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CAPA ABNT CONTRACAPA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVOS 21 Objetivo Geral 22 Objetivos Específicos PRÁTICAS DESENVOLVIDAS BLOCO DA TERCEIRA UNIDADE CONCLUSÃO 6 REFERÊNCIAS ANEXOS Faculdade RELATORIO DE AULAS PRÁTICAS Nome aluno Sumário INTRODUÇÃO2 OBJETIVOS6 Objetivo Geral6 Objetivos Específicos6 PRÁTICAS DESENVOLVIDAS Bloco 37 Coleta de sangue8 Esfregaço sanguíneo9 Coloração sanguínea10 Contagem de reticulócitos11 Contagem de leucócitos11 Contagem de plaquetas12 TP e TPA13 INTRODUÇÃO A medula óssea é um tecido altamente especializado localizado no interior de ossos longos e ossos planos como o esterno costelas vértebras e ossos da pelve Ela é responsável pela hematopoese o processo fisiológico de produção das células sanguíneas incluindo eritrócitos hemácias leucócitos e plaquetas Essa atividade é essencial para a manutenção da oxigenação tecidual resposta imunológica e hemostasia JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Durante a vida fetal a hematopoese ocorre inicialmente no saco vitelino depois no fígado e baço e somente mais tarde é estabelecida na medula óssea onde permanece ativa ao longo da vida A medula óssea pode ser classificada em dois tipos medula vermelha funcionalmente ativa na produção celular e medula amarela composta principalmente por tecido adiposo e com menor atividade hematopoética HOFFBRAND MOSS 2016 O processo de diferenciação celular na medula óssea é regulado por um conjunto de fatores de crescimento hematopoéticos como a eritropoetina e as interleucinas que direcionam as célulastronco hematopoéticas a se desenvolverem em linhagens mieloides ou linfoides A avaliação da função medular por meio de exames como a contagem de reticulócitos ou mielograma é crucial na investigação de distúrbios hematológicos como anemias leucemias mielodisplasias e aplasias HARMON 2019 O exame de sangue é uma das ferramentas diagnósticas mais utilizadas na prática clínica e laboratorial sendo essencial para a avaliação do estado geral de saúde rastreamento de doenças e monitoramento terapêutico RODAK FRITSMA DOIG 2017 Por meio da análise de diversos componentes sanguíneos é possível obter informações valiosas sobre o funcionamento do sistema hematopoiético imunológico e hemostático A coagulação sanguínea é um processo fisiológico essencial para a manutenção da hemostasia que impede a perda excessiva de sangue após lesões vasculares Este mecanismo envolve uma complexa cascata de reações enzimáticas entre proteínas plasmáticas conhecidas como fatores de coagulação culminando na formação de um coágulo estável de fibrina HOFFBRAND MOSS 2017 A cascata da coagulação é tradicionalmente dividida em três vias intrínseca extrínseca e comum A via extrínseca é ativada pela exposição do sangue ao fator tecidual fator III geralmente após um trauma vascular Isso ativa o fator VII que em presença de cálcio inicia a conversão do fator X em Xa RODAK FRITSMA DOIG 2017 Já a via intrínseca é iniciada pela ativação do fator XII fator de Hageman ao entrar em contato com superfícies negativamente carregadas como o colágeno subendotelial Esse processo sequencial envolve a ativação dos fatores XI e IX culminando também na ativação do fator X Ambas as vias convergem na chamada via comum onde o fator Xa em conjunto com o fator V cálcio e fosfolipídios converte a protrombina fator II em trombina fator IIa TORTORA DERRICKSON 2017 A trombina desempenha um papel central no processo promovendo a conversão do fibrinogênio fator I em fibrina que é estabilizada pelo fator XIII A fibrina forma uma malha que consolida o tampão plaquetário conferindo resistência mecânica ao coágulo GUYTON HALL 2021 É importante ressaltar que a cascata de coagulação é autorregulada por mecanismos anticoagulantes naturais como a antitrombina III proteína C e proteína S que limitam a extensão do processo e evitam a formação de trombos em locais não lesados HOFFBRAND MOSS 2017 Do ponto de vista clínico a avaliação da cascata de coagulação é realizada por meio de exames laboratoriais como o Tempo de Protrombina TP e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa O TP avalia principalmente a via extrínseca e a via comum enquanto o TTPa analisa a via intrínseca e a via comum Esses testes são amplamente utilizados no diagnóstico de distúrbios hemorrágicos no monitoramento de terapias anticoagulantes e em avaliações préoperatórias RODAK FRITSMA DOIG 2017 Portanto a cascata de coagulação representa um mecanismo complexo porém altamente organizado que desempenha papel fundamental na resposta hemostática O entendimento de sua fisiologia e de seus mecanismos regulatórios é essencial para a interpretação clínica dos exames e para o manejo de pacientes com alterações na coagulação A contagem de plaquetas é de extrema importância na investigação de distúrbios da coagulação uma vez que essas células desempenham papel fundamental na formação do tampão hemostático primário prevenindo hemorragias HOFFBRAND MOSS 2017 Alterações quantitativas ou funcionais das plaquetas podem indicar condições como trombocitopenias púrpura trombocitopênica idiopática ou distúrbios mieloproliferativos ANDRADE 2020 A contagem de reticulócitos é um exame fundamental para avaliar a atividade eritropoiética da medula óssea sendo especialmente útil na investigação de anemias Os reticulócitos são hemácias jovens que ainda contêm resíduos de RNA ribossômico o que permite sua identificação por coloração supravital Uma contagem aumentada indica que a medula óssea está respondendo adequadamente a uma necessidade aumentada de produção de hemácias como ocorre