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ESCRAVIDÃO E ABOLIÇÃO NO BRASIL NOVAS PERSPECTIVAS Ciro Flamarion Cardoso organizador Jorge Zahar Editor Escravidão e Abolição no Brasil novas perspectivas Textos de Ciro Flamarion S Cardoso organizador Hebe Maria Mattos de Castro João Luís Ribeiro Fragoso Ronaldo Vainfas Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro Sumário Introdução José Luiz Werneck da Silva 7 capítulo 1 Novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil 15 Modelos explicativos 16 A economia escravista no Brasil 32 Escravidão foral 46 Grandes unidades agroexportadoras 56 Escravidão ideologias e sociedade reflexões conclusivas uma sociedade não um mero quintal da Europa 62 Notas 73 capítulo 2 A abolição como problema histórico e historiográfico 75 Abolicionismo e abolição 79 Lutas de classes e abolição 90 Imigrantismo e abolição 93 Mansuetinismo e abolição 99 Estruturas econômicomicrosociais e abolição 102 Conclusões 106 Notas 111 Sobre os autores Copyright 1988 Ciro Flamarion S Cardoso João Luís Ribeiro Fragoso Hebe Maria Mattos de Castro Ronaldo Vainfas Todos os direitos reservados A reprodução nãoautorizada desta publicação no todo ou em parte constitui violação do copyright lei 5988 1988 Direitos para esta edição contratados com Jorge Zahar Editor Ltda 2003 México 31 sobreloja Rio de Janeiro RJ Ficha técnica Revisão do texto Jussara Bivar Diagramação Celso Bivar Capa João da França sobre reprodução fotográfica do SPHANRevista Ricardo Santos Lincoln Natal Jr Nair Dametto Moreno Composição e Impressão Tavares e Tristão Gráfico e Editor de Livros Ltda ISBN 8571100489 Introdução Reescrevendo a história da escravidão e da abolição É preciso reescrever a história sem cessar não somente em razão da descoberta de novas fontes e de fatos desconhecidos mas sobretudo porque o desenvolvimento da história nos aspectos e através de novos fatos já conhecidos mostrando os processos históricos sob outros ângulos darnosá outras percepções assim que se desenvolve o processo sem fim da marcha que é o processo cognitivo processo sem fim da marcha para a verdade absoluta em progresso perpétuo mas jamais acabado ADAM SCHAFF Por que se reescreve a história sem cessar Em 1981 ao se debruçar criticamente sobre uma massa não negligenciável de livros artigos e esses universais inaeditamente publicados no meio século anterior e que reescreveriam o escravismo brasileiro em seus múltiplos aspectos comparandoo com outros escravismos americanos o historiador Ciro Flamarion Cardoso apontava como lacunas a bibliografia especializada se comparada àquela já estudada em outras regiões como nas Antilhas Britânicas e especialmente nos Estados Unidos Ainda tinham entre nós caráter pioneiro os poucos trabalhos daquela oportunidade A unidade da agricultura demografia dos escravos atividades agrícolas e comerciais dos mesmos e suas fortes de resistência e revolta 4 escravidão e abolição no Brasil Sete anos depois a propósito da reflexão acadêmica jamais de caráter comemorativo suscitada pelo Centenário da Lei Áurea 13 de maio de 1888 persistiram aquelas graves lacunas Em duas situações o próprio Ciro F S Cardoso teve como meta fazer um balanço da situação da pesquisa recente e corrente à época da escrita do artigo Escravidão e abolição da economia no Brasil inclusive propõe a economia escravista no qual fatigado certamente explicava introduzindo o problema da regionalização das regiões afrobrasileiras A subdesenvolvimento brasileiro A primeira através do artigo Escravidão a segunda nesta investigações na região da escravidão aprofundando a análise que revelou o seu ocorrido na Universidade Federal Fluminense Ali se verificou uma linha de pesquisa então substituindo ainda hoje substituindo as abordagens convencionais que pretendiam rescrever a história da escravidão da organização do trabalho através de questões como a da terra e das regionalizadas e até localizadas sempre as visões agrárias regionalizadas e até localizadas sempre as visões com as totalidades Em uma desconexão com questões de totalidade e de comunalismo os lugarescomuns da historiografia tradicional acima minimizam as determinações externas esvaziando as premissas circulacionistas negadas também por Ciro F S Cardoso ao concluir o capítulo I Ele diz que todo seu texto não argumenta os ponderáveis e recentes debulhos nem os país que consistem em ver no Brasil colonial e ainda no Império não uma formação econômicosocial uma sociedade propriamente dita mas pp 5758 Em 1981 movido pelo que chamava de próprios interesses tenáticos Ciro F S Cardoso identificava no já citado livro de Otávio Mattoso três grandes atualizações temática sobre escravo no Brasil vida e cultura do escravo mundo dos brancos nascidos diferentes mundo dos negros africanos das negociações resultantes da oposição a diversidade das situações econômicas tanto no Brasil e pelos muitos a diversidade das situações econômicas e das condições sociais o desenvolvimento decisivo da profissionalização dos cientistas sociais o historiador dentre os elaboradores em nossa Brasil e mulatos ou da sua inserção em estruturas econômico sociais diferentes particularmente quando houvesse como no 105 introdução concluiu Isto se intensificou sobretudo a partir da década de 1970 com a proliferação dos cursos de pósgraduação e também o surgimento de mecanismos mais regulares e eficientes de financiamento e apoio às pesquisas p 103 Recentemente o desenvolvimento das pósgraduações e das ciências sociais e dos historiadores nos cursos de pósgraduação no caso específico do Grande Rio foi deveras estimulados introdução Se tornaram bem menos freqüentes do que no passado as obras de intenção descritiva avessa aos debates teóricos e interpretações Por outro lado avessa aos debates teóricos e interpretações Por outro lado uma espécie de desencanto político motivador de uma tendência péce da problemática do sujeito de uma crítica não só da concepção da concepção da história mas de qualquer visão totalizadora da história e do social presente na autoproclamada Nova História pp 103104 Metodologicamente a re escrita reescrita da História da Escravidão e da Abolição vem sendo mantida por uma tendência muito positiva aos estudos regionais não obstante o enfoque comparativo para a história dos Estados Unidos e no Caribe vem apresentando cessante à citação de Adam Schaff suscitadora da intensa reescrita re escrita da História ao pretender justificar a Colação Júbilei Escravidão e Abolição no Brasil Novas Perspectivas como um presentismo croata de subjetivismo e de relativismo a História sendo apenas uma criação a priori do historiador Estamos mais próximos do que Adama Schaff chamou perspectivismo segundo qual as verdades históricas são verdades parciais socialmente e historicamente determinadas o que não as impede de ser nestes limites verdades objetivas Na perspectiva marxista a verdade é considerada não como estática ou verdade absoluta mas como processo dinâmico em constante cessão e interrupção infinita sem necessariamente terminada nunca Cada ponto do seu processo não termina nunca Cada ponto do seu conhecimento é limitada não sendo como está JOSÉ LUIZ WERNECK DA SILVA julho 1988 escravidão e abolição no Brasil Uma a proposta da emancipação de escravos optativa e legal na década de 1870 na primeira metade da década de 1880 proposta da Abolição da escravida Outra imediata por sua vez hegemonia da chamada do final da década de 1880 compulsória A passagem de uma proposta para outra se liga às questões suscitadas pela clássica divisão binária imaginário A questão segundo os argumentos de Lutras da Abolição sobre a abolição e o abolicionismo estruturas econômicosocial e a história O autor não entende porém relevante avaliar historicamente o que será uma análise de conjuntura articulando o abolicionismo e o imigrante as aspectos de lutas de classes que possam ser republicanas os militantes ao projeto liberal de 1889 e ao cardo temáticos prefeitos para discutir acordadamente os emendas sobre a Abolição e Conclusões re escreverem sem cessar sobre a Abolição grafia do que se re escreveu sem cessar sobre a Abolição em nossa país mesmo sendo verdade que tal processo ainda não está 10 caso do sul a presença do branco imigrante por fim a maleabilidade das alfarrías e do destino dos libertos caminho para a reversão das estruturas da escravidão e da mentalidade dos senhores escravos com seus desdobramentos na sociedade pósescravista Sete anos depois no capítulo 2 F S Cardo histórico e rigoroso estudo completo do Problema Histórico no capítulo 2 F S Cardo como sentese na sede que oferece um estudo comparativo do incapaz mesmo que seus próprios trabalhos de pesquisa e restauração são mais sobre o estudo comparativo e temáticas políticos políticos e judaica importantes correlação por Abolicionismo Não são duas propostas da classe tanto avaliar historicamente as desservizações da economia se dominante para enfrentar a desservização da economia capítulo 1 Novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil Ciro Flamarion S Cardoso organizador João Luís Ribeiro Fragoso Hebe Maria Mattos de Castro Ronaldo Vainfas Tema já muito frequento em nossas historiografia a escravidão tem sido interpretada de diferentes maneiras de ângulos extremamente variados Neste capítulo queremos ocuparnos de algumas das perspectivas mais recentes sobre uma seleção de aspectos referentes à sociedade escravista lançando também ocasionalmente um retrospectivo a algumas visões anteriores novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil À procura daquilo que quase se poderia chamar de pecado original o sentido da evolução do povo brasileiro Caio Prado remonta à expansão marítima e comercial européia iniciada no século XV Em outras palavras enquanto tal sentido significaria distinguir o descortinamento e a posterior estruturação da sociedade e economia coloniais como capítulos da história comercial européia excedente colonial pela burguesia comercial metropolitana imperdeim a economia colonial acumule endogenamente Des velvida uma lógica própria a economia colonial seria na verdade a outra face de um modo de produção capitalista em instiuição Para tanto se lha subordinada o trabalho colonial ao capital na metrópole pois porque a escravi tude ao capital o modo de produção Nas Colônias há formalmente capitalismo por que a escravi tude ao capital é Ciro Cardoso e dO capital industrial exporú or críticas de Caio Prado Junior e Fernando Novais entre outros nos limitaremos a indicar duas 1 a acumulação primitiva de capital é um processo que se faz por meio de três mecanismos interligados send estranhos ao pensamento de Marx o privilégio o acúmulo da acumulação mercantil e da pilhagem colonial em detrimento dos demais princípios e da exploração de camponeses artesãos movimento que resultaria na constituição das relações capítas listas de produção 2 o capitalismo enquanto modo de produção domina te só aparece plenamente no século XIX ao contrário da con cepção que pensa Cardoso de Mello inexistindo algo que possa ser chamado de capitalismo comercial Es portanto temário explicita a racionalidade do sistema colonial do mecanismo a partir do qual a nova ordem mercatória transforma e torna a história toda uma cadeia teológica por es trossim obras que se ocupam do tráfico escravista e da indus trialização provam que a participação direta do primeiro no capital que quer a Revolução Industrial inglesa está so mente 011 ao exclusivo comércio estudados para o mundo colonial hispânico e francês tendem a mostrar que este mecanismo não era tão efectivo como se esperava 21 Ao longo dos anos 70 e 80 supõem também que lançava pés quisas e abordagens Já em 1973 K Maxwe II lançava uma nova luz sobre a economia de Minas Gerais no século XVIII 23 novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil escravidão e abolição no Brasil os principais mecanismos de reprodução do modo de produção eram o tráfico africano os Estados Unidos consti tuído uma exceção e diversos fatores extraeconómicos 14 Segundo uma linha de raciocínio próxima à de Cardoso Jacob Gorender 15 considera a escravidão uma categoria ideá lica e trata a escravidão colonial em um tipo de análise parte do modo de produção colonial 16 relações sociais de produção e forças produtivas ao invés de privilegiar a circulação 5 Ba sandose em grande medida na história das economias semi senquis de época Gorender procura formular leis de funcionamento para o escravismo colonial O curioso entretanto é que em passagens de sua mais importante trabalho encontram algum mas das teses básicas do trabalho de Novais Tal é o caso da inesprsividade do mercado colonial e da determinação externa das flutuações coloniais 18 Antonio Barros e Castiso apesar de em certos aspectos se distanciarem das dos dois últimos autores também buscava dar outra interpretação ao sentido da colonização Para ele instalado o aparato produtivo escravistamercantil o seu objetivo maior asenta seu sentido se quiser Ine é agora inca mentnte atender às suas múltiplas necessidades garantindo a sua reprodulo Em tais condições o comércio é estruturalmente reco nhecido pelo interesse mercantil bem como os fluxos e a fro tação de ter interesses mercantis estabelecem ao nível da produção 17 Escrito em meio ao debate que se instalara nos anos 70 o trabalho de João Manoel Cardoso de Mello levária ao limite algumas das ideias de Caio Prado e F Novais 18 Segundo Car doso de Mello é impossível falar de um modo de produção escravistacolonial que não seja mercantil nas passagens de ag regação colonial que à endogeniza fornecimento do trabalho pelo escravo se faz via tráfico internacional e este é controlado pelo capital mercantil metropolitano a apropriação e o controle do 22 nova perspectivas acerca da escravidão no Brasil produção eram o tráfico africano os Estados Unidos consti tuído uma exceção e diversos factores extraeconómicos 14 Segundo uma linha de raciocínio próxima à de Cardoso Jacob Gorender 15 considera a escravidão uma categoria ideá lica e trata a escravidão colonial em um tipo de análise parte do modo de produção colonial 16 relações sociais de produção e forças produtivas ao invés de privilegiar a circulação 5 Baseandose em grande medida na história das economias semisenquis de época Gorender procura formular leis de funcionamento para o escravismo colonial O curioso entretanto é que em passagens de sua mais importante trabalho encontram algu mas das teses básicas do trabalho de Novais Tal é o caso da inesprsividade do mercado colonial e da determinação externa das flutuações coloniais 18 António Barros e Castiso apesar de em certos aspectos se distanciarem das dos dois últimos autores também buscava dar outra interpretação ao sentido da colonização Para ele instalado aparelho produtivo escravistamercantil seu objetivo maior seu sentido se quiser Ine é agora inca mentnte atender às suas múltiplas necessidades garantindo a sua funcionalidade Em tais condições o comércio é estruturalmente reco nhecido pelo interesse mercantil bem como os fluxos e a fro tação de interesses mercantis como os os da estabelecem ao nível da produção 17 Escrito em meio ao debate que se instalara nos anos 70 o trabalho de João Manoel Cardoso de Mello levária ao limite algumas das idéias de Caio Prado e F Novais 18 Segondo Car doso de Mello é impossível falar de um modo de produção escravistacolonial que não seja mercantil nas passagens de ag regação colonial que à endogeniza fornecimento do trabalho pelo escravo se faz via tráfico internacional e este é controlado pelo capital mercantil metropolitano a apropriação e o controo do 23 Este autor demonstrou a inexistência de uma decadência pósminerações do que isto constatou o peso de produções escravistasmercantis voltadas para o abastecimento interno Outro pesquisador Roberto B Martins20 provou que a maior produção escravista do Brasil no século XIX era nas Gerais que em 1819 concentrava 152 da população cativa e que chegaria a 245 em 1872 sendo que 75 de seus escravos em 1874 estavam voltados para atividades nãoexportadoras Encontramos o fenômeno no Rio de Janeiro até as áreas nãoexportadoras do município ligado ao mercado interno no período 18721881 incorporava cativos a uma taxa média anual de 30 segundo a de Vassouras munição cafeteiro 05 ao ano21 Ainda a esta linha historiográfica convém acrescentar a R Goerlstein que que apontou para as questões de consumo e de produções voltadas para ele22 Assim sendo pesquisas de primeira mão tendem pois a pôr em dúvida os esquemas explicativos para a escravidão antes mencionados Em especial sobre o seu aspecto exportação não apenas associadas à agroexportação mas também servida de base para as produções ligadas ao abastecimento interno Este fato que será considerado com maior detalhe na seção seguinte deste capítulo por sua nova acepção assume tanto o capital capitalista do mercado interno ponto da confluência inexpressiva que defende o sentido da colonização sublimada por aqueles que defendem a plutocratiac ou a plutuação bissemêntada As pesquisas acima apontam para outras como as que comprovaram a presença de famílias estáveis de cativos nas fazendas brasileiras27 Os trabalhos de S Schwartz demonstram a difusão da propriedade de escravos entre diferentes categorias sociais da população livre28 Temos ainda os estudos sobre a agricultura familiar pobre em que Barbosa o trabalho campesino pode aparecer combinado ao do cativo29 Para tais aspectos remetemos também à próxima seção do capítulo pelo menos 1825 no Rio de Janeiro os preços dos alimentos ligados à dieta das classes populares dos escravos apresentam uma taxa média de crescimento anual superior do açúcarbranco exportado As saídas de reses toucinho e carne salgada de Minas Gerais cresceram entre 1818 e 1821 período durante o qual aumentaram as saídas de porcos pelo mesmo registro crescente a uma taxa anual 174 superior à das saídas de café 122 pelo porto do Rio de Janeiro e Pernambuco entre 1799 e 1821 temos o próprio crescimento em 1598 entre 1799 e Rio de Janeiro ampliou sua população das Mortes área voltada para o atacado minerária interna em 1776 1842 a sua munição de habitantes aumentou continuamente em 158 ao tráfego no aumento de cativos de 1795 a 1830 entraram mais de 650000 africanos no porto carioca a taxa média anual de 51 De 1815 até 1830 portanto já nas fases do movimento Kondratief as importações de africanos cresceram a uma taxa anual superior a 428 A eloquência destas cifras dispensa qualquer comentário sobre os esquemas apresentados para explicação das relações das flutuações coloniais Ao contrário quer que elas afirmam a queda dos preços internacionais não levou na época em que certas a uma retração da agroexportação ou flutuações coloniais dentro da região Sudeste a forte e total permanência do escravismo permanece por certo até nas flutuações coloniais Por outro lado a coerção extraordinária da pauperização estrutural e sob o escravo é regulada por inúmeras autocetações ditos por Pradel do sobreextorsão do sobretrabalho online 9 4 5 4345 aqui extorsão do sobretrabalho é mais o resultado de relações de poder sendo o produtor direto cativo de outrem do que de relações econômicas Este fenômeno compreende portanto duas sociedades subsoltas uma a do cativo e outra já que elas exercem função de relações de produção o escravo contudo além de ser propriedade de outrem é também uma mercadoria que em princípio o transformou num produtor mercador O paradoxo deste fato implica a importância decisiva na reprodução o mercado adquire uma de subordinação no tempo e uma daquelas relações sociais de subordinação no tempo o segundo tada pelo cabotagem já nos séculos XVII e XVIII sabese que a Bahia recebia gêneros vindos de Sergipe44 Isto significa que a exportação se constitui em um mercado para os setores escravistas ligados ao mercado interno Assim sendo a economia escravistacolonial não fora senão um mero reflexo de determinações externas e nem se resumiria à agroexportação Na verdade a montagem da cafeicultura enquanto sistema agrário escorouse no escambo ao lado do único fenômeno passível de crescimento e mesmo da sociedade colonial por isso este tipo durante os primeiros 50 anos do século passado Na passagem para o XIX encontramos algo semelhante com a formação da agricultura cafeeira em Campos e West 1777 a 400 e 714 das doações de sesmarias corresponderam ao período 1780182024 Tais dados além da contradição nas opiniões que negam a existência da repressão à montagem cafeeira como uma manifestação da superexploração que ligados a colonos assumiriam recriação da sociedade e um fenômeno ligado à contínua recriação da sociedade não tendo áreas de fronteira E a partir disto a produção e apreduta interna e apropriação interna e deveriam resultar inintimamente de acintenta estarmos mesmo que as relações contrárias do capital de piratão do trabalho numa sociedade não restrito Ao contrário exercem condições econômicas no sentido estrito Ao contrário exercem piratismo para o qual a coerção extraordinária do moeda por meio causada estrutural do estrato social de trabalhadoras companesas geravam uma frágil divisão e a presença de monopolinistas e uma precarização capitalista com a divisão do trabalho e uma trazida na presença da coercão extraordinária do trabalho se tornam estruturas autodetermimadas induzindo situações critic para o mercado imperfeito49 e no endividamento como momento frequente no funcionamento das empresas e tradados tal grupo da lei das correspondência subordinado a lei dos escravos A reposição do sistema de tráfico entre 1811 e 1830 era motivo da produção 479 do mercado menos dos 36 tráficos das relações dos ViceReis e depósito líquido dos comerciantes é grosso tratado no Rio de Janeiro em 1799 segundo banos e ruas voltados unicamente para a garantia da subsistência o fornecimento de escravos só se fazia em grande escala onde houvesse demanda capaz de justificar um fluxo regular do tráfico de cativos A presença da pequena dimensão desta demanda em Goiás explica que apesar de sua localização bem para o interior o escravo fossa ali menos valorizado que em Minas Gerais ou no Rio de Janeiro Esta menor valorização parece passar não somente pelo mercado mas por questões que indicam a marca das relações sociais que estruturavam a vivência da região do tráfico negreiro proprietários da região do tráfico negreiro Também em relação ao município de Caiapivary notamos que os estoques de escravos após a metade do século XLIX os maiores produtores globais após a metade do século XLIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais foram mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo em 1850 Foram pequenos produtores em grande parte voltados para uma produção de autosubsistência com plantéis inferiores a cinco escravos os que preferencialmente deles se desfezerm Dados foram encontradas por Sheila Castre Fairclough Camadas do Açúcar e Açude do Norte Fluminense o tráfico interno parece ter engendrado um circuito de concentração de propriedade escrava que se acentuava por áreas cacaeiras e cafeeiras Socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a prec se faz da sociedade escravista começa a ser alterada Se uma certa visão da plantatio consolidou a partir da generalização de certos relatos sobre unidades produtivas exemplares mais do que exemplificadoras de uma determinada realidade social e econômica o gênero de discurso depositado pelo historiador como Antônio Sérgio da Condé 1970 p 209234 tem levado a uma estratificação social como fonte privilegiada Se não há divisões quanto ao papel e a posição da escravidão enquanto instituição social entre senhores escravos e homens livres pobres que começa a parecer pouco realista2a pondo em questão mesmo a ideia de uma clara demarcação entre esses grupos sociais em especial entre os senhores na sociedade escravista O discurso da época em suas diversas expressões políticas jurídicas literárias etc revela de certo modo as formas pelas quais a sociedade escravista foi pensada ou apreendida pelos contemporâneos O mundo dos viventes como se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este 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época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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largamente difundido por todo o período escravista no tocante ao solo nem sempre estabelecendo uma fronteira bem definida entre riqueza e pobreza Na análise de Guimarães Reis a partir da localização das senzalas em Minas Gerais percebese que a simples posse de escravos quase sempre precedia o pedido de concessão Em nossa pesquisa sobre Capivary na Província Fluminense localizamos proprietários de terras extremamente ricos que se apropriavam de ampla aldéia ou de pequenos núcleos localizados em situações diversas atendendo às diferentes funções necessidades ou intenções habitantes daquelas áreas Estes senhores poderão ser em termos gerais classificadas como proprietários de escravos livres ou autônomos que instituíam em suas casas ou fazendas a fina delimitação daquilo a que convencionaram chamar plantation a propriedade a hierarquia e a mobilidade espacial22 Sem romper com esse sentido geral de uma sociedade rígidamente estratificada os senhores escravocratas guiados segundo alguns autores têm considerado estes últimos como camponeses ou pequenos produtores têm o ponto de vista simplifica eternizando a diversidade da organização social mais complexa ignorando a diversidade de escala espacial social e temporal gerada pela multiplicidade de situações de trabalho fundamental gerada pela múltipla aplicação de mercados locais e regionais Apesar disto parece certo que se pode identificar no Brasil escravo como uma caracterização de um camponês legítimo ou supletivo e cristão no sentido estrito japonês do termo Isto ao mesmo tempo comprova a autonomia dos produtores diretos associada à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência econômica Em diálogo no social que diz respeito aos mercados para sua reprodução social25 Durante a vigência do trabalho escravo as facilidades de acesso da terra e o recurso ao trabalho da família penimitam aí quem o quisesse o estabelecimento de um rogado que gerasse um excedente passível de ser trocado pelos produtos necessários antes da extinção do tráfico africano em 1850 escavaiam por permitir em