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Economia ·

Análise Econômica

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Fazer análise e escrever sobre 22 A ocupação produtiva do CentroOeste a partir de 1970 até 8 pg 23 A desconcentração produtiva da indústria nacional até 8 pg 231 Desconcentração virtuosa 1970 Desconcentração espúria 1980 e 1990 Wilson Cano cap 2 a 4 232 Circuitos espaciais de produção Referência para ser usado para desenvolver o texto GALEANO Edileuza FEIJÓ Carmem A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 análise nacional regional e setorial Nova Economia Belo Horizonte v 1 n 23 p 950 2013 ABDAL Alexandre Desenvolvimento regional no Brasil contemporâneo para uma qualificação do debate sobre desconcentração industrial Novos Estudos Cebrap v 36 n 2 p 107126 2017 PIRES Murilo José de Souza Alcances limites e contradições nos termos de troca entre as economias do centrooeste brasileiro e seus parceiros comerciais o caso do bloco econômico de China Hong Kong e Macau 2023 NASSIF André Há evidências de desindustrialização no brasil Revista de Economia Política v 28 n 1 2008 DISPOSIÇÕES PRODUTIVAS RECENTES UMA APLICAÇÃO DO MODELO SHIFTSHARE PARA OS SETORES INDUSTRIAIS NA REGIÃO CENTROOESTE ENTRE 2007 E 2014 httpsrepositorioipeagovbrbitstream11058110021td2723pdf 22 A ocupação produtiva do centrooeste a partir de 1970 O Brasil desde a época da colonização apresentou dificuldades em realizar o povoamento das regiões do interior Somente com a busca por metais preciosos através da mineração e com o desenvolvimento da agricultura e pecuária que o interior brasileiro foi ocupado A região do Centro Oeste se encontra no interior do Brasil Sendo assim seu povoamento foi tardio com relação as cidades litorâneas O Centro Oeste é segunda região menos povoada do Brasil perdendo apenas para a Região Norte As atividades econômicas na região começaram a crescer no momento que serviam como abastecimento de matéria prima e produtos para as indústrias da região Sudeste A Revolução Verde foi um grande pilar no avanço industrial na região A partir da década de 60 do século XX houve uma maior difusão de tecnologia nas áreas rurais possibilitando assim o desenvolvimento da agricultura Outro ponto a destacar foi a intervenção do Estado através de financiamentos para difusão de pacotes tecnológicos no campo Isso representou avanços não somente na agricultura como na pecuária ajudando a desenvolver a região Na década de 60 do século XX o Estado de Goiás iniciou o processo de modernização da agricultura incorporando elementos e ideais da Revolução Verde Neste cenário a produção de grãos começou a se desenvolver com destaque para a soja e milho Além disso o arroz e a mandioca também se enquadram como referência na produção Ao modernizar a agricultura começa os primeiros passos para uma produção exportadora Com o tempo a modernização do setor agrário começa a integralizar o surgimento de industrias que seria responsável pela transformação de diversos produtos Começou então a uma grande produção causando excedentes Isso permitia além de abastecer o cenário interno abria possibilidades para a exportação afim de municiar os mercados internacionais As principais empresas se encontravam em Goiás No estado do Mato Grosso do Sul havia a predominâncias de uma estrutura industrial sendo financiada por empresas regionais nacionais e através de grupos de cooperativas Já no Mato Grosso essas atividades só ganharam força e destaque após 1990 Os estados do Centro Oeste realizaram vários programas de incentivo para impulsionar as atividades produtivas da região A partir de 1980 começaram a se desenvolver em atividades relacionadas a frigoríficos grãos laticínios café cana de açúcar entre outros Devido à crise fiscal no país e a mudança do processo de importações alinhado a investimentos incentivos fiscais e diversos tipos de créditos as atividades agropecuárias na região passaram a se desenvolver fortalecendo a indústria na região O agronegócio começa a ganhar força desempenhando um papel crucial na economia a princípio da região e depois de alguns anos do Brasil Na década de 90 do século XX o Brasil começa a realizar intervenção do governo para impulsionar a indústria na região Centro Oeste O objetivo era aproveitar os frutos da globalização com abertura econômica e fortalecer com isso as indústrias brasileiras destacando assim as