em casos de anemias hemolíticas ou hemorragias agudas Em contrapartida uma contagem diminuída pode sugerir falência medular deficiência de nutrientes como ferro vitamina B12 ou ácido fólico ou distúrbios hematológicos como anemia aplástica ou síndromes mielodisplásicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem de leucócitos aliada ao diferencial leucocitário fornece informações valiosas sobre o estado imunológico do paciente A leucocitose por exemplo pode estar associada a infecções bacterianas inflamações agudas ou doenças mieloproliferativas enquanto a leucopenia pode indicar infecções virais graves imunossupressão ou doenças da medula óssea Além disso o diferencial leucocitário permite a identificação de alterações específicas como linfocitose em infecções virais eosinofilia em alergias e parasitoses e presença de células imaturas em leucemias A análise qualitativa dos leucócitos pode ainda revelar atipias morfológicas que indicam processos neoplásicos hematológicos RODAK FRITSMA DOIG 2017 HARMON 2019 Dessa forma o exame de sangue através desses parâmetros constitui uma ferramenta diagnóstica indispensável contribuindo significativamente para a detecção precoce de alterações hematológicas e para a tomada de decisões clínicas fundamentadas OBJETIVOS Objetivo Geral Compreender e aplicar as principais técnicas laboratoriais hematológicas analisando sua importância no diagnóstico clínico por meio da realização prática de exames como coleta de sangue esfregaço e coloração sanguínea contagem de elementos celulares e testes de coagulação Objetivos Específicos Realizar a coleta de sangue venoso reconhecendo a importância da técnica asséptica e do manuseio correto das amostras para garantir a confiabilidade dos resultados laboratoriais Executar o esfregaço sanguíneo compreendendo sua relevância na observação morfológica das células sanguíneas em microscopia óptica Aplicar corretamente a coloração sanguínea como a coloração de MayGrünwald Giemsa destacando sua função na diferenciação celular e identificação de alterações morfológicas Realizar a contagem de reticulócitos entendendo sua utilidade na avaliação da atividade eritropoiética da medula óssea em casos de anemia Efetuar a contagem total e diferencial de leucócitos identificando as principais alterações associadas a processos infecciosos inflamatórios ou hematológicos Realizar a contagem de plaquetas discutindo sua relevância nos processos de coagulação e hemostasia Aplicar os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa compreendendo sua importância na avaliação da cascata de coagulação e no monitoramento de distúrbios hemorrágicos PRÁTICAS DESENVOLVIDAS Bloco 3 A hematologia laboratorial é uma área fundamental das análises clínicas dedicada ao estudo dos componentes celulares do sangue e à investigação dos mecanismos da hemostasia Por meio de técnicas específicas é possível diagnosticar e monitorar diversas patologias como anemias infecções leucemias trombocitopenias e distúrbios de coagulação RODAK FRITSMA DOIG 2017 A coleta de sangue venoso é a etapa inicial e crítica de qualquer exame hematológico Ela requer cuidados técnicos e higiênicos para garantir a qualidade da amostra e evitar erros préanalíticos que podem comprometer os resultados HARMON 2019 A seguir realizase o esfregaço sanguíneo técnica que permite a distribuição uniforme das células em uma lâmina sendo essencial para a avaliação morfológica A coloração sanguínea geralmente com os corantes de MayGrünwaldGiemsa é aplicada para diferenciar os elementos figurados do sangue e possibilitar sua identificação microscópica especialmente em casos de alterações hematológicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A contagem de reticulócitos é empregada para avaliar a resposta da medula óssea frente a situações de anemia ou hemólise refletindo sua capacidade de regeneração eritrocitária HOFFBRAND MOSS 2016 Já a contagem total e diferencial de leucócitos permite identificar respostas inflamatórias infecciosas ou proliferativas auxiliando no diagnóstico de doenças como leucemias linfomas e neutropenias RODAK FRITSMA DOIG 2017 A contagem de plaquetas é fundamental na avaliação da função hemostática sendo indispensável na investigação de sangramentos ou risco trombótico HARMON 2019 Por fim os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa são aplicados para investigar o funcionamento da cascata de coagulação permitindo a detecção de coagulopatias e o monitoramento de terapias anticoagulantes HOFFBRAND MOSS 2016 Essas práticas laboratoriais não apenas desenvolvem habilidades técnicas essenciais para a formação acadêmica e profissional mas também oferecem uma compreensão integrada das funções hematológicas e sua relação com o estado clínico do paciente Coleta de sangue A coleta de sangue venoso utilizando técnica asséptica Esse procedimento é fundamental para garantir a qualidade da amostra e evitar interferências nos exames subsequentes Brasil 2020 A qualidade da amostra obtida está diretamente relacionada à confiabilidade dos resultados analíticos sendo portanto fundamental o uso de técnicas corretas e a adoção de boas práticas laboratoriais ANVISA 2012 Antes da coleta devese identificar corretamente o paciente aplicar a antissepsia no local da punção selecionar o material apropriado agulha tubos etiquetas e garantir que os profissionais estejam devidamente paramentados A veia mais comumente utilizada é a mediana do antebraço embora outras possam ser utilizadas conforme a acessibilidade O sangue pode ser coletado por seringa e agulha ou por sistema a vácuo como o sistema Vacutainer sendo este último mais