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Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento Cynthia Borges Orientar apresentar um rumo mostrar o caminho Escolher a profissão rumo incerto vários caminhos Essa é a condição que encontramos ao orientar adolescentes na escolha de uma profissão inúmeras opções várias opiniões muitas dúvidas nenhuma resposta E então o que fazer Este livro pretende lançar um novo olhar spbre essa questão Como ensinar os jovens a fazer escolhas De que fbrma orientar na cada vez mais árdua tarefa de escolher uma profissão Quais os fundamentos de nossa prática como orientadores Que resultados podemos esperar de uma orientação bem planejada e estruturada Questões como essas quase sempre nos ocorrem quando temos tal tarefa em mãos Principalmente quando nos pesa a responsabilidade de orientar frente às grandes transformações que se configuram atualmente no mundo profissional Novas possibilidades de compreensão e de intervenção na área de Orientação Profissional podem se abrir para você orientador com a leitura desse livro No mínimo uma nova perspectiva de encarar e discutir a questão Orientar na prática pode ser um grande desafio mas também um grande prazer Quando se sabe o que fazer porque para quê e para quem o orientador está firme o suficiente em suas bases para expandir seu auxílio seguro o suficiente para criar inovar e junto dos seus orientandos encontrar novos rumos para sua própria atuação profissional Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento Cynthia Borges de Moura A Minen É O I T O f t A DIKBTORGERAL Wihn Mazalla Jr COORDENAÇÃO EDITORIAL Willian F Might on COORDENAÇÃO DE REVISÃO Roberto P Gumes REVISÃO DE TEXTOS Carolina Moreira Felicori EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Mariseima Queiroz REVISÃO DE FILMES Antonia S Pereira CAPA Fabio Cyrino Moríari Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP Câmara Brasileira do Livro SP Brasil Moura Cynthia Borges de Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento Cynthia Borges de Moura Cnuipinas SP Editora Alinca 2004 Bibliografia 1 Comportamento Análise 2 Escolha de profissão 3 Orientação vocacional I Título 041852 CDD1586 índices para Catálogo Sistemático 1 Orientação profissional Análise do comportamento Psicologia aplicada 1586 ISBN 8575160907 Todos os direitos reservndo à Editora Alínea Rua Tiradentes 1053 Guanabara CanjpinasSP CEP 13023I91 PABX 19 3232340 c 32322319 wwwiloniOíilineacomhr Impresso no Brasil A minha pequena Laís que com siia aCegria cfe viver tornou minha vida muito mais gostosa Sumário Prefácio 7 Apresentação 9 Capítulo 1 Orientação Vocacional e Profissional Evolução e Tendências Atuais11 Breve histórico da Orientação Profissional11 Principais correntes teóricas13 Conceituação da Orientação P ro fissio n al19 Capítulo 2 Escolha Profissional Análise dos Fatores Pessoais e Profissionais 21 A situação de escolha 21 0 au tocouhecimento e a escolha profissional23 Conhecimento da realidade profissional25 O uso de testes em Orientação Profissional27 Capítulo 3 Orientação Profissional na Análise do Comportamento uma Possibilidade em Perspectiva31 Uma compreensão behaviorista de vocação 31 O comportamento de tomar uma decisão 33 O comportamento verbal na Orientação Profissional 36 À Orientação Profissional sob o enfoque comportaraental40 Capítulo 4 Avaliação de um Programa Cqniportamental de Orientação Profissional45 A pesquisa objetivos e metodologia 46 Resultados Ha avaliação pré e pósorientação49 Resultadosda satisfação do consumidor e da avaliação do programa50 Conclusões do estudo 54 Capítulo 5 Orientação Profissional na Análise do Comportamento PrograrnaModelo para Atendimento em Grupo57 Sessão individual préorientação 59 Ia Sessão Definindo o problema de escolha 60 2a Sessão Conhecendose para escolher64 3a Sessão Relacionando características e profissões67 4a e 5a Sessões Investigando profissões 71 6a Sessão Olhando as profissões por outra perspectiva 76 7a Sessão Selecionando critérios de decisão 79 8a Sessão Analisando o futuro diante da escolha presente82 Sessão indi vidual pósori entaç ão 85 Capítulo 6 Considerações sobre a Formulação de Programas Comportamentais de Orientação Profissional 87 Referências91 Anexos95 Prefácio Sintome privilegiada de ter assistido de perto ao nascimento deste trabalho desde a concepção da idéia em 1998 quando Cynthia ingressou no mestrado na Pontifícia Universidade Católica de Campinas passando pela defesa de sua dissertação sob minha orientação em 2000 até a primeira versão deste livro que prefaciei em 2001 quando um primeiro esforço de compreender e fazer Orientação Profissional dentro do modelo teórico da Análise do Comportamento se concretizava Portanto é para mim ura prazer prefaciar esta nova edição Em primeiro lugar pela originalidade do tema em segundo pelo esforço teórico de que se reveste este trabalho e em terceiro por constatar que o trabalho cresceu tomou novos contornos e avançou quanto às contribuições práticas e científicas a esta área de atuação Lembrome de que uma das primeiras questões formuladas à autora foi sobre quais seriam as características de seu trabalho que o diferenciaria de outras práticas tradicionais de Orientação Profissional o situaria dentro dos parâmetros teóricos da Análise do Comportamento Os esforços de análise dos comportamentos descritos como tomada de decisão foram muitos e vejo com satisfação que o conceito arduamente definido pôde agora ser melhor operacionalizado principalmente na prática que dele se deriva Enfatizo esse aspecto pois naquela época mesmo na literatura internacional poucos estudos que pudessem subsidiar esses esforços foram encontrados E à autora foi necessário além de sua experiência anterior em orientação vocacional muita criatividade e boa formação teórica para que ura modelo pudesse ser proposto c avaliado E agora uni programa reformulado e reavaliado nos é apresentado o que com certeza nos fornecerá um novo e atualizado instrumental de trabalho Esse livro é para mim o resultado de um trabalho conjunto que envolveu muito mais do que o pesquisar sobre um tema Envolveu acreditar numa idéia arriscarse numa nova possibilidade e olhar para o objeto de estudo de forma original curiosa inovadora Características essas indispensáveis ao pesquisador que pretende contribuir de foima significativa para o desenvolvimento da ciência Acompanhei todo esse trabalho o qual foi muito bem feito Trabalho que se expandiu cresceu e frutificou O resultado agora toma a fornia de um novo livro reformulado e atualizado que passa a estar disponível a outros profissionais e pesquisadores que terão oportunidade de ter em mãos um programa original bem delineado e testado dentro dos parâmetros científicos e do modelo da Análise do Comportamento que segundo a própria autora não deixa de ser um trabalho audacioso más é sem dúvida um grande passo num caminho desafiador e promissor Dra Vera Lucia Adami Raposo âo Amãral Pontifícia Universidade Católica de Campinas Apresentação A princípio pode parecer estranho falar de Orientação Profissional em Análise do Comportamento Mas é isso mesmo A experiênciade prática e depçsqüisá tem mostrado qiie a Orientação Profissional pode ser entendida também por meio da perspectiva comportamental e que essa abordagem teórica tem muito a oferecer a essa área de atuação Considerando os avanços teóricos e aplicados que a Análise do Comportamento tem alcançado nos últimos anos tanto no que se refere a construção do conhecimento quanto à sua aplicabilidade a diferentes contextos parece óbvio que tal modelo teórico possa perfeitamente se adequar às necessidades de intervenção que essa problemática requer Talvez o termo Vocação por sua conotação tradicionalmente mentalista tenha afastado os analistas do comportamento do estudo e do envolvimento com a produção de conhecimento útil nessa área Porém nos conhecimentos da Análise do Comportamento dádo seu caráter funcionalista cbntéxtuálista e diretivo pode fornecer contribuições importantes no que diz respeito ao desenvolvimento de uma intervenção focalizada especificamente na aprendizagem das respostas necessárias a resolução do problema de escolha profissional A idéia de desenvolver esse trabalho nasceu no transcurso de minha atividade docente no curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina Algumas tentativas práticas deram origem aos questionamentos que produziram minha pesquisa de mestrado cujos resultados contribuíram para a realização de um novo estudo que levou ao aprimoramento do modelo de intervenção proposto A primeira versão deste livro publicada pela Editora da UEL em 2001 foi muito bem aceita pela comunidade acadêmica e profissional e rapidamente teve sua edição esgotada Ao preparar esta edição decidi incluir minhas novas copsideraçoes teóricas sobre o assunto e também substituir o programa apresentado pelo modelo aprimorado Assim o terceiro capítulo foi reformulado e o quarto capítulo apresenta os resultados da última pesquisa que avaliou o modelo de intervenção comportamental de Orientação Profissional apresentado no quinto capítulo1 Gostaria ainda de agradecer às minhas assistentes de pesquisa Ana Claudia Paranzini Sampaio Fabiana Fernandes Kelly Regina Gemelli Ligia Deise Rodrigues Luciana Augusta Paiva Negrão Lucímara Frasson Mirtes Viviani Menezes e Viviane Tramontina que com dedicação e responsabilidade colaboraram em diferentes momentos com o desenvolvimento desse trabalho Ao convidar você à leitura deste livro desejo que ele o instigue a ir além pois o modelo aqui exposto é apenas uma forma de atuar em Orientação Profissional Muita coisa ainda está sendo pensada estudada elaborada e acredito que existem outras possibilidades de atuação tão ou mais efetivas do que a proposta aqui apresentada Ao compartilhar minhas idéias procedimentos e resultados estou tentando aprimorar minha vocação de professora e pesquisadora a de construir o conhecimento e aprender com o que se faz Convido você que se interessou em conhecer essa possibilidade e tem vocação para enfrentar desafios a contribuir com a integração da Análise do Comportamento à Orientação Profissional A autora 1 O leitor interessado em conhecer a primeira versão do ptogrnroa poderá consultai Moura 2000 2001 apítulo 1 Orientação Vocacional e Profissional Evolução e Tendências Atuais Breve histórico da Orientação Profissional O trabalho é um aspecto de grande importância na vida das pessoas Anderson 1982 apud Levinson 1987 estimou que durante o curso de 45 anos de trabalho uma pessoa pode gastar 94 mil horas em seu emprego O vasto investimento de tempo e energia no trabalho tem levado muitos autores Super 1957 Levinson 1987 a sugerir sua influência no desenvolvimento social e pessoal dos indivíduos Pesquisas tem sugerido por exemplo que o autoconceito de uma pessoa está intimamente relacionado ao seu desempenho e satisfação no trabalho Dore Meacham 1983 A despeito disso a possibilidade de escolher uma profissão é uma opção relativamente recente Durante muitos séculos a ocupação de um indivíduo era determinada pela camada social ou pela família a qual ele pertencia O nível social e o campo ocupacxonal de uma pessoa eram determinados pelo seu nascimento sendo o aprendizado de tarefas realizado dentro das famílias uma vez que os pais ensinavam seus oficios aos filhos Carvalho 1995 Whitaker 1997 Essa restrição quase imposta pelo contexto à escolha da profissão não era vista propriamente como um problema uma vez que não existia muita diversificação dos ofícios que poderiam ser exercidos 12 CysilUit Borges de Moura O aumento significativo dos processos de industrialização e de intercâmbio comercial observados no finai do Século XIX criaram formas distintas de trabalho e novos ofícios começaram a surgir Assim a nova realidade sócioeconômica passou a oferecer a possibilidade de se escolher entre as alternativas ocupacionais que estavam emergindo Neiva 1995 Conseqüentemente surgiu também a necessidade de que os indivíduos fossem orientados quanto às escolhas que tinham a oportunidade de fazer Para cumprir essa tarefa nasceu em 1902 a psicologia vocacional com a instalação do primeiro centro de Orientação Profissional era Munique Segundo Gemelli 1963 esse centro tinha como objetivo principal identificar os indivíduos desprovidos de capacidade para executar determinadas tarefas visando minimizar acidentes de trabalho Percebese que a preocupação estava mais voltada nesse momento às atividades a serem desempenhadas do que às necessidades e capacidades dos trabalhadores Porém já se começava a realização de atividades1 institucionais voltadas às necessidades sociais e pessoais dos indivíduos com relação à profissão Segundo Dean e Meadows 1995 somente após a Segunda Guerra Mundial é que os programas de Orientação Profissional tomaram forma entraram em um período de rápida expansão ampliaram seu alcance e atingiram seu staíus atual Tais programas começaram a surgir estimulados pelo desenvolvimento da Psicologia Industrial e Pessoal durante o período subseqüente a Primeira Guerra pelo desenvolvimento de procedimentos e instrumentos psicométricos e pelas mudanças na filosofia educacional da época Neiva 1995 As mudanças educacionais estimularam a informação e a Orientação Profissional dentro desses novos programas e a preocupação com o trabalho valorizou o aprimoramento das técnicas de seleção profissional Assim á Orientação Profissional no mundo vem se desenvol vendo desde o início do século por meio do trabalho de psicólogos preocupados em orientar as pessoas para melhores oportunidades de trabalho inicialmente nas fábricas e posteriormente tias escolas e cursos profissionalizantes Desde adécada de 1960 esses profissionais estão organizados na AIOSP Associação Internacional de Orientadores Escolares e Profissionais tendo como membros principalmente profissionais Orientação Profissional Sob o Enlbque da Analiso do Comportamento 13 de países da Europa Estados Unidos e Canadá De acordo com Lucchiari 1999 no Brasil desde 1993 existe a ABOP Associação Brasileira de Orientadores Profissionais cujo objetivo é organizar e promover o desenvolvimento científico e metodológico da Orientação Profissional no país Principais correntes teóricas Segundo Neiva 1995 com a consolidação da necessidade social de adaptação do homem a novas demandas de trabalho surgiram muitas teorias tentando circuuscrever a questão vocacional e propor modelos úteis de Orientação Profissional Segundo essa autora podese dividir a história da psicologia vocacional em duas partes que se slicederam em períodos históricos distintos ao longo da evolução do conhecimento è da prática na área O primeiro período dg 1900 a 1950 foi dominado pela Psicometria e pela idéia de colocar o homem certo no lugar certo O objetivo era acoplar as habilidades dos indivíduos às oportunidades profissionais Dessa forma muitos testes foram desenvolvidos para medir rigorosamente aptidões e interesses e determinar a escolha mais conveniente para o sujeito Segundo Carvalho 1995üürante esse período a Orientação Profissional foi praticamente lima modalidade dé Psicologia do Trabalho pois as técnicas empregadas visavam prioritariamente melhor produtividade profissional principalmente nas indústrias O segundo período de 1950 até a atualidade foi marcado pela crescente insatisfação e conseqüente superação dos métodos psicométricos As baterias rígidas de testes começaram a ser consideradas insuficientes para fazer frente ao problema da adaptação do homem aos processos de trabalho cada vez mais complexos e os fatores afetivos e sociais do comportamento do trabalhador assumiram maior importância Segundo Carvalho 1995 nessa fase a posição de encontrar um diagnóstico e fornecer conselhos foi substituída pelo auxílio ao autoeonhecimento e uma tomada consciente de posições e escolhas Assim a partir de 1950 surgiram várias teorias propondo novas interpretações ao problema da escolha profissional tentando circunscrever um novo movimento de Orientação Profissional 14 Cynthia Borges de Moura independente da Psicologia do Trabalho e da Psjcologia Educacional Partindo desse novo posicionamento da Orientação Profissional como campo psicológico de pesquisa e atuação surgiram vários posições teóricas com diferentes atuações práticas as quais podem ser agrupadas em três correntes teóricas principais a Psicodinâmica a Decisional e a Desenvolvimental cujos principais pressupostos serão resumidamente apresentados a seguir Teorias psicodinâmicas Para as teprias psicodinâmicas o fator mais significativo da escolha profissional está associado ao aspecto motivacional ou seja ao que impulsiona o indivíduo a comportarse de determinada maneira e conseqüentemente a escolher uma determinada ocupação A escolha profissional é vista como uma expressão concreta da personalidade Carvalho 1995 Os mecanismos de defesa do ego tais como a sublimação a compensação e a identificação são elementos teóricos centrais para o entendimento das escolhas profissionais Segundo Neiva 1995 esse grupo se subdivide em três linhas de pensamento a as teorias psicanalíticasem geral consideram que toda ati vidade ou vocação é uma forma de sublimação dos instintos e tendências do indivíduo os quais são direcionados para objetivos altruístas eou materiais Outro grupo de teóricos psicanalistas explicam a escolha vocaciona pelo conceito de reparação segundo o qual as vocações expressam respos tas do ego diante dos objetos internos danificados que exi gem ser reparados Segundo Bohoslavsky 1977 é pela profissão escolhida que o indivíduo é capaz de recriar uni objeto interno bom que foi destruído ou danificado b o segundo grupo de teorias psicodinâmicas é represen tado por Roe 1972 que defende a idéia de que ás primeiras experiências da criança no seio da família satisfação e frustração de necessidades básicas modelam o estilo que o indivíduo escolhe parai satisfazer suas necessidades ao longo da vida determinando seus objetivos e preferências vocacionais À autora afirma que o modo e o grau de satis fação de tais necessidades tomamse fortes motivadores S que junto com suas expenencias interpessoais pode gerar diferentes interesses profissionais Orientação Profissional Suh o Enfoque da Análise do Comportamento 15 c nò terceiro grupo encontrase Holland 1971 que consi dera que as pessoas podem ser distribuídas em seis tipos diferentes realista intelectual social convencional empreendedor e artístico Esse autor assume uma posição mais interacionista Para ele cada tipo é produto da inte ração entre características herdadas e a influência de fato res sociais Também classifica o ambiente em seis tipos idênticos os quais utiliza para classificar as pessoas expli cando a conduta vocacional a partir da interação entre o padrão de personalidade e o tipo de ambiente em que a pes soa está inserida Corrente decisional A corrente decisional contribui para a compreensão do problema da escolha vocacional propondo um esquema de decisão seqüencial em que uma série de decisões intermediárias leva a uma decisão final No decorrer do processo de decisão o indivíduo levanta alternativas avalia as possibilidades que lhe são oferecidas as conseqüências das várias decisões possíveis e a probabilidade de que essas conseqüências ocorram Essa linha teórica parte do pressuposto de que avaliandtíó conjunto das píõvávéis decisões consideradas ao longo do processo o indivíduo estará em melhor condição de tomar uma decisão com base em critnOS concretos de escolha Hiiton 1959 considera a chsèonâitcia cognitiva como a variável principal do processo de decisão e admite que o esforço para reduzila precede e facilita a tomada de decisão Segundo esse autor a dissonância cognitiva é ura conceito psicológico que exprime a idéia de que a pessoa sempre tende a adaptar um novo conhecimento dentro de um quadro de referências já conhecido de modo anão conflitar com ele Essa dissonância pode ser provocada por diversos fatores como a percepção de distintas possibilidades e as pressões sociais que a impedem de adiar a decisão Hershenson e Roth 1966 postulam que a escolha ocupacional é determinada por duas tendências a progressiva eliminação de alternativas e o reforçamento da análise das alternativas não excluídas Assim segundo esses autores a medida que o indivíduo vai limitando o numero de opções consideradas seu nível de incerteza diminui e a 16 Cyuchia Borges de Moura probabilidade de escolha acertada dentre um número reduzido de opções tende a ser maior Dentro desse modelo um outro autor Gati 1986 propõe um modelo de escolha profissional denominado abordagem de eliminação seqüencial Segundo essa abordagem o indivíduo deve fazer uma série de seleções de opções ocupací onais até que o conjunto das opções potenciais limitese a uma ou poucas opções Os critérios de seleção ou de corte são baseados em dimensões dc valor eleitas pelo próprio indivíduo Gati 1986 afirma que a escolha profissional envolve o investimento de recursos pessoais e socioeconômicos que leva a resultados particulares com utilidade e probabilidade única para cada indivíduo Ele afirma que os problemas de decisão podem ser divididos basicamente em dois tipos a decisões baseadas em preferências incertas nas quais a incerteza diz respeito ao próprio estado de espírito do indivíduo em relação a importância dos valores ocupacio nais isto é decisões são tomadas com base em critérios espúrios e momentâneos sem relação com uma análise criteriosa de variáveis pessoais e profissionais b decisões baseadas em conhecimentos incompletos acom panhados pela incerteza em relação ao futuro isto é indiví duo decide com base em pouca informação usando como justificativa o pouco controle sobre eventos futuros A abordagem de eliminação seqüencial proposta por esse autor postula que o processo te orientação deve fornecer procedimentos sistemáticos de busca de alternativas que possam auxiliar o indivíduo a identificar um pequeno subconjunto de ocupações Apenas quando esse subconjunto for identificado é que o indivíduo estará em condição de explorar tais alternativas em profundidade e buscar informações ocupacionais detalhadas que orientem sua decisão Corrente desenvolvimental Segundo essa corrente a escolha profissional é considerada um processo de desenvolvimento que se inicia na infância passa por vários estágios e se estende por um longo período da vida Duranrc esses estágios o indivíduo vai fazendo uma série de compromissos Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 17 entre suas necessidades e as oportunidades oferecidas pela realidade social em que vive Segundo Ne iva 1995 a corrente desenvolvi mental enfatiza a importância daformação e realização do conceito de si mesmo Acreditase que o autoconceito de uma pessoa influen cia suas aquisições e contribui para a escolha profissional e a satisfa ção no trabalho Super 19531962 também adepto dessa corrente divide o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas 1 crescimento infancia 2 exploração adolescência 3 estabelecimento idade adulta 4 permanência maturidade 5 declínio velhice Para ele esse processo ocorre graças a cinco tarefas que facilitam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos específicos a cristalização formulação de idéias sobre as preferências ocupacionais b especificação tomada de uma decisão específica c implementação início da vida profissional d estabilização na área de trabalho escolhida e consolidação da experiência profissional Ele enfatiza a possibilidade de guiar esse desenvolvimento vo cacional facilitando a aprendizagem das tarefas desenvolvimentistas Pelletier Bujold e Noiseux 1979 propõem ura modelo de ativação do desenvolvimento vocacional Consideram quatro tarefas desenvolvhnentais exploração cristalização especificação e realização Cada tarefa é subdividida em várias subtarefas que seguem uma ordem estabelecida Cada sublarefa compreende objetivos que o indivíduo deve alcançar e exigem certas habilidades intelectuais e atitudes cognitivas a a tarefa de exploração leva o indivíduo a ampliar seus conhecimentos sobre si mesmo e sobre o ambiente que o rodeia 18 Cyiuliki Borges de Moura b a tarefa de cristalização permite ordenar organizar a infor mação obtida sobre si mesmo e sobre o mundo pro fissional eliminar certas opções restringir o campo de preferências chegando a uma preferência profissional provisória c a tarefa de especificação leva o indivíduo a converter sua preferência provisória em definitiva Ele conhece mais pro fundamente a ocupação objeto de sua preferencia e define melhor seus planos para a realização de seus interesses Nessa tarefa o indivíduo confronta seus projetos com fato res como seus limites pessoais seu histórico escolar sua situação socioeconômica entre outros aspectos d a tarefa de realização permite que o indi víduo materialize o projeto profissional escolhido iniciando os estudos na área ou buscando emprego na ocupação escolhida O cumprimento dessas tarefas e o conseqüente desenvolvi mento das habilidade intelectuais e atitudes cognitivas requeridas permite que o indivíduo avance em seu processo de desenvolvi mento vocacional O modelo de ativação do desenvolvimento voca ciònal Pelletier Bujold Noiseux 1979 propõe atividades e experiências para o desenvolvimento de cada subtarefa as quais podem fazer parte do currículo de formação educacional ao longo da vida acadêmica do indivíduo Com relação a essas correntes teóricas é importante ressaltar que na revisão de literatura nacional e internacional a respeito das produções na área por autores dessas correntes não se encontrou referências sobre pesquisas de avaliação de programas de orientação como as propostas neste trabalho Algumas pesquisas principalmente na abordagem decisional avaliam efeitos de procedimentos específicos como a informação sobre a tomada de decisão Gati Tikotzki 1989 Luzzo Luna James 1996 Outros autores ainda apresentam programas avaliados por meio dos resultados subjetivos obtidos a partir da experiência individual dos participantes Soares 1987 Oliveira 1995 Carvalho 1995 Tais estudos são interessantes por apontarem questões relevantes ao avanço da intervenção na área não fornecendo porém dados quantitati vos que possam ser usados comparativamente em pesquisas futuras Orientação Profissional Sob o Enfoque da Amilise cio Comportamento L9 Conceituação da Orientação Profissional Independente da linha teórica assumida parece existir um consenso sobre a conceituação da Orientação Profissional CaryâJho 1995 apresenta a Orientação Profissional como o processo de fazer o indivíduo descobrir e usar suas habilidades naturais e conhecer as fontes de treinamento disponíveis a fim de que consiga alcançar resultados que tragam o máximo proveito para si e para a sociedade Segundo essa autora essa definição não é nova Claparède 1922 apresentou definição semelhante e tal conceituação tem sido corroborada pelo Occupationcil Information and Guidance Service o f the U S Office of Education o que mantém sua atualidade Esse conceito veio ampliar a análise do indivíduo estendendo a orientação para diferentes áreas de sua vida de acordo com ã natureza do problema focali2ado Tendo se desvinculado da Psicologia Educacional e do Trabalho a Orientação Profissjoiial passou a assurnir como objetivo auxiliar os indivíduos tantp na situação de primeira escolha profissional quanto na reescolha ou na readaptação a novas profissões Isso significou um avanço da concepção psicométrica para uma concepção mais ampla menos voltada aos problemas ocupacionais e mais sensível às necessidades das pessoas Essa nova concepção ficou conhecida como mòdalidade clínica de Orientação Profissional tendo nascido principalmente da influência dos trabalhos de Rogers em psicoterapia mas foi por intermédio de Bohoslavsky 1997 que ela se fortaleceu e alcançou maior expressão Segundo esse autor nas formas que ele reúne sob a denominação de modalidade estatística o jovem é assistido por um psicólogo que por meio de testes conhece suas aptidões e interesses e procura encontrar entre as oportunidades existentes aquelas que mais se ajustam às possibilidades e gostos do futuro profissional Na modalidade clínica o jovem b apoiado no seu processo pessoal de compreensão de sua situação para que possa assim chegar a uma decisão pessoal responsável sobre a escolha de uma carreira ou de um trabalho Lucchiari 1993 a firma que a tarefa da Orientação Profissional é facilitar a escolha ao jovem auxiliandoo na compreensão de sua situação de vida incluídos aspectos pessoais familiares e sociais Segundo essa autora é a partir dessa compreensão que ele terá mais 20 Cynrhia Borges de Moura condições de definir qual a melhor escolha ou seja qual a escolha possível dado seu projeto e suas condições de vida Dadas essas considerações é importante ressaltar que o termo orientação vocacional tem sido atualmente substituído pplo termo orientação profissional numa tentativa de evidenciar um novo posicionamento ético e filosófico da área Lucchiari 1993 O termo Vocacional supõe que exista uma vocação a ser descoberta por alguém capacitado suposição já superada pela concepção atual do homem como um ser livre para escolher Liberdade esta entendida dentro de uma situação específica de vida que por si só configurase como um limite a ser descoberto e ao mesmo tempo ampliado Segundo Lucchiari 1993 Orientação Profissional parece ser um termo mais adequado à medida que remete a escolha à análise das opções disponíveis dentro situações concretas e reais que num dado momento da vida serão mais adequadas ao indivíduo e que em última instância caberá somente a ele decidir embora ainda existam restrições por parte de alguns autores à utilização desse termo apítulo 2 Escolha Profissional Análise dos Fatores Pessoais e Profissionais A situação de escolha A dificuldade na escolha profissional não é üin problema exclusivo da adolescência Problemas com decisões profissionais e mudança de carreira são relativamente comuns ao longo da trajetória de vida dos indivíduos Whitaker 1997 Talvez essas dificuldades sejam mais salientes nessa fase porque é nela que o jovem se depara pela primeira vez com a necessidade de escolher um eurso de preparação profissional ou mesmo de iniciarse no mercado de trabalho O momento de escolha de uma profissão é com certeza um momento de muito conflito para o adolescente Além de enfrentar as dificuldades próprias da adolescência tendo que administrar muitas mudanças corporais psicológicas e sociais que começam a ocorrer o adolescente se confronta ainda com mais esta questão a decisão profissional Toda decisão envolve uma certa dificuldade porque implica escolhas Decidirse por uma profissão parece mais complicado porque existem muitas alternativas ocupacionais a serem consideradas Segundo Gati Shenhav e Givon 1993 a alternativa a ser escolhida depende das preferencias de quem decide e dc vários Cynthw Borges de Moura outros fatores ou critérios que permitem uma avaliação comparativa i das opções mais viáveis Quando quem decide é um adolescente essa escolha gera mais conflito em função não apenas das dificuldades próprias dessa fase mas também pelas sérias implicações que a decisão presente pode acarretar no futuro Dessa perspectiva ninguém está preparado para esse momento os pais nao sabem como ajudar alguns fazem imposições enquanto outros deixam o adolescente livre para fazer suas escolhas Por outro lado a escola tenta fornecer informação mas não ajuda o adolescente a vencer etapas no processo de decisão E por fim o próprio adolescente que vive o conflito acaba cedendo às exigências ou seguindo modismos em sua escolha não conseguindo tomar uma decisão baseada na análise de suas poténeialidades e possibilidades frente ao conhecimento das profissões Segundo Macedo 1998 a vocação profissional é definida por vários fatores como por exemplo a herança genética que determina em particular as características físicas que poderão favorecer uma aptidão maior para determinadas áreas Segundo esse autor embora os fatores genéticos tenham importância na escolha profissional a maior influência é exercida pelas informações pelas experiências que o adolescente passa é pelos relacionamentos que estabelece durante a vida com pais parentes professores colegas namorados e outros Para compor sua tomada de decisão além desses fatores o adolescentes deve considerar ainda a influência dos meios de comunicação como rádio revistas jornais programas de televisão e a mídia de forma geral os quais são responsáveis por promover certas carreiras em determinadas épocas Whitaker 1997 Macedo 1998 Segundo Neiva 1995 uma escolha profissional madura consciente e ajustada requer adquirir analisai e integrar conhecimentos desenvolvendo atitudes e habilidades que permitam aprender a decidir Segundo esta autora dois tipos de conhecimento são importantes o que se refere aos aspectos pessoais de quem escolhe autoconhecimento e o que se refere aos aspectos externos a quem escolhe conhecimento da realidade profissional Macedo 1998 afirma que o adolescente neste processo de buscar o que realmente lhe interessa deve equiübrarse entre o receber influências e o passar por experiências sendo que o aspecto central desse processo é a busca de luitoconhecimenio e de informações pertinentes Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 23 Billups e Peterson 1994 salientam que desde muito tempo os autores da área estão conscientes de que escolhas profissionais são feitas pela integração do conhecimento sobre si mesmo e sobre as ocupações Sampson Peterson Lenz e Reardon 1992 também apontam o autoconhecimento conhecimento dos próprios valores interesses e habilidades e o conhecimento ocupacional conheci mento do esquema de organização das ocupações e do mundo de trabalho como fatores fundamentais a serem abordados na inter venção profissional junto a adolescentes O autoconhecimento e a escolha profissional Çoahecerse é essencial para esçolher uma profissão ou ocupação Segundo Neiva1995 saber quem eu sou e como sou é que permite escolher o que fazer e como fazer É pelo processo de autoconhecimento que o adolescente pode formular aspirações profissionais realistas e compatíveis com suas características pessoais interesses potencialidades e habilidades Para essa autora efêheceras características pessoais é fundamental para a formação de uma airtOTÍmagem real e autêntica a qual permitirá o desenvolvimento de aspirações profissionais coerentes Ainda segundo Neiva o adolescente que tem consciência de suas possibilidades e também de suas limitações tenderá a leválas em conta ao estabelecer seu projeto profissional Muitos autores Munson 1992 Elwood 1992 Betz 1994 Vieira 1997 apontam o autoconhecimento como parte fundamental do processo de Orientação Profissional Eles apontam o conhecimento sobre as características pessoais as motivações interesses potencialidades habilidades valores aspirações conflitos e ansiedades ligados aõ processo de escolha medos e expectativas em relação ao futuro como os piincipais aspectos a serem conhecidos e analisados num trabalho de Orientação Profissional Lucchiari 1993 afirma que para facilitar a escolha devem ser trabalhados os seguintes aspectos quanto ao conhecimento de si mesmo 24 Cynthia Borges dc Moura 1 quem sou eu quem fui quem souquem pretendo ser 2 qual meu projeto de vida 3 como me vejo no íiituro desempenhando meu trabalho 4 expectativas da família versus expectativas pessoais 5 quais são meus principais gostos interesses e valores Segundo Carvalho 1995 não se pode conceber uraa boa esco lha profissional sem que se leve em consideração as aptidões interes ses valores medos inseguranças e expectativas do adolescente assim como os dados da família e das interações familiares da escolaridade e da realidade socioeconômica e cultural em que ele está inserido Macedo 1998 faz uma distinção pouco técnica mas muito interessante entre aptidões interesses potencialidades e competências e a relação desses conceitos com a escolha profissional Para ele aptiãõò è unia combinação de habilidades inatas e adquiridas que demonstra algo que a pessoa faz bem algo que ela tem facilidade para fazer Não significa necessariamente que esse algo lhe agrade Coisas que gostamos estão no campo dos interesses e podem ter ou não relação com as aptidões que possuímos Ainda segundo Macedo o termo aptidão relacionasse com aquilo que a pessoa já desenvolveu já o tenno potencialidade referese ao que ela poderá desenvolver enquanto competência diz respeito às capacidades já desenvolvidas a partir de aptidões ou potencialidades Para ele conhecer esses fatores é condição essencial para que uma pessoa entenda melhor sua vocação e possa delinear um projeto profissional Esses mesmos aspectos são apontados por Sampson Peterson Lenz e Reardon 1992 Esses autores desenvolveram um modelo de tomada de decisão que se inicia pela tomada de consciência sobre si mesmo conhecimento de seus valores interesses habilidades passa pelo conhecimento das opções profissionais desde a compreensão sobre ocupações específicas e cursos universitários até sobre como as ocupações estão organizadas para chegar à integração desses conhecimentos cora o próprio estilo de tomada de decisão de cada adolescente e assim proporcionar um contexto mais adequado à escolha Apesar de o desenvolvimento doautoconhecimento ser apontado pelos autores como objetivo inicia da orientação nenhum deles descarta sua importância durante todo o processo Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 25 Até mesmo nas fases em que os aspectos ocupacionais estão sendo abordados podese desenvolver autoconhecimento pelo confronto das informações específicas das profissões com as características pessoais de cada adolescente Conhecimento da realidade profissional Não se pode escolher uma profissão sem primeiro conhecer as possibilidades ocupacionais existentes Blustein 1992 É importante saber quais profissões existem e quais estão mais acessíveis à realidade do adolescente e podem corresponder às suas expectativas de estudo e de trabalho futuro Biggers 1971 afirma que é importante que o adolescente disponha de um mínimo de conhecimento sobre as profissões existentes ou peio menos saiba qual é a atividade principal de cada uma delas Esse conhecimento mínimo lhe permitirá eliminar uma grande parte delas e interessarse por aprofundarse em outras Um conhecimento mais profundo das profissões de interesse segundo Neiva 1995 deverá abarcar os seguintes pontos a objetivos da profissão b atividades especificas permanentes e ocasionais c curso de formação escolas ou universidades currículos duração titulação exigências etc d áreas de especialização e mercado de trabalho quem emprega oferta versus demanda de emprego e faixas salariais Lucchiari 1993 também afirma que a Orientação Profissional deve incluir informações sobre profissões o que são o que fazem como e onde fazem as possibilidades de atuação os currículos dos cursos o mundo do trabalho dentro do sistema políticoeconômico vigente entre outros Essas informações segundo ela facilitarão ao adolescente identificar as profissões que mais correspondem a seus critérios pessoais de escolha Critérios de escolha segundo Carvalho 1995 referemse àqueles valores pessoais òu sociais que fazem a profissão ser vista como meio para alcançar prestígio dinheiro cultura poder eou 26 Cynrliia Borges de vlouva garantir acesso a outros bens tangíveis ou intangíveis Macedo 1998 também aponta a questão da compensação financeira versus a satisfação pessoal como critérios a ser seriamente considerados na escolha de uma profissão uma vez que para ele as pessoas dificilmente conseguirão obter sucesso profissional exercendo uma atividade em que não haja algum nível de satisfação Para estar apto a selecionar seus critérios pessoais de escolha o adolescente deve buscar ampliar ainda mais a coleta de informações sobre aquelas profissões que lhe interessam por meio de entrevistas com profissionais e estudantes e visitas a instituições educativas Neiva 1995 Rappaport 1998 Recolher opiniões e impressões variadas e conhecer diferentes realidades profissionais e institucionais propiciará a obtenção de informações específicas a formulação de uma opinião própria sobre as profissões e as instituições Macedo 1998 O contato direto com uma realidade a mais próxima possível do contexto profissional real permite corrigir informações distorcidas desfazer fantasias e estereótipos perceber limitações e dificuldades ássim como vantagens e desvantagens das profissões e principalmente tomar consciência de que nenhuma carreira preenche completamente todos os critérios e requisitos de uma pessoa Segundo Neiva 1995 o adolescente precisa ser realista e consciente para encontrar a carreira que mais se adapte às suas características pessoais à sua forma de ser e ao que espera de seu futuro Carvalho 1995 afirma que não se pode pensar um processo de Orientação Profissional que não proporcione ao adolescente um melhor conhecimento das instituições de educação e produção a que ele pretende se vincular mostrando a importância de um conhecimento real das possibilidades de estudo e trabalho por meio do fornecimento de informações e fontes de pesquisa Para Biggers 1971 assim como para Gati 1986 esse exercício aparentemente simples de coleta de informações de múltiplas fontes tem como objetivo respondeu às questões pessoais de cada adolescente em relaçao a suas opções de consideração e auxiliálo a estimar a probabilidade de sucesso de cada alternativa pela integração dos dados profissionais com os dados de autoconhecimento Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 27 O uso de testes em Orientação Profissional O uso de testes etn Orientação Profissional parece ser uma herança do seu berço na psicometria Muitos dos primeiros processos seletivos profissionais envolviam apenas a aplicação e o uso consistente dos resultados dos testes vocacionais para encaixar apropriadamente os indivíduos às ocupações Os testes utilizados visavam medir rigorosamente as aptidões interesses personalidade e inteligência dos sujeitos e determinar a escolha mais conveniente em termos de produtividade profissional Com a evolução da área a posição de encontrar um diagnóstico e fornecer conselhos passou a nâo ser mais suficiente para atender às necessidades de adaptação dos indivíduos em um mundo de trabalho cada vez mais complexo Dessa forma outros procedimentos foram sendo implementados e aos poucos os testes foram sendo substituídos pelo auxílio ao autoconhecimento e a tomada de decisão consciente A gama de opções profissionais hoje é muito grande e sua configuração tende a sofrer contínuas alterações As mudanças tecnológicas criaram profissões que não existiam há pouco tempo e muitas ocupações desapareceram Com elasSèsapàreceu tafribém o podèr que o orientador tinha de desvendar aptidões e aconselhar melhores opções Por outro lado fòrtálèceuse o papel do orientador coino um facilitador que cria os meios pelos qúais o indivíduo pode analisar suas opções profissionais frente às suas opções pessoais e tomár sua decisão A orientação estanque e isolada da participação ativa do sujeito deu lugar a um processo mais dinâmico em que o orientando se envolve com a aprendizagem de tomada de decisão e assunção da responsabilidade pelas próprias escolhas Dessa forma os modelos atuais de Orientação Profissional têm atribuído maior importância à construção do processo de seleção e escolha pelo próprio sujeito do que aos resultados circunstanciais e relativos dos testes Como já dito os atuais avanços tecnológicos mudaram não só a configuração das profissões como também dos cursos de formação E conseqüentemente mudouse também a forma como se auxilia as pessoas a se decidirem por uma profissão Os testes tradicionais de aptidão e interesses deixaram de ter tanlo 28 Cynthia Borges de Moura peso no processo de orientação por não mais corresponderem à con figuração de opções profissionais do mundo contemporâneo A Orientação Profissional hoje entende que para um conjunto de habilidades de um indivíduo existe ura conjunto de opções profissionais ao qual ele poderia muito bem se adaptar dependendo de seus valores aspirações nível socioeconômico e estilo de vida Muitas dessas informações não são acessadas pelos testes tradicionais e a melhor combinação entre elas em última análise só o próprio indivíduo pode fazer Essa parece ser a premissa básica sobre a qual os orientadores têm se apoiado para abolir o uso de testes e mudar radicalmente sua intervenção junto aos orientandos Abaixo segue