamento da leitura Concepções de Leitura Estratégias de leitura Processamento da escrita Conceito de texto Tipos textuais Textualidade Coerência textual Coesão textual Modelos de escrita Escrita comercial Escrita acadêmica Escrita oficial Tópicos gramati cais Crase Correção ortográfica Palavras e expressões que oferecem dificuldade Compreender o processo de comunicação nas organizações utilizando adequa damente técnicas e instrumentos para o exercício da profissão Refletir acerca do funcionamento da língua por meio de textos em situações con cretas de interação comunicativa principalmente nas organizações Aperfeiçoar o desempenho linguístico com o exercício tanto das práticas de lei tura e de interpretação de textos quanto da compreensão da funcionalidade dos elementos linguísticos Avaliar a importância da linguagem como garantia de nossa capacidade de comuni cação ou seja de compartilhar sentidos no dia a dia como agentes sociais Conhecer os elementos que condicionam os processos de produção e recepção de textos bem como a eficácia dos processos de comunicação Compreender as noções de variedade e unidade linguística assim como as cau sas mais comuns da ineficácia dos processos de comunicação Compreender o processo de leitura como atividade dinâmica e interativa entre autor texto e leitor na interpretação e na compreensão de sentidos Aplicar os diferentes enfoques sobre os processos de leitura e as estratégias de interpretação 09 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 08 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OBJETIVO UNIDADE Linguagem e língua 01 Leitura 03 Textualidade 05 Ato comunicativo 02 Processamento da escrita 04 Modelos de escrita 06 CRONOGRAMA DE CONTROLE DO ALUNO PRAZO PARA ENTREGA UNIDADE 01 04 02 05 03 06 Planejar eficientemente um texto considerando a função da escrita suas estra tégias e por fim os processos de produção de um texto escrito Reconhecer os elementos que tornam um texto incoerente o que inviabiliza o compartilhamento de sentidos e consequentemente desestabiliza o processo de comunicação Utilizar com eficácia os mecanismos da coesão textual isto é as relações que se estabelecem entre os elementos linguísticos que funcionam na superfície do texto e que estabelecem seu sentido Reconhecer as características e a funcionalidade dos principais modelos de escri ta comercial e oficial Produzir com eficácia diferentes modelos de escrita técnica utilizados no âmbito profissional das instituições públicas e das empresas privadas SUMÁRIO 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 1 UNIDADE DESENVOLVIMENTO 13 11 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO 13 12 LÍNGUA 18 121 LÍNGUA E LINGUAGEM 18 122 A LÍNGUA É MUTÁVEL 19 13 GRAUS DE FORMALIDADE 26 DESENVOLVIMENTO 31 21 COMUNICAÇÃO 32 211 MODELOS DE COMUNICAÇÃOELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 32 212 COMUNICAÇÃO E INTENCIONALIDADE DISCURSIVA 34 213 RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO 37 22 RESUMO 40 DESENVOLVIMENTO 43 31 CONCEPÇÕES DE LEITURA 43 32 ESTRATÉGIAS DE LEITURA 44 33 FATORES DE COMPREENSÃO DA LEITURA 45 34 ESCRITA E LEITURA CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CONTEXTO DE USO 49 35 RESUMO 51 DESENVOLVIMENTO 54 41 CONCEITO DE TEXTO 54 42 RESUMO 58 DESENVOLVIMENTO 60 51 COERÊNCIA TEXTUAL 60 52 COESÃO TEXTUAL 67 521 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 68 522 ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL 69 523 COESÃO SEQUENCIAL 71 11 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 10 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ICONOGRAFIA ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS GLOSSÁRIO MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS CITAÇÕES 53 CONCLUINDO 73 54 RESUMO 74 DESENVOLVIMENTO 77 61 ESCRITA COMERCIAL 77 62 ESCRITA OFICIAL 80 63 RESUMO 87 REFERÊNCIAS 88 SUMÁRIO 6 UNIDADE 13 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 12 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 1 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender os conceitos de língua e linguagem e diferenciálos diferenciar linguagem verbal não verbal e mista entender a definição de código e sua relação com a língua conhecer e reconhecer variedades linguísticas conscientizarse da existência das variedades linguísticas compreender as noções de norma padrão e norma popular conscientizarse de que cada modalidade das variedades linguísticas não é superior à outra 1 DESENVOLVIMENTO Como salvar a dimensão soberba da comunicação uma das mais belas do homem aquela que lhe faz desejar entrar em relação com os outros interagir com os outros Nas palavras do sociólogo e pesquisador da área de comunicação Dominique Wol ton Como salvar a dimensão humanista da comunicação quando triunfa sua dimensão instrumental WOLTON 2004 p 28 Tais interrogações nos trazem uma perspectiva comunicacional dialógica e voltada para a potência na geração de laço social e estabelecimento de vínculos A comunicação é um processo social básico e primário pois é a partir dela que se torna viável e possível a vida em sociedade Ela preside rege todas as relações hu manas de modo que não há sociedade organizada sem comunicação Dessa forma está relacionada a um padrão cultural a um modelo de cultura Para que a comunicação realmente possa se efetivar é necessário o domínio da linguagem Especialmente de uma de suas formas a língua Devemos considerar nesse contexto tanto a língua na sua forma oral quanto na sua forma escrita As di versas variedades linguísticas bem como as narrativas imagéticas também devem ser consideradas pois convivemos intensamente na contemporaneidade com a lin guagem visual Sendo assim nesta unidade serão apresentados conceitos e reflexões que habilitem ao discente o uso da comunicação da linguagem verbal e da linguagem não verbal de forma correta É portanto de suma importância o estudo da linguagem nos pro cessos de interação na contemporaneidade 11 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO É importante perguntar em que consiste a linguagem Na realidade ela consiste em símbolos que são representações de pessoas eventos e de tudo o que ocorre conosco e ao nosso redor WOOD 2009 p 103 Assim toda linguagem é simbólica entretanto nem todos os símbolos são linguísticos No caso da linguagem não ver bal estão inclusos símbolos que não são palavras como expressões faciais roupas e 15 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 14 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO tons de voz assim como imagens expressas pelo homem em suportes diversificados Segundo Émile Benveniste 2005 a linguagem é um sistema de signos socializados Símbolos que apresentam um sentido uniformizado em uma comunidade linguísti ca A premissa de socialização explicitada remete a uma proposição comunicacional da linguagem Quanto à menção sistema de signos seu emprego referese à de finição de linguagem como um conjunto cujos elementos se determinam em suas interrelações ou seja um conjunto no qual nada significa por si mas tudo significa em função dos outros elementos Dito de outro modo o sentido de um termo bem como o de um enunciado é função do contexto em que ele ocorre VANOYE 2003 p 21 Dessa forma a linguagem é considerada fruto de aprendizagem social e refle xo da cultura de uma comunidade além disso seu domínio é primordial na inserção do indivíduo na sociedade Observe as imagens a seguir para exemplificar a ideia de uso da linguagem na co municação intermediada ou não por dispositivos eletrônicos Figura 1 Comunicação intermediada ou não por dispositivos eletrônicos Figura 2 Interação social 17 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 16 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Observe que tanto na comunicação entre as pessoas da Figura 1 mediada por dis positivos eletrônicos quanto da Figura 2 há formas de comunicação A diferença é que na segunda imagem os movimentos e gestos também auxiliam na construção de sentidos e são formas de expressão da linguagem A linguagem cria a realidade Ao nomear as coisas a linguagem as traz até a cons ciência humana As linguagens têm características particulares Dividemse em dois grupos a linguagem verbal e a não verbal A linguagem verbal tem por unidade a palavra A não verbal por sua vez tem outros tipos de unidades gestos imagens desenhos pinturas etc Quando há em um texto linguagem verbal e não verbal di zemos que existe a linguagem mista Observe os exemplos a b c a Desenho linguagem não verbal Figura 3 Linguagem não verbal b Poema linguagem verbal Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivêlo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um exemplo de lingua gem verbal por meio de palavras c Quadrinho linguagem mista verbalnão verbal Na comunicação diária uti lizamonos de meios que dispensam o uso da palavra Nossos gestos e olhares são provas disso A maneira como nos vestimos e até como nos portamos nos variados am bientes que frequentamos também serve para comuni car aos que nos observam mo dos de ser Assim podemos naturalmente concluir que há no cotidiano uma mistura natural de linguagens Temos por hábito utilizar a lingua gem verbal juntamente com a não verbal como forma de estabelecer comunicação Figura 4 Linguagem mista 19 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 18 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 12 LÍNGUA As línguas sempre refletem a diversidade de condições históricas e socioculturais em que são utilizadas Para Vanoye 2003 p 21 as línguas são casos particulares de um fenômeno a linguagem que é estudada pela linguística geral Embora não exista a linguagem verbal universal a linguística geral esforçase no sentido de isolar e estu dar as características comuns das diferentes línguas A língua é um código formado por palavras e leis combinatórias por meio das quais as pessoas se comunicam e interagem entre si Quanto maior o domínio que temos da língua maiores são as possibilidades de termos um desempenho linguístico eficiente 121 LÍNGUA E LINGUAGEM Um dos principais conceitos para diferenciar língua e linguagem vem de um impor tante linguista considerado o pai da Linguística Geral Ferdinand de Saussure 2006 Para o estudioso a linguagem é de natureza heterogênea portanto é multiforme além disso pertence ao domínio individual e social O que tudo isso quer dizer Heterogênea significa que assume mais de uma forma Então pode ser verbal não verbal feita por meio de gestos e movimentos É portanto multiforme pois assume mais de uma forma A linguagem pode ser de domínio individual uma pessoa iso lada pode conceber símbolos para compreender o mundo e social várias pessoas usam os mesmos símbolos Para Saussure 2006 a língua é um produto social da linguagem sendo assim é sempre algo adquirido e convencional Ou seja uma comunidade de pessoas preci sa atribuir o mesmo sentido aos mesmos símbolos Por exemplo em língua portu guesa o símbolo verbal GATO representa o animal doméstico felino A língua é um sistema homogêneo tem uma única forma e portanto é estável 122 A LÍNGUA É MUTÁVEL A mutabilidade das línguas é enorme e resulta da dinâmica da história da própria vida das relações sociais e até da maneira de ser de cada indivíduo Um exemplo são as chamadas línguas mortas ou em desuso como o latim A língua evolui transfor mandose e os processos de globalização os avanços tecnológicos têm intensifica do as variações linguísticas A fala também se modifica de acordo com a história de cada indivíduo suas intenções sua formação escolar sua cultura com as influências que ele recebe do grupo social ao qual pertence SAUSSURE 2006 Algumas palavras perdem ou ganham sílabas como é o caso do pronome de trata mento Vossa Mercê que passou por transformações tornandose Você Quem sabe daqui a alguns anos já teremos a palavra Cê no dicionário Além disso novas palavras surgem de acordo com as necessidades incluindo os empréstimos de outras línguas com as quais a comunidade linguística mantém contato denominados estrangeiris mos empréstimos linguísticos provenientes de línguas estrangeiras em diferentes épocas A palavra bife por exemplo veio do inglês beef a palavra abajur veio do francês abatjur dentre milhões de exemplos possíveis Também é importante pontuar que a convergência digital o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação TICs com o uso da internet e das redes sociais tem potencializado a mutabilidade linguística A internet propiciou o surgi mento e o empréstimo de novas palavras digitar teclar twittar facebook blogueiros outras porém deixam de ser utilizadas gradativamente como é o caso de datilografar SIGNO Vanoye 2003 p21 define signo como uma noção básica na linguística Signo é a menor unidade dotada de sentido em um código dado Decompõese em um elemento material perceptível o significante e em um elemento conceitual não perceptível o significado O referente é o objeto real ao qual remete o signo em uma instância de enunciação Exemplo vamos pensar em maçã Significante o som da palavra a união de fonemas que forma o vocábulo maçã Significado ideia de uma determinada fruta específica Referente a fruta real que existe 21 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 20 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CÓDIGO Código é um conjunto de regras que permi te a construção e a compreensão de men sagens É portanto um sistema de signos A linguagem é por conseguinte um dentre outros códigos VANOYE 2003 p 22 A linguagem verbal é um código porém di ferente dos demais apresenta características únicas SAUSSURE 2006 Uma delas é a de falar acerca dos signos que constituem ou tros signos ou seja pode explicar a arbitra riedade que existe entre significante e signi ficado Outra possibilidade é fazer jogos de sentido criando ambiguidades metáforas brincadeiras de palavras novas significações Percebese que o significado das palavras embora possa parecer algo fixo não o é já que a língua é viva as palavras nascem crescem evoluem podem mudar de forma e de senti do e até desaparecer de determinado idioma A imaginação do homem também pode con tribuir para ampliar o significado das palavras e ela deixa de significar apenas a ideia origi nal que é aquela básica e objetiva Daí os conceitos de denotação e conotação DENOTAÇÃOCONOTAÇÃO Referemse ao sentido das palavras da língua Denotação é a designação do objeto ao qual remete o significante ou seja é o sentido imediato possível de localizar ra pidamente em um dicionário Conotação faz referência a tudo que um termo possa sugerir clara ou vagamente varia de pessoa para pessoa e conforme o espaço e o tempo Nessa categoria estão as metáforas e a linguagem figurada KOCH 2009 No caso do signo maçã diversos significantes um som ou melhor uma combinação de sons ou uma combinação gráfica correspondem a um significado o conceito de maçã que por sua vez designa uma classe de referentes maçã do amor doce de maçã maçã argentina Há casos em que um mesmo significante pode remeter a vários significados folha pode remeter à folha de árvore ou à folha de caderno Nesses casos o contexto elimina a ambiguidade Dominar bem uma língua não significa apenas conhecer seu vocabulário é preciso também ter domínio de suas leis combinatórias Conhecemos o sentido de cada uma das palavras deste enunciado Na foi comunidade Amazônica descoberta indígena Porém ele nada significa para nós porque não foram respeitadas as leis de combina ção das palavras Veja como o enunciado ganha sentido se combinarmos as palavras desta forma Foi descoberta comunidade indígena na Amazônia Para compreender melhor a relação dos signos na constituição da linguagem vamos explicar as três características dos símbolos conforme assinala Wood 2009 p 104108 a Arbitrariedade a linguagem é arbitrária o que significa que os símbolos verbais não são intrinsecamente relacionados com o que representam Exemplo sala de batepapo não tem nenhuma relação natural com espaços para interação dentro de comunidades virtuais específicas Dessa forma não há nenhuma regra que diga que o termo mesa faça referência ao objeto que consideramos ser uma mesa É apenas um convenção É disso que se trata a arbitrariedade A linguagem também muda à medida que inventamos novas palavras ou atribuímos novos significados a palavras existentes Quando determinada palavra é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum estamos diante de uma linguagem conotativa Além de ser bastante explorada na Literatura a conotação é empregada em letras de músicas anúncios publicitários conversas do nosso cotidiano etc Para demonstrar que tanto a conotação quanto a denotação são bastante exploradas no nosso dia a dia leia o exemplo a seguir Ex Marina quebrou a cara Observe que no exemplo podemos interpretar o enunciado de duas maneiras entender que Marina sofreu algum acidente e fraturou o rosto ou que ela não se deu bem em determinada situação 23 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 22 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO b Ambiguidade a linguagem é ambígua ou seja não tem significados bem defi nidos e precisos A linguagem é a mesma mas seu sentido muda dependendo de experiências interesses identidade e formação pessoal A ambiguidade relacionase aos aspectos culturais Exemplo cachorro pode se referir a determinado animal de quatro patas ou em algumas culturas dar nome a um alimento c Abstração a linguagem é abstrata ou seja as palavras não são os fenômenos concretos ou tangíveis aos quais elas se referem Elas representam esses fenômenos ideias pessoas eventos objetos sentimentos e assim por diante mas não são as coisas que representam À medida que a linguagem se torna cada vez mais abstrata o potencial de confusão aumenta rapidamente Exemplo a comunicação em geral utiliza uma linguagem altamente genérica e abstrata para descrever grupos de pes soas juventude urbana imigrante terceira idade etc O Gigolô das palavras Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão designada por seu professor de Português saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua Cada grupo portava seu gravador cassete certamente o instrumento vital da pedagogia moderna e andava arrecadando opiniões Suspeitei de saída que o tal pro fessor lia esta coluna se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar Já estava até preparando às pressas minha defesa Culpa da revisão Culpa da revisão Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado Não Então va mos em frente LEITURA COMPLEMENTAR Respondi que a linguagem qualquer linguagem é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal Respeitadas algumas regras básicas da Gra mática para evitar os vexames mais gritantes as outras são dispensáveis A sintaxe é uma questão de uso não de princípios Escrever bem é escrever claro não necessaria mente certo Por exemplo dizer escrever claro não é certo mas é claro certo O im portante é comunicar E quando possível surpreender iluminar divertir mover Mas aí entramos na área do talento que também não tem nada a ver com Gramática A Gramática é o esqueleto da língua Só predomina nas línguas mortas e aí é de inte resse restrito a necrólogos e professores de Latim gente em geral pouco comunicativa Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo Eles só estão esperando fardados que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva É o esqueleto que nos traz de pé certo mas ele não informa nada como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada não tem futuro As múmias conversam entre si em Gramática pura Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores E adverti que minha im plicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela Sem pre fui péssimo em Português Mas isso eu disse vejam vocês a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo apesar da minha total inocência na matéria Sou um gigolô das palavras Vivo às suas custas E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional Abuso delas Só uso as que eu conheço as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras Exijo submissão Não raro peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto pas sageiro Maltratoas sem dúvida E jamais me deixo dominar por elas Não me meto na sua vida particular Não me interessa seu passado suas origens sua família nem o que outros já fizeram com elas Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubálas de outro quando acho que vou ganhar com isto As palavras afinal vivem na boca do povo São faladíssimas Algumas são de baixíssimo calão Não merecem o mínimo respeito Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel Acabaria tratandoas com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido A palavra seria a sua patroa Com que cuidados com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos etimologistas e colegas Acabaria impotente incapaz de uma conjunção A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda VERÍSSIMO Luis Fernando O gigolô das palavras In Para gostar de ler Luis Fer nando Verissimo o nariz e outras crônicas 10 ed v 14 São Paulo Ática 2002 p 7778 25 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 24 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO VARIEDADES LINGUÍSTICAS Apesar de uma língua ser uma construção social e sofrer padronizações para se tor nar o mais uniforme possível sempre haverá variação em seu uso Ou seja a variação sempre existiu e sempre existirá independentemente de qualquer ação normativa Assim quando se fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades BRASIL 1998 p 29 É preciso destacar que as variações de uma língua ocorrem de acordo com condiçõespeculiaridades de natureza social cultural regional ou até histórica Gorski e Coelho 2010 destacam que há três importantes tipos de variações linguís ticas variação regional ou geográfica variação social e variação estilística Vamos nos ater um pouco em cada uma delas Variação Regional é aquela que acontece por razões geográficos Por exemplo o sotaque Gaúcho falado no Rio Grande do Sul o sotaque baiano falado na Bahia etc Variação Social essa variação também conhecida como variação diastrática GOR SKI COELHO 2010 está relacionada a fatores econômicos a classes sociais e ao acesso à educação Também podem influenciar fatores como o sexo a idade o grau de escolaridade a profissão do indivíduo Segundo Gorski e Coelho 2010 são exem plos típicos de variação social a vocalização do lh i como em mulhermuié blusabrusa cantandocantano a concordância nominal e verbal como em os meninos saíram cedoos menino saiu cedo Variação estilística também chamada de registro Manifestase nas diferentes situ ações comunicativas que nos envolvem todos os dias Por exemplo em casa com familiares e amigos íntimos usamos uma variação da língua mais coloquial mais despreocupada Em situações formais como uma entrevista de emprego é mais indicado o uso de uma linguagem mais cuidada e elaborada o registro formal Al gumas esferas de comunicação vão exigir um uso diferenciado da língua a igreja o clube o tribunal dentre outros possíveis exemplos Gorski e Coelho 2010 p 77 destacam que tanto a variação geográfica como a variação social estão intimamente associadas às forças internas que promovem ou impedem a variação e a mudança e à identidade do falante Ou seja ao abrir a boca e falar um sujeito pode revelar muitas informações sobre si como a sua região de origem como se ele pela sua forma de falar se identificasse como pertencente ou não a determinada comunidade e a determinado grupo social GORSKI COELHO 2010 p 77 É nesse contexto que pode acontecer o preconceito linguístico que diz respeito ao julgamento com preconceito da forma de falar de um indivíduo Onde se fala melhor o português no Brasil Como vimos as variações linguísticas são normais e podem ser de diferentes nature zas geográficas sociais ou estilísticas Portanto é absolutamente inadequado eleger uma maneira de falar como superior às demais principalmente quando estivermos nos referindo a sotaques GORSKI COELHO 2010 Aprendemos nossa língua em casa no contato com a família imitando o que ouve e apropriandose do vocabulário e das leis combinatórias da língua Exercitamos tam bém o aparelho fonador para produzir sons que se transformam em palavra frases e textos inteiros Dessa forma é preciso levar em conta que Embora no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma lín gua nacional notamse diferenças de pronúncia de emprego de palavras de morfologia e de construções sintáticas as quais não somente identifi cam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala Não existem portanto variedades fixas em um mesmo espaço social convivem mescla das diferentes variedades linguísticas geralmente associadas a diferentes valores sociais BRASIL 1998 p 29 Por isso temos de compreender as diferentes manifestações da língua e evitar ações de preconceito linguístico É importante ter consciência das diferentes variedades da língua e também do valor social que manifestam as formas em variação Desse modo a pergunta Onde se fala o melhor português do Brasil é absolutamente inadequada não há maneira melhor ou pior certa ou errada Entretanto quando estivermos em situações de formalidade alguns usos da língua precisam ser obser vados Nesse caso estaremos diante de um uso adequado ou inadequado da língua não de um pior ou melhor 27 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 26 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 13 GRAUS DE FORMALIDADE Formal linguagem cuidada na variedade culta e padrão Exemplos artigos acadêmicos notícias informativos dicionários Na linguagem formal observamos a aplicação de regras gramaticais lexicais orto gráficas e a maior precisão vocabular possível Existem situações comunicativas de maior formalidade como um tribunal uma en trevista de emprego uma entrevista com autoridade A linguagem formal sempre trará a norma padrão da língua aquela manifestada nas gramáticas nos dicionários Linguagem coloquial informal ou popular ocorre quando a língua se manifesta naturalmente de forma coloquial e despreocupada com regras específicas da gra mática Exemplo conversas em redes sociais bilhetes Existem situações comunicativas de maior coloquialidade como conversa entre amigos A linguagem coloquial trará como norteadora a norma popular da língua baseada no uso direto das situações comunicativas Texto 1 Todo mundo fala errado Lya Luft Frequentemente se ouve alguém afirmar desamparado que todo mundo fala erra do Se apenas observarmos superficialmente poderemos achar que a afirmação está correta É verdade ninguém ou quase ninguém fala certo Talvez devêssemos então indagar o que é falar certo A maioria das respostas será que é falar como está nas gramáticas isto é todo mundo deveria usar com naturalidade e frequência as formas mais sofisticadas da chamada línguapadrão Nesse caso diríamos aos amigos aos fi lhos aos empregados coisas como na página seguinte Maria viste meu filho na escola Não Teresa vêloei amanhã somente Ou ainda Poderias dizerme aonde irás esta noite Dirteei unicamente quando tiver regressado E ainda coisas deliciosas como Que pensais da cultura dos nossos universitários Não vos posso dar essa resposta porque seria demasiado desanimadora Ora dirão os meus leitores que linguajar mais horrível Que pedantismo que erudição falsa que inadequação à nossa realidade Ninguém fala assim Enfim uma observação inteligente ninguém fala assim porque essas formas e muitas outras que não estão nos livros não se usam Tornaramse arcaicas pertencem a um nível de linguagem culto formal que se aceita com dor nos ouvidos em discursos em sermões de igreja e olhe lá Pelo que nossa liturgia e posturas na Igreja andam evoluindo em breve a música religiosa será considerada blasfêmia São formas apenas aturadas como se aturam trastes velhos pela casa enquanto não sabemos onde os colocar Isso significa que aquilo que os mais ingênuos julgam ser a maneira correta de falar não passa de fórmula livresca seca sem vida Mas não é nem de longe o que devemos empregar LEITURA COMPLEMENTAR 29 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 28 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 14 RESUMO A linguagem é um sistema de signos utilizado para o estabelecimento da co municação A linguagem é dividida em verbal e não verbal A língua é um código que permite a comunicação entre as pessoas por meio de um sistema de signos e combinações Há dois tipos básicos de variação linguística os dialetos e os registros A norma popular referese a todas as variedades linguísticas diferentes da nor ma padrão esta é caracterizada como prestigiosa utilizada em situações for mais em sua maioria