seguro e padronizado HARMON 2019 Durante a coleta é fundamental seguir a ordem correta de preenchimento dos tubos para evitar contaminações cruzadas entre aditivos e interferência nos resultados A ordem geralmente é tubos sem aditivo tubos com anticoagulante citrato depois com gel separador heparina e por último EDTA e fluoreto BRASIL 2005 É indispensável seguir as normas de biossegurança como o uso de Equipamentos de Proteção Individual EPI descarte correto de materiais perfurocortantes e higienização das mãos Erros nesta etapa podem gerar hemólise coagulação da amostra contaminações ou rejeição da amostra pelo laboratório comprometendo a análise subsequente RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso o procedimento deve ser realizado em conformidade com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA especialmente a RDC nº 3022005 que regulamenta os requisitos técnicos para o funcionamento dos serviços de laboratórios clínicos no Brasil Esfregaço sanguíneo O esfregaço sanguíneo é uma técnica laboratorial fundamental para a análise morfológica das células do sangue periférico Consiste na preparação de uma fina camada de sangue distribuída sobre uma lâmina de vidro permitindo a observação detalhada de eritrócitos leucócitos e plaquetas ao microscópio óptico JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A realização correta do esfregaço é essencial para evitar artefatos que possam interferir na interpretação morfológica Para isso utilizase uma gota de sangue fresca colocada próxima à borda da lâmina que é espalhada suavemente com outra lâmina em um movimento rápido e contínuo formando uma camada uniforme e fina com uma região ideal para análise conhecida como zona de esfregaço RODAK FRITSMA DOIG 2017 Após a secagem ao ar o esfregaço pode ser submetido a coloração geralmente pela técnica de MayGrünwaldGiemsa que possibilita a diferenciação e identificação das células sanguíneas evidenciando características como forma tamanho coloração do citoplasma e núcleo além de detectar possíveis alterações patológicas HOFFBRAND MOSS 2016 A análise do esfregaço sanguíneo é indispensável para a detecção de anemias infecções leucemias distúrbios plaquetários e outras alterações hematológicas sendo uma ferramenta diagnóstica rápida econômica e de grande relevância clínica RODAK FRITSMA DOIG 2017 A série vermelha do hemograma compreende a avaliação dos elementos celulares relacionados à eritropoese principalmente os eritrócitos ou hemácias responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono no organismo por meio da hemoglobina Os principais parâmetros analisados nessa série incluem Hemácias RBC número total de eritrócitos por microlitro de sangue Hemoglobina Hb quantidade total de hemoglobina indicador direto da capacidade de transporte de oxigênio Hematócrito Ht ou HCT porcentagem do volume sanguíneo ocupado por hemácias Índices hematimétricos o VCM Volume Corpuscular Médio indica o tamanho médio das hemácias o HCM Hemoglobina Corpuscular Média quantidade média de hemoglobina por hemácia o CHCM Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média concentração média de hemoglobina por volume de hemácia Esses parâmetros permitem a classificação morfológica das anemias como microcítica normocítica ou macrocítica além de indicar a coloração das hemácias hipocrômica ou normocrômica auxiliando no diagnóstico diferencial entre tipos de anemias como ferropriva megaloblástica ou de doenças crônicas RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise da série vermelha também pode incluir o número de reticulócitos que são formas jovens de hemácias importantes para avaliar a atividade da medula óssea na produção de eritrócitos HOFFBRAND MOSS 2016 Coloração sanguínea A coloração sanguínea é uma etapa fundamental para a análise microscópica das células sanguíneas pois permite a diferenciação dos diversos tipos celulares presentes no sangue periférico O método mais utilizado é a coloração de MayGrünwaldGiemsa que utiliza corantes que se ligam seletivamente a componentes celulares realçando detalhes morfológicos como núcleo citoplasma e grânulos citoplasmáticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 O procedimento iniciase com a fixação do esfregaço geralmente em metanol seguida pela aplicação dos corantes O corante de MayGrünwald contém eosina que cora componentes ácidos em tons rosados e azul de metileno que tinge componentes básicos em tons azulados ou púrpuras A coloração de Giemsa complementa o processo proporcionando uma visualização mais nítida dos detalhes celulares HOFFBRAND MOSS 2016 Essa técnica é indispensável para a identificação e classificação dos diferentes tipos de leucócitos análise da morfologia eritrocitária avaliação da presença de reticulócitos e detecção de alterações indicativas de patologias hematológicas como anemias infecções parasitárias e leucemias RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso a coloração sanguínea é rápida econômica e amplamente empregada em laboratórios clínicos tornandose uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento das doenças do sangue Contagem de reticulócitos A contagem de reticulócitos é um exame laboratorial que avalia a atividade eritropoiética da medula óssea por meio da quantificação dos reticulócitos células jovens da linhagem eritrocitária que ainda contêm resíduos de RNA citoplasmático Esse parâmetro é essencial para distinguir anemias causadas por produção insuficiente de hemácias das que resultam de destruição ou perda aumentada JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Os reticulócitos são identificados por meio da coloração