algum momento a compra de um ou dois escravos o que não isentava necessariamente a família do trabalho nem rompia com o fato de ser a autosubistência o fim último da produção a não ser escravidão e abolição no Brasil forma fora das áreas paulistas que recorreram à imigração suburbanada a redução dos níveis de autonomia do campesinato durante ou após a vigência do trabalho escravo conforme as condições de controle efetivo sobre o escravo fundiu a viger na cada comunidade agrário regional consistiu num movimento básico que permitiu a adaptação do trabalho dos brasis os voltados para uma produção eminentemente comercial níveis as possibilidades de acumulação mesmo se em diferentes circunstâncias cenários mais sólidos com a estrutura pequenos ou médios fundos de laços mais sólidos com a estrutura pequenos ou médios fundos de maracados pela substituição a autosubistência fortemente marcados pela rigorosamente razoavelmente ampla23 Escravidão ideologias e sociedade Em seu admirável ensaio The world the slaveholders made Eugene Genovese afirma que Antigo Sul foi o que chegou mais perto de produzir uma autêntica escravocrata genuina e somente ele pode gerar uma filosofia escravcratista razoavelmente ampla 24 22 23 24 É com efeito numa época em que os ideais de liberdade igualdade e fraternidade triunfavam em toda parte cultivados inclusive pelos letrados e políticos de países democráticos solidários vistas os intelectuais do velho Sul foram realmente originai em sua ousada defesa da escravidão Homens como George Fitzhugh Harriet Beecher Stowe Henry Adams e outros panfletários dos anos 1850 são imitares da América que ainda hoje têm admiradores di de que os escravos apesar de homens eram legítima propriedade de seus senhores nem se ativeram ao argumento prático desmoronarse o trabalho escravo a economia algodoeira ira fazer da escravidão um bem suportado além não só pelos vais justa e genuinamente cristãs como esboçaram uma cri a exploração selvagem das ideias burguesas denunciando tíca capitalista e as ideias norteamericanas defendendo os operá rios indústriais na Inglaterra ou nos estados iranques do Norte a despetido da falsa igualdade apregoada pelos liberais 25 25 20 21 22 23 24 25 46 47 novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil É certo que a sociedade sulista de meados do século XIX apresentação em numerosos aspectos uma escravidão peculiar em relação ao restante da AfroAmérica Em nenhuma outra área escravista encontramos o exemplo do sul uma outra semelhante também marcada por muito rigor e repressão capitalista brinquito da região torna a única típica capaz de escravos a ponto de apresentar uma tendência ao crescimento vegetativo da popula são escrava Consolidada em uma época em que o tráfico afroamerica no que não incluía portanto as crianças nascidas em cana são escrava Consolidada em uma época em que o tráfico afroamerica do as questões relativas à escravidão surgiram menos violentas e médias planaltos assim podemos chamálos de dominado pela escravista ao contrário do que se vinha dizendo anteriormente Elliot Zelizel pelas estudos de Fran Tamoney também têm permitido reavaliar a escravocrata gestantes e alimentadas informe a expansão territorial do tráfico interno nacionalizado conforme a expansão territorial do tráfi sistêmico leva a avanços as vésperas da Guerra Civil enco para nova terra pensa que seja da vogal das três guela do réi algodão anexaçães ao territários plantadores do Novo Mundo quando muito Em contrapartida jamais achávamos escravos mais integrados no sistema organizacional em plena Guerra de Secessão escutanarse de rebeliões planas pequenas periodicamente quando muito fugir para o Norte abolicionista onde não raro terminavam recrutados pelo Exército da União sulista nada disso empírica a originalidade do discurso na Afinal antes de traduzir politizar norteamericana realizada escravidão Jefferson ilustre redator da Declaração dos Direitos do Homem considetaria a instituição da escravatura à maior violação da natureza de todos os indivíduos ilnor de felicidade embora se não defendeu a escravidão também não lutou pela sua extinção Mais ou menos na mesma época novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil que apresentassem condições de continuidade que garantissen uma vaga além da simples reprodução da força de trabalho Quanto esta barreira era ultrapassada tendiase a ampliar o plantel de escravos transformandose o camponês em pequeno produtor escravista Está claro entretanto que durante o ensaio livres pobres da nossa historiografia E nesta autonomia firme enquanto agentes econômicos autônomos os imprecisos homens a grande produção escravista que vimos um elemento básico para o discurso dominante Mesmo que funcional à reprodução da sociedade na me dia em que excedentes de sua produção complementavam a produção escrava voltando para seus donos a classificação possuía uma última conotação impones na manutenção de uma enorme massa de homens livres ou libertos fora do controle direto dos grupos econômicos dominantes Señalores de sua força de trabalho que facilmente poderiam sair por conta própria da política econômica dominavam tais aptos como eram ditos pelos próprios senhores pelos seus próprios escravos Trabalhavam regulamente para outrem os approvimar da dita disção de escravo o negar ao negarem se fazêlo afirmouse vadios na vigência da população escrava Muitas vezes se tem afirmado que como a negdação do trabalho Idleness animava a confiança como escravo quando se aproximaria da animação da corre ta quando se acrescenta a negação no ocaso para outrem Esta associação entre a negação da força de trabalho e a condição de escravo imediatamente ressaltou em Capivary que se agro era representante do instalavança na lavoura e nos negócios comerciais que envolviam situa novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil de vivência impunha à possibilidade de se contar com uma força de trabalho regular e disciplinada Em todo caso as rela ções de dependência pessoal para com os grandes proprietários mediados por funcionários não se sustentavam sobre a base rígida da escravidão nem tampouco do trabalho escravo Eles voltados para uma produção eminentemente comercial níveis os quais as possibilidades de acumulação mesmo se em para os pequenos ou médios fundos laços mais sólidos com a estrutura da comunidade regional que muito pela estrutura socioeconômica fortemente marcados pela os voltados para a autosubistência fortemente marcados pela mobilidade espacial na instrução religiosa dos negros e especialmente na reforma moral da casagrande inglória ambição capaz de tornar o senhor da casagrande um exemplo de pai a ser obedecido pelo escravo A respeito de viverem os cativos na mais completa devassidão escreveu por exemplo dos negros à escravidão Se não faltassem numerosos discursos legitimadores elaborados pelos jesuítas nos séculos XVII e XVIII bastaria um certo parecer de Antônio Vieira sobre a conveniência de se ministrar o batismo aos temíveis quilombolas de Palmares em 1601 para compreendermos a engenhosíssima união entre missão conversão escravidão e batismo Após anular o único argumento contra o batismo Vieira sugeriu apenas hipóteses de se ministrar qualquer sacramento aos rebeldes ou bem retornavam à obediência de seus senhores ou bem lhes concedia liberdade de consciência pois os pecadores mortos que não podiam ser baptizados nem integrados à comunidade de Deus Como de nenhúm reconhecimento que imaginou haveriam os quilombolas de retornar para a escravidão e o batismo por isso mesmo temerário e inútil seria a total destruição do Brasil Conhecendo os demais negros que por este meio tinham conseguido ficar livres cada cidade cada vila cada lu gal a cada ano contava com outros tantos Palmares fugindo e passandose aos matos com todo seu cabedal que não é mais que o próprio corpo 114 seria a vez do célebre José Bonifácio nosso Patriarca da Independência apresentar à Assembleia Geral Constituinte sua opinião de que a escravidão não deveria ser abolida imediatamente Cumpria pois sob pena de verse arruinada a economia nacional capitarnos então tormentos e cativos dignos da liberdade emmacruçados gradualmente e a 0ou mesmo honrar os contratos entre senhores e escravos de modo a não corromper o sagrado princípio da propriedade individual101 E ainda bem Pois o estudo histórico das ideologias e mentalidades por exemplo só teria a perder com o eventual desinteresse por História Econômica e Social Na terceira seção do capítulo Ronald Valença apresenta os jesuítas como leitura obrigatória da classe de senhores de escravos por mais que criticassem e possuíssem vários níveis e aspectos aos senhores leigos estes últimos e os religiosos convergiam particularmente nos interesses da aristocracia questiona a Vântia de quando ao fato da escravidão ser o duplo apoio dos cruzados à Lda ContraReforma Outra questão é o senhor colonial ao Peregrino da América no século XVIII quando este indignado investia contra o estorno infernal dos caudilhos que botijas de canaço para nosso amor tradicional o que lavava mais o sono papel dormo ou sossego sinal de que os negros se distraíam com folguedos em vez de turdirem rebeliões 117 Com a única exceção de Antôni que não viu problema nos bailes e reis negros desde que os escuraos também fossem sujeitos14 os famosos religiosos da Companhia testemunham a prisão de todas as luandas afastandose radicalmente dos costumes sêniorais Tolerantes ou complacentes os inaciãos jamais lograram dobrar a resistência dos senhores a um projeto que os afrontava em seus domínios implantando fundadas aspirações no estilo da colonização e nos hábitos sêniorais privatismo 110 da Companhia esbarrariam pois no tradicional privatismo na arrogância de nossos antigos senhores e relegadas à ingloría pregão não ultrapassariam o nível da utopia ideológicatutória conservadora e totalizante do dogmatismo comprometida com a inautenticidade da ordem social na Colónia e com a aculturação tida que seus autores pretendiam disseminar no trópico português escravidão e abolição no Brasil como origem de pactos diabólicos e de cumplicidades ameaçadoras da ordem senhorial Já para a grande maioria dos senhores o melhor era preservar a serva e resguardála pelo costume supliar exemplicadamente os escravos para as festas dos demais fazêlos trabalhar e respeitar o senhor o bom negro e o bom criadô 116 para manter para sua subsistência os domingos feriados deixei enfim que distancia a incômoda presença dos padres fontes dos escravos continuassem sua atuação afinal Nunca seguir para assegurar que tuques e calundús fonte demais lembrar este propósito a resposta que deu um senhor colonial ao Peregrino da América no século XVIII quando este indignado investia contra o estorno infernal dos caudilhos que botijas de canaço para nosso amor tradicional o que lavava mais o sono papel dormo ou sossego sinal de que os negros se distraíam com folguedos em vez de turdirem rebeliões 117 Com a única exceção de Antôni que não viu problema nos bailes e reis negros desde que os escuraos também fossem sujeitos14 os famosos religiosos da Companhia testemunham a prisão de todas as luandas afastandose radicalmente dos costumes sêniorais Tolerantes ou complacentes os inaciãos jamais lograram dobrar a resistência dos senhores a um projeto que os afrontava em seus domínios implantando fundadas aspirações no estilo da colonização e nos hábitos sêniorais privatismo 110 da Companhia esbarrariam pois no tradicional privatismo na arrogância de nossos antigos senhores e relegadas à ingloría pregão não ultrapassariam o nível da utopia ideológicatutória conservadora e totalizante do dogmatismo comprometida com a inautenticidade da ordem social na Colónia e com a aculturação tida que seus autores pretendiam disseminar no trópico português Tendo combatido por muitos anos as posturas que enfatizavam uma unidade e uma espécie de metrópolecolônia um centrounilateral unitariamente dominado de relações mercantil históricocapitalismo e comércio e mais em geral históricocapitalismo como locus explicativo privilegiado a circulação mercatória e a onda de cédulas em todas as estágios dos seus movimentos que ao negociar conosco caseiros ou os índios da região eram tratados como mercadoria embora numa ênfase unilateral Mesmo se as análises cujos resultados foram aqui resumidos são às vezes delimitadas e tratam elementos e partes não esgotam por fora o que interessava na totalidade empurrados para um primeiro plano as determinações de dependência colonial e neocolonial e as determinações e condições implícitas estes fatores demonstrado a dúvida implicava ainda como questão a ser pensada esta minha dúvida Sejamos como foi é bom lembrar que não foi só no relativo ao Brasil que tendências por nós assiduamente criticada se enfraqueceram e desapareceram no histórico da América Latina e do Caribe uma espécie de reduzida históriauniversal limitada e assertiva do jazz do século XX Hora desmentida e impetrubada por cantos de concretas destinadas de pesquisas criativas e originais mostrando que longe do que a vista atázios remanescentes de uma tendência historiográfica que agoniza o que podemos verificar é a dinâmica persistente de um vigoroso movimento intelectual As seções precedentes deste texto fornecem finalmente argumentos ponderáveis contra uma tendência ainda bastante foragarrida neste país embora sem dúvida já enfraquecida se comparar cativos da África foi acontecendo em datas bem variadas entre 1808 e 1865 aproximadamente segundo um jogo complexo aproximado externos como a resistência os interesses e denúncias algumas constantes externas dos fatores estes bem variados certamente cujo debate não percebeu a contrariedade absurda ou razoável à obra de uma região ou cultura das Américas Seria também absurda a inclusão em países mações como as implicadas pelas reformas liberais entre as que votavam para o México e Guatemala antes deamos com as justas críticas internacionais anteriores ao capital estrangeiro e as influências externas que não fossem atraamente comércias ou ligadas a empréstimos negociados pelos governos puderam penetrar em Espanha e o duplo apoio produtivo das classes hispanoamericanas não foi capital financeiro complicou o processo de transição uma intervenção formal teve liberado mas não se poderia desarmar uma naturalização mais estável no mercado santas fontes pelo menos no setor de mineração britânico no México e em outros países após a independência da Espanha de prata nos primeiros anos mesmos capital e as emprestas orgias por aí européia não eram capital e as mesmas eram presas a mudança das estruturas econômicas e sociais locais12 Neste ponto portanto as concepções históricas seguiram entre nós sensíveis e autores semelhantes aos que vêm trilhando histo Ao concluir na primeira seção deste capítulo sua síntese historiográfica antes de apresentar suas próprias interpretações João Luís Fragoso salientou que às pesquisas de base sobre o quotidiano e a resistência que antes não haviam sido infelimente em seus primeiros passos De uma maneira geral a afirmação se nos afira correta sobretudo se compararmos com os estudos nacionais acerca dessa vasta temática bibliografia disponível para o Sul de Hebe Maria de Castro índice de análises e discussões antigas com a de Hebe Maria de Castro o perfil do homem livre no escravismo brasileiro A escravidão fora das grandes unidades agroexportadoras A produção historiográfica sobre a escravidão no Brasil tem aumentado frequentemente particularmente a partir da década de 1970 como grande unidade produtiva e modelo da organização social para a escravatura Diversos estudos recentes entretanto têm levantado novos dados que permitem descortinar uma estruturação social bem mais diversificada que a velha e conhecida organização social bem mais complexa e menos concentrada de escravos que a tradicional dos grandes complexos urbanos Fora da plantation estava obviamente o escravo das zonas urbanas Até a primeira metade do século passado a força de trabalho escrava nos centros urbanos era totalizada pelos serviços urbanos Escravos gângbô e cativos alugadaos faziam funcionar os portos o transporte o comércio ambulante o serviço doméstico e os mais variados ofícios artesanais especializados A situação do escravo nas cidades impõe a formulação de uma série de questões sobre os vários setores da população escrava da consciência da organização relações que se evidenciam no estudo das massas escravizadas aspectos que apresentam sob todos os ângulos diferenças quando comparados à apresentação rural Tais diferenças bem como as diferenças relativas à condição do senhor de engenho à aluguel de cativos têm suscitado algumas pesquisas Daí a temática relativa às peculiaridades da condição escrava no espaço quando possível as fontes seriás e maciças a exemplo das cartorárias e paróquias E não só É necessário se debruçar sobre a historiografia internacional relativa às sociedades coloniais do Novo Mundo em especial os estudos ligados à escravidão no sul dos Estados Unidos na Antilhas até a lendária virg só nos trouxe que são atualmente publicados quinze periódicos especializados na temática da escravidão 33 contudo entretanto transitase em forma natural para questões mais gerais atinentes à diversidade das condições de utilização do trabalho escravo no Brasil Em tese de doutoramento sobre a vida dos escravos na cidade do Rio de Janeiro durante a primeira metade do século XIX Mary Karasch concluiu que a elementar realidade da convicção difundida de que a propriedade escrava no Brasil apresentavase em todo o período escravista extremamente concentrada Em sua pesquisa ela detectou a existência de pequiondas ou alugados de cuja exploração retiravam o principal de seus rendimentos Tal fato evidencia que a propriedade escrava era essencial uma parcela da população livre mais ampla do que a tradicionalmente imaginada À mesma conclusão para o final do período colonial chegou Stuart B Schwartz em relação à zona agrícola do Rio de Contado a principal faixa agroexportadora da Colônia Bahia entrando efetivamente para a historiografia governado de Bahia Conde de Arcos em 1816 concluiu que na maioria os proprietários daquele região possuíam menos de cinco escravos a maior parte dos cativos vivia em unidades produtivas com menos de 20 escravos50 Outro ponto a ressalta a difusão da propriedade escrava para além da agroexportação Distritos do sul do Recôncavo voltados para a cultura da mandioca da maniçoba se caracterizava pela menor concentração de população escrava listada Os distritos açucareiros apesar de concentrarem dois terços dos escravos da indústria engenhos e trabalho escravo associavamse a agroexportação uma diversificação interna tanto do ponto de vista espacial com pátio da fazendas voltadas para culturas alimentares como do ponto de vista social Faquintanto um senhor de engenho possuia em média 655 escravos um lavrador de cana tinha 34 105 Esta diversificação fazia com que o número médio de cativos por proprietário na região não fosse superior à 129 nas paróquias analisadas Esta observação aparece terceira restringido ao Recôncavo segundo argumenta Schwartz devese ao fato do número de cativos por propriedade escrava no período ele estudia Para Minas Gerais entre 1718 e 1804 Francisco Vidal Luna também destaca a difusão da posse de cativos considerando que predominavam entre os proprietários plantéis de um a quatro ou poucos possuindo mais de quarenta a maior parte no entanto presume do autor um quarto dos que têm no Recôncavo demonstra em 1804 70 deles com até 12 cativos e em seu conjunto definham contato da população cativa do seu Novamente se destacam pois os mesmos dados um pequeno número de proprietários com um grande número de escravos ligados à agricultura uma grande difusão da propriedade de plantéis das limites da agroexportação e uma diversificação espacial e social dos limites da propriedade bastante complexa evidenciada pela expressiva presença de meia dúzia de produtores possuindo de 5 a 20 escravos que se consideravam requisto com o específico proprietário considerando mais de dois terços da população cativa de São Paulo no início do século passado50 É impõe de todas essas considerações Uma conclusão é a obtida por Robert Conrad derivação da ponto da existência do tráfico africano que aportava no Brasil possibilitando a utilização oferta de escravos no extremo elástico muito além das fronteiras da plan tation exportadora O trabalho cativo muito além das fronteiras da plan tation exportadora Outras questões no entanto enfrentam os pesquisadores uma vez constatado esse padrão de posse de escravos dife 35 rente do modelo extremamente diferenciação das estruturas produtivas considerado predominante Em primeiro lugar o trabalho escravo tanto do ponto de vista social baseado no trabalho escravo mais levada em conta para que se possa reconhecerse mais ou menos organizado de estratificação social baseada no novo quadro que a ilusão da abstração sociais no Brasil escravato Plantation Em segundo lugar toneladas se necessstário considerar os dados disponíveis mesmo os esparsos que mostram que a maior parte dos cativos moravam muitas vezes a uma grande distância ao mesmo tempo não ter tido significativa parcela da população livre parece não quará a três quatros acesso a tal tipo de propriedade de um quarto a três quatros da população livre de acordo com o número de famílias que têm estando estimativamente com o estágio e visita como considerar empirica e conclusivamente os chamados homens livres pobres e quais as possibilidades de se falar em um campesionato no Brasil escravista Por fim não se pode deixar de considerar o período brasileiro no Brasil comprendeu mais de três séculos não sendo correto tratálo em um bloco Quais as alterações na organização e estatística social ocorreridas ao longo período e especialmente qual o impacto da extinção da escravidão até aqui discutido no padrão de posse de escravos Concecemos por constatar que a estrutura produtiva do Brasil escravista apresentavase bem menos especializada do que se lhes classificas de nossa história econômica deixavam entrever O problema do abastecimento em Minas Gerais no auge da atividade mineradora tem sido considerado crítico em diversas abordagens em função da concentração exclusiva do braço escravo na busca do metal precioso Uma análise do te das cartas de sesmarias concedidas na região entre 1700 e 1750 revela contudo que era comum a associação da atividade 54 Este perfil do grande negociante é característico de economias mercantis Economia capitalista emergente Civilização malte rial J L R trabalho cit na nota 36 supra Esta combinta 55 ção mercantil é encontrada também na Bahia na produçao agrícola do café no flouy Rao e Smith David Grant Bahian mer chants in the 17th and 18th centuries Journal of Negro Pa nantic American Historical Review LVIII no 4 1973 pp 571 94 56 A importância do escravo na vida dos centros urbanos do Bra sil escravista encontrase fartamente registrada por outros Mattos Kida M de op cit pp 130 9 Emilia Sá de Souza Brasiliense 1982 p 13943 Costa Emília Vista Da escravidão d cidade de São Paulo Ciências Humanas 1982 2a ed parte II capítulo I 57 Cf Karasch M op cit nota 31 supra e Soares Luiz Carlos Urban Slavery in nineteenthcentury Rio de Janeiro London University College London 1988 tese de doutorado inédita Ver Schmidt M Ident 58 Schwartz M Stuart B Padrões de propriedade nota 28 supra 59 Segundo Schwartz idem estes distritos concentravam mais de 60 metade dos proprietários escravos três quartos dos quais pos suindo menos de cinco escravos cada um Cf Luna F Vidal Minas Gerais uma mir uma mulher id as frontei ras da escravidão a economia de alguns centros mi neratórios do Brasil São Paulo USP Instituto de Pesquisas Econo micas 1981 tese doutoral 62 Luna Emília Fernandes de Souza Maria Helena Nery cardoso F A agricultura escravidão e capitalismo no Brasil estudo de um escravo bem escolhido Revista de Es 63 tudos Econômicos XIII no 1 1983 Schwartz Mattos idem op cit 77 Castro Hebe M de op cit Sistema agários em Prata do Sul Reflexões em torno de 1960 1983 dissertação de Mestrado 78 Mattos Hebe M de op cit Schwartz S Cidades do Salvador cit nota 26 supra Schwartz S Padrões de propriedade 79 Ver entre outros Franco Maria Silvia de Carvalho Homens livres e escravos dos a ouro Azão 1974 Souza Larua de Melo e Desclasificados a pobreza mineira no século XVIII Rio de Janeiro Graal 1982 Kowariks Lucio Trabalho e vadigem A origem do trabalho livre no Brasil São Paulo Brasiliense 1987 80 Souza Laura de Mello e idem A polícia e a força policial no Rio de Janeiro Série Estudos vol 4 Rio de Janeiro PUC RJ 1981 mimeografado especialmente capítulo 3 81 França Emília V da op cit nota 56 supra cit capítulo 2 82 Guimarães Carlos Magno e Reis Liana Maria op cit nota 66 supra 83 Castro Hebe M M de Carvalho op cit pp 3174 e 116165 84 Guimarães Carlos Magno e Reis Liana Maria op cit nota 66 supra 85 Castro Hebe M de op cit idem Nancy P Naro que nos ano 1760 temos o trabalho em curso de Nancy P Naro que nos ano 1760 temos o trabalho em curso de Nancy P Naro que nos Mosos Cía 1988 p 65 mais edição do município que foram anos a começo da oppressão 86 A Corte de Apelação 87 Mesmos trabalhos da nota anterior e Fragoso João L R Sis temas agrários um estudo de caso no Brasil colonial ci 15 88 Castro Hebe M M de op cit pp 75115 89 Utilizamos a noção de classificação no sentido empregadado por Laura de Mello e Souza em Trabalho e cidadão 90 Castro Hebe M M de op cit pp 75115 91 Castro Hebe M M de citado na nota 4 pp 3174 92 Idem op cit pp 3174 93 Entre outros Petrobia Vozes 1976 Carvalho Frederico 93 Campaneseas Campaneseas sua participação in Brasil Pesquisas Econo pard Cavalcanti 1970 94 Paz e uma inefficiente economia do campesinato ver Cardoso Ciro F A agricultura escravidão e capitalismo Petrópolis Vo 95 zúes Brasileira 1979 p 52 Ver ainda Schwartz Stuart Perspectives of Brazilian Peasantry review essay Peasant Sudies v 1 n 4 outubro de 1976 96 Castro Hebe M de op cit pp 75115 97 Ciénsicas Humanas 1979 p 17 Castro Hebe M de op cit 75115 97 A função e disponibilidade de terras em cada región No Nort deste este processo parece ter antecedido à extinção do cati vismo enquanto em Minas Gerais e no Rio de Janeiro o pro tério estrutura social México Editorial Nueva Imagen 1980 pp 121123 