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EDUCAR É SEMEAR COM SABEDORIA E COLHER COM PACIÊNCIA AUGUSTO CURY História da Educação em saúde no Brasil No final do século XIX e início do século XX o Brasil vivia um período de grandes transformações A abolição da escravatura O início do desenvolvimento da indústria e do comércio A chegada maciça de imigrantes europeus As principais cidades do país cresciam desordenadamente sem qualquer infraestrutura Este contexto produziu condições sanitárias muito precárias e surtos epidêmicos Tudo isso prejudicava o desenvolvimento econômico do país Para combater estas epidemias nos grandes centros urbanos foram estruturadas ações sanitárias Porém logo que as epidemias diminuíam tais ações perdiam força Ou seja representavam alguma preocupação com a manutenção da saúde das classes populares mas ainda de forma residual Isto levará os sanitaristas dos anos 19101920 através de algumas instâncias de representação como a Liga Pró saneamento de 1919 a pleitearem a montagem de uma estrutura centralizada de saúde dando origem ao Departamento Nacional de Saúde em 1920 Os órgãos federais de saúde atendiam basicamente a capital federal Os serviços estaduais com exceção de São Paulo onde era um pouco mais estruturado eram precários Foram realizadas então as primeiras práticas sistemáticas de educação em saúde E como eram as práticas de atenção à saúde neste período Para pensarmos sobre elas vamos explorar um pouco mais o contexto da época Os valores positivistas e o desenvolvimento da ciência e especificamente da medicina na Europa traziam consigo o sonho da modernidade Em prol da saúde o Estado brasileiro se dava o direito de instituir medidas autoritárias que intervinham não só na organização dos espaços da cidade mas também no cotidiano da vida da população Em um momento em que uma parte importante da população pobre das grandes cidades se constituía de escravos recémlibertos as poucas atividades educativas relacionadas à saúde eram de caráter normativo com instruções a serem seguidas Propunhamse basicamente normas e medidas de saneamento consideradas científicas pelos técnicos e burocratas VASCONCELOS 2001 Souza e Jacobina 2009 descrevem estas atividades Como o objetivo das atividades educativas não era promover a autonomia a discordância era punida severamente pois interesses econômicos e da classe dominante estavam por trás das políticas de saúde Seu objetivo era fazer com que as pessoas aceitassem as intervenções do Estado e se sujeitassem às imperiosas leis da Higiene Ainda assim muitas pessoas se rebelaram como ocorreu com a famosa Revolta da Vacina p 620 Revolta da vacina O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da capital No começo do século XX o Brasil e em especial a cidade do Rio de Janeiro capital da república na época sofria com constantes epidemias devido às condições precárias de vida da população Preocupado com esta situação e com os problemas que ela causava para a economia brasileira o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade Por vezes os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força provocando revolta nas pessoas Ainda que o objetivo final da campanha fosse a prevenção de doenças Entre as diferentes ações propostas por Osvaldo Cruz estava a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola Sem qualquer preocupação em desenvolver um trabalho com a população para que ela pudesse entender o sentido da vacinação e ter respeitada suas crenças e sua autonomia a campanha foi desenvolvida de forma violenta e autoritária Esta campanha acontecia em meio a condições de vida difíceis com alto custo de vida e grande desemprego e ao mesmo tempo em que o movimento de reforma urbana dirigido pelo Estado derrubava cortiços e habitações simples do centro da cidade para que a população pobre não permanecesse ali A desordem propagase pela cidade e se é contornada com a revogação da lei de vacinação obrigatória e a intervenção da polícia e do exército Este contexto faz com que manifestações populares e conflitos espalhemse pelas ruas da capital brasileira Este evento pode ser considerado emblemático para a saúde pública Ele aponta a complexidade das ações sanitárias e seu papel muitas vezes autoritário e violento em especial com as camadas mais pobres da população REVOLTA DA VACINA O que levou a população a sair às ruas contra a vacinação As descobertas científicas da época que apontavam para a necessidade da higiene para prevenir os perigos do contágio de determinadas doenças acabaram por atribuir aos indivíduos a responsabilidade por seu adoecimento culpabilização da vítima O melhor encaminhamento era propor ao Estado educar esta população A maior incidência de doenças e mortalidade infantil ocorria na classe trabalhadora pela falta de cuidados pessoais Educação que