·

Administração ·

Psicologia Social

Send your question to AI and receive an answer instantly

Ask Question

Preview text

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO CLARA ROSATI ISADORA GARCIA ISABELLE MEGDA E JÚLIA PASSOS MUITO ALÉM DA MILITÂNCIA O FEMINISMO E OS SEUS PRINCIPAIS ASPECTOS NA SOCIEDADE São Paulo 2023 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO CLARA ROSATI ISADORA GARCIA ISABELLE MEGDA E JÚLIA PASSOS MUITO ALÉM DA MILITÂNCIA O FEMINISMO E OS SEUS PRINCIPAIS ASPECTOS NA SOCIEDADE Trabalho de introdução à pesquisa acadêmica com desenvolvimento de repertório geral como parte dos requisitos para obtenção de nota na matéria de Ciências Sociais aplicada a Administração Orientador Prof Pedro Aguerre São Paulo 2023 RESUMO Este trabalho tem como objetivo aprofundar os principais assuntos que f a zem parte d e um tema tão extenso complexo e polêmico como o feminismo Por meio d a leitura e análise de artigos científicos foi feita uma co letânea de argumentos para fundamentar todo o embasamento acerca do movimento feminista A partir do trabalho foi possível concluir que o feminismo transcende apenas a ideia de desigualdade de g ênero e abrange diversos aspectos culturais raciais e sociais Palavraschaves Feminismo Feminismo negro Cultura Sociedade Brasil Classes sociais ABSTRACT This work aims to delve deeper into the main issues that form part of a topic as extensive complex and controversial as feminism Through reading and analysis of scientific articles a collection of arguments was made to support the entire foundation regarding the feminist movement From the work it was possible to conclude that feminism transcends just the idea of gender inequality and encompasses various cultural racial and social aspects Keywords Feminism Black feminism Culture Society Brazil Social classes SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 METODOLOGIA 6 OBJETIVO ESPECÍFICO 1 A história do feminismo 7 CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 1 11 OBJETIVO ESPECÍFICO 2 O feminismo neg ro 12 CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 2 1 8 OBJETIVO ESPECÍFICO 3 O feminismo no Brasil 1 9 CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 3 23 OBJETIVO ESPECÍFICO 4 O feminismo nas diferentes classes sociais 2 4 CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 4 28 CON SIDERAÇÕES FINAIS 29 INTRODUÇÃO A pesquisa sobre o feminismo é relevante uma vez que desempenha um papel fundamental na compreensão e promoção da igualdade de gênero e na eliminação das desigualdades e discriminações sistêmicas que afetam as mulheres em todo o mundo Ao investigar as raízes históricas teorias e práticas do feminismo podemos identificar padrões de opressão e explorar as maneiras pelas quais o patriarcado tem moldado a sociedade Essas investigações contribuem para a conscientização pública e para a construção de políticas e práticas mais justas Além disso a pesquisa sobre o feminismo também destaca a diversidade de vozes e experiências dentro do movimento feminista enriquecendo o debate e permitindo uma abordagem mais inclusiva para enfrentar os desafios de gênero Portanto a pesquisa sobre o feminismo é essencial para impulsionar a mudança social e alcançar uma sociedade mais igualitária e justa para todos MET ODOLOGIA O processo de pesquisa foi baseado nos ensinamentos aprendidos em sala da aula tal qual a utilização de fontes confiáveis mencionados pelo professor sendo elas Scielo Capes e artigos de TCCs do Google Acadêmico OBJETIVO ESPECÍFICO 1 A história do feminismo Artigo 1 Feminismo história e poder JARDIM PINTO Céli Regina Feminismo história e poder Revista de Sociologia e Política Scielo Brasil 10 2010 Disponível em httpswwwscielobrjrsocpaGW9TMRsYgQNzxNjZNcSBf5r RESUMO Este artigo está dividido em duas partes cada uma com objetivos distintos e específicos na primeira parte farei uma reconstrução em termos muito gerais da história do feminismo colocando o movimento dentro do processo maior da modernidade meu objetivo ao fazêlo é exatamente compor o cenário que permite entender o movimento como parte do campo de forças que formatou as últimas décadas do século XX e os primeiros anos do século XXI Na segunda parte trabalharei com uma questão teórica acerca da relação entre a mulher e o poder com o objetivo de discutir o problema tanto tomando as suas especificidades como a forma como ele interage na complexidade da luta pelo poder e mormente da luta política Concluo com a afirmação de que urge construir um programa de inclusão das mulheres na vida política que não pode ser entendido como mera confecção de cartilhas ou campanhas publicitárias mas sim como um programa para dar voz às mulheres para construir espaços para que as mulheres falem ANÁLISE DO GRUPO O texto discute o movimento feminista destacando sua relação única entre militância e teoria que se origina em grande parte das mulheres de classe média educadas nas áreas de Humanidades Crítica Literária e Psicanálise O movimento feminista é abordado em duas vertentes a história do feminismo e a produção teórica nas áreas de História Ciências Sociais Crítica Literária e Psicanálise A história do feminismo remonta à luta pelo direito ao voto conhecida como a primeira onda que surgiu nas últimas décadas do século XIX na Inglaterra e posteriormente no Brasil O texto também menciona o papel das líderes brasileiras como Bertha Lutz O feminismo só ressurgiria com força nas décadas de 1960 e 1970 tanto nos Estados Unidos como na Europa questionando as relações de poder entre homens e mulheres e buscando uma nova forma de relacionamento No Brasil o cenário era diferente devido à ditadura militar o que levou ao surgimento das primeiras manifestações feministas na década de 1970 Com a redemocratização nos anos 1980 o movimento feminista no Brasil se tornou mais ativo abordando uma ampla gama de questões incluindo violência sexualidade igualdade de gênero e direitos das mulheres A criação do Conselho Nacional da Condição da Mulher e a inclusão de direitos das mulheres na Constituição de 1988 foram marcos importantes Nos anos 1990 e 2000 o movimento feminista no Brasil passou por um processo de profissionalização com a criação de ONGs focadas em intervenção junto ao Estado para aprovar medidas protetoras das mulheres e promover sua participação política Uma questão central durante esse período foi a luta contra a violência doméstica levando à criação da Lei Maria da Penha em 2006 Artigo 2 A Revista Estudos Feministas faz 10 anos uma breve história do feminismo no Brasil PILLAR GROSSI Miriam Revista de estudo feminista faz 10 anos uma breve história do feminismo no Brasil Revista de estudos feministas Scielo Brasil 05 2005 Disponível em httpswwwscielobrjrefarrbSFGPBqPmy9nwR4WGtmYr RESUMO Este artigo é uma versão da trajetória da Revista Estudos Feministas em sua primeira fase na UFSC 19992002 O artigo está subdivido em três partes na primeira é feita uma rápida revisão da literatura sobre o feminismo e os estudos de gênero no Brasil na segunda é relatada a transferência da Revista Estudos Feministas do Rio de Janeiro para Santa Catarina e na terceira é feita uma reflexão sobre o papel desta revista acadêmica no diálogo com o movimento e com campo de estudos de gênero feminista e de estudos sobre mulher no Brasil ANÁLISE DO GRUPO O texto apresenta uma retrospectiva