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Engenharia de Produção ·
Empreendedorismo
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A cópia do material didático utilizado ao longo do curso é de propriedade dos autores não podendo a contratante vir a utilizála em qualquer época de forma integral ou parcial Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à Fundação Getulio Vargas Todo o conteúdo deste material didático é de inteira responsabilidade dos autores que autorizam a citaçãodivulgação parcial por qualquer meio convencional ou eletrônico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte Adicionalmente qualquer problema com sua turmacurso deve ser resolvido em primeira instância pela secretaria de sua unidade Caso você não tenha obtido junto a sua secretaria as orientações e os esclarecimentos necessários utilize o canal institucional da Ouvidoria ouvidoriafgvbr wwwfgvbrfgvmanagement SUMÁRIO 1 PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 11 EMENTA 1 12 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 13 OBJETIVOS 1 14 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 15 METODOLOGIA 1 16 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2 17 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 2 CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR 2 2 EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO 3 21 ESTRATÉGIA E INOVAÇÃO 3 22 INOVAÇÃO ABERTA 7 23 A ABORDAGEM DA DISCIPLINA DOS LÍDERES DE MERCADO 10 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 1 Empreendedorismo e gestão da inovação 1 PROGRAMA DA DISCIPLINA 11 Ementa Conceitos e fundamentos do Empreendedorismo Diferentes abordagens para o empreendedorismo Tipos de empreendedorismo e estratégias para construir uma cultura empreendedora Modelos para a Inovação Gestão da inovação e métricas Ambidestria organizacional Inovação e processos de mudança Modelos de negócio 12 Carga horária total 24h 13 Objetivos Ampliar o conhecimento dos participantes sobre o comportamento empreendedor empreendedorismo interno e as principais características e competências Capacitar os participantes sobre o uso do Visual Thinking para criar planos inovadores e criativos através do trabalho colaborativo Empregar as técnicas de duplo diamante do Design Thinking para desenvolve um Plano de Inovação Aplicar conceitos de formatação e síntese do Plano para desenvolver apresentações objetivas e eficientes 14 Conteúdo programático Conceitos e fundamentos do Empreendedorismo Diferentes abordagens para o empreendedorismo Espírito do Empreendedorismo Empreendedor Interno Intrapreneur Ambiente de Negócios e Mundo VUCA Características do comportamento empreendedor Tipos de empreendedorismo e estratégias para construir uma cultura empreendedora Modelos de negócio Competição Limitações do Modelo das 5 Forças de Porter Visual Thinking aplicado ao Planejamento Do BMG Canvas ao BWint Canvas Modelos para a Inovação Inovação e processos de mudança Disciplinas de Valor Estratégia e estrutura para Inovação Inovação e Cultura Corporativa Como inovar Gestão da inovação e métricas Ambidestria organizacional Design Thinking e Duplo Diamante Como vender um Plano de Inovação KPIs e mensuração de resultados Sumário executivo Pitch de elevador formatação e apresentação do Plano 15 Metodologia Aulas expositivas discussões dinâmicas e exercícios em grupo 2 Empreendedorismo e gestão da inovação 16 Critérios de avaliação TIF Trabalho Individual Final 70 e trabalhos em equipe síncronos 30 17 Bibliografia recomendada BROWN Tim Design Thinking uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias Rio de Janeiro Alta Books 2017 OSTWALDER Alexandre PIGNEUR Yves Business Model Generation inovação em modelos de negócios Rio de Janeiro Alta Books 2011 REFKALEFSKY Eduardo Marketing de Serviços Sobre BMG Canvas In DAMASCENO Bianca org Autonomia profissional cuidados fundamentais para a estruturação de uma carreira Rio de Janeiro iVentura 2018 REFKALEFSKY Eduardo TEIXEIRA Ana Christina Celano Comunicação interpessoal e corporativa Rio de Janeiro Editora FGV 2022 Ebook wwweditorafgvbrprodutocomunicacaointerpessoalecorporativa3726 TREACY Michael WIERSEMA Fred A disciplina dos líderes de mercado Rio de Janeiro Rocco 1998 Coleção Administração e Negócios Curriculum vitae do professor PROF DR EDUARDO REFKALFESKY Doutor em Comunicação é sócio da consultoria BWint Business with Intelligence atuando junto a empresas setor público e organizações sem fins lucrativos nas áreas de Estratégia BSC Comunicação e Negociação É coautor dos livros Comunicação Interpessoal e Corporativa Editora FGV Autonomia profissional cuidados fundamentais para a estruturação de uma carreira iVentura e Fronteiras da Publicidade Sulina Sua experiência inclui trabalhos para Petrobras Shell Bayer Subway Firjan Sebrae e os Hospitais Samaritano Vitória Santa Lúcia e Americas Medical City RJ Moinhos de Vento RS Santa Casa e Mário Pena MG e Hospital do Amor Hospital do Câncer de Barretos SP Foi coordenador editorial da Coleção Administração e Negócios da Editora Rocco tendo lançado entre outros best sellers As 48 Leis do Poder e Feitas para Durar Traduziu diversos livros da Coleção Desenvolvimento Profissional Exame Você SA e Editora Sextante como Os princípios de liderança de Jack Welch Como lidar com pessoas difíceis e Por que os clientes não fazem o que você espera Email eduardorefdeltagmailcom LinkedIn wwwlinkedincomineduardoref Canal do Youtube httpswwwyoutubecomEduardoRefkalefsky 3 Empreendedorismo e gestão da inovação 2 EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO Peter Drucker em Administrando em tempos de grandes mudanças afirma que toda organização seja ou não uma empresa tem uma teoria do negócio De fato uma teoria válida que seja clara consistente e focalizada é extraordinariamente poderosa Em 1809 por exemplo Wilhelm von Humboldt um estadista e sábio alemão fundou a Universidade de Berlim com base numa teoria radicalmente nova de universidade E por mais de cem anos até a ascensão de Hitler sua teoria definiu a universidade alemã especialmente em conhecimento e pesquisa científica O que está por baixo da atual doença de tantas organizações grandes e bemsucedidas em todo o mundo é que suas teorias do negócio não funcionam mais Sempre que uma grande organização enfrenta problemas e especialmente se ela teve sucesso por muitos anos as pessoas culpam a preguiça a complacência a arrogância as burocracias enormes São explicações plausíveis Sim mas raramente relevantes ou corretas 21 Estratégia e Inovação Estas palavras de Drucker mostram que muito do que se fala nessa área precisa ser revisto Tendese a achar com base na maioria dos livros de negócios que administração é sinônimo de empresa industrial capitalista Ledo engano Para esclarecer esta questão cabe começar distinguindo organização de empresa Por organização se entende um grupamento humano trabalhando em sinergia para alcançar um objetivo comum As organizações existem desde que o homem se tornou um animal social É costumeiro relacionar como as duas organizações mais antigas da história o Exército e a Igreja Empresa é um caso particular de organização que se tornou característica das economias de mercado Assim toda empresa é uma organização mas nem toda organização é uma empresa O fato de usarmos muitos casos de empresas capitalistas como exemplo de organizações decorre do mesmo motivo que Mendel usou para estudar genética com base nas ervilhas O ciclo de vida nascimento crescimento e morte dos produtos para o mercado é bastante curto em comparação com os ciclos de vidas de organizações nãocapitalistas Os ciclos curtos trazem maior número de casos para análise permitindo se chegar a conclusões gerais a partir de resultados empíricos Do mesmo modo a publicidade comercial é um caso particular do processo de comunicação de acordo com Al Ries e Jack Trout autores de Posicionamento Este livro foi escrito sobre uma nova abordagem à Comunicação chamada posicionamento E a maioria dos exemplos vem da mais difícil de todas as formas de comunicação a propaganda Uma forma de comunicação que do ponto de vista do receptor deixa muito a desejar A propaganda é para a maior parte indesejável e desagradável Em muitos casos francamente detestada Para muitos intelectuais propaganda é vender a alma às corporações norteamericanas matéria que nem sequer merece um estudo sério Apesar de sua reputação ou por isso mesmo o campo da propaganda é excepcional para se testar o que se poderia denominar de teoria da comunicação Se dá certo em propaganda provavelmente também o dará na política na religião ou em qualquer outra atividade que exija comunicações de massa Portanto os exemplos neste livro 4 Empreendedorismo e gestão da inovação também poderiam ter sido extraídos dos campos da política da guerra dos negócios e até mesmo da ciência de dar em cima do sexo oposto Ou qualquer outro tipo de atividade humana que envolva influenciar as mentes das outras pessoas Seja que você queira promover um automóvel um refrigerante um computador um candidato ou a sua própria carreira RIES TROUT 1997 1s grifos nossos O estudo das empresas modernas permite destacar a principal característica de qualquer organização o fato de ser orientada de fora É o que mostra o clássico trecho de Peter Drucker em Administrando para Obter Resultados Dentro da empresa não há resultados nem recursos Ambos estão fora dela não há centros de lucros dentro da empresa somente de custos O que se pode dizer com certeza a respeito de qualquer atividade empresarial seja ela engenharia vendas fabricação ou contabilidade é que ela consome esforços e portanto incorre em custos Se contribui para os resultados é algo a ser verificado Os resultados não dependem de alguém dentro da empresa nem de algo dentro do controle da mesma mas de alguém de fora o cliente numa economia de mercado as autoridades políticas numa economia controlada É sempre alguém de fora que decide se os esforços de uma empresa se transformam em resultados econômicos ou em desperdício e refugo O mesmo vale para o único recurso distinto de qualquer empresa conhecimento Outros recursos como dinheiro e equipamento físico não conferem qualquer distinção O que torna uma empresa distinta e constitui seu recurso peculiar é sua capacidade para usar conhecimento de todas as espécies