124 Pensamos em escritos já citados de R Silens FV Luna e outros autores ver como exemplos de uma obra monográfica e uma síntese do assunto cf Schwartz Stuart B Sugar plantations in the formation of Brazilian society The Hispanic American Historical Rev 245 1950 pp 495520 125 Ver Cardoso Ciro F Sociológos nos domínios do Clio nota 123 supra 126 Ver exemplo Um México menos welcome por José Alipo no Duplo 67 01041983 p 10 127 Aguilerei Herbert História das Novas aux USA Paris Editions Sociales 1967 p 49 128 Ravicz Georges The origins and institutional life of slave society Chicago Press 1959 pp 8689 Il Marco della liberazione negra Quaderni Piacentini Piacenza storia delle società di uomini neri Richand 78 Maroon societies Rebel slave com munities The Americas Baltimore The Johns Hopkins Uni versity Press 2a éd Ser escravo no Brasil cit pp 158163 tres ejemplo de Humboldt los Quilombos y el mundo de los esclavos por un lado dos escluidos bastam para evidenciar a necesidad a utopia Lourenço Moura Clovis Os quilombos e a utopia negrobrasilera 1981 ou livro do Melo Leite A história do radio Reis Mécila Azevedo Célia Maria Marinho de Onda negra de São Paulo 1986 Almeida Vilma Medeiros Ferreira e Pereira Jorge imigración das etnias século XIX Para uma visão resumida cf Cardoso Ciro FS e Pérez Brig Hettoni Héctor pp 1321217 História social do Trabalho o cotidiano e a América México en el siglo XIX 18211901 Historia económica y de la 113 Foram poucos a exemplo dos quaders os que assumiram ati tutas antiescravistas com base na doutrina crítica cf Davis David Brion op cit pp 265 seguintes 114 Carta de Pero Antonio Vieira o fidalgo Bahia 2 de junho de 1691 apud Azevedo João Lúcio de História de Al júmen de Tryairi op cit p 372 115 Ver Benci op cit p 51 a quem se credita originalmente as explicações correspondentes apresentadas por professores jesuitas tras duzidas para o português por Antonii simpliricou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni simplificou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni simplificou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni 116 Sobre a importância deste conceito na estrutura da escravidão colonial ver Cardoso Ciro FS Escravo ou camponês cit nota 116 supra 117 Tratase de um texto de Nuno Marques Compêndio narrativo do peregrino na América Rio de Janeiro Academia Brasiliera de Letras 1939 vol I pp 123125 O texto data orig inalmente de 1728 118 Andreoni João Antônio André João Antoni Cultura e opu lidão na Brasil colonial Editora Nacional 1967 119 Sobre o concepto de utopia conservadora ou horizonte utópico dissídia lógica cf Oliveira Madalri História gazet si um retiro estico en la sociedad colonial brasileña Monografica p 218 120 Adaptação da obra citada à República 1979 2a ed p 218 de Espanha 1974 pp 3757 121 A Rosa Adolfo Rodó Apulia Mota História da História do Brasil Aplia Mota Carlos Guilherme Nordeste 1979 P 385 122 Sobre as atitudes senhorais em face do abolicionismo e das re beloes escravas no século XIX ver por exemplo Lima Lana Lage da Granja Apevidente Cáo 1987 123 Para uma visão resumida cf Cardoso Ciro FS e Pérez Ame Hettoni Héctor pp 1321217 História económica e do trabalho coord Admiório Lúcio Ciro coordenador de 1966 Historia económica e de la capítulo 2 A abolição como problema histórico e historiográfico Ciro Flamarion S Cardoso Abolicionismo e abolição A apreciação do vínculo entre abolicionismo e abolição variou nos textos produzidos durante o período examinado da con sideração do abolicionismo como um movimento ou pouco mais que isto num processo de abolição que obede céia a uma lógica estrutural definida em forma bastante variável aliás de autor a autor até à afirmação peremptória e do que parece ser o contorno violento de um corpo vismo ainda marcado com um abolicionismo vigoroso foi essencial para a destruição do primário O peso explicativo e uma atenção considerada ao aboli conato da abolição foi a de enfatizar o caráter urbano do movimento A hipótese de que o abolicionismo se apoiou prioritaria mente em grupos sociais urbanos emergentes livres de víncu los diretos ou íntimos com os escravos e que por essa razão puderam lutar contra tais interesses foi formulada independentemente por Emília Viotti da Costa e por Richar Graham como ressaltou Rebecca Besgtrissert Esta pesquisa cuja revisão recente tem achado fato significativo 4 Em ambos aqueles e em seus autores o abolicionismo aparece em associação com outros elementos explicativos De fato tratase a meu ver justamente na década de 1960 de corrigir erros ante riores de perspectiva através da consideração do abolicionismo e da própria abolição no contexto de um processo estrutural complexo de transformação Emília Viotti da Costa num estudo denso muito atento a determinações mais amplas que pesavam sobre as regiões ca ferais de São Paulo no tocar ao tema de que se tratava no momento de chamada transição ao enfatizar os conflitos e o fim do trabalho escravo de um bloco de interesses aglutinato paulistas e de um abolicionismo urbano que se difundiu entre grupos profissionais que cresciam nas cidades em expansão Os planatores paulistas e os abolicionistas urbanos permaneceram no entanto como grupos bem distintos a autora não correlacio nacionou claramente o abolicionismo com interesses de classe O abolicionismo nos anos 1880 no fundo nada tinha de novo a ampliação do quadro recrutador era portanto dos grupos so ciais onde mais podia recrutar adeptos Richard Graham num artigo publicado pela primeira vez em 1966 defendeu seguinto a hipótese as idéias abolicionistas estavam já disseminadas há longo tempo mais ainda mas outravant que o tradicionalmente ressaltado Os abolicionistas que dirigiam as necessidades de novos gu pos urbanos no Rio e em São Paulo sobretudo após a Guerra do Paraguai estavam num grupo urbano oficiais mi litares industriais adotado uma visão moderada e progressista do mundo cuja vitória no Brasil era dificultada pela escravidão Assim num contexto de influências e pressões externas que desde 1850 aboliu o tráfico africano e tiveram suces so em criar condições estruturais de escassez de mãodeobra que se aprofundaram em fins da década de 1870 quando a ex pansão econômica se chocou com a falta de braços os aboli cionistas ao estimularem o consumo de escravos e fazendeiros acabaram certamente por ceder num fato que os fazendeiros fazendas claramente numa ideologia de classe muito séria Em certos casos portávozes de uma classe o que implica uma relação complexa e mediatizada nunca uma identificação linear Na perspectiva aberta por Graham e Emília V da Costa situase o tese de R Bergtressert sobre o movimento abolicioista na cidade de Jureió nos anos 1880 Ela atribui o florescimento do abolicionismo ao ressenteimento urbano contra o governo imperial dominado pelos interesses agrários A propaganda abolicionista veiculava um um desejo era preciso pro nancional bem como a idéia de que que contribuía programas nacionais variados grupos e interesses urbanos contra ó ônus de teger os O argumento que de oposição entre interesses urbanos e rurais comerciantes prototype esta eclesiástica foram algumas dos camilhos es einte ou de seguir entre abolicionismo brasileiras instrueriam os trabalhadores montaris estudantes militares políticos principalmente do terrras do envolvemse movimento social Exemplarmente os membros da lavradores da terra intelectuais e representantes do grupo mineiro Exemplos de Antônio Bento Joaquim Nabuco Aparas com donos de terras e escravos socialmente bem situados influentes polí ticos donos de muitas habitações terras e barcos com patronos do sistema escravista no invés de oferecerlhes privilégios peculiares às classes dominantes só lhes tiraria amargas perseguições económicas A origem de classe não é convicente é necessário compreender a posição maioria das classes assalariadas e rurais dos abolicionistas patriotas européus Estudou vários líderes abolicionistas mais ra Bakos mostrou que muitos que pareciam ligavamse por laços de fa dícia republicanos positivistas ajuntavamse nos novos estudos universitários que os ligasse aos grupos novos cuja própria tradição era urbana Estava ainda em relação com interesses urbanos adquiridos nas cidades Os ligasse aos grupos ainda que pretende construir que uma certa explicação metódológica incorrecta em que em uma crítica e a caminho entre o domínio político ou quem veio em uma o jornal a própria classe social em si mesma manifestandose uma referência muito imprecisa quanto à sua forma lógica mais específica da investigação em um lugar de séries de condições nunca na pesquisa são imputáveis a forma seja a uma lista ou justificação de fatores em múltiplas formas explicativas mais rigorosas como seriam a indicação de condições necessárias ou suficientes como seriam mesmo tempo necessárias e suficientes ou ainda que fossem uma decidida suficiência que o que particularmente uma uma conjuntura ou uma conjun tura só sufuciente Assim sendo que tratava usando como critério a necessidade das obras em um ou outro dos eixos temáticos é o que que me parece decisivo ou central Será inevitável porem que certos trabalhos apareçam em mais de um desses eixos uma estrutura econômica baseada quase de todo na exportação de produtos agrícolas O descontentamento das massas cidad nas foi alimentado por jornalistas radicais através de seus es tais e em reunião em manifesto de lutas num contextos marcado por exemplo pelo desespero e pela desesperança das autoprocessos dos alimentos A autora demonstrou por outro lado que ocorreu alguma cooperação eventual entre ativistas do movimento e po pulares negros em especial no quadro dos clubes de libertos i mais não conseguiu finalmente lançar a luta política tradi cional forte entre os abolicionista julgava a escravidão e incompatível com uma sociedade cientificamente orientada e tecnologicamente progressista Mencionaremos finalmente o artigo de Jaime Reis acerca do abolicionismo em Pernambuco que se distingue por uma base documental variada e por isso mesmo metodológica por uma avaliação constante do impacto do abolicionismo na forma tradicional de es crito O autor mostra que a forma tradicional de de quetas e de reações a tais escritas a exame de es políticos que representavam os interesses escravistas quali tativa por excelência nada pode bastar para solucionar a questão Seria a escolha entre duas alternativas polaras 1 O abolicionismo sucumbiu a sua próprias contradições destruição do escravismo 2 O abolicionismo foi um poderoso fator no processo de Para resolvêla ete propõe um enfoque quantitativo que consiste em considerar o abolicionismo como uma variável econômica e exógena e em excluir do estudo sobre a ati tudes das pessoas diante da escravidão tomando como indica dor o comportamento do mercado de escravos A dificuldade consiste em não ser muito bons em Pernambuco os dados disponíveis acerca dos preços produtividade e longevidade dos escravos Ao cabo de sua análise Reis chega a três conclusões secundáriamente como uma questão racial ou estritamente eco nômica11 Ao tratar especificamente do Brasil baseiase na histori ográfia disponível na época com ênfase nas obras de Viotti es Costa R Toplin e Warren Dean Seu argumento central es em que por motivos diferentes os proprietários de escravos de cidades interiores e os da cafetaria pública do Oeste de ter a abolição que foi recusada muito plausivelmente e acei ta em 1888 decorrente da abolição em sua po lisaç ão reacionária os cativiçores do Vale do Paraíba Os plan tadores de São Paulo seriam homens novos muitos provienia tes das cidades passíveis de conversão forçada ao abolicio nismo Os fazendeiros paulistas não eram abolicionistas embora estives sem preparados para se acomodar à nova ordem mas poderiam aceitar a abolição sob pressão pois o país escravista não formava a base de sua comunidade e modo de vida12 Notese que embora enfatizando este aspecto e por outro lado o escravismo da região norterida do país e pelo táfico in terprovincial e o fato de que já antes da abolição se comple ou patriarcal do Nordeste já antes da abolição se comple tar conseguirá manter seu estilo de dominação sobre os ma jadores lavradores e decassados mesmo que não fosse a ofensiva dos abolicionistas indicando que Genoveva que ins reção de escravos e libertos que fez pairar sobre os fazen deiros a ameaça de uma luta de classes concluindo assim em certos decisivos a explicação por ele adotada para a cri ção dos elementos de elucidação paulistas tem sido índice capitalista dos últimos anos com argumentos de peso Ge Mencionará de passagem o livro posterior que da que levou não somente à abolição como também à revolução Haití que vislumbrara no movimento social e nacional de se faz da sociedade escravista começa a ser alterada Se uma certa visão da plantatio consolidou a partir da generalização de certos relatos sobre unidades produtivas exemplares mais do que exemplificadoras de uma determinada realidade social e econômica o gênero de discurso depositado pelo historiador como Antônio Sérgio da Condé 1970 p 209234 tem levado a uma estratificação social como fonte privilegiada Se não há divisões quanto ao papel e a posição da escravidão enquanto instituição social entre senhores escravos e homens livres pobres que começa a parecer pouco realista2a pondo em questão mesmo a ideia de uma clara demarcação entre esses grupos sociais em especial entre os senhores na sociedade escravista O discurso da época em suas diversas expressões políticas jurídicas literárias etc revela de certo modo as formas pelas quais a sociedade escravista foi pensada ou apreendida pelos contemporâneos O mundo dos viventes como se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fe sema operária e popular levou entre outras coisas ao surgi mento de uma ala radical do abolicionismo muito minoritária Em função disto em algumas ocasiões abolicionistas e es cravos conseguiram conjunções suas ações o que corroboran sideração não foi representativa13 Acerca da rebeldia ne aqui a sua opinião en sublinho essa rebeldia negra antecede em muito o movimento abolicionista na Inglaterra desde o século XVIII14 e consubstanciava um fato histórico relevante como co nsequentemente o movimento abolicionista somente se ma nifestaria em escala pequena e em poucos estados no sécu X XIX É exatamente a crise irrecuperável do final do século XIX fruto ainda tardio que se desça dar co racão ao abatido movimento dos escravos em que muito me todos terão de ser escravizados em novas legislações Nego ções imporatões elas devem ser computadas aos limites aboli que a construção17 A questão não resolvida por este e por outros autores que sustentam idéias similares é a seguinte se a rebeldia ne gra como me parece correto afirmar sempre existiu no inté rior da sociedade escravista por que no século XIX deixou de ser assassinada por tal sociedade tornandose fator de sua desestabilização é claro que um dos problemas tanto na posição de Ianni quanta na de Moura justamente o de serem postumes polati res unitários Há porém opiniões que são menos cam Estudando a literatura negra abolicionista em Cam pos Lana Lage da Gama Lima se interessa centralmente pela análise do papel da rebeldia negra na crise final do escraví do papel da rebeldia negra na crise final do escraví lização que pode ser como uma das opostas limitações Isto lo pode ser também como uma oposição mérito história escravo como vítima inerente a do escravo afirmadas e oposição límitações percebia como uma constante na história rebeldia e por ela percebida como uma constante na história da escravidão e em sua abordagem e em sua abordagem são ressaltados a respeito e do Azevedo escravidão e abolição no Brasil Tratase do contraste entre afirmações de caráter implicitamente quantitativo eu sublinho grande número de atentados e crimes p 25 muitas vezes o desespero levadoo ao suicídio p 39 o aborto foi frequentemente provocado p 39 foram frequentemente as tentativas e conlíticas em que essas manifestações se cumplicam p 49 p 71 e uma tentativa expressiva de rebeldia Imediatamente qualificada através da enumeração de exemplos que nem o documento menciona Esta maneira de tratar a questão tão séria e tão diretamente documental aliás considerada permite de fato pesquisa a incidência efetiva e a importância relativa dos diversos movimentos de rebeldia o número de pessoas effectivement envolvidas em cada caso etc A autora argumenta com base nos movimentos revoltosos que podendo quase todas as manifestações do sistema se evidenciarem e se multiplicam as condições dos rebeldes negros aproveitandose da conultura social para organizar ataques evasões ou para contribuir a novos movimentos e revoluções 1 exemplos disso Minas Gerais no século XVIII grande foco de rebeldia negra e a Bahia no final do mesmo século 2 Força da revolta e luta marinante em que participavam escravos a revolta de Felipe dos Santos em 1720 em Minas a revolta dos Alfaiates em 1798 na Bahia 3 Esta forma de tentar comprovar as afirmações é constante no livro um pequeno trecho de afirmado algumas referências provam a passagem de propósito ao aborto p 39 um relatório de chefe de polícia freqüente de 1871 aparece como comprovação de tentativas repedidas no distrito de Corte dos escravos abandonados pelos senhores no cabugo da Corte p 49 etc Agora o livro recentemente publicado de Celia Maria M de Azevedo relativo à província de São Paulo no escravidão e abolição no Brasil das pelo cotidiano não organizadas num todo coerente e do próprio ideário como frequencia repremida e derrotadas por tal razão quando existam fontes disponíveis para sua análise antes que o movimento histórico se perifique em histórias gráficas as que conhecemos continuam sendo todas quartanas e feitas e fazem a história figuras entre outras ou pequenas grupas que vivem outras ações todos vivendo em primeira pessoa os departamentos daqueles que tentam garantir sua própria posição social para evitar que elas continuem a se repeir ponto em risco da sobrevivência dos interesses dominantes21 Neste ponto há algo estranho a démarche proposta tem um livri confunsível de definir ética Os autores críticos são acusados do seguinte por classes privilegiadas da ação da classe dominante eou da classe média estes estudiosos acabam por assumir a fala deste agentes ficando assim o objetivo de resgatar a ação dos dominadores no caso os escravos objetivando reclamar a mesma coisa em uma vez no caso da escravidão não importa quão rica seja construída para demonstrar o seu papel auxiliar na história22 Objetivo de quem No contexto se poderia alias falar de unissão talvez por isto a crítica metodológica é moral de certos autores nao conduz como seria lógico a sua retração Não há qualquer tentativa de denúncia Temse a impressão de que a denúncia em si é afirmação de que em sistema desigual se deseja valorar tais lutas implicitas são superiores a contrárias Mas sobre se esta contradição por caminho e por vezes não estão em outro lugar do caminho só se possa conseguir a convenção entre releitos e reprobos bons de uma distinção maius Discoro frontalmente outrossim de um ponto central e critica da autoria a estudiosos como F Fernandes O Itami e abolição como problema histórico e historiográfico que concerne à temática de que estamos tratando20 Ao criticar especificamente o que chama de Escola de São Paulo isto é os trabalhos históricosociológicos de Florestan Fernandes e seus discípulos tendência da qual curiosamente parece excluir Maria Sylvia de Carvalho Franco atribui assim a esta escola o impulso inicial e a direção das rebeliões e fugas de negros numa ação que parece decidida a priori racional Os escravos surgem como vítimas passivas das pretensões abolicionistas decisões ou como atores de um modo de produção de conflitos conflitados por decisões objetivas às suas ações por não poderem desenvolver sentido político específico de classe assim para a alienação Em suma as classes não protagonizam no processo de destruição do escravismo sob a direção do branco redentor A autora acha que a explicação principal deste modo de encarar as coisas é a ideário marxista de tipo funcionalista reduzindo as busca na determinação de acontecimentos à explicação última dos eventos históricos na estrutura econômica Sendo assim a luta de classes teria reduzido de Florestan Fernandes a luta decisória pp 176177 para ficar referência por dividida e subordinada ao interesse das decisões Para a autora Florestan Fernandes não foi determinante da extinção do escravismo Essenciais teriam sido as divisões classes de classes entre senhores e escravos não foi determinante da extinção do escravismo Essenciais teriam sido as divisões classes dominantes e a ação modernizadora das classes médias mesmo referindo o Decio Saes que no entanto pertence à corrente de pensamento bem diferente do escravismo e postular mudanças econômicas políticas e sociais desenvolver a consciência das contradições Passando a explicar sua própria opção teórica a autora contra o reconhecimento de importância somente ás lutas expliticas que indicariam uma racionalidade do movimento histórico baseiase em C Castoriadis para propor uma variorização das lutas implícitas das pequenas lutas disseminar escravidão e abolição no Brasil negros foram dando forma a postulados sociais assumidos coletivamente pp 3396 referente ao contexto e à imprensa paulista seguese o estudo principal dividido dois enfoques complementares sincrônico e diacrônico O enfoque sincrônico pp 99162 trata das representações sobre o negro em diferentes seções que continuam os jornais do século XIX análise que conduz à conclusão de que tais seções cumprem papéis e representações construídas de uma só compreensão estruturalmente representações quando referidos a um sistema em que segundo os princípios da linguistica e da antropologia está contido um conjunto dialético o advém da posição que ocupa em relação aos demais Assim mais do que entender isoladamente as representações sociais sobre negros que apareciam no interior de cada seção buscouse perceber como essas seções cumprem um maior e enquanto conjunto que papel desempenham para o maior Essa questão e outras mais recorrentes só foram esse momento no Brasil83 Em seguida o enfoque diacrônico pp 163245 isto é periodizado e abordado três vezes temporais fiel e amigo 1 18751885 do negro violento o negro fiel e amigo dos brancos entre o bel a fera 2 18851888 quilombola e escravizado quando 3 18881900 os novos personagens o negro degenerado Devem ser ressaltadas a meu ver as boas análises dos limites das concepções do abolicionismo radical através do jornal A Redemptão articuladas semântico que se estabele lece entre os vocábulos preto objeto passivo e negro sujeito autônomo nos anos 18851888 87 Continuo achando que das diferenças entre os pro tres tipos estão por ser feita uma demonstração de algum vendar consequências e seu efeito vários efeio imigratório de peso te aceitável e portanto convincenteg30 Imigratismo e abolição Um fator central na explicação das diferenças entre os processos de abolição nas Américas e seus efeitos variados presentes no Brasil isto é a enorme complexidade da questão imigratória 3 No caso brasileiro no início da década de 8 contase que um fluxo contínuo de imigrantes principalmente italianos e portugueses operava com um tipo de concentração socioeconômica abolição no Nordeste e no CentroSul Com efeito no primei ro caso os exescravos e outros trabalhadores nacionais foram aparentemente incorporados à estrutura produtiva como mãodeobra à medida em que se enfraqueça a escravidão Este processo já muito avançado em 1888 tornou historicamente praticamente inviável uma vigorosa política imigrantista na região3 1 No CentroSul porém uma imigração passou a configurar a partir de certo momento no fim do século 19 e tornouse forte componente da economia local Na tentativa de explicar os casos como o de São Paulo a disponibilidade de imigrantes em um contexto de cres cente escassez de mãodeobra para sobre São Paulo Emília V da Costa sobre um elemento im portantíssimo na explicação do primeiro plano da abo lição imigrantismo como fenômeno O imigrantismo típico entretanto dos escritos da cientista polí tica Paula Beiguelman em especial de sua tese de doutorado defendida na década de 1970 baseavase principalmente numa poli tização do processo de formação de uma polí tica partidários no concurrence ao abolicionismo privilegiando extra o do grande escritor de Joaquim Nabuco três autora também concede grande peso ao contraste entre o novo áreas cafeeiras Uma destas regiões acabaram por enfrentart O problema da falta de braços vin 90 91 abolição como problema histórico e historiográfico culado aos golpes que efetaram o sistema escravista a partir do término do tráfico e abertura dos portos através de uma opção definida pela grande imigração29 Não que os fazendeiros do Oeste novo fossem dotados de uma mentalidade especialmente racional e progressista ou que a abolição laboriosa operava com um tipo de concentração socioeconómica guiadas para trabalhar onde parecia não haver necessidade de incentivo que lhe evitaria o investimento em escravos e até mesmo o recurso a um quadro coativo29 Tal opção é apontada como sendo primordial no caminho conduzente à abolição à orientação imigrantal do setor de vanguarda provocando a crise fundamental dentro do escrata vision ao mesmo tempo que promoveu também limito o abolicionismo em suas possibilidades transformadoras30 Ao ser impo como political provincial significou o so bre1hamento do libertor porém perecia temporária e pontu datório Isto porém não se devia à distância brejamentos pensavam Florestam Fernandes de seus dis cionárias a maior qualificação profissional dos colonos euro peus teria mais força com a possibilidade de con tribuição no trato de certas novas trabalhando uma mão de famílias interestas de colonos e com o fato de que o pesado ônus do traslado e de outras despesas ocasionadas pelo fluxo contínuo de imigrantes foi a partir do certo momento assumido pela autoridade da Fazenda Como se vê a imensa maioria não veio para o misto assunto Paula Beiguelman acha que a superação do trabalho escrito 32 A originalidade do sociólogo José de Sou za Martins conduziu em apresentar uma outra interpretação o capitalismo mercantilista correlação do capital mas também relações subordinandoas a reprodu o capitalismo