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FILOSOFIA POLÍTICA Data Final 26102023 2200 Horário de Brasília QUESTÃO 1 O crime de Maquiavel João Pereira Coutinho Maquiavel o nome é todo um programa E maquiavélico é adjetivo que dispensa apresentações Quando acusamos alguém de maquiavelismo não precisamos acrescentar mais nada O sujeito é imoral hipócrita mentiroso potencialmente violento Uma mistura de Charles Manson com Hannibal Lecter digamos Estaremos a ser injustos com o florentino Estamos sim responde Michael Ignatieff Ponto prévio Ignatieff um excelente filósofo andou uns tempos perdido ou será iludido na política canadense Liderou o Partido Liberal Disputou eleições Perdeu Como normalmente acontece com os filósofos que flertam com a política e são desiludidos por ela regressou agora aos livros Em boa hora na revista The Atlantic Ignatieff celebra os 500 anos de O Príncipe escrito em 1513 e oferece uma das mais preciosas explicações para o desconforto que Maquiavel sempre provocou nas gerações posteriores Uma empreitada dessas já tinha sido iniciada por Isaiah Berlin no clássico The Originality of Machiavelli que Ignatieff obviamente conhece como biógrafo oficial de Berlin No ensaio Berlin começava por listar as múltiplas interpretações que foram sendo urdidas sobre a obra e o autor um manual para gangsters disse Leo Strauss um humanista angustiado disse Benedetto Croce um homem de gênio disse Hegel E depois como é usual nos ensaios mais escolásticos de Berlin o próprio acrescentava a sua interpretação a respeito o que perturba em Maquiavel não é a defesa da dissimulação ou da violência Ele não foi o primeiro Não será o último O problema é que Maquiavel mostrou a incompatibilidade absoluta entre duas moralidades distintas na conduta de um político a moralidade pagã e a moralidade cristã Eis a originalidade de Maquiavel quem deseja ser um bom cristão cultivando as virtudes típicas do cristianismo perdão benevolência compaixão etc o melhor que tem a fazer é afastarse da política Essas virtudes são boas em si mesmas Maquiavel nunca negou isso ao contrário do que se imagina Mas elas são boas na vida privada dos indivíduos não na defesa da comunidade Em política são as virtudes pagãs força disciplina magnanimidade etc que garantem a sobrevivência do Estado Ignatieff aceita o essencial dessa explicação Mas acrescenta um ponto decisivo que está ausente do ensaio de Berlin e que me parece o mais importante Maquiavel perturbanos tanto 500 anos depois porque existe em nós a intolerável suspeita de que ele pode ter razão Vivemos em sociedade Desfrutamos de um mínimo de ordem Queremos ser poupados ao crime e à violência de forma a perseguir os nossos interesses ou ambições Mas ao mesmo tempo recusamos sequer a hipótese de que muitos dos nossos ganhos civilizacionais possam ser mantidos por políticos que sujam as mãos e não têm insônias com isso Cuidado não falo de políticos que sujam as mãos em proveito próprio Essa hipótese seria intolerável para um patriota como Maquiavel Falo de qualquer líder em qualquer democracia que muitas vezes usa a dissimulação a mentira ou a brutalidade para que as insônias não nos perturbem a nós Ignatieff dá um exemplo apenas um entre mil o momento em que Barack Obama invadiu o Paquistão para capturar e matar Bin Laden O que diriam os Evangelhos dessa operação E o que dizemos nós ao saber que o mundo tem um terrorista a menos o mais temível e procurado deles Maquiavel falando para a Florença do seu tempo falou também para as Florenças de todos os tempos E limitouse a mostrar o backstage do nosso teatro cotidiano No palco tudo é luz e fantasia Atrás do palco existem muitas vezes situações de trevas em que em nome do bem comum o Príncipe tem de cometer males inevitáveis No fundo talvez o problema de O Príncipe não esteja no texto propriamente dito mas no efeito que ele teve sobre a imagem virtuosa que gostamos de cultivar sobre nós próprios Alguém dizia que os seres humanos nunca suportaram demasiada realidade O crime de Maquiavel 500 anos depois foi ter insultado a nossa vaidade com esse excesso de realidade Fonte COUTINHO J P O crime de Maquiavel Disponível em httpsmfolhauolcombrcolunasjoaopereiracoutinho2013111376264ocrimede