de científico e técnico a social econômico e gerencial É somente com relação ao conhecimento que uma empresa pode ser distinta e portanto produzir algo que tem valor no mercado Entretanto o conhecimento não é um recurso da empresa é um recurso social universal Ele não pode ser mantido em segredo por qualquer período A frase Aquilo que um homem fez outro homem sempre poderá fazêlo novamente é antiga e expressa profunda sabedoria Na verdade a empresa pode ser definida como um processo que converte um recurso externo isto é conhecimento em resultados externos ou seja valores econômicos DRUCKER 1998b 4s grifos nossos A primeira consequência destas ideias do guru de marketing e negócios é a aplicação a qualquer tipo de organização Por exemplo os recursos de uma igreja se resumem aos conhecimentos de religiosos e leigos sobre Teologia doutrina e evangelização Os resultados estão em Deus ou nas divindades e na fé dos fiéis e profanos Para uma escola de samba os recursos estão na mente dos carnavalescos e diretores e os resultados no coração do público e na cabeça dos jurados A diretoria de uma empresa estatal deve levar em conta a política geral do Estado que a controla bem como as variações de cada governo que chega ao poder Uma organização não governamental ONG ou fundação é administrada a partir de um conselho diretor que estabelece no estatuto os objetivos sociais e os provedores de recursos 5 Empreendedorismo e gestão da inovação A segunda consequência está na importância do conhecimento É o único recurso que agrega valor a uma organização Como Peter Drucker definiu posteriormente o conhecimento pode ser dividido em conhecimento sobre a tecnologia de produção inovação tecnológica e conhecimento sobre o mercado marketing Finalmente a ideia de que uma empresa capitalista ao contrário de uma organização visa ao lucro é relativa Qualquer organização ou conta com uma fonte externa de financiamento o Estado uma fundação uma empresa um hospital um consultório médico ou uma igreja ou precisa gerar seus próprios recursos através da venda de mercadorias de produtos a bens simbólicos Em ambos os casos os recursos são gerados por uma instância externa O lucro e a consequente acumulação de capital não representam um objetivo em si mas a sobrevivência e principalmente o crescimento de qualquer organização na economia de mercado Todos sabem que a maximização dos lucros nunca passou de uma ficção ou ideal inatingível um modelo teórico Os negócios hoje como há cinquenta anos devem obter lucro simplesmente para sobreviver DRUCKER 1970 p 37 Esta afirmação de Drucker ganharia comprovação empírica duas décadas e meia depois quando os professores da Universidade de Stanford James Collins e Jerry Porras 1995 publicaram Feitas para Durar Os autores e seus assistentes pesquisaram mais de 100 mil páginas de livros artigos e documentos sobre 18 empresas chamadas visionárias que apresentam lucratividade 15 vezes maior que a média do mercado para concluir que Ao contrário da doutrina acadêmica de administração nós não vimos a maximização da riqueza dos acionistas nem a maximização dos lucros como sendo a força impulsionadora dominante ou o objetivo primário ao longo da história da maioria das empresas visionárias a tendência era ter um conjunto de objetivos dos quais ganhar dinheiro era apenas Produtor Comprador Figura 1 Fluxograma de Produção e Venda simples A mercadoria é produzida para depois ser vendida Produtor Comprador Figura 2 Marketing Market ing mercado em movimento O produtor conhece o comprador e adapta a mercadoria a ele 6 Empreendedorismo e gestão da inovação um e não necessariamente o principal negócios são mais do que uma atividade econômica mais do que uma forma de ganhar dinheiro encontramos uma ideologia central que transcendia as considerações puramente econômicas A maximização dos lucros não reina mas as empresas visionárias tentam atingir suas metas de maneira lucrativa Elas fazem as duas coisas A lucratividade é uma condição necessária para a existência e um meio de se atingir objetivos mais importantes mas não é o objetivo em si para muitas das empresas visionárias Os lucros são o que o oxigênio a comida a água e o sangue representam para o corpo eles não são o sentido da vida mas sem eles não há vida ibid 89s O exemplo das empresas também vale para as organizações sem fins lucrativos como a Igreja Católica Em momento nenhum a Igreja foi orientada ou apresentou como missão fundamental acumular riquezas no Vaticano O objetivo sempre foi salvar almas através de Jesus A conclusão a que se chega é que a racionalidade de qualquer organização independe de decisões individuais do voluntarismo pessoal Um executivo ladrão não representa o paradigma do sistema capitalista Ao contrário é até disfuncional porque descapitaliza a empresa retardando o processo de acumulação Da mesma forma um sacerdote católico que tenha se utilizado de sua posição para conquistar rapazes também não altera em nada a dinâmica organizacional da Igreja Em ambos os casos são decisões particulares individualizadas que até se chocam com os objetivos teológicos do catolicismo ou econômicos acumulação do capitalismo Collins e Porras tiveram esta preocupação ao estudar apenas empresas com mais de 50 anos de existência com diversas gerações de dirigentes e passaram por ciclos de vida de muitos produtos ou serviços ibid 16ss Assim evitaram as armadilhas do presidente genial do produto perfeito ou da grande ideia que cria e sustenta uma empresa Estes temas por sinal servem apenas para ilustrar capas de revistas de negócio superficiais e livros de administração de vida curta sendo incapazes de captar o ponto central das organizações A característica básica das empresas visionárias foi a capacidade de recuperação revertendo processos que quase as levaram à falência a Walt Disney em 1939 e na década de 1980 a Boeing nas décadas de 1930 40 e 70 a 3M no início do século XX a HewlettPackard em 1945 a Sony nos cinco primeiros anos de vida 1945 1950 e nos anos 70 quando o formato Beta perdeu a corrida para o VHS da JVC A estratégia de qualquer empresa ou por mais paradoxal que possa parecer de qualquer organização se divide em duas orientações A orientação para o mercado marketing e a orientação para o produto inovação tecnológica O austríaco Peter Drucker que desenvolveu esta definição foi enfático são as únicas formas de se agregar valor a uma organização todo o resto são custos DRUCKER 1998b 4ss O pano de fundo que determina a escolha de uma dessas estratégias é saber o que surgiu primeiro o mercado ou o produto Produtos criam mercados inovação tecnológica ou mercados criam produtos marketing Na estratégia de inovação tecnológica A empresa não se importa com o que o consumidor quer mas lança um produto material ou simbólico revolucionário inédito e o mercado é que se adapta a ele Essa estratégia é adotada pelas empresas de pesquisa tecnológica como a Intel Os engenheiros não perguntam o que os usuários de informática querem eles simplesmente fazem chips cada vez mais rápidos e confiáveis para só depois leválos ao mercado É o método do faça e venda 7 Empreendedorismo e gestão da inovação Da mesma maneira muitas empresas criativas limitam as pesquisas de mercado e opinião para não desestimular os profissionais ou porque os clientes no momento da pesquisa não conseguem visualizar os benefícios do produto Foi o caso da agência norteamericana DDB que quase não consegue lançar a campanha da locadora Avis We try harder Nós nos esforçamos mais porque foi rejeitada em uma discussão em grupo É negativa demais disseram no teste antes do lançamento Akio Morita e Masaro Ibuka fundadores da Sony desprezavam pesquisas de mercado enfatizando a criação e o desenvolvimento de produtos considerados de fabricação impossível como um rádio de bolso nos anos 50 COLLINS PORRAS 1995 149s Por sua vez editores e chefes de redação restringem o contato de repórteres com pesquisas sobre o conteúdo dos jornais pois elas podem inibir o voluntarismo o faro de reportagem e a contundência dos textos que representam a inovação tecnológica no jornalismo Este último caso mostra que a inovação tecnologia não se restringe a produtos tangíveis ou bens materiais como rádios e chips Inclui também serviços e bens intangíveis Inovação tecnológica em uma colônia de férias pode ser a criação de uma nova atividade Em um hotel ou parque de diversões a recepção mais cordial dos funcionários No jornalismo informação confiável e na propaganda campanhas criativas Nos serviços médicos maior conhecimento especializado 22 Inovação Aberta Entrevista com Henry Chesbrough Por Rafael Barifouse Época NEGÓCIOS O senhor poderia explicar o que é inovação aberta Henry Chesbrough O modelo anterior de inovação fechada era de autossuficiência Faziase tudo por conta própria e não se contava a ninguém Hoje o conhecimento está em todo lugar e as companhias têm de usar melhor ideias de fora Não é necessário nem esperto fazer tudo sozinho A pesquisa está encarecendo o ciclo de produtos está encurtando e é preciso trabalhar mais duro para recuperar o investimento Ser mais aberto permite não só poupar dinheiro mas também tempo e compartilhar riscos Mas a abertura não é só na entrada também deve ser na saída de ideias da empresa As companhias devem deixar outros usarem suas ideias para leválas ao mercado em outros negócios Isso é o que faz o sistema funcionar EN Mas há o receio de compartilhar demais que leva companhias a manter parte de suas pesquisas para si não Henry Chesbrough A IBM é um exemplo doa patentes de software mas também licencia muitas outras e ganha bilhões com isso por ano A Intel trabalha com universidades na pesquisa de semicondutores mas a tecnologia dos chips pertence basicamente a ela A empresa se abre para parceiros que ajudam a criar valor para os seus produtos mas para transformar esse valor em algo rentável é preciso ser mais proprietário Senão a empresa não faz dinheiro e não se sustenta a longo prazo EN Como decidir o que deve ser compartilhado Henry Chesbrough Esta é a arte da inovação aberta A PG compartilha a maioria de suas tecnologias mas o faz três anos depois de seus produtos chegarem ao mercado Com isso está sempre à frente e faz com que outros a sigam No Google você pode usar muitos serviços sem gastar nada mas a forma exata como a empresa os constrói