um quadro comparativo qye apresenta as principais razões para o uso de testes vocacionais dentro do processo de orientação e suá contrapartida em termos da orientação baseada na autodescoberta pelo próprio indivíduo Quadro 1 Razões favoráveis e desfavoráveis áò üso de testes vocacionais nós processos de Orientaçlo ïrbiissional Razões favoráveis ao uso de testes Razões contrárias ao uso de testes 1 Agiliza o processo 0 orientando pode se valer de menos tempo e de informa ções mais objetivas e obter um resulta do também mais objetivo 1 0 que agiliza o processo não são os ins trumentos mas a motivação e o engaja mento do orientando em seu processo de autodescoberta 2 Testes não determinam a profissão de limitam uma área de atuação mais favo rável ao indivíduo dentro da qual ele pode selecionar uma profissão 2 Áreas de atuação são muito relativas As profissões podem se combinar de várias formas dependendo dos critérios classlficatórios adotados 3 Testes criam um dima de neutralidade em relação a análise realizada 0 sujei to tem parâmetros mais concretos e menos emocionais para decidir 3 Neutralidade é indesejável 0 orientan do precisa engajarse nò processo de escolha e analisar todos os aspectos possíveis Inclusive os subjetivos para poder tomar sua decisão 4 Atende ás expectativas Orientandos es peram respondertestes vocacionais e ob ter respostas norteadoras por parte do orientador 4 Orientandos esperam ser orientados Eles realmente preferem um caminho mais fácil mas respondem bem ao pro cesso que produz autodescoberta e conduz as próprias respostas 5 Aplicação e devolução dos resultados dos testes radlrta ao orientador atenderum nu mero maior de orientandos que buscam pelo aconselhamento vocacional 5 0 orientador deve preocuparse com a adequação do resultado da orientação ao indivíduo orientado e não com um grande número de sujeitos atendidos que poem continuar desorientados Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 29 Por outro lado com uma proposta diferente dos testes tradicionais novos instrumentos de medida seja do repertório de entrada ou saída do sujeito seja dos componentes do processo e seus resultados estão surgindo Esses instrumentos fornecem um outro tipo de dado que pode ser muito útil como feedback para o orientador a respeito do seu trabalho e como avaliação para o orientando dos progressos alcançados Os instrumentos citados nessa pesquisa tem esse objetivo O ÍSC Inventário de Satisfação do Consumidor adaptado de Eyberg 1993 é um instrumento muito útil para avaliar o grau de satisfação dos orientandos com o programa do qual participaram Satisfação com o programa pode não corresponder diretamente à obtenção de resultados satisfatórios Orientandos podem não avançar significativamente no seu processo de decisão e3 ainda assim relatar alto grau de satisfação com o programa do qual participaram O uso desse instrumento associado a outras formas de avaliação de resultados como as propostas no Capítulo 5 dá ao orientador condições de avaliar separadamente tais variáveis e analisar mais objetivamente quais delas favoreceram ou dificultaram a produtividade dos orientandos durante o processo JExistem outros instrumentos que podem servir à propósitos semelhantes O EMEP Escala de Maturidade para a Escolha Profissional Neiva 1999 é um instrumento que visa dimensionar a maturidade do adolescente para fazer sua escolha profissional A escala é composta de duas dimensões Atitudes é Conhecimentos e pode ser usada para detectar alunos que necessitem de Orientação Profissional para diagnosticar e planejar o processo de Orientação Profissional para avaliar o desenvolvimento do indivíduo ao longo do processo de Orientação Profissional assim como para fins de pesquisa A utilização de testes vocacionais não mais ocupa papel central na Orientação Profissional Porém podem ainda em casos específicos com bastante cautela serem usados em processos individuais dentro de um contexto em que outros procedimentos permitam ao orientando refletir sobre seus resultados concordar ou discordar e principalmente descobrir novas possibilidades sobre si mesmo e seu futuro profissional Cabe ao orientador avaliar os riscos as vantagens e desvantagens e optar pela melhor forma de intervenção Cabe a ele ainda criar novas formas de testagem ou novos instrumentos que permitam uma melhor adequação do processo de orientação às novas demandas dos orientandos e do mundo de trabalho My apologies but Im unable to extract any text from this image ffapítulo 3 Orientação Profissional na Análise do Comportamento uma Possibilidade em Perspectiva Uma compreensão behaviorista de vocação Para se fundamentar um modelo de intervenção em Orientação Profissional segundo os princípios behavioristas há de se definir em primeiro lugar o conceito de vocação para a Análise do Comportamento monista de homem parece evidente a discordância com o modelo tradicional de compreensão da vocação segundo a qual vocação é entendida como algo inerente à pessoa que é determinada internamente e precisa apenas ser desvelada ao seu portador Segundó Carvalho 1995 a conotação mentalista do termo derivase do significado da palavra na língua portuguesa em que ela é usada com o sentido de chamamento interior apelo irresistível para uma atividade No Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 1986 o termo vocação também é definido de modo similar como chamamento predestinação Segundo Carvalho 1995 esse sentido já não ocorre com o termo em inglês por exemplo em que a palavra vocação significa emprego regular ocupação profissão 32 Cynthia Borges de Moura Abandonando a concepção mentalista e partindo de uma visâo de homem completamente diferente Skinner 1974 1989 a Análise do Comportamento entende vocação como um conjunto de comportamentos resultantes do arranjo único de variáveis filo e ontogenéticas a que cada indivíduo está exposto desde o seu nascimento Assim a vocação de uma pessoa é socialmente determinada pela combinação de sua história genética familiar e cultural As variáveis genéticas se referem às características hereditárias que podem favorecer ou dificultar o desempenho de certas atividades Atributos como estatura acuidade visual e estrutura física estão diretamente relacionados por exemplo a maior ou menor habilidade para atividades esportivas ou artísticas Outras características herdadas podem participar da gênese de outros comportamentos que favoreçam uma maior aptidão para determinados conjuntos de atividades profissionais Macedo 1998 As variáveis familiares referemse à história de aprendizagem do indivíduo no convívio com pais e outras pessoas do núcleo familiar Tal aprendizagem pode se dar tanto por modelação quanto por modelagem como conviver com alguém que exerce uma certa atividade e ser reforçado por expressar interesses eou habilidades na mesma direção cantar ou tocar um instrumento numa família de músicos correr ou chutar uma bola numa família de esportistas À medida que a criança vai sendo ensinada gradualmente ela adquire e melhora o desempenho nas habilidades valorizadas pela família Já as variáveis culturais referemse entre outras coísas à valorização social de determinadas atividades profissionais status respeito hierarquias e melhores remunerações em detrimento de outras Diferentes valoraçoes das profissões podem ser observadas em diferentes culturas como por exemplo o maior ou menor status do professor em determinadas regiões ou países As profissões da moda também são unia questão cultural As mudanças culturais e tecnológicas trazem consigo a supervalorização de determinadas carreiras influenciando grandemente as escolhas profissionais O arranjo destas variáveis genética familiar e cultural ao longo da vida da pessoa modela certos interesses e habilidades que numa análise mais refinada poderão coiTesponder a várias profissões eou combinações de atividades e áreas de atuação Dessa forma entender a vocação de uma pessoa significa observar e descrever seus Orientação Profissional Sob o Enfoque iia Análise do Comportamento 33 padrões comportamentais o que ela faz com freqüência e destreza c relacionálos com as possibilidades ocupacionais às quais ela tem acesso Os padrões comportamentais atuais podem auxiliar cm muito na descoberta da vocação pois com certeza funcionarão como repertórios de base importantes para que outros comportamentos similares mantidos por reforçadores similares sejam futuramente adquiridos Por exemplo se relações com o público contatos amizades são importantes reforçadores para lima pessoa esses interesses com certeza tenderão a se modificar muito pouco durante sua vida havendo uma aíta probabilidade de realização pessoal em profissões que requeiram contato social Assim para a Análise do Comportamento a vocação é construída ao longo da vida e pode ser descoberta isto significa que o indivíduo pode aprender a discriminar quais classes dè reforçadores exercem controle sobre o seu comportamento interesses e quais comportamentos foram modelados e fortalecidos por tais reforçadores habilidades Esse conhecimento colocará o indivíduo em melhor posição frente às decisões profissionais ttescobrir a vocação implica então que ambos orientador e orientando engajemse em diversos comportamentos relacionados ao levantamento e análise de alternativas pessoais e profissionais comportamentos esses ligados tanto às habilidades de resolução de problemas quanto às de tomada de decisão Tais habüidades quando aplicadas às questões de escolha profissional podem auxiliar no levantamento de uma variedade de respostas potencialmente efetivas à situaçãoproblema Mendonça Siess 1976 levando assim a um aumento na probabilidade de que o indivíduo selecione uma resposta efetiva dentre as alternativas de que dispõe O comportamento de tomar uma decisão Escolher ou tomar uma decisão são comportamentos operantes que podem ser ensinados e logicamente aprendidos Aprender a tomar uma decisão significa para Skinner 1989 aprender a manipular variáveis Segundo ele o comportamento de decidir é essencialmente um processo de criar condições que 34 Cynüiiu Borges de Mnur tomem um dado curso de ação mais provável do que outro Ele afirma que para decidirse entre diferentes cursos de ação o indivíduo precisa manipular algumas variáveis das quais seu comportamento é fimção isto é a pessoa precisa controlar o curso de seu próprio comportamento Assim decidirse é para Skinner antes de tudo um processo de manipulação de classes específicas de estímulos que pode ser efetuado pela própria pessoa que está se decidindo Ensinai como se escolhe algo significa então ensinar a identificar e analisar as variáveis envolvidas na situação Ensinamos alguém a tomar uma decisão quando essa pessoa conhece as respostas alternativas frente a uma situaçãoproblema mas não conhece as conseqüências a serem produzidas por cada uma delas Nico 2001 Nesse caso auxiliamos na manipulação dé variáveis de modo a produzir maior conhecimento acerca das prováveis conseqüências de suas opções ganhos e perdas para que o indivíduo se tome capaz de tomar uma decisão com base no seu julgamento quanto a maior probabilidade de reforçamento Na orientação auxiliamos a tomada de decisão quando o indivíduo selecionou algumas opções profissionais mas desconhece informações importantes sobre elas como atividades envolvidas áreas de atuação possibilidades ocupacionais e mercado de trabalho Segundo Skinner 1989 quando a análise das variáveis envolvidas altera o valor reforçador de alguma dás opções disponíveis haverá avanço no comportamento de decidirse Quando porém o indivíduo não identifica quai resposta levaria à produção das conseqüências reforçadoras previstas temos uma situação de resolução de problemas Uma situaçãoproblema é aquela diante da qual o indivíduo não dispõe da resposta que produziria reforço Nico 2001 Para ensinar alguém a resolver um problema devese auxiliar no levantamento de uma variedade de respostas potencialmente efetivas a situaçãoproblema Goldfried Davison 1994 Quando o indivíduo levanta as alternativas ele passa a saber o que fazer isto é quais respostas produzirão reforço e então as estratégias de tomada de decisão podem ser novamente administradas aumentando assim a probabilidade de seleção da resposta mais efetiva dentre as várias alternativas Outra situação se configura quando o indivíduo não tem preferência por nenhum curso de ação como ocorre na Orientação Profissional quando o adolescente ainda não selecionou suas alternativas ou selecionou alternativas inicialmente equivalentes Orieapção Profissional Sob ú Enfoque At Análise do Comportamento 35 quanto a preferência na escolha Segundo Skinner se mesmo após o levantamento das alternativas disponíveis os cursos de ação apresentarem probabilidades similares de emissão o auxílio à decisão deve consistir em encontrar fontes suplementares de probabilidade Tais fontes podem ser dicas adicionais as quais podem alterai o valor reforçador das opções e fazer avançar o comportamento de decidirse Skinner 1989 Assim no contexto da Orientação Profissional o tomar uma decisão pode ser entendido como o resultado de um processo de aprendizagem de habilidades de resolução de problemas Ao promover a aquisição e análise das informações pessoais e profissionais estamos ensinando aos adolescentes como levantar alternativas para a situação de indecisão Identificar e descrever interesses e habilidades buscar fontes de informação relevante sobre profissões e combinar dados na composição de critérios de escolha são talvez as habilidades mais relevantes para a resolução do problema de escolha profissional Entendido dessa forma o decidirse não é então apenas a execução do ato decidido mas também os comportamentos anteriores responsáveis pela emissão da resposta final É a esse repertório anterior que ò orientador deve estar atento pois se os comportamentos relevantes não foram aprendidos poderão ser desenvolvidos a partir de unia orientação bem planejada Segundo Catania 1999 o comportamento do solucionador de problemas depende muito desses repertórios anteriores os quais podem facilitar a resolução do problema Assim sob essa perspectiva a Orientação Profissional deve se preocupar em produzir um aumento geral na efetividade da pessoa em solucionar problemas pelo treinamento de habilidades quepennitirão a ela tomar decisões de fotma independente A importância dessa aprendizagem reside no fato de que tais habilidades parecem ser altamente requeridas do indivíduo tanto no momento de decidirse por uma profissão quanto no seu exercício futuro A prática da Orientação Profissional sob o enfoque da Análise do Comportamento pressupõe então a modelagem de classes compoitamentais relacionadas à escolha e à decisão que são em si mesmas processosMoura Silveira 2002 Isso significa que tais classes fazem parte de uma cadeia comportamcntal complexa que não se finaliza com o término da orientação cujas respostas tomam mais 36 Cynt li ia Borges de Moura prováveis a ocorrência de outros comportamento importantes ligados ao repertório profissional Assim a Orientação Profissional deve promover o desenvol vimento de ura conjunto de habilidades que aumentem a probabili dade de seleção de critérios consistentes de tomada de decisão Sampson Peterson Lenz Reardon 1992 e que se estendam tanto ao repertório profissional quanto a outras situações de esco lha que a profissão exigirá Decorre dessa análise que o produto ou o conteúdo da escolha são de menor relevância quando comparados à primazia da aprendizagem de decidir eou escolher que caracteri za o objetivo central da orientação O comportamento verbal na Orientação Profissional A análise do comportamento verbal durante o processo de Orientação Profissional é de suma importância visto que tanto o problema de escolha quanto as estratégias utilizadas para solucionálo são indiscutivelmente de natureza verbal Dado queé amplamente conhecido o efeito que o comportamento verbal exerce sobre o comportamento nãoverbal subseqüente Catania Matthews Shimoff 1982 1990 Vyse 1991 Vyse Heltzer 1994 tomase importante considerar os aspectos relativos ao controle verbal na proposição de um modelo comportemental de orientação Ao tomar uma decisão profissional o adolescente está lidando com um problema concreto mas pouco tangível em que a anál ise das alternativas e suas conseqüências não mantêm relação contingencial específica cora os eventos do ambiente que se seguirão à sua decisão É um comportamento cujos eventos reforçadores atuais não são exatamente os mesmos que controlarão o desempenho futuro da profissão escolhida e tais reforçadores isto e as conseqüências decorrentes do exercício da profissão não estão presentes na si Inação de decisão Além disso o adolescente não tem controle sobre a ocorrência futura de tais conseqüências e na melhor das hipóteses pode apenas estimar com pequeno grau de segurança a probabilidade de que elas venham realmente a ser reforçadoras Olhando a escolha profissional por essaperspectiva em que as contingências reforçadoras atuais são fracas mantendo frágil relação Oricntadío Profissional Sob u Enfcxjue da Análise do Comportamento 37 com as contingências futuras podese hipotetizar que as contingências verbais imediatas exerçam controle maior sob tal comportamento Assim podese supor que as ações posteriormente derivadas da tomada de decisão comportamento nãoverbal estejam ligadas à formulação verbal a respeito de sob quais parâmetros decidir regras estando mais sensíveis às contingências propostas pela intervenção Catania Matthews Shimoff 1982 Dessa forma podese perguntar É então o comportamento de decidirse uma instância do comportamento governado por regras Em que medida o processo de orientação pode proporcionar contato direto com contingências Que tipo de contingências verbais atuais podem controlar tal comportamento de forma a assegurar alguma efetividade futura Em resposta à primeira questão vamos considerai como Skinner 1969 diferencia o comportamento governado por regras do comportamento modelado por contingências Segundo ele o prime iro é um comportamento sob controle de estímulos especificadores de contingências e o segundo é o comportamento controlado pelas conseqüências decorrentes do próprio comportamento Luzia 1996 esclarece que embora a contraposição de tais expressões possa levar à interpretação inadequada de que o comportamento governado por regras não é afetado por suas conseqüências na verdade o que se tem é um comportamento desenvolvido e mantido por contingências distintas daquelas que contribuem para a modelagem e manutenção dos demais comportamentos Assim podese afirmar que o comportamento modelado por contingências é mantido por conseqüências naturais decorrentes do próprio comportamento e o comportamento governado por regras é mantido por contingências sociais conseqüências mediadas por outros Voltando ao problema anterior de que a conseqüência natural do comportamento de decidirse é remota pois o exercício da profissão ainda não ocorreu supõese então que o controle maior da decisão seja atualmente exercido pelas conseqüências mediadas pela comunidade sócioverbal do adolescente Assim parece que na Orientação Profissional como coloca Skinner o processo de manipulação de variáveis envolve a exploração dc opções profissionais segundo critérios ditados pelas regras sociais implícitas no contexto verbal de controle do comportamento dc escolha Isso quer dizer que o adolescente não está livre para 33 Cynthia Borges do Moura escolher a partir da análise de suas habilidades e aptidões Os critérios que usará para compor sua decisão necessariamente envolverão variáveis de expectativa social quanto a status nível socioeconômico e estilo de vida proporcionado pela profissão Se o controle verbal permeia todo o problema de decisão profissional desde seu estabelecimento até sua resolução podese afirmar entao que o comportamento de decidirse é uma instância do comportamento governado por regras e dentro de uma perspectiva behaviorísta a análise e combinação de características pessoais autoconhecimento e profissionais conhecimento das opções de cursos e áreas de atuação são repertórios verbais e merecem assim ser considerados no processo de orientação com todos os desdobramentos que tal consideração requer Como então p processo de orientação pode proporcionar contato direto com contingências para que regras funcionais quanto a tomada de decisão sejam formuladas Como já dito anteriormente a orientação deve promover a manipulação de variáveis tanto pessoais quanto profissionais Uma vez que a pessoa aumenta seu conhecimento tanto de si mesmo aprendendo a observar e relatar seu próprio comportamento quanto do mundo do trabalho cursos carreiras áreas de atuação e especialização ela tomase mais capaz de controlar o curso de sua decisão Na orientação isso implica que o adolescente ao reconhecer e descrever para si mesmo e também publicamente seus interesses e habilidades entendendo os que o mantém pode explorar as fontes de informação profissional de forma mais consciente e direcionada e formular mais acuradamente os critérios e parâmetros que permitirão um melhor gerenciamento do curso de sua decisão profissional A compreensão dos processos verbais envolvidos na escolha profissional exerce importante influência sobre a forma com que as estratégias de Orientação Profissional serão propostas e implementadas para que a escolha atual tenha alguma efetividade futura Uma vez que parte da ação do indivíduo que escolhe deve ocorrer em função de eventos que não estão presentes na situação de escolha as manipulações de estímulos verbais como propõe Moore 1998 principalmente pelo controle instmcional são de especial interesse para a orientação pois podem produzir comportamentos que não estavam disponíveis anteriormente Orientação Profissional Sob o Enfoque da Aiiálisc do Comportamento 39 Conhecendo as respostas componentes do repertório de tomada de decisão o orientador pode instruir verbalmente alguns comportamentos que servirão de prérequisitos para que outros possam ser modelados facilitando assim a decisão O conhecimento da capacidade do comportamento verbal de ocasionar novas respostas que produzem conseqüências importantes para os indivíduos pode ser muito útil na orientação Segundo Catania 1999 o controle pelas instruções pode substituir as contingências naturais pelos antecedentes verbais e vir a modificar o comportamento em situações em que as contingências naturais são ineficientes ou serão eficazes apenas a longo prazo exatamente a condição presente no processo de escolha profissional Em suma quanto ao controle verbal a orientação deve proporcionar contato com 1 o contexto atual de vida e a história de aprendizagem em tomada de decisão 2 as regras formuladas a partir dessas experiências O contexto de vida envolve basicamente duas variáveis o cus to de resposta o quanto a escolha implica no enfrentamento de condi ções aversivas subseqüentes até que os reforçadores sejam alfcançados e a história passada do indivíduo história de reforçamento para determinada atividade por modelagem ou modelação ÀS regras verbais também incluem duas variáveis instruções sobre como se comportar frente a situação de decisão fornecidas por pais amigos etc e hipóteses que o próprio sujeito elabora autoinstruções sobre como enfrentar ou se esquivar da situação de escolha A orientação deve proporcionar o contato com essas variáveis via descrições das contingências via comportamento verbal de outros bem como via contato direto com as próprias contingências quando possível Catania 1999 Assim a probabilidade de que as decisões atuais tenham efeitos reforçadores futuros pode aumentar em função de estarem baseadas na análise dos padrões coinportamentais referentes a habilidades e características compatíveis com as exigências de um determinado campo profissional Padrões esses que devem compor os elos iniciaisde uma cadeia de repertórios potenciais a serem desenvolvidos na direção das competências profissionais para os quais apontam 40 Cyiuliia Borges dc Moura A Orientação Profissional sob o enfoque comportamental A existência de um conjunto de conhecimento produzido na área de Orientação Profissional sob outros enfoques pode trazer indicações úteis como ponto de partida para a proposição de um modelo bchaviorista Os modelos psicodinâmicos Holland 1971 Roe 1972 Bohoslavsky 1977 apontam a importância de que os processos de orientação incluam metas voltadas tanto para o autoconhecimento quanto para o conhecimento das profissões Esse conhecimento é útil para analistas do comportamento a medida que tais objetivos incluem em sua consecução análise de contingências pessoais e ambientais já prescritas pelo modelo de análise funcional do comportamento Os modelos decisionais Hilton 1959 Hershenson Roth 1966 Gati 1986 Gati Shenhav Givon 1993 contribuem com a delimitação de um procedimento seqüencial para orientar o processo de tomada de decisão Dessa fornia tal procedimento metodológico se parece em muito com a modelagem pois auxilia o orientando a avançar sucessivamente em sua escolha analisando alternativas passo a passo segundo alguns critérios selecionados rumo a uma decisão terminal Dentro do enfoque comportamental Azrin e colaboradores Azrin Flores Kaplan 1975 Azrin Besalel 1980 desenvolveram um programa de reabilitação vocacional que apesar de trabalhar com uma população diferente pessoas desempregadas que buscam recolocarse no mercado de trabalho aponta vários pressupostos da orientação vocacional que podem nortear inteivenções na área com outras populações Segundo esses autores a Orientação Profissional Comportamental tem várias características que a diferencia de outras abordagens a estratégias prioritariamente orientadas para o resul tado b foco da intervenção na aprendizagem como determi nante do comportamento ao invés das habilidades ou pre disposições inatas Orientação Profissional Sob o Enfoque tia Aoilise do Comportamento 41 c treiname nto adequado para o alcance das habili dades neces sárias ao exercício profissional d uso do reforçamento de múltiplas fontes para obtenção de mudanças comportamentais e fortalecimento dos comporta mentos de autodescoberta e busca de informação Segundo Moura e Silveira 2002 um procedimento de inter venção compor tamental em Orientação Profissional deve 1 arranjar condições para que o indivíduo discrimine as variáveis dos diferentes contextos de controle familiar social cultural e econômico às quais seus comportamen tos de escolher e decidir estao expostos 2 proporcionar informação relevante sobre as profissões de interesse relacionandoas aos dados de autoconhecimento 3 aumentar a probabilidade de ocorrência de comporta mentos relacionados à escolha eou à tomada de decisão Com base em toda a análise teórica anterior podese então supor que a situação de escolha profissional envolva a consideração de três grandes grupos de variáveis às pessoais às quais o adolescente normalmente já se encontra exposto controle e expectativas dos pais influência de amigos professores meios de comunicação história de reforçamento para determinada atividade por modelagem ou modelação etc as profissionais às quais ele precisará se expor para ser capaz de analisar as informações obtidas relacionandoas com suas capacidades interesses e habilidades pessoais e as ligadas à tomada de decisão seleção de critérios de escolha e restrição de opções profissionais as quais o adolescente também precisará se expor À intervenção pode fornecer contingências específicas para análise desses três conjuntos de variáveis e aquisição das respostas necessárias A Figura 1 mostra esquematicamente os grupos de variáveis envolvidas na situação escolha profissional Figura 1 Agrupamento descritivo das variáveis envolvidas na situação de escolha profissional Com base nessa compreensão Moura 2000 propõe um modelo de Orientação Profissional comportemental cm três etapas 1 autoconhecimento 2 conhecimento da realidade profissional 3 apoio a tomada de decisão Assim a orientação deve primeiramente proporcionar uma ampliação cio repertório pessoal de autoconhecimento circunscrito às características de relevância para a escolha profissional para em seguida proporcionar ampliação semelhante no repertório de consideração de opções profissionais Essas duas etapas têm como objetivo promover a análise do maior número de possibilidades pessoais e profissionais cujos dados obtidos auxiliarão no refinamento dos critérios sob os quais a escolha se apoiará Apenas quando tais repertórios estiverem ampliados e com eles a capacidade dc análise do indivíduo c que a orientação deve avançar a terceira e última etapa e promover situações de restrição e exclusão de opções e critérios de escolha facilitando assim a ocorrência da tomada de decisão Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 43 A Figura 2 mostra esquematicamente as etapas para condu ção cie programas de Orientação Profissional sob a perspectiva cornportamental wento promover a discriminação das varia veis pessoais abertas e encobertas relacionadas às dificuldades de deci são por meio do autoconhecimento específico identificação de habilida des interesses potenciais valores expectativas etc Ampliar o repertório de análise das opções e possibilidades de escolha profissional pela discriminação de características pessoais Promover a discriminação das variá veis profissionais opções profissio nais cursos preparatórios áreas de atuação mercado de trabalho pelas informações de várias fontes ma nuais revistas videos entrevistas com profissionais Ampliar o repertório de análise das opções de escolha pela discrimina ção de variáveis ligadas à realidade profissional Etapa 3 Tomada de decisão 0 que fazer Promovera tomada de decisão pela análise dos critérios de exclusãoin clusão de opções de cada adolescen te e n consideração de conseqüências reforçadoras a médio e longo prazo Restringir ao máximo as opções de consideração para tornar mais provável a ocorrência da tomada de decisão seleção do uma única opção ou o menor número possível de opções profissionais Figura 2 Descrição das etapas de intervenção comportamento I cm Orientação Profissional 44 Cyntliui Borges de Moura Conforme podese visualizar na Figura 2a primeira e segunda etapas da intervenção têm como objetivo fortalecer a capacidade do adolescente de seleção de critérios de escolha a partir da consideração e análise do universo pessoal e profissional A partir dessa ampliação de repertórios a orientação deve promover situações de restrição e exclusão de opções terceira etapa rumo à tomada de decisão Considerase que diferentes respostas podem ser atingidas ao final da intervenção pois o repertório de saída de quem escolhe depende diretamente de seu repertório de entrada no programa de orientação Para que tais respostas finais sejam consideradas avanços no processo elas devem necessariamente estar voltadas para a restrição de opções ou de critérios de escolha como por exemplo a seleção de uma única opção ou restrição no número de opções consideradas b pequena ampliação de número de opções pela considera ção de outras possibilidades c seleção de critérios mais consistentes de escolha d aprendizagem do processo de tomada de decisão e aumento dos sentimentos de segurança relacionados à aqui sição de habilidades de resolução da situaçaoproblema Dessa forma a Análise do Comportamento pode contribuir com essa área de conhecimento à medida que se apóia em um referencial teórico que coloca a escolha profissional sob uma perspectiva pragmática toma o orientando sujeito ativo em sua escolha e disponibiliza procedimentos metodológicos que norteiam uma intervenção focalizada nos aspectos centrais da tomada de decisão Essas contribuições parecem suficientemente amplas para abarcar o conjunto de variáveis envolvidas nessa questão e fornecer ao adolescente o apoio necessário para a superação de seus conflitos rumo a uma escolha consciente baseada em suas possibilidades concretas de vida jPapítulo 4 Avaliação de um Programa Comportamental de Orientação Profissional A pretensão inicial de todo o trabalho descrito neste livro era a realização de um estudo exploratório na área de Orientação Profissional j na tentativa de se iniciar uma sistematização teórica e metodológica das contribuições da Análise do Comportamento pára esse campo de atuação O programa foi estruturado de forma a abarcai os aspectos citados pela literatura como relevantes à facilitação da escolha Lucchiari 1993 Seligman 1980 Levinson 1987 que áo mesmo tempo pudesse compor um processo de modelagem do repertório de tomada de decisão conforme os pressupostos da Análise do Comportamento Skinner 1974 1989 Azrin Besalel 1980 Catania 1999 Desde que a primeira versão do modelo de Orientação Profissional em grupo proposto neste livro foi desenvolvido duas pesquisas foram conduzidas com o objetivo de avaliar se os procedimentos empregados seriam efetivos para produzir mudanças comportamentais facüitadoras da tomada de decisão profissional de adolescentes que se encontravam no momento de sua primeira escolha profissional Os resultados do primeiro estudo Moura 2000 indicaram que algumas mudanças na estrutura do programa poderiam ser feitas a fim de melhorar os procedimentos de modelagem do repertório de tomada de decisão e também de eliminar os fatores geradores de abandono do programa Assim o programa foi reformulado e um segundo estudo 46 Cynthia Borges dc Moura foi conduzido com os mesmos objetivos o qual apresentou melhores resultados tanto era relação às respostas finais atingidas pelos adoles centes quanto à facilitação da participação integral deles durante todo o processo de orientação Os procedimentos e resultados desse segundo estudo descritos neste capítulo fornecem apoio empírico para o programa apresentado no quinto capítulo A pesquisa objetivos e metodologia O presente estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de um programa de Orientação Profissional para adolescentes em situação de primeira escolha quanto a produção de mudanças indicadoras de melhora no comportamento de tomada de decisão De forma mais específica o estudo objetivou a verificar se o programa da forma como está estruturado produz efeitos positivos quanto a melhora no repertório de tomada de decisão dos adolescentes b identificar quais procedimentos do programa tanto em ter mos de estratégias quanto de comportamentos dos orien tadores têm melhores efeitos na produção de mudanças comportamentais facilitadoras da tomada de decisão Participaram dessa pesquisa 18 adolescentes com idades en tre 15 e 17 anos sendo 13 do sexo feminino e 05 do sexo masculino alunos da 2a e 3a série do Ensino Médio provenientes tanto de escolas públicas quanto particulares da cidade de Londrina Paraná Esses adolescentes procuraram espontaneamente o serviço de Orientação Profissional da Clínica Psicológica da Universidade Estadual dè Londrina e foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos o Grupo A composto por 10 adolescentes t o Grupo B composto por 08 adolescentes Os critérios para participação nos grupos eram es tar cm condição de primeira escolha profissional e não ter nenhuma experiência anterior com o vestibular A equipe de orientadores era composta por cinco pessoas quatro estagiárias alunas dos últimos anos do Curso de Psicologia da UEL e a docentesupervisora Cada grupo estava sob a responsabilidade de duas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 47 alunas orientadoras sendo que a docente e demais alunas assistiam às sessões em salacspelho O procedimento de observação em salíiespelho teve como objetivo uniformizai ao máximo a forma de condução das sessões unia vc2 que o programa empregado foi o mesmo para ambos os grupos Os instrumentos de avaliação utilizados na pesquisa foram 1 Instrumento de pré e pósorientação elaborado e adaptado a partir de Vasconcelios Oliveira e Carvalho 1976 de forma a avaliar o repertório dò adolescente quanto a escolha profissional O instrumento apresenta questões fechadas sobre a posição do adolescente quanto à escolha da profis são opções profissionais que está considerando e sentimen tos decorrentes do processo de tomada de decisão 2 Escala de Maturidade para a Escolha Profissional EA fEP Neiva 1999 avalia o nível de maturidade para esco lha profissional de alunos do Ensino Médio por meio de várias subescalas como determinação responsabilidade independência autoconhecimento e conhecimento da reali dade educativa e socioprofissional Apresenta padronização brasileira para a população de escolas públicas e particulares 3 ISCInventário de Satisfação do Consumidor adaptado do Therapy Attitude Inventory TAI Eyberg 1993 ava lia a satisfação dos adolescentes com o programa ao qual foram submetidos Consta de nove questões sobre o impacto do programa no aumento do autoconhecimento conhecimento das profissões e habilidades de tomada de decisão Para cada item o sujeito atribui uma pontuação em uma escala de 1 a 5 em que 1 indica insatisfação com o programa e 5 indica satisfação máxima com o programa proposto A pontuação individual total no instrumento poderia variar entre 9 e 45 sendo que pontos entre 9 e 18 indicam insatisfação com o programa eou agravamento das dificuldades de escolha pontuação entre 36 e 45 indi cam satisfação com o programa eou avanço no processo de escolha e escores intermediários entre 19 e 35 indicam neutralidade ou seja indiferença em relação ao programa eou manutenção das dificuldades iniciais apresentadas Cynthia Borges de Moura 4 Questionário de avaliação do programa elaborado para avaliar pontos específicos do programa e detectar quais aspectos foram mais ou menos relevantes para promo ver avanços no processo de tomada dedecisão Consta de questões abertas para o adolescente expressar sua opinião sobre os itens do programa e uma questão fechada para avaliar o quanto cada atividade exercício ou situação rea lizada em cada sessão de grupo contribuíram para os avanços na decisão profissional A pesquisa foi assim desenvolvida Avaliaçõespréorientação todos os adolescentes foram en trevistados individualmente antes do inicio dos grupos Nes sa entrevista eram esclarecidos os objetivos e o formato geral do programa de Orientação Profissional e obtinhase consen timento dos adolescentes quanto a participação na pesquisa Foi aplicado o Instrumento depréorientaçãò e o EMEP para o levantamento preliminar da situação de cada adolescente em relação a escolha da profissão Orientação o programa de Orientação Profissional descrito no capítulo 5 consistiu de oito sessões semanais com duas horas de duração e estruturadas para a discussão da problemática voca cional dos adolescentes O programa constou de três etapas Etapa 1 desenvolvimento do autoconhecimento quanto a interesses e habilidades sesáões de 1 a 3 Etapa 2 informação sobre profissões cursos carreiras e mercado de trabalho sessões de 4 a 6 Etapa 3 apoio ao processo de tomada de decisão sessões 7 e 8 Avaliaçõespósorientação após o encerramento dos grupos foi realizado com cada adolescente nova entrevista individual em que eles responderam aos instrumentos de avaliação final Instrumento de pósintervenção EMEP Inventário de satisfação do consumidor e Questionário de avaliação do programa Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 49 Resultados da avaliação pré e pósorientação Os dados provenientes dos instrumentos de pré e pósintervenção foram analisados estatisticamente adotandose o índice de significância de 005 Embora tenham sido conduzidos dois grupos de intervenção A e B os dados foram agrupados porque a análise estatística de comparação entre os grupos Teste de MannWithney para comparação entre amostras independentes mostrou que eles não apresentavam diferenças significativas conforme pode ser observado na Tabela 1 sendo portanto provenientes de amostras semelhantes o que justifica o agrupamento dos dados Tabela 1 Escores médios dos Grupos A e B quanto ao número de opções de entrada e saída escores obtidos no EMEP e valores autoatribuídos de segurança e decisão quanto a escolha Grupo 1 Grupo 2 P Pré 28 225 032 Número de opções Pós 15 175 045 EMEP Pré 1479 14825 075 Pós 2070 17563 015 Pré 24 237 10 Grau de segurança Pós 43 375 009 Grau de decisão Pré 23 25 072 Pós 49 45 015 Diferença estatisticamente não significativa A partir desse agrupamento os dados quantitativos das avaliações pré e pósintervenção foram comparados por uma análise intragrupos Teste do Sinal para comparação entre amostras dependentes Para todos os fatores avaliados observouse diferença estatisticamente significativa da condição pré para a pósorientação conforme mostra a Tabela 2 50 Cynthia Borges de Moura Tabela 2 Escores médios qyanto ao número de opções escores do EMEP e valores autoatribuídòs de segurança e decisão quanto à escolha na condição pré e pósorientação Média P Pré 255 CO CO oo Número de opções Pós 161 EMEP Pré Pós 14805 18222 0000062 Grau de segurança Prê 238 00001 Pós 405 Grau de decisão Pré Pós 238 472 00001 Diferença estatisticamente significativa A análise estatística dos resultados obtidos mostrou que o programa foi efetivo para promover as mudanças satisfatórias observadas em relação ao posicionamento quanto a escolha profissional Após o término do programa de orientação o número de opções profissionais consideradas pelos adolescentes sofreu significativa redução indicando possível melhora no repertório de critérios de seleção e na exclusão de opções Em relação ao EMEP os resultados mostram diferença altamente significativa quanto à maturidade dos sujeitos para efetuar sua escolha profissional ao final da intervenção Os valores autoatribuidos quanto ao posicionamento de decisão em relação às opções selecionadas e quanto aos sentimentos de segurança decorrentes também demonstram que os adolescentes se sentem mais preparais paia efetuar sua escolha com os recursos disponibilizados pela intervenção Resultados da satisfação do consumidor e da avaliação do programa Os resultados provenientes do Inventário de Satisfação do Consumidor indicaram alta satisfação dos sujeitos com o programa A grande maioria dos sujeitos 945 atribuiu escores na faixa dos 36 aos 45 pontos Destes 722 atribuíram escoras entre 41 e 45 pontos resultado indicador de que os participantes em sua maioria apresentaram alta satisfação com o programa provavelmente em Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 51 função de terem suas expectativas atendidas e alcançado um avanço no processo de escolha profissional Outro resultado significativo da pesquisa foi que 100 dos adolescentes concluíram o programa sendo a porcentagem média de participação nas sessões de 838 No caso de ausência ao encontro uma sessão de reposição individual com uma das orientadoras era realizada e o adolescente participava normalmente da sessão seguinte A média de sessões repostas foi de 12 sessões por sujeito Os resultados provenientes do Questionário de Avaliação do Programa mostraram os vários fatores que segundo os adolescen tes contribuíram significativamente para os avanços alcançados indicaram ainda que a estruturação atual do programa alcançou a coerência e consistência desejada uma vez que promoveu mudança significativa na condição pósorientação em comparação ao reper tório de entrada dos sujeitos e alcançou linearidade na avaliação da adequação e efetividade dos procedimentos empregados Os adolescentes relataram que gostaram mais das atividades realizadas durante os encontros 529 tais como os exercícios de busca de informação e exercícios de autoconhecimento em segundo lugar disseram ter gostado da forma de condução do programa 186 citando a promoção de debates a postura das orientadoras e o incentivo ao posicionamento pessoal É interessante notar que 404 dos adolescentes destacaram as atividades de busca de informação sobre profissões como o que mais gostaram no programa Por outro lado em relação aos aspectos que os participantes menos gostaram nos encontros podese extrair duas categorias 1 aspectos dependentes da estrutura do programa 75 como as redações atividades repetitivas e pouco contato direto com profissões 2 aspectos independentes da estrutura do programa 25 como conversas paralelas dos participantes durante as sessões e autoexposição exigida nos encontros Com relação à avaliação do quanto a atividade exercício ou situação realizada em cada uma das sessões auxiliou no processo de decisão observouse que em quase todas as sessões a nota média atribuída pelos adolescentes aproximouse ou foi acima de quatro ver Tabela 3 A homogeneidade nas pontuações atribuídas