por falantes escolarizados Existem três graus de formalidade formal informal e coloquial diariamente muito menos na fala Pois na língua se distinguem duas maneiras de registrar o pensamento a fala registro primeiro e a escrita registro segundo isto é re gistro da fala Observando isso podemos concluir que a escrita é que deve reproduzir a fala e não viceversa Assim não é correto que devêssemos falar como se escreve mas deveríamos isso sim escrever como se fala o que é impossível por uma série de moti vos um dos quais o de ser a escrita um código determinado por decretos oficiais Por isso não é correto somente o que está nos livros Mas há outros aspectos como a linguagem ser um comportamento social do homem Não se usa um calção em uma conferência nem terno e gravata para ir à piscina entre amigos como não se fala de maneira descontraída em uma conferência Na escrita para aprendermos realmente a escrever é necessário um treinamento intenso pois o código é mais complicado obedece a regras fixas e rígidas Nadar se aprende nadando guiar se aprende guiando falar se aprende falando e escrever se aprende escrevendo e lendo para internalizar estruturas O assunto linguagem é complexo demais para ser tratado num artigo e todos os livros escritos a respeito ainda nos deixam saudavelmen te curiosos e perplexos LUFT Lya Todo mundo fala errado In SMITH Marisa Magnus MOREIRA Maria Eunice BOCCHESE Jocelyne da Cunha Org ENADE comentado letras 2011 Dados eletrôni cos Porto Alegre EDIPUCRS 2013 122p ANOTAÇÕES LEITURA COMPLEMENTAR ILARI Rodolfo BASSO Renato Português do Brasil a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver In O português da gente a língua que estudamos e a língua que falamos São Paulo Contexto 2006 p 151196 Os autores tratam da incapacidade que o falante da Língua Portuguesa tem de lidar com situações cotidianas que afetam diretamente o uso da língua Além disso Ilari e Basso asseveram que a língua está à mercê de mudanças e variações irremediavelmente 31 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 30 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 2 OBJETIVOS Ao final desta unidade esperamos que o aluno seja capaz de a compreender o conceito de comunicação e seus elementos b reconhecer a importância da comunicação no ambiente acadêmico e profissional c entender as funções da linguagem no discurso d conscientizarse de que o conhecimento das funções da linguagem pode propiciar a melhoria na produção oral e escrita e compreender os ruídos da comunicação e evitálos no processo comunicativo 2 DESENVOLVIMENTO Devido à comunicação ser um mosaico composto de processos peculiares que de mandam o desenvolvimento de habilidades perceptivas e expressivas as quais ne cessitamos compreender e explorar em nosso cotidiano de convivência social é in dispensável estudar a comunicação em todas as suas modalidades comunicação e autoimagem comunicação nos relacionamentos pessoais comunicação em grupos e equipes comunicação nas organizações comunicação pública comunicação de massa e tecnologias da comunicação Diversos estudiosos da linguagem reconhecem no processo comunicativo um pa pel relevante Nem sempre porém a função comunicativa da linguagem foi assim reconhecida Saussure foi considerado o criador da Linguística que atribuiu à lín gua a função de instrumento comunicacional Anteriormente a língua era vista como representação do pensamento não tendo a função de transmitir informa ções Reconhecendo a importância atual da comunicação para as diversas orga nizações trabalharemos nesta unidade o conceito os elementos e as funções da linguagem na comunicação 33 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 32 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 21 COMUNICAÇÃO A comunicação é um processo sistêmico no qual as pessoas interagem com símbo los e por meio deles para criar e interpretar significados A comunicação tem quatro elementos centrais segundo Wood 2009 p 3740 Processo a comunicação é um processo o que significa que é contínua e dinâmica É difícil dizer quando a comunicação começa e quando ter mina pois o que ocorre antes de falarmos com alguém pode influenciar a interação e o que ocorre em um contato específico pode afetar o futuro A comunicação está em constante movimento evoluindo e mudando conti nuamente Não é possível congelar a comunicação Sistemas a comunicação ocorre dentro de sistemas Um sistema consiste em partes interrelacionadas que afetam umas às outras Pelo fato de as partes de um sistema serem interdependentes e interagirem continu amente uma alteração em qualquer uma delas altera o sistema como um todo Os sistemas tentam manter o equilíbrio mas são incapazes de sustentálo Símbolos a comunicação é simbólica Não temos acesso direto aos pen samentos e sentimentos dos outros Usamos portanto os símbolos que são representações abstratas arbitrárias e ambíguas como vimos na Uni dade I de outras coisas Podemos simbolizar o amor dando um anel ou dando um abraço apertado em alguém A comunicação humana envolve interações com símbolos e por meio deles Significados estes representam o coração da comunicação Os significa dos são o sentido que conferimos aos fenômenos ou o que eles significam para nós Não encontramos significados na experiência em si Em vez disso usamos símbolos para criar significados De modo geral construímos ati vamente o significado por meio de interação com os símbolos 211 MODELOS DE COMUNICAÇÃOELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Assim ocorre a comunicação o EMISSOR envia uma MENSAGEM CODIFICADA por meio de um CANAL ao RECEPTOR com o qual compartilha do mesmo CONTEXTO JAKOBSON 1991 Observe o processo comunicativo ilustrado no quadro a seguir Locutor emissor aquele que diz algo a alguém Interlocutor receptor aquele com quem o locutor se comunica Mensagem é o texto o que foi transmitido entre os interlocutores Código a convenção social que permite ao interlocutor compreender a mensagem Canal o meio físico que conduz a mensagem ao receptor Referente o assunto da mensagem Fonte adaptado de Jakobson 1991 Para compreender melhor os elementos da comunicação observe o texto a seguir Caro Jorge Amanhã não poderei ir à aula Por favor avise ao professor que entregarei o trabalho na semana que vem Joaquim O texto como podemos observar é o bilhete de Jorge para Joaquim Em relação aos elementos da comunicação podemos considerar Locutor emissor Joaquim Interlocutor receptor Jorge Mensagem o texto que está escrito no bilhete o qual Jorge precisa ler para fazer o favor solicitado por Joaquim Código Língua portuguesa na modalidade escrita e formal Canal um bilhete escrito Referente o assunto que no caso é o fato de Joaquim não ir à aula e precisar de um favor de Jorge Observe que todos os elementos são fundamentais para que a comunicação real mente se efetive QUADRO 1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 35 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 34 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 212 COMUNICAÇÃO E INTENCIONALIDADE DISCURSIVA A intencionalidade discursiva diz respeito às intenções explícitas ou implícitas exis tentes nos enunciados Observe o exemplo A mãe para o filho que entra com os pés cheios de lama Marcelo eu acabei de limpar o chão da sala A intenção implícita da mãe é dizer ao filho para que ele não suje o chão da sala entrando com os pés cheios de lama A mãe deseja portanto que seu filho tome algumas destas atitudes a fim de manter o chão limpo limpar os pés antes de entrar limpar a sujeira que fez no chão etc Dessa maneira o modo como cada falante da língua utiliza a linguagem articulada depende do objetivo que pretende atingir isto é da intenção discursiva explicar algo informar influenciar outra pessoa expressar seus sentimentos etc Assim o indivíduo SELECIONA ORGANIZA COMBINA AS PALAVRAS CONFORME SUA INTENÇÃO COMUNICATIVA Nesse contexto as intenções discursivas podem ser nomeadas como funções da lin guagem Isso quer dizer que para cada elemento da comunicação há uma função da linguagem específica O linguista Roman Jakobson 1991 propôs um esquema das funções da linguagem a partir dos elementos da comunicação EMISSOR Função Emotiva RECEPTOR Função Conativa REFERENTE Função Referencial MENSAGEM Função Poética CANAL Função Fática CÓDIGO Função Metalinguística Figura 5 Funções da linguagem Fonte adaptado de Jakobson 1991 A linguagem sofre variações de acordo com a situação e assume funções que levam em consideração o que se pretende transmitir bem como os efeitos que se espera obter com o que se transmite A partir dessas considerações analisar as funções da linguagem nos textos alheios contribui para a descoberta dos objetivos que direcio naram sua elaboração Aplicálas aos nossos textos ajudanos a planejar melhor a comunicação que se torna portanto eficiente Segundo essa perspectiva existem seis funções de linguagem Vamos conhecer cada uma delas Função Referencial ou denotativa referente o objetivo é traduzir a realidade o referente informando com o máximo de clareza possível Nos textos científicos e alguns jornalísticos predomina essa função Ela é a que se volta para a informação para o próprio contexto na intenção de transmitir dados da realidade de uma forma direta e objetiva Nessa função prevalece normalmente o texto escrito em terceira pessoa com palavras empregadas no sentido denotativo como em trabalhos cientí ficos e noticiários jornalísticos É a função mais utilizada na comunicação e é comum vêla associada a outras funções Exemplo grande maioria das notícias e reportagens Função Emotiva ou expressiva emissor o objetivo é expressar emoções senti mentos estados de espírito O que importa é o emissor por isso o predomínio do registro em primeira pessoa Exemplos alguns poemas relatos em primeira pessoa diários Função conativa ou apelativa receptor o objetivo é convencer o receptor a ter determinado comportamento por meio de uma ordem uma invocação uma exor tação uma súplica etc Essa função centrase no receptor É persuasiva e se configura como uma ordem ou apelo procurando modificar no receptor ideias opiniões e 37 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 36 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Exemplo algo que ocorre em um diálogo de telefone Veja Alô Maria como vai Oi José vou bem Você está melhor Maria Já disse que sim Eu também estou bem Você está bela Ah bem é que eu Tá certo Então vou desligar estados de ânimo As propagandas e os discursos autoritários abusam dessa lingua gem Ela se caracteriza pelo uso de verbos no imperativo pela utilização de vocativos e da segunda pessoa Exemplos propagandas publicidade campanhas publicitárias Função Fática canal o objetivo é apenas estabelecer manter ou prolongar o con tato por meio do canal com o receptor As expressões usadas nos cumprimentos ao telefone ou em outras situações apresentam esse tipo de função A palavra fático sig nifica ruído rumorÉ a função utilizada para abrir fechar ou simplesmente testar a efi ciência do canal usado na comunicação estabelecendo prolongando ou testandoo Função Metalinguística código o objetivo é o uso do código para explicar o pró prio código A língua por exemplo é um código os sinais de trânsito são outro Me talinguagem são textos que interpretam outros textos Utilizase a linguagem para falar dela própria Uma gramática um dicionário esta apresentação uma explicação oral acerca do uso da língua ou quando procuramos explicitar com outras palavras o que foi dito anteriormente são exemplos desta função Exemplo dicionários Função Poética mensagem o objetivo é dar ênfase à elaboração da mensagem O emissor constrói seu texto de maneira especial realizando um trabalho de seleção e combinação de palavras de ideias ou de imagens de sons eou de ritmos Explorase bastante a conotação Uma das características da poesia é nos remeter por meio da sonoridade de seus versos a uma ideia acerca de algo do que o texto fala É na composição rítmica mas também nos sons dos fonemas que essa construção se dá É centrada na mensagem na seleção na combinação das palavras e da estrutura do texto buscando construílo de forma original criativa e inovadora É comum o uso de figuras de linguagem e recursos poéticos É importante ressaltar que a função poéti ca não é exclusiva da poesia sendo também encontrada em anúncios publicitários Exemplo a grande maioria dos textos literários 213 RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO Para que uma situação de comunicação ocorra efetivamente é necessário que todos os ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO locutor interlocutor mensagem canal código e contexto estejam presentes Porém pode haver situações em que um ou mais elementos sofram interferências gerando RUÍDOS Assim o ruído é toda interferência indesejável que atrapalha a transmissão e a com preensão de uma mensagem Exemplos o barulho de uma sirene durante um diálogo muitos erros de português em um texto escrito caligrafia ruim o boato etc 39 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 38 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO RUÍDOS QUE CRIAM BARREIRAS NO ATO DE COMUNICAÇÃO 1 O receptor não dedica suficiente atenção e concentração para a recepção da mensagem gerando malentendidos Exemplo Um funcionário informa o resultado da reunião com um cliente Sr Ricardo ao supervisor que não deixa de ler emails enquanto ouve e por isso não dá a menor atenção à fala do funcionário O funcionário sai da sala e toca o telefone é o Sr Ricardo como o supervisor não prestou atenção o funcionário não entende o que está acontecendo e deixa o Sr Ricardo muito nervoso 2 O emissor ou o receptor não tem domínio completo do código utilizado Exemplo Imagine um vendedor gritando a plenos pulmões a seguinte frase Olha a tapioca olha a tapioca fazida na hora Pida Pida Provavelmente sua intenção é fazer com que seu produto desperte o interesse das pessoas Entretanto a forma que ele enuncia denota que o código língua portuguesa não é totalmente dominado pelo emissor na sua modalidade padrão E no momento de convencer pessoas a comprar produtos usar a forma culta poderia ser mais efetiva para o ato comunicativo Assim correse o risco de muitas pessoas não entenderem a intenção comunicativa para comprar e pedir por tapioca e assim a comunicação não se efetivar 3 O canal sofre interferências o que impossibilita a perfeita transmissão da men sagem Exemplo Durante uma reunião em uma sala próxima à rua o gerente interrompe a fala cada vez que o barulho da britadeira começa 4 O emissor e o receptor têm percepções diferentes do contexto da comunicação ou o receptor o desconhece Exemplo Em uma reunião de uma empresa um executivo elogia uma colega e a chama de mulherão Ela porém se ofende e sai da sala Para o emissor isso pode ter sido um elogio mas de acordo com o contexto e com a forma como foi enunciada a palavra pode ser interpretada de outra maneira como acontece no exemplo posto 5 O receptor não consegue clarificar qual a principal mensagem do texto Exemplo textos confusos sem coesão sem coerência que impedem a interpretação Com o objetivo de ter uma locução mais clara evite mensagens soterradas por um monte de informações secundárias as quais impedem que o assunto principal seja entendido com clareza evite carga excessiva de dados e fatos pois o excesso deixa a transmissão seriamente comprometida exigindo esforço e capacidade maiores do receptor para acompanhar o raciocínio 6 Redundância Não chega a perturbar a transmissão da mensagem mas torna o texto extenso e cansativo podendo levar o receptor a se desinteressar pela informação A repetição de termos objetiva a clareza e a prevenção de possíveis equívocos na mensagem no entanto quando se usa repetidamente esse recurso podese prejudicar a compre ensão pelo excesso 41 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 40 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 22 RESUMO Conceito de comunicação Elementos da comunicação emissor receptor código referente mensagem e canal Funções da linguagem emotiva apelativa fática metalinguística poética e re ferencial Ruídos na Comunicação Tipos de ruídos 1 CHALHUB Samira Funções da linguagem 7ed São Paulo Ática 1995 O livro de Chalhub aborda as funções da linguagem de modo bem detalhado Além disso a autora discute que as mensagens exploram uma ou mais funções explicitando que o predomínio de uma delas é extremamente relevante na construção do objetivo de uma comunicação 2 Nós na fita Trecho da comédia de Leandro Hassum e Marcius Melhen em que tratam da redundância INDICAÇÃO DE VÍDEOS E LEITURA ANOTAÇÕES 43 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 42 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 3 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de conhecer as estratégias de leitura a fim de aperfeiçoar a capacidade leitora conscientizarse das concepções de leitura entender os objetivos da leitura bem como suas funções sociais compreender a pluralidade de leituras que um texto pode propiciar 3 DESENVOLVIMENTO A leitura ocupa um importante papel em nossas vidas por motivos infinitos É por meio dela que desenvolvemos o conhecimento de mundo vivemos experiências novas e nos formamos como indivíduos Ela é também uma importante habilidade a ser desenvolvida pelo estudante a fim de ampliar seus horizontes o mercado de trabalho o crescimento individual etc Por isso dedicamos uma unidade desta apos tila para que você alunoa conheça mais a respeito dessa competência primordial ao ser humano 31 CONCEPÇÕES DE LEITURA A leitura é o resultado de uma série de convenções que uma comunidade estabe lece para a comunicação entre seus membros e fora dela Aprender a ler e ser leitor são práticas sociais que medeiam e transformam as relações humanas COSSON 2011 p 40 As concepções conceitos de leitura são decorrentes das concepções de sujeito de língua de texto e de sentido Há três concepções de leitura com foco no autor com foco no texto e com foco na interação autortextoleitor Foco no autor A língua nessa concepção é vista como representação do pensamento O sujeito é psicológico individual dono de sua vontade e de suas ações Assim o interlocutor deve captar a mensagem do locutor da maneira como foi mentalizada por este O texto é visto como um produto do pensamento do autor Portanto a leitura é enten dida como atividade de captação de ideias do autor sem levar em conta as experi ências e os conhecimentos do leitor KOCH ELIAS 2010 Foco no texto A língua é observada como estrutura como código O sujeito é assujeitado pelo sistema não de forma consciente O texto é produto da codificação de um emissor a ser codificado pelo ouvinte bastando a este o conhecimento do código usado A leitura é focada no texto Cabe ao leitor reconhecer os sentidos das palavras e das estruturas do texto KOCH ELIAS 2010 45 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 44 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Foco na interação autortextoleitor A concepção de língua é interacional Os sujeitos são construtores sociais que inte ragem dialogam com o texto O sentido é construído na interação textosujeitos A leitura é uma atividade interativa complexa de produção de sentidos É uma ativi dade na qual se consideram as experiências e os conhecimentos do leitor A leitura do texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico Língua Portuguesa KOCH ELIAS 2010 32 ESTRATÉGIAS DE LEITURA O que é ler Ler nada mais é do que decifrar símbolos e atribuir significados a eles É por meio da leitura que decodificamos textos dessa forma é seguro pontuar que é lendo que aprendemos é lendo que construímos conhecimento e descobrimos melhor o mundo que nos cerca Para entender melhor o que é leitura vamos visitar o conceito de Leffa 1996 que considera a leitura uma forma de representação já que quando lemos entende mos melhor nossa realidade não tendo aceso ao real mas sim a representações da realidade A leitura não se dá por acesso direto à realidade mas por intermediação de outros elementos da realidade Nessa triangulação da leitura o elemen to intermediário funciona como um espelho mostra um segmento do mundo que normalmente nada tem a ver com sua própria consistência física Ler é portanto reconhecer o mundo através de espelhos Como esses espelhos oferecem imagens fragmentadas do mundo a verdadeira leitura só é possível quando se tem um conhecimento prévio desse mundo LE FFA 1996 p 10 Como a leitura é fundamental todo leitor competente tem estratégias de leitura Estratégias de leitura também podem ser consideradas planos flexíveis que apre sentam grande adaptação às mais diversas situações comunicativas presentes nos textos facilitando a compreensão dos leitores Ler diz respeito a procedimentos de ordem elevada que envolvem o cognitivo e o metacognitivo Não são técnicas precisas tampouco receitas infalíveis ou habilida des específicas O que caracteriza a mentalidade estratégica é a sua capacidade de representar e de analisar os problemas e a flexibilidade para encontrar e buscar so luções Tratase mais de fomentar as competências leitoras dos sujeitos SOLÉ 1998 p 6970 Destacamos quatro principais estratégias seleção antecipação inferência e verificação essas estratégias são retiradas dos estudos de Goodman 1987 e Me negassi 1995 SELEÇÃO O leitor precisa selecionar quais as informações são mais importantes Pela relevân cia escolhe algumas informações para interpretar e reter ANTECIPAÇÃO Antecipar significa adiantar sentidos Então a antecipação se realiza nas hipóteses de leitura criadas pelo leitor seja antes ou durante a leitura Ele tenta antecipar o que está por vir e tentará comprovar suas hipóteses Uma vez comprovadas o leitor estará satisfeito por estar compreendendo o que lê Caso não tiver uma hipótese compro vada o leitor terá que rever sua compreensão e assim terá de trocar de estratégia ou hipótese INFERÊNCIA A partir de informações postas no texto o leitor é capaz de inferir outras A inferência acontece quando o que está posto no texto ativa os conhecimentos de mundo dos leitores VERIFICAÇÃO É quando o leitor comprova ou refuta todas as suas antecipações e inferências A verificação que faz com que o leitor ajuste a sua interpretação do texto 33 FATORES DE COMPREENSÃO DA LEITURA Quais fatores auxiliam na compreensão do que lemos Podemos destacar etapas que podem auxiliar na leitura de textos e aspectos gerais importantes 47 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 46 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO a Etapas de análise de texto No momento de analisar um texto seja ele da natureza que for quatro passos pode rão ser executados Primeiro passo decodificação O texto é lido e as letras formam um sentido compreensível Segundo passo compreensão Uma primeira leitura por meio de uma visão panorâmica permite que o leitor busque esclarecimentos para melhor compre ensão do texto Ele entende o assunto e o tema e compreende o vocabulário Terceiro Passo interpretação Quando as informações do texto podem ser rela cionadas com outros conhecimentos A busca de dados a respeito do autor do texto pode auxiliar nessa etapa Quarto Passo retenção As informações mais importantes serão memorizadas b Questões a serem observadas no texto O momento da leitura está imbricado ao momento que um texto foi produzido Koch 2006 aponta que um texto é compreendido a partir de uma intensa atividade interativa que envolve três fatores o produtor o texto e o leitor Observe a seguir a relação que podemos traçar entre esses fatores Quadro 2 Elementos do ato de Leitura ProdutorPlanejador O texto O leitor É o indivíduo responsável pela organização dos sentidos do texto Isso é operacionalizado por meio de sinalizações textuais indícios pistas marcas A materialidade do texto seu gênero estilo marcas de autoria são pistas deixadas pelo autor para a construção de sentidos Porém as informações que estão no texto podem ser relacionadas com leituras anteriores de cada leitor e assim construir novos sentidos Constrói efetivamente os sentidos apresentados no texto a partir da leitura Fonte Adaptado de Koch 2006 Em suma tratase de aplicar estratégias de leitura e também de colocar em prática os quatro passos para a análise do texto Vamos ver um exemplo prático Veja a se guir que transcrevemos um miniconto do autor Dalton Trevisan NO VELÓRIO No velório a viúva O que separou a gente foi a morte Coragem Maria Um longo suspiro A vida dele acabou e a minha hoje começa Dalton Trevisan Vamos observar os três fatores envolvidos na produção do texto Autor Dalton Trevisan Para compreender a obra convém pesquisar acerca do autor entender suas publicações e dentro do possível conhecer sua biografia Texto ler e entender o texto que está diante do leitor um miniconto literário Leitor o leitor precisa saber se tem leituras anteriores que o auxiliam na inter pretação do conto Agora vamos aplicar os quatro passos da análise de um texto Primeiro passo na decodificação do texto o leitor precisa juntar as letras fone mas vocábulos e entender a colocação das frases No caso do miniconto preci sa entender também o que é um travessão e o que são reticências 49 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 48 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Segundo passo para compreender esse texto é necessário entender o funcio namento de um miniconto ou seja uma unidade narrativa com tamanho res trito o mínimo de palavras com o máximo de sentidos Também é preciso que o leitor entenda o significado social dos termos velório e viúva pois é essa compreensão que permitirá que o miniconto seja resumido Terceiro passo para interpretar o conto o leitor precisa relacionar o seu conhe cimento de mundo com as informações que o texto apresenta Assim ao ver a palavra velório vai mobilizar o significado que velório apresenta na nossa cul tura uma ocasião solene em que se espera que a viúva enlutada esteja triste O final do conto pode ser surpreendente para o leitor mas é sua compreensão que pode fazer com que várias interpretações surjam Pela leitura percebemos que a morte do marido não é algo a se lamentar e sim motivo de comemora ção O leitor ao interpretar o conto pode elencar razões que possam explicar a frase final da viúva Quarto passo a retenção pode estar relacionada tanto à compreensão quanto à interpretação O primeiro tipo de retenção pode fazer com que o leitor memo rize quais são as características de um miniconto A retenção do segundo tipo por sua vez pode fazer com que o leitor tenha outra percepção sobre velórios e viúvas e tenha uma opinião a respeito da parte da obra do autor Dalton Tre visan Outras retenções são possíveis de acordo com as interpretações de cada leitor A partir disso vamos relacionar a leitura do texto analisado com as estratégias de leitura que exploramos no nosso estudo SELEÇÃO O miniconto é um gênero conciso então não há muitas possibilidades de selecionar informações Na leitura porém alguns vocábulos são importantes para a construção dos sentidos como velório viúva vida começa Esses termos são encadeadores de sentido e precisam ser selecionados pelos leitores ANTECIPAÇÃO O texto possibilita várias antecipações 1 ao ler a palavra velório o leitor pode antecipar que o miniconto abordará a dor da perda 2 ao compreender o termo viúva o leitor pode antecipar que ela está triste e en lutada por perder o marido 3 a construção coragem Maria permite que o leitor reforce as antecipações an teriores pois parece ser alguém amparando o pranto da viúva INFERÊNCIA A leitura do conto também possibilita várias inferências A partir do diálogo da viúva o leitor pode inferir qual era o relacionamento dela com o falecido Como os três pontos pode inferir que o interlocutor da viúva ficou em suspense com a resposta que ela estava por dar O final do miniconto possibilita outras inferências relaciona das aos motivos de a viúva ter feito a afirmação que fez VERIFICAÇÃO Após fazer antecipações e inferências o leitor no ato da leitura vai fazendo verifica ções No decorrer da leitura perceberá que a sua primeira percepção acerca da pa lavra velório não se confirma a viúva não lamenta a morte do marido Isso desmonta uma possível hipótese de leitura obrigando o leitor a rever os sentidos que estava atribuindo ao texto 34 ESCRITA E LEITURA CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CONTEXTO DE USO Depois de escrito o texto tem uma existência independente do autor Entre a pro dução do texto escrito e sua leitura pode passar muito tempo as circunstâncias da escrita contexto de produção podem ser diferentes das circunstâncias da leitura contexto de uso fato esse que interfere na produção