histórica relacionada à Revista Estudos Feministas REF e sua conexão com o desenvolvimento dos estudos de gênero e feministas no Brasil O autor menciona que a REF foi criada no contexto de um encontro nacional de núcleos de estudos sobre mulher e gênero em 1991 promovido pelo Núcleo de Estudos da Mulher da USP e organizado por Eva Blay Nesse encontro foram concebidos quatro projetos incluindo a criação da própria revista um curso de gênero uma comissão de informatização e a consolidação de uma rede de pesquisadoras feministas O texto segue discutindo o surgimento dos estudos sobre mulher e gênero no Brasil destacando a influência de movimentos políticos e investimentos estrangeiros no desenvolvimento desses estudos O texto é uma reflexão sobre a história da REF e seu papel no contexto dos estudos feministas e de gênero no Brasil abordando aspectos históricos desafios e a busca pela excelência acadêmica Artigo 3 Uma história social do feminismo diálogos de um campo político brasileiro 19171937 CANDIAN FRACCARO Glaucia Cristina Uma história social do feminismo diálogos de um campo político brasileiro 19171937 Revista de estudos feministas Scielo Brasil 12 2017 Disponível em httpswwwscielobrjehab47gtvTBRRdy3cBmBNX8mJpformatpdflangpt RESUMO Este artigo oferece uma reflexão sobre a história do feminismo brasileiro a partir da perspectiva do mundo do trabalho As greves dos anos 1930 a atuação do Partido Comunista e as redes feministas internacionais anunciaram que o feminismo era um campo político em disputa desde seus primeiros momentos Sustento o argumento de que não se tratava de casos excepcionais a experiência das mulheres pode contribuir para uma interpretação que torne mais complexa a história da luta feminina por direitos do trabalho no Brasil ANÁLISE DO GRUPO O texto aborda a situação das trabalhadoras e trabalhadores no Brás em São Paulo após a crise de 1929 com destaque para as fábricas de tecelagem Ele menciona o romance Parque Industrial escrito por Mara Lobo pseudônimo de Patrícia Galvão em 1933 A autora que estava afastada do Partido Comunista descreve o ambiente de trabalho na São Paulo industrial dos anos 1930 As greves e mobilizações trabalhistas após a Crise de 1929 são destacadas e o governo de Getúlio Vargas é mencionado por seu projeto corporativista e de conciliação de classes O texto também fala sobre a União dos Operários em Fábricas de Tecido UOFT que defendia melhores condições para as trabalhadoras e se opunha à substituição de mulheres por homens nas fábricas O texto revela a luta das mulheres trabalhadoras na busca por direitos e igualdade de gênero Discute como as mulheres eram vistas no contexto do Partido Comunista passando de companheiras da revolução a um grupo que merecia um programa específico em prol da igualdade e dos direitos das trabalhadoras Artigo 4 O feminismo o capitalismo e a astúcia da história FRASER Nancy O feminismo o capitalismo e a astúcia da história Revista New loft Review EdisciplinasUSP 04 2009 Disponível em httpsedisciplinasuspbrpluginfilephp4300312modresourcecontent1FRASER2520Nancy2520Feminismo2520capitalismo2520e2520a2520ast25C325BAcia2520da2520hist25C325B3riapdf RESUMO Feminismo e neoliberalismo compartilham uma afinidade secreta Neste artigo a autora examina a cooptação das políticas de gênero pelo novo espírito do capitalismo pósfordista bem como analisa a subordinação da sua crítica radical a uma agenda neoliberal que instrumentalizou as bandeiras da segunda onda do feminismo É possível que um cenário pósneoliberal ofereça perspectivas de mudança para a renovação do feminismo socialista ANÁLISE DO GRUPO Este texto discute a relação entre o feminismo e o neoliberalismo destacando como a ascensão da segunda onda do feminismo coincidiu com uma mudança histórica no capitalismo passando de uma variante organizada pelo Estado para o neoliberalismo O texto argumenta que o surgimento do neoliberalismo alterou o terreno em que a segunda onda do feminismo operava O movimento feminista que começou como um movimento contracultural radical tornouse um fenômeno social de massa atraindo apoio de várias classes etnias e ideologias políticas A autora sugere que nesse processo o feminismo contribuiu para o neoliberalismo fornecendo elementoschave para o novo espírito do capitalismo O texto examina como o feminismo ao criticar o salário familiar acabou fortalecendo a valorização do trabalho assalariado Além disso o texto discute como as feministas desafia ram a ideia de que o Estadonação é o único receptor legítimo das obrigações de justiça e defendendo a justiça transfronteiriça No entanto essa virada transnacional também trouxe desafios como a priorização do reconhecimento em detrimento da redistribuição e a despolitização de grupos locais Em resumo o texto destaca a complexa interação entre o feminismo e o neoliberalismo mostrando como o contexto neoliberal ressignificou as críticas feministas e influenciou os objetivos do movimento feminista na era contemporânea CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 1 O feminismo é um movimento social e político que busca a igualdade de gênero e os direitos das mulheres Sua história remonta ao final do século XIX quando as mulheres começaram a lutar por direitos básicos como o direito ao voto O movimento ganhou força ao longo do século XX com conquistas importantes como a aprovação do sufrágio feminino e a luta por igualdade salarial O feminismo evoluiu ao longo do tempo dando origem a diferentes correntes como o feminismo radical o feminismo liberal e o feminismo interseccional que considera as interseções de gênero raça e classe Hoje o feminismo continua a desafiar desigualdades e estereótipos de gênero trabalhando para criar um mundo mais equitativo e inclusivo para todas as pessoas Introdução generalizada do tema Nos 4 artigos supracitados os autores fazem uma reconstrução da história do feminismo situandoo no contexto da modernidade e destacando seu papel nas décadas finais do século XX e início do século XXI Além de abordarem a relação entre as mulheres e o poder discutindo a necessidade de incluir as mulheres na vida política de forma substancial indo além de simples campanhas publicitárias Ademais os autores oferecem uma reflexão sobre a história do feminismo brasileiro com foco no mundo do trabalho Ele destaca que o feminismo sempre foi um campo político em disputa desde as greves dos anos 1930 a atuação do Partido Comunista e as redes feministas internacionais Os autores argumentam que a experiência das mulheres pode enriquecer a compreensão da história da luta feminina por direitos trabalhistas no Brasil Neste s artigo s é explora do a possível conexão entre o feminismo e o neoliberalismo Também é analisa do como as políticas de gênero foram pelo capitalismo pósfordista e como a crítica radical do feminismo foi subordinada a uma agenda neoliberal que utilizou os princípios da segunda onda feminista para seus próprios fins Os autores levanta m a questão se um cenário pósneoliberal poderia oferecer oportunidades para a renovação do feminismo socialista buscando alternativas ao contexto neoliberal Em suma no artigo o s autor es abordam seu conteúdo em partes distintas Sendo elas uma breve revisão da literatura relacionada ao feminismo e aos estudos de gênero no Brasil a transferência da Revista Estudos Feministas do Rio de Janeiro para Santa Catarina