às sessões observada pelos valores baixos de desviopadrão indica que o programa 52 Cytilhia Borges l íc Moura assumiu um formato mais linear quanto aos procedimentos empregados A maior nota média foi atribuída para as sessões 4 e 5 em que os adolescentes realizaram pesquisa sobre as profissões nos materiais oferecidos indicando novamente ser essa uma atividade atraente e esperada no processo de orientação além de exercer importante relevância no processo de escolha profissional Tabela 3 Média dos escores atribuídos às sessões pelos adolescentes quanto a contribuição fornecida para a decisão profis sional Sessõesestratégias N Média Desvio Padrão Sessão 1 relato escrito sobre sua dificuldade de de cisão profissional e discussão em grupo 18 32 094 Sessão 2 exercício gosto e faço análise de carac terísticas pessoais habilidades e interesses 18 422 081 Sessão 3 cartaz agrupamento das profissões segun do características dos profissionais que as exercem 18 394 094 Sessão 45 pesquisa sobre profissões de interesse em manuais guias e artigos de revistas 18 466 059 Sessão 6 realização e dramatização da entrevista com profissionais da ãrea de interesse 16 437 171 Sessão 7 realização do exercido de análise de crité rios de escolha 18 428 083 Sessão 8 análise escrita sobre o processo de orna da de decisão proporcionado pelo grupo 18 417 086 Valores dos Escorcs 0não participei da sessão 1 contribuiu quase nada 2contribuiu pouco CÒritribmii o suficiente 4contribuiu bastante 5cotírÍbuiu demais Os adolescentes avaliaram ainda sua própria participação no programa sendo que 6359 avaliou como boa e suficiente sua participação afirmando ter usufruído ao máximo das atividades propostas Em relação às dificuldades de aproveitamento do programa a maior parte dos adolescentes referiuse às dificuldades pessoais como a dificuldade de exporse no grupo 2116 e de comparecimento às sessões 151 A maioria dos adolescentes 833 avaliou como muito importante o tato do programa disponibilizar duas sessões para pesquisa em manuais e guias alegando ser essa uma atividade importante na tomada de decisão e que ter tempo disponível para pesquisa auxilia no aprofundamento da informSção e na descoberta de novas possibilidades Orientação Profissional Sob o Enfoque dn Análise do Comportamento 53 A entrevista com profissionais também foi bem avaliada por 615 dos adolescentes que afirmaram que tal atividade lhes proporcionou uma visão das profissões sob outra perspectiva menos teórica e mais realista Cerca de 23 dos adolescentes afir maram que a entrevista com o profissional foi decisiva para sua to mada de decisão por ter viabilizado o contato direto com o local de trabalho e o esclarecimento de dúvidas diretamente com um profissional da área A porcentagem de adolescentes que considerou as o rientadoras como tendo desempenho ótimo foi de 483 sendo que 50 não opinaram Dentre os aspectos positivos apontados destacouse a promoção de reflexão por meio dos questionamentos e das discussões 354 e a postura atenciosa paciente e interessada delas a qual segundo 161 dos adolescentes expressavam confiabilidade quanto às orientações realizadas Finalmente 555 dos adolescentes disseram que nada precisaria ser mudado para que a qualidade do programa e a participação dos adolescentes fossem melhorados Das poucas alterações apontadas 277 solicitou a inclusão de visitas ao Campus Universitário e palestras com profissionais seguido por í11 que solicitou aumento no número de sessões de pesquisa em manuais e guias O tempo de duração do programa oito sessões foi avaliado como adequado e suficiente por 944 dos participantes Tecendo livremente suas considerações finais sobre o programa 461 dos adolescentes relatou que valeu a pena participar da Orientação Profissional porque o programa os auxiliou a ter autoconfiança e repertório de análise para a tomada de decisão com conseqüente sentimento de estar preparado para a escolha profissional A ampliação do conhecimento sobre si mesmo e o fortalecimento de seu repertório de enfrentamento de dificuldades foi citado por 192 como razão para considerar que foi importante participar da orientação Cerca de 115 reconheceu ter mudado seus conceitos sobre cursos e profissões por meio do conhecimento da realidade profissional proporcionado pelo programa de orientação 54 Cynthia Borges de Moura Conclusões do estudo As principais conclusões extraídas dos resultados apresentados quanto aos efeitos do programa sobre o repertório dos adolescentes e a adequação da reformulação do programa ao atendimento dos objetivos propostos foram 1 O programa pareceu altamente efetivo para promover mudanças comportamentais indicativas de melhora na capacidade de tomada de decisão Os adolescentes reduzi ram significativamente o número de opções consideradas ao final da orientação melhoraram consideravelmente seus escores de maturidade para escolha e obtiveram o for talecimento dos sentimentos de segurança e confiança quanto a decisão a ser tomada 2 A estruturação do programa atingiu um nível ótimo quanto à seleção e inserção gradual dos procedimentos deforma a maximizar os resultados do processo de orientação Os resultados estatisticamente significativos a alta satisfação com o programa e o índice zero de desistências nos dois gru pos conduzidos indicam que a reformulação do programa atingiu a meta programada Sendo estruturado com objeti vos crescentes a cada sessão esperavase que o programa atingisse um formato ideal tanto para facilitar a adesão dos participantes quanto para modelar òs comportamentos rele vantes à tomada de decisão fatos esses que ocorreram e con firmam a hipótese de adequação do programa proposto 3r O fornecimento de informação profissional continua sendo um dos aspectos melhor avaliados no programa Isso permite concluir que introduzir a informação mais cedo no programa foi efetivo para manter a motivação aumentar a adesão e prevenir desistências Isso não signi fica que o valor do autoconhecimento na orientação possa ser subestimado uma vez que promover aumento no conhecimento de si mesmo parece maximizar o efeito do fornecimento de informação lia composição dos critérios de escolha sendo o segundo cotuponcnte do programa melhor avaliado pelos adolescentes Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 55 4 Os comportamentos das orientadoras que mais auxiliam no processo de tomada de decisão são os ligados a elabo ração das bases da escolha perguntas esclarecimentos questionamentos específicos avaliação de prós e contras promoção de discussões e reflexões A condução de dois grupos de orientação por diferentes orientadoras não teve impacto diferencial no resultado final da aplicação do pro grama Porém a habilidade das orientadoras exerceu papel importante como parte dos componentes efetivos que promovem o desenvolvimento das bases da escolha Dessa forma um programa estruturado como o testado nesse estudo pode auxiliar orientadores inexperientes a atuar com mais competência e segurança por especificar os pas sos da orientação sem os quais atingir resultados positivos poderia ser complicado e custoso 5 A aprendizagem em tomada de decisão parece ser o resul tado mais relevante da orientação e não necessariamente a escolha de uma profissão Embora o programa tenha pro piciado redução no número de opções consideradas ao final da orientação nem todos os adolescentes saíram com uma única opção profissional A significativa melhora na maturi dade para escolha e os 461 que relataram espontanea mente melhora nas habilidades de tomada de decisão indica que o programa da foima como está estruturado enfatiza o processo mais do que o resultado e provavel mente proporciona instrumental necessário para o avanço posterior dos sujeitos que não definiram sua opção My apologies but Im unable to extract any text from this image Orientação Profissional na Análise do Comportamento ProgramaModelo para Atendimento em Grupo Este capítulo apresenta na íntegra um programamodelo de Orientação Profissional Conforme exposto no capítulo quatro o programa de Orientação Profissional aqui apresentado foi elaborado a partir çle pesquisas realizadas pela autora cujos resultados mostraram avanços significativos no processo de tomada de decisão profissional dos adolescentes participantes As pesquisas mostraram também que o modelo proposto apresenta consistência quanto à contribuição do conteúdo das sessões para um avanço seqüencial na aprendizagem dos comportamentos envolvidos na escolha de uma profissão Às sessões descritas a seguir foram planejadas para o formato de orientação em grupo e para atender adolescentes que se encontrem no momento de lazer sua primeira opção profissional Cada sessão é descrita detalhadamente cm termos de objetivos quais comportamentos esperase que os adolescentes apresentem e procedimentos exposição detalhada dos exercícios c aspectos a serem discutidos visando facilitar a condução das sessões por orientadores principiantes A descrição da racional teórica comportamental tem como objetivo situar o orientador 110 raciocínio subjacente a aplicação das estratégias propostas e assim direcionar suas intervenções ao longo da sessão De forma geral são objetivos do processo a ser desenvolvido 1 Analisar junto aos adolescentes as variáveis controlado ras pessoais familiares sociais contextuais implicadas na escolha de liina carreira profissional 58 Cynthia Borges de Moma 2 Levár o adolescente a observar e dispriminar as relaçõçs existentes entre escolhaprofissional e história de vida e como a escolha de uma profissão está diretamente ligada as escolhas que aprendemos a fazer ao longo da vida 3 Desenvolver habilidades necessárias para a escolha a partir do fortalecimento das respostas que compõem o comportamento de tomada de decisão Todos os procedimentos e estratégias propostos pelo programa visam ampliar ao máximo o repertório de análise e consideração de possibilidades por parte do adolescente para em seguida propor uma restrição gradativa dessas opções considerando os critérios eleitos por cada adolescente durante a intervenção rumo à resposta terminal a escolha profissional Neste sentido conforme exposto no terceiro capitulo o trabalho parte do autoconhecimento e exploração de profissões para finalmente propor estratégias facilitadoras da tomada de decisão A estruturação do programa visa organizar e facilitar a atuação dos orientadores os quais passam a ter melhores condições de focar suas intervenções em aspectos do funcionamento do grupo eou da problemática pessoal de cada adolescente De forma geral os orientadores devem atuar de forma a 1 Proporcionar oportunidade de autoexposição quanto ao momento de escolha profissional de fonna a facilitar o processo de tomada de decisão 2 Auxiliar os adolescentes no conhecimento de si mesmo como forma de aumentar a consciência quanto aos critérios pessoais de escolha profissional 3 Fornecer informações e orientar o adolescente na procura de informação atual sobre cursos profissões universida des e mercado de trabalho possibilitando uma decisão baséadào máximo possívelem dados de realidade 4 Dar e propiciarfeedbacks entre os elementos do grupo quanto aos comportamentos implicados no processo de busca de itifonnação análise das opções e tomada de decisão O orientador pode ainda utilizar sistematicamente uma estratégia apelidada de cenas dos próximos capítulos No início de cada sessão explicase aos adolescentes os objetivos da mesma de fonna a contextua lizar o papel daquela sessão dentro da proposta maior de orientação que está sendo desenvolvida Ao final resumese a aprendizagem ocorrida e apresentase brevemente o conteúdo do próximo encontro Com isso esperase aumentar as expectativas positivas quanto às próximas sessões e exercer algum impacto sobre a adesão ao processo como um todo Oriciuaão Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 59 Sessão individual préorientação Objetivos Conhecer e concordar com os objetivos e formato geral de funcionamento do programa Responder os instrumentos de PréIntervenção para poste rior análise comparativa Procedimentos Iniciase a entrevista expondo ao adolescente os objetivos e formato geral do programa composto por três etapas o programa visa aumentar a reflexão dos adolescentes sòbre si mesmos autoconhecimento etapa 1 promover o conhecimento das profissões existentes pelos materiais informativos etapa 2 e por fim integrar as informações obtidas nas etapas anteriores com o objetivo de restringir as opções profissionais selecionadas e favorecer a tomada de decisão etapa 3 Informase o número de sessões necessárias para a conclusão da orientação assim como o dia da semana e horário em que os encontros deverão ocorrer Acrescentase que o programa na forma como está estru turado não é composto de testes que fornecem a profissão a ser seguida mas de exercícios e reflexões que auxiliam no processo individual de escolha profissional Aplicase o Instrumento de pré e pósintervenção Anexo 1 e o EMEP solicitando ao adolescente que responda since ramente aos instrumentos tendo como referencial seu mo mento atual pois os resultados finais serão comparados aos iniciais como forma de avaliação de sua evolução du rante o processo de Orientação Profissional É importante acompanhar o preenchimento dos instrumentos questio nando acerca de dúvidas e verificando se todos os campos foram devidamente preenchidos Encerrase a entrevista confirmando o dia e horário do primeiro encontro grupai 60 Cynihia Borges dc Moura Ia Sessão Definindo oproblema de escolha Objetivos Conhecer e integrarse aos membros do grupo e aos orientadores Expor suas expectativas em relação ao processo de Orienta ção Profissional Definir seu problema de escolha profissional identificar fato res que estão dificultando sua tomada de decisão profissional Racional teórica Quando o adolescente se defronta com o momento de escolha profissional geralmente sua tarefa envolverá a análise minuciosa de dois importantes conjuntos de variáveis que combinadas podem facilitar a ocorrência de uma tomada de decisão segura com maior probabilidade de acerto Por um lado ele deverá considerar a si mesmo qual o controle que as expectativas dos pais estão exercendo sobre sua escolha Os pais têm sido facilitadores ou estão contribuindo com o conflito e a indecisão Os amigos professores meios de comunicação também tem influenciado Como Qual sua história de vida quanto à tomada de decisão O que faz quando necessita fazer uma escolha Quais são meus principais interesses e habilidades Por outro lado o adolescente deverá também considerar as questões ligadas ao mundo do trabalho o que fazem as diversas profissões Quais são os cursos e universidades preparatórias Áreas de atuação ocupações e especializações Mercado de trabalho e remunerações Supõese que a análise de ambos os conjuntos de fatores aumentará sua capacidade de combinar as informações obtidas o que contribuirá para uma decisão mais segura com maior probabilidade de sucesso futuro Assim nessa sessão os orientadores devem auxiliar o adolescen te a discriminar os fatores pessoais relacionados às dificuldades apresen tadas e ajudálos a avaliar o quanto podem estar interferindo com sua capacidade de analisar corretamente as informações e decidirse por uma profissão É importante verificar se as experiências pessoais estão restringindo muito a capacidade de análise do adolescente e se sua histó ria de aprendizagem em tomada de decisão é facilitadora para a escolha profissional Considerase condição restritiva do repertório de análise a exposição a um controle muito rígido em que outras pessoas decidem Orioiação Profissional Sob o Enfoque da Anátisc do Comportamento 61 pelo adolescente ou muito frouxas em que qualquer um decide de qualquer jeito Ambas as condições indicam falhas no processo de aprendizagem de tomada de decisão e podem interferir na escolha Quando isso ocorre o adolescente pode restringir as opções profissio nais consideradas a um conjunto muito pequeno e assim não sei capaz de identificar outras possibilidades importantes que poderiam facilitar sua análise e nortear sua tomada de decisão Nessa primeira sessão os orientadores têm a tarefa de proporcionar um contexto adequado para que o adolescente discrimine a que controles está respondendo e como isso esta dificultando sua tomada de decisão Esperase que essa discriminação enfraqueça o controle restritivo exercido por tais fatores sobre o repertório de análise de forma que as novas contingências estabelecidas pela orientação possam exercer controle importante sobre o processo de escolha profissional durante as próximas sessões Procedimentos Apresentação geral dos participantes do grupo Tébnica do objeto representativo pedese para que cada parti cipante escolha dentre os objetos que usa ou carrega um obje to que lhe represente Em seguida o orientador inicia a apresentação pessoal dizendo seu nome mostrando o objeto escolhido e relatando porquê e em quê ele lhe representa sa lientando dados qualidades ou valores pessoais É interessante que um dos orientadores inicie tal apresentação para fornecer modelo do tipo de descrição pretendida Se os participantes se restringirem a descrições breves devese fazer perguntas abrindoas também aos demais para que haja uma maior exposição de cada um As perguntas podem explorar local de estudo idade características pessoais qualidades interesses etc Todos os membros do grupo devem apresentarse Exposição da proposta de Orientação Profissional e estabelecimento do contrato de trabalho Os orientadores explicam para o grupo o esquema de funcio namento do programa de Orientação Profissional do qual eles estão participando destacando os objetivos e as etapas do processo Cada etapa ÀutoeonhecimentoConhecimcnto das profissõesTomada de Decisão é descrita brevemente em Cynthin Dorges dc Moura termos de objetivos gerais Explicamse também os aspectos formais do contrato como o número de sessões du ração ho rário procedimento em caso de faltas pagamento e sigilo Destacase a importância da participação em cada passo do processo que será desenvolvido pois cada sessão traz um conteúdo único que é prérequisito para a próxima por isso a necessidade do comparecimento a todas as sessões A proposta de Orientação Profissional também é explicada em contraposição à utilização de testes vocacionais Expõemse as vantagens da orientação como um processo de aprendizagem do fazer escolhas enfatizando que uma escolha tão importante quanto à vida profissional não pode ser tratada de forma im pessoal sem o envolvimento ativo da pessoa Finalmente enfatizase a participação ativa de todos na ta refa conjunta que será empreendida Todos podem e de vem expor suas idéias perguntar responder dar feedback auxiliar trazer informações dar opiniões enfim ajudar e ser ajudado pelo grupo Sondagem de expectativas e identificação do problema de decisão Os orientadores explicam que nessa primeira etapa do pro cesso identificação do problema de decisão cada participan te deverá relatai sobre suas expectativas em relação ao programa de Orientação e as dificuldades enfrentadas nesse momento de escolha profissional Solicitase que inicialmente todos façam um relato escrito re cebendo para isso caneta e papel com a seguinte proposição O que me trouxe para o processo de Orientação Profissional Anexo 2 Os orientadores explicam aos adolescentes que eles devem relataras dificuldades que estão enfrentando e as expec tativas que tem quanto a orientação Podese auxiliar os adoles centes na organização de seus relatos com perguntas tais como por que você está aqui O que já pensou em fazer Por que está difícil escolhei O que você queria ser quando criança O que seus pais dizem sobre sua escolha ou indecisão O que está sen tindo frente a essa tarefa de escolha Pedese ainda para que cada adolescente escreva sem interferir no relato dos demais Após o término dessa atividade solicitase que cada partici pante conte ao grupo sobre o que escrcveu Caso prefiram ler Orientação Profissional Sob o Entoque da Análise do Comportamento 63 seu relato poderão fazêlo Os orientadorès devem auxiliar a autoexposição dos adolescentes dizendo que todos provavel mente estão passando por dificuldades semelhantes que não há relatos certos ou errados e que somente com a exposição clara e sem receios das dificuldades os orientadores terão con dições de compreender o grupo e oferecer a aj uda necessária Durante ou ao final da exposição de cada adolescente os orienta dores podem intervir solicitando esclarecimentos quanto às situações vivenciadas na tentativa de promover uma maior conscientização sobre as dúvidas e os sentimentos relacionados Após essa etapa o grupo é solicitado a relatar semelhanças e diferenças observadas nos relatos apresentados em termos de dificuldades e expectativas em relação ao processo de orien tação Discutir as influências sobre a escolha que não são sempre negativas pois todos somos influenciados de um modo ou outro e o importante é perceber que as influências existem e detectar o quanto elas estão nos impondo um certo tipo de comportamento e como podemos lidar com isso Conchjsõo da sessão Para concluir a sessão os orientadores definem com os adoles centes o problema de escolha profissional como sendo de aprendizagem de tomada de decisão enao apenas de escolha de uma profissão Para isso utilizase uma figura que ilustra o os caminhos de escolha e suas prováveis conseqüências ver Anexo 3 É novamente destacada a responsabilidade de cada um em relação à resolução de seu problema e a sua tomada de decisão com o auxílio da orientação que fornecerá condições para essa aprendizagem Destacar que esse processo teve inicio com essa primeira sessão ao observarem relatarem e se toma rem mais conscientes de suas próprias dificuldades Salientar que aprendendo a fazer a escolha da profissão e não alguém dando a solução aprendese também a fazer outras escolhas na vida Colocamse assim os adolescentes diante da primeira escolha a ser feita Eu quero participar de um processo de Orientação Profissional com essa proposta Em seguida os crachás são retirados e pedese para que cada um fale o nome dos demais numa determinada seqüência es tabelecida com o objetivo de descontrair os adolescentes en trosar o grupo e facilitar o conhecimento de seus membros Cyuthu Borges Jc Moura 2a Sessão Conhecendose v para escolher Objetivos identificar e descrever características pessoais habilidades e atividades de interesse Discutir a relação entre interesses habilidades e potencial de aprendizagem e suas implicações para o desempenho de qualquer atividade profissional Racional teórica Após a definição do problema de decisão isto é da identificação dos fatores que estão dificultando a escolha os adolescentes necessitam discriminar de formá mais refinada suas características pessoais antes de analisar quaisquer alternativas profissionais Considerase quê a identificação e descrição de características pessoais como eu sou interesses do que eu gosto e habilidades que coisas fàço bem pode promover um aprofundamento do autoconhecimento de forma a auxiliar na escolha das opções profissionais a serem consideradas Assim tanto a estratégia quanto a forma de condução da sessão pelos orientadores deve fornecer ao adolescente condições para a discriminação de seus interesses que coisas eu gosto e me chamam a atenção habilidades em quais atividades tenho um bom desempenho o que sei fazer com destreza potencialidades o que gostaria de aprender e limitações o que reconheço que não sei fazer satisfatoriamente Isso significa que a intervenção deve levar a discriminação dos reforçadores atuais que podem manter forte relação com reforçadores potenciais na mesma direção Se o adolescente conhece hoje o que é reforçador para ele certamente fará escolhas que impliquem na presença de tais reforçadores no íiituro Supõese que quanto maior for a probabilidade de que tais reforçadores estejam envolvidos em sua atividade profissional maior será também a satisfação com o envolvimento nos estudos preparatórios e o sentimento de segurança quanto a escolha realizada Assim nesta sessão esperase que ao estabelecer contingências tanto para a discriminação de características pessoais quanto paia a discriminação de reforçadores atuais e potenciais aqueles que tem Orientação Profissional Sob o Enfoque da Ajtálise do Comportamento 65 grande probabilidade de vir a controlar o comportamento futuro os adolescentes possam ampliar seu repertório de autoconhecimento de forma a estarem mais preparados para a seleção de possibilidades profissionais a serem consideradas Procedimentos Exercício combinado de autoconhecimento Cada adolescente recebe o exercício Anexo 4 composto de uma lista de 74 características pessoais e uma folha de resposta em que ele deverá distribuir cada uma das características listadas em um dos quatro quadrantes Gosto e faço Gosto e não faço Não gosto e faço5 uNao gosto e não faço As instruções do exercício sao lidas conjuntamente e os adolescentes têm um tempo para realizar individualmente seu exercício Salientase que as dúvidas podem ser esclarecidas a qualquer momento É importante acompanhar a realização da atividade dirimindo individualmente as dúvidas e observando o preenchimento dos quadrantes Ressaltar que todas as características devem ser es critas enao apenas seus respectivos números colocados nos qua drantes que nenhuma característica deve ser excluída embora outras características ou atividades possam ser incluídas que ne nhuma característica deve fazerparte de mais de um quadrante Discussão do exercício Cada participante é solicitado a relatar de uma maneira geral o resultado de seu exercício e durante sua exposição os ori entadores questionam sobre as descobertas feitas quanto a si mesmo quais as semelhanças entre as atividades agrupadas num mesmo quadrante Os orientadores devem chamar a atenção para a distribuição das característicasatividades nos quatro quadrantes para que os adolescentes observem era quaí dos quadrantes se concen tra o maior e o menor número de atividades ou se os quadran tes estão em equilíbrio Em seguida é pedido para que avaliem as características ou atividades neles expostos de acordo cóm este significado o 66 Cynthia Borges do Mourn Gosto e faço sinaliza interesses ehabilidades já desenvolvi dos o Gosto e não faço sinaliza algum interesse e pouca ha bilidade enquanto o Não gosto e faço sinaliza o inverso falta de interesse e alguma habilidade o que leva a análises mais detalhadas para determinar se vale a pena investir na quelas áreas e o Não gosto e não faço sinaliza falta de inte resse e habilidade do indivíduo devendose evitar profissões que envolvam prioritariamente aquelas características Após essa explicação é importante levantar discussões sobre a a possibilidade de desenvolver gostos e habilidades O que é mais fácil aprender a gostar de alguma coisa ou aprender a fazer alguma coisa b o que estaria dificultando ou facilitando a realização das coisas que gosta Nesse momento obstáculos são reavaliados com levantamento de alternativas para isso c a necessidade de realizar coisas não prazerosas mas que trarão benefícios a médio e longo prazos avaliação custobenefício d a importância de compatibilizar interesses e habilidades atuais ou potenciais com profissões de interesse Os adolescentes deverão ser lembrados que se durante a dis cussão desejarem alterar a lista mudar alguma característica de quadrante poderão fazêlo desde que tal mudança seja decorrente do amadurecimento das reflexões realizadas Recomendação aos orientadores atenção especial deve ser dada àqueles que gostam de tudo ou não gostam de nada devendose auxiliálos mais de perto a reverem seu exercício e refletirem melhor sobre as atividades descritas Conclusão da sessão É apresentada uma figura com a seguinte frase Quando você não sabe onde quer chegar todos os caminhos estao errados Anexo 5 destacandose a importância da etapa de aútoconhccimento para que a partir dele cada um possa empreender ações mais adequadas que venham a auxiliar ua escolhas futuras Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 67 3a Sessão Relacionando características e profissões Objetivos Relacionar características capacidades e habilidades das pessoas frente às exigências das profissões e áreas de atuação selecionadas Discutir a relação entre as profissões profíssãoprofxssão e indivíduoprofissão e as diversas formas de classificação e combinação das profissões Refletir sobre critérios para a seleção de alternativas pro fissionais e tomada de decisão Racional teórica Essa é uma sessão de transição entre a análise de características pessoais a análise da realidade profissional Ao enfocar outro importante conjunto de variáveis profissões cursos mercado de trabalho a intervenção deve considerar que os adolescentes podem estar respondendo a um conjunto de regras préestabelecidas por agentes externos de controle isto é podem estar escolhendo com base nos estereótipos das profissões ou nas informações superficiais e idealizadas sobre as atividades que envolvem a prática profissional Agindo dessa forma deixam de obter informações importantes e de analisálas com base em seus critérios pessoais de escolha Por essa razão regras e controles impróprios precisam ser enfraquecidos para que o contato direto com a informação sobre a realidade profissional possa levar o adolescente a considerar e analisar novas possibilidades de escolha Assim nessa sessão ao promover a discussão de que não existe uma combinação linear indivíduoprofissão mas diversas combinações possíveis entre características do indivíduo e áreas de atuação profissional esperase não apenas enfraquecer os controles impróprios mas principalmente promover um aumento da variabilidade comportamental aumentando também a probabilidade de que os adolescentes selecionem seus próprios arranjos de forma apropriada Se os adolescentes puderem discriminar as contingências restritivas ou 68 Cymhia Borges de Moura inapropriadas quando existentes que exercem controle sobre a forma com que selecionam suas opções talvez possam responder de forma mais acurada a informação sobre profissões fornecida pela intervenção e assim compor o comportamento de analisar opções e de decidirse por uma profissão Procedimentos Técnica combinação profissõescaraclerísticas Técnica adaptada de Soares 1987 p 98101 Antes de começar a técnica pedese a cada participante que faça umalista de profissões de seu conhecimento ou de seu interesse Devese insistir para que listem de 08 a 10 profissões Depois apartir das listas individuais fazer uma única lista contendo todas as profissões citadas nas listas individuais não é necessário repetir a mesma profissão A lista única deve ficar em lugar visível lousa ou cartaz Os orientadores devem preparar de antemão dois conjuntos de tiras de papel sulfite um em branco e outro com as carac terísticas do Exercício combinado de autoconhecimento Anexo 4 Na sessão após a execução da lísta conjunta o grande gru po deve ser dividido em subgrupos de 3 ou 4 participantes Cada subgrupo recebe primeiro o conjunto de tiras em branco nas quais deverão escrever os nomes das profis sões da lista conjunta Receberão também cola canetas hidrográficas e papel bobina para que o trabalho seja apre sentado em forma de um painel Em seguida as tiras deverão ser agrupadas consideran doos aspectos em comum entre as profissões a critério dos grupos Orieutação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 69 Concluída essa etapa receberão as outras tiras com os itens do Exercício combinado deautoconhecimento cada tira deve ser acrescentada a apenas um dos agrupamentos realizados de acordo novamente com os critérios eleitos pelo grupo As características não podem ser repetidas para dois agru pamentos de profissões Quando o grupo achar que dois agrupamentos apresentam a mesma característica deve de cidir em qual deles ela está mais presente pode ser obser vada com maior freqüência Os agrupamentos devem ser nomeados e outras características podem ser adicionadas aos conjuntos com o que trabalham es sas profissões O que fazem em comum esses profissionais As características das pessoas que exercem tais profissões Ao final os subgrupos apresentarão os cartazes realizados ao grande grupo explicando os critérios usados na sua con fecção Recomendação aos orientadores as instruções devem ser dadas passo a passo a próxima instrução só é dada após completada a anterior Se possível os orientadores deverão acompanhar de peito o trabalho dos subgrupos de maneira a facilitar as discussões assegurar que todos participem e observar a dinâmica do grupo Discussão da técnica ldentificamse inicialmente os critérios utilizados por cada grupo nos agrupamentos realizados nos cartazes Levan tamse as semelhanças e diferenças encontradas enfocan dose as interreiações entre as profissões características dos profissionais e mercado de trabalho Discutese então que as diferenças encontradas nos crité rios de cada grupo ocorrem em função das diferenças en tre as pessoas Explicase que se cada pessoa montasse seu próprio agrupamento com certeza não haveria nenhum cartaz idêntico ao outro 70 Cynthia Borges Je Moura Apontase a importância Je que cada uln identifique clara mente os critérios pessoais sobre os quais pretende apoiar a sua escolha profissional Destacase o impacto dessa con sideração grupai realizada por meio dos cartazes sobre a seleção dos critérios de decisão individual Recomendação aos orientadores alertar o grupo de que essa sessão pode gerar um aumento no número de opções a serem consideradas com respectivo aumento de sentimentos de angús tia e indecisão Salientar que tais respostas são esperadas em função do procedimento de resolução de problemas adotado Explicar que a orientação a partir desse momento começará a priorizar a restrição dos critérios e conseqüentemente das opções de escolha Conclusão da sessão Devolvese aos adolescentes a folha do exercício de auto conhecimento e solicitase que observem o quadrante do gosto e faço e comparem com o painel realizado verifi cando em que grupo de profissões concentrase a maior parte de suas características Em seguida apresentase um cartaz que representa uma outra forma de agrupamento das profissões Anexo 6 para que cada adolescente possa comparálo seu perfil levantado na sessão anterior Solicitase a cada membro a elaboração de uma nova lista de profissões a partir dos cartazes e da discussão realizada para investigação detalhada na próxima sessão ÓrliíHtaçao Profissional Sob o En Foque da Análise do Comportamento 71 4a e 5a Sessões Investigando profissões Qbjetivos Selecionar as profissões de interesse para investigação e busca de informação Realizar leituras em material informativo sobre as profis sões de interesse Discutir a importância da pesquisa e da informação profis sional sobre a seleção dos critérios de tomada de decisão Racional teórica Após promover uma ampliação no repertório de consideração e análise de alternativas pessoais e profissionais parece necessário que a intervenção se direcione para o aprofundamento da busca de infoimaçao como forma de promover uma restrição de opções rumo a tomada de decisão Hipotetizase que se o adolescente tiver contato direto com informações seguras sobre profissões e carreiras o que significa ser exposto às contingências relevantes sobre profissões provavelmente ele restringirá suas opções pela confrontação de tais informações com suas expectativas e dados de autoconkecimento Além das estratégias de pesquisa profissional essa sessão deve incluir discussão sobre mudanças nas escolhas atuais em função de mudanças ambientais Se o contexto muda uma nova opção profissional pode ser necessária para que o indivíduo se adapte a ele A funcionalidade dasopções pessoais e profissionais podem se alterar ao longo da yida e uma nova escolha não significa erro na escolha anterior Nesse sentido essa sessão tem como objetivo adicional ensinar os adolescentes a pesquisar e fazer uso apropriado das fontes de informação sempre que precisarem redirecionar sua escolha profissional ou área de atuação Assim nessa sessão esperase que os adolescentes iniciem a restrição de suas opções profissionais pela confrontação das informações sobre profissões cursos carreiras áreas de atuação profissional e mercado de trabalho com seus dados de autoconhecimento e aprendam a pesquisar e acessar fontes de 72 Cynthia Borges clc Moura informação profissional e a usar tais informaçpes para compor as variáveis que tornarão mais provável uma tomada de decisão apropriada e consciente Procedimentos Condução da 4a sessão Instruções para a pesquisa Os orientadoras devem proceder da seguinte forma Levar preparado um cartaz como nome do adolescente e as profissões que ele escolheu para pesquisar Distribuir as listas com as profissões elaboradas na sessão anterior para cada participante Solicitar que os adolescentes verifiquem o cartaz De olho no seu potencial Anexo 6 no caso de existir a necessidade de acrescentar mais alguma profissão Acrescentar a profissão no cartaz se algum participante tiver alterado a sua lista Distribuir o material informativo sobre cursos e profissões e orientar para que seja feita a pesquisa das profissões de inte resse mostrar onde eles podem ler pedir que leiam mais de um manual para ter mais de uma opinião sobre o assunto vide Anexo 7 Relaçao de manuais e sites para pesquisa de profissões Recomendação aos orientadores acompanhar a busca de informações individualmente mostrando materiais específicos questionando acerca de aspectos que apontam como compatíveis e incompatíveis ao seu perfil incentivando pela procura conjunta a busca de um maior número de informações Mscussõo Requerer que cada adolescente relate o que foi lido o que achou de interessante o que descobriu de diferente na pro fissão que pesquisou o que já sabia e que informações complementares e relevantes obteve Orientação Profissional Sob o Enfoque da Anáiisc do Couiponamento 73 Solicitai também relato das possíveis relações entre as profissões pesquisadas e seus interesses e características Se possível finalizar com a apresentação de vídeo sobre profissões de interesse Se necessário retomar discussões anteriores como por exemplo a possibilidade de desenvolver habilidades para atender as necessidades de uma profissão de interesse A partir das profissões que foram lidas solicitar a cada adolescente que exclua das profissões listadas na cartaz aquelas que pretende desconsiderar relatando a razão da eliminação O orientador pode dizer que o momento da es colha éstá começando e a primeira parte disso será feita por exclusão Sugerese ao orientador que não deixe o adoles cente excluir a profissão por qualquer motivo Assim so mente é considerado argumento aceitável de exclusão aquele que apresenta incompatibilidade entre a habilidade pessoal do indivíduo e as características requeridas para aquela profissão Recomendase que o orientador abra a discussão para que o grupo também avalie se o critério de exclusão parece aceitável Conclusão da 4a sessão Passar como tarefa de casa para a 6a sessão a realização de uma entrevista com um profissional Explicar que eles po dem começar a se organizar para entrevistar o profissional realizando contatos e agendando entrevistas Distribuir o roteiro Anexo 8 com algumas perguntaschave e esclarecer que tratase de um modelo que nem todas as per guntas precisam ser feitas ou ainda que a partir dele outras perguntas podem ser acrescentadas Recomendar que a entrevista seja feita de preferência com profissionais já experientes nem alunos nem re cémformados porque eles já estão inseridos no mercado de trabalho e podem dar uma visão mais real da profissão Avisar aos adolescentes que a pesquisa continua na próxima sessão na qual também seriio fornecidos alguns endereços 74 Cynüiía Borges dt Moura eletrônicos ver lista de Ates para aqueles que têm Internet c tem interesse em pesquisar mais ou trazer material novo para a discussão Mostrai para os adolescentes a figura com a fraseAbra seus horizontes Anexo 9 salientando a importância de uma atitude aberta para obtenção de informações poster gando qualquer restrição de opções profissionais Procedimentos Condução da 5a sessão passo a passo Instruções para a pesquisa 1 Selecionase previamente as profissões de maior interesse de cada um que resultaram da discussão da sessão anterior e providenciase cópias de manuais acadêmicos das Uni versidades locais ou de interesse os quais contém a relação de disciplinas de cada áno dos cursos com as respectivas emendas para que os adolescentes percebam como se estrutura cada curso e o que é ensinado em cada ano 2 Solicitase aos adolescentes que retomem a pesquisa para que leiam o que não tiveram tempo de ler no material informativo disponível Anexo 7 3 Distribuemse as cópias para cada participante conforme Os cursos de interesse Orientase que para facilitai a aná lise das informações durante aleitura grifem com caneta azul as informações positivas aspectos que mais lhes agradam que acham interessantes que coinci dem com suas habilidades e com caneta vermelha as informações negativas aspectos que lhes desagradam ou que coincidem com áreas de inabilidade reconhecida Discussão Iniciar a discussão do que foi pesquisado colocando o cartaz com todas as profissões escolhidas por cada adolescente para nova análise e exclusão Orientação Prolissiom l Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 75 Solicitar exposição oral dos resultados da pesquisa e esco lha de qualis pro fissão ões vai excluir e porquê Nova mente o adolescente só poderá excluir aquela profissão cora um argumento convincente o indivíduo não tem habi lidade para aquilo e não pode nem quer aprender a desen volver O orientador aceitará apenas argumentos que incompatibilizem interesses habilidades e eventuais valo res com as características requeridas pelas profissões Dis cutir se aquela disciplina que ele não gostou se refere a um conhecimento necessário dentro do curso ou se faz parte da ocupação da profissão a profissão não poderá ser excluí da se o conteúdo da disciplina desagradável não fizer parte do diaadia da profissão Pedir aos adolescentes que avaliem as profissões que pesqui saram e atribuam um Valor para cada curso restante 5 estre las 4 estrelas 3 estrelas e assim por diante conforme subjetivamente avaliarem seu interesse ou a atratívidade da profissão Essa avaliação subjetiva depois de realizada no concreto desenhar estrelas para cada profissão restante auxilia na avaliação objetiva do interesse pela profissão A partir da atribuição de estrelas aos cursos aprofundar os questionamentos para qiie o refinamento não se dê apenas por exclusão mas pela descrição dos critérios relevantes que estão exercendo controle sobre a permanência de tais profissões na pauta de opções consideradas Conclusão da 5a sessão Distribuir o roteiro que fala sobre a entrevista para a próxima sessão It em Instruções para a realização das entrevistas ler com os adolescentes verificar se alguém já a realizou e quem está com dificuldades de encontrar um profissional para reali zar a tarefa Anexo 10 Explicar que na próxima sessão as entrevistas serão dis cutidas e que para isso é importante que sejam realizadas Esclarecer que se alguém por alguma razão não conse guir realizála não deve ausentarse da sessão seguinte 76 Cyntliia Borges de Moura 6a Sessão Olhando as profissões por outra perspectiva Objetivos Aprofundar o conhecimento das profissões desfazendo in formações incorretas ou distorcidas sobre cursos e carrei ras por meio da realização e dramatização de entrevistas com profissionais de diversas áreas Analisai em grupo a compatibilidade entre característi cas pessoais e características exigidas pélas profissões de maior interesse de cada um Tomar consciência de quais variáveis da realidade profis sional devem compor os critérios individuais de escolha profissional Racional teórica Essa sessão marca outro momento de transição no processo de intervenção Ela deve proporcionar tanto o fechamento do assunto de pesquisa profissional quanto o início do processo de tomada de decisão Como essa fase final tera como objetivo restringir as opções para levar a üma decisão terminal os adolescentes têm agora a tarefa de escolher um profissional piara discutir os dados dá realidade profissional Hipotetizase quê a escolha aparentemente simples de um profissional a ser entrevistado envolva um repertório complexo composto de respostas adquiridas durante a intervenção e também se constitua numa resposta anterior e talvez facilitadora à tomada de