atividades industriais do centro onde seria de grande importância para o crescimento das exportações de produtos básicos e de matéria prima Com isso as commodities agropecuárias e minerais poderiam ajudar a equilibrar a balança de pagamento do Brasil As empresas e industrias que se estabeleciam no Centro Oeste eram de atividade do setor agropecuário Quase todas eram derivadas da exploração dos recursos naturais da região ou aproveitar as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da agricultura e pecuária Esse somatório de interesses e fatores também contribuiu de forma significativa para o aumento da ocupação produtiva da região O governo também contribuiu com diversos programas créditos e empréstimos ajudando tanto as pequenas industrias quanto as grandes De todo modo aumentava a produtividade da região aumento o crescimento econômico do Centro Oeste Entre as ações do governo podemos destacar o Sistema Nacional de Crédito Rural o Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás Fomentar o Programa de Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás Produzir o Programa de Desenvolvimento Regional Fundo de Desenvolvimento Industrial Fundei Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial Fundeic o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso Prodeic o Programa Estadual de Fomento à Industrialização ao Trabalho ao Emprego e à Renda Programa MS Empreendedor o Programa Estadual de Desenvolvimento Industrial MS ForteIndústria o Programa de Desenvolvimento Industrial do Distrito Federal ProinDistrito Federal o Programa de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal Prodecon A produção começou a ficar diversificada principalmente no Estado de Goiás agregando vários setores De acordo com Castro e Fonseca 1995 havia no Estado de Goiás frigoríficos produtos relacionados a soja e derivados laticínios álcool e derivados da cana deaçúcar milho e derivados carnes aves bovinos e suínos e também café e derivados Castro e Fonseca 1995 No Mato Grosso do Sul havia praticamente as mesmas atividades entretanto em número menor Posteriormente também começa o fortalecimento das atividades industriais no Mato Grosso O Centro Oeste vem se destacando bastante em atividades industriais relacionadas com commodities agrícolas e minerais muito por causa das intensas atividades de agronegócios na região O agronegócio é responsável por aproximadamente 25 do PIB brasileiro compondo boa parte da economia brasileira Existem diversas etapas durante a cadeia de uma atividade relacionada ao agronegócio Isso permite que a ocupação produtiva na região aumente de acordo com o crescimento do setor As fases da cadeia produtiva são obter os insumos produção processamento transformação distribuição e comercialização e por fim o consumo final O processo de produção começa com os insumos responsável pela matéria prima Depois a matéria prima no processo de produção é transformada em commodities Posteriormente é realizado o processamento para transformar o produto estando pronto para consumo Após processado o produto é distribuído e comercializado por diversos caminhos Para isso é necessária uma boa logística para diminuir os custos do processo Por último o produto chega ao consumidor para atender sua demanda Em praticamente todas as fases antes de chegar ao consumidor existe um processo industrial necessitando então de uma interação da indústria gerando crescimento de produtividade na região Com o desenvolvimento da agricultura e pecuária agregado a grandes incentivos fiscais as atividades industriais começaram a se desenvolver se relacionando com as atividades agroindustriais voltadas tanto para o mercado interno como para a exportação Atualmente o Brasil é um grande exportador de produtos derivados do agronegócio Podemos destacar diversos grãos como a carne bovina e a celulose tornando um Brasil um exponencial exportador contribuindo significativamente para o equilíbrio da balança comercial Apesar de abastecer o mercado interno o foco da produção no Centrooeste é abastecer outros países A china aparece como um dos países que mais realizam transações com o Brasil neste setor O comercio internacional realizado pela região Centro Oeste foi impulsionado também pelo crescimento da economia chinesa Com o mercado chinês em alta havia mais demanda de produtos aumentando assim as transações entre os chineses e a região do Centro