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III Seminário Científico da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 1 TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PRÁTICA UM FAZER DIFERENTE Juliana Santiago da Silva1 Thabata Braga Mendes2 1 Mestre em Ciências pelo Departamento de Imunologia Básica e Aplicada da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP Professora da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu FACIG jusnthotmailcom 2 Professora do Instituto de Educação Superior Dellatorre de Manhuaçu Resumo As tecnologias assistivas são metodologias relacionadas à atividade e participação de pessoas com deficiências visando sua autonomia independência qualidade de vida e inclusão social Diante destas questões este trabalho objetiva identificar a prática da tecnologia assistiva na sala de aula onde foi aplicada uma entrevista semiestruturada para uma professora regente em uma escola pública da rede estadual de ensino Como apontado neste estudo a tecnologia assistiva tem ocorrido nas salas de aula Entretanto muitas das vezes o professor regente desconhece a terminologia destes recursos Pontuase também a necessidade que o professor apresenta em ter mais espaço com os alunos com necessidades especiais sendo as turmas cheias um dos fatores limitadores para que o aluno com deficiência tenha a atenção necessária durante o aprendizado Palavraschave Metodologia Assistiva Inclusão Educação especial Professor Pessoas com Deficiência Área do Conhecimento Ciências Humanas 1 INTRODUÇÃO A educação inclusiva atua no sentido de possibilitar a participação dos alunos que apresentam algum tipo de deficiência no cotidiano escolar Ela utiliza de ferramentas para auxiliar esses estudantes de maneira que eles consigam ter uma educação que é de direito de qualquer cidadão SÁNCHEZ 2005 O projeto do Governo Federal denominado Plano viver sem limites deixa claro que o indivíduo com qualquer tipo de deficiência deve ter acesso a todos os direitos desde o acesso à saúde acessibilidades inclusão social até a educação BRASIL 2011 O conceito de Tecnologia Assistiva no Brasil de acordo com o Comitê de Ajudas Técnicas Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República é produtos recursos metodologias estratégias práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência incapacidades ou mobilidade reduzida visando sua autonomia independência qualidade de vida e inclusão social BRASIL 2007 A educação especial surgiu no intuito de incluir também no ambiente de ensino pessoas com deficiências altas habilidadessuperdotação e com transtornos globais de desenvolvimento de maneira a estudar e produzir mecanismos que atendam às necessidades de seu público alvo GONÇALVES 2014 Nesse sentido observase nos dias atuais a necessidade que se tem de inserir a criança com deficiência no ambiente escolar para que esta desenvolva sua autonomia desempenhe mais suas agilidades socializese e aprenda a compartilhar informações ALVES e MATSUKURA 2011 É também uma maneira que possibilita ao indivíduo com necessidades especiais demonstrar que mesmo nas suas limitações ele possui habilidades e que pode desempenhar funções compartilhando direitos como qualquer cidadão O senso de 2010 realizado pelo INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira mostra um aumento de 10 das matriculas na educação especial Isso provavelmente relacionado ao programa de inclusão inserido em 2007 na escola pública Desta maneira a utilização de recursos e até mesmo a criação de métodos seja eles de tecnologia mais III Seminário Científico da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 2 avançada ou não devem ser inseridos nas escolas regulares assim profissionais capacitados para a utilização dos mesmos Em 2008 foi criado o Portal do Professor do Ministério da Educação e Cultura onde o docente possa ter uma formação continuada com o auxílio das TICs Tecnologias da Informação e Comunicação de maneira a se aperfeiçoar e se preparar para lidar com as questões das diferenças incluindo na educação especial RODRIGUES 2010 Neste mesmo portal é possível buscar o tópico Inclusão da Pessoa com Deficiência com textos e vídeos que possam auxiliar o professor em suas práticas pedagógicas inclusivas Nesse contexto menciona se também as tecnologias assistivas que são métodos capazes de amenizar as dificuldades da pessoa