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Introdução à Economia Prof.Dr.HéldeAraujoDomingos DepartamentodeEconomia UniversidadedeBrasília(UnB) 1 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Introdução à Economia Aula2 2 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia ▪ Escassez significa que a sociedade tem recursos limitados; ▪ Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos; ▪ Economistas estudam: – Como as pessoas tomam decisões – Como as pessoas interagem umas com as outras – Analisam as forças e tendências que afetam a economia como um todo Introdução à Economia 3 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 1: As pessoas enfrentam “Tradeoffs” ▪ Em economia, “tradeoff” é uma expressão que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econômica que visa à resolução de determinado problema que acarreta, inevitavelmente, outros. Por exemplo em determinadas circunstâncias, a redução da taxa de desemprego apenas poderá ser obtida com o aumento da taxa de inflação, existindo, portanto, um “tradeoff” entre inflação e desemprego (MANKIW, 2009). Introdução à Economia AEconomia 4 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 1: As pessoas enfrentam “Tradeoffs” Tomada de decisões: exigem escolher um objetivo em detrimento de outro. Estudante - tempo País – renda Sociedade ▪ Defesa Nacional X Bens de consumo ▪ Meio ambiente sem poluição X Alto nível de renda ▪ Eficiência X Igualdade Introdução à Economia 5 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 1: As pessoas enfrentam “Tradeoffs” ▪ As lições fundamentais sobre tomada de decisões individual são que as pessoas enfrentam “tradeoffs” entre objetivos alternativos, que o custo de qualquer ação é medido em termos de oportunidades abandonadas, que as pessoas racionais tomam decisões comparando custos marginais e benefícios marginais e que as pessoas mudam de comportamento em razão dos incentivos com que deparam. Introdução à Economia 6 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 1: As pessoas enfrentam “Tradeoffs” ▪ Eficiência - Sociedade – está obtendo o máximo que pode de seus recursos escassos - Tamanho do bolo econômico ▪ Igualdade - Os benefícios advindos desses recursos estão sendo distribuídos i=uniformemente entre os membros da sociedade - Maneira como o bolo é dividido em partes individuais Introdução à Economia 7 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 2: O Custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la ▪ Como as pessoas enfrentam “tradeoffs” – tomada de decisões (comparar os custos e benefícios de possibilidades alternativas de ação); – Custo de uma ação (aquilo que deve ser sacrificado para que se obtenha um item desejado) Introdução à Economia 8 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 3: Pessoas racionais pensam na margem ▪ Pessoa racional – Faz o melhor (para alcançar seus objetivos, sistemática e objetivamente, conforme as oportunidades disponíveis); – Faz mudanças marginais (pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente), ou seja, racionalmente a pessoa toma decisões comparando benefícios marginais com custos marginais. Introdução à Economia 9 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos ▪ Incentivo – Algo (que induz a pessoa agir, por exemplo: preços mais altos induz aos consumidores adquirirem menores quantidades de um determinado produto); em contrapartida, os vendedores tem um incentivo a produzir mais. – Política pública (alteram os custos e benefícios para as pessoas, que por sua vez também alteram o comportamento dos mesmos. Introdução à Economia 10 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos ▪ Imposto sobre a gasolina – tamanho e eficiência do carro (que induz a pessoa agir, por exemplo: realizar revezamento de carros com amigos, utilizar transporte público). – consequências indesejadas (quando os formuladores de políticas deixam de como suas políticas afetam os incentivos). Introdução à Economia 11 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos ▪ Comércio – o comércio permite (que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, assim como as famílias, os países beneficiam-se da possibilidade de comercialização de uns com os outros). – o comércio permite (que eles se especializem naquilo que fazem melhor e desfrutem de uma maior variedade de bens e serviços). Introdução à Economia 12 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 6: Os mercados são uma boa maneira de organizar a atividade econômica ▪ Países comunistas – são planejadores centrais (eles procuram alocar os recursos escassos da economia, tomando as seguintes desições). – que tipo de bens e serviços