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Medicina ·

Anatomia

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GT 7 Objetivo geral compreender o processo digestivo da boca ao estômago Objetivos específicos 1 Revisar anatomia e histologia Boca Estômago 2 Explicar síntese composição função da saliva e as glândulas envolvidas 3 Explicar a digestão mecânica e química na boca 4 Detalhar as fases da deglutição 5 Caracterizar os movimentos peristálticos no esôfago 6 Explicar as funções dos esfíncteres 7 Descrever o processo digestivo no estômago produção e secreção de Hcl 8 Relacionar o papel da histamina gastrina acetilcolina prostaglandina e pepsina na digestão 9 Descrever o processo do refluxo gastroesofágico e seus fatores associados e complicações GT 8 Objetivo geral compreender a digestão e absorção de nutrientes do estômago para o intestino delgado e papel das glândulas anexas Objetivos específicos 1 Explicar como funciona a passagemesvaziamento do quimo pelo esfíncter pilórico 2 Descrever os reflexos gastro intestinais 3 Detalhar a composição e função das secreções duodenal pancreáticas biliares e seus reguladores CCK e secretina 4 Elucidar a digestão e absorção dos macronutrientes micronutrientes e água 5 Entender a produção transporte e excreção da bilirrubina produto do metabolismo Objetivo geral compreender a digestão e absorção de nutrientes do estomago para o intestino delgado e papel das glândulas anexas Objetivos específicos 1 Explicar como funciona a passagemesvaziamento do quimo pelo esfíncter pilórico A velocidade de esvaziamento gástrico é regulada por sinais provenientes do estomago e do duodeno sendo o controle duodenal mais proeminente Quando o estomago está muito repleto há um aumento na velocidade de esvaziamento estomacal que ocorre pois o estiramento da parede desencadeia reflexos miontéricos que estimulam a atividade da bomba pilórica e inibem o piloro A liberação de gastrina em decorrência da presença de proteína na região antral aumenta a atividade da bomba pilórica sendo um indicativo de atuação sobre o esvaziamento gástrico Dentre os fatores que retardam ou inibem o esvaziamento gástrico há o reflexo nervoso causado pela presença do quimo no duodeno Assim que o quimo entra no duodeno três vias são ativadas A primeira é referente a atuação do duodeno sobre o estomago via sistema nervoso entérico A segunda via ocorre por meio dos gânglios simpáticos pré vertebrais que recebe o neurônio extrínseco advindo do duodeno Ao receber este estimulo os gânglios simpáticos pré vertebrais há geração de resposta por meio de fibras nervosas simpáticas inibitórias que inervam o estomago A terceira via ocorre por inibição do estimulo vagal proveniente dos ramos eferentes do vago A inibição do ramo eferente do vago é feita pelos nervos vagos que chegam ao tronco encefálico Por essas três vias ocorre inibição da contração da bomba pilórica diminui a atividade propulsiva bem como o aumento do tônus do esfíncter pilórico Diversos fatores influenciam nos reflexos enterogastricos podendo causar sua inibição como o grau de distensão do piloro irritação da mucosa duodenal concentração de substratos que sofrem degradação química pelo quimo pH do quimo no duodeno e osmolaridade do quimo A outra via de inibição do esvaziamento gástrico e o feedback negativo via produção hormonal que o duodeno realiza sobre o esvaziamento gástrico A presença de gordura no duodeno leva a liberação de hormônios como a colecistocinina CCK que atua inibindo o esvaziamento gástrico por bloquear o aumento da motilidade causado pela gastrina Além da CCK ocorre liberação de hormônios secretina e peptídeo inibidor gástrico A secretina tem liberação mais estimulada pela redução de pH enquanto o peptídeo inibidor gástrico é liberado devido a presença de gordura 2 Descrever os reflexos gastrointestinais O controle gastrointestinal é possível devido a presença do sistema nervoso entérico e as conexões que este realiza com o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático Os reflexos gastrointestinais são de três tipos o primeiro é o reflexo completamente integrado na parede intestinal do sistema nervoso entérico que atua no controle das secreções gastrointestinais movimentos peristálticos e de mistura além de atuar nas inibições locais O segundo tipo de reflexo gastrointestinal são os reflexos do intestino para os gânglios simpáticos prévertebrais e que voltam para o trato gastrointestinal sendo estes responsáveis por realizar a transmissão de informação a longa distância Esse segundo tipo de reflexo inclui o reflexo gastrocólico estimula o esvaziamento do colón por sinal do estomago o reflexo enterogástricos inibição da produção de