com deficiência física e permitir com que ela supere as suas dificuldades conseguindo realizar suas atividades BRASIL 2007 Copley e Ziviani 2004 mostram que as tecnologias assistivas no ambiente escolar sendo utilizadas por crianças com inúmeras deficiências permite a essas não apenas executar funções mas permite à criança desempenhar sua independência explorar melhor o meio a sua volta e compartilhar experiências Parette e Brotherson 2004 afirmam em um de seus trabalhos sobre a necessidade da participação da família no uso da tecnologia assistiva de maneira que esta tecnologia também reflita a cultura da criança Logo a participação da família na escolha do recurso assistivo para o aluno é fundamental de maneira a colaborar com sua escolarização Foi mostrado também que as tecnologias assistivas já estão inseridas no ambiente escolar e que estas contribuíram no desenvolvimento escolar dos alunos Alves e Matsukura 2011 mostram não só isso em seu trabalho mas ainda observam que as tecnologias assistivas muito colaboram para o aprendizado do aluno facilita sua interação no ambiente escolar e ainda reduz a infrequência na escola dos alunos em questão Pois estes alunos geralmente pela falta de comunicação com o professor e com o próprio conteúdo sentemse desmotivados e pouco participativos tornandose faltosos às aulas Deliberato 2004 também aponta que áreas de comunicação alternativa na educação especial e áreas afins muito têm colaborado para o aprendizado inserção do indivíduo no meio social e até mesmo maior interação familiar Nesse cenário as tecnologias assistivas têm sido atrativas para inclusão do aluno com deficiência no ensino Entretanto é necessário uma melhor preparação tanto do professor regente quanto do professor de apoio quanto às metodologias utilizadas nesta área da educação especial além do fornecimento de material e salas de recursos para que as aulas aconteçam COMUNICAÇÃO PESSOAL Considerando as questões comentadas acima este trabalho objetiva identificar a prática da tecnologia assistiva na sala de aula analisando a ocorrência da tecnologia assistiva na escola assim como também visa apontar as dificuldades do docente na aplicabilidade da mesma e sugerir possíveis métodos para facilitar expandir a aplicabilidade das tecnologias assistivas 2 METODOLOGIA Este trabalho é um estudo de caso com pesquisa qualitativa já que será apontado o uso das tecnologias assistivas como agente facilitador da inclusão em uma escola pública Enfatizase ainda que foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturada por motivo desse procedimento metodológico não oferecer uma estrutura rígida isto é as indagações previamente organizadas estão sujeitas a alterações e complementações conforme o direcionamento que se pretende dar ao estudo Não se trata como afirma Zago 2003 p 306 simplesmente de estender a entrevista a todas as direções O interesse é acrescentar questões que a situação sugere quando estas têm relação com a problemática da pesquisa O estudo desenvolveuse em uma escola pública de uma cidade do Leste Mineiro A qual foi escolhida para o estudo porque a respectiva pesquisadora trabalha na mesma tornando o acesso fácil A escola é de rede estadual e funciona nos três turnos sendo o período matutino composto de cinco turmas pertencentes aos 9º anos do ensino fundamental II cinco primeiros três segundos e dois terceiros anos do ensino médio totalizando quinze turmas No período vespertino tem se seis sextos anos cinco sétimos anos e cinco oitavos anos do ensino fundamental II totalizando dezesseis turmas No período noturno há dois primeiros anos um segundo ano e um terceiro ano do ensino médio três turmas do Educação de Jovens e Adultos Fundamental II e três turmas do EJA ensino médio duas turmas do curso Técnico em Administração e uma turma do curso técnico em Recursos Humanos A escola possui uma diretora administrativa um vicediretor para cada turma e um pedagogo para cada turno com exceção do período vespertino o qual contém dois pedagogos Os dados foram coletados através da realização de uma entrevista semiestruturada na qual foi agendada previamente com a instituição e com a professora A aplicação da entrevista com a III Seminário Científico da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 3 professora foi registrada através de um gravador de áudio e algumas falas foram reproduzidas na