maquiavelshtmlcmpidmenutopo Acesso em 18 jun 2023 adaptado O texto argumenta que Maquiavel por meio de seu trabalho O Príncipe destaca a realidade por trás da conduta política que muitas vezes envolve ações imorais em nome do bem comum Considerando a atualidade dos conceitos de virtù virtude e fortuna de Maquiavel na política contemporânea elabore um texto discursivo de 1520 linhas explicando esses conceitos e discutindo as contribuições e influências do pensamento de Maquiavel conforme apresentado em O Príncipe na política atual Lembrese que o texto deve abordar os conceitos de virtù e fortuna de Maquiavel discutindo sua interação e relevância na política atual Deve refletir sobre dilemas éticos na filosofia maquiavélica e apreciar as contribuições de Maquiavel para a teoria política Orientações Utilize argumentos convincentes que expressem sua criticidade Leia novamente o que escreveu amplie as ideias e conclua sua atividade Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviálo Bons estudos FILOSOFIA POLÍTICA Data Final 26102023 2200 Horário de Brasília QUESTÃO 1 O crime de Maquiavel João Pereira Coutinho Maquiavel o nome é todo um programa E maquiavélico é adjetivo que dispensa apresentações Quando acusamos alguém de maquiavelismo não precisamos acrescentar mais nada O sujeito é imoral hipócrita mentiroso potencialmente violento Uma mistura de Charles Manson com Hannibal Lecter digamos Estaremos a ser injustos com o florentino Estamos sim responde Michael Ignatieff Ponto prévio Ignatieff um excelente filósofo andou uns tempos perdido ou será iludido na política canadense Liderou o Partido Liberal Disputou eleições Perdeu Como normalmente acontece com os filósofos que flertam com a política e são desiludidos por ela regressou agora aos livros Em boa hora na revista The Atlantic Ignatieff celebra os 500 anos de O Príncipe escrito em 1513 e oferece uma das mais preciosas explicações para o desconforto que Maquiavel sempre provocou nas gerações posteriores Uma empreitada dessas já tinha sido iniciada por Isaiah Berlin no clássico The Originality of Machiavelli que Ignatieff obviamente conhece como biógrafo oficial de Berlin No ensaio Berlin começava por listar as múltiplas interpretações que foram sendo urdidas sobre a obra e o autor um manual para gangsters disse Leo Strauss um humanista angustiado disse Benedetto Croce um homem de gênio disse Hegel E depois como é usual nos ensaios mais escolásticos de Berlin o próprio acrescentava a sua interpretação a respeito o que perturba em Maquiavel não é a defesa da dissimulação ou da violência Ele não foi o primeiro Não será o último O problema é que Maquiavel mostrou a incompatibilidade absoluta entre duas moralidades distintas na conduta de um político a moralidade pagã e a moralidade cristã Eis a originalidade de Maquiavel quem deseja ser um bom cristão cultivando as virtudes típicas do cristianismo perdão benevolência compaixão etc o melhor que tem a fazer é afastarse da política Essas virtudes são boas em si mesmas Maquiavel nunca negou isso ao contrário do que se imagina Mas elas são boas na vida privada dos indivíduos não na defesa da comunidade Em política são as virtudes pagãs força disciplina magnanimidade etc que garantem a sobrevivência do Estado Ignatieff aceita o essencial dessa explicação Mas acrescenta um ponto decisivo que está ausente do ensaio de Berlin e que me parece o mais importante Maquiavel perturbanos tanto 500 anos depois porque existe em nós a intolerável suspeita de que ele pode ter razão Vivemos em sociedade Desfrutamos de um mínimo de ordem Queremos ser poupados ao crime e à violência de forma a perseguir os nossos interesses ou ambições Mas ao mesmo tempo recusamos sequer a hipótese de que muitos dos nossos ganhos civilizacionais possam ser mantidos por políticos que sujam as mãos e não têm insônias com isso Cuidado não falo de políticos que sujam as mãos em proveito próprio Essa hipótese seria intolerável para um patriota como Maquiavel Falo de qualquer líder em qualquer democracia que muitas vezes usa a dissimulação a mentira ou a brutalidade para que as insônias não nos perturbem a nós Ignatieff dá um exemplo apenas um entre mil o momento em que Barack Obama invadiu o Paquistão para capturar e matar Bin