e p or fim a terceira parte oferece uma reflexão sobre o papel dessa revista acadêmica no contexto do diálogo com o movimento e o campo de estudos de gênero feminismo e estudos sobre mulheres no Brasil OBJETIVO ESPECÍFICO 2 O feminismo negro Artigo 5 Contribuições do pensamento feminista negro interseccional para a Educação em Direitos Humanos ANTUNES MACHADO Lucas Contribuições do pensamento feminista negro interseccional para a Educação emDireto Humanos Revista Contemporânea de Educação Portal UFRJ 10 2021 Disponível em httpsrevistasufrjbrindexphprcearticledownload44970pdf RESUMO Este artigo reflete sobre as contribuições do feminismo negro interseccional à Educação em Direitos Humanos na escola Argumentase que as análises e práticas feministas por direitos e justiça social somadas à crítica do movimento feminista negro e à exclusão das interseccionalidades entre opressões têm contribuído para uma ética feminista na educação A partir do referencial teórico do feminismo negro compreendese as contribuições que a perspectiva interseccional tem enquanto ferramenta analítica e de intervenção no combate às violações de direitos institucionalizados nas práticas escolares Expõese a defesa de que os pressupostos da pedagogia feminista negra e interseccional devem estar mais próximos dos estudos e das práticas de Educação em Direitos Humanos ANÁLISE DO GRUPO Este texto discute a influência do pensamento negro e feminista na promoção de uma educação menos opressora e mais inclusiva Ângela Davis em Mulheres raça e classe destaca a contribuição das mulheres especialmente negras na busca por uma educação que desafiasse a estrutura escravocrata Além disso o texto aborda como o feminismo negro enfatiza a importância das interseccionalidades reconhecendo que as opressões estão interligadas envolvendo raça gênero classe social entre outros A interseccionalidade se torna uma ferramenta para compreender as complexas relações de poder e opressão A educação desempenha um papel crucial na promoção da consciência sobre essas questões e na busca por justiça social No geral o texto ressalta a importância da educação na desconstrução de sistemas de opressão e na formação de pensadores críticos e conscientes dos desafios enfrentados por mulheres especialmente as negras em uma sociedade marcada por diversas formas de discriminação A rtigo 6 REVOLUÇÃO DO FEMINISMO NEGRO A TERCEIRA ONDA FEMINISTA AFRODIÁSPORICA ANÔNIMO Revolução do feminismo negro a terceira onda feminista afrodiaspórica Revista Artémis Portal UFPB 01 2019 Disponível em httpsperiodicosufpbbrindexphpartemisarticleview4669927498 RESUMO Este texto que serviu de introdução a uma coletânea de textos fundadores do feminismo negro estadunidense faz um percurso historiográfico das diversas etapas desse movimento as chamadas ondas desde a primeira delas surgida na década de 1850 e promovida pelos movimentos de abolição da escravatura nos Estados Unidos passando pela segunda representada pelas grandes correntes ativistas e teóricas da década de 1970 até a atual terceira onda em que se faz um questionamento crítico da heteronormatividade ainda muito presente nas primeiras fases do feminismo que foram essencialmente feminismos brancos A autora faz uma detalhada análise crítica da terminologia que desde sempre tem sido empregada para qualificar ou antes desqualificar a mulher negra na sociedade estadunidense com a criação de pesados estereótipos a respeito da sexualidade supostamente exacerbada não só do homem negro mas principalmente da mulher negra Elsa Dorlin passa em revista as importantes contribuições do coletivo Combahee e de autoras como Laura Alexandra Harris Beverly Guy Shefall Patricia Hill Collins Kimberly Springer Michele Wallace Barbara Smith Audre Lorde Hazel Carby Angela Davis e Bell Hooks Alexandra Harris Beverly Guy Shefall Patricia Hill Collins Kimberly Springer Michele Wallace Barbara Smith Audre Lorde Hazel Carby Angela Davis e Bell Hooks ANÁLISE DO GRUPO Este texto discute a genealogia negra do movimento queer explorando a relação com a terceira onda do feminismo africanoamericano Os dois últimos textos do volume debatem a escrita contemporânea de mulheres africanasamericanas em relação aos estereótipos da feminilidade negra e da sexualidade das mulheres negras O texto menciona o mito do matriarcado negro e como ele foi usado para desacreditar as mulheres negras ao longo da história Além disso discute a relação entre feminismo racismo e sexismo na sociedade No geral o texto aborda questões de gênero raça sexualidade e como as mulheres negras enfrentaram estereótipos e desafios ao longo do tempo Artigo 7 ATIVISMO FEMINISTA NEGRO DIGITAL POLÍTICAS ESTÉTICAS E AFROSEXUAIS RODRIGUES Cristiane Ativismo feminista negro digital políticas estéticas e afrosexuais Cadernos Pagu Scielo Brasil 05 2023 Disponível em httpswwwscielobrjcpaanyndx9343s8zyxmyndLPrTglangpt RESUMO O ativismo negro ganhou força na Internet a partir de 2010 com a presença marcada de jovens mulheres ativistas Expressão dos novíssimos movimentos sociais o vocabulário e a prática desses coletivos voltamse sobretudo às dimensões estéticas afetivosexuais e de representatividadeempoderamento No presente artigo analisamos essa nova face do ativismo feminista negro digital no Brasil a partir de análises dos posts do Blogueiras Negras e interações no grupo de Facebook Afrodengo Concluímos que ao mesmo tempo que adere a postulados individualizantes alinhados à perspectiva neoliberal o ativismo feminista negro digital contribui para a politização da subjetividade ANÁLISE DO GRUPO O texto discute as contra narrativas produzidas pelo ativismo negro no Brasil ao discurso racial hegemônico Essas contra narrativas buscam promover igualdade e justiça social para a população negra tanto em termos materiais como simbólicos com o objetivo de combater o racismo No aspecto material o ativismo luta por medidas que melhorem a situação da população negra incluindo sua inserção na sociedade educação e emprego Além disso busca disseminar representações positivas da negritude O texto também explora como a estética desempenha um papel fundamental na construção das hierarquias raciais O racismo científico do século XIX influenciou a criação de padrões de beleza que comparavam africanos a macacos associando aparência à inferioridade racial Além disso a sexualidade das pessoas negras foi estereotipada como atraente mas perigosa enquanto as pessoas brancas eram vistas como intelectualmente superiores O texto destaca a relação entre raça e sexualidade na formação racial brasileira com as mulheres negras frequentemente hiper sexualizadas e associadas a práticas sexuais exploratórias O movimento negro tem buscado romper com esses estereótipos e desafiar a ideia de inferioridade estética da população negra Além disso tem promovido representações alternativas do casal negro como uma forma de resistência ao racismo Há uma discussão sobre a solidão da mulher negra que se refere ao abandono desprezo e humilhação que mulheres negras podem enfrentar nas relações afetivas O ativismo negro tem se dedicado a debater esse tema destacando a importância do respeito e dignidade nas relações interraciais Além disso a Internet tem se tornado um espaço crucial para essas discussões O texto destaca a importância da i nternet como um espaço de discussão sobre esse tema e como o ativismo negro