de sentido KOCH ELIAS 2010 51 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 50 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Quadro 3 Passos para interpretação de texto Passo a passo para uma boa interpretação de texto 1 Ler todo o texto para ter uma visão geral do assunto 2 Se encontrar palavras desconhecidas na primeira leitura não a interrompa vá até o fim 3 Ler o texto pelo menos três vezes 4 Voltar ao texto todas as vezes que precisar Aplicar as quatro etapas de análise deco dificação interpretação compreensão e retenção 5 Esclarecer e compreender o vocabulário procure as palavras no dicionário se preciso 6 Dividir o texto em parágrafos fazer a leitura e sublinhar as partes mais importantes 7 Anotar ao lado de cada parágrafo o que você compreendeu da leitura 8 Pensar na ideia de que o autor quer defender criticar ou refletir 9 Identificar personagem espaço enredo e tempo caso seja uma narrativa 10 Relacionar as ideias e os fatos do texto ao conhecimento de mundo que você já tem 11 Anotar as dúvidas e discutir com algum colega a compreensão que fez do texto Fonte adaptado de Koch e Elias 2010 Leffa 1996 A leitura de um modo geral é fundamental para a formação pois segundo Petit 2009 p 13 a leitura tem o poder de desper tar em nós regiões que estavam até então adormecidas Além disso ela contribui para que crianças e adolescentes encami nham mais no sentido do pensamento do que da violência Em certas condições a leitura abre possibi lidades onde parecia não existir margem de manobra A leitura possibilita a construção de subjetividades juntamente a um enten dimento do mundo Ler para quê Para obter informações Resolver problemas práticos do dia a dia Satisfazer curiosidades Passar o tempo Ter momentos de lazer Coletar argumentos e dados 35 RESUMO Concepções de leitura Objetivos da leitura Funções sociais da leitura Importância da leitura Estratégias de leitura Passos para uma boa interpretação de texto SUGESTÕES DE LEITURA 1 KOCH Ingedore Villaça ELIAS Vanda Maria Ler e compreender os sentidos do texto São Paulo Contexto 2006 As autoras aprofundam a noção de leitura abordando que ao exercer essa atividade exigese mais do que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores 2 TATIT Luiz Abordagem do texto In FIORIN José Luiz Org Introdução à linguística I objetos teóricos São Paulo Contexto 2003 p 187209 Aborda a passagem do estudo das frases para o estudo dos textos 2 PETIT Michèle Leituras do espaço íntimo ao espaço público São Paulo Editora 34 2013 São ensaios que destacam a leitura para assegurar um espaço próprio íntimo e privado 3 SOLÉ Isabel Estratégias de Leitura Porto Alegre Ed Artmed 1998 A obra de Solé traça uma importante reflexão sobre a importância da leitura e as possíveis estratégias para a interpretação e compreensão de textos 53 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 52 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ANOTAÇÕES UNIDADE 4 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender a noção de texto entender a noção de tipo textual conhecer os tipos textuais compreender o que é um gênero textual diferenciar texto verbal e não verbal 55 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 54 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 4 DESENVOLVIMENTO Nesta unidade dedicamos nosso estudo à noção de texto importantíssima para o estudante que quer desenvolver e aperfeiçoar sua produção escrita Será apresenta da a definição de texto bem como alguns conceitos relacionados a texto contexto discursivo discurso etc Além disso é fundamental estudar os tipos textuais mais presentes no cotidiano e seu papel na constituição dos gêneros textuais 41 CONCEITO DE TEXTO Texto vem do latim texere construir tecer cujo particípio passado textus também era usado como substantivo e significava maneira de tecer ou coisa tecida e ain da mais tarde estrutura Foi por volta do século XIV que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de tecelagem ou estruturação de palavras ou composição literária e passou a ser usado em inglês proveniente do francês antigo texte FER REIRA 2009 Tipos são formas de usar a linguagem que podem ser expressas nos textos Podem ser cinco narração argumentação exposição descrição e injunção Um gênero pode ter mais de um tipo em sua composição Por exemplo um artigo de opinião é mar cadamente dissertativo mas pode ter uma pequena história em sua constituição A narração é o relato de fatos contados por um narrador envolvendo personagens localizadas em um tempo e em um espaço Já a argumentação também chamada de dissertação é a expressão de opinião a respeito de um assunto Exposição é a sim ples menção de uma situação ou comentário Descrição é o registro de característi cas de objetos de pessoas de lugares Injunção é a tentativa de convencer alguém a fazer algo Os tipos de textos são articulados em gêneros textuais Gêneros textuais são as for mas básicas em que os textos circulam em sociedade como cartas reportagens bulas ofícios notícias contos poemas propagandas emails dentre outros Os gêneros são infinitos pois eles se definem pela função social Marcuschi 2010 p 23 descreveos como textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentem características sociocomunicativas definidas por conteúdos pro priedades funcionais estilo e composição característica Compreendemos e agimos no mundo por meio de gêneros Quando conversamos com amigos lemos notícias falamos em aplicativos estamos manipulando gêneros textuais Um texto é sempre verbal Um texto pode ser formado apenas pela linguagem verbal uma notícia ou apenas pela linguagem não verbal um desenho uma pintura Ainda pode ser formado pelo cruzamento de mais de uma linguagem verbal e não verbal história em qua drinhos Um texto sempre será uma totalidade que tem sentido completo Nessa perspectiva um anúncio publicitário uma notícia de jornal uma frase pichada no muro um artigo de opinião serão textos se tiverem sentido completo O sentido completo só é possível se considerarmos todas as partes do texto Outro ponto fundamental para o conceito de texto é o contexto O que é contex to Podemos definir contexto como a relação que uma unidade linguística menor estabelece com uma unidade linguística maior Por exemplo uma palavra só tem um sentido quando está atrelada a uma frase Uma frase por sua vez se encaixa no contexto do parágrafo Em um livro um parágrafo se insere no contexto do capítulo O capítulo então encaixase no contexto da obra A obra faz parte de um contexto social linguístico cultural O texto não é um agrupamento aleatório de palavras É o resultado de escolhas realizadas pelo locutor com intenção co municativa segundo determinados mecanismos que permitem o en trelaçamento de palavras de forma coesa e coerente É capaz de transmitir uma mensagem permitindo a interação entre emissor e receptor 57 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 56 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Contexto discursivo É o conjunto de fatores que formam a situação na qual é produzido o texto Que fatores são esses São papéis sociais que os interlocutores desempenham o conhecimento de mundo do interlocutor as circunstâncias históricas e sociais em que se dá a comunicação etc Discurso É a atividade comunicativa constituída de texto e contexto discursivo quem fala com quem fala com que finalidade etc capaz de gerar sentido desenvolvida en tre os interlocutores Koch 2006 aponta que para produção e leitura de textos precisamos mobilizar essencialmente quatro grandes sistemas de conhecimento o linguístico o enciclo pédico o interacional e os modelos textuais globais Conhecimento Linguístico Todo falante de um idioma passa a ter conhecimento linguístico Pode ser devido à habilidade de extrair sentidos a partir de uma língua ou seja exige conhecimento de léxico as palavras os significados os duplos sentidos e gramatical a forma sintática como frases e orações podem ser combinadas as regras de gramática O conheci mento linguístico auxilia o produtor de um texto na amarração do texto por meio da coesão e auxilia o leitor na interpretação dos elementos da coesão e da coerência Conhecimento Enciclopédico É o conhecimento que acumulamos ao longo da nossa vida intelectual Encontrase na memória dos indivíduos Também recebe outras denominações como conheci mento de mundo Conhecimento Interacional É o conhecimento obtido pela interação por meio da linguagem Acontece toda vez que há o contato com textos e operações linguísticas contato esse que opera um tipo de conhecimento Esse conhecimento pode ser ilocucional comunicacional ou metacomunicativo O ilocuciconal é o conhecimento suficiente para reconhecer em um texto quais são as intenções e os propósitos de seu produtor É perceber quando um texto tem mar cas ideológicas e intencionalidade O conhecimento comunicacional por sua vez é a capacidade de um leitor entender a importância do contexto para a interpretação de um texto ou seja entender o volume de informações que um texto precisa ter para ser compreendido Isso envolve a escolha correta de uma variante da língua adequada para cada situação comunicativa O conhecimento metacomunicativo diz respeito à compreensão do que é texto e de como seus objetivos podem ser alcan çados Conhecimento de Modelos Textuais Esse conhecimento pode ser denominado como conhecimento superestrutural e se define pela compreensão de que todo texto tem característica de um gênero Conforme Koch 2006 esse conhecimento permite ao produtor evitar repetições desnecessárias e produzir um texto respeitando as regras de seu gênero Observe na figura a seguir outra possível classificação de textos de acordo com uma similaridade entre gêneros QUADRO 4 CLASSES DE TEXTOS CLASSES DE TEXTOS 4 Textos exortativos 2 Textos de contato 1 Textos normativos 5 Textos informativos 3 Textos em que predomina a automanifestação 6 Textos poéticos EXEMPLOS DE GÊNEROS TEXTUAIS 1 Leis estatutos contratos certidões 4 Anúncios publicitários propaganda de partido 2 Cartas de felicitação de condolência 5 Notícias prognóstico do tempo texto científico 3 Diário autobiografia 1 Poemas prosa poética Fonte Elaborado pela autora 59 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 58 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO É importante dispor de um repertório amplo de tipos de texto visando ao caráter co municacional da língua Tratase de assegurar o caráter social do sistema linguístico Ou seja quanto mais gêneros textuais você conhecer e articular o funcionamento mais competências linguísticas e domínio da língua você terá 42 RESUMO Conceito de texto Texto verbal e não verbal Texto em sentido estrito e texto em sentido amplo Tipos textuais Dicas de redação Classes de textos ANOTAÇÕES UNIDADE 5 OBJETIVOS 12 OBJETIVOS DA UNIDADE Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender os conceitos de coesão e coerência observar a importância da coesão e da coerência para o texto conhecer os fatores de coerência conhecer os tipos de coesão 61 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 60 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 5 DESENVOLVIMENTO Um texto não é apenas um aglomerado de palavras uma sucessão de frases Um texto organizado não admite a ausência de regras nem a liberdade total em relação a seus limites Para a construção da significação adequada do texto são importan tes a relação lógica de significação sem contradições bem como a organização dos elementos linguísticos do texto Estamos falando dessa maneira respectivamente de coerência e coesão dois conceitos fundamentais no que diz respeito à produção textual Do texto bem arquitetado com estruturas bem formalizadas e por conse guinte capazes de veicular sentidos decorrem a coesão e a coerência que são as dimensões constitutivas do texto 51 COERÊNCIA TEXTUAL Identificase como a unidade semântica do texto em um contexto determinado que ganha corpo em sequências de enunciados Um texto se constitui como tal porque apresenta coerência Nesse sentido embasase a coerência no conceito de constância do sentido GUIMARÃES 2009 p 16 A ruptura de sentido é que cava a ausência de coerência De acordo com Koch 2010 a coerência é o resultado da articulação de ideias de um texto é a estruturação lógicosemântica que faz com que em uma situação dis cursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores A construção textual deve ser a construção de um todo compreensível aos olhos do leitor A coerência textual é o instrumento que o autor vai usar para conseguir encai xar as peças do texto e dar um sentido completo a ele Desse modo cada palavra tem seu sentido individual quando essas palavras se re lacionam constroem um todo significativo O mesmo raciocínio vale para as frases os parágrafos e até os textos Cada um desses elementos tem um sentido individual e um tipo de relacionamento com os demais Caso essas relações sejam feitas da maneira correta obtemos uma mensagem um conteúdo semântico compreensível Em um texto verbal para que a coerência ocorra as ideias devem se completar A falta de coerência pode ocorrer porque o locutor pode não calcular bem o sentido que pretendia dar a seu enunciado o interlocutor talvez por lhe faltarem conhecimentos sobre o vocabulário e informações sobre a realidade pode não alcançar o sentido pretendido Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual No verão passado quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza não pudemos aproveitar a praia pois o frio era tanto que chegou a nevar Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver Todo mundo viu o micoleão mas eu não ouvi o sabiá cantar Todo mundo destrói a natureza menos a humanidade Uma ideia deve ser a continuação da outra Caso não ocorra uma concatenação de ideias entre as frases elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio Quando isso acontece dizemos que houve uma quebra de co erência textual A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo Ela é também auxiliada pela coesão textual isto é a com preensão de um texto é mais bem capturada com o auxílio de conectivos preposi ções e outros elementos de ligação A falta de coerência em um texto é facilmente detectada por um falante da língua mas não é tão simples notála quando é você quem escreve Geralmente quando alguém produz um texto acha que está sendo claro o suficiente para transmitir o sentido desejado ao interlocutor Este por sua vez também se esforça para compre ender a mensagem e inicialmente acredita que o texto tem coerência 63 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 62 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO De acordo com Koch 2010 existem fatores de coerência que são responsáveis por identificála no texto São eles QUADRO 5 FATORES DE COERÊNCIA FATORES DE COERÊNCIA FATORES DE COERÊNCIA 1 Elementos linguísticos 2 Conhecimento de mundo 3 Conhecimento compartilhado 4 Inferências 5 Fatores de contextualização 6 Situacionalidade 7Informatividade 8 Focalização 9 Intertextualidade 10 Intencionalidade e aceitabilidade 11 Consistência e relevância ELEMENTOS LINGUÍSTICOS Os elementos linguísticos como as palavras são importantes para a coerência por que servem como pistas para a ativação de conhecimentos armazenados na memó ria constituem ponto de partida para a realização de inferências e ajudam a captar a orientação argumentativa dos enunciados que compõem o texto CONHECIMENTO DE MUNDO O conhecimento de mundo é adquirido à medida que vivemos tomamos contato com o mundo que nos cerca experimentando uma série de fatos É importante e de cisivo no estabelecimento da coerência Se o texto falar de algo que absolutamente não conhecemos será difícil calcularmos o seu sentido e ele nos parecerá destituído de coerência CONHECIMENTO COMPARTILHADO É o conhecimento comum entre locutor e interlocutor de um texto Quanto maior o conhecimento partilhado entre produtor e receptor de um texto menor a necessi dade de explicitude desse texto pois o receptor será capaz de suprir as lacunas por meio de inferências Fonte Elaborado pela autora INFERÊNCIA É a operação pela qual utilizando seu conhecimento de mundo o receptor de um texto estabelece uma relação não explícita entre elementos desse texto que ele bus ca compreender e interpretar Ao falar em inferências remetemonos a ler as entre linhas Todavia vale lembrar que fazemos inferências em nosso cotidiano mais do que imaginamos por exemplo expressões faciais linguagem corporal e tom de voz assim como informações visuais e não visuais de um texto Inferir é fundamental na compreensão textual Os escritores não expressam todos os seus pensamentos em uma página mostram paulatinamente uma ideia por vez até que o leitor possa fazer uma inferência apropriada sobre um tema MENIN GIROTTO ARENA SOUZA 2010 p 76 Exemplo João comprou um uno novinho em folha Inferência João tinha recursos para comprar um carro FATORES DE CONTEXTUALIZAÇÃO São fatores que ancoram o texto em uma situação comunicativa determinada tais como data assinatura elementos gráficos timbre etc Exemplo Imagine uma carta escrita por um brasileiro de Campinas a um amigo de São Paulo que se encontra no exterior suponha que o primeiro se esquece de colocar data local e assinatura tendo escrito o seguinte Hoje o dia aqui está chuvoso Nosso vizinho da esquina mudouse para aquele palacete que comprou do meu avô Não se esqueça de escrever logo para nosso amigo de infância que mora na fazenda Ele precisa daquela informação ainda esta semana 65 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 64 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SITUACIONALIDADE Na construção da coerência a situacionalidade exerce um papel de relevância Um texto que é coerente em uma dada situação pode não ser em outra INFORMATIVIDADE Referese ao grau de previsibilidade da informação contida no texto Um texto será menos informativo quanto mais previsível for a informação por ele trazida Exemplo 1 O oceano é água 2 O oceano é água Mas ele se compõe na verdade de uma solução de gases e sais 3 O oceano não é água Na verdade ele é composto de uma solução de gases e sais FOCALIZAÇÃO Tem a ver com a concentração dos usuários produtor e receptor em apenas uma parte de seu conhecimento bem como com a perspectiva da qual são vistos os com ponentes do mundo textual Exemplo Tragame uma vela nova a O marido para a mulher no momento em que acaba a luz b O mecânico que está consertando um carro c O armador que está construindo um barco INTERTEXTUALIDADE É importante para a coerência na medida em que para o processamento cognitivo de um texto recorrese ao conhecimento prévio de outros textos Intencionalidade e Aceitabilidade Intencionalidade são os objetivos ou os propósitos que o produtor de um texto tem Aceitabilidade constitui a contraparte da intencionalidade O receptor do texto vai cooperar para o estabelecimento da coerência dandolhe a interpretação que lhe pareça cabível CONSISTÊNCIA E RELEVÂNCIA Consistência exige que cada enunciado de um texto seja consistente com os enun ciados anteriores Ou seja os enunciados não podem ser contraditórios Exemplo Maria tinha lavado a roupa quando chegamos mas ainda estava lavando a roupa Relevância exige que os enunciados sejam interpretados como falando acerca de um mesmo tema Exemplo introdução desenvolvimento e conclusão em um texto dissertativo devem relacionarse à tese apresentada no primeiro parágrafo Agora leia o texto Circuito Fechado de Ricardo Ramos para compreender um pou co mais a noção de texto e coerência 67 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 66 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CIRCUITO FECHADO Chinelos vaso descarga Pia sabonete Água Escova creme dental água espuma creme de barbear pincel espuma gilete água cortina sabonete água fria água quente toalha Creme para cabelo pente Cueca camisa abotoaduras calça meias sapatos gravata paletó Carteira níqueis documentos caneta chaves lenço relógio maços de cigarros caixa de fósforos Jornal Mesa cadeiras xícara e pires prato bule talheres guardanapos Quadros Pasta carro Cigarro fósforo Mesa e poltrona cadeira cinzeiro papéis telefone agenda copo com lápis canetas blocos de notas espátula pastas caixas de entrada de saída vaso com plantas quadros papéis cigarro fósforo Bandeja xícara pequena Cigarro e fósforo Papéis telefone relatórios cartas notas vales cheques memorandos bilhetes telefone papéis Relógio Mesa cavalete cinzeiros cadeiras esboços de anúncios fotos cigarro fósforo bloco de papel caneta projetos de filmes xícara cartaz lápis cigarro fósforo quadronegro giz papel Mictório pia água Táxi Mesa toalha cadeiras copos pratos talheres garrafa guardanapo xícara Maço de cigarros caixa de fósforos Escova de dentes pasta água Mesa e poltrona papéis telefone revista copo de papel cigarro fósforo telefone interno externo papéis prova de anúncio caneta e papel relógio papel pasta cigarro fósforo papel e caneta telefone caneta e papel telefone papéis folheto xícara jornal cigarro fósforo papel e caneta Carro Maço de cigarros caixa de fósforos Paletó gravata Poltrona copo revista Quadros Mesa cadeiras pratos talheres copos guardanapos Xícaras cigarro e fósforo Poltrona livro Cigarro e fósforo Televisor poltrona Cigarro e fósforo Abotoaduras camisa sapatos meias calça cueca pijama espuma água Chinelos Coberta cama travesseiro Fonte RAMOS Ricardo Os melhores contos São Paulo Global Editora 1998 Você considera o conto Circuito fechado apenas uma série de palavras soltas Ou se trata de um texto Por quê Na realidade tratase de um texto Apesar de haver palavras aparentemente sem re lação em uma primeira leitura é possível dizer depois de outra leitura mais atenta que há uma articulação entre elas Que palavras compõem o texto Podemos observar que o conto é articulado essen cialmente por meio de substantivos ou seja por nomes principalmente substantivos comuns como camisa sapatos etc A articulação desses nomes e os seus significados sociais nos permitem atribuir sentidos ao texto e inclusive perceber uma sequência lógica coesa e coerente Se estamos diante de um todo organizado de sentido que apresenta coesão e coe rência estamos diante de um texto e Circuito Fechado apresenta tais características 52 COESÃO TEXTUAL O termo coesão implica a função que desempenha a sintaxe no processo de textu alização Assim o processo coesivo encerra as diferentes possibilidades em que se podem conectar entre si dentro de uma sequência os componentes da superfície textual palavras e frases Os componentes que integram a superfície textual de pendem uns dos outros conforme convenções e formalidades gramaticais determi nadas de maneira que a coesão descansa sobre dependências gramaticais Assim todos os procedimentos que marcam relações entre os elementos superficiais de um texto incluemse no contexto de coesão GUIMARÃES 2009 p 15 Para Koch 2010 a coesão é um fenômeno que diz respeito ao modo como os ele mentos linguísticos presentes na superfície textual se encontram interligados por meio de recursos também linguísticos formando uma sequência verdadeira de sen tidos Veja outras características é a articulação gramatical existente entre as palavras e as partes de um texto coesão é a conexão a ligação a harmonia entre os elementos de um texto Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as pala vras as frases e os parágrafos estão entrelaçados um dando continuidade ao outro Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos na coesão uma palavra substantivo pronome numeral advérbio adjetivo etc retoma termos já expressos Exemplo Meu filho quis colocar um piercing aí ele quis colocar mais outro e outro 69 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 68 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 521 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL Os dois principais tipos de coesão são referencial e sequencial I REFERENCIAL Faz o texto progredir por meio da retomada ou da antecipação de palavras expres sões ou frases Retomada Meu irmão vai viajar Ele tirou férias Antecipação Ele é careca e desdentado mas é lindo O meu bebê No primeiro exemplo meu irmão e ele são elementos correferenciais têm o mes mo referente No segundo exemplo a correferência é estabelecida entre o meu bebê e ele O referente de uma palavra ou expressão é aquilo a que ela se refere entidade fato processo etc Esse referente pode estar dentro ou fora do texto Fora do texto referência EXOFÓRICA ou SITUACIONAL Exemplo Alguém fala enquanto aponta para um lápis Pega isso que deixei cair por favor Pega o verbo no imperativo remete à segunda pessoa do singular com quem se fala Isso referese ao lápis para o qual o falante aponta Deixei o uso da primeira pessoa do singular aponta para o próprio falante Dentro do texto referência ENDOFÓRICA ou TEXTUAL Exemplo José viajou ontem Ele foi visitar uns parentes A referência textual pode ser anafórica ou catafórica Exemplo Só desejo isto que você não se esqueça de mim II SEQUENCIAL Faz o texto progredir pelo uso de palavras ou expressões que estabelecem relações semânticas conclusão condição causa etc entre orações ou conjunto de orações Exemplos Condição Se chover não vai haver desfile Causa Não houve desfile porque choveu Conclusão Choveu bastante portanto não houve desfile 522 ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL A coesão referencial tem como objetivo a repetição de palavras Para isso podem ser utilizadas várias estratégias A Uso de pronomes verbos numerais e advérbios A coesão referencial foi demonstrada por meio de pronome pessoal ele O exemplo a seguir ilustra o uso de pronomes demonstrativos Ricardo e Carlos adoram carnaval Este é portelense aquele é louco pela Mangueira Anafórica o item de referência retoma um item já expresso no texto como no exemplo citado anteriormente José viajou ontem Ele foi visitar uns parentes Catafórica o item de referência antecipa um signo ainda não expresso no texto 71 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 70 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Uso de verbo Pedro Ana e Carolina trabalham muito André quase não faz De fato ele ficou muito constrangido com a situação mas não foi ficou tanto quanto se poderia esperar Uso de numeral Ricardo e Carlos adoram carnaval Ambos ou Os dois sempre desfilam Uso de advérbio Nunca vou à França em janeiro porque lá faz muito frio B Uso de sinônimos e hiperônimos Um sinônimo sinonímia é a relação que se estabelece entre palavras de conteúdos bastante aproximados pode ser utilizado para evitar a repetição do mesmo termo Exemplo Tem menina que diz amém pra tudo Mas existe garota que não sossega enquanto não dá a última palavra E você Faz parte da turma que comanda ou que é comandada Em uma relação ente todoparte ou classeelemento o hiperônimo é a expressão que representa o todo ou a classe Portanto eletrodoméstico é hiperônimo de batedeira e animal é hiperônimo de cão Exemplo O governo estadual adquiriu cem ambulâncias Há suspeita de superfaturamento na venda dos veículos C Uso da elipse A elipse é a omissão de um termo que pode ser recuperado pelo contexto No exem plo a seguir há elipse do sujeito O zero entre colchetes marca o ponto do texto em que houve a omissão José viajou ontem 0 Foi visitar uns parentes Exemplo de elipse do verbo Meu colega de trabalho ganha muito mas eu muito pouco D Uso de expressão nominal definida Podemos usar uma expressão que define o elemento retomado Muitas vezes quem lê ou ouve tal expressão precisa ter um conhecimento prévio para interpretar o fenô meno da retomada Por exemplo podese retomar Sting por o exlíder da banda Police Machado de Assis por o bruxo de Cosme Velho e assim por diante 523 COESÃO SEQUENCIAL Veremos que um texto bem produzido também precisa apresentar uma coesão sequencial isto é devemos utilizar conectivos que ajudam a delinear as ideias dos enunciados COSTA sd Contudo muitas vezes não convém que passemos de uma frase a outra ou de um parágrafo a outro de modo estanque sem uma palavra expressão de ligação fazse necessária a presença de um elemento sequenciador no discurso Veja a diferença O funcionário saiu de casa cedo Chegou atrasado ao trabalho O funcionário saiu de casa cedo mas chegou atrasado ao trabalho 73 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 72 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Os elementos de ligação entre os enunciados são chamados de conectores ou co nectivos sequenciais alguns estudiosos chamam de operadores discursivos Veja mos a seguir algumas estratégias de conexão A Condição se caso Se houver ponto facultativo vamos viajar B Causa porque já que como Viajamos porque houve ponto facultativo