a tecnologia 8 Empreendedorismo e gestão da inovação por trás ela guarda para si A regra é você quer ser aberto ao criar valor e fechado quando quer capturar uma parte dele para si Uma companhia nova deve ser aberta para que as pessoas a encontrem usem e a considerem valiosa Quando se estabelecer pode pensar em quais pontos pode ser mais fechada EN Então o modelo de inovação fechado não está morto como dizem Henry Chesbrough O modelo fechado sobrevive dentro de um modelo mais aberto No modelo aberto é muito mais valioso ser um integrador do sistema de inovação como faz a IBM hoje em dia ao oferecer produtos e serviços criados por terceiros É preciso pensar como as peças se encaixam Mas isso requer PD interno para descobrir como fazer EN Na inovação aberta parceiros ajudam a criar produtos e as estratégias em torno deles mas uma empresa é a responsável pelo lançamento e pelas receitas Como esses parceiros devem ser recompensados pela sua ajuda Henry Chesbrough Pessoas de tecnologia tendem a pensar que merecem a maior parte do quinhão porque se consideram mais inteligentes e por terem a propriedade intelectual Obviamente os custos devem ser pagos e o lucro repartido A tecnologia ainda é muito importante mas é preciso ir além dela e analisar o mercado para entender de onde vem o valor de seu produto e qual parte cabe a quem Acredito que quem conquista clientes e os faz feliz que é de onde vem o maior valor deve levar a maior parte EN No seu livro o senhor cita casos da área de tecnologia como Intel e IBM A inovação aberta é restrita às empresas hightech Henry Chesbrough Não Leon no México é uma cidade dedicada a fazer sapatos que não são produtos de alta tecnologia Desenvolvi com eles um projeto para descobrir como vender para os hispânicos americanos que serão 75 milhões em 2010 Eles estão preocupados com a chegada dos produtos chineses que são muito mais baratos Uma saída é subir de patamar e criar uma imagem mais nobre para os sapatos deles encontrar mercados pouco explorados As empresas de lá não conseguirão fazer isso sozinhas Elas vão precisar de uma série de parcerias para fazer isso e com a rapidez necessária EN O senhor publicou seu primeiro livro em 2003 Como o conceito de inovação aberta evoluiu desde então Henry Chesbrough No primeiro livro eu foquei em PD e na comunidade de tecnologia mas comecei a falar com outras empresas depois e vi que muitas enfrentavam dificuldades com o lado de negócios No meu segundo livro falo sobre como se abrir também nessa área de estratégia e marketing para solucionar problemas Significa pensar o que define um modelo de negócio como avançar e quem já fez isso Se você pensa inovação em pesquisa você só vai até um certo ponto Ao incluir mais áreas você pode inovar em modelos de negócios e isso pode ser muito valioso EN O que é um modelo de negócios aberto Henry Chesbrough É usar várias fontes para pensar a criação e captura de valor em seus produtos Por que uma empresa deve fazer pesquisa de marketing só sobre si Por que não fazer para as outras também Muitas companhias não compartilham pesquisas mas só assim se você realmente vai entender o mercado Um outro exemplo é a Samsa a engarrafadora da CocaCola no México Ela presta esse serviço para outras empresas e ganha experiência com isso Ao se abrir uma empresa transforma um centro de custo em um centro de lucro ao cobrar de parceiros por serviços que você teria de fazer também para si 9 Empreendedorismo e gestão da inovação EN Por que o senhor considera mais difícil inovar em um modelo de negócios do que em tecnologia Henry Chesbrough Temos boas experiências de décadas para inovar em produtos e tecnologia mas ainda não criamos bons processos para fazer isso em modelos de negócios Ambos os casos são difíceis Mas há uma área inteira de engenharia só para pensar novos produtos No modelo de negócios é preciso relacionar a tecnologia com operações e estratégia que são pensadas em lugares diferentes por pessoas diferentes Você tem de reunir tudo o que é mais complicado EN O modelo de inovação aberta surgiu a partir do modelo anterior fechado Sem tradição em pesquisa por empresas e com muito desse trabalho feito em universidades o Brasil não teve esse modelo fechado Podemos criar um modelo de inovação aberta a partir do nada Henry Chesbrough Sim México e Espanha também não têm tradição em pesquisa e consideram a inovação aberta útil para criar uma nova mentalidade colaborativa Essas regiões querem crescer mas não podem fazer grandes investimentos A cooperação de pessoas em áreas de interesse comuns para avançar mais rápido Você precisa de parques e universidades porque esses lugares têm pessoas que sabem como o sistema funciona e como ele vai se comportar no futuro Você precisa investir em pesquisa de longo prazo e na experimentação de modelos de negócios Você precisa de capital para sustentar tudo isso Com as peças no lugar vira uma questão de capital humano talento e conhecimento e o Brasil tem muito disso EN Como criador do conceito de inovação aberta no que o senhor está trabalhando agora Henry Chesbrough Em três questões ir mais a fundo no gerenciamento da propriedade intelectual e fazêla de forma mais aberta e colaborativa pensar inovação em serviços por meio dessa abordagem aberta e buscar uma visão mais global do fenômeno Nos últimos meses viajei para vários países e quero criar centros pelo mundo como fiz na Holanda e na Bélgica Vamos fazer um no Brasil e há outro a caminho na Suíça e no Japão Não posso levar esse conceito à frente globalmente sozinho Numa mentalidade de inovação aberta busco pessoas inteligentes para conectálas e promover trocas de experiências e informação EN Quais são os principais desafios da inovação aberta Henry Chesbrough O principal é a mentalidade Organizações grandes e bemsucedidas têm orgulho de suas próprias realizações superestimam suas habilidades e subestimam as de outros Se elas não pensaram em algo é porque não é bom Se fosse já teriam criado É algo difícil de superar No lado de negócios há um equivalente pensar que uma tecnologia deve ser usada primeiro por quem a inventou e caso não o faça ninguém mais pode usála Isso não faz sentido Se você não vai usar algo deixe que alguém use A propriedade intelectual historicamente é gerenciada pelas companhias de uma forma defensiva Temos de pensála de forma mais aberta Você pode licenciar algo para ganhar um dinheiro adicional ou compartilhar para criar padrão técnico na sua área Há também o desafio de empresas trabalharem com universidades Nesse modelo os dois lados precisam mudar 10 Empreendedorismo e gestão da inovação EN E como mudar essa mentalidade Henry Chesbrough Pelas companhias que estudei só um choque é capaz de fazer as pessoas perceberem que é preciso mudar a forma se inova Empresas que vão bem não farão isso Quando ocorre esse choque a liderança da empresa precisa transformar a crise em oportunidade Nos casos mais bem sucedidos havia líderes dizendo que não era possível mais fazer negócios daquela forma A mudança precisa vir do topo 23 A abordagem da disciplina dos líderes de mercado Treacy e Wiersema 1998 apresentam uma abordagem para a construção de estratégias competitivas que envolve três conceitos que as organizações devem considerar ao se posicionar estrategicamente no mercado O primeiro consiste na proposição de valor Essa é a promessa implícita que toda organização faz aos seus clientes consubstanciada em uma combinação de valores que envolvem preço qualidade desempenho assistência técnica acesso conveniência rapidez entre outros critérios A proposição de valor deve ser sustentada por um modelo operacional orientado a valor que é o segundo conceito O modelo operacional é a estrutura repare na influência de Chandler nessa abordagem que representa o arranjo dos processos de trabalho sistemas gerenciais e de informação modelo de gestão e cultura organizacional ou seja o modelo por meio do qual a organização entregará a promessa a proposição de valor aos seus clientes Finalmente o terceiro conceito é o de disciplinas de valor que é a maneira através da qual as organizações combinam a proposição de valor e o modelo operacional Treacy e Wiersema 1998 identificam três disciplinas de valor fundamentais Proposta de Valor Estratégia Oferta por parte de uma organização de algo distinto e exclusivo para o cliente Também chamado de Proposição de valor Modelo Operacional Estrutura Organização da empresa e dos processos de trabalho Disciplina de Valor Modelo Operacional adaptado à Proposição de Valor ou para usar a nomenclatura de Alfred Chandler a estrutura seguindo a estratégia Para Treacy e Wiersema há três Disciplinas de Valor Excelência Operacional cujo pioneiro foi Henry Ford Liderança em Produtos pioneiro Thomas Edison e a General Eletric e Intimidade com o Cliente pioneiro Thomas Watson Sr e a IBM Comparando com as duas estratégias gerais de Drucker Liderança em Produtos se relaciona com Inovação Tecnológica e Intimidade com o Cliente se relaciona com Marketing A Disciplina de Valor Excelência Operacional é a grande novidade em relação às duas anteriores pois mostra a estratégia ligada ao conhecimento aplicado à eficiência nos processos No gráfico é o sinônimo da seta que liga Produtor e Comprador Apresentamos a seguir o resumo de cada uma das Disciplinas de Valor Relacionamos primeiro as características da DV para em seguida apresentar os aspectos da cultura corporativa e o perfil adequado dos profissionais 11 Empreendedorismo e gestão da inovação EXCELÊNCIA OPERACIONAL O foco é a Gestão de Processos Ênfase em atributos como preço conveniência rapidez e sem aborrecimentos O modelo operacional é a estrutura que representa o arranjo dos processos de trabalho Produtos padronizados de baixo ou médio valor agregado Controle rígido de custos e ganho em escala Cultura Corporativa O que conta é a equipe não o indivíduo Prioridade para contratação de quem seja treinável O importante não é quem você é mas o que a empresa fará de você Delegação ampla de poderes e altos salários não funcionam Importância do reconhecimento pelos pares LIDERANÇA EM PRODUTOS O foco é a Gestão por Projetos singular e temporário Prioridade para a inovação PD Desenvolvimento produtos de alto desempenho imagem diferenciada e com alto valor agregado Gerenciamento do ciclo de vida do produto com ênfase em