íntegra A escolha da professora para a pesquisa foi pelo fato de que a supervisora do vespertino disse ser esta a única que aplica realmente e da forma correta um projeto para inclusão de aluno com necessidades especiais Antes da aplicação da entrevista foi apresentada uma carta de liberação para a direção da instituição Após o recolhimento da assinatura do diretor e permissão para a pesquisa na respectiva escola a professora participante foi esclarecida sobre o projeto e informada que sua opinião seria sigilosa Deixando claro ainda que a não participação ou desistência em nada lhe comprometeria Sendo assim a respectiva professora só respondeu ao questionário quando aceitou participar do trabalho em questão e assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE informando sobre a aceitação quanto a participação na pesquisa Ainda serão utilizados pseudônimos no decorrer do texto para a professora Graça e a aluna Bianca as quais fizeram parte da pesquisa Ao finalizar a coleta de dados os mesmos foram analisados e interpretados com o auxílio da literatura 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Sabendo que o intuito principal da pesquisa seria identificar a prática de tecnologia assistiva na sala de aula da escola alvo a pesquisadora procurou saber se na escola havia algum profissional que formulou um projeto para algum aluno com necessidades especiais A supervisora do período vespertino da escola disse que apenas uma docente desenvolvia um projeto produzindo um real plano de aula direcionado para as necessidades de uma aluna com necessidades especiais A professora Graça pertence ao período vespertino da escola em estudo e inicialmente foi perguntado também a ela qual disciplina ela ministrava na respectiva instituição e em quais séries e ela mencionou Língua Portuguesa ministrada em quatro sextos anos do ensino fundamental II sendo cinco aulas em cada uma destas turmas totalizando 20 aulas semanais Entretanto a professora disse ainda ministrar aulas também da Língua Portuguesa em uma escola particular no período matutino Graça mencionou ter uma aluna especial em uma das turmas que ela leciona na escola alvo da pesquisa Esta aluna possui o Transtorno Global de Desenvolvimento CID 10F8408 A professora ainda informou que já ouviu falar de assistências e adaptações que auxiliam os alunos com necessidades especiais mas nunca havia ouvido falar do termo tecnologias assistivas O próximo passo já que a professora desconhecia o termo foi perguntar qual metodologia que a professora aplica em sala de aula para a aluna com necessidades especiais A professora mencionou que procura utilizar daquilo que o aluno domina para ensinar a língua portuguesa logo ela observou que a aluna que no caso não sabe ler nem escrever mas que domina bem as ferramentas do computador e conhece as letras do alfabeto digita as letras e escreve palavras que ela conhece utilizando o teclado do computador Enfatizando que esta atividade é realizada no próprio computador da professora Há alguns professores que tentam fazer a adaptação de suas aulas e incluir seus alunos Mas estes ainda desconhecem dos recursos e metodologias da tecnologia assistiva como a própria professora Graça que utiliza um destes recursos entende estar tentando fazer a inclusão mas desconhece o termo tecnologias assistivas e suas teorias COMUNICAÇÃO PESSOAL Na realidade muitos trabalhos apontam para as queixas dos professores quanto a não estarem preparados ou terem formação para atenderem os alunos com necessidades especiais SANCHES FERREIRA e MICHAELO 2010 TSAKIRIDOU E POLYZOPOULOU 2014 A professora Graça ainda disse o seguinte ela também consegue reproduzir no caderno mas quando eu faço isso no computador eu percebo que ela tem uma desenvoltura maior entendeu Mas depois ela pega e reproduz no caderno Segunda a professora na APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais a aluna Bianca é assistida nos computadores logo a professora percebeu que seria algo atrativo para que a discente também se interessasse pela disciplina de Português Foi questionado à professora como ela sabia dessa capacidade da aluna de manusear o computador Ela informou que Bianca chegou à escola no final do primeiro bimestre Logo Graça primeiro realizou um diagnóstico da aluna junto à professora de apoio utilizando conversas ditado e leitura e percebeu que Bianca não