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Análise Econômica
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Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 análise nacional regional e setorial Edileuza Galeano Doutora em Economia pela Universidade Federal FluminenseUFF Carmen Feijó Professora Associada do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense UFF Pesquisadora Nível I do CNPq PhD pelo University College London Inglaterra Resumo O artigo apresenta uma análise regional e se torial da produtividade do trabalho na indús tria nos anos 19962007 a partir dos dados da PIAIBGE utilizando o método shiftshare Foi feita uma ponderação da produtividade do trabalho de cada setor e região pela sua respectiva participação no emprego nacional Os resultados dos cálculos das componentes de crescimento da produtividade do traba lho mostraram que na maioria dos setores e regiões a componente de crescimento es trutural modificada tem baixa relação com o crescimento da produtividade do trabalho Concluiuse que o crescimento da produtivi dade nos setores e regiões foi mais em razão da própria competitividade regional do que das mudanças na estrutura produtiva Verifi couse também que o crescimento das regi ões menos desenvolvidas foi insuficiente para compensar o decréscimo na região Sudeste não havendo incremento na produtividade do trabalho em nível nacional Abstract The paper presents a regional and sectorial analysis of labor productivity in industry in the years 19962007 from the data of PIA IBGE using the shiftshare method Labor productivity was weighted in each sector and region for their respective participation in national employment The results of calculations of the components of growth in labor productivity showed that in most sectors and regions the modified structural component of growth has a low relationship with the growth of labor productivity It was concluded that productivity growth in sectors and regions was due more to regional competitiveness than to the changes in the production structure It was also found that growth of less developed regions was insufficient to compensate for the reduction in the Southeast region and therefore there was no increase in labor productivity at the national level Palavraschave indústria produtividade do trabalho análise regional e setorial shiftshare Classificação JEL R11 R12 O14 Keywords industry labor productivity regional and sectorial analysis shiftshare JEL Classification R11 R12 O14 10 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 1Introdução A relação entre a estrutura econômica de um país e a evolução da produtividade ocupa espaço privilegiado em modelos de crescimento com ênfase no papel da demanda agregada Esses modelos suge rem que os países que se especializam em indústrias tecnologicamente avançadas alcançarão altas taxas de crescimento em comparação a outros países Fagerberg 2000 por exemplo avalia o impacto da especialização e de mudanças estrutu rais no crescimento da produtividade em 24 setores da indústria de transformação de 39 países no período de 1973 e 1990 Mostra que embora a mudança estrutu ral em média não tenha sido favorável ao crescimento da produtividade países que conseguiram aumentar sua presen ça nas indústrias mais tecnologicamen te avançadas tiveram maior crescimen to da produtividade A análise da relação entre mudança estrutural e crescimento da produtividade foi feita utilizandose a metodologia shiftshare1 Empregando se a mesma metodologia Rocha 2007 mensura a contribuição da mudança es trutural para o incremento da produtivi dade do trabalho na indústria no Brasil no período de 1970 a 2001 O objetivo deste artigo é analisar o comportamento da produtividade do tra balho nas regiões do Brasil por meio do método de decomposição de taxa de cres cimento shiftshare Entre as várias ver sões desse método optouse pela de Sti lwell 1969 que considera a possibilidade de captar mudança na estrutura setorial das atividades entre intervalos de tempo O propósito do estudo é o de bus car sinais da relevância das componentes regional e estrutural na promoção do di namismo da produtividade em nível de setores de atividades e regiões no período de 19962007 Será feita uma verifica ção mediante as componentes global estru tural e regional da importância das regi ões e dos setores na evolução da produti vidade do trabalho para avaliar o impacto da especialização e de mudanças estrutu rais no crescimento da produtividade na indústria extrativa e de transformação nas regiões do Brasil Serão utilizados da dos da indústria extrativa e dos 23 setores de atividade da indústria de transforma ção usandose a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE para os anos de 1996 e 2007 divulgados pela Pesquisa Industrial Anual PIA A seção 2 faz uma breve discussão sobre a configuração regional recente da indústria no Brasil A seção 3 mostra co mo o crescimento da produtividade di fere entre os setores e as regiões A seção 4 apresenta a metodologia a ser empre gada e as taxas de crescimento da pro 1 Fagerberg mostra também que parece haver relação entre o grau de inovação tecnológica a sofisticação da indústria e o crescimento da produtividade embora haja provavelmente também outros fatores em jogo 11 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 dutividade do trabalho dos setores e das regiões calculadas valendose da ponde ração pela sua participação no emprego nacional A seção 5 mostra os resultados da decomposição da taxa de crescimen to da produtividade do trabalho em três componentes conforme a metodologia apresentada por fim têmse as conside rações finais 2Configuração regional recente da indústria no Brasil Na década de 1990 período marcado pela abertura econômica estabilidade de pre ços e privatizações acentuaramse mu danças na configuração regional da in dústria que caminhou na direção de mais desconcentração2 Esse processo de des concentração já teria se iniciado nas dé cadas anteriores conforme mostrado por Diniz 1993 Para explicar o início do processo de desconcentração esse autor enfatiza as deseconomias de aglomeração em algumas áreas mais industrializadas e as novas formas de organização da gran de empresa Descreve o chamado desen volvimento poligonal que é o resultado de um conjunto de forças sendo as mais representativas as deseconomias de aglo meração na Região Metropolitana de São Paulo a criação de economias de aglome ração em vários outros centros urbanos e regiões e a ação do Estado mediante in vestimentos incentivos fiscais e investi mento em infraestrutura A desconcentração geográfica da produção conta ainda com a busca de re cursos naturais estimulando a abertura de novas regiões para o desenvolvimento eco nômico A grande concentração espacial e social da renda no entanto e o consequen te poder de compra retêm o crescimen to em regiões com maior base econômi ca Conforme Diniz 1993 um limitado número de novos polos de crescimento ou regiões teria capturado a maior parte das novas atividades econômicas o que teria levado a uma desconcentração con centrada Mesmo assim conclui que em bora a produção se encontre mais disper sa o poder e as decisões centrais o efeito propulsor e o ambiente inovador conti nuam concentrados na grande metrópo le paulista De acordo com o autor o po lígono de aglomeração industrial ficou restrito aos chamados eixos de descon centração mais concentrados no Sudes te e Sul O processo de desconcentração re quer a existência de novas economias de aglomeração em outras regiões tais como o crescimento da renda e da população em outros locais a expansão do merca do a difusão do conhecimento a expan são da infraestrutura e a criação de Distri 2 A literatura recente que discute os determinantes da desconcentração conta com as contribuições de Cano 1997 Diniz 1993 Guimarães Neto 1997 Pacheco 1998 1999 Sabóia 2000 entre outros 12 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 tos Industriais De acordo com Azevedo e Junior 1999 a forte concentração re gional da renda no Brasil está associada a um desenvolvimento industrial desi gual fruto em parte do processo de subs tituição das importações que se concen trou na região Sudeste especialmente em São Paulo e na sua Região Metropolita na Os planos de desenvolvimento que foram implementados a partir dos anos 1960 tinham o objetivo de reverter o efei to da chamada polarização ou concen tração As políticas institucionais foram de grande importância para o crescimen to da participação das regiões menos de senvolvidas na produção industrial3 A ausência de uma política ativa de incen tivos para essas regiões nos últimos anos tem desfavorecido o desenvolvimento in dustrial nessas Como destacou Pacheco 1999 à medida que os programas de investimento patrocinados pelo Estado vão maturando e não são substituídos por políticas ativas os processos de des concentração diminuem sua abrangên cia o que é visível por exemplo na eco nomia nordestina que passa a ser cada vez menos beneficiária no processo de desconcentração Com as mudanças ocorridas na configuração econômica a partir dos anos 1990 o novo ideário de desenvolvimen to passa a ser focado na competição dos mercados em escalas local nacional e mundial Lemos et al 2003 Essa ên fase tende a contribuir para o fortaleci mento dos centros hegemônicos o enfra quecimento dos espaços periféricos e o abandono de políticas voltadas à integra ção nacional Os investimentos em geral inclinamse a se direcionar às estruturas já consolidadas como nas rotas de expor tação de produtos primários em direção a portos de escoamento Ruiz Domin gues 2008 De acordo com uma pesquisa do IPEA publicada em De Negri e Almeida 2010 o Estado voltou na década atu al a ter papel mais ativo na promoção do crescimento industrial e no desenvol vimento econômico e retomaramse as políticas industriais com o objetivo de promover setores econômicos e incen 3 No caso da região Nordeste conforme Galindo 1997 a integração teve impacto seletivo já que se exportam bens intermediários para a indústria da região Sudeste o que tornou mais intenso o fluxo de mercadorias bens de consumo final do Sudeste para o Nordeste o qual aumentou a importação de produtos industrializados na região Sudeste Existe uma divisão interregional do trabalho onde a região Nordeste desempenha papel subsidiário e funcional Esses aspectos somados a outros de ordem mais geral resultaram em queda da produtividade regional e em atraso tecnológico dessa região verificada nas décadas seguintes a de 1980 13 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 tivar inovação4 Já Oliveira e Magalhães 2010 também do IPEA fazem uma ava liação de compatibilidade entre a Políti ca Nacional de Desenvolvimento Regio nal PNDR e o Programa de Aceleração do Crescimento PAC e revelam ausên cia de coordenação e congruência entre as ações e os investimentos previstos no programa e nas diretrizes dessa política Já a análise da distribuição regional da indústria não apenas confirmou aumen to da distribuição da indústria no territó rio brasileiro mas também revelou que as microrregiões que ofertaram mais em pregos em setores industriais avançados continuaram a ser justamente as que já possuíam base industrial consolidada ou vizinhas industrializadas Isso demonstra que os incentivos fiscais não consegui ram suplantar os fatores locacionais co mo mão de obra qualificada e acesso a fornecedores e ao mercado consumidor A elevada concentração econômi ca das atividades nas regiões Sudeste e Sul ainda é um traço característico da econo mia brasileira Considerando a indústria de transformação setor que por suas ca racterísticas é o de maior dinamismo em termos de crescimento apesar da tendên cia de queda de sua participação no PIB a presença da região Sudeste no total do VTI nos anos 1990 e nos anos 2000 con tinuou acima de 60 As taxas de crescimento econômico nos anos recentes na região Sudeste têm sido mais baixas que as das demais regi ões De um lado isso permite que as desi gualdades regionais não aumentem uma vez que as regiões menos desenvolvidas continuam a se expandir em ritmo supe rior De outro lado porém a região Su deste crescendo menos perde a capaci dade de liderança sobre as regiões menos desenvolvidas Monteiro Neto 2006 Is so provoca efeitos de retardo também so bre as regiões menos desenvolvidas prin cipalmente quando se trata de PD5 cujo investimento é alto e os benefícios podem demorar a apresentar resultados econômicos De fato o processo de des concentração industrial não veio acom 4 Conforme De Negri e Almeida 2010 as políticas podem ser classificadas em quatro tipos diferentes i políticas voltadas para completar cadeias produtivas já existentes como os incentivos concedidos à indústria automobilística ii políticas voltadas para o desenvolvimento de setores modernos com impacto em todo o sistema econômico indústrias eletrônica e de informática iii políticas de controle e regulação de setores de elevada concentração energia telecomunicação petróleo e gás e iv políticas voltadas para o fortalecimento de pequenas e de médias empresas em clusters mais conhecidos no Brasil como políticas de fomento a Arranjos Produtivos Locais APLs 5 A atividade de PD é muito onerosa por isso as regiões que não conseguem inovar devem aproveitar a tecnologia criada pelas regiões mais desenvolvidas como resultado da difusão Romer 1993a 1993b 14 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 panhado de aumento de produtividade do setor industrial6 Rocha 2007 mos tra utilizando dados da PIA que a par tir de meados da década de 1990 houve redução no ritmo de crescimento da pro dutividade do trabalho na indústria do Brasil sendo a taxa média de crescimen to para o período de 1996 a 2001 próxi ma de zero 049 aa Conforme Nas sif 2008 após 1991 a indústria mostrou incrementos na produtividade do traba lho Já o comportamento da produção física e principalmente do emprego in dustrial no período foi mais volátil Em média prevaleceu uma queda no empre go industrial a partir dos anos 1990 Na primeira metade da década de 1990 as taxas de crescimento médias anuais da produtividade do trabalho eram positi vas porém elas não se sustentaram após 1999 Aliada ao forte declínio do investi mento bruto da economia a indústria de transformação não foi capaz de recupe rar os níveis de participação no PIB que prevaleceram até meados da década ante rior A partir da segunda metade da déca da de 1990 houve tendência de retração dos índices de produtividade do trabalho sobretudo no período posterior a 1999 quando o indicador passou a apresentar taxas negativas de variação Nassif mos tra que no período 19962004 a variação média anual da produtividade do traba lho da indústria de transformação bra sileira foi da ordem de 26 Um sinal de reversão dessa tendência só ocorre em 2004 quando a produtividade do traba lho registrou acréscimo de 1 A próxi ma seção mostra o comportamento da produtividade do trabalho na indústria brasileira no período de 1996 a 2007 3Produtividade do trabalho na indústria Além das mudanças advindas do processo de desconcentração industrial conforme apresentado na literatura as transforma ções na estrutura produtiva da indústria provocadas pela abertura econômica al teraram de forma mais significativa sua participação no comércio internacional nos anos 1990 Dada a estrutura da eco nomia brasileira com vantagens compa rativas em setores intensivos em recursos naturais o recente aumento no comércio internacional apresenta reflexos sobre a composição do produto da indústria le vando a um aumento na especialização na produção de commodities industriais Lamonica Feijó 2011 A nova teoria de crescimento en dógeno estabelece que políticas de abertu ra comercial podem exercer efeito positi vo sobre o crescimento da produtividade 6 Vale observar que vários autores identificaram ganhos significativos de produtividade na indústria de transformação no Brasil atribuídos em grande medida à abertura no início da década de 1990 Feijó Carvalho 1999 2002 Bonelli Fonseca 1998 entre outros No entanto passado o impacto inicial da abertura econômica sobre a estrutura de custos da indústria e a modernização do parque manufatureiro os ganhos de produtividade se reduziram tendo em vista que os investimentos produtivos não recuperaram de forma significativa até pelo menos meados dos anos 2000 15 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Romer 1993a 1993b por meio da in dução de mudanças tecnológicas No en tanto Grossman e Helpman 1990 ob servaram que o aumento da competição subsequente à abertura de uma econo mia pode vir a desencorajar o processo de de inovação pela expectitiva de redução dos lucros7 Desse modo somente países ou regiões com vantagens comparativas nos setores intensivos em pesquisa e tec nologia se beneficiariam com a abertura econômica Concluem que é ambíguo o efeito da abertura sobre a economia se a abertura não provocar mudança estrutu ral na direção da produção de bens com mais conteúdo tecnológico Uma variável importante para si nalizar mudanças na estrutura produtiva é a produtividade do trabalho Para ava liar a evolução da produtividade regional do trabalho com informações da Pesqui sa Industrial Anual do IBGE o conceito de produtividade do trabalho utilizado é produtividadehomem ou seja o valor da transformação industrial dividido pe lo estoque de trabalhadores em 3112 A Tabela 1 mostra o nível real da produtividade do trabalho e as suas taxas 7 Conforme Moreira 1999 nos primeiros anos do plano de estabilização o câmbio supervalorizado incentivava as importações e prejudicava as exportações Houve aumento significativo do coeficiente de importação da indústria de transformação brasileira principalmente nos setores mais intensivos em tecnologia Carvalho Jr e Ruiz 2008 destacam que as principais alterações apontadas na maioria dos estudos sobre a indústria brasileira após a abertura são a redução nas taxas de lucro o aumento na concentração industrial via fusões e aquisições o aumento da participação do capital estrangeiro e da produtividade Esta última está associada à modernização das firmas e ao aumento da concorrência de bens importados Houve mudanças na estrutura produtiva com alguns setores se modernizando e outros diminuindo sua importância no decorrer do processo de ajuste às novas condições de mercado Houve expressivo aumento na produtividade do trabalho para aqueles setores que se modernizaram e isso expôs ainda mais as diferenças de produtividade entre os setores Conforme Bonelli 2002 parte do aumento da produtividade pode ser buscada no desaparecimento das empresas mais ineficientes uma vez que até então estavam garantidas por um regime comercial de alta proteção Tabela 1Produtividade média do trabalho na indústria a preços de 1996 R mil e taxa de crescimento de 1996 a 2007 no Brasil VariávelAno 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Média Prod trabalho R mil 3176 3415 3455 3516 3456 356 3513 3171 3117 3068 3155 3156 3313 Taxa de crescimento 753 117 177 171 300 129 973 170 157 282 003 003 Fonte Elaboração dos autores com base nos dados do IBGE e da FGV 2011 16 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 2Participação do emprego nível de produtividade R mil a preços de 1996 e variação da produtividade do trabalho de 2007 em relação a 1996 e a média de crescimento dos 11 anos 1996 a 2007 Participação PO Produtividade R mil Crescimento Crescimento Classificação Nacional de Atividades Econômicas 1996 2007 1996 2007 20071996 Médio C Indústrias extrativas 228 232 4753 7745 6294 518 D Indústrias de transformação 9772 9768 3139 3047 293 018 Baixa tecnologia 5196 5093 2352 2201 642 045 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 1786 1972 3103 2551 178 148 16 Fabricação de produtos do fumo 043 025 8209 13812 6826 788 17 Fabricação de produtos têxteis 577 445 1844 1744 542 029 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 746 765 968 1722 7795 577 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 539 564 1312 1268 332 016 20 Fabricação de produtos de madeira 337 314 1063 1248 1736 201 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 287 236 4155 4599 1069 122 22 Edição impressão e reprodução de gravações 384 298 4071 2941 2777 228 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 491 445 1439 1437 012 011 37 Reciclagem 006 028 2156 1107 4864 395 Média baixa tecnologia 2154 2168 3316 2891 1281 113 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 257 211 7053 7879 1172 409 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 487 514 2652 1835 3081 31 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 503 493 2169 2131 172 009 27 Metalurgia básica 348 312 4939 5197 524 093 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 560 639 2203 155 2966 286 Média alta tecnologia 2229 2327 4510 4212 661 046 24 Fabricação de produtos químicos 564 504 6993 5685 187 17 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 642 692 3426 2812 179 148 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 284 293 3069 2221 2765 218 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 097 109 2727 2604 452 01 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 564 576 4435 5329 2017 206 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 077 152 3493 6464 8503 847 continua 17 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de crescimento no período de 1996 a 20078 A taxa média de crescimento da produti vidade no período analisado foi próxima a zero sendo negativa nos anos de 2000 e de 2002 a 2005 Assim passado o primeiro momen to quando a abertura econômica pro porcionou a modernização do parque industrial brasileiro com ganhos de pro dutividade para a indústria9 esses ganhos se dissiparam já no fim da década de 1990 Isso evidencia que as mudanças no cená rio macroeconômico ocorridas na econo mia a partir da segunda metade dos anos 1990 não favoreceram o crescimento da produtividade do trabalho na indústria e mostra que o crescimento econômico não induziu a indústria a evoluir no que se refere ao nível tecnológico A Tabela 2 apresenta a participação de cada setor no emprego nacional produ tividade do trabalho a preços de 1996 a ta xa de crescimento da produtividade do tra balho do ano de 2007 em relação ao ano de 1996 calculada com base nos dados re gionais e a média de crescimento do perí odo de 1996 a 2007 valendose dos dados agregados em nível nacional O crescimen to do emprego total de 2007 em relação a 1996 foi de 4146 enquanto o cresci mento do VTI foi de 4058 resultando em crescimento negativo da produtividade do trabalho total 062 A média de cres cimento na indústria de transformação foi 8 Os dados usados foram o Valor da Transformação Industrial VTI e o número de pessoas ocupadas PO na indústria ambos retirados da PIAIBGE período de 1996 a 2007 Os dados foram deflacionados a preços de 1996 pelo índice de preços da indústria extrativa e de cada setor de atividade da indústria de transformação calculado pela Fundação Getúlio Vargas FGV Para os setores que a FGV não divulga o Índice de Preços foi utilizado o do setor que mais se aproxima Para o setor 11 foi usado o mesmo índice geral da indústria extrativa C para o setor 22 e 37 o mesmo índice do setor 21 para o setor 33 o mesmo do setor 29 Os índices de preços foram obtidos no IPEA 9 É vasta a literatura sobre o impacto da abertura comercial na produtividade industrial Ver por exemplo Moreira 1999 Bonelli 2000 e 2002 Feijó Carvalho 2002 e Carvalho Jr e Ruiz 2008 Alta tecnologia 194 18 6497 13822 11274 786 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 030 061 6370 20139 21616 1315 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 165 119 6520 10608 6270 519 Total 10000 10000 3176 3156 062 003 Fonte Elaboração dos autores com base nos dados do IBGE e da FGV 2011 conclusão Participação PO Produtividade R mil Crescimento Crescimento Classificação Nacional de Atividades Econômicas 1996 2007 1996 2007 20071996 Médio 18 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de 018 contrastando com as indústrias