Laden O que diriam os Evangelhos dessa operação E o que dizemos nós ao saber que o mundo tem um terrorista a menos o mais temível e procurado deles Maquiavel falando para a Florença do seu tempo falou também para as Florenças de todos os tempos E limitouse a mostrar o backstage do nosso teatro cotidiano No palco tudo é luz e fantasia Atrás do palco existem muitas vezes situações de trevas em que em nome do bem comum o Príncipe tem de cometer males inevitáveis No fundo talvez o problema de O Príncipe não esteja no texto propriamente dito mas no efeito que ele teve sobre a imagem virtuosa que gostamos de cultivar sobre nós próprios Alguém dizia que os seres humanos nunca suportaram demasiada realidade O crime de Maquiavel 500 anos depois foi ter insultado a nossa vaidade com esse excesso de realidade Fonte COUTINHO J P O crime de Maquiavel Disponível em httpsmfolhauolcombrcolunasjoaopereiracoutinho2013111376264ocrime demaquiavelshtmlcmpidmenutopo Acesso em 18 jun 2023 adaptado O texto argumenta que Maquiavel por meio de seu trabalho O Príncipe destaca a realidade por trás da conduta política que muitas vezes envolve ações imorais em nome do bem comum Considerando a atualidade dos conceitos de virtù virtude e fortuna de Maquiavel na política contemporânea elabore um texto discursivo de 1520 linhas explicando esses conceitos e discutindo as contribuições e influências do pensamento de Maquiavel conforme apresentado em O Príncipe na política atual Lembrese que o texto deve abordar os conceitos de virtù e fortuna de Maquiavel discutindo sua interação e relevância na política atual Deve refletir sobre dilemas éticos na filosofia maquiavélica e apreciar as contribuições de Maquiavel para a teoria política Orientações Utilize argumentos convincentes que expressem sua criticidade Leia novamente o que escreveu amplie as ideias e conclua sua atividade Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviálo Bons estudos TEXTO A importância e influência de Maquiavel para a política contemporânea é extremamente atual porque sua obra inova ao questionar a natureza humana no âmbito da política contrapondo qualidades políticas do governante aos valores e virtudes cristãos contrariando o pensamento político de sua época Maquiavel entende a realidade humana pois para ele os homens não são naturalmente bons são enganadores e buscam apenas o interesse próprio A partir de experiências vividas em outros Estados o filósofo compreende como se dá a estabilidade política de outros Povos Estas qualidades do governante seriam a Virtù e a Fortuna Aquela se refere às qualidades desejáveis ao homem de Estado ao governante Seriam qualidades que todo homem que pretende conquistar e manter a estabilidade de seu Estado Temos aqui a sagacidade a inteligência para saber quando manter a palavra e quando é necessário quebrála Por sua vez a Fortuna vinculase ao que chamaríamos sorte e condições favoráveis ao estar preparado quanto às adversidades A fortuna referese a estar alerta pois um bom governante não pode esperar as condições favoráveis para sua atitude sob pena de promover a instabilidade interna em seu governo Portanto Maquiavel marca uma nova concepção para a Política na medida em que modifica a compreensão do agir político pois não se trata de ser bom ou mau mas de agir segundo a necessidade Em resumo o príncipe deve impor o medo pela força como o leão e ser astuto como a raposa

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dessas já tinha sido iniciada por Isaiah Berlin no clássico The Originality of Machiavelli que Ignatieff obviamente conhece como biógrafo oficial de Berlin No ensaio Berlin começava por listar as múltiplas interpretações que foram sendo urdidas sobre a obra e o autor um manual para gangsters disse Leo Strauss um humanista angustiado disse Benedetto Croce um homem de gênio disse Hegel E depois como é usual nos ensaios mais escolásticos de Berlin o próprio acrescentava a sua interpretação a respeito o que perturba em Maquiavel não é a defesa da dissimulação ou da violência Ele não foi o primeiro Não será o último O problema é que Maquiavel mostrou a incompatibilidade absoluta entre duas moralidades distintas na conduta de um político a moralidade pagã e a moralidade cristã