era alfabetizada e que frequentava a APAE A partir de então Graça traçou um planejamento bimestral almejando no presente bimestre terceiro bimestre que a aluna saiba formar palavras através das sílabas relacionar figuras e palavras construir pequenos textos e identificar palavras dentro de um texto Sendo assim Graça almeja trabalhar a leitura através da identificação de palavras em textos porque as vezes ela não consegue lê o texto todo até mesmo uma frase mas ela consegue as vezes identifica uma palavra no texto Segundo a III Seminário Científico da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 4 professora regente a memória fotográfica de Bianca é muito boa mas que não dá para também exigir muito da aluna Bianca ainda tema cesso aos mesmos textos trabalhados com os outros alunos em sala de aula mas de uma forma diferenciada elaborada pela professora Graça Como mencionado neste trabalho ainda são poucos os professores que conseguem utilizar as metodologias diferenciadas em sala de aula para alunos com deficiência especiais Isso pode estar relacionado a vários fatores VieiraRodrigues e SanchesFerreira 2017 em um de seus trabalhos mostra que os professores não têm boa aceitação do aluno em sala de aula Alguns docentes dizem não ter formação para tal que o aluno deveria ira para um espaço especializado que a turma será prejudicada em tempo útil de trabalho e que não haverá tempo para se dedicar ao aluno Entretanto não é o caso da professora Graça evidenciando que ainda há a necessidade de uma educação continuada nesta área para os docentes Ainda nas aulas de leitura a professora de apoio lê para Bianca o livro e depois ela tem que responder às perguntas da professora e contar partes do livro Foram questionadas as dificuldades encontradas por Graça para trabalhar com Bianca e ela disse que a aluna é muito inconstante que ela passa muito mal quase não consegue ficar muito na sala as vezes fica muito agitada e embirra necessitando que a professora de apoio a retire de sala a todo momento A professora disse que sente a necessidade de ter mais tempo com a aluna que seria necessário ela ter um momento só dela com Bianca Mas as salas são cheias 33 alunos e todos precisam de uma atenção na hora das atividades que muitas vezes Graça precisa intervir na disciplina não sobrando tempo suficiente para Bianca Além disso os alunos quando percebem que a professora está entretida com Bianca aproveitam da situação para fazer bagunça Sendo assim é fundamental ouvir a opinião do professorado quando aos métodos de inclusão sua visão acerca da situação e suas necessidades para um bom andamento da prática do ensino ARTILES KOZLESKI WAITOLLER 2011 A preparação dos professores na educação inclusiva e sua transformação também são fundamentais para que o processo da educação especial aconteça SANCHESFERREIRA 2007 As turmas lotadas também se tornam um agravante para que o professor consiga dar uma atenção especial ao aluno com deficiência pois mencionado pela professora entrevistada nesta pesquisa ao direcionar a atenção para um aluno a turma acaba por se dispersar e acarreta indisciplina Isso acaba por frustrar o professor até mesmo na preparação de suas aulas Mesmo porque muitos dos professores também enfrentam a questão de terem mais de um cargo e não terem tempo disponível para pesquisar e buscar métodos mais atrativos e criativos para os alunos com deficiência COMUNICAÇÃO PESSOAL Ainda há relatos de professores que afirmam que dar atenção ao aluno especial na sala de aula seria prejudicar os a outros alunos pois acabaria atrasando o conteúdo ou diminuindo o rendimento da turma SANCHESFERREIRA MICHAELO 2010 4 CONCLUSÃO As metodologias assistivas surgiram no intuito de incluir o aluno com necessidades especiais principalmente no ambiente escolar de maneira que este consiga ser autônomo em suas atividades Entretanto muitos são os desafios para que estas metodologias sejam inseridas no cotidiano escolar Como apontado neste estudo a tecnologia assistiva tem ocorrido nas salas de aula Entretanto muitas das vezes o professor regente e de apoio desconhecem a terminologia destes recursos sendo necessário uma preparação destes profissionais para que estes possam melhor explorar estas metodologias Pontuase também a necessidade que o professor apresenta em ter mais espaço com os alunos com necessidades especiais sendo as turmas