se adapta às mudanças na forma como os movimentos sociais operam Artigo 8 DISCRIMINAÇÃO MÚLTIPLA E DISCRIMINAÇÃO INTERSECCIONAL APORTES DO FEMINISMO NEGRO E DO DIREITO DA ANTIDISCRIMINAÇÃO RAUPP RIOS Roger Discriminação múltipla e discriminação interseccional aportes do feminismo egro e do direito da antidiscriminação Revista brasileira de ciência política Scielo Brasil 05 2015 Disponível em httpswwwscielobrjrbcpolaxKt5hWwZFChwrbtfZxTGXKfformathtml RESUMO O artigo examina o conceito de discriminação interseccional e sua relevância para o enfrentamento da discriminação No quadro do direito da antidiscriminação busca a compreensão da discriminação interseccional a partir das origens e dos respectivos debates conceituais do feminismo negro Ao verificar a escassez normativa nos sistemas de proteção dos direitos humanos e a abordagem incipiente da discriminação interseccional trata da importância da inserção do tema no combate às situações discriminatórias objetivando a aplicação mais efetiva do princípio da igualdade no direito interamericano e no direito brasileiro O artigo examina o conceito de discriminação interseccional e sua relevância para o enfrentamento da discriminação No quadro do direito da antidiscriminação busca a compreensão da discriminação interseccional a partir das origens e dos respectivos debates conceituais do feminismo negro Ao verificar a escassez normativa nos sistemas de proteção dos direitos humanos e a abordagem incipiente da discriminação interseccional trata da importância da inserção do tema no combate às situações discriminatórias objetivando a aplicação mais efetiva do princípio da igualdade no direito interamericano e no direito brasileiro ANÁLISE DO GRUPO Neste texto a investigação sobre discriminação interseccional começa com a definição jurídica de discriminação baseada em instrumentos internacionais de direitos humanos Esses instrumentos proíbem qualquer distinção exclusão restrição ou preferência que anule ou prejudique os direitos humanos e liberdades fundamentais em vários campos da vida Discutese como os ordenamentos jurídicos lidam com critérios proibidos de discriminação e a necessidade de interpretar e proteger esses critérios pelos tribunais A discriminação interseccional é destacada como um desafio pois os contextos relações e motivações por trás da discriminação não podem ser reduzidos a um único critério como raça ou gênero O texto menciona casos legais nos Estados Unidos e na Europa que abordaram a discriminação interseccional indicando a complexidade de tratar esse fenômeno Além disso relata um caso brasileiro perante o Comitê da ONU sobre a Discriminação contra a Mulher envolvendo uma mulher negra que enfrentou discriminação com base em sexo raça e status socioeconômico Neste texto abordase o movimento político feminista que busca enfrentar as relações de poder baseadas no gênero e a subordinação das mulheres pelos homens Inicialmente o feminismo focava principalmente nas mulheres brancas de classe média mas com o tempo passou a considerar a interseção de diferentes identidades sociais como raça classe sexualidade nacionalidade idade e etnia além do gênero O surgimento do feminismo negro nos Estados Unidos e posteriormente no Brasil foi crucial para reconhecer as discriminações específicas enfrentadas por mulheres negras Isso levou a uma compreensão mais completa das opressões sofridas por esse grupo incluindo estereótipos negativos discriminação no mercado de trabalho e pressões relacionadas ao padrão estético baseado na branquitude Artigo 9 AMEFRICANIZANDO O FEMINISMO O PENSAMENTO DE LÉILA GONZALEZ PONS CARDOSO Cláudia Amefricanizando o feminismo o pensamento de Léila Gonzales Revista Estudos feministas Scielo Brasil 12 2014 Disponível em httpswwwscielobrjrefaTJMLC74qwb37tnWV9JknbkKlangpt RESUMO Neste artigo exploro o pensamento de Lélia Gonzalez intelectual negra brasileira defensora de um feminismo afrolatinoamericano comprometido com a recuperação dos processos de resistência e insurgência aos poderes estabelecidos ainda em sua maioria ocultos mas que historicamente foram levados a termo por mulheres negras e indígenas contra o colonialismo e podem servir de fonte de inspiração para ações políticas feministas descolonizadoras ANÁLISE DO GRUPO Lélia Gonzalez uma destacada intelectual e feminista negra brasileira dos anos 1980 concentrouse em destacar a exclusão das mulheres na sociedade brasileira especialmente as negras e indígenas Ela desafiou o feminismo dominante enfocando as diversas trajetórias de resistência das mulheres ao patriarcado e destacando as histórias das mulheres negras e indígenas na América Latina Além disso Lélia Gonzalez promoveu a descolonização do conhecimento e utilizou a ideia de forasteira de dentro para questionar as limitações das categorias analíticas das Ciências Sociais na compreensão das experiências das mulheres negras Gloria Anzaldúa uma figura semelhante usou suas próprias experiências como base para analisar a opressão de gênero patriarcal nas sociedades mexicana e norteamericana Ela adotou uma linguagem híbrida incorporando inglês espanhol para expressar suas ideias e resistir à imposição cultural Ambas as pensadoras também praticaram a política de tradução de teorias buscando uma compreensão globalizada e transnacional das dinâmicas de poder especialmente em relação ao racismo Elas rejeitaram fronteiras e buscaram alianças políticas feministas e antirracistas Lélia Gonzalez influenciada por Frantz Fanon explorou os danos psicológicos da dominação colonial e como o racismo é usado para justificar a colonização Ela aplicou essas ideias à chamada democracia racial no Brasil desmascarandoa como um mito de dominação Gonzalez também discutiu as duas formas táticas do racismo aberto e disfarçado com ênfase na prevalência do racismo disfarçado na América Latina alimentando a ideologia do branqueamento e a negação da própria raça e cultura Em resumo o pensamento de Lélia Gonzalez e figuras como Gloria Anzaldúa trouxe uma perspectiva crítica e descolonizada para o feminismo destacando as complexidades das experiências das mulheres negras e indígenas e desafiando as estruturas de poder racial e de gênero CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 2 O feminismo negro é um movimento social e político que se concentra nas interseções de gênero raça e classe Ele busca combater o sexismo o racismo e a opressão sistêmica enfrentada pelas mulheres negras Este s urgiu no contexto da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos com figuras como Sojourner Truth e mais tarde foi influenciado por pensadoras como Bell Hooks e Audre Lorde O feminismo negro destaca a importância da inclusão e da amplificação das vozes das mulheres negras na luta por igualdade e justiça sendo um movimento social e político que se concentra nas interseções de gênero raça e classe Introdução generalizada do tema O s autor es des ses artigo s apresenta m um conteúdo dividido em três partes a primeira parte faz uma revisão breve da literatura sobre feminismo e estudos de gênero no Brasil a segunda parte discute a mudança da Revista Estudos Feministas do Rio de Janeiro para Santa Catarina e p or fim a terceira parte oferece uma análise sobre o papel dessa revista acadêmica no contexto do diálogo com o movimento e os estudos de gênero feminismo e estudos sobre mulheres no Brasil Ne