extrativas onde o crescimento médio da produtividade foi de 518 com peque no aumento na participação do emprego total Além da queda acumulada na pro dutividade real no período 19962007 de 062 observase que a participação dos setores no emprego mudou pouco de 1996 a 2007 Isso sinaliza que apesar das trans formações promovidas nos processos pro dutivos nos anos 1990 e 2000 a estrutura industrial se manteve relativamente rígida Do ponto de vista da produtivida de dos 24 setores de atividade em 13 a taxa média de crescimento foi negativa Em termos dos grupamentos por intensi dade tecnológica todos apresentaram ta xas médias negativas à exceção do de alta tecnologia sendo o setor de máquinas pa ra escritório e equipamentos de informá tica o que apresentou maior percentual de expansão 1315 Em termos regionais o crescimen to da produtividade do trabalho de 2007 em relação a 1996 variou entre 018 no Sudeste e 1691 no Norte No entanto é necessário considerar a participação de cada região no total do emprego nacio nal Enquanto a região Sudeste partici pa com 5369 a região Norte participa com apenas 361 Na avaliação do crescimento da produtividade do trabalho nos setores e nas regiões devese levar em conta a mo bilidade no emprego para saber se o au mento da produtividade do trabalho foi em razão da queda no emprego ou do au mento no valor agregado A metodolo gia utilizada na avaliação empírica apre sentada na seção seguinte deste trabalho leva em conta a participação de cada se tor e de cada região no emprego nacional conforme será visto na seção 42 4Método estrutural diferencial modificado A decomposição do crescimento da pro dutividade regional no período 19962007 seguirá o método do shiftshare Essa téc nica é bastante difundida em análises regionais e seu método de análise está intimamente relacionado à análise de va riância Seu objetivo é descrever o cresci mento econômico eou a produtividade de uma região em termos de sua estrutu ra produtiva e de seu perfil regional Exis tem muitas versões desse método10 Uma das principais diferenças entre as diversas versões é a escolha do anobase ou pe so se o primeiro ano ou o último ano ou ainda algum tipo de média A aplicação do referido método neste estudo consiste em identificar quais setores ou regiões crescem relativamente mais rápido em comparação com outras 10 Dunn 1959 1960 Stilwell 1969 Esteban Maquillas 1972 Arcelus 1984 entre outros 19 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 regiões e se esse crescimento foi mais fa vorecido pelas mudanças na estrutura produtiva ou se pela própria competitivi dade da região De acordo com Haddad e Andrade 1989 p 249 deter minada região poderá apresentar ritmo de cresci mento econômico maior do que o nacio nal ou porque na sua composição produ tiva existe preponderância de setores mais dinâmicos ou porque a região tem par ticipação crescente na distri buição regio nal da produtividade independentemen te de sua expansão estar ocorrendo em setores dinâmicos ou não Dessa forma o modelo identifica as componentes de crescimento relacionadas com a estrutura da produtividade setorial e dos atributos de desvantagens locacionais da região Lodder 1974 p 5556 explica que o grau de dinamismo de uma região decor re de um fator estrutural e de outro diferen cial este se refere aos atributos da região O crescimento de uma região pode ser ex plicado pela diferença entre o crescimento real e o que teria ocorrido caso crescesse segundo a taxa nacional O fator estrutu ral reflete a composição setorial da região concentrado em setores economicamente dinâmicos ou não dinâmicos O fator di ferencial reflete as condições da região para a especialização em determinados setores no sentido de que eles devem expandirse mais rapidamente que a média nacional A formulação original da técni ca do shiftshare foi proposta por Dunn 1959 1960 Essa técnica ancorase em alguns supostos para a sua aplicação es tática comparativa referência ao índice Laspeyres no que tange à ponderação pe lo anobase assumindo que não há assi metrias importantes entre setores e regi ões no anobase independência entre as componentes estrutural e regional e as sumese que as atividades econômicas lo cais são influenciadas por fatores exóge nos à região A validade dos resultados apoiase na propriedade de simetria de agregação e desagregação propriedade que consiste na igualdade dos valores to tais das componentes das amplitudes re gional e setorial com os resultados dos respectivos somatórios de cada setor e re gião contidos na amplitude espacial Entre as suas limitações têmse 1 a hegemonia das influências exógenas sobre a região 2 o problema da propriedade aditiva regiãoregião e setorsetor 3 a questão da interdependência entre as componentes estrutural e regional 4 o seu uso sob o método de estática comparativa 5 a hipótese da constância da estrutura econômica no intervalo de tempo em 20 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 estudo gerando dificuldade para identificar o impacto de mudanças na composição setorial sobre o crescimento da região Dado que vários autores discutiram essas limitações fazse referência neste arti go aos seguintes autores Arcelus 1984 que desagregando a componente regional dife rencial introduz no modelo as influências endógenas no crescimento da região Hay nes e Machunda 1987 que testaram a va lidade da aditividade das componentes do modelo de Arcelus encerrando com a polê mica dessa propriedade EstebanMaquillas 1972 que introduziu no modelo a chama da variável homotética11evitando a influ ência da componente estrutural sobre a re gional diferencial bem como incorporou o efeito alocação especialização que possi bilita captar as desvantagens competitivas de uma região em relação a sua amplitude regional Barff e Knight 1988 que propu seram uma análise dinâmica por meio da aplicação consecutiva de cada ano do perí odo de análise e a Stilwell 196912 que cen trou sua preocupação em detectar possíveis mudanças estruturais no intervalo de tem po em análise de estática comparada 41Descrição do modelo de Stilwell A análise shiftshare se apoia em uma ma triz de informações de dada variável ba se que neste caso é a produtividade do trabalho regionalsetorial representada pela letra R A matriz de informações é formada em suas linhas pelos diversos se tores de atividade e nas colunas pelas re giões geográficas brasileiras Tabela 3Modelo de Matriz de Informações do Brasil Setores de atividade Regiões j Σj i R ij Σ R it Σi Σ R tj Σ R tt Fonte Elaborado pelos autores Partindose da versão de Dunn pa ra o método estruturaldiferencial o qual apresenta três componentes do crescimen to a Componente de Crescimento Glo bal CCG a componente de Crescimen to Estrutural CCE e a Componente de 11 Significando qual o volume da produção de um setor i em uma região j teria se a estrutura da produção fosse igual a do país 12 A aplicação analítica da técnica segue a Stilwell 1969 que buscou tornála mais fácil de ser interpretada Esse autor aplicou a sua formulação modificada em relação ao setor industrial das regiões do Reino Unido e demonstrou que a política regional dos anos 1960 adotada no país surtiu efeito em assegurar uma composição industrial mais benéfica nas regiões menos desenvolvidas Tal técnica subsidiou a adoção dessas políticas pelas autoridades governamentais 21 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Crescimento Regional ou competitiva CCR temos CCT CCG CCE CCR onde ríodobase 1 corresponde ao período corrente tt tt η R Rtt 1 0 1 calcula a ta xa de crescimento do valor da produtivi dade na amplitude espacial Brasil pon derado pelo anobase it it η R Rit 1 0 1 calcula a taxa de crescimento do valor da produtividade no setor de ativida de i na amplitude regional conjuntos das regiões ponderado pelo anobase ij ij η R Rij 1 0 1 calcula a taxa de cresci mento do valor da produtividade no se tor i da região j amplitude local ponde rado pelo anobase A aplicação desse modelo para as regiões do Brasil visa identificar as forças que explicam o crescimento regional desi gual A CCE identifica o crescimento de sigual dos setores nas regiões De acordo com Haddad e Andrade 1989 os fatores responsáveis por diferentes taxas de cres cimento setorial em comparação ao nível nacional são variação na estrutura da de manda variação de produtividade inova ções tecnológicas etc O referido autor ci ta também que as principais forças que atuam no sentido de provocar esse cresci mento são quase sempre de natureza loca cional tais como variação nos custos de transporte estímulos fiscais específicos pa ra determinadas áreas diferencial nos pre ços relativos de insumo entre regiões etc Stilwell já havia apontado que o modelo descrito na equação 1 apresenta CCT ij tt ij it tt ij ij it R R R 0 0 0 η η η η η 1 CCT ΔRij Rij 0ηij A Componente de Crescimento Total CCT é o resultado do desempe nho das três componentes e representa a composição da variação do crescimento no período de cada setor e região A CCG é igual ao acréscimo da produtividade que teria ocorrido se a região crescesse à taxa de crescimento da produtividade nacional A CCE por sua vez represen ta o montante adicional da produtivida de que a região poderá obter como re sultante de sua composição setorial Essa variação será positiva se a região tiver se especializado em setores que apresentam altas taxas de crescimento da produtivi dade A CCR indica o montante positivo ou negativo da produtividade que a re gião conseguirá em razão da taxa de cres cimento da produtividade em determi nados setores ser maior ou menor nessa região em relação à média nacional Na versão descrita na equação 1 R0 corresponde à variávelbase que neste caso é a produtividade do trabalho R i representa os setores de atividades j re presenta as regiões 0 corresponde ao pe 22 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 como limitação o fato de não considerar as mudanças estruturais na composição seto rial das regiões durante o período observa do Uma região especializada em setores menos dinâmicos no período inicial pode ter modificada a sua estrutura de forma que no período final a sua composição setorial já tenha predominância relativa mente maior de setores dinâmicos A for mulação de Stilwell descrita na equação 2 e que será adotada na seção 4 objetivou corrigir tais limitações Esse autor faz um exame incremental da relação entre cresci mento regional e composição setorial Na formulação descrita na equa ção 2 inserese uma taxa de crescimen to revertida em que se utiliza como re ferência o índice Paache em razão de a ponderação adotada ser do ano corrente Podese observar o que ocorre quando se toma como referência a produtividade do trabalho do período corrente Na equação 2 tt tt λ R Rtt 0 1 1 corresponde à taxa de crescimento da pro dutividade na amplitude espacial ponde rado pelo ano corrente it it λ R Rit 0 1 1 corresponde à taxa de crescimento do va lor da produtividade no setor de ativida de i na amplitude regional conjuntos das regiões ponderado pelo ano corrente A Componente de Crescimento Es trutural Modificada CCEM representa a diferença entre a Componente de Cresci mento Estrutural Revertida CCER e a CCE e serve para indicar a variação líqui da resultante de haver diferença entre as estruturas da produtividade das regiões entre o ano corrente e o anobase Da CCR da formulação de Dunn foi sub traída a CCEM e obtevese uma Compo nente de Crescimento Regional Residual CCRR Esse cálculo é necessário porque a varia ção na estrutura econômica com posição setorial é apenas uma das muitas CCT CCG CCEM CCRR CCT ij tt it ij it tt ij ij it ij ij tt R R R R 0 1 0 1 η λ λ η η η η 0 1 ij tt it it tt R R λ λ η η 2 CCEM CCER CCE CCEM Rij 1 λtt λit Rij 0 ηit ηtt CCRR CCR CCEM CCRR Rij1ηij ηit Rij 1 λtt λit Rij 0 ηit ηtt 23 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 influências sobre a variação no desempe nho econômico da região exigin dose calcular as influências residuais de natu reza regional Assim a versão de Dunn é modi ficada por Stilwell 1969 de forma que possa levar em conta o impacto das mu danças estruturais sobre a variável em es tudo no nosso caso a produtividade do trabalho regional na composição seto rial da produção durante o período estu dado A interpretação dessa mudança é observada por meio dos sinais das com ponentes CCEM e CCRR Se o sinal da CCEM for positivo a região modificou sua estrutura setorial de forma a se espe cializar mais nos setores de atividade cuja produção está crescendo mais rapida mente em nível nacional e menos nos se tores cuja produção esteja crescendo len tamente em nível nacional Se a CCRR for positiva significa que a região cresceu por mérito próprio ou seja ela é compe titiva sem precisar contar com modifica ções na especialização mostrando que a CCR é maior do que a CCEM Por fim Stilwell 1970 argumenta que o método shiftshare representa contribuição à te oria do crescimento regional podendo ser amplamente utilizado na análise his tórica de dados de emprego produção e comércio bem como para a previsão de crescimento regional Ademais algumas informações são importantes na avaliação dos resultados Não há regras para que as taxas de cres cimento entre as amplitudes local re gional setorial e espacial tenham neces sariamente ascendência de uma sobre a outra Dessa forma as diferenças entre taxas para cada uma das componentes decompostas podem ser positivas ou negativas resultando dessa maneira que o somatório que gera a CCT pode ser tanto positivo como negativo O shiftshare é um método que si naliza para a influência maior ou menor do crescimento global amplitude espa cial estrutural configuração setorial e regional atributos da amplitude local para um dado setor em uma dada região amplitude local Se em alguns casos pos sa se apresentar uma aparente inconsistên cia dado que se espera que a variávelba se cresça com o mesmo sinal resultante da CCTij observase que o diferencial das ta xas de crescimento nos cálculos de cada componente e no total pode acompanhar o mesmo sinal ou não uma vez que se tra ta de um somatório de números relativos Por tratarse de uma decomposição acom panhada de cálculos de diferencial de taxas de crescimento bem como nessa versão de Stilwell em que se utiliza a base inicial R0 e também a base final R1 como referên cias para os cálculos das taxas de cresci 24 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 mento é factível que a CCTij possa ter si nais ou ocasionado por influência das componentes decompostas e não da variação estrita da variávelbase O objeto de estudo desse método é o de avaliar elementos representados pelas três componentes no resultado total de cada amplitude local CCTij tratan dose portanto de uma análise de natu reza estritamente de desempenho regio nal13 O método visa fazer diagnósticos de realidade regionais mostrando as cau sas Contudo o seu alcance não objetiva explicar essas causas Cabe ao pesquisa dor conhecer a sua amplitude espacial a composição setorial e a região em estudo A subseção abaixo faz uma adap tação na variávelbase de modo a se tor nar possível sua utilização no modelo Apresentase também breve comentário das taxas de crescimento da produtivida de do trabalho nos setores e nas regiões considerando sua participação no em prego nacional Tais taxas serão utiliza das na análise empírica em nível regional 42Crescimento da produtividade do trabalho nas regiões Contribuição de cada setor e de cada região para a produtividade do trabalho nacional Para aplicar o modelo apresenta do devemos ter uma matriz de informa ções na qual a soma das linhas representa os totais em cada região e a soma das co lunas representa o total de cada setor de atividade no Brasil14 Isso pode ser facil mente observado com a variável VTI ou com a variável PO mas não é notado na variável em estudo a produtividade do trabalho que é simplesmente o resulta do na divisão entre as variáveis VTI e PO Para aplicar o modelo fazse necessário usar algum tipo de ponderação ou pelo VTI ou pela PO Fagerberg 200015 e Ro 13 É comum as pessoas confundirem o objeto de análise regional com um estudo da variávelbase trata se de uma proxy para a análise regional ficando claro que o objeto de estudo do método shiftshare não é a variável base e sim as influências das escalas regionais global CCGij regional CCRRij e estrutural CCEMij tratando se de um método que induz a fazer diagnósticos de análise regional 14 Não encontramos registros de trabalhos utilizando a metodologia shiftshare versão de Stilwell para aplicação em níveis regional e setorial empregando a variável produtividade do trabalho Essa adaptação é uma tentativa de aplicação dessa metodologia para o estudo em questão 15 Existem várias diferenças entre a metodologia de Stilwell 1969 e a apresentada por Fagerberg 2000 A versão de Stilwell utiliza uma matriz de informações para análise em nível regional Considera a influência da taxa de crescimento nacional sobre o crescimento das regiões Na adaptação proposta consideramos também a mobilidade da mão de obra entre os setores e entre as regiões do Brasil As componentes de crescimento de Stilwell são diferentes da apresentada por Fagerberg A versão de Fagerberg é mais utilizada para dados agregados em nível de país 25 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 cha 2007 optaram pela ponderação pela variável emprego PO Seguindo a nota ção adotada em Fagerberg 2000 temos indústria no Sudeste As regiões menos desenvolvidas aumentaram sua participa ção no emprego nacional e as taxas de crescimento do total das indústrias des critas na Tabela 4 sugerem que o aumen to no emprego foi acompanhado por au mento no valor agregado nessas regiões Analisandose por grupo quanto ao nível de tecnologia notase que no grupo de baixa tecnologia para o total do Bra sil a taxa de decréscimo é maior 840 quando se considera a participação no emprego nacional do que quando não se considera 642 Esse grupo apresen tou queda na participação percentual do emprego nacional Nos grupos de mé dia baixa e média alta tecnologia hou ve ganho na participação percentual do emprego nacional As taxas de decrésci mo nesses grupos são menores quando se considera a participação no emprego na cional do que quando não se conside ra O único grupo que apresentou taxa de crescimento da produtividade positi va apesar da queda na participação per centual no emprego nacional foi de al ta tecnologia Esse resultado indica que nesse grupo o crescimento da produtivi dade foi mais em razão do acréscimo no valor agregado O setor que apresentou maior ta xa de crescimento da produtividade do trabalho no Brasil foi o de fabricação de 16 Uma tabela com a distribuição da produtividade do trabalho por setor e por região no Brasil considerando a participação no emprego nacional está disponível mediante solicitação aos autores Nas equações acima a variável Rij é a produtividade do trabalho de cada se tor em cada região e a variável Sij repre senta a participação de cada indústria em cada região no total do emprego Assim a variável R representa a produtividade do trabalho ponderada pela participação no total do emprego nacional Desse mo do R também representa a contribuição de cada setor e de cada região para o re sultado da produtividade nacional16 Os dados por região confirmam que a única região em que a produtivida de do trabalho não cresceu foi a Sudes te onde a taxa foi negativa em 1238 com queda na participação no emprego nacional de 1223 O resultado da ta xa de crescimento da produtividade ne gativa quando se considera a participa ção no emprego mostra que não houve incremento de valor agregado no total da R VTI PO VTI PO VTI PO PO PO ij ij ij ij ij ij tt Si PO PO j ij tt R R S ij ij 26 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 4Variação da produtividade do trabalho nos setores e regiões ponderadas pela participação no total do emprego nacional 19962007 Classificação Nacional de Atividades Econômicas N NE CO S SE Brasil C Indústrias extrativas 6062 2559 8923 4049 8202 6542 D Indústrias de transformação 5809 2377 5398 1518 1560 254 Baixa tecnologia 2556 1218 6015 363 2272 840 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 4207 946 6683 926 2155 945 16 Fabricação de produtos do fumo X 14277 15727 7442 5208 535 17 Fabricação de produtos têxteis 4484 3858 15259 159 3413 2692 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 51514 14459 7295 9699 6464 8275 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 548464 19914 21980 2982 2360 054 20 Fabricação de produtos de madeira 1249 3355 330 1271 1237 980 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 3932 3881 15251 146 1689 1081 22 Edição impressão e reprodução de gravações 329 4480 2748 2634 4788 4392 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 3079 8905 15406 1345 3076 941 37 Reciclagem X 16101 x 29652 7502 11348 Média baixa tecnologia 2692 2691 003 1570 1793 869 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 3529 7119 7415 12337 589 965 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 2043 3181 3162 336 3664 2733 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 15121 1214 096 074 1210 416 27 Metalurgia básica 6097 2168 13892 1102 953 555 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 1522 7077 14645 357 2993 1985 Média alta tecnologia 10314 147 15030 3070 1263 263 24 Fabricação de produtos químicos 1041 2198 7316 530 3373 2693 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 6536 401 17178 189 1465 1108 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 19172 3526 9418 393 3179 2528 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 2902 388 122575 2931 872 662 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 12806 219110 143334 15135 227 2260 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 30511 40518 5734 12865 23066 25348 continua 27 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 máquinas e equipamentos de informática 55836 sendo a região Nordeste a que exibiu maior crescimento 773927 A única região que não mostrou crescimen to nesse setor foi a CentroOeste O setor de equipamentos de transporte e veículos reboques e carrocerias foi o segundo se tor que mais cresceu no Brasil 25348 e todas as regiões apresentaram altas ta xas de crescimento nesse setor sendo a maior taxa verificada também no Nordes te 40518 O setor de artigos de vestuá rios e acessórios cresceu 8275 no Brasil e também mostrou altas taxas de cresci mento em todas as regiões sendo a maior taxa verificada na região Norte 51514 A indústria extrativa teve crescimen to da produtividade de 6541 no Brasil sendo a região Sudeste a que apresentou maior crescimento 8202 nesse setor As indústrias extrativas só não se expandiram na região Sul As taxas nacionais negativas verificadas nos setores de edição impressão e reprodução de gravações 4392 e fa bricação de produtos químicos 2693 foram acompanhadas por queda no em prego o que mostra que também não hou ve incremento de valor nesses setores 5Análise dos resultados do shiftshare A análise das três componentes de cresci mento do modelo global CGC estru tural modificada CCEM e regional resi dual CCRR que formam a componente total CCT mostra qual das componen tes teve mais peso na taxa de crescimento Alta tecnologia 8379 749216 4201 19873 4248 9666 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 55036 773927 6704 211753 22625 55836 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 4210 13087 69633 1432 186 1604 Outros 5530 5318 3317 6333 x 5789 Total 5833 2389 5554 1462 1238 022 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa conclusão Classificação Nacional de Atividades Econômicas N NE CO S SE Brasil 28 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 da produtividade do trabalho em cada re gião A Tabela 5 apresenta os resultados17 agregados da decomposição do crescimen to da produtividade do trabalho pelo mé todo shiftshare para as regiões A componente de crescimento global como apresentado anteriormente detecta o acréscimo que teria o valor da produtividade do trabalho da região ca so a taxa