na sua expansão não só redefine antigas 93 abolição como problema histórico e historiográfico de escravidão mas igual e contraditoriamente ne cessárias a essa reprodução A produção capitalista de relações nãocapitalistas de produção aparece na forma de reprodução ampliada das contradições do capital mas também como criação e subordinação de relações précapitalistas mas também Um comple mento antagônico subordinação e tenuidade da relação nãocapitalistas se dá onde33 no comércio No tocante especificamente ao colonato nas zonas ca feiras teríamos o seguinte No interior da fazenda apenas uma parcela da população tra balhadora é que se dedicava ao benefício do café caçavam encanamento e havia uma parte da população da es tabelaecidas com base no pagamento de salários No trato coletivo do café Entre os funcionários não faltou o advento do trabalho livre na forma colo nial à grande massa de trabalhadores das fazendas de café à margem do colonato como parte trabalhista Sob pro certo momento dispunha de trabalhadores mais baixos e os chos trabalhadores resultava salários que nas relações de produção ao contrário distribuía daquelas que vinculavam os demais trabalhadores ao fazendeiro34 Esta caracterização do colonato me parece fecunda Te nho a impressão entretanto de que ao desenvolverse a pes ele redigida do capítulo Luis R Fragoso ver a parte por tradicional do trabalho e de encarniçada luta destinada a trabalhar o modo de comércio do Brasil no século XIX rela agriculutra e comércio de Martins apesar de um referencial teórico renovado da forte influência em São Paulo de teorias que partem da noção de capitalismo mercantil implicando a subordinação persistente de produção nas áreas que foram objeto da colonização moderna Imaginário e abolição Duas obras publicadas em 1987 inauguram nos estudos bra sileiros sobre a escravidão e a abolição no século XIX um tipo de análise que embora a história da chama Nova História preocupase de forma prioritária com a dimensão do imaginário das representações Tematicamente tratase sem dúvida de um enriquecimento do setor de pes quisas sobre esta parte do capítulo que interessa dimensa mensionada deve ser integrada tanto como ad nova mente mencionada na vista da historiografia Quanto ao ângulo teóricome todológico porém certos aspectos me parecem ambíguos e mal resolvidos nos livros em questão avaliados por Lilia Moritz Schwarcz engrossando antropologia e empreendendo uma análise de jornais paulistas do século passado ocupouse centralmente como estudo de representações que conduzam à emergência da temática racial no final daquele século de como as representações sobre 92 abolição como problema histórico e historiográfico Antes de deixar este item queira recordar que a posição de José de S Martins também remete a outra linha de racio cínio teórico Martins similar à de uma escola neerlandesa derivada do nacionalmarxismo mas que retoma um ângulo de análise já presente em HJ Nieboer 1870 isto é da dialética patenteada por exemplo em uma obra ainda não identificada de terras livres o trabalho tinha de ser num regime de terras livres o trabalho tinha de ser cativo num regime de trabalho cativo a terra tinha de ser cativa Uma das sucessoras de Nieboer a também holandesa Kloosterboer no final de um extenso trabalho comparativo de setores do trabalho mundial como Martins pode afirmar em suas con clusões que a abolição da escravidão não significou necessáriamente o fim do trabalho como forma última fo rman desenvolvidas e compremdeidas em que isto pareceu ne cessário ou vantajoso do ponto de vista econômico36 que por força inclui tudo aquilo que não são as representações Eis o que diz a respeito Lilia Schwarz se por um lado as representações não assumem uma autonomia total que permita percebêlas como absolutamente des vinculada do conteúdo econômico também não são entendidas como um sistema de significação totalmente fechado num momento histórico imediato ou mesmo como imagens cristalizadas que não admitiriam ambiguidades ou transformações39 Ora isto deixa sem qualquer solução em plena indefinição a questão de averiguar como a autora veja as relações entre as representações e a estrutura social o sujeito não político o ideológico e não se percebe sendo assunto de nossas investigações politicamente e socialmente situadas O que se compreende na obra da evolução resumida nas páginas 33 a 53 da mesma A segunda parte referese à concepção das representações como uma espécie de caleidoscópio p 250 que por sua vez indica creio eu outra ambiguidade de peso nas opiniões da autora a que diz respeito a saber se existe nas mesmas um sujeito principal ou ao contrário um sujeito social ver primeira página à é de Celia Maria Marinho de Azevedo a que já me referi em outra série de estudos incluindo o capítulo principal do livro uma estuda do autor trabalha no Brasil o problema São Paulo no século XIX A autora aduz uma questão a mais sua análise não é tão abrangente e muito do que afirma sobre o imigrantisimo cai como aparece na historigrafia que criticava todo inaplicável à não A justificação da disponibilidade para o Paulo para o Brasil na página 29 é aliás curiosa por ressaltar um fator estrutural do tipo dos que é autora costume mínima do livro até que ponto a imagem de negros e mestiços como uma massa inerte desagregada inculta sem grande importância lisescravidão e abolição no Brasil a nossa consiste em negar validade analítica as determinações estruturais o sim em reconhecer que elas servem para a finalidade de estudo enquanto elementos dessa análise para a qualidade e a estrutura do campo das possibilidades e portanto com consideraçao Mas não permitem deduzir a partir do momento em questão uma evolução necessária unívoca dos eventos e processos e termos e conceitos os mais impraevitáveis e corretos as alianças da ação individual e do as vitórias 0 impacto da ação alternativa fazendo com que se dividam a resolução que advemos dada uma não outras que nem tomam em conta a direcção outra assim convém ampliar o campo das estruturas levadas em conta sem limitatse ao nível econômicosocial stricto sensu Vilar que sintetiza essa questão ao escrever Pierre em prorroterio na tentativa de conciliad as historiografias assim como ca epistomológica para tentar comprender Também a posição dos agentes sociais dos catedráticos isoladas das dos valorizaram contextos estruturais também indicam outras influências bem visíveis como a de Prado Júnior é o esquema de Eric Williams estrutura ao reiterse à escola sociológica de São Nos estudos que agora faremos um dos riscos maiores é exatamente o oposto do que apontávamos na seguncedente o de enfadar a análise das determinações estruturais e sistêmicas como a abolição parece decorrer das inerentes ao sistema escravista do peso crescente das contradições bem percebidas já em escravista no século passado Isto foi bem percebido uma zada que não ao estressar ao referirse à escola sociológica de Sao Paulo registre última intervenção dos indivíduos e o acaso mas com uma eficácia que depende sempre num prazo mais ou menos longo da adequação entre tais impactos descontínuos e as tendências dos fatos maciços48 Um outro risco de peso é aferirse a um quadro teórico estreito no sentido de transmitir a idéia de cedência e perda de força dos determinantes das estruturas sociais pois perdi credibilidade ao ter suas fraquezas demonstradas e não promessa parafraseando a passagem citada nas denunciadas por pesquisas posteriores Um bom exemplo é de Williams sobre a víncula inaugurada em 1964 por Eric Williams entre os vínculos adequando escravidão moderna e capitalismo comercial que não é capitalismo primitiva e entre abolição e conesta concepção hegemonia marcada por deviantados pela indústria tempos tanto no caso da escola sociológi centrrais em nosso país quanto posteriormente no dos escritos que desenvolvem o sistema colonial Feijo de São Paulo assim a noção Antigos pesquisadores muito desacredita Brasil talvez seja o seu último trabalho já nos últimos vinte anos pobres sucessivos golpes assassinados de Eric Williams até 1987 pelo mensagem segunda ou talvez a sua afirmada às vezes por tabela de livros sobre escravidão e abolição em alguns trabalhos brasileiros49 No final da década de 1950 e no início da seguinte porém era ainda perfeitamente razoável considerar Eric Williams como um ponto de referência Tamnié F H Cardoso fez referência bastante tizeram menos aceitação nestes autores o ecletismo teóricometodológico sistemático Estava tido a enormes problemas o desejo de unicação un modo de determinação única do fenômeno da luta de classes e destrutivo Weber Durkheim o funcionalismo e estrutura patrimônio a personalidadestatus o capitalismo e escravidão e abolição no Brasil que provê a explicação da abolição mesmo se o processo abolicionista não é em si analisado no bojo da crise do colonialismo mercantilista ao funcionar plenamente crise do sistema vai quando o mesmo tempo às condições de sua superação35 Em anos recentes podemos citar alguns trabalhos geralmente concentrados no exame dos anos que vão de 1850 a 1888 em que a ênfase recai sobre a análise econômicosocial da escravidão em função da qual se formula a questão histórica da abolição da transição a outras formas de trabalho São obras que como várias outras a mencionar adiante tiveram origem na expansão da pósgraduação em história no país Compartilham com a escola sociológica de São Paulo a preocupação com o enfoque de tipo regional e estrutural Caracterizamse porém por uma entrada bem maior e por uma ampliação da base de fontes utilizadas em especial tratando de trabalhar documentações maciças que permitem construir categorias amplas a partir de unidades como os papéis dos cartórios e dos arquivos paroquiais a aliança que se alarga no refino dos métodos e técnicas de análise Bons exemplos são os livros de Diana Soares de Galiza sobre o Espírito Santo36 e de Vilma Paraíso F de Almada sobre o Espírito Santo37 Conclusões A análise empreendida não esgotou obras nem autores nem mesmo examinar os eixos temáticos entre os quais escolhi somente os que me parecem mais representativos A opção por uma abordagem através desses eixos temáticos pode ter ocultado outras tendências gerais que procurarei identificar nestas conclusões Estarei pensando especificamente na historiografia produzida no Brasil 2 Se pelo contrário será possível na prática da pesquisa chegar à consideração que a hermenêutica e a analítica abolição como problema histórico e historiográfico 2 Do ponto de vista metodológico no período pós1960 se confirma quanto à pesquisa da história da abolição uma tendência muito positiva aos estudos regionais já presente no início do período estudado reforçada depois pela multiplicação dos cursos de pósgraduação Em contraste o enfoque comparativo de pesquisa praticado nos Estados Unidos e no Caribe na área de desenvolvimento entre nós teve infelizmente pouco desenvolvimento entre nós Pareceme evidente uma tendência à renovação no conhecimento aos tipos de fontes que são usados e às formas de históricas contraditórias mas apenas abordagens metodológicas que exploram áreas complementares da experiência histórica38 Além deste dilema cuja solução não está ainda à vista aqui adianto que há dificuldades que quase sempre tomam como ataque pessoal a ciência histórica Examinando para além dos limites do trabalho a força da crítica que muitos autores cometeram e continuam cometendo cientificamente é sempre tomada com ataque pessoal a crítica atualizada em um sentido formal como usuária social não sendo a real vencedora de uma verdade científica necessária numa vida acadêmica e universitária saudável Inexistia em história na proverbial comunidade científica e técnica uma dureza que foi apontada e feita sua memória segundo alguns estudiosos da escrita neste capítulo os intelectuais brasileiros sofrem as vezes de considerável paralisia e da abolição e da escravidão da pressão em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade causada por uma produção em si manter uma atitude lógica ainda vigorosa quanto à facilitação das hipóteses para evitar um estado de distorções graves e de empobrecimento abolição como problema histórico e historiográfico 1 O período abordado viu um desenvolvimento decisivo da profissionalização dos cientistas sociais e historiadores em nosso país mesmo sendo verdade que tal processo ainda não está concluído Isto se intensificou sobretudo a partir da década de 1970 com a proliferação dos cursos de pósgraduação e também o surgimento e apoio às pesquisas Como resultado destas mudanças é possível constatar uma qualidade média bastante alta da bibliografia analisada neste capítulo o que a meu ver não facil a analítica de compreender as mudanças com os escritos e acertivamente também no período comparatório a 1960 Notasse outrossim que se tornaram bem menos freqüentes críticas ou resenhas no passado às obras de intenção meramente descritiva a não menos teórica e de interpretações De fato a mudança das apostas teóricas está notadamente vis De especificar suas escolhas teóricas formulam suas hipóteses em forma explicita ou pelo menos é fácil de se perceber próprios textos reiteram conclusões bem definidas Do ponto de vista teórico além do ser parcial de certos a longo prazo a variação às vezes o mais relevante talvez seja constatar paradigmas explicativos o domínio corrente historiográfica nos anos 1980 a emergência de uma corrente interpretativa como que se caracteriza não apenas por às interpretações análiticos racionalismos e instrumentalismos Existem os antilíticos bem porém no plano das dúvidas mais em seu conjunto se bem radical do que os que que configuraria um corte mais o desdobramento de que os que ocorrer até então Os desdobramentos em todas as perspectivas futuras são possíveis e prevent as mudanças so desde já me parece erófico Quem quer perceber as mudanças so brerá o nível das temáticas preferências ênfase no imagi tário por exemplo De um modo geral tratase do surgimento da autoproposta denominada Nova História entre nós com algum atraso como quase sempre ocorre em nossas importações de correntes Sem 46 Ciro Flamarion Santana Cardoso Reflexão sobre os fundamentos e mudança de paradigma na ciência histórica alemãocidental in Baeta Neves AA e Gehz René E coordenadores A nova historiografia alemã Porto Alegre Editora da UniversidadeInstituto Goethe 1987 p 37 47 Paula A crise do escravismo e a grande unificação Bélgica São Paulo Discurso complexo cafeeiro São Paulo 1981 p 23 48 Idem As ciadas do escravismocit por exemplo pp 2324 2829 34 49 Martins José de Souza O cativeiro da terra São Paulo Livraria Editora Humanas 1979 pp 1921 50 Idem p 8081 51 Idem ver ainda Martins José de Souza Del esclavo al trabaijador volanta in SánchezAlbornoz Nicolas companilador y Ceballos Mario editorial Problemas del mundo hispano Mexico Secretaria de Educacion Pública 1985 pp 225257 52 W Involuntary labour since the abolition of slavery Leiden Brill 1960 En 1960 editado em 1972 53 Schwalter Lilia Moritz Retorno em branco e negro Jornals escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX São Paulo Companhia das Letras 1987 p 247 54 CJ Vainfas Ronaldo Luologia e escravidão Os letrados e a sociedade no Brasil colonial Prefatórios Vozes 1986 p 35 55 Cf Lechner Norbert El presente continuo Nexos México No 108 outubro de 1987 p 4551 56 Cf Darnton Robert Histórias populares Lechner N Além do popular passim Ver 15 outubrodezembro de 1986 pp 35 em oposição ao debate a respeito de Gonzalo Ideología e vida histórica concreata Puente Ojea Gonzalo Ideaología y historia El reformismo escrico en la sociedad antigua Madrid Siglo XX 1974 pp 1745 Por exemplo Helter Agnes La vida que cambió Nexos Nº 118 outubro de 1987 pp 4751 Sobre os autores CIRO FLAMARION SANTANA CARDOSO Nasceu em Goiânia Bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 1965 Doutor em história pela Universidade de ParisX 1971 Professor e pesquisador na Costa Rica e no México 19711978 Ensina história na Universidade Federal Fluminense desde 1979 Autor de Escravo ou camponês São Paulo Brasiliense 1987 HEBE MARIA MATOS DE CASTRO Nascida em Muriaé Minas Gerais Licenciada em história pela Universidade Federal Fluminense 1980 Mestre em história pela mesma universidade onde prepara o doutorado É professora assistente de história na Universidade Federal Fluminense Autora de Ao sul da história Lavradores pobres na crise do trabalho escravo São Paulo Brasiliense 1987 JOÃO LUÍS RIBEIRO FRAGOSO Natural do Rio de Janeiro Bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 1979 Mestre em história pela mesma universidade 1983 com a dissertação Sistemas agrários em Patzab Sui 18501920 Prepara atualmente seu doutorado em história na Universidade Federal Fluminense onde ensina desde 1986 RONALDO VANFAAS Nasceu no Rio de Janeiro Formouse em história e obteve seu mestrado na Universidade Federa Fluminense onde leciona História da América desde 1978 É doutorando pela Universidade de São Paulo desenvolvendo pesquisas sobre moral e sexualidade no Brasil colonial como base em fontes da Inquisição Autor de Ideologia e escravidão Petrópolis Vozes 1986 SOBRE OS AUTORES Ciro Flamarion Santana Cardoso autor de Escravo ou camponês 1987 foi professor de História da Lecomenda Costa Rica no México 1971 a 1978 Fluminense História na Universidade Federal Fluminense UFF desde 1979 Hebe Maria Mattos de Castro é professora assistente de História na UFF e autora de A sul da história Lavradores pobres na crise do trabalho escravo 1987 João Luis Ribeiro Fragoso prepara atualmente seu doutorado em história na UFF onde ensina desde 1986 Ronaldo Vainfas autor de Ideologia e escravidão 1986 leciona História da América na UFF desde 1978 É doutorando na Universidade de São Paulo onde desenvolve pesquisas sobre moral e sexualidade no Brasil colonial com base em fontes da Inquisição Ilustração da capa Escravo urbano negro de ganho Fotografia tirada por Christiano Junior num dos estudos que manteve na Corte do Império do Brasil entre 1864 e 1866 COLEÇÃO JUBILEU A Coleção Jubileu adota uma ótica necessariamente polemica reflexo do pouco comum nos desafios que somos hoje colocados como na universidade Talvez aqui relembra a frase de Lucien Febvre Não temos nunca convinções absolutas quando se trata de fatos históricos O historiador não é o que sabe mais mas o que duvida Há mais de cem anos o Dicionário Contemporâneo da Litera Portuguesa de Caldas Aulete já registrava como aceptação popular para o vocábulo jubileu a de uma comemoração estatutária por um quarto de século de tempo sem precisão Esta Coleção Jubileu todavia poderia descartar para este termo qualquer sentido laudatório ou simplesmente cronológico mas a feição de uma certa história impregnada pelo ofício em simismo A Coleção Jubileu pretende avaliar a historiografia suscitada pela decorrência de um grande período do tempo social que nos separa de significativas transformações identificadas ao longo do processo histórico brasileiro Próximo lançamento O Feste e o Prizma Uma revisão historiográfica do Estado Novo José Luiz Werneck da Silva organizador JZE Jorge Zahar Editor RESENHA CRITICA OBRA Escravidão e Abolição no Brasil Novas Perspectivas de Ciro Flamarion Cardoso Em um momento de transformações e muitas reflexões acerca do mundo pandêmico em que vivemos pensar e produzir ciência no Brasil tem sido cada vez mais desafiador Em vista disso fazer ciência e produzir conhecimento têm sido uma tarefa que serve para mostrar nossa capacidade de sermos resilientes e resistentes Um país racista apesar de muitos não conseguirem reconhecer eou enxergar tal assertiva que tem uma sociedade marcada por divisões socais que muitas vezes remontam às práticas de um Antigo Regime Enquanto existem esforços contínuos de mostrar as ações de sujeitos e grupos como participantes ativos dentro e fora do cativeiro da busca por autonomia e existência ativa na formação social brasileira quebrando com uma historiografia que colocava os homens e mulheres escravizados como seres passivos e sem autonomia Também tem sido bastante problematizada as limitações da liberdade no contexto pósescravista tendo em vista que o 13 de maio de 1888 marcou o fim de um processo com mais de 300 anos contudo tal lei não garantiu inclusão para aqueles que acabavam de sair do cativeiro Destacamos que o campo do pósabolição procura observar como os exescravizados preencheram suas ações de significados políticos culturais e sociais amplos e variados começa a aparecer em suas numerosas modalidades e contrates pelo menos em algumas regiões revelandonos uma sociedade bem mais complexa do que se pensava os estudos acerca dos próprios escravos estão porém mais avançados Isto é verdade principalmente na década de 70 relativamente à questão da resistência e rebeldia já que não tocam a outros aspectos do diaadia dos cativos demografia estruturas familiares rosto e trabalho etc conseguimos a disposição de textos muito esclarecedores alguns dos quais foram comentados nas páginas precedentes 121 De novo o problema costuma ser neste caso também o das simplificações polarizadas Na década de 1960 a crítica a concepções exageradas de Gilberto Freyre Frank Tannenbaum feita entre nós nas obras históricosociológicas de Florestan Fernandes e seus discípulos conduziu à visão do negro escravo como vítima imóvel do escravismo ressaltandose as consequências dolorosas da opressão desumanizando um sistema fantascal eou de casta e a personalidade do cativo e sua ação como sujeito social 122 Tudo isso corresponde à pauta da década seguinte pósse a construção da escravidão pela negação em forma igualinversa à simplificação unilateral e em escritos que se ressentem de sérios problemas metodológicos 120 Posicões militares são sempre inadequadas As mesmas tentações de signo oposto à da 1a década da década de 1960 surgem na história dos negros nos Estados Unidos ao propor a idéia de que o negro rebelde de H Aptheker se iguala ao Sambo termo norteamericano para o escravo infantilizado e incapaz de ação própria à de S Elkins ambos inconvenientes em sua extrema abstração 127 Mas já há há vinte anos que G Rawick escreveu sensatamente a respeito A menos que o escravo seja um fantoche uma abstração teórica ele é será ao mesmo tempo Sambo e revolucionário Sambo e Nt Turner 128 A constatação em si de que a rebeldia negra existia na América Portuguesa desde os inícios da escravidão de africanos é algo válido e necessário Mas é evidente por exemplo como se sabe há muito no Caribe que a fuga de escravos e a formação de quilombos podem assumir significados e também variações que se confundem 129 Só uma pesquisa cuidada e crítica é que pode esclarecer adequadamente a sua incidência efetiva por períodos e períodos e com que tipo de repercussão e afirmação indiscriminada e mal apoiada da sua onipresença Pesquisas assim desmentem rapidamente a homogeneidade ilusória sugerida por sínteses voluntaristas e apresentadas 131 Por citar a ideia de volta de algumas facetas que emergem da história e a que certas coisas na realidade histórica interessamse realmente demonstradas por historiadores de hoje a que sejam encontradas sem falta mesmo ao preço de um emprego inadequado da crítica interna e de outros instrumentos metodológicos Este livro constitui um verdadeiro e útil método de análise numérica original e nos Estados Unidos uma visão compartilhada no Caribe e uma aberta capítulo a respeito das temáticas produzida no próximo capítulo da qualidades das relações entre elas o poder da rebeldia negra e abolição no século XIX Tratase sem dúvida de algo que tem fortes implicações políticas e ideológicas exatamente por isto impostos mais do que o uso que delas fazem os estudiosos nas suas análises críticas cuidadosas O passado recente da América Latina sem excluir São Paulo está cheio de exemplos dolorosos de graves implicações políticas de análises equivocadas exemplos cujas lições são raramente apreendidas A última palavra será otimista Como diremos mais em detalhe ao concluir o capítulo 2 a comparação das obras produzidas no Brasil depois de 1960 sobre a escravidão com os escritos de épocas precedentes favorece no conjunto Johnson A Jr Hardt B A preliminary inquiry into money prices and wages in Rio de Janeiro 17631823 in Alden Dau crescente profissionalização dos historiadores e outros cientistas sociais em nosso país bem como da difusão dos estudos de pósgraduação Fica por fim uma sugestão seria interessante levar a cabo para o Brasil uma análise como a empreendida no passado por Winthrop Jordan Este mostra como em seu país as percepções do negro sofreram da questão racial das lutas sociais dos negros por seus direitos influenciaram poderosamente as imagens sucessivas da escravidão elaboradas pelos historiadores 132 14 Cardoso Ciro Flamarion S Escravatura e dinâmica da população escrava nas Américas Estudos Econômicos São Paulo XIII n 0 1 1983 pp 4546 15 Gordier Laurence As divergências entre Ciro Cardoso e J Cohen Acerca das teorias sobre o que o primeiro chama de brecha camponesa in Gordier org op cit pp 739 Cardoso Ciro Flamarion S op cit pp 7071 109138 e 172 16 Questionamentos sobre a teoria econômica do escravismo Estudos Econômicos XVIII n 0 1983 pp 249257 114 17 Gordier op cit pp 4166 Sobre as ditaduras de Antonio Brasil e do Amaro Voz do Povo Rio de Janeiro 1990 pp 24 18 Cardoso João Manoel Cardoso O capitalismo tardio no Brasil in Basu Org Más recentemente a ideia de que seria impossível explicar a produção escravista colonial foi defendida em Arruda José Jobson Produção colonial e imperialismo Revista de História da ANPUH coop 9 1986 pp 8889 19 Cardoso João Manoel C Idem p 44 20 Melão Ciro Flamarion S As concepções acerca do sistema econômico mundial e do antigo sistema colonial a preocupação obsessiva com a periferia in Lapa José Roberto ad do livro do autor pich Cardoso Ciro S Escravo e Colono colonial Estampa FA Portugal 1984 pp 109132 21 Cf Cardoso Ciro Flamarion S Escravo ou camponês pp 1617 22 Idem op cit Georreferdent O escravizo Rio de Janeiro 23 Martins Roberto Borges Minas Gerais século XIX tráfico e agiotagem e escravização numa economia nãoexportadora Estudos Econômicos XIII n 0 1 1983 pp 181209