C Mediaçãofinalidade Saiu cedo para pegar o metrô menos cheio D Conjunção soma e não somente mas também ainda também além dis so Há dois motivos para eu não sair de casa hoje chove e faz muito frio E Disjunção ou ou então Estude bastante para os exames ou você já esqueceu que foi reprovado antes É preciso manter o plano de estabilização econômica ou então será inevitável a volta da inflação F Explicação justificativa pois porque Deve ter acontecido um acidente pois eu vi uma ambulância parada na esquina G Gradação argumentativa até até mesmo nem mesmo o conectivo introduz o argumento mais importante de um conjunto Basta lembrar que a cidade de São Paulo tem 56 de sua população viven do em favelas cortiços habitações precárias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios para que nos convençamos de que a oitava economia do mundo é um grande desastre social BRANCO Adriano Desenvolver o país é preciso O Estado de São Paulo 16 dez 1989 Artigo H Conclusão portanto logo por conseguinte por isso Meu vizinho decidiu pa rar de fumar Portanto tem estado bem melhor de saúde Obs O conectivo pois só funciona acompanhando uma sentença conclusiva se não vier no início dessa sentença Meu vizinho decidiu parar de fumar Tem estado pois bem melhor de saúde I Amplificação generalização de fato aliás realmente Faz muito calor neste ve rão Aliás o verão no Rio é sempre muito quente J Exemplificação por exemplo como Diversos setores cresceram com a estabili zação econômica como o da alimentação que vive fase bastante otimista K Correção esclarecimento quer dizer isto é ou seja melhor dizendo em ou tras palavras Nosso país vai sair rapidamente da crise Ou seja é o que queremos L Confirmação assim desse modo dessa maneira O país sairá rapidamente da crise assim o povo voltará a consumir sem medo M Contrajunção mas porém contudo no entanto embora ainda que Luiza vai ficar bem no entanto precisa tomar adequadamente a sua medicação Coesão X Coerência A coesão não é condição necessária nem suficiente da coerência as marcas de coesão encontramse no texto tecem o tecido do texto enquanto a coerência não se encontra no texto mas constróise a partir dele em dada situação comunicativa com base em uma série de fatores de ordem semântica cognitiva pragmática e interacional CORREIA 2015 p 2021 53 CONCLUINDO Entendemos texto como uma estrutura sempre em processo de caráter verbal so cial cognitivo e sociocultural cujo sentido não é construído no texto mas a partir dele Ao lermos ou ouvirmos um texto manifestamos nossa avaliação isso faz senti do é coerente aquilo não faz sentido não é coerente De um modo geral tentamos produzir sentidos para o que lemos ou ouvimos re correndo aos nossos conhecimentos sociocognitivos intencionalmente constituídos A coerência não está no texto não nos é possível apontála destacála ou coisa que o valha mas somos nós leitores em um efetivo processo de interação com o autor e o texto baseados nas pistas que nos são dadas e nos conhecimentos que possuímos 75 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 74 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO que construímos a coerência KOCH 2003 Por meio do mecanismo de coesão o escritor estabelece no texto relações claras adequadas e objetivas facilitando a compreensão pelo leitor Além disso no proces so de estruturação textual a coesão pode facilitar a coerência por meio da estrutu ração lógica dos elementos linguísticos A coerência é um princípio de interpretabilidade do discurso sempre que for pos sível aos interlocutores construir um sentido para o texto este será para eles nessa situação de interação coerente 54 RESUMO Coesão e coerência embora sejam conceitos diferentes são fundamentais para a produção textual Coesão diz respeito à articulação gramatical de palavras frases e enunciados a fim de obter um todo significativo Coerência é o resultado da articulação lógicosemântica de um texto 1 FÁVERO Leonor Lopes Coesão e coerência textuais São Paulo Ática 1991 A autora caracteriza a coesão e a coerência de forma clara e objetiva 2 KOCH Ingedore Villaça A construção dos sentidos no texto coesão e coerência In O texto e a construção dos sentidos 7ed São Paulo Contexto 2003 p4558 A autora defende que a coerência não é mera qualidade do texto É resultado de uma construção realizada pelos interlocutores em uma determinada situação de interação SUGESTÕES DE LEITURA ANOTAÇÕES 77 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 76 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Ao final desta unidade o aluno será capaz de identificar alguns gêneros textuais da área comercial conhecer alguns gêneros textuais oficiais identificar alguns gêneros textuais do âmbito acadêmico UNIDADE 6 OBJETIVOS 6 DESENVOLVIMENTO Atualmente é fundamental que oa estudante e futuroa profissional conheça os passos para produzir bons textos Já estudamos as características de um texto seus tipos e suas qualidades coesão e coerência Agora veremos alguns gêneros textuais próprios do âmbito acadêmico comercial e oficial A revista Guia da Língua Portuguesa 2010 apresenta alguns desses modelos pri meiramente o relatório o qual se relaciona tanto ao ambiente empresarial comer cial quanto ao acadêmico Veremos então outros gêneros textuais apresentados por Silveira 2011 e para que servem 61 ESCRITA COMERCIAL Atestado Órgãos públicos Documento em que uma pessoa credenciada registra um fato Declaração Semelhante ao atestado Documento em que são registradas opiniões observações e resoluções Não pode ser emitido em órgãos públicos Termo Documento registrado em processo ou livro em que são registradas opiniões obser vações e resoluções Aviso Documento claro e objetivo que informa convida noticia ordena e previne Geral mente não apresenta destinatário e expressões de cortesia Bilhete Documento simples e pequeno que transmite uma mensagem a alguém íntimo 79 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 78 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Recado Documento simples e objetivo que transmite uma mensagem a alguém ausente Boletim Documento em que são transmitidas notificações devendo ser distribuído aos seto res pertinentes e fixado em locais visíveis Circular Não há destinatário Documento interno ou externo em que são transmitidas orientações ordens escla recimentos Memorando Agilidade Documento interno ou externo em que são registrados pedidos consultas e infor mações breves Ata Documento em que é registrado o que ocorreu em uma reunião Mala direta Documento em forma de propaganda enviada a pessoas que possam ter interesse em um produto Acordo Documento que registra um acerto entre pessoas Carta de cobrança Documento que cobra de um cliente inadimplente a quitação de sua dívida Carta particular Documento que apresenta ou recomenda um candidato a emprego ou pede dis pensa de um emprego Carta comercial Documento que mantém o contato entre empresas e seus clientes Contrato Documento que resulta de um acordo firmado entre duas ou mais partes Convênio Documento que registra um acordo entre duas partes em que uma se predispõe a prestar determinado serviço à outra Convocação Documento que intima obriga o comparecimento do destinatário a uma reunião ou ato Email Documento que transmite informações por meio do envio e do recebimento em tempo real de mensagens via internet Cartão Cartão de visita estabelecimento de relações sociais Cartão de contato apresentação de profissionais Cartão comercial veiculação de propaganda ou venda Cartão comum veiculação de convite agradecimento etc Fax Documento que transmite informações por meio do envio e recebimento em tem po real de mensagens escritas via telefone Ordem de serviço Documento que libera a execução de determinadas tarefas Telegrama Documento que envia rapidamente mensagens com auxílio de equipamentos de telecomunicações Procuração Documento que concede poderes de um mandante outorgante ou constituinte a outrem mandatário outorgado ou procurador 81 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 80 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Protocolo Documento que registra a ocorrência de atos públicos Recibo Documento que registra o recebimento de algo Regimento Documento que registra as regras que determinam direitos e deveres Regimento interno Documento que registra as regras de funcionamento e de serviços internos das ins tituições Regulamento Documento que estabelece o modo como algo deve ser cumprido ou realizado Mensagem social Documento que divulga eventos sociais inaugurações ou festividades Mensagens comemorativas Documento que anuncia comemorações via imprensa escrita 62 ESCRITA OFICIAL Os documentos redigidos por meio de uma escrita oficial precisam observar cinco importantes critérios 1 Uso do padrão culto de linguagem 2 Clareza 3 Concisão 4 Formalidade 5 Uniformidade Esses atributos constam no manual oficial de redação da Presidência da República e são fundamentados na Constituição Brasileira mais precisamente no artigo 37 A administração pública direta indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e eficiência O texto do Manual de redação ainda instrui que Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública claro está que devem igualmente nortear a elabo ração dos atos e comunicações oficiais Não se concebe que um ato nor mativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura que dificulte ou impossibilite sua compreensão A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Es tado de Direito é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos A publicidade implica pois necessariamente clareza e concisão BRASIL 2002 online Os princípios apontados no documento impessoalidade clareza uniformidade concisão e uso de linguagem formal devem ser usados em toda redação oficial seja aquela usada em repartições públicas seja a utilizada para fins particulares A reda ção oficial impõe parâmetros claros A seguir apresentamos alguns gêneros que devem usar redação oficial em sua cons tituição Ofício Documento que faz a comunicação entre órgãos públicos Requerimento Documento que solicita algo a um órgão ou a uma autoridade pública Abaixoassinado Documento que solicita algo a um órgão ou a uma autoridade pública para um gru po de pessoas Diploma Documento que certifica a conclusão de um curso confere um cargo dignidade ou privilégio a alguém Auto Documento que relata detalhadamente em livro específico um acontecimento 83 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 82 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Apostila Documento que esclarece completa ou retifica o conteúdo de um contrato portaria ou certidão Manifesto Documento que registra uma declaração pública que justifica um ato e é endereça da ao governo ou ao público em geral Ato Documento que registra atos de diferentes tipos e âmbitos Carta oficial Documento que retifica e confirma uma resolução ou faz a comunicação entre a alta chefia de uma empresa Certidão Documento que certifica algo extraído de registros realizados por órgão público Despacho Documento que registra a decisão de uma autoridade em relação a um pedido Exposição de motivos Documento que sugere a necessidade de expansão de um ato ou de uma providên cia Exposição justificada Documento que justifica a necessidade de expansão de um ato ou de uma provi dência Informação Documento que fornece dados para a elaboração de um parecer Nota diplomática Documento que faz a comunicação entre ministros de Estado Nota oficial Documento que faz a comunicação entre altas autoridades ou entidades de classe Guia Documento no formato de formulário que registra pagamento de impostos ou con tribuições a expedição de mercadorias ou correspondências Notificação Documento que informa a uma pessoa ou a uma empresa uma norma para que um ato seja executado ou não Parecer Documento que registra a análise de um caso ou emite uma opinião para auxiliar a tomada de decisões OS 7 ERROS MAIS COMUNS AO USAR O EMAIL NO TRABALHO Camila Pati A linguagem da internet costuma ser abreviada informal e até simplória No email de trabalho no entanto isso muda de figura Depois que você aperta a tecla enviar não há nada mais a ser feito Se o email corporativo tiver algum deslize ortográfico de tra tamento ou mesmo destinatário incorreto só lhe resta enviar outro com um pedido de desculpas Confira quais são as gafes mais comuns cometidas em emails de trabalho e saiba como evitálas 1 Erros de ortografia Na pressa é comum que a pessoa fique mais desatenta e assassine a ortografia Muitas pessoas não têm o cuidado de reler o email antes de enviar por isso recebemos tantas mensagens com erro diz Sandra A dica é investir um tempo na mensagem para não perder a credibilidade Letras trocadas e erros de digitação e de português vão chamar a atenção de quem recebe e podem ser interpretados como desleixo ou até ignorância SUGESTÕES DE LEITURA 85 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 84 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 Informalidade x formalidade Você começa a mensagem com um simples oi ou seja um tratamento informal mas ao final antes de assinar coloca o tradicional e formal atenciosamente Essa mistura de tratamentos diz Sandra não é indicada no ambiente profissional Decida se a men sagem é formal ou informal e não misture tratamentos Se começar a mensagem de maneira mais informal deve terminála informalmente também O mesmo vale para a mensagem formal diz Sandra De acordo com ela clientes e gestores devem ser tratados formalmente sempre As pessoas acabam levando a informalidade da fala para o email e isso é errado diz a es pecialista Terminar a mensagem com abraços só vale para colegas mais próximos na opinião dela Beijos também devem ser evitados Só entre namorados e amigos diz 3 Expressões temporais Evite marcar a mensagem com expressões como bom dia boa tarde e boa noite Você não tem certeza do momento do dia ou da noite em que o email será lido Nes se caso o bom dia é só para quem enviou a mensagem não para quem recebeu diz 4 Abreviações Esqueça as abreviações quando estiver redigindo email no trabalho Nada de vc no lugar de você nem tb para também O risco de usar palavras abreviadas é o excesso de informalidade É comum as pessoas levarem os vícios dos bate papos virtuais ins tantâneos e redes sociais para o email de trabalho diz Sandra Confira a mensagem antes de enviar para ter certeza de não deixar escapar nenhuma abreviação e evitar o excesso de informalidade no email de trabalho 5 Uso de maiúsculas Este não chega a ser propriamente um erro mas pode trazer um certo desconforto Colocar uma palavra com todas as letras maiúsculas para dar ênfase a ela pode ofender o destinatário Quando se faz isso a pessoa que lê entende como um grito explica Sandra Por isso pense bem antes de deixar um texto ou uma palavra com todas as letras mai úsculas Se a intenção não é dar uma bronca opte por outro marcador para dar mais visibilidade ao trecho ou à palavra 6 Mensagens desnecessárias Muitas vezes o problema não é que a mensagem contenha erros mas que ela simples mente não deveria existir Na opinião de Sandra a comunicação exagerada por email resulta em problemas com a administração de tempo Há pesquisas que indicam que das 8 horas que uma pessoa passa em média no escritório 5 são dedicadas a escrever e redigir emails diz ela De acordo com a especialista há uma banalização do uso da ferramenta As pessoas até se cumprimentam por email mandam mensagens para tudo diz Se você deixar para enviar mensagens quando realmente for necessário vai ganhar tempo para pro duzir mais indica Sandra Economizaria muito tempo dos profissionais diz 7 Uso pessoal Usar o email do trabalho para assuntos pessoais é um mau uso da ferramenta na opi nião de Sandra Embora o Tribunal Superior do Trabalho tenha limitado o poder de fis calização das empresas a computadores e emails corporativos recentemente mandar mensagens particulares do endereço corporativo não é indicado A dica é separar as coisas Use o email do trabalho apenas para mensagens profissio nais diz Sandra Lembrese de que dar uso particular para o email do trabalho pode colocar até o seu emprego em risco PATI Julia Os 7 erros mais comuns ao usar o email no trabalho Revista Exame Dispo nível em httpexameabrilcombrcarreiraos7errosmaiscomunsaousaroemail notrabalho Acesso em 31 jul 2017 É importante considerar que atualmente há uma ampla circulação de gêneros digi tais ou seja formas textuais que podem ser documentos ou ter um papel importan te de comunicação mas não são impressos circulam por meio de suportes virtuais tecnológicos e em telas Veja alguns exemplos de gêneros digitais a seguir Email gênero com claros objetivos comunicativos Ensinar a escrever emails claros concisos e objetivos pode ser uma atividade muito interessante e impor tante e mantém contato com o estudo do gênero carta Escrita específica de redes sociais redes sociais como Facebook Twitter e até mais imagéticas como Snapchat e Instangram exigem sim que seus usuários criem textos que circularão socialmente Sites ler sites e domínios online entendendo seu projeto gráfico e a forma que os links e hiperlinks são apresentados também é um exercício de leitura 87 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 86 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Blogs apesar de não terem maior popularidade ainda configuram um gênero digital utilizado e que apresenta características específicas Aplicativos de conversação Whatsapp e outros aplicativos podem servir de mote para exercícios de reflexão linguística Muitos dos gêneros citados são transformações de gêneros já existentes Por exem plo o email tem muitos elementos de semelhança com o gênero carta O fato de existir email não significa que cartas deixaram de ser escritas Os dois gêneros coe xistem A seguir apresentamos um quadro a respeito de gêneros digitais e sua cor respondência com um gênero que existia fora do meio digitaleletrônico QUADRO 6 TRANSPOSIÇÃO DE GÊNEROS GÊNERO QUE PODE SER O PONTO DE PARTIDA Reuniões Conversações Cartas Diário Pessoal Aulas presenciais Convites Pesquisa em Livros Grupos de conversa Leitura íntima GÊNERO DIGITAL Email Videoconferência Uso de aplicativos de conversa como o Whatsapp Blogs redes sociais e até vídeos do You Tube Aulas à distância Grupos em redes sociais Pesquisa em sites Redes sociais específicas grupos em redes sociais ou em aplicativos de conversa Leitura na tela Fonte adaptado de Marcuschi 2005 SUGESTÕES DE LEITURA 63 RESUMO Nesta unidade aprendemos os principais gêneros textuais da área comercial Aprendemos também os mais importantes gêneros relacionados à escrita oficial Estudamos as características de alguns desses textos como ata carta comercial e email 1 Manual de redação oficial Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03manualmanualhtm Apresenta detalhadamente diversas características da redação oficial pautadas na Nor ma Padrão da Língua Portuguesa 2 TERCIOTTI Sandra Helena MACARENCO Isabel Comunicação empresarial na práti ca São Paulo Saraiva 2010 As autoras esboçam dicas de como se comunicar de forma eficiente no ambiente em presarial 89 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 88 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO REFERÊNCIAS ATTHAMEE NITHISATHIEN Mão desenho dos desenhos animados crianças felizes jogando 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpworddesenhosr chlangbrimgtype0Submittwordtlangbrorderby0twordtlan gbroriSearchcomunicaC3A7C3A3ostin6hv1ppn3b3p2r0gvymedia popup21396893 Acesso em 01 ago 2017 BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Secretaria de Educação Fundamen tal Parâmetros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamen tal Língua Portuguesa Brasília DF MECSEF 1998 BRASIL Presidência da República Manual de redação da Presidência da República 2 ed rev e atual Brasília Presidência da República 2002 BECHARA E Moderna gramática portuguesa atualizada pelo Novo Acordo Ortográ fico Rio de Janeiro Lucerna 2012 BENVENISTE É Problemas de Linguística Geral I 5 ed Campinas SP Pontes Edito res 2005 CAMARA Jr J M Dicionário de linguística e gramática 26 ed Petrópolis Vozes 2009 CORREIA M O Questões do vestibular ENEM uma abordagem discursiva 2015 56 f Dissertação Mestrado em Linguística Programa de PósGraduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2015 COSTA A L Leitura e Produção de textos II Rio de Janeiro Universidade Castelo Branco 2010 Disponível em httpucbwebcastelobrancobrwebcafarquivos128704771 LeitProdTexparte1doc Acesso em 22 jul 2017 COSSON R Letramento literário teoria e prática São Paulo Contexto 2011 FERREIRA A B de H Texto In Dicionário Aurélio eletrônico São Paulo Lexi kon 1999 GOODMAN K S O processo da leitura considerações a respeito das línguas e do desenvolvimento In FERREIRO E PALACIO M G Orgs Os processos de leitura e escrita novas perspectivas Porto Alegre Artes Médicas 1987 GÖRSKI E M COELHO I L Variação linguística e ensino de gramática Working pa pers em Linguística v 10 n 1 p 7391 2010 GUIA DA LÍNGUA 2010 Revista Língua portuguesa São Paulo Editora Segmento 2010 GUIMARÃES E Texto discurso e ensino São Paulo Editora Contexto 2009 JAKOBSON R Linguística e comunicação São Paulo Cultrix 1991 KOCH I V A interação pela linguagem 6ed São Paulo Contexto 2001 KOCH I V Desvendando os segredos do texto São Paulo Cortez 2009 KOCH I V O texto e a construção dos sentidos 9ed São Paulo Contexto 2010 KOCH I V ELIAS V M Ler e compreender os sentidos do texto São Paulo Contexto 2010 LEFFA V J Aspectos da leitura uma pesquisa psicolingüística Porto Alegre Sagra Luzzato 1996 LIUBOMYR FESHCHYN Conjunto de elementos de quadrinhos retro Livro Vector De sign discurso e do pensamento Bolhas 123RF Disponível em httpsbr123rfcom searchphpwordquadrinhosrchlangbrimgtype0Submittwordtlan gbrorderby0twordtlangbroriSearchdesenhostio8xi7ea0h5ivozukki mediapopup32523351 Acesso em 01 ago 2017 LUFT L Todo mundo fala errado In SMITH Marisa Magnus MOREIRA Maria Eunice BOCCHESE Jocelyne da Cunha Org ENADE comentado letras 2011 Dados eletrô nicos Porto Alegre EDIPUCRS 2013 MARCUSCHI L A Da fala para a escrita atividades de retextualização 10 ed São Paulo Cortez 2010 91 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 90 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO MENEGASSI R J Compreensão e interpretação no processo de leitura noções bási cas ao professor Revista UNIMAR Maringá 17 1 8594 1995 MENIN A M da C S GIROTTO C G G S ARENA D B SOUZA R J de Orgs Ler e compreender estratégias de leitura Campinas Editora Mercado de Letras 2010 PATI J Os 7 erros mais comuns ao usar o email no trabalho Revista Exame Dis ponível em httpexameabrilcombrcarreiraos7errosmaiscomunsaousaroe mailnotrabalho Acesso em 31 jul 2017 PETIT M Os jovens e a leitura uma nova perspectiva Tradução Celina Olga de Souza São Paulo Editora 34 2008 RAMOS R Os melhores contos São Paulo Global Editora 1998 RAWPIXEL a Comunicação Conexão Devices Digital Technology Concept 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpwordcomunicaC3A7 C3A3osrchlangbrimgtypeSubmittwordtlangbrorderby0sti me8epagvi55pqhu0fxmediapopup42956457 Acesso em 01 ago 2017 RAWPIXEL b Grupo de negócios pessoas conversando Varanda Concept 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpwordcomunicaC3A7 C3A3osrchlangbrimgtypeSubmittwordtlangbrorderby0sti me8epagvi55pqhu0fxmediapopup49441859 Acesso em 02 ago 2017 SAUSSURE F Curso de lingüística geral 26 ed São Paulo Cultrix 2006 SILVEIRA E MURASHIMA M Redação empresarial Rio de Janeiro Editora FGV 2011 SOLÉ I Estratégias de leitura Porto Alegre Ed Artmed 1998 VANOYE F Usos da linguagem problemas e técnicas na produção oral e escrita São Paulo Ed Martins Fontes 2003 VERÍSSIMO L F Contos de verão O Estado de São Paulo 16 jan 2000 VERISSIMO L F O gigolô das palavras In Para gostar de ler Luis Fernando Verissimo o nariz e outras crônicas 10 ed v 14 São Paulo Ática 2002 WOLTON D Pensar a comunicação Brasília Editora UNB 2004 WOOD J T Mosaicos da comunicação uma introdução aos estudos da comunica ção São Paulo Editora Ática 2009 WOOD J T Redação científica a prática de fichamentos resumos e resenhas São Paulo Atlas 2004 92 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE SAÚDE EDUCAÇÃO DIREITO GESTÃO E NEGÓCIOS
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1 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 03 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 02 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do Estado do Espírito Santo com unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 atua no mercado capixaba destacandose pela oferta de cursos de graduação técnico pósgraduação e extensão com qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde sempre primando pela qualidade de seu ensino e pela formação de profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho Atualmente a Multivix está entre o seleto grupo de Instituições de Ensino Superior que possuem conceito de excelência junto ao Ministério da Educação MEC Das 2109 institu ições avaliadas no Brasil apenas 15 conquis taram notas 4 e 5 que são consideradas conceitos de excelência em ensino Estes resultados acadêmicos colocam todas as unidades da Multivix entre as melhores do Estado do Espírito Santo e entre as 50 melhores do país MISSÃO Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de qualidade sempre mantendo a credibil idade segurança e modernidade visando à satis fação dos clientes e colaboradores VISÃO Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci da nacionalmente como referência em qualidade educacional R E I T O R GRUPO MULTIVIX R E I BIBLIOTECA MULTIVIX Dados de publicação na fonte As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site httpbrfreepikcom S586 Silva Michele Teixeira Comunicação e expressão Ivana Esteves Passos de Oliveira São Mateus Multivix 2014 91f il 30 cm Inclui referências 1 Comunicação e expressão 2 Comunicação interpessoalII Faculdade Multivix III Título CDD 3726 EDITORIAL FACULDADE CAPIXABA DA SERRA MULTIVIX Catalogação Biblioteca Central Anisio Teixeira Multivix Serra 2017 Proibida a reprodução total ou parcial Os infratores serão processados na forma da lei Diretor Executivo Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Eliene Maria Gava Ferrão Penina Diretor Administrativo Financeiro Fernando Bom Costalonga Diretor Geral Helber Barcellos da Costa Conselho Editorial Eliene Maria Gava Ferrão Penina presidente do Conselho Editorial Kessya Penitente Fabiano Costalonga Carina Sabadim Veloso Patrícia de Oliveira Penina Roberta Caldas Simões Revisão de Língua Portuguesa Leandro Siqueira Lima Revisão Técnica Alexandra Oliveira Alessandro Ventorin Graziela Vieira Carneiro Juliana Lima Barboza Tatiana de Santana Vieira Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo Carina Sabadim Veloso Maico Pagani Roncatto Ednilson José Roncatto Aline Ximenes Fragoso Genivaldo Felix Soares NEAD Núcleo de Educação à Distância Gestão Acadêmica Coord Didático Pedagógico Gestão Acadêmica Coord Didático Semipresencial Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia Coordenação Geral de EAD 05 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 04 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO R E I T O R APRESENTAÇÃO DA DIREÇÃO EXECUTIVA Aluno a Multivix Estamos muito felizes por você agora fazer parte do maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro de Itapemirim Cariacica Castelo Nova Venécia São Mateus Serra Vila Velha e Vitória Desde 1999 no mercado capixaba destacase pela oferta de cursos de graduação pósgraduação e extensão de qualidade nas quatro áreas do conhecimento Agrárias Exatas Humanas e Saúde tanto na modalidade presencial quanto a distância Além da qualidade de ensino já comprovada pelo MEC que coloca todas as unidades do Grupo Multivix como parte do seleto grupo das Instituições de Ensino Superior de excelência no Brasil contando com sete unidades do Grupo entre as 100 melhores do País a Multivix preocupase bastante com o contexto da realidade local e com o desenvolvimento do país E para isso procura fazer a sua parte investindo em projetos sociais ambientais e na promoção de oportunidades para os que sonham em fazer uma faculdade de qualidade mas que precisam superar alguns obstáculos Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é Formar profissionais com consciência cidadã para o mercado de trabalho com elevado padrão de qualidade sempre mantendo a credibilidade segu rança e modernidade visando à satisfação dos clientes e colaboradores Entendemos que a educação de qualidade sempre foi a melhor resposta para um país