Oeste Além disso os preços das commodities e agrícolas e minerais estavam se valorizando interessando assim as negociações por parte dos representantes das grandes indústrias de agronegócio na região Isso contribuiu não somente para o desenvolvimento industrial do Centro Oeste como melhorou a renda da região Em contra partida também há um aumento nas importações Existe atualmente uma relação de troca entre os países sobre as exportações dos produtos do agronegócio brasileiro e os produtos a serem importados A China acaba também se beneficiando visto que aumenta as transações comerciais com o Brasil Vale ressaltar que a economia chinesa está em ascensão e diversos produtos chineses são espalhados pelo mundo Sendo assim existe uma relação direta de troca uma vez que a China importa produtos básicos da região Centro Oeste e ao mesmo tempo exporta produtos manufaturados para o Brasil Nos últimos anos essa relação de troca ocorreu uma alteração Em média as exportações de produtos básicos para os chineses aumentam ao ano em torno de 18 No entanto as importações de produtos chineses aumentaram 6 vezes mais o que no futuro pode gerar algum tipo de desequilíbrio na balança comercial Independente o comercio com os chineses e com outros países estimula as atividades industriais do Centro Oeste Devido ao grande volume de exportações existe grande interesse de investimento de diversos segmentos o que possibilita um maior desenvolvimento da agroindústria na região 23 A desconcentração produtiva da indústria nacional A desconcentração produtiva indústria se refere a busca de um equilíbrio industrial entre as regiões esta tentativa de promover mais desenvolvimento para as regiões Isso permite que além das zonas com grandes concentrações industriais outras regiões possam ter o fortalecimento da produção industrial impactando positivamente na economia da região Essa desconcentração é realizada através de intervenção do governo modernizações e avanço tecnológico de outras áreas entre outros fatores como busca por menores custos sendo através de incentivos fiscais e mão de obra mais barata O Brasil historicamente teve as regiões Sudeste e Sul como as mais desenvolvidas principalmente na parte da indústria Diversos fatores contribuíram para uma concentração industrial nessas regiões Entre alguns podemos apontar os benefícios e consequências da produção de café fato que gerou grande mobilidade para a região além de acumulação de riqueza Essas regiões se tornaram grandes produtoras industriais o que provocou uma grande diferença socioeconômica com as demais regiões brasileiras Desconcentrar as atividades produtivas seria então buscar mais desenvolvimento econômico nas outras regiões brasileiras gerando mais renda tanto para o indivíduo quanto para empresas destas áreas Diversos estudos são realizados para identificar e analisar o processo de desconcentração industrial no Brasil Segundo dados do PIAIBGE que utilizou o método shiftshare após analises dos dados concluiu que no período analisado de 1996 a 2007 grande parte do crescimento da produtividade foi derivada de consequências da competitividade regional Isso significa que não necessariamente ocorreu por causa de uma melhoria nas estruturas industriais das regiões A pesquisa ainda aponta que apesar do crescimento da produtividade em regiões menos desenvolvidas esse aumento não foi suficiente para preencher o déficit que ocorreu nas regiões de Sudeste no mesmo período O fortalecimento da produção industrial buscando aumento tecnológico nas áreas industriais representará uma alta taxa de crescimento econômico Mesmo sem ter grandes melhorias na estrutura aumentando a capacidade tecnológica industrial possibilita também um aumento na capacidade produtiva Diversos cenários contribuíram para que acontecesse uma maior diversificação na produtividade industrial no Brasil Especialmente na década de 90 do século XX a abertura econômica com o fortalecimento da moeda conseguiu uma estabilização da moeda controlando momentaneamente a inflação que por várias décadas foi considerada a grande vilã da economia brasileira sendo um grande obstáculo para o crescimento econômico Outro ponto importante são as práticas Neoliberais aplicadas na economia como por exemplo o grande número de privatizações Segundo Diniz 1993 o desenvolvimento poligonal seria o resultado de um conjunto de forças que permite a criação de uma