de crescimento de 2007 em re lação a 1996 fosse a mesma taxa nacio nal 022 Essa componente reflete a simples indução do crescimento nacio nal sobre o desempenho da região Co mo a taxa de crescimento nacional foi ne gativa e próxima a zero a componente de crescimento global é negativa em to das as regiões e demonstrou ser a com ponente de menor peso Tal componen te mostra que a influência da mudança estrutural foi negativa nas regiões Nor te e CentroOeste além da Sudeste e que as mudanças estruturais favoreceram mais as regiões Nordeste e Sul Esse resul tado expressa em parte que o grau de in tegração da indústria entre as regiões do 17 Alguns problemas como por exemplo a ausência ou a omissão de dados de alguns setores em nível regional por ventura podem ter influenciado os resultados para alguns setores de atividade No entanto os resultados para as regiões em geral estão de acordo com o esperado Tabela 5Decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho por região 19962007 SE S N NE CO Valor em R da Componente de Crescimento Global CCG 5469 1398 364 607 177 Participação da CCG na CCT 211 132 104 085 045 Crescimento por causa da CCG 026 019 06 02 025 Valor em R da Componente de Crescimento Estrutural Modificada CCEM 24668 8967 386 23365 7279 Participação da CCEM na CCT 953 849 11 3285 1865 Crescimento por causa da CCEM 118 124 064 785 1036 Valor em R da Componente de Crescimento Regional Residual CCRR 228753 97995 3591 48364 46485 Participação da CCRR na CCT 8836 9283 10213 68 1191 Crescimento por causa da CCRR 1094 1357 5957 1625 6615 Valor em R da Componente de Crescimento Total CCT 258891 105564 3516 71123 39029 Participação total 100 100 100 100 100 Crescimento da produtividade do trabalho 1238 1462 5833 2389 5554 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados daw pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor negativo quanto maior o valor maior a retração do crescimento da produtividade do trabalho 29 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 país não se modificou muito no período e que as mudanças na estrutura produti va pouco contribuíram para o crescimen to da produtividade do trabalho A Componente de Crescimento Regional Residual CCRR foi superior em relação às demais indicando que o crescimento da produtividade do traba lho foi maior em razão das vantagens lo cacionais e competitivas regionais do que das mudanças estruturais na composição setorial com exceção da região Sudeste Destacase que a Componente de Crescimento Total CCT só foi negati va para o Sudeste O desempenho nega tivo da produtividade do trabalho nacio nal no período se deveu principalmente ao fato de que todas as componentes da taxa de crescimento da produtivida de na região Sudeste região que detém a maior participação na indústria fo ram negativas A perda de eficiência da indústria nacional no período é explica da pelo recuo da produtividade na região mais industrializada do país As regiões Sul e Nordeste foram as que apresenta ram a componente total com maior va lor em relação às demais Esse resulta do se deu pelo fato de as componentes estrutural modificada e regional residu al terem contribuído positivamente pa ra explicar a produtividade dessas regiões No entanto o crescimento da produtivi dade do trabalho observado nas regiões menos desenvolvidas foi insuficiente pa ra compensar o decréscimo obtido na re gião Sudeste Na sequência são apresentados os resultados da decomposição da taxa de crescimento por setor de atividade para cada uma das regiões O percentual de cada uma das componentes apresentados revela quanto cada componente explica da taxa de crescimento em cada setor de atividade Tal percentual também repre senta a participação de cada componen te na taxa de crescimento da produtivida de do trabalho de cada setor de atividade 51Região Sudeste A queda no crescimento da produtivida de do trabalho na região Sudeste foi ex plicada em 8836 pela componente re gional residual A componente estrutural modificada justifica 953 O resultado mais importante é que a região Sudeste foi a única em que a componente regional residual foi nega tiva indicando que a produtividade do trabalho na região Sudeste não foi favo recida pelas suas condições de competiti vidade regional Tal resultado é coerente com a teoria das deseconomias de escala Fazse uma leitura dos resultados para a indústria extrativa com o propósi to de servir de guia para os demais setores 30 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6AParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Sudeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 5925 8202 155 4144 6011 11627 D Indústrias de transformação 5356 1560 Baixa Tecnologia 2272 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 5356 2155 205 978 10773 38412 16 Fabricação de produtos do fumo 3247 5208 044 528 9428 10400 17 Fabricação de produtos têxteis 5482 3413 340 3443 13104 5025 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 4686 6464 138 4375 5486 7526 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 3000 2360 104 077 9819 5260 20 Fabricação de produtos de madeira 2129 1237 1094 1129 9965 195 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 5800 1689 400 1097 10697 5411 22 Edição impressão e reprodução de gravações 6136 4788 602 7072 16471 5336 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 4832 3076 117 990 10873 9238 37 Reciclagem 6841 7502 111 4808 5080 254 Média Baixa Tecnologia 1793 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 6472 589 167 823 9010 16886 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 6199 3664 265 3565 13300 9309 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 5384 1210 310 384 10075 5832 27 Metalurgia básica 7381 953 598 496 9899 5947 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 6532 2993 245 2342 12097 9590 Média Alta Tecnologia 1263 24 Fabricação de produtos químicos 7007 3373 360 3433 13073 21122 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 6526 1465 662 1068 10405 5902 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 6797 3179 375 3138 12763 4564 continua 31 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A indústria extrativa no Sudeste respon deu por 5925 do emprego do setor em 2007 O crescimento da produtividade do trabalho do ano de 2007 em relação ao ano de 1996 foi de 8202 A compo nente global explicou 155 desse cres cimento a componente estrutural modi ficada 4144 e a componente regional residual 6011 No período de análise notase que ocorreu na região crescimento da parti cipação relativa da indústria extrativa principalmente a relacionada a petróleo e gás A indústria extrativa aumentou em termos relativos sua produtividade tan to em relação à média das demais regi ões quanto em relação à média nacional Analisandose por setor de ativida de a componente total só foi positiva em três setores indústria extrativa no setor de produtos de madeira no qual a com ponente global explicou 1094 a com 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 7329 872 1374 831 10544 321 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 7147 227 123 1818 8059 46228 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 7208 23066 110 6838 3052 3994 Alta Tecnologia 4248 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 5885 22625 008 8457 1535 44687 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 5358 186 140 1365 8495 10115 Total 5369 1238 211 953 8836 258891 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas conclusão PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT 32 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 ponente estrutural modificada 1129 e a regional residual 9965 e no setor de equipamentos de instrumentação médi cohospitalares no qual a componente global explicou 1374 a componente estrutural modificada 831 e a regio nal residual 10544 do crescimento da produtividade do trabalho Os setores que tiveram maior pe so no resultado negativo da componente total foram produtos alimentícios e be bidas produtos químicos coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool produ tos do fumo e material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comuni cação Apesar de os setores de máquinas para escritório e equipamentos de infor mática e de montagem de veículos auto motores reboques e carrocerias também terem apresentado resultado da compo nente total negativa não podemos dizer que tais setores contribuíram para a re tração uma vez que apresentaram taxas de crescimento da produtividade do tra balho positivas Os resultados para alguns setores parecem mostrar aparente inconsistência dado que se espera que a produtividade do trabalho cresça com o mesmo sinal re sultante da CCTij No entanto como en fatizado na seção 41 se observa que o diferencial das taxas de crescimento nos cálculos de cada componente e no total pode ou não acompanhar o mesmo sinal já que se trata de um somatório de nú meros relativos Os sinais das componentes totais e das taxas de crescimento da produti vidade do trabalho foram diferentes em cinco setores confecção de artigos de vestuários e acessórios máquinas para escritório e equipamentos de informá tica montagem de veículos automoto res reboques e carrocerias outros equi pamentos de transporte e reciclagem Nesses casos a taxa de crescimento foi positiva porém todas as três componen tes global estrutural e regional fo ram negativas Com exceção do setor de reciclagem todos os demais citados ti veram crescimento do VTI superior ao crescimento do emprego no entanto nos setores de confecção de artigos de vestuários e acessórios e montagem de veículos automotores reboques e carro cerias houve queda da participação no emprego nacional 52 Região Sul Na região Sul tanto o total da compo nente regional residual como o da es trutural modificada foram positivas A componente regional residual explicou 9283 do crescimento da produtivida 33 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de do trabalho e a componente estrutu ral modificada 849 A componente estrutural modifi cada foi positiva em oito setores porém só foi superior à componente regional residual no setor fabricação de máqui nas para escritório e equipamentos de in formática setor onde a produtividade cresceu mais no qual a componente estrutural modificada foi responsável por 8517 do crescimento da produtividade O segundo setor em que a produtividade mais cresceu foi o de reciclagem no qual a componente estrutural modificada ex plicou 4985 do crescimento Outro se tor importante na região e que foi favore cido pelas mudanças estruturais foi o de confecção de artigos do vestuário e aces sórios no qual a componente estrutural modificada foi responsável por 4786 do crescimento A componente regional residual foi positiva em 19 setores sendo superior a 100 em 11 setores No setor de mon tagem de veículos automotores reboques e carrocerias setor representativo na re gião e que teve crescimento expressivo da produtividade do trabalho sendo o ter ceiro onde a produtividade mais cresceu a componente regional residual foi res ponsável por 8142 do crescimento da produtividade O setor de coque refino de petróleo e combustíveis foi o quarto no ranking do crescimento da produtivi dade Neste setor a componente regional explicou 9166 do crescimento Em cinco setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho apresentou sinal diferente da compo nente total Os setores de material ele trônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação e outros equipamentos de transporte mostraram taxas de cresci mento positivas contudo a componen te total foi negativa Nesses setores o crescimento do VTI foi superior ao cres cimento do emprego No primeiro caso houve queda da participação do setor no emprego nacional e no segundo houve aumento da participação do setor no em prego nacional O oposto ocorreu nos setores im pressão e reprodução de gravações ar tigos de borracha e plástico máquinas aparelhos e material elétrico Nesses ca sos os setores apresentaram componen tes regionais positivas indicando que o setor foi favorecido pelas condições re gionais No entanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração so frida em virtude das mudanças estrutu rais negativas observadas Nesses seto res o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego e a participa ção dos setores no emprego nacional te ve aumento 34 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6BParticipação do emprego total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Sul PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 1011 4049 024 3955 6021 5898 D Indústrias de transformação 2563 1518 Baixa Tecnologia 363 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 2547 926 40008 6744 36752 080 16 Fabricação de produtos do fumo 4511 7442 037 537 9500 9915 17 Fabricação de produtos têxteis 2567 159 090 3716 13806 5704 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 3077 9699 181 4786 5395 3084 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 4075 2982 083 077 9840 12456 20 Fabricação de produtos de madeira 4806 1271 951 1100 9851 443 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 2880 146 211 1234 11445 2852 22 Edição impressão e reprodução de gravações 2000 2634 146 7984 18130 2382 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 3687 1345 112 1035 11147 5136 37 Reciclagem 2953 29652 013 4985 5028 243 Média Baixa Tecnologia 1570 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 970 12337 022 856 9166 10574 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 2367 336 107 3805 13912 4961 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 2031 074 545 453 10998 931 27 Metalurgia básica 1383 1102 155 579 10734 1597 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 2348 357 109 2499 12608 4854 Média Alta Tecnologia 3070 24 Fabricação de produtos químicos 1363 530 079 3711 13790 12047 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 2851 189 199 1266 11466 6820 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 2231 393 120 3428 13548 2951 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 1883 2931 113 662 9451 1039 continua 35 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 53 Região Norte Os resultados para a região Norte reve lam que a componente regional residu al explicou 10213 do crescimento da produtividade do trabalho e as demais componentes global e estrutural mo dificada tiveram contribuição negativa Apesar de o total da componen te estrutural modificada ser negativo al guns setores foram favorecidos pela mu dança estrutural na composição setorial No setor de outros equipamentos de transporte a componente estrutural foi responsável por 7358 do crescimen to da produtividade do trabalho Já no setor de confecção de artigos do vestu ário e acessórios sua contribuição foi de 4564 e no setor de montagem de ve ículos automotores reboques e carroce rias foi de 1880 A componente regional residual foi positiva em 16 setores sendo superior a 100 em nove deles compensando as sim o resultado total negativo das com ponentes global e estrutural modificada No setor de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comu nicação a componente regional residual foi responsável por 8661 do crescimen to da produtividade do trabalho Esse se tor de alta tecnologia emprega 3228 do emprego do setor e representa 1545 do 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 2371 15135 020 1877 8142 31216 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 495 12865 020 7126 2854 799 Alta Tecnologia 19873 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 1961 211753 002 8517 1485 19205 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 1310 1432 1289 1017 7694 252 Outros 1906 6333 447 12852 22406 904 Total 2527 1462 132 849 9283 105564 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 36 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6CParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Norte PartPO Crescem Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Prod Trab CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 572 6062 501 3450 6049 673 D Indústrias de transformação 356 5809 Baixa Tecnologia 2556 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 363 4207 049 1028 11077 11350 17 Fabricação de produtos têxteis 084 4484 139 3555 13416 113 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 064 51514 006 4564 5442 443 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 037 548464 000 079 9922 820 20 Fabricação de produtos de madeira 1957 1249 1042 1119 9923 156 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 266 3932 088 1168 11079 1035 22 Edição impressão e reprodução de gravações 368 329 063 7880 17943 2096 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 250 3079 063 1025 11089 1028 Média Baixa Tecnologia 2692 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 023 3529 202 889 9313 889 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 366 2043 381 3976 14357 303 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 474 15121 016 410 10427 2632 27 Metalurgia básica 337 6097 038 566 10604 3607 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 196 1522 580 2710 13290 249 Média Alta Tecnologia 10314 24 Fabricação de produtos químicos 151 1041 068 3705 13773 1132 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 066 6536 046 1209 11163 3079 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 306 19172 012 3364 13375 1709 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 394 2902 071 637 9292 1442 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 043 12806 024 1880 8144 356 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 1905 30511 049 7358 2691 4291 continua 37 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 emprego na região e por isso é conside rado o setor mais importante na região Cabe destacar que o desenvolvimento da indústria principalmente a de alta tecno logia no Amazonas foi favorecido pelos incentivos fiscais oriundos das políticas advindas da criação da Zona Franca de Manaus em 1957 e regulamentada em 196718 a qual também foi responsável pe lo processo de desenvolvimento da região No grupo de baixa tecnologia os setores mais representativos são o de pro dutos alimentícios e bebidas no qual a componente regional foi responsável por 11077 do crescimento e no setor de produtos de madeira a componente re gional foi responsável por 9923 do crescimento O setor de calçados foi o que teve crescimento maior da produtividade se guido pelo setor de vestuários No entan to apesar do expressivo desenvolvimen to esses dois setores juntos responderam por apenas 2 do emprego em 2007 dessa 18 Um estudo da Zona Franca de Manaus pode ser visto em Lyra 1995 A criação da ZFM foi uma forma de se criarem no país outras oportunidades de investimento e lucratividade para as empresas nacional e estrangeira e também foi uma estratégia e uma tática de dinamização das forças produtivas regionais que consistiu na redução do custo Amazônia Alta Tecnologia 8379 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 1411 55036 307 6519 3174 287 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 3228 4210 098 1437 8661 10027 Outros 2677 5530 022 13781 23803 698 Total 361 5833 104 110 10213 35160 Fonte Elaborado pelos autores com base em dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Crescem Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Prod Trab CCG CCEM CCRR CCT conclusão 38 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 região O mesmo ocorre com o setor de montagem de veículos automotores re boques e carrocerias que teve crescimen to da produtividade de 12806 mas ta bém não é um setor expressivo na região É igualmente importante destacar o cres cimento em setores de média alta e al ta tecnologia no Norte principalmente os setores de máquinas para escritório e equipamentos de informática e material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação Cabe a observação de que as taxas de crescimento para esses se tores foram baseadas apenas nos dados do Estado do Amazonas uma vez que para os demais Estados os dados estavam in completos ou foram omitidos Em cinco setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho teve sinal diferente da componente to tal Na indústria extrativa e no setor de máquinas para escritório e equipamentos de informática a taxa de crescimento foi positiva porém a componente total foi negativa Nesses setores o crescimento do VTI foi superior ao do emprego No primeiro caso houve queda da participa ção do setor no emprego nacional e no segundo houve aumento da participação do setor no emprego nacional O oposto ocorreu nos setores de edição impressão e reprodução de grava ções artigos de borracha e plástico e pro dutos de metal Nesses casos os setores tiveram componente regional positiva indicando que tais setores foram favore cidos pelas condições regionais No en tanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estruturais negativas Nes ses o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego e houve acrés cimo da participação desses setores no emprego nacional 54 Região Nordeste Na região Nordeste tanto a componente regional residual como a estrutural modifi cada foram positivas A componente regio nal residual explicou 68 do crescimento da produtividade do trabalho e a compo nente estrutural modificada 3285 A componente estrutural modi ficada foi positiva em nove setores dos quais em três ela foi superior à compo nente regional residual A componente estrutural modificada foi responsável por 8509 do crescimento no setor de má quinas para escritório e equipamentos de informática sendo esse o setor que mais cresceu No setor de outros equipamen tos de transporte ela foi responsável por 7252 do crescimento e no setor de re ciclagem por 5176 do crescimento da produtividade do trabalho 39 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A componente regional residual foi positiva em 16 setores No setor de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados setor com maior representatividade na região a compo nente regional residual foi responsável por 9934 do crescimento da produ tividade do trabalho Outro setor repre sentativo na região é o de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis no qual a componente regional residu al foi responsável por 9181 do cresci mento da produtividade do trabalho O segundo setor que mais cresceu foi o de montagem de veículos automotores re boques e carrocerias no qual a compo nente regional residual foi responsável por 8132 do crescimento da produti vidade do trabalho Em três setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho teve sinal diferente da componente to tal A indústria extrativa registrou cres cimento positivo porém a componen te regional foi negativa O VTI cresceu acima do emprego mesmo assim o se tor registrou aumento da participação no emprego nacional O oposto ocor reu nos setores de produtos químicos e máquinas e equipamentos Nesses casos os setores apresentaram componente re gional positiva indicando que tais se tores foram favorecidos pelas condições regionais No entanto parece não ter si do suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estru turais Nesses setores o crescimento do VTI foi inferior ao do emprego No en tanto o setor de produtos químicos re gistrou queda da participação no empre go nacional Como visto a mudança estrutural foi fundamental para o crescimento de 773927 do setor de máquinas para es critório e equipamentos de informática Há de se destacar que nesse setor o cresci mento da produtividade foi baseado prin cipalmente nos dados do Estado da Bahia uma vez que no Estado de Pernambuco o crescimento da produtividade foi negati vo nesse setor e os demais estados tiveram dados omitidos Em relação ao setor de material eletrônico e de aparelhos e equi pamentos de comunicação o crescimen to de 13087 foi baseado nos dados do Estado do Ceará A região Nordeste foi a que mais se beneficiou relativamente com as mu danças na composição setorial Isso indi ca que a