decisão Por outro lado a realização de uma entrevista com um profissional pode auxiliar na restrição das opções pelo fornecimento de mais informações que podem compor os critérios de inchisão e exclusão de cada adolescente Um terceiro ganho parece ser que a experiência dessa sessão colocarse no lugar do profissional vivenciar mesmo de forma artificial a condição de profissional de uma determinada área pode proporcionar uma análise da condição de exercer essa profissão a partir da minha própria perspectiva facilitando ainda mais o processo de incluirexcluir opções Assim nessa sessão esperase que Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 77 o ensaio comportamental proporcione ura contexto de avaliação do impacto das conseqüências positivas e negativas relação custobeneficio advindas da escolha profissional a ser realizada crie ura contexto de aprendizagem de tomada de decisão por meio do treino de vários comportamentos como escolher avaliar a escolha escolher de novo vivènciar o papel avaliar a escolha do outro etc aumentando ass im a probabilidade de emissão de um comportamento apropriado de restrição de alternativas e tomada de decisão Procedimentos Instruções para a dramatização das entrevistas Preparar o local da sessão com acessórios representativos de diversas profissões jaleco mesa cadeira calculadora porta lápis telefone etc Iniciar a sessão dizendo que eles vão dramatizar vivènciar a entrevista realizada os adolescentes que fizeram mais de uma entrevista escolhem aquela que preferem dramatizar Relatar a entrevista colocandose no papel do entrevistado falando da experiência do outro como se fosse a dele em primeira pessoa e escolher alguém para ser o entrevistador os orientadores podem participar da primeira dramatiza ção para servir de modelo e promover descontração Realizar roleplay da conversa com o profissional O adoles cente dramatizará ele mesmo como profissional a partir das informações obtidas na entrevista que realizou como se ele já estivesse formado e trabalhando naquela átea É importante que o participante que não realizou a entrevista também parti cipe do roleplay como entrevistador ou como entrevistado para que perceba a importância das informações coletadas na entrevista para a composição de seus critérios de escolha Discussão Ao final das dramatizações questionase ao adolescente a 78 Cynthia Borges dç Moura Questionase também osque não realizaram a entrevista sobre qual profissional teriam escolhido para dramatizar Solicitase ainda que o adolescente relate quais informações foram acrescentadas por meio da entrevista quais considerou importantes e a vivência nos dois papéis de entrevistador e entrevistado em relação à profissão escolhida Questionase se a entrevista auxiliou a refinar os critérios de tomada de decisão enfatizando que a escolha de um profis sional para entrevistar indica melhora substancial na capaci dade de decisão que com certeza terá impacto importante sobre a escolha terminal Auxiliase cada membro a discriminar quais aspectos evidenciados na dramatização indicam compatibilidade das características envolvidas naquela profissão com as de quem entrevistou Devese finalmente discutir sobre as reflexões que fizeram após a conversa com o profissional Recomendações aos orientadores quando a maioria dos participantes realizou a entrevista solicite que cada um selecione as principais questões que gostaria de responder na dramatização Isso évita prolongar por muito tempo as dramatizações permite que todos participem e que haja tempo para as discussões necessárias Ao final realizase uma síntese do que foi observado e relatado em comum entre todas as dramatizações 0mclusõo dá sessão Bsclarecer aos adolescentes que na próxima sessão será realizada uma análise da compatibilidade entre os critérios e valores pessoais e as características exigidas pelas profissões de maior interesse de cada um Lembrar ao grupo a proximidade do final da orientação e a importância do comparecimeuto para fechamento do processo Para quem ainda não fez a entrevista existe a possibilidade de fazêla antes da próxima sessão pois será aberto um espaço para o adolescente contar para o grupo como foi a experiência Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 79 7Sèssão Selecionando critérios de decisão Objetivos Identificar ou definir valores pessoais que comporão os cri térios envolvidos na tomada de decisão definir o que conta mais na hora de decidir Definir metas pessoais ligadas ao alcance de metas profis sionais a médio e longo prazo Discutir alternativas de resolução dos problemas relacio nados a tomada de decisão como operacionalizar as infor mações obtidas em comportamentos direcionados à meta de escolha profissional Racional teórica Hípotetizase que tendo chegado a esse estágio do processo os adolescentes agora se encontram em melhores condições de realizar uma análise mais aprofundada de sua realidade e suas perspectivas futuras rumo a tomada de decisão Para isso a açiálisç do repertório pessoal será retomada a fim de promover um refinamento do autoconhecimento enfocando agora a discriminação de valores pessoais implicados na escolha profissional Entendese que a discussão de valores pessoais após a etapa de informação tem a função de complementar a análise das opções selecionadas como forma de refinar os critérios de escolha e tomar mais provável a ocorrência da tomada de decisão Assim nessa sessão a intervenção deve focalizar o reconhecimento dos valores pessoais seus sentimentos em relação a eles no presente e como gostariam que fizessem parte de seu futuro profissional Essa discussão parece auxiliar no avanço do processo de tomada de decisão na medida que pode proporcionar um aumento na probabilidade de que os adolescentes formulem critérios próprios de escolha e estabeleçam metas pessoais e profissionais adequadas e realistas 80 Cynthia Borges de Moura Além disso esperase que a intervenção estabeleça contingências para o refinamento dos critérios de escolha a partir da combinação de características e valores pessoais com as informações profissionais Esperase também que essa análise tenha impacto sobre a forma como o adolescente ira concluir sua seleção de alternativas e de critérios de escolha para a tomada de decisão por fortalecer comportamentos que levem a elaboração de metas futuras concretas e factíveis Procedimentos Instruções para a realização do exercício de análise de critérios de escolha Passamse as instruções para a realização do Exercício de aná lise de critérios de escolha Anexo 11 Os orientadores entre gam a folha dobrada para que os adolescentes visualizem somente a primeira parte do exercício e explicam o que deverá ser feito Nessa primeira parte do exercício os adolescentes eventualmente questionam os orientadores sobre os significa dos dos valores listados Nesse caso devese devolver a per gunta e levar os adolescentes a estabelecerem seus próprios conceitos sobre os valores relacionados no exercício Solicitase que os adolescentes virem a folha e façam a segunda parte do exerdeio selecionem os cinco valores mais importantes e as três profissões de maior interesse para comparação dos re sultados Se o adolescente colocar apenas uma opção solicite que inclua uma segunda para que a comparação seja possível Esclareça que para uma mesma linha do exercício a atribuição de probabilidade pode ser a mesma Na terceira parte do exercício pedese que os adolescentes somem as colunas e verifiquem qual profissão obteve maior pontuação Explicase que a profissão de maior pontuação indica maiõr probabilidade de corresponder aos valores pes soais de cada um Esclarecese que esse exercício apenas de monstra uma forma de ponderação dos valores os quais podem se constituir em critérios fmaisquando se escolhe o estilo de vida que se quer ter no exercício da profissão Orieutação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 81 Discussão do exercício Perguntase àos adolescentes era quais aspectos o exercício ajudou a refletir sobre a escolha e quais outros valores deve riam ser acrescentados ao exercício pela sua importância no auxílio a tomada de decisão Solicitase aos adolescentes que descrevam qual a ordem de importância que atribuiu aos valores e quais as três pro fissões colocadas no exercício Se o resultado surpreendeu ou confirmou as profissões que já estava considerando Verificase se o exercício auxiliou na restrição de opções se pôde restringir e refinar a escolha se o estilo de vida implícito nos valores escolhidos pode ser contemplado pela profissão em escolha se as metas ligadas a profissão e estilo de vida são reais ou ideais e como pretende conciliar vida pessoal e tra balho dentro do estilo pessoalprofissional descrito Ressaltase também a importância da adequação dos cri térios pessoais de escolha à realidade de cada um discutin do como adaptar as metas ideais às possibilidades reais de vida e traçando metas factíveis com maiores possibilida des de realização Conclusão da sessão Esclarecer que na próxima sessão se realizará o fechamento do processo de Orientação Profissional no qual se discutirá em quê o grupo ajudou na decisão e os passos que podem ser toma dos para a continuação do processo de escolha profissional após o término do processo de orientação formal 82 CynfJiia Borges de Moura 8 Sessão Analisando o futuro diante da escolha presente Objetivos Avaliar os resultados alcançados em relação aos objetivos da Orientação Profissional escolha de uma profissão res trição das opções profissionais eou aprendizagem do pro cesso de tomada de decisão Relatar as metas profissionais selecionadas e definir alguns passos para a concretização de tais metas a partir da aprendizagem ocorrida Responder os instrumentos de PósIntervençao Racional teórica A última sessão do programa visá avaliar o processo e seus resultados bem como esclarecer que outros resultados podem advir futurameute do amadurecimento da aprendizagem ocorrida 110 grupo Entendese que o presente programa de Orientação Profissional da forma como está estruturado pode ter como resultado vários comportamentos dos adolescentes como decidirse por uma única profissão restringir suas opções profissionais aprender o processo de tomada de decisão para utilizarse dele mais tarde etc Entendese também que uma decisão terminal não precisa necessariamente coincidir com o término da intervenção pois o processo de crescimento profissional é algo processual que pode se dar ou se concretizar em vários momentos da vida Avaliar a experiência presente e seu impacto futuro pode auxiliar o adolescente a reorganizar as aprendizagens adquiridas e o curso de ação selecionado Descrever os passos de seu processo de desenvolvimento no grupo pode ser útil no sentido de treinar o adolescente na aplicação de tal habilidade em decisões futuras sobre carreiras identificar o ponto de partida o de çhegada e os passos intermediários para o alcance de tais metas Nessa última sessão Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento S3 esperase que ao levantar os resultados obtidos e avaliar aspectos que podem ainda estar dificultando a análise das contingências profissionais e a emissão do comportamento de decidirse por uma profissão se possa criar um contexto favorável para o planejamento e o engajamento efetivo do adolescente em estratégias de ação que o conduza a assunção e concretização de sua escolha Procedimentos Instruções para as atividades da sessão Por ser a última sessão em grupo ao iniciála os orientadores devem fazer uma breve retrospectiva de todas as etapas e exercícios realizados durante o programa de Orientação Pro fissional qual foi o ponto de partida e os passos dados durante o programa Devem fazer também a realização da autoavaliação indi vidual por escrito a partir da proposição Em que cresci com este grupo e em que acho que ainda poderei crescer Anexo 12 Discussão Solicitar aos adolescentes que relatem ou leiam para o gru po o que escreveram em sua autoavaliação final Após todos terem exposto seus relatos solicitar que apontem o que observaram em comum entre eles Fazer uma síntese para o grupo das avaliações individuais acerca do grupo de Orientação Profissional por meio dos relatos mostrando ao grupo o ponto de partida como che garam na orientação os pontos intermediários como se deu a aprendizagem e o ponto de chegada o que eles estão avaliando como resultados obtidos 84 Cynthia Borges de Moura Salientar o fato de que várias decisões são tomadas ao longo da vida que o processo de decisão profissional não se esgota com o término do grupo e que mudanças no decorrer da vida podem acarretai transformações e adaptações na escolha pro fissional não implicando erro na escolha inicial Dar um feedback geral para o grupo valorizando a perseve rança no programa e o conseqüente enfrentamento do custo requerido pela proposta da orientação nesse formato de auto descoberta Apontar tais características como essenciais para o enfrentamento dos desafios e a obtenção de sucesso na carreira profissional que escolherem Recomendações aos orientadores nessa sessão devese evitar questionamentos que abram discussões que não poderão ser aprofundadas em fimção do término do grupo Os orientadores devem preferencialmente auxiliar os adolescentes a realizarem sínteses conclusivas a respeito da experiência vivida durante a orientação CòiiclusQo áa sessão Distribuição e leitura do resumo final dos tópicos discutidos ao longo da intervenção Anexo 13 Preenchimento do Instrumento de pré e pósintervenção Anexo 1 e da Escala de Maturidade para a Escolha Profis sionál EMEP Neiva 1999 Solicitase ao adolescente que responda aos instrumentos de acordo com o momento pre sente pois os resultados finais serão comparados aos iniciais e discutidos individualmente na sessão devolutiva Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 85 Sessão individual pósorientação Objetivo Fornecer feedback a cada participante sobre seu desempenho e desenvolvimento ao longo do processo de orientação Procedimentos Uma entrevista devolutiva individual é realizada com cada adolescente em que serão discutidos seu desempenho e desenvolvimento ao longo do processo de orientação com base nas observações durante a intervenção nos rela tos escritos e nos resultados comparativos obtidos com a Escala de Maturidade para a Escolha Profissional EMEP e com o Instrumento de Pré e PósIntervenção O feedback ao adolescente não inclui considerações do orien tador sobre a profissão que deve ser escolhida Salientase seu desenvolvimento e crescimento quanto ao amadurecimento do raciocínio de análise para a tomada de decisão Qualquer informação mais objetiva oriunda das observações do comportamento do adolescente durante as sessões deve sempre ser checada com ele quanto a correspondência com sua experiência e autopercepçao Questões não abordadas com profundidade durante as ses sões de Orientação Profissional mas importantes de serem pontuadas individualmente quanto a avaliações ou enca minhamentos poderão ser feitos nesse momento O orien tador deve se colocar a disposição para auxiliar a dirimir dúvidas que ainda existam após o término do programa O orientador realizando pesquisa ou interessado em ava liar os resultados de um grupo de orientação confonne descrito no capítulo quatro poderá fazer uso dos seguintes instrumentos ISC Inventário de Satisfação do Consumi dor Anexo 14 e Questionário de avaliação do programa Anexo 15 My apologies but Im unable to extract any text from this image Japítuio 6 Considerações sobre a Formulação de Programas Comportamentais de Orientação Profissional A Orientação Profissional hoje tem sido vista como um importante e cada vez mais necessário recurso para auxiliar o jovem a escolher uma profissão Muitas das atuais mudanças educacionais por um lado beneficiam o processo pedagógico do adolescente e por outro trazem dificuldades ao seu processo de èscolhà profissional Macedo 1998 Tais mudanças tem forçado uma decisão cada Vez mais prematura na vida do jovem sem dar a ele o tempo e os recursos necessários para que avance no processo de tomada de decisão A preocupação de orientar adequadamente os jovens nessa importante decisãò permeia atualmente o contexto escolar o qual tem oferecido recursos dentro de suas possibilidades na tentativa de atender tais necessidades dos estudantes Porém muitos dados sugerem que eles são insuficientes para auxiliar o jóvem a superar suas dificuldades com essa questão Chapman Katz 1983 A partir dessa constatação muitos programas extraescolares Lucchíari 1993 Carvalho 1995 Moura 2000 têm sido desenvolvidos com o objetivo de fomecer ao adolescente recursos apropriados à tomada de decisão profissional Tais programas assumem várias formas por partirem de diferen tes pressupostos teóricos porém até o momento o trabalho descrito neste livro parece ser pioneiro na conceítualização e operacionalização da Orientação Profissional dentro dos conhecimentos atuais da Análise 88 Cymhia Borges de Moura do Comportamento Alguns poucos estudos anteriçres foram conduzi dos com esta mesma preocupação a de sistematizar uma forma de atua ção nessa área coerente comos pressupostos comportamentais Azrin Besalel 1980 Moura Silveira 2002 Assim o programa descrito na segunda parte deste livro foi elaborado de forma a abarcar os aspectos citados pela literatura como relevantes à facilitação da escolha Lucchiari 1993 Seligman 1980 Levinson 1987 e também de forma a compor um processo de modelagem do repertório de tomada de decisão conforme os pressupostos da Análise do Comportamento Skinner 1974 1989 Azrin Besalel 1980 Catania 1999 Sua avaliação pareceu confirmar a hipótese de que a Análise do Comportamento pode contribuir significativamente com uma forma diretiva de abordar o problema da escolha profissional com procedimentos específicos de aprendizagem em tomada de decisão e também com o desenvolvimento de instrumentos de mensuração dos avanços dos sujeitos ao longo do processo de escolha profissional Por ser um estudo pioneiro na área com certeza vários aprimoramentos metodológicos poderão ser feitos em pesquisas futuras Porém a avaliação realizada permitiu identificar mesmo que de forma preliminar alguns procedimentos estratégias e comportamentos dos orientadores que são efetivos na produção de mudanças comportamentais facilitadoras da tomada de decisão Dessa forma a partir dos estudos realizados Moura 2000 foi possível delinear algumas considerações importantes à formulação de outros programas comportamentais de Orientação Profissional Com a identificação das respostas dos sujeitos à intervenção e da relação delas com os procedimentos implementados foi possível também compreender melhor o processo pelo qual a aprendizagem do complexo repertório de tomada de decisão podè ser promovida por meio de uma intervenção cuidadosamente programada Abaixo estão apresentadas as diretrizes que nortearam o pro grama proposto neste livro Ao formular ura programa comportamen tal em Orientação Profissional o Analista do Comportamento deve 1 Definir o problema e o repertório inicial dos orientandos e cm seguida especificar claramente os objetivos e procedimentos comportamentais assim como os passos da condução do processo Os problemas de decisão dos adolescentes podem variar bastantejissim como o reper tório inicia tanto com relação a aprendizagem anterior em tomada de decisão quanto as opções profissionais já Orientação Profissional Sol o Enfoque da Análise do Comportamento 89 consideradas até o momento Por essa razão o primeiro passo é a definição de quais são os problemas a serem tra balhados para em seguida proceder a seleção dos proce dimentos mais adequados à orientação 2 Descrever os comportamentos esperados em resposta aos procedimentos propostos para favorecer uma conduta mais direcionada porparte do orientador que poderá intervir com base numa discriminação mais acurada dos componentes do processo Isso facilita a observação da ocorrência dos com portamentos esperados e o reforçamento necessário à mode lagem dos repertóriosalvo da intervenção Ferster 1979 Kohlemberg Tsai 1987 3 Facilitar a identificação e a descrição verbal das variá veis familiares culturais e socioeconômicas ligadas às dificuldades de decisão por parte dos orientandos e sele cionar os arranjos necessários a discriminação de tais variáveis Aumentando a discriminação dos adolescentes em relação a tais controles aumentase também a proba bilidade de emissão de comportamentos relacionados à xanálise seleção de critérios próprios de escolha e o reper tório de enfrentamento da siíuaçãoproblema 4 Fornecer acesso a fontes de infoimaçao pessoal e profissio nal com o objetivo de fortalecer os comportamentos de explorar e selecionar os critérios sob os guais a escolha pro fissional deverá ser realizada A aquisição de informação sobre si mesmo tem valor reforçador condicionado por esta belecer os critérios sob os quais a aquisição de infonnação profissional provavelmente também terá efeito reforçador2 5 Promover a combinação das informações relevantes sobre o ambiente presente e passado por meio da descrição e análise da tomada de decisão em termos da história de aprendiza gem e do efeito dessa história sobre o controle de estímulo presente Levar o adolescente a relacionar sua aprendizagem passada com suas habilidades e interesses atuais pode criar 2 Segundo Fantino 1998 a redução dá incerteza gerada pela aquisição de in formações pode ser reforçadora por diminuir a aversividade incondicionada presumivelmente presente na condição dc incerteza Isso significa que na orientação a obtenção dc informação pessoal e profissional pode ser reforma dora porque as dicas verbais que a compõem permitem ao indivíduo rastrear com mais precisão as contingências que realmente estão envolvidas e mantêm relação direta c significativa com a resolução de seu problema decisão 90 Cymhin Borges de Maura um contexto significativo de aquisição e combinação de informações que fortaleçam os sentimentos de segurança quanto a tomada de decisão pela percepção de que sua voca ção veio sendo construída ao longo de sua história 6 Levar os orientandos a identificar seus padrões compor tamentais atuais e reforçadores que os man têm A discri minação de quais reforçadores atuais estão ligados a quais desempenhos profissionais pode remeter a escolhas que se mantenham ao longo do tempo em função da alta probabilidade de que exerçam efeitos reforçadores simi lares no futuro 7 Levar o orientando a entender a tomada de decisão como resultado de um processo de aprendizagem dé habilidades de resolução de problemas que não necessariamente coincide com o térm ino do processo de orientação Objeti vase com isso redimensionar os resultados esperados e os efeitos do programa tanto sobre a escolha presente quanto sobre outras que advirão da preparação e exercício profissional posterior A adoção dos pressupostos comportamentais na Orientação Profissional a diferencia de outros modelos desenvolvidos sob outros ènfoques teóricos Tais diferenças permeiam todo o processo e estão presentes desde a definição de objetivos e planejamento de estratégias até a forma de condução da intervenção pelos orientadores e pela avaliação dos resultados obtidos O delineamento e a avaliação de um modelo de intervenção em Orientação Profissional coerente com a postura teórica e os pressupostos behavioristas demonstra que a Análise do Comportamento pode dispor de um instrumental teóncoprátieo útil a essa área de conhecimento Assim esperase que o conteúdo deste livro possa servir como estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de instrumental próprio à atuaçao dos Analistas do Comportamento que tem se arriscado nessa tarefa A demonstração da efetividade da adoção do enfoque behavíorista na proposição e implementação de um programa de Orientação Profissional parece ser um passo promissor para a consolidação de uma nova forma de entender e atender a essa questão e da possibilidade de aproximar ambas as áreas na construção de objetivos e conhecimentos comuns Referências Azrin N H Flores T Kaplan S J 1975 Jobfinding club A groupassisted program for obtaining employment Behaviour Research Therapy 13 1121 A21Í0 N H Besalel V A 1980 Job club counselors manual A behavioral approach to vocational counseling Austin Pioed Betz N E 1994 Selfconcept theory in career development and counseling The Career Development Quarterl 43 3242 Biggers J S 1971 The use of information in vocational decisionmaking Vocational Guidance Quarterly 1 9 171176 Billups A Peterson G W 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Paulo Pa ulus Neiva K M C 1999 Escala de Maturidade para a Escolha Profissional EMEP São Paulo Vetor Nico y C 2001 O que é autocontrole tomada de decisão e solução de problemas na perspectiva de B F Skinner In H J Guilhardi Org Sobre comportamento e cognição Expondo a variabilidade vol 7 Santo André ESETec Editores Associados Oliveira M B L 1995 Programa de intervenção em orientação profissional com um grupo experimental DOXA Revista Paulista de Psicologia e Educação UNESP l 2 89108 Pelletier D BujoldC Noiseux G 1979 Desenvolvimento vocacional e crescimento pessoal Petrópolis Vozes Rappaport C R 1998 Escolhendo a profissão São Paulo Ática 94 Cynthia Borges de Morna Richman D R 1993 Cognitive career counseling A rationtemotive approach to career development Journal o f RatiónalEmoíive CogniiiveBehavior Therapy 11 2 91108 Roe A 1972 Psicologia de lasprofesiones Madri Marova Sampson J P Peterson G W Lenz J G Sc Reardon R C 1992 A cognitive approach to carrer services Translating concepts 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statements The Psychological Record 41 487506 Vyse S A Heltser R A 1994 Intermittent consequences and problem solving The gxperiemental controle of superstitious beliefs The Psychological Record 4 4 155169 Whitaker D 1997 Escolha da carreira e globalização São Paulo Modema Scvv W s 0 ftp Anexo 1 Instrumento de pré e pósintervenção Data Programa de Orientação Profissional Ficha de inscrição Nome Sexo Masc Fem Endereço Telefone Escolaridade Data de nascimento Idade 1 Você procurou este Programa de Orientação Profissional porque deseja escolher uma profissão Quantas profissões você está considerando Quais são elas NenÍhmia Apenas uma Duas Três Quatro ou mais 1a opção 2a opção 3a opção Outras 2 Em relação às características e exigências das carreiras que você mencionou e às atividades nelas realizadas você se considera Quanto à opção Níveis de informação Bem Informado Razoavelmente Informado Pouco Informado Sem Informação 1a opção 2a opção 3a opção 96 Cynthia Borges de Moura 3 Com relação à escolha profissional você Está com grande dificuldade para tomar a decisão 2 Está com dificuldade para tomar a decisão 3 Está indeciso 4 Já está quase decidido 5 Já fez sua escolha 4 Em relação à sua escolha profissional você se sente 1 Muito inseguro 2 Inseguro 3 Mais ou menos seguro 4 Seguro 5 Inteiramente seguro Anexo 2 Relato escrito O que me trouxe para o processo de Orientação Profissional Orioucação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Coiiipoilasnenco 97 Programa de Orientação Profissional Nome Data Faça um relato escrito sobre o tema 0 que me trouxe para o processo de Orientação Profissional jo que você pensava em ser quando criança o que seus pais querem que seja quais sao suas expectativas em relação à Orientação quais as dificuldades que está tendo para decidir e como espera resolvera situação de decisão 98 Cyiiiiia Borges tle Mou 44 Aiiexo 3 Escolha seu caminho Me conhecendo Conhecendo as profissões Mos livros Televisão eetc ASSIM Escolho minha Outras profissão wÔÍeÍh escolhas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 2 S í S S J p 99 Anexo 4 Exercício combinado de autoconhecimento Adaptado dc Lucchiari 1993 Guia Abril do Estudante 1999 1 Esse é ura exercício para auxiliálo na autodescoberta para aju dálo a identificar suas características pessoais e a perceber como você é como pessoa Leia atentamente cada uma das afirmações abaixo e distribua as alternativas no quadro da página seguinte Pense nas coisas que você gosta e não gosta de fazer selecione as que mais combinam com seu jeito dè ser e de fazer as coisas e as que menos combinam Ao final discutiremos que relação isso tem com sua escolha profissional OK Então mãos à obra 1 Estar no controle Liderar 24 Fazer coisas detalhadamente com mé todo 2 Correr riscos 25 Participar de ou organizar festas 3 Preocuparse com os outros 26 Manter as coisas em ordem 4 Ser acèito 27 Mudar a rotina 5 íyudar 28 Fazer eou receber surpresas 6 Usar a lógica 29 Ser prático e realista 7 Demonstrar carinho afeto 30 Colocar a mão na massa 8 Criticar pessoas 31 Inventar coisas 9 Representar dramatizar 32 Ter disciplina 10 Assumir responsabilidades pelos outros 33 Tomar decisões rápidas 11 Praticar atividades físicas 34 Ouvir 12 Trocar idéias discutir algum assunto 35 Usar a intuição 13 Superar obstáculos 36 Ser compreensivo 14 Apoiar os outros 37 Estar bem informado 15 Ser determinado 38 Falar em público 16 Cuidar da aparência 39 Fazer contatos 17 Estar em companhia de outras pessoas 40 Seguir rotinas 18 Valorizar a justiça 41 Ter bom gosto 19 Ser generoso 42 Manter proximidade corporal com as pessoas 20 Colecionar 43 Usar a imaginação 21 Experimentar 44 Encontrar soluções novas 22 Consolar as pessoas 45 Atender às necessidades dos outros 23 Auxiliar pessoas 46 Ser receptivo às pessoas 100 Cyathia Borges de Moura 47 Tomar iniciativas 61 Fazer as coisas do seu jeito 48 Manter o bom humor 62 Se aprofundar naquiío que faz 49 Ser sensível 63 Ser despreocupado 50 Analisar 64 Ter estabilidade na vida 51 Trabalhar sozinho 65 Aconselhar e orientar pessoas 52 Ser fisicamente ágil 66 Trabalhar de acordo com pianos 53 Fazer parte de um grupo 67 Produzir efeitos impressionantes 54 Resolver problemas 68 Ter interesse por ou seguir tradições 55 Usar equipamentos novas tecnologias 69 Mediar situações para resolver problemas 56 Conversar 70 Mostrar as coisas que tem ou faz 57 Competir 71 Ler 58 Ser notado 72 Estabelecer objetivos 59 Economizar 73 Ser brincalhão 60 Trabalhar com coisas concretas 74 Ter ousadia 2 Este espaço é para que você distribua as características acima conforme seu estilo pessoal Acrescente a qualquer um dos qua dros abaixo outras características eou atividades que você queira relacionar Gosto e faço Gosto e não faço Não gosto e faço Não gosto e não faço 3 Compare suas anotações com os aspectos trabalhados no grupo na sessão passada Monte o seu próprio perfil Indique as suas áreas de interesse e as profissões correspondentes pata pesquisa E nada de preguiça A tarefa agora é ler pesquisar perguntar se infoimar Orientação Profissional Sob o Galbque da Análise do Comportamento JOl Z Se Anexo 5 Quando você não scihe onde quer chegar todos os caminhos estão errados 102 Cynthia Borges de Moura V fa Svvc Anexo 6 De olho no seu potencial1 Humanas Este quadro foi elaborado para você unir suas aptidões com o que gosta e identificar as carreiras em que tem maior possibilidade de se realizar Nos círculos citrals estãorslaçlonadas certas habilidades básicas Nos círculos seguintes atividades características de determinadas profissões No fínaf da cadeia de circulas estão as carreiras que podem S6r a medida certa para você 1 Extraído do Guia Abril do Estudante 1998 Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 103 Humanas Biológicas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 105 Bioquímica Anexo 7 Relação de manuais e sites para pesquisa de profissões Lista de manuais GRECA S M G 1977 1988 Guia do Estudante do Paraná Caminhando para um escolha segura Curitiba Secretaria dá Cultura do Estado do Paraná GUIA ABRIL DO ESTUDANTE 1998 1999 2000200120022003 São Pauto Editora Abril GUIA DE PROFISSÕES UNESP Universidade Estadual Paulista 1997 1988 1999 São Paulo Fundação VUNESP ISTO É SEU FUTURO Roteiro do Vestibulando 19981999 São Paulo Grupo de Comunicação Três LEVENFUS RS 1997 Faça vestibular com seu filho Faça vestibular com seus pais Porto Alegre Artes Médicas PROFISSÃO Guia de Informação Profissional do Paraná 19992000 Curitiba Editora Gazeta do Povo WEIL P 1997 Sua vida seu futuro Petrópolis Vozes Lista de sites httpwwwguiadeprofissoesprofrnarcoshpgcombr httpwwworientesecom httpwwwgiiiaprohpgcombr httpwwwuolcombrguiadoestudante httpwwwqualprofissaocombr Orieníação Profissional Sob o Enfoque da Análise tio Comportamento 107 108 Cynihía Borges do Moura S5 Anexo 8 Roteiro para entrevista com profissioimis Adaptado de Vasconcellos Oliveira Carvalho 1976 Profissional entrevistado Tempo de formado Atividades que já exerceu Atividades que exerce atualmente 1 Histórico da Profissão 11 Como surgiu a profissão 12 Sofreu alguma mudança ao longo do tempo Quais 13 Posição atual e reconhecimento da profissão 2 Onde é desempenhada a atividade profissional 21 Onde o profissional desempenha suas atividades 22 O profissional pode trabalhar por conta própria ou não 23 O que é necesisário para trabalhar por conta própria 24 Como são as empresas as quais o profissional está ligado São públicas oü privadas 25 O profissional fica preso a uma só empresa ou a várias 3 Características das atividades desenvolvidas 310 que faz o profissional no exercício de suas atividades Quais são suas tarefas rotineiras 32 Aprofissâo lida com pessoas coisas ou idéias 33 0 profissional age livremente ou é supervisionado 34 O trabalho exige criatividade ou é rotineiro 4 Qualidades pessoais que a profissão requer 41 Exige características ou qualidades físicas especiais 42 Quais qualidades intelectuais a profissão exige 43 Quais características de personalidade são exigidas 44 Requer alguma outra qualidade ou habilidade especial 45 Que fatores pessoais costumam leyar ao fracasso ou desajustamento nessa profissão Orientação Proisiuiia Sob o Enfoque da Análise dü Componamtuilo 109 5 Estudos preparatórios exigidos 51 Onde existem cursos de formação para essa profissão 52 Existem cursos na cidade ou na região 53 Quais matérias estão incluídas no curso 54 Quantos anos são necessários 55 Em que condições econômicas podem ser feitos os estudos O aluno pode trabalhar durante o curso 56 O curso exige prática ou estágios fora da faculdade Onde podem ser feitos 57 São necessários estudos de especialização Por quê Onde são feitos 6 Condições de trabalho 61 Qual o horário comum de trabalho Quantas horas diárias são requeridas 62 Qual a intensidade do trabalho Ela varia ou é constante 63 Qual a duração do período de férias 64 Quais as características do local de trabalho ambiente físico e relações humanas 65 O exercício da profissão implica algum risco 66 Há pessoas sob a responsabilidade do profissional 67 O exercício profissional afeta a vida familiar e social 7 Oportunidades na profissão 71 Como é o mercado de trabalho Existe oportunidade igual para homens e mulheres 72 Tem sido fácil para os recémformados encontrarem trabalho 73 Quais as perspectivas futuras do mercado de trabalho 74 Quais as áreas do país onde o mercado é melhor 8 Salário e possibilidades econômicas 81 Qual a renda média desse profissional 82 Qual o salário inicial para os recémformados 83 Qual a faixa de variação dos salários nessa carreira 84 A carreira oferece possibilidades de promoção 85 Oferece estabilidade e segurança econômica para o futuro 110 Cynthia Borges de Moura 9 Prestígio social 91 O profissional é reconhecido e gozade prestigio social 92 Em relação a outras profissões qual é o staíus do profissional 10 Fontes de informação 101 Locais onde se possam obter informações gerais ou especi ficas sobre a profissão 102 Existem associações de classe onde se possa obter informa ções Orientação Profissional Sob o Enfoque da AnãJise do Comportamento 111 5 S Anexo 9 Abra seus horizontes çf 1 G Anexo 10 Instruções para a realização das entrevistas Pesquisar sobre a profissão de interesse deve ser unia atividade contínua O mundo está mudando rápido e as características das profissões também Não deixe de ler sobre a profissão de seu interesse assistir a reportagens conversar com profissionais saber o que é a profissão o que exige do profissional onde pode trabalhar quais são as áreas de atuação quanto ganha etc Aliás é isso que vamos fazer agora pesquisar mais perguntando tudo isso diretamente a um profissional que você vai escolher Então escolha alguém que trabalhe na profissão que Você está considerando pegue o roteiro que elaboramos para você escolha as perguntas mais pertinentes para sua profissão telefone marcando sua entrevista e converse com o profissional tire suas dúvidas conheça a rotina da profissão séus prós e seus contras etc Ah Não se esqueça de ser caradepau pergunte tudo não tenha vergonha anote os detalhes especule bastante se ele se dispôs a falar com você vá com tudo e aproveite a oportunidade Semana que vem vamos discutir sua entrevista Só não vale não fazer hein Um beijão e bom trabalho 112 Cyntlua Buiges de Moura Os orientadores Anexo 11 Exercício de análise de critérios de escolha Adaptado de Taylor 1997 Nome Data 1 A Tabela abaixo apresenta uma lista de valores pessoais consi derados relevantes para a escolha de uma profissão Reescreva na coluna ao lado os valores citados de acordo com o grau de importância que cada um deles assume em sua vida Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 113 Valores Ordem de importância Poder Autonomia 1 6 Segurança Trabalho interessante 2 7 Síatus Liberdade 3 8 Dinheiro Desafio 4 9 Criatividade Realização 5 10 Dobre 2 Agorano quadro abaixo reescreva os 05 primeiros valores que você ordenou acima e escreva o nome de suas 03 últimas opções profissionais Em seguida pontue a probabilidade de obter o respectivo valor dentro de cada uma das profissões seleciona das utilizando o seguinte código 1 Improvável 2 Provável 3 Muito provável Valores Profissões 1 2 3 4 5 Total Dobre 3 Some as colunas para obter o total para cada profissão Essa somatória indica a profissão que apresenta maior probabilidade de vir de encontro a seus critérios pessoais de escolha expectati vas e valores Lembrese entretanto de que esses resultados apenas indicam uma possibilidade a ser considerada dentro de todo o processo de escolha que você está aprendendo a fazer Anexo 12 Relato escrito Em que cresci com este grupo 114 Çyotiiia Borges de Moura Programa de Orientação Profissional Nome Data Faça um relato escrito sobre a proposição Em que cresci com este grupo eem que acho que ainda poderei crescer Orientação Profissional Sob o Enfoque da Anáiise do Comportamento 8 115 Anexo 13 Resumo final dos tópicos discutidos na intervenção Estamos terminando o Grupo de Orientação Profissional Você participou de um programa estruturado especialmente para ajudálo a superar às dificuldades e dúvidas próprias do momento de escolha de uma profissão Esperamos que os encontros realizados tenham ajudado você a encontrar seu caminho profissional e a ir em busca dele Sabemos de que tudo o que precisa ser discutido para se tomar uma decisão consciente e acertada não pode ser esgotado em apenas oito encontros mas acreditamos em que os tópicos selecionados tenham ajudado você a se conhecer melhor conhecer as diversas profissões e a tomar uma decisão com mais confiança Bom o grupo acabou mas sua tarefa não Você ainda vai topar com muitas outras escolhas envolvendo a profissão Portanto lembrese dp que discutimos no grupo 1 Analisese olhe para você mesmo e perguntese Eu gosto disso Isso me interessa Tenho habilidade para isso Posso desenvolver essa capacidade Quero realmente fazer isso Isso me fará feliz Estou disposto a enfrentar as dificuldades que viião 2 Levante as alternativas selecione todas as opções que você tem3 mesmo aquelas menos preferidas Considere todas as possibilidades antes de se decidir por uma delas 3 Avalie conseqüências pense em cada alternativa confron tandoas com aquilo que é mais importante e tem mais valor para você Pondere as vantagens e desvantagens atuais e futuras de cada alternativa eliminando as menos atrativas 4 Tome uma decisão e seja corajoso assuma sua escolha Não deixe de escolher algo que é importante para você só porque parece difícil ou complicado Sonhe com os pés no chão e lute pelo que você acredita Um beijão nosso para você Os Orientadores J16 Cynrhia Borues cie Moura í i j íO H L ÇcT 5 oft e Anexo 14 1SC Inventário de Satisfação do Consumidor Programa de Orientação Profissional Nome Por favor para cada questão circule a resposta que melhor expresse sua opinião ou sentimento sobre o assunto 1 Sinto que o Programa de Orientação Profissional me possibili tou perceber características e possibilidades pessoais habilida des aptidões interesses etc que eu desconhecia 1 Nenhuma 2 Poucas 3 Algumas 4 Várias 5 Muitos 2 Sinto que o Programa de Orientação Profissional me possibili tou conhecer possibilidades profissionais cursos áreas de atua ção etc que antes eu desconhecia 1 Nenhuma 2 Poucas 3 Algumas 4 Várias 5 Muitas 3 A Orientação Profissional me ajudou a superar obstáculos que dificultavam minha decisão contínuffoôm 2 SuPercl 3 Superei 4 Superei 5 Superei n poucos alguns vanos muitos dificuldades obstáculos obstáculos obstáculos obstáculos 4 Em relação a minha escolha profissional avalio o auxílio rece bido no grupo de Orientação Profissional como 1 Muito fraco 2 Fraco 3 Adequado 4 Bom 5 Muito bom Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 117 5 Com respeito a confiança na minha habilidade de fazer escolhas agora sinto que estou 1 Menos 2 Igual m Melhor 4 Bem 5Muito confiante antes melhor melhor 6 Cora respeito ao progresso que fiz ern relação a escolher uma profissão agora sinto que estou tPior 2 Igual 3 Melhor 4 Bem 5 Muito que antes antes v melhor melhor 7 Sinto que o tipo de atendimento usado no Grupo para me orientar quanto a minha escolha profissional foi 1 Muito fraco 2 Fraco 3 Adequado 4 Bom 8 Minha opinião geral sobre o Programa m Detestei 2 Não 3 Sintome m Gostei 5 Gostei uetesrei g0Stei neutro w w s r e i muitQ 9 Meu sentimento geral sobre meu aproveitamento no Programa é lN 2o 2 Poderia 3w moveitei MAurowjitei 5 Aproveitei aproveitei o ter aproveita iUn o maxirao quanto poderia domais suBcieote bem qwpwSfí S 5 1 t vç Anexo 15 Questionário de avaliação do programa 118 Cyutliia Borss dc Moum 1 Nos encontros do grupo de Orientação Profissional do que você mais gostou E do que menos gostou 2 Assinale a resposta que melhor expressa o quanto cada atividade exercício ou situação realizadas no grupo foram na contribuição para sua decisão profissional a Relato escrito sobre sua dificuldade de decisão profissional e discussão em grupo Sessão 1 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais b Exercício gosto efaço Análise de características pessoais habilidades e interesses Sessão 2 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais c Cartaz agrupamento das profissões segundo características dos profissionais que as exercem Sessão3 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais Orientação Profissional Sob o Enfoque di Análise do Comportamento 119 d Pesquisa sobre profissões de interesse em manuais guias e artigos Sessão 4 e 5 0 Não participei 3 Suficicntc 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais e Realização e dramatização da entrevista com profissionais da área de interesse Sessão 6 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase Dada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais f Realização do exercício de análise de critérios de escolha Sessão 7 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais g Análise escrita sobre o processo de tomada de decisão proporcionado pelo grupo Sessão 8 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais 3 Como você avalia sua participação no grupo Que coisas você acha que atrapalharam sua participação ou contribuíram para diminuir a sua participação no grupo 4 O que você achou de ter tido duas sessões de pesquisa sobre as profissões 120 Çynthia Borges dc Moura 5 Como foi paia você receber a tareia de fazer uifia entrevista com um profissional do seu interesse 6 Como você avalia o desempenho das coordenadoras Em que você acha que elas ajudaram no seu processo de escolha profis sional Quais foram os pontos positivos e negativos 7 Você tem sugestões do que poderia ser mudadoalterado para melhorar a qualidade e a participação nos grupos de Orientação Profissional 8 Na sua opinião a duração do grupo 08 sessões 2 meses foi 1 Muito curta 2 Curtatempo foi Insuficiente 3 SuficienteAdequado 4 Demorado 5 Muito demorado 9 Valeu a pena ter participado desse grupo de Orientação Profis sional Por quê