novidades tecnológicas de design e estilo Rapidez nas decisões para que não haja perda do timing das inovações Cultura Corporativa Colaboradores que misturam competência curiosidade e energia Motivação através de realizações improváveis e alvos ambiciosos Grandes egos sabe tudo Encorajar os chatos defensores de conceitos dissidentes anticonvencionais e excêntricos Reconhecimento através da seleção para a próxima missão ainda mais difícil INTIMIDADE COM O CLIENTE O foco é a Gestão por Clientes e valor gerado pelo maior faturamento de cada um deles Voltada à construção de relacionamentos pela satisfação de necessidades únicas Capacidade de descobrir o que o cliente deseja Foco em soluções específicas para clientes específicos Descentralização e delegação de poderes empowerment Cultura Corporativa Perfil de consultores ou market oriented Talento para descobrir novas técnicas para aperfeiçoar o negócio do cliente Faça o que for preciso para agradar o cliente Mistura de pessoas experimentadas e inventivas Transformar o estudo dos clientes em um laboratório de aprendizagem 12 Empreendedorismo e gestão da inovação 24 Referências bibliográficas ARIELY Dan Previsivelmente irracional como as situações do dia a dia influenciam as nossas decisões Rio de Janeiro Campus 2008 BRANDENBURGER Adam NALEBUFF Barry Coopetição Rio de Janeiro Rocco 1998 Coleção Administração e Negócios BRINKMAN Rick KIRSCHNER Rick Aprendendo a lidar com pessoas difíceis 24 lições para transformar suas relações no trabalho Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional CHANDLER JR Alfred D Ensaios para uma Teoria Histórica da Grande Empresa Organização de Thomas K McCraw e Tradução de Luiz Alberto Monjardim Rio de Janeiro FGV 1998 CHESBROUGH Henri Modelos de negócios abertos Porto Alegre Bookman 2011 COLLINS James C e PORRAS Jerry I Feitas para Durar Práticas bemsucedidas de empresas visionárias Tradução de Silvia Schiros Rio de Janeiro Rocco 1995 Coleção Administração e Negócios CHRISTENSEN C O dilema da inovação São Paulo Mbooks 2011 DARLING Diane Networking desenvolva sua carreira criando bons relacionamentos Rio de Janeiro Sextante 2007 DE MASI Domenico O ócio criativo entrevista a Maria Serena Palieri Rio de Janeiro Sextante 2000 2ª ed DOLABELA Fernando Oficina do empreendedor Rio de Janeiro Sextante 2008 DRUCKER Peter Administrando em Tempos de Grandes Mudanças Tradução de Nivaldo Montingelli Jr São Paulo Pioneira 5a Edição Administração e Negócios 1998a Administrando para obter Resultados Tradução de Nivaldo Montingelli Jr São Paulo Pioneira 1998b Administração e Negócios Formação de Dirigentes Rio de Janeiro Expressão e Cultura 1970 ENDEAVOR BRASIL MAT Plano de Negócios Simplificado Disponível em httpinfoendeavororgbrferramentaplanonegociossimplificadoesvt besvqplano20de20negC3B3ciosesvadt999999 1esvcrea202734922239esvplaceesvdcesvaid50078gclidCjwKCAjw2NvLBR AjEiwAF98GMSanccJj3I q2g7NE3rLTx9eCfsqNrmBA0bxPZb8gUT4vThLh7P7xoCWgsQAvDBwE FREIBERG Jack FREIBERG Kevin Nuts As soluções criativas da Southwest Airlines para o sucesso pessoal e nos Negócios São Paulo Manole 1999 GIKOVATE Flávio Empreendedorismo é a atividade que foge dos caminhos tradicionais Youtube acessível em httpsyoutubeaQhtlXvwU60 GLADWELL Malcolm Blink a decisão num piscar de olhos Rio de Janeiro Sextante 2016 Fora de série Outliers Rio de Janeiro Sextante 2011 13 Empreendedorismo e gestão da inovação O ponto da virada the tipping point Rio de Janeiro Sextante 2011 KEPLER João Smart money a arte de atrair investidores e dinheiro inteligente para seu negócio São Paulo Gente 2018 KIRCHNER Rick KOCH Richard O princípio 8020 Rio de Janeiro Rocco 2000 Coleção Administração e Negócios OGILVY David Confissões de um publicitário São Paulo Bertrand 12ª ed 2011 OSTERWALDER Alex et al Value Proposition Design como construir propostas de valor inovadoras São Paulo HSM 2014 PARKER G VAN ALSTYNE M POUL CHOUDARY S Plataforma revolução da estratégia Rio de Janeiro Alta Books 2019 PINCHOT III Gifford Intrapreneuring porque você não precisa deixar a empresa para tornarse um empreendedor São Paulo Harbra 1989 RICHARDSON Linda Como ser um vendedor de sucesso 20 táticas para se tornar um especialista em vendas Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional RIES Al e TROUT Jack Posicionamento a Batalha pela Sua Mente Tradução de José Roberto Whitaker Penteado São Paulo Pioneira 1997 6a Edição Administração e Negócios RIES Erick A startup enxuta como utilizar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bemsucedidos São Paulo Leya 2021 ROAM Dan Blábláblá o que fazer quando palavras não funcionam Rio de Janeiro Alta Books 2013 Desenhando negócios como desenvolver ideias com o pensamento visual e vencer nos negócios Rio de Janeiro Elsevier 2011 RODRIGUEZ Y RODRIGUEZ Martius Vicente org Gestão do conhecimento e inovação nas empresas Rio de Janeiro Qualitymark 2010 SEBRAE Plano de Negócios Disponível em httpswwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigoscomoelaborarumplanode negocio37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD STETTNER Morey Manual do novo gerente 24 lições para vencer os desafios de sua nova função Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional SUN TZU A arte da guerra Adaptação e prefácio de James Clavell Rio de Janeiro Record 1997 19a ed TELLES Carlos Queiroz Manual do caradepau é fácil falar difícil São Paulo Best Seller TORRES Maria Candida TORRES Alexandre Pavan Balanced Scorecard Rio de Janeiro FGV Online Coleção Gestão Empresarial 2014 14 Empreendedorismo e gestão da inovação WALTON Sam HUEY John Sam Walton Made in America Rio de Janeiro Alta Books 2017 WILLIAMS Robin Design para quem não é designer São Paulo Callis 2013 4a edição VÍDEOS DO PROFESSOR Qual a competência mais procurada pelos empregadores análise sobre a Criatividade considerada a competência com maior demanda segundo pesquisa do Linkedin httpsyoutubeR07Q2TsWzw Desenvolvimento de Carreira Hard skills resumo da pesquisa do LinkedIn sobre competências que destaca habilidades ligadas à Comunicação httpswwwyoutubecomwatchvEEzduYsLjv0t24s A importância do Balanced Scorecard BSC de que maneira essa ferramenta pode ser usada de maneira efetiva evitando problemas de implantação que infelizmente são muito comuns httpswwwyoutubecomwatchvG42RdWIBRB0t177s Você está contratado Como encontrar o emprego dos seus sonhos resumo do livro de Marcelo Nóbrega um dos melhores sobre mercado de trabalho httpswwwyoutubecomwatchv64yd7IgXct31s O melhor vem depois Como se preparar para a póscarreira análise do livro sobre planejamento de carreira e aposentadoria o melhor termo é póscarreira de Julio Sergio Cardozo exdiretor para a América Latina da Ernest Young httpswwwyoutubecomwatchvxZokkwcxkt13s Como fortalecer seu networking no LinkedIn algumas dicas sobre a utilização da plataforma de contatos profissionais e produção de conteúdo sobre carreira e gestão httpswwwyoutubecomwatchvJNLklWs7AWYlistPL4ScYBI3apcPc6g19RP9doLsJ yGrVPu4index1 ARTIGOS DO PROFESSOR LinkedIn revela as competências mais procuradas pelos empregadores resultados da pesquisa que mostrou as 30 competências com maior demanda httpswwwlinkedincompulselinkedinrevelacompetC3AAnciasque serC3A3omaisem2019refkalefsky Cinco Soft Skills em alta segundo o LinkedIn Análise das 5 soft skills com maior demanda no mercado atual a partir do analytics do LinkedIn httpswwwlinkedincompulse5softskillsemaltasegundoolinkedineduardo refkalefsky 15 Empreendedorismo e gestão da inovação Como implantar um BSC de maneira eficaz Importância da ferramenta para o alinhamento das áreas da empresa e como superar os principais problemas para a implantação do BSC httpswwwlinkedincompulsebalancedscorecardcomoimplantarumbscde maneirarefkalefsky Como praticar Escuta Ativa Escutatória httpswwwlinkedincompulsetC3A9cnicasdeescutaativacomopraticar escutatC3B3riarefkalefsky Como usar de maneira produtiva números e medidas de desempenho httpswwwlinkedincompulsecomousardemaneiraprodutivanC3BAmerose medidaseduardorefkalefsky RH com foco nos resultados Análise do papel Estratégico do setor httpswwwlinkedincompulserhcomfoconosresultadoseduardorefkalefsky Industry não é indústria httpswwwlinkedincompulseindustrynC3A3oC3A9indC3BAstria eduardorefkalefsky WEBINARS Pipeline de Liderança apresentação do conceito de Pipeline de Liderança mostrando as competências específicas dos líderes de cada nível desde liderar a si mesmo até liderar uma empresa O conceito foi aplicado para a Enfermagem mas pode ser adaptado para o desenvolvimento profissional em qualquer área httpsyoutubee7ORtUSedUct454 Como gerenciar sua carreira em tempos de pandemia Conversa com Ana Letícia Cardoso do blog Família Bemsucedida httpswwwinstagramcomtvCA5m0XBjImiutmsourceigwebbuttonsharesheet Marca Marketing e Vendas Discussão sobre as estratégias criativas de Marketing e Vendas para empresas grandes e pequenas no contexto da pandemia do Covid19 Organizado por Bianca Damasceno com os professores e consultores Eduardo Refkalefsky Basílio Castelo Branco e Fernando Hettenhausen httpswwwyoutubecomwatchvtOotjmKTCst15s Liderança e Comunicação Webinar sobre Liderança e Comunicação coordenador pela professora Helidea Lima Rede DOr São Luiz e com os professores Eduardo Refkalefsky e Ney Pereira httpsyoutubeJVPrqyhqbH8t17 OUTROS LINKS PIZZARIA DO GOOGLE História bemhumorada sobre como o Google e outras empresas de internet utilizam os dados dos clientes que eles coletam Rastreei a piada e achei uma postagem sobre ela em 2011 mas está cada dia mais atual 16 Empreendedorismo e gestão da inovação httpswwwprofissionaisticombrhumorpizzariagoogle IDEO Design Thinking A maior empresa de design do mundo mostra como funciona o processo de criação e desenvolvimento de produtos usando as técnicas de Design Thinking httpswwwyoutubecomwatchviZbXiWNeYcg PROJECT CANVAS Professor Finocchio mostra em 10 minutos usando a metodologia Canvas o projeto de caçar e eliminar a baleia branca Moby Dick do livro de Herman Melville httpswwwyoutubecomwatchvAf85SgRXcQM ANÚNCIO DE BORDO CRIATIVO Feito na Southwest empresa referência em gestão de serviços e relacionamento com o cliente Foi a primeira empresa de custo baixo tarifa baixa low cost low fare que revolucionou o mercado oferecendo uma Proposta de Valor de voo acessível para o segmento de clientes que viajava de ônibus httpswwwyoutubecomwatchvAJ1RvFRg1XQ