região modificou sua estrutura setorial de forma a se especializar mais em alguns setores de atividade cuja pro dução está crescendo mais rapidamente em nível nacional e menos nos setores cuja produção cresce lentamente em ní vel nacional 40 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6DParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Nordeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 2045 2559 063 3913 6023 6060 D Indústrias de transformação 1249 2377 Baixa Tecnologia 1218 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 2053 946 9645 851 497 161 16 Fabricação de produtos do fumo 2184 14277 018 535 9483 396 17 Fabricação de produtos têxteis 1709 3858 213 3524 13311 2087 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1719 14459 041 4606 5435 4059 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 2679 19914 013 079 9934 15381 20 Fabricação de produtos de madeira 263 3355 058 907 9035 418 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 874 3881 051 1198 11250 2838 22 Edição impressão e reprodução de gravações 1009 4480 2234 5096 12862 082 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 854 8905 026 1018 11044 2019 37 Reciclagem 205 16101 041 5176 4865 008 Média Baixa Tecnologia 2691 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 1841 7119 041 860 9181 10000 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 810 3181 043 3764 13807 3072 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 1559 1214 158 422 10580 1736 27 Metalurgia básica 664 2168 155 545 10390 2378 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 583 7077 028 2464 12492 2558 Média Alta Tecnologia 147 24 Fabricação de produtos químicos 971 2198 540 4002 14542 2316 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 461 401 373 1307 11680 399 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 587 3526 248 3211 12963 494 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 344 388 234 610 9156 054 continua 41 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 294 219110 001 1870 8132 10126 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 326 40518 017 7252 2765 619 Alta Tecnologia 749216 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 658 773927 000 8509 1492 27164 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 012 13087 021 1370 8652 015 Outros 4171 5318 568 14865 25433 150 Total 1268 2389 085 3285 6800 71123 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas 55 Região CentroOeste A indústria na região CentroOeste se beneficiou com as vantagens locacionais Neste sentido a componente regional re sidual explicou 11910 do crescimento da produtividade do trabalho e as demais componentes global e estrutural modifi cada tiveram contribuição negativa Apesar de o total da componente estrutural modificada ser negativo em al guns setores ela contribuiu positivamente para o crescimento da produtividade do trabalho Na indústria extrativa a compo nente estrutural modificada foi responsá vel por 4094 do crescimento Já no se tor de montagem de veículos automotores sua contribuição foi de 1870 e no se tor de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação de 14 PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 42 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6EParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região CentroOeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 447 8923 108 4094 6014 728 D Indústrias de transformação 476 5398 Baixa Tecnologia 6015 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 1093 6683 033 1025 11058 25898 16 Fabricação de produtos do fumo 057 15727 017 541 9476 005 17 Fabricação de produtos têxteis 157 15259 014 3667 13681 1249 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 455 7295 252 4233 5515 243 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 210 21980 012 079 9933 1336 20 Fabricação de produtos de madeira 845 330 190 881 8929 466 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 180 15251 016 1190 11206 455 22 Edição impressão e reprodução de gravações 487 2748 157 7999 18155 545 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 15406 016 1016 11032 875 Média Baixa Tecnologia 003 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 694 7415 030 847 9122 4957 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 258 3162 043 3764 13807 646 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 551 096 522 452 10973 255 27 Metalurgia básica 235 13892 018 564 10581 2685 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 342 14645 015 2457 12472 1616 Média Alta Tecnologia 15030 24 Fabricação de produtos químicos 508 7316 025 3677 13702 4627 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 096 17178 014 1223 11237 1203 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 080 9418 021 3380 13401 176 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 051 122575 002 650 9352 067 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 143 143334 002 1870 8132 3897 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 066 5734 013 7141 2846 186 continua 43 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A componente regional residual foi positiva em 18 setores sendo as contribui ções para a taxa de crescimento superiores a 100 em 12 setores compensando as sim o resultado negativo das componen tes global e estrutural modifi cada No se tor de produtos alimentícios e bebidas por exemplo a contribuição da compo nente regional residual para o crescimento da produtividade foi de 11058 A produtividade do trabalho cres ceu mais no setor de montagem de veícu los automotores reboques e carrocerias em que a componente regional residu al explicou 8132 do crescimento O segundo setor que mais cresceu foi o de instrumentos médicohospitalares onde a componente regional residual explicou 9352 do crescimento Nesse setor o re sultado foi baseado nos dados do Estado de Goiás Já no caso do setor de material eletrônico e de aparelhos e equipamen tos de comunicação onde a componente regional residual justificou 8604 o re sultado foi baseado nos dados dos Esta dos de Goiás e Distrito Federal O resul tado negativo no setor de equipamentos de informática foi baseado nos dados do Distrito Federal Em três setores de atividade o si nal da taxa de crescimento da produtivi dade do trabalho foi diferente da com ponente total Nos setores de confecção de artigos de vestuários e acessórios e ou tros equipamentos de transporte a taxa de crescimento da produtividade do tra balho foi positiva mas a componente to tal foi negativa O crescimento do VTI foi Alta Tecnologia 4201 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 085 6704 004 8478 1518 1443 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 092 69633 004 1400 8604 053 Outros 1247 3317 107 14329 24435 005 Total 475 5554 045 1865 11910 39029 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 44 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 superior ao crescimento do emprego No entanto no primeiro caso houve acrésci mo da participação do setor no emprego nacional O oposto ocorreu no setor de edição impressão e reprodução de gra vações Nesse a componente regional foi positiva indicando que o setor foi favo recido pelas condições regionais No en tanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estruturais negativas obser vadas Também o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego mas mesmo assim houve decréscimo da par ticipação do setor no emprego nacional 56 Resultados gerais A partir de 1999 todas as regiões apre sentaram expansão da mão de obra em pregada na indústria comportamento que parece se diferenciar do observado até o fim dos anos 1990 quando a ma nutenção dos ganhos de produtividade foi obtida com contração do emprego Tal comportamento confirma a hipótese de que os ganhos de produtividade nos anos 1990 foram em grande parte em ra zão de um choque de oferta propiciado pela abertura comercial que expôs o se tor a um ambiente mais competitivo A eliminação de unidades menos produti vas aliada à incorporação pela indústria de novas técnicas e processos de produ ção e de materiais mais eficientes pos sibilitou que a produtividade industrial que havia estagnado na segunda meta de dos anos 1980 voltasse a crescer No início no entanto a recuperação da pro dutividade implicou eliminação de pos tos de trabalho e recuo no emprego in dustrial Uma vez esgotados os benefícios dos ganhos marginais obtidos pelas me lhorias nos processos de produção a in dústria voltou a expandir ainda que mo destamente o emprego nos anos 2000 Comparandose as componentes de crescimento nos diversos setores e re giões observase que os valores da com ponente regional residual apresentaram maior dispersão entre os setores e regiões do que em relação à componente estru tural modificada indicando que as van tagens locacionais na produtividade dos setores explicaram mais as variações na produtividade do trabalho entre as regi ões do que mudanças na estrutura pro dutiva no período Do ponto de vista setorial o seg mento de fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática nas regiões Nordeste e Sul apresentou va lores positivos tanto para a componente estrutural modificada quanto para a com ponente regional residual No entanto como a estrutural modificada foi superior à regional nesses casos isso mostra que fo 45 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 ram as mudanças na estrutura produtiva que contribuíram com a maior parcela do crescimento da produtividade do trabalho nesse setor nas regiões Nordeste e Sul Em resumo comparandose as com ponentes estrutural modificada e a regio nal residual nos diversos setores e regiões podemos deduzir que o crescimento nes ses anos se deu mais por causa da compo nente regional residual ou seja da compe titividade dos próprios setores nas regiões com exceção de alguns deles principal mente o de equipamentos de informática conforme mencionado Os valores da componente total re forçam os resultados obtidos em relação ao desempenho da produtividade do tra balho Comparandose as taxas de cres cimento com os valores da componente total notase que em 833 dos casos a componente total foi positiva nos setores em que as taxas de crescimento da pro dutividade do trabalho foram positivas É importante destacar que na re gião Norte a indústria se beneficiou de incentivos fiscais oriundos das políti cas voltadas ao desenvolvimento da Zo na Franca de Manaus As regiões Norte Nordeste e CentroOeste contam com uma fonte a mais para financiamento das atividades produtivas que são os fun dos constitucionais de financiamento19 FNO FNE e FCO Tais fundos cons tituem um diferencial para essas regiões e podem contribuir para impulsionar o crescimento industrial nessas regiões Os resultados gerais mostram que houve certo rearranjo de alguns setores da indústria entre as regiões No entanto as regiões menos desenvolvidas ainda não conseguem absorver aquela parcela dos setores em declínio na região Sudeste O grau de integração entre as regiões e o grau de desenvolvimento ou absorção tecnoló gica das regiões menos desenvolvidas pa recem ser insuficientes para impulsionar o crescimento da produtividade do tra balho em nível nacional A região Sudeste perdeu eficiência visto que sofreu deseco nomias de escala e os ganhos das demais regiões não compensaram tal decréscimo Isso resultou em uma taxa de crescimen to da produtividade do trabalho negativa em nível nacional Houve deseconomias de escala na região mais representativa e os ganhos das demais regiões não foram suficientes para compensar as perdas Uma importante consideração a ser feita é que a análise por grandes regi ões geográficas apresenta algumas dificul dades seja pela dimensão territorial seja pela diversidade natural econômica e so cial dentro das grandes regiões No caso da região Sudeste por exemplo os resul tados encontrados na análise do método são bem diferentes quando se faz a aná 19 Uma abordagem sobre intervenção estatal e desigualdade regional pode ser vista em Monteiro NT 2006 46 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 lise para cada um dos Estados Somente o de São Paulo apresenta decréscimo en quanto os demais Estados da região Su deste apresentam taxas de crescimento da produtividade do trabalho positivas Isso está de acordo com as análises de Diniz e Crocco 1996 p 77 os quais defen dem que nos últimos anos a análise re gional se tornou ainda mais problemáti ca uma vez que houve ampliação dessas diferenças dentro de cada região ou Esta do Conforme os autores no caso de São Paulo por exemplo tais diferenças esta riam associadas aos processos de reversão de polarização e reconcentração regional dentro do Estado e à natureza às vezes contraditória do crescimento industrial dentro de cada Estado onde existem áre as de crescimento industrial acelerado e áreas estagnadas ou decadentes 6 Considerações finais A teoria estabelece que políticas de abertu ra comercial possam exercer efeito positi vo sobre o crescimento da produtividade por meio da indução de mudanças tec nológicas No entanto o efeito da aber tura sobre a economia das regiões pode ser ambíguo se a abertura não provocar mudança estrutural na direção da produ ção de bens com mais conteúdo tecnoló gico As regiões com vantagens compara tivas nos setores intensivos em pesquisa e tecnologia tendem a se bene ficiar mais com a abertura econômica Ocorre que no Brasil a região mais desenvolvida so fre um processo de deseco nomia de es cala e o crescimento nas demais regi ões ainda é insuficiente para compensar o decréscimo ocorrido na região mais representativa A produtividade do trabalho no Brasil R 3152 mil a preços de 1996 em 2007 está praticamente no mesmo nível do ano de 1996 Alguns setores de alta tecnologia tiveram crescimento ex pressivo no período ampliando a par ticipação no VTI total da indústria por exemplo o setor de equipamentos de in formática teve taxa média de crescimen to nacional de 1315 aa no período analisado A produtividade do trabalho nacional nesse setor passou de R 6370 mil em 1996 para R 20139 mil e sua participação no VTI nacional passou de 059 para 387 Outros exemplos são os setores de equipamentos de transpor te equipamentos de comunicação co que refino de petróleo e combustíveis os quais também apresentaram crescimento expressivo na produtividade do trabalho Por outro lado setores importantes co mo o de produtos químicos metalurgia básica minerais não metálicos e produ tos de metal não tiveram bom desempe 47 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 nho sendo a produtividade do trabalho nestes dois últimos setores muito abaixo da média nacional Este trabalho traz uma contribui ção para o debate sobre o comportamen to da produtividade do trabalho nos setores de atividade da indústria de transforma ção nas regiões do Brasil ao explorar o mé todo shiftshare de decomposição da taxa de crescimento da produtividade do traba lho Essa técnica é bastante difundida em análises regionais já que descreve o cres cimento da produtividade de uma região em termos de sua estrutura produtiva e de seu perfil regional Apesar da importân cia do tema são poucos os estudos dispo níveis que avaliam o comportamento da produtividade do trabalho na indústria em níveis regional e setorial sendo esse o diferencial do artigo A ponderação da produtividade do trabalho de cada setor e região por sua respectiva participação no emprego nacional mostrou a contri buição de cada setor e região para a pro dutividade do trabalho total ou nacional Os resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho mostraram que na maioria dos setores e regiões existe baixa relação en tre as mudanças na estrutura produtiva e o crescimento da produtividade desta candose a componente regional residu al Os resultados confirmam que foram as vantagens competitivas inerentes a ca da região que explicaram em sua maioria o crescimento da produtividade do traba lho nas regiões Podese inferir que nos anos analisados as disparidades regio nais e setoriais foram acentuadas tendo em vista que não se identificou tendên cia à convergência no sentido de mudan ça na estrutura produtiva Assim nossa análise revelou que as diferenças na evo lução da produtividade foram explicadas pela componente regional residual que confere vantagens econômicas à maio ria das regiões e dos setores No entan to tais vantagens competitivas locacio nais foram importantes em nível regional principalmente para as regiões menos de senvolvidas Foram insuficientes porém para impulsionar o crescimento da pro dutividade do trabalho em nível nacional 48 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Referências bibliográficas ARCELUS Francisco J An extension of shiftshare analysis Growth and Change USA v 1 n 15 p 38 1984 AZEVEDO Paulo F JÚNIOR Rudinei T Fatores determinantes da relocalização industrial no Brasil na década de 90 In Anais do Encontro Nacional de Economia ANPEC 27 1999 Belém Belém ANPEC 1999 BARFF Richard A KNIGHT III Prentio L Dynamic shift and share analysis Growth and Change USA v 19 n 2 p 110 1988 BONELLI R Ganhos de produtividade na economia brasileira na década de 90 um retrato de corpo inteiro São Paulo Especial SOBEET III 15 2000 BONELLI Regis Labor productivity in Brazil during the 1990s Rio de Janeiro IPEA 2002 Texto para Discussão 906 BONELLI R FONSECA R Ganhos de produtividade e de eficiência Novos resultados para a economia brasileira Pesquisa e Planejamento Econômico Rio de Janeiro v 28 n 2 p 273314 ago 1998 CANO Wilson Concentração e desconcentração econômica no Brasil 197095 Economia e sociedade Campinas v 8 p 101 41 jun 1997 CARVALHO JÚNIOR Nelson Simão de RUIZ Ricardo Machado Determinantes do desempenho das firmas a partir das novas capacitações internas Um estudo de firmas brasileiras Revista de Economia Contemporânea Rio de Janeiro v 12 n 1 p 97127 janabr 2008 DE NEGRI Fernanda ALMEIDA Mansueto Org Estrutura produtiva avançada e regionalmente integrada Desafios do desenvolvimento produtivo brasileiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Brasília livro 5 v 1 IPEA 2010 DINIZ Clélio C Desenvolvimento poligonal no Brasil Nem desconcentração nem contínua polarização Nova Economia Belo Horizonte v 3 n 1 p 3564 set 1993 DINIZ Clélio C CROCCO Marco A Reestruturação econômica e impacto regional O novo mapa da indústria brasileira Nova Economia Belo Horizonte v 6 n 1 jul 1996 DUNN Edgar S Jr Une technique et analitique d analyse régionale Description et projection Economie Appliquée Paris v 12 n 4 p 521530 act 1959 DUNN Edgar S Jr A statistical and analitical technique for regional analysis Papers and Proceedings of the Regional Science Association USA v 6 p 97112 1960 ESTEBANMAQUILLAS J M Shift and share análisis revisited Regional and Urban Economics NorthHolland v 2 n 3 p 249261 Oct 1972 FAGERBERG Jan Techonological progress structural change and productivity grwth A comparative study Structural change and economics dynamics Olso p 393411 July 2000 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G M O debate sobre a produtividade industrial e as estatísticas oficiais Economia Aplicada v 3 n 4 outdez 1999 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G Uma interpretação sobre a evolução da produtividade industrial no Brasil nos anos noventa e as leis de Kaldor Nova Economia Belo Horizonte v 12 n 2 p 5778 2002 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G RODRIGUEZ Maristela S Concentração industrial e produtividade do trabalho na indústria de transformação nos anos 90 Evidências empíricas Economia Niterói v 4 n 1 p 1952 jan jun 2003 GALINDO Osmil Org Necessidades de infraestrutura econômica do Nordeste In Banco do Nordeste do Brasil Diretrizes para um plano de ação do BNB 19911995 Infraestrutura econômica e social do Nordeste v 7 Fortaleza 1997 GUIMARÃES NETO Leonardo Desigualdades e políticas regionais no Brasil Caminhos e descaminhos Planejamento e políticas públicas Brasília IPEA n 15 jun 1997 GROSSMAN G M HELPMAN E Comparative advantage and longrun growth American Economic Review v 80 n 4 p 796815 1990 HAYNES Kingsley E MACHUNDA Zachary B Considerations in extending shiftshare analysis Note Growth and Change USA v 18 n 2 p 6972 1987 49 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Edileuza GaleanoCarmen Feijó HADDAD Paulo Roberto ANDRADE Thompson A Método de Análise DiferencialEstrutural In HADDAD Paulo Roberto FERREIRA Carlos Maurício de Carvalho BOSIER Sérgio ANDRADE Thompson A Org Economia regional Teorias e métodos de análise Fortaleza BNB ETENE p 249286 1989 Estudos Econômicos e Sociais 36 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa Industrial Anual Disponível em httpwwwibgegovbrservidor arquivosest Acesso entre jun a set 2011 IPEADATA Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada Índices de preços por atacado Disponível emhttpwwwipeadatagovbr Defaultaspx Acessos entre jun a set 2011 LAMONICA Marcos T FEIJÓ Carmem A Crescimento e industrialização no Brasil Uma interpretação à luz das propostas de Kaldor Revista de Economia Política v 31 p 120 2011 LEMOS M B DINIZ C C GUERRA L P MORO S A nova configuração regional brasileira e sua geografia econômica Estudos Econômicos v 33 n 4 p 665 700 2003 LODDER Celsius Antônio Crescimento da ocupação regional e seus componentes In FERREIRA Carlos Maurício C et al Planejamento regional Métodos e aplicação ao caso brasileiro Rio de Janeiro IPEA INPES 1974 p 53110 Série monográfica n 8 LYRA Flávio T Os incentivos fiscais à indústria da Zona Franca de Manaus Uma avaliação Relatório Final Texto para Discussão nr 371 IPEA Brasileira maio 1995 MONTEIRO NETO Aristides Intervenção estatal e desigualdades regionais no Brasil Contribuições ao debate contemporâneo Texto para Discussão n 1229 IPEA Brasília nov 2006 MOREIRA Maurício Mesquita A indústria brasileira nos anos 90 O que já se pode dizer In GIAMBIAGI Fabio MOREIRA Maurício Mesquita Orgs A economia brasileira nos anos 90 Rio de Janeiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 1999 NASSIF André Há evidências de desindustrialização no Brasil Revista de Economia Política v 28 n 1 São Paulo janmar 2008 OLIVEIRA Carlos W A MAGALHÃES João C R Org Estrutura produtiva avançada e regionalmente integrada Diagnóstico e políticas de redução das desigualdades regionais Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Brasília livro 5 v 2 Ipea 2010 PACHECO Carlos A Fragmentação da nação Campinas SP UNICAMPIE 1998 PACHECO Carlos A Novos padrões de localização industrial Tendências recentes dos indicadores da produção e do investimento industrial Texto para discussão n 633 IPEA Brasília 1999 ROCHA Frederico Produtividade do trabalho e mudança estrutural nas indústrias brasileiras extrativa e de transformação 19702001 Revista de Economia Política v 27 n 2 abrjun 2007 ROMER Paul M Two strategies of economic development using ideas and producing ideas In Proceedings of the 1992 World Bank Annual Conference on Economic Development World Bank Washington DC 1993a p 6397 ROMER Paul M Idea Gaps and object gaps in economic development Journal of Monetary Economics Rochester 32 1993b p 543573 RUIZ Ricardo M DOMINGUES Edson P Aglomerações econômicas no SulSudeste e no Nordeste brasileiro Estruturas escalas e diferenciais Estud Econ v 38 n 4 outdez 2008 SABÓIA João Desconcentração industrial no Brasil nos anos 90 Um enfoque regional Pesq Plan Econ Rio de Janeiro v 30 n 1 abr 2000 STILWELL F J B Regional growth and structural adaption Urban Studies Glasgow v 8 n 6 p 16278 nov 1969 STILWELL F J B Further thoughts on the shift and share approach Departament of Economics University of Sydney Regional Studies printed in Great Britain v 4 p 451458 Pergamon Press 1970 Os autores agradecem os comentários e as sugestões do Professor Lívio Andrade Wanderley do CMEUFBA e também os comentários as críticas e as sugestões do parecerista anônimo da revista Nova Economia Email de contato dos autores edileuzagaleanohotmailcom cfeijoterracombr Artigo recebido em março de 2011 e aprovado em setembro de 2011