ele o estado deve produzir. - quanto produzir de cada tipo de bens - quem os produziria e consumiria Introdução à Economia 13 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 6: Os mercados são uma boa maneira de organizar a atividade econômica ▪ Economia de mercado – alocar recursos (por meio das decisões descentralizadas de muitas empresas e famílias quando estas interagem nos mercados de bens e serviços). – essas empresas e famílias (interagem no mercado, em que os preços e o interesse próprio guiam suas decisões. Introdução à Economia 14 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 7: Ás vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados ▪ O Governo serve para – garantir (o cumprimento de regras, manter as instituições chave para a economia de mercado, garantir o direito de propriedade que significa a habilidade de um indivíduo possuir e exercer controle sobre recursos escassos). - intervenção governamental (para promover a eficiência e evitar a falha de mercado; além de promover a igualdade isso significa evitar disparidade no bem-estar econômico). Introdução à Economia 15 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 8: O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços ▪ Grandes diferenças nos padrões de vida (entre países ao longo do tempo, por exemplo, diferenças na produtividade. – produtividade (quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de mão-de-obra). - alta produtividade (gera padrão de vida elevado, por corolário, a taxa de crescimento da produtividade de um país determina a sua taxa de crescimento de renda média). Introdução à Economia 16 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Algumas definições Dois grandes corpos da teoria econômica Microeconomia e a Macroeconomia. Empresa Consumidor Estado Setor Produtivo Estudo das unidades de base da economia, utilizando as partes para explicar o todo Estudo do todo (Estado e dos grandes agregados) para explicar o funcionamento das partes. Introdução à Economia 17 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Microeconomia: a teoria microeconômica simplificadamente é: o estudo da organização do trabalho, é um método de análise. – a microeconomia (permite ao conhecedor tirar conclusões direta). - No sentido geral: (Há dois conjuntos de estudos, um no sentido geral e outro no sentido setorial). Introdução à Economia 18 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Aplicações: – Política econômica (analisar as ações do governo quando influenciam à economia, por exemplo, políticas que afetam os preços dos bens de consumo e salários); - Bem-estar econômico (satisfação subjetiva dos indivíduos, derivado do consumo de bem e serviços e do lazer); - Pelas Empresas Comerciais (para tomada de decisões). Introdução à Economia 19 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Empresas Moeda Bens e Serviços Famílias Oferta (receitas das empresas) Mercado para Produtos Procura (custo de vida) Custo de Produção (Procura) Mercado de Fatores Renda do Consumidor Terra, trabalho, capital, empresários Moeda (aluguéis, salários, juros, lucros Introdução à Economia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Bens Normais : são bens cuja demanda aumenta com o aumento da renda ou, ao contrário, bens cuja demanda diminui quando a renda diminui. Os Bens Normais dividem-se em Bens Essenciais (comida, alimentos)e Bens de Luxo (roupas, superfluos) ▪ Bens Complementares: (Um bem complementar é um bem que deve ser consumido com outro bem. Um aumento no consumo do bem A resulta num aumento do consumo do bem B. A Um exemplo de bens complementares é o do pão com o fiambre. ▪ Bens substitutos: São aqueles que mantêm entre si uma relação de substituição. O Preço de um bem, provoca aumento da demanda do outro (Manteiga e Margarina). ▪ Bens Inferiores: A quantidade diminui quando a renda aumenta ou aumenta quando a renda diminui- produtos de qualidade inferior, carne de segunda etc. Tipos de bens Introdução à Economia AEconomia 21 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços Sistemas de preços e a economia de mercado Numa economia de livre iniciativa nenhum agente econômico (Individual ou empresa) se preocupa em gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços Os agentes econômicos Preocupam-se e em resolver os seus próprios negócios Procuram sobreviver na concorrência imposta pelo mercado (na venda e compra de produtos finais. Como na compra dos fatores de produção Esse jogo econômico é baseado nos sinais dados pelo preços formados nos diversos mercados Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – Mostra as combinações de produto que a economia tem possibilidade de produzir dados os fatores de produção e a tecnologia de produção disponível. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – O “tradeoff” ajuda a entender que o custo de um bem custa o valor intrínseco daquilo de que desistimos para obtê-lo. Isso é chamado de custo de oportunidade. – Quando a curva se move do ponto A para o Ponto B, a indústria deixa de produzir 200 computadores para produzir 100 carros; Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – O deslocamento da FPP – A fronteira de possibilidade de produção mostra o “tradeoff” entre a saída de bens diferentes em um determinado período, mas, ele pode se modificar com o passar do tempo. – Por exemplo, imagine que o avanço da tecnologia no setor informático aumente o número de computadores que um trabalhador consegue produzir. Esse avanço altera o conjunto de oportunidade da sociedade. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – Isso significa que para cada número determinado de carros, a economia pode produzir mais computadores. – Mesmo não produzindo nenhum computador, a indústria ainda pode produzir 1.000 carros. Neste caso, a FPP permanece igual. O restante, porém, se altera. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – A figura abaixo o deslocamento da curva. Introdução à Economia AEconomia 27 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços No Sistema de preço Todos correm riscos, porém os riscos são previsto O futuro é incerto, mas as prospecções apoiam nas probabilidades de ocorrência O lucro pode ser o prêmio pelo risco assumido Agindo de forma egoísta, no conjunto se resolvem, inconscientemente, os problemas básicos da coletividade Obs: Este sistema, por mais imperfeitamente que possa funcionar, não é um sistema caótico ou anárquico. Há nele ordem e coordenação. Introdução à Economia AEconomia 28 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços Mas, afinal como funciona esse mecanismo de preços automáticos e inconsciente? Preços Quantidade demandada Quantidade ofertada Preços Quantidades de um bem Preços Se a quantidade disponível for limitada e inferior a demanda A disputa entre consumidores fará elevar os preços Com a alta dos preços mais bens serão produzidos e farão os preços baixarem em função do excesso de oferta Todos os bens tem um preço Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB A teoria afirma que há três conjuntos de agentes econômicos: os consumidores, empresários e os proprietários de recursos: 1. Proprietários de recursos: fornecem insumos utilizados na produção de qualquer conjunto de bens e serviços que seja determinado pelas forças de mercado. Como contrapartida de utilização de seus recursos, os proprietários recebem uma renda monetária. Por sua vez, essa renda os qualifica como consumidores. 2. Empresários: organizam a produção e, em última análise determinam a oferta de bens e serviços nos mercados livres, os que organizam a produção eficientemente e são bem sucedidos ao se anteciparem aos desejos dos consumidores, são recompensados com uma renda em forma de lucro. Tornam-se com isso capacitados a agirem também como consumidores. 3. Consumidores: Algumas pessoas ganham a renda, por meio da utilização e venda de recursos, outras, utilizando seu recurso específico (habilidade). Todas as pessoas que ganham renda pertencem ao conjunto de agentes econômicos, denominados “Consumidores”. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB O comportamento do consumidor é mais bem compreendido quando analisado em três etapas: i) preferências do Consumidor; ii) restrições orçamentárias; iii) escolhas do consumidor. As hipóteses necessárias para analisar o comportamento do consumidor podem ser alocadas da seguinte forma sintética: i) Integralidade - as preferências são completas, isto é, os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado; ii) Transitividade - as preferências são transitivas, isto é, os consumidores estipulam que prefere A a B, B a A ou C, ou que são indiferentes; iii) Mais é melhor que menos - Presume-se que todas as mercadorias são desejáveis. Isto é, um orçamento maior é preferível a um menor. Pois, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de cada mercadoria. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Os economistas conceituam “utilidade” como a qualidade que torna uma mercadoria desejada, o que é, altamente subjetivo (devido às diferenças das pessoas quanto à constituição fisiológicas de cada indivíduo. Entretanto, uma característica essencial da teoria da utilidade, é que uma mercadoria pode ser substituída por outra no consumo, de tal maneira que o nível de utilidade permaneça o mesmo. ▪ Para compreender o comportamento do Consumidor, a teoria neoclássica formulou um modelo explicativo baseado nas preferências de demanda e nas restrições orçamentarias dos indivíduos. Para que o modelo funcione, são necessárias algumas condições: 1. Os consumidores precisam comparar os preços entre os bens disponíveis, para tal os bens precisam serem homogêneos, caso contrário seriam incompatíveis; 2. Cada consumidor representa uma pequena parcela do mercado, não sendo suas ações determinantes no preço, não influenciam preços e quantidades; 3. A informação é livre e perfeitamente apropriável, a decisão será racional e a melhor possível. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Portanto, supondo que estas condições vigorem, pode-se apresentar as preferências do consumidor por meio das curvas de indiferenças – Uma curva de indiferença representa todas as combinações de mercados que poderiam oferecer o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Considerando dois conjuntos de Bens, sendo de luxo - X1 (Jóias e Viagens) -, e, X2 a paralela despendida com bens básicos (alimento, vestuário). A combinação de ambas forma uma cesta de consumo total do consumidor. Obviamente que o consumidor buscará o maior consumo possível que maximize sua satisfação e alocará seus recursos de forma que a cesta contemple bens de luxo e básicos. O consumidor irá buscar em seu mapa de indiferença (conjunto de curvas de indiferença que revelam suas preferencias), a curva mais distante possível da origem. Figura 1 – Mapa de indiferença U2 U3 𝑋1 ′′′ 𝑋1 ′′′′ 𝑋1 ′′ 𝑋1 ′ C D B A U1 𝑋2 ′ 𝑋2 ′′ 𝑋2 ′′′ 𝑋2 ′′′′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Para completar a análise deve-se introduzir a linha de restrição orçamentária. Pois, o consumidor não possui recursos ilimitados a serem alocados, considerando que os bens de luxo e básicos possuem preços. A função da linha orçamentária será Y=P1.X1 + P2.X2 como a renda é fixa ela será alocada em função dos preços dos bens disponíveis. Obviamente o ponto “B” é preferível aos pontos “A” e “C”, contudo, “B” não pode ser consumido porque o consumidor não possui renda suficiente para alcançar esta cesta de consumo. Sua restrição orçamentária toca a curva de indiferença U2, no ponto “A”. Esta é a combinação de bens de luxo e básicos que maximizam a função utilidade deste consumidor. Qualquer ponto na curva U2 será indiferente, pois gera a mesma utilidade. O ponto de otimização será encontrado onde alinha de orçamento toca a curva de indiferença mais distante da origem. Figura 2 – Restrição orçamentária U2 U3 𝑋1 ′ B A C U1 𝑋2 ′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: A expansão da renda “Y” sem mudança nos preços mantém os preços relativos constantes e a alteração somente ocorre com o deslocamento da linha de restrição para a direita, tocando uma curva de indiferença superior. As quantidades demandadas se alteram e a utilidade se eleva. A expansão da linha de orçamento para a direita permitiu ao consumidor elevar o seu consumo, passando da cesta “A” para a cesta “B” na curva U2. Contudo, modificações nos preços relativos dos bens altera o comportamento do consumidor. Obs. Ele será obrigado a reajustar sua decisão em função da alteração da inclinação de sua linha de orçamento. Figura 3 – Deslocamento da linha de Restrição orçamentária U2 𝑋1 ′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′′ 𝑋2 ′′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Há duas implicações imediatas: i) aumento do consumo do bem que ficou relativamente mais barato, implicando em certo grau de substituição no consumo; ii) induz a alteração no consumo de todos os produtos, pois a renda real do consumidor expandiu-se pela redução dos preços. A queda dos preços dos bens básicos eleva invariavelmente à expansão do consumo dos próprios bens básicos e dos bens de luxo, o consumo total irá se expandir. Todavia, há dois claros movimentos que devem ser devidamente discernidos. O primeiro movimento é o efeito substituição que corresponde à modificações no consumo do bem que variou o preço, mantendo-se constante o nível de satisfação ou renda real. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Graficamente: Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Graficamente: ▪ Para bens normais a elevação da renda com elevação do consumo e vice-versa, o efeito-renda é positivo. Para um bem inferior (elevação da renda com queda do consumo e vice-versa) o efeito renda é negativo. ▪ Dito de outra forma, quando o consumidor possuir maior renda real, ele irá reduzir o consumo deste bem por considerá-lo secundário, dada sua posição relativa de renda. Contudo, mesmo caso dos bens inferiores, o efeito renda é raramente grande o suficiente para superar o efeito substituição. Desta forma, quando o preço de um bem inferior cai, seu consumo quase sempre apresenta elevação. Quando o efeito-renda negativo supera a substituição tem-se o caso dos bens de Giffen. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Continuação aula 3........... Introdução à Economia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Prof. Dr. Hélde Araujo Domingos helde.domingos@unb.br Departamento de Economia Universidade de Brasília (UnB) Por hoje é só isso pessoal! Muito obrigado!