economia de aglomeração em outros centros urbanos possibilitando assim a diversificação da atividade industrial Essas forças podem ser a intervenção do Estado através de uma participação direta com uma política de incentivos fiscais Além disso também destaca possíveis investimentos tanto na capacitação de recursos e capital quanto na melhoria da infraestrutura No entanto devido à grande base econômica da região Sul e Sudeste o polígono de aglomeração industrial se concentrou nessas regiões Outro ponto a destaca na diversificação da capacidade produtiva são a busca por recursos naturais por diversas regiões Devido à escassez há a necessidade de aumentar as áreas de exploração econômica afim de se obter mais matéria prima para abastecer o processo industrial Isso também gera uma desconcentração industrial visto que diversas industrias se espalham pelo país em busca de recursos naturais expandindo assim suas atividades industriais por zonas e regiões fora do grande eixo industrial do país O Brasil no entanto possui uma enorme diferença econômica entre as regiões Isso gera um grande obstáculo na descentralização de sua produção industrial Como a concentração de renda se associa ao desenvolvimento industrial conforme Azevedo e Júnior 1999 houve uma grande tentativa do Estado em promover ações para realizar a descentralização da indústria através de diversos planos de desenvolvimento industrial principalmente a partir da década de 60 do século XX Essas políticas foram de grande importância para o desenvolvimento de áreas sem grande força de capacidade industrial Com a globalização e o avanço tecnológico ocorre uma grande competição de mercados o que acaba beneficiando as áreas mais estruturadas e com maior poder aquisitivo As áreas com espaços periféricos acabam se enfraquecendo visto que a maioria dos investimentos visa beneficiar as áreas dos grandes centros hegemônicos industriais Existe então uma forte tendência dos investimentos serem direcionados para áreas que já estão estruturadas Podemos então concluir que não se trata de uma busca pelo desenvolvimento mais apenas de algo mais rentável As distribuições das atividades industriais no Brasil aumentaram nas últimas décadas Entretanto vale ressaltar que as microrregiões que tiveram mais êxito principalmente na geração de empregos derivados do setor industrial tem seu espaço territorial marcado por regiões vizinhas industrializadas Além do espaço geográfico as microrregiões que mais se desenvolveram nas últimas décadas já tinham uma boa estrutura industrial o que reforça os argumentos anteriores sobre o crescimento industrial ser pautado na busca pelo lucro e não no desenvolvimento local De acordo com o resultado da pesquisa PIAIBGE usando o método shiftshare que analisou a produtividade industrial nacional no período entre 1996 a 2007 a taxa média de crescimento da produtividade foi zero com intervalos negativos em alguns anos como 2002 e 2005 Já o crescimento de emprego foi de 4146 Isolando apenas os empregos relacionados a indústria a taxa de crescimento foi de 4058 Se comparamos entre a taxa de emprego total e a parte especifica da indústria será identificado um crescimento negativo Com relação as regiões e o crescimento de produtividade observase uma taxa negativa de 018 no Sudeste Porém na região Norte a taxa ficou positiva em 1691 Esses números se explicam através da expansão de industrias em regiões que antes não eram industrializadas Além disso é muito fácil apresentar números crescentes em regiões que não tinha grande industrialização em comparação com áreas já extensamente industrializada Tanto é que os dados referentes a participação total de empregos no Brasil a taxa da região Sudeste foi de 5369 enquanto a região Norte ficou com 361 Ainda no período analisado da pesquisa o setor que mais cresceu foi o de maquinas e equipamentos de informática com um crescimento de 55836 com grande destaque para a região Nordeste Apenas a região Centrooeste não apresentou crescimento nesta área Também houve grande crescimento no setor de equipamento e veículos 25348 Já o setor de roupas vestuários e acessórios o crescimento foi de 8275 As indústrias extrativas ficaram com um crescimento de 6541 Apesar desses números podemos analisar de forma mais profunda identificando algumas conclusões sobre o período A produtividade no ano de 2007 estava praticamente no mesmo nível referente ao ano de 