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A cópia do material didático utilizado ao longo do curso é de propriedade dos autores não podendo a contratante vir a utilizála em qualquer época de forma integral ou parcial Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à Fundação Getulio Vargas Todo o conteúdo deste material didático é de inteira responsabilidade dos autores que autorizam a citaçãodivulgação parcial por qualquer meio convencional ou eletrônico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte Adicionalmente qualquer problema com sua turmacurso deve ser resolvido em primeira instância pela secretaria de sua unidade Caso você não tenha obtido junto a sua secretaria as orientações e os esclarecimentos necessários utilize o canal institucional da Ouvidoria ouvidoriafgvbr wwwfgvbrfgvmanagement SUMÁRIO 1 PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 11 EMENTA 1 12 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 13 OBJETIVOS 1 14 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 15 METODOLOGIA 1 16 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2 17 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 2 CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR 2 2 EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO 3 21 ESTRATÉGIA E INOVAÇÃO 3 22 INOVAÇÃO ABERTA 7 23 A ABORDAGEM DA DISCIPLINA DOS LÍDERES DE MERCADO 10 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 1 Empreendedorismo e gestão da inovação 1 PROGRAMA DA DISCIPLINA 11 Ementa Conceitos e fundamentos do Empreendedorismo Diferentes abordagens para o empreendedorismo Tipos de empreendedorismo e estratégias para construir uma cultura empreendedora Modelos para a Inovação Gestão da inovação e métricas Ambidestria organizacional Inovação e processos de mudança Modelos de negócio 12 Carga horária total 24h 13 Objetivos Ampliar o conhecimento dos participantes sobre o comportamento empreendedor empreendedorismo interno e as principais características e competências Capacitar os participantes sobre o uso do Visual Thinking para criar planos inovadores e criativos através do trabalho colaborativo Empregar as técnicas de duplo diamante do Design Thinking para desenvolve um Plano de Inovação Aplicar conceitos de formatação e síntese do Plano para desenvolver apresentações objetivas e eficientes 14 Conteúdo programático Conceitos e fundamentos do Empreendedorismo Diferentes abordagens para o empreendedorismo Espírito do Empreendedorismo Empreendedor Interno Intrapreneur Ambiente de Negócios e Mundo VUCA Características do comportamento empreendedor Tipos de empreendedorismo e estratégias para construir uma cultura empreendedora Modelos de negócio Competição Limitações do Modelo das 5 Forças de Porter Visual Thinking aplicado ao Planejamento Do BMG Canvas ao BWint Canvas Modelos para a Inovação Inovação e processos de mudança Disciplinas de Valor Estratégia e estrutura para Inovação Inovação e Cultura Corporativa Como inovar Gestão da inovação e métricas Ambidestria organizacional Design Thinking e Duplo Diamante Como vender um Plano de Inovação KPIs e mensuração de resultados Sumário executivo Pitch de elevador formatação e apresentação do Plano 15 Metodologia Aulas expositivas discussões dinâmicas e exercícios em grupo 2 Empreendedorismo e gestão da inovação 16 Critérios de avaliação TIF Trabalho Individual Final 70 e trabalhos em equipe síncronos 30 17 Bibliografia recomendada BROWN Tim Design Thinking uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias Rio de Janeiro Alta Books 2017 OSTWALDER Alexandre PIGNEUR Yves Business Model Generation inovação em modelos de negócios Rio de Janeiro Alta Books 2011 REFKALEFSKY Eduardo Marketing de Serviços Sobre BMG Canvas In DAMASCENO Bianca org Autonomia profissional cuidados fundamentais para a estruturação de uma carreira Rio de Janeiro iVentura 2018 REFKALEFSKY Eduardo TEIXEIRA Ana Christina Celano Comunicação interpessoal e corporativa Rio de Janeiro Editora FGV 2022 Ebook wwweditorafgvbrprodutocomunicacaointerpessoalecorporativa3726 TREACY Michael WIERSEMA Fred A disciplina dos líderes de mercado Rio de Janeiro Rocco 1998 Coleção Administração e Negócios Curriculum vitae do professor PROF DR EDUARDO REFKALFESKY Doutor em Comunicação é sócio da consultoria BWint Business with Intelligence atuando junto a empresas setor público e organizações sem fins lucrativos nas áreas de Estratégia BSC Comunicação e Negociação É coautor dos livros Comunicação Interpessoal e Corporativa Editora FGV Autonomia profissional cuidados fundamentais para a estruturação de uma carreira iVentura e Fronteiras da Publicidade Sulina Sua experiência inclui trabalhos para Petrobras Shell Bayer Subway Firjan Sebrae e os Hospitais Samaritano Vitória Santa Lúcia e Americas Medical City RJ Moinhos de Vento RS Santa Casa e Mário Pena MG e Hospital do Amor Hospital do Câncer de Barretos SP Foi coordenador editorial da Coleção Administração e Negócios da Editora Rocco tendo lançado entre outros best sellers As 48 Leis do Poder e Feitas para Durar Traduziu diversos livros da Coleção Desenvolvimento Profissional Exame Você SA e Editora Sextante como Os princípios de liderança de Jack Welch Como lidar com pessoas difíceis e Por que os clientes não fazem o que você espera Email eduardorefdeltagmailcom LinkedIn wwwlinkedincomineduardoref Canal do Youtube httpswwwyoutubecomEduardoRefkalefsky 3 Empreendedorismo e gestão da inovação 2 EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO Peter Drucker em Administrando em tempos de grandes mudanças afirma que toda organização seja ou não uma empresa tem uma teoria do negócio De fato uma teoria válida que seja clara consistente e focalizada é extraordinariamente poderosa Em 1809 por exemplo Wilhelm von Humboldt um estadista e sábio alemão fundou a Universidade de Berlim com base numa teoria radicalmente nova de universidade E por mais de cem anos até a ascensão de Hitler sua teoria definiu a universidade alemã especialmente em conhecimento e pesquisa científica O que está por baixo da atual doença de tantas organizações grandes e bemsucedidas em todo o mundo é que suas teorias do negócio não funcionam mais Sempre que uma grande organização enfrenta problemas e especialmente se ela teve sucesso por muitos anos as pessoas culpam a preguiça a complacência a arrogância as burocracias enormes São explicações plausíveis Sim mas raramente relevantes ou corretas 21 Estratégia e Inovação Estas palavras de Drucker mostram que muito do que se fala nessa área precisa ser revisto Tendese a achar com base na maioria dos livros de negócios que administração é sinônimo de empresa industrial capitalista Ledo engano Para esclarecer esta questão cabe começar distinguindo organização de empresa Por organização se entende um grupamento humano trabalhando em sinergia para alcançar um objetivo comum As organizações existem desde que o homem se tornou um animal social É costumeiro relacionar como as duas organizações mais antigas da história o Exército e a Igreja Empresa é um caso particular de organização que se tornou característica das economias de mercado Assim toda empresa é uma organização mas nem toda organização é uma empresa O fato de usarmos muitos casos de empresas capitalistas como exemplo de organizações decorre do mesmo motivo que Mendel usou para estudar genética com base nas ervilhas O ciclo de vida nascimento crescimento e morte dos produtos para o mercado é bastante curto em comparação com os ciclos de vidas de organizações nãocapitalistas Os ciclos curtos trazem maior número de casos para análise permitindo se chegar a conclusões gerais a partir de resultados empíricos Do mesmo modo a publicidade comercial é um caso particular do processo de comunicação de acordo com Al Ries e Jack Trout autores de Posicionamento Este livro foi escrito sobre uma nova abordagem à Comunicação chamada posicionamento E a maioria dos exemplos vem da mais difícil de todas as formas de comunicação a propaganda Uma forma de comunicação que do ponto de vista do receptor deixa muito a desejar A propaganda é para a maior parte indesejável e desagradável Em muitos casos francamente detestada Para muitos intelectuais propaganda é vender a alma às corporações norteamericanas matéria que nem sequer merece um estudo sério Apesar de sua reputação ou por isso mesmo o campo da propaganda é excepcional para se testar o que se poderia denominar de teoria da comunicação Se dá certo em propaganda provavelmente também o dará na política na religião ou em qualquer outra atividade que exija comunicações de massa Portanto os exemplos neste livro 4 Empreendedorismo e gestão da inovação também poderiam ter sido extraídos dos campos da política da guerra dos negócios e até mesmo da ciência de dar em cima do sexo oposto Ou qualquer outro tipo de atividade humana que envolva influenciar as mentes das outras pessoas Seja que você queira promover um automóvel um refrigerante um computador um candidato ou a sua própria carreira RIES TROUT 1997 1s grifos nossos O estudo das empresas modernas permite destacar a principal característica de qualquer organização o fato de ser orientada de fora É o que mostra o clássico trecho de Peter Drucker em Administrando para Obter Resultados Dentro da empresa não há resultados nem recursos Ambos estão fora dela não há centros de lucros dentro da empresa somente de custos O que se pode dizer com certeza a respeito de qualquer atividade empresarial seja ela engenharia vendas fabricação ou contabilidade é que ela consome esforços e portanto incorre em custos Se contribui para os resultados é algo a ser verificado Os resultados não dependem de alguém dentro da empresa nem de algo dentro do controle da mesma mas de alguém de fora o cliente numa economia de mercado as autoridades políticas numa economia controlada É sempre alguém de fora que decide se os esforços de uma empresa se transformam em resultados econômicos ou em desperdício e refugo O mesmo vale para o único recurso distinto de qualquer empresa conhecimento Outros recursos como dinheiro e equipamento físico não conferem qualquer distinção O que torna uma empresa distinta e constitui seu recurso peculiar é sua capacidade para usar conhecimento de todas as espécies de científico e técnico a social econômico e gerencial É somente