supravital utilizando corantes especiais como o azul de metileno ou novo azul de cresil que destacam as redes ribonucleoproteicas no citoplasma HOFFBRAND MOSS 2016 A técnica pode ser realizada manualmente pela contagem microscópica em esfregaços corados ou automaticamente em analisadores hematológicos modernos A interpretação da contagem de reticulócitos fornece informações valiosas sobre a resposta da medula óssea a estímulos como hemorragias hemólises ou terapias hematopoiéticas Valores elevados indicam uma medula óssea reativa enquanto níveis reduzidos sugerem insuficiência na produção eritrocitária RODAK FRITSMA DOIG 2017 Contagem de leucócitos A contagem de leucócitos é um exame laboratorial essencial para a avaliação do sistema imunológico e a detecção de processos inflamatórios infecciosos alérgicos e neoplásicos Consiste na quantificação do número total de leucócitos presentes no sangue periférico podendo ser associada ao exame diferencial leucocitário que identifica e conta os diferentes tipos celulares como neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise quantitativa e qualitativa dos leucócitos permite a identificação de várias condições clínicas tais como infecções bacterianas virais parasitárias reações alérgicas leucemias e outras doenças hematológicas Alterações no número ou morfologia dessas células são indicadores diretos do estado imunológico e da resposta do organismo a estímulos patológicos HARMON 2019 A contagem pode ser realizada manualmente em lâminas coradas ou automaticamente por analisadores hematológicos que fornecem resultados rápidos e precisos A interpretação dos resultados deve sempre considerar o contexto clínico do paciente para um diagnóstico adequado HOFFBRAND MOSS 2016 Contagem de leucócitos ou glóbulos brancos é uma das etapas fundamentais do hemograma sendo empregada para a avaliação do sistema imunológico e o diagnóstico de diversas patologias como infecções processos inflamatórios reações alérgicas imunossupressões e doenças hematológicas como leucemias A contagem total pode ser realizada de duas formas principais manual utilizando câmara de Neubauer e diluente específico geralmente ácido acético glacial a 2 que lisa os eritrócitos e permite visualizar apenas os leucócitos ou automatizada por meio de analisadores hematológicos que empregam métodos ópticos impedância elétrica princípio de Coulter ou citometria de fluxo HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem diferencial de leucócitos realizada em esfregaço sanguíneo corado normalmente com coloração de MayGrünwaldGiemsa ou Leishman permite a identificação e quantificação dos cinco principais tipos leucocitários neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 Essa análise fornece dados importantes sobre o tipo de resposta imune do organismo como neutrofilia em infecções bacterianas ou linfocitose em infecções virais Valores de referência variam conforme o laboratório idade e condição clínica do paciente mas em adultos saudáveis a contagem total geralmente varia de 4000 a 11000 leucócitos por mm³ Alterações como leucocitose acima do valor de referência ou leucopenia abaixo do valor de referência indicam a necessidade de investigação clínica detalhada HARMON 2019 Contagem de plaquetas A contagem de plaquetas é um exame hematológico fundamental para avaliar a hemostasia e a função plaquetária sendo essencial na investigação de distúrbios hemorrágicos e trombóticos As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares derivados dos megacariócitos da medula óssea responsáveis pela coagulação e reparo vascular HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem pode ser realizada por métodos automatizados utilizando analisadores hematológicos que fornecem resultados precisos e rápidos ou manualmente através da contagem em esfregaços sanguíneos corados ao microscópio Valores fora dos parâmetros de referência como trombocitopenia contagem baixa ou trombocitose contagem elevada indicam possíveis condições clínicas como púrpura trombocitopênica idiopática distúrbios mieloproliferativos processos infecciosos ou reações medicamentosas RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além do número a morfologia plaquetária também pode ser analisada para detectar alterações funcionais ou estruturais que impactem na coagulação sanguínea auxiliando no diagnóstico e manejo clínico dos pacientes JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 TP e TPA O Tempo de Protrombina TP e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPA são testes laboratoriais fundamentais para a avaliação da coagulação sanguínea utilizados na investigação de distúrbios hemorrágicos monitoramento de terapias anticoagulantes e avaliação da função dos fatores de coagulação O TP mede o tempo necessário para a formação do coágulo após a adição de tromboplastina e cálcio ao plasma avaliando a via extrínseca e comum da coagulação É especialmente importante para monitorar pacientes em uso de anticoagulantes orais como a varfarina HOFFBRAND MOSS 2016 Já o TTPA avalia a via intrínseca e comum da coagulação determinando o tempo para a formação do coágulo após a adição de um ativador da superfície e cálcio ao plasma Esse exame é utilizado para investigar deficiências de fatores da coagulação presença de inibidores circulantes e para monitoramento do uso de heparina RODAK FRITSMA DOIG 2017 Ambos os testes são complementares e essenciais para o diagnóstico preciso de coagulopatias auxiliando no manejo clínico adequado dos pacientes com distúrbios hemorrágicos ou trombóticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 CONCLUSÃO As práticas