crescer Para a Multivix educar é mais que ensinar É transformar o mundo à sua volta Seja bemvindo Prof Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretor Executivo do Grupo Multivix Olá acadêmicoa Bemvindoa à disciplina de Comunicação e Expressão na qual iremos aprofun dar seus conhecimentos acerca de linguagem língua e códigos comunicacionais no Curso de Pedagogia da Faculdade Multivix Serra Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso esta disciplina foi organizada em seis unidades com temas e subtemas que por sua vez são subdivididos em seções tópicos atendendo aos objetivos do processo de ensinoaprendizagem Nesta disciplina desenvolveremos estudos no campo da Língua Portuguesa e da Comunicação e procuraremos compreender as formas de expressão a lingua gem e suas transformações com o passar dos tempos assim como a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação TICs na sociedade contemporânea Detalharemos na disciplina os novos signos e códigos bem como as formas de expressão em um contexto cada vez mais dinâmico Para tanto partiremos da premissa de que a expressão pressupõe cada vez mais um processo interacional Cabe destacar que esse modelo interativo se aplica também ao estudo da disci plina de Comunicação e Expressão no ensino a distância destacando que para se realizar um bom curso sua participação nos fóruns de discussão é de suma importância para que os intercâmbios conceituais possam reverberar Esperamos que até o final da disciplina você possa ampliar a compreensão acerca da linguagem e do uso dos códigos linguísticos conhecer os elementos da comunicação identificar os níveis e as funções da linguagem na expressão e na comunicação compreender a importância da classificação das mensagens escritas Para tanto fiquem atentos aos conceitos e façam as atividades propostas Antes de iniciar a leitura gostaríamos de solicitar a você que pare um instante e reflita acerca da importância de se observar as características comunicacionais e da comunicação na contemporaneidade Enfim esperamos promover reflexões acerca do assunto e desejamos sucesso e bons estudos APRESENTAÇÃO 07 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 06 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Ivana Esteves Passos é jornalista e atua como professora no ensino superior des de 2001 Tem graduação em Comunicação Social 1990 Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo UFES 2004 e Doutorado em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo UFES 2015 É PósDoutoranda em Língua Portuguesa Literatura Leitura e Educação na área Uso de Estratégias de Leitura com Literatura Infantil UnespPP É integrante do Grupo de Pesquisa Leitura Literatura e Educação da UFESCNPQ Tem especialização também em Marketing e Marketing Cultural É professora universitária produtora cultural e as sessora de comunicação Atuou e atua como assessora de comunicação de proje tos culturais em diversas áreas literatura cinema teatro dança e música É pro dutora cultural com experiência na área de Comunicação Cultura e Educação Já lecionou as seguintes disciplinas Língua Portuguesa Orientação a Projetos de TCC Comunicação e Expressão Introdução à Comunicação Comunicação e Cul tura Comunicação e Cidadania Marketing Cultural Cidades Criativas Educomu nicação Audiovisual Assessoria de Comunicação e Cinema Atua no âmbito aca dêmico e no mercado principalmente nos seguintes temas língua portuguesa leitura e literatura infantil educomunicação jornalismo cultural sustentabilidade responsabilidade social comunicação e cidadania marketing cultural além de produção cultural A AUTORA PLANO DE ENSINO OBJETIVOS DA DISCIPLINA Linguagem e língua Conceito de linguagem e língua Código Variedades Lin guísticas Dialetos e Registros Norma padrão e norma popular Ato comunicativo Comunicação Elementos da Comunicação Funções da Linguagem Ruídos na comunicação Técnicas de Comunicação Oral Leitura Processamento da leitura Concepções de Leitura Estratégias de leitura Processamento da escrita Conceito de texto Tipos textuais Textualidade Coerência textual Coesão textual Modelos de escrita Escrita comercial Escrita acadêmica Escrita oficial Tópicos gramati cais Crase Correção ortográfica Palavras e expressões que oferecem dificuldade Compreender o processo de comunicação nas organizações utilizando adequa damente técnicas e instrumentos para o exercício da profissão Refletir acerca do funcionamento da língua por meio de textos em situações con cretas de interação comunicativa principalmente nas organizações Aperfeiçoar o desempenho linguístico com o exercício tanto das práticas de lei tura e de interpretação de textos quanto da compreensão da funcionalidade dos elementos linguísticos Avaliar a importância da linguagem como garantia de nossa capacidade de comuni cação ou seja de compartilhar sentidos no dia a dia como agentes sociais Conhecer os elementos que condicionam os processos de produção e recepção de textos bem como a eficácia dos processos de comunicação Compreender as noções de variedade e unidade linguística assim como as cau sas mais comuns da ineficácia dos processos de comunicação Compreender o processo de leitura como atividade dinâmica e interativa entre autor texto e leitor na interpretação e na compreensão de sentidos Aplicar os diferentes enfoques sobre os processos de leitura e as estratégias de interpretação 09 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 08 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OBJETIVO UNIDADE Linguagem e língua 01 Leitura 03 Textualidade 05 Ato comunicativo 02 Processamento da escrita 04 Modelos de escrita 06 CRONOGRAMA DE CONTROLE DO ALUNO PRAZO PARA ENTREGA UNIDADE 01 04 02 05 03 06 Planejar eficientemente um texto considerando a função da escrita suas estra tégias e por fim os processos de produção de um texto escrito Reconhecer os elementos que tornam um texto incoerente o que inviabiliza o compartilhamento de sentidos e consequentemente desestabiliza o processo de comunicação Utilizar com eficácia os mecanismos da coesão textual isto é as relações que se estabelecem entre os elementos linguísticos que funcionam na superfície do texto e que estabelecem seu sentido Reconhecer as características e a funcionalidade dos principais modelos de escri ta comercial e oficial Produzir com eficácia diferentes modelos de escrita técnica utilizados no âmbito profissional das instituições públicas e das empresas privadas SUMÁRIO 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 1 UNIDADE DESENVOLVIMENTO 13 11 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO 13 12 LÍNGUA 18 121 LÍNGUA E LINGUAGEM 18 122 A LÍNGUA É MUTÁVEL 19 13 GRAUS DE FORMALIDADE 26 DESENVOLVIMENTO 31 21 COMUNICAÇÃO 32 211 MODELOS DE COMUNICAÇÃOELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 32 212 COMUNICAÇÃO E INTENCIONALIDADE DISCURSIVA 34 213 RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO 37 22 RESUMO 40 DESENVOLVIMENTO 43 31 CONCEPÇÕES DE LEITURA 43 32 ESTRATÉGIAS DE LEITURA 44 33 FATORES DE COMPREENSÃO DA LEITURA 45 34 ESCRITA E LEITURA CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CONTEXTO DE USO 49 35 RESUMO 51 DESENVOLVIMENTO 54 41 CONCEITO DE TEXTO 54 42 RESUMO 58 DESENVOLVIMENTO 60 51 COERÊNCIA TEXTUAL 60 52 COESÃO TEXTUAL 67 521 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 68 522 ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL 69 523 COESÃO SEQUENCIAL 71 11 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 10 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ICONOGRAFIA ATENÇÃO PARA SABER SAIBA MAIS ONDE PESQUISAR DICAS GLOSSÁRIO MÍDIAS INTEGRADAS ANOTAÇÕES ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM CURIOSIDADES QUESTÕES ÁUDIOS CITAÇÕES 53 CONCLUINDO 73 54 RESUMO 74 DESENVOLVIMENTO 77 61 ESCRITA COMERCIAL 77 62 ESCRITA OFICIAL 80 63 RESUMO 87 REFERÊNCIAS 88 SUMÁRIO 6 UNIDADE 13 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 12 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 1 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender os conceitos de língua e linguagem e diferenciálos diferenciar linguagem verbal não verbal e mista entender a definição de código e sua relação com a língua conhecer e reconhecer variedades linguísticas conscientizarse da existência das variedades linguísticas compreender as noções de norma padrão e norma popular conscientizarse de que cada modalidade das variedades linguísticas não é superior à outra 1 DESENVOLVIMENTO Como salvar a dimensão soberba da comunicação uma das mais belas do homem aquela que lhe faz desejar entrar em relação com os outros interagir com os outros Nas palavras do sociólogo e pesquisador da área de comunicação Dominique Wol ton Como salvar a dimensão humanista da comunicação quando triunfa sua dimensão instrumental WOLTON 2004 p 28 Tais interrogações nos trazem uma perspectiva comunicacional dialógica e voltada para a potência na geração de laço social e estabelecimento de vínculos A comunicação é um processo social básico e primário pois é a partir dela que se torna viável e possível a vida em sociedade Ela preside rege todas as relações hu manas de modo que não há sociedade organizada sem comunicação Dessa forma está relacionada a um padrão cultural a um modelo de cultura Para que a comunicação realmente possa se efetivar é necessário o domínio da linguagem Especialmente de uma de suas formas a língua Devemos considerar nesse contexto tanto a língua na sua forma oral quanto na sua forma escrita As di versas variedades linguísticas bem como as narrativas imagéticas também devem ser consideradas pois convivemos intensamente na contemporaneidade com a lin guagem visual Sendo assim nesta unidade serão apresentados conceitos e reflexões que habilitem ao discente o uso da comunicação da linguagem verbal e da linguagem não verbal de forma correta É portanto de suma importância o estudo da linguagem nos pro cessos de interação na contemporaneidade 11 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO É importante perguntar em que consiste a linguagem Na realidade ela consiste em símbolos que são representações de pessoas eventos e de tudo o que ocorre conosco e ao nosso redor WOOD 2009 p 103 Assim toda linguagem é simbólica entretanto nem todos os símbolos são linguísticos No caso da linguagem não ver bal estão inclusos símbolos que não são palavras como expressões faciais roupas e 15 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 14 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO tons de voz assim como imagens expressas pelo homem em suportes diversificados Segundo Émile Benveniste 2005 a linguagem é um sistema de signos socializados Símbolos que apresentam um sentido uniformizado em uma comunidade linguísti ca A premissa de socialização explicitada remete a uma proposição comunicacional da linguagem Quanto à menção sistema de signos seu emprego referese à de finição de linguagem como um conjunto cujos elementos se determinam em suas interrelações ou seja um conjunto no qual nada significa por si mas tudo significa em função dos outros elementos Dito de outro modo o sentido de um termo bem como o de um enunciado é função do contexto em que ele ocorre VANOYE 2003 p 21 Dessa forma a linguagem é considerada fruto de aprendizagem social e refle xo da cultura de uma comunidade além disso seu domínio é primordial na inserção do indivíduo na sociedade Observe as imagens a seguir para exemplificar a ideia de uso da linguagem na co municação intermediada ou não por dispositivos eletrônicos Figura 1 Comunicação intermediada ou não por dispositivos eletrônicos Figura 2 Interação social 17 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 16 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Observe que tanto na comunicação entre as pessoas da Figura 1 mediada por dis positivos eletrônicos quanto da Figura 2 há formas de comunicação A diferença é que na segunda imagem os movimentos e gestos também auxiliam na construção de sentidos e são formas de expressão da linguagem A linguagem cria a realidade Ao nomear as coisas a linguagem as traz até a cons ciência humana As linguagens têm características particulares Dividemse em dois grupos a linguagem verbal e a não verbal A linguagem verbal tem por unidade a palavra A não verbal por sua vez tem outros tipos de unidades gestos imagens desenhos pinturas etc Quando há em um texto linguagem verbal e não verbal di zemos que existe a linguagem mista Observe os exemplos a b c a Desenho linguagem não verbal Figura 3 Linguagem não verbal b Poema linguagem verbal Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivêlo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um exemplo de lingua gem verbal por meio de palavras c Quadrinho linguagem mista verbalnão verbal Na comunicação diária uti lizamonos de meios que dispensam o uso da palavra Nossos gestos e olhares são provas disso A maneira como nos vestimos e até como nos portamos nos variados am bientes que frequentamos também serve para comuni car aos que nos observam mo dos de ser Assim podemos naturalmente concluir que há no cotidiano uma mistura natural de linguagens Temos por hábito utilizar a lingua gem verbal juntamente com a não verbal como forma de estabelecer comunicação Figura 4 Linguagem mista 19 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 18 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 12 LÍNGUA As línguas sempre refletem a diversidade de condições históricas e socioculturais em que são utilizadas Para Vanoye 2003 p 21 as línguas são casos particulares de um fenômeno a linguagem que é estudada pela linguística geral Embora não exista a linguagem verbal universal a linguística geral esforçase no sentido de isolar e estu dar as características comuns das diferentes línguas A língua é um código formado por palavras e leis combinatórias por meio das quais as pessoas se comunicam e interagem entre si Quanto maior o domínio que temos da língua maiores são as possibilidades de termos um desempenho linguístico eficiente 121 LÍNGUA E LINGUAGEM Um dos principais conceitos para diferenciar língua e linguagem vem de um impor tante linguista considerado o pai da Linguística Geral Ferdinand de Saussure 2006 Para o estudioso a linguagem é de natureza heterogênea portanto é multiforme além disso pertence ao domínio individual e social O que tudo isso quer dizer Heterogênea significa que assume mais de uma forma Então pode ser verbal não verbal feita por meio de gestos e movimentos É portanto multiforme pois assume mais de uma forma A linguagem pode ser de domínio individual uma pessoa iso lada pode conceber símbolos para compreender o mundo e social várias pessoas usam os mesmos símbolos Para Saussure 2006 a língua é um produto social da linguagem sendo assim é sempre algo adquirido e convencional Ou seja uma comunidade de pessoas preci sa atribuir o mesmo sentido aos mesmos símbolos Por exemplo em língua portu guesa o símbolo verbal GATO representa o animal doméstico felino A língua é um sistema homogêneo tem uma única forma e portanto é estável 122 A LÍNGUA É MUTÁVEL A mutabilidade das línguas é enorme e resulta da dinâmica da história da própria vida das relações sociais e até da maneira de ser de cada indivíduo Um exemplo são as chamadas línguas mortas ou em desuso como o latim A língua evolui transfor mandose e os processos de globalização os avanços tecnológicos têm intensifica do as variações linguísticas A fala também se modifica de acordo com a história de cada indivíduo suas intenções sua formação escolar sua cultura com as influências que ele recebe do grupo social ao qual pertence SAUSSURE 2006 Algumas palavras perdem ou ganham sílabas como é o caso do pronome de trata mento Vossa Mercê que passou por transformações tornandose Você Quem sabe daqui a alguns anos já teremos a palavra Cê no dicionário Além disso novas palavras surgem de acordo com as necessidades incluindo os empréstimos de outras línguas com as quais a comunidade linguística mantém contato denominados estrangeiris mos empréstimos linguísticos provenientes de línguas estrangeiras em diferentes épocas A palavra bife por exemplo veio do inglês beef a palavra abajur veio do francês abatjur dentre milhões de exemplos possíveis Também é importante pontuar que a convergência digital o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação TICs com o uso da internet e das redes sociais tem potencializado a mutabilidade linguística A internet propiciou o surgi mento e o empréstimo de novas palavras digitar teclar twittar facebook blogueiros outras porém deixam de ser utilizadas gradativamente como é o caso de datilografar SIGNO Vanoye 2003 p21 define signo como uma noção básica na linguística Signo é a menor unidade dotada de sentido em um código dado Decompõese em um elemento material perceptível o significante e em um elemento conceitual não perceptível o significado O referente é o objeto real ao qual remete o signo em uma instância de enunciação Exemplo vamos pensar em maçã Significante o som da palavra a união de fonemas que forma o vocábulo maçã Significado ideia de uma determinada fruta específica Referente a fruta real que existe 21 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 20 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CÓDIGO Código é um conjunto de regras que permi te a construção e a compreensão de men sagens É portanto um sistema de signos A linguagem é por conseguinte um dentre outros códigos VANOYE 2003 p 22 A linguagem verbal é um código porém di ferente dos demais apresenta características únicas SAUSSURE 2006 Uma delas é a de falar acerca dos signos que constituem ou tros signos ou seja pode explicar a arbitra riedade que existe entre significante e signi ficado Outra possibilidade é fazer jogos de sentido criando ambiguidades metáforas brincadeiras de palavras novas significações Percebese que o significado das palavras embora possa parecer algo fixo não o é já que a língua é viva as palavras nascem crescem evoluem podem mudar de forma e de senti do e até desaparecer de determinado idioma A imaginação do homem também pode con tribuir para ampliar o significado das palavras e ela deixa de significar apenas a ideia origi nal que é aquela básica e objetiva Daí os conceitos de denotação e conotação DENOTAÇÃOCONOTAÇÃO Referemse ao sentido das palavras da língua Denotação é a designação do objeto ao qual remete o significante ou seja é o sentido imediato possível de localizar ra pidamente em um dicionário Conotação faz referência a tudo que um termo possa sugerir clara ou vagamente varia de pessoa para pessoa e conforme o espaço e o tempo Nessa categoria estão as metáforas e a linguagem figurada KOCH 2009 No caso do signo maçã diversos significantes um som ou melhor uma combinação de sons ou uma combinação gráfica correspondem a um significado o conceito de maçã que por sua vez designa uma classe de referentes maçã do amor doce de maçã maçã argentina Há casos em que um mesmo significante pode remeter a vários significados folha pode remeter à folha de árvore ou à folha de caderno Nesses casos o contexto elimina a ambiguidade Dominar bem uma língua não significa apenas conhecer seu vocabulário é preciso também ter domínio de suas leis combinatórias Conhecemos o sentido de cada uma das palavras deste enunciado Na foi comunidade Amazônica descoberta indígena Porém ele nada significa para nós porque não foram respeitadas as leis de combina ção das palavras Veja como o enunciado ganha sentido se combinarmos as palavras desta forma Foi descoberta comunidade indígena na Amazônia Para compreender melhor a relação dos signos na constituição da linguagem vamos explicar as três características dos símbolos conforme assinala Wood 2009 p 104108 a Arbitrariedade a linguagem é arbitrária o que significa que os símbolos verbais não são intrinsecamente relacionados com o que representam Exemplo sala de batepapo não tem nenhuma relação natural com espaços para interação dentro de comunidades virtuais específicas Dessa forma não há nenhuma regra que diga que o termo mesa faça referência ao objeto que consideramos ser uma mesa É apenas um convenção É disso que se trata a arbitrariedade A linguagem também muda à medida que inventamos novas palavras ou atribuímos novos significados a palavras existentes Quando determinada palavra é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum estamos diante de uma linguagem conotativa Além de ser bastante explorada na Literatura a conotação é empregada em letras de músicas anúncios publicitários conversas do nosso cotidiano etc Para demonstrar que tanto a conotação quanto a denotação são bastante exploradas no nosso dia a dia leia o exemplo a seguir Ex Marina quebrou a cara Observe que no exemplo podemos interpretar o enunciado de duas maneiras entender que Marina sofreu algum acidente e fraturou o rosto ou que ela não se deu bem em determinada situação 23 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 22 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO b Ambiguidade a linguagem é ambígua ou seja não tem significados bem defi nidos e precisos A linguagem é a mesma mas seu sentido muda dependendo de experiências interesses identidade e formação pessoal A ambiguidade relacionase aos aspectos culturais Exemplo cachorro pode se referir a determinado animal de quatro patas ou em algumas culturas dar nome a um alimento c Abstração a linguagem é abstrata ou seja as palavras não são os fenômenos concretos ou tangíveis aos quais elas se referem Elas representam esses fenômenos ideias pessoas eventos objetos sentimentos e assim por diante mas não são as coisas que representam À medida que a linguagem se torna cada vez mais abstrata o potencial de confusão aumenta rapidamente Exemplo a comunicação em geral utiliza uma linguagem altamente genérica e abstrata para descrever grupos de pes soas juventude urbana imigrante terceira idade etc O Gigolô das palavras Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão designada por seu professor de Português saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua Cada grupo portava seu gravador cassete certamente o instrumento vital da pedagogia moderna e andava arrecadando opiniões Suspeitei de saída que o tal pro fessor lia esta coluna se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar Já estava até preparando às pressas minha defesa Culpa da revisão Culpa da revisão Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado Não Então va mos em frente LEITURA COMPLEMENTAR Respondi que a linguagem qualquer linguagem é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal Respeitadas algumas regras básicas da Gra mática para evitar os vexames mais gritantes as outras são dispensáveis A sintaxe é uma questão de uso não de princípios Escrever bem é escrever claro não necessaria mente certo Por exemplo dizer escrever claro não é certo mas é claro certo O im portante é comunicar E quando possível surpreender iluminar divertir mover Mas aí entramos na área do talento que também não tem nada a ver com Gramática A Gramática é o esqueleto da língua Só predomina nas línguas mortas e aí é de inte resse restrito a necrólogos e professores de Latim gente em geral pouco comunicativa Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo Eles só estão esperando fardados que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva É o esqueleto que nos traz de pé certo mas ele não informa nada como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada não tem futuro As múmias conversam entre si em Gramática pura Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores E adverti que minha im plicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela Sem pre fui péssimo em Português Mas isso eu disse vejam vocês a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo apesar da minha total inocência na matéria Sou um gigolô das palavras Vivo às suas custas E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional Abuso delas Só uso as que eu conheço as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras Exijo submissão Não raro peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto pas sageiro Maltratoas sem dúvida E jamais me deixo dominar por elas Não me meto na sua vida particular Não me interessa seu passado suas origens sua família nem o que outros já fizeram com elas Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubálas de outro quando acho que vou ganhar com isto As palavras afinal vivem na boca do povo São faladíssimas Algumas são de baixíssimo calão Não merecem o mínimo respeito Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel Acabaria tratandoas com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido A palavra seria a sua patroa Com que cuidados com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos etimologistas e colegas Acabaria impotente incapaz de uma conjunção A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda VERÍSSIMO Luis Fernando O gigolô das palavras In Para gostar de ler Luis Fer nando Verissimo o nariz e outras crônicas 10 ed v 14 São Paulo Ática 2002 p 7778 25 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 24 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO VARIEDADES LINGUÍSTICAS Apesar de uma língua ser uma construção social e sofrer padronizações para se tor nar o mais uniforme possível sempre haverá variação em seu uso Ou seja a variação sempre existiu e sempre existirá independentemente de qualquer ação normativa Assim quando se fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades BRASIL 1998 p 29 É preciso destacar que as variações de uma língua ocorrem de acordo com condiçõespeculiaridades de natureza social cultural regional ou até histórica Gorski e Coelho 2010 destacam que há três importantes tipos de variações linguís ticas variação regional ou geográfica variação social e variação estilística Vamos nos ater um pouco em cada uma delas Variação Regional é aquela que acontece por razões geográficos Por exemplo o sotaque Gaúcho falado no Rio Grande do Sul o sotaque baiano falado na Bahia etc Variação Social essa variação também conhecida como variação diastrática GOR SKI COELHO 2010 está relacionada a fatores econômicos a classes sociais e ao acesso à educação Também podem influenciar fatores como o sexo a idade o grau de escolaridade a profissão do indivíduo Segundo Gorski e Coelho 2010 são exem plos típicos de variação social a vocalização do lh i como em mulhermuié blusabrusa cantandocantano a concordância nominal e verbal como em os meninos saíram cedoos menino saiu cedo Variação estilística também chamada de registro Manifestase nas diferentes situ ações comunicativas que nos envolvem todos os dias Por exemplo em casa com familiares e amigos íntimos usamos uma variação da língua mais coloquial mais despreocupada Em situações formais como uma entrevista de emprego é mais indicado o uso de uma linguagem mais cuidada e elaborada o registro formal Al gumas esferas de comunicação vão exigir um uso diferenciado da língua a igreja o clube o tribunal dentre outros possíveis exemplos Gorski e Coelho 2010 p 77 destacam que tanto a variação geográfica como a variação social estão intimamente associadas às forças internas que promovem ou impedem a variação e a mudança e à identidade do falante Ou seja ao abrir a boca e falar um sujeito pode revelar muitas informações sobre si como a sua região de origem como se ele pela sua forma de falar se identificasse como pertencente ou não a determinada comunidade e a determinado grupo social GORSKI COELHO 2010 p 77 É nesse contexto que pode acontecer o preconceito linguístico que diz respeito ao julgamento com preconceito da forma de falar de um indivíduo Onde se fala melhor o português no Brasil Como vimos as variações linguísticas são normais e podem ser de diferentes nature zas geográficas sociais ou estilísticas Portanto é absolutamente inadequado eleger uma maneira de falar como superior às demais principalmente quando estivermos nos referindo a sotaques GORSKI COELHO 2010 Aprendemos nossa língua em casa no contato com a família imitando o que ouve e apropriandose do vocabulário e das leis combinatórias da língua Exercitamos tam bém o aparelho fonador para produzir sons que se transformam em palavra frases e textos inteiros Dessa forma é preciso levar em conta que Embora no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma lín gua nacional notamse diferenças de pronúncia de emprego de palavras de morfologia e de construções sintáticas as quais não somente identifi cam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala Não existem portanto variedades fixas em um mesmo espaço social convivem mescla das diferentes