com relação ao conhecimento que uma empresa pode ser distinta e portanto produzir algo que tem valor no mercado Entretanto o conhecimento não é um recurso da empresa é um recurso social universal Ele não pode ser mantido em segredo por qualquer período A frase Aquilo que um homem fez outro homem sempre poderá fazêlo novamente é antiga e expressa profunda sabedoria Na verdade a empresa pode ser definida como um processo que converte um recurso externo isto é conhecimento em resultados externos ou seja valores econômicos DRUCKER 1998b 4s grifos nossos A primeira consequência destas ideias do guru de marketing e negócios é a aplicação a qualquer tipo de organização Por exemplo os recursos de uma igreja se resumem aos conhecimentos de religiosos e leigos sobre Teologia doutrina e evangelização Os resultados estão em Deus ou nas divindades e na fé dos fiéis e profanos Para uma escola de samba os recursos estão na mente dos carnavalescos e diretores e os resultados no coração do público e na cabeça dos jurados A diretoria de uma empresa estatal deve levar em conta a política geral do Estado que a controla bem como as variações de cada governo que chega ao poder Uma organização não governamental ONG ou fundação é administrada a partir de um conselho diretor que estabelece no estatuto os objetivos sociais e os provedores de recursos 5 Empreendedorismo e gestão da inovação A segunda consequência está na importância do conhecimento É o único recurso que agrega valor a uma organização Como Peter Drucker definiu posteriormente o conhecimento pode ser dividido em conhecimento sobre a tecnologia de produção inovação tecnológica e conhecimento sobre o mercado marketing Finalmente a ideia de que uma empresa capitalista ao contrário de uma organização visa ao lucro é relativa Qualquer organização ou conta com uma fonte externa de financiamento o Estado uma fundação uma empresa um hospital um consultório médico ou uma igreja ou precisa gerar seus próprios recursos através da venda de mercadorias de produtos a bens simbólicos Em ambos os casos os recursos são gerados por uma instância externa O lucro e a consequente acumulação de capital não representam um objetivo em si mas a sobrevivência e principalmente o crescimento de qualquer organização na economia de mercado Todos sabem que a maximização dos lucros nunca passou de uma ficção ou ideal inatingível um modelo teórico Os negócios hoje como há cinquenta anos devem obter lucro simplesmente para sobreviver DRUCKER 1970 p 37 Esta afirmação de Drucker ganharia comprovação empírica duas décadas e meia depois quando os professores da Universidade de Stanford James Collins e Jerry Porras 1995 publicaram Feitas para Durar Os autores e seus assistentes pesquisaram mais de 100 mil páginas de livros artigos e documentos sobre 18 empresas chamadas visionárias que apresentam lucratividade 15 vezes maior que a média do mercado para concluir que Ao contrário da doutrina acadêmica de administração nós não vimos a maximização da riqueza dos acionistas nem a maximização dos lucros como sendo a força impulsionadora dominante ou o objetivo primário ao longo da história da maioria das empresas visionárias a tendência era ter um conjunto de objetivos dos quais ganhar dinheiro era apenas Produtor Comprador Figura 1 Fluxograma de Produção e Venda simples A mercadoria é produzida para depois ser vendida Produtor Comprador Figura 2 Marketing Market ing mercado em movimento O produtor conhece o comprador e adapta a mercadoria a ele 6 Empreendedorismo e gestão da inovação um e não necessariamente o principal negócios são mais do que uma atividade econômica mais do que uma forma de ganhar dinheiro encontramos uma ideologia central que transcendia as considerações puramente econômicas A maximização dos lucros não reina mas as empresas visionárias tentam atingir suas metas de maneira lucrativa Elas fazem as duas coisas A lucratividade é uma condição necessária para a existência e um meio de se atingir objetivos mais importantes mas não é o objetivo em si para muitas das empresas visionárias Os lucros são o que o oxigênio a comida a água e o sangue representam para o corpo eles não são o sentido da vida mas sem eles não há vida ibid 89s O exemplo das empresas também vale para as organizações sem fins lucrativos como a Igreja Católica Em momento nenhum a Igreja foi orientada ou apresentou como missão fundamental acumular riquezas no Vaticano O objetivo sempre foi salvar almas através de Jesus A conclusão a que se chega é que a racionalidade de qualquer organização independe de decisões individuais do voluntarismo pessoal Um executivo ladrão não representa o paradigma do sistema capitalista Ao contrário é até disfuncional porque descapitaliza a empresa retardando o processo de acumulação Da mesma forma um sacerdote católico que tenha se utilizado de sua posição para conquistar rapazes também não altera em nada a dinâmica organizacional da Igreja Em ambos os casos são decisões particulares individualizadas que até se chocam com os objetivos teológicos do catolicismo ou econômicos acumulação do capitalismo Collins e Porras tiveram esta preocupação ao estudar apenas empresas com mais de 50 anos de existência com diversas gerações de dirigentes e passaram por ciclos de vida de muitos produtos ou serviços ibid 16ss Assim evitaram as armadilhas do presidente genial do produto perfeito ou da grande ideia que cria e sustenta uma empresa Estes temas por sinal servem apenas para ilustrar capas de revistas de negócio superficiais e livros de administração de vida curta sendo incapazes de captar o ponto central das organizações A característica básica das empresas visionárias foi a capacidade de recuperação revertendo processos que quase as levaram à falência a Walt Disney em 1939 e na década de 1980 a Boeing nas décadas de 1930 40 e 70 a 3M no início do século XX a HewlettPackard em 1945 a Sony nos cinco primeiros anos de vida 1945 1950 e nos anos 70 quando o formato Beta perdeu a corrida para o VHS da JVC A estratégia de qualquer empresa ou por mais paradoxal que possa parecer de qualquer organização se divide em duas orientações A orientação para o mercado marketing e a orientação para o produto inovação tecnológica O austríaco Peter Drucker que desenvolveu esta definição foi enfático são as únicas formas de se agregar valor a uma organização todo o resto são custos DRUCKER 1998b 4ss O pano de fundo que determina a escolha de uma dessas estratégias é saber o que surgiu primeiro o mercado ou o produto Produtos criam mercados inovação tecnológica ou mercados criam produtos marketing Na estratégia de inovação tecnológica A empresa não se importa com o que o consumidor quer mas lança um produto material ou simbólico revolucionário inédito e o mercado é que se adapta a ele Essa estratégia é adotada pelas empresas de pesquisa tecnológica como a Intel Os engenheiros não perguntam o que os usuários de informática querem eles simplesmente fazem chips cada vez mais rápidos e confiáveis para só depois leválos ao mercado É o método do faça e venda 7 Empreendedorismo e gestão da inovação Da mesma maneira muitas empresas criativas limitam as pesquisas de mercado e opinião para não desestimular os profissionais ou porque os clientes no momento da pesquisa não conseguem visualizar os benefícios do produto Foi o caso da agência norteamericana DDB que quase não consegue lançar a campanha da locadora Avis We try harder Nós nos esforçamos mais porque foi rejeitada em uma discussão em grupo É negativa demais disseram no teste antes do lançamento Akio Morita e Masaro Ibuka fundadores da Sony desprezavam pesquisas de mercado enfatizando a criação e o desenvolvimento de produtos considerados de fabricação impossível como um rádio de bolso nos anos 50 COLLINS PORRAS 1995 149s Por sua vez editores e chefes de redação restringem o contato de repórteres com pesquisas sobre o conteúdo dos jornais pois elas podem inibir o voluntarismo o faro de reportagem e a contundência dos textos que representam a inovação tecnológica no jornalismo Este último caso mostra que a inovação tecnologia não se restringe a produtos tangíveis ou bens materiais como rádios e chips Inclui também serviços e bens intangíveis Inovação tecnológica em uma colônia de férias pode ser a criação de uma nova atividade Em um hotel ou parque de diversões a recepção mais cordial dos funcionários No jornalismo informação confiável e na propaganda campanhas criativas Nos serviços médicos maior conhecimento especializado 22 Inovação Aberta Entrevista com Henry Chesbrough Por Rafael Barifouse Época NEGÓCIOS O senhor poderia explicar o que é inovação aberta Henry Chesbrough O modelo anterior de inovação fechada era de autossuficiência Faziase tudo por conta própria e não se contava a ninguém Hoje o conhecimento está em todo lugar e as companhias têm de usar melhor ideias de fora Não é necessário nem esperto fazer tudo sozinho A pesquisa está encarecendo o ciclo de produtos está encurtando e é preciso trabalhar mais duro para recuperar o investimento Ser mais aberto permite não só poupar dinheiro mas também tempo e compartilhar riscos Mas a abertura não é só na entrada também deve ser na saída de ideias da empresa As companhias devem deixar outros usarem suas ideias para leválas ao mercado em outros negócios Isso é o que faz o sistema funcionar EN Mas há o receio de compartilhar demais que leva companhias a manter parte de suas pesquisas para si não Henry Chesbrough A IBM é um exemplo doa patentes de software mas também licencia muitas outras e ganha bilhões com isso por ano A Intel trabalha com universidades na pesquisa de semicondutores mas a tecnologia dos chips pertence basicamente a ela A empresa se abre para parceiros que ajudam a criar valor para os seus produtos mas para transformar esse valor em algo rentável é preciso ser mais proprietário Senão a empresa não faz dinheiro e não se sustenta a longo prazo EN Como decidir o que deve ser compartilhado Henry Chesbrough Esta é a arte da inovação aberta A PG compartilha a maioria de suas tecnologias mas o faz três anos depois de seus produtos chegarem ao mercado Com isso está sempre à frente e faz com que outros a sigam No Google você pode usar muitos serviços sem gastar nada mas a forma exata como a empresa os constrói a tecnologia 8 Empreendedorismo e gestão da inovação por trás