laboratoriais desenvolvidas que abrangem desde a coleta de sangue até a realização de exames como esfregaço sanguíneo coloração contagens celulares e testes de coagulação TP e TTPA são fundamentais para o diagnóstico e monitoramento das condições hematológicas Cada etapa é imprescindível para garantir a qualidade e a confiabilidade dos resultados permitindo uma avaliação precisa da saúde do paciente A coleta correta assegura a integridade da amostra enquanto o esfregaço e a coloração possibilitam a observação detalhada da morfologia celular As contagens de reticulócitos leucócitos e plaquetas fornecem informações essenciais sobre a atividade da medula óssea respostas imunológicas e processos hemostáticos Os testes de coagulação complementam essa análise avaliando a funcionalidade das vias intrínseca e extrínseca do sistema hemostático Portanto o domínio dessas técnicas laboratoriais contribui diretamente para o diagnóstico precoce tratamento eficaz e acompanhamento adequado das doenças hematológicas reafirmando a importância da prática laboratorial na área da saúde REFERÊNCIAS HOFFBRAND A V MOSS P A H Hematologia 8 ed Porto Alegre Artmed 2016 JUNQUEIRA L C CARNEIRO J Histologia básica 12 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2013 RODAK B F FRITSMA G A DOIG K Hematologia clínica 5 ed Rio de Janeiro Elsevier 2017 HARMON M A Hematologia clínica teoria e procedimentos 6 ed Philadelphia Wolters Kluwer 2019 No text found in this image

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monitoramento terapêutico RODAK FRITSMA DOIG 2017 Por meio da análise de diversos componentes sanguíneos é possível obter informações valiosas sobre o funcionamento do sistema hematopoiético imunológico e hemostático A coagulação sanguínea é um processo fisiológico essencial para a manutenção da hemostasia que impede a perda excessiva de sangue após lesões vasculares Este mecanismo envolve uma complexa cascata de reações enzimáticas entre proteínas plasmáticas conhecidas como fatores de coagulação culminando na formação de um coágulo estável de fibrina HOFFBRAND MOSS 2017 A cascata da coagulação é tradicionalmente dividida em três vias intrínseca extrínseca e comum A via extrínseca é ativada pela exposição do sangue ao fator tecidual fator III geralmente após um trauma vascular Isso ativa o fator VII que em presença de cálcio inicia a conversão do fator X em Xa RODAK FRITSMA DOIG 2017 Já a via intrínseca é iniciada pela ativação do fator XII fator de Hageman ao entrar em contato com superfícies negativamente carregadas como o colágeno subendotelial Esse processo sequencial envolve a ativação dos fatores XI e IX culminando também na ativação do fator X Ambas as vias convergem na chamada via comum onde o fator Xa em conjunto com o fator V cálcio e fosfolipídios converte a protrombina fator II em trombina fator IIa TORTORA DERRICKSON 2017 A trombina desempenha um papel central no processo promovendo a conversão do fibrinogênio fator I em fibrina que é estabilizada pelo fator XIII A fibrina forma uma malha que consolida o tampão plaquetário conferindo resistência mecânica ao coágulo GUYTON HALL 2021 É importante ressaltar que a cascata de coagulação é autorregulada por mecanismos anticoagulantes naturais como a antitrombina III proteína C e proteína S que limitam a extensão do processo e evitam a formação de trombos em locais não lesados HOFFBRAND MOSS 2017 Do ponto de vista clínico a avaliação da cascata de coagulação é realizada por meio de exames laboratoriais como 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condições como trombocitopenias púrpura trombocitopênica idiopática ou distúrbios mieloproliferativos ANDRADE 2020 A contagem de reticulócitos é um exame fundamental para avaliar a atividade eritropoiética da medula óssea sendo especialmente útil na investigação de anemias Os reticulócitos são hemácias jovens que ainda contêm resíduos de RNA ribossômico o que permite sua identificação por coloração supravital Uma contagem aumentada indica que a medula óssea está respondendo adequadamente a uma necessidade aumentada de produção de hemácias como ocorre em casos de anemias hemolíticas ou hemorragias agudas Em contrapartida uma contagem diminuída pode sugerir falência medular deficiência de nutrientes como ferro vitamina B12 ou ácido fólico ou distúrbios hematológicos como anemia aplástica ou síndromes mielodisplásicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem de leucócitos aliada ao diferencial leucocitário fornece informações valiosas sobre o estado imunológico do paciente A leucocitose por exemplo pode estar associada a infecções bacterianas inflamações agudas ou doenças mieloproliferativas enquanto a leucopenia pode indicar infecções virais graves imunossupressão ou doenças da medula óssea Além disso o diferencial leucocitário permite a identificação de alterações específicas como linfocitose em infecções virais eosinofilia em alergias e parasitoses e presença de células imaturas em leucemias A análise qualitativa dos leucócitos pode ainda revelar atipias morfológicas que indicam processos neoplásicos hematológicos RODAK FRITSMA DOIG 2017 HARMON 2019 Dessa forma o exame de sangue através desses parâmetros constitui uma ferramenta diagnóstica indispensável contribuindo significativamente para a detecção precoce de alterações hematológicas e para a tomada de decisões clínicas fundamentadas OBJETIVOS Objetivo Geral Compreender e aplicar as principais técnicas laboratoriais hematológicas analisando sua importância no diagnóstico clínico por meio da realização prática de exames como coleta de sangue esfregaço e coloração sanguínea contagem