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Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 análise nacional regional e setorial Edileuza Galeano Doutora em Economia pela Universidade Federal FluminenseUFF Carmen Feijó Professora Associada do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense UFF Pesquisadora Nível I do CNPq PhD pelo University College London Inglaterra Resumo O artigo apresenta uma análise regional e se torial da produtividade do trabalho na indús tria nos anos 19962007 a partir dos dados da PIAIBGE utilizando o método shiftshare Foi feita uma ponderação da produtividade do trabalho de cada setor e região pela sua respectiva participação no emprego nacional Os resultados dos cálculos das componentes de crescimento da produtividade do traba lho mostraram que na maioria dos setores e regiões a componente de crescimento es trutural modificada tem baixa relação com o crescimento da produtividade do trabalho Concluiuse que o crescimento da produtivi dade nos setores e regiões foi mais em razão da própria competitividade regional do que das mudanças na estrutura produtiva Verifi couse também que o crescimento das regi ões menos desenvolvidas foi insuficiente para compensar o decréscimo na região Sudeste não havendo incremento na produtividade do trabalho em nível nacional Abstract The paper presents a regional and sectorial analysis of labor productivity in industry in the years 19962007 from the data of PIA IBGE using the shiftshare method Labor productivity was weighted in each sector and region for their respective participation in national employment The results of calculations of the components of growth in labor productivity showed that in most sectors and regions the modified structural component of growth has a low relationship with the growth of labor productivity It was concluded that productivity growth in sectors and regions was due more to regional competitiveness than to the changes in the production structure It was also found that growth of less developed regions was insufficient to compensate for the reduction in the Southeast region and therefore there was no increase in labor productivity at the national level Palavraschave indústria produtividade do trabalho análise regional e setorial shiftshare Classificação JEL R11 R12 O14 Keywords industry labor productivity regional and sectorial analysis shiftshare JEL Classification R11 R12 O14 10 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 1Introdução A relação entre a estrutura econômica de um país e a evolução da produtividade ocupa espaço privilegiado em modelos de crescimento com ênfase no papel da demanda agregada Esses modelos suge rem que os países que se especializam em indústrias tecnologicamente avançadas alcançarão altas taxas de crescimento em comparação a outros países Fagerberg 2000 por exemplo avalia o impacto da especialização e de mudanças estrutu rais no crescimento da produtividade em 24 setores da indústria de transformação de 39 países no período de 1973 e 1990 Mostra que embora a mudança estrutu ral em média não tenha sido favorável ao crescimento da produtividade países que conseguiram aumentar sua presen ça nas indústrias mais tecnologicamen te avançadas tiveram maior crescimen to da produtividade A análise da relação entre mudança estrutural e crescimento da produtividade foi feita utilizandose a metodologia shiftshare1 Empregando se a mesma metodologia Rocha 2007 mensura a contribuição da mudança es trutural para o incremento da produtivi dade do trabalho na indústria no Brasil no período de 1970 a 2001 O objetivo deste artigo é analisar o comportamento da produtividade do tra balho nas regiões do Brasil por meio do método de decomposição de taxa de cres cimento shiftshare Entre as várias ver sões desse método optouse pela de Sti lwell 1969 que considera a possibilidade de captar mudança na estrutura setorial das atividades entre intervalos de tempo O propósito do estudo é o de bus car sinais da relevância das componentes regional e estrutural na promoção do di namismo da produtividade em nível de setores de atividades e regiões no período de 19962007 Será feita uma verifica ção mediante as componentes global estru tural e regional da importância das regi ões e dos setores na evolução da produti vidade do trabalho para avaliar o impacto da especialização e de mudanças estrutu rais no crescimento da produtividade na indústria extrativa e de transformação nas regiões do Brasil Serão utilizados da dos da indústria extrativa e dos 23 setores de atividade da indústria de transforma ção usandose a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE para os anos de 1996 e 2007 divulgados pela Pesquisa Industrial Anual PIA A seção 2 faz uma breve discussão sobre a configuração regional recente da indústria no Brasil A seção 3 mostra co mo o crescimento da produtividade di fere entre os setores e as regiões A seção 4 apresenta a metodologia a ser empre gada e as taxas de crescimento da pro 1 Fagerberg mostra também que parece haver relação entre o grau de inovação tecnológica a sofisticação da indústria e o crescimento da produtividade embora haja provavelmente também outros fatores em jogo 11 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 dutividade do trabalho dos setores e das regiões calculadas valendose da ponde ração pela sua participação no emprego nacional A seção 5 mostra os resultados da decomposição da taxa de crescimen to da produtividade do trabalho em três componentes conforme a metodologia apresentada por fim têmse as conside rações finais 2Configuração regional recente da indústria no Brasil Na década de 1990 período marcado pela abertura econômica estabilidade de pre ços e privatizações acentuaramse mu danças na configuração regional da in dústria que caminhou na direção de mais desconcentração2 Esse processo de des concentração já teria se iniciado nas dé cadas anteriores conforme mostrado por Diniz 1993 Para explicar o início do processo de desconcentração esse autor enfatiza as deseconomias de aglomeração em algumas áreas mais industrializadas e as novas formas de organização da gran de empresa Descreve o chamado desen volvimento poligonal que é o resultado de um conjunto de forças sendo as mais representativas as deseconomias de aglo meração na Região Metropolitana de São Paulo a criação de economias de aglome ração em vários outros centros urbanos e regiões e a ação do Estado mediante in vestimentos incentivos fiscais e investi mento em infraestrutura A desconcentração geográfica da produção conta ainda com a busca de re cursos naturais estimulando a abertura de novas regiões para o desenvolvimento eco nômico A grande concentração espacial e social da renda no entanto e o consequen te poder de compra retêm o crescimen to em regiões com maior base econômi ca Conforme Diniz 1993 um limitado número de novos polos de crescimento ou regiões teria capturado a maior parte das novas atividades econômicas o que teria levado a uma desconcentração con centrada Mesmo assim conclui que em bora a produção se encontre mais disper sa o poder e as decisões centrais o efeito propulsor e o ambiente inovador conti nuam concentrados na grande metrópo le paulista De acordo com o autor o po lígono de aglomeração industrial ficou restrito aos chamados eixos de descon centração mais concentrados no Sudes te e Sul O processo de desconcentração re quer a existência de novas economias de aglomeração em outras regiões tais como o crescimento da renda e da população em outros locais a expansão do merca do a difusão do conhecimento a expan são da infraestrutura e a criação de Distri 2 A literatura recente que discute os determinantes da desconcentração conta com as contribuições de Cano 1997 Diniz 1993 Guimarães Neto 1997 Pacheco 1998 1999 Sabóia 2000 entre outros 12 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 tos Industriais De acordo com Azevedo e Junior 1999 a forte concentração re gional da renda no Brasil está associada a um desenvolvimento industrial desi gual fruto em parte do processo de subs tituição das importações que se concen trou na região Sudeste especialmente em São Paulo e na sua Região Metropolita na Os planos de desenvolvimento que foram implementados a partir dos anos 1960 tinham o objetivo de reverter o efei to da chamada polarização ou concen tração As políticas institucionais foram de grande importância para o crescimen to da participação das regiões menos de senvolvidas na produção industrial3 A ausência de uma política ativa de incen tivos para essas regiões nos últimos anos tem desfavorecido o desenvolvimento in dustrial nessas Como destacou Pacheco 1999 à medida que os programas de investimento patrocinados pelo Estado vão maturando e não são substituídos por políticas ativas os processos de des concentração diminuem sua abrangên cia o que é visível por exemplo na eco nomia nordestina que passa a ser cada vez menos beneficiária no processo de desconcentração Com as mudanças ocorridas na configuração econômica a partir dos anos 1990 o novo ideário de desenvolvimen to passa a ser focado na competição dos mercados em escalas local nacional e mundial Lemos et al 2003 Essa ên fase tende a contribuir para o fortaleci mento dos centros hegemônicos o enfra quecimento dos espaços periféricos e o abandono de políticas voltadas à integra ção nacional Os investimentos em geral inclinamse a se direcionar às estruturas já consolidadas como nas rotas de expor tação de produtos primários em direção a portos de escoamento Ruiz Domin gues 2008 De acordo com uma pesquisa do IPEA publicada em De Negri e Almeida 2010 o Estado voltou na década atu al a ter papel mais ativo na promoção do crescimento industrial e no desenvol vimento econômico e retomaramse as políticas industriais com o objetivo de promover setores econômicos e incen 3 No caso da região Nordeste conforme Galindo 1997 a integração teve impacto seletivo já que se exportam bens intermediários para a indústria da região Sudeste o que tornou mais intenso o fluxo de mercadorias bens de consumo final do Sudeste para o Nordeste o qual aumentou a importação de produtos industrializados na região Sudeste Existe uma divisão interregional do trabalho onde a região Nordeste desempenha papel subsidiário e funcional Esses aspectos somados a outros de ordem mais geral resultaram em queda da produtividade regional e em atraso tecnológico dessa região verificada nas décadas seguintes a de 1980 13 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 tivar inovação4 Já Oliveira e Magalhães 2010 também do IPEA fazem uma ava liação de compatibilidade entre a Políti ca Nacional de Desenvolvimento Regio nal PNDR e o Programa de Aceleração do Crescimento PAC e revelam ausên cia de coordenação e congruência entre as ações e os investimentos previstos no programa e nas diretrizes dessa política Já a análise da distribuição regional da indústria não apenas confirmou aumen to da distribuição da indústria no territó rio brasileiro mas também revelou que as microrregiões que ofertaram mais em pregos em setores industriais avançados continuaram a ser justamente as que já possuíam base industrial consolidada ou vizinhas industrializadas Isso demonstra que os incentivos fiscais não consegui ram suplantar os fatores locacionais co mo mão de obra qualificada e acesso a fornecedores e ao mercado consumidor A elevada concentração econômi ca das atividades nas regiões Sudeste e Sul ainda é um traço característico da econo mia brasileira Considerando a indústria de transformação setor que por suas ca racterísticas é o de maior dinamismo em termos de crescimento apesar da tendên cia de queda de sua participação no PIB a presença da região Sudeste no total do VTI nos anos 1990 e nos anos 2000 con tinuou acima de 60 As taxas de crescimento econômico nos anos recentes na região Sudeste têm sido mais baixas que as das demais regi ões De um lado isso permite que as desi gualdades regionais não aumentem uma vez que as regiões menos desenvolvidas continuam a se expandir em ritmo supe rior De outro lado porém a região Su deste crescendo menos perde a capaci dade de liderança sobre as regiões menos desenvolvidas Monteiro Neto 2006 Is so provoca efeitos de retardo também so bre as regiões menos desenvolvidas prin cipalmente quando se trata de PD5 cujo investimento é alto e os benefícios podem demorar a apresentar resultados econômicos De fato o processo de des concentração industrial não veio acom 4 Conforme De Negri e Almeida 2010 as políticas podem ser classificadas em quatro tipos diferentes i políticas voltadas para completar cadeias produtivas já existentes como os incentivos concedidos à indústria automobilística ii políticas voltadas para o desenvolvimento de setores modernos com impacto em todo o sistema econômico indústrias eletrônica e de informática iii políticas de controle e regulação de setores de elevada concentração energia telecomunicação petróleo e gás e iv políticas voltadas para o fortalecimento de pequenas e de médias empresas em clusters mais conhecidos no Brasil como políticas de fomento a Arranjos Produtivos Locais APLs 5 A atividade de PD é muito onerosa por isso as regiões que não conseguem inovar devem aproveitar a tecnologia criada pelas regiões mais desenvolvidas como resultado da difusão Romer 1993a 1993b 14 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 panhado de aumento de produtividade do setor industrial6 Rocha 2007 mos tra utilizando dados da PIA que a par tir de meados da década de 1990 houve redução no ritmo de crescimento da pro dutividade do trabalho na indústria do Brasil sendo a taxa média de crescimen to para o período de 1996 a 2001 próxi ma de zero 049 aa Conforme Nas sif 2008 após 1991 a indústria mostrou incrementos na produtividade do traba lho Já o comportamento da produção física e principalmente do emprego in dustrial no período foi mais volátil Em média prevaleceu uma queda no empre go industrial a partir dos anos 1990 Na primeira metade da década de 1990 as taxas de crescimento médias anuais da produtividade do trabalho eram positi vas porém elas não se sustentaram após 1999 Aliada ao forte declínio do investi mento bruto da economia a indústria de transformação não foi capaz de recupe rar os níveis de participação no PIB que prevaleceram até meados da década ante rior A partir da segunda metade da déca da de 1990 houve tendência de retração dos índices de produtividade do trabalho sobretudo no período posterior a 1999 quando o indicador passou a apresentar taxas negativas de variação Nassif mos tra que no período 19962004 a variação média anual da produtividade do traba lho da indústria de transformação bra sileira foi da ordem de 26 Um sinal de reversão dessa tendência só ocorre em 2004 quando a produtividade do traba lho registrou acréscimo de 1 A próxi ma seção mostra o comportamento da produtividade do trabalho na indústria brasileira no período de 1996 a 2007 3Produtividade do trabalho na indústria Além das mudanças advindas do processo de desconcentração industrial conforme apresentado na literatura as transforma ções na estrutura produtiva da indústria provocadas pela abertura econômica al teraram de forma mais significativa sua participação no comércio internacional nos anos 1990 Dada a estrutura da eco nomia brasileira com vantagens compa rativas em setores intensivos em recursos naturais o recente aumento no comércio internacional apresenta reflexos sobre a composição do produto da indústria le vando a um aumento na especialização na produção de commodities industriais Lamonica Feijó 2011 A nova teoria de crescimento en dógeno estabelece que políticas de abertu ra comercial podem exercer efeito positi vo sobre o crescimento da produtividade 6 Vale observar que vários autores identificaram ganhos significativos de produtividade na indústria de transformação no Brasil atribuídos em grande medida à abertura no início da década de 1990 Feijó Carvalho 1999 2002 Bonelli Fonseca 1998 entre outros No entanto passado o impacto inicial da abertura econômica sobre a estrutura de custos da indústria e a modernização do parque manufatureiro os ganhos de produtividade se reduziram tendo em vista que os investimentos produtivos não recuperaram de forma significativa até pelo menos meados dos anos 2000 15 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Romer 1993a 1993b por meio da in dução de mudanças tecnológicas No en tanto Grossman e Helpman 1990 ob servaram que o aumento da competição subsequente à abertura de uma econo mia pode vir a desencorajar o processo de de inovação pela expectitiva de redução dos lucros7 Desse modo somente países ou regiões com vantagens comparativas nos setores intensivos em pesquisa e tec nologia se beneficiariam com a abertura econômica Concluem que é ambíguo o efeito da abertura sobre a economia se a abertura não provocar mudança estrutu ral na direção da produção de bens com mais conteúdo tecnológico Uma variável importante para si nalizar mudanças na estrutura produtiva é a produtividade do trabalho Para ava liar a evolução da produtividade regional do trabalho com informações da Pesqui sa Industrial Anual do IBGE o conceito de produtividade do trabalho utilizado é produtividadehomem ou seja o valor da transformação industrial dividido pe lo estoque de trabalhadores em 3112 A Tabela 1 mostra o nível real da produtividade do trabalho e as suas taxas 7 Conforme Moreira 1999 nos primeiros anos do plano de estabilização o câmbio supervalorizado incentivava as importações e prejudicava as exportações Houve aumento significativo do coeficiente de importação da indústria de transformação brasileira principalmente nos setores mais intensivos em tecnologia Carvalho Jr e Ruiz 2008 destacam que as principais alterações apontadas na maioria dos estudos sobre a indústria brasileira após a abertura são a redução nas taxas de lucro o aumento na concentração industrial via fusões e aquisições o aumento da participação do capital estrangeiro e da produtividade Esta última está associada à modernização das firmas e ao aumento da concorrência de bens importados Houve mudanças na estrutura produtiva com alguns setores se modernizando e outros diminuindo sua importância no decorrer do processo de ajuste às novas condições de mercado Houve expressivo aumento na produtividade do trabalho para aqueles setores que se modernizaram e isso expôs ainda mais as diferenças de produtividade entre os setores Conforme Bonelli 2002 parte do aumento da produtividade pode ser buscada no desaparecimento das empresas mais ineficientes uma vez que até então estavam garantidas por um regime comercial de alta proteção Tabela 1Produtividade média do trabalho na indústria a preços de 1996 R mil e taxa de crescimento de 1996 a 2007 no Brasil VariávelAno 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Média Prod trabalho R mil 3176 3415 3455 3516 3456 356 3513 3171 3117 3068 3155 3156 3313 Taxa de crescimento 753 117 177 171 300 129 973 170 157 282 003 003 Fonte Elaboração dos autores com base nos dados do IBGE e da FGV 2011 16 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 2Participação do emprego nível de produtividade R mil a preços de 1996 e variação da produtividade do trabalho de 2007 em relação a 1996 e a média de crescimento dos 11 anos 1996 a 2007 Participação PO Produtividade R mil Crescimento Crescimento Classificação Nacional de Atividades Econômicas 1996 2007 1996 2007 20071996 Médio C Indústrias extrativas 228 232 4753 7745 6294 518 D Indústrias de transformação 9772 9768 3139 3047 293 018 Baixa tecnologia 5196 5093 2352 2201 642 045 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 1786 1972 3103 2551 178 148 16 Fabricação de produtos do fumo 043 025 8209 13812 6826 788 17 Fabricação de produtos têxteis 577 445 1844 1744 542 029 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 746 765 968 1722 7795 577 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 539 564 1312 1268 332 016 20 Fabricação de produtos de madeira 337 314 1063 1248 1736 201 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 287 236 4155 4599 1069 122 22 Edição impressão e reprodução de gravações 384 298 4071 2941 2777 228 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 491 445 1439 1437 012 011 37 Reciclagem 006 028 2156 1107 4864 395 Média baixa tecnologia 2154 2168 3316 2891 1281 113 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 257 211 7053 7879 1172 409 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 487 514 2652 1835 3081 31 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 503 493 2169 2131 172 009 27 Metalurgia básica 348 312 4939 5197 524 093 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 560 639 2203 155 2966 286 Média alta tecnologia 2229 2327 4510 4212 661 046 24 Fabricação de produtos químicos 564 504 6993 5685 187 17 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 642 692 3426 2812 179 148 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 284 293 3069 2221 2765 218 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 097 109 2727 2604 452 01 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 564 576 4435 5329 2017 206 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 077 152 3493 6464 8503 847 continua 17 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de crescimento no período de 1996 a 20078 A taxa média de crescimento da produti vidade no período analisado foi próxima a zero sendo negativa nos anos de 2000 e de 2002 a 2005 Assim passado o primeiro momen to quando a abertura econômica pro porcionou a modernização do parque industrial brasileiro com ganhos de pro dutividade para a indústria9 esses ganhos se dissiparam já no fim da década de 1990 Isso evidencia que as mudanças no cená rio macroeconômico ocorridas na econo mia a partir da segunda metade dos anos 1990 não favoreceram o crescimento da produtividade do trabalho na indústria e mostra que o crescimento econômico não induziu a indústria a evoluir no que se refere ao nível tecnológico A Tabela 2 apresenta a participação de cada setor no emprego nacional produ tividade do trabalho a preços de 1996 a ta xa de crescimento da produtividade do tra balho do ano de 2007 em relação ao ano de 1996 calculada com base nos dados re gionais e a média de crescimento do perí odo de 1996 a 2007 valendose dos dados agregados em nível nacional O crescimen to do emprego total de 2007 em relação a 1996 foi de 4146 enquanto o cresci mento do VTI foi de 4058 resultando em crescimento negativo da produtividade do trabalho total 062 A média de cres cimento na indústria de transformação foi 8 Os dados usados foram o Valor da Transformação Industrial VTI e o número de pessoas ocupadas PO na indústria ambos retirados da PIAIBGE período de 1996 a 2007 Os dados foram deflacionados a preços de 1996 pelo índice de preços da indústria extrativa e de cada setor de atividade da indústria de transformação calculado pela Fundação Getúlio Vargas FGV Para os setores que a FGV não divulga o Índice de Preços foi utilizado o do setor que mais se aproxima Para o setor 11 foi usado o mesmo índice geral da indústria extrativa C para o setor 22 e 37 o mesmo índice do setor 21 para o setor 33 o mesmo do setor 29 Os índices de preços foram obtidos no IPEA 9 É vasta a literatura sobre o impacto da abertura comercial na produtividade industrial Ver por exemplo Moreira 1999 Bonelli 2000 e 2002 Feijó Carvalho 2002 e Carvalho Jr e Ruiz 2008 Alta tecnologia 194 18 6497 13822 11274 786 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 030 061 6370 20139 21616 1315 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 165 119 6520 10608 6270 519 Total 10000 10000 3176 3156 062 003 Fonte Elaboração dos autores com base nos dados do IBGE e da FGV 2011 conclusão Participação PO Produtividade R mil Crescimento Crescimento Classificação Nacional de Atividades Econômicas 1996 2007 1996 2007 20071996 Médio 18 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de 018 contrastando com as indústrias extrativas onde o crescimento médio da produtividade foi de 518 com peque no aumento