sses artigos há uma coletânea de textos fundamentais do feminismo negro nos Estados Unidos onde as autoras traça m uma análise historiográfica das diferentes ondas do movimento Isso inclui a primeira onda originada na década de 1850 durante o movimento de abolição da escravidão a segunda onda na década de 1970 que envolveu ativistas e teóricas proeminentes e a terceira onda que atualmente questiona a persistente heteronormatividade presente nas primeiras fases do feminismo predominantemente branco A s autora s também examina m criticamente a terminologia que historicamente estigmatizou as mulheres negras nos EUA especialmente em relação à suposta sexualidade exagerada que afetou principalmente as mulheres negras de baixa renda Já sobre o ativismo negro na Internet impulsionado por jovens mulheres ativistas a partir de 2010 reflete os novos movimentos sociais e foca nas dimensões estéticas afetivas sexuais de representatividade e empoderamento No artigo é analisa da essa vertente do ativismo feminista negro digital no Brasil usando como exemplos o b logueiras n egras Conclui que embora adote elementos individualistas associados ao neoliberalismo o ativismo feminista negro digital também contribui para a politização da subjetividade O s artigo s também aborda m a discriminação interseccional e sua relevância no combate à discriminação Ele s explora m a compreensão desse conceito com base nas origens e debates conceituais do feminismo negro Destaca m a falta de normas nos sistemas de proteção dos direitos humanos e a abordagem incipiente da discriminação interseccional O s artigo s enfatiza m a importância de incluir esse tema na luta contra a discriminação visando uma aplicação mais eficaz do princípio da igualdade no direito interamericano e brasileiro analisa ndo o pensamento de Lélia Gonzalez uma intelectual negra brasileira que defendeu um feminismo afrolatinoamericano Ela se comprometeu com a recuperação de processos de resistência e insurgência liderados em grande parte por mulheres negras e indígenas contra o colonialismo Em suma e ssas ações históricas em grande parte ocultas podem servir de inspiração para abordagens políticas feministas descolonizadoras OBJETIVO ESPECÍFICO 3 O feminismo no Brasil Artigo 10 MULHERES EM MOVIMENTO CARNEIRO Sueli Mulheres em movimento Revista Estudos avançados Scielo Brasil 12 2003 Disponível em httpswwwscielobrjeaaZs869RQTMGGDj586JD7nr6k RESUMO Este artigo consiste na análise da trajetória do movimento feminista no Brasil enquanto movimento político à linha de frente na conquista de direitos na luta pela democracia e igualdade O objetivo é analisar historicamente a partir das três ondas que marcam a evolução do movimento pautas e garantias de direitos principalmente na constituição de 1988 e tantas outras leis no código civil brasileiro que foram aportes para mudança social A metodologia é qualitativa com base em uma revisão bibliográfica e análise documental de partes da constituição de 1988 Os resultados apontam para importância do movimento para toda sociedade na manutenção e garantia de direitos bem como seu potencial de transformação cultural social e política ANÁLISE DO GRUPO Pudemos analisar que o artigo ressalta a evolução do movimento feminista no Brasil desde sua origem com as sufragistas até a terceira onda do feminismo marcada pela diversidade de pautas e pela ênfase na interseccionalidade reconhecendo as diferentes experiências das mulheres com base em fatores como raça classe sexualidade e geração Também destaca a participação ativa das mulheres na construção da democracia brasileira e na conquista de direitos ressaltando o papel fundamental do movimento feminista na promoção da igualdade de gênero e na luta contra a violência contra a mulher Artigo 11 O SÉCULO XX PARA O FEMINISMO NO BRASIL BATISTA Natália O século XX para o Feminismo no Brasil Revista RELACULT Revista latinoamericana de estudos em cultura e sociedade CLAEC Centro latinoamericano de estudos em cultura 02 2018 Disponível em httpsperiodicosclaecorgindexphprelacultarticleview734 RESUMO O século XX possui marcas importantes para se pensar as transformações que diversos extratos sociais sofreram no Brasil em especial as mulheres Tais como os processos de urbanização imigração e industrialização do país e sua consequente absorção do trabalho feminino como também a necessidade de incorporação das mulheres nos quadros militares de apoio durante a Segunda Guerra Mundial a feminização do magistério e o enfrentamento à estados repressores como os instalados no Estado Novo e na Ditadura Militar No presente trabalho pretendese percorrer brevemente a composição de forças que interferiram ou atravessaram a questão feminina no Brasil e com uma atenção maior os movimentos em prol da autonomia e igualdade de tratamento entre mulheres e homens nas primeiras décadas do século XX representados pelos movimentos Anarcofeministas e Sufragistas Com destaque estes acontecimentos são trazidos para pensar a condição das mulheres em sua pluralidade de situações étnicosociais e sua repercussão dentro da sociedade brasileira para isso buscamos em jornais e periódicos da época além de obras referências para a temática conhecer quais eram as pautas femininas e em que condições se desenvolviam ANÁLISE DO GRUPO Este artigo analisa as mudanças significativas nas condições das mulheres no Brasil durante o século XX Destaca eventos como a abolição da escravidão a transição para o sistema republicano a industrialização e imigração bem como a Segunda Guerra Mundial A análise se concentra nas primeiras décadas do século e destaca os movimentos anarcofeministas e sufragistas que buscavam a autonomia e igualdade de tratamento entre homens e mulheres No século XIX houve avanços na educação feminina mas as mulheres enfrentaram preconceito social A abolição da escravidão e a Proclamação da República também influenciaram as mudanças na sociedade incluindo a abertura de postos de trabalho para mulheres nas fábricas No entanto as mulheres negras e mestiças enfrentaram desafios adicionais de discriminação racial Artigo 12 Heleieth Saffioti e o pioneirismo nos estudos do feminismo no Brasil LOVATTO Angélica Heleieth Saffiot e o pioneirismo nos estudos do feminismo no Brasil Revista Lutas Sociais Marilia UNESP 05 2018 Disponível em httpsrevistasmariliaunespbrindexphpnovosrumosarticleview86525564 RESUMO Este artigo apresenta a discussão que a socióloga Heleieth Saffioti realizou em pesquisa realizada nos anos 1960 inicialmente como doutorado e depois complementado para sua LivreDocência sobre o tema da mulher na sociedade de classes que viria a se tornar um texto pioneiro no Brasil sobre feminismo marxismo e luta de classes Publicado como livro em 1969 A mulher na sociedade de classes mito e realidade é um texto de atualidade impressionante porque traz uma proposta metodológica para o estudo das questões da exploração feminina no capitalismo além da abordagem histórica econômica política e cultural ANÁLISE DO GRUPO O artigo destaca a importância dos estudos pioneiros de Heleieth Saffioti sobre a condição da mulher no Brasil abordando a interseção entre feminismo marxismo e luta de classes Saffioti argumenta que o sistema capitalista utiliza fatores naturais como o sexo para manter seu equilíbrio precário e justificar a marginalização das mulheres particularmente ao atribuir a elas