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Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento Cynthia Borges Orientar apresentar um rumo mostrar o caminho Escolher a profissão rumo incerto vários caminhos Essa é a condição que encontramos ao orientar adolescentes na escolha de uma profissão inúmeras opções várias opiniões muitas dúvidas nenhuma resposta E então o que fazer Este livro pretende lançar um novo olhar spbre essa questão Como ensinar os jovens a fazer escolhas De que fbrma orientar na cada vez mais árdua tarefa de escolher uma profissão Quais os fundamentos de nossa prática como orientadores Que resultados podemos esperar de uma orientação bem planejada e estruturada Questões como essas quase sempre nos ocorrem quando temos tal tarefa em mãos Principalmente quando nos pesa a responsabilidade de orientar frente às grandes transformações que se configuram atualmente no mundo profissional Novas possibilidades de compreensão e de intervenção na área de Orientação Profissional podem se abrir para você orientador com a leitura desse livro No mínimo uma nova perspectiva de encarar e discutir a questão Orientar na prática pode ser um grande desafio mas também um grande prazer Quando se sabe o que fazer porque para quê e para quem o orientador está firme o suficiente em suas bases para expandir seu auxílio seguro o suficiente para criar inovar e junto dos seus orientandos encontrar novos rumos para sua própria atuação profissional Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento Cynthia Borges de Moura A Minen É O I T O f t A DIKBTORGERAL Wihn Mazalla Jr COORDENAÇÃO EDITORIAL Willian F Might on COORDENAÇÃO DE REVISÃO Roberto P Gumes REVISÃO DE TEXTOS Carolina Moreira Felicori EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Mariseima Queiroz REVISÃO DE FILMES Antonia S Pereira CAPA Fabio Cyrino Moríari Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP Câmara Brasileira do Livro SP Brasil Moura Cynthia Borges de Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento Cynthia Borges de Moura Cnuipinas SP Editora Alinca 2004 Bibliografia 1 Comportamento Análise 2 Escolha de profissão 3 Orientação vocacional I Título 041852 CDD1586 índices para Catálogo Sistemático 1 Orientação profissional Análise do comportamento Psicologia aplicada 1586 ISBN 8575160907 Todos os direitos reservndo à Editora Alínea Rua Tiradentes 1053 Guanabara CanjpinasSP CEP 13023I91 PABX 19 3232340 c 32322319 wwwiloniOíilineacomhr Impresso no Brasil A minha pequena Laís que com siia aCegria cfe viver tornou minha vida muito mais gostosa Sumário Prefácio 7 Apresentação 9 Capítulo 1 Orientação Vocacional e Profissional Evolução e Tendências Atuais11 Breve histórico da Orientação Profissional11 Principais correntes teóricas13 Conceituação da Orientação P ro fissio n al19 Capítulo 2 Escolha Profissional Análise dos Fatores Pessoais e Profissionais 21 A situação de escolha 21 0 au tocouhecimento e a escolha profissional23 Conhecimento da realidade profissional25 O uso de testes em Orientação Profissional27 Capítulo 3 Orientação Profissional na Análise do Comportamento uma Possibilidade em Perspectiva31 Uma compreensão behaviorista de vocação 31 O comportamento de tomar uma decisão 33 O comportamento verbal na Orientação Profissional 36 À Orientação Profissional sob o enfoque comportaraental40 Capítulo 4 Avaliação de um Programa Cqniportamental de Orientação Profissional45 A pesquisa objetivos e metodologia 46 Resultados Ha avaliação pré e pósorientação49 Resultadosda satisfação do consumidor e da avaliação do programa50 Conclusões do estudo 54 Capítulo 5 Orientação Profissional na Análise do Comportamento PrograrnaModelo para Atendimento em Grupo57 Sessão individual préorientação 59 Ia Sessão Definindo o problema de escolha 60 2a Sessão Conhecendose para escolher64 3a Sessão Relacionando características e profissões67 4a e 5a Sessões Investigando profissões 71 6a Sessão Olhando as profissões por outra perspectiva 76 7a Sessão Selecionando critérios de decisão 79 8a Sessão Analisando o futuro diante da escolha presente82 Sessão indi vidual pósori entaç ão 85 Capítulo 6 Considerações sobre a Formulação de Programas Comportamentais de Orientação Profissional 87 Referências91 Anexos95 Prefácio Sintome privilegiada de ter assistido de perto ao nascimento deste trabalho desde a concepção da idéia em 1998 quando Cynthia ingressou no mestrado na Pontifícia Universidade Católica de Campinas passando pela defesa de sua dissertação sob minha orientação em 2000 até a primeira versão deste livro que prefaciei em 2001 quando um primeiro esforço de compreender e fazer Orientação Profissional dentro do modelo teórico da Análise do Comportamento se concretizava Portanto é para mim ura prazer prefaciar esta nova edição Em primeiro lugar pela originalidade do tema em segundo pelo esforço teórico de que se reveste este trabalho e em terceiro por constatar que o trabalho cresceu tomou novos contornos e avançou quanto às contribuições práticas e científicas a esta área de atuação Lembrome de que uma das primeiras questões formuladas à autora foi sobre quais seriam as características de seu trabalho que o diferenciaria de outras práticas tradicionais de Orientação Profissional o situaria dentro dos parâmetros teóricos da Análise do Comportamento Os esforços de análise dos comportamentos descritos como tomada de decisão foram muitos e vejo com satisfação que o conceito arduamente definido pôde agora ser melhor operacionalizado principalmente na prática que dele se deriva Enfatizo esse aspecto pois naquela época mesmo na literatura internacional poucos estudos que pudessem subsidiar esses esforços foram encontrados E à autora foi necessário além de sua experiência anterior em orientação vocacional muita criatividade e boa formação teórica para que ura modelo pudesse ser proposto c avaliado E agora uni programa reformulado e reavaliado nos é apresentado o que com certeza nos fornecerá um novo e atualizado instrumental de trabalho Esse livro é para mim o resultado de um trabalho conjunto que envolveu muito mais do que o pesquisar sobre um tema Envolveu acreditar numa idéia arriscarse numa nova possibilidade e olhar para o objeto de estudo de forma original curiosa inovadora Características essas indispensáveis ao pesquisador que pretende contribuir de foima significativa para o desenvolvimento da ciência Acompanhei todo esse trabalho o qual foi muito bem feito Trabalho que se expandiu cresceu e frutificou O resultado agora toma a fornia de um novo livro reformulado e atualizado que passa a estar disponível a outros profissionais e pesquisadores que terão oportunidade de ter em mãos um programa original bem delineado e testado dentro dos parâmetros científicos e do modelo da Análise do Comportamento que segundo a própria autora não deixa de ser um trabalho audacioso más é sem dúvida um grande passo num caminho desafiador e promissor Dra Vera Lucia Adami Raposo âo Amãral Pontifícia Universidade Católica de Campinas Apresentação A princípio pode parecer estranho falar de Orientação Profissional em Análise do Comportamento Mas é isso mesmo A experiênciade prática e depçsqüisá tem mostrado qiie a Orientação Profissional pode ser entendida também por meio da perspectiva comportamental e que essa abordagem teórica tem muito a oferecer a essa área de atuação Considerando os avanços teóricos e aplicados que a Análise do Comportamento tem alcançado nos últimos anos tanto no que se refere a construção do conhecimento quanto à sua aplicabilidade a diferentes contextos parece óbvio que tal modelo teórico possa perfeitamente se adequar às necessidades de intervenção que essa problemática requer Talvez o termo Vocação por sua conotação tradicionalmente mentalista tenha afastado os analistas do comportamento do estudo e do envolvimento com a produção de conhecimento útil nessa área Porém nos conhecimentos da Análise do Comportamento dádo seu caráter funcionalista cbntéxtuálista e diretivo pode fornecer contribuições importantes no que diz respeito ao desenvolvimento de uma intervenção focalizada especificamente na aprendizagem das respostas necessárias a resolução do problema de escolha profissional A idéia de desenvolver esse trabalho nasceu no transcurso de minha atividade docente no curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina Algumas tentativas práticas deram origem aos questionamentos que produziram minha pesquisa de mestrado cujos resultados contribuíram para a realização de um novo estudo que levou ao aprimoramento do modelo de intervenção proposto A primeira versão deste livro publicada pela Editora da UEL em 2001 foi muito bem aceita pela comunidade acadêmica e profissional e rapidamente teve sua edição esgotada Ao preparar esta edição decidi incluir minhas novas copsideraçoes teóricas sobre o assunto e também substituir o programa apresentado pelo modelo aprimorado Assim o terceiro capítulo foi reformulado e o quarto capítulo apresenta os resultados da última pesquisa que avaliou o modelo de intervenção comportamental de Orientação Profissional apresentado no quinto capítulo1 Gostaria ainda de agradecer às minhas assistentes de pesquisa Ana Claudia Paranzini Sampaio Fabiana Fernandes Kelly Regina Gemelli Ligia Deise Rodrigues Luciana Augusta Paiva Negrão Lucímara Frasson Mirtes Viviani Menezes e Viviane Tramontina que com dedicação e responsabilidade colaboraram em diferentes momentos com o desenvolvimento desse trabalho Ao convidar você à leitura deste livro desejo que ele o instigue a ir além pois o modelo aqui exposto é apenas uma forma de atuar em Orientação Profissional Muita coisa ainda está sendo pensada estudada elaborada e acredito que existem outras possibilidades de atuação tão ou mais efetivas do que a proposta aqui apresentada Ao compartilhar minhas idéias procedimentos e resultados estou tentando aprimorar minha vocação de professora e pesquisadora a de construir o conhecimento e aprender com o que se faz Convido você que se interessou em conhecer essa possibilidade e tem vocação para enfrentar desafios a contribuir com a integração da Análise do Comportamento à Orientação Profissional A autora 1 O leitor interessado em conhecer a primeira versão do ptogrnroa poderá consultai Moura 2000 2001 apítulo 1 Orientação Vocacional e Profissional Evolução e Tendências Atuais Breve histórico da Orientação Profissional O trabalho é um aspecto de grande importância na vida das pessoas Anderson 1982 apud Levinson 1987 estimou que durante o curso de 45 anos de trabalho uma pessoa pode gastar 94 mil horas em seu emprego O vasto investimento de tempo e energia no trabalho tem levado muitos autores Super 1957 Levinson 1987 a sugerir sua influência no desenvolvimento social e pessoal dos indivíduos Pesquisas tem sugerido por exemplo que o autoconceito de uma pessoa está intimamente relacionado ao seu desempenho e satisfação no trabalho Dore Meacham 1983 A despeito disso a possibilidade de escolher uma profissão é uma opção relativamente recente Durante muitos séculos a ocupação de um indivíduo era determinada pela camada social ou pela família a qual ele pertencia O nível social e o campo ocupacxonal de uma pessoa eram determinados pelo seu nascimento sendo o aprendizado de tarefas realizado dentro das famílias uma vez que os pais ensinavam seus oficios aos filhos Carvalho 1995 Whitaker 1997 Essa restrição quase imposta pelo contexto à escolha da profissão não era vista propriamente como um problema uma vez que não existia muita diversificação dos ofícios que poderiam ser exercidos 12 CysilUit Borges de Moura O aumento significativo dos processos de industrialização e de intercâmbio comercial observados no finai do Século XIX criaram formas distintas de trabalho e novos ofícios começaram a surgir Assim a nova realidade sócioeconômica passou a oferecer a possibilidade de se escolher entre as alternativas ocupacionais que estavam emergindo Neiva 1995 Conseqüentemente surgiu também a necessidade de que os indivíduos fossem orientados quanto às escolhas que tinham a oportunidade de fazer Para cumprir essa tarefa nasceu em 1902 a psicologia vocacional com a instalação do primeiro centro de Orientação Profissional era Munique Segundo Gemelli 1963 esse centro tinha como objetivo principal identificar os indivíduos desprovidos de capacidade para executar determinadas tarefas visando minimizar acidentes de trabalho Percebese que a preocupação estava mais voltada nesse momento às atividades a serem desempenhadas do que às necessidades e capacidades dos trabalhadores Porém já se começava a realização de atividades1 institucionais voltadas às necessidades sociais e pessoais dos indivíduos com relação à profissão Segundo Dean e Meadows 1995 somente após a Segunda Guerra Mundial é que os programas de Orientação Profissional tomaram forma entraram em um período de rápida expansão ampliaram seu alcance e atingiram seu staíus atual Tais programas começaram a surgir estimulados pelo desenvolvimento da Psicologia Industrial e Pessoal durante o período subseqüente a Primeira Guerra pelo desenvolvimento de procedimentos e instrumentos psicométricos e pelas mudanças na filosofia educacional da época Neiva 1995 As mudanças educacionais estimularam a informação e a Orientação Profissional dentro desses novos programas e a preocupação com o trabalho valorizou o aprimoramento das técnicas de seleção profissional Assim á Orientação Profissional no mundo vem se desenvol vendo desde o início do século por meio do trabalho de psicólogos preocupados em orientar as pessoas para melhores oportunidades de trabalho inicialmente nas fábricas e posteriormente tias escolas e cursos profissionalizantes Desde adécada de 1960 esses profissionais estão organizados na AIOSP Associação Internacional de Orientadores Escolares e Profissionais tendo como membros principalmente profissionais Orientação Profissional Sob o Enlbque da Analiso do Comportamento 13 de países da Europa Estados Unidos e Canadá De acordo com Lucchiari 1999 no Brasil desde 1993 existe a ABOP Associação Brasileira de Orientadores Profissionais cujo objetivo é organizar e promover o desenvolvimento científico e metodológico da Orientação Profissional no país Principais correntes teóricas Segundo Neiva 1995 com a consolidação da necessidade social de adaptação do homem a novas demandas de trabalho surgiram muitas teorias tentando circuuscrever a questão vocacional e propor modelos úteis de Orientação Profissional Segundo essa autora podese dividir a história da psicologia vocacional em duas partes que se slicederam em períodos históricos distintos ao longo da evolução do conhecimento è da prática na área O primeiro período dg 1900 a 1950 foi dominado pela Psicometria e pela idéia de colocar o homem certo no lugar certo O objetivo era acoplar as habilidades dos indivíduos às oportunidades profissionais Dessa forma muitos testes foram desenvolvidos para medir rigorosamente aptidões e interesses e determinar a escolha mais conveniente para o sujeito Segundo Carvalho 1995üürante esse período a Orientação Profissional foi praticamente lima modalidade dé Psicologia do Trabalho pois as técnicas empregadas visavam prioritariamente melhor produtividade profissional principalmente nas indústrias O segundo período de 1950 até a atualidade foi marcado pela crescente insatisfação e conseqüente superação dos métodos psicométricos As baterias rígidas de testes começaram a ser consideradas insuficientes para fazer frente ao problema da adaptação do homem aos processos de trabalho cada vez mais complexos e os fatores afetivos e sociais do comportamento do trabalhador assumiram maior importância Segundo Carvalho 1995 nessa fase a posição de encontrar um diagnóstico e fornecer conselhos foi substituída pelo auxílio ao autoeonhecimento e uma tomada consciente de posições e escolhas Assim a partir de 1950 surgiram várias teorias propondo novas interpretações ao problema da escolha profissional tentando circunscrever um novo movimento de Orientação Profissional 14 Cynthia Borges de Moura independente da Psicologia do Trabalho e da Psjcologia Educacional Partindo desse novo posicionamento da Orientação Profissional como campo psicológico de pesquisa e atuação surgiram vários posições teóricas com diferentes atuações práticas as quais podem ser agrupadas em três correntes teóricas principais a Psicodinâmica a Decisional e a Desenvolvimental cujos principais pressupostos serão resumidamente apresentados a seguir Teorias psicodinâmicas Para as teprias psicodinâmicas o fator mais significativo da escolha profissional está associado ao aspecto motivacional ou seja ao que impulsiona o indivíduo a comportarse de determinada maneira e conseqüentemente a escolher uma determinada ocupação A escolha profissional é vista como uma expressão concreta da personalidade Carvalho 1995 Os mecanismos de defesa do ego tais como a sublimação a compensação e a identificação são elementos teóricos centrais para o entendimento das escolhas profissionais Segundo Neiva 1995 esse grupo se subdivide em três linhas de pensamento a as teorias psicanalíticasem geral consideram que toda ati vidade ou vocação é uma forma de sublimação dos instintos e tendências do indivíduo os quais são direcionados para objetivos altruístas eou materiais Outro grupo de teóricos psicanalistas explicam a escolha vocaciona pelo conceito de reparação segundo o qual as vocações expressam respos tas do ego diante dos objetos internos danificados que exi gem ser reparados Segundo Bohoslavsky 1977 é pela profissão escolhida que o indivíduo é capaz de recriar uni objeto interno bom que foi destruído ou danificado b o segundo grupo de teorias psicodinâmicas é represen tado por Roe 1972 que defende a idéia de que ás primeiras experiências da criança no seio da família satisfação e frustração de necessidades básicas modelam o estilo que o indivíduo escolhe parai satisfazer suas necessidades ao longo da vida determinando seus objetivos e preferências vocacionais À autora afirma que o modo e o grau de satis fação de tais necessidades tomamse fortes motivadores S que junto com suas expenencias interpessoais pode gerar diferentes interesses profissionais Orientação Profissional Suh o Enfoque da Análise do Comportamento 15 c nò terceiro grupo encontrase Holland 1971 que consi dera que as pessoas podem ser distribuídas em seis tipos diferentes realista intelectual social convencional empreendedor e artístico Esse autor assume uma posição mais interacionista Para ele cada tipo é produto da inte ração entre características herdadas e a influência de fato res sociais Também classifica o ambiente em seis tipos idênticos os quais utiliza para classificar as pessoas expli cando a conduta vocacional a partir da interação entre o padrão de personalidade e o tipo de ambiente em que a pes soa está inserida Corrente decisional A corrente decisional contribui para a compreensão do problema da escolha vocacional propondo um esquema de decisão seqüencial em que uma série de decisões intermediárias leva a uma decisão final No decorrer do processo de decisão o indivíduo levanta alternativas avalia as possibilidades que lhe são oferecidas as conseqüências das várias decisões possíveis e a probabilidade de que essas conseqüências ocorram Essa linha teórica parte do pressuposto de que avaliandtíó conjunto das píõvávéis decisões consideradas ao longo do processo o indivíduo estará em melhor condição de tomar uma decisão com base em critnOS concretos de escolha Hiiton 1959 considera a chsèonâitcia cognitiva como a variável principal do processo de decisão e admite que o esforço para reduzila precede e facilita a tomada de decisão Segundo esse autor a dissonância cognitiva é ura conceito psicológico que exprime a idéia de que a pessoa sempre tende a adaptar um novo conhecimento dentro de um quadro de referências já conhecido de modo anão conflitar com ele Essa dissonância pode ser provocada por diversos fatores como a percepção de distintas possibilidades e as pressões sociais que a impedem de adiar a decisão Hershenson e Roth 1966 postulam que a escolha ocupacional é determinada por duas tendências a progressiva eliminação de alternativas e o reforçamento da análise das alternativas não excluídas Assim segundo esses autores a medida que o indivíduo vai limitando o numero de opções consideradas seu nível de incerteza diminui e a 16 Cyuchia Borges de Moura probabilidade de escolha acertada dentre um número reduzido de opções tende a ser maior Dentro desse modelo um outro autor Gati 1986 propõe um modelo de escolha profissional denominado abordagem de eliminação seqüencial Segundo essa abordagem o indivíduo deve fazer uma série de seleções de opções ocupací onais até que o conjunto das opções potenciais limitese a uma ou poucas opções Os critérios de seleção ou de corte são baseados em dimensões dc valor eleitas pelo próprio indivíduo Gati 1986 afirma que a escolha profissional envolve o investimento de recursos pessoais e socioeconômicos que leva a resultados particulares com utilidade e probabilidade única para cada indivíduo Ele afirma que os problemas de decisão podem ser divididos basicamente em dois tipos a decisões baseadas em preferências incertas nas quais a incerteza diz respeito ao próprio estado de espírito do indivíduo em relação a importância dos valores ocupacio nais isto é decisões são tomadas com base em critérios espúrios e momentâneos sem relação com uma análise criteriosa de variáveis pessoais e profissionais b decisões baseadas em conhecimentos incompletos acom panhados pela incerteza em relação ao futuro isto é indiví duo decide com base em pouca informação usando como justificativa o pouco controle sobre eventos futuros A abordagem de eliminação seqüencial proposta por esse autor postula que o processo te orientação deve fornecer procedimentos sistemáticos de busca de alternativas que possam auxiliar o indivíduo a identificar um pequeno subconjunto de ocupações Apenas quando esse subconjunto for identificado é que o indivíduo estará em condição de explorar tais alternativas em profundidade e buscar informações ocupacionais detalhadas que orientem sua decisão Corrente desenvolvimental Segundo essa corrente a escolha profissional é considerada um processo de desenvolvimento que se inicia na infância passa por vários estágios e se estende por um longo período da vida Duranrc esses estágios o indivíduo vai fazendo uma série de compromissos Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 17 entre suas necessidades e as oportunidades oferecidas pela realidade social em que vive Segundo Ne iva 1995 a corrente desenvolvi mental enfatiza a importância daformação e realização do conceito de si mesmo Acreditase que o autoconceito de uma pessoa influen cia suas aquisições e contribui para a escolha profissional e a satisfa ção no trabalho Super 19531962 também adepto dessa corrente divide o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas 1 crescimento infancia 2 exploração adolescência 3 estabelecimento idade adulta 4 permanência maturidade 5 declínio velhice Para ele esse processo ocorre graças a cinco tarefas que facilitam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos específicos a cristalização formulação de idéias sobre as preferências ocupacionais b especificação tomada de uma decisão específica c implementação início da vida profissional d estabilização na área de trabalho escolhida e consolidação da experiência profissional Ele enfatiza a possibilidade de guiar esse desenvolvimento vo cacional facilitando a aprendizagem das tarefas desenvolvimentistas Pelletier Bujold e Noiseux 1979 propõem ura modelo de ativação do desenvolvimento vocacional Consideram quatro tarefas desenvolvhnentais exploração cristalização especificação e realização Cada tarefa é subdividida em várias subtarefas que seguem uma ordem estabelecida Cada sublarefa compreende objetivos que o indivíduo deve alcançar e exigem certas habilidades intelectuais e atitudes cognitivas a a tarefa de exploração leva o indivíduo a ampliar seus conhecimentos sobre si mesmo e sobre o ambiente que o rodeia 18 Cyiuliki Borges de Moura b a tarefa de cristalização permite ordenar organizar a infor mação obtida sobre si mesmo e sobre o mundo pro fissional eliminar certas opções restringir o campo de preferências chegando a uma preferência profissional provisória c a tarefa de especificação leva o indivíduo a converter sua preferência provisória em definitiva Ele conhece mais pro fundamente a ocupação objeto de sua preferencia e define melhor seus planos para a realização de seus interesses Nessa tarefa o indivíduo confronta seus projetos com fato res como seus limites pessoais seu histórico escolar sua situação socioeconômica entre outros aspectos d a tarefa de realização permite que o indi víduo materialize o projeto profissional escolhido iniciando os estudos na área ou buscando emprego na ocupação escolhida O cumprimento dessas tarefas e o conseqüente desenvolvi mento das habilidade intelectuais e atitudes cognitivas requeridas permite que o indivíduo avance em seu processo de desenvolvi mento vocacional O modelo de ativação do desenvolvimento voca ciònal Pelletier Bujold Noiseux 1979 propõe atividades e experiências para o desenvolvimento de cada subtarefa as quais podem fazer parte do currículo de formação educacional ao longo da vida acadêmica do indivíduo Com relação a essas correntes teóricas é importante ressaltar que na revisão de literatura nacional e internacional a respeito das produções na área por autores dessas correntes não se encontrou referências sobre pesquisas de avaliação de programas de orientação como as propostas neste trabalho Algumas pesquisas principalmente na abordagem decisional avaliam efeitos de procedimentos específicos como a informação sobre a tomada de decisão Gati Tikotzki 1989 Luzzo Luna James 1996 Outros autores ainda apresentam programas avaliados por meio dos resultados subjetivos obtidos a partir da experiência individual dos participantes Soares 1987 Oliveira 1995 Carvalho 1995 Tais estudos são interessantes por apontarem questões relevantes ao avanço da intervenção na área não fornecendo porém dados quantitati vos que possam ser usados comparativamente em pesquisas futuras Orientação Profissional Sob o Enfoque da Amilise cio Comportamento L9 Conceituação da Orientação Profissional Independente da linha teórica assumida parece existir um consenso sobre a conceituação da Orientação Profissional CaryâJho 1995 apresenta a Orientação Profissional como o processo de fazer o indivíduo descobrir e usar suas habilidades naturais e conhecer as fontes de treinamento disponíveis a fim de que consiga alcançar resultados que tragam o máximo proveito para si e para a sociedade Segundo essa autora essa definição não é nova Claparède 1922 apresentou definição semelhante e tal conceituação tem sido corroborada pelo Occupationcil Information and Guidance Service o f the U S Office of Education o que mantém sua atualidade Esse conceito veio ampliar a análise do indivíduo estendendo a orientação para diferentes áreas de sua vida de acordo com ã natureza do problema focali2ado Tendo se desvinculado da Psicologia Educacional e do Trabalho a Orientação Profissjoiial passou a assurnir como objetivo auxiliar os indivíduos tantp na situação de primeira escolha profissional quanto na reescolha ou na readaptação a novas profissões Isso significou um avanço da concepção psicométrica para uma concepção mais ampla menos voltada aos problemas ocupacionais e mais sensível às necessidades das pessoas Essa nova concepção ficou conhecida como mòdalidade clínica de Orientação Profissional tendo nascido principalmente da influência dos trabalhos de Rogers em psicoterapia mas foi por intermédio de Bohoslavsky 1997 que ela se fortaleceu e alcançou maior expressão Segundo esse autor nas formas que ele reúne sob a denominação de modalidade estatística o jovem é assistido por um psicólogo que por meio de testes conhece suas aptidões e interesses e procura encontrar entre as oportunidades existentes aquelas que mais se ajustam às possibilidades e gostos do futuro profissional Na modalidade clínica o jovem b apoiado no seu processo pessoal de compreensão de sua situação para que possa assim chegar a uma decisão pessoal responsável sobre a escolha de uma carreira ou de um trabalho Lucchiari 1993 a firma que a tarefa da Orientação Profissional é facilitar a escolha ao jovem auxiliandoo na compreensão de sua situação de vida incluídos aspectos pessoais familiares e sociais Segundo essa autora é a partir dessa compreensão que ele terá mais 20 Cynrhia Borges de Moura condições de definir qual a melhor escolha ou seja qual a escolha possível dado seu projeto e suas condições de vida Dadas essas considerações é importante ressaltar que o termo orientação vocacional tem sido atualmente substituído pplo termo orientação profissional numa tentativa de evidenciar um novo posicionamento ético e filosófico da área Lucchiari 1993 O termo Vocacional supõe que exista uma vocação a ser descoberta por alguém capacitado suposição já superada pela concepção atual do homem como um ser livre para escolher Liberdade esta entendida dentro de uma situação específica de vida que por si só configurase como um limite a ser descoberto e ao mesmo tempo ampliado Segundo Lucchiari 1993 Orientação Profissional parece ser um termo mais adequado à medida que remete a escolha à análise das opções disponíveis dentro situações concretas e reais que num dado momento da vida serão mais adequadas ao indivíduo e que em última instância caberá somente a ele decidir embora ainda existam restrições por parte de alguns autores à utilização desse termo apítulo 2 Escolha Profissional Análise dos Fatores Pessoais e Profissionais A situação de escolha A dificuldade na escolha profissional não é üin problema exclusivo da adolescência Problemas com decisões profissionais e mudança de carreira são relativamente comuns ao longo da trajetória de vida dos indivíduos Whitaker 1997 Talvez essas dificuldades sejam mais salientes nessa fase porque é nela que o jovem se depara pela primeira vez com a necessidade de escolher um eurso de preparação profissional ou mesmo de iniciarse no mercado de trabalho O momento de escolha de uma profissão é com certeza um momento de muito conflito para o adolescente Além de enfrentar as dificuldades próprias da adolescência tendo que administrar muitas mudanças corporais psicológicas e sociais que começam a ocorrer o adolescente se confronta ainda com mais esta questão a decisão profissional Toda decisão envolve uma certa dificuldade porque implica escolhas Decidirse por uma profissão parece mais complicado porque existem muitas alternativas ocupacionais a serem consideradas Segundo Gati Shenhav e Givon 1993 a alternativa a ser escolhida depende das preferencias de quem decide e dc vários Cynthw Borges de Moura outros fatores ou critérios que permitem uma avaliação comparativa i das opções mais viáveis Quando quem decide é um adolescente essa escolha gera mais conflito em função não apenas das dificuldades próprias dessa fase mas também pelas sérias implicações que a decisão presente pode acarretar no futuro Dessa perspectiva ninguém está preparado para esse momento os pais nao sabem como ajudar alguns fazem imposições enquanto outros deixam o adolescente livre para fazer suas escolhas Por outro lado a escola tenta fornecer informação mas não ajuda o adolescente a vencer etapas no processo de decisão E por fim o próprio adolescente que vive o conflito acaba cedendo às exigências ou seguindo modismos em sua escolha não conseguindo tomar uma decisão baseada na análise de suas poténeialidades e possibilidades frente ao conhecimento das profissões Segundo Macedo 1998 a vocação profissional é definida por vários fatores como por exemplo a herança genética que determina em particular as características físicas que poderão favorecer uma aptidão maior para determinadas áreas Segundo esse autor embora os fatores genéticos tenham importância na escolha profissional a maior influência é exercida pelas informações pelas experiências que o adolescente passa é pelos relacionamentos que estabelece durante a vida com pais parentes professores colegas namorados e outros Para compor sua tomada de decisão além desses fatores o adolescentes deve considerar ainda a influência dos meios de comunicação como rádio revistas jornais programas de televisão e a mídia de forma geral os quais são responsáveis por promover certas carreiras em determinadas épocas Whitaker 1997 Macedo 1998 Segundo Neiva 1995 uma escolha profissional madura consciente e ajustada requer adquirir analisai e integrar conhecimentos desenvolvendo atitudes e habilidades que permitam aprender a decidir Segundo esta autora dois tipos de conhecimento são importantes o que se refere aos aspectos pessoais de quem escolhe autoconhecimento e o que se refere aos aspectos externos a quem escolhe conhecimento da realidade profissional Macedo 1998 afirma que o adolescente neste processo de buscar o que realmente lhe interessa deve equiübrarse entre o receber influências e o passar por experiências sendo que o aspecto central desse processo é a busca de luitoconhecimenio e de informações pertinentes Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 23 Billups e Peterson 1994 salientam que desde muito tempo os autores da área estão conscientes de que escolhas profissionais são feitas pela integração do conhecimento sobre si mesmo e sobre as ocupações Sampson Peterson Lenz e Reardon 1992 também apontam o autoconhecimento conhecimento dos próprios valores interesses e habilidades e o conhecimento ocupacional conheci mento do esquema de organização das ocupações e do mundo de trabalho como fatores fundamentais a serem abordados na inter venção profissional junto a adolescentes O autoconhecimento e a escolha profissional Çoahecerse é essencial para esçolher uma profissão ou ocupação Segundo Neiva1995 saber quem eu sou e como sou é que permite escolher o que fazer e como fazer É pelo processo de autoconhecimento que o adolescente pode formular aspirações profissionais realistas e compatíveis com suas características pessoais interesses potencialidades e habilidades Para essa autora efêheceras características pessoais é fundamental para a formação de uma airtOTÍmagem real e autêntica a qual permitirá o desenvolvimento de aspirações profissionais coerentes Ainda segundo Neiva o adolescente que tem consciência de suas possibilidades e também de suas limitações tenderá a leválas em conta ao estabelecer seu projeto profissional Muitos autores Munson 1992 Elwood 1992 Betz 1994 Vieira 1997 apontam o autoconhecimento como parte fundamental do processo de Orientação Profissional Eles apontam o conhecimento sobre as características pessoais as motivações interesses potencialidades habilidades valores aspirações conflitos e ansiedades ligados aõ processo de escolha medos e expectativas em relação ao futuro como os piincipais aspectos a serem conhecidos e analisados num trabalho de Orientação Profissional Lucchiari 1993 afirma que para facilitar a escolha devem ser trabalhados os seguintes aspectos quanto ao conhecimento de si mesmo 24 Cynthia Borges dc Moura 1 quem sou eu quem fui quem souquem pretendo ser 2 qual meu projeto de vida 3 como me vejo no íiituro desempenhando meu trabalho 4 expectativas da família versus expectativas pessoais 5 quais são meus principais gostos interesses e valores Segundo Carvalho 1995 não se pode conceber uraa boa esco lha profissional sem que se leve em consideração as aptidões interes ses valores medos inseguranças e expectativas do adolescente assim como os dados da família e das interações familiares da escolaridade e da realidade socioeconômica e cultural em que ele está inserido Macedo 1998 faz uma distinção pouco técnica mas muito interessante entre aptidões interesses potencialidades e competências e a relação desses conceitos com a escolha profissional Para ele aptiãõò è unia combinação de habilidades inatas e adquiridas que demonstra algo que a pessoa faz bem algo que ela tem facilidade para fazer Não significa necessariamente que esse algo lhe agrade Coisas que gostamos estão no campo dos interesses e podem ter ou não relação com as aptidões que possuímos Ainda segundo Macedo o termo aptidão relacionasse com aquilo que a pessoa já desenvolveu já o tenno potencialidade referese ao que ela poderá desenvolver enquanto competência diz respeito às capacidades já desenvolvidas a partir de aptidões ou potencialidades Para ele conhecer esses fatores é condição essencial para que uma pessoa entenda melhor sua vocação e possa delinear um projeto profissional Esses mesmos aspectos são apontados por Sampson Peterson Lenz e Reardon 1992 Esses autores desenvolveram um modelo de tomada de decisão que se inicia pela tomada de consciência sobre si mesmo conhecimento de seus valores interesses habilidades passa pelo conhecimento das opções profissionais desde a compreensão sobre ocupações específicas e cursos universitários até sobre como as ocupações estão organizadas para chegar à integração desses conhecimentos cora o próprio estilo de tomada de decisão de cada adolescente e assim proporcionar um contexto mais adequado à escolha Apesar de o desenvolvimento doautoconhecimento ser apontado pelos autores como objetivo inicia da orientação nenhum deles descarta sua importância durante todo o processo Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 25 Até mesmo nas fases em que os aspectos ocupacionais estão sendo abordados podese desenvolver autoconhecimento pelo confronto das informações específicas das profissões com as características pessoais de cada adolescente Conhecimento da realidade profissional Não se pode escolher uma profissão sem primeiro conhecer as possibilidades ocupacionais existentes Blustein 1992 É importante saber quais profissões existem e quais estão mais acessíveis à realidade do adolescente e podem corresponder às suas expectativas de estudo e de trabalho futuro Biggers 1971 afirma que é importante que o adolescente disponha de um mínimo de conhecimento sobre as profissões existentes ou peio menos saiba qual é a atividade principal de cada uma delas Esse conhecimento mínimo lhe permitirá eliminar uma grande parte delas e interessarse por aprofundarse em outras Um conhecimento mais profundo das profissões de interesse segundo Neiva 1995 deverá abarcar os seguintes pontos a objetivos da profissão b atividades especificas permanentes e ocasionais c curso de formação escolas ou universidades currículos duração titulação exigências etc d áreas de especialização e mercado de trabalho quem emprega oferta versus demanda de emprego e faixas salariais Lucchiari 1993 também afirma que a Orientação Profissional deve incluir informações sobre profissões o que são o que fazem como e onde fazem as possibilidades de atuação os currículos dos cursos o mundo do trabalho dentro do sistema políticoeconômico vigente entre outros Essas informações segundo ela facilitarão ao adolescente identificar as profissões que mais correspondem a seus critérios pessoais de escolha Critérios de escolha segundo Carvalho 1995 referemse àqueles valores pessoais òu sociais que fazem a profissão ser vista como meio para alcançar prestígio dinheiro cultura poder eou 26 Cynrliia Borges de vlouva garantir acesso a outros bens tangíveis ou intangíveis Macedo 1998 também aponta a questão da compensação financeira versus a satisfação pessoal como critérios a ser seriamente considerados na escolha de uma profissão uma vez que para ele as pessoas dificilmente conseguirão obter sucesso profissional exercendo uma atividade em que não haja algum nível de satisfação Para estar apto a selecionar seus critérios pessoais de escolha o adolescente deve buscar ampliar ainda mais a coleta de informações sobre aquelas profissões que lhe interessam por meio de entrevistas com profissionais e estudantes e visitas a instituições educativas Neiva 1995 Rappaport 1998 Recolher opiniões e impressões variadas e conhecer diferentes realidades profissionais e institucionais propiciará a obtenção de informações específicas a formulação de uma opinião própria sobre as profissões e as instituições Macedo 1998 O contato direto com uma realidade a mais próxima possível do contexto profissional real permite corrigir informações distorcidas desfazer fantasias e estereótipos perceber limitações e dificuldades ássim como vantagens e desvantagens das profissões e principalmente tomar consciência de que nenhuma carreira preenche completamente todos os critérios e requisitos de uma pessoa Segundo Neiva 1995 o adolescente precisa ser realista e consciente para encontrar a carreira que mais se adapte às suas características pessoais à sua forma de ser e ao que espera de seu futuro Carvalho 1995 afirma que não se pode pensar um processo de Orientação Profissional que não proporcione ao adolescente um melhor conhecimento das instituições de educação e produção a que ele pretende se vincular mostrando a importância de um conhecimento real das possibilidades de estudo e trabalho por meio do fornecimento de informações e fontes de pesquisa Para Biggers 1971 assim como para Gati 1986 esse exercício aparentemente simples de coleta de informações de múltiplas fontes tem como objetivo respondeu às questões pessoais de cada adolescente em relaçao a suas opções de consideração e auxiliálo a estimar a probabilidade de sucesso de cada alternativa pela integração dos dados profissionais com os dados de autoconhecimento Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 27 O uso de testes em Orientação Profissional O uso de testes etn Orientação Profissional parece ser uma herança do seu berço na psicometria Muitos dos primeiros processos seletivos profissionais envolviam apenas a aplicação e o uso consistente dos resultados dos testes vocacionais para encaixar apropriadamente os indivíduos às ocupações Os testes utilizados visavam medir rigorosamente as aptidões interesses personalidade e inteligência dos sujeitos e determinar a escolha mais conveniente em termos de produtividade profissional Com a evolução da área a posição de encontrar um diagnóstico e fornecer conselhos passou a nâo ser mais suficiente para atender às necessidades de adaptação dos indivíduos em um mundo de trabalho cada vez mais complexo Dessa forma outros procedimentos foram sendo implementados e aos poucos os testes foram sendo substituídos pelo auxílio ao autoconhecimento e a tomada de decisão consciente A gama de opções profissionais hoje é muito grande e sua configuração tende a sofrer contínuas alterações As mudanças tecnológicas criaram profissões que não existiam há pouco tempo e muitas ocupações desapareceram Com elasSèsapàreceu tafribém o podèr que o orientador tinha de desvendar aptidões e aconselhar melhores opções Por outro lado fòrtálèceuse o papel do orientador coino um facilitador que cria os meios pelos qúais o indivíduo pode analisar suas opções profissionais frente às suas opções pessoais e tomár sua decisão A orientação estanque e isolada da participação ativa do sujeito deu lugar a um processo mais dinâmico em que o orientando se envolve com a aprendizagem de tomada de decisão e assunção da responsabilidade pelas próprias escolhas Dessa forma os modelos atuais de Orientação Profissional têm atribuído maior importância à construção do processo de seleção e escolha pelo próprio sujeito do que aos resultados circunstanciais e relativos dos testes Como já dito os atuais avanços tecnológicos mudaram não só a configuração das profissões como também dos cursos de formação E conseqüentemente mudouse também a forma como se auxilia as pessoas a se decidirem por uma profissão Os testes tradicionais de aptidão e interesses deixaram de ter tanlo 28 Cynthia Borges de Moura peso no processo de orientação por não mais corresponderem à con figuração de opções profissionais do mundo contemporâneo A Orientação Profissional hoje entende que para um conjunto de habilidades de um indivíduo existe ura conjunto de opções profissionais ao qual ele poderia muito bem se adaptar dependendo de seus valores aspirações nível socioeconômico e estilo de vida Muitas dessas informações não são acessadas pelos testes tradicionais e a melhor combinação entre elas em última análise só o próprio indivíduo pode fazer Essa parece ser a premissa básica sobre a qual os orientadores têm se apoiado para abolir o uso de testes e mudar radicalmente sua intervenção junto aos orientandos Abaixo segue um quadro