variedades linguísticas geralmente associadas a diferentes valores sociais BRASIL 1998 p 29 Por isso temos de compreender as diferentes manifestações da língua e evitar ações de preconceito linguístico É importante ter consciência das diferentes variedades da língua e também do valor social que manifestam as formas em variação Desse modo a pergunta Onde se fala o melhor português do Brasil é absolutamente inadequada não há maneira melhor ou pior certa ou errada Entretanto quando estivermos em situações de formalidade alguns usos da língua precisam ser obser vados Nesse caso estaremos diante de um uso adequado ou inadequado da língua não de um pior ou melhor 27 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 26 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 13 GRAUS DE FORMALIDADE Formal linguagem cuidada na variedade culta e padrão Exemplos artigos acadêmicos notícias informativos dicionários Na linguagem formal observamos a aplicação de regras gramaticais lexicais orto gráficas e a maior precisão vocabular possível Existem situações comunicativas de maior formalidade como um tribunal uma en trevista de emprego uma entrevista com autoridade A linguagem formal sempre trará a norma padrão da língua aquela manifestada nas gramáticas nos dicionários Linguagem coloquial informal ou popular ocorre quando a língua se manifesta naturalmente de forma coloquial e despreocupada com regras específicas da gra mática Exemplo conversas em redes sociais bilhetes Existem situações comunicativas de maior coloquialidade como conversa entre amigos A linguagem coloquial trará como norteadora a norma popular da língua baseada no uso direto das situações comunicativas Texto 1 Todo mundo fala errado Lya Luft Frequentemente se ouve alguém afirmar desamparado que todo mundo fala erra do Se apenas observarmos superficialmente poderemos achar que a afirmação está correta É verdade ninguém ou quase ninguém fala certo Talvez devêssemos então indagar o que é falar certo A maioria das respostas será que é falar como está nas gramáticas isto é todo mundo deveria usar com naturalidade e frequência as formas mais sofisticadas da chamada línguapadrão Nesse caso diríamos aos amigos aos fi lhos aos empregados coisas como na página seguinte Maria viste meu filho na escola Não Teresa vêloei amanhã somente Ou ainda Poderias dizerme aonde irás esta noite Dirteei unicamente quando tiver regressado E ainda coisas deliciosas como Que pensais da cultura dos nossos universitários Não vos posso dar essa resposta porque seria demasiado desanimadora Ora dirão os meus leitores que linguajar mais horrível Que pedantismo que erudição falsa que inadequação à nossa realidade Ninguém fala assim Enfim uma observação inteligente ninguém fala assim porque essas formas e muitas outras que não estão nos livros não se usam Tornaramse arcaicas pertencem a um nível de linguagem culto formal que se aceita com dor nos ouvidos em discursos em sermões de igreja e olhe lá Pelo que nossa liturgia e posturas na Igreja andam evoluindo em breve a música religiosa será considerada blasfêmia São formas apenas aturadas como se aturam trastes velhos pela casa enquanto não sabemos onde os colocar Isso significa que aquilo que os mais ingênuos julgam ser a maneira correta de falar não passa de fórmula livresca seca sem vida Mas não é nem de longe o que devemos empregar LEITURA COMPLEMENTAR 29 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 28 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 14 RESUMO A linguagem é um sistema de signos utilizado para o estabelecimento da co municação A linguagem é dividida em verbal e não verbal A língua é um código que permite a comunicação entre as pessoas por meio de um sistema de signos e combinações Há dois tipos básicos de variação linguística os dialetos e os registros A norma popular referese a todas as variedades linguísticas diferentes da nor ma padrão esta é caracterizada como prestigiosa utilizada em situações for mais em sua maioria por falantes escolarizados Existem três graus de formalidade formal informal e coloquial diariamente muito menos na fala Pois na língua se distinguem duas maneiras de registrar o pensamento a fala registro primeiro e a escrita registro segundo isto é re gistro da fala Observando isso podemos concluir que a escrita é que deve reproduzir a fala e não viceversa Assim não é correto que devêssemos falar como se escreve mas deveríamos isso sim escrever como se fala o que é impossível por uma série de moti vos um dos quais o de ser a escrita um código determinado por decretos oficiais Por isso não é correto somente o que está nos livros Mas há outros aspectos como a linguagem ser um comportamento social do homem Não se usa um calção em uma conferência nem terno e gravata para ir à piscina entre amigos como não se fala de maneira descontraída em uma conferência Na escrita para aprendermos realmente a escrever é necessário um treinamento intenso pois o código é mais complicado obedece a regras fixas e rígidas Nadar se aprende nadando guiar se aprende guiando falar se aprende falando e escrever se aprende escrevendo e lendo para internalizar estruturas O assunto linguagem é complexo demais para ser tratado num artigo e todos os livros escritos a respeito ainda nos deixam saudavelmen te curiosos e perplexos LUFT Lya Todo mundo fala errado In SMITH Marisa Magnus MOREIRA Maria Eunice BOCCHESE Jocelyne da Cunha Org ENADE comentado letras 2011 Dados eletrôni cos Porto Alegre EDIPUCRS 2013 122p ANOTAÇÕES LEITURA COMPLEMENTAR ILARI Rodolfo BASSO Renato Português do Brasil a variação que vemos e a variação que esquecemos de ver In O português da gente a língua que estudamos e a língua que falamos São Paulo Contexto 2006 p 151196 Os autores tratam da incapacidade que o falante da Língua Portuguesa tem de lidar com situações cotidianas que afetam diretamente o uso da língua Além disso Ilari e Basso asseveram que a língua está à mercê de mudanças e variações irremediavelmente 31 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 30 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 2 OBJETIVOS Ao final desta unidade esperamos que o aluno seja capaz de a compreender o conceito de comunicação e seus elementos b reconhecer a importância da comunicação no ambiente acadêmico e profissional c entender as funções da linguagem no discurso d conscientizarse de que o conhecimento das funções da linguagem pode propiciar a melhoria na produção oral e escrita e compreender os ruídos da comunicação e evitálos no processo comunicativo 2 DESENVOLVIMENTO Devido à comunicação ser um mosaico composto de processos peculiares que de mandam o desenvolvimento de habilidades perceptivas e expressivas as quais ne cessitamos compreender e explorar em nosso cotidiano de convivência social é in dispensável estudar a comunicação em todas as suas modalidades comunicação e autoimagem comunicação nos relacionamentos pessoais comunicação em grupos e equipes comunicação nas organizações comunicação pública comunicação de massa e tecnologias da comunicação Diversos estudiosos da linguagem reconhecem no processo comunicativo um pa pel relevante Nem sempre porém a função comunicativa da linguagem foi assim reconhecida Saussure foi considerado o criador da Linguística que atribuiu à lín gua a função de instrumento comunicacional Anteriormente a língua era vista como representação do pensamento não tendo a função de transmitir informa ções Reconhecendo a importância atual da comunicação para as diversas orga nizações trabalharemos nesta unidade o conceito os elementos e as funções da linguagem na comunicação 33 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 32 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 21 COMUNICAÇÃO A comunicação é um processo sistêmico no qual as pessoas interagem com símbo los e por meio deles para criar e interpretar significados A comunicação tem quatro elementos centrais segundo Wood 2009 p 3740 Processo a comunicação é um processo o que significa que é contínua e dinâmica É difícil dizer quando a comunicação começa e quando ter mina pois o que ocorre antes de falarmos com alguém pode influenciar a interação e o que ocorre em um contato específico pode afetar o futuro A comunicação está em constante movimento evoluindo e mudando conti nuamente Não é possível congelar a comunicação Sistemas a comunicação ocorre dentro de sistemas Um sistema consiste em partes interrelacionadas que afetam umas às outras Pelo fato de as partes de um sistema serem interdependentes e interagirem continu amente uma alteração em qualquer uma delas altera o sistema como um todo Os sistemas tentam manter o equilíbrio mas são incapazes de sustentálo Símbolos a comunicação é simbólica Não temos acesso direto aos pen samentos e sentimentos dos outros Usamos portanto os símbolos que são representações abstratas arbitrárias e ambíguas como vimos na Uni dade I de outras coisas Podemos simbolizar o amor dando um anel ou dando um abraço apertado em alguém A comunicação humana envolve interações com símbolos e por meio deles Significados estes representam o coração da comunicação Os significa dos são o sentido que conferimos aos fenômenos ou o que eles significam para nós Não encontramos significados na experiência em si Em vez disso usamos símbolos para criar significados De modo geral construímos ati vamente o significado por meio de interação com os símbolos 211 MODELOS DE COMUNICAÇÃOELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Assim ocorre a comunicação o EMISSOR envia uma MENSAGEM CODIFICADA por meio de um CANAL ao RECEPTOR com o qual compartilha do mesmo CONTEXTO JAKOBSON 1991 Observe o processo comunicativo ilustrado no quadro a seguir Locutor emissor aquele que diz algo a alguém Interlocutor receptor aquele com quem o locutor se comunica Mensagem é o texto o que foi transmitido entre os interlocutores Código a convenção social que permite ao interlocutor compreender a mensagem Canal o meio físico que conduz a mensagem ao receptor Referente o assunto da mensagem Fonte adaptado de Jakobson 1991 Para compreender melhor os elementos da comunicação observe o texto a seguir Caro Jorge Amanhã não poderei ir à aula Por favor avise ao professor que entregarei o trabalho na semana que vem Joaquim O texto como podemos observar é o bilhete de Jorge para Joaquim Em relação aos elementos da comunicação podemos considerar Locutor emissor Joaquim Interlocutor receptor Jorge Mensagem o texto que está escrito no bilhete o qual Jorge precisa ler para fazer o favor solicitado por Joaquim Código Língua portuguesa na modalidade escrita e formal Canal um bilhete escrito Referente o assunto que no caso é o fato de Joaquim não ir à aula e precisar de um favor de Jorge Observe que todos os elementos são fundamentais para que a comunicação real mente se efetive QUADRO 1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 35 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 34 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 212 COMUNICAÇÃO E INTENCIONALIDADE DISCURSIVA A intencionalidade discursiva diz respeito às intenções explícitas ou implícitas exis tentes nos enunciados Observe o exemplo A mãe para o filho que entra com os pés cheios de lama Marcelo eu acabei de limpar o chão da sala A intenção implícita da mãe é dizer ao filho para que ele não suje o chão da sala entrando com os pés cheios de lama A mãe deseja portanto que seu filho tome algumas destas atitudes a fim de manter o chão limpo limpar os pés antes de entrar limpar a sujeira que fez no chão etc Dessa maneira o modo como cada falante da língua utiliza a linguagem articulada depende do objetivo que pretende atingir isto é da intenção discursiva explicar algo informar influenciar outra pessoa expressar seus sentimentos etc Assim o indivíduo SELECIONA ORGANIZA COMBINA AS PALAVRAS CONFORME SUA INTENÇÃO COMUNICATIVA Nesse contexto as intenções discursivas podem ser nomeadas como funções da lin guagem Isso quer dizer que para cada elemento da comunicação há uma função da linguagem específica O linguista Roman Jakobson 1991 propôs um esquema das funções da linguagem a partir dos elementos da comunicação EMISSOR Função Emotiva RECEPTOR Função Conativa REFERENTE Função Referencial MENSAGEM Função Poética CANAL Função Fática CÓDIGO Função Metalinguística Figura 5 Funções da linguagem Fonte adaptado de Jakobson 1991 A linguagem sofre variações de acordo com a situação e assume funções que levam em consideração o que se pretende transmitir bem como os efeitos que se espera obter com o que se transmite A partir dessas considerações analisar as funções da linguagem nos textos alheios contribui para a descoberta dos objetivos que direcio naram sua elaboração Aplicálas aos nossos textos ajudanos a planejar melhor a comunicação que se torna portanto eficiente Segundo essa perspectiva existem seis funções de linguagem Vamos conhecer cada uma delas Função Referencial ou denotativa referente o objetivo é traduzir a realidade o referente informando com o máximo de clareza possível Nos textos científicos e alguns jornalísticos predomina essa função Ela é a que se volta para a informação para o próprio contexto na intenção de transmitir dados da realidade de uma forma direta e objetiva Nessa função prevalece normalmente o texto escrito em terceira pessoa com palavras empregadas no sentido denotativo como em trabalhos cientí ficos e noticiários jornalísticos É a função mais utilizada na comunicação e é comum vêla associada a outras funções Exemplo grande maioria das notícias e reportagens Função Emotiva ou expressiva emissor o objetivo é expressar emoções senti mentos estados de espírito O que importa é o emissor por isso o predomínio do registro em primeira pessoa Exemplos alguns poemas relatos em primeira pessoa diários Função conativa ou apelativa receptor o objetivo é convencer o receptor a ter determinado comportamento por meio de uma ordem uma invocação uma exor tação uma súplica etc Essa função centrase no receptor É persuasiva e se configura como uma ordem ou apelo procurando modificar no receptor ideias opiniões e 37 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 36 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Exemplo algo que ocorre em um diálogo de telefone Veja Alô Maria como vai Oi José vou bem Você está melhor Maria Já disse que sim Eu também estou bem Você está bela Ah bem é que eu Tá certo Então vou desligar estados de ânimo As propagandas e os discursos autoritários abusam dessa lingua gem Ela se caracteriza pelo uso de verbos no imperativo pela utilização de vocativos e da segunda pessoa Exemplos propagandas publicidade campanhas publicitárias Função Fática canal o objetivo é apenas estabelecer manter ou prolongar o con tato por meio do canal com o receptor As expressões usadas nos cumprimentos ao telefone ou em outras situações apresentam esse tipo de função A palavra fático sig nifica ruído rumorÉ a função utilizada para abrir fechar ou simplesmente testar a efi ciência do canal usado na comunicação estabelecendo prolongando ou testandoo Função Metalinguística código o objetivo é o uso do código para explicar o pró prio código A língua por exemplo é um código os sinais de trânsito são outro Me talinguagem são textos que interpretam outros textos Utilizase a linguagem para falar dela própria Uma gramática um dicionário esta apresentação uma explicação oral acerca do uso da língua ou quando procuramos explicitar com outras palavras o que foi dito anteriormente são exemplos desta função Exemplo dicionários Função Poética mensagem o objetivo é dar ênfase à elaboração da mensagem O emissor constrói seu texto de maneira especial realizando um trabalho de seleção e combinação de palavras de ideias ou de imagens de sons eou de ritmos Explorase bastante a conotação Uma das características da poesia é nos remeter por meio da sonoridade de seus versos a uma ideia acerca de algo do que o texto fala É na composição rítmica mas também nos sons dos fonemas que essa construção se dá É centrada na mensagem na seleção na combinação das palavras e da estrutura do texto buscando construílo de forma original criativa e inovadora É comum o uso de figuras de linguagem e recursos poéticos É importante ressaltar que a função poéti ca não é exclusiva da poesia sendo também encontrada em anúncios publicitários Exemplo a grande maioria dos textos literários 213 RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO Para que uma situação de comunicação ocorra efetivamente é necessário que todos os ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO locutor interlocutor mensagem canal código e contexto estejam presentes Porém pode haver situações em que um ou mais elementos sofram interferências gerando RUÍDOS Assim o ruído é toda interferência indesejável que atrapalha a transmissão e a com preensão de uma mensagem Exemplos o barulho de uma sirene durante um diálogo muitos erros de português em um texto escrito caligrafia ruim o boato etc 39 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 38 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO RUÍDOS QUE CRIAM BARREIRAS NO ATO DE COMUNICAÇÃO 1 O receptor não dedica suficiente atenção e concentração para a recepção da mensagem gerando malentendidos Exemplo Um funcionário informa o resultado da reunião com um cliente Sr Ricardo ao supervisor que não deixa de ler emails enquanto ouve e por isso não dá a menor atenção à fala do funcionário O funcionário sai da sala e toca o telefone é o Sr Ricardo como o supervisor não prestou atenção o funcionário não entende o que está acontecendo e deixa o Sr Ricardo muito nervoso 2 O emissor ou o receptor não tem domínio completo do código utilizado Exemplo Imagine um vendedor gritando a plenos pulmões a seguinte frase Olha a tapioca olha a tapioca fazida na hora Pida Pida Provavelmente sua intenção é fazer com que seu produto desperte o interesse das pessoas Entretanto a forma que ele enuncia denota que o código língua portuguesa não é totalmente dominado pelo emissor na sua modalidade padrão E no momento de convencer pessoas a comprar produtos usar a forma culta poderia ser mais efetiva para o ato comunicativo Assim correse o risco de muitas pessoas não entenderem a intenção comunicativa para comprar e pedir por tapioca e assim a comunicação não se efetivar 3 O canal sofre interferências o que impossibilita a perfeita transmissão da men sagem Exemplo Durante uma reunião em uma sala próxima à rua o gerente interrompe a fala cada vez que o barulho da britadeira começa 4 O emissor e o receptor têm percepções diferentes do contexto da comunicação ou o receptor o desconhece Exemplo Em uma reunião de uma empresa um executivo elogia uma colega e a chama de mulherão Ela porém se ofende e sai da sala Para o emissor isso pode ter sido um elogio mas de acordo com o contexto e com a forma como foi enunciada a palavra pode ser interpretada de outra maneira como acontece no exemplo posto 5 O receptor não consegue clarificar qual a principal mensagem do texto Exemplo textos confusos sem coesão sem coerência que impedem a interpretação Com o objetivo de ter uma locução mais clara evite mensagens soterradas por um monte de informações secundárias as quais impedem que o assunto principal seja entendido com clareza evite carga excessiva de dados e fatos pois o excesso deixa a transmissão seriamente comprometida exigindo esforço e capacidade maiores do receptor para acompanhar o raciocínio 6 Redundância Não chega a perturbar a transmissão da mensagem mas torna o texto extenso e cansativo podendo levar o receptor a se desinteressar pela informação A repetição de termos objetiva a clareza e a prevenção de possíveis equívocos na mensagem no entanto quando se usa repetidamente esse recurso podese prejudicar a compre ensão pelo excesso 41 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 40 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 22 RESUMO Conceito de comunicação Elementos da comunicação emissor receptor código referente mensagem e canal Funções da linguagem emotiva apelativa fática metalinguística poética e re ferencial Ruídos na Comunicação Tipos de ruídos 1 CHALHUB Samira Funções da linguagem 7ed São Paulo Ática 1995 O livro de Chalhub aborda as funções da linguagem de modo bem detalhado Além disso a autora discute que as mensagens exploram uma ou mais funções explicitando que o predomínio de uma delas é extremamente relevante na construção do objetivo de uma comunicação 2 Nós na fita Trecho da comédia de Leandro Hassum e Marcius Melhen em que tratam da redundância INDICAÇÃO DE VÍDEOS E LEITURA ANOTAÇÕES 43 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 42 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO UNIDADE 3 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de conhecer as estratégias de leitura a fim de aperfeiçoar a capacidade leitora conscientizarse das concepções de leitura entender os objetivos da leitura bem como suas funções sociais compreender a pluralidade de leituras que um texto pode propiciar 3 DESENVOLVIMENTO A leitura ocupa um importante papel em nossas vidas por motivos infinitos É por meio dela que desenvolvemos o conhecimento de mundo vivemos experiências novas e nos formamos como indivíduos Ela é também uma importante habilidade a ser desenvolvida pelo estudante a fim de ampliar seus horizontes o mercado de trabalho o crescimento individual etc Por isso dedicamos uma unidade desta apos tila para que você alunoa conheça mais a respeito dessa competência primordial ao ser humano 31 CONCEPÇÕES DE LEITURA A leitura é o resultado de uma série de convenções que uma comunidade estabe lece para a comunicação entre seus membros e fora dela Aprender a ler e ser leitor são práticas sociais que medeiam e transformam as relações humanas COSSON 2011 p 40 As concepções conceitos de leitura são decorrentes das concepções de sujeito de língua de texto e de sentido Há três concepções de leitura com foco no autor com foco no texto e com foco na interação autortextoleitor Foco no autor A língua nessa concepção é vista como representação do pensamento O sujeito é psicológico individual dono de sua vontade e de suas ações Assim o interlocutor deve captar a mensagem do locutor da maneira como foi mentalizada por este O texto é visto como um produto do pensamento do autor Portanto a leitura é enten dida como atividade de captação de ideias do autor sem levar em conta as experi ências e os conhecimentos do leitor KOCH ELIAS 2010 Foco no texto A língua é observada como estrutura como código O sujeito é assujeitado pelo sistema não de forma consciente O texto é produto da codificação de um emissor a ser codificado pelo ouvinte bastando a este o conhecimento do código usado A leitura é focada no texto Cabe ao leitor reconhecer os sentidos das palavras e das estruturas do texto KOCH ELIAS 2010 45 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 44 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Foco na interação autortextoleitor A concepção de língua é interacional Os sujeitos são construtores sociais que inte ragem dialogam com o texto O sentido é construído na interação textosujeitos A leitura é uma atividade interativa complexa de produção de sentidos É uma ativi dade na qual se consideram as experiências e os conhecimentos do leitor A leitura do texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico Língua Portuguesa KOCH ELIAS 2010 32 ESTRATÉGIAS DE LEITURA O que é ler Ler nada mais é do que decifrar símbolos e atribuir significados a eles É por meio da leitura que decodificamos textos dessa forma é seguro pontuar que é lendo que aprendemos é lendo que construímos conhecimento e descobrimos melhor o mundo que nos cerca Para entender melhor o que é leitura vamos visitar o conceito de Leffa 1996 que considera a leitura uma forma de representação já que quando lemos entende mos melhor nossa realidade não tendo aceso ao real mas sim a representações da realidade A leitura não se dá por acesso direto à realidade mas por intermediação de outros elementos da realidade Nessa triangulação da leitura o elemen to intermediário funciona como um espelho mostra um segmento do mundo que normalmente nada tem a ver com sua própria consistência física Ler é portanto reconhecer o mundo através de espelhos Como esses espelhos oferecem imagens fragmentadas do mundo a verdadeira leitura só é possível quando se tem um conhecimento prévio desse mundo LE FFA 1996 p 10 Como a leitura é fundamental todo leitor competente tem estratégias de leitura Estratégias de leitura também podem ser consideradas planos flexíveis que apre sentam grande adaptação às mais diversas situações comunicativas presentes nos textos facilitando a compreensão dos leitores Ler diz respeito a procedimentos de ordem elevada que envolvem o cognitivo e o metacognitivo Não são técnicas precisas tampouco receitas infalíveis ou habilida des específicas O que caracteriza a mentalidade estratégica é a sua capacidade de representar e de analisar os problemas e a flexibilidade para encontrar e buscar so luções Tratase mais de fomentar as competências leitoras dos sujeitos SOLÉ 1998 p 6970 Destacamos quatro principais estratégias seleção antecipação inferência e verificação essas estratégias são retiradas dos estudos de Goodman 1987 e Me negassi 1995 SELEÇÃO O leitor precisa selecionar quais as informações são mais importantes Pela relevân cia escolhe algumas informações para interpretar e reter ANTECIPAÇÃO Antecipar significa adiantar sentidos Então a antecipação se realiza nas hipóteses de leitura criadas pelo leitor seja antes ou durante a leitura Ele tenta antecipar o que está por vir e tentará comprovar suas hipóteses Uma vez comprovadas o leitor estará satisfeito por estar compreendendo o que lê Caso não tiver uma hipótese compro vada o leitor terá que rever sua compreensão e assim terá de trocar de estratégia ou hipótese INFERÊNCIA A partir de informações postas no texto o leitor é capaz de inferir outras A inferência acontece quando o que está posto no texto ativa os conhecimentos de mundo dos leitores VERIFICAÇÃO É quando o leitor comprova ou refuta todas as suas antecipações e inferências A verificação que faz com que o leitor ajuste a sua interpretação do texto 33 FATORES DE COMPREENSÃO DA LEITURA Quais fatores auxiliam na compreensão do que lemos Podemos destacar etapas que podem auxiliar na leitura de textos e aspectos gerais importantes 47 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 46 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO a Etapas de análise de texto No momento de analisar um texto seja ele da natureza que for quatro passos pode rão ser executados Primeiro passo decodificação O texto é lido e as letras formam um sentido compreensível Segundo passo compreensão Uma primeira leitura por meio de uma visão panorâmica permite que o leitor busque esclarecimentos para melhor compre ensão do texto Ele entende o assunto e o tema e compreende o vocabulário Terceiro Passo interpretação Quando as informações do texto podem ser rela cionadas com outros conhecimentos A busca de dados a respeito do autor do texto pode auxiliar nessa etapa Quarto Passo retenção As informações mais importantes serão memorizadas b Questões a serem observadas no texto O momento da leitura está imbricado ao momento que um texto foi produzido Koch 2006 aponta que um texto é compreendido a partir de uma intensa atividade interativa que envolve três fatores o produtor o texto e o leitor Observe a seguir a relação que podemos traçar entre esses fatores Quadro 2 Elementos do ato de Leitura ProdutorPlanejador O texto O leitor É o indivíduo responsável pela organização dos sentidos do texto Isso é operacionalizado por meio de sinalizações textuais indícios pistas marcas A materialidade do texto seu gênero estilo marcas de autoria são pistas deixadas pelo autor para a construção de sentidos Porém as informações que estão no texto podem ser relacionadas com leituras anteriores de cada leitor e assim construir novos sentidos Constrói efetivamente os sentidos apresentados no texto a partir da leitura Fonte Adaptado de Koch 2006 Em suma tratase de aplicar estratégias de leitura e também de colocar em prática os quatro passos para a análise do texto Vamos ver um exemplo prático Veja a se guir que transcrevemos um miniconto do autor Dalton Trevisan NO VELÓRIO No velório a viúva O que separou a gente foi a morte Coragem Maria Um longo suspiro A vida dele acabou e a minha hoje começa Dalton Trevisan Vamos observar os três fatores envolvidos na produção do texto Autor Dalton Trevisan Para compreender a obra convém pesquisar acerca do autor entender suas publicações e dentro do