funções reprodutoras e de socialização O texto enfatiza a relevância contínua da obra de Saffioti que oferece bases teóricas e metodológicas para entender a exploração feminina no capitalismo apesar de sua redação na década de 1960 A autora também destaca a precarização do trabalho feminino no contexto atual Artigo 13 Democracia e feminismo no brasil SCAVONE Lucila Democracia e feminismo no Brasil Revista Estudos de sociologia Marília UNESP 07 2020 Disponível em httpsperiodicosfclarunespbrestudosarticleview13979 RESUMO Este texto reportase à história do feminismo no que concerne aos períodos da ditadura militar 19641985 anos de chumbo transição democrática retorno à democracia Apresenta a trajetória do movimento feminista que nessa época se consolida tanto em âmbito organizacional estatal como político e que com suas reivindicações próprias representa um dos atores de peso no processo de democratização Referese às trocas de experiências feministas até mesmo com brasileiras exiladas que resultaram em contatos com outros movimentos sociais emergentes mulheres da periferia negros e homossexuais Esse direcionamento do movimento feminista definiu suas ações em duas grandes áreas relacionadas à formulação de políticas sociais e ampliação do debate sobre a democratização a saúde reprodutiva e a violência contra as mulheres o que levou o movimento em direção às classes populares desprovidas de direitos à saúde e de direitos à assistência contra os danos da violência Nomeia ganhos não desprezíveis para as mulheres e a democracia brasileiras como resultado da resistência ao autoritarismo dos anos da ditadura militar dos diálogos internacionais e com outros movimentos sociais ANÁLISE DO GRUPO Analisando o artigo podemos dizer que ele explora a história do feminismo no Brasil durante os períodos da ditadura militar a transição para a democracia e o retorno à democracia Ele destaca como o movimento feminista se consolidou nesse período tornandose um ator importante no processo de democratização O movimento feminista estabeleceu conexões com outros grupos sociais como mulheres das periferias afrodescendentes e a comunidade LGBTQ focando em questões de saúde reprodutiva e violência contra as mulheres Isso levou o movimento a direcionar suas ações para as classes populares desprovidas de direitos resultando em conquistas significativas para as mulheres e a democracia brasileira enquanto resistiam ao autoritarismo Artigo 14 O FEMINISMO NEGRO NO BRASIL E O ENFRENTAMENTO DAS OPRESSÕES DE CLASSE RAÇA E GÊNERO TRINDADE DOS SANTOS Ana Caroline O feminismo negro no Brasil e o enfrentamento das opressões de classe raça e gênero Revista Educação em foco Portal UFJF 04 2019 Disponível em httpsperiodicosufjfbrindexphpedufocoarticleview26043 RESUMO O artigo trata de um apanhado geral da história do feminismo no Brasil e particulariza o surgimento do feminismo negro a partir do histórico dos movimentos sociais feministas na tentativa de apreender as correntes teóricas que direcionavam as leituras e ações políticas de homens e principalmente de mulheres que lutam contra o racismo e as opressões de gênero e classe social Ao tratar sobre as teorias feministas e o feminismo negro é pertinente pautar o formato opressor e discriminatório das sociedades capitalistas em que os fenótipos são utilizados para justificar atribuições de valores positivos e negativos para a inferiorização de uma raça em relação a outra se torna compreensivo a perpetuação do racismo em ações concretas de discriminação racial envolvendo múltiplas violências expressas em guerras genocídios perseguição religiosa desigualdade racial e de gênero O que eram consideradas vozes silenciadas e corpos estigmatizados pelo racismo e sexismo se tornam ações políticas de enfrentamento as opressões demonstrando a eficácia das discussões de reconhecimento entrelaçadas por uma movimentação organizada para enegrecer as pautas do Feminismo Esse fenômeno incorpora as dimensões da política e da intelectualidade teórica no Brasil e na América Latina ao tratar as discussões de igualdade de género sob o prisma de referências teóricas críticas que realizam análises das dinâmicas sociais sem cair nos esquemas binários de heteronormatividade ou nas armadilhas das questões identitárias e individuais ANÁLISE DO GRUPO O artigo aborda o movimento feminista no Brasil destacando o surgimento do feminismo negro Inicialmente as sufragistas brasileiras conquistaram o direito ao voto em 1932 mas o movimento era predominantemente composto por mulheres brancas de classes privilegiadas A partir da década de 1960 as feministas começaram a questionar as características centrais da modernidade capitalista levando a discussões sobre a repressão sexual sexismo e heteronormatividade O feminismo de classe concentrouse nas questões de violência doméstica e desigualdade de gênero no mercado de trabalho No entanto críticas surgiram em relação à abordagem universalista do feminismo que ignorou as complexas interseções de raça classe e gênero na opressão O artigo destaca a necessidade de reconhecer essas interseções para uma compreensão mais completa da opressão sexista CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 3 O feminismo no Brasil é um movimento social e político que busca a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres Surgiu no final do século XIX mas ganhou força nas décadas de 1960 e 1970 quando as mulheres passaram a lutar por direitos civis e reprodutivos Ao longo dos anos o feminismo brasileiro tem abordado questões como violência de gênero igualdade salarial representação política e o combate ao machismo Apesar dos avanços desafios persistem e o movimento continua a desempenhar um papel crucial na transformação da sociedade brasileira em direção a uma maior equidade de gênero Introdução generalizada do tema Os artigo s analisa m a trajetória do movimento feminista no Brasil como um agente fundamental na luta por direitos democracia e igualdade A s análise s são conduzida s ao longo das três ondas do movimento destacando seu papel na formulação de pautas e na conquista de direitos incluindo marcos como a Constituição de 1988 e leis no código civil A metodologia utilizada é qualitativa baseada em revisão bibliográfica e análise de partes da Constituição de 1988 Os resultados ressaltam a relevância do movimento feminista para toda a sociedade na preservação e garantia de direitos assim como seu poder de transformação cultural social e política O s texto s aborda m as transformações sociais ocorridas no Brasil no século XX com um foco especial nas experiências das mulheres além de menciona r eventos como a urbanização imigração industrialização e a participação das mulheres durante a Segunda Guerra Mundial Também discute a feminização do magistério e os desafios enfrentados sob regimes autoritários como o Estado Novo e a Ditadura Militar O s artigo s se propõe m a analisar a influência de diferentes forças e movimentos como o Anarcofeminismo e o Sufragismo na busca por autonomia e igualdade de gênero nas primeiras décadas do século XX Para isso utiliza fontes como jornais periódicos e obras de referência da época para compreender as demandas das mulheres e as condições em que elas se desenvolviam em uma sociedade plural Os artigos destaca m a pesquisa da socióloga Heleieth Saffioti nos anos 1960 inicialmente como parte de seu