secreções no estomago e da motilidade deste por sinais advindos do cólon e intestino delgado e reflexo colonoileal inibe o esvaziamento do íleo no colón por sinal do colón O terceiro tipo de reflexo gastrointestinal são os reflexos do intestino para a medula ou para o tronco cerebral que voltam para o trato gastrointestinal Nesta categoria há três principais mecanismos sendo o primeiro os reflexos emitidos pelo estomago e duodeno que atingem a região de tronco cerebral e geram resposta no estomago via nervo vago atuando sobre a regulação da secreção gástrica e atividade motora gástrica O segundo mecanismo nessa categoria de reflexo é advindo do estimulo doloroso que causa inibição geral de todo o trato gasto intestinal O terceiro é o reflexo de defecação que advém do colón e do reto alcançando a medula espinhal 3 Detalhar a composição e função das secreções duodenal Pancreática biliares e seus reguladores CCK e secretina Secreção pancreática o pâncreas produz enzimas digestivas secretadas nos acinos pancreáticos bem como um grande volume de bicarbonato de sódio secretado pelos ductos pequenos e maiores que se iniciam na região dos acinos na glândula Estes produtos quando combinados fluem pelo ducto pancreático que é drenado para o ducto hepático e desemboca no duodeno através da papila de Vater Quando ocorre a presença de quimo na parte superior do intestino delgado há maior secreção de suco pancreático e sua composição está relacionada a composição do quimo As enzimas pancreáticas atuam na digestão de proteínas tripsina a quimo tripsina e a carboxipolipeptidase carboidratos amilase pancreática e gorduras lipase pancreática colesterol esterase e fosfolipase O bicarbonato presente no suco pancreático faz a regulação do pH neutralizando a acidez do quimo que chega ao duodeno proveniente do estomago Bile A secreção da bile é feita pelo fígado e está age na digestão e absorção de gorduras pois os ácidos biliares contidos na bile emulsificam as gorduras e auxiliam na absorção do produto final da quebra das gorduras pela mucosa intestinal além de ser uma via de eliminação da bilirrubina A produção da bile ocorre em um primeiro momento por atuação dos hepatócitos que secretam ácidos biliares colesterol e outros constituintes orgânicos da bile Essa produção primaria vai até os canalículos biliares e flui por esses alcançando os septos interlobulares desembocando no ducto biliar comum podendo fluir para o duodeno ou ser armazenada na vesícula biliar chega à vesícula através do ducto cístico Ao realizar esse trajeto a secreção primaria é acrescida de sua segunda parte sendo incorporados à está íons sódio e bicarbonato Secretina esta substancia atua no controle da quantidade de bicarbonato incluído na bile em resposta a acidez que chega ao duodeno advinda do estomago A secretina também atua sobre o pâncreas sendo sua liberação estimulada pelo aumento do acido clorídrico com consequente diminuição do pH No pâncreas a secretina tal como na bile leva a aumento da concentração de bicarbonato de sódio e uma reduzida quantidade de íons cloreto Colecistocinina CCK atua no controle da composição do suco pancreático pois controla a quantidade de enzimas incluídas neste em resposta a presença de produtos da digestão proteica e ácidos graxos de cadeia longa no quimo A CCK chega ao pâncreas via corrente sanguínea e estimula a produção de enzimas digestivas pancreáticas pelas células acinares 4 Elucidar a digestão e a absorção dos macronutrientes micronutrientes e água Digestão e absorção de carboidratos a digestão de carboidratos começa na boca no processo de mastigação que mistura o alimento a saliva Na saliva há uma amilase a ptialina secretada em grande parte pela parótida Essa enzima atua na hidrolise de dissacarídeos ou oligossacarídeos No estomago o pH ácido inativa a amilase da saliva mas até que isso ocorra de 30 a 40 dos carboidratos já foram hidrolisados dando origem a maltose No intestino os carboidratos são expostos a amilase pancreática que é mais potente que a salivar realizando a digestão de praticamente todos os carboidratos contidos no quimo em um período de 15 a 30 minutos No intestino delgado quatro enzimas realizam a quebra de dissacarídeos oligossacarídeos sacarose e maltose restante Esse processo ocorre próximo a borda em escova que recobre as vilosidades intestinais Os monossacarídeos resultantes desse processo são hidrossolúveis e absorvidos de forma imediata por transporte ativo caindo na circulação sanguínea A maioria das moléculas de glicose é absorvida via Co transportador de sódio e glicose No caso da frutose a absorção é feita através de difusão facilitada através do epitélio intestinal Digestão de proteínas ao chegar no estomago