1996 o que representa uma estagnação A pesquisa aponta que as regiões e setores existe uma baixa relação entre mudanças na estrutura produtiva e o crescimento da produtividade levando a concluir que o responsável pela diversificação das industrias foram as vantagens oferecidas por cada região Ratificando as informações anteriormente ditas Abidal 2017 em seus estudos afirma que não houve nenhuma mudança no padrão estrutural de distribuição espacial da indústria brasileira Mencionou também que industrias de alta tecnologia continuam concentradas nas regiões do Sul e Sudeste Sobre o período analisado de 1999 a 2010 Abidal 2017 ainda destaca que novos polos foram criados em cima de espaços industriais já existentes com exceção para expansão das industrias que requer baixa tecnologia e para as atividades extrativistas Sobre as regiões Abdial 2017 faz comparações demonstrando as diferenças notórias entre elas Segundo ele existe um corredor industrial partindo de São Paulo no seu sentido norte abrangendo São Paulo Campinas Ribeirão Preto Uberlândia Goiânia e Brasília Já o outro corredor de São Paulo em sentido leste abrangendo São Paulo Rio de Janeiro e Vitoria Distrito Federal e outras especificas do Estado de São Paulo Rio de Janeiro e Espirito Santo Existem também a destacar a Região Metropolitana de Belo Horizonte O eixo UberlandiaBrasilia apresenta atividades de industrias de alta e baixa intensidade de tecnologia Já o sentido inverso Brasília Belém são em média industrias de baixa tecnologia ou dependente da atividade extrativista A parte do Rio de Janeiro a Vitoria concentração nas atividades de extração de petróleo e gás Há um corredor industrial na região Sul de Curitiba a Florianópolis E outro envolvendo São Paulo ao Rio Grande Sul com participação do Mato Grosso do Sul Já a região Nordeste apesar de crescimento em algumas industrias ainda representa em ter industrias com alta tecnologia Destaque para Salvador Recife e Fortaleza Já Manaus grande representante da região Norte foca na indústria alta porém necessita de isenções fiscais De modo geral as grandes indústrias ou que necessitam de alta tecnologia estão instaladas em grandes centros urbanos ou em zonas metropolitanas 231 Desconcentração virtuosa 1970 Desconcentração espúria 1980 e 1990 As desconcentrações virtuosas representam o conjunto de políticas públicas e outras medidas realizadas pelo governo de forma deliberada e planejada para realizar a descentralização das industrias O objetivo era promover incentivos fiscais atrair investimentos e melhorar a estrutura das atividades industriais para assim diversificar as industriais por todo o Brasil com a ideia de desconcertar do Sudeste o processo produtivo com isso promovendo o desenvolvimento e crescimento das outras regiões Além disso poderia diminuir as desigualdades socioeconômicas entre as regiões uma vez que as atividades industriais impulsionam o crescimento econômico Segundo o Economista Wilson Cano a desconcentração produtiva começou em 1970 Ele chamou a diversificação da estrutura produtiva no Brasil de virtuosa por conseguir abranger diversos setores e diferentes regiões contribuindo para o crescimento econômico Vale ressaltar que o Brasil neste mesmo período estava em um regime militar que realizou diversas intervenções com planos econômicos para estabilizar a economia e controlar a inflação A diversificação da indústria também fazia planos do governo possibilitando também agregar frutos ao progresso na economia brasileira Após o milagre econômico na década de 70 do século XX o Brasil entra em uma crise econômica com diversos problemas sociais e estruturais A moeda fica totalmente desvalorizada e o Brasil passa a ter problemas devido à alta do petróleo Apresentado o cenário Wilson Cano chama de desconcentração espúria de 1980 e 1990 justamente pelo crescimento desordenado das industrias sem nenhum planejamento estatal Com o país com taxa de crescimento negativo havia uma falsa descontração industrial quando na verdade era apenas um processo que beirava o retrocesso Enquanto o mundo começa a se globalizar com avanço tecnológico e práticas modernas do capitalismo a produção brasileira começa a regredir acompanhando o cenário de crise que o país enfrentava São Paulo o maior campo industrial do Brasil foi gravemente afetado onde seu crescimento industrial foi inferior ao esperado Para tentar corrigir a hiperinflação