comparativo qye apresenta as principais razões para o uso de testes vocacionais dentro do processo de orientação e suá contrapartida em termos da orientação baseada na autodescoberta pelo próprio indivíduo Quadro 1 Razões favoráveis e desfavoráveis áò üso de testes vocacionais nós processos de Orientaçlo ïrbiissional Razões favoráveis ao uso de testes Razões contrárias ao uso de testes 1 Agiliza o processo 0 orientando pode se valer de menos tempo e de informa ções mais objetivas e obter um resulta do também mais objetivo 1 0 que agiliza o processo não são os ins trumentos mas a motivação e o engaja mento do orientando em seu processo de autodescoberta 2 Testes não determinam a profissão de limitam uma área de atuação mais favo rável ao indivíduo dentro da qual ele pode selecionar uma profissão 2 Áreas de atuação são muito relativas As profissões podem se combinar de várias formas dependendo dos critérios classlficatórios adotados 3 Testes criam um dima de neutralidade em relação a análise realizada 0 sujei to tem parâmetros mais concretos e menos emocionais para decidir 3 Neutralidade é indesejável 0 orientan do precisa engajarse nò processo de escolha e analisar todos os aspectos possíveis Inclusive os subjetivos para poder tomar sua decisão 4 Atende ás expectativas Orientandos es peram respondertestes vocacionais e ob ter respostas norteadoras por parte do orientador 4 Orientandos esperam ser orientados Eles realmente preferem um caminho mais fácil mas respondem bem ao pro cesso que produz autodescoberta e conduz as próprias respostas 5 Aplicação e devolução dos resultados dos testes radlrta ao orientador atenderum nu mero maior de orientandos que buscam pelo aconselhamento vocacional 5 0 orientador deve preocuparse com a adequação do resultado da orientação ao indivíduo orientado e não com um grande número de sujeitos atendidos que poem continuar desorientados Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 29 Por outro lado com uma proposta diferente dos testes tradicionais novos instrumentos de medida seja do repertório de entrada ou saída do sujeito seja dos componentes do processo e seus resultados estão surgindo Esses instrumentos fornecem um outro tipo de dado que pode ser muito útil como feedback para o orientador a respeito do seu trabalho e como avaliação para o orientando dos progressos alcançados Os instrumentos citados nessa pesquisa tem esse objetivo O ÍSC Inventário de Satisfação do Consumidor adaptado de Eyberg 1993 é um instrumento muito útil para avaliar o grau de satisfação dos orientandos com o programa do qual participaram Satisfação com o programa pode não corresponder diretamente à obtenção de resultados satisfatórios Orientandos podem não avançar significativamente no seu processo de decisão e3 ainda assim relatar alto grau de satisfação com o programa do qual participaram O uso desse instrumento associado a outras formas de avaliação de resultados como as propostas no Capítulo 5 dá ao orientador condições de avaliar separadamente tais variáveis e analisar mais objetivamente quais delas favoreceram ou dificultaram a produtividade dos orientandos durante o processo JExistem outros instrumentos que podem servir à propósitos semelhantes O EMEP Escala de Maturidade para a Escolha Profissional Neiva 1999 é um instrumento que visa dimensionar a maturidade do adolescente para fazer sua escolha profissional A escala é composta de duas dimensões Atitudes é Conhecimentos e pode ser usada para detectar alunos que necessitem de Orientação Profissional para diagnosticar e planejar o processo de Orientação Profissional para avaliar o desenvolvimento do indivíduo ao longo do processo de Orientação Profissional assim como para fins de pesquisa A utilização de testes vocacionais não mais ocupa papel central na Orientação Profissional Porém podem ainda em casos específicos com bastante cautela serem usados em processos individuais dentro de um contexto em que outros procedimentos permitam ao orientando refletir sobre seus resultados concordar ou discordar e principalmente descobrir novas possibilidades sobre si mesmo e seu futuro profissional Cabe ao orientador avaliar os riscos as vantagens e desvantagens e optar pela melhor forma de intervenção Cabe a ele ainda criar novas formas de testagem ou novos instrumentos que permitam uma melhor adequação do processo de orientação às novas demandas dos orientandos e do mundo de trabalho My apologies but Im unable to extract any text from this image ffapítulo 3 Orientação Profissional na Análise do Comportamento uma Possibilidade em Perspectiva Uma compreensão behaviorista de vocação Para se fundamentar um modelo de intervenção em Orientação Profissional segundo os princípios behavioristas há de se definir em primeiro lugar o conceito de vocação para a Análise do Comportamento monista de homem parece evidente a discordância com o modelo tradicional de compreensão da vocação segundo a qual vocação é entendida como algo inerente à pessoa que é determinada internamente e precisa apenas ser desvelada ao seu portador Segundó Carvalho 1995 a conotação mentalista do termo derivase do significado da palavra na língua portuguesa em que ela é usada com o sentido de chamamento interior apelo irresistível para uma atividade No Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa 1986 o termo vocação também é definido de modo similar como chamamento predestinação Segundo Carvalho 1995 esse sentido já não ocorre com o termo em inglês por exemplo em que a palavra vocação significa emprego regular ocupação profissão 32 Cynthia Borges de Moura Abandonando a concepção mentalista e partindo de uma visâo de homem completamente diferente Skinner 1974 1989 a Análise do Comportamento entende vocação como um conjunto de comportamentos resultantes do arranjo único de variáveis filo e ontogenéticas a que cada indivíduo está exposto desde o seu nascimento Assim a vocação de uma pessoa é socialmente determinada pela combinação de sua história genética familiar e cultural As variáveis genéticas se referem às características hereditárias que podem favorecer ou dificultar o desempenho de certas atividades Atributos como estatura acuidade visual e estrutura física estão diretamente relacionados por exemplo a maior ou menor habilidade para atividades esportivas ou artísticas Outras características herdadas podem participar da gênese de outros comportamentos que favoreçam uma maior aptidão para determinados conjuntos de atividades profissionais Macedo 1998 As variáveis familiares referemse à história de aprendizagem do indivíduo no convívio com pais e outras pessoas do núcleo familiar Tal aprendizagem pode se dar tanto por modelação quanto por modelagem como conviver com alguém que exerce uma certa atividade e ser reforçado por expressar interesses eou habilidades na mesma direção cantar ou tocar um instrumento numa família de músicos correr ou chutar uma bola numa família de esportistas À medida que a criança vai sendo ensinada gradualmente ela adquire e melhora o desempenho nas habilidades valorizadas pela família Já as variáveis culturais referemse entre outras coísas à valorização social de determinadas atividades profissionais status respeito hierarquias e melhores remunerações em detrimento de outras Diferentes valoraçoes das profissões podem ser observadas em diferentes culturas como por exemplo o maior ou menor status do professor em determinadas regiões ou países As profissões da moda também são unia questão cultural As mudanças culturais e tecnológicas trazem consigo a supervalorização de determinadas carreiras influenciando grandemente as escolhas profissionais O arranjo destas variáveis genética familiar e cultural ao longo da vida da pessoa modela certos interesses e habilidades que numa análise mais refinada poderão coiTesponder a várias profissões eou combinações de atividades e áreas de atuação Dessa forma entender a vocação de uma pessoa significa observar e descrever seus Orientação Profissional Sob o Enfoque iia Análise do Comportamento 33 padrões comportamentais o que ela faz com freqüência e destreza c relacionálos com as possibilidades ocupacionais às quais ela tem acesso Os padrões comportamentais atuais podem auxiliar cm muito na descoberta da vocação pois com certeza funcionarão como repertórios de base importantes para que outros comportamentos similares mantidos por reforçadores similares sejam futuramente adquiridos Por exemplo se relações com o público contatos amizades são importantes reforçadores para lima pessoa esses interesses com certeza tenderão a se modificar muito pouco durante sua vida havendo uma aíta probabilidade de realização pessoal em profissões que requeiram contato social Assim para a Análise do Comportamento a vocação é construída ao longo da vida e pode ser descoberta isto significa que o indivíduo pode aprender a discriminar quais classes dè reforçadores exercem controle sobre o seu comportamento interesses e quais comportamentos foram modelados e fortalecidos por tais reforçadores habilidades Esse conhecimento colocará o indivíduo em melhor posição frente às decisões profissionais ttescobrir a vocação implica então que ambos orientador e orientando engajemse em diversos comportamentos relacionados ao levantamento e análise de alternativas pessoais e profissionais comportamentos esses ligados tanto às habilidades de resolução de problemas quanto às de tomada de decisão Tais habüidades quando aplicadas às questões de escolha profissional podem auxiliar no levantamento de uma variedade de respostas potencialmente efetivas à situaçãoproblema Mendonça Siess 1976 levando assim a um aumento na probabilidade de que o indivíduo selecione uma resposta efetiva dentre as alternativas de que dispõe O comportamento de tomar uma decisão Escolher ou tomar uma decisão são comportamentos operantes que podem ser ensinados e logicamente aprendidos Aprender a tomar uma decisão significa para Skinner 1989 aprender a manipular variáveis Segundo ele o comportamento de decidir é essencialmente um processo de criar condições que 34 Cynüiiu Borges de Mnur tomem um dado curso de ação mais provável do que outro Ele afirma que para decidirse entre diferentes cursos de ação o indivíduo precisa manipular algumas variáveis das quais seu comportamento é fimção isto é a pessoa precisa controlar o curso de seu próprio comportamento Assim decidirse é para Skinner antes de tudo um processo de manipulação de classes específicas de estímulos que pode ser efetuado pela própria pessoa que está se decidindo Ensinai como se escolhe algo significa então ensinar a identificar e analisar as variáveis envolvidas na situação Ensinamos alguém a tomar uma decisão quando essa pessoa conhece as respostas alternativas frente a uma situaçãoproblema mas não conhece as conseqüências a serem produzidas por cada uma delas Nico 2001 Nesse caso auxiliamos na manipulação dé variáveis de modo a produzir maior conhecimento acerca das prováveis conseqüências de suas opções ganhos e perdas para que o indivíduo se tome capaz de tomar uma decisão com base no seu julgamento quanto a maior probabilidade de reforçamento Na orientação auxiliamos a tomada de decisão quando o indivíduo selecionou algumas opções profissionais mas desconhece informações importantes sobre elas como atividades envolvidas áreas de atuação possibilidades ocupacionais e mercado de trabalho Segundo Skinner 1989 quando a análise das variáveis envolvidas altera o valor reforçador de alguma dás opções disponíveis haverá avanço no comportamento de decidirse Quando porém o indivíduo não identifica quai resposta levaria à produção das conseqüências reforçadoras previstas temos uma situação de resolução de problemas Uma situaçãoproblema é aquela diante da qual o indivíduo não dispõe da resposta que produziria reforço Nico 2001 Para ensinar alguém a resolver um problema devese auxiliar no levantamento de uma variedade de respostas potencialmente efetivas a situaçãoproblema Goldfried Davison 1994 Quando o indivíduo levanta as alternativas ele passa a saber o que fazer isto é quais respostas produzirão reforço e então as estratégias de tomada de decisão podem ser novamente administradas aumentando assim a probabilidade de seleção da resposta mais efetiva dentre as várias alternativas Outra situação se configura quando o indivíduo não tem preferência por nenhum curso de ação como ocorre na Orientação Profissional quando o adolescente ainda não selecionou suas alternativas ou selecionou alternativas inicialmente equivalentes Orieapção Profissional Sob ú Enfoque At Análise do Comportamento 35 quanto a preferência na escolha Segundo Skinner se mesmo após o levantamento das alternativas disponíveis os cursos de ação apresentarem probabilidades similares de emissão o auxílio à decisão deve consistir em encontrar fontes suplementares de probabilidade Tais fontes podem ser dicas adicionais as quais podem alterai o valor reforçador das opções e fazer avançar o comportamento de decidirse Skinner 1989 Assim no contexto da Orientação Profissional o tomar uma decisão pode ser entendido como o resultado de um processo de aprendizagem de habilidades de resolução de problemas Ao promover a aquisição e análise das informações pessoais e profissionais estamos ensinando aos adolescentes como levantar alternativas para a situação de indecisão Identificar e descrever interesses e habilidades buscar fontes de informação relevante sobre profissões e combinar dados na composição de critérios de escolha são talvez as habilidades mais relevantes para a resolução do problema de escolha profissional Entendido dessa forma o decidirse não é então apenas a execução do ato decidido mas também os comportamentos anteriores responsáveis pela emissão da resposta final É a esse repertório anterior que ò orientador deve estar atento pois se os comportamentos relevantes não foram aprendidos poderão ser desenvolvidos a partir de unia orientação bem planejada Segundo Catania 1999 o comportamento do solucionador de problemas depende muito desses repertórios anteriores os quais podem facilitar a resolução do problema Assim sob essa perspectiva a Orientação Profissional deve se preocupar em produzir um aumento geral na efetividade da pessoa em solucionar problemas pelo treinamento de habilidades quepennitirão a ela tomar decisões de fotma independente A importância dessa aprendizagem reside no fato de que tais habilidades parecem ser altamente requeridas do indivíduo tanto no momento de decidirse por uma profissão quanto no seu exercício futuro A prática da Orientação Profissional sob o enfoque da Análise do Comportamento pressupõe então a modelagem de classes compoitamentais relacionadas à escolha e à decisão que são em si mesmas processosMoura Silveira 2002 Isso significa que tais classes fazem parte de uma cadeia comportamcntal complexa que não se finaliza com o término da orientação cujas respostas tomam mais 36 Cynt li ia Borges de Moura prováveis a ocorrência de outros comportamento importantes ligados ao repertório profissional Assim a Orientação Profissional deve promover o desenvol vimento de ura conjunto de habilidades que aumentem a probabili dade de seleção de critérios consistentes de tomada de decisão Sampson Peterson Lenz Reardon 1992 e que se estendam tanto ao repertório profissional quanto a outras situações de esco lha que a profissão exigirá Decorre dessa análise que o produto ou o conteúdo da escolha são de menor relevância quando comparados à primazia da aprendizagem de decidir eou escolher que caracteri za o objetivo central da orientação O comportamento verbal na Orientação Profissional A análise do comportamento verbal durante o processo de Orientação Profissional é de suma importância visto que tanto o problema de escolha quanto as estratégias utilizadas para solucionálo são indiscutivelmente de natureza verbal Dado queé amplamente conhecido o efeito que o comportamento verbal exerce sobre o comportamento nãoverbal subseqüente Catania Matthews Shimoff 1982 1990 Vyse 1991 Vyse Heltzer 1994 tomase importante considerar os aspectos relativos ao controle verbal na proposição de um modelo comportemental de orientação Ao tomar uma decisão profissional o adolescente está lidando com um problema concreto mas pouco tangível em que a anál ise das alternativas e suas conseqüências não mantêm relação contingencial específica cora os eventos do ambiente que se seguirão à sua decisão É um comportamento cujos eventos reforçadores atuais não são exatamente os mesmos que controlarão o desempenho futuro da profissão escolhida e tais reforçadores isto e as conseqüências decorrentes do exercício da profissão não estão presentes na si Inação de decisão Além disso o adolescente não tem controle sobre a ocorrência futura de tais conseqüências e na melhor das hipóteses pode apenas estimar com pequeno grau de segurança a probabilidade de que elas venham realmente a ser reforçadoras Olhando a escolha profissional por essaperspectiva em que as contingências reforçadoras atuais são fracas mantendo frágil relação Oricntadío Profissional Sob u Enfcxjue da Análise do Comportamento 37 com as contingências futuras podese hipotetizar que as contingências verbais imediatas exerçam controle maior sob tal comportamento Assim podese supor que as ações posteriormente derivadas da tomada de decisão comportamento nãoverbal estejam ligadas à formulação verbal a respeito de sob quais parâmetros decidir regras estando mais sensíveis às contingências propostas pela intervenção Catania Matthews Shimoff 1982 Dessa forma podese perguntar É então o comportamento de decidirse uma instância do comportamento governado por regras Em que medida o processo de orientação pode proporcionar contato direto com contingências Que tipo de contingências verbais atuais podem controlar tal comportamento de forma a assegurar alguma efetividade futura Em resposta à primeira questão vamos considerai como Skinner 1969 diferencia o comportamento governado por regras do comportamento modelado por contingências Segundo ele o prime iro é um comportamento sob controle de estímulos especificadores de contingências e o segundo é o comportamento controlado pelas conseqüências decorrentes do próprio comportamento Luzia 1996 esclarece que embora a contraposição de tais expressões possa levar à interpretação inadequada de que o comportamento governado por regras não é afetado por suas conseqüências na verdade o que se tem é um comportamento desenvolvido e mantido por contingências distintas daquelas que contribuem para a modelagem e manutenção dos demais comportamentos Assim podese afirmar que o comportamento modelado por contingências é mantido por conseqüências naturais decorrentes do próprio comportamento e o comportamento governado por regras é mantido por contingências sociais conseqüências mediadas por outros Voltando ao problema anterior de que a conseqüência natural do comportamento de decidirse é remota pois o exercício da profissão ainda não ocorreu supõese então que o controle maior da decisão seja atualmente exercido pelas conseqüências mediadas pela comunidade sócioverbal do adolescente Assim parece que na Orientação Profissional como coloca Skinner o processo de manipulação de variáveis envolve a exploração dc opções profissionais segundo critérios ditados pelas regras sociais implícitas no contexto verbal de controle do comportamento dc escolha Isso quer dizer que o adolescente não está livre para 33 Cynthia Borges do Moura escolher a partir da análise de suas habilidades e aptidões Os critérios que usará para compor sua decisão necessariamente envolverão variáveis de expectativa social quanto a status nível socioeconômico e estilo de vida proporcionado pela profissão Se o controle verbal permeia todo o problema de decisão profissional desde seu estabelecimento até sua resolução podese afirmar entao que o comportamento de decidirse é uma instância do comportamento governado por regras e dentro de uma perspectiva behaviorísta a análise e combinação de características pessoais autoconhecimento e profissionais conhecimento das opções de cursos e áreas de atuação são repertórios verbais e merecem assim ser considerados no processo de orientação com todos os desdobramentos que tal consideração requer Como então p processo de orientação pode proporcionar contato direto com contingências para que regras funcionais quanto a tomada de decisão sejam formuladas Como já dito anteriormente a orientação deve promover a manipulação de variáveis tanto pessoais quanto profissionais Uma vez que a pessoa aumenta seu conhecimento tanto de si mesmo aprendendo a observar e relatar seu próprio comportamento quanto do mundo do trabalho cursos carreiras áreas de atuação e especialização ela tomase mais capaz de controlar o curso de sua decisão Na orientação isso implica que o adolescente ao reconhecer e descrever para si mesmo e também publicamente seus interesses e habilidades entendendo os que o mantém pode explorar as fontes de informação profissional de forma mais consciente e direcionada e formular mais acuradamente os critérios e parâmetros que permitirão um melhor gerenciamento do curso de sua decisão profissional A compreensão dos processos verbais envolvidos na escolha profissional exerce importante influência sobre a forma com que as estratégias de Orientação Profissional serão propostas e implementadas para que a escolha atual tenha alguma efetividade futura Uma vez que parte da ação do indivíduo que escolhe deve ocorrer em função de eventos que não estão presentes na situação de escolha as manipulações de estímulos verbais como propõe Moore 1998 principalmente pelo controle instmcional são de especial interesse para a orientação pois podem produzir comportamentos que não estavam disponíveis anteriormente Orientação Profissional Sob o Enfoque da Aiiálisc do Comportamento 39 Conhecendo as respostas componentes do repertório de tomada de decisão o orientador pode instruir verbalmente alguns comportamentos que servirão de prérequisitos para que outros possam ser modelados facilitando assim a decisão O conhecimento da capacidade do comportamento verbal de ocasionar novas respostas que produzem conseqüências importantes para os indivíduos pode ser muito útil na orientação Segundo Catania 1999 o controle pelas instruções pode substituir as contingências naturais pelos antecedentes verbais e vir a modificar o comportamento em situações em que as contingências naturais são ineficientes ou serão eficazes apenas a longo prazo exatamente a condição presente no processo de escolha profissional Em suma quanto ao controle verbal a orientação deve proporcionar contato com 1 o contexto atual de vida e a história de aprendizagem em tomada de decisão 2 as regras formuladas a partir dessas experiências O contexto de vida envolve basicamente duas variáveis o cus to de resposta o quanto a escolha implica no enfrentamento de condi ções aversivas subseqüentes até que os reforçadores sejam alfcançados e a história passada do indivíduo história de reforçamento para determinada atividade por modelagem ou modelação ÀS regras verbais também incluem duas variáveis instruções sobre como se comportar frente a situação de decisão fornecidas por pais amigos etc e hipóteses que o próprio sujeito elabora autoinstruções sobre como enfrentar ou se esquivar da situação de escolha A orientação deve proporcionar o contato com essas variáveis via descrições das contingências via comportamento verbal de outros bem como via contato direto com as próprias contingências quando possível Catania 1999 Assim a probabilidade de que as decisões atuais tenham efeitos reforçadores futuros pode aumentar em função de estarem baseadas na análise dos padrões coinportamentais referentes a habilidades e características compatíveis com as exigências de um determinado campo profissional Padrões esses que devem compor os elos iniciaisde uma cadeia de repertórios potenciais a serem desenvolvidos na direção das competências profissionais para os quais apontam 40 Cyiuliia Borges dc Moura A Orientação Profissional sob o enfoque comportamental A existência de um conjunto de conhecimento produzido na área de Orientação Profissional sob outros enfoques pode trazer indicações úteis como ponto de partida para a proposição de um modelo bchaviorista Os modelos psicodinâmicos Holland 1971 Roe 1972 Bohoslavsky 1977 apontam a importância de que os processos de orientação incluam metas voltadas tanto para o autoconhecimento quanto para o conhecimento das profissões Esse conhecimento é útil para analistas do comportamento a medida que tais objetivos incluem em sua consecução análise de contingências pessoais e ambientais já prescritas pelo modelo de análise funcional do comportamento Os modelos decisionais Hilton 1959 Hershenson Roth 1966 Gati 1986 Gati Shenhav Givon 1993 contribuem com a delimitação de um procedimento seqüencial para orientar o processo de tomada de decisão Dessa fornia tal procedimento metodológico se parece em muito com a modelagem pois auxilia o orientando a avançar sucessivamente em sua escolha analisando alternativas passo a passo segundo alguns critérios selecionados rumo a uma decisão terminal Dentro do enfoque comportamental Azrin e colaboradores Azrin Flores Kaplan 1975 Azrin Besalel 1980 desenvolveram um programa de reabilitação vocacional que apesar de trabalhar com uma população diferente pessoas desempregadas que buscam recolocarse no mercado de trabalho aponta vários pressupostos da orientação vocacional que podem nortear inteivenções na área com outras populações Segundo esses autores a Orientação Profissional Comportamental tem várias características que a diferencia de outras abordagens a estratégias prioritariamente orientadas para o resul tado b foco da intervenção na aprendizagem como determi nante do comportamento ao invés das habilidades ou pre disposições inatas Orientação Profissional Sob o Enfoque tia Aoilise do Comportamento 41 c treiname nto adequado para o alcance das habili dades neces sárias ao exercício profissional d uso do reforçamento de múltiplas fontes para obtenção de mudanças comportamentais e fortalecimento dos comporta mentos de autodescoberta e busca de informação Segundo Moura e Silveira 2002 um procedimento de inter venção compor tamental em Orientação Profissional deve 1 arranjar condições para que o indivíduo discrimine as variáveis dos diferentes contextos de controle familiar social cultural e econômico às quais seus comportamen tos de escolher e decidir estao expostos 2 proporcionar informação relevante sobre as profissões de interesse relacionandoas aos dados de autoconhecimento 3 aumentar a probabilidade de ocorrência de comporta mentos relacionados à escolha eou à tomada de decisão Com base em toda a análise teórica anterior podese então supor que a situação de escolha profissional envolva a consideração de três grandes grupos de variáveis às pessoais às quais o adolescente normalmente já se encontra exposto controle e expectativas dos pais influência de amigos professores meios de comunicação história de reforçamento para determinada atividade por modelagem ou modelação etc as profissionais às quais ele precisará se expor para ser capaz de analisar as informações obtidas relacionandoas com suas capacidades interesses e habilidades pessoais e as ligadas à tomada de decisão seleção de critérios de escolha e restrição de opções profissionais as quais o adolescente também precisará se expor À intervenção pode fornecer contingências específicas para análise desses três conjuntos de variáveis e aquisição das respostas necessárias A Figura 1 mostra esquematicamente os grupos de variáveis envolvidas na situação escolha profissional Figura 1 Agrupamento descritivo das variáveis envolvidas na situação de escolha profissional Com base nessa compreensão Moura 2000 propõe um modelo de Orientação Profissional comportemental cm três etapas 1 autoconhecimento 2 conhecimento da realidade profissional 3 apoio a tomada de decisão Assim a orientação deve primeiramente proporcionar uma ampliação cio repertório pessoal de autoconhecimento circunscrito às características de relevância para a escolha profissional para em seguida proporcionar ampliação semelhante no repertório de consideração de opções profissionais Essas duas etapas têm como objetivo promover a análise do maior número de possibilidades pessoais e profissionais cujos dados obtidos auxiliarão no refinamento dos critérios sob os quais a escolha se apoiará Apenas quando tais repertórios estiverem ampliados e com eles a capacidade dc análise do indivíduo c que a orientação deve avançar a terceira e última etapa e promover situações de restrição e exclusão de opções e critérios de escolha facilitando assim a ocorrência da tomada de decisão Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 43 A Figura 2 mostra esquematicamente as etapas para condu ção cie programas de Orientação Profissional sob a perspectiva cornportamental wento promover a discriminação das varia veis pessoais abertas e encobertas relacionadas às dificuldades de deci são por meio do autoconhecimento específico identificação de habilida des interesses potenciais valores expectativas etc Ampliar o repertório de análise das opções e possibilidades de escolha profissional pela discriminação de características pessoais Promover a discriminação das variá veis profissionais opções profissio nais cursos preparatórios áreas de atuação mercado de trabalho pelas informações de várias fontes ma nuais revistas videos entrevistas com profissionais Ampliar o repertório de análise das opções de escolha pela discrimina ção de variáveis ligadas à realidade profissional Etapa 3 Tomada de decisão 0 que fazer Promovera tomada de decisão pela análise dos critérios de exclusãoin clusão de opções de cada adolescen te e n consideração de conseqüências reforçadoras a médio e longo prazo Restringir ao máximo as opções de consideração para tornar mais provável a ocorrência da tomada de decisão seleção do uma única opção ou o menor número possível de opções profissionais Figura 2 Descrição das etapas de intervenção comportamento I cm Orientação Profissional 44 Cyntliui Borges de Moura Conforme podese visualizar na Figura 2a primeira e segunda etapas da intervenção têm como objetivo fortalecer a capacidade do adolescente de seleção de critérios de escolha a partir da consideração e análise do universo pessoal e profissional A partir dessa ampliação de repertórios a orientação deve promover situações de restrição e exclusão de opções terceira etapa rumo à tomada de decisão Considerase que diferentes respostas podem ser atingidas ao final da intervenção pois o repertório de saída de quem escolhe depende diretamente de seu repertório de entrada no programa de orientação Para que tais respostas finais sejam consideradas avanços no processo elas devem necessariamente estar voltadas para a restrição de opções ou de critérios de escolha como por exemplo a seleção de uma única opção ou restrição no número de opções consideradas b pequena ampliação de número de opções pela considera ção de outras possibilidades c seleção de critérios mais consistentes de escolha d aprendizagem do processo de tomada de decisão e aumento dos sentimentos de segurança relacionados à aqui sição de habilidades de resolução da situaçaoproblema Dessa forma a Análise do Comportamento pode contribuir com essa área de conhecimento à medida que se apóia em um referencial teórico que coloca a escolha profissional sob uma perspectiva pragmática toma o orientando sujeito ativo em sua escolha e disponibiliza procedimentos metodológicos que norteiam uma intervenção focalizada nos aspectos centrais da tomada de decisão Essas contribuições parecem suficientemente amplas para abarcar o conjunto de variáveis envolvidas nessa questão e fornecer ao adolescente o apoio necessário para a superação de seus conflitos rumo a uma escolha consciente baseada em suas possibilidades concretas de vida jPapítulo 4 Avaliação de um Programa Comportamental de Orientação Profissional A pretensão inicial de todo o trabalho descrito neste livro era a realização de um estudo exploratório na área de Orientação Profissional j na tentativa de se iniciar uma sistematização teórica e metodológica das contribuições da Análise do Comportamento pára esse campo de atuação O programa foi estruturado de forma a abarcai os aspectos citados pela literatura como relevantes à facilitação da escolha Lucchiari 1993 Seligman 1980 Levinson 1987 que áo mesmo tempo pudesse compor um processo de modelagem do repertório de tomada de decisão conforme os pressupostos da Análise do Comportamento Skinner 1974 1989 Azrin Besalel 1980 Catania 1999 Desde que a primeira versão do modelo de Orientação Profissional em grupo proposto neste livro foi desenvolvido duas pesquisas foram conduzidas com o objetivo de avaliar se os procedimentos empregados seriam efetivos para produzir mudanças comportamentais facüitadoras da tomada de decisão profissional de adolescentes que se encontravam no momento de sua primeira escolha profissional Os resultados do primeiro estudo Moura 2000 indicaram que algumas mudanças na estrutura do programa poderiam ser feitas a fim de melhorar os procedimentos de modelagem do repertório de tomada de decisão e também de eliminar os fatores geradores de abandono do programa Assim o programa foi reformulado e um segundo estudo 46 Cynthia Borges dc Moura foi conduzido com os mesmos objetivos o qual apresentou melhores resultados tanto era relação às respostas finais atingidas pelos adoles centes quanto à facilitação da participação integral deles durante todo o processo de orientação Os procedimentos e resultados desse segundo estudo descritos neste capítulo fornecem apoio empírico para o programa apresentado no quinto capítulo A pesquisa objetivos e metodologia O presente estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de um programa de Orientação Profissional para adolescentes em situação de primeira escolha quanto a produção de mudanças indicadoras de melhora no comportamento de tomada de decisão De forma mais específica o estudo objetivou a verificar se o programa da forma como está estruturado produz efeitos positivos quanto a melhora no repertório de tomada de decisão dos adolescentes b identificar quais procedimentos do programa tanto em ter mos de estratégias quanto de comportamentos dos orien tadores têm melhores efeitos na produção de mudanças comportamentais facilitadoras da tomada de decisão Participaram dessa pesquisa 18 adolescentes com idades en tre 15 e 17 anos sendo 13 do sexo feminino e 05 do sexo masculino alunos da 2a e 3a série do Ensino Médio provenientes tanto de escolas públicas quanto particulares da cidade de Londrina Paraná Esses adolescentes procuraram espontaneamente o serviço de Orientação Profissional da Clínica Psicológica da Universidade Estadual dè Londrina e foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos o Grupo A composto por 10 adolescentes t o Grupo B composto por 08 adolescentes Os critérios para participação nos grupos eram es tar cm condição de primeira escolha profissional e não ter nenhuma experiência anterior com o vestibular A equipe de orientadores era composta por cinco pessoas quatro estagiárias alunas dos últimos anos do Curso de Psicologia da UEL e a docentesupervisora Cada grupo estava sob a responsabilidade de duas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 47 alunas orientadoras sendo que a docente e demais alunas assistiam às sessões em salacspelho O procedimento de observação em salíiespelho teve como objetivo uniformizai ao máximo a forma de condução das sessões unia vc2 que o programa empregado foi o mesmo para ambos os grupos Os instrumentos de avaliação utilizados na pesquisa foram 1 Instrumento de pré e pósorientação elaborado e adaptado a partir de Vasconcelios Oliveira e Carvalho 1976 de forma a avaliar o repertório dò adolescente quanto a escolha profissional O instrumento apresenta questões fechadas sobre a posição do adolescente quanto à escolha da profis são opções profissionais que está considerando e sentimen tos decorrentes do processo de tomada de decisão 2 Escala de Maturidade para a Escolha Profissional EA fEP Neiva 1999 avalia o nível de maturidade para esco lha profissional de alunos do Ensino Médio por meio de várias subescalas como determinação responsabilidade independência autoconhecimento e conhecimento da reali dade educativa e socioprofissional Apresenta padronização brasileira para a população de escolas públicas e particulares 3 ISCInventário de Satisfação do Consumidor adaptado do Therapy Attitude Inventory TAI Eyberg 1993 ava lia a satisfação dos adolescentes com o programa ao qual foram submetidos Consta de nove questões sobre o impacto do programa no aumento do autoconhecimento conhecimento das profissões e habilidades de tomada de decisão Para cada item o sujeito atribui uma pontuação em uma escala de 1 a 5 em que 1 indica insatisfação com o programa e 5 indica satisfação máxima com o programa proposto A pontuação individual total no instrumento poderia variar entre 9 e 45 sendo que pontos entre 9 e 18 indicam insatisfação com o programa eou agravamento das dificuldades de escolha pontuação entre 36 e 45 indi cam satisfação com o programa eou avanço no processo de escolha e escores intermediários entre 19 e 35 indicam neutralidade ou seja indiferença em relação ao programa eou manutenção das dificuldades iniciais apresentadas Cynthia Borges de Moura 4 Questionário de avaliação do programa elaborado para avaliar pontos específicos do programa e detectar quais aspectos foram mais ou menos relevantes para promo ver avanços no processo de tomada dedecisão Consta de questões abertas para o adolescente expressar sua opinião sobre os itens do programa e uma questão fechada para avaliar o quanto cada atividade exercício ou situação rea lizada em cada sessão de grupo contribuíram para os avanços na decisão profissional A pesquisa foi assim desenvolvida Avaliaçõespréorientação todos os adolescentes foram en trevistados individualmente antes do inicio dos grupos Nes sa entrevista eram esclarecidos os objetivos e o formato geral do programa de Orientação Profissional e obtinhase consen timento dos adolescentes quanto a participação na pesquisa Foi aplicado o Instrumento depréorientaçãò e o EMEP para o levantamento preliminar da situação de cada adolescente em relação a escolha da profissão Orientação o programa de Orientação Profissional descrito no capítulo 5 consistiu de oito sessões semanais com duas horas de duração e estruturadas para a discussão da problemática voca cional dos adolescentes O programa constou de três etapas Etapa 1 desenvolvimento do autoconhecimento quanto a interesses e habilidades sesáões de 1 a 3 Etapa 2 informação sobre profissões cursos carreiras e mercado de trabalho sessões de 4 a 6 Etapa 3 apoio ao processo de tomada de decisão sessões 7 e 8 Avaliaçõespósorientação após o encerramento dos grupos foi realizado com cada adolescente nova entrevista individual em que eles responderam aos instrumentos de avaliação final Instrumento de pósintervenção EMEP Inventário de satisfação do consumidor e Questionário de avaliação do programa Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 49 Resultados da avaliação pré e pósorientação Os dados provenientes dos instrumentos de pré e pósintervenção foram analisados estatisticamente adotandose o índice de significância de 005 Embora tenham sido conduzidos dois grupos de intervenção A e B os dados foram agrupados porque a análise estatística de comparação entre os grupos Teste de MannWithney para comparação entre amostras independentes mostrou que eles não apresentavam diferenças significativas conforme pode ser observado na Tabela 1 sendo portanto provenientes de amostras semelhantes o que justifica o agrupamento dos dados Tabela 1 Escores médios dos Grupos A e B quanto ao número de opções de entrada e saída escores obtidos no EMEP e valores autoatribuídos de segurança e decisão quanto a escolha Grupo 1 Grupo 2 P Pré 28 225 032 Número de opções Pós 15 175 045 EMEP Pré 1479 14825 075 Pós 2070 17563 015 Pré 24 237 10 Grau de segurança Pós 43 375 009 Grau de decisão Pré 23 25 072 Pós 49 45 015 Diferença estatisticamente não significativa A partir desse agrupamento os dados quantitativos das avaliações pré e pósintervenção foram comparados por uma análise intragrupos Teste do Sinal para comparação entre amostras dependentes Para todos os fatores avaliados observouse diferença estatisticamente significativa da condição pré para a pósorientação conforme mostra a Tabela 2 50 Cynthia Borges de Moura Tabela 2 Escores médios qyanto ao número de opções escores do EMEP e valores autoatribuídòs de segurança e decisão quanto à escolha na condição pré e pósorientação Média P Pré 255 CO CO oo Número de opções Pós 161 EMEP Pré Pós 14805 18222 0000062 Grau de segurança Prê 238 00001 Pós 405 Grau de decisão Pré Pós 238 472 00001 Diferença estatisticamente significativa A análise estatística dos resultados obtidos mostrou que o programa foi efetivo para promover as mudanças satisfatórias observadas em relação ao posicionamento quanto a escolha profissional Após o término do programa de orientação o número de opções profissionais consideradas pelos adolescentes sofreu significativa redução indicando possível melhora no repertório de critérios de seleção e na exclusão de opções Em relação ao EMEP os resultados mostram diferença altamente significativa quanto à maturidade dos sujeitos para efetuar sua escolha profissional ao final da intervenção Os valores autoatribuidos quanto ao posicionamento de decisão em relação às opções selecionadas e quanto aos sentimentos de segurança decorrentes também demonstram que os adolescentes se sentem mais preparais paia efetuar sua escolha com os recursos disponibilizados pela intervenção Resultados da satisfação do consumidor e da avaliação do programa Os resultados provenientes do Inventário de Satisfação do Consumidor indicaram alta satisfação dos sujeitos com o programa A grande maioria dos sujeitos 945 atribuiu escores na faixa dos 36 aos 45 pontos Destes 722 atribuíram escoras entre 41 e 45 pontos resultado indicador de que os participantes em sua maioria apresentaram alta satisfação com o programa provavelmente em Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 51 função de terem suas expectativas atendidas e alcançado um avanço no processo de escolha profissional Outro resultado significativo da pesquisa foi que 100 dos adolescentes concluíram o programa sendo a porcentagem média de participação nas sessões de 838 No caso de ausência ao encontro uma sessão de reposição individual com uma das orientadoras era realizada e o adolescente participava normalmente da sessão seguinte A média de sessões repostas foi de 12 sessões por sujeito Os resultados provenientes do Questionário de Avaliação do Programa mostraram os vários fatores que segundo os adolescen tes contribuíram significativamente para os avanços alcançados indicaram ainda que a estruturação atual do programa alcançou a coerência e consistência desejada uma vez que promoveu mudança significativa na condição pósorientação em comparação ao reper tório de entrada dos sujeitos e alcançou linearidade na avaliação da adequação e efetividade dos procedimentos empregados Os adolescentes relataram que gostaram mais das atividades realizadas durante os encontros 529 tais como os exercícios de busca de informação e exercícios de autoconhecimento em segundo lugar disseram ter gostado da forma de condução do programa 186 citando a promoção de debates a postura das orientadoras e o incentivo ao posicionamento pessoal É interessante notar que 404 dos adolescentes destacaram as atividades de busca de informação sobre profissões como o que mais gostaram no programa Por outro lado em relação aos aspectos que os participantes menos gostaram nos encontros podese extrair duas categorias 1 aspectos dependentes da estrutura do programa 75 como as redações atividades repetitivas e pouco contato direto com profissões 2 aspectos independentes da estrutura do programa 25 como conversas paralelas dos participantes durante as sessões e autoexposição exigida nos encontros Com relação à avaliação do quanto a atividade exercício ou situação realizada em cada uma das sessões auxiliou no processo de decisão observouse que em quase todas as sessões a nota média atribuída pelos adolescentes aproximouse ou foi acima de quatro ver Tabela 3 A homogeneidade nas pontuações atribuídas às