as proteínas começam a ser digeridas devido a ação da pepsina agindo principalmente sobre proteínas do tipo colágeno de modo a permitir a ação enzimática de outras enzimas sobre a proteína No estomago de 10 a 20 das proteínas são hidrolisadas por quebra das ligações peptídicas dando origem a proteoses peptonas e outros polipeptídios No duodeno e jejuno ocorre a maior parte da digestão de proteínas devido a enzimas proteolíticas presentes no suco pancreático As enzimas do suco pancreático tripsina quimo tripsina carboxipolipeptidase e proelastase atuam sobre as enzimas que chegam ao intestino Sendo que a tripsina e a quimiotripsina quebram as proteínas em oligopeptídeo e a carboxipolipeptidase quebra estas moléculas em aminoácidos A proelastase é convertida em elastase e atua sobre a proteína elastina presente na carne O produto resultante dessas quebras no geral são proteínas com dois ou três aminoácidos que chegam ao intestino e na borda em escova que recobre as vilosidades intestinais as cadeias proteicas maiores sofrem ação da peptidase que atua sobre estas moléculas levando a formação de di ou tripeptideos Esses peptídeos pequenos são facilmente absorvidos nas microvilosidades entrando assim no enterócito A absorção dos peptídeos ocorre por cotransporte via coo transportador de aminoácidos e peptídeos mas pode ocorrer também por difusão facilitada Digestão de gorduras o principal tipo de gordura existente na dieta proveniente de produtos de origem animal são os triglicerídeos mas há outros elementos em menor quantidade como fofoslipideos colesterol e ésteres de colesterol No estomago há uma pequena digestão de gorduras do tipo triglicerídeos devido a lipase lingual secretada por glândulas linguais sendo o ponto mais importante para a digestão das gorduras o intestino delgado A primeira etapa do processo é a quebra da gordura em partículas menores permitindo assim a ação de enzimas digestíveis que são hidrossolúveis O processo anterior é denominado emulsificação da gordura e ocorre no duodeno sendo importante a ação da bile nesse momento devido a presença dos sais biliares Após a emulsificação que permite a ação enzimática sobre a gordura o suco pancreático agirá sobre essa As enzimas da secreção pancreática como a lipase pancreática são capazes de hidrolisar triglicerídeos Há também lipase proveniente dos enterocitos que recebe o nome de lipase entérica e atua na quebra da gordura também Os sais biliares formam micelas com os produtos da digestão do triglicerídeo acido graxo e monoglicerideo e estas micelas são absorvidas Os fofoslipideos e os ésteres de colesterol são degradados por outras enzimas e os mesmos são carreados em micelas tal como os produtos da quebra de triglicerídeos Os produtos da quebra de gordura entram na célula através de micelas e ao entrar na células são direcionados ao reticulo endoplasmático livre para formação de quilomícrons que caem na corrente linfática e alcança daí a corrente sanguínea Absorção de água a água é transportada através da mucosa intestinal por difusão quando o lumem apresenta conteúdo hiperosmotico há uma passagem de água da parede intestinal para o lúmen e no caso de soluções hipoosmoticas no lúmen intestinal há uma passagem de água do lúmen para o interior das células 5 Entender a produção e transporte e excreção da bilirrubina produto do metabolismo A quebra de hemácias leva a liberação de um grupo heme o grupo heme sob ação da enzima hemeoxigenase é convertido em biliverdina que posteriormente é convertida em bilirrubina não conjugada A bilirrubina não conjugada vai ao fígado e é transformada em bilirrubina conjugada conjugada a proteína plasmática A bilirrubina conjugada por ação bacteriana é convertida em urobilinogenio que é convertido em estercobilinogenio que é convertido em estercobilina sendo eliminada nas fezes Outra via seria o transporte do urobilinogenio formado a partir da bilirrubina conjugada até o fígado onde sofre oxidação enzimática e é eliminado na urina sobre a forma de urobilina Objetivo geral compreender o processo digestivo da boca ao estomago Objetivos específicos 1 Revisar anatomia e histologia boca estomago O trato gastrointestinal é um tubo que se estende da boca ao ânus incluindo também as glândulas anexas a este como glândula salivar e glândula parótida O trato digestivo possui uma estrutura comum a diversos segmentos sendo composto por mucosa submucosa muscular circular muscular longitudinal e serosa sendo encontrado em cada um desses adaptações que permitem a realização de suas funções especificas A mucosa irá apresentar revestimento epitelial lâmina própria e muscular da mucosa Na camada submucosa composta de tecido conjuntivo há o plexo nervoso