Eis a originalidade de Maquiavel quem deseja ser um bom cristão cultivando as virtudes típicas do cristianismo perdão benevolência compaixão etc o melhor que tem a fazer é afastarse da política Essas virtudes são boas em si mesmas Maquiavel nunca negou isso ao contrário do que se imagina Mas elas são boas na vida privada dos indivíduos não na defesa da comunidade Em política são as virtudes pagãs força disciplina magnanimidade etc que garantem a sobrevivência do Estado Ignatieff aceita o essencial dessa explicação Mas acrescenta um ponto decisivo que está ausente do ensaio de Berlin e que me parece o mais importante Maquiavel perturbanos tanto 500 anos depois porque existe em nós a intolerável suspeita de que ele pode ter razão Vivemos em sociedade Desfrutamos de um mínimo de ordem Queremos ser poupados ao crime e à violência de forma a perseguir os nossos interesses ou ambições Mas ao mesmo tempo recusamos sequer a hipótese de que muitos dos nossos ganhos civilizacionais possam ser mantidos por políticos que sujam as mãos e não têm insônias com isso Cuidado não falo de políticos que sujam as mãos em proveito próprio Essa hipótese seria intolerável para um patriota como Maquiavel Falo de qualquer líder em qualquer democracia que muitas vezes usa a dissimulação a mentira ou a brutalidade para que as insônias não nos perturbem a nós Ignatieff dá um exemplo apenas um entre mil o momento em que Barack Obama invadiu o Paquistão para capturar e matar Bin Laden O que diriam os Evangelhos dessa operação E o que dizemos nós ao saber que o mundo tem um terrorista a menos o mais temível e procurado deles Maquiavel falando para a Florença do seu tempo falou também para as Florenças de todos os tempos E limitouse a mostrar o backstage do nosso teatro cotidiano No palco tudo é luz e fantasia Atrás do palco existem muitas vezes situações de trevas em que em nome do bem comum o Príncipe tem de cometer males inevitáveis No fundo talvez o problema de O Príncipe não esteja no texto propriamente dito mas no efeito que ele teve sobre a imagem virtuosa que gostamos de cultivar sobre nós próprios Alguém dizia que os seres humanos nunca suportaram demasiada realidade O crime de Maquiavel 500 anos depois foi ter insultado a nossa vaidade com esse excesso de realidade Fonte COUTINHO J P O crime de Maquiavel Disponível em httpsmfolhauolcombrcolunasjoaopereiracoutinho2013111376264ocrimede maquiavelshtmlcmpidmenutopo Acesso em 18 jun 2023 adaptado O texto argumenta que Maquiavel por meio de seu trabalho O Príncipe destaca a realidade por trás da conduta política que muitas vezes envolve ações imorais em nome do bem comum Considerando a atualidade dos conceitos de virtù virtude e fortuna de Maquiavel na política contemporânea elabore um texto discursivo de 1520 linhas explicando esses conceitos e discutindo as contribuições e influências do pensamento de Maquiavel conforme apresentado em O Príncipe na política atual Lembrese que o texto deve abordar os conceitos de virtù e fortuna de Maquiavel discutindo sua interação e relevância na política atual Deve refletir sobre dilemas éticos na filosofia maquiavélica e apreciar as contribuições de Maquiavel para a teoria política Orientações Utilize argumentos convincentes que expressem sua criticidade Leia novamente o que escreveu amplie as ideias e conclua sua atividade Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviálo Bons estudos FILOSOFIA POLÍTICA Data Final 26102023 2200 Horário de Brasília QUESTÃO 1 O crime de Maquiavel João Pereira Coutinho Maquiavel o nome é todo um programa E maquiavélico é adjetivo que dispensa apresentações Quando acusamos alguém de maquiavelismo não precisamos acrescentar mais nada O sujeito é imoral hipócrita mentiroso potencialmente violento Uma mistura de Charles Manson com Hannibal Lecter digamos Estaremos a ser injustos com o florentino Estamos sim responde Michael Ignatieff Ponto prévio Ignatieff um excelente filósofo andou uns tempos perdido ou será iludido na política canadense Liderou o Partido Liberal Disputou eleições Perdeu Como normalmente acontece com os filósofos que flertam com a política e são desiludidos por ela regressou agora aos livros Em boa hora na 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