ela guarda para si A regra é você quer ser aberto ao criar valor e fechado quando quer capturar uma parte dele para si Uma companhia nova deve ser aberta para que as pessoas a encontrem usem e a considerem valiosa Quando se estabelecer pode pensar em quais pontos pode ser mais fechada EN Então o modelo de inovação fechado não está morto como dizem Henry Chesbrough O modelo fechado sobrevive dentro de um modelo mais aberto No modelo aberto é muito mais valioso ser um integrador do sistema de inovação como faz a IBM hoje em dia ao oferecer produtos e serviços criados por terceiros É preciso pensar como as peças se encaixam Mas isso requer PD interno para descobrir como fazer EN Na inovação aberta parceiros ajudam a criar produtos e as estratégias em torno deles mas uma empresa é a responsável pelo lançamento e pelas receitas Como esses parceiros devem ser recompensados pela sua ajuda Henry Chesbrough Pessoas de tecnologia tendem a pensar que merecem a maior parte do quinhão porque se consideram mais inteligentes e por terem a propriedade intelectual Obviamente os custos devem ser pagos e o lucro repartido A tecnologia ainda é muito importante mas é preciso ir além dela e analisar o mercado para entender de onde vem o valor de seu produto e qual parte cabe a quem Acredito que quem conquista clientes e os faz feliz que é de onde vem o maior valor deve levar a maior parte EN No seu livro o senhor cita casos da área de tecnologia como Intel e IBM A inovação aberta é restrita às empresas hightech Henry Chesbrough Não Leon no México é uma cidade dedicada a fazer sapatos que não são produtos de alta tecnologia Desenvolvi com eles um projeto para descobrir como vender para os hispânicos americanos que serão 75 milhões em 2010 Eles estão preocupados com a chegada dos produtos chineses que são muito mais baratos Uma saída é subir de patamar e criar uma imagem mais nobre para os sapatos deles encontrar mercados pouco explorados As empresas de lá não conseguirão fazer isso sozinhas Elas vão precisar de uma série de parcerias para fazer isso e com a rapidez necessária EN O senhor publicou seu primeiro livro em 2003 Como o conceito de inovação aberta evoluiu desde então Henry Chesbrough No primeiro livro eu foquei em PD e na comunidade de tecnologia mas comecei a falar com outras empresas depois e vi que muitas enfrentavam dificuldades com o lado de negócios No meu segundo livro falo sobre como se abrir também nessa área de estratégia e marketing para solucionar problemas Significa pensar o que define um modelo de negócio como avançar e quem já fez isso Se você pensa inovação em pesquisa você só vai até um certo ponto Ao incluir mais áreas você pode inovar em modelos de negócios e isso pode ser muito valioso EN O que é um modelo de negócios aberto Henry Chesbrough É usar várias fontes para pensar a criação e captura de valor em seus produtos Por que uma empresa deve fazer pesquisa de marketing só sobre si Por que não fazer para as outras também Muitas companhias não compartilham pesquisas mas só assim se você realmente vai entender o mercado Um outro exemplo é a Samsa a engarrafadora da CocaCola no México Ela presta esse serviço para outras empresas e ganha experiência com isso Ao se abrir uma empresa transforma um centro de custo em um centro de lucro ao cobrar de parceiros por serviços que você teria de fazer também para si 9 Empreendedorismo e gestão da inovação EN Por que o senhor considera mais difícil inovar em um modelo de negócios do que em tecnologia Henry Chesbrough Temos boas experiências de décadas para inovar em produtos e tecnologia mas ainda não criamos bons processos para fazer isso em modelos de negócios Ambos os casos são difíceis Mas há uma área inteira de engenharia só para pensar novos produtos No modelo de negócios é preciso relacionar a tecnologia com operações e estratégia que são pensadas em lugares diferentes por pessoas diferentes Você tem de reunir tudo o que é mais complicado EN O modelo de inovação aberta surgiu a partir do modelo anterior fechado Sem tradição em pesquisa por empresas e com muito desse trabalho feito em universidades o Brasil não teve esse modelo fechado Podemos criar um modelo de inovação aberta a partir do nada Henry Chesbrough Sim México e Espanha também não têm tradição em pesquisa e consideram a inovação aberta útil para criar uma nova mentalidade colaborativa Essas regiões querem crescer mas não podem fazer grandes investimentos A cooperação de pessoas em áreas de interesse comuns para avançar mais rápido Você precisa de parques e universidades porque esses lugares têm pessoas que sabem como o sistema funciona e como ele vai se comportar no futuro Você precisa investir em pesquisa de longo prazo e na experimentação de modelos de negócios Você precisa de capital para sustentar tudo isso Com as peças no lugar vira uma questão de capital humano talento e conhecimento e o Brasil tem muito disso EN Como criador do conceito de inovação aberta no que o senhor está trabalhando agora Henry Chesbrough Em três questões ir mais a fundo no gerenciamento da propriedade intelectual e fazêla de forma mais aberta e colaborativa pensar inovação em serviços por meio dessa abordagem aberta e buscar uma visão mais global do fenômeno Nos últimos meses viajei para vários países e quero criar centros pelo mundo como fiz na Holanda e na Bélgica Vamos fazer um no Brasil e há outro a caminho na Suíça e no Japão Não posso levar esse conceito à frente globalmente sozinho Numa mentalidade de inovação aberta busco pessoas inteligentes para conectálas e promover trocas de experiências e informação EN Quais são os principais desafios da inovação aberta Henry Chesbrough O principal é a mentalidade Organizações grandes e bemsucedidas têm orgulho de suas próprias realizações superestimam suas habilidades e subestimam as de outros Se elas não pensaram em algo é porque não é bom Se fosse já teriam criado É algo difícil de superar No lado de negócios há um equivalente pensar que uma tecnologia deve ser usada primeiro por quem a inventou e caso não o faça ninguém mais pode usála Isso não faz sentido Se você não vai usar algo deixe que alguém use A propriedade intelectual historicamente é gerenciada pelas companhias de uma forma defensiva Temos de pensála de forma mais aberta Você pode licenciar algo para ganhar um dinheiro adicional ou compartilhar para criar padrão técnico na sua área Há também o desafio de empresas trabalharem com universidades Nesse modelo os dois lados precisam mudar 10 Empreendedorismo e gestão da inovação EN E como mudar essa mentalidade Henry Chesbrough Pelas companhias que estudei só um choque é capaz de fazer as pessoas perceberem que é preciso mudar a forma se inova Empresas que vão bem não farão isso Quando ocorre esse choque a liderança da empresa precisa transformar a crise em oportunidade Nos casos mais bem sucedidos havia líderes dizendo que não era possível mais fazer negócios daquela forma A mudança precisa vir do topo 23 A abordagem da disciplina dos líderes de mercado Treacy e Wiersema 1998 apresentam uma abordagem para a construção de estratégias competitivas que envolve três conceitos que as organizações devem considerar ao se posicionar estrategicamente no mercado O primeiro consiste na proposição de valor Essa é a promessa implícita que toda organização faz aos seus clientes consubstanciada em uma combinação de valores que envolvem preço qualidade desempenho assistência técnica acesso conveniência rapidez entre outros critérios A proposição de valor deve ser sustentada por um modelo operacional orientado a valor que é o segundo conceito O modelo operacional é a estrutura repare na influência de Chandler nessa abordagem que representa o arranjo dos processos de trabalho sistemas gerenciais e de informação modelo de gestão e cultura organizacional ou seja o modelo por meio do qual a organização entregará a promessa a proposição de valor aos seus clientes Finalmente o terceiro conceito é o de disciplinas de valor que é a maneira através da qual as organizações combinam a proposição de valor e o modelo operacional Treacy e Wiersema 1998 identificam três disciplinas de valor fundamentais Proposta de Valor Estratégia Oferta por parte de uma organização de algo distinto e exclusivo para o cliente Também chamado de Proposição de valor Modelo Operacional Estrutura Organização da empresa e dos processos de trabalho Disciplina de Valor Modelo Operacional adaptado à Proposição de Valor ou para usar a nomenclatura de Alfred Chandler a estrutura seguindo a estratégia Para Treacy e Wiersema há três Disciplinas de Valor Excelência Operacional cujo pioneiro foi Henry Ford Liderança em Produtos pioneiro Thomas Edison e a General Eletric e Intimidade com o Cliente pioneiro Thomas Watson Sr e a IBM Comparando com as duas estratégias gerais de Drucker Liderança em Produtos se relaciona com Inovação Tecnológica e Intimidade com o Cliente se relaciona com Marketing A Disciplina de Valor Excelência Operacional é a grande novidade em relação às duas anteriores pois mostra a estratégia ligada ao conhecimento aplicado à eficiência nos processos No gráfico é o sinônimo da seta que liga Produtor e Comprador Apresentamos a seguir o resumo de cada uma das Disciplinas de Valor Relacionamos primeiro as características da DV para em seguida apresentar os aspectos da cultura corporativa e o perfil adequado dos profissionais 11 Empreendedorismo e gestão da inovação EXCELÊNCIA OPERACIONAL O foco é a Gestão de Processos Ênfase em atributos como preço conveniência rapidez e sem aborrecimentos O modelo operacional é a estrutura que representa o arranjo dos processos de trabalho Produtos padronizados de baixo ou médio valor agregado Controle rígido de custos e ganho em escala Cultura Corporativa O que conta é a equipe não o indivíduo Prioridade para contratação de quem seja treinável O importante não é quem você é mas o que a empresa fará de você Delegação ampla de poderes e altos salários não funcionam Importância do reconhecimento pelos pares LIDERANÇA EM PRODUTOS O foco é a Gestão por Projetos singular e temporário Prioridade para a inovação PD Desenvolvimento produtos de alto desempenho imagem diferenciada e com alto valor agregado Gerenciamento do ciclo de vida do produto com ênfase em novidades tecnológicas de design e estilo Rapidez nas decisões para que