submucoso que por vezes pode ser denominado plexo de Meissner A camada muscular possui duas subcamadas sendo a mais interna circular e a mais externa longitudinal sendo que no meio destas está o plexo nervoso mioenterico A serosa é a camada mais externa sendo delgada composta de tecido conjuntivo Ao epitélio da serosa se dá o nome de mesotelio sendo este composto de células epiteliais pavimentada simples Na cavidade oral o revestimento encontrado é um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não de acordo com a região Na cavidade bucal há ainda a língua Que é uma massa muscular composta por musculatura estriada esquelética revestida pela mucosa contendo as papilas linguais filiformes fungiformes foliadas e circunvaladas Os dentes também se encontram na cavidade bucal sendo comumente 32 dentes permanentes Os dentes são compostos de coroa e raiz sendo a coroa a parte visível acima da gengiva A coroa e recoberta por tecido mineralizado e resistente denominado esmalte O tecido mineralizado que recobre a raiz do dente recebe o nome de cemento A baixo destes está a dentina que também se apresenta como tecido mineralizado revestindo a polpa dental constituída por tecido conjuntivo O dente se aloja na cavidade pular e pelo forame apical ocorre a passagem dos vasos e nervos que se dirigem a polpa dental O dente é preso ao osso alveolar pelo ligamento alveolar Pode se denominar periodonto o conjunto de estruturas que realizam a manutenção do dente junto ao osso sendo estes componentes o cemento ligamento periodontal osso alveolar e gengiva O esôfago é a estrutura responsável por transportar o alimento da boca ao estomago sendo revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado e pelas camadas anteriormente citadas como componentes do trato digestivo mucosa submucosa muscular e serosa Na submucosa do esôfago se encontram as glândulas esofágicas e na lâmina própria já em proximidade com o estomago estão as glândulas esofágicas da cardia No terço inicial do esôfago se encontra na camada muscular células estriadas esqueléticas no terço médio há tanto células musculares lisas quanto estriadas esqueléticas e no terço final encontra se apenas células musculares lisas Na porção do esôfago alojada na cavidade peritoneal há camada serosa no restante deste órgão o mesmo encontra se revestido por tecido conjuntivo que recebe o nome de camada adventícia O estomago se apresenta em continuidade com o esôfago sendo uma dilatação do tubo digestivo O órgão apresenta regiões distintas histologicamente sendo composto de cárdia fundo corpo e piloro sendo o corpo e o piloro estruturas não distintas morfologicamente Na mucosa do estomago estão as fossetas gástricas que aparecem como invaginações no epitélio de revestimento do órgão que é colunar simples A cárdia se localiza logo na transição entre estomago e esôfago sendo presentes nessa região células produtoras de lisozimas muco e poucas células produtoras de H e Clorganizadas nas glândulas da cárdia que são glândulas tubulares simples ou ramificadas No fundo e no corpo estão as glândulas fundicas que podem ser divididas em três regiões distintas istmo colo e base No istmo há células da mucosa células indiferenciadas e células parietais No colo há células indiferenciadas e parietais Na base há células parietais e células zimogênicas 2 Especificar síntese composição função da saliva e glândulas envolvidas As principais glândulas responsáveis pela produção de saliva são parótida submandibular e sublingual e glândulas orais Estima se uma produção de saliva de 08 a 15 litros com pH entre 6 e 7 A saliva pode ser composta de dois tipos principais de secreção serosa e mucosa Na secreção mucosa o principal componente é proteico sendo encontrada a ptialina uma enzima que atua na digestão do amido Na secreção mucosa encontra se a mucina que tem como finalidade a proteção das superfícies de injurias mecânicas e a lubrificação do bolo alimentar As glândulas parótidas são responsáveis pela secreção da maior parte da saliva serosa as glândulas submandibulares e sublinguais produzem tanto secreção serosa quanto mucosa E as glândulas bucais secretam apenas muco Na saliva há uma grande concentração de íons potássio e bicarbonato e uma pequena concentração de íons sódio e cloreto menor que a concentração plasmática A secreção salivar pode ser descrita como ocorrendo em duas etapas sendo que na primeira os acinos produzem secreção primaria que contem ptialina ou mucina ou ambas Na secreção primaria a concentração iônica não difere muito da concentração dos líquidos extracelulares Nos ductos salivares ocorre a segunda parte do processo onde a secreção primaria tem sua composição modificada processo que ocorre