cheias um dos fatores limitadores para que o aluno com deficiência tenha a atenção necessário durante o aprendizado Logo tornase fundamental não apenas criar recursos de tecnologia de alta ou baixa categoria para os docentes É necessário que os mesmos sejam informados onde encontrálas onde saber mais sobre elas e terem acesso a uma preparação formal Neste sentido só conhecendo as tecnologias ativas e sabendo como utilizadas que os professores se sentir confiantes para preparar aulas e direcionar seus alunos com deficiência sem ala de aula 5 REFERÊNCIAS ALVES A C J MATSUKURA T S A tecnologia assistiva no contexto da escola regular relatos dos cuidadores de alunos com deficiência física Distúrbios da Comunicação São Paulo v 23 n 1 p 2533 abril 2011 III Seminário Científico da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 II Jornada de Iniciação Científica da FACIG 09 e 10 de Novembro de 2017 5 ARTILES A KOZLESKI E WAITOLLER F Inclusive Education examining equity on five continents Cambridge MA Harvard Education Press 2011 BRASIL Decretolei no 7612 de 17 de novembro de 2011 Disponível em httpwwwplanaltogovbrccivil03Ato201120142011DecretoD7612htm Acesso em 12 nov 2017 COPLEY J ZIVIANI J Barriers to the use of assistive technology for children with multiple disabilities Occupational Therapy International v 11 p 229243 2004 DELIBERATO D Aspectos teóricos e metodológicos na comunicação alternativa contribuições para educação especialRevista Brasileira de Educação Especial Marília v 10 n 3 p 387388 set dez 2004 GONÇALVES A G Desafios e condições para aprendizagem do aluno com deficiência física no contexto da escola inclusiva Poíesis Pedagógica CatalãoGO v12 n1 p 4566 janjun 2014 Ministério da Educação MEC Censo escolar 2010Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP Disponível em httpportalmecgovbrindexphpoptioncomdocmanviewdownloadalias7272divcenso escolar2010pdfItemid30192 Acesso em 15 dez 2017 PARETTE H P BROTHERSON M J Familycentered and Culturally Responsive Assistive Technology Decision Making Infants and Young Children v 17 n 4 p 355367 2004 RODRIGUES P A A et al As deficiências múltiplas na escola Portal do Professor do MEC Espaço da Aula 2010 Disponível em httpportaldoprofessormecgovbrfichaTecnicaAulahtmlaula19577 Acesso em 20 nov 2016 SANCHESFERREIRA M Manual educação especial educação regular uma história de separação Porto Afrontamento 2007 SANCHESFERREIRA M MICAELO M Teacher education for inclusion country report Portugal European Agency for the Development of Special Needs Education Odense Denmark 2010 SÁNCHEZ P A A educação inclusiva um meio de construir escolas para todos no século XXI Inclusão revista da Educação Especial Brasília DF v 1 n 1 p 718 2005 TSAKIRIDOU H POLYZOPOULOU K Greek teachers attitudes toward the inclusion of students with special educational needs American Journal of Educational Research v2 n4 p208218 2014 VIEIRARODRIGUES M M M SANCHESFERREIRA M M P A Inclusão de Crianças com Necessidades Educativas Especiais no Ensino Regular em Portugal a Opinião de Educadores de Infância e de Professores do 1º Ciclo do Ensino Público e Privado Revista Brasileira de Educação Especial Marília v 23 n 1 p 3752 janmar 2017 ayton 10 ed São Paulo Ed Manole 1998 Título da Aula Explorando a Literatura com Tecnologias Assistivas Acessibilidade para Todos Objetivos Promover o acesso à literatura e ao conteúdo curricular para alunos com deficiência visual e auditiva Utilizar tecnologias assistivas para facilitar a compreensão e a participação dos alunos Implementar estratégias pedagógicas inclusivas que garantam a participação equitativa de todos os alunos Conteúdos a serem trabalhados Leitura e interpretação de um texto literário curto Discussão sobre os temas principais do texto Atividades de compreensão e expressão escrita ou oral Públicoalvo Alunos do 5º ano do ensino fundamental Inclui estudantes com deficiência visual Materiais Impressora Braille Tablets com aplicativos de leitura em voz alta Fones de ouvido Projetor para exibição de imagens e vídeos Tecnologias Assistivas Impressora Braille Para alunos com deficiência visual textos e materiais didáticos serão convertidos para Braille permitindo que eles acompanhem a leitura de forma independente Aplicativos de Leitura em Voz Alta Utilização de tablets com aplicativos como Voice Dream Reader para leitura de textos permitindo