na participação do emprego total Além da queda acumulada na pro dutividade real no período 19962007 de 062 observase que a participação dos setores no emprego mudou pouco de 1996 a 2007 Isso sinaliza que apesar das trans formações promovidas nos processos pro dutivos nos anos 1990 e 2000 a estrutura industrial se manteve relativamente rígida Do ponto de vista da produtivida de dos 24 setores de atividade em 13 a taxa média de crescimento foi negativa Em termos dos grupamentos por intensi dade tecnológica todos apresentaram ta xas médias negativas à exceção do de alta tecnologia sendo o setor de máquinas pa ra escritório e equipamentos de informá tica o que apresentou maior percentual de expansão 1315 Em termos regionais o crescimen to da produtividade do trabalho de 2007 em relação a 1996 variou entre 018 no Sudeste e 1691 no Norte No entanto é necessário considerar a participação de cada região no total do emprego nacio nal Enquanto a região Sudeste partici pa com 5369 a região Norte participa com apenas 361 Na avaliação do crescimento da produtividade do trabalho nos setores e nas regiões devese levar em conta a mo bilidade no emprego para saber se o au mento da produtividade do trabalho foi em razão da queda no emprego ou do au mento no valor agregado A metodolo gia utilizada na avaliação empírica apre sentada na seção seguinte deste trabalho leva em conta a participação de cada se tor e de cada região no emprego nacional conforme será visto na seção 42 4Método estrutural diferencial modificado A decomposição do crescimento da pro dutividade regional no período 19962007 seguirá o método do shiftshare Essa téc nica é bastante difundida em análises regionais e seu método de análise está intimamente relacionado à análise de va riância Seu objetivo é descrever o cresci mento econômico eou a produtividade de uma região em termos de sua estrutu ra produtiva e de seu perfil regional Exis tem muitas versões desse método10 Uma das principais diferenças entre as diversas versões é a escolha do anobase ou pe so se o primeiro ano ou o último ano ou ainda algum tipo de média A aplicação do referido método neste estudo consiste em identificar quais setores ou regiões crescem relativamente mais rápido em comparação com outras 10 Dunn 1959 1960 Stilwell 1969 Esteban Maquillas 1972 Arcelus 1984 entre outros 19 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 regiões e se esse crescimento foi mais fa vorecido pelas mudanças na estrutura produtiva ou se pela própria competitivi dade da região De acordo com Haddad e Andrade 1989 p 249 deter minada região poderá apresentar ritmo de cresci mento econômico maior do que o nacio nal ou porque na sua composição produ tiva existe preponderância de setores mais dinâmicos ou porque a região tem par ticipação crescente na distri buição regio nal da produtividade independentemen te de sua expansão estar ocorrendo em setores dinâmicos ou não Dessa forma o modelo identifica as componentes de crescimento relacionadas com a estrutura da produtividade setorial e dos atributos de desvantagens locacionais da região Lodder 1974 p 5556 explica que o grau de dinamismo de uma região decor re de um fator estrutural e de outro diferen cial este se refere aos atributos da região O crescimento de uma região pode ser ex plicado pela diferença entre o crescimento real e o que teria ocorrido caso crescesse segundo a taxa nacional O fator estrutu ral reflete a composição setorial da região concentrado em setores economicamente dinâmicos ou não dinâmicos O fator di ferencial reflete as condições da região para a especialização em determinados setores no sentido de que eles devem expandirse mais rapidamente que a média nacional A formulação original da técni ca do shiftshare foi proposta por Dunn 1959 1960 Essa técnica ancorase em alguns supostos para a sua aplicação es tática comparativa referência ao índice Laspeyres no que tange à ponderação pe lo anobase assumindo que não há assi metrias importantes entre setores e regi ões no anobase independência entre as componentes estrutural e regional e as sumese que as atividades econômicas lo cais são influenciadas por fatores exóge nos à região A validade dos resultados apoiase na propriedade de simetria de agregação e desagregação propriedade que consiste na igualdade dos valores to tais das componentes das amplitudes re gional e setorial com os resultados dos respectivos somatórios de cada setor e re gião contidos na amplitude espacial Entre as suas limitações têmse 1 a hegemonia das influências exógenas sobre a região 2 o problema da propriedade aditiva regiãoregião e setorsetor 3 a questão da interdependência entre as componentes estrutural e regional 4 o seu uso sob o método de estática comparativa 5 a hipótese da constância da estrutura econômica no intervalo de tempo em 20 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 estudo gerando dificuldade para identificar o impacto de mudanças na composição setorial sobre o crescimento da região Dado que vários autores discutiram essas limitações fazse referência neste arti go aos seguintes autores Arcelus 1984 que desagregando a componente regional dife rencial introduz no modelo as influências endógenas no crescimento da região Hay nes e Machunda 1987 que testaram a va lidade da aditividade das componentes do modelo de Arcelus encerrando com a polê mica dessa propriedade EstebanMaquillas 1972 que introduziu no modelo a chama da variável homotética11evitando a influ ência da componente estrutural sobre a re gional diferencial bem como incorporou o efeito alocação especialização que possi bilita captar as desvantagens competitivas de uma região em relação a sua amplitude regional Barff e Knight 1988 que propu seram uma análise dinâmica por meio da aplicação consecutiva de cada ano do perí odo de análise e a Stilwell 196912 que cen trou sua preocupação em detectar possíveis mudanças estruturais no intervalo de tem po em análise de estática comparada 41Descrição do modelo de Stilwell A análise shiftshare se apoia em uma ma triz de informações de dada variável ba se que neste caso é a produtividade do trabalho regionalsetorial representada pela letra R A matriz de informações é formada em suas linhas pelos diversos se tores de atividade e nas colunas pelas re giões geográficas brasileiras Tabela 3Modelo de Matriz de Informações do Brasil Setores de atividade Regiões j Σj i R ij Σ R it Σi Σ R tj Σ R tt Fonte Elaborado pelos autores Partindose da versão de Dunn pa ra o método estruturaldiferencial o qual apresenta três componentes do crescimen to a Componente de Crescimento Glo bal CCG a componente de Crescimen to Estrutural CCE e a Componente de 11 Significando qual o volume da produção de um setor i em uma região j teria se a estrutura da produção fosse igual a do país 12 A aplicação analítica da técnica segue a Stilwell 1969 que buscou tornála mais fácil de ser interpretada Esse autor aplicou a sua formulação modificada em relação ao setor industrial das regiões do Reino Unido e demonstrou que a política regional dos anos 1960 adotada no país surtiu efeito em assegurar uma composição industrial mais benéfica nas regiões menos desenvolvidas Tal técnica subsidiou a adoção dessas políticas pelas autoridades governamentais 21 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Crescimento Regional ou competitiva CCR temos CCT CCG CCE CCR onde ríodobase 1 corresponde ao período corrente tt tt η R Rtt 1 0 1 calcula a ta xa de crescimento do valor da produtivi dade na amplitude espacial Brasil pon derado pelo anobase it it η R Rit 1 0 1 calcula a taxa de crescimento do valor da produtividade no setor de ativida de i na amplitude regional conjuntos das regiões ponderado pelo anobase ij ij η R Rij 1 0 1 calcula a taxa de cresci mento do valor da produtividade no se tor i da região j amplitude local ponde rado pelo anobase A aplicação desse modelo para as regiões do Brasil visa identificar as forças que explicam o crescimento regional desi gual A CCE identifica o crescimento de sigual dos setores nas regiões De acordo com Haddad e Andrade 1989 os fatores responsáveis por diferentes taxas de cres cimento setorial em comparação ao nível nacional são variação na estrutura da de manda variação de produtividade inova ções tecnológicas etc O referido autor ci ta também que as principais forças que atuam no sentido de provocar esse cresci mento são quase sempre de natureza loca cional tais como variação nos custos de transporte estímulos fiscais específicos pa ra determinadas áreas diferencial nos pre ços relativos de insumo entre regiões etc Stilwell já havia apontado que o modelo descrito na equação 1 apresenta CCT ij tt ij it tt ij ij it R R R 0 0 0 η η η η η 1 CCT ΔRij Rij 0ηij A Componente de Crescimento Total CCT é o resultado do desempe nho das três componentes e representa a composição da variação do crescimento no período de cada setor e região A CCG é igual ao acréscimo da produtividade que teria ocorrido se a região crescesse à taxa de crescimento da produtividade nacional A CCE por sua vez represen ta o montante adicional da produtivida de que a região poderá obter como re sultante de sua composição setorial Essa variação será positiva se a região tiver se especializado em setores que apresentam altas taxas de crescimento da produtivi dade A CCR indica o montante positivo ou negativo da produtividade que a re gião conseguirá em razão da taxa de cres cimento da produtividade em determi nados setores ser maior ou menor nessa região em relação à média nacional Na versão descrita na equação 1 R0 corresponde à variávelbase que neste caso é a produtividade do trabalho R i representa os setores de atividades j re presenta as regiões 0 corresponde ao pe 22 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 como limitação o fato de não considerar as mudanças estruturais na composição seto rial das regiões durante o período observa do Uma região especializada em setores menos dinâmicos no período inicial pode ter modificada a sua estrutura de forma que no período final a sua composição setorial já tenha predominância relativa mente maior de setores dinâmicos A for mulação de Stilwell descrita na equação 2 e que será adotada na seção 4 objetivou corrigir tais limitações Esse autor faz um exame incremental da relação entre cresci mento regional e composição setorial Na formulação descrita na equa ção 2 inserese uma taxa de crescimen to revertida em que se utiliza como re ferência o índice Paache em razão de a ponderação adotada ser do ano corrente Podese observar o que ocorre quando se toma como referência a produtividade do trabalho do período corrente Na equação 2 tt tt λ R Rtt 0 1 1 corresponde à taxa de crescimento da pro dutividade na amplitude espacial ponde rado pelo ano corrente it it λ R Rit 0 1 1 corresponde à taxa de crescimento do va lor da produtividade no setor de ativida de i na amplitude regional conjuntos das regiões ponderado pelo ano corrente A Componente de Crescimento Es trutural Modificada CCEM representa a diferença entre a Componente de Cresci mento Estrutural Revertida CCER e a CCE e serve para indicar a variação líqui da resultante de haver diferença entre as estruturas da produtividade das regiões entre o ano corrente e o anobase Da CCR da formulação de Dunn foi sub traída a CCEM e obtevese uma Compo nente de Crescimento Regional Residual CCRR Esse cálculo é necessário porque a varia ção na estrutura econômica com posição setorial é apenas uma das muitas CCT CCG CCEM CCRR CCT ij tt it ij it tt ij ij it ij ij tt R R R R 0 1 0 1 η λ λ η η η η 0 1 ij tt it it tt R R λ λ η η 2 CCEM CCER CCE CCEM Rij 1 λtt λit Rij 0 ηit ηtt CCRR CCR CCEM CCRR Rij1ηij ηit Rij 1 λtt λit Rij 0 ηit ηtt 23 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 influências sobre a variação no desempe nho econômico da região exigin dose calcular as influências residuais de natu reza regional Assim a versão de Dunn é modi ficada por Stilwell 1969 de forma que possa levar em conta o impacto das mu danças estruturais sobre a variável em es tudo no nosso caso a produtividade do trabalho regional na composição seto rial da produção durante o período estu dado A interpretação dessa mudança é observada por meio dos sinais das com ponentes CCEM e CCRR Se o sinal da CCEM for positivo a região modificou sua estrutura setorial de forma a se espe cializar mais nos setores de atividade cuja produção está crescendo mais rapida mente em nível nacional e menos nos se tores cuja produção esteja crescendo len tamente em nível nacional Se a CCRR for positiva significa que a região cresceu por mérito próprio ou seja ela é compe titiva sem precisar contar com modifica ções na especialização mostrando que a CCR é maior do que a CCEM Por fim Stilwell 1970 argumenta que o método shiftshare representa contribuição à te oria do crescimento regional podendo ser amplamente utilizado na análise his tórica de dados de emprego produção e comércio bem como para a previsão de crescimento regional Ademais algumas informações são importantes na avaliação dos resultados Não há regras para que as taxas de cres cimento entre as amplitudes local re gional setorial e espacial tenham neces sariamente ascendência de uma sobre a outra Dessa forma as diferenças entre taxas para cada uma das componentes decompostas podem ser positivas ou negativas resultando dessa maneira que o somatório que gera a CCT pode ser tanto positivo como negativo O shiftshare é um método que si naliza para a influência maior ou menor do crescimento global amplitude espa cial estrutural configuração setorial e regional atributos da amplitude local para um dado setor em uma dada região amplitude local Se em alguns casos pos sa se apresentar uma aparente inconsistên cia dado que se espera que a variávelba se cresça com o mesmo sinal resultante da CCTij observase que o diferencial das ta xas de crescimento nos cálculos de cada componente e no total pode acompanhar o mesmo sinal ou não uma vez que se tra ta de um somatório de números relativos Por tratarse de uma decomposição acom panhada de cálculos de diferencial de taxas de crescimento bem como nessa versão de Stilwell em que se utiliza a base inicial R0 e também a base final R1 como referên cias para os cálculos das taxas de cresci 24 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 mento é factível que a CCTij possa ter si nais ou ocasionado por influência das componentes decompostas e não da variação estrita da variávelbase O objeto de estudo desse método é o de avaliar elementos representados pelas três componentes no resultado total de cada amplitude local CCTij tratan dose portanto de uma análise de natu reza estritamente de desempenho regio nal13 O método visa fazer diagnósticos de realidade regionais mostrando as cau sas Contudo o seu alcance não objetiva explicar essas causas Cabe ao pesquisa dor conhecer a sua amplitude espacial a composição setorial e a região em estudo A subseção abaixo faz uma adap tação na variávelbase de modo a se tor nar possível sua utilização no modelo Apresentase também breve comentário das taxas de crescimento da produtivida de do trabalho nos setores e nas regiões considerando sua participação no em prego nacional Tais taxas serão utiliza das na análise empírica em nível regional 42Crescimento da produtividade do trabalho nas regiões Contribuição de cada setor e de cada região para a produtividade do trabalho nacional Para aplicar o modelo apresenta do devemos ter uma matriz de informa ções na qual a soma das linhas representa os totais em cada região e a soma das co lunas representa o total de cada setor de atividade no Brasil14 Isso pode ser facil mente observado com a variável VTI ou com a variável PO mas não é notado na variável em estudo a produtividade do trabalho que é simplesmente o resulta do na divisão entre as variáveis VTI e PO Para aplicar o modelo fazse necessário usar algum tipo de ponderação ou pelo VTI ou pela PO Fagerberg 200015 e Ro 13 É comum as pessoas confundirem o objeto de análise regional com um estudo da variávelbase trata se de uma proxy para a análise regional ficando claro que o objeto de estudo do método shiftshare não é a variável base e sim as influências das escalas regionais global CCGij regional CCRRij e estrutural CCEMij tratando se de um método que induz a fazer diagnósticos de análise regional 14 Não encontramos registros de trabalhos utilizando a metodologia shiftshare versão de Stilwell para aplicação em níveis regional e setorial empregando a variável produtividade do trabalho Essa adaptação é uma tentativa de aplicação dessa metodologia para o estudo em questão 15 Existem várias diferenças entre a metodologia de Stilwell 1969 e a apresentada por Fagerberg 2000 A versão de Stilwell utiliza uma matriz de informações para análise em nível regional Considera a influência da taxa de crescimento nacional sobre o crescimento das regiões Na adaptação proposta consideramos também a mobilidade da mão de obra entre os setores e entre as regiões do Brasil As componentes de crescimento de Stilwell são diferentes da apresentada por Fagerberg A versão de Fagerberg é mais utilizada para dados agregados em nível de país 25 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 cha 2007 optaram pela ponderação pela variável emprego PO Seguindo a nota ção adotada em Fagerberg 2000 temos indústria no Sudeste As regiões menos desenvolvidas aumentaram sua participa ção no emprego nacional e as taxas de crescimento do total das indústrias des critas na Tabela 4 sugerem que o aumen to no emprego foi acompanhado por au mento no valor agregado nessas regiões Analisandose por grupo quanto ao nível de tecnologia notase que no grupo de baixa tecnologia para o total do Bra sil a taxa de decréscimo é maior 840 quando se considera a participação no emprego nacional do que quando não se considera 642 Esse grupo apresen tou queda na participação percentual do emprego nacional Nos grupos de mé dia baixa e média alta tecnologia hou ve ganho na participação percentual do emprego nacional As taxas de decrésci mo nesses grupos são menores quando se considera a participação no emprego na cional do que quando não se conside ra O único grupo que apresentou taxa de crescimento da produtividade positi va apesar da queda na participação per centual no emprego nacional foi de al ta tecnologia Esse resultado indica que nesse grupo o crescimento da produtivi dade foi mais em razão do acréscimo no valor agregado O setor que apresentou maior ta xa de crescimento da produtividade do trabalho no Brasil foi o de fabricação de 16 Uma tabela com a distribuição da produtividade do trabalho por setor e por região no Brasil considerando a participação no emprego nacional está disponível mediante solicitação aos autores Nas equações acima a variável Rij é a produtividade do trabalho de cada se tor em cada região e a variável Sij repre senta a participação de cada indústria em cada região no total do emprego Assim a variável R representa a produtividade do trabalho ponderada pela participação no total do emprego nacional Desse mo do R também representa a contribuição de cada setor e de cada região para o re sultado da produtividade nacional16 Os dados por região confirmam que a única região em que a produtivida de do trabalho não cresceu foi a Sudes te onde a taxa foi negativa em 1238 com queda na participação no emprego nacional de 1223 O resultado da ta xa de crescimento da produtividade ne gativa quando se considera a participa ção no emprego mostra que não houve incremento de valor agregado no total da R VTI PO VTI PO VTI PO PO PO ij ij ij ij ij ij tt Si PO PO j ij tt R R S ij ij 26 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 4Variação da produtividade do trabalho nos setores e regiões ponderadas pela participação no total do emprego nacional 19962007 Classificação Nacional de Atividades Econômicas N NE CO S SE Brasil C Indústrias extrativas 6062 2559 8923 4049 8202 6542 D Indústrias de transformação 5809 2377 5398 1518 1560 254 Baixa tecnologia 2556 1218 6015 363 2272 840 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 4207 946 6683 926 2155 945 16 Fabricação de produtos do fumo X 14277 15727 7442 5208 535 17 Fabricação de produtos têxteis 4484 3858 15259 159 3413 2692 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 51514 14459 7295 9699 6464 8275 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 548464 19914 21980 2982 2360 054 20 Fabricação de produtos de madeira 1249 3355 330 1271 1237 980 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 3932 3881 15251 146 1689 1081 22 Edição impressão e reprodução de gravações 329 4480 2748 2634 4788 4392 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 3079 8905 15406 1345 3076 941 37 Reciclagem X 16101 x 29652 7502 11348 Média baixa tecnologia 2692 2691 003 1570 1793 869 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 3529 7119 7415 12337 589 965 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 2043 3181 3162 336 3664 2733 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 15121 1214 096 074 1210 416 27 Metalurgia básica 6097 2168 13892 1102 953 555 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 1522 7077 14645 357 2993 1985 Média alta tecnologia 10314 147 15030 3070 1263 263 24 Fabricação de produtos químicos 1041 2198 7316 530 3373 2693 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 6536 401 17178 189 1465 1108 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 19172 3526 9418 393 3179 2528 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 2902 388 122575 2931 872 662 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 12806 219110 143334 15135 227 2260 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 30511 40518 5734 12865 23066 25348 continua 27 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 máquinas e equipamentos de informática 55836 sendo a região Nordeste a que exibiu maior crescimento 773927 A única região que não mostrou crescimen to nesse setor foi a CentroOeste O setor de equipamentos de transporte e veículos reboques e carrocerias foi o segundo se tor que mais cresceu no Brasil 25348 e todas as regiões apresentaram altas ta xas de crescimento nesse setor sendo a maior taxa verificada também no Nordes te 40518 O setor de artigos de vestuá rios e acessórios cresceu 8275 no Brasil e também mostrou altas taxas de cresci mento em todas as regiões sendo a maior taxa verificada na região Norte 51514 A indústria extrativa teve crescimen to da produtividade de 6541 no Brasil sendo a região Sudeste a que apresentou maior crescimento 8202 nesse setor As indústrias extrativas só não se expandiram na região Sul As taxas nacionais negativas verificadas nos setores de edição impressão e reprodução de gravações 4392 e fa bricação de produtos químicos 2693 foram acompanhadas por queda no em prego o que mostra que também não hou ve incremento de valor nesses setores 5Análise dos resultados do shiftshare A análise das três componentes de cresci mento do modelo global CGC estru tural modificada CCEM e regional resi dual CCRR que formam a componente total CCT mostra qual das componen tes teve mais peso na taxa de crescimento Alta tecnologia 8379 749216 4201 19873 4248 9666 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 55036 773927 6704 211753 22625 55836 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 4210 13087 69633 1432 186 1604 Outros 5530 5318 3317 6333 x 5789 Total 5833 2389 5554 1462 1238 022 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa conclusão Classificação Nacional de Atividades Econômicas N NE CO S SE Brasil 28 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 da produtividade do trabalho em cada re gião A Tabela 5 apresenta os resultados17 agregados da decomposição do crescimen to da produtividade do trabalho pelo mé todo shiftshare para as regiões A componente de crescimento global como apresentado anteriormente detecta o acréscimo que teria o valor da produtividade do trabalho da região ca so a taxa de crescimento de 2007 em re lação a 1996 fosse a mesma taxa nacio nal 022 Essa componente