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ESCRAVIDÃO E ABOLIÇÃO NO BRASIL NOVAS PERSPECTIVAS Ciro Flamarion Cardoso organizador Jorge Zahar Editor Escravidão e Abolição no Brasil novas perspectivas Textos de Ciro Flamarion S Cardoso organizador Hebe Maria Mattos de Castro João Luís Ribeiro Fragoso Ronaldo Vainfas Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro Sumário Introdução José Luiz Werneck da Silva 7 capítulo 1 Novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil 15 Modelos explicativos 16 A economia escravista no Brasil 32 Escravidão foral 46 Grandes unidades agroexportadoras 56 Escravidão ideologias e sociedade reflexões conclusivas uma sociedade não um mero quintal da Europa 62 Notas 73 capítulo 2 A abolição como problema histórico e historiográfico 75 Abolicionismo e abolição 79 Lutas de classes e abolição 90 Imigrantismo e abolição 93 Mansuetinismo e abolição 99 Estruturas econômicomicrosociais e abolição 102 Conclusões 106 Notas 111 Sobre os autores Copyright 1988 Ciro Flamarion S Cardoso João Luís Ribeiro Fragoso Hebe Maria Mattos de Castro Ronaldo Vainfas Todos os direitos reservados A reprodução nãoautorizada desta publicação no todo ou em parte constitui violação do copyright lei 5988 1988 Direitos para esta edição contratados com Jorge Zahar Editor Ltda 2003 México 31 sobreloja Rio de Janeiro RJ Ficha técnica Revisão do texto Jussara Bivar Diagramação Celso Bivar Capa João da França sobre reprodução fotográfica do SPHANRevista Ricardo Santos Lincoln Natal Jr Nair Dametto Moreno Composição e Impressão Tavares e Tristão Gráfico e Editor de Livros Ltda ISBN 8571100489 Introdução Reescrevendo a história da escravidão e da abolição É preciso reescrever a história sem cessar não somente em razão da descoberta de novas fontes e de fatos desconhecidos mas sobretudo porque o desenvolvimento da história nos aspectos e através de novos fatos já conhecidos mostrando os processos históricos sob outros ângulos darnosá outras percepções assim que se desenvolve o processo sem fim da marcha que é o processo cognitivo processo sem fim da marcha para a verdade absoluta em progresso perpétuo mas jamais acabado ADAM SCHAFF Por que se reescreve a história sem cessar Em 1981 ao se debruçar criticamente sobre uma massa não negligenciável de livros artigos e esses universais inaeditamente publicados no meio século anterior e que reescreveriam o escravismo brasileiro em seus múltiplos aspectos comparandoo com outros escravismos americanos o historiador Ciro Flamarion Cardoso apontava como lacunas a bibliografia especializada se comparada àquela já estudada em outras regiões como nas Antilhas Britânicas e especialmente nos Estados Unidos Ainda tinham entre nós caráter pioneiro os poucos trabalhos daquela oportunidade A unidade da agricultura demografia dos escravos atividades agrícolas e comerciais dos mesmos e suas fortes de resistência e revolta 4 escravidão e abolição no Brasil Sete anos depois a propósito da reflexão acadêmica jamais de caráter comemorativo suscitada pelo Centenário da Lei Áurea 13 de maio de 1888 persistiram aquelas graves lacunas Em duas situações o próprio Ciro F S Cardoso teve como meta fazer um balanço da situação da pesquisa recente e corrente à época da escrita do artigo Escravidão e abolição da economia no Brasil inclusive propõe a economia escravista no qual fatigado certamente explicava introduzindo o problema da regionalização das regiões afrobrasileiras A subdesenvolvimento brasileiro A primeira através do artigo Escravidão a segunda nesta investigações na região da escravidão aprofundando a análise que revelou o seu ocorrido na Universidade Federal Fluminense Ali se verificou uma linha de pesquisa então substituindo ainda hoje substituindo as abordagens convencionais que pretendiam rescrever a história da escravidão da organização do trabalho através de questões como a da terra e das regionalizadas e até localizadas sempre as visões agrárias regionalizadas e até localizadas sempre as visões com as totalidades Em uma desconexão com questões de totalidade e de comunalismo os lugarescomuns da historiografia tradicional acima minimizam as determinações externas esvaziando as premissas circulacionistas negadas também por Ciro F S Cardoso ao concluir o capítulo I Ele diz que todo seu texto não argumenta os ponderáveis e recentes debulhos nem os país que consistem em ver no Brasil colonial e ainda no Império não uma formação econômicosocial uma sociedade propriamente dita mas pp 5758 Em 1981 movido pelo que chamava de próprios interesses tenáticos Ciro F S Cardoso identificava no já citado livro de Otávio Mattoso três grandes atualizações temática sobre escravo no Brasil vida e cultura do escravo mundo dos brancos nascidos diferentes mundo dos negros africanos das negociações resultantes da oposição a diversidade das situações econômicas tanto no Brasil e pelos muitos a diversidade das situações econômicas e das condições sociais o desenvolvimento decisivo da profissionalização dos cientistas sociais o historiador dentre os elaboradores em nossa Brasil e mulatos ou da sua inserção em estruturas econômico sociais diferentes particularmente quando houvesse como no 105 introdução concluiu Isto se intensificou sobretudo a partir da década de 1970 com a proliferação dos cursos de pósgraduação e também o surgimento de mecanismos mais regulares e eficientes de financiamento e apoio às pesquisas p 103 Recentemente o desenvolvimento das pósgraduações e das ciências sociais e dos historiadores nos cursos de pósgraduação no caso específico do Grande Rio foi deveras estimulados introdução Se tornaram bem menos freqüentes do que no passado as obras de intenção descritiva avessa aos debates teóricos e interpretações Por outro lado avessa aos debates teóricos e interpretações Por outro lado uma espécie de desencanto político motivador de uma tendência péce da problemática do sujeito de uma crítica não só da concepção da concepção da história mas de qualquer visão totalizadora da história e do social presente na autoproclamada Nova História pp 103104 Metodologicamente a re escrita reescrita da História da Escravidão e da Abolição vem sendo mantida por uma tendência muito positiva aos estudos regionais não obstante o enfoque comparativo para a história dos Estados Unidos e no Caribe vem apresentando cessante à citação de Adam Schaff suscitadora da intensa reescrita re escrita da História ao pretender justificar a Colação Júbilei Escravidão e Abolição no Brasil Novas Perspectivas como um presentismo croata de subjetivismo e de relativismo a História sendo apenas uma criação a priori do historiador Estamos mais próximos do que Adama Schaff chamou perspectivismo segundo qual as verdades históricas são verdades parciais socialmente e historicamente determinadas o que não as impede de ser nestes limites verdades objetivas Na perspectiva marxista a verdade é considerada não como estática ou verdade absoluta mas como processo dinâmico em constante cessão e interrupção infinita sem necessariamente terminada nunca Cada ponto do seu processo não termina nunca Cada ponto do seu conhecimento é limitada não sendo como está JOSÉ LUIZ WERNECK DA SILVA julho 1988 escravidão e abolição no Brasil Uma a proposta da emancipação de escravos optativa e legal na década de 1870 na primeira metade da década de 1880 proposta da Abolição da escravida Outra imediata por sua vez hegemonia da chamada do final da década de 1880 compulsória A passagem de uma proposta para outra se liga às questões suscitadas pela clássica divisão binária imaginário A questão segundo os argumentos de Lutras da Abolição sobre a abolição e o abolicionismo estruturas econômicosocial e a história O autor não entende porém relevante avaliar historicamente o que será uma análise de conjuntura articulando o abolicionismo e o imigrante as aspectos de lutas de classes que possam ser republicanas os militantes ao projeto liberal de 1889 e ao cardo temáticos prefeitos para discutir acordadamente os emendas sobre a Abolição e Conclusões re escreverem sem cessar sobre a Abolição grafia do que se re escreveu sem cessar sobre a Abolição em nossa país mesmo sendo verdade que tal processo ainda não está 10 caso do sul a presença do branco imigrante por fim a maleabilidade das alfarrías e do destino dos libertos caminho para a reversão das estruturas da escravidão e da mentalidade dos senhores escravos com seus desdobramentos na sociedade pósescravista Sete anos depois no capítulo 2 F S Cardo histórico e rigoroso estudo completo do Problema Histórico no capítulo 2 F S Cardo como sentese na sede que oferece um estudo comparativo do incapaz mesmo que seus próprios trabalhos de pesquisa e restauração são mais sobre o estudo comparativo e temáticas políticos políticos e judaica importantes correlação por Abolicionismo Não são duas propostas da classe tanto avaliar historicamente as desservizações da economia se dominante para enfrentar a desservização da economia capítulo 1 Novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil Ciro Flamarion S Cardoso organizador João Luís Ribeiro Fragoso Hebe Maria Mattos de Castro Ronaldo Vainfas Tema já muito frequento em nossas historiografia a escravidão tem sido interpretada de diferentes maneiras de ângulos extremamente variados Neste capítulo queremos ocuparnos de algumas das perspectivas mais recentes sobre uma seleção de aspectos referentes à sociedade escravista lançando também ocasionalmente um retrospectivo a algumas visões anteriores novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil À procura daquilo que quase se poderia chamar de pecado original o sentido da evolução do povo brasileiro Caio Prado remonta à expansão marítima e comercial européia iniciada no século XV Em outras palavras enquanto tal sentido significaria distinguir o descortinamento e a posterior estruturação da sociedade e economia coloniais como capítulos da história comercial européia excedente colonial pela burguesia comercial metropolitana imperdeim a economia colonial acumule endogenamente Des velvida uma lógica própria a economia colonial seria na verdade a outra face de um modo de produção capitalista em instiuição Para tanto se lha subordinada o trabalho colonial ao capital na metrópole pois porque a escravi tude ao capital o modo de produção Nas Colônias há formalmente capitalismo por que a escravi tude ao capital é Ciro Cardoso e dO capital industrial exporú or críticas de Caio Prado Junior e Fernando Novais entre outros nos limitaremos a indicar duas 1 a acumulação primitiva de capital é um processo que se faz por meio de três mecanismos interligados send estranhos ao pensamento de Marx o privilégio o acúmulo da acumulação mercantil e da pilhagem colonial em detrimento dos demais princípios e da exploração de camponeses artesãos movimento que resultaria na constituição das relações capítas listas de produção 2 o capitalismo enquanto modo de produção domina te só aparece plenamente no século XIX ao contrário da con cepção que pensa Cardoso de Mello inexistindo algo que possa ser chamado de capitalismo comercial Es portanto temário explicita a racionalidade do sistema colonial do mecanismo a partir do qual a nova ordem mercatória transforma e torna a história toda uma cadeia teológica por es trossim obras que se ocupam do tráfico escravista e da indus trialização provam que a participação direta do primeiro no capital que quer a Revolução Industrial inglesa está so mente 011 ao exclusivo comércio estudados para o mundo colonial hispânico e francês tendem a mostrar que este mecanismo não era tão efectivo como se esperava 21 Ao longo dos anos 70 e 80 supõem também que lançava pés quisas e abordagens Já em 1973 K Maxwe II lançava uma nova luz sobre a economia de Minas Gerais no século XVIII 23 novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil escravidão e abolição no Brasil os principais mecanismos de reprodução do modo de produção eram o tráfico africano os Estados Unidos consti tuído uma exceção e diversos fatores extraeconómicos 14 Segundo uma linha de raciocínio próxima à de Cardoso Jacob Gorender 15 considera a escravidão uma categoria ideá lica e trata a escravidão colonial em um tipo de análise parte do modo de produção colonial 16 relações sociais de produção e forças produtivas ao invés de privilegiar a circulação 5 Ba sandose em grande medida na história das economias semi senquis de época Gorender procura formular leis de funcionamento para o escravismo colonial O curioso entretanto é que em passagens de sua mais importante trabalho encontram algum mas das teses básicas do trabalho de Novais Tal é o caso da inesprsividade do mercado colonial e da determinação externa das flutuações coloniais 18 Antonio Barros e Castiso apesar de em certos aspectos se distanciarem das dos dois últimos autores também buscava dar outra interpretação ao sentido da colonização Para ele instalado o aparato produtivo escravistamercantil o seu objetivo maior asenta seu sentido se quiser Ine é agora inca mentnte atender às suas múltiplas necessidades garantindo a sua reprodulo Em tais condições o comércio é estruturalmente reco nhecido pelo interesse mercantil bem como os fluxos e a fro tação de ter interesses mercantis estabelecem ao nível da produção 17 Escrito em meio ao debate que se instalara nos anos 70 o trabalho de João Manoel Cardoso de Mello levária ao limite algumas das ideias de Caio Prado e F Novais 18 Segundo Car doso de Mello é impossível falar de um modo de produção escravistacolonial que não seja mercantil nas passagens de ag regação colonial que à endogeniza fornecimento do trabalho pelo escravo se faz via tráfico internacional e este é controlado pelo capital mercantil metropolitano a apropriação e o controle do 22 nova perspectivas acerca da escravidão no Brasil produção eram o tráfico africano os Estados Unidos consti tuído uma exceção e diversos factores extraeconómicos 14 Segundo uma linha de raciocínio próxima à de Cardoso Jacob Gorender 15 considera a escravidão uma categoria ideá lica e trata a escravidão colonial em um tipo de análise parte do modo de produção colonial 16 relações sociais de produção e forças produtivas ao invés de privilegiar a circulação 5 Baseandose em grande medida na história das economias semisenquis de época Gorender procura formular leis de funcionamento para o escravismo colonial O curioso entretanto é que em passagens de sua mais importante trabalho encontram algu mas das teses básicas do trabalho de Novais Tal é o caso da inesprsividade do mercado colonial e da determinação externa das flutuações coloniais 18 António Barros e Castiso apesar de em certos aspectos se distanciarem das dos dois últimos autores também buscava dar outra interpretação ao sentido da colonização Para ele instalado aparelho produtivo escravistamercantil seu objetivo maior seu sentido se quiser Ine é agora inca mentnte atender às suas múltiplas necessidades garantindo a sua funcionalidade Em tais condições o comércio é estruturalmente reco nhecido pelo interesse mercantil bem como os fluxos e a fro tação de interesses mercantis como os os da estabelecem ao nível da produção 17 Escrito em meio ao debate que se instalara nos anos 70 o trabalho de João Manoel Cardoso de Mello levária ao limite algumas das idéias de Caio Prado e F Novais 18 Segondo Car doso de Mello é impossível falar de um modo de produção escravistacolonial que não seja mercantil nas passagens de ag regação colonial que à endogeniza fornecimento do trabalho pelo escravo se faz via tráfico internacional e este é controlado pelo capital mercantil metropolitano a apropriação e o controo do 23 Este autor demonstrou a inexistência de uma decadência pósminerações do que isto constatou o peso de produções escravistasmercantis voltadas para o abastecimento interno Outro pesquisador Roberto B Martins20 provou que a maior produção escravista do Brasil no século XIX era nas Gerais que em 1819 concentrava 152 da população cativa e que chegaria a 245 em 1872 sendo que 75 de seus escravos em 1874 estavam voltados para atividades nãoexportadoras Encontramos o fenômeno no Rio de Janeiro até as áreas nãoexportadoras do município ligado ao mercado interno no período 18721881 incorporava cativos a uma taxa média anual de 30 segundo a de Vassouras munição cafeteiro 05 ao ano21 Ainda a esta linha historiográfica convém acrescentar a R Goerlstein que que apontou para as questões de consumo e de produções voltadas para ele22 Assim sendo pesquisas de primeira mão tendem pois a pôr em dúvida os esquemas explicativos para a escravidão antes mencionados Em especial sobre o seu aspecto exportação não apenas associadas à agroexportação mas também servida de base para as produções ligadas ao abastecimento interno Este fato que será considerado com maior detalhe na seção seguinte deste capítulo por sua nova acepção assume tanto o capital capitalista do mercado interno ponto da confluência inexpressiva que defende o sentido da colonização sublimada por aqueles que defendem a plutocratiac ou a plutuação bissemêntada As pesquisas acima apontam para outras como as que comprovaram a presença de famílias estáveis de cativos nas fazendas brasileiras27 Os trabalhos de S Schwartz demonstram a difusão da propriedade de escravos entre diferentes categorias sociais da população livre28 Temos ainda os estudos sobre a agricultura familiar pobre em que Barbosa o trabalho campesino pode aparecer combinado ao do cativo29 Para tais aspectos remetemos também à próxima seção do capítulo pelo menos 1825 no Rio de Janeiro os preços dos alimentos ligados à dieta das classes populares dos escravos apresentam uma taxa média de crescimento anual superior do açúcarbranco exportado As saídas de reses toucinho e carne salgada de Minas Gerais cresceram entre 1818 e 1821 período durante o qual aumentaram as saídas de porcos pelo mesmo registro crescente a uma taxa anual 174 superior à das saídas de café 122 pelo porto do Rio de Janeiro e Pernambuco entre 1799 e 1821 temos o próprio crescimento em 1598 entre 1799 e Rio de Janeiro ampliou sua população das Mortes área voltada para o atacado minerária interna em 1776 1842 a sua munição de habitantes aumentou continuamente em 158 ao tráfego no aumento de cativos de 1795 a 1830 entraram mais de 650000 africanos no porto carioca a taxa média anual de 51 De 1815 até 1830 portanto já nas fases do movimento Kondratief as importações de africanos cresceram a uma taxa anual superior a 428 A eloquência destas cifras dispensa qualquer comentário sobre os esquemas apresentados para explicação das relações das flutuações coloniais Ao contrário quer que elas afirmam a queda dos preços internacionais não levou na época em que certas a uma retração da agroexportação ou flutuações coloniais dentro da região Sudeste a forte e total permanência do escravismo permanece por certo até nas flutuações coloniais Por outro lado a coerção extraordinária da pauperização estrutural e sob o escravo é regulada por inúmeras autocetações ditos por Pradel do sobreextorsão do sobretrabalho online 9 4 5 4345 aqui extorsão do sobretrabalho é mais o resultado de relações de poder sendo o produtor direto cativo de outrem do que de relações econômicas Este fenômeno compreende portanto duas sociedades subsoltas uma a do cativo e outra já que elas exercem função de relações de produção o escravo contudo além de ser propriedade de outrem é também uma mercadoria que em princípio o transformou num produtor mercador O paradoxo deste fato implica a importância decisiva na reprodução o mercado adquire uma de subordinação no tempo e uma daquelas relações sociais de subordinação no tempo o segundo tada pelo cabotagem já nos séculos XVII e XVIII sabese que a Bahia recebia gêneros vindos de Sergipe44 Isto significa que a exportação se constitui em um mercado para os setores escravistas ligados ao mercado interno Assim sendo a economia escravistacolonial não fora senão um mero reflexo de determinações externas e nem se resumiria à agroexportação Na verdade a montagem da cafeicultura enquanto sistema agrário escorouse no escambo ao lado do único fenômeno passível de crescimento e mesmo da sociedade colonial por isso este tipo durante os primeiros 50 anos do século passado Na passagem para o XIX encontramos algo semelhante com a formação da agricultura cafeeira em Campos e West 1777 a 400 e 714 das doações de sesmarias corresponderam ao período 1780182024 Tais dados além da contradição nas opiniões que negam a existência da repressão à montagem cafeeira como uma manifestação da superexploração que ligados a colonos assumiriam recriação da sociedade e um fenômeno ligado à contínua recriação da sociedade não tendo áreas de fronteira E a partir disto a produção e apreduta interna e apropriação interna e deveriam resultar inintimamente de acintenta estarmos mesmo que as relações contrárias do capital de piratão do trabalho numa sociedade não restrito Ao contrário exercem condições econômicas no sentido estrito Ao contrário exercem piratismo para o qual a coerção extraordinária do moeda por meio causada estrutural do estrato social de trabalhadoras companesas geravam uma frágil divisão e a presença de monopolinistas e uma precarização capitalista com a divisão do trabalho e uma trazida na presença da coercão extraordinária do trabalho se tornam estruturas autodetermimadas induzindo situações critic para o mercado imperfeito49 e no endividamento como momento frequente no funcionamento das empresas e tradados tal grupo da lei das correspondência subordinado a lei dos escravos A reposição do sistema de tráfico entre 1811 e 1830 era motivo da produção 479 do mercado menos dos 36 tráficos das relações dos ViceReis e depósito líquido dos comerciantes é grosso tratado no Rio de Janeiro em 1799 segundo banos e ruas voltados unicamente para a garantia da subsistência o fornecimento de escravos só se fazia em grande escala onde houvesse demanda capaz de justificar um fluxo regular do tráfico de cativos A presença da pequena dimensão desta demanda em Goiás explica que apesar de sua localização bem para o interior o escravo fossa ali menos valorizado que em Minas Gerais ou no Rio de Janeiro Esta menor valorização parece passar não somente pelo mercado mas por questões que indicam a marca das relações sociais que estruturavam a vivência da região do tráfico negreiro proprietários da região do tráfico negreiro Também em relação ao município de Caiapivary notamos que os estoques de escravos após a metade do século XLIX os maiores produtores globais após a metade do século XLIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais após a metade do século XIX os maiores produtores globais foram mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo locais mantiveramse como compradores de escravos mesmo em 1850 Foram pequenos produtores em grande parte voltados para uma produção de autosubsistência com plantéis inferiores a cinco escravos os que preferencialmente deles se desfezerm Dados foram encontradas por Sheila Castre Fairclough Camadas do Açúcar e Açude do Norte Fluminense o tráfico interno parece ter engendrado um circuito de concentração de propriedade escrava que se acentuava por áreas cacaeiras e cafeeiras Socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a precipitação do cativeiro nas áreas cafeeiras especialistas que socialmente a prec se faz da sociedade escravista começa a ser alterada Se uma certa visão da plantatio consolidou a partir da generalização de certos relatos sobre unidades produtivas exemplares mais do que exemplificadoras de uma determinada realidade social e econômica o gênero de discurso depositado pelo historiador como Antônio Sérgio da Condé 1970 p 209234 tem levado a uma estratificação social como fonte privilegiada Se não há divisões quanto ao papel e a posição da escravidão enquanto instituição social entre senhores escravos e homens livres pobres que começa a parecer pouco realista2a pondo em questão mesmo a ideia de uma clara demarcação entre esses grupos sociais em especial entre os senhores na sociedade escravista O discurso da época em suas diversas expressões políticas jurídicas literárias etc revela de certo modo as formas pelas quais a sociedade escravista foi pensada ou apreendida pelos contemporâneos O mundo dos viventes como se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à 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sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se 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largamente difundido por todo o período escravista no tocante ao solo nem sempre estabelecendo uma fronteira bem definida entre riqueza e pobreza Na análise de Guimarães Reis a partir da localização das senzalas em Minas Gerais percebese que a simples posse de escravos quase sempre precedia o pedido de concessão Em nossa pesquisa sobre Capivary na Província Fluminense localizamos proprietários de terras extremamente ricos que se apropriavam de ampla aldéia ou de pequenos núcleos localizados em situações diversas atendendo às diferentes funções necessidades ou intenções habitantes daquelas áreas Estes senhores poderão ser em termos gerais classificadas como proprietários de escravos livres ou autônomos que instituíam em suas casas ou fazendas a fina delimitação daquilo a que convencionaram chamar plantation a propriedade a hierarquia e a mobilidade espacial22 Sem romper com esse sentido geral de uma sociedade rígidamente estratificada os senhores escravocratas guiados segundo alguns autores têm considerado estes últimos como camponeses ou pequenos produtores têm o ponto de vista simplifica eternizando a diversidade da organização social mais complexa ignorando a diversidade de escala espacial social e temporal gerada pela multiplicidade de situações de trabalho fundamental gerada pela múltipla aplicação de mercados locais e regionais Apesar disto parece certo que se pode identificar no Brasil escravo como uma caracterização de um camponês legítimo ou supletivo e cristão no sentido estrito japonês do termo Isto ao mesmo tempo comprova a autonomia dos produtores diretos associada à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência à autonomia dos produtores diretos associado à dependência econômica Em diálogo no social que diz respeito aos mercados para sua reprodução social25 Durante a vigência do trabalho escravo as facilidades de acesso da terra e o recurso ao trabalho da família penimitam aí quem o quisesse o estabelecimento de um rogado que gerasse um excedente passível de ser trocado pelos produtos necessários