de elementos celulares e testes de coagulação Objetivos Específicos Realizar a coleta de sangue venoso reconhecendo a importância da técnica asséptica e do manuseio correto das amostras para garantir a confiabilidade dos resultados laboratoriais Executar o esfregaço sanguíneo compreendendo sua relevância na observação morfológica das células sanguíneas em microscopia óptica Aplicar corretamente a coloração sanguínea como a coloração de MayGrünwald Giemsa destacando sua função na diferenciação celular e identificação de alterações morfológicas Realizar a contagem de reticulócitos entendendo sua utilidade na avaliação da atividade eritropoiética da medula óssea em casos de anemia Efetuar a contagem total e diferencial de leucócitos identificando as principais alterações associadas a processos infecciosos inflamatórios ou hematológicos Realizar a contagem de plaquetas discutindo sua relevância nos processos de coagulação e hemostasia Aplicar os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa compreendendo sua importância na avaliação da cascata de coagulação e no monitoramento de distúrbios hemorrágicos PRÁTICAS DESENVOLVIDAS Bloco 3 A hematologia laboratorial é uma área fundamental das análises clínicas dedicada ao estudo dos componentes celulares do sangue e à investigação dos mecanismos da hemostasia Por meio de técnicas específicas é possível diagnosticar e monitorar diversas patologias como anemias infecções leucemias trombocitopenias e distúrbios de coagulação RODAK FRITSMA DOIG 2017 A coleta de sangue venoso é a etapa inicial e crítica de qualquer exame hematológico Ela requer cuidados técnicos e higiênicos para garantir a qualidade da amostra e evitar erros préanalíticos que podem comprometer os resultados HARMON 2019 A seguir realizase o esfregaço sanguíneo técnica que permite a distribuição uniforme das células em uma lâmina sendo essencial para a avaliação morfológica A coloração sanguínea geralmente com os corantes de MayGrünwaldGiemsa é aplicada para diferenciar os elementos figurados do sangue e possibilitar sua identificação microscópica especialmente em casos de alterações hematológicas JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A contagem de reticulócitos é empregada para avaliar a resposta da medula óssea frente a situações de anemia ou hemólise refletindo sua capacidade de regeneração eritrocitária HOFFBRAND MOSS 2016 Já a contagem total e diferencial de leucócitos permite identificar respostas inflamatórias infecciosas ou proliferativas auxiliando no diagnóstico de doenças como leucemias linfomas e neutropenias RODAK FRITSMA DOIG 2017 A contagem de plaquetas é fundamental na avaliação da função hemostática sendo indispensável na investigação de sangramentos ou risco trombótico HARMON 2019 Por fim os testes de Tempo de Protrombina TP e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPa são aplicados para investigar o funcionamento da cascata de coagulação permitindo a detecção de coagulopatias e o monitoramento de terapias anticoagulantes HOFFBRAND MOSS 2016 Essas práticas laboratoriais não apenas desenvolvem habilidades técnicas essenciais para a formação acadêmica e profissional mas também oferecem uma compreensão integrada das funções hematológicas e sua relação com o estado clínico do paciente Coleta de sangue A coleta de sangue venoso utilizando técnica asséptica Esse procedimento é fundamental para garantir a qualidade da amostra e evitar interferências nos exames subsequentes Brasil 2020 A qualidade da amostra obtida está diretamente relacionada à confiabilidade dos resultados analíticos sendo portanto fundamental o uso de técnicas corretas e a adoção de boas práticas laboratoriais ANVISA 2012 Antes da coleta devese identificar corretamente o paciente aplicar a antissepsia no local da punção selecionar o material apropriado agulha tubos etiquetas e garantir que os profissionais estejam devidamente paramentados A veia mais comumente utilizada é a mediana do antebraço embora outras possam ser utilizadas conforme a acessibilidade O sangue pode ser coletado por seringa e agulha ou por sistema a vácuo como o sistema Vacutainer sendo este último mais seguro e padronizado HARMON 2019 Durante a coleta é fundamental seguir a ordem correta de preenchimento dos tubos para evitar contaminações cruzadas entre aditivos e interferência nos resultados A ordem geralmente é tubos sem aditivo tubos com anticoagulante citrato depois com gel separador heparina e por último EDTA e fluoreto BRASIL 2005 É indispensável seguir as normas de biossegurança como o uso de Equipamentos de Proteção Individual EPI descarte correto de materiais perfurocortantes e higienização das mãos Erros nesta etapa podem gerar hemólise coagulação da amostra contaminações ou rejeição da amostra pelo laboratório comprometendo a análise subsequente RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso o procedimento deve ser realizado em conformidade com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA especialmente a RDC nº 3022005 que regulamenta os requisitos técnicos para o funcionamento dos serviços de laboratórios clínicos no Brasil Esfregaço sanguíneo O esfregaço sanguíneo é uma técnica laboratorial fundamental para a análise morfológica das células do sangue periférico Consiste na preparação de uma fina camada de sangue distribuída sobre uma lâmina de vidro permitindo a observação detalhada de eritrócitos leucócitos e plaquetas ao microscópio óptico JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 A realização correta do esfregaço é essencial para evitar artefatos que possam interferir na interpretação morfológica Para isso utilizase