reflete a simples indução do crescimento nacio nal sobre o desempenho da região Co mo a taxa de crescimento nacional foi ne gativa e próxima a zero a componente de crescimento global é negativa em to das as regiões e demonstrou ser a com ponente de menor peso Tal componen te mostra que a influência da mudança estrutural foi negativa nas regiões Nor te e CentroOeste além da Sudeste e que as mudanças estruturais favoreceram mais as regiões Nordeste e Sul Esse resul tado expressa em parte que o grau de in tegração da indústria entre as regiões do 17 Alguns problemas como por exemplo a ausência ou a omissão de dados de alguns setores em nível regional por ventura podem ter influenciado os resultados para alguns setores de atividade No entanto os resultados para as regiões em geral estão de acordo com o esperado Tabela 5Decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho por região 19962007 SE S N NE CO Valor em R da Componente de Crescimento Global CCG 5469 1398 364 607 177 Participação da CCG na CCT 211 132 104 085 045 Crescimento por causa da CCG 026 019 06 02 025 Valor em R da Componente de Crescimento Estrutural Modificada CCEM 24668 8967 386 23365 7279 Participação da CCEM na CCT 953 849 11 3285 1865 Crescimento por causa da CCEM 118 124 064 785 1036 Valor em R da Componente de Crescimento Regional Residual CCRR 228753 97995 3591 48364 46485 Participação da CCRR na CCT 8836 9283 10213 68 1191 Crescimento por causa da CCRR 1094 1357 5957 1625 6615 Valor em R da Componente de Crescimento Total CCT 258891 105564 3516 71123 39029 Participação total 100 100 100 100 100 Crescimento da produtividade do trabalho 1238 1462 5833 2389 5554 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados daw pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor negativo quanto maior o valor maior a retração do crescimento da produtividade do trabalho 29 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 país não se modificou muito no período e que as mudanças na estrutura produti va pouco contribuíram para o crescimen to da produtividade do trabalho A Componente de Crescimento Regional Residual CCRR foi superior em relação às demais indicando que o crescimento da produtividade do traba lho foi maior em razão das vantagens lo cacionais e competitivas regionais do que das mudanças estruturais na composição setorial com exceção da região Sudeste Destacase que a Componente de Crescimento Total CCT só foi negati va para o Sudeste O desempenho nega tivo da produtividade do trabalho nacio nal no período se deveu principalmente ao fato de que todas as componentes da taxa de crescimento da produtivida de na região Sudeste região que detém a maior participação na indústria fo ram negativas A perda de eficiência da indústria nacional no período é explica da pelo recuo da produtividade na região mais industrializada do país As regiões Sul e Nordeste foram as que apresenta ram a componente total com maior va lor em relação às demais Esse resulta do se deu pelo fato de as componentes estrutural modificada e regional residu al terem contribuído positivamente pa ra explicar a produtividade dessas regiões No entanto o crescimento da produtivi dade do trabalho observado nas regiões menos desenvolvidas foi insuficiente pa ra compensar o decréscimo obtido na re gião Sudeste Na sequência são apresentados os resultados da decomposição da taxa de crescimento por setor de atividade para cada uma das regiões O percentual de cada uma das componentes apresentados revela quanto cada componente explica da taxa de crescimento em cada setor de atividade Tal percentual também repre senta a participação de cada componen te na taxa de crescimento da produtivida de do trabalho de cada setor de atividade 51Região Sudeste A queda no crescimento da produtivida de do trabalho na região Sudeste foi ex plicada em 8836 pela componente re gional residual A componente estrutural modificada justifica 953 O resultado mais importante é que a região Sudeste foi a única em que a componente regional residual foi nega tiva indicando que a produtividade do trabalho na região Sudeste não foi favo recida pelas suas condições de competiti vidade regional Tal resultado é coerente com a teoria das deseconomias de escala Fazse uma leitura dos resultados para a indústria extrativa com o propósi to de servir de guia para os demais setores 30 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6AParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Sudeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 5925 8202 155 4144 6011 11627 D Indústrias de transformação 5356 1560 Baixa Tecnologia 2272 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 5356 2155 205 978 10773 38412 16 Fabricação de produtos do fumo 3247 5208 044 528 9428 10400 17 Fabricação de produtos têxteis 5482 3413 340 3443 13104 5025 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 4686 6464 138 4375 5486 7526 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 3000 2360 104 077 9819 5260 20 Fabricação de produtos de madeira 2129 1237 1094 1129 9965 195 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 5800 1689 400 1097 10697 5411 22 Edição impressão e reprodução de gravações 6136 4788 602 7072 16471 5336 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 4832 3076 117 990 10873 9238 37 Reciclagem 6841 7502 111 4808 5080 254 Média Baixa Tecnologia 1793 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 6472 589 167 823 9010 16886 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 6199 3664 265 3565 13300 9309 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 5384 1210 310 384 10075 5832 27 Metalurgia básica 7381 953 598 496 9899 5947 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 6532 2993 245 2342 12097 9590 Média Alta Tecnologia 1263 24 Fabricação de produtos químicos 7007 3373 360 3433 13073 21122 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 6526 1465 662 1068 10405 5902 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 6797 3179 375 3138 12763 4564 continua 31 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A indústria extrativa no Sudeste respon deu por 5925 do emprego do setor em 2007 O crescimento da produtividade do trabalho do ano de 2007 em relação ao ano de 1996 foi de 8202 A compo nente global explicou 155 desse cres cimento a componente estrutural modi ficada 4144 e a componente regional residual 6011 No período de análise notase que ocorreu na região crescimento da parti cipação relativa da indústria extrativa principalmente a relacionada a petróleo e gás A indústria extrativa aumentou em termos relativos sua produtividade tan to em relação à média das demais regi ões quanto em relação à média nacional Analisandose por setor de ativida de a componente total só foi positiva em três setores indústria extrativa no setor de produtos de madeira no qual a com ponente global explicou 1094 a com 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 7329 872 1374 831 10544 321 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 7147 227 123 1818 8059 46228 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 7208 23066 110 6838 3052 3994 Alta Tecnologia 4248 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 5885 22625 008 8457 1535 44687 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 5358 186 140 1365 8495 10115 Total 5369 1238 211 953 8836 258891 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas conclusão PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT 32 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 ponente estrutural modificada 1129 e a regional residual 9965 e no setor de equipamentos de instrumentação médi cohospitalares no qual a componente global explicou 1374 a componente estrutural modificada 831 e a regio nal residual 10544 do crescimento da produtividade do trabalho Os setores que tiveram maior pe so no resultado negativo da componente total foram produtos alimentícios e be bidas produtos químicos coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool produ tos do fumo e material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comuni cação Apesar de os setores de máquinas para escritório e equipamentos de infor mática e de montagem de veículos auto motores reboques e carrocerias também terem apresentado resultado da compo nente total negativa não podemos dizer que tais setores contribuíram para a re tração uma vez que apresentaram taxas de crescimento da produtividade do tra balho positivas Os resultados para alguns setores parecem mostrar aparente inconsistência dado que se espera que a produtividade do trabalho cresça com o mesmo sinal re sultante da CCTij No entanto como en fatizado na seção 41 se observa que o diferencial das taxas de crescimento nos cálculos de cada componente e no total pode ou não acompanhar o mesmo sinal já que se trata de um somatório de nú meros relativos Os sinais das componentes totais e das taxas de crescimento da produti vidade do trabalho foram diferentes em cinco setores confecção de artigos de vestuários e acessórios máquinas para escritório e equipamentos de informá tica montagem de veículos automoto res reboques e carrocerias outros equi pamentos de transporte e reciclagem Nesses casos a taxa de crescimento foi positiva porém todas as três componen tes global estrutural e regional fo ram negativas Com exceção do setor de reciclagem todos os demais citados ti veram crescimento do VTI superior ao crescimento do emprego no entanto nos setores de confecção de artigos de vestuários e acessórios e montagem de veículos automotores reboques e carro cerias houve queda da participação no emprego nacional 52 Região Sul Na região Sul tanto o total da compo nente regional residual como o da es trutural modificada foram positivas A componente regional residual explicou 9283 do crescimento da produtivida 33 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 de do trabalho e a componente estrutu ral modificada 849 A componente estrutural modifi cada foi positiva em oito setores porém só foi superior à componente regional residual no setor fabricação de máqui nas para escritório e equipamentos de in formática setor onde a produtividade cresceu mais no qual a componente estrutural modificada foi responsável por 8517 do crescimento da produtividade O segundo setor em que a produtividade mais cresceu foi o de reciclagem no qual a componente estrutural modificada ex plicou 4985 do crescimento Outro se tor importante na região e que foi favore cido pelas mudanças estruturais foi o de confecção de artigos do vestuário e aces sórios no qual a componente estrutural modificada foi responsável por 4786 do crescimento A componente regional residual foi positiva em 19 setores sendo superior a 100 em 11 setores No setor de mon tagem de veículos automotores reboques e carrocerias setor representativo na re gião e que teve crescimento expressivo da produtividade do trabalho sendo o ter ceiro onde a produtividade mais cresceu a componente regional residual foi res ponsável por 8142 do crescimento da produtividade O setor de coque refino de petróleo e combustíveis foi o quarto no ranking do crescimento da produtivi dade Neste setor a componente regional explicou 9166 do crescimento Em cinco setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho apresentou sinal diferente da compo nente total Os setores de material ele trônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação e outros equipamentos de transporte mostraram taxas de cresci mento positivas contudo a componen te total foi negativa Nesses setores o crescimento do VTI foi superior ao cres cimento do emprego No primeiro caso houve queda da participação do setor no emprego nacional e no segundo houve aumento da participação do setor no em prego nacional O oposto ocorreu nos setores im pressão e reprodução de gravações ar tigos de borracha e plástico máquinas aparelhos e material elétrico Nesses ca sos os setores apresentaram componen tes regionais positivas indicando que o setor foi favorecido pelas condições re gionais No entanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração so frida em virtude das mudanças estrutu rais negativas observadas Nesses seto res o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego e a participa ção dos setores no emprego nacional te ve aumento 34 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6BParticipação do emprego total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Sul PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 1011 4049 024 3955 6021 5898 D Indústrias de transformação 2563 1518 Baixa Tecnologia 363 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 2547 926 40008 6744 36752 080 16 Fabricação de produtos do fumo 4511 7442 037 537 9500 9915 17 Fabricação de produtos têxteis 2567 159 090 3716 13806 5704 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 3077 9699 181 4786 5395 3084 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 4075 2982 083 077 9840 12456 20 Fabricação de produtos de madeira 4806 1271 951 1100 9851 443 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 2880 146 211 1234 11445 2852 22 Edição impressão e reprodução de gravações 2000 2634 146 7984 18130 2382 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 3687 1345 112 1035 11147 5136 37 Reciclagem 2953 29652 013 4985 5028 243 Média Baixa Tecnologia 1570 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 970 12337 022 856 9166 10574 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 2367 336 107 3805 13912 4961 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 2031 074 545 453 10998 931 27 Metalurgia básica 1383 1102 155 579 10734 1597 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 2348 357 109 2499 12608 4854 Média Alta Tecnologia 3070 24 Fabricação de produtos químicos 1363 530 079 3711 13790 12047 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 2851 189 199 1266 11466 6820 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 2231 393 120 3428 13548 2951 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 1883 2931 113 662 9451 1039 continua 35 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 53 Região Norte Os resultados para a região Norte reve lam que a componente regional residu al explicou 10213 do crescimento da produtividade do trabalho e as demais componentes global e estrutural mo dificada tiveram contribuição negativa Apesar de o total da componen te estrutural modificada ser negativo al guns setores foram favorecidos pela mu dança estrutural na composição setorial No setor de outros equipamentos de transporte a componente estrutural foi responsável por 7358 do crescimen to da produtividade do trabalho Já no setor de confecção de artigos do vestu ário e acessórios sua contribuição foi de 4564 e no setor de montagem de ve ículos automotores reboques e carroce rias foi de 1880 A componente regional residual foi positiva em 16 setores sendo superior a 100 em nove deles compensando as sim o resultado total negativo das com ponentes global e estrutural modificada No setor de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comu nicação a componente regional residual foi responsável por 8661 do crescimen to da produtividade do trabalho Esse se tor de alta tecnologia emprega 3228 do emprego do setor e representa 1545 do 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 2371 15135 020 1877 8142 31216 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 495 12865 020 7126 2854 799 Alta Tecnologia 19873 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 1961 211753 002 8517 1485 19205 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 1310 1432 1289 1017 7694 252 Outros 1906 6333 447 12852 22406 904 Total 2527 1462 132 849 9283 105564 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 36 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6CParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Norte PartPO Crescem Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Prod Trab CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 572 6062 501 3450 6049 673 D Indústrias de transformação 356 5809 Baixa Tecnologia 2556 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 363 4207 049 1028 11077 11350 17 Fabricação de produtos têxteis 084 4484 139 3555 13416 113 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 064 51514 006 4564 5442 443 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 037 548464 000 079 9922 820 20 Fabricação de produtos de madeira 1957 1249 1042 1119 9923 156 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 266 3932 088 1168 11079 1035 22 Edição impressão e reprodução de gravações 368 329 063 7880 17943 2096 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 250 3079 063 1025 11089 1028 Média Baixa Tecnologia 2692 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 023 3529 202 889 9313 889 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 366 2043 381 3976 14357 303 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 474 15121 016 410 10427 2632 27 Metalurgia básica 337 6097 038 566 10604 3607 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 196 1522 580 2710 13290 249 Média Alta Tecnologia 10314 24 Fabricação de produtos químicos 151 1041 068 3705 13773 1132 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 066 6536 046 1209 11163 3079 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 306 19172 012 3364 13375 1709 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 394 2902 071 637 9292 1442 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 043 12806 024 1880 8144 356 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 1905 30511 049 7358 2691 4291 continua 37 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 emprego na região e por isso é conside rado o setor mais importante na região Cabe destacar que o desenvolvimento da indústria principalmente a de alta tecno logia no Amazonas foi favorecido pelos incentivos fiscais oriundos das políticas advindas da criação da Zona Franca de Manaus em 1957 e regulamentada em 196718 a qual também foi responsável pe lo processo de desenvolvimento da região No grupo de baixa tecnologia os setores mais representativos são o de pro dutos alimentícios e bebidas no qual a componente regional foi responsável por 11077 do crescimento e no setor de produtos de madeira a componente re gional foi responsável por 9923 do crescimento O setor de calçados foi o que teve crescimento maior da produtividade se guido pelo setor de vestuários No entan to apesar do expressivo desenvolvimen to esses dois setores juntos responderam por apenas 2 do emprego em 2007 dessa 18 Um estudo da Zona Franca de Manaus pode ser visto em Lyra 1995 A criação da ZFM foi uma forma de se criarem no país outras oportunidades de investimento e lucratividade para as empresas nacional e estrangeira e também foi uma estratégia e uma tática de dinamização das forças produtivas regionais que consistiu na redução do custo Amazônia Alta Tecnologia 8379 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 1411 55036 307 6519 3174 287 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 3228 4210 098 1437 8661 10027 Outros 2677 5530 022 13781 23803 698 Total 361 5833 104 110 10213 35160 Fonte Elaborado pelos autores com base em dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Crescem Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Prod Trab CCG CCEM CCRR CCT conclusão 38 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 região O mesmo ocorre com o setor de montagem de veículos automotores re boques e carrocerias que teve crescimen to da produtividade de 12806 mas ta bém não é um setor expressivo na região É igualmente importante destacar o cres cimento em setores de média alta e al ta tecnologia no Norte principalmente os setores de máquinas para escritório e equipamentos de informática e material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação Cabe a observação de que as taxas de crescimento para esses se tores foram baseadas apenas nos dados do Estado do Amazonas uma vez que para os demais Estados os dados estavam in completos ou foram omitidos Em cinco setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho teve sinal diferente da componente to tal Na indústria extrativa e no setor de máquinas para escritório e equipamentos de informática a taxa de crescimento foi positiva porém a componente total foi negativa Nesses setores o crescimento do VTI foi superior ao do emprego No primeiro caso houve queda da participa ção do setor no emprego nacional e no segundo houve aumento da participação do setor no emprego nacional O oposto ocorreu nos setores de edição impressão e reprodução de grava ções artigos de borracha e plástico e pro dutos de metal Nesses casos os setores tiveram componente regional positiva indicando que tais setores foram favore cidos pelas condições regionais No en tanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estruturais negativas Nes ses o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego e houve acrés cimo da participação desses setores no emprego nacional 54 Região Nordeste Na região Nordeste tanto a componente regional residual como a estrutural modifi cada foram positivas A componente regio nal residual explicou 68 do crescimento da produtividade do trabalho e a compo nente estrutural modificada 3285 A componente estrutural modi ficada foi positiva em nove setores dos quais em três ela foi superior à compo nente regional residual A componente estrutural modificada foi responsável por 8509 do crescimento no setor de má quinas para escritório e equipamentos de informática sendo esse o setor que mais cresceu No setor de outros equipamen tos de transporte ela foi responsável por 7252 do crescimento e no setor de re ciclagem por 5176 do crescimento da produtividade do trabalho 39 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A componente regional residual foi positiva em 16 setores No setor de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados setor com maior representatividade na região a compo nente regional residual foi responsável por 9934 do crescimento da produ tividade do trabalho Outro setor repre sentativo na região é o de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis no qual a componente regional residu al foi responsável por 9181 do cresci mento da produtividade do trabalho O segundo setor que mais cresceu foi o de montagem de veículos automotores re boques e carrocerias no qual a compo nente regional residual foi responsável por 8132 do crescimento da produti vidade do trabalho Em três setores a taxa de cres cimento da produtividade do trabalho teve sinal diferente da componente to tal A indústria extrativa registrou cres cimento positivo porém a componen te regional foi negativa O VTI cresceu acima do emprego mesmo assim o se tor registrou aumento da participação no emprego nacional O oposto ocor reu nos setores de produtos químicos e máquinas e equipamentos Nesses casos os setores apresentaram componente re gional positiva indicando que tais se tores foram favorecidos pelas condições regionais No entanto parece não ter si do suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estru turais Nesses setores o crescimento do VTI foi inferior ao do emprego No en tanto o setor de produtos químicos re gistrou queda da participação no empre go nacional Como visto a mudança estrutural foi fundamental para o crescimento de 773927 do setor de máquinas para es critório e equipamentos de informática Há de se destacar que nesse setor o cresci mento da produtividade foi baseado prin cipalmente nos dados do Estado da Bahia uma vez que no Estado de Pernambuco o crescimento da produtividade foi negati vo nesse setor e os demais estados tiveram dados omitidos Em relação ao setor de material eletrônico e de aparelhos e equi pamentos de comunicação o crescimen to de 13087 foi baseado nos dados do Estado do Ceará A região Nordeste foi a que mais se beneficiou relativamente com as mu danças na composição setorial Isso indi ca que a região modificou sua estrutura setorial de forma a se especializar mais em alguns setores