doutorado e posteriormente como complemento para sua LivreDocência s ua pesquisa abordou a questão da mulher na sociedade de classes e se tornou um texto pioneiro no Brasil abordando temas de feminismo marxismo e luta de classes O livro resultante A mulher na sociedade de classes mito e realidade publicado em 1969 continua atual pois oferece uma metodologia para estudar a exploração das mulheres no capitalismo explorando aspectos históricos econômicos políticos e culturais Também destaca a pesquisa da socióloga Heleieth Saffioti nos anos 1960 inicialmente como parte de seu doutorado e posteriormente como complemento para sua LivreDocência Sua pesquisa abordou a questão da mulher na sociedade de classes e se tornou um texto pioneiro no Brasil abordando temas de feminismo marxismo e luta de classes O livro resultante A mulher na sociedade de classes mito e realidade publicado em 1969 continua atual pois oferece uma metodologia para estudar a exploração das mulheres no capitalismo explorando aspectos históricos econômicos políticos e culturais O s texto s ao mesmo tempo aborda m a história do feminismo durante os períodos da ditadura militar no Brasil 19641985 incluindo os anos de repressão a transição para a democracia e o retorno à democracia no qual descreve como o movimento feminista se consolidou nesse período desempenhando um papel importante na luta pela democratização do país Durante essa época o movimento feminista estabeleceu contatos com outros grupos sociais como mulheres da periferia negros e homossexuais O s artigos também aponta m os ganhos significativos para as mulheres e a democracia brasileira como resultado da resistência ao autoritarismo da ditadura militar diálogos internacionais e parcerias com outros movimentos sociais Além de oferece rem uma visão abrangente da história do feminismo no Brasil com foco no surgimento do feminismo negro a partir do contexto dos movimentos sociais feministas Ele explora as correntes teóricas que moldaram as ações políticas das pessoas principalmente das mulheres que lutaram contra o racismo a opressão de gênero e a classe social OBJETIVO ESPECÍFICO 4 O feminismo nas diferentes classes sociais Artigo 15 Marxismo Feminismo e Luta de classe GURGEL DA SILVA Telma Marxismo feminismo e luta de classes Revista POIÉIS Programa em pósgraduação em graduação Portal de periódicos UNISUL 12 2019 Disponível em httpsportaldeperiodicosanimaeducacaocombrindexphpPoiesisarticleview7357 RESUMO Nesse artigo que resultou de um estudo teóricocrítico três questões que demarcam a práxis do feminismo como sujeito político no campo mais amplo do marxismo são apontadas A primeira é a insígnia feminista do pessoal como político a segunda a evidência das desigualdades na divisão sexual e política do trabalho e por fim a denúncia do controle do corpo das mulheres como ferramenta de dominação sistêmica O texto dialoga com a história do feminismo como movimento social inserido na dinâmica da luta de classes que desenvolve ações de ruptura estruturalsimbólica com as desigualdades sociais que se expressam na tríade patriarcado racismo e capitalismo Isto garante uma caracterização de coletivo total ao feminismo quando em situações específicas consegue articular a diversidade de experiências das mulheres em torno de objetivos políticos comuns ANÁLISE DO GRUPO O texto aborda a relação entre feminismo e marxismo e explora as interações entre esses dois movimentos de emancipação O autor destaca três questões centrais que demarcam a prática do feminismo como um sujeito político no contexto mais amplo do marxismo A primeira questão trata da importância do pessoal como político no feminismo seguida pela discussão das desigualdades na divisão sexual e política do trabalho Por fim o texto aborda a denúncia do controle do corpo das mulheres como uma ferramenta de dominação sistêmica O artigo também contextualiza a história do feminismo desde suas origens na Revolução Francesa de 1789 e destaca como o feminismo se reafirma como um movimento social comprometido com a transformação das relações sociais em sua totalidade relacionandose à luta de classes O texto menciona o movimento sufragista que surgiu como uma resposta ao capitalismo em expansão e à industrialização destacando a importância do sufrágio universal como um meio de permitir às mulheres participarem ativamente na vida política Também explora como as feministas socialistas tiveram que lidar com a resistência de parte dos trabalhadores em relação ao trabalho feminino O artigo enfatiza a importância da articulação estratégica entre a luta das mulheres por autonomia e autodeterminação com a busca pela emancipação humana em face das forças do capital Ele conclui que a autoorganização das mulheres nas organizações de esquerda e na luta anticapitalista é fundamental para promover a igualdade de gênero e a ruptura com as estruturas de opressão do capitalismo Artigo 16 O conceito de classe social no feminismo camponês e popular SILVEIRA PAULINO Maria Ignez O conceito de classe social no feminismo camponês e popular Revista estudos feministas Scielo Brasil 08 2022 Disponível em httpswwwscielobrjrefaQSTvpYdnXcs7mQFqHPm5zYh R ESUMO Um dos objetivos deste texto foi mostrar que o uso do conceito de classe social pelo feminismo camponês feminismo este elaborado e defendido no Brasil pelo Movimento de Mulheres Camponesas MMC se faz de maneira legítima porém é um feminismo pouco reconhecido mesmo pela esquerda A produção marxista sobre o campesinato posterior às obras de Kautsky e Lenin ambas de 1899 que indicavam um desaparecimento desse tipo de agricultores não defende mais essa premissa O campesinato não só permanece em diferentes formações sociais sejam capitalistas ou socialistas como imprimem sua marca no entorno mais amplo Para Theodor Shanin eles se constituem em uma classe política por sua capacidade de lutar por suas demandas Outro objetivo foi mostrar uma nova perspectiva de feminismo defendida por Silvia Federici que mesmo não classista constituise em uma forma de luta anticapitalista e nesse sentido se aproxima do feminismo camponês Como método procuramos ver pontos comuns ou passíveis de diálogo na produção marxista recente das militantes do MMC na produção acadêmica e na das organizações que discutem este tema Concluímos que um diálogo entre as várias perspectivas é urgente ANÁLISE DO GRUPO O texto discute o desenvolvimento do feminismo entre os movimentos de mulheres rurais especialmente no Brasil com foco no Movimento de Mulheres Camponesas MMC Ele destaca a evolução desse movimento em relação à compreensão das questões de gênero e classe ao longo das décadas O feminismo no MMC não herda diretamente as perspectivas do feminismo marxista dos anos 1970 que estava mais focado na revolução proletária como solução para a subordinação das mulheres Inicialmente a questão de classe não era proeminente no MMC mas havia uma postura anticapitalista No entanto à medida que o MMC se aproximou de outras organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST e a Via Campesina a perspectiva de classe tornouse mais explícita A Marcha Mundial de Mulheres MMM influenciou a visão de luta de classes no MMC Documentos da MMM e do MMC mencionam a necessidade de resistência ao neoliberalismo enfatizando o desmantelamento rápido de políticas e direitos A mudança de governo no Brasil trouxe discussões