antes da extinção do tráfico africano em 1850 escavaiam por permitir em algum momento a compra de um ou dois escravos o que não isentava necessariamente a família do trabalho nem rompia com o fato de ser a autosubistência o fim último da produção a não ser escravidão e abolição no Brasil forma fora das áreas paulistas que recorreram à imigração suburbanada a redução dos níveis de autonomia do campesinato durante ou após a vigência do trabalho escravo conforme as condições de controle efetivo sobre o escravo fundiu a viger na cada comunidade agrário regional consistiu num movimento básico que permitiu a adaptação do trabalho dos brasis os voltados para uma produção eminentemente comercial níveis as possibilidades de acumulação mesmo se em diferentes circunstâncias cenários mais sólidos com a estrutura pequenos ou médios fundos de laços mais sólidos com a estrutura pequenos ou médios fundos de maracados pela substituição a autosubistência fortemente marcados pela rigorosamente razoavelmente ampla23 Escravidão ideologias e sociedade Em seu admirável ensaio The world the slaveholders made Eugene Genovese afirma que Antigo Sul foi o que chegou mais perto de produzir uma autêntica escravocrata genuina e somente ele pode gerar uma filosofia escravcratista razoavelmente ampla 24 22 23 24 É com efeito numa época em que os ideais de liberdade igualdade e fraternidade triunfavam em toda parte cultivados inclusive pelos letrados e políticos de países democráticos solidários vistas os intelectuais do velho Sul foram realmente originai em sua ousada defesa da escravidão Homens como George Fitzhugh Harriet Beecher Stowe Henry Adams e outros panfletários dos anos 1850 são imitares da América que ainda hoje têm admiradores di de que os escravos apesar de homens eram legítima propriedade de seus senhores nem se ativeram ao argumento prático desmoronarse o trabalho escravo a economia algodoeira ira fazer da escravidão um bem suportado além não só pelos vais justa e genuinamente cristãs como esboçaram uma cri a exploração selvagem das ideias burguesas denunciando tíca capitalista e as ideias norteamericanas defendendo os operá rios indústriais na Inglaterra ou nos estados iranques do Norte a despetido da falsa igualdade apregoada pelos liberais 25 25 20 21 22 23 24 25 46 47 novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil É certo que a sociedade sulista de meados do século XIX apresentação em numerosos aspectos uma escravidão peculiar em relação ao restante da AfroAmérica Em nenhuma outra área escravista encontramos o exemplo do sul uma outra semelhante também marcada por muito rigor e repressão capitalista brinquito da região torna a única típica capaz de escravos a ponto de apresentar uma tendência ao crescimento vegetativo da popula são escrava Consolidada em uma época em que o tráfico afroamerica no que não incluía portanto as crianças nascidas em cana são escrava Consolidada em uma época em que o tráfico afroamerica do as questões relativas à escravidão surgiram menos violentas e médias planaltos assim podemos chamálos de dominado pela escravista ao contrário do que se vinha dizendo anteriormente Elliot Zelizel pelas estudos de Fran Tamoney também têm permitido reavaliar a escravocrata gestantes e alimentadas informe a expansão territorial do tráfico interno nacionalizado conforme a expansão territorial do tráfi sistêmico leva a avanços as vésperas da Guerra Civil enco para nova terra pensa que seja da vogal das três guela do réi algodão anexaçães ao territários plantadores do Novo Mundo quando muito Em contrapartida jamais achávamos escravos mais integrados no sistema organizacional em plena Guerra de Secessão escutanarse de rebeliões planas pequenas periodicamente quando muito fugir para o Norte abolicionista onde não raro terminavam recrutados pelo Exército da União sulista nada disso empírica a originalidade do discurso na Afinal antes de traduzir politizar norteamericana realizada escravidão Jefferson ilustre redator da Declaração dos Direitos do Homem considetaria a instituição da escravatura à maior violação da natureza de todos os indivíduos ilnor de felicidade embora se não defendeu a escravidão também não lutou pela sua extinção Mais ou menos na mesma época novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil que apresentassem condições de continuidade que garantissen uma vaga além da simples reprodução da força de trabalho Quanto esta barreira era ultrapassada tendiase a ampliar o plantel de escravos transformandose o camponês em pequeno produtor escravista Está claro entretanto que durante o ensaio livres pobres da nossa historiografia E nesta autonomia firme enquanto agentes econômicos autônomos os imprecisos homens a grande produção escravista que vimos um elemento básico para o discurso dominante Mesmo que funcional à reprodução da sociedade na me dia em que excedentes de sua produção complementavam a produção escrava voltando para seus donos a classificação possuía uma última conotação impones na manutenção de uma enorme massa de homens livres ou libertos fora do controle direto dos grupos econômicos dominantes Señalores de sua força de trabalho que facilmente poderiam sair por conta própria da política econômica dominavam tais aptos como eram ditos pelos próprios senhores pelos seus próprios escravos Trabalhavam regulamente para outrem os approvimar da dita disção de escravo o negar ao negarem se fazêlo afirmouse vadios na vigência da população escrava Muitas vezes se tem afirmado que como a negdação do trabalho Idleness animava a confiança como escravo quando se aproximaria da animação da corre ta quando se acrescenta a negação no ocaso para outrem Esta associação entre a negação da força de trabalho e a condição de escravo imediatamente ressaltou em Capivary que se agro era representante do instalavança na lavoura e nos negócios comerciais que envolviam situa novas perspectivas acerca da escravidão no Brasil de vivência impunha à possibilidade de se contar com uma força de trabalho regular e disciplinada Em todo caso as rela ções de dependência pessoal para com os grandes proprietários mediados por funcionários não se sustentavam sobre a base rígida da escravidão nem tampouco do trabalho escravo Eles voltados para uma produção eminentemente comercial níveis os quais as possibilidades de acumulação mesmo se em para os pequenos ou médios fundos laços mais sólidos com a estrutura da comunidade regional que muito pela estrutura socioeconômica fortemente marcados pela os voltados para a autosubistência fortemente marcados pela mobilidade espacial na instrução religiosa dos negros e especialmente na reforma moral da casagrande inglória ambição capaz de tornar o senhor da casagrande um exemplo de pai a ser obedecido pelo escravo A respeito de viverem os cativos na mais completa devassidão escreveu por exemplo dos negros à escravidão Se não faltassem numerosos discursos legitimadores elaborados pelos jesuítas nos séculos XVII e XVIII bastaria um certo parecer de Antônio Vieira sobre a conveniência de se ministrar o batismo aos temíveis quilombolas de Palmares em 1601 para compreendermos a engenhosíssima união entre missão conversão escravidão e batismo Após anular o único argumento contra o batismo Vieira sugeriu apenas hipóteses de se ministrar qualquer sacramento aos rebeldes ou bem retornavam à obediência de seus senhores ou bem lhes concedia liberdade de consciência pois os pecadores mortos que não podiam ser baptizados nem integrados à comunidade de Deus Como de nenhúm reconhecimento que imaginou haveriam os quilombolas de retornar para a escravidão e o batismo por isso mesmo temerário e inútil seria a total destruição do Brasil Conhecendo os demais negros que por este meio tinham conseguido ficar livres cada cidade cada vila cada lu gal a cada ano contava com outros tantos Palmares fugindo e passandose aos matos com todo seu cabedal que não é mais que o próprio corpo 114 seria a vez do célebre José Bonifácio nosso Patriarca da Independência apresentar à Assembleia Geral Constituinte sua opinião de que a escravidão não deveria ser abolida imediatamente Cumpria pois sob pena de verse arruinada a economia nacional capitarnos então tormentos e cativos dignos da liberdade emmacruçados gradualmente e a 0ou mesmo honrar os contratos entre senhores e escravos de modo a não corromper o sagrado princípio da propriedade individual101 E ainda bem Pois o estudo histórico das ideologias e mentalidades por exemplo só teria a perder com o eventual desinteresse por História Econômica e Social Na terceira seção do capítulo Ronald Valença apresenta os jesuítas como leitura obrigatória da classe de senhores de escravos por mais que criticassem e possuíssem vários níveis e aspectos aos senhores leigos estes últimos e os religiosos convergiam particularmente nos interesses da aristocracia questiona a Vântia de quando ao fato da escravidão ser o duplo apoio dos cruzados à Lda ContraReforma Outra questão é o senhor colonial ao Peregrino da América no século XVIII quando este indignado investia contra o estorno infernal dos caudilhos que botijas de canaço para nosso amor tradicional o que lavava mais o sono papel dormo ou sossego sinal de que os negros se distraíam com folguedos em vez de turdirem rebeliões 117 Com a única exceção de Antôni que não viu problema nos bailes e reis negros desde que os escuraos também fossem sujeitos14 os famosos religiosos da Companhia testemunham a prisão de todas as luandas afastandose radicalmente dos costumes sêniorais Tolerantes ou complacentes os inaciãos jamais lograram dobrar a resistência dos senhores a um projeto que os afrontava em seus domínios implantando fundadas aspirações no estilo da colonização e nos hábitos sêniorais privatismo 110 da Companhia esbarrariam pois no tradicional privatismo na arrogância de nossos antigos senhores e relegadas à ingloría pregão não ultrapassariam o nível da utopia ideológicatutória conservadora e totalizante do dogmatismo comprometida com a inautenticidade da ordem social na Colónia e com a aculturação tida que seus autores pretendiam disseminar no trópico português escravidão e abolição no Brasil como origem de pactos diabólicos e de cumplicidades ameaçadoras da ordem senhorial Já para a grande maioria dos senhores o melhor era preservar a serva e resguardála pelo costume supliar exemplicadamente os escravos para as festas dos demais fazêlos trabalhar e respeitar o senhor o bom negro e o bom criadô 116 para manter para sua subsistência os domingos feriados deixei enfim que distancia a incômoda presença dos padres fontes dos escravos continuassem sua atuação afinal Nunca seguir para assegurar que tuques e calundús fonte demais lembrar este propósito a resposta que deu um senhor colonial ao Peregrino da América no século XVIII quando este indignado investia contra o estorno infernal dos caudilhos que botijas de canaço para nosso amor tradicional o que lavava mais o sono papel dormo ou sossego sinal de que os negros se distraíam com folguedos em vez de turdirem rebeliões 117 Com a única exceção de Antôni que não viu problema nos bailes e reis negros desde que os escuraos também fossem sujeitos14 os famosos religiosos da Companhia testemunham a prisão de todas as luandas afastandose radicalmente dos costumes sêniorais Tolerantes ou complacentes os inaciãos jamais lograram dobrar a resistência dos senhores a um projeto que os afrontava em seus domínios implantando fundadas aspirações no estilo da colonização e nos hábitos sêniorais privatismo 110 da Companhia esbarrariam pois no tradicional privatismo na arrogância de nossos antigos senhores e relegadas à ingloría pregão não ultrapassariam o nível da utopia ideológicatutória conservadora e totalizante do dogmatismo comprometida com a inautenticidade da ordem social na Colónia e com a aculturação tida que seus autores pretendiam disseminar no trópico português Tendo combatido por muitos anos as posturas que enfatizavam uma unidade e uma espécie de metrópolecolônia um centrounilateral unitariamente dominado de relações mercantil históricocapitalismo e comércio e mais em geral históricocapitalismo como locus explicativo privilegiado a circulação mercatória e a onda de cédulas em todas as estágios dos seus movimentos que ao negociar conosco caseiros ou os índios da região eram tratados como mercadoria embora numa ênfase unilateral Mesmo se as análises cujos resultados foram aqui resumidos são às vezes delimitadas e tratam elementos e partes não esgotam por fora o que interessava na totalidade empurrados para um primeiro plano as determinações de dependência colonial e neocolonial e as determinações e condições implícitas estes fatores demonstrado a dúvida implicava ainda como questão a ser pensada esta minha dúvida Sejamos como foi é bom lembrar que não foi só no relativo ao Brasil que tendências por nós assiduamente criticada se enfraqueceram e desapareceram no histórico da América Latina e do Caribe uma espécie de reduzida históriauniversal limitada e assertiva do jazz do século XX Hora desmentida e impetrubada por cantos de concretas destinadas de pesquisas criativas e originais mostrando que longe do que a vista atázios remanescentes de uma tendência historiográfica que agoniza o que podemos verificar é a dinâmica persistente de um vigoroso movimento intelectual As seções precedentes deste texto fornecem finalmente argumentos ponderáveis contra uma tendência ainda bastante foragarrida neste país embora sem dúvida já enfraquecida se comparar cativos da África foi acontecendo em datas bem variadas entre 1808 e 1865 aproximadamente segundo um jogo complexo aproximado externos como a resistência os interesses e denúncias algumas constantes externas dos fatores estes bem variados certamente cujo debate não percebeu a contrariedade absurda ou razoável à obra de uma região ou cultura das Américas Seria também absurda a inclusão em países mações como as implicadas pelas reformas liberais entre as que votavam para o México e Guatemala antes deamos com as justas críticas internacionais anteriores ao capital estrangeiro e as influências externas que não fossem atraamente comércias ou ligadas a empréstimos negociados pelos governos puderam penetrar em Espanha e o duplo apoio produtivo das classes hispanoamericanas não foi capital financeiro complicou o processo de transição uma intervenção formal teve liberado mas não se poderia desarmar uma naturalização mais estável no mercado santas fontes pelo menos no setor de mineração britânico no México e em outros países após a independência da Espanha de prata nos primeiros anos mesmos capital e as emprestas orgias por aí européia não eram capital e as mesmas eram presas a mudança das estruturas econômicas e sociais locais12 Neste ponto portanto as concepções históricas seguiram entre nós sensíveis e autores semelhantes aos que vêm trilhando histo Ao concluir na primeira seção deste capítulo sua síntese historiográfica antes de apresentar suas próprias interpretações João Luís Fragoso salientou que às pesquisas de base sobre o quotidiano e a resistência que antes não haviam sido infelimente em seus primeiros passos De uma maneira geral a afirmação se nos afira correta sobretudo se compararmos com os estudos nacionais acerca dessa vasta temática bibliografia disponível para o Sul de Hebe Maria de Castro índice de análises e discussões antigas com a de Hebe Maria de Castro o perfil do homem livre no escravismo brasileiro A escravidão fora das grandes unidades agroexportadoras A produção historiográfica sobre a escravidão no Brasil tem aumentado frequentemente particularmente a partir da década de 1970 como grande unidade produtiva e modelo da organização social para a escravatura Diversos estudos recentes entretanto têm levantado novos dados que permitem descortinar uma estruturação social bem mais diversificada que a velha e conhecida organização social bem mais complexa e menos concentrada de escravos que a tradicional dos grandes complexos urbanos Fora da plantation estava obviamente o escravo das zonas urbanas Até a primeira metade do século passado a força de trabalho escrava nos centros urbanos era totalizada pelos serviços urbanos Escravos gângbô e cativos alugadaos faziam funcionar os portos o transporte o comércio ambulante o serviço doméstico e os mais variados ofícios artesanais especializados A situação do escravo nas cidades impõe a formulação de uma série de questões sobre os vários setores da população escrava da consciência da organização relações que se evidenciam no estudo das massas escravizadas aspectos que apresentam sob todos os ângulos diferenças quando comparados à apresentação rural Tais diferenças bem como as diferenças relativas à condição do senhor de engenho à aluguel de cativos têm suscitado algumas pesquisas Daí a temática relativa às peculiaridades da condição escrava no espaço quando possível as fontes seriás e maciças a exemplo das cartorárias e paróquias E não só É necessário se debruçar sobre a historiografia internacional relativa às sociedades coloniais do Novo Mundo em especial os estudos ligados à escravidão no sul dos Estados Unidos na Antilhas até a lendária virg só nos trouxe que são atualmente publicados quinze periódicos especializados na temática da escravidão 33 contudo entretanto transitase em forma natural para questões mais gerais atinentes à diversidade das condições de utilização do trabalho escravo no Brasil Em tese de doutoramento sobre a vida dos escravos na cidade do Rio de Janeiro durante a primeira metade do século XIX Mary Karasch concluiu que a elementar realidade da convicção difundida de que a propriedade escrava no Brasil apresentavase em todo o período escravista extremamente concentrada Em sua pesquisa ela detectou a existência de pequiondas ou alugados de cuja exploração retiravam o principal de seus rendimentos Tal fato evidencia que a propriedade escrava era essencial uma parcela da população livre mais ampla do que a tradicionalmente imaginada À mesma conclusão para o final do período colonial chegou Stuart B Schwartz em relação à zona agrícola do Rio de Contado a principal faixa agroexportadora da Colônia Bahia entrando efetivamente para a historiografia governado de Bahia Conde de Arcos em 1816 concluiu que na maioria os proprietários daquele região possuíam menos de cinco escravos a maior parte dos cativos vivia em unidades produtivas com menos de 20 escravos50 Outro ponto a ressalta a difusão da propriedade escrava para além da agroexportação Distritos do sul do Recôncavo voltados para a cultura da mandioca da maniçoba se caracterizava pela menor concentração de população escrava listada Os distritos açucareiros apesar de concentrarem dois terços dos escravos da indústria engenhos e trabalho escravo associavamse a agroexportação uma diversificação interna tanto do ponto de vista espacial com pátio da fazendas voltadas para culturas alimentares como do ponto de vista social Faquintanto um senhor de engenho possuia em média 655 escravos um lavrador de cana tinha 34 105 Esta diversificação fazia com que o número médio de cativos por proprietário na região não fosse superior à 129 nas paróquias analisadas Esta observação aparece terceira restringido ao Recôncavo segundo argumenta Schwartz devese ao fato do número de cativos por propriedade escrava no período ele estudia Para Minas Gerais entre 1718 e 1804 Francisco Vidal Luna também destaca a difusão da posse de cativos considerando que predominavam entre os proprietários plantéis de um a quatro ou poucos possuindo mais de quarenta a maior parte no entanto presume do autor um quarto dos que têm no Recôncavo demonstra em 1804 70 deles com até 12 cativos e em seu conjunto definham contato da população cativa do seu Novamente se destacam pois os mesmos dados um pequeno número de proprietários com um grande número de escravos ligados à agricultura uma grande difusão da propriedade de plantéis das limites da agroexportação e uma diversificação espacial e social dos limites da propriedade bastante complexa evidenciada pela expressiva presença de meia dúzia de produtores possuindo de 5 a 20 escravos que se consideravam requisto com o específico proprietário considerando mais de dois terços da população cativa de São Paulo no início do século passado50 É impõe de todas essas considerações Uma conclusão é a obtida por Robert Conrad derivação da ponto da existência do tráfico africano que aportava no Brasil possibilitando a utilização oferta de escravos no extremo elástico muito além das fronteiras da plan tation exportadora O trabalho cativo muito além das fronteiras da plan tation exportadora Outras questões no entanto enfrentam os pesquisadores uma vez constatado esse padrão de posse de escravos dife 35 rente do modelo extremamente diferenciação das estruturas produtivas considerado predominante Em primeiro lugar o trabalho escravo tanto do ponto de vista social baseado no trabalho escravo mais levada em conta para que se possa reconhecerse mais ou menos organizado de estratificação social baseada no novo quadro que a ilusão da abstração sociais no Brasil escravato Plantation Em segundo lugar toneladas se necessstário considerar os dados disponíveis mesmo os esparsos que mostram que a maior parte dos cativos moravam muitas vezes a uma grande distância ao mesmo tempo não ter tido significativa parcela da população livre parece não quará a três quatros acesso a tal tipo de propriedade de um quarto a três quatros da população livre de acordo com o número de famílias que têm estando estimativamente com o estágio e visita como considerar empirica e conclusivamente os chamados homens livres pobres e quais as possibilidades de se falar em um campesionato no Brasil escravista Por fim não se pode deixar de considerar o período brasileiro no Brasil comprendeu mais de três séculos não sendo correto tratálo em um bloco Quais as alterações na organização e estatística social ocorreridas ao longo período e especialmente qual o impacto da extinção da escravidão até aqui discutido no padrão de posse de escravos Concecemos por constatar que a estrutura produtiva do Brasil escravista apresentavase bem menos especializada do que se lhes classificas de nossa história econômica deixavam entrever O problema do abastecimento em Minas Gerais no auge da atividade mineradora tem sido considerado crítico em diversas abordagens em função da concentração exclusiva do braço escravo na busca do metal precioso Uma análise do te das cartas de sesmarias concedidas na região entre 1700 e 1750 revela contudo que era comum a associação da atividade 54 Este perfil do grande negociante é característico de economias mercantis Economia capitalista emergente Civilização malte rial J L R trabalho cit na nota 36 supra Esta combinta 55 ção mercantil é encontrada também na Bahia na produçao agrícola do café no flouy Rao e Smith David Grant Bahian mer chants in the 17th and 18th centuries Journal of Negro Pa nantic American Historical Review LVIII no 4 1973 pp 571 94 56 A importância do escravo na vida dos centros urbanos do Bra sil escravista encontrase fartamente registrada por outros Mattos Kida M de op cit pp 130 9 Emilia Sá de Souza Brasiliense 1982 p 13943 Costa Emília Vista Da escravidão d cidade de São Paulo Ciências Humanas 1982 2a ed parte II capítulo I 57 Cf Karasch M op cit nota 31 supra e Soares Luiz Carlos Urban Slavery in nineteenthcentury Rio de Janeiro London University College London 1988 tese de doutorado inédita Ver Schmidt M Ident 58 Schwartz M Stuart B Padrões de propriedade nota 28 supra 59 Segundo Schwartz idem estes distritos concentravam mais de 60 metade dos proprietários escravos três quartos dos quais pos suindo menos de cinco escravos cada um Cf Luna F Vidal Minas Gerais uma mir uma mulher id as frontei ras da escravidão a economia de alguns centros mi neratórios do Brasil São Paulo USP Instituto de Pesquisas Econo micas 1981 tese doutoral 62 Luna Emília Fernandes de Souza Maria Helena Nery cardoso F A agricultura escravidão e capitalismo no Brasil estudo de um escravo bem escolhido Revista de Es 63 tudos Econômicos XIII no 1 1983 Schwartz Mattos idem op cit 77 Castro Hebe M de op cit Sistema agários em Prata do Sul Reflexões em torno de 1960 1983 dissertação de Mestrado 78 Mattos Hebe M de op cit Schwartz S Cidades do Salvador cit nota 26 supra Schwartz S Padrões de propriedade 79 Ver entre outros Franco Maria Silvia de Carvalho Homens livres e escravos dos a ouro Azão 1974 Souza Larua de Melo e Desclasificados a pobreza mineira no século XVIII Rio de Janeiro Graal 1982 Kowariks Lucio Trabalho e vadigem A origem do trabalho livre no Brasil São Paulo Brasiliense 1987 80 Souza Laura de Mello e idem A polícia e a força policial no Rio de Janeiro Série Estudos vol 4 Rio de Janeiro PUC RJ 1981 mimeografado especialmente capítulo 3 81 França Emília V da op cit nota 56 supra cit capítulo 2 82 Guimarães Carlos Magno e Reis Liana Maria op cit nota 66 supra 83 Castro Hebe M M de Carvalho op cit pp 3174 e 116165 84 Guimarães Carlos Magno e Reis Liana Maria op cit nota 66 supra 85 Castro Hebe M de op cit idem Nancy P Naro que nos ano 1760 temos o trabalho em curso de Nancy P Naro que nos ano 1760 temos o trabalho em curso de Nancy P Naro que nos Mosos Cía 1988 p 65 mais edição do município que foram anos a começo da oppressão 86 A Corte de Apelação 87 Mesmos trabalhos da nota anterior e Fragoso João L R Sis temas agrários um estudo de caso no Brasil colonial ci 15 88 Castro Hebe M M de op cit pp 75115 89 Utilizamos a noção de classificação no sentido empregadado por Laura de Mello e Souza em Trabalho e cidadão 90 Castro Hebe M M de op cit pp 75115 91 Castro Hebe M M de citado na nota 4 pp 3174 92 Idem op cit pp 3174 93 Entre outros Petrobia Vozes 1976 Carvalho Frederico 93 Campaneseas Campaneseas sua participação in Brasil Pesquisas Econo pard Cavalcanti 1970 94 Paz e uma inefficiente economia do campesinato ver Cardoso Ciro F A agricultura escravidão e capitalismo Petrópolis Vo 95 zúes Brasileira 1979 p 52 Ver ainda Schwartz Stuart Perspectives of Brazilian Peasantry review essay Peasant Sudies v 1 n 4 outubro de 1976 96 Castro Hebe M de op cit pp 75115 97 Ciénsicas Humanas 1979 p 17 Castro Hebe M de op cit 75115 97 A função e disponibilidade de terras em cada región No Nort deste este processo parece ter antecedido à extinção do cati vismo enquanto em Minas Gerais e no Rio de Janeiro o pro