de atividade cuja pro dução está crescendo mais rapidamente em nível nacional e menos nos setores cuja produção cresce lentamente em ní vel nacional 40 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6DParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região Nordeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 2045 2559 063 3913 6023 6060 D Indústrias de transformação 1249 2377 Baixa Tecnologia 1218 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 2053 946 9645 851 497 161 16 Fabricação de produtos do fumo 2184 14277 018 535 9483 396 17 Fabricação de produtos têxteis 1709 3858 213 3524 13311 2087 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1719 14459 041 4606 5435 4059 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 2679 19914 013 079 9934 15381 20 Fabricação de produtos de madeira 263 3355 058 907 9035 418 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 874 3881 051 1198 11250 2838 22 Edição impressão e reprodução de gravações 1009 4480 2234 5096 12862 082 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 854 8905 026 1018 11044 2019 37 Reciclagem 205 16101 041 5176 4865 008 Média Baixa Tecnologia 2691 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 1841 7119 041 860 9181 10000 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 810 3181 043 3764 13807 3072 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 1559 1214 158 422 10580 1736 27 Metalurgia básica 664 2168 155 545 10390 2378 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 583 7077 028 2464 12492 2558 Média Alta Tecnologia 147 24 Fabricação de produtos químicos 971 2198 540 4002 14542 2316 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 461 401 373 1307 11680 399 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 587 3526 248 3211 12963 494 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médicohospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 344 388 234 610 9156 054 continua 41 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 294 219110 001 1870 8132 10126 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 326 40518 017 7252 2765 619 Alta Tecnologia 749216 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 658 773927 000 8509 1492 27164 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 012 13087 021 1370 8652 015 Outros 4171 5318 568 14865 25433 150 Total 1268 2389 085 3285 6800 71123 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas 55 Região CentroOeste A indústria na região CentroOeste se beneficiou com as vantagens locacionais Neste sentido a componente regional re sidual explicou 11910 do crescimento da produtividade do trabalho e as demais componentes global e estrutural modifi cada tiveram contribuição negativa Apesar de o total da componente estrutural modificada ser negativo em al guns setores ela contribuiu positivamente para o crescimento da produtividade do trabalho Na indústria extrativa a compo nente estrutural modificada foi responsá vel por 4094 do crescimento Já no se tor de montagem de veículos automotores sua contribuição foi de 1870 e no se tor de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação de 14 PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 42 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Tabela 6EParticipação do emprego no total do setor taxa de crescimento da produtividade do trabalho considerando a participação no emprego nacional e resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho 19962007 Região CentroOeste PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT C Indústrias extrativas 447 8923 108 4094 6014 728 D Indústrias de transformação 476 5398 Baixa Tecnologia 6015 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 1093 6683 033 1025 11058 25898 16 Fabricação de produtos do fumo 057 15727 017 541 9476 005 17 Fabricação de produtos têxteis 157 15259 014 3667 13681 1249 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 455 7295 252 4233 5515 243 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro artigos de viagem e calçados 210 21980 012 079 9933 1336 20 Fabricação de produtos de madeira 845 330 190 881 8929 466 21 Fabricação de celulose papel e produtos de papel 180 15251 016 1190 11206 455 22 Edição impressão e reprodução de gravações 487 2748 157 7999 18155 545 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 15406 016 1016 11032 875 Média Baixa Tecnologia 003 23 Fabricação de coque refino de petróleo elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool 694 7415 030 847 9122 4957 25 Fabricação de artigos de borracha e plástico 258 3162 043 3764 13807 646 26 Fabricação de produtos de minerais não metálicos 551 096 522 452 10973 255 27 Metalurgia básica 235 13892 018 564 10581 2685 28 Fabricação de produtos de metal exceto máquinas e equipamentos 342 14645 015 2457 12472 1616 Média Alta Tecnologia 15030 24 Fabricação de produtos químicos 508 7316 025 3677 13702 4627 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 096 17178 014 1223 11237 1203 31 Fabricação de máquinas aparelhos e material elétrico 080 9418 021 3380 13401 176 33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico hospitalares instrumentos de precisão e ópticos equipamentos para automação industrial cronômetros e relógios 051 122575 002 650 9352 067 34 Fabricação e montagem de veículos automotores reboques e carrocerias 143 143334 002 1870 8132 3897 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 066 5734 013 7141 2846 186 continua 43 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A componente regional residual foi positiva em 18 setores sendo as contribui ções para a taxa de crescimento superiores a 100 em 12 setores compensando as sim o resultado negativo das componen tes global e estrutural modifi cada No se tor de produtos alimentícios e bebidas por exemplo a contribuição da compo nente regional residual para o crescimento da produtividade foi de 11058 A produtividade do trabalho cres ceu mais no setor de montagem de veícu los automotores reboques e carrocerias em que a componente regional residu al explicou 8132 do crescimento O segundo setor que mais cresceu foi o de instrumentos médicohospitalares onde a componente regional residual explicou 9352 do crescimento Nesse setor o re sultado foi baseado nos dados do Estado de Goiás Já no caso do setor de material eletrônico e de aparelhos e equipamen tos de comunicação onde a componente regional residual justificou 8604 o re sultado foi baseado nos dados dos Esta dos de Goiás e Distrito Federal O resul tado negativo no setor de equipamentos de informática foi baseado nos dados do Distrito Federal Em três setores de atividade o si nal da taxa de crescimento da produtivi dade do trabalho foi diferente da com ponente total Nos setores de confecção de artigos de vestuários e acessórios e ou tros equipamentos de transporte a taxa de crescimento da produtividade do tra balho foi positiva mas a componente to tal foi negativa O crescimento do VTI foi Alta Tecnologia 4201 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 085 6704 004 8478 1518 1443 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicação 092 69633 004 1400 8604 053 Outros 1247 3317 107 14329 24435 005 Total 475 5554 045 1865 11910 39029 Fonte Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa Nota Os valores entre parênteses na tabela são percentuais de um valor da CCT setorial negativo quanto maior o percentual maior a retração do crescimento da produtivida de do trabalho Neste caso os percentuais negativos entre parênteses correspondem a componentes positivas PartPO Taxa de Participação na CCT Valor R Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2007 Crescem CCG CCEM CCRR CCT conclusão 44 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 superior ao crescimento do emprego No entanto no primeiro caso houve acrésci mo da participação do setor no emprego nacional O oposto ocorreu no setor de edição impressão e reprodução de gra vações Nesse a componente regional foi positiva indicando que o setor foi favo recido pelas condições regionais No en tanto parece não ter sido suficiente para compensar a retração sofrida em virtude das mudanças estruturais negativas obser vadas Também o crescimento do VTI foi inferior ao crescimento do emprego mas mesmo assim houve decréscimo da par ticipação do setor no emprego nacional 56 Resultados gerais A partir de 1999 todas as regiões apre sentaram expansão da mão de obra em pregada na indústria comportamento que parece se diferenciar do observado até o fim dos anos 1990 quando a ma nutenção dos ganhos de produtividade foi obtida com contração do emprego Tal comportamento confirma a hipótese de que os ganhos de produtividade nos anos 1990 foram em grande parte em ra zão de um choque de oferta propiciado pela abertura comercial que expôs o se tor a um ambiente mais competitivo A eliminação de unidades menos produti vas aliada à incorporação pela indústria de novas técnicas e processos de produ ção e de materiais mais eficientes pos sibilitou que a produtividade industrial que havia estagnado na segunda meta de dos anos 1980 voltasse a crescer No início no entanto a recuperação da pro dutividade implicou eliminação de pos tos de trabalho e recuo no emprego in dustrial Uma vez esgotados os benefícios dos ganhos marginais obtidos pelas me lhorias nos processos de produção a in dústria voltou a expandir ainda que mo destamente o emprego nos anos 2000 Comparandose as componentes de crescimento nos diversos setores e re giões observase que os valores da com ponente regional residual apresentaram maior dispersão entre os setores e regiões do que em relação à componente estru tural modificada indicando que as van tagens locacionais na produtividade dos setores explicaram mais as variações na produtividade do trabalho entre as regi ões do que mudanças na estrutura pro dutiva no período Do ponto de vista setorial o seg mento de fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática nas regiões Nordeste e Sul apresentou va lores positivos tanto para a componente estrutural modificada quanto para a com ponente regional residual No entanto como a estrutural modificada foi superior à regional nesses casos isso mostra que fo 45 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 ram as mudanças na estrutura produtiva que contribuíram com a maior parcela do crescimento da produtividade do trabalho nesse setor nas regiões Nordeste e Sul Em resumo comparandose as com ponentes estrutural modificada e a regio nal residual nos diversos setores e regiões podemos deduzir que o crescimento nes ses anos se deu mais por causa da compo nente regional residual ou seja da compe titividade dos próprios setores nas regiões com exceção de alguns deles principal mente o de equipamentos de informática conforme mencionado Os valores da componente total re forçam os resultados obtidos em relação ao desempenho da produtividade do tra balho Comparandose as taxas de cres cimento com os valores da componente total notase que em 833 dos casos a componente total foi positiva nos setores em que as taxas de crescimento da pro dutividade do trabalho foram positivas É importante destacar que na re gião Norte a indústria se beneficiou de incentivos fiscais oriundos das políti cas voltadas ao desenvolvimento da Zo na Franca de Manaus As regiões Norte Nordeste e CentroOeste contam com uma fonte a mais para financiamento das atividades produtivas que são os fun dos constitucionais de financiamento19 FNO FNE e FCO Tais fundos cons tituem um diferencial para essas regiões e podem contribuir para impulsionar o crescimento industrial nessas regiões Os resultados gerais mostram que houve certo rearranjo de alguns setores da indústria entre as regiões No entanto as regiões menos desenvolvidas ainda não conseguem absorver aquela parcela dos setores em declínio na região Sudeste O grau de integração entre as regiões e o grau de desenvolvimento ou absorção tecnoló gica das regiões menos desenvolvidas pa recem ser insuficientes para impulsionar o crescimento da produtividade do tra balho em nível nacional A região Sudeste perdeu eficiência visto que sofreu deseco nomias de escala e os ganhos das demais regiões não compensaram tal decréscimo Isso resultou em uma taxa de crescimen to da produtividade do trabalho negativa em nível nacional Houve deseconomias de escala na região mais representativa e os ganhos das demais regiões não foram suficientes para compensar as perdas Uma importante consideração a ser feita é que a análise por grandes regi ões geográficas apresenta algumas dificul dades seja pela dimensão territorial seja pela diversidade natural econômica e so cial dentro das grandes regiões No caso da região Sudeste por exemplo os resul tados encontrados na análise do método são bem diferentes quando se faz a aná 19 Uma abordagem sobre intervenção estatal e desigualdade regional pode ser vista em Monteiro NT 2006 46 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 lise para cada um dos Estados Somente o de São Paulo apresenta decréscimo en quanto os demais Estados da região Su deste apresentam taxas de crescimento da produtividade do trabalho positivas Isso está de acordo com as análises de Diniz e Crocco 1996 p 77 os quais defen dem que nos últimos anos a análise re gional se tornou ainda mais problemáti ca uma vez que houve ampliação dessas diferenças dentro de cada região ou Esta do Conforme os autores no caso de São Paulo por exemplo tais diferenças esta riam associadas aos processos de reversão de polarização e reconcentração regional dentro do Estado e à natureza às vezes contraditória do crescimento industrial dentro de cada Estado onde existem áre as de crescimento industrial acelerado e áreas estagnadas ou decadentes 6 Considerações finais A teoria estabelece que políticas de abertu ra comercial possam exercer efeito positi vo sobre o crescimento da produtividade por meio da indução de mudanças tec nológicas No entanto o efeito da aber tura sobre a economia das regiões pode ser ambíguo se a abertura não provocar mudança estrutural na direção da produ ção de bens com mais conteúdo tecnoló gico As regiões com vantagens compara tivas nos setores intensivos em pesquisa e tecnologia tendem a se bene ficiar mais com a abertura econômica Ocorre que no Brasil a região mais desenvolvida so fre um processo de deseco nomia de es cala e o crescimento nas demais regi ões ainda é insuficiente para compensar o decréscimo ocorrido na região mais representativa A produtividade do trabalho no Brasil R 3152 mil a preços de 1996 em 2007 está praticamente no mesmo nível do ano de 1996 Alguns setores de alta tecnologia tiveram crescimento ex pressivo no período ampliando a par ticipação no VTI total da indústria por exemplo o setor de equipamentos de in formática teve taxa média de crescimen to nacional de 1315 aa no período analisado A produtividade do trabalho nacional nesse setor passou de R 6370 mil em 1996 para R 20139 mil e sua participação no VTI nacional passou de 059 para 387 Outros exemplos são os setores de equipamentos de transpor te equipamentos de comunicação co que refino de petróleo e combustíveis os quais também apresentaram crescimento expressivo na produtividade do trabalho Por outro lado setores importantes co mo o de produtos químicos metalurgia básica minerais não metálicos e produ tos de metal não tiveram bom desempe 47 Edileuza GaleanoCarmen Feijó Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 nho sendo a produtividade do trabalho nestes dois últimos setores muito abaixo da média nacional Este trabalho traz uma contribui ção para o debate sobre o comportamen to da produtividade do trabalho nos setores de atividade da indústria de transforma ção nas regiões do Brasil ao explorar o mé todo shiftshare de decomposição da taxa de crescimento da produtividade do traba lho Essa técnica é bastante difundida em análises regionais já que descreve o cres cimento da produtividade de uma região em termos de sua estrutura produtiva e de seu perfil regional Apesar da importân cia do tema são poucos os estudos dispo níveis que avaliam o comportamento da produtividade do trabalho na indústria em níveis regional e setorial sendo esse o diferencial do artigo A ponderação da produtividade do trabalho de cada setor e região por sua respectiva participação no emprego nacional mostrou a contri buição de cada setor e região para a pro dutividade do trabalho total ou nacional Os resultados da decomposição da taxa de crescimento da produtividade do trabalho mostraram que na maioria dos setores e regiões existe baixa relação en tre as mudanças na estrutura produtiva e o crescimento da produtividade desta candose a componente regional residu al Os resultados confirmam que foram as vantagens competitivas inerentes a ca da região que explicaram em sua maioria o crescimento da produtividade do traba lho nas regiões Podese inferir que nos anos analisados as disparidades regio nais e setoriais foram acentuadas tendo em vista que não se identificou tendên cia à convergência no sentido de mudan ça na estrutura produtiva Assim nossa análise revelou que as diferenças na evo lução da produtividade foram explicadas pela componente regional residual que confere vantagens econômicas à maio ria das regiões e dos setores No entan to tais vantagens competitivas locacio nais foram importantes em nível regional principalmente para as regiões menos de senvolvidas Foram insuficientes porém para impulsionar o crescimento da pro dutividade do trabalho em nível nacional 48 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 A estagnação da produtividade do trabalho na indústria brasileira nos anos 19962007 Referências bibliográficas ARCELUS Francisco J An extension of shiftshare analysis Growth and Change USA v 1 n 15 p 38 1984 AZEVEDO Paulo F JÚNIOR Rudinei T Fatores determinantes da relocalização industrial no Brasil na década de 90 In Anais do Encontro Nacional de Economia ANPEC 27 1999 Belém Belém ANPEC 1999 BARFF Richard A KNIGHT III Prentio L Dynamic shift and share analysis Growth and Change USA v 19 n 2 p 110 1988 BONELLI R Ganhos de produtividade na economia brasileira na década de 90 um retrato de corpo inteiro São Paulo Especial SOBEET III 15 2000 BONELLI Regis Labor productivity in Brazil during the 1990s Rio de Janeiro IPEA 2002 Texto para Discussão 906 BONELLI R FONSECA R Ganhos de produtividade e de eficiência Novos resultados para a economia brasileira Pesquisa e Planejamento Econômico Rio de Janeiro v 28 n 2 p 273314 ago 1998 CANO Wilson Concentração e desconcentração econômica no Brasil 197095 Economia e sociedade Campinas v 8 p 101 41 jun 1997 CARVALHO JÚNIOR Nelson Simão de RUIZ Ricardo Machado Determinantes do desempenho das firmas a partir das novas capacitações internas Um estudo de firmas brasileiras Revista de Economia Contemporânea Rio de Janeiro v 12 n 1 p 97127 janabr 2008 DE NEGRI Fernanda ALMEIDA Mansueto Org Estrutura produtiva avançada e regionalmente integrada Desafios do desenvolvimento produtivo brasileiro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Brasília livro 5 v 1 IPEA 2010 DINIZ Clélio C Desenvolvimento poligonal no Brasil Nem desconcentração nem contínua polarização Nova Economia Belo Horizonte v 3 n 1 p 3564 set 1993 DINIZ Clélio C CROCCO Marco A Reestruturação econômica e impacto regional O novo mapa da indústria brasileira Nova Economia Belo Horizonte v 6 n 1 jul 1996 DUNN Edgar S Jr Une technique et analitique d analyse régionale Description et projection Economie Appliquée Paris v 12 n 4 p 521530 act 1959 DUNN Edgar S Jr A statistical and analitical technique for regional analysis Papers and Proceedings of the Regional Science Association USA v 6 p 97112 1960 ESTEBANMAQUILLAS J M Shift and share análisis revisited Regional and Urban Economics NorthHolland v 2 n 3 p 249261 Oct 1972 FAGERBERG Jan Techonological progress structural change and productivity grwth A comparative study Structural change and economics dynamics Olso p 393411 July 2000 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G M O debate sobre a produtividade industrial e as estatísticas oficiais Economia Aplicada v 3 n 4 outdez 1999 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G Uma interpretação sobre a evolução da produtividade industrial no Brasil nos anos noventa e as leis de Kaldor Nova Economia Belo Horizonte v 12 n 2 p 5778 2002 FEIJÓ Carmem A CARVALHO Paulo G RODRIGUEZ Maristela S Concentração industrial e produtividade do trabalho na indústria de transformação nos anos 90 Evidências empíricas Economia Niterói v 4 n 1 p 1952 jan jun 2003 GALINDO Osmil Org Necessidades de infraestrutura econômica do Nordeste In Banco do Nordeste do Brasil Diretrizes para um plano de ação do BNB 19911995 Infraestrutura econômica e social do Nordeste v 7 Fortaleza 1997 GUIMARÃES NETO Leonardo Desigualdades e políticas regionais no Brasil Caminhos e descaminhos Planejamento e políticas públicas Brasília IPEA n 15 jun 1997 GROSSMAN G M HELPMAN E Comparative advantage and longrun growth American Economic Review v 80 n 4 p 796815 1990 HAYNES Kingsley E MACHUNDA Zachary B Considerations in extending shiftshare analysis Note Growth and Change USA v 18 n 2 p 6972 1987 49 Nova EconomiaBelo Horizonte23 1950Janeiroabril de 2013 Edileuza GaleanoCarmen Feijó HADDAD Paulo Roberto ANDRADE Thompson A Método de Análise DiferencialEstrutural In HADDAD Paulo Roberto FERREIRA Carlos Maurício de Carvalho BOSIER Sérgio ANDRADE Thompson A Org Economia regional Teorias e métodos de análise Fortaleza BNB ETENE p 249286 1989 Estudos Econômicos e Sociais 36 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa Industrial Anual Disponível em httpwwwibgegovbrservidor arquivosest Acesso entre jun a set 2011 IPEADATA Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada Índices de preços por atacado Disponível emhttpwwwipeadatagovbr Defaultaspx Acessos entre jun a set 2011 LAMONICA Marcos T FEIJÓ Carmem A Crescimento e industrialização no Brasil Uma interpretação à luz das propostas de Kaldor Revista de Economia Política v 31 p 120 2011 LEMOS M B DINIZ C C GUERRA L P MORO S A nova configuração regional brasileira e sua 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A MAGALHÃES João C R Org Estrutura produtiva avançada e regionalmente integrada Diagnóstico e políticas de redução das desigualdades regionais Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Brasília livro 5 v 2 Ipea 2010 PACHECO Carlos A Fragmentação da nação Campinas SP UNICAMPIE 1998 PACHECO Carlos A Novos padrões de localização industrial Tendências recentes dos indicadores da produção e do investimento industrial Texto para discussão n 633 IPEA Brasília 1999 ROCHA Frederico Produtividade do trabalho e mudança estrutural nas indústrias brasileiras extrativa e de transformação 19702001 Revista de Economia Política v 27 n 2 abrjun 2007 ROMER Paul M Two strategies of economic development using ideas and producing ideas In Proceedings of the 1992 World Bank Annual Conference on Economic Development World Bank Washington DC 1993a p 6397 ROMER Paul M Idea Gaps and object gaps in economic development Journal of Monetary Economics Rochester 32 1993b p 543573 RUIZ Ricardo M DOMINGUES Edson P Aglomerações econômicas no SulSudeste e no Nordeste brasileiro Estruturas escalas e diferenciais Estud Econ v 38 n 4 outdez 2008 SABÓIA João Desconcentração industrial no Brasil nos anos 90 Um enfoque regional Pesq Plan Econ Rio de Janeiro v 30 n 1 abr 2000 STILWELL F J B Regional growth and structural adaption Urban Studies Glasgow v 8 n 6 p 16278 nov 1969 STILWELL F J B Further thoughts on the shift and share approach Departament of Economics University of Sydney Regional Studies printed in Great Britain v 4 p 451458 Pergamon Press 1970 Os autores agradecem os comentários e as sugestões do Professor Lívio Andrade Wanderley do CMEUFBA e também os comentários as críticas e as sugestões do parecerista anônimo da revista Nova Economia Email de contato dos autores edileuzagaleanohotmailcom cfeijoterracombr Artigo recebido em março de 2011 e aprovado em setembro de 2011