através de transporte ativo Nessa etapa os íons sódio são reabsorvidos enquanto íons potássio são secretados A diferença de potencial elétrico gerado pela reabsorção de sódio juntamente com a secreção e potássio leva a reabsorção passiva de cloreto Há também secreção de íons bicarbonato nos ductos salivares tanto causado pelo antiporte de cloreto e íons bicarbonato quanto por transporte ativo A velocidade de produção da saliva pode alterar a sua composição pois os acinos podem aumentar a secreção primaria que será secretada sem que as alterações que deveriam ocorrer no ducto salivar se concretizem A saliva tem função na manutenção da saúde oral por dificultar a colonização por microrganismos patogênicos tanto devido ao seu fluxo de produção quanto devido a sua composição enzimas e substancias com ação sobre microrganismos além de imunoglobulinas Outra função da saliva no processo digestivo é a umidificação do bolo alimentar e inicio da digestão devido a enzimas que atuam sobre carboidratos como a amilase 3 Explicar a digestão mecânica e química na boca A mastigação é componente da digestão mecânica na boca sendo os dentes estruturas adaptadas a função Os dentes anteriores são responsáveis pelo processo de cortar o alimento enquanto os posteriores amassam processo influenciado em grande parte pelo reflexo de mastigação a presença de um bolo alimentar na boca leva a inibição reflexa dos músculos da mastigação levando a um abaixamento da mandíbula O abaixamento da mandíbula ativa o reflexo de estiramento dos músculos mandibulares que se contraem e elevam a mandíbula cerrando os dentes e pressionando o bolo alimentar contra as paredes da cavidade bucal onde o processo se reinicia e segue cíclico O processo de mastigação é importante permitir a ação de enzimas digestivas sobre os alimentos bem como facilitar o transporte do alimento para os compartimentos subsequentes do trato digestivo ao diminuir o tamanho da matéria a partículas menores A digestão química na boca é limitada ao processo de digestão do amido devido a presença da amilase fora isso a saliva umedece o bolo alimentar para que o mesmo passe com mais facilidade 4 Detalhar as fases da deglutição A deglutição pode ser dividida em estágio voluntario faríngeo e esofágico No estagio voluntario ocorre o inicio do processo de deglutição com a compressão voluntaria da massa alimentar em direção a faringe por pressão da língua em sentido posterior e para cima empurrando esse contra o palato O próximo estagio da deglutição é o faríngeo que ocorre de forma involuntária e compreende a passagem do alimento da faringe para o esôfago A presença do alimento na faringe leva a estimulação de áreas receptoras epiteliais da deglutição localizadas ao redor da abertura da faringe A estimulação destas áreas receptoras leva a contração de diversos músculos da região faringiana O palato mole nesta fase é empurrado para cima e deve fechar a parte posterior da cavidade nasal para que não haja retorno de alimento ocorre aproximação das pregas palatofaríngeas no plano medial formando a fenda sagital por onde o alimento passa alcançando a parte posterior da faringe Ocorre em sequencia o bloqueio da passagem do alimento a traqueia o ao nariz por tracionamento da laringe para cima e aproximação das cordas vocais de modo a bloquear o movimento da epiglote O esôfago com a tração da laringe tem sua abertura dilatada na região do esfíncter esofágico superior levando a condução do alimento até a faringe superior Na fase esofágica da deglutição ocorre o peristaltismo primário que é uma continuação da onda de contração peristáltica iniciada na faringe que segue até o estomago conduzindo o alimento do esôfago ao estomago Na segunda fase ocorre o peristaltismo secundário quando uma parcela do alimento deglutido não foi devidamente conduzida ao estomago com a intenção de remover todo o conteúdo alimentar presente no estomago ao esôfago 5 Caracterizar os movimentos peristálticos no esôfago O movimento peristáltico do esôfago pode ser descrito como peristaltismo primário e secundário O primário é uma extensão do movimento de contração advindo da faringe que deve encaminhar o alimento presente na porção superior do esôfago até o estomago O movimento peristáltico secundário ocorre no caso da permanência de alimento no esôfago com o intuito de conduzir todo o alimento presente no órgão até o estomago Na porção inicial do esôfago a musculatura é esquelética estriada enquanto nos terços médio e final a musculatura presente é lisa com uma fase de transição onde se encontra os dois tipos de musculo no terço médio No tubo digestivo em geral o peristaltismo ocorre pela formação de um anel contrátil com dilatação do segmento