sobre a descontinuidade de políticas públicas que beneficiavam os mais pobres levando à convocação para ações nas ruas embora se reconheça que somente protestos nas ruas não são suficientes A influência marxista também é evidente em estudos acadêmicos e pesquisas realizados por militantes do MMC Algumas delas adotam a ideia de classe marxista adaptandoa com uma visão de luta de classe influenciada por EP Thompson O texto destaca que no Brasil os estudos rurais geralmente se concentram em movimentos sociais políticas públicas e segurança alimentar com pouca ênfase na posição de classe dos camponeses em sociedades capitalistas No entanto essa perspectiva está mudando com a rejeição do neoliberalismo e o ressurgimento de uma análise de classe nas lutas do MMC Além disso o texto faz referência à importância de Teodor Shanin e seu conceito de classe política para entender o campesinato como uma classe não apenas com base em sua posição na produção mas também em sua influência na política Por fim o texto discute como o feminismo no MMC considera o patriarcado e o capitalismo como componentes interligados de um único sistema de opressão Enquanto algumas perspectivas se concentram no aspecto classista do feminismo outras enfatizam mais amplamente a luta feminista em relação à opressão de gênero e classificam o sistema como marxista e não estritamente classista Artigo 17 Mulheres investindo contra o feminismo resguardando privilégios ou manifestação de violência simbólica SOIHET Rachel Mulheres investindo contra o feminismo resguardando privilégios ou manifestação de violência simbólica Revista Estudos de sociologia Portal UNESP 05 2008 Disponível em httpsperiodicosfclarunespbrestudosarticleview875 RESUMO Apresentar uma discussão acerca da presença do antifeminismo entre mulheres de diferentes segmentos sociais constituise no objetivo do artigo Buscase uma explicação para tal atitude recorrendose ao conceito de violência simbólica o qual supõe a adesão dos dominados às categorias que embasam sua dominação fato que não exclui a presença de compensações que justificam o apoio de muitas a tais discursos e práticas A partir de pesquisa realizada com mulheres intelectualizadas discordase de uma investigação que restringe o antifeminismo a mulheres dos segmentos populares pois o feminismo seria exclusivo daquelas de classe média mais precisamente mulheres intelectualizadas que compartilham dos valores individualistas modernos ANÁLISE DO GRUPO O texto aborda a aversão de algumas mulheres ao feminismo e explora as razões por trás desse fenômeno O feminismo busca promover a igualdade de gênero e uma sociedade menos desigual O autor menciona que o feminismo engloba uma série de teorias e práticas ao longo do tempo e que as lutas das feministas variaram desde direitos sociais até questões relacionadas ao corpo e à sexualidade No entanto algumas mulheres demonstram aversão ao feminismo muitas vezes reforçando estereótipos negativos sobre as feministas retratandoas como viragos pesadas perigosas ou feias Isso contrasta com o ideal tradicional de feminilidade que enfatiza beleza meiguice e delicadeza O autor argumenta que essa aversão pode ser devida a uma visão equivocada do feminismo como uma luta contra os homens em vez de uma busca pela igualdade de direitos O texto também menciona exemplos de mulheres como a intelectual Adalgisa Nery e a artista Daniela Thomas que expressaram aversão ao feminismo alegando que as feministas se vitimizavam e falavam em nome de todas as mulheres o que não correspondia à diversidade de experiências e opiniões femininas Essas mulheres também criticaram o feminismo por seu discurso e linguagem No entanto o autor observa que essas críticas não levam em consideração as discussões feministas sobre o conceito de gênero que destaca o caráter social e cultural das diferenças de gênero e dos papéis de gênero enfatizando as relações de poder e a igualdade de direitos entre homens e mulheres CONCLUSÃO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO 4 O feminismo abrange uma variedade de perspectivas e experiências em diferentes classes sociais Mulheres de classes mais privilegiadas frequentemente focam em questões como igualdade salarial e representação política enquanto mulheres de classes mais baixas enfrentam desafios adicionais como acesso limitado a serviços de saúde reprodutiva e creches O feminismo interseccional reconhece que as experiências variam de acordo com raça orientação sexual e outros fatores destacando a necessidade de abordagens inclusivas No entanto todas essas perspectivas compartilham o objetivo de alcançar igualdade de gênero e empoderamento feminino Introdução generalizada do tema Neste artigo de estudo teóricocrítico são discutidas três questões que definem o papel do feminismo como sujeito político dentro do contexto mais amplo do marxismo A primeira questão destaca a dimensão política do pessoal no feminismo a segunda aborda as desigualdades na divisão do trabalho e do poder com base no gênero a terceira enfoca a denúncia do controle sobre o corpo das mulheres como uma ferramenta de dominação sistêmica O texto contextualiza o feminismo como um movimento social enraizado na luta de classes e comprometido em desafiar as desigualdades sociais relacionadas ao patriarcado racismo e capitalismo Isso resulta em uma caracterização do feminismo como um coletivo unido quando consegue articular diferentes experiências das mulheres em prol de objetivos políticos compartilhados Neste texto o s autor es explora m o uso legítimo do conceito de classe social pelo feminismo camponês representado pelo Movimento de Mulheres Camponesas MMC no Brasil O texto argumenta que esse feminismo é pouco reconhecido mesmo pela esquerda Ele destaca como a visão tradicional de que o campesinato desapareceria não se sustenta mais na teoria marxista já que o campesinato não apenas persiste em diversas formações sociais mas também desempenha um papel político significativo ao lutar por suas demandas Além disso o texto menciona uma perspectiva de feminismo defendida por Silvia Federici que embora não seja estritamente classista é anticapitalista e compartilha afinidades com o feminismo camponês Conclusivamente os autor es reforçam que é urgente estabelecer um diálogo entre essas diferentes perspectivas feministas e marxistas CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a realização deste trabalho as integrantes do grupo aprenderam ainda mais sobre a importância do feminismo além de sua história e ramificações como sua aplicabilidade no Brasil e a importância do feminismo negro Ademais o tema escolhido foi de imperiosa importância para a construção de caráter e reafirmação do lugar de fala para as integrantes do grupo Além que para nós mulheres brancas que reconhecem os seus privilégios foi de extrema importância este aprofundamento acerca do movimento feminista já que nos permitiu compreender além da nossa realidade e enxergar o feminismo sob outras perspectivas Sobre a construção coletiva do trabalho e interação com as colegas todas tiveram parte fundamental para o desenvolvimento do trabalho final sendo unânime a escolha do tema Acerca dos subtópicos a Isabelle realizou a parte de feminismo negro a Isadora da história do feminismo a Júlia do feminismo nas diferentes classes sociais e a Clara ficou responsável pelo feminismo no Brasil 0 23