possível conhecer sua biografia Texto ler e entender o texto que está diante do leitor um miniconto literário Leitor o leitor precisa saber se tem leituras anteriores que o auxiliam na inter pretação do conto Agora vamos aplicar os quatro passos da análise de um texto Primeiro passo na decodificação do texto o leitor precisa juntar as letras fone mas vocábulos e entender a colocação das frases No caso do miniconto preci sa entender também o que é um travessão e o que são reticências 49 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 48 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Segundo passo para compreender esse texto é necessário entender o funcio namento de um miniconto ou seja uma unidade narrativa com tamanho res trito o mínimo de palavras com o máximo de sentidos Também é preciso que o leitor entenda o significado social dos termos velório e viúva pois é essa compreensão que permitirá que o miniconto seja resumido Terceiro passo para interpretar o conto o leitor precisa relacionar o seu conhe cimento de mundo com as informações que o texto apresenta Assim ao ver a palavra velório vai mobilizar o significado que velório apresenta na nossa cul tura uma ocasião solene em que se espera que a viúva enlutada esteja triste O final do conto pode ser surpreendente para o leitor mas é sua compreensão que pode fazer com que várias interpretações surjam Pela leitura percebemos que a morte do marido não é algo a se lamentar e sim motivo de comemora ção O leitor ao interpretar o conto pode elencar razões que possam explicar a frase final da viúva Quarto passo a retenção pode estar relacionada tanto à compreensão quanto à interpretação O primeiro tipo de retenção pode fazer com que o leitor memo rize quais são as características de um miniconto A retenção do segundo tipo por sua vez pode fazer com que o leitor tenha outra percepção sobre velórios e viúvas e tenha uma opinião a respeito da parte da obra do autor Dalton Tre visan Outras retenções são possíveis de acordo com as interpretações de cada leitor A partir disso vamos relacionar a leitura do texto analisado com as estratégias de leitura que exploramos no nosso estudo SELEÇÃO O miniconto é um gênero conciso então não há muitas possibilidades de selecionar informações Na leitura porém alguns vocábulos são importantes para a construção dos sentidos como velório viúva vida começa Esses termos são encadeadores de sentido e precisam ser selecionados pelos leitores ANTECIPAÇÃO O texto possibilita várias antecipações 1 ao ler a palavra velório o leitor pode antecipar que o miniconto abordará a dor da perda 2 ao compreender o termo viúva o leitor pode antecipar que ela está triste e en lutada por perder o marido 3 a construção coragem Maria permite que o leitor reforce as antecipações an teriores pois parece ser alguém amparando o pranto da viúva INFERÊNCIA A leitura do conto também possibilita várias inferências A partir do diálogo da viúva o leitor pode inferir qual era o relacionamento dela com o falecido Como os três pontos pode inferir que o interlocutor da viúva ficou em suspense com a resposta que ela estava por dar O final do miniconto possibilita outras inferências relaciona das aos motivos de a viúva ter feito a afirmação que fez VERIFICAÇÃO Após fazer antecipações e inferências o leitor no ato da leitura vai fazendo verifica ções No decorrer da leitura perceberá que a sua primeira percepção acerca da pa lavra velório não se confirma a viúva não lamenta a morte do marido Isso desmonta uma possível hipótese de leitura obrigando o leitor a rever os sentidos que estava atribuindo ao texto 34 ESCRITA E LEITURA CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CONTEXTO DE USO Depois de escrito o texto tem uma existência independente do autor Entre a pro dução do texto escrito e sua leitura pode passar muito tempo as circunstâncias da escrita contexto de produção podem ser diferentes das circunstâncias da leitura contexto de uso fato esse que interfere na produção de sentido KOCH ELIAS 2010 51 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 50 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Quadro 3 Passos para interpretação de texto Passo a passo para uma boa interpretação de texto 1 Ler todo o texto para ter uma visão geral do assunto 2 Se encontrar palavras desconhecidas na primeira leitura não a interrompa vá até o fim 3 Ler o texto pelo menos três vezes 4 Voltar ao texto todas as vezes que precisar Aplicar as quatro etapas de análise deco dificação interpretação compreensão e retenção 5 Esclarecer e compreender o vocabulário procure as palavras no dicionário se preciso 6 Dividir o texto em parágrafos fazer a leitura e sublinhar as partes mais importantes 7 Anotar ao lado de cada parágrafo o que você compreendeu da leitura 8 Pensar na ideia de que o autor quer defender criticar ou refletir 9 Identificar personagem espaço enredo e tempo caso seja uma narrativa 10 Relacionar as ideias e os fatos do texto ao conhecimento de mundo que você já tem 11 Anotar as dúvidas e discutir com algum colega a compreensão que fez do texto Fonte adaptado de Koch e Elias 2010 Leffa 1996 A leitura de um modo geral é fundamental para a formação pois segundo Petit 2009 p 13 a leitura tem o poder de desper tar em nós regiões que estavam até então adormecidas Além disso ela contribui para que crianças e adolescentes encami nham mais no sentido do pensamento do que da violência Em certas condições a leitura abre possibi lidades onde parecia não existir margem de manobra A leitura possibilita a construção de subjetividades juntamente a um enten dimento do mundo Ler para quê Para obter informações Resolver problemas práticos do dia a dia Satisfazer curiosidades Passar o tempo Ter momentos de lazer Coletar argumentos e dados 35 RESUMO Concepções de leitura Objetivos da leitura Funções sociais da leitura Importância da leitura Estratégias de leitura Passos para uma boa interpretação de texto SUGESTÕES DE LEITURA 1 KOCH Ingedore Villaça ELIAS Vanda Maria Ler e compreender os sentidos do texto São Paulo Contexto 2006 As autoras aprofundam a noção de leitura abordando que ao exercer essa atividade exigese mais do que o simples conhecimento linguístico compartilhado pelos interlocutores 2 TATIT Luiz Abordagem do texto In FIORIN José Luiz Org Introdução à linguística I objetos teóricos São Paulo Contexto 2003 p 187209 Aborda a passagem do estudo das frases para o estudo dos textos 2 PETIT Michèle Leituras do espaço íntimo ao espaço público São Paulo Editora 34 2013 São ensaios que destacam a leitura para assegurar um espaço próprio íntimo e privado 3 SOLÉ Isabel Estratégias de Leitura Porto Alegre Ed Artmed 1998 A obra de Solé traça uma importante reflexão sobre a importância da leitura e as possíveis estratégias para a interpretação e compreensão de textos 53 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 52 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO ANOTAÇÕES UNIDADE 4 OBJETIVOS Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender a noção de texto entender a noção de tipo textual conhecer os tipos textuais compreender o que é um gênero textual diferenciar texto verbal e não verbal 55 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 54 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 4 DESENVOLVIMENTO Nesta unidade dedicamos nosso estudo à noção de texto importantíssima para o estudante que quer desenvolver e aperfeiçoar sua produção escrita Será apresenta da a definição de texto bem como alguns conceitos relacionados a texto contexto discursivo discurso etc Além disso é fundamental estudar os tipos textuais mais presentes no cotidiano e seu papel na constituição dos gêneros textuais 41 CONCEITO DE TEXTO Texto vem do latim texere construir tecer cujo particípio passado textus também era usado como substantivo e significava maneira de tecer ou coisa tecida e ain da mais tarde estrutura Foi por volta do século XIV que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de tecelagem ou estruturação de palavras ou composição literária e passou a ser usado em inglês proveniente do francês antigo texte FER REIRA 2009 Tipos são formas de usar a linguagem que podem ser expressas nos textos Podem ser cinco narração argumentação exposição descrição e injunção Um gênero pode ter mais de um tipo em sua composição Por exemplo um artigo de opinião é mar cadamente dissertativo mas pode ter uma pequena história em sua constituição A narração é o relato de fatos contados por um narrador envolvendo personagens localizadas em um tempo e em um espaço Já a argumentação também chamada de dissertação é a expressão de opinião a respeito de um assunto Exposição é a sim ples menção de uma situação ou comentário Descrição é o registro de característi cas de objetos de pessoas de lugares Injunção é a tentativa de convencer alguém a fazer algo Os tipos de textos são articulados em gêneros textuais Gêneros textuais são as for mas básicas em que os textos circulam em sociedade como cartas reportagens bulas ofícios notícias contos poemas propagandas emails dentre outros Os gêneros são infinitos pois eles se definem pela função social Marcuschi 2010 p 23 descreveos como textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentem características sociocomunicativas definidas por conteúdos pro priedades funcionais estilo e composição característica Compreendemos e agimos no mundo por meio de gêneros Quando conversamos com amigos lemos notícias falamos em aplicativos estamos manipulando gêneros textuais Um texto é sempre verbal Um texto pode ser formado apenas pela linguagem verbal uma notícia ou apenas pela linguagem não verbal um desenho uma pintura Ainda pode ser formado pelo cruzamento de mais de uma linguagem verbal e não verbal história em qua drinhos Um texto sempre será uma totalidade que tem sentido completo Nessa perspectiva um anúncio publicitário uma notícia de jornal uma frase pichada no muro um artigo de opinião serão textos se tiverem sentido completo O sentido completo só é possível se considerarmos todas as partes do texto Outro ponto fundamental para o conceito de texto é o contexto O que é contex to Podemos definir contexto como a relação que uma unidade linguística menor estabelece com uma unidade linguística maior Por exemplo uma palavra só tem um sentido quando está atrelada a uma frase Uma frase por sua vez se encaixa no contexto do parágrafo Em um livro um parágrafo se insere no contexto do capítulo O capítulo então encaixase no contexto da obra A obra faz parte de um contexto social linguístico cultural O texto não é um agrupamento aleatório de palavras É o resultado de escolhas realizadas pelo locutor com intenção co municativa segundo determinados mecanismos que permitem o en trelaçamento de palavras de forma coesa e coerente É capaz de transmitir uma mensagem permitindo a interação entre emissor e receptor 57 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 56 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Contexto discursivo É o conjunto de fatores que formam a situação na qual é produzido o texto Que fatores são esses São papéis sociais que os interlocutores desempenham o conhecimento de mundo do interlocutor as circunstâncias históricas e sociais em que se dá a comunicação etc Discurso É a atividade comunicativa constituída de texto e contexto discursivo quem fala com quem fala com que finalidade etc capaz de gerar sentido desenvolvida en tre os interlocutores Koch 2006 aponta que para produção e leitura de textos precisamos mobilizar essencialmente quatro grandes sistemas de conhecimento o linguístico o enciclo pédico o interacional e os modelos textuais globais Conhecimento Linguístico Todo falante de um idioma passa a ter conhecimento linguístico Pode ser devido à habilidade de extrair sentidos a partir de uma língua ou seja exige conhecimento de léxico as palavras os significados os duplos sentidos e gramatical a forma sintática como frases e orações podem ser combinadas as regras de gramática O conheci mento linguístico auxilia o produtor de um texto na amarração do texto por meio da coesão e auxilia o leitor na interpretação dos elementos da coesão e da coerência Conhecimento Enciclopédico É o conhecimento que acumulamos ao longo da nossa vida intelectual Encontrase na memória dos indivíduos Também recebe outras denominações como conheci mento de mundo Conhecimento Interacional É o conhecimento obtido pela interação por meio da linguagem Acontece toda vez que há o contato com textos e operações linguísticas contato esse que opera um tipo de conhecimento Esse conhecimento pode ser ilocucional comunicacional ou metacomunicativo O ilocuciconal é o conhecimento suficiente para reconhecer em um texto quais são as intenções e os propósitos de seu produtor É perceber quando um texto tem mar cas ideológicas e intencionalidade O conhecimento comunicacional por sua vez é a capacidade de um leitor entender a importância do contexto para a interpretação de um texto ou seja entender o volume de informações que um texto precisa ter para ser compreendido Isso envolve a escolha correta de uma variante da língua adequada para cada situação comunicativa O conhecimento metacomunicativo diz respeito à compreensão do que é texto e de como seus objetivos podem ser alcan çados Conhecimento de Modelos Textuais Esse conhecimento pode ser denominado como conhecimento superestrutural e se define pela compreensão de que todo texto tem característica de um gênero Conforme Koch 2006 esse conhecimento permite ao produtor evitar repetições desnecessárias e produzir um texto respeitando as regras de seu gênero Observe na figura a seguir outra possível classificação de textos de acordo com uma similaridade entre gêneros QUADRO 4 CLASSES DE TEXTOS CLASSES DE TEXTOS 4 Textos exortativos 2 Textos de contato 1 Textos normativos 5 Textos informativos 3 Textos em que predomina a automanifestação 6 Textos poéticos EXEMPLOS DE GÊNEROS TEXTUAIS 1 Leis estatutos contratos certidões 4 Anúncios publicitários propaganda de partido 2 Cartas de felicitação de condolência 5 Notícias prognóstico do tempo texto científico 3 Diário autobiografia 1 Poemas prosa poética Fonte Elaborado pela autora 59 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 58 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO É importante dispor de um repertório amplo de tipos de texto visando ao caráter co municacional da língua Tratase de assegurar o caráter social do sistema linguístico Ou seja quanto mais gêneros textuais você conhecer e articular o funcionamento mais competências linguísticas e domínio da língua você terá 42 RESUMO Conceito de texto Texto verbal e não verbal Texto em sentido estrito e texto em sentido amplo Tipos textuais Dicas de redação Classes de textos ANOTAÇÕES UNIDADE 5 OBJETIVOS 12 OBJETIVOS DA UNIDADE Ao final desta unidade o aluno será capaz de compreender os conceitos de coesão e coerência observar a importância da coesão e da coerência para o texto conhecer os fatores de coerência conhecer os tipos de coesão 61 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 60 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 5 DESENVOLVIMENTO Um texto não é apenas um aglomerado de palavras uma sucessão de frases Um texto organizado não admite a ausência de regras nem a liberdade total em relação a seus limites Para a construção da significação adequada do texto são importan tes a relação lógica de significação sem contradições bem como a organização dos elementos linguísticos do texto Estamos falando dessa maneira respectivamente de coerência e coesão dois conceitos fundamentais no que diz respeito à produção textual Do texto bem arquitetado com estruturas bem formalizadas e por conse guinte capazes de veicular sentidos decorrem a coesão e a coerência que são as dimensões constitutivas do texto 51 COERÊNCIA TEXTUAL Identificase como a unidade semântica do texto em um contexto determinado que ganha corpo em sequências de enunciados Um texto se constitui como tal porque apresenta coerência Nesse sentido embasase a coerência no conceito de constância do sentido GUIMARÃES 2009 p 16 A ruptura de sentido é que cava a ausência de coerência De acordo com Koch 2010 a coerência é o resultado da articulação de ideias de um texto é a estruturação lógicosemântica que faz com que em uma situação dis cursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores A construção textual deve ser a construção de um todo compreensível aos olhos do leitor A coerência textual é o instrumento que o autor vai usar para conseguir encai xar as peças do texto e dar um sentido completo a ele Desse modo cada palavra tem seu sentido individual quando essas palavras se re lacionam constroem um todo significativo O mesmo raciocínio vale para as frases os parágrafos e até os textos Cada um desses elementos tem um sentido individual e um tipo de relacionamento com os demais Caso essas relações sejam feitas da maneira correta obtemos uma mensagem um conteúdo semântico compreensível Em um texto verbal para que a coerência ocorra as ideias devem se completar A falta de coerência pode ocorrer porque o locutor pode não calcular bem o sentido que pretendia dar a seu enunciado o interlocutor talvez por lhe faltarem conhecimentos sobre o vocabulário e informações sobre a realidade pode não alcançar o sentido pretendido Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual No verão passado quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza não pudemos aproveitar a praia pois o frio era tanto que chegou a nevar Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver Todo mundo viu o micoleão mas eu não ouvi o sabiá cantar Todo mundo destrói a natureza menos a humanidade Uma ideia deve ser a continuação da outra Caso não ocorra uma concatenação de ideias entre as frases elas acabarão por se contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio Quando isso acontece dizemos que houve uma quebra de co erência textual A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo Ela é também auxiliada pela coesão textual isto é a com preensão de um texto é mais bem capturada com o auxílio de conectivos preposi ções e outros elementos de ligação A falta de coerência em um texto é facilmente detectada por um falante da língua mas não é tão simples notála quando é você quem escreve Geralmente quando alguém produz um texto acha que está sendo claro o suficiente para transmitir o sentido desejado ao interlocutor Este por sua vez também se esforça para compre ender a mensagem e inicialmente acredita que o texto tem coerência 63 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 62 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO De acordo com Koch 2010 existem fatores de coerência que são responsáveis por identificála no texto São eles QUADRO 5 FATORES DE COERÊNCIA FATORES DE COERÊNCIA FATORES DE COERÊNCIA 1 Elementos linguísticos 2 Conhecimento de mundo 3 Conhecimento compartilhado 4 Inferências 5 Fatores de contextualização 6 Situacionalidade 7Informatividade 8 Focalização 9 Intertextualidade 10 Intencionalidade e aceitabilidade 11 Consistência e relevância ELEMENTOS LINGUÍSTICOS Os elementos linguísticos como as palavras são importantes para a coerência por que servem como pistas para a ativação de conhecimentos armazenados na memó ria constituem ponto de partida para a realização de inferências e ajudam a captar a orientação argumentativa dos enunciados que compõem o texto CONHECIMENTO DE MUNDO O conhecimento de mundo é adquirido à medida que vivemos tomamos contato com o mundo que nos cerca experimentando uma série de fatos É importante e de cisivo no estabelecimento da coerência Se o texto falar de algo que absolutamente não conhecemos será difícil calcularmos o seu sentido e ele nos parecerá destituído de coerência CONHECIMENTO COMPARTILHADO É o conhecimento comum entre locutor e interlocutor de um texto Quanto maior o conhecimento partilhado entre produtor e receptor de um texto menor a necessi dade de explicitude desse texto pois o receptor será capaz de suprir as lacunas por meio de inferências Fonte Elaborado pela autora INFERÊNCIA É a operação pela qual utilizando seu conhecimento de mundo o receptor de um texto estabelece uma relação não explícita entre elementos desse texto que ele bus ca compreender e interpretar Ao falar em inferências remetemonos a ler as entre linhas Todavia vale lembrar que fazemos inferências em nosso cotidiano mais do que imaginamos por exemplo expressões faciais linguagem corporal e tom de voz assim como informações visuais e não visuais de um texto Inferir é fundamental na compreensão textual Os escritores não expressam todos os seus pensamentos em uma página mostram paulatinamente uma ideia por vez até que o leitor possa fazer uma inferência apropriada sobre um tema MENIN GIROTTO ARENA SOUZA 2010 p 76 Exemplo João comprou um uno novinho em folha Inferência João tinha recursos para comprar um carro FATORES DE CONTEXTUALIZAÇÃO São fatores que ancoram o texto em uma situação comunicativa determinada tais como data assinatura elementos gráficos timbre etc Exemplo Imagine uma carta escrita por um brasileiro de Campinas a um amigo de São Paulo que se encontra no exterior suponha que o primeiro se esquece de colocar data local e assinatura tendo escrito o seguinte Hoje o dia aqui está chuvoso Nosso vizinho da esquina mudouse para aquele palacete que comprou do meu avô Não se esqueça de escrever logo para nosso amigo de infância que mora na fazenda Ele precisa daquela informação ainda esta semana 65 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 64 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO SITUACIONALIDADE Na construção da coerência a situacionalidade exerce um papel de relevância Um texto que é coerente em uma dada situação pode não ser em outra INFORMATIVIDADE Referese ao grau de previsibilidade da informação contida no texto Um texto será menos informativo quanto mais previsível for a informação por ele trazida Exemplo 1 O oceano é água 2 O oceano é água Mas ele se compõe na verdade de uma solução de gases e sais 3 O oceano não é água Na verdade ele é composto de uma solução de gases e sais FOCALIZAÇÃO Tem a ver com a concentração dos usuários produtor e receptor em apenas uma parte de seu conhecimento bem como com a perspectiva da qual são vistos os com ponentes do mundo textual Exemplo Tragame uma vela nova a O marido para a mulher no momento em que acaba a luz b O mecânico que está consertando um carro c O armador que está construindo um barco INTERTEXTUALIDADE É importante para a coerência na medida em que para o processamento cognitivo de um texto recorrese ao conhecimento prévio de outros textos Intencionalidade e Aceitabilidade Intencionalidade são os objetivos ou os propósitos que o produtor de um texto tem Aceitabilidade constitui a contraparte da intencionalidade O receptor do texto vai cooperar para o estabelecimento da coerência dandolhe a interpretação que lhe pareça cabível CONSISTÊNCIA E RELEVÂNCIA Consistência exige que cada enunciado de um texto seja consistente com os enun ciados anteriores Ou seja os enunciados não podem ser contraditórios Exemplo Maria tinha lavado a roupa quando chegamos mas ainda estava lavando a roupa Relevância exige que os enunciados sejam interpretados como falando acerca de um mesmo tema Exemplo introdução desenvolvimento e conclusão em um texto dissertativo devem relacionarse à tese apresentada no primeiro parágrafo Agora leia o texto Circuito Fechado de Ricardo Ramos para compreender um pou co mais a noção de texto e coerência 67 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 66 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO CIRCUITO FECHADO Chinelos vaso descarga Pia sabonete Água Escova creme dental água espuma creme de barbear pincel espuma gilete água cortina sabonete água fria água quente toalha Creme para cabelo pente Cueca camisa abotoaduras calça meias sapatos gravata paletó Carteira níqueis documentos caneta chaves lenço relógio maços de cigarros caixa de fósforos Jornal Mesa cadeiras xícara e pires prato bule talheres guardanapos Quadros Pasta carro Cigarro fósforo Mesa e poltrona cadeira cinzeiro papéis telefone agenda copo com lápis canetas blocos de notas espátula pastas caixas de entrada de saída vaso com plantas quadros papéis cigarro fósforo Bandeja xícara pequena Cigarro e fósforo Papéis telefone relatórios cartas notas vales cheques memorandos bilhetes telefone papéis Relógio Mesa cavalete cinzeiros cadeiras esboços de anúncios fotos cigarro fósforo bloco de papel caneta projetos de filmes xícara cartaz lápis cigarro fósforo quadronegro giz papel Mictório pia água Táxi Mesa toalha cadeiras copos pratos talheres garrafa guardanapo xícara Maço de cigarros caixa de fósforos Escova de dentes pasta água Mesa e poltrona papéis telefone revista copo de papel cigarro fósforo telefone interno externo papéis prova de anúncio caneta e papel relógio papel pasta cigarro fósforo papel e caneta telefone caneta e papel telefone papéis folheto xícara jornal cigarro fósforo papel e caneta Carro Maço de cigarros caixa de fósforos Paletó gravata Poltrona copo revista Quadros Mesa cadeiras pratos talheres copos guardanapos Xícaras cigarro e fósforo Poltrona livro Cigarro e fósforo Televisor poltrona Cigarro e fósforo Abotoaduras camisa sapatos meias calça cueca pijama espuma água Chinelos Coberta cama travesseiro Fonte RAMOS Ricardo Os melhores contos São Paulo Global Editora 1998 Você considera o conto Circuito fechado apenas uma série de palavras soltas Ou se trata de um texto Por quê Na realidade tratase de um texto Apesar de haver palavras aparentemente sem re lação em uma primeira leitura é possível dizer depois de outra leitura mais atenta que há uma articulação entre elas Que palavras compõem o texto Podemos observar que o conto é articulado essen cialmente por meio de substantivos ou seja por nomes principalmente substantivos comuns como camisa sapatos etc A articulação desses nomes e os seus significados sociais nos permitem atribuir sentidos ao texto e inclusive perceber uma sequência lógica coesa e coerente Se estamos diante de um todo organizado de sentido que apresenta coesão e coe rência estamos diante de um texto e Circuito Fechado apresenta tais características 52 COESÃO TEXTUAL O termo coesão implica a função que desempenha a sintaxe no processo de textu alização Assim o processo coesivo encerra as diferentes possibilidades em que se podem conectar entre si dentro de uma sequência os componentes da superfície textual palavras e frases Os componentes que integram a superfície textual de pendem uns dos outros conforme convenções e formalidades gramaticais determi nadas de maneira que a coesão descansa sobre dependências gramaticais Assim todos os procedimentos que marcam relações entre os elementos superficiais de um texto incluemse no contexto de coesão GUIMARÃES 2009 p 15 Para Koch 2010 a coesão é um fenômeno que diz respeito ao modo como os ele mentos linguísticos presentes na superfície textual se encontram interligados por meio de recursos também linguísticos formando uma sequência verdadeira de sen tidos Veja outras características é a articulação gramatical existente entre as palavras e as partes de um texto coesão é a conexão a ligação a harmonia entre os elementos de um texto Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as pala vras as frases e os parágrafos estão entrelaçados um dando continuidade ao outro Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos na coesão uma palavra substantivo pronome numeral advérbio adjetivo etc retoma termos já expressos Exemplo Meu filho quis colocar um piercing aí ele quis colocar mais outro e outro 69 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 68 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 521 MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL Os dois principais tipos de coesão são referencial e sequencial I REFERENCIAL Faz o texto progredir por meio da retomada ou da antecipação de palavras expres sões ou frases Retomada Meu irmão vai viajar Ele tirou férias Antecipação Ele é careca e desdentado mas é lindo O meu bebê No primeiro exemplo meu irmão e ele são elementos correferenciais têm o mes mo referente No segundo exemplo a correferência é estabelecida entre o meu bebê e ele O referente de uma palavra ou expressão é aquilo a que ela se refere entidade fato processo etc Esse referente pode estar dentro ou fora do texto Fora do texto referência EXOFÓRICA ou SITUACIONAL Exemplo Alguém fala enquanto aponta para um lápis Pega isso que deixei cair por favor Pega o verbo no imperativo remete à segunda pessoa do singular com quem se