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Por exemplo em determinadas circunstâncias, a redução da taxa de desemprego apenas poderá ser obtida com o aumento da taxa de inflação, existindo, portanto, um “tradeoff” entre inflação e desemprego (MANKIW, 2009). Introdução à Economia AEconomia 4 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 10 Princípios de Economia Princípio 1: As pessoas enfrentam “Tradeoffs” Tomada de decisões: exigem escolher um objetivo em detrimento de outro. 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Introdução à Economia 17 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Microeconomia: a teoria microeconômica simplificadamente é: o estudo da organização do trabalho, é um método de análise. – a microeconomia (permite ao conhecedor tirar conclusões direta). - No sentido geral: (Há dois conjuntos de estudos, um no sentido geral e outro no sentido setorial). Introdução à Economia 18 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Aplicações: – Política econômica (analisar as ações do governo quando influenciam à economia, por exemplo, políticas que afetam os preços dos bens de consumo e salários); - Bem-estar econômico (satisfação subjetiva dos indivíduos, derivado do consumo de bem e serviços e do lazer); - Pelas Empresas Comerciais (para tomada de decisões). Introdução à Economia 19 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Empresas Moeda Bens e Serviços Famílias Oferta (receitas das empresas) Mercado para Produtos Procura (custo de vida) Custo de Produção (Procura) Mercado de Fatores Renda do Consumidor Terra, trabalho, capital, empresários Moeda (aluguéis, salários, juros, lucros Introdução à Economia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Bens Normais : são bens cuja demanda aumenta com o aumento da renda ou, ao contrário, bens cuja demanda diminui quando a renda diminui. Os Bens Normais dividem-se em Bens Essenciais (comida, alimentos)e Bens de Luxo (roupas, superfluos) ▪ Bens Complementares: (Um bem complementar é um bem que deve ser consumido com outro bem. Um aumento no consumo do bem A resulta num aumento do consumo do bem B. A Um exemplo de bens complementares é o do pão com o fiambre. ▪ Bens substitutos: São aqueles que mantêm entre si uma relação de substituição. O Preço de um bem, provoca aumento da demanda do outro (Manteiga e Margarina). ▪ Bens Inferiores: A quantidade diminui quando a renda aumenta ou aumenta quando a renda diminui- produtos de qualidade inferior, carne de segunda etc. Tipos de bens Introdução à Economia AEconomia 21 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços Sistemas de preços e a economia de mercado Numa economia de livre iniciativa nenhum agente econômico (Individual ou empresa) se preocupa em gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços Os agentes econômicos Preocupam-se e em resolver os seus próprios negócios Procuram sobreviver na concorrência imposta pelo mercado (na venda e compra de produtos finais. Como na compra dos fatores de produção Esse jogo econômico é baseado nos sinais dados pelo preços formados nos diversos mercados Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – Mostra as combinações de produto que a economia tem possibilidade de produzir dados os fatores de produção e a tecnologia de produção disponível. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – O “tradeoff” ajuda a entender que o custo de um bem custa o valor intrínseco daquilo de que desistimos para obtê-lo. Isso é chamado de custo de oportunidade. – Quando a curva se move do ponto A para o Ponto B, a indústria deixa de produzir 200 computadores para produzir 100 carros; Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – O deslocamento da FPP – A fronteira de possibilidade de produção mostra o “tradeoff” entre a saída de bens diferentes em um determinado período, mas, ele pode se modificar com o passar do tempo. – Por exemplo, imagine que o avanço da tecnologia no setor informático aumente o número de computadores que um trabalhador consegue produzir. Esse avanço altera o conjunto de oportunidade da sociedade. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – Isso significa que para cada número determinado de carros, a economia pode produzir mais computadores. – Mesmo não produzindo nenhum computador, a indústria ainda pode produzir 1.000 carros. Neste caso, a FPP permanece igual. O restante, porém, se altera. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ A Curva de Possibilidade de Produção: – A figura abaixo o deslocamento da curva. Introdução à Economia AEconomia 27 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços No Sistema de preço Todos correm riscos, porém os riscos são previsto O futuro é incerto, mas as prospecções apoiam nas probabilidades de ocorrência O lucro pode ser o prêmio pelo risco assumido Agindo de forma egoísta, no conjunto se resolvem, inconscientemente, os problemas básicos da coletividade Obs: Este sistema, por mais imperfeitamente que possa funcionar, não é um sistema caótico ou anárquico. Há nele ordem e coordenação. Introdução à Economia AEconomia 28 Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB 2. Os sistemas de preços Mas, afinal como funciona esse mecanismo de preços automáticos e inconsciente? Preços Quantidade demandada Quantidade ofertada Preços Quantidades de um bem Preços Se a quantidade disponível for limitada e inferior a demanda A disputa entre consumidores fará elevar os preços Com a alta dos preços mais bens serão produzidos e farão os preços baixarem em função do excesso de oferta Todos os bens tem um preço Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB A teoria afirma que há três conjuntos de agentes econômicos: os consumidores, empresários e os proprietários de recursos: 1. Proprietários de recursos: fornecem insumos utilizados na produção de qualquer conjunto de bens e serviços que seja determinado pelas forças de mercado. Como contrapartida de utilização de seus recursos, os proprietários recebem uma renda monetária. Por sua vez, essa renda os qualifica como consumidores. 2. Empresários: organizam a produção e, em última análise determinam a oferta de bens e serviços nos mercados livres, os que organizam a produção eficientemente e são bem sucedidos ao se anteciparem aos desejos dos consumidores, são recompensados com uma renda em forma de lucro. Tornam-se com isso capacitados a agirem também como consumidores. 3. Consumidores: Algumas pessoas ganham a renda, por meio da utilização e venda de recursos, outras, utilizando seu recurso específico (habilidade). Todas as pessoas que ganham renda pertencem ao conjunto de agentes econômicos, denominados “Consumidores”. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB O comportamento do consumidor é mais bem compreendido quando analisado em três etapas: i) preferências do Consumidor; ii) restrições orçamentárias; iii) escolhas do consumidor. As hipóteses necessárias para analisar o comportamento do consumidor podem ser alocadas da seguinte forma sintética: i) Integralidade - as preferências são completas, isto é, os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado; ii) Transitividade - as preferências são transitivas, isto é, os consumidores estipulam que prefere A a B, B a A ou C, ou que são indiferentes; iii) Mais é melhor que menos - Presume-se que todas as mercadorias são desejáveis. Isto é, um orçamento maior é preferível a um menor. Pois, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de cada mercadoria. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Os economistas conceituam “utilidade” como a qualidade que torna uma mercadoria desejada, o que é, altamente subjetivo (devido às diferenças das pessoas quanto à constituição fisiológicas de cada indivíduo. Entretanto, uma característica essencial da teoria da utilidade, é que uma mercadoria pode ser substituída por outra no consumo, de tal maneira que o nível de utilidade permaneça o mesmo. ▪ Para compreender o comportamento do Consumidor, a teoria neoclássica formulou um modelo explicativo baseado nas preferências de demanda e nas restrições orçamentarias dos indivíduos. Para que o modelo funcione, são necessárias algumas condições: 1. Os consumidores precisam comparar os preços entre os bens disponíveis, para tal os bens precisam serem homogêneos, caso contrário seriam incompatíveis; 2. Cada consumidor representa uma pequena parcela do mercado, não sendo suas ações determinantes no preço, não influenciam preços e quantidades; 3. A informação é livre e perfeitamente apropriável, a decisão será racional e a melhor possível. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Portanto, supondo que estas condições vigorem, pode-se apresentar as preferências do consumidor por meio das curvas de indiferenças – Uma curva de indiferença representa todas as combinações de mercados que poderiam oferecer o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Considerando dois conjuntos de Bens, sendo de luxo - X1 (Jóias e Viagens) -, e, X2 a paralela despendida com bens básicos (alimento, vestuário). A combinação de ambas forma uma cesta de consumo total do consumidor. Obviamente que o consumidor buscará o maior consumo possível que maximize sua satisfação e alocará seus recursos de forma que a cesta contemple bens de luxo e básicos. O consumidor irá buscar em seu mapa de indiferença (conjunto de curvas de indiferença que revelam suas preferencias), a curva mais distante possível da origem. Figura 1 – Mapa de indiferença U2 U3 𝑋1 ′′′ 𝑋1 ′′′′ 𝑋1 ′′ 𝑋1 ′ C D B A U1 𝑋2 ′ 𝑋2 ′′ 𝑋2 ′′′ 𝑋2 ′′′′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Para completar a análise deve-se introduzir a linha de restrição orçamentária. Pois, o consumidor não possui recursos ilimitados a serem alocados, considerando que os bens de luxo e básicos possuem preços. A função da linha orçamentária será Y=P1.X1 + P2.X2 como a renda é fixa ela será alocada em função dos preços dos bens disponíveis. Obviamente o ponto “B” é preferível aos pontos “A” e “C”, contudo, “B” não pode ser consumido porque o consumidor não possui renda suficiente para alcançar esta cesta de consumo. Sua restrição orçamentária toca a curva de indiferença U2, no ponto “A”. Esta é a combinação de bens de luxo e básicos que maximizam a função utilidade deste consumidor. Qualquer ponto na curva U2 será indiferente, pois gera a mesma utilidade. O ponto de otimização será encontrado onde alinha de orçamento toca a curva de indiferença mais distante da origem. Figura 2 – Restrição orçamentária U2 U3 𝑋1 ′ B A C U1 𝑋2 ′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: A expansão da renda “Y” sem mudança nos preços mantém os preços relativos constantes e a alteração somente ocorre com o deslocamento da linha de restrição para a direita, tocando uma curva de indiferença superior. As quantidades demandadas se alteram e a utilidade se eleva. A expansão da linha de orçamento para a direita permitiu ao consumidor elevar o seu consumo, passando da cesta “A” para a cesta “B” na curva U2. Contudo, modificações nos preços relativos dos bens altera o comportamento do consumidor. Obs. Ele será obrigado a reajustar sua decisão em função da alteração da inclinação de sua linha de orçamento. Figura 3 – Deslocamento da linha de Restrição orçamentária U2 𝑋1 ′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′′ 𝑋2 ′′ Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Há duas implicações imediatas: i) aumento do consumo do bem que ficou relativamente mais barato, implicando em certo grau de substituição no consumo; ii) induz a alteração no consumo de todos os produtos, pois a renda real do consumidor expandiu-se pela redução dos preços. A queda dos preços dos bens básicos eleva invariavelmente à expansão do consumo dos próprios bens básicos e dos bens de luxo, o consumo total irá se expandir. Todavia, há dois claros movimentos que devem ser devidamente discernidos. O primeiro movimento é o efeito substituição que corresponde à modificações no consumo do bem que variou o preço, mantendo-se constante o nível de satisfação ou renda real. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Graficamente: Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Graficamente: Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Figura 4 – Efeito substituição e Efeito renda U2 𝑋1 ′′ B A U1 𝑋2 ′ 𝑋1 ′ 𝑋2 ′′ A’ 𝑋2 ′′′ 𝑋1 ′′′ Efeito substituição Efeito renda Efeito total 𝑌 𝑃2 𝑌 𝑃′2 Graficamente: ▪ Para bens normais a elevação da renda com elevação do consumo e vice-versa, o efeito-renda é positivo. Para um bem inferior (elevação da renda com queda do consumo e vice-versa) o efeito renda é negativo. ▪ Dito de outra forma, quando o consumidor possuir maior renda real, ele irá reduzir o consumo deste bem por considerá-lo secundário, dada sua posição relativa de renda. Contudo, mesmo caso dos bens inferiores, o efeito renda é raramente grande o suficiente para superar o efeito substituição. Desta forma, quando o preço de um bem inferior cai, seu consumo quase sempre apresenta elevação. Quando o efeito-renda negativo supera a substituição tem-se o caso dos bens de Giffen. Introdução à Economia AEconomia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB ▪ Continuação aula 3........... Introdução à Economia Prof. Doutor Hélde – Departamento de Economia /UnB Prof. Dr. Hélde Araujo Domingos helde.domingos@unb.br Departamento de Economia Universidade de Brasília (UnB) Por hoje é só isso pessoal! Muito obrigado!