subsequente O anel contrátil irá percorrer em um único sentido a extensão do órgão levando a propulsão do alimento adiante no tubo digestivo 6 Explicar as funções dos esfíncteres O esfíncter gastroesofágico tem como permitir a progressão do alimento presente no esôfago até o estomago no processo de deglutição através seu relaxamento bem como evitar o refluxo de conteúdo estomacal O esfíncter pilórico na porção distal do estomago ao relaxar permite a passagem do conteúdo estomacal ao intestino porção duodenal bem como evitar refluxo entre estes órgãos O esfíncter ileocecal deve coibir o refluxo do conteúdo do colón para o intestino delgado bem como retardar o esvaziamento do íleo no ceco No anus há o esfíncter anal interno que evita a passagem do conteúdo para o reto e esfíncter anal externo que é de controle voluntario e relaxa no momento da defecção Desta forma pode observar que os esfíncteres ao longo do trato digestivo têm como função controlar o fluxo de alimentos seja por impedir a sua progressão para um completo processo digestivo seja por evitar seu refluxo para segmentos anteriores 7 Descrever o processo digestivo no estomago produção e secreção de HCl A secreção estomacal é feita por dois tipos principais de glândulas a glândulas oxinticas ou parietal que secreta acido clorídrico pepsinogenio fator intrínseco e muco e as glândulas pilóricas que secretarão muco A glândula parietal é composta por três tipos celulares células mucosas que produzem muco células principais que secretam pepsinogenio e células parietais que secretam ácido clorídrico e fator intrínseco Para a secreção do ácido clorídrico a água presente nas células parietais se dissocia em íons hidrogênio e hidroxila em um processo ativo catalisado enzimaticamente HIATPase O potássio e transportado para o interior da célula através do transportador NaIATPase O sódio produzido em pequena quantidade na célula entra do lúmen para o interior celular em decorrência do gradiente de concentração A anidrase carbônica leva a formação do HC03 a partir do hidroxila e do gás carbônico Quando o HC03 sai da célula ocorre a entrada de cloreto que resulta em ácido clorídrico juntamente com os íons hidrogênio produzidos e este acido é secretado para fora através da abertura do canalículo para o lumem estomacal 8 Relacionar o papel da histamina gastrina acetilcolina prostaglandina e pepsina na digestão Acetilcolina neurotransmissor do sistema nervoso autônomo parassimpático cujo a liberação estimula a produção de pepsinogenio pelas células principais ou pépticas de ácido clorídrico pelas células parietais e de muco pelas células mucosas sendo que o ácido clorídrico atua no processo digestivo e o muco tem como função proteger o revestimento estomacal e lubrificar este Gastrina atua sobre as células parietais aumentando a produção de ácido clorídrico por essas que atua na digestão A gastrina é produzida pelas células g ou células da gastrina localizadas nas glândulas pilóricas e sua ação ocorre sobre as células semelhantes às enterocromafins estimulando a produção de histamina que leva a produção de acido clorídrico histamina atua sobre as células parietais estimulando a produção e liberação de ácido clorídrico por estas que irá atuar na digestão A histamina é liberada pelas células semelhantes às enterocromafins e regulam a intensidade de secreção de ácido clorídrico pelas células parietais A produção de histamina pelas células semelhantes às enterocromafins é estimulada pela produção de gastrina Pepsina tem como precursor o pepsinogenio que é secretado pelas células mucosas e pépticas presentes na glândula gástrica O pepsinogenio ao entrar em contato com o ácido clorídrico é quebrado levando a formação de pepsina que é uma enzima proteolítica que atua em pH elevadamente ácido na digestão de proteínas Prostaglandina A secreção de prostaglandina do tipo PGI2 ocorre quando há uma queda acentuada do pH estomacal abaixo de valores fisiológicos A PGI2 aumenta a produção de muco para proteger a parede estomacal da ação do ácido bem como diminui a produção deste 9 Descrever o processo do refluxo gastresofágico e seus fatores associados e complicações O refluxo gastroesofagico leva ao distúrbio de refluxo gastroesofagico que é uma doença crônica Este refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico para a região de esôfago e faringe podendo alcançar o trato respiratório Pode ocorrer por relaxamento transitório do esfíncter esofágico baixo tônus no esfíncter esofágico ou alteração na morfologia normal desta estrutura O refluxo de conteúdo gástrico pode levar a esofagite podendo a longo prazo levar a alterações celulares locais como metaplasia e displasia das células esofágicas