fala Isso referese ao lápis para o qual o falante aponta Deixei o uso da primeira pessoa do singular aponta para o próprio falante Dentro do texto referência ENDOFÓRICA ou TEXTUAL Exemplo José viajou ontem Ele foi visitar uns parentes A referência textual pode ser anafórica ou catafórica Exemplo Só desejo isto que você não se esqueça de mim II SEQUENCIAL Faz o texto progredir pelo uso de palavras ou expressões que estabelecem relações semânticas conclusão condição causa etc entre orações ou conjunto de orações Exemplos Condição Se chover não vai haver desfile Causa Não houve desfile porque choveu Conclusão Choveu bastante portanto não houve desfile 522 ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL A coesão referencial tem como objetivo a repetição de palavras Para isso podem ser utilizadas várias estratégias A Uso de pronomes verbos numerais e advérbios A coesão referencial foi demonstrada por meio de pronome pessoal ele O exemplo a seguir ilustra o uso de pronomes demonstrativos Ricardo e Carlos adoram carnaval Este é portelense aquele é louco pela Mangueira Anafórica o item de referência retoma um item já expresso no texto como no exemplo citado anteriormente José viajou ontem Ele foi visitar uns parentes Catafórica o item de referência antecipa um signo ainda não expresso no texto 71 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 70 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Uso de verbo Pedro Ana e Carolina trabalham muito André quase não faz De fato ele ficou muito constrangido com a situação mas não foi ficou tanto quanto se poderia esperar Uso de numeral Ricardo e Carlos adoram carnaval Ambos ou Os dois sempre desfilam Uso de advérbio Nunca vou à França em janeiro porque lá faz muito frio B Uso de sinônimos e hiperônimos Um sinônimo sinonímia é a relação que se estabelece entre palavras de conteúdos bastante aproximados pode ser utilizado para evitar a repetição do mesmo termo Exemplo Tem menina que diz amém pra tudo Mas existe garota que não sossega enquanto não dá a última palavra E você Faz parte da turma que comanda ou que é comandada Em uma relação ente todoparte ou classeelemento o hiperônimo é a expressão que representa o todo ou a classe Portanto eletrodoméstico é hiperônimo de batedeira e animal é hiperônimo de cão Exemplo O governo estadual adquiriu cem ambulâncias Há suspeita de superfaturamento na venda dos veículos C Uso da elipse A elipse é a omissão de um termo que pode ser recuperado pelo contexto No exem plo a seguir há elipse do sujeito O zero entre colchetes marca o ponto do texto em que houve a omissão José viajou ontem 0 Foi visitar uns parentes Exemplo de elipse do verbo Meu colega de trabalho ganha muito mas eu muito pouco D Uso de expressão nominal definida Podemos usar uma expressão que define o elemento retomado Muitas vezes quem lê ou ouve tal expressão precisa ter um conhecimento prévio para interpretar o fenô meno da retomada Por exemplo podese retomar Sting por o exlíder da banda Police Machado de Assis por o bruxo de Cosme Velho e assim por diante 523 COESÃO SEQUENCIAL Veremos que um texto bem produzido também precisa apresentar uma coesão sequencial isto é devemos utilizar conectivos que ajudam a delinear as ideias dos enunciados COSTA sd Contudo muitas vezes não convém que passemos de uma frase a outra ou de um parágrafo a outro de modo estanque sem uma palavra expressão de ligação fazse necessária a presença de um elemento sequenciador no discurso Veja a diferença O funcionário saiu de casa cedo Chegou atrasado ao trabalho O funcionário saiu de casa cedo mas chegou atrasado ao trabalho 73 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 72 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Os elementos de ligação entre os enunciados são chamados de conectores ou co nectivos sequenciais alguns estudiosos chamam de operadores discursivos Veja mos a seguir algumas estratégias de conexão A Condição se caso Se houver ponto facultativo vamos viajar B Causa porque já que como Viajamos porque houve ponto facultativo C Mediaçãofinalidade Saiu cedo para pegar o metrô menos cheio D Conjunção soma e não somente mas também ainda também além dis so Há dois motivos para eu não sair de casa hoje chove e faz muito frio E Disjunção ou ou então Estude bastante para os exames ou você já esqueceu que foi reprovado antes É preciso manter o plano de estabilização econômica ou então será inevitável a volta da inflação F Explicação justificativa pois porque Deve ter acontecido um acidente pois eu vi uma ambulância parada na esquina G Gradação argumentativa até até mesmo nem mesmo o conectivo introduz o argumento mais importante de um conjunto Basta lembrar que a cidade de São Paulo tem 56 de sua população viven do em favelas cortiços habitações precárias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios para que nos convençamos de que a oitava economia do mundo é um grande desastre social BRANCO Adriano Desenvolver o país é preciso O Estado de São Paulo 16 dez 1989 Artigo H Conclusão portanto logo por conseguinte por isso Meu vizinho decidiu pa rar de fumar Portanto tem estado bem melhor de saúde Obs O conectivo pois só funciona acompanhando uma sentença conclusiva se não vier no início dessa sentença Meu vizinho decidiu parar de fumar Tem estado pois bem melhor de saúde I Amplificação generalização de fato aliás realmente Faz muito calor neste ve rão Aliás o verão no Rio é sempre muito quente J Exemplificação por exemplo como Diversos setores cresceram com a estabili zação econômica como o da alimentação que vive fase bastante otimista K Correção esclarecimento quer dizer isto é ou seja melhor dizendo em ou tras palavras Nosso país vai sair rapidamente da crise Ou seja é o que queremos L Confirmação assim desse modo dessa maneira O país sairá rapidamente da crise assim o povo voltará a consumir sem medo M Contrajunção mas porém contudo no entanto embora ainda que Luiza vai ficar bem no entanto precisa tomar adequadamente a sua medicação Coesão X Coerência A coesão não é condição necessária nem suficiente da coerência as marcas de coesão encontramse no texto tecem o tecido do texto enquanto a coerência não se encontra no texto mas constróise a partir dele em dada situação comunicativa com base em uma série de fatores de ordem semântica cognitiva pragmática e interacional CORREIA 2015 p 2021 53 CONCLUINDO Entendemos texto como uma estrutura sempre em processo de caráter verbal so cial cognitivo e sociocultural cujo sentido não é construído no texto mas a partir dele Ao lermos ou ouvirmos um texto manifestamos nossa avaliação isso faz senti do é coerente aquilo não faz sentido não é coerente De um modo geral tentamos produzir sentidos para o que lemos ou ouvimos re correndo aos nossos conhecimentos sociocognitivos intencionalmente constituídos A coerência não está no texto não nos é possível apontála destacála ou coisa que o valha mas somos nós leitores em um efetivo processo de interação com o autor e o texto baseados nas pistas que nos são dadas e nos conhecimentos que possuímos 75 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 74 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO que construímos a coerência KOCH 2003 Por meio do mecanismo de coesão o escritor estabelece no texto relações claras adequadas e objetivas facilitando a compreensão pelo leitor Além disso no proces so de estruturação textual a coesão pode facilitar a coerência por meio da estrutu ração lógica dos elementos linguísticos A coerência é um princípio de interpretabilidade do discurso sempre que for pos sível aos interlocutores construir um sentido para o texto este será para eles nessa situação de interação coerente 54 RESUMO Coesão e coerência embora sejam conceitos diferentes são fundamentais para a produção textual Coesão diz respeito à articulação gramatical de palavras frases e enunciados a fim de obter um todo significativo Coerência é o resultado da articulação lógicosemântica de um texto 1 FÁVERO Leonor Lopes Coesão e coerência textuais São Paulo Ática 1991 A autora caracteriza a coesão e a coerência de forma clara e objetiva 2 KOCH Ingedore Villaça A construção dos sentidos no texto coesão e coerência In O texto e a construção dos sentidos 7ed São Paulo Contexto 2003 p4558 A autora defende que a coerência não é mera qualidade do texto É resultado de uma construção realizada pelos interlocutores em uma determinada situação de interação SUGESTÕES DE LEITURA ANOTAÇÕES 77 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 76 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Ao final desta unidade o aluno será capaz de identificar alguns gêneros textuais da área comercial conhecer alguns gêneros textuais oficiais identificar alguns gêneros textuais do âmbito acadêmico UNIDADE 6 OBJETIVOS 6 DESENVOLVIMENTO Atualmente é fundamental que oa estudante e futuroa profissional conheça os passos para produzir bons textos Já estudamos as características de um texto seus tipos e suas qualidades coesão e coerência Agora veremos alguns gêneros textuais próprios do âmbito acadêmico comercial e oficial A revista Guia da Língua Portuguesa 2010 apresenta alguns desses modelos pri meiramente o relatório o qual se relaciona tanto ao ambiente empresarial comer cial quanto ao acadêmico Veremos então outros gêneros textuais apresentados por Silveira 2011 e para que servem 61 ESCRITA COMERCIAL Atestado Órgãos públicos Documento em que uma pessoa credenciada registra um fato Declaração Semelhante ao atestado Documento em que são registradas opiniões observações e resoluções Não pode ser emitido em órgãos públicos Termo Documento registrado em processo ou livro em que são registradas opiniões obser vações e resoluções Aviso Documento claro e objetivo que informa convida noticia ordena e previne Geral mente não apresenta destinatário e expressões de cortesia Bilhete Documento simples e pequeno que transmite uma mensagem a alguém íntimo 79 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 78 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Recado Documento simples e objetivo que transmite uma mensagem a alguém ausente Boletim Documento em que são transmitidas notificações devendo ser distribuído aos seto res pertinentes e fixado em locais visíveis Circular Não há destinatário Documento interno ou externo em que são transmitidas orientações ordens escla recimentos Memorando Agilidade Documento interno ou externo em que são registrados pedidos consultas e infor mações breves Ata Documento em que é registrado o que ocorreu em uma reunião Mala direta Documento em forma de propaganda enviada a pessoas que possam ter interesse em um produto Acordo Documento que registra um acerto entre pessoas Carta de cobrança Documento que cobra de um cliente inadimplente a quitação de sua dívida Carta particular Documento que apresenta ou recomenda um candidato a emprego ou pede dis pensa de um emprego Carta comercial Documento que mantém o contato entre empresas e seus clientes Contrato Documento que resulta de um acordo firmado entre duas ou mais partes Convênio Documento que registra um acordo entre duas partes em que uma se predispõe a prestar determinado serviço à outra Convocação Documento que intima obriga o comparecimento do destinatário a uma reunião ou ato Email Documento que transmite informações por meio do envio e do recebimento em tempo real de mensagens via internet Cartão Cartão de visita estabelecimento de relações sociais Cartão de contato apresentação de profissionais Cartão comercial veiculação de propaganda ou venda Cartão comum veiculação de convite agradecimento etc Fax Documento que transmite informações por meio do envio e recebimento em tem po real de mensagens escritas via telefone Ordem de serviço Documento que libera a execução de determinadas tarefas Telegrama Documento que envia rapidamente mensagens com auxílio de equipamentos de telecomunicações Procuração Documento que concede poderes de um mandante outorgante ou constituinte a outrem mandatário outorgado ou procurador 81 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 80 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Protocolo Documento que registra a ocorrência de atos públicos Recibo Documento que registra o recebimento de algo Regimento Documento que registra as regras que determinam direitos e deveres Regimento interno Documento que registra as regras de funcionamento e de serviços internos das ins tituições Regulamento Documento que estabelece o modo como algo deve ser cumprido ou realizado Mensagem social Documento que divulga eventos sociais inaugurações ou festividades Mensagens comemorativas Documento que anuncia comemorações via imprensa escrita 62 ESCRITA OFICIAL Os documentos redigidos por meio de uma escrita oficial precisam observar cinco importantes critérios 1 Uso do padrão culto de linguagem 2 Clareza 3 Concisão 4 Formalidade 5 Uniformidade Esses atributos constam no manual oficial de redação da Presidência da República e são fundamentados na Constituição Brasileira mais precisamente no artigo 37 A administração pública direta indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade impessoalidade moralidade publicidade e eficiência O texto do Manual de redação ainda instrui que Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública claro está que devem igualmente nortear a elabo ração dos atos e comunicações oficiais Não se concebe que um ato nor mativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura que dificulte ou impossibilite sua compreensão A transparência do sentido dos atos normativos bem como sua inteligibilidade são requisitos do próprio Es tado de Direito é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos A publicidade implica pois necessariamente clareza e concisão BRASIL 2002 online Os princípios apontados no documento impessoalidade clareza uniformidade concisão e uso de linguagem formal devem ser usados em toda redação oficial seja aquela usada em repartições públicas seja a utilizada para fins particulares A reda ção oficial impõe parâmetros claros A seguir apresentamos alguns gêneros que devem usar redação oficial em sua cons tituição Ofício Documento que faz a comunicação entre órgãos públicos Requerimento Documento que solicita algo a um órgão ou a uma autoridade pública Abaixoassinado Documento que solicita algo a um órgão ou a uma autoridade pública para um gru po de pessoas Diploma Documento que certifica a conclusão de um curso confere um cargo dignidade ou privilégio a alguém Auto Documento que relata detalhadamente em livro específico um acontecimento 83 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 82 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Apostila Documento que esclarece completa ou retifica o conteúdo de um contrato portaria ou certidão Manifesto Documento que registra uma declaração pública que justifica um ato e é endereça da ao governo ou ao público em geral Ato Documento que registra atos de diferentes tipos e âmbitos Carta oficial Documento que retifica e confirma uma resolução ou faz a comunicação entre a alta chefia de uma empresa Certidão Documento que certifica algo extraído de registros realizados por órgão público Despacho Documento que registra a decisão de uma autoridade em relação a um pedido Exposição de motivos Documento que sugere a necessidade de expansão de um ato ou de uma providên cia Exposição justificada Documento que justifica a necessidade de expansão de um ato ou de uma provi dência Informação Documento que fornece dados para a elaboração de um parecer Nota diplomática Documento que faz a comunicação entre ministros de Estado Nota oficial Documento que faz a comunicação entre altas autoridades ou entidades de classe Guia Documento no formato de formulário que registra pagamento de impostos ou con tribuições a expedição de mercadorias ou correspondências Notificação Documento que informa a uma pessoa ou a uma empresa uma norma para que um ato seja executado ou não Parecer Documento que registra a análise de um caso ou emite uma opinião para auxiliar a tomada de decisões OS 7 ERROS MAIS COMUNS AO USAR O EMAIL NO TRABALHO Camila Pati A linguagem da internet costuma ser abreviada informal e até simplória No email de trabalho no entanto isso muda de figura Depois que você aperta a tecla enviar não há nada mais a ser feito Se o email corporativo tiver algum deslize ortográfico de tra tamento ou mesmo destinatário incorreto só lhe resta enviar outro com um pedido de desculpas Confira quais são as gafes mais comuns cometidas em emails de trabalho e saiba como evitálas 1 Erros de ortografia Na pressa é comum que a pessoa fique mais desatenta e assassine a ortografia Muitas pessoas não têm o cuidado de reler o email antes de enviar por isso recebemos tantas mensagens com erro diz Sandra A dica é investir um tempo na mensagem para não perder a credibilidade Letras trocadas e erros de digitação e de português vão chamar a atenção de quem recebe e podem ser interpretados como desleixo ou até ignorância SUGESTÕES DE LEITURA 85 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 84 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO 2 Informalidade x formalidade Você começa a mensagem com um simples oi ou seja um tratamento informal mas ao final antes de assinar coloca o tradicional e formal atenciosamente Essa mistura de tratamentos diz Sandra não é indicada no ambiente profissional Decida se a men sagem é formal ou informal e não misture tratamentos Se começar a mensagem de maneira mais informal deve terminála informalmente também O mesmo vale para a mensagem formal diz Sandra De acordo com ela clientes e gestores devem ser tratados formalmente sempre As pessoas acabam levando a informalidade da fala para o email e isso é errado diz a es pecialista Terminar a mensagem com abraços só vale para colegas mais próximos na opinião dela Beijos também devem ser evitados Só entre namorados e amigos diz 3 Expressões temporais Evite marcar a mensagem com expressões como bom dia boa tarde e boa noite Você não tem certeza do momento do dia ou da noite em que o email será lido Nes se caso o bom dia é só para quem enviou a mensagem não para quem recebeu diz 4 Abreviações Esqueça as abreviações quando estiver redigindo email no trabalho Nada de vc no lugar de você nem tb para também O risco de usar palavras abreviadas é o excesso de informalidade É comum as pessoas levarem os vícios dos bate papos virtuais ins tantâneos e redes sociais para o email de trabalho diz Sandra Confira a mensagem antes de enviar para ter certeza de não deixar escapar nenhuma abreviação e evitar o excesso de informalidade no email de trabalho 5 Uso de maiúsculas Este não chega a ser propriamente um erro mas pode trazer um certo desconforto Colocar uma palavra com todas as letras maiúsculas para dar ênfase a ela pode ofender o destinatário Quando se faz isso a pessoa que lê entende como um grito explica Sandra Por isso pense bem antes de deixar um texto ou uma palavra com todas as letras mai úsculas Se a intenção não é dar uma bronca opte por outro marcador para dar mais visibilidade ao trecho ou à palavra 6 Mensagens desnecessárias Muitas vezes o problema não é que a mensagem contenha erros mas que ela simples mente não deveria existir Na opinião de Sandra a comunicação exagerada por email resulta em problemas com a administração de tempo Há pesquisas que indicam que das 8 horas que uma pessoa passa em média no escritório 5 são dedicadas a escrever e redigir emails diz ela De acordo com a especialista há uma banalização do uso da ferramenta As pessoas até se cumprimentam por email mandam mensagens para tudo diz Se você deixar para enviar mensagens quando realmente for necessário vai ganhar tempo para pro duzir mais indica Sandra Economizaria muito tempo dos profissionais diz 7 Uso pessoal Usar o email do trabalho para assuntos pessoais é um mau uso da ferramenta na opi nião de Sandra Embora o Tribunal Superior do Trabalho tenha limitado o poder de fis calização das empresas a computadores e emails corporativos recentemente mandar mensagens particulares do endereço corporativo não é indicado A dica é separar as coisas Use o email do trabalho apenas para mensagens profissio nais diz Sandra Lembrese de que dar uso particular para o email do trabalho pode colocar até o seu emprego em risco PATI Julia Os 7 erros mais comuns ao usar o email no trabalho Revista Exame Dispo nível em httpexameabrilcombrcarreiraos7errosmaiscomunsaousaroemail notrabalho Acesso em 31 jul 2017 É importante considerar que atualmente há uma ampla circulação de gêneros digi tais ou seja formas textuais que podem ser documentos ou ter um papel importan te de comunicação mas não são impressos circulam por meio de suportes virtuais tecnológicos e em telas Veja alguns exemplos de gêneros digitais a seguir Email gênero com claros objetivos comunicativos Ensinar a escrever emails claros concisos e objetivos pode ser uma atividade muito interessante e impor tante e mantém contato com o estudo do gênero carta Escrita específica de redes sociais redes sociais como Facebook Twitter e até mais imagéticas como Snapchat e Instangram exigem sim que seus usuários criem textos que circularão socialmente Sites ler sites e domínios online entendendo seu projeto gráfico e a forma que os links e hiperlinks são apresentados também é um exercício de leitura 87 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 86 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO Blogs apesar de não terem maior popularidade ainda configuram um gênero digital utilizado e que apresenta características específicas Aplicativos de conversação Whatsapp e outros aplicativos podem servir de mote para exercícios de reflexão linguística Muitos dos gêneros citados são transformações de gêneros já existentes Por exem plo o email tem muitos elementos de semelhança com o gênero carta O fato de existir email não significa que cartas deixaram de ser escritas Os dois gêneros coe xistem A seguir apresentamos um quadro a respeito de gêneros digitais e sua cor respondência com um gênero que existia fora do meio digitaleletrônico QUADRO 6 TRANSPOSIÇÃO DE GÊNEROS GÊNERO QUE PODE SER O PONTO DE PARTIDA Reuniões Conversações Cartas Diário Pessoal Aulas presenciais Convites Pesquisa em Livros Grupos de conversa Leitura íntima GÊNERO DIGITAL Email Videoconferência Uso de aplicativos de conversa como o Whatsapp Blogs redes sociais e até vídeos do You Tube Aulas à distância Grupos em redes sociais Pesquisa em sites Redes sociais específicas grupos em redes sociais ou em aplicativos de conversa Leitura na tela Fonte adaptado de Marcuschi 2005 SUGESTÕES DE LEITURA 63 RESUMO Nesta unidade aprendemos os principais gêneros textuais da área comercial Aprendemos também os mais importantes gêneros relacionados à escrita oficial Estudamos as características de alguns desses textos como ata carta comercial e email 1 Manual de redação oficial Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03manualmanualhtm Apresenta detalhadamente diversas características da redação oficial pautadas na Nor ma Padrão da Língua Portuguesa 2 TERCIOTTI Sandra Helena MACARENCO Isabel Comunicação empresarial na práti ca São Paulo Saraiva 2010 As autoras esboçam dicas de como se comunicar de forma eficiente no ambiente em presarial 89 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 88 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO REFERÊNCIAS ATTHAMEE NITHISATHIEN Mão desenho dos desenhos animados crianças felizes jogando 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpworddesenhosr chlangbrimgtype0Submittwordtlangbrorderby0twordtlan gbroriSearchcomunicaC3A7C3A3ostin6hv1ppn3b3p2r0gvymedia popup21396893 Acesso em 01 ago 2017 BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Secretaria de Educação Fundamen tal Parâmetros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamen tal Língua Portuguesa Brasília DF MECSEF 1998 BRASIL Presidência da República Manual de redação da Presidência da República 2 ed rev e atual Brasília Presidência da República 2002 BECHARA E Moderna gramática portuguesa atualizada pelo Novo Acordo Ortográ fico Rio de Janeiro Lucerna 2012 BENVENISTE É Problemas de Linguística Geral I 5 ed Campinas SP Pontes Edito res 2005 CAMARA Jr J M Dicionário de linguística e gramática 26 ed Petrópolis Vozes 2009 CORREIA M O Questões do vestibular ENEM uma abordagem discursiva 2015 56 f Dissertação Mestrado em Linguística Programa de PósGraduação em Linguística da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2015 COSTA A L Leitura e Produção de textos II Rio de Janeiro Universidade Castelo Branco 2010 Disponível em httpucbwebcastelobrancobrwebcafarquivos128704771 LeitProdTexparte1doc Acesso em 22 jul 2017 COSSON R Letramento literário teoria e prática São Paulo Contexto 2011 FERREIRA A B de H Texto In Dicionário Aurélio eletrônico São Paulo Lexi kon 1999 GOODMAN K S O processo da leitura considerações a respeito das línguas e do desenvolvimento In FERREIRO E PALACIO M G Orgs Os processos de leitura e escrita novas perspectivas Porto Alegre Artes Médicas 1987 GÖRSKI E M COELHO I L Variação linguística e ensino de gramática Working pa pers em Linguística v 10 n 1 p 7391 2010 GUIA DA LÍNGUA 2010 Revista Língua portuguesa São Paulo Editora Segmento 2010 GUIMARÃES E Texto discurso e ensino São Paulo Editora Contexto 2009 JAKOBSON R Linguística e comunicação São Paulo Cultrix 1991 KOCH I V A interação pela linguagem 6ed São Paulo Contexto 2001 KOCH I V Desvendando os segredos do texto São Paulo Cortez 2009 KOCH I V O texto e a construção dos sentidos 9ed São Paulo Contexto 2010 KOCH I V ELIAS V M Ler e compreender os sentidos do texto São Paulo Contexto 2010 LEFFA V J Aspectos da leitura uma pesquisa psicolingüística Porto Alegre Sagra Luzzato 1996 LIUBOMYR FESHCHYN Conjunto de elementos de quadrinhos retro Livro Vector De sign discurso e do pensamento Bolhas 123RF Disponível em httpsbr123rfcom searchphpwordquadrinhosrchlangbrimgtype0Submittwordtlan gbrorderby0twordtlangbroriSearchdesenhostio8xi7ea0h5ivozukki mediapopup32523351 Acesso em 01 ago 2017 LUFT L Todo mundo fala errado In SMITH Marisa Magnus MOREIRA Maria Eunice BOCCHESE Jocelyne da Cunha Org ENADE comentado letras 2011 Dados eletrô nicos Porto Alegre EDIPUCRS 2013 MARCUSCHI L A Da fala para a escrita atividades de retextualização 10 ed São Paulo Cortez 2010 91 FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO SUMÁRIO 90 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO MENEGASSI R J Compreensão e interpretação no processo de leitura noções bási cas ao professor Revista UNIMAR Maringá 17 1 8594 1995 MENIN A M da C S GIROTTO C G G S ARENA D B SOUZA R J de Orgs Ler e compreender estratégias de leitura Campinas Editora Mercado de Letras 2010 PATI J Os 7 erros mais comuns ao usar o email no trabalho Revista Exame Dis ponível em httpexameabrilcombrcarreiraos7errosmaiscomunsaousaroe mailnotrabalho Acesso em 31 jul 2017 PETIT M Os jovens e a leitura uma nova perspectiva Tradução Celina Olga de Souza São Paulo Editora 34 2008 RAMOS R Os melhores contos São Paulo Global Editora 1998 RAWPIXEL a Comunicação Conexão Devices Digital Technology Concept 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpwordcomunicaC3A7 C3A3osrchlangbrimgtypeSubmittwordtlangbrorderby0sti me8epagvi55pqhu0fxmediapopup42956457 Acesso em 01 ago 2017 RAWPIXEL b Grupo de negócios pessoas conversando Varanda Concept 123RF Disponível em httpsbr123rfcomsearchphpwordcomunicaC3A7 C3A3osrchlangbrimgtypeSubmittwordtlangbrorderby0sti me8epagvi55pqhu0fxmediapopup49441859 Acesso em 02 ago 2017 SAUSSURE F Curso de lingüística geral 26 ed São Paulo Cultrix 2006 SILVEIRA E MURASHIMA M Redação empresarial Rio de Janeiro Editora FGV 2011 SOLÉ I Estratégias de leitura Porto Alegre Ed Artmed 1998 VANOYE F Usos da linguagem problemas e técnicas na produção oral e escrita São Paulo Ed Martins Fontes 2003 VERÍSSIMO L F Contos de verão O Estado de São Paulo 16 jan 2000 VERISSIMO L F O gigolô das palavras In Para gostar de ler Luis Fernando Verissimo o nariz e outras crônicas 10 ed v 14 São Paulo Ática 2002 WOLTON D Pensar a comunicação Brasília Editora UNB 2004 WOOD J T Mosaicos da comunicação uma introdução aos estudos da comunica ção São Paulo Editora Ática 2009 WOOD J T Redação científica a prática de fichamentos resumos e resenhas São Paulo Atlas 2004 92 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO FACULDADE CAPIXABA DA SERRAEAD Credenciada pela portaria MEC nº 767 de 22062017 Publicada no DOU em 23062017 SUMÁRIO EADMULTIVIXEDUBR CONHEÇA TAMBÉM NOSSOS CURSOS DE PÓSGRADUAÇÃO A DISTÂNCIA NAS ÁREAS DE SAÚDE EDUCAÇÃO DIREITO GESTÃO E NEGÓCIOS