tério estrutura social México Editorial Nueva Imagen 1980 pp 121123 124 Pensamos em escritos já citados de R Silens FV Luna e outros autores ver como exemplos de uma obra monográfica e uma síntese do assunto cf Schwartz Stuart B Sugar plantations in the formation of Brazilian society The Hispanic American Historical Rev 245 1950 pp 495520 125 Ver Cardoso Ciro F Sociológos nos domínios do Clio nota 123 supra 126 Ver exemplo Um México menos welcome por José Alipo no Duplo 67 01041983 p 10 127 Aguilerei Herbert História das Novas aux USA Paris Editions Sociales 1967 p 49 128 Ravicz Georges The origins and institutional life of slave society Chicago Press 1959 pp 8689 Il Marco della liberazione negra Quaderni Piacentini Piacenza storia delle società di uomini neri Richand 78 Maroon societies Rebel slave com munities The Americas Baltimore The Johns Hopkins Uni versity Press 2a éd Ser escravo no Brasil cit pp 158163 tres ejemplo de Humboldt los Quilombos y el mundo de los esclavos por un lado dos escluidos bastam para evidenciar a necesidad a utopia Lourenço Moura Clovis Os quilombos e a utopia negrobrasilera 1981 ou livro do Melo Leite A história do radio Reis Mécila Azevedo Célia Maria Marinho de Onda negra de São Paulo 1986 Almeida Vilma Medeiros Ferreira e Pereira Jorge imigración das etnias século XIX Para uma visão resumida cf Cardoso Ciro FS e Pérez Brig Hettoni Héctor pp 1321217 História social do Trabalho o cotidiano e a América México en el siglo XIX 18211901 Historia económica y de la 113 Foram poucos a exemplo dos quaders os que assumiram ati tutas antiescravistas com base na doutrina crítica cf Davis David Brion op cit pp 265 seguintes 114 Carta de Pero Antonio Vieira o fidalgo Bahia 2 de junho de 1691 apud Azevedo João Lúcio de História de Al júmen de Tryairi op cit p 372 115 Ver Benci op cit p 51 a quem se credita originalmente as explicações correspondentes apresentadas por professores jesuitas tras duzidas para o português por Antonii simpliricou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni simplificou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni simplificou correto do termo latíno castigo ou punição Antoni 116 Sobre a importância deste conceito na estrutura da escravidão colonial ver Cardoso Ciro FS Escravo ou camponês cit nota 116 supra 117 Tratase de um texto de Nuno Marques Compêndio narrativo do peregrino na América Rio de Janeiro Academia Brasiliera de Letras 1939 vol I pp 123125 O texto data orig inalmente de 1728 118 Andreoni João Antônio André João Antoni Cultura e opu lidão na Brasil colonial Editora Nacional 1967 119 Sobre o concepto de utopia conservadora ou horizonte utópico dissídia lógica cf Oliveira Madalri História gazet si um retiro estico en la sociedad colonial brasileña Monografica p 218 120 Adaptação da obra citada à República 1979 2a ed p 218 de Espanha 1974 pp 3757 121 A Rosa Adolfo Rodó Apulia Mota História da História do Brasil Aplia Mota Carlos Guilherme Nordeste 1979 P 385 122 Sobre as atitudes senhorais em face do abolicionismo e das re beloes escravas no século XIX ver por exemplo Lima Lana Lage da Granja Apevidente Cáo 1987 123 Para uma visão resumida cf Cardoso Ciro FS e Pérez Ame Hettoni Héctor pp 1321217 História económica e do trabalho coord Admiório Lúcio Ciro coordenador de 1966 Historia económica e de la capítulo 2 A abolição como problema histórico e historiográfico Ciro Flamarion S Cardoso Abolicionismo e abolição A apreciação do vínculo entre abolicionismo e abolição variou nos textos produzidos durante o período examinado da con sideração do abolicionismo como um movimento ou pouco mais que isto num processo de abolição que obede céia a uma lógica estrutural definida em forma bastante variável aliás de autor a autor até à afirmação peremptória e do que parece ser o contorno violento de um corpo vismo ainda marcado com um abolicionismo vigoroso foi essencial para a destruição do primário O peso explicativo e uma atenção considerada ao aboli conato da abolição foi a de enfatizar o caráter urbano do movimento A hipótese de que o abolicionismo se apoiou prioritaria mente em grupos sociais urbanos emergentes livres de víncu los diretos ou íntimos com os escravos e que por essa razão puderam lutar contra tais interesses foi formulada independentemente por Emília Viotti da Costa e por Richar Graham como ressaltou Rebecca Besgtrissert Esta pesquisa cuja revisão recente tem achado fato significativo 4 Em ambos aqueles e em seus autores o abolicionismo aparece em associação com outros elementos explicativos De fato tratase a meu ver justamente na década de 1960 de corrigir erros ante riores de perspectiva através da consideração do abolicionismo e da própria abolição no contexto de um processo estrutural complexo de transformação Emília Viotti da Costa num estudo denso muito atento a determinações mais amplas que pesavam sobre as regiões ca ferais de São Paulo no tocar ao tema de que se tratava no momento de chamada transição ao enfatizar os conflitos e o fim do trabalho escravo de um bloco de interesses aglutinato paulistas e de um abolicionismo urbano que se difundiu entre grupos profissionais que cresciam nas cidades em expansão Os planatores paulistas e os abolicionistas urbanos permaneceram no entanto como grupos bem distintos a autora não correlacio nacionou claramente o abolicionismo com interesses de classe O abolicionismo nos anos 1880 no fundo nada tinha de novo a ampliação do quadro recrutador era portanto dos grupos so ciais onde mais podia recrutar adeptos Richard Graham num artigo publicado pela primeira vez em 1966 defendeu seguinto a hipótese as idéias abolicionistas estavam já disseminadas há longo tempo mais ainda mas outravant que o tradicionalmente ressaltado Os abolicionistas que dirigiam as necessidades de novos gu pos urbanos no Rio e em São Paulo sobretudo após a Guerra do Paraguai estavam num grupo urbano oficiais mi litares industriais adotado uma visão moderada e progressista do mundo cuja vitória no Brasil era dificultada pela escravidão Assim num contexto de influências e pressões externas que desde 1850 aboliu o tráfico africano e tiveram suces so em criar condições estruturais de escassez de mãodeobra que se aprofundaram em fins da década de 1870 quando a ex pansão econômica se chocou com a falta de braços os aboli cionistas ao estimularem o consumo de escravos e fazendeiros acabaram certamente por ceder num fato que os fazendeiros fazendas claramente numa ideologia de classe muito séria Em certos casos portávozes de uma classe o que implica uma relação complexa e mediatizada nunca uma identificação linear Na perspectiva aberta por Graham e Emília V da Costa situase o tese de R Bergtressert sobre o movimento abolicioista na cidade de Jureió nos anos 1880 Ela atribui o florescimento do abolicionismo ao ressenteimento urbano contra o governo imperial dominado pelos interesses agrários A propaganda abolicionista veiculava um um desejo era preciso pro nancional bem como a idéia de que que contribuía programas nacionais variados grupos e interesses urbanos contra ó ônus de teger os O argumento que de oposição entre interesses urbanos e rurais comerciantes prototype esta eclesiástica foram algumas dos camilhos es einte ou de seguir entre abolicionismo brasileiras instrueriam os trabalhadores montaris estudantes militares políticos principalmente do terrras do envolvemse movimento social Exemplarmente os membros da lavradores da terra intelectuais e representantes do grupo mineiro Exemplos de Antônio Bento Joaquim Nabuco Aparas com donos de terras e escravos socialmente bem situados influentes polí ticos donos de muitas habitações terras e barcos com patronos do sistema escravista no invés de oferecerlhes privilégios peculiares às classes dominantes só lhes tiraria amargas perseguições económicas A origem de classe não é convicente é necessário compreender a posição maioria das classes assalariadas e rurais dos abolicionistas patriotas européus Estudou vários líderes abolicionistas mais ra Bakos mostrou que muitos que pareciam ligavamse por laços de fa dícia republicanos positivistas ajuntavamse nos novos estudos universitários que os ligasse aos grupos novos cuja própria tradição era urbana Estava ainda em relação com interesses urbanos adquiridos nas cidades Os ligasse aos grupos ainda que pretende construir que uma certa explicação metódológica incorrecta em que em uma crítica e a caminho entre o domínio político ou quem veio em uma o jornal a própria classe social em si mesma manifestandose uma referência muito imprecisa quanto à sua forma lógica mais específica da investigação em um lugar de séries de condições nunca na pesquisa são imputáveis a forma seja a uma lista ou justificação de fatores em múltiplas formas explicativas mais rigorosas como seriam a indicação de condições necessárias ou suficientes como seriam mesmo tempo necessárias e suficientes ou ainda que fossem uma decidida suficiência que o que particularmente uma uma conjuntura ou uma conjun tura só sufuciente Assim sendo que tratava usando como critério a necessidade das obras em um ou outro dos eixos temáticos é o que que me parece decisivo ou central Será inevitável porem que certos trabalhos apareçam em mais de um desses eixos uma estrutura econômica baseada quase de todo na exportação de produtos agrícolas O descontentamento das massas cidad nas foi alimentado por jornalistas radicais através de seus es tais e em reunião em manifesto de lutas num contextos marcado por exemplo pelo desespero e pela desesperança das autoprocessos dos alimentos A autora demonstrou por outro lado que ocorreu alguma cooperação eventual entre ativistas do movimento e po pulares negros em especial no quadro dos clubes de libertos i mais não conseguiu finalmente lançar a luta política tradi cional forte entre os abolicionista julgava a escravidão e incompatível com uma sociedade cientificamente orientada e tecnologicamente progressista Mencionaremos finalmente o artigo de Jaime Reis acerca do abolicionismo em Pernambuco que se distingue por uma base documental variada e por isso mesmo metodológica por uma avaliação constante do impacto do abolicionismo na forma tradicional de es crito O autor mostra que a forma tradicional de de quetas e de reações a tais escritas a exame de es políticos que representavam os interesses escravistas quali tativa por excelência nada pode bastar para solucionar a questão Seria a escolha entre duas alternativas polaras 1 O abolicionismo sucumbiu a sua próprias contradições destruição do escravismo 2 O abolicionismo foi um poderoso fator no processo de Para resolvêla ete propõe um enfoque quantitativo que consiste em considerar o abolicionismo como uma variável econômica e exógena e em excluir do estudo sobre a ati tudes das pessoas diante da escravidão tomando como indica dor o comportamento do mercado de escravos A dificuldade consiste em não ser muito bons em Pernambuco os dados disponíveis acerca dos preços produtividade e longevidade dos escravos Ao cabo de sua análise Reis chega a três conclusões secundáriamente como uma questão racial ou estritamente eco nômica11 Ao tratar especificamente do Brasil baseiase na histori ográfia disponível na época com ênfase nas obras de Viotti es Costa R Toplin e Warren Dean Seu argumento central es em que por motivos diferentes os proprietários de escravos de cidades interiores e os da cafetaria pública do Oeste de ter a abolição que foi recusada muito plausivelmente e acei ta em 1888 decorrente da abolição em sua po lisaç ão reacionária os cativiçores do Vale do Paraíba Os plan tadores de São Paulo seriam homens novos muitos provienia tes das cidades passíveis de conversão forçada ao abolicio nismo Os fazendeiros paulistas não eram abolicionistas embora estives sem preparados para se acomodar à nova ordem mas poderiam aceitar a abolição sob pressão pois o país escravista não formava a base de sua comunidade e modo de vida12 Notese que embora enfatizando este aspecto e por outro lado o escravismo da região norterida do país e pelo táfico in terprovincial e o fato de que já antes da abolição se comple ou patriarcal do Nordeste já antes da abolição se comple tar conseguirá manter seu estilo de dominação sobre os ma jadores lavradores e decassados mesmo que não fosse a ofensiva dos abolicionistas indicando que Genoveva que ins reção de escravos e libertos que fez pairar sobre os fazen deiros a ameaça de uma luta de classes concluindo assim em certos decisivos a explicação por ele adotada para a cri ção dos elementos de elucidação paulistas tem sido índice capitalista dos últimos anos com argumentos de peso Ge Mencionará de passagem o livro posterior que da que levou não somente à abolição como também à revolução Haití que vislumbrara no movimento social e nacional de se faz da sociedade escravista começa a ser alterada Se uma certa visão da plantatio consolidou a partir da generalização de certos relatos sobre unidades produtivas exemplares mais do que exemplificadoras de uma determinada realidade social e econômica o gênero de discurso depositado pelo historiador como Antônio Sérgio da Condé 1970 p 209234 tem levado a uma estratificação social como fonte privilegiada Se não há divisões quanto ao papel e a posição da escravidão enquanto instituição social entre senhores escravos e homens livres pobres que começa a parecer pouco realista2a pondo em questão mesmo a ideia de uma clara demarcação entre esses grupos sociais em especial entre os senhores na sociedade escravista O discurso da época em suas diversas expressões políticas jurídicas literárias etc revela de certo modo as formas pelas quais a sociedade escravista foi pensada ou apreendida pelos contemporâneos O mundo dos viventes como se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fez presente à época este discurso sempre se fe sema operária e popular levou entre outras coisas ao surgi mento de uma ala radical do abolicionismo muito minoritária Em função disto em algumas ocasiões abolicionistas e es cravos conseguiram conjunções suas ações o que corroboran sideração não foi representativa13 Acerca da rebeldia ne aqui a sua opinião en sublinho essa rebeldia negra antecede em muito o movimento abolicionista na Inglaterra desde o século XVIII14 e consubstanciava um fato histórico relevante como co nsequentemente o movimento abolicionista somente se ma nifestaria em escala pequena e em poucos estados no sécu X XIX É exatamente a crise irrecuperável do final do século XIX fruto ainda tardio que se desça dar co racão ao abatido movimento dos escravos em que muito me todos terão de ser escravizados em novas legislações Nego ções imporatões elas devem ser computadas aos limites aboli que a construção17 A questão não resolvida por este e por outros autores que sustentam idéias similares é a seguinte se a rebeldia ne gra como me parece correto afirmar sempre existiu no inté rior da sociedade escravista por que no século XIX deixou de ser assassinada por tal sociedade tornandose fator de sua desestabilização é claro que um dos problemas tanto na posição de Ianni quanta na de Moura justamente o de serem postumes polati res unitários Há porém opiniões que são menos cam Estudando a literatura negra abolicionista em Cam pos Lana Lage da Gama Lima se interessa centralmente pela análise do papel da rebeldia negra na crise final do escraví do papel da rebeldia negra na crise final do escraví lização que pode ser como uma das opostas limitações Isto lo pode ser também como uma oposição mérito história escravo como vítima inerente a do escravo afirmadas e oposição límitações percebia como uma constante na história rebeldia e por ela percebida como uma constante na história da escravidão e em sua abordagem e em sua abordagem são ressaltados a respeito e do Azevedo escravidão e abolição no Brasil Tratase do contraste entre afirmações de caráter implicitamente quantitativo eu sublinho grande número de atentados e crimes p 25 muitas vezes o desespero levadoo ao suicídio p 39 o aborto foi frequentemente provocado p 39 foram frequentemente as tentativas e conlíticas em que essas manifestações se cumplicam p 49 p 71 e uma tentativa expressiva de rebeldia Imediatamente qualificada através da enumeração de exemplos que nem o documento menciona Esta maneira de tratar a questão tão séria e tão diretamente documental aliás considerada permite de fato pesquisa a incidência efetiva e a importância relativa dos diversos movimentos de rebeldia o número de pessoas effectivement envolvidas em cada caso etc A autora argumenta com base nos movimentos revoltosos que podendo quase todas as manifestações do sistema se evidenciarem e se multiplicam as condições dos rebeldes negros aproveitandose da conultura social para organizar ataques evasões ou para contribuir a novos movimentos e revoluções 1 exemplos disso Minas Gerais no século XVIII grande foco de rebeldia negra e a Bahia no final do mesmo século 2 Força da revolta e luta marinante em que participavam escravos a revolta de Felipe dos Santos em 1720 em Minas a revolta dos Alfaiates em 1798 na Bahia 3 Esta forma de tentar comprovar as afirmações é constante no livro um pequeno trecho de afirmado algumas referências provam a passagem de propósito ao aborto p 39 um relatório de chefe de polícia freqüente de 1871 aparece como comprovação de tentativas repedidas no distrito de Corte dos escravos abandonados pelos senhores no cabugo da Corte p 49 etc Agora o livro recentemente publicado de Celia Maria M de Azevedo relativo à província de São Paulo no escravidão e abolição no Brasil das pelo cotidiano não organizadas num todo coerente e do próprio ideário como frequencia repremida e derrotadas por tal razão quando existam fontes disponíveis para sua análise antes que o movimento histórico se perifique em histórias gráficas as que conhecemos continuam sendo todas quartanas e feitas e fazem a história figuras entre outras ou pequenas grupas que vivem outras ações todos vivendo em primeira pessoa os departamentos daqueles que tentam garantir sua própria posição social para evitar que elas continuem a se repeir ponto em risco da sobrevivência dos interesses dominantes21 Neste ponto há algo estranho a démarche proposta tem um livri confunsível de definir ética Os autores críticos são acusados do seguinte por classes privilegiadas da ação da classe dominante eou da classe média estes estudiosos acabam por assumir a fala deste agentes ficando assim o objetivo de resgatar a ação dos dominadores no caso os escravos objetivando reclamar a mesma coisa em uma vez no caso da escravidão não importa quão rica seja construída para demonstrar o seu papel auxiliar na história22 Objetivo de quem No contexto se poderia alias falar de unissão talvez por isto a crítica metodológica é moral de certos autores nao conduz como seria lógico a sua retração Não há qualquer tentativa de denúncia Temse a impressão de que a denúncia em si é afirmação de que em sistema desigual se deseja valorar tais lutas implicitas são superiores a contrárias Mas sobre se esta contradição por caminho e por vezes não estão em outro lugar do caminho só se possa conseguir a convenção entre releitos e reprobos bons de uma distinção maius Discoro frontalmente outrossim de um ponto central e critica da autoria a estudiosos como F Fernandes O Itami e abolição como problema histórico e historiográfico que concerne à temática de que estamos tratando20 Ao criticar especificamente o que chama de Escola de São Paulo isto é os trabalhos históricosociológicos de Florestan Fernandes e seus discípulos tendência da qual curiosamente parece excluir Maria Sylvia de Carvalho Franco atribui assim a esta escola o impulso inicial e a direção das rebeliões e fugas de negros numa ação que parece decidida a priori racional Os escravos surgem como vítimas passivas das pretensões abolicionistas decisões ou como atores de um modo de produção de conflitos conflitados por decisões objetivas às suas ações por não poderem desenvolver sentido político específico de classe assim para a alienação Em suma as classes não protagonizam no processo de destruição do escravismo sob a direção do branco redentor A autora acha que a explicação principal deste modo de encarar as coisas é a ideário marxista de tipo funcionalista reduzindo as busca na determinação de acontecimentos à explicação última dos eventos históricos na estrutura econômica Sendo assim a luta de classes teria reduzido de Florestan Fernandes a luta decisória pp 176177 para ficar referência por dividida e subordinada ao interesse das decisões Para a autora Florestan Fernandes não foi determinante da extinção do escravismo Essenciais teriam sido as divisões classes de classes entre senhores e escravos não foi determinante da extinção do escravismo Essenciais teriam sido as divisões classes dominantes e a ação modernizadora das classes médias mesmo referindo o Decio Saes que no entanto pertence à corrente de pensamento bem diferente do escravismo e postular mudanças econômicas políticas e sociais desenvolver a consciência das contradições Passando a explicar sua própria opção teórica a autora contra o reconhecimento de importância somente ás lutas expliticas que indicariam uma racionalidade do movimento histórico baseiase em C Castoriadis para propor uma variorização das lutas implícitas das pequenas lutas disseminar escravidão e abolição no Brasil negros foram dando forma a postulados sociais assumidos coletivamente pp 3396 referente ao contexto e à imprensa paulista seguese o estudo principal dividido dois enfoques complementares sincrônico e diacrônico O enfoque sincrônico pp 99162 trata das representações sobre o negro em diferentes seções que continuam os jornais do século XIX análise que conduz à conclusão de que tais seções cumprem papéis e representações construídas de uma só compreensão estruturalmente representações quando referidos a um sistema em que segundo os princípios da linguistica e da antropologia está contido um conjunto dialético o advém da posição que ocupa em relação aos demais Assim mais do que entender isoladamente as representações sociais sobre negros que apareciam no interior de cada seção buscouse perceber como essas seções cumprem um maior e enquanto conjunto que papel desempenham para o maior Essa questão e outras mais recorrentes só foram esse momento no Brasil83 Em seguida o enfoque diacrônico pp 163245 isto é periodizado e abordado três vezes temporais fiel e amigo 1 18751885 do negro violento o negro fiel e amigo dos brancos entre o bel a fera 2 18851888 quilombola e escravizado quando 3 18881900 os novos personagens o negro degenerado Devem ser ressaltadas a meu ver as boas análises dos limites das concepções do abolicionismo radical através do jornal A Redemptão articuladas semântico que se estabele lece entre os vocábulos preto objeto passivo e negro sujeito autônomo nos anos 18851888 87 Continuo achando que das diferenças entre os pro tres tipos estão por ser feita uma demonstração de algum vendar consequências e seu efeito vários efeio imigratório de peso te aceitável e portanto convincenteg30 Imigratismo e abolição Um fator central na explicação das diferenças entre os processos de abolição nas Américas e seus efeitos variados presentes no Brasil isto é a enorme complexidade da questão imigratória 3 No caso brasileiro no início da década de 8 contase que um fluxo contínuo de imigrantes principalmente italianos e portugueses operava com um tipo de concentração socioeconômica abolição no Nordeste e no CentroSul Com efeito no primei ro caso os exescravos e outros trabalhadores nacionais foram aparentemente incorporados à estrutura produtiva como mãodeobra à medida em que se enfraqueça a escravidão Este processo já muito avançado em 1888 tornou historicamente praticamente inviável uma vigorosa política imigrantista na região3 1 No CentroSul porém uma imigração passou a configurar a partir de certo momento no fim do século 19 e tornouse forte componente da economia local Na tentativa de explicar os casos como o de São Paulo a disponibilidade de imigrantes em um contexto de cres cente escassez de mãodeobra para sobre São Paulo Emília V da Costa sobre um elemento im portantíssimo na explicação do primeiro plano da abo lição imigrantismo como fenômeno O imigrantismo típico entretanto dos escritos da cientista polí tica Paula Beiguelman em especial de sua tese de doutorado defendida na década de 1970 baseavase principalmente numa poli tização do processo de formação de uma polí tica partidários no concurrence ao abolicionismo privilegiando extra o do grande escritor de Joaquim Nabuco três autora também concede grande peso ao contraste entre o novo áreas cafeeiras Uma destas regiões acabaram por enfrentart O problema da falta de braços vin 90 91 abolição como problema histórico e historiográfico culado aos golpes que efetaram o sistema escravista a partir do término do tráfico e abertura dos portos através de uma opção definida pela grande imigração29 Não que os fazendeiros do Oeste novo fossem dotados de uma mentalidade especialmente racional e progressista ou que a abolição laboriosa operava com um tipo de concentração socioeconómica guiadas para trabalhar onde parecia não haver necessidade de incentivo que lhe evitaria o investimento em escravos e até mesmo o recurso a um quadro coativo29 Tal opção é apontada como sendo primordial no caminho conduzente à abolição à orientação imigrantal do setor de vanguarda provocando a crise fundamental dentro do escrata vision ao mesmo tempo que promoveu também limito o abolicionismo em suas possibilidades transformadoras30 Ao ser impo como political provincial significou o so bre1hamento do libertor porém perecia temporária e pontu datório Isto porém não se devia à distância brejamentos pensavam Florestam Fernandes de seus dis cionárias a maior qualificação profissional dos colonos euro peus teria mais força com a possibilidade de con tribuição no trato de certas novas trabalhando uma mão de famílias interestas de colonos e com o fato de que o pesado ônus do traslado e de outras despesas ocasionadas pelo fluxo contínuo de imigrantes foi a partir do certo momento assumido pela autoridade da Fazenda Como se vê a imensa maioria não veio para o misto assunto Paula Beiguelman acha que a superação do trabalho escrito 32 A originalidade do sociólogo José de Sou za Martins conduziu em apresentar uma outra interpretação