uma gota de sangue fresca colocada próxima à borda da lâmina que é espalhada suavemente com outra lâmina em um movimento rápido e contínuo formando uma camada uniforme e fina com uma região ideal para análise conhecida como zona de esfregaço RODAK FRITSMA DOIG 2017 Após a secagem ao ar o esfregaço pode ser submetido a coloração geralmente pela técnica de MayGrünwaldGiemsa que possibilita a diferenciação e identificação das células sanguíneas evidenciando características como forma tamanho coloração do citoplasma e núcleo além de detectar possíveis alterações patológicas HOFFBRAND MOSS 2016 A análise do esfregaço sanguíneo é indispensável para a detecção de anemias infecções leucemias distúrbios plaquetários e outras alterações hematológicas sendo uma ferramenta diagnóstica rápida econômica e de grande relevância clínica RODAK FRITSMA DOIG 2017 A série vermelha do hemograma compreende a avaliação dos elementos celulares relacionados à eritropoese principalmente os eritrócitos ou hemácias responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono no organismo por meio da hemoglobina Os principais parâmetros analisados nessa série incluem Hemácias RBC número total de eritrócitos por microlitro de sangue Hemoglobina Hb quantidade total de hemoglobina indicador direto da capacidade de transporte de oxigênio Hematócrito Ht ou HCT porcentagem do volume sanguíneo ocupado por hemácias Índices hematimétricos o VCM Volume Corpuscular Médio indica o tamanho médio das hemácias o HCM Hemoglobina Corpuscular Média quantidade média de hemoglobina por hemácia o CHCM Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média concentração média de hemoglobina por volume de hemácia Esses parâmetros permitem a classificação morfológica das anemias como microcítica normocítica ou macrocítica além de indicar a coloração das hemácias hipocrômica ou normocrômica auxiliando no diagnóstico diferencial entre tipos de anemias como ferropriva megaloblástica ou de doenças crônicas RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise da série vermelha também pode incluir o número de reticulócitos que são formas jovens de hemácias importantes para avaliar a atividade da medula óssea na produção de eritrócitos HOFFBRAND MOSS 2016 Coloração sanguínea A coloração sanguínea é uma etapa fundamental para a análise microscópica das células sanguíneas pois permite a diferenciação dos diversos tipos celulares presentes no sangue periférico O método mais utilizado é a coloração de MayGrünwaldGiemsa que utiliza corantes que se ligam seletivamente a componentes celulares realçando detalhes morfológicos como núcleo citoplasma e grânulos citoplasmáticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 O procedimento iniciase com a fixação do esfregaço geralmente em metanol seguida pela aplicação dos corantes O corante de MayGrünwald contém eosina que cora componentes ácidos em tons rosados e azul de metileno que tinge componentes básicos em tons azulados ou púrpuras A coloração de Giemsa complementa o processo proporcionando uma visualização mais nítida dos detalhes celulares HOFFBRAND MOSS 2016 Essa técnica é indispensável para a identificação e classificação dos diferentes tipos de leucócitos análise da morfologia eritrocitária avaliação da presença de reticulócitos e detecção de alterações indicativas de patologias hematológicas como anemias infecções parasitárias e leucemias RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além disso a coloração sanguínea é rápida econômica e amplamente empregada em laboratórios clínicos tornandose uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento das doenças do sangue Contagem de reticulócitos A contagem de reticulócitos é um exame laboratorial que avalia a atividade eritropoiética da medula óssea por meio da quantificação dos reticulócitos células jovens da linhagem eritrocitária que ainda contêm resíduos de RNA citoplasmático Esse parâmetro é essencial para distinguir anemias causadas por produção insuficiente de hemácias das que resultam de destruição ou perda aumentada JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 Os reticulócitos são identificados por meio da coloração supravital utilizando corantes especiais como o azul de metileno ou novo azul de cresil que destacam as redes ribonucleoproteicas no citoplasma HOFFBRAND MOSS 2016 A técnica pode ser realizada manualmente pela contagem microscópica em esfregaços corados ou automaticamente em analisadores hematológicos modernos A interpretação da contagem de reticulócitos fornece informações valiosas sobre a resposta da medula óssea a estímulos como hemorragias hemólises ou terapias hematopoiéticas Valores elevados indicam uma medula óssea reativa enquanto níveis reduzidos sugerem insuficiência na produção eritrocitária RODAK FRITSMA DOIG 2017 Contagem de leucócitos A contagem de leucócitos é um exame laboratorial essencial para a avaliação do sistema imunológico e a detecção de processos inflamatórios infecciosos alérgicos e neoplásicos Consiste na quantificação do número total de leucócitos presentes no sangue periférico podendo ser associada ao exame diferencial leucocitário que identifica e conta os diferentes tipos celulares como neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 A análise quantitativa e qualitativa dos leucócitos permite a identificação de várias condições clínicas tais como infecções bacterianas virais parasitárias reações alérgicas leucemias e outras doenças hematológicas Alterações no número ou morfologia dessas células são indicadores diretos do estado imunológico e da resposta do organismo a estímulos patológicos HARMON 2019 A contagem