não haja perda do timing das inovações Cultura Corporativa Colaboradores que misturam competência curiosidade e energia Motivação através de realizações improváveis e alvos ambiciosos Grandes egos sabe tudo Encorajar os chatos defensores de conceitos dissidentes anticonvencionais e excêntricos Reconhecimento através da seleção para a próxima missão ainda mais difícil INTIMIDADE COM O CLIENTE O foco é a Gestão por Clientes e valor gerado pelo maior faturamento de cada um deles Voltada à construção de relacionamentos pela satisfação de necessidades únicas Capacidade de descobrir o que o cliente deseja Foco em soluções específicas para clientes específicos Descentralização e delegação de poderes empowerment Cultura Corporativa Perfil de consultores ou market oriented Talento para descobrir novas técnicas para aperfeiçoar o negócio do cliente Faça o que for preciso para agradar o cliente Mistura de pessoas experimentadas e inventivas Transformar o estudo dos clientes em um laboratório de aprendizagem 12 Empreendedorismo e gestão da inovação 24 Referências bibliográficas ARIELY Dan Previsivelmente irracional como as situações do dia a dia influenciam as nossas decisões Rio de Janeiro Campus 2008 BRANDENBURGER Adam NALEBUFF Barry Coopetição Rio de Janeiro Rocco 1998 Coleção Administração e Negócios BRINKMAN Rick KIRSCHNER Rick Aprendendo a lidar com pessoas difíceis 24 lições para transformar suas relações no trabalho Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional CHANDLER JR Alfred D Ensaios para uma Teoria Histórica da Grande Empresa Organização de Thomas K McCraw e Tradução de Luiz Alberto Monjardim Rio de Janeiro FGV 1998 CHESBROUGH Henri Modelos de negócios abertos Porto Alegre Bookman 2011 COLLINS James C e PORRAS Jerry I Feitas para Durar Práticas bemsucedidas de empresas visionárias Tradução de Silvia Schiros Rio de Janeiro Rocco 1995 Coleção Administração e Negócios CHRISTENSEN C O dilema da inovação São Paulo Mbooks 2011 DARLING Diane Networking desenvolva sua carreira criando bons relacionamentos Rio de Janeiro Sextante 2007 DE MASI Domenico O ócio criativo entrevista a Maria Serena Palieri Rio de Janeiro Sextante 2000 2ª ed DOLABELA Fernando Oficina do empreendedor Rio de Janeiro Sextante 2008 DRUCKER Peter Administrando em Tempos de Grandes Mudanças Tradução de Nivaldo Montingelli Jr São Paulo Pioneira 5a Edição Administração e Negócios 1998a Administrando para obter Resultados Tradução de Nivaldo Montingelli Jr São Paulo Pioneira 1998b Administração e Negócios Formação de Dirigentes Rio de Janeiro Expressão e Cultura 1970 ENDEAVOR BRASIL MAT Plano de Negócios Simplificado Disponível em httpinfoendeavororgbrferramentaplanonegociossimplificadoesvt besvqplano20de20negC3B3ciosesvadt999999 1esvcrea202734922239esvplaceesvdcesvaid50078gclidCjwKCAjw2NvLBR AjEiwAF98GMSanccJj3I q2g7NE3rLTx9eCfsqNrmBA0bxPZb8gUT4vThLh7P7xoCWgsQAvDBwE FREIBERG Jack FREIBERG Kevin Nuts As soluções criativas da Southwest Airlines para o sucesso pessoal e nos Negócios São Paulo Manole 1999 GIKOVATE Flávio Empreendedorismo é a atividade que foge dos caminhos tradicionais Youtube acessível em httpsyoutubeaQhtlXvwU60 GLADWELL Malcolm Blink a decisão num piscar de olhos Rio de Janeiro Sextante 2016 Fora de série Outliers Rio de Janeiro Sextante 2011 13 Empreendedorismo e gestão da inovação O ponto da virada the tipping point Rio de Janeiro Sextante 2011 KEPLER João Smart money a arte de atrair investidores e dinheiro inteligente para seu negócio São Paulo Gente 2018 KIRCHNER Rick KOCH Richard O princípio 8020 Rio de Janeiro Rocco 2000 Coleção Administração e Negócios OGILVY David Confissões de um publicitário São Paulo Bertrand 12ª ed 2011 OSTERWALDER Alex et al Value Proposition Design como construir propostas de valor inovadoras São Paulo HSM 2014 PARKER G VAN ALSTYNE M POUL CHOUDARY S Plataforma revolução da estratégia Rio de Janeiro Alta Books 2019 PINCHOT III Gifford Intrapreneuring porque você não precisa deixar a empresa para tornarse um empreendedor São Paulo Harbra 1989 RICHARDSON Linda Como ser um vendedor de sucesso 20 táticas para se tornar um especialista em vendas Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional RIES Al e TROUT Jack Posicionamento a Batalha pela Sua Mente Tradução de José Roberto Whitaker Penteado São Paulo Pioneira 1997 6a Edição Administração e Negócios RIES Erick A startup enxuta como utilizar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bemsucedidos São Paulo Leya 2021 ROAM Dan Blábláblá o que fazer quando palavras não funcionam Rio de Janeiro Alta Books 2013 Desenhando negócios como desenvolver ideias com o pensamento visual e vencer nos negócios Rio de Janeiro Elsevier 2011 RODRIGUEZ Y RODRIGUEZ Martius Vicente org Gestão do conhecimento e inovação nas empresas Rio de Janeiro Qualitymark 2010 SEBRAE Plano de Negócios Disponível em httpswwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigoscomoelaborarumplanode negocio37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD STETTNER Morey Manual do novo gerente 24 lições para vencer os desafios de sua nova função Tradução de Eduardo Refkalefsky Rio de Janeiro Sextante 2006 Coleção Desenvolvimento Profissional SUN TZU A arte da guerra Adaptação e prefácio de James Clavell Rio de Janeiro Record 1997 19a ed TELLES Carlos Queiroz Manual do caradepau é fácil falar difícil São Paulo Best Seller TORRES Maria Candida TORRES Alexandre Pavan Balanced Scorecard Rio de Janeiro FGV Online Coleção Gestão Empresarial 2014 14 Empreendedorismo e gestão da inovação WALTON Sam HUEY John Sam Walton Made in America Rio de Janeiro Alta Books 2017 WILLIAMS Robin Design para quem não é designer São Paulo Callis 2013 4a edição VÍDEOS DO PROFESSOR Qual a competência mais procurada pelos empregadores análise sobre a Criatividade considerada a competência com maior demanda segundo pesquisa do Linkedin httpsyoutubeR07Q2TsWzw Desenvolvimento de Carreira Hard skills resumo da pesquisa do LinkedIn sobre competências que destaca habilidades ligadas à Comunicação httpswwwyoutubecomwatchvEEzduYsLjv0t24s A importância do Balanced Scorecard BSC de que maneira essa ferramenta pode ser usada de maneira efetiva evitando problemas de implantação que infelizmente são muito comuns httpswwwyoutubecomwatchvG42RdWIBRB0t177s Você está contratado Como encontrar o emprego dos seus sonhos resumo do livro de Marcelo Nóbrega um dos melhores sobre mercado de trabalho httpswwwyoutubecomwatchv64yd7IgXct31s O melhor vem depois Como se preparar para a póscarreira análise do livro sobre planejamento de carreira e aposentadoria o melhor termo é póscarreira de Julio Sergio Cardozo exdiretor para a América Latina da Ernest Young httpswwwyoutubecomwatchvxZokkwcxkt13s Como fortalecer seu networking no LinkedIn algumas dicas sobre a utilização da plataforma de contatos profissionais e produção de conteúdo sobre carreira e gestão httpswwwyoutubecomwatchvJNLklWs7AWYlistPL4ScYBI3apcPc6g19RP9doLsJ yGrVPu4index1 ARTIGOS DO PROFESSOR LinkedIn revela as competências mais procuradas pelos empregadores resultados da pesquisa que mostrou as 30 competências com maior demanda httpswwwlinkedincompulselinkedinrevelacompetC3AAnciasque serC3A3omaisem2019refkalefsky Cinco Soft Skills em alta segundo o LinkedIn Análise das 5 soft skills com maior demanda no mercado atual a partir do analytics do LinkedIn httpswwwlinkedincompulse5softskillsemaltasegundoolinkedineduardo refkalefsky 15 Empreendedorismo e gestão da inovação Como implantar um BSC de maneira eficaz Importância da ferramenta para o alinhamento das áreas da empresa e como superar os principais problemas para a implantação do BSC httpswwwlinkedincompulsebalancedscorecardcomoimplantarumbscde maneirarefkalefsky Como praticar Escuta Ativa Escutatória httpswwwlinkedincompulsetC3A9cnicasdeescutaativacomopraticar escutatC3B3riarefkalefsky Como usar de maneira produtiva números e medidas de desempenho httpswwwlinkedincompulsecomousardemaneiraprodutivanC3BAmerose medidaseduardorefkalefsky RH com foco nos resultados Análise do papel Estratégico do setor httpswwwlinkedincompulserhcomfoconosresultadoseduardorefkalefsky Industry não é indústria httpswwwlinkedincompulseindustrynC3A3oC3A9indC3BAstria eduardorefkalefsky WEBINARS Pipeline de Liderança apresentação do conceito de Pipeline de Liderança mostrando as competências específicas dos líderes de cada nível desde liderar a si mesmo até liderar uma empresa O conceito foi aplicado para a Enfermagem mas pode ser adaptado para o desenvolvimento profissional em qualquer área httpsyoutubee7ORtUSedUct454 Como gerenciar sua carreira em tempos de pandemia Conversa com Ana Letícia Cardoso do blog Família Bemsucedida httpswwwinstagramcomtvCA5m0XBjImiutmsourceigwebbuttonsharesheet Marca Marketing e Vendas Discussão sobre as estratégias criativas de Marketing e Vendas para empresas grandes e pequenas no contexto da pandemia do Covid19 Organizado por Bianca Damasceno com os professores e consultores Eduardo Refkalefsky Basílio Castelo Branco e Fernando Hettenhausen httpswwwyoutubecomwatchvtOotjmKTCst15s Liderança e Comunicação Webinar sobre Liderança e Comunicação coordenador pela professora Helidea Lima Rede DOr São Luiz e com os professores Eduardo Refkalefsky e Ney Pereira httpsyoutubeJVPrqyhqbH8t17 OUTROS LINKS PIZZARIA DO GOOGLE História bemhumorada sobre como o Google e outras empresas de internet utilizam os dados dos clientes que eles coletam Rastreei a piada e achei uma postagem sobre ela em 2011 mas está cada dia mais atual 16 Empreendedorismo e gestão da inovação httpswwwprofissionaisticombrhumorpizzariagoogle IDEO Design Thinking A maior empresa de design do mundo mostra como funciona o processo de criação e desenvolvimento de produtos usando as técnicas de Design Thinking httpswwwyoutubecomwatchviZbXiWNeYcg PROJECT CANVAS Professor Finocchio mostra em 10 minutos usando a metodologia Canvas o projeto de caçar e eliminar a baleia branca Moby Dick do livro de Herman Melville httpswwwyoutubecomwatchvAf85SgRXcQM ANÚNCIO DE BORDO CRIATIVO Feito na Southwest empresa referência em gestão de serviços e relacionamento com o cliente Foi a primeira empresa de custo baixo tarifa baixa low cost low fare que revolucionou o mercado oferecendo uma Proposta de Valor de voo acessível para o segmento de clientes que viajava de ônibus httpswwwyoutubecomwatchvAJ1RvFRg1XQ