se dirigia aos pobres não para mudanças das condições de vida geradoras de doença mas para mostrar que eles eram os únicos responsáveis pelas doenças que sofriam A expansão urbana das primeiras décadas do século XX Propiciou o surgimento de uma classe média nas grandes cidades do país Favorece o surgimento de propostas de intervenção um pouco menos autoritárias no campo da saúde pública Investe se no que à época nomeou se educação sanitária incluindoa no cotidiano das escolas O esclarecimento e a persuasão da população substituem os métodos extremamente repressivos próprios das campanhas sanitárias Embora menos opressoras estas práticas ainda se constituíam segundo relações verticais nas quais a população tinha um papel essencialmente passivo A partir de 1930 Os investimentos na área da saúde voltamse para expansão da assistência médica individual especialmente para categorias de trabalhadores mais organizados e com presença nos setores econômicos do país As ações de educação e saúde ficam ainda mais restritas a programas e serviços destinados a populações excluídas dos processos econômicos centrais do país Durante a Segunda Guerra Mundial Organizase o Serviço Especial de Saúde Pública Sesp com base em interesses estratégicos militares relacionados a esta guerra Visando à proteção dos trabalhadores envolvidos na extração da borracha e de minério as ações do Sesp acabam por trazer novas técnicas educacionais na área da saúde São introduzidas como inovações metodológicas para a difusão da informação a educação de grupos os recursos audiovisuais e o trabalho com a comunidade Após a Segunda Guerra Mundial Na saúde a promoção da participação popular muitas vezes estava ligada ao recrutamento e treinamento para o trabalho voluntário aumentando os programas comunitários que empregavam mão de obra gratuita em mutirão para o saneamento básico e a construção de postos de saúde década de 1960 O regime militar cria paradoxalmente as condições para a emergência de uma série de experiências comunitárias nas áreas sociais dentre elas a da saúde 1970 Começam a surgir experiências de serviços comunitários de saúde inspirados nas discussões sobre medicina comunitária e cuidados primários em saúde que vinham se difundindo no mundo A vivência nestes serviços permite que profissionais de saúde aprendam a se relacionar com os grupos populares começando a esboçar tentativas de organização de ações de saúde integradas à dinâmica social local no final da década de 1980 Com a abertura política e a criação do Sistema Único de Saúde SUS a instituição do Programa de Agentes Comunitários de Saúde PACS e posteriormente do Programa Saúde da Família PSF e da Estratégia Saúde da Família ESF Agentes Comunitários de Saúde ACSs Movimento Popular em Saúde Mops

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serem seguidas Propunhamse basicamente normas e medidas de saneamento consideradas científicas pelos técnicos e burocratas VASCONCELOS 2001 Souza e Jacobina 2009 descrevem estas atividades Como o objetivo das atividades educativas não era promover a autonomia a discordância era punida severamente pois interesses econômicos e da classe dominante estavam por trás das políticas de saúde Seu objetivo era fazer com que as pessoas aceitassem as intervenções do Estado e se sujeitassem às imperiosas leis da Higiene Ainda assim muitas pessoas se rebelaram como ocorreu com a famosa Revolta da Vacina p 620 Revolta da vacina O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da capital No começo do século XX o Brasil e em especial a cidade do Rio de Janeiro capital da república na época sofria com constantes epidemias devido às condições precárias de vida da população Preocupado com esta situação e com 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propagase pela cidade e se é contornada com a revogação da lei de vacinação obrigatória e a intervenção da polícia e do exército Este contexto faz com que manifestações populares e conflitos espalhemse pelas ruas da capital brasileira Este evento pode ser considerado emblemático para a saúde pública Ele aponta a complexidade das ações sanitárias e seu papel muitas vezes autoritário e violento em especial com as camadas mais pobres da população REVOLTA DA VACINA O que levou a população a sair às ruas contra a vacinação As descobertas científicas da época que apontavam para a necessidade da higiene para prevenir os perigos do contágio de determinadas doenças acabaram por atribuir aos indivíduos a responsabilidade por seu adoecimento culpabilização da vítima O melhor encaminhamento era propor ao Estado educar esta população A maior incidência de doenças e mortalidade infantil ocorria na classe trabalhadora pela falta de cuidados pessoais Educação que se dirigia aos pobres não para 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