que alunos com deficiência visual ou dificuldades de leitura acompanhem o conteúdo por meio de áudio Técnicas de Ensino Inclusivo Ensino Colaborativo Divisão dos alunos em grupos mistos incluindo estudantes com e sem deficiência para que trabalhem juntos nas atividades de leitura e interpretação promovendo apoio mútuo e aprendizagem colaborativa Estratégias Multissensoriais Uso de audiolivros vídeos com legendas e imagens para reforçar o conteúdo literário de formas variadas facilitando o aprendizado para alunos com diferentes estilos de aprendizagem Adaptações Metodológicas Materiais Didáticos Fornecimento de versões em Braille dos textos literários e de materiais auditivos para leitura e interpretação Imagens e vídeos serão utilizados para reforçar conceitoschave do texto Atividades de Sala de Aula Atividades em grupo que permitam diferentes formas de expressão como discussões orais apresentações visuais e produção escrita ajustadas às capacidades de cada aluno Avaliações Adaptadas Avaliação contínua com feedback personalizado incluindo opções de respostas orais escritas ou em Braille para avaliar a compreensão dos alunos de maneira inclusiva Duração da Aula 90 minutos Desenvolvimento das Atividades Introdução 15 minutos Apresentação do tema e dos objetivos da aula Introdução ao texto literário com um breve resumo e discussão inicial sobre o tema Para dar início ao estudo do texto literário que será escolhido posteriormente será apresentado um breve resumo da obra selecionada destacando os principais personagens enredo e conflitos A introdução ao texto servirá como ponto de partida para uma discussão inicial sobre os temas centrais da obra explorando como eles refletem questões humanas universais e contemporâneas Essa abordagem permitirá que os alunos façam conexões entre o texto e suas próprias experiências facilitando uma compreensão mais profunda e engajada da literatura Desenvolvimento 60 minutos Leitura do texto utilizando tecnologias assistivas Para garantir a acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência visual a leitura do texto será realizada com o auxílio de tecnologias assistivas como aplicativos de leitura em voz alta e materiais em Braille Essas ferramentas permitem que os alunos acompanhem o conteúdo de forma autônoma e interajam ativamente com o texto promovendo uma experiência de aprendizado mais equitativa Discussão em grupos sobre os temas do texto utilizando as estratégias inclusivas definidas Após a leitura os alunos serão organizados em grupos para discutir os temas do texto aplicando estratégias inclusivas que considerem as necessidades específicas de cada participante Isso pode incluir a utilização de recursos visuais suporte de colegas ou adaptação da comunicação para garantir que todos possam contribuir e se envolver na discussão de maneira significativa Atividades de interpretação e expressão ajustadas para diferentes tipos de deficiência As atividades de interpretação e expressão serão adaptadas para atender às diferentes necessidades dos alunos com deficiência Isso inclui oferecer alternativas como respostas orais expressões artísticas uso de softwares de comunicação aumentativa e alternativa ou adaptações de materiais escritos garantindo que todos possam demonstrar sua compreensão e criatividade de formas que respeitem suas habilidades e preferências individuais Conclusão 15 minutos Reflexão conjunta sobre as aprendizagens da aula Revisão dos principais pontos do texto e compartilhamento das experiências de leitura entre os alunos Avaliação Inclusiva Avaliação contínua com base nas participações em grupo compreensão do texto e adaptação das atividades para atender às necessidades de cada aluno Inclusão de opções para respostas orais escritas ou em Braille com apoio de tecnologias assistivas garantindo a avaliação equitativa de todos os alunos REFERÊNCIAS DA SILVA Juliana Santiago MENDES Thabata Braga Tecnologia Assistiva Na Prática Um Fazer Diferente Anais do Seminário Científico do UNIFACIG n 3 2017 Tecnologia assistiva e literatura uma combinação eficaz Disponpivel em httpswwwvlibrascombrdesvendeopoderdatecnologiaassistivanaliteratura Acesso em 12092024 SOUSA Ivan Vale de Tecnologia acessível reflexões sobre a utilização de recursos tecnológicos sonoros como acessibilidade aos textos literários para o aprendiz com deficiência visual Revista Desafios 2015