sessões observada pelos valores baixos de desviopadrão indica que o programa 52 Cytilhia Borges l íc Moura assumiu um formato mais linear quanto aos procedimentos empregados A maior nota média foi atribuída para as sessões 4 e 5 em que os adolescentes realizaram pesquisa sobre as profissões nos materiais oferecidos indicando novamente ser essa uma atividade atraente e esperada no processo de orientação além de exercer importante relevância no processo de escolha profissional Tabela 3 Média dos escores atribuídos às sessões pelos adolescentes quanto a contribuição fornecida para a decisão profis sional Sessõesestratégias N Média Desvio Padrão Sessão 1 relato escrito sobre sua dificuldade de de cisão profissional e discussão em grupo 18 32 094 Sessão 2 exercício gosto e faço análise de carac terísticas pessoais habilidades e interesses 18 422 081 Sessão 3 cartaz agrupamento das profissões segun do características dos profissionais que as exercem 18 394 094 Sessão 45 pesquisa sobre profissões de interesse em manuais guias e artigos de revistas 18 466 059 Sessão 6 realização e dramatização da entrevista com profissionais da ãrea de interesse 16 437 171 Sessão 7 realização do exercido de análise de crité rios de escolha 18 428 083 Sessão 8 análise escrita sobre o processo de orna da de decisão proporcionado pelo grupo 18 417 086 Valores dos Escorcs 0não participei da sessão 1 contribuiu quase nada 2contribuiu pouco CÒritribmii o suficiente 4contribuiu bastante 5cotírÍbuiu demais Os adolescentes avaliaram ainda sua própria participação no programa sendo que 6359 avaliou como boa e suficiente sua participação afirmando ter usufruído ao máximo das atividades propostas Em relação às dificuldades de aproveitamento do programa a maior parte dos adolescentes referiuse às dificuldades pessoais como a dificuldade de exporse no grupo 2116 e de comparecimento às sessões 151 A maioria dos adolescentes 833 avaliou como muito importante o tato do programa disponibilizar duas sessões para pesquisa em manuais e guias alegando ser essa uma atividade importante na tomada de decisão e que ter tempo disponível para pesquisa auxilia no aprofundamento da informSção e na descoberta de novas possibilidades Orientação Profissional Sob o Enfoque dn Análise do Comportamento 53 A entrevista com profissionais também foi bem avaliada por 615 dos adolescentes que afirmaram que tal atividade lhes proporcionou uma visão das profissões sob outra perspectiva menos teórica e mais realista Cerca de 23 dos adolescentes afir maram que a entrevista com o profissional foi decisiva para sua to mada de decisão por ter viabilizado o contato direto com o local de trabalho e o esclarecimento de dúvidas diretamente com um profissional da área A porcentagem de adolescentes que considerou as o rientadoras como tendo desempenho ótimo foi de 483 sendo que 50 não opinaram Dentre os aspectos positivos apontados destacouse a promoção de reflexão por meio dos questionamentos e das discussões 354 e a postura atenciosa paciente e interessada delas a qual segundo 161 dos adolescentes expressavam confiabilidade quanto às orientações realizadas Finalmente 555 dos adolescentes disseram que nada precisaria ser mudado para que a qualidade do programa e a participação dos adolescentes fossem melhorados Das poucas alterações apontadas 277 solicitou a inclusão de visitas ao Campus Universitário e palestras com profissionais seguido por í11 que solicitou aumento no número de sessões de pesquisa em manuais e guias O tempo de duração do programa oito sessões foi avaliado como adequado e suficiente por 944 dos participantes Tecendo livremente suas considerações finais sobre o programa 461 dos adolescentes relatou que valeu a pena participar da Orientação Profissional porque o programa os auxiliou a ter autoconfiança e repertório de análise para a tomada de decisão com conseqüente sentimento de estar preparado para a escolha profissional A ampliação do conhecimento sobre si mesmo e o fortalecimento de seu repertório de enfrentamento de dificuldades foi citado por 192 como razão para considerar que foi importante participar da orientação Cerca de 115 reconheceu ter mudado seus conceitos sobre cursos e profissões por meio do conhecimento da realidade profissional proporcionado pelo programa de orientação 54 Cynthia Borges de Moura Conclusões do estudo As principais conclusões extraídas dos resultados apresentados quanto aos efeitos do programa sobre o repertório dos adolescentes e a adequação da reformulação do programa ao atendimento dos objetivos propostos foram 1 O programa pareceu altamente efetivo para promover mudanças comportamentais indicativas de melhora na capacidade de tomada de decisão Os adolescentes reduzi ram significativamente o número de opções consideradas ao final da orientação melhoraram consideravelmente seus escores de maturidade para escolha e obtiveram o for talecimento dos sentimentos de segurança e confiança quanto a decisão a ser tomada 2 A estruturação do programa atingiu um nível ótimo quanto à seleção e inserção gradual dos procedimentos deforma a maximizar os resultados do processo de orientação Os resultados estatisticamente significativos a alta satisfação com o programa e o índice zero de desistências nos dois gru pos conduzidos indicam que a reformulação do programa atingiu a meta programada Sendo estruturado com objeti vos crescentes a cada sessão esperavase que o programa atingisse um formato ideal tanto para facilitar a adesão dos participantes quanto para modelar òs comportamentos rele vantes à tomada de decisão fatos esses que ocorreram e con firmam a hipótese de adequação do programa proposto 3r O fornecimento de informação profissional continua sendo um dos aspectos melhor avaliados no programa Isso permite concluir que introduzir a informação mais cedo no programa foi efetivo para manter a motivação aumentar a adesão e prevenir desistências Isso não signi fica que o valor do autoconhecimento na orientação possa ser subestimado uma vez que promover aumento no conhecimento de si mesmo parece maximizar o efeito do fornecimento de informação lia composição dos critérios de escolha sendo o segundo cotuponcnte do programa melhor avaliado pelos adolescentes Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 55 4 Os comportamentos das orientadoras que mais auxiliam no processo de tomada de decisão são os ligados a elabo ração das bases da escolha perguntas esclarecimentos questionamentos específicos avaliação de prós e contras promoção de discussões e reflexões A condução de dois grupos de orientação por diferentes orientadoras não teve impacto diferencial no resultado final da aplicação do pro grama Porém a habilidade das orientadoras exerceu papel importante como parte dos componentes efetivos que promovem o desenvolvimento das bases da escolha Dessa forma um programa estruturado como o testado nesse estudo pode auxiliar orientadores inexperientes a atuar com mais competência e segurança por especificar os pas sos da orientação sem os quais atingir resultados positivos poderia ser complicado e custoso 5 A aprendizagem em tomada de decisão parece ser o resul tado mais relevante da orientação e não necessariamente a escolha de uma profissão Embora o programa tenha pro piciado redução no número de opções consideradas ao final da orientação nem todos os adolescentes saíram com uma única opção profissional A significativa melhora na maturi dade para escolha e os 461 que relataram espontanea mente melhora nas habilidades de tomada de decisão indica que o programa da foima como está estruturado enfatiza o processo mais do que o resultado e provavel mente proporciona instrumental necessário para o avanço posterior dos sujeitos que não definiram sua opção My apologies but Im unable to extract any text from this image Orientação Profissional na Análise do Comportamento ProgramaModelo para Atendimento em Grupo Este capítulo apresenta na íntegra um programamodelo de Orientação Profissional Conforme exposto no capítulo quatro o programa de Orientação Profissional aqui apresentado foi elaborado a partir çle pesquisas realizadas pela autora cujos resultados mostraram avanços significativos no processo de tomada de decisão profissional dos adolescentes participantes As pesquisas mostraram também que o modelo proposto apresenta consistência quanto à contribuição do conteúdo das sessões para um avanço seqüencial na aprendizagem dos comportamentos envolvidos na escolha de uma profissão Às sessões descritas a seguir foram planejadas para o formato de orientação em grupo e para atender adolescentes que se encontrem no momento de lazer sua primeira opção profissional Cada sessão é descrita detalhadamente cm termos de objetivos quais comportamentos esperase que os adolescentes apresentem e procedimentos exposição detalhada dos exercícios c aspectos a serem discutidos visando facilitar a condução das sessões por orientadores principiantes A descrição da racional teórica comportamental tem como objetivo situar o orientador 110 raciocínio subjacente a aplicação das estratégias propostas e assim direcionar suas intervenções ao longo da sessão De forma geral são objetivos do processo a ser desenvolvido 1 Analisar junto aos adolescentes as variáveis controlado ras pessoais familiares sociais contextuais implicadas na escolha de liina carreira profissional 58 Cynthia Borges de Moma 2 Levár o adolescente a observar e dispriminar as relaçõçs existentes entre escolhaprofissional e história de vida e como a escolha de uma profissão está diretamente ligada as escolhas que aprendemos a fazer ao longo da vida 3 Desenvolver habilidades necessárias para a escolha a partir do fortalecimento das respostas que compõem o comportamento de tomada de decisão Todos os procedimentos e estratégias propostos pelo programa visam ampliar ao máximo o repertório de análise e consideração de possibilidades por parte do adolescente para em seguida propor uma restrição gradativa dessas opções considerando os critérios eleitos por cada adolescente durante a intervenção rumo à resposta terminal a escolha profissional Neste sentido conforme exposto no terceiro capitulo o trabalho parte do autoconhecimento e exploração de profissões para finalmente propor estratégias facilitadoras da tomada de decisão A estruturação do programa visa organizar e facilitar a atuação dos orientadores os quais passam a ter melhores condições de focar suas intervenções em aspectos do funcionamento do grupo eou da problemática pessoal de cada adolescente De forma geral os orientadores devem atuar de forma a 1 Proporcionar oportunidade de autoexposição quanto ao momento de escolha profissional de fonna a facilitar o processo de tomada de decisão 2 Auxiliar os adolescentes no conhecimento de si mesmo como forma de aumentar a consciência quanto aos critérios pessoais de escolha profissional 3 Fornecer informações e orientar o adolescente na procura de informação atual sobre cursos profissões universida des e mercado de trabalho possibilitando uma decisão baséadào máximo possívelem dados de realidade 4 Dar e propiciarfeedbacks entre os elementos do grupo quanto aos comportamentos implicados no processo de busca de itifonnação análise das opções e tomada de decisão O orientador pode ainda utilizar sistematicamente uma estratégia apelidada de cenas dos próximos capítulos No início de cada sessão explicase aos adolescentes os objetivos da mesma de fonna a contextua lizar o papel daquela sessão dentro da proposta maior de orientação que está sendo desenvolvida Ao final resumese a aprendizagem ocorrida e apresentase brevemente o conteúdo do próximo encontro Com isso esperase aumentar as expectativas positivas quanto às próximas sessões e exercer algum impacto sobre a adesão ao processo como um todo Oriciuaão Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 59 Sessão individual préorientação Objetivos Conhecer e concordar com os objetivos e formato geral de funcionamento do programa Responder os instrumentos de PréIntervenção para poste rior análise comparativa Procedimentos Iniciase a entrevista expondo ao adolescente os objetivos e formato geral do programa composto por três etapas o programa visa aumentar a reflexão dos adolescentes sòbre si mesmos autoconhecimento etapa 1 promover o conhecimento das profissões existentes pelos materiais informativos etapa 2 e por fim integrar as informações obtidas nas etapas anteriores com o objetivo de restringir as opções profissionais selecionadas e favorecer a tomada de decisão etapa 3 Informase o número de sessões necessárias para a conclusão da orientação assim como o dia da semana e horário em que os encontros deverão ocorrer Acrescentase que o programa na forma como está estru turado não é composto de testes que fornecem a profissão a ser seguida mas de exercícios e reflexões que auxiliam no processo individual de escolha profissional Aplicase o Instrumento de pré e pósintervenção Anexo 1 e o EMEP solicitando ao adolescente que responda since ramente aos instrumentos tendo como referencial seu mo mento atual pois os resultados finais serão comparados aos iniciais como forma de avaliação de sua evolução du rante o processo de Orientação Profissional É importante acompanhar o preenchimento dos instrumentos questio nando acerca de dúvidas e verificando se todos os campos foram devidamente preenchidos Encerrase a entrevista confirmando o dia e horário do primeiro encontro grupai 60 Cynihia Borges dc Moura Ia Sessão Definindo oproblema de escolha Objetivos Conhecer e integrarse aos membros do grupo e aos orientadores Expor suas expectativas em relação ao processo de Orienta ção Profissional Definir seu problema de escolha profissional identificar fato res que estão dificultando sua tomada de decisão profissional Racional teórica Quando o adolescente se defronta com o momento de escolha profissional geralmente sua tarefa envolverá a análise minuciosa de dois importantes conjuntos de variáveis que combinadas podem facilitar a ocorrência de uma tomada de decisão segura com maior probabilidade de acerto Por um lado ele deverá considerar a si mesmo qual o controle que as expectativas dos pais estão exercendo sobre sua escolha Os pais têm sido facilitadores ou estão contribuindo com o conflito e a indecisão Os amigos professores meios de comunicação também tem influenciado Como Qual sua história de vida quanto à tomada de decisão O que faz quando necessita fazer uma escolha Quais são meus principais interesses e habilidades Por outro lado o adolescente deverá também considerar as questões ligadas ao mundo do trabalho o que fazem as diversas profissões Quais são os cursos e universidades preparatórias Áreas de atuação ocupações e especializações Mercado de trabalho e remunerações Supõese que a análise de ambos os conjuntos de fatores aumentará sua capacidade de combinar as informações obtidas o que contribuirá para uma decisão mais segura com maior probabilidade de sucesso futuro Assim nessa sessão os orientadores devem auxiliar o adolescen te a discriminar os fatores pessoais relacionados às dificuldades apresen tadas e ajudálos a avaliar o quanto podem estar interferindo com sua capacidade de analisar corretamente as informações e decidirse por uma profissão É importante verificar se as experiências pessoais estão restringindo muito a capacidade de análise do adolescente e se sua histó ria de aprendizagem em tomada de decisão é facilitadora para a escolha profissional Considerase condição restritiva do repertório de análise a exposição a um controle muito rígido em que outras pessoas decidem Orioiação Profissional Sob o Enfoque da Anátisc do Comportamento 61 pelo adolescente ou muito frouxas em que qualquer um decide de qualquer jeito Ambas as condições indicam falhas no processo de aprendizagem de tomada de decisão e podem interferir na escolha Quando isso ocorre o adolescente pode restringir as opções profissio nais consideradas a um conjunto muito pequeno e assim não sei capaz de identificar outras possibilidades importantes que poderiam facilitar sua análise e nortear sua tomada de decisão Nessa primeira sessão os orientadores têm a tarefa de proporcionar um contexto adequado para que o adolescente discrimine a que controles está respondendo e como isso esta dificultando sua tomada de decisão Esperase que essa discriminação enfraqueça o controle restritivo exercido por tais fatores sobre o repertório de análise de forma que as novas contingências estabelecidas pela orientação possam exercer controle importante sobre o processo de escolha profissional durante as próximas sessões Procedimentos Apresentação geral dos participantes do grupo Tébnica do objeto representativo pedese para que cada parti cipante escolha dentre os objetos que usa ou carrega um obje to que lhe represente Em seguida o orientador inicia a apresentação pessoal dizendo seu nome mostrando o objeto escolhido e relatando porquê e em quê ele lhe representa sa lientando dados qualidades ou valores pessoais É interessante que um dos orientadores inicie tal apresentação para fornecer modelo do tipo de descrição pretendida Se os participantes se restringirem a descrições breves devese fazer perguntas abrindoas também aos demais para que haja uma maior exposição de cada um As perguntas podem explorar local de estudo idade características pessoais qualidades interesses etc Todos os membros do grupo devem apresentarse Exposição da proposta de Orientação Profissional e estabelecimento do contrato de trabalho Os orientadores explicam para o grupo o esquema de funcio namento do programa de Orientação Profissional do qual eles estão participando destacando os objetivos e as etapas do processo Cada etapa ÀutoeonhecimentoConhecimcnto das profissõesTomada de Decisão é descrita brevemente em Cynthin Dorges dc Moura termos de objetivos gerais Explicamse também os aspectos formais do contrato como o número de sessões du ração ho rário procedimento em caso de faltas pagamento e sigilo Destacase a importância da participação em cada passo do processo que será desenvolvido pois cada sessão traz um conteúdo único que é prérequisito para a próxima por isso a necessidade do comparecimento a todas as sessões A proposta de Orientação Profissional também é explicada em contraposição à utilização de testes vocacionais Expõemse as vantagens da orientação como um processo de aprendizagem do fazer escolhas enfatizando que uma escolha tão importante quanto à vida profissional não pode ser tratada de forma im pessoal sem o envolvimento ativo da pessoa Finalmente enfatizase a participação ativa de todos na ta refa conjunta que será empreendida Todos podem e de vem expor suas idéias perguntar responder dar feedback auxiliar trazer informações dar opiniões enfim ajudar e ser ajudado pelo grupo Sondagem de expectativas e identificação do problema de decisão Os orientadores explicam que nessa primeira etapa do pro cesso identificação do problema de decisão cada participan te deverá relatai sobre suas expectativas em relação ao programa de Orientação e as dificuldades enfrentadas nesse momento de escolha profissional Solicitase que inicialmente todos façam um relato escrito re cebendo para isso caneta e papel com a seguinte proposição O que me trouxe para o processo de Orientação Profissional Anexo 2 Os orientadores explicam aos adolescentes que eles devem relataras dificuldades que estão enfrentando e as expec tativas que tem quanto a orientação Podese auxiliar os adoles centes na organização de seus relatos com perguntas tais como por que você está aqui O que já pensou em fazer Por que está difícil escolhei O que você queria ser quando criança O que seus pais dizem sobre sua escolha ou indecisão O que está sen tindo frente a essa tarefa de escolha Pedese ainda para que cada adolescente escreva sem interferir no relato dos demais Após o término dessa atividade solicitase que cada partici pante conte ao grupo sobre o que escrcveu Caso prefiram ler Orientação Profissional Sob o Entoque da Análise do Comportamento 63 seu relato poderão fazêlo Os orientadorès devem auxiliar a autoexposição dos adolescentes dizendo que todos provavel mente estão passando por dificuldades semelhantes que não há relatos certos ou errados e que somente com a exposição clara e sem receios das dificuldades os orientadores terão con dições de compreender o grupo e oferecer a aj uda necessária Durante ou ao final da exposição de cada adolescente os orienta dores podem intervir solicitando esclarecimentos quanto às situações vivenciadas na tentativa de promover uma maior conscientização sobre as dúvidas e os sentimentos relacionados Após essa etapa o grupo é solicitado a relatar semelhanças e diferenças observadas nos relatos apresentados em termos de dificuldades e expectativas em relação ao processo de orien tação Discutir as influências sobre a escolha que não são sempre negativas pois todos somos influenciados de um modo ou outro e o importante é perceber que as influências existem e detectar o quanto elas estão nos impondo um certo tipo de comportamento e como podemos lidar com isso Conchjsõo da sessão Para concluir a sessão os orientadores definem com os adoles centes o problema de escolha profissional como sendo de aprendizagem de tomada de decisão enao apenas de escolha de uma profissão Para isso utilizase uma figura que ilustra o os caminhos de escolha e suas prováveis conseqüências ver Anexo 3 É novamente destacada a responsabilidade de cada um em relação à resolução de seu problema e a sua tomada de decisão com o auxílio da orientação que fornecerá condições para essa aprendizagem Destacar que esse processo teve inicio com essa primeira sessão ao observarem relatarem e se toma rem mais conscientes de suas próprias dificuldades Salientar que aprendendo a fazer a escolha da profissão e não alguém dando a solução aprendese também a fazer outras escolhas na vida Colocamse assim os adolescentes diante da primeira escolha a ser feita Eu quero participar de um processo de Orientação Profissional com essa proposta Em seguida os crachás são retirados e pedese para que cada um fale o nome dos demais numa determinada seqüência es tabelecida com o objetivo de descontrair os adolescentes en trosar o grupo e facilitar o conhecimento de seus membros Cyuthu Borges Jc Moura 2a Sessão Conhecendose v para escolher Objetivos identificar e descrever características pessoais habilidades e atividades de interesse Discutir a relação entre interesses habilidades e potencial de aprendizagem e suas implicações para o desempenho de qualquer atividade profissional Racional teórica Após a definição do problema de decisão isto é da identificação dos fatores que estão dificultando a escolha os adolescentes necessitam discriminar de formá mais refinada suas características pessoais antes de analisar quaisquer alternativas profissionais Considerase quê a identificação e descrição de características pessoais como eu sou interesses do que eu gosto e habilidades que coisas fàço bem pode promover um aprofundamento do autoconhecimento de forma a auxiliar na escolha das opções profissionais a serem consideradas Assim tanto a estratégia quanto a forma de condução da sessão pelos orientadores deve fornecer ao adolescente condições para a discriminação de seus interesses que coisas eu gosto e me chamam a atenção habilidades em quais atividades tenho um bom desempenho o que sei fazer com destreza potencialidades o que gostaria de aprender e limitações o que reconheço que não sei fazer satisfatoriamente Isso significa que a intervenção deve levar a discriminação dos reforçadores atuais que podem manter forte relação com reforçadores potenciais na mesma direção Se o adolescente conhece hoje o que é reforçador para ele certamente fará escolhas que impliquem na presença de tais reforçadores no íiituro Supõese que quanto maior for a probabilidade de que tais reforçadores estejam envolvidos em sua atividade profissional maior será também a satisfação com o envolvimento nos estudos preparatórios e o sentimento de segurança quanto a escolha realizada Assim nesta sessão esperase que ao estabelecer contingências tanto para a discriminação de características pessoais quanto paia a discriminação de reforçadores atuais e potenciais aqueles que tem Orientação Profissional Sob o Enfoque da Ajtálise do Comportamento 65 grande probabilidade de vir a controlar o comportamento futuro os adolescentes possam ampliar seu repertório de autoconhecimento de forma a estarem mais preparados para a seleção de possibilidades profissionais a serem consideradas Procedimentos Exercício combinado de autoconhecimento Cada adolescente recebe o exercício Anexo 4 composto de uma lista de 74 características pessoais e uma folha de resposta em que ele deverá distribuir cada uma das características listadas em um dos quatro quadrantes Gosto e faço Gosto e não faço Não gosto e faço5 uNao gosto e não faço As instruções do exercício sao lidas conjuntamente e os adolescentes têm um tempo para realizar individualmente seu exercício Salientase que as dúvidas podem ser esclarecidas a qualquer momento É importante acompanhar a realização da atividade dirimindo individualmente as dúvidas e observando o preenchimento dos quadrantes Ressaltar que todas as características devem ser es critas enao apenas seus respectivos números colocados nos qua drantes que nenhuma característica deve ser excluída embora outras características ou atividades possam ser incluídas que ne nhuma característica deve fazerparte de mais de um quadrante Discussão do exercício Cada participante é solicitado a relatar de uma maneira geral o resultado de seu exercício e durante sua exposição os ori entadores questionam sobre as descobertas feitas quanto a si mesmo quais as semelhanças entre as atividades agrupadas num mesmo quadrante Os orientadores devem chamar a atenção para a distribuição das característicasatividades nos quatro quadrantes para que os adolescentes observem era quaí dos quadrantes se concen tra o maior e o menor número de atividades ou se os quadran tes estão em equilíbrio Em seguida é pedido para que avaliem as características ou atividades neles expostos de acordo cóm este significado o 66 Cynthia Borges do Mourn Gosto e faço sinaliza interesses ehabilidades já desenvolvi dos o Gosto e não faço sinaliza algum interesse e pouca ha bilidade enquanto o Não gosto e faço sinaliza o inverso falta de interesse e alguma habilidade o que leva a análises mais detalhadas para determinar se vale a pena investir na quelas áreas e o Não gosto e não faço sinaliza falta de inte resse e habilidade do indivíduo devendose evitar profissões que envolvam prioritariamente aquelas características Após essa explicação é importante levantar discussões sobre a a possibilidade de desenvolver gostos e habilidades O que é mais fácil aprender a gostar de alguma coisa ou aprender a fazer alguma coisa b o que estaria dificultando ou facilitando a realização das coisas que gosta Nesse momento obstáculos são reavaliados com levantamento de alternativas para isso c a necessidade de realizar coisas não prazerosas mas que trarão benefícios a médio e longo prazos avaliação custobenefício d a importância de compatibilizar interesses e habilidades atuais ou potenciais com profissões de interesse Os adolescentes deverão ser lembrados que se durante a dis cussão desejarem alterar a lista mudar alguma característica de quadrante poderão fazêlo desde que tal mudança seja decorrente do amadurecimento das reflexões realizadas Recomendação aos orientadores atenção especial deve ser dada àqueles que gostam de tudo ou não gostam de nada devendose auxiliálos mais de perto a reverem seu exercício e refletirem melhor sobre as atividades descritas Conclusão da sessão É apresentada uma figura com a seguinte frase Quando você não sabe onde quer chegar todos os caminhos estao errados Anexo 5 destacandose a importância da etapa de aútoconhccimento para que a partir dele cada um possa empreender ações mais adequadas que venham a auxiliar ua escolhas futuras Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 67 3a Sessão Relacionando características e profissões Objetivos Relacionar características capacidades e habilidades das pessoas frente às exigências das profissões e áreas de atuação selecionadas Discutir a relação entre as profissões profíssãoprofxssão e indivíduoprofissão e as diversas formas de classificação e combinação das profissões Refletir sobre critérios para a seleção de alternativas pro fissionais e tomada de decisão Racional teórica Essa é uma sessão de transição entre a análise de características pessoais a análise da realidade profissional Ao enfocar outro importante conjunto de variáveis profissões cursos mercado de trabalho a intervenção deve considerar que os adolescentes podem estar respondendo a um conjunto de regras préestabelecidas por agentes externos de controle isto é podem estar escolhendo com base nos estereótipos das profissões ou nas informações superficiais e idealizadas sobre as atividades que envolvem a prática profissional Agindo dessa forma deixam de obter informações importantes e de analisálas com base em seus critérios pessoais de escolha Por essa razão regras e controles impróprios precisam ser enfraquecidos para que o contato direto com a informação sobre a realidade profissional possa levar o adolescente a considerar e analisar novas possibilidades de escolha Assim nessa sessão ao promover a discussão de que não existe uma combinação linear indivíduoprofissão mas diversas combinações possíveis entre características do indivíduo e áreas de atuação profissional esperase não apenas enfraquecer os controles impróprios mas principalmente promover um aumento da variabilidade comportamental aumentando também a probabilidade de que os adolescentes selecionem seus próprios arranjos de forma apropriada Se os adolescentes puderem discriminar as contingências restritivas ou 68 Cymhia Borges de Moura inapropriadas quando existentes que exercem controle sobre a forma com que selecionam suas opções talvez possam responder de forma mais acurada a informação sobre profissões fornecida pela intervenção e assim compor o comportamento de analisar opções e de decidirse por uma profissão Procedimentos Técnica combinação profissõescaraclerísticas Técnica adaptada de Soares 1987 p 98101 Antes de começar a técnica pedese a cada participante que faça umalista de profissões de seu conhecimento ou de seu interesse Devese insistir para que listem de 08 a 10 profissões Depois apartir das listas individuais fazer uma única lista contendo todas as profissões citadas nas listas individuais não é necessário repetir a mesma profissão A lista única deve ficar em lugar visível lousa ou cartaz Os orientadores devem preparar de antemão dois conjuntos de tiras de papel sulfite um em branco e outro com as carac terísticas do Exercício combinado de autoconhecimento Anexo 4 Na sessão após a execução da lísta conjunta o grande gru po deve ser dividido em subgrupos de 3 ou 4 participantes Cada subgrupo recebe primeiro o conjunto de tiras em branco nas quais deverão escrever os nomes das profis sões da lista conjunta Receberão também cola canetas hidrográficas e papel bobina para que o trabalho seja apre sentado em forma de um painel Em seguida as tiras deverão ser agrupadas consideran doos aspectos em comum entre as profissões a critério dos grupos Orieutação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 69 Concluída essa etapa receberão as outras tiras com os itens do Exercício combinado deautoconhecimento cada tira deve ser acrescentada a apenas um dos agrupamentos realizados de acordo novamente com os critérios eleitos pelo grupo As características não podem ser repetidas para dois agru pamentos de profissões Quando o grupo achar que dois agrupamentos apresentam a mesma característica deve de cidir em qual deles ela está mais presente pode ser obser vada com maior freqüência Os agrupamentos devem ser nomeados e outras características podem ser adicionadas aos conjuntos com o que trabalham es sas profissões O que fazem em comum esses profissionais As características das pessoas que exercem tais profissões Ao final os subgrupos apresentarão os cartazes realizados ao grande grupo explicando os critérios usados na sua con fecção Recomendação aos orientadores as instruções devem ser dadas passo a passo a próxima instrução só é dada após completada a anterior Se possível os orientadores deverão acompanhar de peito o trabalho dos subgrupos de maneira a facilitar as discussões assegurar que todos participem e observar a dinâmica do grupo Discussão da técnica ldentificamse inicialmente os critérios utilizados por cada grupo nos agrupamentos realizados nos cartazes Levan tamse as semelhanças e diferenças encontradas enfocan dose as interreiações entre as profissões características dos profissionais e mercado de trabalho Discutese então que as diferenças encontradas nos crité rios de cada grupo ocorrem em função das diferenças en tre as pessoas Explicase que se cada pessoa montasse seu próprio agrupamento com certeza não haveria nenhum cartaz idêntico ao outro 70 Cynthia Borges Je Moura Apontase a importância Je que cada uln identifique clara mente os critérios pessoais sobre os quais pretende apoiar a sua escolha profissional Destacase o impacto dessa con sideração grupai realizada por meio dos cartazes sobre a seleção dos critérios de decisão individual Recomendação aos orientadores alertar o grupo de que essa sessão pode gerar um aumento no número de opções a serem consideradas com respectivo aumento de sentimentos de angús tia e indecisão Salientar que tais respostas são esperadas em função do procedimento de resolução de problemas adotado Explicar que a orientação a partir desse momento começará a priorizar a restrição dos critérios e conseqüentemente das opções de escolha Conclusão da sessão Devolvese aos adolescentes a folha do exercício de auto conhecimento e solicitase que observem o quadrante do gosto e faço e comparem com o painel realizado verifi cando em que grupo de profissões concentrase a maior parte de suas características Em seguida apresentase um cartaz que representa uma outra forma de agrupamento das profissões Anexo 6 para que cada adolescente possa comparálo seu perfil levantado na sessão anterior Solicitase a cada membro a elaboração de uma nova lista de profissões a partir dos cartazes e da discussão realizada para investigação detalhada na próxima sessão ÓrliíHtaçao Profissional Sob o En Foque da Análise do Comportamento 71 4a e 5a Sessões Investigando profissões Qbjetivos Selecionar as profissões de interesse para investigação e busca de informação Realizar leituras em material informativo sobre as profis sões de interesse Discutir a importância da pesquisa e da informação profis sional sobre a seleção dos critérios de tomada de decisão Racional teórica Após promover uma ampliação no repertório de consideração e análise de alternativas pessoais e profissionais parece necessário que a intervenção se direcione para o aprofundamento da busca de infoimaçao como forma de promover uma restrição de opções rumo a tomada de decisão Hipotetizase que se o adolescente tiver contato direto com informações seguras sobre profissões e carreiras o que significa ser exposto às contingências relevantes sobre profissões provavelmente ele restringirá suas opções pela confrontação de tais informações com suas expectativas e dados de autoconkecimento Além das estratégias de pesquisa profissional essa sessão deve incluir discussão sobre mudanças nas escolhas atuais em função de mudanças ambientais Se o contexto muda uma nova opção profissional pode ser necessária para que o indivíduo se adapte a ele A funcionalidade dasopções pessoais e profissionais podem se alterar ao longo da yida e uma nova escolha não significa erro na escolha anterior Nesse sentido essa sessão tem como objetivo adicional ensinar os adolescentes a pesquisar e fazer uso apropriado das fontes de informação sempre que precisarem redirecionar sua escolha profissional ou área de atuação Assim nessa sessão esperase que os adolescentes iniciem a restrição de suas opções profissionais pela confrontação das informações sobre profissões cursos carreiras áreas de atuação profissional e mercado de trabalho com seus dados de autoconhecimento e aprendam a pesquisar e acessar fontes de 72 Cynthia Borges clc Moura informação profissional e a usar tais informaçpes para compor as variáveis que tornarão mais provável uma tomada de decisão apropriada e consciente Procedimentos Condução da 4a sessão Instruções para a pesquisa Os orientadoras devem proceder da seguinte forma Levar preparado um cartaz como nome do adolescente e as profissões que ele escolheu para pesquisar Distribuir as listas com as profissões elaboradas na sessão anterior para cada participante Solicitar que os adolescentes verifiquem o cartaz De olho no seu potencial Anexo 6 no caso de existir a necessidade de acrescentar mais alguma profissão Acrescentar a profissão no cartaz se algum participante tiver alterado a sua lista Distribuir o material informativo sobre cursos e profissões e orientar para que seja feita a pesquisa das profissões de inte resse mostrar onde eles podem ler pedir que leiam mais de um manual para ter mais de uma opinião sobre o assunto vide Anexo 7 Relaçao de manuais e sites para pesquisa de profissões Recomendação aos orientadores acompanhar a busca de informações individualmente mostrando materiais específicos questionando acerca de aspectos que apontam como compatíveis e incompatíveis ao seu perfil incentivando pela procura conjunta a busca de um maior número de informações Mscussõo Requerer que cada adolescente relate o que foi lido o que achou de interessante o que descobriu de diferente na pro fissão que pesquisou o que já sabia e que informações complementares e relevantes obteve Orientação Profissional Sob o Enfoque da Anáiisc do Couiponamento 73 Solicitai também relato das possíveis relações entre as profissões pesquisadas e seus interesses e características Se possível finalizar com a apresentação de vídeo sobre profissões de interesse Se necessário retomar discussões anteriores como por exemplo a possibilidade de desenvolver habilidades para atender as necessidades de uma profissão de interesse A partir das profissões que foram lidas solicitar a cada adolescente que exclua das profissões listadas na cartaz aquelas que pretende desconsiderar relatando a razão da eliminação O orientador pode dizer que o momento da es colha éstá começando e a primeira parte disso será feita por exclusão Sugerese ao orientador que não deixe o adoles cente excluir a profissão por qualquer motivo Assim so mente é considerado argumento aceitável de exclusão aquele que apresenta incompatibilidade entre a habilidade pessoal do indivíduo e as características requeridas para aquela profissão Recomendase que o orientador abra a discussão para que o grupo também avalie se o critério de exclusão parece aceitável Conclusão da 4a sessão Passar como tarefa de casa para a 6a sessão a realização de uma entrevista com um profissional Explicar que eles po dem começar a se organizar para entrevistar o profissional realizando contatos e agendando entrevistas Distribuir o roteiro Anexo 8 com algumas perguntaschave e esclarecer que tratase de um modelo que nem todas as per guntas precisam ser feitas ou ainda que a partir dele outras perguntas podem ser acrescentadas Recomendar que a entrevista seja feita de preferência com profissionais já experientes nem alunos nem re cémformados porque eles já estão inseridos no mercado de trabalho e podem dar uma visão mais real da profissão Avisar aos adolescentes que a pesquisa continua na próxima sessão na qual também seriio fornecidos alguns endereços 74 Cynüiía Borges dt Moura eletrônicos ver lista de Ates para aqueles que têm Internet c tem interesse em pesquisar mais ou trazer material novo para a discussão Mostrai para os adolescentes a figura com a fraseAbra seus horizontes Anexo 9 salientando a importância de uma atitude aberta para obtenção de informações poster gando qualquer restrição de opções profissionais Procedimentos Condução da 5a sessão passo a passo Instruções para a pesquisa 1 Selecionase previamente as profissões de maior interesse de cada um que resultaram da discussão da sessão anterior e providenciase cópias de manuais acadêmicos das Uni versidades locais ou de interesse os quais contém a relação de disciplinas de cada áno dos cursos com as respectivas emendas para que os adolescentes percebam como se estrutura cada curso e o que é ensinado em cada ano 2 Solicitase aos adolescentes que retomem a pesquisa para que leiam o que não tiveram tempo de ler no material informativo disponível Anexo 7 3 Distribuemse as cópias para cada participante conforme Os cursos de interesse Orientase que para facilitai a aná lise das informações durante aleitura grifem com caneta azul as informações positivas aspectos que mais lhes agradam que acham interessantes que coinci dem com suas habilidades e com caneta vermelha as informações negativas aspectos que lhes desagradam ou que coincidem com áreas de inabilidade reconhecida Discussão Iniciar a discussão do que foi pesquisado colocando o cartaz com todas as profissões escolhidas por cada adolescente para nova análise e exclusão Orientação Prolissiom l Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 75 Solicitar exposição oral dos resultados da pesquisa e esco lha de qualis pro fissão ões vai excluir e porquê Nova mente o adolescente só poderá excluir aquela profissão cora um argumento convincente o indivíduo não tem habi lidade para aquilo e não pode nem quer aprender a desen volver O orientador aceitará apenas argumentos que incompatibilizem interesses habilidades e eventuais valo res com as características requeridas pelas profissões Dis cutir se aquela disciplina que ele não gostou se refere a um conhecimento necessário dentro do curso ou se faz parte da ocupação da profissão a profissão não poderá ser excluí da se o conteúdo da disciplina desagradável não fizer parte do diaadia da profissão Pedir aos adolescentes que avaliem as profissões que pesqui saram e atribuam um Valor para cada curso restante 5 estre las 4 estrelas 3 estrelas e assim por diante conforme subjetivamente avaliarem seu interesse ou a atratívidade da profissão Essa avaliação subjetiva depois de realizada no concreto desenhar estrelas para cada profissão restante auxilia na avaliação objetiva do interesse pela profissão A partir da atribuição de estrelas aos cursos aprofundar os questionamentos para qiie o refinamento não se dê apenas por exclusão mas pela descrição dos critérios relevantes que estão exercendo controle sobre a permanência de tais profissões na pauta de opções consideradas Conclusão da 5a sessão Distribuir o roteiro que fala sobre a entrevista para a próxima sessão It em Instruções para a realização das entrevistas ler com os adolescentes verificar se alguém já a realizou e quem está com dificuldades de encontrar um profissional para reali zar a tarefa Anexo 10 Explicar que na próxima sessão as entrevistas serão dis cutidas e que para isso é importante que sejam realizadas Esclarecer que se alguém por alguma razão não conse guir realizála não deve ausentarse da sessão seguinte 76 Cyntliia Borges de Moura 6a Sessão Olhando as profissões por outra perspectiva Objetivos Aprofundar o conhecimento das profissões desfazendo in formações incorretas ou distorcidas sobre cursos e carrei ras por meio da realização e dramatização de entrevistas com profissionais de diversas áreas Analisai em grupo a compatibilidade entre característi cas pessoais e características exigidas pélas profissões de maior interesse de cada um Tomar consciência de quais variáveis da realidade profis sional devem compor os critérios individuais de escolha profissional Racional teórica Essa sessão marca outro momento de transição no processo de intervenção Ela deve proporcionar tanto o fechamento do assunto de pesquisa profissional quanto o início do processo de tomada de decisão Como essa fase final tera como objetivo restringir as opções para levar a üma decisão terminal os adolescentes têm agora a tarefa de escolher um profissional piara discutir os dados dá realidade profissional Hipotetizase quê a escolha aparentemente simples de um profissional a ser entrevistado envolva um repertório complexo composto de respostas adquiridas durante a intervenção e também se constitua numa resposta anterior e talvez facilitadora à tomada de decisão Por