o capitalismo mercantilista correlação do capital mas também relações subordinandoas a reprodu o capitalismo na sua expansão não só redefine antigas 93 abolição como problema histórico e historiográfico de escravidão mas igual e contraditoriamente ne cessárias a essa reprodução A produção capitalista de relações nãocapitalistas de produção aparece na forma de reprodução ampliada das contradições do capital mas também como criação e subordinação de relações précapitalistas mas também Um comple mento antagônico subordinação e tenuidade da relação nãocapitalistas se dá onde33 no comércio No tocante especificamente ao colonato nas zonas ca feiras teríamos o seguinte No interior da fazenda apenas uma parcela da população tra balhadora é que se dedicava ao benefício do café caçavam encanamento e havia uma parte da população da es tabelaecidas com base no pagamento de salários No trato coletivo do café Entre os funcionários não faltou o advento do trabalho livre na forma colo nial à grande massa de trabalhadores das fazendas de café à margem do colonato como parte trabalhista Sob pro certo momento dispunha de trabalhadores mais baixos e os chos trabalhadores resultava salários que nas relações de produção ao contrário distribuía daquelas que vinculavam os demais trabalhadores ao fazendeiro34 Esta caracterização do colonato me parece fecunda Te nho a impressão entretanto de que ao desenvolverse a pes ele redigida do capítulo Luis R Fragoso ver a parte por tradicional do trabalho e de encarniçada luta destinada a trabalhar o modo de comércio do Brasil no século XIX rela agriculutra e comércio de Martins apesar de um referencial teórico renovado da forte influência em São Paulo de teorias que partem da noção de capitalismo mercantil implicando a subordinação persistente de produção nas áreas que foram objeto da colonização moderna Imaginário e abolição Duas obras publicadas em 1987 inauguram nos estudos bra sileiros sobre a escravidão e a abolição no século XIX um tipo de análise que embora a história da chama Nova História preocupase de forma prioritária com a dimensão do imaginário das representações Tematicamente tratase sem dúvida de um enriquecimento do setor de pes quisas sobre esta parte do capítulo que interessa dimensa mensionada deve ser integrada tanto como ad nova mente mencionada na vista da historiografia Quanto ao ângulo teóricome todológico porém certos aspectos me parecem ambíguos e mal resolvidos nos livros em questão avaliados por Lilia Moritz Schwarcz engrossando antropologia e empreendendo uma análise de jornais paulistas do século passado ocupouse centralmente como estudo de representações que conduzam à emergência da temática racial no final daquele século de como as representações sobre 92 abolição como problema histórico e historiográfico Antes de deixar este item queira recordar que a posição de José de S Martins também remete a outra linha de racio cínio teórico Martins similar à de uma escola neerlandesa derivada do nacionalmarxismo mas que retoma um ângulo de análise já presente em HJ Nieboer 1870 isto é da dialética patenteada por exemplo em uma obra ainda não identificada de terras livres o trabalho tinha de ser num regime de terras livres o trabalho tinha de ser cativo num regime de trabalho cativo a terra tinha de ser cativa Uma das sucessoras de Nieboer a também holandesa Kloosterboer no final de um extenso trabalho comparativo de setores do trabalho mundial como Martins pode afirmar em suas con clusões que a abolição da escravidão não significou necessáriamente o fim do trabalho como forma última fo rman desenvolvidas e compremdeidas em que isto pareceu ne cessário ou vantajoso do ponto de vista econômico36 que por força inclui tudo aquilo que não são as representações Eis o que diz a respeito Lilia Schwarz se por um lado as representações não assumem uma autonomia total que permita percebêlas como absolutamente des vinculada do conteúdo econômico também não são entendidas como um sistema de significação totalmente fechado num momento histórico imediato ou mesmo como imagens cristalizadas que não admitiriam ambiguidades ou transformações39 Ora isto deixa sem qualquer solução em plena indefinição a questão de averiguar como a autora veja as relações entre as representações e a estrutura social o sujeito não político o ideológico e não se percebe sendo assunto de nossas investigações politicamente e socialmente situadas O que se compreende na obra da evolução resumida nas páginas 33 a 53 da mesma A segunda parte referese à concepção das representações como uma espécie de caleidoscópio p 250 que por sua vez indica creio eu outra ambiguidade de peso nas opiniões da autora a que diz respeito a saber se existe nas mesmas um sujeito principal ou ao contrário um sujeito social ver primeira página à é de Celia Maria Marinho de Azevedo a que já me referi em outra série de estudos incluindo o capítulo principal do livro uma estuda do autor trabalha no Brasil o problema São Paulo no século XIX A autora aduz uma questão a mais sua análise não é tão abrangente e muito do que afirma sobre o imigrantisimo cai como aparece na historigrafia que criticava todo inaplicável à não A justificação da disponibilidade para o Paulo para o Brasil na página 29 é aliás curiosa por ressaltar um fator estrutural do tipo dos que é autora costume mínima do livro até que ponto a imagem de negros e mestiços como uma massa inerte desagregada inculta sem grande importância lisescravidão e abolição no Brasil a nossa consiste em negar validade analítica as determinações estruturais o sim em reconhecer que elas servem para a finalidade de estudo enquanto elementos dessa análise para a qualidade e a estrutura do campo das possibilidades e portanto com consideraçao Mas não permitem deduzir a partir do momento em questão uma evolução necessária unívoca dos eventos e processos e termos e conceitos os mais impraevitáveis e corretos as alianças da ação individual e do as vitórias 0 impacto da ação alternativa fazendo com que se dividam a resolução que advemos dada uma não outras que nem tomam em conta a direcção outra assim convém ampliar o campo das estruturas levadas em conta sem limitatse ao nível econômicosocial stricto sensu Vilar que sintetiza essa questão ao escrever Pierre em prorroterio na tentativa de conciliad as historiografias assim como ca epistomológica para tentar comprender Também a posição dos agentes sociais dos catedráticos isoladas das dos valorizaram contextos estruturais também indicam outras influências bem visíveis como a de Prado Júnior é o esquema de Eric Williams estrutura ao reiterse à escola sociológica de São Nos estudos que agora faremos um dos riscos maiores é exatamente o oposto do que apontávamos na seguncedente o de enfadar a análise das determinações estruturais e sistêmicas como a abolição parece decorrer das inerentes ao sistema escravista do peso crescente das contradições bem percebidas já em escravista no século passado Isto foi bem percebido uma zada que não ao estressar ao referirse à escola sociológica de Sao Paulo registre última intervenção dos indivíduos e o acaso mas com uma eficácia que depende sempre num prazo mais ou menos longo da adequação entre tais impactos descontínuos e as tendências dos fatos maciços48 Um outro risco de peso é aferirse a um quadro teórico estreito no sentido de transmitir a idéia de cedência e perda de força dos determinantes das estruturas sociais pois perdi credibilidade ao ter suas fraquezas demonstradas e não promessa parafraseando a passagem citada nas denunciadas por pesquisas posteriores Um bom exemplo é de Williams sobre a víncula inaugurada em 1964 por Eric Williams entre os vínculos adequando escravidão moderna e capitalismo comercial que não é capitalismo primitiva e entre abolição e conesta concepção hegemonia marcada por deviantados pela indústria tempos tanto no caso da escola sociológi centrrais em nosso país quanto posteriormente no dos escritos que desenvolvem o sistema colonial Feijo de São Paulo assim a noção Antigos pesquisadores muito desacredita Brasil talvez seja o seu último trabalho já nos últimos vinte anos pobres sucessivos golpes assassinados de Eric Williams até 1987 pelo mensagem segunda ou talvez a sua afirmada às vezes por tabela de livros sobre escravidão e abolição em alguns trabalhos brasileiros49 No final da década de 1950 e no início da seguinte porém era ainda perfeitamente razoável considerar Eric Williams como um ponto de referência Tamnié F H Cardoso fez referência bastante tizeram menos aceitação nestes autores o ecletismo teóricometodológico sistemático Estava tido a enormes problemas o desejo de unicação un modo de determinação única do fenômeno da luta de classes e destrutivo Weber Durkheim o funcionalismo e estrutura patrimônio a personalidadestatus o capitalismo e escravidão e abolição no Brasil que provê a explicação da abolição mesmo se o processo abolicionista não é em si analisado no bojo da crise do colonialismo mercantilista ao funcionar plenamente crise do sistema vai quando o mesmo tempo às condições de sua superação35 Em anos recentes podemos citar alguns trabalhos geralmente concentrados no exame dos anos que vão de 1850 a 1888 em que a ênfase recai sobre a análise econômicosocial da escravidão em função da qual se formula a questão histórica da abolição da transição a outras formas de trabalho São obras que como várias outras a mencionar adiante tiveram origem na expansão da pósgraduação em história no país Compartilham com a escola sociológica de São Paulo a preocupação com o enfoque de tipo regional e estrutural Caracterizamse porém por uma entrada bem maior e por uma ampliação da base de fontes utilizadas em especial tratando de trabalhar documentações maciças que permitem construir categorias amplas a partir de unidades como os papéis dos cartórios e dos arquivos paroquiais a aliança que se alarga no refino dos métodos e técnicas de análise Bons exemplos são os livros de Diana Soares de Galiza sobre o Espírito Santo36 e de Vilma Paraíso F de Almada sobre o Espírito Santo37 Conclusões A análise empreendida não esgotou obras nem autores nem mesmo examinar os eixos temáticos entre os quais escolhi somente os que me parecem mais representativos A opção por uma abordagem através desses eixos temáticos pode ter ocultado outras tendências gerais que procurarei identificar nestas conclusões Estarei pensando especificamente na historiografia produzida no Brasil 2 Se pelo contrário será possível na prática da pesquisa chegar à consideração que a hermenêutica e a analítica abolição como problema histórico e historiográfico 2 Do ponto de vista metodológico no período pós1960 se confirma quanto à pesquisa da história da abolição uma tendência muito positiva aos estudos regionais já presente no início do período estudado reforçada depois pela multiplicação dos cursos de pósgraduação Em contraste o enfoque comparativo de pesquisa praticado nos Estados Unidos e no Caribe na área de desenvolvimento entre nós teve infelizmente pouco desenvolvimento entre nós Pareceme evidente uma tendência à renovação no conhecimento aos tipos de fontes que são usados e às formas de históricas contraditórias mas apenas abordagens metodológicas que exploram áreas complementares da experiência histórica38 Além deste dilema cuja solução não está ainda à vista aqui adianto que há dificuldades que quase sempre tomam como ataque pessoal a ciência histórica Examinando para além dos limites do trabalho a força da crítica que muitos autores cometeram e continuam cometendo cientificamente é sempre tomada com ataque pessoal a crítica atualizada em um sentido formal como usuária social não sendo a real vencedora de uma verdade científica necessária numa vida acadêmica e universitária saudável Inexistia em história na proverbial comunidade científica e técnica uma dureza que foi apontada e feita sua memória segundo alguns estudiosos da escrita neste capítulo os intelectuais brasileiros sofrem as vezes de considerável paralisia e da abolição e da escravidão da pressão em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade pela ausência de pressões em contrário e pela imensa dificuldade causada por uma produção em si manter uma atitude lógica ainda vigorosa quanto à facilitação das hipóteses para evitar um estado de distorções graves e de empobrecimento abolição como problema histórico e historiográfico 1 O período abordado viu um desenvolvimento decisivo da profissionalização dos cientistas sociais e historiadores em nosso país mesmo sendo verdade que tal processo ainda não está concluído Isto se intensificou sobretudo a partir da década de 1970 com a proliferação dos cursos de pósgraduação e também o surgimento e apoio às pesquisas Como resultado destas mudanças é possível constatar uma qualidade média bastante alta da bibliografia analisada neste capítulo o que a meu ver não facil a analítica de compreender as mudanças com os escritos e acertivamente também no período comparatório a 1960 Notasse outrossim que se tornaram bem menos freqüentes críticas ou resenhas no passado às obras de intenção meramente descritiva a não menos teórica e de interpretações De fato a mudança das apostas teóricas está notadamente vis De especificar suas escolhas teóricas formulam suas hipóteses em forma explicita ou pelo menos é fácil de se perceber próprios textos reiteram conclusões bem definidas Do ponto de vista teórico além do ser parcial de certos a longo prazo a variação às vezes o mais relevante talvez seja constatar paradigmas explicativos o domínio corrente historiográfica nos anos 1980 a emergência de uma corrente interpretativa como que se caracteriza não apenas por às interpretações análiticos racionalismos e instrumentalismos Existem os antilíticos bem porém no plano das dúvidas mais em seu conjunto se bem radical do que os que que configuraria um corte mais o desdobramento de que os que ocorrer até então Os desdobramentos em todas as perspectivas futuras são possíveis e prevent as mudanças so desde já me parece erófico Quem quer perceber as mudanças so brerá o nível das temáticas preferências ênfase no imagi tário por exemplo De um modo geral tratase do surgimento da autoproposta denominada Nova História entre nós com algum atraso como quase sempre ocorre em nossas importações de correntes Sem 46 Ciro Flamarion Santana Cardoso Reflexão sobre os fundamentos e mudança de paradigma na ciência histórica alemãocidental in Baeta Neves AA e Gehz René E coordenadores A nova historiografia alemã Porto Alegre Editora da UniversidadeInstituto Goethe 1987 p 37 47 Paula A crise do escravismo e a grande unificação Bélgica São Paulo Discurso complexo cafeeiro São Paulo 1981 p 23 48 Idem As ciadas do escravismocit por exemplo pp 2324 2829 34 49 Martins José de Souza O cativeiro da terra São Paulo Livraria Editora Humanas 1979 pp 1921 50 Idem p 8081 51 Idem ver ainda Martins José de Souza Del esclavo al trabaijador volanta in SánchezAlbornoz Nicolas companilador y Ceballos Mario editorial Problemas del mundo hispano Mexico Secretaria de Educacion Pública 1985 pp 225257 52 W Involuntary labour since the abolition of slavery Leiden Brill 1960 En 1960 editado em 1972 53 Schwalter Lilia Moritz Retorno em branco e negro Jornals escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX São Paulo Companhia das Letras 1987 p 247 54 CJ Vainfas Ronaldo Luologia e escravidão Os letrados e a sociedade no Brasil colonial Prefatórios Vozes 1986 p 35 55 Cf Lechner Norbert El presente continuo Nexos México No 108 outubro de 1987 p 4551 56 Cf Darnton Robert Histórias populares Lechner N Além do popular passim Ver 15 outubrodezembro de 1986 pp 35 em oposição ao debate a respeito de Gonzalo Ideología e vida histórica concreata Puente Ojea Gonzalo Ideaología y historia El reformismo escrico en la sociedad antigua Madrid Siglo XX 1974 pp 1745 Por exemplo Helter Agnes La vida que cambió Nexos Nº 118 outubro de 1987 pp 4751 Sobre os autores CIRO FLAMARION SANTANA CARDOSO Nasceu em Goiânia Bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 1965 Doutor em história pela Universidade de ParisX 1971 Professor e pesquisador na Costa Rica e no México 19711978 Ensina história na Universidade Federal Fluminense desde 1979 Autor de Escravo ou camponês São Paulo Brasiliense 1987 HEBE MARIA MATOS DE CASTRO Nascida em Muriaé Minas Gerais Licenciada em história pela Universidade Federal Fluminense 1980 Mestre em história pela mesma universidade onde prepara o doutorado É professora assistente de história na Universidade Federal Fluminense Autora de Ao sul da história Lavradores pobres na crise do trabalho escravo São Paulo Brasiliense 1987 JOÃO LUÍS RIBEIRO FRAGOSO Natural do Rio de Janeiro Bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 1979 Mestre em história pela mesma universidade 1983 com a dissertação Sistemas agrários em Patzab Sui 18501920 Prepara atualmente seu doutorado em história na Universidade Federal Fluminense onde ensina desde 1986 RONALDO VANFAAS Nasceu no Rio de Janeiro Formouse em história e obteve seu mestrado na Universidade Federa Fluminense onde leciona História da América desde 1978 É doutorando pela Universidade de São Paulo desenvolvendo pesquisas sobre moral e sexualidade no Brasil colonial como base em fontes da Inquisição Autor de Ideologia e escravidão Petrópolis Vozes 1986 SOBRE OS AUTORES Ciro Flamarion Santana Cardoso autor de Escravo ou camponês 1987 foi professor de História da Lecomenda Costa Rica no México 1971 a 1978 Fluminense História na Universidade Federal Fluminense UFF desde 1979 Hebe Maria Mattos de Castro é professora assistente de História na UFF e autora de A sul da história Lavradores pobres na crise do trabalho escravo 1987 João Luis Ribeiro Fragoso prepara atualmente seu doutorado em história na UFF onde ensina desde 1986 Ronaldo Vainfas autor de Ideologia e escravidão 1986 leciona História da América na UFF desde 1978 É doutorando na Universidade de São Paulo onde desenvolve pesquisas sobre moral e sexualidade no Brasil colonial com base em fontes da Inquisição Ilustração da capa Escravo urbano negro de ganho Fotografia tirada por Christiano Junior num dos estudos que manteve na Corte do Império do Brasil entre 1864 e 1866 COLEÇÃO JUBILEU A Coleção Jubileu adota uma ótica necessariamente polemica reflexo do pouco comum nos desafios que somos hoje colocados como na universidade Talvez aqui relembra a frase de Lucien Febvre Não temos nunca convinções absolutas quando se trata de fatos históricos O historiador não é o que sabe mais mas o que duvida Há mais de cem anos o Dicionário Contemporâneo da Litera Portuguesa de Caldas Aulete já registrava como aceptação popular para o vocábulo jubileu a de uma comemoração estatutária por um quarto de século de tempo sem precisão Esta Coleção Jubileu todavia poderia descartar para este termo qualquer sentido laudatório ou simplesmente cronológico mas a feição de uma certa história impregnada pelo ofício em simismo A Coleção Jubileu pretende avaliar a historiografia suscitada pela decorrência de um grande período do tempo social que nos separa de significativas transformações identificadas ao longo do processo histórico brasileiro Próximo lançamento O Feste e o Prizma Uma revisão historiográfica do Estado Novo José Luiz Werneck da Silva organizador JZE Jorge Zahar Editor RESENHA CRITICA OBRA Escravidão e Abolição no Brasil Novas Perspectivas de Ciro Flamarion Cardoso Em um momento de transformações e muitas reflexões acerca do mundo pandêmico em que vivemos pensar e produzir ciência no Brasil tem sido cada vez mais desafiador Em vista disso fazer ciência e produzir conhecimento têm sido uma tarefa que serve para mostrar nossa capacidade de sermos resilientes e resistentes Um país racista apesar de muitos não conseguirem reconhecer eou enxergar tal assertiva que tem uma sociedade marcada por divisões socais que muitas vezes remontam às práticas de um Antigo Regime Enquanto existem esforços contínuos de mostrar as ações de sujeitos e grupos como participantes ativos dentro e fora do cativeiro da busca por autonomia e existência ativa na formação social brasileira quebrando com uma historiografia que colocava os homens e mulheres escravizados como seres passivos e sem autonomia Também tem sido bastante problematizada as limitações da liberdade no contexto pósescravista tendo em vista que o 13 de maio de 1888 marcou o fim de um processo com mais de 300 anos contudo tal lei não garantiu inclusão para aqueles que acabavam de sair do cativeiro Destacamos que o campo do pósabolição procura observar como os exescravizados preencheram suas ações de significados políticos culturais e sociais amplos e variados começa a aparecer em suas numerosas modalidades e contrates pelo menos em algumas regiões revelandonos uma sociedade bem mais complexa do que se pensava os estudos acerca dos próprios escravos estão porém mais avançados Isto é verdade principalmente na década de 70 relativamente à questão da resistência e rebeldia já que não tocam a outros aspectos do diaadia dos cativos demografia estruturas familiares rosto e trabalho etc conseguimos a disposição de textos muito esclarecedores alguns dos quais foram comentados nas páginas precedentes 121 De novo o problema costuma ser neste caso também o das simplificações polarizadas Na década de 1960 a crítica a concepções exageradas de Gilberto Freyre Frank Tannenbaum feita entre nós nas obras históricosociológicas de Florestan Fernandes e seus discípulos conduziu à visão do negro escravo como vítima imóvel do escravismo ressaltandose as consequências dolorosas da opressão desumanizando um sistema fantascal eou de casta e a personalidade do cativo e sua ação como sujeito social 122 Tudo isso corresponde à pauta da década seguinte pósse a construção da escravidão pela negação em forma igualinversa à simplificação unilateral e em escritos que se ressentem de sérios problemas metodológicos 120 Posicões militares são sempre inadequadas As mesmas tentações de signo oposto à da 1a década da década de 1960 surgem na história dos negros nos Estados Unidos ao propor a idéia de que o negro rebelde de H Aptheker se iguala ao Sambo termo norteamericano para o escravo infantilizado e incapaz de ação própria à de S Elkins ambos inconvenientes em sua extrema abstração 127 Mas já há há vinte anos que G Rawick escreveu sensatamente a respeito A menos que o escravo seja um fantoche uma abstração teórica ele é será ao mesmo tempo Sambo e revolucionário Sambo e Nt Turner 128 A constatação em si de que a rebeldia negra existia na América Portuguesa desde os inícios da escravidão de africanos é algo válido e necessário Mas é evidente por exemplo como se sabe há muito no Caribe que a fuga de escravos e a formação de quilombos podem assumir significados e também variações que se confundem 129 Só uma pesquisa cuidada e crítica é que pode esclarecer adequadamente a sua incidência efetiva por períodos e períodos e com que tipo de repercussão e afirmação indiscriminada e mal apoiada da sua onipresença Pesquisas assim desmentem rapidamente a homogeneidade ilusória sugerida por sínteses voluntaristas e apresentadas 131 Por citar a ideia de volta de algumas facetas que emergem da história e a que certas coisas na realidade histórica interessamse realmente demonstradas por historiadores de hoje a que sejam encontradas sem falta mesmo ao preço de um emprego inadequado da crítica interna e de outros instrumentos metodológicos Este livro constitui um verdadeiro e útil método de análise numérica original e nos Estados Unidos uma visão compartilhada no Caribe e uma aberta capítulo a respeito das temáticas produzida no próximo capítulo da qualidades das relações entre elas o poder da rebeldia negra e abolição no século XIX Tratase sem dúvida de algo que tem fortes implicações políticas e ideológicas exatamente por isto impostos mais do que o uso que delas fazem os estudiosos nas suas análises críticas cuidadosas O passado recente da América Latina sem excluir São Paulo está cheio de exemplos dolorosos de graves implicações políticas de análises equivocadas exemplos cujas lições são raramente apreendidas A última palavra será otimista Como diremos mais em detalhe ao concluir o capítulo 2 a comparação das obras produzidas no Brasil depois de 1960 sobre a escravidão com os escritos de épocas precedentes favorece no conjunto Johnson A Jr Hardt B A preliminary inquiry into money prices and wages in Rio de Janeiro 17631823 in Alden Dau crescente profissionalização dos historiadores e outros cientistas sociais em nosso país bem como da difusão dos estudos de pósgraduação Fica por fim uma sugestão seria interessante levar a cabo para o Brasil uma análise como a empreendida no passado por Winthrop Jordan Este mostra como em seu país as percepções do negro sofreram da questão racial das lutas sociais dos negros por seus direitos influenciaram poderosamente as imagens sucessivas da escravidão elaboradas pelos historiadores 132 14 Cardoso Ciro Flamarion S Escravatura e dinâmica da população escrava nas Américas Estudos Econômicos São Paulo XIII n 0 1 1983 pp 4546 15 Gordier Laurence As divergências entre Ciro Cardoso e J Cohen Acerca das teorias sobre o que o primeiro chama de brecha camponesa in Gordier org op cit pp 739 Cardoso Ciro Flamarion S op cit pp 7071 109138 e 172 16 Questionamentos sobre a teoria econômica do escravismo Estudos Econômicos XVIII n 0 1983 pp 249257 114 17 Gordier op cit pp 4166 Sobre as ditaduras de Antonio Brasil e do Amaro Voz do Povo Rio de Janeiro 1990 pp 24 18 Cardoso João Manoel Cardoso O capitalismo tardio no Brasil in Basu Org Más recentemente a ideia de que seria impossível explicar a produção escravista colonial foi defendida em Arruda José Jobson Produção colonial e imperialismo Revista de História da ANPUH coop 9 1986 pp 8889 19 Cardoso João Manoel C Idem p 44 20 Melão Ciro Flamarion S As concepções acerca do sistema econômico mundial e do antigo sistema colonial a preocupação obsessiva com a periferia in Lapa José Roberto ad do livro do autor pich Cardoso Ciro S Escravo e Colono colonial Estampa FA Portugal 1984 pp 109132 21 Cf Cardoso Ciro Flamarion S Escravo ou camponês pp 1617 22 Idem op cit Georreferdent O escravizo Rio de Janeiro 23 Martins Roberto Borges Minas Gerais século XIX tráfico e agiotagem e escravização numa economia nãoexportadora Estudos Econômicos XIII n 0 1 1983 pp 181209