do país foram criadas algumas medidas fiscais para se tentar equilibrar a economia O plano consistia de um amplo programa de investimentos cujos objetivos eram transformar a estrutura produtiva e superar os desequilíbrios externos conduzindo o Brasil a uma posição intermediária no cenário internacional A tentativa falhou com o congelamento de preços e ajuste na economia O fracasso do plano de estabilização não conseguiu controlar a inflação inercial que o país vivia assim como o congelamento com defasagem no preço Era preciso uma medida de choque na economia para conseguir a redução da inflação No primeiro semestre de 1994 foram implantadas as medidas que conseguiram estabilizar a economia brasileira e colocar fim à crise de hiperinflação que atingia o país desde a década de 1980 Congelam se os preços os salários e o câmbio o congelamento é geral assim como a conversão de uma nova moeda Entretanto o Brasil adota um cenário de medidas neoliberais livre iniciativa e livre concorrência com diminuição da intervenção do estado na economia Além das privatizações outra característica do período é tornar o mercado autorregulado sem a necessidade de intervenção do estado A ideia é ter menos participação do Estado deixando com as empresas privadas o controle do mercado A abertura de capital estrangeiro com disciplina fiscal promovendo a abertura e instalação de empresas estrangeiras no país agregado a facilidades no câmbio e nas relações de exportação e importação também foram características presentes no neoliberalismo brasileiro Todas essas medidas levaram a um baixo crescimento econômico entretanto houve um aumento nas exportações gerando uma desconcentração nas atividades produtivas Entretanto Wilson Cano caracteriza também como espúria esse processo de desconcentração industrial por ser incerta perante guerra fiscal que o país enfrenta 232 Circuitos espaciais de produção A concentração de renda e o poder de compra são responsáveis pela concentração de consumo em determinadas regiões Quando maior for a base econômica da região maior será o seu consumo e sua capacidade industrial Isto posto caracteriza circuito espacial de produção as etapas que um produto atinge até ir de encontro ao seu consumidor onde esse produto tem a sua atividade de produção realizada localmente e posteriormente distribuída para diversas partes espalhando assim sua produção Devido ao mercado se tornar globalizado os fluxos tanto de pessoas mercadorias ou bens se tornam constantes e intensos Então um determinado produto parte do seu centro de produção e origina diversos fluxos materiais Podemos então relacionar a uma produção em escala que irá abastecer diversos mercados de várias regiões ou países Se observa que as empresas e industrias estão interligadas promovendo então um circuito espacial de produção Algumas características são decisivas para que o circuito espacial de produção fique em fluxo constante Existe uma espécie de ciclo que sustenta o circuito Sendo assim temos a produção a distribuição a troca e o consumo interligados durante o processo Como local de produção podemos identificar os pontos em que o produto será feito ou transformado Além disso a rede de fluxos a definição do território especifico para distribuição e a interação entre os envolvidos são determinantes para manter o funcionamento o circuito O avanço tecnológico permite a integralização de vários circuitos espaciais de produção A tecnologia permite um grande avanço na logística local e internacional dos produtos facilitando a comunicação durante o processo A melhoria nas redes de transporte e a facilitação de leis e normas entre países possibilita que as atividades comerciais entre diversos locais do globo fiquem mais acessíveis rápidas e práticas Portanto as atividades produtivas acabam ultrapassando os limites territoriais criando um circuito espacial produtivo No entanto surgem grande concorrência para atrair os melhores investimentos para fortalecer o circuito espacial de cada produto Devido a esta grande concorrência cada vez mais se exige uma alta qualidade dos produtos com parâmetros internacionais e uma busca por redução de custos Um ponto negativo seria que se de um lado temos o crescimento das atividades e busca por um padrão alto de qualidade e exigência por outro podemos ter um enfraquecimento de zonas vulneráveis economicamente gerando assim mais desigualdade social