pode ser realizada manualmente em lâminas coradas ou automaticamente por analisadores hematológicos que fornecem resultados rápidos e precisos A interpretação dos resultados deve sempre considerar o contexto clínico do paciente para um diagnóstico adequado HOFFBRAND MOSS 2016 Contagem de leucócitos ou glóbulos brancos é uma das etapas fundamentais do hemograma sendo empregada para a avaliação do sistema imunológico e o diagnóstico de diversas patologias como infecções processos inflamatórios reações alérgicas imunossupressões e doenças hematológicas como leucemias A contagem total pode ser realizada de duas formas principais manual utilizando câmara de Neubauer e diluente específico geralmente ácido acético glacial a 2 que lisa os eritrócitos e permite visualizar apenas os leucócitos ou automatizada por meio de analisadores hematológicos que empregam métodos ópticos impedância elétrica princípio de Coulter ou citometria de fluxo HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem diferencial de leucócitos realizada em esfregaço sanguíneo corado normalmente com coloração de MayGrünwaldGiemsa ou Leishman permite a identificação e quantificação dos cinco principais tipos leucocitários neutrófilos linfócitos monócitos eosinófilos e basófilos RODAK FRITSMA DOIG 2017 Essa análise fornece dados importantes sobre o tipo de resposta imune do organismo como neutrofilia em infecções bacterianas ou linfocitose em infecções virais Valores de referência variam conforme o laboratório idade e condição clínica do paciente mas em adultos saudáveis a contagem total geralmente varia de 4000 a 11000 leucócitos por mm³ Alterações como leucocitose acima do valor de referência ou leucopenia abaixo do valor de referência indicam a necessidade de investigação clínica detalhada HARMON 2019 Contagem de plaquetas A contagem de plaquetas é um exame hematológico fundamental para avaliar a hemostasia e a função plaquetária sendo essencial na investigação de distúrbios hemorrágicos e trombóticos As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares derivados dos megacariócitos da medula óssea responsáveis pela coagulação e reparo vascular HOFFBRAND MOSS 2016 A contagem pode ser realizada por métodos automatizados utilizando analisadores hematológicos que fornecem resultados precisos e rápidos ou manualmente através da contagem em esfregaços sanguíneos corados ao microscópio Valores fora dos parâmetros de referência como trombocitopenia contagem baixa ou trombocitose contagem elevada indicam possíveis condições clínicas como púrpura trombocitopênica idiopática distúrbios mieloproliferativos processos infecciosos ou reações medicamentosas RODAK FRITSMA DOIG 2017 Além do número a morfologia plaquetária também pode ser analisada para detectar alterações funcionais ou estruturais que impactem na coagulação sanguínea auxiliando no diagnóstico e manejo clínico dos pacientes JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 TP e TPA O Tempo de Protrombina TP e o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada TTPA são testes laboratoriais fundamentais para a avaliação da coagulação sanguínea utilizados na investigação de distúrbios hemorrágicos monitoramento de terapias anticoagulantes e avaliação da função dos fatores de coagulação O TP mede o tempo necessário para a formação do coágulo após a adição de tromboplastina e cálcio ao plasma avaliando a via extrínseca e comum da coagulação É especialmente importante para monitorar pacientes em uso de anticoagulantes orais como a varfarina HOFFBRAND MOSS 2016 Já o TTPA avalia a via intrínseca e comum da coagulação determinando o tempo para a formação do coágulo após a adição de um ativador da superfície e cálcio ao plasma Esse exame é utilizado para investigar deficiências de fatores da coagulação presença de inibidores circulantes e para monitoramento do uso de heparina RODAK FRITSMA DOIG 2017 Ambos os testes são complementares e essenciais para o diagnóstico preciso de coagulopatias auxiliando no manejo clínico adequado dos pacientes com distúrbios hemorrágicos ou trombóticos JUNQUEIRA CARNEIRO 2013 CONCLUSÃO As práticas laboratoriais desenvolvidas que abrangem desde a coleta de sangue até a realização de exames como esfregaço sanguíneo coloração contagens celulares e testes de coagulação TP e TTPA são fundamentais para o diagnóstico e monitoramento das condições hematológicas Cada etapa é imprescindível para garantir a qualidade e a confiabilidade dos resultados permitindo uma avaliação precisa da saúde do paciente A coleta correta assegura a integridade da amostra enquanto o esfregaço e a coloração possibilitam a observação detalhada da morfologia celular As contagens de reticulócitos leucócitos e plaquetas fornecem informações essenciais sobre a atividade da medula óssea respostas imunológicas e processos hemostáticos Os testes de coagulação complementam essa análise avaliando a funcionalidade das vias intrínseca e extrínseca do sistema hemostático Portanto o domínio dessas técnicas laboratoriais contribui diretamente para o diagnóstico precoce tratamento eficaz e acompanhamento adequado das doenças hematológicas reafirmando a importância da prática laboratorial na área da saúde REFERÊNCIAS HOFFBRAND A V MOSS P A H Hematologia 8 ed Porto Alegre Artmed 2016 JUNQUEIRA L C CARNEIRO J Histologia básica 12 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2013 RODAK B F FRITSMA G A DOIG K Hematologia clínica 5 ed Rio de Janeiro Elsevier 2017 HARMON M A Hematologia clínica teoria e procedimentos 6 ed Philadelphia Wolters Kluwer 2019 No text found in this image

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