outro lado a realização de uma entrevista com um profissional pode auxiliar na restrição das opções pelo fornecimento de mais informações que podem compor os critérios de inchisão e exclusão de cada adolescente Um terceiro ganho parece ser que a experiência dessa sessão colocarse no lugar do profissional vivenciar mesmo de forma artificial a condição de profissional de uma determinada área pode proporcionar uma análise da condição de exercer essa profissão a partir da minha própria perspectiva facilitando ainda mais o processo de incluirexcluir opções Assim nessa sessão esperase que Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 77 o ensaio comportamental proporcione ura contexto de avaliação do impacto das conseqüências positivas e negativas relação custobeneficio advindas da escolha profissional a ser realizada crie ura contexto de aprendizagem de tomada de decisão por meio do treino de vários comportamentos como escolher avaliar a escolha escolher de novo vivènciar o papel avaliar a escolha do outro etc aumentando ass im a probabilidade de emissão de um comportamento apropriado de restrição de alternativas e tomada de decisão Procedimentos Instruções para a dramatização das entrevistas Preparar o local da sessão com acessórios representativos de diversas profissões jaleco mesa cadeira calculadora porta lápis telefone etc Iniciar a sessão dizendo que eles vão dramatizar vivènciar a entrevista realizada os adolescentes que fizeram mais de uma entrevista escolhem aquela que preferem dramatizar Relatar a entrevista colocandose no papel do entrevistado falando da experiência do outro como se fosse a dele em primeira pessoa e escolher alguém para ser o entrevistador os orientadores podem participar da primeira dramatiza ção para servir de modelo e promover descontração Realizar roleplay da conversa com o profissional O adoles cente dramatizará ele mesmo como profissional a partir das informações obtidas na entrevista que realizou como se ele já estivesse formado e trabalhando naquela átea É importante que o participante que não realizou a entrevista também parti cipe do roleplay como entrevistador ou como entrevistado para que perceba a importância das informações coletadas na entrevista para a composição de seus critérios de escolha Discussão Ao final das dramatizações questionase ao adolescente a 78 Cynthia Borges dç Moura Questionase também osque não realizaram a entrevista sobre qual profissional teriam escolhido para dramatizar Solicitase ainda que o adolescente relate quais informações foram acrescentadas por meio da entrevista quais considerou importantes e a vivência nos dois papéis de entrevistador e entrevistado em relação à profissão escolhida Questionase se a entrevista auxiliou a refinar os critérios de tomada de decisão enfatizando que a escolha de um profis sional para entrevistar indica melhora substancial na capaci dade de decisão que com certeza terá impacto importante sobre a escolha terminal Auxiliase cada membro a discriminar quais aspectos evidenciados na dramatização indicam compatibilidade das características envolvidas naquela profissão com as de quem entrevistou Devese finalmente discutir sobre as reflexões que fizeram após a conversa com o profissional Recomendações aos orientadores quando a maioria dos participantes realizou a entrevista solicite que cada um selecione as principais questões que gostaria de responder na dramatização Isso évita prolongar por muito tempo as dramatizações permite que todos participem e que haja tempo para as discussões necessárias Ao final realizase uma síntese do que foi observado e relatado em comum entre todas as dramatizações 0mclusõo dá sessão Bsclarecer aos adolescentes que na próxima sessão será realizada uma análise da compatibilidade entre os critérios e valores pessoais e as características exigidas pelas profissões de maior interesse de cada um Lembrar ao grupo a proximidade do final da orientação e a importância do comparecimeuto para fechamento do processo Para quem ainda não fez a entrevista existe a possibilidade de fazêla antes da próxima sessão pois será aberto um espaço para o adolescente contar para o grupo como foi a experiência Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 79 7Sèssão Selecionando critérios de decisão Objetivos Identificar ou definir valores pessoais que comporão os cri térios envolvidos na tomada de decisão definir o que conta mais na hora de decidir Definir metas pessoais ligadas ao alcance de metas profis sionais a médio e longo prazo Discutir alternativas de resolução dos problemas relacio nados a tomada de decisão como operacionalizar as infor mações obtidas em comportamentos direcionados à meta de escolha profissional Racional teórica Hípotetizase que tendo chegado a esse estágio do processo os adolescentes agora se encontram em melhores condições de realizar uma análise mais aprofundada de sua realidade e suas perspectivas futuras rumo a tomada de decisão Para isso a açiálisç do repertório pessoal será retomada a fim de promover um refinamento do autoconhecimento enfocando agora a discriminação de valores pessoais implicados na escolha profissional Entendese que a discussão de valores pessoais após a etapa de informação tem a função de complementar a análise das opções selecionadas como forma de refinar os critérios de escolha e tomar mais provável a ocorrência da tomada de decisão Assim nessa sessão a intervenção deve focalizar o reconhecimento dos valores pessoais seus sentimentos em relação a eles no presente e como gostariam que fizessem parte de seu futuro profissional Essa discussão parece auxiliar no avanço do processo de tomada de decisão na medida que pode proporcionar um aumento na probabilidade de que os adolescentes formulem critérios próprios de escolha e estabeleçam metas pessoais e profissionais adequadas e realistas 80 Cynthia Borges de Moura Além disso esperase que a intervenção estabeleça contingências para o refinamento dos critérios de escolha a partir da combinação de características e valores pessoais com as informações profissionais Esperase também que essa análise tenha impacto sobre a forma como o adolescente ira concluir sua seleção de alternativas e de critérios de escolha para a tomada de decisão por fortalecer comportamentos que levem a elaboração de metas futuras concretas e factíveis Procedimentos Instruções para a realização do exercício de análise de critérios de escolha Passamse as instruções para a realização do Exercício de aná lise de critérios de escolha Anexo 11 Os orientadores entre gam a folha dobrada para que os adolescentes visualizem somente a primeira parte do exercício e explicam o que deverá ser feito Nessa primeira parte do exercício os adolescentes eventualmente questionam os orientadores sobre os significa dos dos valores listados Nesse caso devese devolver a per gunta e levar os adolescentes a estabelecerem seus próprios conceitos sobre os valores relacionados no exercício Solicitase que os adolescentes virem a folha e façam a segunda parte do exerdeio selecionem os cinco valores mais importantes e as três profissões de maior interesse para comparação dos re sultados Se o adolescente colocar apenas uma opção solicite que inclua uma segunda para que a comparação seja possível Esclareça que para uma mesma linha do exercício a atribuição de probabilidade pode ser a mesma Na terceira parte do exercício pedese que os adolescentes somem as colunas e verifiquem qual profissão obteve maior pontuação Explicase que a profissão de maior pontuação indica maiõr probabilidade de corresponder aos valores pes soais de cada um Esclarecese que esse exercício apenas de monstra uma forma de ponderação dos valores os quais podem se constituir em critérios fmaisquando se escolhe o estilo de vida que se quer ter no exercício da profissão Orieutação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 81 Discussão do exercício Perguntase àos adolescentes era quais aspectos o exercício ajudou a refletir sobre a escolha e quais outros valores deve riam ser acrescentados ao exercício pela sua importância no auxílio a tomada de decisão Solicitase aos adolescentes que descrevam qual a ordem de importância que atribuiu aos valores e quais as três pro fissões colocadas no exercício Se o resultado surpreendeu ou confirmou as profissões que já estava considerando Verificase se o exercício auxiliou na restrição de opções se pôde restringir e refinar a escolha se o estilo de vida implícito nos valores escolhidos pode ser contemplado pela profissão em escolha se as metas ligadas a profissão e estilo de vida são reais ou ideais e como pretende conciliar vida pessoal e tra balho dentro do estilo pessoalprofissional descrito Ressaltase também a importância da adequação dos cri térios pessoais de escolha à realidade de cada um discutin do como adaptar as metas ideais às possibilidades reais de vida e traçando metas factíveis com maiores possibilida des de realização Conclusão da sessão Esclarecer que na próxima sessão se realizará o fechamento do processo de Orientação Profissional no qual se discutirá em quê o grupo ajudou na decisão e os passos que podem ser toma dos para a continuação do processo de escolha profissional após o término do processo de orientação formal 82 CynfJiia Borges de Moura 8 Sessão Analisando o futuro diante da escolha presente Objetivos Avaliar os resultados alcançados em relação aos objetivos da Orientação Profissional escolha de uma profissão res trição das opções profissionais eou aprendizagem do pro cesso de tomada de decisão Relatar as metas profissionais selecionadas e definir alguns passos para a concretização de tais metas a partir da aprendizagem ocorrida Responder os instrumentos de PósIntervençao Racional teórica A última sessão do programa visá avaliar o processo e seus resultados bem como esclarecer que outros resultados podem advir futurameute do amadurecimento da aprendizagem ocorrida 110 grupo Entendese que o presente programa de Orientação Profissional da forma como está estruturado pode ter como resultado vários comportamentos dos adolescentes como decidirse por uma única profissão restringir suas opções profissionais aprender o processo de tomada de decisão para utilizarse dele mais tarde etc Entendese também que uma decisão terminal não precisa necessariamente coincidir com o término da intervenção pois o processo de crescimento profissional é algo processual que pode se dar ou se concretizar em vários momentos da vida Avaliar a experiência presente e seu impacto futuro pode auxiliar o adolescente a reorganizar as aprendizagens adquiridas e o curso de ação selecionado Descrever os passos de seu processo de desenvolvimento no grupo pode ser útil no sentido de treinar o adolescente na aplicação de tal habilidade em decisões futuras sobre carreiras identificar o ponto de partida o de çhegada e os passos intermediários para o alcance de tais metas Nessa última sessão Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento S3 esperase que ao levantar os resultados obtidos e avaliar aspectos que podem ainda estar dificultando a análise das contingências profissionais e a emissão do comportamento de decidirse por uma profissão se possa criar um contexto favorável para o planejamento e o engajamento efetivo do adolescente em estratégias de ação que o conduza a assunção e concretização de sua escolha Procedimentos Instruções para as atividades da sessão Por ser a última sessão em grupo ao iniciála os orientadores devem fazer uma breve retrospectiva de todas as etapas e exercícios realizados durante o programa de Orientação Pro fissional qual foi o ponto de partida e os passos dados durante o programa Devem fazer também a realização da autoavaliação indi vidual por escrito a partir da proposição Em que cresci com este grupo e em que acho que ainda poderei crescer Anexo 12 Discussão Solicitar aos adolescentes que relatem ou leiam para o gru po o que escreveram em sua autoavaliação final Após todos terem exposto seus relatos solicitar que apontem o que observaram em comum entre eles Fazer uma síntese para o grupo das avaliações individuais acerca do grupo de Orientação Profissional por meio dos relatos mostrando ao grupo o ponto de partida como che garam na orientação os pontos intermediários como se deu a aprendizagem e o ponto de chegada o que eles estão avaliando como resultados obtidos 84 Cynthia Borges de Moura Salientar o fato de que várias decisões são tomadas ao longo da vida que o processo de decisão profissional não se esgota com o término do grupo e que mudanças no decorrer da vida podem acarretai transformações e adaptações na escolha pro fissional não implicando erro na escolha inicial Dar um feedback geral para o grupo valorizando a perseve rança no programa e o conseqüente enfrentamento do custo requerido pela proposta da orientação nesse formato de auto descoberta Apontar tais características como essenciais para o enfrentamento dos desafios e a obtenção de sucesso na carreira profissional que escolherem Recomendações aos orientadores nessa sessão devese evitar questionamentos que abram discussões que não poderão ser aprofundadas em fimção do término do grupo Os orientadores devem preferencialmente auxiliar os adolescentes a realizarem sínteses conclusivas a respeito da experiência vivida durante a orientação CòiiclusQo áa sessão Distribuição e leitura do resumo final dos tópicos discutidos ao longo da intervenção Anexo 13 Preenchimento do Instrumento de pré e pósintervenção Anexo 1 e da Escala de Maturidade para a Escolha Profis sionál EMEP Neiva 1999 Solicitase ao adolescente que responda aos instrumentos de acordo com o momento pre sente pois os resultados finais serão comparados aos iniciais e discutidos individualmente na sessão devolutiva Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 85 Sessão individual pósorientação Objetivo Fornecer feedback a cada participante sobre seu desempenho e desenvolvimento ao longo do processo de orientação Procedimentos Uma entrevista devolutiva individual é realizada com cada adolescente em que serão discutidos seu desempenho e desenvolvimento ao longo do processo de orientação com base nas observações durante a intervenção nos rela tos escritos e nos resultados comparativos obtidos com a Escala de Maturidade para a Escolha Profissional EMEP e com o Instrumento de Pré e PósIntervenção O feedback ao adolescente não inclui considerações do orien tador sobre a profissão que deve ser escolhida Salientase seu desenvolvimento e crescimento quanto ao amadurecimento do raciocínio de análise para a tomada de decisão Qualquer informação mais objetiva oriunda das observações do comportamento do adolescente durante as sessões deve sempre ser checada com ele quanto a correspondência com sua experiência e autopercepçao Questões não abordadas com profundidade durante as ses sões de Orientação Profissional mas importantes de serem pontuadas individualmente quanto a avaliações ou enca minhamentos poderão ser feitos nesse momento O orien tador deve se colocar a disposição para auxiliar a dirimir dúvidas que ainda existam após o término do programa O orientador realizando pesquisa ou interessado em ava liar os resultados de um grupo de orientação confonne descrito no capítulo quatro poderá fazer uso dos seguintes instrumentos ISC Inventário de Satisfação do Consumi dor Anexo 14 e Questionário de avaliação do programa Anexo 15 My apologies but Im unable to extract any text from this image Japítuio 6 Considerações sobre a Formulação de Programas Comportamentais de Orientação Profissional A Orientação Profissional hoje tem sido vista como um importante e cada vez mais necessário recurso para auxiliar o jovem a escolher uma profissão Muitas das atuais mudanças educacionais por um lado beneficiam o processo pedagógico do adolescente e por outro trazem dificuldades ao seu processo de èscolhà profissional Macedo 1998 Tais mudanças tem forçado uma decisão cada Vez mais prematura na vida do jovem sem dar a ele o tempo e os recursos necessários para que avance no processo de tomada de decisão A preocupação de orientar adequadamente os jovens nessa importante decisãò permeia atualmente o contexto escolar o qual tem oferecido recursos dentro de suas possibilidades na tentativa de atender tais necessidades dos estudantes Porém muitos dados sugerem que eles são insuficientes para auxiliar o jóvem a superar suas dificuldades com essa questão Chapman Katz 1983 A partir dessa constatação muitos programas extraescolares Lucchíari 1993 Carvalho 1995 Moura 2000 têm sido desenvolvidos com o objetivo de fomecer ao adolescente recursos apropriados à tomada de decisão profissional Tais programas assumem várias formas por partirem de diferen tes pressupostos teóricos porém até o momento o trabalho descrito neste livro parece ser pioneiro na conceítualização e operacionalização da Orientação Profissional dentro dos conhecimentos atuais da Análise 88 Cymhia Borges de Moura do Comportamento Alguns poucos estudos anteriçres foram conduzi dos com esta mesma preocupação a de sistematizar uma forma de atua ção nessa área coerente comos pressupostos comportamentais Azrin Besalel 1980 Moura Silveira 2002 Assim o programa descrito na segunda parte deste livro foi elaborado de forma a abarcar os aspectos citados pela literatura como relevantes à facilitação da escolha Lucchiari 1993 Seligman 1980 Levinson 1987 e também de forma a compor um processo de modelagem do repertório de tomada de decisão conforme os pressupostos da Análise do Comportamento Skinner 1974 1989 Azrin Besalel 1980 Catania 1999 Sua avaliação pareceu confirmar a hipótese de que a Análise do Comportamento pode contribuir significativamente com uma forma diretiva de abordar o problema da escolha profissional com procedimentos específicos de aprendizagem em tomada de decisão e também com o desenvolvimento de instrumentos de mensuração dos avanços dos sujeitos ao longo do processo de escolha profissional Por ser um estudo pioneiro na área com certeza vários aprimoramentos metodológicos poderão ser feitos em pesquisas futuras Porém a avaliação realizada permitiu identificar mesmo que de forma preliminar alguns procedimentos estratégias e comportamentos dos orientadores que são efetivos na produção de mudanças comportamentais facilitadoras da tomada de decisão Dessa forma a partir dos estudos realizados Moura 2000 foi possível delinear algumas considerações importantes à formulação de outros programas comportamentais de Orientação Profissional Com a identificação das respostas dos sujeitos à intervenção e da relação delas com os procedimentos implementados foi possível também compreender melhor o processo pelo qual a aprendizagem do complexo repertório de tomada de decisão podè ser promovida por meio de uma intervenção cuidadosamente programada Abaixo estão apresentadas as diretrizes que nortearam o pro grama proposto neste livro Ao formular ura programa comportamen tal em Orientação Profissional o Analista do Comportamento deve 1 Definir o problema e o repertório inicial dos orientandos e cm seguida especificar claramente os objetivos e procedimentos comportamentais assim como os passos da condução do processo Os problemas de decisão dos adolescentes podem variar bastantejissim como o reper tório inicia tanto com relação a aprendizagem anterior em tomada de decisão quanto as opções profissionais já Orientação Profissional Sol o Enfoque da Análise do Comportamento 89 consideradas até o momento Por essa razão o primeiro passo é a definição de quais são os problemas a serem tra balhados para em seguida proceder a seleção dos proce dimentos mais adequados à orientação 2 Descrever os comportamentos esperados em resposta aos procedimentos propostos para favorecer uma conduta mais direcionada porparte do orientador que poderá intervir com base numa discriminação mais acurada dos componentes do processo Isso facilita a observação da ocorrência dos com portamentos esperados e o reforçamento necessário à mode lagem dos repertóriosalvo da intervenção Ferster 1979 Kohlemberg Tsai 1987 3 Facilitar a identificação e a descrição verbal das variá veis familiares culturais e socioeconômicas ligadas às dificuldades de decisão por parte dos orientandos e sele cionar os arranjos necessários a discriminação de tais variáveis Aumentando a discriminação dos adolescentes em relação a tais controles aumentase também a proba bilidade de emissão de comportamentos relacionados à xanálise seleção de critérios próprios de escolha e o reper tório de enfrentamento da siíuaçãoproblema 4 Fornecer acesso a fontes de infoimaçao pessoal e profissio nal com o objetivo de fortalecer os comportamentos de explorar e selecionar os critérios sob os guais a escolha pro fissional deverá ser realizada A aquisição de informação sobre si mesmo tem valor reforçador condicionado por esta belecer os critérios sob os quais a aquisição de infonnação profissional provavelmente também terá efeito reforçador2 5 Promover a combinação das informações relevantes sobre o ambiente presente e passado por meio da descrição e análise da tomada de decisão em termos da história de aprendiza gem e do efeito dessa história sobre o controle de estímulo presente Levar o adolescente a relacionar sua aprendizagem passada com suas habilidades e interesses atuais pode criar 2 Segundo Fantino 1998 a redução dá incerteza gerada pela aquisição de in formações pode ser reforçadora por diminuir a aversividade incondicionada presumivelmente presente na condição dc incerteza Isso significa que na orientação a obtenção dc informação pessoal e profissional pode ser reforma dora porque as dicas verbais que a compõem permitem ao indivíduo rastrear com mais precisão as contingências que realmente estão envolvidas e mantêm relação direta c significativa com a resolução de seu problema decisão 90 Cymhin Borges de Maura um contexto significativo de aquisição e combinação de informações que fortaleçam os sentimentos de segurança quanto a tomada de decisão pela percepção de que sua voca ção veio sendo construída ao longo de sua história 6 Levar os orientandos a identificar seus padrões compor tamentais atuais e reforçadores que os man têm A discri minação de quais reforçadores atuais estão ligados a quais desempenhos profissionais pode remeter a escolhas que se mantenham ao longo do tempo em função da alta probabilidade de que exerçam efeitos reforçadores simi lares no futuro 7 Levar o orientando a entender a tomada de decisão como resultado de um processo de aprendizagem dé habilidades de resolução de problemas que não necessariamente coincide com o térm ino do processo de orientação Objeti vase com isso redimensionar os resultados esperados e os efeitos do programa tanto sobre a escolha presente quanto sobre outras que advirão da preparação e exercício profissional posterior A adoção dos pressupostos comportamentais na Orientação Profissional a diferencia de outros modelos desenvolvidos sob outros ènfoques teóricos Tais diferenças permeiam todo o processo e estão presentes desde a definição de objetivos e planejamento de estratégias até a forma de condução da intervenção pelos orientadores e pela avaliação dos resultados obtidos O delineamento e a avaliação de um modelo de intervenção em Orientação Profissional coerente com a postura teórica e os pressupostos behavioristas demonstra que a Análise do Comportamento pode dispor de um instrumental teóncoprátieo útil a essa área de conhecimento Assim esperase que o conteúdo deste livro possa servir como estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de instrumental próprio à atuaçao dos Analistas do Comportamento que tem se arriscado nessa tarefa A demonstração da efetividade da adoção do enfoque behavíorista na proposição e implementação de um programa de Orientação Profissional parece ser um passo promissor para a consolidação de uma nova forma de entender e atender a essa questão e da possibilidade de aproximar ambas as áreas na construção de objetivos e conhecimentos comuns Referências Azrin N H Flores T Kaplan S J 1975 Jobfinding club A groupassisted program for obtaining employment Behaviour Research Therapy 13 1121 A21Í0 N H Besalel V A 1980 Job club counselors manual A behavioral approach to vocational counseling Austin Pioed Betz N E 1994 Selfconcept theory in career development and counseling The Career Development Quarterl 43 3242 Biggers J S 1971 The use of information in vocational decisionmaking Vocational Guidance Quarterly 1 9 171176 Billups A Peterson G W 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165177 Claparède E 1922 L orientation professionnelle ses problèmes et ses méthodes Genebra Kundig 92 Cytiíhiii Borges du Moura Dean L A Meadows M E 1995 College counseling Union and intersection Journal of Counseling Development 74 139142 Dorc R Meachain M L9S3 Selfconcept ami interests related to job satisfaction of managers Personnel Psychology 26 4959 Elwood J A 1992 The pyramid model A useful tool in career counseling with university students The Career Development Quarterly 41 5154 Eyberg S 1993 Consumer satisfaction measures for assessing parent training programs In VandeCreek L Knapp S Jackson S T L Eds Inovations in clinical practice A source book Sarasota FL Professional Resource Press Fantino Ê 1998 Behavior analysis and decision making Journal o f the Experimental Analysis o f Behavior 69 355364 Ferreira A B H 1986 Novo dicionário aurélio da lingua portuguesa Rio de Janeiro Nova Fronteira Ferster C B 1979 Psychotherapy from the standpoint of a behaviorist In Keehn J D Ed 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statements The Psychological Record 41 487506 Vyse S A Heltser R A 1994 Intermittent consequences and problem solving The gxperiemental controle of superstitious beliefs The Psychological Record 4 4 155169 Whitaker D 1997 Escolha da carreira e globalização São Paulo Modema Scvv W s 0 ftp Anexo 1 Instrumento de pré e pósintervenção Data Programa de Orientação Profissional Ficha de inscrição Nome Sexo Masc Fem Endereço Telefone Escolaridade Data de nascimento Idade 1 Você procurou este Programa de Orientação Profissional porque deseja escolher uma profissão Quantas profissões você está considerando Quais são elas NenÍhmia Apenas uma Duas Três Quatro ou mais 1a opção 2a opção 3a opção Outras 2 Em relação às características e exigências das carreiras que você mencionou e às atividades nelas realizadas você se considera Quanto à opção Níveis de informação Bem Informado Razoavelmente Informado Pouco Informado Sem Informação 1a opção 2a opção 3a opção 96 Cynthia Borges de Moura 3 Com relação à escolha profissional você Está com grande dificuldade para tomar a decisão 2 Está com dificuldade para tomar a decisão 3 Está indeciso 4 Já está quase decidido 5 Já fez sua escolha 4 Em relação à sua escolha profissional você se sente 1 Muito inseguro 2 Inseguro 3 Mais ou menos seguro 4 Seguro 5 Inteiramente seguro Anexo 2 Relato escrito O que me trouxe para o processo de Orientação Profissional Orioucação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Coiiipoilasnenco 97 Programa de Orientação Profissional Nome Data Faça um relato escrito sobre o tema 0 que me trouxe para o processo de Orientação Profissional jo que você pensava em ser quando criança o que seus pais querem que seja quais sao suas expectativas em relação à Orientação quais as dificuldades que está tendo para decidir e como espera resolvera situação de decisão 98 Cyiiiiia Borges tle Mou 44 Aiiexo 3 Escolha seu caminho Me conhecendo Conhecendo as profissões Mos livros Televisão eetc ASSIM Escolho minha Outras profissão wÔÍeÍh escolhas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 2 S í S S J p 99 Anexo 4 Exercício combinado de autoconhecimento Adaptado dc Lucchiari 1993 Guia Abril do Estudante 1999 1 Esse é ura exercício para auxiliálo na autodescoberta para aju dálo a identificar suas características pessoais e a perceber como você é como pessoa Leia atentamente cada uma das afirmações abaixo e distribua as alternativas no quadro da página seguinte Pense nas coisas que você gosta e não gosta de fazer selecione as que mais combinam com seu jeito dè ser e de fazer as coisas e as que menos combinam Ao final discutiremos que relação isso tem com sua escolha profissional OK Então mãos à obra 1 Estar no controle Liderar 24 Fazer coisas detalhadamente com mé todo 2 Correr riscos 25 Participar de ou organizar festas 3 Preocuparse com os outros 26 Manter as coisas em ordem 4 Ser acèito 27 Mudar a rotina 5 íyudar 28 Fazer eou receber surpresas 6 Usar a lógica 29 Ser prático e realista 7 Demonstrar carinho afeto 30 Colocar a mão na massa 8 Criticar pessoas 31 Inventar coisas 9 Representar dramatizar 32 Ter disciplina 10 Assumir responsabilidades pelos outros 33 Tomar decisões rápidas 11 Praticar atividades físicas 34 Ouvir 12 Trocar idéias discutir algum assunto 35 Usar a intuição 13 Superar obstáculos 36 Ser compreensivo 14 Apoiar os outros 37 Estar bem informado 15 Ser determinado 38 Falar em público 16 Cuidar da aparência 39 Fazer contatos 17 Estar em companhia de outras pessoas 40 Seguir rotinas 18 Valorizar a justiça 41 Ter bom gosto 19 Ser generoso 42 Manter proximidade corporal com as pessoas 20 Colecionar 43 Usar a imaginação 21 Experimentar 44 Encontrar soluções novas 22 Consolar as pessoas 45 Atender às necessidades dos outros 23 Auxiliar pessoas 46 Ser receptivo às pessoas 100 Cyathia Borges de Moura 47 Tomar iniciativas 61 Fazer as coisas do seu jeito 48 Manter o bom humor 62 Se aprofundar naquiío que faz 49 Ser sensível 63 Ser despreocupado 50 Analisar 64 Ter estabilidade na vida 51 Trabalhar sozinho 65 Aconselhar e orientar pessoas 52 Ser fisicamente ágil 66 Trabalhar de acordo com pianos 53 Fazer parte de um grupo 67 Produzir efeitos impressionantes 54 Resolver problemas 68 Ter interesse por ou seguir tradições 55 Usar equipamentos novas tecnologias 69 Mediar situações para resolver problemas 56 Conversar 70 Mostrar as coisas que tem ou faz 57 Competir 71 Ler 58 Ser notado 72 Estabelecer objetivos 59 Economizar 73 Ser brincalhão 60 Trabalhar com coisas concretas 74 Ter ousadia 2 Este espaço é para que você distribua as características acima conforme seu estilo pessoal Acrescente a qualquer um dos qua dros abaixo outras características eou atividades que você queira relacionar Gosto e faço Gosto e não faço Não gosto e faço Não gosto e não faço 3 Compare suas anotações com os aspectos trabalhados no grupo na sessão passada Monte o seu próprio perfil Indique as suas áreas de interesse e as profissões correspondentes pata pesquisa E nada de preguiça A tarefa agora é ler pesquisar perguntar se infoimar Orientação Profissional Sob o Galbque da Análise do Comportamento JOl Z Se Anexo 5 Quando você não scihe onde quer chegar todos os caminhos estão errados 102 Cynthia Borges de Moura V fa Svvc Anexo 6 De olho no seu potencial1 Humanas Este quadro foi elaborado para você unir suas aptidões com o que gosta e identificar as carreiras em que tem maior possibilidade de se realizar Nos círculos citrals estãorslaçlonadas certas habilidades básicas Nos círculos seguintes atividades características de determinadas profissões No fínaf da cadeia de circulas estão as carreiras que podem S6r a medida certa para você 1 Extraído do Guia Abril do Estudante 1998 Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 103 Humanas Biológicas Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 105 Bioquímica Anexo 7 Relação de manuais e sites para pesquisa de profissões Lista de manuais GRECA S M G 1977 1988 Guia do Estudante do Paraná Caminhando para um escolha segura Curitiba Secretaria dá Cultura do Estado do Paraná GUIA ABRIL DO ESTUDANTE 1998 1999 2000200120022003 São Pauto Editora Abril GUIA DE PROFISSÕES UNESP Universidade Estadual Paulista 1997 1988 1999 São Paulo Fundação VUNESP ISTO É SEU FUTURO Roteiro do Vestibulando 19981999 São Paulo Grupo de Comunicação Três LEVENFUS RS 1997 Faça vestibular com seu filho Faça vestibular com seus pais Porto Alegre Artes Médicas PROFISSÃO Guia de Informação Profissional do Paraná 19992000 Curitiba Editora Gazeta do Povo WEIL P 1997 Sua vida seu futuro Petrópolis Vozes Lista de sites httpwwwguiadeprofissoesprofrnarcoshpgcombr httpwwworientesecom httpwwwgiiiaprohpgcombr httpwwwuolcombrguiadoestudante httpwwwqualprofissaocombr Orieníação Profissional Sob o Enfoque da Análise tio Comportamento 107 108 Cynihía Borges do Moura S5 Anexo 8 Roteiro para entrevista com profissioimis Adaptado de Vasconcellos Oliveira Carvalho 1976 Profissional entrevistado Tempo de formado Atividades que já exerceu Atividades que exerce atualmente 1 Histórico da Profissão 11 Como surgiu a profissão 12 Sofreu alguma mudança ao longo do tempo Quais 13 Posição atual e reconhecimento da profissão 2 Onde é desempenhada a atividade profissional 21 Onde o profissional desempenha suas atividades 22 O profissional pode trabalhar por conta própria ou não 23 O que é necesisário para trabalhar por conta própria 24 Como são as empresas as quais o profissional está ligado São públicas oü privadas 25 O profissional fica preso a uma só empresa ou a várias 3 Características das atividades desenvolvidas 310 que faz o profissional no exercício de suas atividades Quais são suas tarefas rotineiras 32 Aprofissâo lida com pessoas coisas ou idéias 33 0 profissional age livremente ou é supervisionado 34 O trabalho exige criatividade ou é rotineiro 4 Qualidades pessoais que a profissão requer 41 Exige características ou qualidades físicas especiais 42 Quais qualidades intelectuais a profissão exige 43 Quais características de personalidade são exigidas 44 Requer alguma outra qualidade ou habilidade especial 45 Que fatores pessoais costumam leyar ao fracasso ou desajustamento nessa profissão Orientação Proisiuiia Sob o Enfoque da Análise dü Componamtuilo 109 5 Estudos preparatórios exigidos 51 Onde existem cursos de formação para essa profissão 52 Existem cursos na cidade ou na região 53 Quais matérias estão incluídas no curso 54 Quantos anos são necessários 55 Em que condições econômicas podem ser feitos os estudos O aluno pode trabalhar durante o curso 56 O curso exige prática ou estágios fora da faculdade Onde podem ser feitos 57 São necessários estudos de especialização Por quê Onde são feitos 6 Condições de trabalho 61 Qual o horário comum de trabalho Quantas horas diárias são requeridas 62 Qual a intensidade do trabalho Ela varia ou é constante 63 Qual a duração do período de férias 64 Quais as características do local de trabalho ambiente físico e relações humanas 65 O exercício da profissão implica algum risco 66 Há pessoas sob a responsabilidade do profissional 67 O exercício profissional afeta a vida familiar e social 7 Oportunidades na profissão 71 Como é o mercado de trabalho Existe oportunidade igual para homens e mulheres 72 Tem sido fácil para os recémformados encontrarem trabalho 73 Quais as perspectivas futuras do mercado de trabalho 74 Quais as áreas do país onde o mercado é melhor 8 Salário e possibilidades econômicas 81 Qual a renda média desse profissional 82 Qual o salário inicial para os recémformados 83 Qual a faixa de variação dos salários nessa carreira 84 A carreira oferece possibilidades de promoção 85 Oferece estabilidade e segurança econômica para o futuro 110 Cynthia Borges de Moura 9 Prestígio social 91 O profissional é reconhecido e gozade prestigio social 92 Em relação a outras profissões qual é o staíus do profissional 10 Fontes de informação 101 Locais onde se possam obter informações gerais ou especi ficas sobre a profissão 102 Existem associações de classe onde se possa obter informa ções Orientação Profissional Sob o Enfoque da AnãJise do Comportamento 111 5 S Anexo 9 Abra seus horizontes çf 1 G Anexo 10 Instruções para a realização das entrevistas Pesquisar sobre a profissão de interesse deve ser unia atividade contínua O mundo está mudando rápido e as características das profissões também Não deixe de ler sobre a profissão de seu interesse assistir a reportagens conversar com profissionais saber o que é a profissão o que exige do profissional onde pode trabalhar quais são as áreas de atuação quanto ganha etc Aliás é isso que vamos fazer agora pesquisar mais perguntando tudo isso diretamente a um profissional que você vai escolher Então escolha alguém que trabalhe na profissão que Você está considerando pegue o roteiro que elaboramos para você escolha as perguntas mais pertinentes para sua profissão telefone marcando sua entrevista e converse com o profissional tire suas dúvidas conheça a rotina da profissão séus prós e seus contras etc Ah Não se esqueça de ser caradepau pergunte tudo não tenha vergonha anote os detalhes especule bastante se ele se dispôs a falar com você vá com tudo e aproveite a oportunidade Semana que vem vamos discutir sua entrevista Só não vale não fazer hein Um beijão e bom trabalho 112 Cyntlua Buiges de Moura Os orientadores Anexo 11 Exercício de análise de critérios de escolha Adaptado de Taylor 1997 Nome Data 1 A Tabela abaixo apresenta uma lista de valores pessoais consi derados relevantes para a escolha de uma profissão Reescreva na coluna ao lado os valores citados de acordo com o grau de importância que cada um deles assume em sua vida Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 113 Valores Ordem de importância Poder Autonomia 1 6 Segurança Trabalho interessante 2 7 Síatus Liberdade 3 8 Dinheiro Desafio 4 9 Criatividade Realização 5 10 Dobre 2 Agorano quadro abaixo reescreva os 05 primeiros valores que você ordenou acima e escreva o nome de suas 03 últimas opções profissionais Em seguida pontue a probabilidade de obter o respectivo valor dentro de cada uma das profissões seleciona das utilizando o seguinte código 1 Improvável 2 Provável 3 Muito provável Valores Profissões 1 2 3 4 5 Total Dobre 3 Some as colunas para obter o total para cada profissão Essa somatória indica a profissão que apresenta maior probabilidade de vir de encontro a seus critérios pessoais de escolha expectati vas e valores Lembrese entretanto de que esses resultados apenas indicam uma possibilidade a ser considerada dentro de todo o processo de escolha que você está aprendendo a fazer Anexo 12 Relato escrito Em que cresci com este grupo 114 Çyotiiia Borges de Moura Programa de Orientação Profissional Nome Data Faça um relato escrito sobre a proposição Em que cresci com este grupo eem que acho que ainda poderei crescer Orientação Profissional Sob o Enfoque da Anáiise do Comportamento 8 115 Anexo 13 Resumo final dos tópicos discutidos na intervenção Estamos terminando o Grupo de Orientação Profissional Você participou de um programa estruturado especialmente para ajudálo a superar às dificuldades e dúvidas próprias do momento de escolha de uma profissão Esperamos que os encontros realizados tenham ajudado você a encontrar seu caminho profissional e a ir em busca dele Sabemos de que tudo o que precisa ser discutido para se tomar uma decisão consciente e acertada não pode ser esgotado em apenas oito encontros mas acreditamos em que os tópicos selecionados tenham ajudado você a se conhecer melhor conhecer as diversas profissões e a tomar uma decisão com mais confiança Bom o grupo acabou mas sua tarefa não Você ainda vai topar com muitas outras escolhas envolvendo a profissão Portanto lembrese dp que discutimos no grupo 1 Analisese olhe para você mesmo e perguntese Eu gosto disso Isso me interessa Tenho habilidade para isso Posso desenvolver essa capacidade Quero realmente fazer isso Isso me fará feliz Estou disposto a enfrentar as dificuldades que viião 2 Levante as alternativas selecione todas as opções que você tem3 mesmo aquelas menos preferidas Considere todas as possibilidades antes de se decidir por uma delas 3 Avalie conseqüências pense em cada alternativa confron tandoas com aquilo que é mais importante e tem mais valor para você Pondere as vantagens e desvantagens atuais e futuras de cada alternativa eliminando as menos atrativas 4 Tome uma decisão e seja corajoso assuma sua escolha Não deixe de escolher algo que é importante para você só porque parece difícil ou complicado Sonhe com os pés no chão e lute pelo que você acredita Um beijão nosso para você Os Orientadores J16 Cynrhia Borues cie Moura í i j íO H L ÇcT 5 oft e Anexo 14 1SC Inventário de Satisfação do Consumidor Programa de Orientação Profissional Nome Por favor para cada questão circule a resposta que melhor expresse sua opinião ou sentimento sobre o assunto 1 Sinto que o Programa de Orientação Profissional me possibili tou perceber características e possibilidades pessoais habilida des aptidões interesses etc que eu desconhecia 1 Nenhuma 2 Poucas 3 Algumas 4 Várias 5 Muitos 2 Sinto que o Programa de Orientação Profissional me possibili tou conhecer possibilidades profissionais cursos áreas de atua ção etc que antes eu desconhecia 1 Nenhuma 2 Poucas 3 Algumas 4 Várias 5 Muitas 3 A Orientação Profissional me ajudou a superar obstáculos que dificultavam minha decisão contínuffoôm 2 SuPercl 3 Superei 4 Superei 5 Superei n poucos alguns vanos muitos dificuldades obstáculos obstáculos obstáculos obstáculos 4 Em relação a minha escolha profissional avalio o auxílio rece bido no grupo de Orientação Profissional como 1 Muito fraco 2 Fraco 3 Adequado 4 Bom 5 Muito bom Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento 117 5 Com respeito a confiança na minha habilidade de fazer escolhas agora sinto que estou 1 Menos 2 Igual m Melhor 4 Bem 5Muito confiante antes melhor melhor 6 Cora respeito ao progresso que fiz ern relação a escolher uma profissão agora sinto que estou tPior 2 Igual 3 Melhor 4 Bem 5 Muito que antes antes v melhor melhor 7 Sinto que o tipo de atendimento usado no Grupo para me orientar quanto a minha escolha profissional foi 1 Muito fraco 2 Fraco 3 Adequado 4 Bom 8 Minha opinião geral sobre o Programa m Detestei 2 Não 3 Sintome m Gostei 5 Gostei uetesrei g0Stei neutro w w s r e i muitQ 9 Meu sentimento geral sobre meu aproveitamento no Programa é lN 2o 2 Poderia 3w moveitei MAurowjitei 5 Aproveitei aproveitei o ter aproveita iUn o maxirao quanto poderia domais suBcieote bem qwpwSfí S 5 1 t vç Anexo 15 Questionário de avaliação do programa 118 Cyutliia Borss dc Moum 1 Nos encontros do grupo de Orientação Profissional do que você mais gostou E do que menos gostou 2 Assinale a resposta que melhor expressa o quanto cada atividade exercício ou situação realizadas no grupo foram na contribuição para sua decisão profissional a Relato escrito sobre sua dificuldade de decisão profissional e discussão em grupo Sessão 1 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais b Exercício gosto efaço Análise de características pessoais habilidades e interesses Sessão 2 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais c Cartaz agrupamento das profissões segundo características dos profissionais que as exercem Sessão3 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais Orientação Profissional Sob o Enfoque di Análise do Comportamento 119 d Pesquisa sobre profissões de interesse em manuais guias e artigos Sessão 4 e 5 0 Não participei 3 Suficicntc 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais e Realização e dramatização da entrevista com profissionais da área de interesse Sessão 6 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase Dada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais f Realização do exercício de análise de critérios de escolha Sessão 7 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais g Análise escrita sobre o processo de tomada de decisão proporcionado pelo grupo Sessão 8 0 Não participei 3 Suficiente 1 Quase nada 4 Bastante 2 Pouco 5 Demais 3 Como você avalia sua participação no grupo Que coisas você acha que atrapalharam sua participação ou contribuíram para diminuir a sua participação no grupo 4 O que você achou de ter tido duas sessões de pesquisa sobre as profissões 120 Çynthia Borges dc Moura 5 Como foi paia você receber a tareia de fazer uifia entrevista com um profissional do seu interesse 6 Como você avalia o desempenho das coordenadoras Em que você acha que elas ajudaram no seu processo de escolha profis sional Quais foram os pontos positivos e negativos 7 Você tem sugestões do que poderia ser mudadoalterado para melhorar a qualidade e a participação nos grupos de Orientação Profissional 8 Na sua opinião a duração do grupo 08 sessões 2 meses foi 1 Muito curta 2 Curtatempo foi Insuficiente 3 SuficienteAdequado 4 Demorado 5 Muito demorado 9 Valeu a pena ter participado desse grupo de Orientação Profis sional Por quê